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Nov/Dez 2009
ÍNDICE Veículo de Divulgação da Unimed Blumenau - Cooperativa de Trabalho Médico.
CONSELHO EDITORIAL Dr. Odilon Luiz Ascoli Dr. Jauro Soares Dr. Alfredo Nagel Dr. Cleonildo Aldeman de Oliveira Dr. Marco Antônio Bramorski Dr. Fernando Cesar Sanches Dr. Ricardo Beduschi Luiz Mund
EDITOR EXECUTIVO
04 ALÔ VOCÊ O canal de comunicação do leitor 05 EM FOCO Unimed é finalista em prêmios de marketing e comunicação 08 PÁGINAS VERDES com Éldon Jung 16 CIRURGIA CARDÍACA A vida antes e depois da operação 18 SAÚDE DA MULHER Unimed oferece curso a gestantes 26 ARTIGO Meu filho não come 28 UNIMED VIDA Programa atende escolas da região 31 NOSSA GENTE com Nathali Natasha Silveira 32 QUALIDADE DE VIDA Em busca do peso ideal
Sidnei dos Santos - 1198 JP (MTb/SC) sidnei@mundieditora.com.br
Divulgação
Divulgação
Banco de imagens
EDITORA Michele Wilke - 01227 JP (MTb/SC)
EDITORA ASSISTENTE Gisele Scopel - 02807 JP (MTb/SC)
REPÓRTER Ana Paula Lauth, Mariana Tordivelli e Kakau Santos (fotografia)
COORDENADOR DE ARTE Guilherme Faust Moreira
FOTO DE CAPA Fotomontagem T.AG
COORDENADOR COMERCIAL Eduardo Bellídio - 47 3035.5500 comercial@mundieditora.com.br
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Prontoatendimento será inaugurado em novembro
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Uma viagem espiritual pelos caminhos de Santiago de Compostela
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Otite é uma das principais doenças na infância
DIRETOR EXECUTIVO Niclas Mund niclas@mundieditora.com.br
UNIMED BLUMENAU Rua das Missões, 455 • Blumenau/SC Fone: 47 3331.8500 • Fax 47 3331.8570
CONSELHO ADMINISTRATIVO Dr. Jauro Soares Dr. Josemar Batista de Oliveira Dr. José Carlos Arenhart Dr. Alfredo Nagel Dr. Cleonildo Aldeman de Oliveira Dr. Dubes Sonego Dr. Fernando César Sanches Dr. Jacy Bruns Dra. Maura Milano Cucco Dr. Odilon Luiz Ascoli Dr. Ricardo Beduschi
Editorial
Investindo para atender melhor Em novembro, a Unimed Blumenau abrirá as portas 24 horas, sete dias da semana, do Prontoatendimento do Bairro Vila Nova, em Blumenau. Com 1,3 mil m2, o PA será a maior unidade de urgência e emergência privada da região. Quando totalmente em atividade, os 20 médicos de plantão devem atender até 5 mil pacientes por mês. O Atendimento 24 Horas é a terceira estrutura própria que a Unimed coloca à disposição dos mais de 100 mil clientes, em 2009. No começo deste ano, a Cooperativa já havia incorporado o Hospital Dia da Intermed, transformado em Unidade Centro e, no dia 11 de julho, inaugurou a Unidade Timbó. A Unimed está tornando realidade a Rede Regional Integrada de Hospitais Próprios, para a qual ainda devem se somar o Hospital de Gaspar e o Hospital Geral de Blumenau. Todo este esforço da Cooperativa tem um único e grande objetivo: atender melhor você.
Prêmios O reconhecimento do trabalho realizado injeta ânimo em todos! É por isto que a Unimed Blumenau está cheia de gás. Em setembro recebeu em São Paulo, o certificado da Editora Abril como uma das 150 Melhores Empresas para Trabalhar do Brasil. Foi a única empresa de Blumenau no ranking. Em outubro, na Convenção Nacional do Sistema Unimed, concorre em quatro prêmios de marketing, quatro de comunicação e receberá o prêmio de Unimed número um do País em Responsabilidade Social. No dia 4 de novembro, em Joinville, receberá o Prêmio Expressão de Ecologia. E para mostrar a força econômica, a Cooperativa está entre as 500 maiores empresas do Sul do País no ranking da revista Amanhã, ocupando a 375ª posição, 23 acima que a conquistada no ano anterior. É assim, priorizando o cliente, que a Unimed Blumenau cresce e se destaca. Boa Leitura
ALÔ VOCÊ Marca Recebemos mais uma importante prova do reconhecimento e da importância depositada pelos brasileiros na marca Unimed. Tratase do resultado da 8ª Pesquisa Marcas de Confiança – estudo realizado pela Revista Seleções e pelo Ibope Inteligência – que aponta pelo oitavo ano consecutivo a Unimed como a marca mais confiável na categoria Assistência Médica. Neste ano, para 53% dos entrevistados. Gostaríamos, portanto, de dividir esta conquista com os dirigentes, cooperados e colaboradores que, por meio do trabalho, contribuíram e continuam a contribuir para o desenvolvimento da marca Unimed. Aucélio Gusmão Diretor de Marketing da Unimed do Brasil
Melhores empresas (1) Em nome da Unimed Mercosul, cumprimento a Unimed Blumenau pela conquista, pelo quinto ano, de reconhecimento pelas revistas Você S/A e Exame, da Editora Abril, como uma das 150 Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil. Sem dúvida, integrar este ranking comprova que a Unimed Blumenau realmente dedica “interesse pela comunidade”, a começar pelos seus colaboradores, cumprindo assim o sétimo princípio do cooperativismo. Dr. Nilson Luiz May Presidente da Unimed Mercosul
Melhores empresas (2) Pessoas criam, fazem, revolucionam. Estimular os profissionais, criando ambientes de trabalho em que é possível se desenvolver, produzir e ser feliz é o grande desafio das grandes empresas hoje. E estar entre as 150 Melhores Empresas para se Trabalhar, no ranking da Exame/Você S/A, é o reconhecimento às corporações que têm boas práticas e que investem em pessoas. A consultoria LiseChaves Pessoas, Estratégias, Resultados parabeniza as empresas que se destacaram em todo o País, especialmente as de Santa Catarina, como a Unimed Blumenau, e faz votos de que continuem a trilhar por este caminho. Equipe LiseChaves
Envie cartas para o endereço eletrônico revista@unimedblumenau.com.br
EM FOCO Unimed Blumenau concorre a quatro prêmios de Comunicação
Das oito categorias do Prêmio de Comunicação do Sistema Nacional da Unimed, a Unimed Blumenau se classificou em quatro projetos para as finais. Os vencedores serão conhecidos entre os dias 28 e 31 de outubro, na 39 ª Convenção Nacional Unimed, que acontecerá em Vitória – ES. A Cooperativa de Blumenau está nas finais nas categorias Revista (revista Unimed), Jornal (boletim Informativo Unidoutor), Projeto Especial (balanço digital de sustentabilidade) e Intranet (espaço exclusivo do cooperado).
Prêmio Expressão de Ecologia A Unimed Blumenau conquistou o Prêmio de Ecologia da Revista Expressão, vencendo na categoria Tecnologias Socioambientais do Setor Privado com o trabalho “Construção do Hospital da Unimed – Unidade Timbó”. O trabalho da Unimed destaca a preocupação da obra do Hospital, inaugurado dia 11 de julho, com a preservação do meio ambiente, especialmente pela arquitetura que aproveita a energia do sol, respeita os espaços e o tipo de solo do terreno, além dos materiais utilizados na construção, decoração e equipamentos e a capacidade e tecnologias da Estação de Tratamento de Efluentes. Criado em 1993, o Prêmio Expressão de Ecologia é um dos mais importantes do País. É a primeira vez que a Cooperativa recebe este prêmio, que da região destacou também as empresas Bunge, Coteminas e Fujiro Ecotêxtil. Mas da revista Expressão a Unimed já recebe há quatro anos o prêmio “Empresa Excelência em Gestão Social”.
Em Foco
Finalista em três de cinco prêmios de marketing A Unimed Blumenau está na final de três das cinco categorias do 15º Prêmio de Marketing Dr. Nilo Marciano de Oliveira, promovido pela Unimed do Brasil. Os trabalhos foram escolhidos por um júri técnico. Em cada categoria, são duas Unimeds concorrendo. A eleição final acontecerá na Convenção Nacional do Sistema
Unimed, de 28 a 31 de outubro, em Vitória (ES). Em cada categoria, há dois prêmios: técnico e popular (eleito em votação direta pelos cooperados de todo o País). A Unimed Blumenau está na final nas categorias Ação Promocional, com a campanha “Nosso Hospital é todo pra você”; Ação Digital, com o trabalho
“Ouvidoria online” e na Estratégia de Atração de Patrocínio, com o projeto “Atletismo e sua relação com a educação”. De Santa Catarina, apenas a Unimed Florianópolis e a Federação Catarinense das Unimeds (Campanha da qual a Unimed Blumenau também participou) tiveram um trabalho cada indicado para a final.
Kakau Santos
Guia Médico no celular Agora é possível ter o Guia Médico da Unimed Blumenau no celular. A novidade é gratuita e tem apenas 80k de utilização de memória, ou seja, é menor do que uma foto. É possível instalar o guia de três formas: pelo próprio aparelho, via WAP, acessando o site da Unimed Blumenau (www.unimedblumenau.com.br/mobi); por download, através do site da Unimed Blumenau; ou transferência via Blue-
tooth de celular para celular. A única exigência é o telefone ter a linguagem Java disponível. Com interfaces que facilitam o acesso e dados completos do médico, o aplicativo ainda permite a discagem direta para o consultório. Caso haja atualização na lista médica, o cliente vai ser informado. O aplicativo foi desenvolvido pelo Guia Fácil.
Correção Os telefones de 11 novos cooperados da Unimed Blumenau foram publicados equivocadamente na edição 43. Confira os números corretos na lista a seguir:
Dr. Pedro Geisel Santos Otorrinolaringologia (47) 3326-2270
Dr. Rodrigo Ferracin de Souza Ortopedia e Traumatologia (47) 3340-7414
Dra. Simone Yumi Yamamura Cardiologia (47) 3322-6100
Dr. Rafael Rodrigues Batista Pereira Otorrinolaringologia (47) 3322-4960
Dr. Rogério Nadin Vicente Pneumologia e Clínica Médica (47) 3322-6808
Dr. Thercio Murilo Souza Rocha Medicina Nuclear (47) 3231-0210
Dr. Ricardo Albaneze Pneumologia e Tisiologia e Clínica Médica (47) 3037-7099
Dra. Samantha Nagasako Soejima Pediatria e Nefrologia Pediátrica (47) 3340-4096
Dr. Tiago Henses Schild Anestesiologia (47) 3322-8522
Dr. Robson Antônio Palma Otorrinolaringologia (47) 3322-0377
Dra. Sandra Ayumi Sato Azevedo Dermatologia (47) 3340-2552
entre as melhores operadoras do brasil
Única empresa de Blumenau entre as 150 Melhores do País Divulgação
O presidente da Unimed Blumenau, Dr. Jauro Soares, recebeu o prêmio com as colaboradoras Kátia Demeneck (E) e Maike Mohr Pelo quinto ano, a Unimed Blumenau é considerada pelas revistas Você S/A e Exame, da editora Abril, uma das 150 Melhores Empresas para Trabalhar do Brasil. O presidente Dr. Jauro Soares, acompanhado das colaboradoras Kátia Demeneck e Maike Mohr, recebeu o prêmio dia 9 de setembro, em São Paulo. Com nota final média de 7,5, a Unimed é a única empresa de Blumenau a estar neste ranking nacional. Em Santa Catarina, são apenas outras sete empresas, sendo três de Joinville, duas de Criciúma, uma de São José e a Bunge,
de Gaspar. “Isto ratifica nossa responsabilidade com a comunidade, que começa com a valorização e o respeito às pessoas da casa, os nossos colaboradores”, destacou o presidente. Na Cooperativa, dois terços dos funcionários são mulheres. Na 13ª edição, o Guia Você S/A/Exame - As Melhores Empresas para Você Trabalhar é uma publicação que reúne as 150 organizações com as melhores políticas de gestão de pessoas. Foram ouvidos mais de 4,5 mil funcionários em 103 municípios das cinco regiões para a conclusão do ranking nacional.
A Unimed Blumenau está entre as 208 operadoras de plano de saúde do Brasil mais bem pontuadas na avaliação de desempenho divulgado pela Agência Nacional de Saúde (ANS). A Cooperativa de Blumenau está no nível quatro (0,6 a 0,79) no ranking da ANS, junto com outras 199 operadoras (18,6%). Oito operadoras estão com notas entre 0,8 e 1,0, no nível cinco. Destas, cinco são de autogestão (planos próprios de empresas) e as outras três são as Unimeds de Vale do Açu, Itaúna e Paulistana. Mas, do total, 870 operadoras do País (80,7%) estão abaixo do nível três. A ANS define a média de desempenho avaliando quatro quesitos. A Unimed Blumenau obteve as melhores notas no indicador econômico-financeiro, somando 76% do índice. Neste aspecto, a liquidez e o patrimônio líquido tiveram as notas máximas. Também foram bem avaliadas pela ANS a estrutura da operação, com 71,8% do total, e a satisfação do beneficiário, com 72%. A atenção à saúde obteve 55% de média. Neste particular, o programa de prevenção ao câncer de mama atingiu a pontuação mais expressiva do item.
PÁGINAS VERDES
com o presidente do Conselho da Associação Blumenauense Pró-Ciclovias, Eldon Jung
“A dependência do carro pode ser tratada com a vontade de mudar” Kakau Santos
O presidente do Conselho da Associação Blumenauense Pró-Ciclovias (ABC), Éldon Jung, um dos fundadores do movimento pró-ciclovias no Município, ressalta a importância do uso da bicicleta como alternativa ao
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carro. A ABC é uma ONG que luta pela implantação de um sistema com 200 quilômetros de ciclovias interligados e estimula sociedade e empresas a aderirem ao uso da bicicleta como meio de transporte. Jung, que
começou a pedalar há apenas sete anos, defende que pedestres e ciclistas devem compartilhar espaços nas ruas onde as ciclovias não podem ser implantadas e vislumbra pedais até mesmo dentro do Rio Itajaí-Açu.
Revista Unimed: Nos últimos meses, a Prefeitura vem implantando novas ciclovias e ações, como o aluguel de bicicletas, para incentivar o uso desse meio de transporte alternativo. Qual a opinião do senhor sobre essas ações? A ABC tem sido consultada pela Prefeitura? Eldon Jung: A ONG foi consultada e esperamos que o nosso projeto seja concluído. A Prefeitura fez um trajeto de 45 quilômetros que não é interligado entre si e nem permite acesso aos bairros. Se o mesmo acontecesse com as ruas, com certeza os motoristas iriam reclamar. De qualquer forma, ficamos sensibilizados pela boa vontade da Prefeitura ao criar essas ciclovias por causa da dificuldade financeira causada pela catástrofe do ano passado. Concordamos que as ciclovias devem ser feitas da forma mais simples e com o menor custo possível. RU: O modelo de aluguel de bicicletas implantado em Blumenau é viável? Jung: É perfeitamente viável. No Rio de Janeiro, esse modelo funciona muito bem. Isso valoriza o transporte coletivo e permite que o usuário chegue aos terminais de bicicleta. RU: E o atual sistema cicloviário? O que precisa ser feito para atender melhor os usuários? Jung: A malha cicloviária ideal seria aquela que interliga o centro aos bairros e depois seguir até os limites municipais. A primeira ligação já foi feita até a Furb. Os estudantes, trabalhadores e turistas são beneficiados. O melhor meio de transporte para se conhecer uma cidade é a bicicleta. Se você vai a pé, no fim do dia se sente exausto. Com a bicicleta, não existe essa sensação porque você fica sentado o tempo todo. Além de confortável, andar de bicicleta é mais prazeroso.
RU: Ciclofaixas foram pintadas em algumas calçadas onde não é possível implantar ciclovias, mas uma lei municipal de 1995 (Lei 4492/95) proíbe que bicicletas trafeguem em calçadas. Esta lei não deveria ser revogada antes da implantação das ciclofaixas? Jung: No que me consta, essa lei já foi revogada. Caso não tenha sido, existe uma prerrogativa Municipal que permite o uso das bicicletas nas calçadas. De qualquer forma, acredito que os vereadores devem se preocupar com isso para legalizar as ciclovias.
“Os pedestres caminham na ciclofaixa porque as calçadas não oferecem o conforto. Se arrumar as calçadas, eles vão voltar para lá“ RU: Em muitos pontos, veem-se as ciclovias servindo de estacionamento ou de pista para caminhada, dificultando a vida de quem usa a bicicleta. Como esta situação pode ser resolvida? Jung: A rua é um espaço público e o estacionamento é o lugar onde a pessoa estaciona seu veículo, que é propriedade privada. Esse uso é uma tolerância que o poder público dá ao motorista, mas não é um poder adquirido. Se o poder público necessita desse espaço para o trânsito fluir, ele está mais do que certo ao usá-lo. Hoje, está mais do que claro que os estabelecimentos comerciais devem prover estacionamento para os clientes. Os pedestres caminham na ciclofaixa porque as calçadas não oferecem o conforto. Se arrumar as calçadas, os pedestres vão voltar para lá. A gente pode compartilhar o mesmo espaço, porque é dividindo que se multiplica.
PÁGINAS VERDES
com o presidente do Conselho da Associação Blumenauense Pró-Ciclovias, Eldon Jung
Kakau Santos
Ciclovias possibilitam o deslocamento rápido e seguro, além de promover a saúde e o bem-estar
RU: Implantações de novos trechos de ciclovias invariavelmente geram reclamações de comerciantes e motoristas. Quem reclama alega escassez de vagas de estacionamento. Como convencer as pessoas que o incentivo ao uso da bicicleta é benéfico para a cidade? Jung: Foi colocado na nossa cabeça que o que foi conquistado com o carro é um direito do motorista. A sociedade não questiona esse direito e agora temos que pensar em uma estratégia para neutralizar isso. No Dia Mundial sem Carro, foi possível perceber como as pessoas são dependentes de seus veículos. Essa dependência pode ser tratada como qualquer outra: a partir da vontade da pessoa de mudar de estilo de vida.
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RU: Quais as principais vantagens do uso da bicicleta como meio de transporte? Jung: Os benefícios são inúmeros. Para começar, quando se está na bicicleta, percebem-se cenários novos. É possível contemplar a cidade. É um exercício físico que libera hormônios responsáveis pela felicidade que viciam depois de uma semana de liberação diária. É um vício bom que só tem a acrescentar na qualidade de vida. O meio ambiente é poupado porque você é o motor e também requer menos espaço. Toda vez que a Prefeitura alarga uma rua para caber mais carros, árvores são derrubadas. A bicicleta te deixa na porta do seu destino e não existe a preocupação com estacionamento. O custo é baixo, não se precisa de 60 meses para comprar uma bici-
cleta. Não necessita de combustível e a manutenção é bem menor que a do carro. RU: Blumenau está no caminho certo? Em que cidades brasileiras ou países o Município pode se espelhar? Jung: Blumenau está no caminho certo porque está dando espaço para as bicicletas e não está desprezando os carros. Você pode ter seu carro, mas use-o com moderação. A cidade de Bogotá, na Colômbia, optou por investir no transporte coletivo igual ao de Curitiba e criou ciclovias com até 200 quilômetros, sem interrupção. No Brasil, a cidade de Sorocaba também fez as mesmas mudanças e espera que isso reflita na saúde das pessoas e na humanização do trânsito.
“Blumenau está no caminho certo porque está dando espaço para as bicicletas e não está desprezando os carros. Você pode ter seu carro, mas use-o com moderação“ RU: Na Via Expressa, ligação importante da região norte da cidade com o Centro, o tráfego de bicicletas é proibido. Ainda é possível a implantação de ciclovia nessa via? Quão mais barato seria ter implantado o sistema já no projeto inicial da Via Expressa? Jung: Tudo que se faz de forma planejada é mais barato. Não foi por falta de aviso que a Via Expressa saiu sem a ciclovia. O tempo que se ganha ao andar 100 quilômetros por hora é dois minutos e meio. A velocidade deve ser diminuída para 70 quilômetros caso seja implantada a ciclovia e o tempo diminui apenas um minuto.
RU: Algumas pessoas alegam que a topografia de Blumenau não favorece o uso da bicicleta. Essa é uma justificativa válida? Jung: As pessoas deviam perguntar aos seus avós para saber se os morros atrapalhavam em alguma coisa no passado. Na subida, é só empurrar a bicicleta e, na descida, é uma delícia. Antigamente, era complicado e a gente vivia levando tombos. As bicicletas hoje são mais leves e têm marchas; as ruas são asfaltadas e quase todos os morros são possíveis de vencer.
Kakau Santos
RU: Que outros meios de transporte a ABC defende que poderiam ser estimulados em Blumenau para melhorar o sistema de trânsito? Jung: O trem sob rodas está dentro do projeto de urbanização de Blumenau. O transporte aquático poderia ser pensado também. É uma quebra de paradigmas, mas porque não criar pedalinhos com espaço para mais pessoas pedalaram aos seus destinos. Depois, temos o sistema ferroviário, que pode voltar a usar o trem, não só para o transporte de carga, mas para pessoas, inclusive com suas bicicletas – assim elas podem continuar pedalando quando descerem do trem para chegarem ao destino.
RU: Há quanto tempo o senhor anda de bicicleta? Jung: Há sete anos. A ONG existe há 12 anos e levei cinco anos para superar o medo de andar de bicicleta. Meus companheiros questionavam como eu podia defender uma causa sem antes me envolver com ela. RU: Como surgiu, como está organizada e quais as ações da ABC? Jung: Tudo começou em 1997, quando vi que 20% dos colaboradores da minha empresa usavam bicicleta e, como a fábrica fica na Rua Bahia, onde os veículos correm bastante, eu ficava de cabelo em pé. Comecei a perceber que essa também era a preocupação de outras empresas e fui atrás de ciclovias para essas pessoas. A ciclovia não chegou lá ainda, onde começou o movimento. RU: A sua empresa, a Fornos Jung, incentiva o uso de bicicletas entre os funcionários? De que forma? Jung: O colaborador que quer ir ao trabalho pedalando, passa por um período de experiência e depois fica com a bicicleta para ele. O estacionamento desses colaboradores é coberto e está ao lado do relógio de ponto. Eles podem tomar banho nos vestiários. Quando a ciclovia
estiver pronta, haverá mais incentivos. RU: Outras empresas de Blumenau e região fazem algo semelhante? Jung: Diversas empresas estão começando a se preocupar com isso e a ONG apresenta palestras sobre o assunto. RU: Quais os cuidados que um ciclista deve ter para pedalar com segurança? Jung: Em primeiro lugar, a pessoa deve estudar o código de trânsito e saber que o ciclista tem responsabilidade sobre os pedestres e sobre si mesmo. Equipamentos de segurança como lanterna, campainha e retrovisor são indispensáveis.
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o maior atendimento 24 horas de blumenau Divulgação
Área de 1,3 mil metros quadrados vai atender clientes da Unimed, particulares e de outras operadoras
A
partir da segunda quinzena de novembro, Blumenau contará com mais uma unidade de atendimento em saúde. Chegando à etapa final das obras, o Prontoatendimento (PA) Unimed no Bairro Vila Nova começa a virar realidade.
Para a conclusão das obras foi necessário apresentar uma análise de impacto ambiental, entre outros estudos exigidos pela legislação. “Tudo isso acabou comprometendo a data da inauguração, mas o PA estará
funcionando em novembro”, diz o presidente da Unimed. Um dos objetivos principais é oferecer um atendimento ético, humanizado, com alto padrão de qualidade em serviços de urgência e emergência.
“Esta é a primeira etapa de uma obra que irá complementar um moderno hospital que será construído pela Cooperativa no próximo ano”, adianta o presidente da Unimed Blumenau, Dr. Jauro Soares.
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Divulgação
O novo serviço oferecerá atendimento 24 horas aos clientes da Unimed e outros planos de saúde através de consultórios e sala de atendimento de emergência, proporcionando ainda exames laboratoriais, de raios-X e ultrassonografia, entre outros.
Prontoatendimento da Unimed abre as portas em novembro
Mais de 20 médicos no plantão A equipe que irá atuar no PA da Unimed realizou uma prova seletiva no dia 4 de outubro. “Divulgamos a seleção junto aos médicos cooperados para que todos tenham a oportunidade de trabalhar nesta nova unidade. Serão mais de 20 médicos para o atendimento de plantão, além dos especialistas que ficarão de sobreaviso”, afirma Dr. Jauro. Além do corpo clínico, haverá uma equipe de enfermagem, administração e serviços gerais, entre outros. “Vamos contar com 16 leitos e consideramos quatro funcionários para cada posto”, calcula o presidente da Unimed Blumenau.
São leitos de observação e internação rápida para as pessoas desidratadas ou que necessitem de medicação. Assim como o Hospital Unimed – Unidade Timbó, o PA da Vila Nova não dará exclusividade aos clientes da Cooperativa, ficando disponível para atendimentos a clientes de outros planos de saúde e particulares. O objetivo é não fazer restrições. “Todos sairão ganhando com o Prontoatendimento já que estamos focados na qualidade e no rápido atendimento 24 horas em uma estrutura moderna e totalmente nova que segue os padrões da Unimed”, garante Dr. Jauro.
Kakau Santos
Dr. Jauro salienta o foco do PA no atendimento rápido e de qualidade, com plantão 24 horas
HOSPITAL PRÓPRIO Unidades mantêm padrão e identidade visual O projeto do PA da Vila Nova foi desenvolvido pela empresa Madrigano Hospitalar, que trabalha exclusivamente com planejamento e arquitetura de hospitais e também é responsável pelo projeto Hospital Unimed – Unidade Timbó. “O projeto do Hospital Geral e do Hospital de Gaspar também foi desenvolvido pela empresa do arquiteto e consultor Heitor Madrigano por que, assim, é possível manter a identidade visual, a padronização das unidades, além de racionalizar a compra de material”, avalia Dr. Jauro Soares.
A unidade será o maior prontoatendimento de Blumenau, disponibilizando um espaço de 1,3 mil metros quadrados. “Acreditamos que serão atendidas cinco mil pessoas por mês já que vamos contar com laboratório, raios-X e outros equipamentos modernos necessários para exames básicos”. O térreo e o andar superior terão quase 700 metros quadrados de área construída em cada piso e mais 500 metros quadrados de área de apoio e logística, totalizando mais de 1,9 mil metros quadrados de área construída.
O moderno projeto, com conceito de humanização, prevê, além de uma estrutura agradável, o atendimento com equipe treinada que esteja adequada às normas técnicas e, principalmente, à filosofia de trabalho. Uma das inovações é na área de tecnologia. “Vamos controlar toda a gestão do PA por fibra ótica. Serão dados e imagens enviados por uma rede integrada, apresentando os diagnósticos digitalizados. Esse processo garante a qualidade e agilidade do atendimento”, enfatiza Dr. Jauro.
Gilberto Viegas
O Hospital Unimed - Unidade Timbó, já em atividade, também foi projetado por Heitor Madrigano
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Parceria com o Santa Isabel Uma parceria foi criada entre a Unimed Blumenau e o Hospital Santa Isabel (HSI) para oferecer maior comodidade aos clientes da Cooperativa e, principalmente, aos pacientes que poderão ser encaminhados dos consultórios e clínicas cooperadas e pelo PA da Unimed. “Este espaço exclusivo em um hospital credenciado garante que os nossos clientes e pacientes do PA sejam acompanhados de forma diferenciada durante a internação. No caso do paciente ser encaminhado pelo Prontoatendimento da Unimed, ele não precisará passar pelo prontossocorro do hospital, sendo diretamente hospitalizado”, explica o presidente da Cooperativa. Serão 80 leitos que estarão disponíveis a partir de novembro. As alas da Unimed estão localizadas no quarto e quinto andares do HSI. Uma das preocupações da Unimed foi em relação à identificação visual dos leitos. “Com a criação destas alas, a Unimed passará a ficar mais envolvida com a capacitação e treinamento dos funcionários do hospital, já que contamos com a Universidade Corporativa para fazer esse tipo de trabalho”, diz Dr. Jauro. Futuramente, a Unimed Blumenau iniciará uma parceria com o Hospital Santo Antônio (HSA). Segundo o presidente da Cooperativa, o acordo com o Santo Antônio será firmado após a conclusão das obras de ampliação do hospital. “Talvez demore ainda alguns meses para que essa ala seja concluída, mas os novos leitos serão uma opção a mais de internação para os clientes da Unimed ”, diz Dr. Jauro.
Divulgação
Ala no HSI ficará à disposição dos clientes da Unimed
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Coração
Cirurgia muda a vida do paciente Banco de imagens
O antes A partir do momento em que a cirurgia se torna necessária, algumas medidas devem ser tomadas imediatamente. O cardiologista cita a redução de sal e gordura na alimentação, afastamento do trabalho e repouso. Atenção extra ao medicamento, que deve ser tomado no horário certo e na quantidade recomendada. “As cirurgias são marcadas de acordo com a gravidade do caso. Se o paciente sentir dor no peito enquanto estiver em repouso, deve ser encaminhado com certa urgência porque se trata de uma situação grave”, exemplifica o médico.
O durante No hospital, após a cirurgia, o normal é que o paciente permaneça na UTI por 48 horas. Dr. Silvio revela que, normalmente, o procedimento cirúrgico dura apenas duas horas, mas a preparação e a observação tomam bastante tempo. “Nesse período, ficamos atentos às complicações respiratórias. Os fumantes têm mais chances de apresentar esse tipo de problema”, alerta.
V
ida sedentária, alimentação inadequada e pré-disposição genética são fatores comuns entre candidatos a procedimentos cardíacos. O mais comum, segundo o cardiologista Silvio Cleffi é a cirurgia das coronárias, também conhecida como ponte de safena. Outro procedimento cirúrgico corriquei-
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ro é o reparo ou a substituição de válvulas cardíacas. Essas duas operações correspondem a 80% dos casos. Para o Dr. Silvio, seja qual for a intervenção, cuidados devem ser tomados tanto no pré como no pósoperatório.
Passados os dois dias, o pós-operado vai para o quarto onde permanece por mais sete dias em repouso e observação. O cardiologista afirma que, durante essa semana, o paciente recebe uma dieta livre de sal e de gordura. “Aos poucos, vamos movimentando o pós-operado até que ele comece a andar sozinho”, descreve.
O depois Para Dr. Silvio, o cardiologista não deve ser o único responsável pela recuperação do paciente. Uma equipe multidisciplinar deve ser consultada a fim de garantir a reabilitação do pós-operado. A participação do nutricionista, do fisioterapeuta, do psicólogo e, especialmente, da família é essencial para ajudar o paciente a se adaptar nessa nova vida. “Depois da cirurgia, o paciente voltará para o mesmo ambiente, para a mesma família. Os profissionais vão ajudá-lo a mudar os antigos hábitos”, afirma. Fumar e ingerir bebidas alcoólicas são ações que devem ser
excluídas para sempre da vida do paciente; caso contrário, de acordo com Dr. Silvio, em menos de três anos a pessoas retornará à mesa de cirurgia. De 30 a 40 dias após a operação, o paciente passa por exames e, depois de dois meses, pelo teste da esteira para avaliar a condição física. Esportes e exercícios devem ser inseridos aos poucos, de acordo com a recomendação de um fisioterapeuta. Segundo o médico, o mais importante é fazer o paciente entender claramente as orientações a respeito do que ele pode ou não fazer depois da cirurgia cardíaca. Isso feito, ele poderá tocar normalmente a nova vida.
Cuide bem do seu coração
Kakau Santos
Problemas no coração estão entre as maiores causas de mortes no mundo. Ajustes na rotina são suficientes para cuidar desse importante órgão: Faça um check-up com seu médico anualmente. Mesmo se estiver se sentindo bem, faça exames de colesterol, de diabetes e de pressão arterial Praticar exercícios regularmente resulta em um coração saudável por toda a vida. Procure atividades divertidas, como esportes ou danças Escolha alimentos naturais e evite comidas gordurosas para manter o colesterol baixo Mantenha um peso saudável. Pessoas acima do peso acabam forçando mais o coração Parar de fumar faz muita diferença na prevenção de doenças cardíacas. Procure grupos de apoio e converse com o seu médico a respeito dessa difícil decisão Relaxe quando possível e evite estressar-se por qualquer motivo. Além de mais feliz, você será mais saudável
MAIS INFORMAÇÕES Dr. Sílvio Cleffi CRM 10553 (47) 3332-7872
Gestação
Programa orienta futuras mamães Dar banho, trocar as fraldas, vestir e amamentar o bebê. São detalhes que fazem parte da rotina das mamães depois que os filhos nascem, mas os cuidados devem começar muito antes disso, principalmente no que se refere à nutrição e às modificações no corpo da mulher ocorridas durante a gestação. Para falar da evolução da gravidez, do trabalho de parto e dos cuidados com o recém-nascido, a Unimed Blumenau criou o Curso de Gestantes, primeiro dos programas da Linha do Cuidado da Mulher e da Criança, que irá oferecer palestras ministradas por um grupo de especialistas da Unimed. As palestras serão feitas sempre aos sábados à tarde com duração aproximada de duas horas e meia. “O curso de gestante é recomendado para as futuras mamães. Em geral, aprende-se sobre as mudanças físicas e emocionais que ocorrem na gravidez, o trabalho de parto, técnicas de respiração e relaxamento, cuidados com o recém-nascido, amamentação, como dar banho e fazer o curativo umbilical”, explica a coordenadora do projeto, pediatra Mariza Mathias Soares.
O primeiro módulo sobre a evolução da gravidez, no dia 14 de novembro, será ministrado por um obstetra e abordará o desenvolvimento, modificações, nutrição e cuidados durante a gestação. O segundo módulo, no dia 21 de novembro, será comandado por um obstetra e um anestesiologista, já que abordará o trabalho de parto, explicando o parto normal, cesárea, analgesia e anestesia. “Será apresentado um vídeo para que as futuras mamães possam visualizar o nascimento do bebê”, diz Dra. Mariza. No dia 28 de novembro, será oferecido o terceiro módulo que irá falar da importância do aleitamento materno. Um médico pediatra explicará os cuidados com os seios antes e durante a amamentação, dos nutrientes do leite materno e da questão imunológica. “O primeiro curso de gestantes será concluído no dia 12 de dezembro, falando sobre os cuidados com o recém-nascido”, conta a coordenadora do projeto. Ela explica que neste dia serão oferecidas aulas práticas e teóricas ministradas por um médico pediatra e uma enfermeira. Divulgação
Mãmães de primeira viagem são o público alvo do projeto
Curso de Gestantes “É muito importante mostrar na prática, principalmente para as mamães de primeira viagem, como se dá o primeiro banho e os cuidados com o cordão umbilical. Também vamos falar dos horários recomendados para os banhos e a importância do banho de sol, entre outros detalhes importantes que farão parte do dia a dia da mamãe e do bebê nos primeiros meses de vida”. Durante as palestras, também será abordada a importância da gestante consultar um pediatra no último trimestre da gravidez. “Assim, a futura mamãe poderá escolher com antecedência o médico que irá acompanhar o desenvolvimento do seu filho até a adolescência”. A médica acredita que este programa, vinculado ao Núcleo
de Atenção à Saúde (NAS) da Unimed Blumenau, irá orientar as gestantes, ajudando a esclarecer todas as dúvidas que surgem durante a gravidez. “Este é o primeiro curso que estamos oferecendo às gestantes e daremos continuidade no próximo ano”, finaliza a pediatra.
O CURSO Local: auditório da Unimed Data: 14, 21 e 28 de novembro e dia 12 de dezembro Hora: 14h30min Inscrições: (47) 3331- 8322 / camila.nas@unimedblumenau.com.br Vagas para 16 gestantes com direito a acompanhante
Divulgação
Orientações atingem também os primeiros meses de vida
Viagem
Viagem a Compostela renova a alma Arquivo pessoal
Mariana Tordivelli mariana@mundieditora.com.br
A
jornada que começou em Saint Jean Pied de Port, na França, mudou a vida da proctologista Jakeline Gules Bernardi. Os 800 quilômetros percorridos até Santiago de Compostela passaram pelos Pirineus e renderam 30 dias de caminhada. Acompanhada pela amiga Daia Ferreira, Dra. Jakeline colocou somente o necessário em uma mochila e, em abril deste ano, pôs o pé na estrada rumo a uma viagem que sonhava fazer há mais de 10 anos. “Foi compli-
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cado porque médico nunca tira mais de uma semana de férias por causa dos pacientes. Tive que deixar tudo organizado porque fiquei mais de 30 dias viajando”, conta. Como as amigas embarcaram sem a ajuda de uma agência de viagens, a preparação envolveu estudo do trajeto, condicionamento físico e montagem da mochila, que deve ser leve, pois será carregada nas costas durante todo o trajeto. “No começo, achei que seria difícil passar tanto tempo com duas trocas de roupas, mas, depois, percebi que pouca coisa é sufi-
ciente para se viver”, afirma. A peregrinação até a Igreja de Santiago de Compostela foi uma experiência espiritual para a médica, uma viagem rumo ao autoconhecimento. Enquanto caminhava, Dra. Jakeline meditava e revia valores que são esquecidos em meio à correria do dia a dia. Pelo caminho, ela conheceu pessoas de todo o mundo e ficou feliz ao perceber que as pessoas são solidárias e que não se importam com quem você é ou qual é a sua profissão. A médica lembra que, naquele momento, todos são iguais e encontram-se na mesma situação.
Fotos arquivo pessoal
O beleza dos cenários ajudou Jakeline a superar os obstáculos do caminho
É tradição entre os peregrinos depositar uma pedra levada da terra de origem
Pela estrada afora O trajeto tem um visual lindo e os povoados com resquícios medievais são encantadores. Para a médica, o roteiro é rico em cultura e em história. Ela e a amiga percorriam uma média de 30 quilômetros por dia em um terreno cheio de morros e barro. No final da tarde, instalavam-se em albergues e confraternizavam com os outros peregrinos. Dra. Jakeline confessa que, depois de horas caminhando, sentia-se cansada, porém, a energia do lugar era tão boa que não lhe faltava disposição. Um dos momentos emocionantes
da viagem ocorreu quando a médica comemorou seu aniversário em um ponto importante do Caminho de Compostela. A data coincidiu com a passagem pela Cruz de Ferro – lugar onde o peregrino deve depositar uma pedra trazida de sua terra de origem. Isso representa deixar para trás cargas e culpas que foram carregadas pela vida. No mesmo dia, depois do jantar, os amigos que fez pelo caminho surpreenderam Dra. Jackeline com um bolo de aniversário. A peregrinação acabou na Igreja de Santiago de Compostela e, de acordo
com a médica, foi um momento comovente. “Foi uma mistura de emoções. Estava feliz por ter finalizado o trajeto completo e um pouco triste porque a aventura havia acabado”, conta. As peregrinas participaram da missa na bela igreja, foram até a próxima cidade – Finisterre –, onde a tradição pede que as roupas usadas durante o trajeto sejam queimadas em sinal de desprendimento, e voltaram para casa de alma renovada. Dra. Jakeline troca e-mails com os amigos que fez na viagem e pensa em voltar à Santiago de Compostela por outro caminho.
Viagem Chuva de estrelas A história com que Tiago, um pescador que vivia à margem do Lago Tiberíades, atendeu ao chamado de Jesus Cristo para ser um dos 12 apóstolos. Depois dos eventos da morte e da ressurreição de Cristo, Tiago foi pregar na Galícia, extremo-oeste da Espanha, então Província Romana. Ao voltar à Jerusalém, foi preso e decapitado. Dois de seus discípulos, Teodoro e Anastácio, recolheram o corpo de Tiago, levaram-no de vol-
ta à Galícia e o sepultaram secretamente em um bosque.
nhecer a tumba, originando-se o Caminho de Santiago de Compostela.
O lugar foi esquecido até que oito séculos depois um ermitão chamado Pelágio observou chuvas de estrelas sobre um ponto no bosque. Quando escavações foram feitas no lugar, os ossos do apóstolo Tiago estavam lá.
Uma singela capela foi construída ao mesmo tempo em que uma cidade chamada de Compostela (Campo de Estrelas) era erguida em torno do bosque. Atualmente, uma bela catedral recebe os peregrinos que chegam ao lugar a pé, de bicicleta ou a cavalo, através dos diversos caminhos espalhados que levam à Compostela.
A notícia se espalhou e pessoas começaram a peregrinar a fim de co-
Fotos arquivo pessoal
Confraternização entre os peregrinos que chegaram juntos a Santiago de Compostela
Daia e Jakeline em frente à Catedral que atrai visitantes do mundo inteiro
Bagagem: O mínimo é o máximo O caminho é logo e o terreno irregular. Atravessar morros, rios, neve e chuva com a bagagem nas costas não é tarefa fácil. Antes de se jogar na aventura, a preparação da mochila deve receber atenção especial. A mochila deve ser especial para caminhadas e ter, no máximo, 10% do peso da pessoa. De acordo com Dra.
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Jakeline Gules Bernardi, duas mudas de roupa são suficientes. Tecidos inteligentes que secam rápido e que acompanham a temperatura do corpo são ótimas dicas. Botas tipo trekking são impermeáveis e resistentes, porém, antes de colocar o pé na estrada é bom amaciá-las para ter certeza de que estão confortáveis e de que não causarão
bolhas nos pés. Meias de algodão, chapéu, luva, cantil e protetor solar são itens indispensáveis. Leve também um agasalho impermeável, capa de chuva, saco de dormir, objetos de higiene pessoal e prepare-se para aparecer sempre com a mesma roupa em todas as fotos.
Saúde da criança
Os tipos e consequências da otite Banco de imagens
Michele Wilke michele@mundieditora.com.br
A
otite é uma doença extremamente comum, particularmente na infância. São raras as crianças que não apresentam ao menos um episódio antes dos sete anos. Segundo estudos, a otite atinge aproximadamente 90% das crianças até essa idade. Na verdade, otite é o termo médico usado para toda infecção do ouvido que pode ocorrer no ouvido externo ou médio e pode ser aguda ou crônica. A infecção da orelha externa é chamada otite externa e do ouvido médio é chamada otite média. As otites médias são mais comuns na infância devido às peculiaridades anatômicas do ouvido nessa fase e o sis-
tema imunológico ainda em formação que favorecem esse tipo de patologia. “A anatomia da tuba da criança em fase de amamentação favorece a migração de leite para a orelha média. Por isso, a orientação é nunca amamentar a criança deitada”, explica o médico otorrinolaringologista Ruysdael Zocoli, que desde 1998 aplica o teste da orelhinha nos pacientes e atualmente é delegado da Sociedade Brasileira de Otologia para o Estado de Santa Catarina. A otite média normalmente é consequência dos processos infecciosos e alérgicos das vias aéreas superiores, como gripes, resfriados, sinusites e rinites alérgicas. “Mas nas crianças em fase de amamentação, a infecção é muito comum já que o leite da mãe pode escorrer para o ouvido. Já nas crianças
acima dos 12 meses de vida, a otite é comum devido à proteína do leite industrializado, que acaba substituindo o leite materno através da mamadeira. O leite de vaca é apontado como responsável por grande número de casos de otite média”, explica Dr. Zocoli. O médico lembra que somos os únicos mamíferos que, após o desmame, continuam consumindo leite, considerando-o saudável e completo para todas as idades. As proteínas presentes no leite de vaca têm uma composição diferente das presentes no leite humano e, por isso, não são digeridas adequadamente no nosso corpo. Assim, o organismo reconhece a presença de um agente estranho e defende-se, gerando um processo inflamatório, que pode provocar reações como a otite.
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Saúde da criança
Otite pode levar a complicações sérias Quando a criança tem uma infecção como essa, a fisiologia do ouvido pára de funcionar. A otite pode levar à surdez temporária, infecções crônicas de orelha média e mastóide, meningites e outras complicações, como a perda auditiva reversível ou irreversível. Os cuidados incluem o controle ambiental para evitar quadros alérgicos, tratamento precoce das doenças que acometem a região nasal, evitar amamentação quando deitadas e tratamento de refluxo quando necessário. Já se a criança não respira bem pelo nariz, como acontece no caso da adenóide, a comunicação fica prejudicada
O que é
devido à tuba auditiva, um canal que liga o nariz ao ouvido. Quando ocorrem muitas otites, esse canalzinho permanece entupido, acumulando secreção e diminuindo a audição. Neste caso, é necessário fazer uma pequena intervenção cirúrgica para retirar a secreção e introduzir um pequeno tubo de ventilação, que permanece no ouvido da criança pelo período de três a seis meses. “Este procedimento é bastante eficiente, mas, durante o período em que a criança permanecer com o tubo de ventilação, devese evitar a entrada de água no canal auditivo”, diz o otorrinolaringologista Ruysdael Zocoli. Banco de imagens
Quando o bebê é amamentado deitado, o leite pode migrar para a orelha média e facilitar a ocorrência de inflamações
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Otite externa: acomete o conduto auditivo externo cujos limites são o pavilhão auricular e a membrana timpânica. A otite média se localiza na orelha média, sendo normalmente consequência de processos infecciosos e alérgicos das vias aéreas superiores Otite média aguda: é uma infecção por bactérias ou vírus, que provoca inflamação e/ou obstruções e que, se não for tratada, pode levar à perda total da audição. Costuma ocorrer durante ou logo após gripes, resfriados, infecções na garganta ou infecções respiratórias. Os vírus e bactérias ascendem pela tuba auditiva e causam acúmulo de secreção dentro do ouvido médio. A pressão exercida por esta secreção levará a dor, febre e diminuição da audição Otite média serosa: é caracterizada pela presença de secreção inflamatória (serosa). Em geral, se manifesta por perda auditiva e otites agudas de repetição. Está relacionada à obstrução da tuba auditiva, podendo fazer parte do quadro clínico das alergias das vias aéreas superiores, aumento da adenóide e sinusites. Seu tratamento pode ser clínico, com resolução espontânea, e ocasionalmente cirúrgico, com a colocação de tubinhos de ventilação Otite média crônica: é a principal responsável pela queda da audição em crianças e, consequentemente, do aprendizado. Em geral, apresenta uma perfuração permanente na membrana do tímpano, como sequela de uma otite média aguda mal-tratada e que esporadicamente se infecta, manifestando-se pela presença de secreção. O tratamento da otite média crônica inclui controle da infecção por medicamentos, proteção contra entrada de água e até mesmo o tratamento cirúrgico. A cirurgia visa evitar novas infecções e, secundariamente, tentar recuperar a audição que restou daquele ouvido
Otite externa A otite externa é mais comumente causada por bactérias ou fungos. Na maior parte das vezes, eles penetram através de lesões na pele que recobre a orelha externa provocadas por objetos, por atritos ao coçar ou secar o ouvido e pelo contato com água contaminada do mar ou piscina. O contato frequente com a água pode facilitar a remoção da cera que serve de proteção para o canal auditivo. Por isso, a otite externa também é conhecida como otite dos nadadores. “As causas mais comuns são relacionadas à umidade, agravando o quadro pelo uso do cotonete”, diz o médico. Neste caso, ocorre uma dor intensa e diminuição da audição. Em alguns casos, podem aparecer secreção e coceira. O diagnóstico é feito con-
siderando os sintomas e por meio do exame otológico que permite visualizar o interior do ouvido. O tratamento da otite externa inclui analgésicos. Antibióticos e antifúngicos são usados como medicação tópica (aplicada diretamente no local). Muitas vezes, é difícil suspeitar da otite, seja ela média ou externa, já que um simples resfriado pode esconder o quadro. Normalmente, existem alguns sinais como febre, irritação, dor de ouvido, presença de líquido saindo da orelha, falta de atenção, falta de apetite, diarréia e dificuldade em ouvir. “Isso gera dificuldades de aquisição de linguagem e aprendizagem da criança. Por isso, é necessário estar atento ao problema”, alerta o especialista.
Recomendações médicas Kakau Santos
Evite o uso de cotonetes, pois podem retirar a cera protetora do ouvido ou empurrá-la para dentro do canal auditivo ou, até mesmo, machucá-lo Enxugue a orelha com cuidado, usando uma toalha macia enrolada na ponta do dedo Limpe, com frequência, as secreções nasais provocadas por gripes e resfriados, para evitar que o catarro se acumule no nariz e na garganta. Essa recomendação vale especialmente para bebês e crianças pequenas Nunca amamente seu bebê deitado. Essa posição favorece a entrada de líquidos em sua tuba auditiva, o que predispõe a infecções Não introduza objetos que possam ferir a pele para limpar ou coçar o ouvido Cuidado com a automedicação, evitando também as soluções caseiras Procure atendimento médico sempre que apresentar dor de ouvido, coceira intensa ou diminuição de audição
MAIS INFORMAÇÕES Dr. Ruysdael Zocoli CRM 3372 (47) 3322-0302
LIVROS
INDICADOS
Meu filho não come
Médico de homens e de alma “O autor Taylor Caldwell conta uma história emocionante que faz o leitor viajar, do começo ao fim, como se estivesse in loco. Trata da vida e perigrinação do médico Lucano. Quem ler, se surpreenderá em saber quem é Lucano.”
Julio José Rodrigues Cliente Unimed desde 1º/09/1990
A Mãe Minuto Autor: Spencer Jonson,M.D. “Um livro fascinante que ensina como alcançar os objetivos na educação dos filhos, ensinamentos esses que valem para os objetivos de uma vida inteira. Repreender um mau comportamento e lembrá-los que o comportamento é que foi condenável, faz as mães e os filhos se sentirem melhor consigo mesmos. Tire um minuto de seu dia para elogiar um bom comportamento, lembrar a alguém que você o ama.”
Eliane Antunes dos Santos Assistente da Central de Autorizações da Unimed
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Artigo
A queixa “Meu filho não come” é uma das mais comuns e antigas nos consultórios pediátricos. A preocupação é legítima e quase sempre não corresponde a um problema de saúde. A alimentação é fundamental para o crescimento e desenvolvimento geral da criança e serve como fonte de experiências psíquicas e condicionamentos sócio-culturais. O apetite é, na verdade, rico em conteúdo comportamental e a sua falta, conhecida como anorexia, é comum em determinados períodos do desenvolvimento emocional e requer maior atenção quando a criança não ingere espontaneamente a quantidade de alimentos necessária para o seu crescimento. Algumas deficiências de vitaminas e micronutrientes podem levar á falta de apetite. É preciso que o pediatra esteja atento para essa condição e alie conhecimento e sensibilidade na abordagem da anorexia, pois quando não tem como causa doenças orgânicas, na maioria das vezes está relacionada ao comportamento, reflexo da dinâmica familiar. Desde o nascimento, a mãe recebe orientações de forma a se sentir segura a alimentar o filho da amamentação até a dieta complementar. O problema com a comida se inicia quando a criança adquire autonomia para usar a colher. Toda criança tem preferências e aversões a determinados tipos de alimentos e, quando há a recusa alimentar, os pais forçam a comer ou recompensam com outro tipo de alimento que não tem a ver com a necessidade nutricional, mas que sacia. A todo instante, é oferecido
à criança algum tipo de alimento. Essa insistência ansiosa pode transformar a hora da alimentação em um campo de batalha e desencadear a repulsa pela comida ou a obesidade, além de reações agressivas contra os pais. Se a falta de apetite estiver relacionada ao comportamento, é necessário recuperar o prazer em se alimentar. Pensando nisso, seguem algumas dicas: 1. Ofereça diferentes alimentos ao dia. Dieta saudável é dieta colorida. Adote esta medida desde a transição alimentar. 2. Evite açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas, desde a gestação. Sal com moderação. A criança imita os pais ao estabelecer suas preferências. 3. Estime o consumo diário de frutas, legumes e verduras. Lembre-se que as crianças relutam em aceitar novos alimentos na primeira oferta. A partir dos 3 anos, valoriza o aspecto da comida. Não aceite a rejeição como definitiva. 4. Criança doente não tem fome. Ofereça líquidos a vontade e alimentos leves, conforme a aceitação. 5. Respeite as preferências alimentares. Se houver recusa, trocar por outro alimento do mesmo grupo nutricional; não recorra a chantagem para forçar a criança a comer; não recompense nem ameace. 6. Compreenda que ao final do primeiro ano de vida o crescimento desacelera e o apetite diminui. 7. Não dê muita atenção à bagunça que a criança faz ao comer sozinha. Deixe-a sentir o alimento. Ficar lim-
FILMES INDICADOS
pando durante a dieta pode dar a ideia que comida é sujeira. A partir dos 4 anos, estimule a participação no preparo dos alimentos e montagem do prato. 8. Evite artifícios para estimular a ingestão: televisão, aviãozinho, ficar andando ou distraindo a criança com mil artimanhas. Isto aumenta seu interesse pela brincadeira (que já é grande), diminui pela comida e não se obtém o mais importante: criar o hábito da boa alimentação. 9. Estabeleça uma rotina com horários regulares para as refeições e lanches, com intervalo mínimo de
duas a três horas. Não ofereça nada nos intervalos entre as refeições. 10. Por fim, não troque atenção e carinho pela alimentação. Estimule a autoestima e reforce o comportamento positivo. Sintonize-se com seu filho e esteja atento aos sentimentos de rejeição. Um ambiente familiar saudável é decisivo para o desenvolvimento infantil, inclusive no gosto pela comida.
Dra. Andrea Ceruti Hanemann Pediatra e intensivista. Professora do curso de Medicina da Furb
A Vida é Bela “Filme bem humorado e sensível, mas também real, que se passa na Itália e mostra a realidade histórica terrível dos judeus durante a 2ª Guerra Mundial. No início, é tudo muito bonito. Guido (Roberto Benini), um judeu, se apaixona por Dora(Nicoletta Braschi), uma italiana, e se casam – um casamento quase impossível para a época. Eles têm um filho, mas a vida muda com a guerra.”
Kakau Santos
Clarice Maria Longo Cliente Unimed desde 1º/06/1995
Sete Vidas
“Sete Vidas mostra a história de um homem depressivo que se apaixona acidentalmente por uma mulher no dia em que tenta se suicidar. A partir daí, ele decide mudar para melhor a vida de sete pessoas que ele não conhece.”
Andreza Russi Assistente de Administração de Contratos da Unimed
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Vida
cidadãos conscientes e saudáveis Divulgação
Tabagismo e alimentação saudável estão entre os assuntos discutidos no Projeto Unimed Vida
Desde 1996, a Unimed Blumenau presta gratuitamente assistência médica emergencial nas escolas públicas da região. A partir desse trabalho, a prevenção de acidentes começou a ser discutida, impulsionando a criação do Projeto Unimed Vida, em 1998, para trabalhar esta temática nas escolas. Em 2002, a Unimed implantou o segundo projeto – Vida Viva na Escola –, tendo como tema central a qualidade de vida. Em 2008, os dois projetos fundiramse em um único, tendo como tema central a qualidade de vida para uma vida mais longa e saudável. Assuntos como prevenção de acidentes,
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alimentação, atividade física, lazer, desenvolvimento sustentável, tabagismo e sexualidade, fazem parte das discussões. De acordo com a coordenadora do Setor de Responsabilidade Social, Maike Rothenburg Mohr, a junção dos dois projetos veio ao encontro do que preconiza a Política Nacional de Promoção à Saúde.
Números do projeto Segundo Maike, o resultado da união dos dois projetos foi satisfatório, uma vez que 33 escolas municipais e estaduais aderiram ao Projeto Unimed Vida. No total, são 22.406 alunos envolvidos.
Desde a implantação, houve redução de 14,02% dos atendimentos decorrentes de acidentes. Maike explica que essa diminuição está relacionada à adoção de medidas preventivas para redução de acidentes no ambiente escolar. No ano passado, foram capacitados 275 professores e 140 alunos e profissionais das escolas envolvidas no projeto no curso de Primeiros Socorros. No primeiro semestre desse ano, já foram capacitados 132 professores e 124 integrantes das comissões de saúde, que são compostas por alunos, profissionais das escolas e pais de alunos.
Alimentação saudável Alimentação adequada é o ponto de partida para uma vida saudável. A coordenadora diz que o projeto promove a participação de alunos em debates com pediatras para discutir o assunto. Outra recomendação é a formulação de receitas nutritivas criadas pelos estudantes junto com sua família, resgatando a importância dos valores nutritivos dos alimentos.
Lazer e saúde Antigamente, as brincadeiras eram mais ativas. Diminuir o tempo em frente à televisão e ao computador é mais uma indicação do projeto. “Uma ideia é resgatar atividades que estimulem o educando a ser mais ativo fisicamente”, acentua Maike. A escola deve possibilitar no espaço destinado ao recreio opções de lazeres ativos e seguros. O projeto sugere a promoção de eventos que envolvam as famílias, como gincanas, oficinas de trabalhos e jogos, valorizando a importância destes para a promoção da saúde.Organizar feiras culturais com música, poesia, dança e teatro é uma ótima oportunidade para misturar as idades e estimular a cultura.
Sustentabilidade A questão ambiental está se tornando cada vez mais urgente para a humanidade. E a escola é o local propício para difundir valores e formar laços entre o homem e o meio ambiente. A preservação da natureza deve começar nas dependências da escola. De acordo com Maike, as atividades de separação de lixo, reaproveitamento e reciclagem, cultivo de hortas e pomares estão entre as sugestões do projeto.
Tabagismo O uso do tabaco é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) um importante fator de risco para o aparecimento de diversas doenças. Através de atividades de pesquisa com os pais e campanhas na comunidade, o Unimed Vida busca sensibilizar a comunidade escolar sobre as conseqüências do fumo. O projeto propõe a escola livre de cigarro e associa o ato de fumar também com a ocorrência de incêndios. Divulgação
Ação do projeto no Dia sem Carro
Vida
Kakau Santos
O Projeto Material didático O programa oferece material didático como textos, lâminas de apresentação sobre cada tema para que o professor tenha um referencial teórico básico e de fácil acesso, facilitando o planejamento das aulas.
Outras atividades propostas pelo projeto
Maike (C) com a equipe do Setor de Responsabilidade Social
Curiosidade e sexualidade A conquista da saúde integral compreende o desenvolvimento pleno e harmônico da sexualidade. Por isso, o tema deve ser introduzido nos programas de saúde. Maike conta que o assunto é abordado pelos professores através de recursos didáticos como uma caixa de curiosidades e uma mala pedagógica de sexualidade, respeitando sempre o interesse dos alunos.
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Depoimento “Ter participado do plano de abandono ajudou a escola na organização de saída em um princípio de incêndio ocorrido”. Relato da diretora em que a escola teve um início de incêndio
Capacitação dos professores O projeto oferece momentos de capacitação referente aos temas, possibilitando acesso a informações e sugestões de atividades que possam auxiliar o planejamento dos professores. Simpósio Qualidade de Vida, uma Experiência a Compartilhar é o nome do espaço oferecido para os professores apresentarem relatos de trabalhos desenvolvidos durante o ano sobre os temas do Projeto Unimed Vida. Este espaço tem oportunizado a divulgação e sugestão de idéias, transformado do dia-dia escolar em busca da qualidade de vida. Seminários De acordo com as necessidades das escolas, a Unimed Blumenau promove esse evento que traz temas da atualidade relacionados com os assuntos trabalhados no projeto. Plano de Abandono de Edificação A atividade tem como objetivo o abandono das pessoas da edificação de forma ordenada em situações de emergência. A Comissão de Saúde é responsável pela elaboração, implantação e manutenção do plano de abandono. Mapa Inteligente A planta baixa da escola é utilizada para estudar locais onde há risco de ocorrência de acidentes. Através dele, a Comissão de Saúde faz ações preventivas e corretivas no ambiente escolar.
Nossa gente
Encanto no primeiro emprego
Kakau Santos
dar conta de diversos afazeres e ter paciência. “É preciso ter compreensão e estar preparada para tudo, porque, muitas vezes, as pessoas que vêm para o hospital estão ansiosas por terem que se internar ou internar um parente”, assinala.
Hobby Uma das grandes paixões de Nathali é a patinação. Aos 4 anos, ela começou a fazer aulas de balé clássico, que fez por nove anos. A patinação ela conheceu 5 anos e pratica até hoje. “No início era mais simples, mas depois fui treinando a parte artística. Cheguei a treinar cinco horas por dia”, conta. Nathali também praticou ginástica rítmica por quatro anos e hoje atua como árbitra em campeonatos. Nathali recepciona com simpatia no Hospital Unimed - Unidade Centro, seu primeiro emprego, no qual atua há sete meses
H
á sete meses, Nathali Natasha Silveira é recepcionista do Hospital Unimed – Unidade Centro. Com 18 anos, ela está em seu primeiro emprego desde fevereiro de 2009. Nathali cursa o segundo semestre de Engenharia Ambiental, mas confessa que com a experiência na Unimed cresceu a vontade de mudar para Medicina, opção inicial dela quando ainda fazia cursinho pré-vestibular. A moça está finalizando um curso de inglês e pretende iniciar aulas de francês. Natural de Indaial, Nathali conta que acorda às 4h30min para começar a trabalhar às 6h no hospital e sua rotina só acaba após a faculdade, às 22h30min, mas garante que a corre-
ria vale a pena. “Estou adorando. Nas duas primeiras semanas de trabalho, já consegui decorar o nome de todos os médicos e suas especialidades”, ressalta. Ela observa que, desde criança, tem o plano de saúde Unimed e já entendia o quanto a Cooperativa significa. “Tenho orgulho de trabalhar aqui”. Entre as funções do cargo que Nathali ocupa, estão encaminhar os pacientes para fazer cadastro, atualizar o cadastro de funcionários e também, através de um sistema de informação, controlar a alta dos pacientes para informar aos familiares. Segundo ela, simpatia é essencial para esta ocupação. É necessário ter atenção a tudo para prestar quaisquer informações; ser ágil para
Atualmente, ela se dedica apenas às apresentações de patinação. “Não há nada melhor que os shows. É um reconhecimento aos árduos treinos”, afirma. Nathali conta que já chegou a treinar das 14h à 1h para aprimorar a técnica. Em Indaial, é realizado o Festival de Julho, uma competição de patinação que reúne grupos de toda região. “Quem compete neste festival pode passar para o Brasileiro”, explica. Nathali faz parte do grupo da Fundação Indaialense de Cultura (FIC). Nos momentos de lazer, ela gosta de ir à praia. “Mas o que mais faço é estudar e treinar patinação”, destaca. Nathali adora animais e sempre que tem oportunidade, cavalga. Durante toda infância teve animais de estimação e, atualmente, tem a cadela Meg como fiel companheira.
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Qualidade de vida
Em busca do peso ideal Banco de imagens
C
om a proximidade do Verão, muitas pessoas buscam entrar em forma com rapidez. Para ficar em paz com a balança, procuram tratamentos que incluem remédios que auxiliam na perda do peso. Mas é importante lembrar que nem todos agem da mesma forma no corpo e, ainda menos, com a mesma eficácia. Também é importante lembrar que é muito perigoso utilizar qualquer medicação sem indicação de um médico. Para a endocrinologista Clarice Helena Couto, o tratamento da obesidade deve ser muito bem orientado. Primeiramente, devem ser solicitados exames de sangue para saber se há alguma complicação do peso ou se há uma doença desencadeando a obesidade. “Normalmente, o paciente obeso já passou por vários tratamentos e devemos analisar qual foi a reação a cada um deles para indicar a medicação adequada”, diz Dra. Clarice. Muitas pessoas não necessitam de remédio para emagrecer. Antes de iniciar uma dieta à base de medicamentos, é necessário que um especialista em endocrinologia faça uma ampla pesquisa sobre os hábitos alimentares, as atividades físicas praticadas e outros fatores que podem influenciar na perda do sobrepeso na massa corpórea. “A obesidade é uma pandemia que causa doenças e está sendo alertada desde que eu me formei, há mais de três décadas”, afirma a endocrinologista. Dra. Clarice explica que os moderadores têm dois grupos distintos. Os inibidores de apetite são os mais conhecidos. Eles agem no cérebro controlando a fome de maneira variada, conforme a substância utilizada, já que cada uma funciona de maneira específica. O uso de anfetaminas pode provocar sensações desconfortáveis como taquicardia, insônia e tremedeira, entre outras. “Os anorexígenos tiram a fome, mas modificam o humor. Este tipo de medicamento faixa-preta não mantém o peso após o tratamento”, alerta a médica.
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Solução Recentemente, a sibutramina é a mais indicada porque aumenta a sensação de saciedade e dimunui a vontade de comer doces, além de manter o peso do paciente em longo prazo. O medicamento também promove o equilíbrio de humor e ansiedade. Um dos efeitos colaterais é aumentar a pressão e, por isso, não é indicada para hipertensos. “Mas, como toda a medicação controlada tem riscos, devemos usar avaliando cada paciente. O que acontece é que a maioria das pessoas vem ao consultório em busca de uma solução mágica através dos medicamentos, mas é importante lembrar que os remédios não modificam o comportamento e os hábitos alimentares”, lembra Dra. Clarice. Por isso, muitas pessoas perdem
peso, abandonam o tratamento e voltam a engordar. É importante lembrar que cada dieta é mais difícil que a anterior, já que o organismo fica mais resistente e o cérebro registra que o peso que está há mais tempo é o peso normal. “Devemos trabalhar muito a mudança de hábito alimentar porque, quem não muda hábito, não muda o resultado, ficando no efeito sanfona. É a mudança de hábito alimentar que vai fazer com que a pessoa permaneça no peso após o tratamento”, ressalta a médica. A endocrinologista explica que o tratamento consiste em duas etapas. A primeira, para perda de peso, é de uma dieta restrita a mil calorias para as mulheres. A segunda equivale a 1,5 mil calorias, comendo de tudo,
só que de modo organizado. Só haverá restrições se o paciente for diabético ou se tiver colesterol elevado. A orientação de manutenção é que para cada quilo que a pessoa emagreça, ela deve manter peso por um mês. “Uma pessoa que emagrecer 10 quilos, por exemplo, deverá manter o peso estabilizado por 10 meses para que o cérebro possa registrar que este é o peso normal”, diz a especialista.
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Bons hábitos alimentares desde cedo são fundamentais para ter saúde na fase adulta e evitar a difícil briga com a balança
Obesidade infantil O controle da obesidade já deve iniciar na infância. “As crianças não aprendem a comer na escola e não tem noção do que pode ser substituído para ter uma alimentação saudável. Estamos com problemas de crianças obesas que estão ficando diabéticas, já que a criança na primeira infância come o que se põe à mesa, o que os pais compram”, comenta Dra. Clarice. Ela explica que até os 7 anos é possível estimular os sabores. “Antes de uma pessoa dizer que não gosta de certos alimentos, deve testar os sabores umas 10 vezes”, garante a médica. Para a especialista, a obesidade na infância é responsabilidade dos pais e das pessoas que oferecem guloseimas a toda hora. “Muitos não têm consciência de que a má alimentação vai determinar o peso lá na frente, quando a criança se tornar um adulto”. O medicamento nunca é utilizado na infância, já que o tratamento é sempre alimentar. Na adolescência, pode ser utilizada a sibutramina
em pequenas doses, dependendo do excesso de peso, mas o mais indicado é o adolescente adotar uma alimentação saudável, além de praticar exercícios regularmente. Kakau Santos
Trabalho há 13 anos na Unimed e nestes anos todos, tive a oportunidade de aprender sobre diversos setores e assuntos. Trabalhei boa parte deste tempo em Escritórios Regionais, sendo que ali, são duas pessoas atendendo o cliente nos mais diversos assuntos. Então com o tempo, acabei entendendo um pouco da parte Financeira, da área Cadastral, de Autorizações, Contas Médicas e muitos outros setores. Isso me deu uma ótima bagagem para assumir outra função de gestora de Contratos, onde visitei por vários anos clientes Pessoa Física e Jurídica criando um canal de comunicação muito próximo. Foram muitas andanças pela região, esclarecendo dúvidas, resolvendo questionamentos e principalmente, ouvindo muito! Apesar da correria do dia a dia, muitos clientes sentiam-se confortados em trocar informações, dar sugestões, ou fazer um simples desabafo. Este ano, com a reestruturação em nossa gestão, surgiu a proposta de implantar o setor de Relacionamento com Cliente, desafio que aceitei com grande motivação. Em fase inicial, já estamos dando alguns passos em busca da excelência de nosso atendimento. A intenção é criar ações que aproximem e otimizem nossos contatos. Desafio diário! Não é fácil atender as necessidades de todos, afinal as pessoas têm anseios diferentes. Pretendemos abrir os canais de comunicação, facilitar cada vez mais a vida de nossos clientes, entender suas necessidades. A comunicação é peça chave neste sistema. Através de contato com diversas áreas, conseguimos captar alguns destes anseios. Brevemente lançaremos algumas ações que aproximarão cada vez mais este nosso relacionamento, que, já vem de longa data!
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MAIS INFORMAÇÕES Dra. Clarice Helena Couto CRM 3751 (47) 3326-5020