Unimed Blumenu - Ed. 60

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Jul/Ago 2012

leite materno: O melhor remédio Amamentar no peito dá ao bebê todos os nutrientes que ele precisa nos primeiros meses de vida. Banco de Leite orienta e recebe doações



ÍNDICE Veículo de Divulgação da Unimed Blumenau - Cooperativa de Trabalho Médico.

CONSELHO EDITORIAL

Dra. Ana Cristina de Oliveira Dr. Alfredo Nagel Dr. Fernando Sanches Dr. Odilon Ascoli Dr. Rodrigo Vanzelli Luiz Mund

4 ALÔ VOCÊ O canal de comunicação do leitor 5 EM FOCO Campanha arrecada quase R$ 100 mil 8 PÁGINAS VERDES com a bióloga Cintia Gizele Gruener 12 NOSSA GENTE com Luiz Carlos Sorensen Júnior 18 ATENÇÃO DOMICILIAR Pacientes são atendidos no aconchego do lar 20 FAMÍLIA Filho único não é problema 20 AUTODISCIPLINA Rotinas para criar bons hábitos 26 QUALIDADE DE VIDA As lições de dona Elza 28 ORTODONTIA Dor pode ter relação com a mandíbula 30 VOLUNTARIADO As boas ações do Jeep Clube de Blumenau

EDITOR-EXECUTIVO

Sidnei dos Santos - Palavra Escrita Ltda ME sidnei@mundieditora.com.br

Daniel Zimmermann

Banco de Imagens

Banco de Imagens

REPORTAGEM

Daiani Caroline Coelho, Fernando Gonzaga e Francielle de Oliveira

GERENTE DE ARTE Lucas Gonçalves

DIAGRAMAÇÃO

Adriana Baier e Tiago de Jesus

CAPA

Foto: Banco de Imagens

EDITORA-CHEFE

Danielle Fuchs - Fuchs Editorial Ltda ME danielle@mundieditora.com.br

GERENTE COMERCIAL

Eduardo Bellidio - 47 3035.5500 eduardo.bellidio@mundieditora.com.br

GERENTE COMERCIAL GERAL Cleomar Debarba debarba@mundieditora.com.br

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Banco de Leite Humano de Blumenau ajuda a promover a saúde de recém-nascidos

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Blumenau deverá ter 40% do esgoto tratado até o final deste ano

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Onda de gripe A na região requer cuidados e atenção redobrados

DIRETOR-EXECUTIVO

Niclas Mund niclas@mundieditora.com.br CIRCULAÇÃO circulação@mundieditora.com.br SUGESTÃO DE PAUTA pauta@mundieditora.com.br

UNIMED BLUMENAU

Rua das Missões, 455 • Blumenau/SC Fone: 47 3331.8500 • Fax 47 3331.8570 www.unimedblumenau.com.br Twitter: @unimedblumenau

HOSPITAIS

UNIDADE CENTRO Neumarkt Trade & Financial Center, 5º andar • Blumenau/SC Rua Ingo Hering, 20 | Anexo ao Shopping Neumarkt Fone: 47 3037.8500 UNIDADE VILA NOVA Rua Almirante Barroso, 1159, Bairro Vila Nova • Blumenau/SC Fone: 47 3331.8700 UNIDADE TIMBÓ Rua Pomeranos, 3000, Bairro Pomeranos • Timbó/SC Fone: 47 3281.4000 SOS UNIMED Fone: 0800.6454747

Editorial

Cidadania com saúde A primeira campanha para destinação de parte do Imposto de Renda devido para financiar as ações do Projeto Unimed Vida foi um sucesso. Entre cooperados da Unimed Blumenau, colaboradores e pessoas da comunidade, foram arrecadados quase R$ 100 mil que serão usados para fortalecer ainda mais o projeto criado em Blumenau para levar a estudantes conceitos sobre vida saudável e cidadania. O Projeto Unimed Vida foi criado pela Unimed Blumenau há 14 anos. Atualmente, beneficia mais de 25 mil estudantes do Ensino Fundamental em 35 escolas. Entre as ações, são qualificados professores das escolas que trabalham os temas com as crianças. Entre esses temas estão Prevenção de Acidentes, Adolescência e Sexualidade, Alimentação Saudável, Consumo Consciente e os Objetivos do Milênio. Cada escola participante forma uma comissão de saúde, com representantes dos alunos, professores, funcionários e pais. Esse grupo reúne-se periodicamente para discutir e implementar ações de promoção da saúde e prevenção de acidentes que beneficiam a comunidade escolar e, por extensão, todo o entorno. Tanto a campanha do IR quanto o Projeto Unimed Vida foram apresentados no 9º Seminário Nacional de Responsabilidade Social da Unimed, realizado de 13 a 15 de junho, em Goiânia (GO). Ambas as ações reforçam a vocação social da Unimed Blumenau que, além de primar pela promoção à saúde e qualidade de vida, defende boas práticas nas relações do dia a dia como forma de criar uma sociedade melhor e mais comprometida com a sustentabilidade do Planeta. Essa filosofia está impressa nas páginas da edição 60 da Revista Unimed que traz, como reportagem de capa, a importância das ações do Banco de Leite de Blumenau, que orienta sobre o aleitamento materno, coleta e distribui esse alimento, essencial para os recém-nascidos, em hospitais da região. Confira essa e outras reportagens que promovem a saúde e a qualidade de vida. Boa leitura!


ALÔ VOCÊ

Yoga Daniel Zimmermann

“Sou gestante e, atualmente, participo do grupo de Yoga para Gestantes. Quando li a reportagem sobre esse serviço na Revista Unimed, não acreditei ser gratuito, porém, fiz a minha inscrição e tive a confirmação. Estou adorando os encontros! A professora é ótima e essa oportunidade de compartilhar experiências com outras gestantes é única. Parabéns à Unimed Blumenau por esse brilhante projeto e muito obrigada por oportunizar tantos benefícios!” Barbara B. S. Bussarello, beneficiária da Unimed Blumenau

SC Card “Sei que muitos só sabem exigir e criticar o trabalho do próximo. Eu, hoje, estou escrevendo para elogiar. Está ficando cada dia melhor trabalhar com SC Card. Ficou muito boa a guia de comprovante presencial e outros detalhes que estão melhor. Parabéns pelas conquistas e facilitação de nosso trabalho. Grande abraço à equipe SC Card. Beatriz Oliveira, secretária do cooperado Dr. Paulo Roberto Imthon

Atendimento “Agradeço pelo ótimo atendimento realizado pela Dra. Elisabete Koleski à minha filha Paola, no P A da Vila Nova.” Rosângela Hobus Machado, beneficiária da Unimed Blumenau

SOS UNIMED “Agradecemos o excelente atendimento que o SOS Unimed deu para Rosarita Yara Koglin. Primeira vez que precisamos e foi muito bom em tudo. Obrigado”. Max Koglin, beneficiário da Unimed Blumenau


em foco Prêmio de Responsabilidade Social A Unimed Blumenau é vencedora do 3º Prêmio de Responsabilidade Social - Unimed Destaque Santa Catarina (Grande Porte). O prêmio tem como objetivo disseminar o conceito de Responsabilidade Social e a cultura de sustentabilidade em todas as Singulares de Santa Catarina, reconhecendo-as conforme o nível de comprometimento com os projetos estaduais (Esporte Comunitário, Instituto Unimed SC e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio). A avaliação deste ano foi pautada nos indicadores do projeto estadual Esporte Comunitário, na filiação ao Instituto Unimed SC e na participação no núcleo gestor dos movimentos municipais em prol dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Para a gerente de Responsabilidade Social e do Instituto Unimed SC – Filial Blumenau, Jeane Tomaz Pinheiro, o prêmio é um reconhecimento pela efetividade e impacto social do trabalho realizado pelo Instituto Unimed SC - Filial Blumenau e pela Cooperativa. “É mais uma conquista pelo trabalho realizado pela Cooperativa e merece ser comemorada”. Três categorias são premiadas, de acordo com o número de beneficiários das Singulares. Também conquistaram o troféu a Unimed de Brusque (Médio Porte) e de Canoinhas (Pequeno Porte).

Laboratório Unimed No Laboratório de Análise Clínicas da Unimed a coparticipação é zero para os beneficiários da Unimed Blumenau. Aos exames que permitem, o prazo de entrega dos resultados é de 24 horas e a consulta pode ser feita via internet. A confiança na marca Unimed, a garantia de qualidade no atendimento e resultados das análises dos exames, ambiente amplo e confortável, projetado rigorosamente dentro da legislação vigente que regula o setor também são diferenciais à disposição da comunidade. O Laboratório atende em duas unidades: no Bairro Garcia, à Rua Prefeito Frederico Busch Junior, nº 266; e na Vila Nova, à Rua Joinville, nº 946.


EM FOCO Campanha arrecada quase R$ 100 mil para o unimed vida A primeira Campanha de Captação de Imposto de Renda para o Projeto Unimed Vida, encerrada dia 30 de abril, captou R$ 98.129,78 em doações. Foram 111 doadores, sendo 80 cooperados, 16 colaboradores e 15 pessoas da comunidade. “A campanha foi um sucesso”, destacou o presidente do Instituto Unimed/SC - Filial Blumenau, Marco Bramorski. A instituição é responsável pela captação e realização do projeto. A campanha teve como objetivo sensibilizar contadores e, por meio deles, clientes e cooperados da Unimed a contribuir destinando até 3% da restituição do IR ao projeto. Para o contador Loriberto Starosky Filho, a permissão para doar no próprio exercício e deduzir na declaração em curso motivou ainda mais a doação dos contribuintes. “É bom lembrar que esta doação fica para ser aplicada em projetos na própria cidade. É uma forma de gerenciarmos uma pequena parcela dos tributos pagos ao governo”, ressalta. As ações do Unimed Vida envolvem professores, pais, alunos e comunidade e as doações vão beneficiar diretamente 25 mil crianças e adolescentes de 35 escolas de Blumenau, alcançando as áreas periféricas da cidade e levando informações sobre qualidade de vida e prevenção de acidentes para uma parcela significativa da população. Devido ao sucesso e ao ineditismo, a campanha foi escolhida pela Unimed do Brasil e foi apresentada no 9º Seminário Nacional de Responsabilidade Social da Unimed, de 13 a 15 de junho, em Goiânia (GO). O Projeto Unimed Vida, realizado há 14 anos, também foi selecionado para ser apresentado no evento nacional. O projeto tem como meta, para a próxima campanha, que inicia em setembro, duplicar o número de doadores e captar também de pessoas jurídicas. A gerente do Instituto Unimed/SC – Filial Blumenau, Jeane Tomaz Pinheiro, agradece o gesto dos doadores e aproveita para lançar a campanha desse ano, que vai arrecadar até 6% do IR.



PÁGINAS VERDES

com a bióloga e mestre em Engenharia Ambiental Cintia Gizele Gruener

“Faça a sua parte!” Divulgação

A

bióloga, mestre em Engenharia Ambiental e consultora técnica do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Cintia Gizele Gruener, atua na área de ecologia e conservação de felinos da Mata Atlântica. Como pesquisadora, coordena e desenvolve o Projeto Carnívoros, no Parque Nacional da Serra do Itajaí, onde realizou o primeiro monitoramento para obtenção da estimativa populacional de pumas. Encontrou uma das menores densidades para a espécie no Brasil, o que passou a apresentar-se como uma necessidade primária para a compreensão e o entendimento dos impactos que as atividades humanas estão exercendo sobre estes animais, além da determinação de medidas e planos para a preservação e manejo. As fotos que ilustram a entrevista concedida por Cintia são de animais que habitam as florestas locais, conseguidas através de armadilhas fotográficas.

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Revista Unimed: O que é o Projeto Carnívoros? Cintia Gizele Gruener: O Projeto Carnívoros do Parque Nacional da Serra do Itajaí visa garantir a conservação dos mamíferos carnívoros, especialmente do puma, a partir da obtenção de dados ecológicos, da minimização de conflitos e sensibilização das comunidades. É desenvolvido desde 2009 pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Os recursos são do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. O projeto é realizado em parceira com o Instituto para a Conservação dos Carnívoros Neotropicais (Pró-Carnívoros). RU: Qual a situação do puma? Cintia: O puma, conhecido também como onça-parda, suçuarana e leão-baio, é a segunda maior espécie da família Felidae do Brasil e é o felídeo de maior distribuição no continente americano, ocorrendo do Oeste do Canadá ao extremo Sul do continente e por todo o Brasil. Mesmo assim, várias pressões e ameaças o colocaram na lista das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção, do Ministério do Meio Ambiente. Grandes carnívoros, como o puma, são fundamentais para a manutenção do equilíbrio ecológico, pois, influenciam diretamente as populações das presas e as populações animais e vegetais relacionadas a elas. A situação do puma na região é crítica. Este é um dos primeiros projetos a obter uma estimativa populacional de pumas no Brasil, mas, infelizmente, os primeiros resultados foram alarmantes.


subsidiando análises de viabilidade RU: Quais foram os resultados? populacional e distribuição potenCintia: Foi constatada uma das cial de pumas na Região Sul, conmais baixas densidades já registratribuindo para a implementação do da no País. E as principais causas são Plano de Ação Nacional da espécie, a perda de habitat e a caça, que é coordenado pelo Governo Federal. uma atividade ilegal, mas que ainda A realização de todas essas ações, ocorre com intensidade na região. em longo prazo, irá garantir a preO caminho para a reversão do quaservação dos carnívoros e de seus dro está, principalmente, na pesquihabitats e a melhoria da qualidade sa, conscientização e fiscalização. de vida das famílias da região do Além da estimativa populacional, o Parque Nacional Serra do Itajaí. projeto já desenvolveu várias atividades para garantir a preservação: RU: Que efeitos a fragmentação entrevistas com 60 proprietários das florestas na região causa na da região do parque para avaliar população de animais? Quais as pressões, ameaças e percepções as espécies que mais sofrem sobre os carnívoros silvestres; visitas com isso? a todas as proprieCintia: As condades com criação “A eliminação sequências das doméstica localizaalterações dos hadas na região do dos mamíferos bitats estão entre parque para verifipode acarretar um as maiores preocar possíveis casos cupações atuais de predação por impacto severo no da Biologia da carnívoros e propor equilíbrio ecológico Conservação. Em medidas prevengeral, a fragmentivas; 1,8 mil quido Parque Nacional tação florestal lômetros de camiSerra do Itajaí, um leva à diminuição nhadas em trilhas mesmo caupara busca de vesdos últimos grandes esaaté a extinção local tígios de carnívoros de espécies assoe suas presas e de remanescentes de ciadas aos ampontos de caça; 45 Mata Atlântica de bientes afetados. mil horas de moCom o avanço da nitoramento com Santa Catarina” fragmentação, as armadilhas fotoUnidades de Conservação, como o gráficas; capacitação de 20 pessoas Parque Nacional Serra do Itajaí, tenpara o monitoramento de pumas; dem a se tornar ilhas do ambiente palestras para mais de 2 mil pessoas natural original, inseridas numa sobre a importância dos carnívoros matriz urbanizada e que restringe a da região; e duas expedições para movimentação dos organismos e do capturas de pumas. fluxo gênico entre os fragmentos. Os carnívoros, sendo organismos RU: Para que serve a captura do do topo de cadeias tróficas e com animal? alta demanda energética, vivem em Cintia: O apoio da Fundação Gruáreas relativamente grandes, densipo Boticário de Proteção à Natureza dades populacionais baixas e tenestá possibilitando a captura e apadem a ser fortemente dependentes relhamento de pumas com colares de ambientes de boa qualidade. transmissores GPS/Satélite, o que Portanto, nesse quadro, são fortefornecerá dados contínuos de ocumente impactados. A manutenção pação do espaço e padrões de atie criação de corredores ecológicos vidades diárias, dados fundamendeve ser uma ação prioritária para tais para a conservação da espécie. o entorno do parque, visando a viaAtualmente, somente dois pumas bilidade para grandes carnívoros, no Brasil estão equipados com esta como o puma. tecnologia. O projeto também está


PÁGINAS VERDES

com a bióloga e mestre em Engenharia Ambiental Cintia Gizele Gruener

Fotos Divulgação

Puma

RU: Quais são os mamíferos mais ameaçados no Vale do Itajaí? Cintia: Os mamíferos são, em geral, de maior porte que os demais animais, demandam um suprimento energético relativamente alto e necessitam de áreas maiores para a sobrevivência. Em função disso, muitas espécies foram severamente afetadas pelo desmatamento, especialmente os carnívoros. Além da óbvia consequência da redução de habitats, muitas espécies de mamíferos são apreciadas como caça e, permanentemente, perseguidos em seus habitats naturais. Estes fatores colocaram em ameaça várias espécies de mamíferos da Mata Atlântica, sendo que 39 estão relacionadas na Lista Nacional das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção. Destas, 21 só ocorrem na Mata Atlântica, de maneira que sua preservação depende estritamente da preservação dela. Na região, ocorrem algumas espécies classificadas como vulneráveis (risco de extinção na natureza elevado), como puma, jaguatirica, gato-do-mato-pequeno, gato-maracajá e veado-bororó. A caça na região já causou a extinção local da anta e da onça-pintada. Os últimos registros feitos pela população local foram há mais de 40 e 20 anos, respectivamente, e, conforme os relatos da comunidade do entorno do parque, está ocorrendo uma diminuição das populações de veados e pacas.

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RU: Como a caça ajuda a agravar essa realidade? Cintia: A caça acarreta a diminuição das densidades das espécies de maior porte, que são mais visadas. Se a pressão de caça for muito intensa, os animais com baixas densidades e baixas taxas reprodutivas poderão desaparecer. Vários resultados indicam que a pressão de caça é um dos fatores de maior impacto para os mamíferos de médio e grande porte em paisagens fragmentadas. Os mamíferos exercem um papel fundamental na manutenção dos habitats e de sua integridade ecológica, então, a eliminação desses grupos de animais poderá acarretar um impacto severo. RU: Qual a importância do parque para a preservação da fauna, flora e mananciais de água da região? Cintia: O parque representa 0,6% da área total do Estado de Santa Catarina e 2,5% da área remanescente de Mata Atlântica no Estado. É um dos três grandes fragmentos florestais que ainda existem em Santa Catarina. O relevo do parque é extremamente irregular, coberto por uma floresta exuberante. É o lugar de origem de milhares de nascentes que abastecem grande parte da população da região. A biodiversidade é riquíssima: 340 espécies de árvores, 69 de mamíferos, 310 de aves, 45 de anfíbios, 15 de répteis e 23 de peixes. Foram descobertas oito espécies novas para ciência, o que reforça o grande valor que o parque possui para a preservação da biodiversidade, visto que ainda há muito que descobrir. RU: Em 2006, você coordenou um documentário sobre a importância da água. Como uma região privilegiada pela abundância desse recurso, qual nosso papel nessa questão? Cintia: Mesmo o Brasil sendo um dos países mais ricos em recursos hídricos, ainda existem problemas relacionados a esse bem vital. A falta de saneamento é um deles. Felizmente, nossa região está avançando

nesse tema. Na época do documentário, em 2006, Blumenau contava com menos 3% do esgoto tratado. Para 2012, a meta é alcançar 40% e tomara que alcance com brevidade os 100%. Mas, a preservação da água requer a participação de todos. Compete a cada cidadão a economia desse recurso. Pequenas atitudes podem fazer grande diferença, como fechar a torneira ao escovar os dentes, usar água reciclada para lavar calçadas, diminuir o tempo do banho e não jogar lixo nos rios. E não podemos esquecer da importância das matas ciliares para a proteção das margens e manutenção da qualidade da água. Muitas áreas precisam ser recuperadas e o que existe precisa ser preservado. RU: Como você avalia a consciência ambiental da população e dos governantes do Vale? Cintia: Penso que ainda há muito a ser feito para a efetiva conservação ambiental da região. O Vale do Itajaí se configura como uma das regiões mais preservadas do Estado, com uma fauna e flora de extrema importância ecológica, com recursos hídricos de alta qualidade, mas que ainda não são reconhecidos por grande parte da população e, muitas vezes, esquecidos pelos governantes. O processo de urbanização na região amplia-se rapidamente, as mudanças de padrões de uso e ocupação do solo em antigas áreas rurais estão resultando em novos

Graxaim


núcleos urbanos e na fragmentação das florestas, podendo formar um quadro de degradação ambiental, principalmente se houver ocupação em áreas de preservação permanente. Os zoneamentos são fundamentais no ordenamento da atividade humana, sendo necessárias constantes atualizações do Plano Diretor dos municípios, já que as transformações do uso do solo têm acontecido de forma acelerada. Mas as atualizações devem respeitar os aspectos ambientais, ecológicos e a legislação.

em grande parte, da sensibilidade e apoio da população, que deve sentir-se como responsável por aquele bem público e entender o significado da manutenção. Por isso, programas de educação ambiental para os diversos segmentos da sociedade são de extrema relevância. A sociedade precisa conhecer a importância do meio em que vive para saber valorizá-lo. É fundamental que uma política de conservação conte com a participação efetiva da iniciativa privada e da sociedade como um todo. Não há possibilidade de sucesso apenas com ação governamental.

RU: O que pode ser feito nesse sentido? RU: O que a comuCintia: Um grande nidade pode fazer passo poderia ser “A sociedade em favor do meio dado na região se, ambiente? na definição do zoprecisa conhecer Cintia: Faça a sua neamento territorial, a importância do parte! Compete a fosse contemplada a cada um de nós análise da paisagem, meio em que respeitar todas as privilegiando ações formas de vida que que aumentem o vive para saber existem, expressar grau de conectivivalorizá-lo” reconhecimento dade entre os fragpelo Planeta que nos mentos florestais, sustenta e fazer algo maximizando o fluxo em favor da vida. Ter consciência da de indivíduos das diferentes espénecessidade de mudanças de hábicies que compõem as comunidades tos e começar a agir, aqui e agora. florísticas e faunísticas, garantindo, Devemos reduzir o consumo, sepaassim, a perpetuidade das mesmas. rar e reciclar o lixo, jogar lixo na lixeiAlém disso, é relevante reforçar, ra e não nos rios e ruas, economizar para a sociedade como um todo, o água e energia elétrica, deixar o carpapel da biodiversidade nos serviro na garagem sempre que possível, ços dos ecossistemas, como a maplantar árvores, ensinar os filhos a nutenção da qualidade dos gases respeitar o meio ambiente, interagir da atmosfera, melhoria do clima, de forma consciente e responsável controle do ciclo biológico, protecom o Planeta, entre tantas outras ção de zonas costeiras, geração de atitudes simples que podemos assusolos férteis, decomposição de demir no dia a dia. É nosso dever agir tritos, controle de pestes, polinizaem prol da preservação para que as ção, provisão de alimentos, drogas futuras gerações possam herdar um medicinais e produtos industriais. A conservação da natureza depende, Planeta bonito e saudável.

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Nossa Gente

Aprendizado profissional

H

Daniel Zimmermann

á dois anos, Luiz Carlos Sorensen Júnior começou a trabalhar na Unimed Blumenau. Hoje assistente administrativo, Luiz conta que começou como menor aprendiz. “Na época, estava procurando emprego, fui até a Fundação Pró-Família e preenchi um cadastro. Então a Unimed entrou em contato comigo para que eu começasse a trabalhar aqui”, destaca. Este é o primeiro emprego de Luiz. Na Cooperativa, ele aprendeu sobre os mais diversos procedimentos e como funciona o Sistema da Unimed. Com a conclusão do Ensino Médio, no final de 2011, e por mostrar interesse no trabalho, no início de abril, o jovem aprendiz foi efetivado. Como assistente administrativo, Luiz realiza atividades fundamentais na empresa: redige documentos, analisa, confere, faz cadastros, atende e soluciona dúvidas dos beneficiários, entre outras rotinas administrativas diversas. “Ao longo dos mais de dois anos que estou aqui, cresci muito profissionalmente e também pessoalmente. Aprendi como é importante trabalhar em equipe”, salienta. Luiz trabalha de segunda a sexta-feira. Quando não está na Cooperativa, gosta de jogar futebol, videogame, sair com os amigos e também ficar em casa descansando, principalmente nestes dias mais frios. Recém formado no Ensino Médio, Luiz se prepara para o futuro. Atualmente, está fazendo curso de Inglês e diz que quer iniciar um curso na faculdade no início do próximo semestre. A ideia do quer fazer ainda não está muito definida, mas ele destaca que quer dar continuidade aos estudos. “Já pensei em fazer várias coisas. Mas agora acho que vou começar algum curso na área de informática. Cursar uma faculdade vai agregar muito ao meu trabalho. Ainda mais agora que a Unimed está em processo de implantar um novo sistema. Ter um curso desses se torna importante”, salienta. Agora contratado, Luiz pretende se dedicar continuamente ao trabalho e mostrar que pode crescer cada vez mais. “É fundamental continuar estudando e aprimorar o que já aprendi”, finaliza.

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Luiz Carlos entrou na Unimed como menor aprendiz



Reportagem de capa

Aleitamento: uma relação insubstituível Banco de Imagens

Fernando Gonzaga fernando@mundieditora.com.br

O

s primeiros minutos de vida do recém-nascido são marcados pelo choro, o colo aconchegante da mamãe e, posteriormente, a primeira refeição. Essa mamada é o início de um ciclo de vital importância para a saúde e o desenvolvimento do bebê. Rico e de elevada complexidade biológica, o leite materno é considerado por especialistas muito mais do que um alimento. Contendo a proporção exata e balanceada de nutrientes essenciais, além de sustentar o recém-nascido, ele protege contra doenças, favorece o vínculo afetivo entre mãe e filho e tem também sua importância na saúde da mãe. O gesto de uma mamada significa mais do que propriamente uma refeição para o bebê, mas a conservação de um elo de comunicação oriundo do ventre.

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São muitos os componentes do leite humano fundamentais para o crescimento e desenvolvimento do bebê, como os fatores bioativos que exercem função protetora e imunomoduladora. Assim, além de proporcionar proteção contra infecções e alergias, estimula o desenvolvimento adequado do sistema imunológico, bem como a maturação dos sistemas digestivo e neurológico. Estudos têm demonstrado Q.I. mais elevado em crianças que foram aleitadas ao peito.

ção, e prevenindo o ‘respirador bucal’. Quem mama no peito também tem melhora na função pulmonar e fortalecimento músculo-esquelético na vida adulta. Reduz a mortalidade infantil, principalmente em áreas socialmente desfavorecidas, pois previne infecções graves na criança pequena.

Além disso, na amamentação, ao contrário de mamadeiras, a criança tem favorecido o desenvolvimento dos ossos e músculos da face, melhorando o padrão de sucção, mastigação e respira-

Hoje, o valor do leite humano é reconhecido pela proteção a longo prazo na vida adulta: protege contra doenças inflamatórias intestinais e artrite reumatóide juvenil; previne obesidade, os-

O leite materno tem tudo que o bebê precisa

teoporose, hipertensão arterial, diabetes e vários tipos de câncer. Para se ter uma noção do quanto é rico e completo o leite materno, o alimento se adapta conforme a fase de crescimento e a necessidade do bebê. “Durante cada mamada há variações na composição do leite. O leite inicial da mamada é aquoso, rico em lactose (o açúcar do leite) e proteínas (os anticorpos) e mata a sede. O leite do final é mais espesso, rico em gorduras, o que sacia a fome”, afirma a pediatra Rosana Fialho Rebelatto, respon-


sável médica pelo Banco de Leite de Blumenau. Conforme Dra. Rosana, os nefícios da amamentação se restringem aos bebês. As mães que amamentam têm

benão mame-

nor perda de sangue no período pós-parto e têm mais facilidade de voltar ao peso pré-gestacional. A amamentação também diminui o risco de a mãe sofrer com osteoporose, câncer de mama, de ovário e endométrio.

Banco de Leite Com uma média de 50 doadoras cadastradas, o Banco de Leite Humano de Blumenau, localizado no Centro Rosânia Machado Pereira, na Rua 2 de Setembro (em frente à Policlínica Municipal), conta com uma sala de armazenamento com capacidade para 860 litros em seis frízeres. Numa estrutura física com mais de 300 metros quadrados, o estabelecimento também dispõe de amplos corredores, um laboratório para análise, quatro salas exclusivas para atendimento, uma sala para coleta, um banheiro-fraldário, uma sala para o processamento do leite e a sala para armazenamento. Mantido pela Secretaria Municipal de Saúde, o Banco de Leite de Blumenau possui uma média de arrecadação de leite que gira em torno de 200 frascos, o que rende aproximadamente 100 litros/mês. O leite doado é pasteurizado no Banco de Leite e disponibilizado às UTIs e berçários dos hospitais Santo Antônio e Santa Catarina. A doação do leite é prioritariamente destinada aos bebês recém-nascidos prematuros ou de baixo peso, ou de termo com alguma patologia, que possam necessitar complementar o leite da mãe enquanto não há produção suficiente, ou que, momen-

taneamente, não estejam sendo amamentados pela mãe. Único Banco de Leite do Médio Vale, a unidade de Blumenau é referência regional em atendimento especializado na área de aleitamento materno. Fornece também toda orientação e informação a mães e gestantes, como os cuidados e as recomendações para o período de amamentação. A equipe também oferece os serviços de capacitações para profissionais da saúde na área de aleitamento a unidades de saúde, postos e hospitais; bem como parcerias com escolinhas e creches e, mais recentemente, com empresas, para que, cada vez mais, a sociedade esteja preparada para lidar com a amamentação. Apesar da maioria das mulheres já terem consciência da importância do leite materno, muitas requerem uma atenção especial. “A informação adequada, paciência, repouso e o apoio do esposo, da família e do profissional de saúde são fundamentais para o sucesso do aleitamento”, avalia Dra. Rosana. A pediatra salienta que o Banco de Leite está à disposição da comunidade para qualquer dúvida ou dificuldade na área de aleitamento.

Daniel Zimmermann


Reportagem de capa As dificuldades

Outro desafio, segundo a Dra. Rosana, é manter o estoque de leite. “As doadoras têm certo tempo de ‘validade’. Elas amamentam os filhos durante um ou dois anos e, nesse período, doarão o leite excedente ao banco. Mas, algumas, apesar de amamentarem por tempo prolongado, conseguem doar por pouco tempo. São poucos os casos de grandes doadoras e por períodos maiores”. Portanto, esta busca por mulheres generosas, que estejam dispostas a doar, é constante. Toda mulher saudável e com excesso de produção de leite pode compartilhar com esta causa nobre e tornar-se uma doadora, sem mesmo sair do conforto de casa. Em 2011, mais de mil recém-nascidos hospitalizados foram beneficiados, recebendo assistência do Banco de Leite.

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Posicionamento adequado: a boca do bebê deve estar bem aberta e o mamilo (bico do seio) introduzido nela o mais profundamente possível. Isso diminui o desconforto. Amamente sempre que o bebê solicitar: recém-nascidos necessitam mamar frequentemente, pelo menos a cada duas horas, e não de acordo com qualquer esquema restritivo. Posteriormente, o bebê vai adotar uma rotina mais previsível. Os bebês que mamam no peito têm fome com mais frequência do que aqueles alimentados com leites artificiais, porque o leite materno é digerido mais facilmente do que as fórmulas artificiais. Sem suplementos: bebês amamentados não precisam de chás ou suplementos. Isso pode diminuir a vontade de mamar e causar uma diminuição na produção de leite. Quanto mais o bebê mamar, mais leite será produzido. Evitar o uso de bicos artificiais: além de confundir o bebê na hora de realizar a ‘pega’ no seio, que exige um tipo de sucção diferente, uma postura de língua e de mandíbula distintas, seu uso também está relacionado com maior índice de acidentes na infância, pois as crianças podem cair ao andar ou correr com os bicos e mamadeiras na boca e mãos. Secagem: no início do período pós-parto ou até que os mamilos fiquem mais resistentes, a mãe deve deixar que eles sequem naturalmente após cada mamada. Isso previne a ocorrência de fissuras ou rachaduras que podem levar a infecções. Caso ocorram rachaduras, é recomendável cobrilas com o próprio leite para ajudar na cicatrização.

Fotos Daniel Zimmermann

Segundo a coordenadora do Banco de Leite de Blumenau, Elisabeth Kuehn de Souza, a maior dificuldade encontrada para a arrecadação recai sobre a falta de informação das mulheres por desconhecerem o sistema prático e fácil. “Muitas mulheres deixam de doar por acharem que teriam que ir ao Banco de Leite. Mas isso não é necessário. A mãe pode nos ligar no número (47) 3326-7570, dar o endereço e uma equipe se deslocará até a casa dela, fará o cadastro, ensinará a retirada do leite, fornecerá os frascos esterilizados e ela fará a extração quando quiser”. Por fim, essa mesma equipe ficará responsável em recolher o leite coletado. As consultas de mulheres em situações de dificuldades ou dúvidas na amamentação deverão ser resolvidas no Banco de Leite, pois a equipe de coleta é insuficiente para esse fim.

Para uma boa amamentação

Inchaço das mamas: em geral, a mulher que está iniciando a amamentação produz grande quantidade de leite, fazendo com que as mamas fiquem maiores, endurecidas e doloridas por alguns dias. Amamentar sempre que o bebê quiser facilita para que o corpo se adapte e produza somente a quantidade que o bebê necessita. Alimentar-se bem e descansar: para produzir boa quantidade de leite, a mãe necessita de uma dieta balanceada, que inclui 500 calorias extras por dia, e de seis a oito copos de líquidos. Descansar também ajuda a prevenir infecções nas mamas, que podem ser agravadas pelo cansaço.

MAIS INFORMAÇÕES

Dr. Rosana Fialho Robellato CRM 6027 (47) 3322 - 2146


Banco de Leite Humano Centro Rosânia Machado Pereira, Rua 2 de Setembro, Itoupava Norte, Blumenau Telefone: (47) 3326-7570 Horário de atendimento: 7h às 18h

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ATENÇÃO DOMICILIAR

No aconchego do lar

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O Serviço de Atenção Domiciliar envolve ações de promoção à saúde, prevenção, tratamento de doenças e reabilitação desenvolvidas em domicílio. Os pacientes do serviço têm à disposição uma equipe multidisciplinar responsável e preparada para o acompanhamento e assistência, que é regularmente capacitada e atualizada quanto aos procedimentos realizados nas visitas periódicas, orientações e avaliações oferecidas a partir das necessidades do paciente. A equipe do Serviço de Atenção Domiciliar da Unimed Blumenau é formada por duas médicas, especialistas em clínica-médica – Dra. Maura Milano Cucco e Dra. Suzana Detoise Gums –; um auxiliar administrativo; uma enfermeira coordenadora, Fernanda Fumagalli; duas enfermeiras assistenciais; 14 técnicos de enfermagem; uma nutricionista; cinco fisioterapeutas; uma fonoaudióloga e uma terapeuta ocupacional. De acordo com Fernanda, os serviços prestados pela equipe são

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Fotos Banco de Imagens

mbora em muitos casos o hospital tradicional ainda seja o lugar mais adequado para atendimento em caso de diversas doenças, atualmente, devido aos avanços da medicina e novas tecnologias, o atendimento domiciliar pode equivaler ao prestado pelo hospital, com a vantagem de ser feito no ambiente da pessoa, possibilitando que ela receba todo o carinho e atenção da família. Por isso, o atendimento domiciliar é uma alternativa melhor para a recuperação do paciente ao invés de um período prolongado de internação hospitalar.

Quem pode receber Atenção Domiciliar Pacientes acamados em decorrência de sequelas neurológicas (AVC, TCE, TRM) ou portadores de demências que necessitem de curativos especializados (úlceras de pressão, úlceras venosas crônicas) Pacientes acamados por fraturas, pós- operatórios ou submetidos a amputações, que necessitem de curativos especializados (feridas cirúrgicas, úlceras diabéticas) Pacientes que caminhem, mas que, por indicação médica, devam, temporariamente, permanecer em repouso (trombose venosa, úlceras venosas) e que necessitem de curativos especializados e/ou administração medicamentosa Pacientes oncológicos que necessitem de suporte medicamentoso (hidratação, analgesia) Pacientes internados, em condições de alta, porém, que ainda necessitem de terapia endovenosa para manutenção e/ou término de tratamento (infecção urinária, infecções respiratórias, osteomielites) Pacientes no domicílio que apresentem descompensação de doença crônica e que necessitem de terapia endovenosa, mas que, pela estabilidade clínica, não teriam indicação de internação hospitalar (infecções sem instabilidade clínica) Crianças portadoras de Fibrose Cística com descompensação respiratória que necessitem de terapia endovenosa


administração de medicamentos conforme prescrição médica, até quatro vezes ao dia (a cada seis horas); realização de curativos diários com uso de dispositivos especiais em pacientes acamados ou que necessitem de repouso; passagem/troca de sondas; cuidados paliativos; oxigenioterapia por 30 dias e disponibilização de equipamentos (nebulizador, aspirador) por 30 dias. Dra. Maura explica que para encaminhar o paciente ao Serviço de Atenção Domiciliar é necessário que o médico assistente solicite o serviço através do preenchimento da Solicitação de Atenção Domiciliar com os dados do paciente e prescrição médica. Depois de autorizado o atendimento, uma enfermeira fará a visita inicial para avaliação/acolhimento e definir se o paciente enquadra-se no perfil do Serviço de Atenção Domiciliar. A Solicitação de Atenção Domiciliar deve ser enviada por fax, e-mail ou o paciente/familiar deverá entregá-la no Centro de Promoção e Atenção à Saúde (Cepas).

Serviço de Atenção Domiciliar Rua Frei Fulgêncio, 131, Bairro Vila Nova, Blumenau Telefone: (47) 3331-8770. Fax: (47) 3331-8772 E-mail: sad@unimedblumenau.com.br


Autodisciplina

O caminho para formar hábitos positivos

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Fotos Banco de Imagens

lguns pequenos erros diários podem ter grande influência em longo prazo. Muitas vezes, ao não fazer determinadas tarefas – como ler ou praticar exercícios – não se percebe um efeito negativo de imediato, mas, depois de determinado tempo, os prejuízos começam a aparecer. É disso que se trata a autodisciplina. Manter uma rotina saudável, tanto física quanto psicológica, agrega benefícios à vida profissional e emocional. “Ter autodisciplina é buscar, constantemente, o profissional que você quer ser, a pessoa que você quer se tornar”, enfatiza a psicóloga Rosa Reichert. Praticar um pouco de disciplina todos os dias gera resultados positivos quase que imediatamente. Ao trocar os erros pela disciplina, os resultados aparecem em um curto espaço de tempo. Mudar a dieta, por exemplo, pode melhorar a pele, o corpo etc. Ao começar a praticar exercícios, o nível de energia aumenta quase instantaneamente. Isso vale também para a organização do espaço pessoal. Manter os objetos sempre no mesmo local, por exemplo, economiza tempo de procura e torna mais fácil encontrá-los em dias tumultuados. No ambiente profissional, ser autodisciplinado também traz vantagens. Indiferente da atuação no mercado, definir e organizar o tempo de acordo com as tarefas a serem cumpridas – como entregar tarefas nos prazos agendados e arquivar documentos nos devidos lugares – otimiza o tempo e o resultado final. Para muitas pessoas, ser autodisciplinado é um comportamento nato. Já outras, precisam aprender e, acima de tudo, conservá-lo. Para isso, alguns fatores, como persistência, são

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importantes. “A preguiça e a inércia devem ser deixadas de lado, já que são disposições características do ser humano de só fazer o que lhe dá prazer. Devemos nos adaptar à realidade social: temos que estudar, trabalhar, ter relacionamentos e isso exige disciplina”, destaca Rosa. Para começar a implantar esse controle nas tarefas diárias é importante, primeiramente, ter consciência dos benefícios que o hábito traz. Come-

çar devagar, estipulando metas modestas, também ajuda. No decorrer do tempo, as metas devem aumentar. Como um músculo, por exemplo, que vai se tornando mais forte, a disciplina deve ser um hábito cada vez mais presente. Primeiro, é necessário acabar com as desculpas e trazer a disciplina para o dia a dia, determinando as tarefas que devem ser cumpridas, quando e como. Listas e horários diários devem


ser seguidos à risca. Com o passar do tempo, o que antes era uma obrigação, passa a ser um hábito seguido naturalmente. Outra dica importante, além de persistir, é não abrir exceções. A partir do momento em que a primeira exceção é aberta, já não existe mais a necessidade de seguir todas as tarefas. A exceção passa a ser a nova regra. Disciplina e controle próprios são importantes para adquirir crescimento, tanto pessoal quanto profissional. Mas, é necessário, também, ter consciência do quão disciplinado se deve ser. Organização e controle em excesso podem trazer prejuízos. “Ao ficar muito presa à organização de tarefas, a pessoa pode perder-se de si mesma, perder a espontaneidade, o jeito próprio. Ocupar-se demais com o controle e a organização é não ocupar-se de si”, salienta Rosa.

Planejamento A autodisciplina deve ser encarada como um esforço positivo e pode ser alcançada adotando pequenas tarefas específicas: - Planeje o dia de trabalho e estudo, dividindo-o em tarefas a serem cumpridas - Coloque-as em ordem de prioridade - Determine um tempo para a execução de cada tarefa - Cumpra as tarefas de acordo com o programado. Não faça exceções - Estabeleça a mesma rotina por, pelo menos, duas semanas. Os hábitos se formam com o tempo


Saneamento

Fotos Daniel Zimmermann

Saúde que vem do subterrâneo

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esde meados de 2010, o tratamento de esgoto domiciliar de Blumenau está a cargo da Foz do Brasil. A empresa de engenharia ambiental do grupo Odebrecht ganhou a licitação da concorrência pública para concessão dos serviços de esgotamento sanitário, por 35 anos. Segundo dados do IBGE, em 2008, Blumenau registrou 88 casos de óbitos hospitalares decorrentes de doenças de veiculação hídrica. Realidade esta que não é exclusividade do Município. Para se ter uma idéia da precariedade, o Brasil ocupa a 67ª posição no ranking mundial de saneamento

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básico, com apenas 55% das cidades com algum tipo de coleta de esgotos, ou cerca de 25 milhões de lares sem qualquer ligação com a rede coletora de esgoto. Situação que se reflete em Santa Catarina, que é apenas a 20ª colocada entre as 27 unidades da federação em saneamento, com menos de 12% da população atendida com tratamento de esgoto. Quando a Foz do Brasil assumiu a responsabilidade pelo tratamento, há dois anos, Blumenau tinha apenas 4,8% da população beneficiada com o saneamento apropriado. Atualmente, o índice de cobertura corresponde a 7% e a

previsão é de que, até dezembro, o tratamento atenda a 40% dos blumenauenses. O primeiro estágio, que vem sendo executado pela empresa, é a adequação e recuperação do sistema existente e, paralelamente a isso, estão em construção duas novas estações de tratamento de esgoto (ETEs) nos bairros Garcia e Fortaleza e 33 estações elevatórias, que bombearão o esgoto das regiões da Velha, Vila Nova, Itoupava Seca e Boa Vista até a ETE da Fortaleza. Até o final de 2012, serão investidos R$ 100 milhões, resultando em 340 quilômetros da rede coletora.


Fiscalização O Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), como concedente do Contrato de Concessão dos Serviços de Esgotamento Sanitário, é responsável pela fiscalização das obras de implantação da rede de esgoto. Conforme o Departamento Técnico da Gerência de Obras do Samae, há um acompanhamento diário do trabalho da Foz do Brasil em diversas localidades da cidade. Cada saída a campo gera um Registro de Inspeção de cada serviço visitado, que contém informações sobre a segurança do local, escavação da vala, reaterro e compactação, poços de visita e das ligações domiciliares, registrados através de relatórios fotográficos. Quinzenalmente, a fiscalização do Samae se reúne com a engenharia e fiscalização da concessionária para debater assuntos pertinentes à execução das obras. E, com todo esse material, são realizados relatórios baseados nas normas técnicas brasileiras e na legislação vigente, que são enviados à Foz do Brasil e à Agência Reguladora da Concessão (Agir).

Obras de implantação da rede de esgoto estão por toda cidade


Saneamento

Riscos do saneamento precário O consumo da água de qualidade reduz a probabilidade de enfermidades causadas por bactérias, vírus, protozoários e helmintos. Conforme a secretaria de saúde de Blumenau, a Vigilância Epidemiológica atua no controle desses males causados por transmissão hídrica, como cólera, hepatite, diarréia, gastroenterite, febre tifóide e paratifóide ou outras doenças diarréicas e infecciosas intestinais. Outras enfermidades relacionadas ao tratamento inadequado de esgoto são leptospirose, dengue, leishmaniose, cisticercose, salmonelose, teníase, febre amarela, peste, malária, esquistossomose e até escabiose e conjuntivites. Um agravante no caso de Blumenau é a leptospirose acentuada em função das enchentes. Em 2011, foram re-

gistrados 47 casos. “O grande avanço para um Município com o sistema de tratamento de esgoto é a interrupção da ‘cadeia de contaminação humana’, o que permite reduzir significativamente a morbi-mortalidade das doenças associadas à falta de saneamento”, avalia a secretária municipal da saúde Juliana Rigo. Por mais que visivelmente o trânsito saturado de Blumenau possa parecer o maior empecilho na implantação das obras, a empresa concessionária considera como maior desafio a conscientização da população blumenauense em relação à educação ambiental. A população precisa dar mais valor ao tratamento de esgoto, pois a cidade é responsável por 40 milhões de litros de esgoto depositados todos os dias em rios, ribeirões e córregos.

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Procedimentos para ligação de esgoto 1 - Caixa de Gordura: toda saída de esgoto da cozinha deve ter uma caixa de gordura conforme exigência da Associação Brasileira de Normas Técnicas 2 - Caixa de Passagem: construídas a cada 25 metros ou sempre que houver mudanças de direção do cano. 3 - Caixa de Inspeção: construída próxima ao muro conforme exigência da Associação Brasileira de Normas Técnicas 4 - TIL (Terminal de Inspeção de Limpeza): é a ligação de esgoto do imóvel e não pode ser coberta – Fornecida pela Foz do Brasil.


Educação ambiental e qualificação Para fomentar a educação ambiental, a empresa realizará no decorrer deste ano um programa de capacitação para professores e alunos de escolas do entorno das regiões em obras. Também haverá orientação para agentes de saúde e preparação aos profissionais, como os encanadores, para que estes tenham um embasamento teórico hidráulico como alicerce na hora de executar os serviços de encanamento. Para que o sistema funcione corretamente, todos os moradores deverão fazer a ligação do esgoto da casa até a rede coletora. O procedimento é simples e vai garantir mais qualidade de vida aos moradores, mas deve ser feito por profissionais capacitados.

Pensando nisso, a concessionária aplicará, gratuitamente, a capacitação profissional a partir de junho. Estima-se que cerca de 80 profissionais da comunidade recebam o devido treinamento através de aulas teóricas e práticas. Além de receber orientações sobre o funcionamento do novo sistema de coleta e tratamento de esgotos, os profissionais serão orientados sobre como desativar de forma correta a fossa e o filtro ainda existentes em algumas residências. A capacitação será importante também para instruir sobre a diferença entre a tubulação usada para o sistema de esgoto e aquela usada para a coleta da água da chuva, ou seja, o sistema

pluvial. “Se a água da chuva, que deveria seguir por uma tubulação própria, for ligada à rede de esgoto, pode provocar sérios problemas que vão desde vazamentos e entupimentos até o retorno do esgoto para a residência”, alerta o diretor operacional da Foz do Brasil, Cleber Renato Virginio Silva. Quem sai ganhando com o tratamento do esgoto é a população que, além de prevenir uma série de doenças, agrega a preservação ambiental a uma maior qualidade de vida. Seguindo o cronograma de obras, a concessionária deverá colocar Blumenau entre as cinco cidades do Estado com o maior índice de cobertura e tratamento de esgoto.


SUA VIDA O futuro

Pensar no nosso futuro é algo que fazemos a quase todo o momento. Imaginamos como será nossa vida, como estaremos nos próximos 10, 30 ou 50 anos. É normal olhamos para o passado, entender como estamos e projetarmos como será nosso futuro. Para que o futuro aconteça, muitas vezes, é necessário fazermos algumas mudanças. Para uma empresa, esse processo não é diferente. Ouvindo as necessidades dos cooperados, beneficiários e pensando no futuro, a Unimed Blumenau está modernizando o Sistema de Informação de Gestão Integrada, aquele que organiza as informações e permite agilizar os processos de uma organização. A melhora da qualidade da informação para tomada de decisão refletirá na melhora de atendimento. O sistema de informação escolhido foi o Tasy, da Wheb Sistemas, empresa experiente em sistemas para a saúde. É um trabalho complexo, com a participação de mais de 200 pessoas, que começou no final do ano passado e vai percorrer todo 2012, gerando mudanças positivas desde a inclusão de novos beneficiários até a requisição de uma consulta em um hospital, clínica ou consultório. Imagine sair de um consultório com um exame para realizar, mas já sabendo onde e quando realizará, sem a necessidade de se deslocar para autorizar o procedimento. Outro exemplo é o próprio beneficiário fazer a alteração dos dados cadastrais através da internet, sem a necessidade de se deslocar a Unimed. As empresas prestadoras e os cooperados também poderão perceber melhoras significativas no tempo de atendimento dos processos. Esdras Floriani Holderbaum Gerente de Tecnologia da Informação Unimed de Blumenau

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Qualidade de vida

Muito além dos 100 anos Daniel Zimmermann

SEU PLANO

Dona Elza, aos 100 anos, com o filho Guilherme

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corpo já não é o mesmo de algumas décadas atrás; a memória, algumas vezes, prega peças; mas a delicadeza e sabedoria mostram que, com 100 anos recém-completos, dona Elza Peron Cohn ainda tem muito o que viver. Elza nasceu em 10 de junho de 1912, em uma pequena cidade do Rio de Janeiro. Mudou-se para a ca-

pital carioca, onde passou a maior parte da vida, onde casou-se e também divorciou-se, criou os cinco filhos – três homens e duas mulheres. Os netos, hoje já crescidos, somam 21, entre biológicos e adotivos. Mudou-se para o Vale do Itajaí há 17 anos para ficar com uma das filhas e descansar. Dois anos depois, o filho Guilherme também veio para


o Sul e é ele que acompanhou a entrevista com a mãe, já centenária. “É muito bom ver ela com saúde. Eu, por exemplo, acho que não consigo chegar aos 100 anos”, destaca. Elza é beneficiária da Unimed desde 1994, mas, de acordo com Guilherme, ela não sofre com nenhuma doença e quase nunca precisa ir ao médico. Hoje, Elza fica em uma casa de repouso, onde passa os dias calmamente. O filho conta que ela sempre foi muito ativa, mas, há alguns anos, fraturou a perna e, como os ossos já não se recuperam mais tão bem, foi necessário que ela utilizasse uma cadeira de rodas. Dona Elza sempre possuiu uma ótima memória. Em consequência da idade, hoje já não está 100% e, em alguns dias, engana. “Outro dia, ela me disse que ‘os peixes iriam estra-

gar’. Quando perguntei que peixes eram esses, ela falou que eram os que havíamos pescado. Imagino que ela fazia referência a quando

“Não devemos ficar com mania de remédios. Eu quero passar muito dos 100 anos” Elza Peron Cohn

ainda era uma criança e pescava com o pai”, destaca Guilherme. Apesar disso, a saúde, de modo

geral, está excelente. Há 40 anos, ela sofria, por exemplo, com pressão alta. Hoje, nem isso tem mais. Quando o assunto é alimentação, Elza diz comer de tudo, que nunca teve problema com nenhum alimento e que isso não mudou com a idade. “Estava até comendo chocolate agora a pouco”, ressalta o filho. Elza destaca que essa combinação de alimentos é que a ajudou a chegar aos 100 anos. Assim como o fato de não ficar tomando remédios exageradamente. “Não devemos ficar com mania de remédios”, destaca a senhora. Completar 100 anos de vida mostra como são importantes os cuidados com a saúde. Seguindo as próprias dicas, Elza diz querer viver ainda por vários anos. “Quero passar muito dos 100”, finaliza.


ORTODONTIA

Banco de Imagens

Dor pode ter relação com a mandíbula

Sintomas como dor de cabeça, de ouvido, nos músculos da face, no pescoço, dificuldade na abertura da boca, estalidos na articulação da mandíbula e adjacências podem estar relacionados com a disfunção têmporo-mandibular. Muitos pacientes e até profissionais da área de saúde confundem as dores causadas por disfunção na articulação, pois já foram documentadas cerca de 140 formas diferentes de dor de cabeça.

vido e possui a única articulação com movimento tridimensional do corpo humano, tornando-a complexa. São oito músculos que a movimentam, assim, cada vez que se fala, mastiga ou deglute, movimenta-se a articulação têmporo-mandibular (ATM).

De acordo com o ortodentista Fernando Tiepo, o grande desafio para os profissionais da saúde é distinguir os pacientes que sofrem da disfunção dos músculos mastigatórios e os que têm alguma patologia na articulação têmporo-mandibular, assim como dissociá-las das várias formas de dores de cabeça e de origem dental, que se assemelham aos sintomas similares de dor facial.

Para o ortodontista, as disfunções têmporo-mandibulares incluem uma combinação de fatores físicos e psicossociais, dos quais alguns são pouco compreendidos ou difíceis de avaliar. Quando a funcionalidade bucal é alterada e o fechamento da boca não está em harmonia, pode-se ter como causas uma má oclusão, ausência dental, restaurações altas, cerramento dental e/ou apertamento, bruxismo etc. Essas alterações podem causar um esforço excessivo na musculatura e gerar fadigas musculares que se repercutem em forma de dor.

A mandíbula é o único osso da face móvel, que se articula com o crânio na região anterior ao ou-

As dores de cabeça provenientes das disfunções da ATM, em geral, não são propriamente de cabeça,


culação, pois a má oclusão traz consequências para a ATM. “O ideal é que a oclusão mantenha a relação mandíbula e disco articular em harmonia e bem relacionados entre si, a fim de que a articulação seja saudável”, ressalta.

O ortodontista diz que as causas da dor na articulação também podem estar relacionadas a interferências do disco articular, que está interposto entre as partes ósseas do crânio e da mandíbula. O conjunto de alterações pode levar à restrição de abertura bucal, estalos, travamento e à dificuldade de mastigação. Porém, se o problema for articular, como artrite reumatóide, anomalia de desenvolvimento, entre outros, o paciente precisa procurar um profissional da área médica.

A proximidade entre a ATM e o ouvido pode, ocasionalmente, confundir o paciente sobre o local de origem da dor. Na realidade, a dor de ouvido é diferente da dor de ATM. Como diagnóstico diferencial, as disfunções da ATM não manifestam febre, não eliminam secreção pelos ouvidos e não são acompanhadas por quadros infecciosos.

O bom encaixe dos dentes também é responsável pela boa relação da mandíbula com a arti-

Alguns pacientes, mesmo com a articulação perfeita, podem relatar um quadro de dor, mas, se esta for na mandíbula, poderá ser de origem dental, originada por uma gengivite, problema periodontal ou cárie.

Daniel Zimmermann

mas dores nos músculos que envolvem a cabeça. A má postura, mordida inadequada, má oclusão dentária, genética, problema muscular e cerramento dos dentes, com o passar do tempo, culminam em quadros crônicos de dor.

O ortodontista Fernando Tiepo


FILMES

Voluntariado

INDICADOS Amizade Colorida

Solidariedade 4x4 Divulgação

“Jamie, uma caça-talentos, descobre um grande potencial em Dylan, convencendo o jovem a abandonar o emprego em São Francisco e se mudar para Nova Iorque. Com a convivência, os dois se tornam grandes amigos, mas, quando estão solteiros, descobrem que existe uma grande atração que os une. Dispostos a ficar só com os benefícios dessa relação, impõem uma regra: sem sentimentos nem emoções, já que tudo não passa de atração física. Mas todo mundo sabe que é muito difícil controlar o coração.” Rodrigo Plebani Beneficiário Unimed

Um novo despertar “Walter Black (Mel Gibson) é o presidente de uma indústria de brinquedos. Ele sofre de depressão e se torna cada vez mais distante da esposa Meredith (Jodie Foster) e dos filhos Porter e Henry. Um dia, ao jogar o lixo fora, ele encontra o castor, um fantoche de pelúcia. Logo em seguida, Walter tenta o suicídio, mas fracassa. A partir de então, já com o castor, ele assume uma nova identidade e passa a se comunicar através do boneco. O castor permite que Walter volte à vida, no trabalho e junto à família, mas, aos poucos, passa a sofrer um conflito de identidades.” Dirlei Leandro Reichert Gerente de Vendas/ Unimed

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Jeep Club em ação durante enchente em Blumenau

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uem enfrentou as enchentes no Médio e Alto Vale do Itajaí, tanto em 2008 quanto em 2011, ou as mais antigas, sabe da importância da mobilização e colaboração de grupos e entidades no auxílio às vítimas. Nessas horas, a solidariedade vira regra e tem o poder de salvar muitas vidas. Nas duas últimas enchentes, o Jeep Clube de Blumenau mostrou o compromisso que tem com a população ao ajudar órgãos públicos no socorro aos desabrigados ou isolados pela água e deslizamentos de terra. Através do Grupo de Apoio Emergencial (GAE), criado em 1990, quando ocorreu a tragédia da Rua Belo Horizonte, no Bairro Garcia, o Jeep Clube presta apoio em situações de emergência e calamidade pública. Hoje, 20 sócios fazem parte do GAE. “Ao longo do tempo, procuramos sempre nos aprimorar. Para isso, realizamos treinamentos com o Exército e o Corpo de Bombeiros e, a partir das experiências adquiridas, nosso próprio grupo encontra-se apto para ajudar

a comunidade”, afirma o presidente do Jeep Clube de Blumenau, Fabiano Eduardo Pamplona. Para realizar esse trabalho, o presidente explica que é montada uma base de comunicação. Ela está ligada com a Defesa Civil, os veículos de comunicação, os sócios membros do GAE e demais sócios do clube que prontamente se colocam à disposição. É através das informações obtidas nessa base que os grupos são encaminhados para prestar atendimento. Foi dessa forma que atenderam as vítimas das enchentes de 2008 e 2011. Segundo Pampolona, o trabalho prestado nas duas ocasiões foi diferente. Em 2008, houve mais deslizamentos de terra e as áreas tornaram-se de difícil acesso. O papel do GAE foi o de socorrer pessoas, levar membros do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil, medicamentos e, principalmente, alimentos, água e roupas até essas áreas. “Nesse tipo de terreno, os jipes têm fácil acesso, conseguimos chegar aonde veículos do Exército não chegavam”, conta.


LIVROS

INDICADOS

Em 2011, o problema foi a grande quantidade de água. “O nível do Rio Itajaí-Açu subiu mais em relação a 2008. Em determinados locais, o jipe consegue passar, mas não chega a áreas onde a quantidade de água é muito grande. Por isso, trabalhamos mais na coleta e distribuição de alimentos, roupas e colchões para os desabrigados. Por Santa Catarina ser um dos Estados com mais números de Jeeps Clubes, as manifestações e campanhas para doações foram muitas e vieram, inclusive, de outros Estados”, destaca o presidente. Na ocasião, o Jeep Clube de Blumenau auxiliou o Serviço de Atenção Domiciliar da Unimed a chegar a pacientes cujo acesso estava dificultado pela enchente que atingiu a região.

Graças a essa dedicação, o Jeep Clube de Blumenau é reconhecido perante a comunidade da cidade e da região. Em 2011, foi homenageado pela Câmara de Vereadores pelos serviços prestados no auxílio às vítimas das enchentes, em especial a de 2008. “Justamente por esse reconhecimento, consideramos uma obrigação continuar o nosso trabalho. Em situações de emergência, temos como meta estar à disposição da comunidade 24 horas”, enfatiza o presidente.

Daniel Zimmermann

Na ocasião, equipes ficaram de plantão e os jipes estavam à disposição da Defesa Civil e da comunidade. Além disso, os jipeiros também trabalharam atendendo pedidos para entregar remédios em municípios vizinhos, onde outros meios de transporte não conseguiam mais ter acesso.

as enchentes. “Nós, do Jeep Clube, fizemos curso, onde aprendemos a utilizar o radioamador de forma correta e, assim, aprimorar a qualidade do atendimento do GAE. Agora, podemos interagir mais efetivamente e melhorar ainda mais o atendimento”, salienta Pamplona.

Hoje, o Jeep Clube de Blumenau desenvolve projetos para melhorar ainda mais o serviço de atendimento em situações de emergência. Entre os planos, está auxiliar o Corpo de Bombeiros, dando cursos sobre a melhor forma de conduzir veículos 4x4, e adquirir canoas que irão possibilitar chegar até áreas isoladas pela água. O clube também tem participação junto aos radioamadores, importante meio de comunicação durante

Fabiano Eduardo Pamplona

Jeep Clube O Jeep Clube foi fundado em 1987 e, desde 2002, possui sede própria em Blumenau. Hoje, o clube conta com 100 sócios que participam de diversas atividades e estão presentes tanto em eventos festivos, como no atendimento a situações emergenciais de calamidades.

Fone : (47) 3378-4258 www.jeepclubedeblumenau.com.br

Operação Cavalo de Tróia “Ano 1973. Em uma operação ultra-secreta chamada ‘Cavalo de Tróia’, dois astronautas voltam no tempo e presenciam a vida, paixão, morte, ressurreição e ascensão de Jesus de Nazaré. Em uma narrativa fascinante e fantástica, o autor J. J Benitez foi delicado ao misturar tecnologia e ficção nos fatos que constituem o nosso pensamento cristão, ou seja, em momento algum deixou de enfatizar a santidade de Jesus e, nessa mescla, nos coloca a pensar muitas coisas que talvez não consigamos perceber.” Luciano dos Santos Beneficiário Unimed

Nada é por acaso “Uma mãe estéril, um menino indesejado, uma ligação de puro e profundo amor, tudo reunido em três histórias parecidas, porém, com desfechos surpreendentes. A obra de Zibia Gasparetto aborda o tema de mulheres que buscam mães de aluguel para terem filhos. Uma gravidez por dinheiro e/ou a venda de um filho. Mesmo gerado na ambição, traz no ventre de aluguel um canal de união entre a mãe estéril e um filho do coração, mudando vidas e ensinando a amar.” Suely Blenke Eskelsen Analista de Relacionamento com a Rede Prestadora/Unimed

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H1N1

Onda de ‘gripe A’ deixa a região em alerta Banco de Imagens

Vacina é a principal forma de prevenir a gripe A

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anta Catarina está em estado de alerta. O número de casos de gripe A vem aumentando a cada semana. Até o dia 1º de junho, já haviam 115 casos confirmados da doença. Só em Blumenau, eram 18 casos confirmados e outros 15 sob suspeita. Em 2011, em todo o Estado, uma pessoa morreu em decorrência da doença. Este ano, já são seis óbitos. A gripe A, também conhecida como Gripe Suína, é causada pelo vírus Influenza A H1N1 e apresenta sintomas e formas de contágio semelhantes aos da gripe comum, através do contato direto ou indireto com pessoas já contaminadas pelo vírus. “Essas pessoas eliminam os vírus através da tosse, espirro ou mesmo gotículas expelidas na fala. Assim, através dessas gotículas, os vírus acabam penetrando nas mucosas – olho, nariz ou boca – do indivíduo suscetível”, explica o infectologista Rodrigo Duarte Perez. Assim como na gripe comum, a Influenza A H1N1 apresenta sintomas como febre repentina e acima de 38 graus, dores de garganta acompanhadas de tosse, geralmente seca, dificuldades respiratórias, dores musculares e obstrução nasal. “Além desses sintomas, algumas complicações da gripe A sãs relatados – embora não comuns –, como pneumonias, otites e sinusites e evolução para síndrome respiratória aguda grave, com presença de falta de ar progressiva, por vezes com necessidade de respiração artificial e evolução para o óbito”, salienta Dr. Rodrigo.


Edurado Sofiati

Vacinação A melhor forma de prevenção é a vacinação. Em Blumenau, até junho, a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe A imunizou 40.381 pessoas, o equivalente a 96,09% da meta estipulada. Estudos do Ministério da Saúde mostram que essa vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de internações. Além do Influenza A H1N1, a dose aplicada em 2012 protege também contra outros dois vírus que mais circulam no País: o Influenza A H3N2 e Influenza B, grandes causadores da gripe sazonal ou gripe comum. A vacina é feita com um vírus inativo, que estimula o sistema imunológico a reagir à doença quando um vírus ativo entra no organismo. Por isso, o efeito imunológico da vacina só vai estar presente cerca de 15 dias após a vacinação. Muitas pessoas têm medo de vacinarem-se pelos efeitos colaterais que podem apresentar. Mas, segundo Dr. Rodrigo, essas reações são leves e a vacina não causa nenhum tipo de doença. “São poucos os efeitos colaterais descritos, traduzidos geralmente por dor e vermelhidão no local da picada, febre baixa e dores no corpo, que aparecem até dois dias após a aplicação. Casos descritos de reações

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Dr. Rodrigo Duarte Perez CRM 12672 (47) 3340-4112

alérgicas graves só aparecem quando a vacina é administrada em pessoas com hipersensibilidade ao ovo, uma vez que são feitas de vírus que crescem em ovos embrionados de galinha”, destaca o médico. Alguns grupos de risco, como crianças de seis meses a dois anos de idade, gestantes, índios, trabalhadores da área da saúde e idosos puderam fazer a vacina gratuitamente durante a campanha nacional. As pessoas que não fazem parte de nenhum desses grupos ou que fazem e perderam o período da campanha, devem dirigir-se a clínicas particulares que prestam o serviço. Em Blumenau, a vacina contra a gripe A pode ser encontrada no Celp, Celpinho, Sesi Clínica, Pulmoclínica e Hospital Dia do Pulmão. O custo varia entre R$ 50 e R$ 60. Adultos e crianças devem levar a carteira de vacinação.

Grupo de risco Pessoas que apresentam mais chances de contrair a gripe A: Gestantes Idosos acima de 60 anos Crianças menores de dois anos Doentes crônicos Pessoas que apresentam problemas cardiovasculares Asmáticos Obesos Portadores de problemas hepáticos e renais Pessoas com o sistema imunológico baixo


H1N1

O que significa A H1N1 A letra A indica o tipo mais variável de vírus, que tem potencial para afetar o maior número de pessoas. Os vírus da gripe são classificados em A, B ou C, de acordo com esse potencial. A letra H é a inicial de hemaglutinina, uma proteína localizada na superfície externa do vírus utilizada para se fixar nas células humanas. Já a letra N é a inicial de neuraminidase, uma proteína que quebra os açúcares da célula atacada pelo vírus. Como as duas proteínas estão localizadas no lado externo do vírus, são elas que o sistema imunológico detecta e as que a vacina de prevenção atinge. No total, existem 16 tipos de hemaglutinina e nove tipos de neuraminidase. Apenas as hemaglutininas 1, 2 e 3, e as neuraminidases 1 e 2 ocorrem nos seres humanos – de onde vem o H1N1.

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Lavar bem as mãos está entre as medidas contra a doença

Como se prevenir Lavar as mãos várias vezes ao dia e, quando possível, utilizar o álcool em gel Evitar o contato das mãos com olhos, nariz e boca depois de tocar em superfícies Usar lenços descartáveis ao tossir ou espirrar Fazer uso da vacina, principalmente quem faz parte dos grupos de maior risco Alimentar-se adequadamente e ingerir bastante líquido Evitar aglomerações e ambientes fechados




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