47
Mai/Jun 2010
quem é homem cuida da saúde
Menos propensos a procurar o médico do que as mulheres, homens vivem em média sete anos menos, vítimas de problemas que poderiam ser evitados
ÍNDICE Veículo de Divulgação da Unimed Blumenau - Cooperativa de Trabalho Médico.
CONSELHO EDITORIAL
Dr. Odilon Luiz Ascoli Dr. Jauro Soares Dr. Alfredo Nagel Dr. Cleonildo Aldeman de Oliveira Dr. Marco Antônio Bramorski Dr. Fernando Cesar Sanches Dr. Ricardo Beduschi Luiz Mund
EDITOR-EXECUTIVO
Sidnei dos Santos - 1198 JP (MTb/SC) sidnei@mundieditora.com.br
EDITORA-ASSISTENTE
Gisele Scopel - 02807 JP (MTb/SC)
REPÓRTERES
Beatriz Alves Gaviolli, Jean Laurindo e Mariana Tordivelli
04 EM FOCO Unimed elege nova diretoria 08 PÁGINAS VERDES com o bispo diocesano de Blumenau, Dom José Negri 16 MULHER Programação discute assuntos de interesse feminino 20 DIA DAS MÃES Histórias de amor e superação 22 DIABETES Doença tem implicações no coração e rins 26 MELHOR IDADE Exemplos de como envelhecer com saúde 30 ARTIGO A Síndrome de Burnout e os Profissionais da Saúde 32 SUSTENTABILIDADE O carro movido a ar comprimido 35 NOSSA GENTE com Deomar Sacani 36 VIAGEM Do deserto à cidade sagrada
GERENTE DE ARTE
Daniel Zimmermann
Daniel Zimmermmann
Rui Rodolfo Stüpp
Daniel Zimmermann
FOTO DE CAPA
Márcio Ferro, coordenador de Administração de Contratos da Unimed, fotografado por Daniel Zimmermann
EDITORA-CHEFE
Danielle Fuchs danielle@mundieditora.com.br
GERENTE-GERAL COMERCIAL Denilson Mezadri - 47 3035.5500 denilson@mundieditora.com.br
GERENTE COMERCIAL
Eduardo Bellidio - 47 3035.5500 eduardo.bellidio@mundieditora.com.br
DIRETOR-EXECUTIVO
Niclas Mund niclas@mundieditora.com.br
UNIMED BLUMENAU
Rua das Missões, 455 • Blumenau/SC Fone: 47 3331.8500 • Fax 47 3331.8570
HOSPITAIS UNIDADE CENTRO Neumarkt Trade & Financial Center, 5º andar • Blumenau/SC Rua Ingo Hering, 20 | Anexo ao Shopping Neumarkt Fone: 47 3037.8500 UNIDADE VILA NOVA Rua Almirante Barroso, 1159, Bairro Vila Nova • Blumenau/SC Fone: 47 3331.8700 UNIDADE TIMBÓ Rua Pomeranos, 3000, Bairro Pomeranos • Timbó/SC Fone: 47 3281.4000
CONSELHO ADMINISTRATIVO Dr. Jauro Soares Dr. Marco Antônio Bramorski Dr. José Carlos Arenhart Dra. Andréia F. de A. Souza Dr. Gustavo De Ré Dr. Marco Antônio Cavalcanti Dr. Fernando César Sanches Dr. Jacy Bruns Dra. Maura Milano Cucco Dr. Rodrigo Vanzelli Dr. Tarcisio Lins Arcoverde
12
Campanha estimula homem a cuidar mais da própria saúde
24
É preciso ficar atento ao peso das mochilas das crianças em idade escolar
28
Hemosc precisa de mais doadores para manter o estoque
Editorial
Nova Unimed melhor para você A nova diretoria da Unimed Blumenau, que apresentamos na página 4 desta edição em foto feita no dia 24 de março, dia da eleição, começa a gestão de mais quatro anos com o compromisso de fazer da atual Cooperativa uma Nova Unimed. Os novos dirigentes aceitaram o desafio proposto pelos 679 colegas cooperados de concluir a verticalização das atividades e colocar em operação a Rede de Recursos Próprios da Cooperativa. Para isso, a Unimed vai agregar ao trabalho atual de operadora de plano de saúde, a gestão de mais serviços de saúde na região do Médio Vale do Itajaí. O primeiro passo nesta direção já foi dado em 2009, com a incorporação do Hospital Unimed – Unidade Centro, inauguração da Unidade Timbó e abertura do Atendimento 24 Horas no Bairro Vila Nova. Agora, preparamos a consolidação da Rede Regional Integrada de Recursos Próprios com a construção do Hospital Geral Unimed (HGU), a mais importante obra deste grande projeto estratégico. Na construção da Rede de Recursos Próprios temos o compromisso explícito de valorizar sempre as pessoas, razão de existir da nossa Cooperativa, com foco prioritário na qualidade dos serviços que prestamos a você. Esta edição da revista Unimed está particularmente rica em informações e novidades como o projeto de visitas hospitalares e a inauguração do quinto andar do Hospital Santa Isabel. Destaque também nesta edição para a entrevista com o bispo José Negri e para a reportagem de capa chamando a atenção do sexo forte: quem é homem cuida da saúde. Antecipamos também nossa homenagem ao dia das mães. Boa leitura!
3
EM FOCO Unimed elege diretoria Daniel Zimmermann
A chapa Nova Unimed, tendo como candidato a presidente o cirurgião pediátrico Jauro Soares, foi eleita dia 24 de março para a gestão 2010/14 da Unimed Blumenau. Como vice-presidente foi eleito o Dr. Marco Bramorski e superintendente o Dr. José Carlos Arenhart.
Dr. Jauro Soares, Dr. Marco Bramorski, Dr. José Carlos Arenhart e equipe vão dirigir a Unimed Blumenau nos próximos quatro anos
Do total de 736 votos, a chapa 1 recebeu 407 (56%) votos e a chapa 2 (Unimédicos) recebeu 319 (44%) votos. Para o Conselho Fiscal foram eleitos Dr. Marco Wanrowski (108 votos), Dra. Elizabete Ternes Pereira (94), Dra. Irene Wiggers (89), Dr. Alberto Carvalho (88), Dr. John Santos (81) e Dr. Jaques Essig (75).
Quando você falta à consulta, não é só o seu médico que fica esperando. Quando não puder comparecer à consulta que você agendou, avise com antecedência. Outras pessoas, que também precisam do seu médico, podem ser atendidas em seu lugar.
unimedblumenau.com.br | 3331 8500
Unimed e HSI inauguram ala gentes. O presidente da Unimed, Dr. Jauro Soares, o então vice-presidente, Dr. Josemar Batista Oliveira e o superintendente, Dr. José Carlos Arenhart representaram a Unimed. O hospital foi representado pelo administrador-geral Vilson Santin, diretor-clínico, Dr. Juares Nogara, e diretor-técnico, Dr. Marcus Vinícius.
Divulgação
A Unimed e o Hospital Santa Isabel inauguraram, em 22 de março, as reformas da Ala Nossa Senhora das Graças, no quinto andar do hospital. O espaço foi humanizado e adequado para receber os clientes da Cooperativa, que passa a contar com 80 leitos no HSI. Na inauguração, compareceram funcionários, médicos, cooperados e diri-
Visitas estreitam relacionamento A Unimed Blumenau iniciará, em maio, o Programa de Visitas Hospitalares. As visitas hospitalares serão feitas aos clientes da Cooperativa com atendimento individualizado. Em princípio, somente nos hospitais da rede própria. De acordo com a coordenadora de Relacionamento com Cliente, Káthia Floriani, o intuito é acolher o pacien-
te, levar informações, esclarecer dúvidas, identificar e resolver eventuais problemas através de uma pesquisa de satisfação com quem está internado. “As informações obtidas ajudarão a Cooperativa a avaliar o atendimento aos nossos clientes, fidelizá-los e aplicar melhorias”, destaca a coordenadora. Os entrevistados poderão expressar opiniões, críticas e sugestões a respeito dos serviços prestados. Além disso, eles
receberão orientações e poderão esclarecer eventuais dúvidas. Para Káthia, os principais benefícios – tanto para o paciente, quanto para a Unimed – estão em estabelecer o elo entre cliente Unimed internado e hospital. “O paciente que receber a nossa visita se sentirá amparado, acolhido e com acesso a mais informações em um momento de real necessidade”, avalia.
EM FOCO
Divulgação
Parceria sustentável
Dr. Jauro Soares falou a representantes dos fornecedores da Unimed Blumenau durante o seminário Desde 2009, a Unimed Blumenau realiza o Programa de Desenvolvimento de Fornecedores. Como parte desse projeto, em 11 de fevereiro, a Cooperativa promoveu o 1º Seminário Socioambiental dos Fornecedores da Unimed. O presidente do Comitê Brasileiro do Pacto Global, Vitor Seravalli, trouxe para a pauta a adoção de valores fundamentais nas práticas de negócios, entre outros temas. Também esteve presente a representante do Global Reporting Initiative (GRI), Glaucia Térreo, que coordenou a oficina de elaboração do Relatório de Sustentabilidade modelo GRI e a consulta pública dos indicadores do Relatório de Sustentabilidade da Unimed Blumenau. O Senai esteve presente, destacando o Programa Jovem Aprendiz, e também houve a apresentação do Proje-
to Selo Piava e dos cases Coopergips e Bionexo. Para a Cooperativa, mais do que negociar produtos e serviços, é preciso estabelecer parcerias sustentáveis. Por isso, a escolha dos fornecedores da Unimed Blumenau segue um rigoroso controle. Entre os itens de avaliação estão critérios técnicos, prazos, preço e qualidade, cumprimento da legislação, respeito aos colaboradores, consumidores, ao meio ambiente e comunidade. O nível de exigência é definido de acordo com cada tipo de serviço e produto, respeitando as particularidades de cada fornecedor. O sistema utilizado para avaliar os prestadores de serviço é por pontuações. Assim, a Cooperativa é capaz de identificar e reconhecer os parceiros que apresentam as melhores práticas dentro dos indicadores pré-estabelecidos.
Vacinação contra Influenza A A campanha de imunização contra o vírus influenza A (H1N1) – o da gripe suína – teve início no dia 8 de março em todo o País. A vacinação é gratuita e foi dividida em cinco fases. Nas duas últimas fases da campanha serão imunizadas pessoas com 60 anos ou mais portadoras de doenças crônicas (24 de abril a 7 de maio) e população saudável de 30 a 39 anos (10 a 21 de maio) A meta do Ministério da Saúde é imunizar pelo menos 80% do público-alvo de 20 a 29 anos, formado por 35,1 milhões de pessoas. Essa faixa etária foi a que teve o maior número proporcional de casos de doença respiratória grave causada pelo novo vírus no ano passado: 24% do total de 44.544 casos, em todo o País. De acordo com a gerente de vigilância epidemiológica de Blumenau, Raquel Martelli, foram detectados 63 casos positivos de influenza A em Blumenau, em 2009. Nove pessoas morreram. Raquel reitera que a vaci-
nação tem como objetivo diminuir o risco de a população adoecer e o número de mortes associadas à influenza A nos grupos mais afetados durante a primeira onda. Apesar de a vacinação atingir apenas aos grupos definidos, a gerente da vigilância epidemiológica alerta que os cuidados com a gripe suína devem ser mantidos independentemente de pertencer aos grupos ou não. “Todas as formas de prevenção existentes e que foram divulgadas por diversos meios de comunicação precisam ser cultivadas não apenas por aqueles que pertencem aos grupos de vacinação, mas também por toda a população. É fundamental que as pessoas mantenham as medidas de higiene pessoal para evitar a infecção pelo vírus”, garante. Em Blumenau, 33 unidades de saúde do Município disponibilizam gratuitamente a vacina.
Cuidados com a Influenza A Lavar bem as mãos frequentemente com água e sabão Evitar tocar os olhos, boca e nariz após contato com superfícies Não compartilhar objetos de uso pessoal e cobrir a boca e nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar
Unimed e têxteis firmam convênio A Unimed Blumenau e o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Fiação, Tecelagem e Vestuário de Timbó assinaram contrato de prestação de serviços que coloca à disposição dos cerca de 6 mil sindicalizados e dependentes do sindicato na região o Hospital Unimed – Unidade Timbó para a realização de exames complementares. No hospital de Timbó serão realizados exames de raios-X, ultrassonografia, endoscopia e colonoscopia. Desde janeiro, o hospital mantém convênio com o Sindicato dos Metalúrgicos de Timbó. Os contratos de prestação de serviços ampliam o atendimento nas unidades próprias da Cooperativa, utilizando equipamentos existentes para atender um público que ainda não pode adquirir um plano de saúde.
PÁGINAS VERDES
com o bispo da Diocese de Blumenau, Dom José Negri
“É bom se perguntar o que Deus quer de nós” Daniel Zimmermann
O bispo Dom José Negri está há um ano à frente da Diocese de Blumenau
Jean Laurindo jean@mundieditora.com.br
H
á mais de um ano à frente da Diocese de Blumenau, o bispo Dom José Negri coordena os trabalhos nas paróquias da região no ano em que a Diocese completa 10 anos de existência. Segundo o líder religioso, a intenção é levar adiante as propostas de evangelização em família e também aproximar a direção da diocese das paróquias mais distantes. Na preparação para as celebrações da Semana Santa e da Páscoa, o bispo recebeu a reportagem da Revista Unimed e falou sobre assuntos que vão desde as perspectivas de trabalho nas capelas até temas polêmicos como celibato, escândalos sexuais e relação entre ciência e religião.
8
Revista Unimed: Esse ano o senhor completou um ano à frente da Diocese de Blumenau. Qual a avaliação desse período? Dom José Negri: Nesse primeiro ano, nos dedicamos mais a ver, escutar e observar a comunidade. Seria errado se eu já chegasse com um pacote pronto. Não era esse o meu projeto. Minha ideia era justamente a de escutar e ver. De fato, a primeira iniciativa que tomei foi visitar as 38 paróquias da diocese. Visitei, conheci, conversei com as pessoas. Agora, neste ano já estamos começando a trabalhar. Depois de uma visão global da diocese, ainda que limitada, estamos começando com as nossas ações. O ideal seria as visitas pastorais, quando ficamos mais tempo e conhecemos a fundo as necessidades. Com o tempo, estamos fazendo isso. RU: Qual a expectativa para a celebração dos 10 anos da Diocese de Blumenau? Dom José: Queremos marcar essa data, por ser muito significativa. O Dom Angélico foi o primeiro bispo e deixou um trabalho bem estruturado. Ainda somos adolescentes (risos). Ainda temos muito a caminhar. Afinal de contas, a Diocese de Blumenau sempre foi algo ansiado. Temos uma cidade explodindo, com uma periferia que também aumenta. Hoje, a diocese está bem servida. Todas as paróquias têm o seu pároco, algumas têm vigário. Pra mim, já é um grande avanço, porque todas as paróquias têm a sua caminhada. Isso ajuda também numa melhor organização. Hoje, temos mais pastorais, com mais presença de liturgia, catequese e grupos de reflexão, que são responsáveis por uma grande conquista dessa diocese, porque levam a evangelização às famílias. RU: Quais são os próximos projetos da diocese? Dom José: Este ano, nós anunciamos que será o ano da Palavra, o ano da Bíblia. Queremos que o povo se concentre a partir da palavra de Deus. Acompanhando um pouco o esquema pedagógico de Jesus, quando há aproximação, é possível catequizar e levar a palavra de Deus. Em 2011, será o ano da Eucaristia e, em 2012, teremos o ano do Missionário. Aí, sim, veremos o povo crescido no discipulado e levando o evangelho a todas as famílias. RU: Este ano, o pontificado do Papa Bento 16 chegou ao quinto ano. Como o senhor avalia esse período? Dom José: Muitos falaram que depois de um pontificado tão intenso como o do Papa João Paulo 2º, este seria um pontificado de transição. Sinceramente, não acredito nisso. O papa já veio com uma carta muito bem definida e preparada: Deus é amor. Então, ele já deu um pouco as linhas
do pontificado. Parece-me que ele está chamando novamente o povo a querer colocar quais são as prioridades da vida. Voltar a Deus a partir de Jesus Cristo. Com esse foco, ele nos ensina que temos que ter uma finalidade na vida. Não podemos pensar que viveremos eternamente nesta terra, mas, sim, que tem algo que nos espera: a eternidade. Em vista dessa eternidade, temos que viver como pessoas que não se apegam a uma realidade terrena, mas que vivem como se um dia tivessem que morar sempre em Deus. Além disso, o papa nos mostra que uma economia desligada de ética não se sustenta. Uma economia que visa somente ao lucro, o bem egoístico, cria danos. Basicamente, o papa quer que fundamentemos a nossa fé em Deus, numa visão vertical, para depois concretizá-la na vivência com os irmãos, numa visão horizontal. RU: Essa linha se aproxima da Campanha da Fraternidade 2010, que defende menos apego ao dinheiro para seguir Jesus. As pessoas estão se afastando mais da Igreja em busca de realizações pessoais? Dom José: Acredito que há um grande risco disso, porque, quando estamos cheios de nós mesmos, não precisamos mais de ninguém. Na realidade, esse é o primeiro pecado, o da autossuficiência. Mas, por outro lado, quando cheguei aqui, no ano passado, os resquícios da catástrofe de 2008 ainda estavam presentes. Admito que fiquei admirado com o trabalho feito aqui, sobretudo entre as pessoas, que hospedavam umas as outras. Três, quatro famílias passaram a viver juntas. Esse aspecto da caridade se vê e se vive nesses momentos. Nessa hora, se desencadeia uma visão muito bonita do amor ao próximo. Com base nisso, acredito que o povo ainda busca o amor ao próximo. RU: Como a Igreja age para conciliar o ritmo frenético da vida moderna com religião? Dom José: Justamente por isso que proclamamos 2010 como o ano da Palavra. Ele significa mensagem: pare diante da Bíblia, veja o que Deus lhe disse. A proposta é que todas as famílias tenham tempo de parar, ler um trecho da palavra de Deus. É bom se perguntar o que Deus quer de nós e, à luz da palavra, Deus me fala e me orienta. Fico muito contente porque parece que nosso povo está correspondendo. Precisamos lembrar que nenhum de nós é uma máquina ou um bicho. Como Deus parou no sétimo dia e viu que tudo era bom, precisamos parar também e ver que, com Deus, tudo será bom.
PÁGINAS VERDES
com o bispo da Diocese de Blumenau, Dom José Negri
Daniel Zimmermann
Dom José faz visitas para conhecer a realidade da região
RU: Recentemente, a Igreja Católica esteve envolvida em diversos escândalos, inclusive de ordem sexual. Como é liderar um grupo católico num momento como esse? Dom José: Temos que levar em consideração que há uma dimensão espiritual na Igreja, mas também há uma dimensão humana. Não podemos esquecer que Pedro, André, Thiago, os primeiros apóstolos, também eram homens. Infelizmente, de um lado, como diz o Papa, temos que ser intransigentes com o pecado. De fato, a Igreja nunca se negou a entregar os responsáveis desses atos. Eu, pessoalmente, estive em Sidney, na Austrália, na Jornada Mundial da Juventude, em 2007, e ouvi com meus próprios ouvidos o Papa Bento 16 dizer: ‘entreguem os culpados à Justiça’. Então, de um lado, a Igreja quer esclarecer, mas quer também Justiça. É preciso averiguar até que ponto os fatos são verídicos. E também tem outro lado. Porque a Igreja é mãe, sobretudo das vítimas, mas também daqueles que cometeram o pecado. Então, temos que ser intransigentes com o erro,
10
mas humanos com quem erra. Não podemos esquecer que eles não são monstros. São pessoas e precisam ser acolhidas. Acredito que o fenômeno que acontece na Igreja é o seguinte: de um lado, há muita sede para que esses fatos venham à tona e, do outro, alguns querem usar o momento para atingir a imagem da Igreja e a pessoa do Papa. RU: Aqui na diocese, sente-se algum reflexo dessas acusações entre os fiéis? Dom José: Olha, estou sempre fazendo visitas pastorais. Já estive em quatro paróquias, visitei quase 25 capelas e, pessoalmente, não tenho essa sensação de que por causa disso vamos abandonar tudo. Na realidade, não podemos ter fé só nas pessoas. Nossa fé é alicerçada em Jesus Cristo. E isso vai além de tudo que está acontecendo. Portanto, se minha fé está alicerçada só na pessoa, é claro que vai afundar. Mas a minha fé tem que estar vinculada a Deus, a Jesus Cristo. Esses abalos, que sempre aconteceram, vêm também testar a minha fé. O que nos sustenta
é saber que Jesus continua rezando pela sua Igreja. Afinal, o que a Igreja está vivendo neste momento é uma purificação. Se, de fato, alguns erraram, a grande maioria continua dando a própria vida no serviço e na missão. Basta lembrar que na China, por exemplo, muitos bispos, padres e seminaristas continuam presos por perseguição à fé. RU: O senhor acredita que a questão do celibato possa ser revista? Dom José: Nos documentos revistos pelo Papa não tem nenhuma perspectiva disso. Numa das cartas que ele escreveu está bem claro que o celibato continua sendo um valor. Por outro lado, confesso que, pessoalmente, estou contente por ter consagrado minha vida a Deus. Nunca me senti frustrado por isso. Encontro o valor do celibato na liberdade que sinto em aproximar as pessoas e as famílias amigas. Percebo que posso amar com um coração livre e sem nenhuma exclusividade. Isso me ajudou muito ao longo dos quase 25 anos de sacerdócio. RU: O crescimento de comunidades católicas como a Canção Nova e de líderes como padre Fábio de Melo, em contrapartida, atraem a população de volta à Igreja. Em Blumenau, o padre João Bachmann também usa o carisma em busca da união. O que o senhor pensa sobre esse fenômeno? Dom José: A Igreja tem um carisma, que é do Espírito Santo. E o Espírito Santo sopra como, quando e onde quer. O Papa João Paulo 2º já havia dito que essas novas comunidades católicas são “a Primavera do Espírito Santo”. Então, com certeza, Deus está apontando pra nós um caminho, dizendo que na Igreja tem lugar também para essas novas comunidades que estão surgindo. É claro que elas têm que ter uma atenção muito especial por parte da Igreja, com muita prudência. Mas, vendo
o bem que elas estão produzindo, precisam de apoio. Em relação a esses padres, acho que eles têm um carisma próprio e, muitas vezes, são também projetados pela mídia. Mas eu vejo que aquele padre que anda 40, 50 quilômetros pra chegar à última comunidade de uma diocese, que reza missa para poucas famílias, cansado pela viagem, tem o mesmo carisma de um Fábio de Mello. Os dois têm o mesmo valor. RU: Durante muito tempo, tivemos um amplo embate entre ciência e religião. Hoje, a tendência já parece buscar a aproximação. Qual sua posição sobre isso? Dom José: Penso que deve existir um diálogo entre as duas. Uma fé que não levasse em consideração a ciência seria um pouco limitada. A
“De um lado, há muita sede para que esses fatos (escândalos de pedofilia) venham à tona e, do outro, alguns querem usar o momento para atingir a imagem da Igreja e a pessoa do Papa” ciência que não levasse em consideração o que diz a fé, que na verdade tem a resposta às últimas perguntas, também seria reduzida. Então, deve haver um diálogo. Também porque a fé pode iluminar a ciência. É preciso também se posicionar para controlar certos avanços.
RU: Para finalizar, como é o dia a dia do bispo? Dom José: Na verdade, vivo aqui na Catedral com outros quatro padres. Reunimo-nos de manhã para uma oração juntos, por volta das 7h, onde oferecemos nosso dia. Normalmente, durante o dia, acontecem encontros de comarcas, entrevistas, artigos para jornal e atendimentos a párocos, por exemplo. À tarde, continuo no atendimento e, sobretudo, na segunda parte da semana, a partir da quinta-feira, saio da cidade e visito as capelas em todas as paróquias da diocese. Estive em Navegantes recentemente, visitei hospitais, encontrei o prefeito, a comunidade, os colégios. Assim, eu consigo escutar o povo, conhecer os anseios da população e perceber o que está acontecendo.
Reportagem de capa
Prevenção também é coisa de homem Daniel Zimmermann
A
cada três mortes de pessoas adultas no Brasil, duas são de homens. Diante desse quadro, que tem se transformado em problema de saúde pública, em agosto do ano passado, o Ministério da Saúde lançou a Política Nacional de Saúde do Homem. Dados do governo apontam que eles vivem, em média, sete anos menos que as mulheres e têm mais doenças do coração, câncer, diabetes, colesterol e pressão arterial mais elevados. A conclusão do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, é que, por uma série de questões culturais e educacionais, os homens só procuram o serviço de saúde quando perdem a capacidade de trabalho. Com isso, há o desperdício de um tempo precioso de diagnóstico precoce ou de prevenção, já que chegam ao serviço de saúde em situações-limite.
O cordenador de Administração de Contratos da Unimed, Márcio Ferro, não esquece de cuidar da saúde
O programa da União vai injetar R$ 613,2 milhões em oito eixos de ação até 2011. Entre eles, comunicação, promoção à saúde, expansão dos serviços, qualificação de profissionais e investimento na estrutura da rede pública. O intuito do governo federal é promover uma mudança cultural por meio da criação de mecanismos para melhorar a assistência oferecida ao público masculino. A expectativa é que, com essa iniciativa, pelo menos 2,5 milhões de homens na faixa etária de 20 a 59 anos procurem o serviço de saúde ao menos uma vez por ano.
Estatísticas Números do Ministério da Saúde, de 2005, mostram que do total de mortes na faixa etária de 20 a 59 anos – população alvo da nova política – 68% foram de homens. Além disso, números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que, embora a expectativa de vida dos homens tenha aumentado de 63,20 para 68,92 anos de 1991 para 2007, ela ainda se mantém 7,6 anos abaixo da média das mulheres. Fonte: Ministério da Saúde
12
Luta contra o preconceito
Outro pensamento arraigado na so-
ciedade, apontado pelo psicólogo, é o de que o corpo masculino é forte, resistente e enfrenta todas as situações com virilidade, afinal são machos. “Com isso em mente, nossos homens associam a masculinidade com corpos fortes e boa estrutura psíquica, logo, se esse corpo está adoecido, está em xeque a masculinidade, pois estar doente é para pessoas mais frágeis e não resistentes psiquicamente”, descreve Emerson. Também há o mito em se expor. Consequência disso são sentimentos reprimidos e problemas acumulados. A opinião é compartilhada pelo psiquiatra José Augusto dos Santos. Ele explica que, na mente masculina, aceitar a existência de uma doença pode trazer a sensação de fraqueza perante outras pessoas.
Daniel Zimmermann
Para o psicólogo Emerson José Volanski, a desconfiança do homem em ir até o consultório médico é um reflexo do modo como a sociedade trabalha os sexos masculino e feminino. Ele ressalta que esses modos são expressos desde os brinquedos dados às crianças. “Meninos ganham carrinhos, jogos de montar, bola, brincam de luta com os pais e colegas. Meninas são delicadas e dedicadas ao trabalho doméstico. Damos a elas panelinhas, fogõezinhos, bonecas e bebês para elas trocarem as fraldinhas”, exemplifica Emerson. Nessa mesma linha, estão os velhos ensinamentos de que homem deve ser forte, não pode chorar, deve proteger os mais fracos, principalmente os irmãos mais novos; enquanto meninas devem ser frágeis e delicadas.
MAIS INFORMAÇÕES Dr. José Augusto dos Santos CRM 5974 (47) 3326-0881
Reportagem de capa Medo de parecer fraco O medo da morte é mais uma questão que afasta os pacientes dos consultórios como uma forma de se proteger, o que, pelo contrário, agrava uma possível doença. É como se a imagem de perfeição fosse afetada de alguma forma. Se convencer um homem a ir a uma consulta médica de rotina já não é tarefa fácil, convencê-lo a visitar um psicólogo ou psiquiatra é ainda mais desafiador. Segundo Emerson, é clara a diferença no modo de encarar o consultório médico entre homens e mulheres. Com base nos atendimentos dele, de janeiro a março, 12,71% dos pacientes eram homens, contra 87% de mulheres. O psicólogo constata que a maior parte deles chega por encaminhamento de médicos, principalmente urologistas, para avaliação de esterilização cirúrgica (vasectomia) e disfunções sexuais. Dificilmente chegam ao consultório psicológico por iniciativa própria. De acordo com Dr. José Augusto, a ex-
periência mostra que há muitos mitos e, principalmente, julgamento ruim em relação à doença mental. Muitas vezes ela é associada à preguiça, violência, inferioridade e ao medo de ser marginalizado. “Se na Grécia Antiga as pessoas com transtornos psíquicos tinham o corpo marcado por queimaduras para serem identificadas, hoje, ainda existe o estigma que gera o preconceito, geralmente baseado em falsas informações, e atrapalha o tratamento do paciente”, declara Dr. José Augusto. Tanto para homens quanto para mulheres são comuns os transtornos de ansiedade e depressão. A diferença está na atitude. “Os homens agem mais agressivamente frente a essas situações. Isso porque é agregado a eles o papel do principal provedor da família. Não conseguem trabalhar com a pressão submetida pela cultura”, relata Emerson. Ele aponta que os homens também são mais imediatistas e têm maior dificuldade na adesão ao tratamento. A
preocupação maior deles é esconder o problema das pessoas do ciclo social e no trabalho. Não raro, nem as próprias esposas sabem. Dr. José Augusto aponta que, em uma sociedade que prega a perfeição, é difícil deixar que o problema venha à tona, em especial para o homem, já que atinge a autoestima. Para o psicólogo Emerson, o reflexo dessa cultura está bem representado nas estatísticas do Ministério da Saúde. “Os homens morrem mais cedo, não só pela omissão à saúde, mas também por se exporem às situações mais ligadas ao risco, por exemplo, a violência”, diz. O psiquiatra Dr. José Augusto ressalta a busca por subterfúgios como o álcool e as drogas para fugir da ajuda profissional. Para o médico, essa é a maneira mais rápida e fácil de agravar o quadro inicial, gerando atribulações tanto psíquicas quanto orgânicas. “O corpo começa a gritar, pois se aliam os sofrimentos físico e emocional”, alerta.
Apoio é essencial
Para o psicólogo, discussões nas escolas, igrejas e dentro dos lares, divulgação na mídia em horários nobres e políticas públicas em parceria com o setor privado são o melhor
14
caminho para que a saúde masculina não fique mais em xeque. “Se o homem cuidar bem de si, então poderá cuidar e proteger os seus”, argumenta. Embora a campanha do Ministério da Saúde tenha demorado a chegar, considerando as estatísticas assustadoras, Emerson acredita que o processo deve ser contínuo. “Uma cultura historicamente enraizada não será modificada deste modo”, destaca o psicólogo, assinalando a importância da orientação desde a infância. O psiquiatra Dr. José Augusto dos Santos reforça que a compreensão e a solidariedade ao doente são imprescindíveis para a recuperação. O
Daniel Zimmermann
Reverter esse quadro depende de reeducação, na opinião do psicólogo Emerson José Volanski. É preciso desassociar a saúde da masculinidade. “É fundamental mostrar que o homem também adoece, sofre, chora e angustia-se”, enfatiza Emerson. Políticas públicas, como a lançada pelo governo federal, em agosto de 2009, também somam uma previsão positiva na busca precoce por tratamentos. Até então, apenas para a fase adulta, quase terceira idade, existiam programas de incentivo à prevenção do câncer de próstata.
Emerson: “é preciso dissociar a saúde da masculinidade” apoio da família vem ao não criticar o tratamento e estar ao lado dele nesse momento de desesperança, que pode ser transitório, se tratado corretamente.
semana da mulher
Um brinde à feminilidade Divulgação
A
No encerramento da Semana da Mulher, as participantes tiveram dicas de culinária com a chef de cozinha Gabriela Mendes (D)
Unimed Blumenau promoveu, entre os dias 8 e 11 de março, um ciclo de palestras voltado para as mulheres. Sexualidade, cuidados com a pele, câncer de mama e dicas na cozinha foram os temas abordados durante a semana, no auditório da Cooperativa. Abrindo a semana, dia 8, o ginecologista Luiz Carlos Lins destacou os cuidados que as mulheres devem ter para prevenir o câncer de mama. Na terça, dia 9, a ginecologista Patrícia Thomazelli abordou o tema sexualidade. Na quarta, dia 10, a dermatologista Katyuscia Rosário abordou os cuidados com a pele. Encerrando o ciclo, dia 11, os chefs do Senac Bistrô apresentaram dicas de culinária.
Opinião de quem participou pela iniciativa quanto aos eventos da Semana da “ Parabenizo Mulher, em especial pelo workshop Mulheres na Cozinha.
interesse e pelo excelente trabalho que a “Obrigada peloequipe Unimed vem fazendo. “ Edneia de Lara Cliente Unimed
“
Ficamos todas encantadas com a palestra Cuidados com a Pele. Foi realmente muito boa! Vocês estão de parabéns!
“
Equipe IOB
“ Gostei muito das palestras. Parabéns pelo evento!“ Fabrícia Schulz Cliente Unimed Gostaria de parabenizar a Unimed e a equipe responsável “pelas palestras da Semana da Mulher. Os profissionais foram
muitos bem escolhidos, assim como os temas. Muitas dúvidas e curiosidades foram esclarecidas. Que a Unimed continue proporcionando esses encontros.
“
Fabiana Denise Ern Central de Autorizações/Unimed
16
Tenho certeza que, como eu, todas que participaram gostaram, tanto das receitas apresentadas,quanto das dicas dadas pela chef.
“
Fabíola Castro Analista de Sistemas/Unimed que a Semana da Mulher foi muito positiva. Desde os “Acho temas escolhidos até os brindes. Percebi que o workshop
Mulheres na Cozinha foi algo bem diferente e divertido e deixou abertura para promovermos mais eventos como este, que nos aproximam e estreitam os laços com nossos clientes.
“
Káthia Floriani Coordenadora de Relacionamento com Cliente/Unimed agradecer e parabenizar a Unimed pelas palestras, “Queroprincipalmente Renata e Khátia, pela criatividade,
receptividade e organização. Todas as palestras foram ótimas e de grande aprendizagem e quero destacar o grande domínio e interação dos palestrantes com o público.
“
Janaína Gomes Técnica de enfermagem
Câncer de mama
Segundo o especialista, acredita-se que este aumento seja devido também ao diagnóstico mais precoce que se tem obtido com os novos recursos disponíveis. O câncer de mama também afeta homens, na proporção de um caso para cada 100 casos em mulheres. “Tivemos, em 2009, dois casos”, relata o médico. Dr. Lins chama a atenção para o fato de que, quando diagnosticado precocemente, o câncer de mama atinge índice de cura próximo a 100%.
Daniel Zimmermann
O câncer de mama é a maior causa de morte de mulheres no Brasil e o de maior incidência entre mulheres com menos de 50 anos. Quem afirma é o ginecologista Luiz Carlos Lins, que alerta: “Embora a maioria dos casos seja observada entre 45 e 55 anos, ultimamente esta idade vem caindo. Nos últimos dois anos, tivemos em nossa clínica cinco casos de pacientes com menos de 30 anos”.
MAIS INFORMAÇÕES Dr. Luiz Carlos Lins CRM 481 (47) 3326-2164
“Infelizmente, ainda hoje, um grande número de pessoas procura ajuda quando o câncer está bastante avançado, restando poucos recursos terapêuticos”, lamenta.
Os exames Exame clínico e autoexame “Os avanços tecnológicos na ciência não invalidam a importância destes exames. Sabe-se que 65% ou mais de todos os tumores mamários são descobertos pela paciente. Porém, a grande maioria dos tumores quando atinge um tamanho clinicamente detectável já existe há aproximadamente oito anos. O exame clínico deve ser realizado por todo médico”. Mamografia “Não resta dúvidas que é o melhor exame por imagem, principalmente quando utilizado em programas de screening. Não é um método infalível, pois apresenta um índice de falha em torno de 8%”. O ginecologista informa que a Sociedade Brasileira de Mastologia e o Colégio Brasileiro de Radiologia recomendam que seja realizada aos 35 anos um exame de base; após 40 anos, deve ser feito todos os anos. Ultrassonografia “Método de grande importância que deve ser usado como procedimento isolado ou complementando a mamografia. Muitas vezes, este método detecta lesões não observadas na mamografia. A grande vantagem é a inocuidade”.
semana da mulher Cuidados com a pele
A pele é um dos órgãos que mais sente a ação do tempo. O efeito do sol sobre ela é cumulativo. “Por volta dos 30 anos, surgem as manchas e as primeiras rugas. Aos 40, as rugas se tornam mais evidentes e a flacidez aumenta. Aos 50 anos, a flacidez se torna excessiva e os
vincos bem aparentes. Aos 60 anos, as rugas estão mais profundas e com a baixa hormonal a pele se torna seca e sem brilho”, enumera a dermatologista. Por outro lado, ela assegura que existem vários métodos de rejuvenescimento, como os ácidos, peelings, laser, toxina botulínica, preenchedores e outros. Para se ter uma “pele de pêssego”, Dra. Katyuscia garante que é preciso proteger-se do sol desde a infância. “O importante é envelhecer com saúde e ter orientação de um bom profissional para realizar procedimentos adequados, principalmente para uma melhor qualidade de vida”, aconselha.
Daniel Zimmermann
A pele que se quer depende dos hábitos diários. A dermatologista Katyuscia Schaker do Rosário afirma que o perfil da pele indica como está a saúde. Ela assegura que manter hábitos saudáveis como alimentação balanceada, beber muita água, praticar exercícios físicos e manter-se longe do cigarro e de bebidas alcoólicas beneficiam a saúde da cútis.
MAIS INFORMAÇÕES Dra. Katyuscia S. Rosário CRM 9694 (47) 3329-1180
Cuidados básicos Higiene: a limpeza da pele deve ser realizada duas vezes ao dia, de manhã e à noite. Sempre com água fria e com um sabonete adequado para o tipo de pele (normal, oleosa, seca ou mista) Hidratação: pele desidratada é uma pele sem brilho, áspera, sensível, com tendência a irritações e envelhecimento. A hidratação deve ser de acordo com o tipo de pele – peles secas exigem hidratantes mais potentes e peles oleosas hidratantes em gel e livres de óleo Proteção: os filtros solares são substâncias que impedem a passagem dos raios ultravioletas, protegendo a pele contra a agressão. Eles são essenciais e devem ser aplicados de duas a três vezes ao dia nas áreas expostas ao sol, com fator de proteção no mínimo 15. Quando estiver na praia e piscina, evitar exposição solar no horário entre 10h e 16h. Aplicar o protetor solar 30 minutos antes da exposição e reaplicar a cada duas horas ou logo após o banho de mar ou piscina. O protetor solar protege a pele do envelhecimento, do surgimento de manchas e vasos e principalmente do câncer de pele.
Mulheres na cozinha A Semana da Mulher Unimed terminou de forma saborosa. Isso porque foi apresentada a aula show “Mulheres na Cozinha” pela chef Gabriela Mendes. Durante o workshop, a chef preparou quatro variações de saladas e envolveu as alunas.
18
Em cada preparação, a orientadora explicou algum item de maior relevância, como cortes, temperos, combinações e substituições. Em todas as preparações ela ensinou a apresentar o prato em porção individual (empratado) e a preparação completa.
A chef do Senac Bistrô também falou sobre higiene dos alimentos, desinfecção de frutas e verduras, sobre como armazenar estes produtos para melhor conservação, tipos de utensílios, métodos de cozimento e os diversos temperos.
Sexualidade feminina
A médica aponta que a sexualidade se expressa por meio de pensamento, fantasias, desejos, comportamento e relacionamentos e é influenciada por fatores biológicos, psicológicos, sociais, econômicos, políticos, culturais, éticos, legais, históricos e religiosos, sendo única a cada indivíduo. O tema sempre causa polêmica e preconceito quando envolve o sexo feminino. Mas Dra. Patrícia acredita que houve significativas mudanças de uns tempos para cá. “Nosso pensamento sobre sexo está em plena revolução. Um grande exemplo disso é o tabu sobre a virgindade, que no passado era uma condição obrigatória ao vínculo matrimonial e que perdeu a importância para uma boa parte das pessoas”. Por outro lado, ao mesmo tempo em que alguns tabus se desfazem, criam-se outros. “Como a ditadura orgástica: o orgasmo, antes recriminado pela sociedade machista e patriarcal, se tornou imprescindível como forma de prazer absoluto”, afirma. Entre os problemas sexuais e ginecológicos mais comuns estão o desejo sexual hipo ou hiperativo, excitação com pouca lubrificação vaginal, anorgasmia, dor no ato sexual e disfunção erétil e ejaculação precoce do parceiro. “Muitos dos problemas seriam minimizados se houvesse uma boa educação sexual. Passar a conhecer-se é uma das grandes armas da terapia sexual”. Para se ter uma vida sexual saudável, dois aspectos são de extrema importân-
Daniel Zimmermann
A sexualidade é uma condição humana que começa a se formar na infância, constrói seus pilares na adolescência e se manifesta diferentemente nas várias fases da vida. “A sexualidade não é composta apenas da relação sexual em si, agregando a ela o erotismo, o prazer, a orientação sexual e a reprodução”, afirma a ginecologista e obstetra Patrícia Schaeffer Thomazelli.
MAIS INFORMAÇÕES Dra. Patrícia S. Thomazelli CRM 7031 (47) 3322-6303
cia: a autoestima e com o relacionamento afetivo. “A autoestima é a confiança e o respeito por si mesmo. Ela consiste em confiar nas próprias habilidades e capacidades para solucionar as dificuldades que surgem na vida”, afirma Dra. Patrícia. Ela considera a autoestima o direito de se expressar e defender os próprios interesses e necessidades. A médica diz que para se aceitar e ser feliz é preciso esquecer os modelos impostos pela mídia e descobrir as qualidades próprias. “Tudo o que faz parte de você em conjunto, seu aspecto e maneira de ser, torna-te uma pessoa atrativa, e não cada parte em separado. Aproveite todos os seus recursos físicos e favoreça o que você tem de melhor”, ensina. Já o relacionamento afetivo necessita de reciclagem para que continue sólido. Para melhorar a qualidade de um relacionamento, não importando se ele é recente ou de muitos anos, Dra. Patrícia diz que é preciso dar atenção a áreas importantes além da relação sexual. “Ter sensibilidade ao estado de espírito um do outro, reservar mais tempo para usufruir dos momentos de intimidade, abrir-se para novas experiências, aumentar a estimulação física, aproveitar mais o tempo livre. Com isso, o tédio e a rotina ficam longe”, conclui Dra. Patrícia.
Dia das mães
“O amor supera qualquer dor” Divulgação
T
er a vida rodeada de crianças era algo que Marlene de Souza e Silva Hostin já previa desde os 11 anos. Hoje, casada há 23 anos, ela tem 10 filhos (foto), duas biológicas e oito adotivos. Nos planos da mãe estava a adoção de várias crianças, sem mesmo se preocupar com casamento. Aliás, encontrar alguém que compartilhasse desse ideal era algo que ela nem acreditava. Ledo engano. Aos 26 anos, ela conheceu Osmar Hostin, um corretor de imóveis que, para a surpresa dela, também tinha planos de adotar crianças. Sem perder tempo, os dois fizeram o planejamento familiar. “Teríamos dois filhos biológicos e quantos adotivos Deus colocasse no nosso caminho”, diz Marlene. O casal teve duas meninas e a primeira adoção aconteceu quando elas tinham quatro e cinco anos. O bebê havia sido abandonado no banco em frente à prefeitura de Gaspar com apenas 45 dias de vida. Marlene relembra que a alegria da família naquele dia era imensurável.
20
Para a super mãe, o amor verdadeiro se expressa de várias formas. Seja no carinho, na doação total para os filhos ou, ainda, na imposição de limites. “A criança precisa saber dos seus deveres, mas, principalmente, ter a certeza de que é amada”, ensina. Houve um período em que Marlene mantinha uma casa-lar em Gaspar para receber as crianças que eram abandonadas pelos pais e aguardavam adoção. A casa chegou a receber 16 delas. Em sete anos, o casal Hostin adotou oito crianças, a última em 2005. São duas meninas e seis meninos, hoje com idades entre nove e 16 anos, além das duas filhas biológicas, de 20 e 21 anos. Três deles são irmãos e permanecem juntos na nova família. Marlene é organizada e tem adoração pelos 10 filhos. Na sala de jantar de casa, ela mantém vários quadros de retratos que contam momentos da vida de cada um deles. A mãe acredita ter sido abençoada. “São coisas que só acontecem para quem tem dom, um amor especial.
Quando se tem isso, nada é difícil”, argumenta Marlene ao falar sobre a coragem de acolher as crianças com tanto carinho. Ela não nega que a tarefa é cansativa, mas revela que quando está longe dos filhos sente um grande vazio que a faz chorar. Preocupada com o futuro de todos, Marlene é enfática: “filho não se carrega nas costas a vida inteira, por isso ensino os melhores caminhos”. Os meninos mais velhos já estão com a carteira de trabalho pronta e contentes com a nova fase da vida. Para manter a casa em ordem, cada um tem as próprias tarefas, desde arrumar a cama logo cedo e os afazeres que são divididos entre todos. Marlene ensinou bem o trabalho em equipe. A cada domingo, eles revezam entre homens e mulheres quem vai fazer o almoço. O serviço é completo e, no final, a cozinha fica limpinha. “Não tem bagunça, cada um faz um pouquinho e todo mundo se ajuda”, fala a mãe. Em tom de brincadeira, uma das filhas reclama que as mulheres estão em desvantagem.
Contra a burocracia Marlene avalia que se as famílias fossem mais bem preparadas para a adoção, tantas crianças não precisariam estar em abrigos. Ela mesma nunca teve a intenção de parar de adotar, mas, desde 2006, o cadastro da família está parado no fórum de Gaspar à espera de aprovação. A juíza responsável pela avaliação
solicitou um exame psicológico da família. Todos os filhos passaram pela psicóloga e a conclusão foi tão positiva que, antes mesmo de chamar os pais para avaliação, o resultado foi que nenhuma família está mais preparada para receber mais crianças do que a Hostin, de acordo com Marlene.
Com os dados em mãos, o advogado da família levou o caso para o Tribunal de Justiça, em Florianópolis. Porém, segundo Marlene, ainda não foi dado motivo para a demora do processo. Enquanto milhares de crianças aguardam para ganhar um lar, os Hostin esperam que a sensibilidade vença a burocracia.
Surpresa bem-vinda Daniel Zimmermann
a notícia da chegada de um novo integrante, não faltou empolgação para toda a família, que correu para fazer os preparativos para receber Vitor. Para Camila, que ainda não tinha se imaginado no papel de mãe, a chegada do primeiro filho foi a descoberta de que o posto exige dedicação 24 horas por dia. Apesar das horas de cuidados constantes, ela afirma que Vitor é uma criança tranquila, que só acorda para mamar e trocar a fralda.
O pequeno Vitor com os pais Camila e Jader A maternidade para a jovem Camila Caroline dos Santos foi uma enorme emoção e, ao mesmo tempo, uma grande surpresa. Ela descobriu que estava grávida aos quatro meses de gestação. O marido, Jader Alex da Costa, quase não acreditou. Vitor nasceu em 31 de dezembro do ano passado,
pesando 3,715 quilos e medindo 50,5 centímetros altura. Como diz o ditado, pressentimento de mãe não falha. Um ano antes de saber da gravidez, Camila já preparava o enxoval para o bebê que ainda nem estava nos planos do casal. Com
A jovem mãe acredita que a influência dela na vida do filho é algo fundamental para formar um cidadão consciente dos direitos e deveres. “Cabe à mãe zelar, proteger e auxiliar o filho no decorrer da vida, mas também é preciso orientar para que ele siga os melhores caminhos”, considera Camila. Ela trabalha no setor de faturamento de uma empresa em Blumenau e volta da licença maternidade em 2 de maio. Camila foi uma das mães que participaram do curso de gestantes oferecido pela Unimed Blumenau no final do ano passado. Quando viu a notícia na Revista Unimed, não perdeu tempo para fazer a inscrição. Apesar de já ter cuidado de outro bebê, ela afirma que o programa foi excelente para esclarecer todas as dúvidas.
21
Diabetes
Implicações no coração e rins
Com relação aos problemas cardíacos, Dr. Edson explica que o diabetes é um dos grandes causadores da doença isquêmica do coração – falta de suprimento sanguíneo para o tecido orgânico que se manifesta clinicamente por infarto do miocárdio, angina do peito ou miocardiopatia isquêmica. Agravantes como hipertensão arterial, tabagismo e histórico familiar da doença podem acelerar o surgimento e desenvolvimento de placas de gordura nas coronárias e em todas as artérias do corpo. “Os consensos médicos classificam esse paciente como de alto risco para eventos cardiovasculares e, como tal, deve ser tratado de forma mais regular pelo médico”, alerta.
Doença silenciosa O comprometimento do coração pode se manifestar através de dor torácica. Segundo o cardiologista, em casos avançados, pode resultar em infarto agudo do miocárdio e causar complicações como insuficiência cardíaca, arritmias e até a morte. Outros sintomas citados por Dr. Edson são cansaço e falta de ar ao exercitar-se. O cardiologista informa que não é incomum pacientes com
22
diabetes terem infarto do miocárdio sem dor. “Nas pessoas com a doença mais evoluída e sem controle adequado da glicemia, isso pode ocorrer. A sensibilidade dolorosa fica reduzida ou ausente”, explica.
Daniel Zimmermann
A
variação constante do nível de glicose no sangue, causada pelo diabetes, gera lesões nas paredes de vasos e artérias. Quando estes vasos são lesionados, as complicações começam a surgir. De acordo com o cardiologista Edson Ramonn Abreu Freitas, quando não tratado adequadamente, o diabetes pode causar infarto, derrame cerebral, insuficiência renal, problemas visuais, lesões de difícil cicatrização, dentre outras complicações.
Alto controle Segundo o nefrologista Humberto Rebello Narciso, o diabetes é a principal causa de doenças renais crônicas. Isso porque os pequenos vasos sanguíneos do organismo são lesionados e o rim torna-se incapaz de filtrar o sangue adequadamente. Neste caso, a eliminação do excesso de sal e água do organismo tornase mais difícil e substâncias tóxicas acumulam-se no sangue. A doença dos rins que resulta do diabetes é chamada de nefropatia diabética. “Cerca de 30% dos pacientes que fazem hemodiálise são diabéticos. A maioria é do tipo 2, que, em geral, acomete as pessoas depois dos 40 anos”, informa Dr. Humberto. Para evitar lesões, o nefrologista adverte que os portadores da doença devem controlar o nível de glicose no sangue e checar o funcionamento dos rins pela dosagem de creatinina – substância química derivada do metabolismo muscular, eliminada exclusivamente pelo rim. “Também é necessário observar se há perda de proteínas pela urina, o que pode ser verificado por um simples exame laboratorial”, acrescenta. Para prevenir complicações, as pessoas com diabetes devem controlar a pressão arterial, ingerindo pouco sal e usando remédios anti-hipertensivos, devidamente prescritos pelo médico; parar de fumar; evitar a automedicação, controlar o peso corporal com atividade física regular e ter alimentação equilibrada.
MAIS INFORMAÇÕES Dr. Humberto R. Narciso CRM 1147 (47) 3340-4096
Estilo de vida Atualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 240 milhões de pessoas sejam diabéticas em todo o mundo. Isso significa que 6% da população tem diabetes. No Brasil, a doença afeta cerca 10 milhões de pessoas. Para Dr. Edson, esse aumento está relacionado com a mudança no estilo de vida do homem moderno. “A alimentação incorreta e a falta de atividade física estão conduzindo a população para uma pandemia de obesidade e todas as suas complicações que ele pode causar”, acentua.
Daniel Zimmermann
O diabetes Diabetes é uma doença crônica decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da insulina exercer adequadamente suas ações. Caracteriza-se pelo excesso de açúcar no sangue (hiperglicemia), com alterações no metabolismo de açúcares (carboidratos), gorduras (lipídios) e proteínas. O diabetes apresenta aumento da concentração de glicose no sangue provocado por duas diferentes situações: Diabetes tipo 1: o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina. A instalação da doença ocorre, na maior parte dos casos, durante a infância ou adolescência. A pessoa torna-se insulino-dependente, isto é, exige a aplicação de injeções diárias de insulina. Diabetes tipo 2: as células são resistentes à ação da insulina. A doença, que pode não ser insulino-dependente, em geral, acomete as pessoas depois dos 40 anos. É geralmente associado ao excesso de gordura abdominal.
MAIS INFORMAÇÕES Dr. Edson Ramonn Abreu Freitas CRM 9187 (47) 3322-6100
Saúde da criança
Peso nas costas Daniel Zimmermann
A
s aulas reiniciaram e as crianças já estão com as mochilas nas costas. Livros, cadernos e outros materiais escolares pesam nos ombros dos pequenos. É nessa hora que os pais devem atentar-se ao peso que os filhos carregam às costas. Segundo o ortopedista pediátrico Rodrigo Vanzelli, mochila pesada pode acarretar problemas variados à coluna e à postura dos jovens em idade escolar. Para que não ofereça riscos, o acessório deve ter entre 10% e 15% do peso corporal da criança.
Peso da mochila deve estar de acordo com a estrutura da criança
O ortopedista recomenda que se opte por uma mochila leve – vazia, não deve pesar mais que meio quilo. As duas tiras devem ser acolchoadas e reguláveis. A estrutura próxima das costas precisa ser rígida e almofadada. “O cinto regulável na altura da cintura evita o balanço e reparte o peso, assim como os modelos com diversos bolsos”, acrescenta o médico.
Sem excessos Dicas para garantir a saúde das costas com o uso de mochilas: Utilizar sempre ambas as tiras nos ombros. A posição incorreta pode provocar uma alteração postural chamada escoliose – desvio lateral inadequado da coluna. Oriente a criança a usar as duas alças da mochila. Quando apoiada em apenas um ombro, a criança inclina-se para um lado curvando a coluna e provocando dor e desconforto. Tencionar as tiras para que a mochila fique bem junto ao corpo e, aproximadamente, a cinco centímetros acima da linha da cintura. Utilizar todos os compartimentos de modo que os objetos mais pesados fiquem no centro da mochila e mais próximos das costas. Disponha os livros e outros materiais de uma maneira que não fiquem soltos, provocando movimentos de desequilíbrio. Verifique o que seu filho leva para a escola e certifique-se de que é o material necessário para as atividades rotineiras. Dobrar os joelhos ao se abaixar. Não se incline dobrando as costas, sobretudo se a mochila estiver muito pesada. Nas mochilas com rodas, é preciso cuidado com a alça do carrinho, que deve estar a uma altura apropriada. As costas da criança devem estar retas ao puxá-la.
Fonte: Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia
24
Na escola
Segundo Matiola, o problema do peso excessivo nas mochilas é mais recorrente com alunos a partir do quinto ano do Ensino
Básico. “Como nas primeiras séries as crianças têm um só professor e menos disciplinas, o número de material é menor”, explica o secretário, que garante a discussão do problema na Gerência de Saúde Escolar do Município. Durante este ano, as instituições de ensino devem receber novas mobílias de diferentes tamanhos, preparadas para dar conforto e postura saudável às crianças de diferentes idades. Na Secretaria Estadual de Educação, os trabalhos são conduzidos também na base da orientação aos profissionais e alunos. A aquisição de armários para todas as escolas foi a grande ação e, a partir daí, a recomendação é de levar apenas os materiais necessários e deixar o que for possível no armário. “O que não pode acontecer é a mãe aproveitar para colocar dois penais, livros excedentes e materiais que aumentem ainda mais o peso das mochilas”, alerta a gerente regional de Educação, Simone Malheiros. Na opinião da gerente, a informatização é responsável pelo início da redução do problema de excesso de peso nas mochilas, já que arquivos digitais começam a substituir alguns materiais didáticos. “Se compararmos os itens atuais com os que levávamos antigamente para a aula, o peso já é bem menor. Acredito que o processo de informatização pode ajudar bastante a atenuar esse problema”, aposta. MAIS INFORMAÇÕES
Dr. Rodrigo Vanzelli CRM 11918 (47) 3326-4072
Fotos Daniel Zimmermann
O secretário municipal de Educação de Blumenau, Osmar Matiola, conta que as ações preventivas existentes na cidade são recomendações aos diretores e professores para que fiscalizem a quantidade de material levado pelos alunos, já que não existe a necessidade de levar todos os livros todos os dias. “Não temos a cultura de trabalhar com escaninhos e não pretendemos adotar, porque o investimento seria muito grande. O que é feito em mais da metade das instituições é recolher os livros dos alunos em armários maiores nas próprias salas para que eles não precisem transportar os materiais mais pesados”, explica.
Observar a altura também é importante
Bons hábitos É importante ensinar para a criança a manter-se com a postura correta nas aulas, com a coluna vertebral bem encostada no assento. Quando a criança está estudando em casa, também não deve se inclinar para ler. Por isso, é necessário ter cuidado com a distância entre a mesa e a cadeira. Estimule a prática de exercício físico que, além de contribuir para o desenvolvimento harmonioso, previne eventuais efeitos negativos da má utilização das mochilas. (Fonte: Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia)
25
Melhor idade
Reinventando a vida Fotos Daniel Zimmermann
ardo Ferencz e o ex- reitor da Furb e juiz de direito aposentado Arlindo Berbart encaram com bom humor a chegada do que muitos acreditam ser “a melhor idade”. Contudo, nenhum dos dois revela a idade que têm. Desde 2001, Arlindo não leciona mais. Sempre gostou da sala de aula e dos desafios trazidos por ela. Com uma nova etapa pela frente e com muito tempo livre, o ex- juiz não deixou a tristeza se aproximar. Sempre com um sorriso no rosto e uma boa história para contar, Arlindo encara, como ele mesmo diz, “a vida numa boa”. “Minha neta de 24 anos diz que temos que ser ‘sosse’ (sossegados)”, diverte-se. Com bom humor contagiante, Arlindo não para. Por influência das filhas, duas vezes por semana ele frequenta as aulas de pilates e a cada 15 dias faz shiatsu. “Se existe segredo para viver bem, o meu é não ficar parado”, garante.
Eduardo Ferencz tem nos livros um dos passa-tempos prediletos
D
e repente, aquela olhada no espelho e as marcas do tempo estão ali, bem visíveis. A contagem regressiva é inevitável. O envelhecimento é um dos acontecimentos naturais mais temidos. O processo varia de pessoa para pessoa e pode ser influenciado tanto por fatores ge-
26
néticos, quanto pelo estilo de vida. Se a cada instante estamos ficando mais experientes, a questão é: como encarar esse processo? Eles poderiam ser irmãos. Pois cultivam estilos de vida muito semelhantes. O ortopedista aposentado Edu-
Levando também a vida numa boa, o ortopedista aposentado Eduardo tem o tempo que lhe faltava para curtir a família e dedicar-se à leitura. Ele diz que os livros o fazem viajar. Eduardo não gosta de filmes e noticiários. “A realidade de hoje é bem diferente da que eu vivi. Na minha casa, por exemplo, eu nunca ouvi meus pais dizerem um palavrão. A agressividade não era tão grande. Muita coisa mudou de uns anos para cá”, lamenta. Viver quase um século não é para qualquer um. Após ter presenciado diversos acontecimentos, tanto na vida pessoal como profissional, fica a pergunta: o que ainda falta para concretizar a trajetória? Dr. Eduardo é enfático: “desejo tranquilidade para minha velhice. Meu maior sonho é ver a realização e felicidade da minha família”.
Visite A idade é um detalhe w w w. f e n a h a b i t . c o m . b r
Arlindo e Eduardo são exemplos a serem seguidos. Nenhum dos dois se incomoda com a idade que o registro indica. No entanto, fazem questão de não revelar. “Tenho 39 anos, para que eu vou dizer que tenho mais? Antes de completar 100 anos não faço mais aniversário”, brinca Arlindo. Com uma vitalidade invejável os dois não gostam de falar em doença. Aliás, a saúde salta aos olhos. O riso, no entanto, dá lugar à preocupação quando o assunto são as limitações provenientes da idade. Para Dr. Eduardo, uma das grandes desvantagens do processo natural de amadurecimento é o medo. “Com o passar do
tempo, perdemos aquela coragem de enfrentar as coisas”. Se existisse uma receita para envelhecer, Arlindo e Dr. Eduardo estariam aptos para prescrevê-la. Com toda a experiência de vida, os dois têm propriedade para aconselhar quem ainda tem medo que as rugas de expressão apareçam. “Ser amigo das pessoas, ter o coração aberto para o mundo, não beber, exercitar-se e alimentarse de forma saudável faz-me sentir muito bem e feliz”, diz o ortopedista aposentado que encontra respaldo na filosofia de Arlindo. “Devemos evitar os excessos e não nos preocuparmos com problemas pequenos”, finaliza o juiz aposentado.
Visite a maior feira de construção de Santa Catarina
De 9 a 13 de junho de 2010
Parque Vila Germânica - Blumenau/SC
50.000 40.000 30.000 20.000 10.000
2005
Visite
2006
a
2007
2008
Fenahabit
2009
2010,
201
a
segunda maior feira dos segmentos da
construção,
habitação
e
imobiliário do Sul do Brasil. Não perca
essa
oportunidade
de
conhecer as últimas novidades e tecnologias nesses segmentos.
Realização
www.viaapiaeventos.com.br O caminho dos grandes negócios.
Apoio O juiz aposentado Arlindo Berbart é adepto de pilates e shiatsu
Solidariedade
Hemosc precisa de mais doadores Daniel Zimmermann
“Nossa unidade atende todo o Vale do Itajaí e sempre falta sangue. Chegamos a ficar com apenas três bolsas do tipo A negativo. Alguns hospitais já tiveram que cancelar cirurgias eletivas, ficando somente com as de emergência”, salienta. O diretor explica que a instituição funciona como uma hemorede. O hemocentro coordenador fica em Florianópolis e assessora as outras cinco unidades espalhadas pelo Estado. “Se faltar sangue em alguma unidade, imediatamente enviamos para lá. As pessoas precisam saber que, ao fazer a doação de sangue, doa-se para o Estado inteiro”, estimula.
Sem desculpas O ato de doar sangue é indolor e seguro para o doador
E
m atividade desde fevereiro, o Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc) de Blumenau substitui o antigo Banco de Sangue que funcionava no Hospital Santa Isabel. O novo equipamento está instalado na Rua Theodoro Holtrup, no Bairro Vila Nova, e deve melhorar os serviços de coleta de sangue na cidade, mas
precisa de mais doadores para manter um estoque seguro de material. O diretor-técnico do Hemosc de Blumenau, Alexandre Geraldo, conta que a mudança de endereço causou, num primeiro momento, a diminuição de doadores. A expectativa da entidade era receber entre 60 e 80 pessoas. No entanto, a média atual não passa de 30 doações por dia.
Com a campanha de vacinação contra a gripe H1N1, Geraldo teme nova queda nas doações. Contudo, o diretor enfatiza que a vacina não pode ser usada como desculpa, uma vez que é necessário esperar 48 horas entre a imunização e a doação. Já as pessoas que foram imunizadas contra a gripe normal devem aguardar quatro semanas antes de efetuar a doação de sangue. Sendo assim, o diretor sugere que, antes de receber a vacina, o doador passe no Hemosc.
O processo de doação Passará por uma triagem clínica com entrevista, quando é fundamental contar sobre os problemas de saúde É necessário dizer a verdade, para que a doação não prejudique você ou as pessoas que receberão seu sangue Tudo o que você disser será mantido em sigilo, assim você poderá ajudar o Hemosc a manter um estoque de sangue seguro A doação é a retirada de aproximadamente 450 ml de sangue, através de inserção de uma agulha em um dos braços. Essa quantidade é reposta imediatamente pelo organismo A coleta é feita por pessoal capacitado e sob supervisão de um médico ou enfermeiro, garantindo o bem-estar do doador O ambiente é limpo e confortável e o material descartável Todo o processo da doação de sangue leva em torno de 45 minutos Doar sangue não dói, nem prejudica a sua saúde Fonte: Hemosc
28
Dia de folga
Outra ação organizada pela entidade é a montagem de um estande no Shopping H. O objetivo é divulgar a campanha, o novo endereço e, dessa forma, atrair voluntários. “Em breve, faremos caravanas nas cidades da região. Vamos montar acampamento e recolher o sangue no local”, planeja o diretor.
Daniel Zimmermann
Para Geraldo, a divulgação da importância da doação é essencial. Por isso, o Hemosc trabalha em ações que recrutam voluntários e os conscientizam. O próximo passo é a mobilização de funcionários das inúmeras indústrias da cidade. Segundo Geraldo, um posto de coleta será instalado nessas empresas. Em troca, o voluntário pode tirar o dia de folga, como prevê a legislação.
Hemosc, na Rua Joinvile
Uma doação, várias vidas De acordo com Geraldo, uma bolsa de sangue tem 450 miligramas que podem ser usadas em até quatro pacientes. Isso porque o material é fracionado em hemácia, plaqueta e plasma, que podem ser usadas para fins diferentes. Pacientes oncológicos e acidentados no trânsito são os principais receptores. Em seguida, vêm os transplantes de órgãos, que consomem de seis a 10 bolsas por procedimento. “O Hospital Santa Isabel faz várias dessas cirurgias. Sendo assim, o estoque deve estar sempre preparado para os transplantes”, informa.
Medula
Como as chances de encontrar uma medula compatível é em média uma em 100 mil, é importante um número elevado de voluntários cadastrados. Segundo o diretor, a maioria dos doadores de sangue de Blumenau se cadastra como doador de medula óssea.
Para doar é preciso Ter entre 18 e 65 anos Pesar mais de 50 kg Sentir-se bem e com saúde Estar alimentado Apresentar documento com foto Fonte: Hemosc
O voluntário pode aproveitar a oportunidade da doação de sangue e cadastrar-se como doador de medula óssea. Os mais beneficiados são os portadores de leucemia. O transplante substitui a medula doente por uma sadia. A finalidade é recuperar a produção de hemácias, leucócitos e plaquetas.
Hemosc de Blumenau Rua Theodoro Holtrup, s/n - Vila Nova (47) 3222-9800 www.hemosc.org.br
LIVROS
INDICADOS
Artigo
A Meta “Com a leitura, ampliamos o conhecimento, melhoramos o vocabulário, conquistamos amigos, conhecemos lugares e pessoas do presente, passado e futuro. A Meta é uma leitura incrível que induz o leitor a refletir sobre vários aspectos do cotidiano, da vida pessoal, profissional e sobre leis e teorias hoje aceitas. Traz uma linguagem simples, fácil de interpretar, amplia a visão pela busca de conhecimento para o sucesso”.
Nelson Mário Küstner Cliente desde 1º/08/1994
O Poder das Afirmações Positivas “Para aqueles que conhecem os benefícios das afirmações positivas, este livro de Louise Hay atende todas as expectativas de um leitor. Atualmente, não nos damos conta disso, mas, muitas vezes, nossos pensamentos são bastante negativos, seja a nosso próprio respeito, seja a respeito dos outros, das experiências que vivemos e do nosso futuro. Neste livro, você aprenderá a não ser este tipo de pessoa e pode até ficar surpreso com suas atitudes no cotidiano e rir de si mesmo”. Maicon Orlando da Silva Assistente de Vendas Operacional/Unimed
30
A Síndrome de Burnout e os Profissionais da Saúde
O
avanço da tecnologia, a globalização, a competitividade, a busca por recompensas extrínsecas no contexto de trabalho e a perda das relações sociais que o indivíduo mantém com a comunidade têm causado impacto e intensas transformações no mundo organizacional e na vida do trabalhador. Segundo Campos et al (apud BALLONE, 2002, p.63), o desgaste emocional decorrente das relações com o trabalho é fator significativo na determinação de transtornos relacionados ao estresse. O indivíduo submetido ao estresse não corresponde adequadamente às demandas do trabalho, se encontrando geralmente irritado, ansioso e/ou deprimido, sendo que a cronificação desse estresse pode vir a desencadear a Síndrome de Burnout. A história da Síndrome de Burnout é ainda muito recente no meio acadêmico, não tendo completado nem meio século. Foi na década de 1970, com a constatação de que o Burnout era de fato uma síndrome que afeta principalmente trabalhadores encarregados de “cuidar”, que se tornou relevante estudar e criar novas ferramentas que auxiliassem na compreensão do desgaste físico e emocional desses cuidadores (CAMPOS, et al, p.63.) De acordo com Benevides (2002), hoje, se entende o Burnout como um processo de cronificação do estresse. Suas características principais são o esgotamento físico, mental e emocional, a despersonalização – contato frio e impessoal e até cínico e irônico do profissional com as
pessoas que usufruem do seu trabalho no dia a dia – e a insatisfação no trabalho. Alguns autores preferem referir-se à síndrome como estresse e, para diferenciá-la, chamam de estresse ocupacional, quando a ocorrência tem relação direta com o caráter de trabalho. Outros profissionais vão mais longe e a especificam como estresse ocupacional assistencial, quando ocorre em profissionais que têm contato mais direto com os usuários de seus serviços. A semelhança de Burnout com a insatisfação é que ambos os conceitos são experiências psicológicas, internas e negativas relativas ao trabalho. Contudo, na Síndrome de Burnout ocorre o sentimento de exaustão emocional e a atitude de despersonalização, o que não se manifesta quando existe somente a insatisfação no trabalho. Gil-Monte e Peiró (apud BORGES 2002, p.194), discutindo a etiologia da síndrome, apresentam como principais fatores o ambiente de trabalho e conteúdos do posto como turnos, riscos e perigos percebidos, excesso de trabalho, remuneração insuficiente, valores conflitantes e relações interpessoais. A maior incidência é entre jovens, solteiros e pessoas sem filhos, e a maior propensão entre os empáticos, sensíveis, “humanos” e idealistas. Assim, o Burnout pode ser caracterizado como um resultado de estresse laboral, tendo afetado mais comumente profissionais da saúde cada vez mais jovens, com uma incidência grande entre enfermeiros, o que aponta
FILMES
Daniel Zimmermann
INDICADOS Alexandre
As autoras Franciane Péterle de Assis, Giovana Mara Sens, Rebecca Domitilla Silva Brinhosa e Sheila Sabrina Decker para urgência de ações preventivas. Alguns componentes são conhecidos como ameaçadores ao meio ambiente ocupacional do enfermeiro, entre eles: o número reduzido de profissionais de enfermagem no atendimento à saúde, causando um excesso de atividades; a dificuldade em delimitar os diferentes papéis assumidos por enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem; a falta de reconhecimento do enfermeiro; o baixo salário, obrigando o profissional a trabalhar excessivamente. Além dos fatores citados acima, os profissionais da saúde são submetidos a um contexto permeado por dispositivos de controle que surgem para disciplinar e normatizar a população, através das instituições sociais e respectivas organizações. Quando as políticas da organização entram em choque com a atividade do “cuidar com afeto”, impossibilitando o vínculo afetivo, instala-se uma tensão no indivíduo que pode tomar diversas dimensões, levandoo ao sofrimento. Em decorrência desse processo de insatisfação, exaustão emocional, reduzida realização profissional e despersonificação, no qual o cuidador não se sente mais responsável por cuidar das pessoas, se tornando frio e impessoal, a Síndrome de Burnout é desenvolvida, desencadeando diversos sintomas e dificuldades, afetando a prestação de um serviço de quali-
dade por parte do cuidador, que é o principal responsável por promover e intervir sobre a saúde na sociedade.
Objetivos A partir deste estudo, desenvolveuse um projeto de intervenção que pode ser realizado em pessoas que trabalham na saúde diretamente com o cuidado a terceiros. O projeto “Cuidando de Quem Cuida: Sobre a Síndrome de Burnout e os Profissionais da Saúde” tem como objetivo que ao final da intervenção os cuidadores estejam aptos a: adotar comportamentos que possibilitem a identificação dos fatores que desencadeiam a síndrome, prevenir a sua ocorrência no dia a dia nos âmbitos profissional e familiar, retomar atitudes de afeto no cuidado com outros indivíduos, adotar alternativas para atenuar o estresse diário, adotar novos hábitos de vida no ambiente familiar e profissional e remanejar novas formas de organização do trabalho e do tempo dedicado ao trabalho. Franciane Péterle de Assis, Giovana Mara Sens, Rebecca Domitillan Brinhosa e Sheila Sabrina Decker Formandas em Psicologia pela Universidade Leonardo Da Vinci (Uniasselvi) Professor orientador: Hélder Lima de Gusso
“Alexandre, O Grande, um guerreiro audacioso, cheio de coragem e de arrogância da juventude, um filho desejando desesperadamente a aprovação do pai. Um conquistador incansável que nunca perdeu uma batalha e guiou seus soldados aos limites do mundo descoberto, dominando todas as terras que encontrava. Vindo da Macedônia, Alexandre conquistou o Império Persa, o Egito e encontrou o caminho à Índia. Um visionário cujas façanhas ajudaram a moldar a face do mundo como o conhecemos”. Thais Regina Marcon Cliente Unimed desde 1º/06/2006
O Vidente “Nicolas Cage é um mágico de Las Vegas que possui o dom de prever alguns minutos do futuro próximo. Esta habilidade o ajuda no trabalho e nas mesas de cassinos. Os guardas da segurança estão de olho nele. Paralelamente, uma agente o procura para que a ajude a impedir um ataque terrorista em Los Angeles. Com o tempo, a ameaça de uma explosão nuclear tornase mais real”. Vanessa de Fátima Massaneiro Assistente financeiro/Unimed
31
Sustentabilidade
O carro que ajuda a respirar Divulgação
V
ocê já ouviu falar no carro movido a ar? Talvez até tenha passado pela sua cabeça algo do gênero, uma vez que a gasolina anda cada vez mais cara e a conscientização ambiental faz parte das preocupações atuais da sociedade. Para tentar amenizar os impactos causados pelo combustível primário, novas tecnologias são criadas. Uma empresa de automóveis da Europa desenvolveu um carro literalmente revolucionário, movido a ar comprimido. A Motor Development International (MDI), sediada na cidade de Nice, no sul da França, se especializou em carros movidos a ar há 15 anos. O engenheiro francês Guy Nègri, proprietário da MDI e inventor do automóvel, têm vasta experiência profissional trabalhando em equipes de Fórmula-1.
Movido a ar comprimido, o carro francês não emite poluentes
Consciente do seu papel diante das responsabilidades com o Planeta, o ortopedista Ronaldo Marques sempre se interessou por projetos e causas que envolvessem a preservação do meio ambiente. Pesquisando sobre novas tecnologias e maneiras de diminuir os danos ambientais, o ortopedista encontrou na internet o carro movido a ar. “Tenho muita curiosidade por ideias com o objetivo maior de preservar o Planeta. A invenção de Nègri vem ao encontro de meus ideais. É incrível a união da mobilidade com a natureza”, afirma Dr. Ronaldo. O ortopedista conta que visitou a fábrica de carros movidos a ar em 2009.
Desvendando o mistério O carro movido a ar reúne dois importantes diferenciais: a economia e o beneficio à natureza. Por ser ecologicamente correto, o ar que sai do escape não polui o ambiente, pelo contrário, ele purifica e refrigera a uma temperatura menor que 30 graus centígrados. Da energia total utilizada pelo automóvel comum, por exemplo, apenas 25% são aproveitados, o restante é liberado em forma de monóxido de carbono,
32
considerado pelos ambientalistas como o maior vilão do aquecimento global. Esse gás impede que o calor do Sol que chega à Terra escape novamente para o espaço, provocando o efeito estufa. Segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU), o aumento das temperaturas derrete as calotas polares e faz subir o nível dos oceanos.
As diferenças vão além da refrigeração do ar. Dr. Ronaldo explica que a manutenção do carro também é prática e rápida. “O carro não necessita de óleo lubrificante, só de uma reposição a cada 50 mil quilômetros, que pode ser até com óleo vegetal (este de cozinha) de aproximadamente 5 ml. Além disso, o abastecimento de ar pode ser realizado em casa com a ajuda de um compressor (acoplado ao veículo). Em duas horas o tanque está cheio”, acrescenta.
Dupla economia Daniel Zimmermann
Não precisar desembolsar grandes quantias na hora de abastecer é sonho de muita gente. Com o carro a ar, isso é possível. Dr. Ronaldo confirmou pessoalmente toda a economia atribuída ao veículo. Sem álcool, gasolina ou diesel, o carro que utiliza o ar para funcionar custaria aqui no Brasil cerca de R$ 18 mil, garante o entusiasta. A economia promovida pelo carro vai mais longe. Com o custo de R$ 4,00, o motorista enche o tanque de ar e percorre 300 quilômetros a uma velocidade máxima de até de 110 km/h. “O motor é eficiente, econômico e capaz de outras aplicações, como a geração de energia limpa para motores de barco e de trem”, informa Dr. Ronaldo.
ODORIZZI 1/3 Dr. Ronaldo divulga o carro movido a ar
Carro movido a ar Motor O motor tem um sistema inovador: uma biela articulada. Isso permite que quando o pistão alcance o final do ciclo a expansão se produza em um volume constante. Sistema elétrico Este sistema permite a utilização de um só cabo para todas as funções elétricas, enquanto os carros convencionais utilizam quase um quilômetro de fios, ou até mais. O segredo deste sistema é a rádio transmissão de dados, através do GPS instalado no carro. Ele liga e desliga as funções elétricas conforme a necessidade. Este sistema tem vantagens que simplificam a instalação e reduzem o peso em 20 quilos. Estrutura O corpo do carro é fabricado em fibra de vidro com injeção de espuma sintética (sistema utilizado em outros veículos). Essa tecnologia barateia o custo e deixa o carro mais leve. O sistema de ar O motor MDI filtra o ar da atmosfera antes de ser comprimido nos cilindros. O ar comprimido pode ser feito pelo compressor a bordo ou recarregado em um posto de abastecimento com um compressor. Ao mesmo tempo em que o carro funciona, o ar que sai do escape é limpo.
Sustentabilidade
Divulgação
Se estivesse disponível no mercado brasileiro, o MDI custaria cerca de R$ 18 mil
Amor pelo Planeta Enquanto o carro que utiliza o ar como combustível não chega ao Brasil, Dr. Ronaldo Marques divulga da tecnologia. Ele montou um site (www. carromovidoaar.com) com as informações do automóvel. O internauta pode interagir com o médico, ajudando-o na propagação da ideia. “Com o site, pretendo alertar a população sobre os problemas causados pelos carros à natureza. Servindo também de orientação sobre novas e eficientes tecnologias criadas como solução para diminuir os problemas já existentes”. Para Dr. Ronaldo e a família, cuidar e proteger o meio em que vivem faz parte do dia a dia. O médico conta que pratica em sua rotina diversas ações que contribuem com o Planeta.
34
Entre elas está o fato de em alguns dias da semana deixar o automóvel na garagem e ir a pé ou de bicicleta ao trabalho. Dentro de casa, as preocupações com o meio ambiente continuam. O médico possui placas que captam a energia da luz do sol e convertem em energia elétrica e para aquecimento da água. Além disso, tem sistema para aproveitar a água da chuva. “Se cada um fizesse a sua parte de forma efetiva, o Planeta estaria salvo”, afirma.
Nossa gente
Carinho na recepção
Para Deomar, essa nova fase é fruto do esforço e trabalho dedicados à Unimed. Segundo o recepcionista, para ser um bom profissional é preciso ir além da formação. Atenção, paciência e sensibilidade são fundamentais. Deomar afirma que o trabalho de vigia e, agora de recepcionista, exigem cuidados especiais com as pessoas. “Um pequeno gesto de carinho faz toda a diferença”, ensina. Quem chega à recepção do prontoatendimento, localizado no Bairro Vila Nova, em Blumenau, é prontamente recebido por Deomar sempre com uma palavra afável. A recepção acolhedora ajuda a diminuir a preocupação dos clientes. “As pessoas que vêm até a unidade médica estão fra-
gilizadas. Muitas delas chegam tristes, cabisbaixas. Chego com respeito e carinho, tentando amenizar aquela situação de desconforto”, orgulha-se o colaborador. Toda dedicação e paixão pelo trabalho têm sustentação na família. Deomar busca na esposa Edinara – com quem é casado há 19 anos – e nos filhos Anderson, de 16 anos, e Samuel, de dois, a força e energia que precisa para encarar o dia a dia. Ele conta que todo o tempo livre aproveita para ficar com eles. “Dedico meus finais de semana a minha esposa e aos meus filhos que são a base da minha vida. Sempre que posso, passeio com eles”. Deomar confidencia também que, além de desfrutar de bons momentos junto à família, dedica parte do seu tempo em navegação na internet e a noticiários na televisão. “É importante estar bem informado”, observa.
Projetos para o futuro Aos 43 anos, Deomar não para de fazer planos. Entre eles está a volta aos estudos. “Pretendo fazer cursos de qualificação na minha área”, conta. Para ele, a Unimed representa a segunda família. Além de ser um ótimo ambiente de trabalho, Deomar considera que a empresa contribui para o crescimento pessoal e profissional dos colaboradores. Ele ressalta que a
Daniel Zimmermann
Dedicação e prazer naquilo que faz. São esses dois pilares que sustentam o recepcionista do Prontoatendimento 24 Horas da Unimed Blumenau, Deomar Sacani. Contratado há quase dois meses pela Cooperativa, Deomar está comemorando. Desde 2006, o recepcionista trabalhava na sede da Unimed como vigilante de uma empresa terceirizada. Como vigia, sua principal função era cuidar do patrimônio e da segurança das pessoas que frequentavam o local. Mas Deomar fazia muito mais. “Observava as pessoas que vinham até a Unimed e percebia que, muitas delas, precisavam de ajuda, de auxílio. A partir disso, comecei a me aproximar mais dos clientes.”, conta.
Cooperativa oferece cursos e palestras de aperfeiçoamento. “Durante esse pouco tempo que sou colaborador da Unimed aprendi bastante. Toda semana temos palestras com um infectologista que nos ensina a sermos mais conscientes em relação aos cuidados básicos com a saúde. Assim nos protegemos e protegemos também os pacientes”, reitera. Todo o esforço e dedicação no trabalho Deomar garante ser compensador. “O importante na vida é fazer aquilo que se gosta”, sentencia.
35
VIAGEM
Do deserto à cidade sagrada Divulgação
assim, a respiração ficava muito difícil e a frequência cardíaca aumentava”, explica o médico-viajante.
Atacama Considerada a região mais seca do mundo, o Deserto do Atacama tem aproximadamente 200 quilômetros de extensão e cobre grande parte do norte do Chile. Durante o dia, a temperatura chega aos 40 graus centígrados. À noite, no entanto, cai para a casa de zero grau. Em alguns lugares, as chuvas são raras, enquanto em outros pontos elas simplesmente não existem. “Em certos lugares, é impossível ver qualquer planta, inseto ou forma de vida”, confirma o angiologista.
O Salar do Atacama impressionou os visitantes
Q
uando surgiu o convite para viajar até o norte do Chile e o sul do Peru com a família e 11 amigos, a primeira reação do angiologista Celso Arnoldo Cabral foi o susto. Não é para menos. O trajeto de mais de 10 mil quilômetros entre ida, vinda e percursos irregulares é mesmo um desafio pra ninguém botar defeito. Aos poucos, porém, Dr. Celso foi convencido e embarcou na missão para honrar o espírito desbravador do sobrenome e conhecer as paisagens do Deserto do Atacama, o mais seco do mundo. No total, 14 pessoas faziam parte do grupo – quatro casais e seis filhos dos viajantes. O comboio era formado por quatro carros. No primeiro dia de viagem, 20 de dezembro de 2009, o grupo saiu de Blumenau com destino a Posadas, na Argentina, cidade situada às margens do Rio Paraná. Logo de início, foram 1,2 mil quilômetros rodados. Energias retomadas, os viajantes partiram para Salta, cidade próxima à fronteira das terras argentinas com o Chile. “Os dois primeiros dias foram mais
36
cansativos, mas a vontade de chegar ao destino era grande e a adrenalina aumentava em cada novo lugar que passávamos”, revela Dr. Celso. Depois de dois dias em Salta e 2,4 mil quilômetros de viagem, o grupo partiu em direção a São Pedro de Atacama. Mas foi nesse percurso que os excursionistas enfrentaram a primeira dificuldade. Enquanto atravessavam a Cordilheira dos Andes, a 4,8 mil metros de altitude, a esposa do angiologista, Tânia Cabral, passou mal por causa do ar rarefeito e desmaiou. Não por acaso, o grupo levava a bordo cilindro de oxigênio, máscara e o equipamento necessário para reverter a situação. “Foi tudo muito rápido e, por isso, todos ficaram assustados. Mas no fim tudo não passou de um contratempo e os cenários de rara beleza compensaram o passeio”, avalia. A partir desse imprevisto, o grupo passou a andar mais devagar, com passos curtos e sem maiores esforços nos trechos de altitude elevada. “Se não fosse
Uma das poucas cidades da região é São Pedro de Atacama, que fica a 2,4 mil metros de altitude e abriga cerca de 3 mil moradores. A comunidade foi o ponto de partida dos viajantes catarinenses, que puderam conhecer as paisagens e os legados históricos e da natureza em toda a região despovoada. “Ficamos ali três dias fazendo passeios belíssimos, como no Salar de Tara, que faz parte da Reserva Nacional dos Flamingos, onde há grande quantidade de aves desse porte”, revela. Outro ponto alto do roteiro dos viajantes foi a visita aos Gêiseres del Tatio, onde jatos de água de até 90 graus centígrados saem de rios subterrâneos até a superfície se encarregam de compor o horizonte. “É um espetáculo simplesmente extraordinário”, garante. Os passeios feitos pelos brasileiros foram muitos. Apesar disso, na hora de escolher a atração preferida, o angiologista não hesita: o Salar do Atacama. Com cerca de 3 mil quilômetros quadrados, a salina é um dos principais pontos turísticos do mundo. “É um mar de sal”, define o viajante, que não se arrepende de ter aceitado a ideia da viagem. “Todas essas peculiaridades fazem com que a experiência de visitar o Atacama seja inesquecível”, assegura.
A magia Inca As belezas do Atacama encantaram, mas não foram o desfecho da viagem do grupo. Após passar por Iquique, no Chile, onde alguns se aventuraram em voos de parapente, e Arequipa, no Peru, os turistas chegaram à Cusco, no sudeste peruano. “A paisagem dessa parte do trajeto era belíssima, com cidades às margens do Oceano Pacífico”, recorda Dr. Celso.
Com a memória e os cartões das câmeras fotográficas abarrotados de belas paisagens, os integrantes da excursão retornaram pra Blumenau atravessando a Bolívia e o Paraguai. No total, rodaram mais de 10 mil quilômetros. “Chegamos a Blumenau depois de muitas emoções vividas, impossíveis de descrever totalmente”, encerra o angiologista, ainda encantado com a viagem.
Fotos Divulgação
Em Cusco, os 14 viajantes desfrutaram de um passeio à moda antiga, de trem, para chegar até Matchu Picchu, a cidade sagrada dos Incas. “Fizemos belas fotos e pudemos conhecer melhor esse lugar de mistério e magia”, conta. A cidade pré-colombiana foi edificada no Século 15 e até hoje é o principal símbolo do Império Inca. A visita ao Lago Titicaca foi o último ponto do roteiro.
Matchu Picchu, a cidade sagrada dos incas
Nativos e turistas no Lago Titicaca
37
SEU PLANO
VIAGEM
SUA VIDA
Sonia Matheussi Rezena Coordenadora da Central de Autorizações sonia@unimedblumenau.com.br (47) 3331.8686
História A região foi primeiramente habitada pelos atacamenhos, juntamente com a civilização dos nativos aymaras. Nas entranhas do deserto, encontramse ruínas intactas como as Vivendas Circulares de Tulor, que datam de 800 a.C. Clima Quente durante o dia, com temperaturas de até 40 graus, mas extremamente frio à noite, quando chega ao zero grau. Por causa das correntes marítimas, as chuvas são raras. Tem o menor índice pluviométrico da Terra. Fauna Em regiões menos exploradas, a fauna é formada por animais pequenos, como ratos, lagartos e cobras. Também há a presença de lhamas, guanacos, flamingos e outros animais que se adaptaram ao clima extremamente árido. Geografia O terreno da região é bastante diversificado. Vai de áreas quase ao nível do mar até 6,8 mil metros de altitude. Há também pontos marcados por erosão, dunas e montanhas. O solo é composto basicamente de sal e areia. Hidrografia Apesar de ser uma região seca, existem alguns lagos com água durante todo o ano. Eles
Os viajantes
Daniel Zimmermann
Pensando no bem-estar e comodidade do cliente, a Unimed Blumenau contará com uma ferramenta que permitirá autorizar exames e procedimentos via internet, reduzindo custos operacionais e permitindo ao prestador obter informações sobre o cliente. A automação do serviço agilizará o processo com total confiabilidade, uma vez que os dados serão acessados na base do sistema de informações gerenciais da Cooperativa. Hoje, o processo é realizado manualmente – presencial, quando o cliente vai a um dos postos de atendimento, ou via telefone, e-mail ou fax, quando a clínica solicita a autorização. A Unimed Blumenau fará a implantação do Autorizador Eletrônico gradativamente. O processo será iniciado pelas consultas médicas, evoluindo até patamares mais complexos de autorização, como de cirurgias com materiais especiais agregados. Se, por algum motivo, o cliente apresentar cartão vencido ou mesmo não estiver de posse do mesmo, no próprio consultório a secretária terá acesso à pesquisa e aos dados faltantes para prestar atendimento, sem necessidade entrar em contato com a Unimed. A autorização eletrônica melhora não só a qualidade, mas otimiza o tempo de atendimento, sem contar outros fatores como, por exemplo, a confiabilidade e a precisão da informação para o cooperado e o próprio cliente, que conhecerá imediatamente o status do processo de autorização. Autorizador Eletrônico: é a Unimed Blumenau cada vez mais buscando ferramentas que gerem bons resultados para o cooperado e para o cliente.
Divulgação
Deserto do Atacama
Autorizador
Dr. Celso Arnoldo Cabral
Celso Cabral Tânia Cabral Fernanda Cabral Ednei Rodrigues Joseli Rodrigues Leandro Rodrigues Guilherme Rodrigues Gabriela Rodrigues Rubem de Souza Alsenir de Souza Vinícius de Souza Sérgio Lubitz Neusa Lubitz Ana Luiza Lubitz
Ca bele i re i ro Livra r ia Cinema Restaurante
Spa
Academia
As Unimeds participantes são registradas na ANS.
Manicure
Co l o q qual ue mais idad e e sua vida m
Qualidade de vida é mais do que ter uma boa saúde, é estar bem com você. Conheça a Rede que Faz Bem, um programa de vantagens em que o cliente Unimed tem direito a descontos e benefícios em diversos estabelecimentos. Basta apresentar seu cartão Unimed nas empresas conveniadas.
Para mais informações e lista de conveniados, acesse: www.redequefazbem.com.br ou pelo seu celular: m.redequefazbem.com.br