Unimed Blumenu - Ed. 48

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Jul/Ago 2010

é a mãe quem decide

Letícia, Ronaldo dos Santos e o filho Matheus Eduardo aguardam a chegada de Arthur Henrique. O parto será normal e em casa



ÍNDICE Veículo de Divulgação da Unimed Blumenau - Cooperativa de Trabalho Médico.

CONSELHO EDITORIAL Dr. Alfredo Nagel Dr. Cleonildo de Oliveira Dr. Fernando Sanches Dr. Jauro Soares Dr. Odilon Ascoli Dr. Roberto A. Moreira Dr. Rodrigo Vanzelli Luiz Mund

EDITOR-EXECUTIVO

Sidnei dos Santos - 1198 JP (MTb/SC) sidnei@mundieditora.com.br

EDITORA-ASSISTENTE

Gisele Scopel - 02807 JP (MTb/SC)

04 EM FOCO Unimed recebe quatro certificações Ouro 06 PÁGINAS VERDES com a presidente da Abludef, Maria Helena Mabba 14 TRÂNSITO A forma correta de levar as crianças no carro 16 NOSSA GENTE com Viviane Cristine de Souza Siqueira 18 GRIPE A Prevenção não pode ser esquecida 22 SEXUALIDADE Como tratar o assunto na adolescência 27 SUSTENTABILIDADE A qualidade ambiental nas edificações 30 ARTIGO Cuidados odontológicos começam na estação 32 VIAGEM Os encantos de Santiago de Compostela

REPÓRTERES

Beatriz Alves Gaviolli e Mariana Tordivelli

GERENTE DE ARTE

Divulgação

Banco de Imagens

Rui Rodolfo Stüpp

Banco de Imagens

FOTO DE CAPA

Ivan Schulze / Especial Mundi Editora

EDITORA-CHEFE

Danielle Fuchs danielle@mundieditora.com.br

GERENTE-GERAL COMERCIAL Denilson Mezadri - 47 3035.5500 denilson@mundieditora.com.br

GERENTE COMERCIAL

Eduardo Bellidio - 47 3035.5500 eduardo.bellidio@mundieditora.com.br

DIRETOR-EXECUTIVO

Niclas Mund niclas@mundieditora.com.br

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Parto humanizado gera menos trauma para a mamãe e para o bebê

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Nova técnica cirúrgica diminui os riscos em procedimentos cardíacos

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A influência das cores no dia a dia das pessoas

UNIMED BLUMENAU

Rua das Missões, 455 • Blumenau/SC Fone: 47 3331.8500 • Fax 47 3331.8570

HOSPITAIS UNIDADE CENTRO Neumarkt Trade & Financial Center, 5º andar • Blumenau/SC Rua Ingo Hering, 20 | Anexo ao Shopping Neumarkt Fone: 47 3037.8500 UNIDADE VILA NOVA Rua Almirante Barroso, 1159, Bairro Vila Nova • Blumenau/SC Fone: 47 3331.8700 UNIDADE TIMBÓ Rua Pomeranos, 3000, Bairro Pomeranos • Timbó/SC Fone: 47 3281.4000

CONSELHO ADMINISTRATIVO Dr. Jauro Soares Dr. Marco Antônio Bramorski Dr. José Carlos Arenhart Dra. Andréia F. de A. Souza Dr. Gustavo De Ré Dr. Marco Antônio Cavalcanti Dr. Fernando César Sanches Dr. Jacy Bruns Dra. Maura Milano Cucco Dr. Rodrigo Vanzelli Dr. Tarcisio Lins Arcoverde

Editorial

A saúde e a campanha eleitoral Estamos iniciando uma nova campanha eleitoral. Depois das convenções partidárias de junho, teremos mais 90 dias de debates e, no dia 3 de outubro, vamos escolher os novos dirigentes do País. A saúde vai estar no centro das discussões porque as pesquisas mostram que é a prioridade número um dos brasileiros. O debate, no entanto, não pode ser vazio e retórico, apenas para eleger políticos para mais quatro anos de mandato. Precisamos de propostas consistentes e eficazes. No campo da saúde suplementar, a presença do governo deve ser regulatória, mas não intervencionista como ocorre de modo contumaz. Nos últimos anos, o governo passou a linha limite, misturando seu papel de agente público da saúde (SUS) e agente regulador da saúde suplementar, repassando às operadoras cada vez mais responsabilidades e serviços e aos beneficiários, mais custos. A ANS acabou de repetir esta prática agora, com a RN 211, que entrou em vigor no dia 7 de junho. Esta ação política demagógica, em um primeiro momento beneficia os clientes dos planos de saúde, mas, com o repasse dos novos custos para as mensalidades, acaba vitimando os que menos podem custear as despesas crescentes, excluindo os menos favorecidos do sistema de saúde suplementar. Em favor dos próprios beneficiários, esta prática deve ser revista. Nesta edição da revista Unimed, entre outros assuntos relevantes, você também vai saber que as unidades Centro e de Timbó da Unimed Blumenau receberam quatro certificações Ouro da empresa 3M do Brasil, confirmando nosso compromisso com a qualidade e segurança no atendimento dos clientes em nossas unidades hospitalares.

Boa leitura!

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EM FOCO

Daniel Zimmermann

Unimed Blumenau recebe certificações da 3M do brasil

ODORIZZI

Margarete Luzia Vick (técnica de enfermagem), Valdeci Maria Martins (enfermeira), Dr. Jauro Soares (presidente da Unimed Blumenau) e Mara Curi (gerente nacional da 3M Hospitalar)

O Hospital Unimed Blumenau – Unidade Centro foi o primeiro hospital de Santa Catarina a receber a recertificação Ouro do Programa de Esterilização da empresa 3M do Brasil. Além da recertificação, a Unidade Centro recebeu a Certificação Ouro em Eletrocirurgia Segura e Tricotomia Segura. A entrega das certificações ao presidente da Unimed Blumenau, Dr. Jauro Soares, aconteceu em 12 de maio, na sede da Unidade. A Unidade Timbó também receberá a certificação Ouro em esterilização, a ser entregue em 12 de julho, um dia após completar um ano de atividades. A gerente nacional hospitalar da 3M, Mara Curi, explicou que apenas 100 dos cerca de 7 mil hospitais do País são certificados pela empresa. E destes, poucos estão no nível da Unidade Centro, que conquistou três das cinco certificações possíveis da empresa. O programa segue padrões internacionais. Dr. Jauro aproveitou para agradecer o reconhecimento do trabalho feito e salientou que a tripla certificação é resultado da equipe de enfermagem e de médicos do hospital. As certificações, observou o médico, comprovam que as equipes interdisciplinares de saúde dos hospitais da Unimed Blumenau oferecem um serviço de excelência; seguem os parâmetros estabelecidos pelos órgãos superiores nacionais e internacionais de saúde; mantêm registros fidedignos de todas as etapas do processo e que todos os membros receberam criterioso treinamento pela empresa certificadora.


Cooperativa amplia apoio ao esporte A Unimed Blumenau continua investindo no futuro do esporte, com o objetivo de promover a saúde e contribuir com a formação pessoal dos estudantes. Em 2010, a Cooperativa amplia seu apoio a todos os oito polos esportivos de atletismo da Fundação Municipal de Desportos (FMD) de Blumenau e também à equipe de xa-

drez do Centro de Educação Infantil Santa Terezinha. Com isso, passa a beneficiar diretamente 242 crianças e adolescentes do esporte de base de Blumenau. Em 2009, a Unimed passou a se envolver no projeto apoiando três dos oito polos de atletismo. Ao efetuar o acompanhamento do desempe-

Seu filho no site da Unimed A partir de agora, os pais vão poder colocar as fotos e vídeos de seus bebês recém-nascidos no site da Unimed Blumenau. Para colocar seu filho no Berçário Virtual da Unimed – e todo mundo vai poder ver –, basta entrar na internet no endereço www.unimedblumenau.com.br

e mandar as informações solicitadas no cadastro. O cadastramento é simples: é só anexar as imagens e as informações básicas do bebê e dos pais, como nomes e datas, e clicar em ‘enviar’. As imagens e informações vão ser colocadas no espaço reservado para o Berçário Virtual e ficarão arquivadas.

nho escolar e questões de cidadania, como disciplina, educação, higiene e socialização, entre outros quesitos que fomentam o crescimento pessoal dos pequenos atletas, a Unimed Blumenau resolveu ampliar esta parceria, aumentando o número de estudantes beneficiados.


PÁGINAS VERDES

com a presidente da Abludef, Maria Helena Mabba

“Existem leis demais, o que falta é fazer valer” Fotos: Daniel Zimmermann

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o ano em que completa 22 anos de fundação, a Associação Blumenauense de Deficientes Físicos (Abludef) ainda enfrenta muitas dificuldades quando o assunto é mobilidade urbana e acessibilidade. Nesta entrevista, a presidente da associação, Maria Helena Mabba, aponta os principais desafios encarados pelas pessoas com deficiência física no dia a dia e aborda as conquistas alcançadas durante mais de duas décadas de atuação.

Revista Unimed: Quais os principais problemas enfrentados pelas pessoas com deficiência física em Blumenau? Maria Helena Mabba: Um dos principais problemas é a habitação. A moradia da maioria dessas pessoas fica em localidades de difícil acesso, com muitas escadas e onde nem ônibus nem carro chegam. Isso dificulta o trabalho da Abludef e também a recuperação e inserção dessas pessoas na sociedade e no

mercado de trabalho. Outro problema que percebo ao longo desses anos é a falta de apoio familiar. Durante um tempo, os familiares auxiliam o deficiente, mas, na medida em que o tempo passa, é difícil dar continuidade ao trabalho. Além disso, os bairros da cidade não estão preparados para receber pessoas com deficiência física. Não há preocupação com as adaptações necessárias para quem tem necessidades especiais.


Carros acidentados chamam atenção para a segurança RU: De uma forma geral, como Blumenau está preparada para receber pessoas com deficiência física? Maria Helena: A cidade, aos poucos, está se adequando às normas estabelecidas pelas leis de acessibilidade. Na Rua XV de Novembro, é possível andar de forma correta e segura, isso porque está toda planejada para as pessoas com deficiência física. A urbanização da rua possibilita que um cadeirante, por exemplo, possa subir pelas rampas sem precisar de auxílio de outra pessoa. Sabemos que a mudança das calçadas é de responsabilidade dos comerciantes, cabendo a eles a reformulação. Mas, cada vez mais, notamos que o ser humano está mais egoísta, preocupando-se unicamente com o seu bem-estar e não com o do próximo. Ainda nos deparamos, todos os dias, com escadas, elevadores inadequados e portas estreitas, principalmente em construções antigas; além de apertadas vagas no estacionamento. Trata-se de um cenário considerado

como normal em uma cidade. Mas, de modo geral, em passos lentos, as coisas estão mudando. As escadas estão dando lugar às rampas, há mais vagas destinadas para as pessoas com deficiência. Como toda a mudança gera controvérsia e a maioria das pessoas não encara com bons olhos essas mudanças, é preciso ter paciência.

“Novos carros e motos potentes são lançados diariamente no mercado para consumo. No entanto, os problemas caóticos do trânsito, os pedestres, as ruas e nossas próprias vidas não estão nos planos desses fabricantes”


PÁGINAS VERDES

com a presidente da Abludef, Maria Helena Mabba

que falta mesmo é fazer valer. Falta o cumprimento e, principalmente, a fiscalização dessas leis. RU: Muitas pessoas nascem com alguma deficiência física, outras tornam-se deficientes depois de sofrerem algum tipo de acidente, principalmente de trânsito. Qual o papel da Abludef na prevenção da violência no trânsito? Maria Helena: A Abludef, em parceria com o Seterb, desenvolve, durante todo o ano, ações de conscientização. O que percebemos é que muitos jovens estão perdendo a vida muito cedo ou ficando com alguma deficiência. Este ano, realizamos o Feirão do Carro Acidentado, que utilizou carros e motos destruídos em acidentes de trânsito para ten-

Daniel Zimmermann

RU: Até 1988, a pessoa com defi ciência era ignorada. A Constituição Federal daquele anos trouxe ementas que garantem direitos à cidadania e dignidade aos deficientes físicos. Na prática, o que mudou com a alteração da lei? Maria Helena: Até 1988, as pessoas com deficiência física não faziam parte da sociedade, eram discriminadas, muito mais do que são atualmente. Não existia trabalho, participação em esportes, adaptações dos ambientes. Depois disso, muita coisa mudou. A pessoa com deficiência ganhou mais espaço, ganhou oportunidade no mercado de trabalho, no esporte. Infelizmente, precisou-se de uma lei para garantir algo que deveria ser inerente ao ser humano. Existem leis demais, o

Maria Helena: A pessoa com deficiência ganhou espaço

tar conscientizar as pessoas. Procuramos enfatizar que a combinação de álcool e direção definitivamente não combina e que a prevenção e os devidos cuidados ainda são os melhores parceiros. Constantemente, desenvolvemos ações para prevenir os acidentes de trânsito. Esse trabalho é realizado através de palestras e campanhas de sensibilização, mostrando para a comunidade as sequelas físicas causadas pelo acidente de trânsito, sempre focando na prevenção. A Abludef busca trabalhar também com as palestras temáticas, abordando o uso do cinto de segurança, o alcoolismo, as drogas, o uso indevido do celular na direção. Levamos essa mobilização para escolas e empresas, para que as pessoas fiquem atentas a outras questões envolvendo o trânsito da cidade: entregas rápidas dos motoboys, ciclovias, faixas de segurança, sinaleiras visuais e auditivas (temos apenas uma em Blumenau), monitores nos terminais para auxiliar e orientar os deficientes visuais e auditivos. Além da prevenção a acidentes de trânsito, trabalhamos com a inserção no mercado de trabalho e inclusão na sociedade. RU: Como a Abludef avalia esses 22 anos de atividades? Maria Helena: Ao completar 22 anos de existência, a Abludef reúne muitas conquistas, realizações e significativas parcerias. Mas, por outro lado, foram anos de tristezas por ver que a sociedade caminha para um futuro sem controle de seu crescimento. Novos carros e motos potentes são lançados diariamente no mercado para consumo. No entanto, os problemas caóticos do trânsito, os pedestres, as ruas e nossas próprias vidas não estão nos planos desses fabricantes. Quando a entidade foi criada, contabilizávamos 10 associados; hoje, a Abludef tem aproximadamente 1,5 mil associados.



Reportagem de capa

O poder da mãe na hora do parto Ivan Schulze / Especial Mundi Editora

Gisele Scopel gisele@mundieditora.com.br

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bandeira a favor do parto natural vem sendo defendida cada vez mais pelas mulheres, com apoio de órgãos públicos. De acordo com a ginecologista e obstetra Veruscka de Albuquerque Gromann, atualmente, de 80% a 90% dos nascimentos na rede privada ocorrem por cesariana. Na rede pública, esse número cai para cerca de 60%. A médica aponta que a diferença se deve à disponibilidade do profissional médico que, em um serviço público, encontra-se de plantão, aumentando a possibilidade de aguardar o desencadear espontâneo do parto ou trocar o plantão e o próximo plantonista fechar o atendimento daquela gestante. Contudo, o principal de todos os fatores começa ainda nas escolas de medicina, onde se propaga a ideia de que o parto é um evento meramente médico, supervalorizando os aspectos físicos e biológicos, em detrimento dos emocionais, psicológicos, espirituais e culturais. Em 2005, o Ministério da Saúde lançou o manual Assistência Humanizada com um conceito amplo que envolve um conjunto de conhecimentos, práticas e atitudes que visam à promoção do parto e do nascimento saudáveis e à prevenção da morbimortalidade materna e perinatal. O material prevê o apoio psicossocial, permitindo a presença do marido, companheiro, familiar próximo ou amiga para dividir o medo e a ansiedade, somar forças e estimular positivamente a mãe. Além do acompanhamento pelo parente ou companheiro, que é lei federal, existe também a possibilidade da presença de outra pessoa, com ou sem treinamento específico para isto, a doula. Dra. Veruscka destaca que as grandes cidades já têm acesso a serviços de doulas voluntárias em algumas instituições. Em Blumenau e região, existem várias doulas trabalhando de forma autônoma. “Elas são como um anjo da guarda que ampara, protege e torna o ambiente mais propício para que a mulher sinta-se à vontade e acolhida no momento de dar à luz”, diz a ginecologista. As doulas não são parteiras nem enfermeiras, elas compõem a cena de parto, sempre cumprindo o papel de satisfazer as necessidades básicas da gestante.

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Ambiente melhor Para algumas mulheres, o hospital, com todas as rotinas pré-estabelecidas, não configura o ambiente mais propício para ter o bebê. Por isso, algumas optam por terem os filhos na própria casa, como foi o caso famoso da modelo Gisele Bündchen e de muitas brasileiras. A ginecologista conta que, na Holanda, o estado oferece a possibilidade de as mulheres optarem, se tiverem uma gravidez saudável, pelo parto domiciliar. Naquele País, 30% dos partos ocorrem em casa. “Até o momento, os estudos mostraram que a segurança é a mesma para partos de baixo risco que a do ambiente hospi-

talar. Nem mais nem menos, a mesma”, enfatiza a médica. Ela foi uma das palestrantes na semana da mulher, realizada na Unimed Blumenau, falando sobre o parto humanizado. O evento contou com a participação ativa de muitas mulheres gestantes e adeptas ao parto normal, além de profissionais simpatizantes do modelo. Para Dra. Veruscka, foi uma troca estimulante de experiências. “É uma esperança para a nossa cidade de que cada vez mais blumenauenses possam nascer em paz”, define a ginecologista.

O movimento em prol da humanização do parto no Brasil começou no início da década de 1980. A mobilização de mulheres que queriam que o parto voltasse a ser um evento da vida saudável e que pudesse ser encarado com prazer e alegria por toda a família teve a adesão da comunidade profissional, científica e política. A insatisfação com tratamento dado às mulheres nas instituições hospitalares no momento de terem os filhos também incentivou a luta. Diante desse panorama, percebeu-se a necessidade de restituir à mulher o poder de tomar decisões acerca do próprio corpo e da forma que gostaria de trazer o filho ao mundo. Segundo a ginecologista e obstetra Veruscka Gromann, o termo humanizado foi utilizado para ressaltar que o ser humano – e não o hospital, a tecnologia ou o profissional – é o fator mais importante a se levar em conta no nascimento. “O foco principal é manter o bem-estar, o conforto, a privacidade e o respeito que perfazem um clima acolhedor para que a mulher desempenhe sua habilidade natural de parir e acolher seu filho”, enfatiza a médica.

Arquivo Mundi Editora

Movimento recente

Atualmente, os termos parto natural ou parto respeitado também são utilizados para definir o mesmo conceito. Dra. Veruscka explica que quando a mulher encontra-se em um ambiente propício para dar à luz, sente-se à vontade e cuidada, sem parecer observada, julgada ou invadida.


Reportagem de capa

Sensação de prazer No parto normal, substâncias hormonais como ocitocina, endorfina e prolactina são liberadas com as contrações e promovem uma sensação de relaxamento e até prazer, favorecendo o comportamento de proteção e vínculo entre mãe e filho. “Os mesmos hormônios que desencadeiam o vínculo estão envolvidos com a amamentação e o restabelecimento do útero”, explica a médica. Os benefícios desse ato se estendem à mulher, que descobre do que o corpo é capaz: trazer um ser humano saudável

ao mundo, vivenciando um momento intenso de transformação e poder. Ao bebê, que tem a primeira impressão do mundo agradável e suave e é imediatamente colocado no colo da mãe. “Os próximos dias serão serenos ou agitados conforme a primeira experiência de vida do bebê”, diz Dra. Veruscka, acrescentando que toda a família colhe os frutos de poder protagonizar o nascimento de um novo membro e, muitas vezes, juntamente com o bebê nascem um pai e uma mãe. Segundo a ginecologista e obstetra,

estudos de antropologia, psicologia e sociologia falam sobre a importância desse primeiro momento para o desenvolvimento da personalidade e até concluem que, a partir da forma como se nasce, define-se em que tipo de sociedade se quer viver. “Partos violentos, sociedades violentas. Portanto, beneficia-se toda a sociedade”, conclui Dra. Veruscka. MAIS INFORMAÇÕES Dra. Veruscka de A. Gromann CRM 8933 (47) 3322-5941

Questão de liberdade

Na chegada de Matheus, a mãe permaneceu em casa até o momento em que as dores ficaram muito fortes. Tinha a companhia de pessoas muito importantes para ela e que deram todo o apoio e carinho que necessitava naquele momento. “Meu marido, Ronaldo dos Santos, minha avó materna, Francisca, ‘Vó Sinhá’, que é meu exemplo de vida, sem dúvida uma das pessoas mais importantes para mim, e minha prima Aimêe, que é praticamente uma irmã”, conta Letícia. Ela recorda que ficou muito feliz com o ambiente familiar em que aguar-

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Ivan Schulze / Especial Mundi Editora

Letícia Almeida de Sena Santos teve o primeiro filho, Matheus Eduardo, há cinco anos e meio. O parto foi normal, mas não natural, pois na ocasião houve adição de soro e medicamento. Grávida do segundo bebê, após ler e se informar muito a respeito dos benefícios do método, além de este ter sido sempre o desejo dela, optou pelo parto humanizado.

Letícia, Ronaldo (D) e Matheus preparam a chegada de Arthur dava a chegada do primeiro filho. “A única coisa que me deixou temerosa foi a ida para o hospital”, diz Letícia, que contou com a companhia do marido na hora do parto. À espera de Arthur Henrique, que deve chegar em meados de agosto, a família pretende

mudar alguns detalhes. “Não pretendemos tê-lo em ambiente hospitalar, pretendemos fazer o parto humanizado 100% natural e domiciliar”, afirma a mãe, que conta com a participação do marido, do filho e, mais uma vez, a vinda da avó.



TRÂNSITO

Quem ama cuida

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Daniel Zimmermann

a saída da maternidade até os 10 anos, o transporte de crianças em veículos deve ser feito no banco traseiro, com dispositivos de retenção apropriados. O uso do equipamento tornou-se obrigatório com a Resolução 277/02 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). A data inicial para os motoristas se adequarem à resolução era 9 de junho, mas, devido à falta de cadeirinhas para suprir a demanda, o prazo foi esticado para setembro. Após o prazo, o transporte incorreto de crianças até 10 anos será considerado infração gravíssima, com multa de R$ 191,54, perda de sete pontos na carteira e retenção do veículo até que a irregularidade seja sanada. Os dispositivos de retenção conhecidos como bebê-conforto, cadeirinha, assento de elevação e cinto de segurança diminuem drasticamente as chances de mortes e lesões de crianças em casos de colisão. Segundo dados do Contran, no Brasil, os acidentes de trânsito ainda são a principal causa de morte de crianças entre 1 e 14 anos. As estatísticas do Ministério da Saúde mostram que 40% das mortes desta faixa etária estão relacionadas a acidentes de trânsito. Os números apontam ainda que para cada morte, outras quatro crianças ficam com sequelas permanentes. Entre os acidentes, estão os atropelamentos, crianças na condição de ciclistas e de passageiros dos veículos. Por outro lado, estudos indicam que 71% destas lesões podem ser evitadas com o simples uso do dispositivo de retenção correto durante o transporte das crianças. O uso do cinto de segurança não basta para garantir que elas estejam protegidas, pois foi desenvolvido para pessoas com, no mínimo, 1,45 metro de altura. Cada dispositivo de retenção tem uma

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Assento correto garante a segurança da criança no automóvel

forma específica de instalação. Por isso, é importante seguir as instruções do manual do bebê-conforto, da cadeirinha e do assento de elevação. Os veículos também trazem em seus manuais especificações sobre a instalação dos dispositivos de retenção. É importante ler e seguir as indicações. Outro passo fundamental é verificar se o equipamento possui o selo de certificação de Padrões de Segurança Brasileiro (selo do Inmetro). No caso de dispositivos importados, deve-se observar o certificado de qualidade que deve vir traduzido para o português.


Ajuste-se Bebê-Conforto • Da saída da maternidade até 1 ano Voltado para o vidro traseiro, com leve inclinação, deve ser preso pelo cinto de segurança do veículo. As tiras devem ficar ajustadas ao corpo da criança, com um dedo de folga.

Cadeirinha • De 1 a 4 anos Deve ser instalada de frente para o painel e presa pelo cinto de segurança do veículo.

Booster – Elevação de assento • De 4 a 7 anos e meio Deve ser utilizado com o cinto de segurança de três pontos para que passe nos locais corretos do corpo da criança: pelo centro do ombro e do peito e sobre o quadril.

Cinto de segurança no banco traseiro • Acima de 7 anos e meio a 10 anos A criança pode usar apenas o cinto de segurança quando conseguir apoiar as costas por inteiro no encosto e dobrar os joelhos na borda do banco. Nesse caso, o cinto passará pelo centro do ombro e sobre o quadril.


Nossa gente

Uma década de crescimento pessoal e profissional

Esse período de dedicação e trabalho na Cooperativa, Viviane define como gratificante. “Em uma década de Unimed, cresci muito na minha profissão e como pessoa também. Cada dia é um novo desafio, uma nova meta. Aprendo todos os dias”, declara. Nos setores em que trabalhou, Viviane sempre desempenhou as atividades de forma cordial. “Sempre gostei muito de ajudar as pessoas. Penso que para tudo se tem um jeito. Procuro sempre colocarme no lugar do outro. Quando vim para o SOS Unimed, compreendi bem mais a amplitude do meu trabalho. Aqui, as decisões precisam ser tomadas de forma lacônica. As vidas não podem esperar e não podemos perder tempo com coisas pequenas”, salienta. O pensamento positivo e o altruísmo

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característicos de Viviane intensificaram-se, como ela mesma conta, após o nascimento da filha Caroline, de 4 anos. “Aprendo a todo o instante com a Carol. Hoje, considero-me uma pessoa mais tranquila e compreensiva”, afirma.

Daniel Zimmermann

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o momento em que completa 10 anos de Unimed, Viviane Cristine de Souza Siqueira tem muito para comemorar e lembrar. Ela começou trabalhando no setor de administração de contratos, no qual se manteve por três anos. Em seguida, passou para o relacionamento com o cooperado, permanecendo mais um ano. Após esse período, ficou cinco anos na responsabilidade social. Há um ano, desempenha a função de secretária administrativa no SOS Unimed Blumenau.

Graduada em Secretariado Executivo Bilíngue e com pós-graduação em Gestão Estratégica Empresarial, Viviane diz que sempre busca atualizar-se e anseia por novidades. “Minha formação é uma das principais conquistas proporcionadas pela Unimed. Busco sempre aperfeiçoarme para sempre desempenhar bem meu trabalho”, reitera. Animada e com bom astral, Viviane leva a vida numa boa. Ao contrário da maioria das pessoas, a colaboradora não espera as horas de folga para curtir a família e ter algumas horas de lazer. Após 10 anos de casamento, ela e o marido procuram sempre fazer coisas diferentes para espantar a rotina. “Saímos para almoçar em lugares que não conhecemos, vamos jantar fora no meio da semana, sem aquela obrigação de ter dia certo para se divertir. Isso faz com que passemos mais tempo juntos e mantemos a harmonia no nosso relacionamento, deixando do lado de fora a monotonia”. Mas, quando as horas de lazer são esticadas Viviane e a família sabem bem

Viviane: 10 anos de Unimed como aproveitá-las. Sempre que podem, viajam e passeiam por diversos lugares. “Não paramos em casa. Tenho a filosofia de viver cada dia como se fosse o último. Quando estamos em casa, nosso passatempo preferido é assistir uma comédia, com classificação livre para a Carol poder nos acompanhar”, conta. Na hora de planejar o futuro, Viviane é categórica: “Quero ver minha família sempre bem e feliz”, conclui.



Gripe A

Cuidados ainda são necessários Banco de imagem

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erminou no começo de junho a campanha nacional de vacinação contra a gripe A (H1N1). A meta de vacinar 80% de cada grupo já foi alcançada para profissionais de saúde (100%), crianças de seis meses a menores de dois anos (100%), portadores de doenças crônicas (100%) e indígenas (83%). Nas gestantes, a cobertura é de 70%, com mais de 2,1 milhões de

mulheres vacinadas. Em 12 de junho, foi registrada a primeira morte pela doença em 2010 em Santa Catarina, ocorrida em Balneário Camboriú. De acordo com o pneumologista Eduardo Menezes Lopes, mesmo com o fim da campanha, a gripe A continua sendo uma ameaça, sendo necessário ainda manter a atenção e cuidados

para prevení-la. Segundo Dr. Eduardo, o vírus provavelmente perderá força no decorrer do tempo. “Possivelmente, ele sofrerá ainda algumas mutações, porém não conseguirá ser tão agressivo. Isso se justifica pelo fato de muitas pessoas já terem contraído a doença, desenvolvendo então imunidade, e pelo efeito protetor que a vacina trouxe”, afirma.

Internações Em 2010, foram registradas em todo o País 540 internações da gripe H1N1, até o dia 8 de maio. Desse total, 18% dos casos estiveram relacionados à gestação. Em relação às mortes, um total de 64, das quais 30% foram de gestantes. Segundo o pneumologista, a vacina é altamente eficaz. Estudos comprovam proteção contra o vírus em aproxima-

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damente 90% das pessoas vacinadas. “Além da proteção, ela tem se mostrado muito segura. A incidência de efeitos colaterais é muito baixa e, na maioria das vezes, essas reações são leves e muito fáceis de tratar. A vacina é uma forma muito efetiva de se conseguir bloquear o vírus influenza”, reitera.

Segundo dados do Ministério da Saúde, no ano passado, de 2.051 mortes registradas, 1.539 (75%) ocorreram em pessoas com doenças crônicas. Entre as grávidas (189 morreram, ao todo), a letalidade entre os casos graves foi 50% maior que na população geral. Adultos de 20 a 29 anos concentraram 20% das mortes (416, no total).


Mesmo com o fim da campanha do Ministério da Saúde, os cuidados com a doença devem continuar. Eles servem para prevenir também outras doenças, especialmente as respiratórias.

Daniel Zimmermann

Cuidados

Higienização frequente das mãos (água e sabão ou álcool em gel); Evitar locais com muitas pessoas (especialmente ambientes mal ventilados); Tomar bastante líquidos; Não fumar; Alimentação saudável; Praticar exercícios físicos regularmente; Outro ponto importante é evitar sair de casa se estiver com sintomas de um quadro gripal (isso evita a transmissão da doença para outras pessoas).

MAIS INFORMAÇÕES Dr. Eduardo Menezes Lopes CRM 10854 (47) 3322-6808


Cirurgia cardíaca

Técnica nova reduz os riscos

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O procedimento consiste em operar o coração sem abrir o osso do peito. Dr. Robinson explica que o paciente é submetido à anestesia-geral e, em seguida, é feita uma incisão de aproximadamente quatro centímetros na região lateral do tórax, por onde são introduzidos instrumentos para a realização do procedimento cirúrgico. Um deles é a microcâmera, que capta as imagens intracardíacas de forma nítida e ampliada em 10 vezes. Através de outras punções são inseridos os materiais que auxiliam no procedimento.

Fotos Divulgação

coração é um dos órgãos mais nobres que existe. É responsável pela irrigação sanguínea que leva nutrientes e oxigênio a todas as partes do corpo. Sendo assim, os riscos das cirurgias nesse importante órgão trazem preocupação aos pacientes e familiares. Foi para resolver essa problemática que o Dr. Robinson Poffo viajou à Alemanha, onde teve contato com a técnica de cirurgia cardíaca minimamente invasiva.

Incisão na lateral do abdômen permite o procedimento

Investigação personalizada

“Para que possamos operar, é necessário que o sangue seja desviado para uma máquina. Isso é feito através de outra pequena incisão na virilha”, acrescenta o cirurgião cardíaco que atua em Joinville. O médico lembra que, em 2006, descreveu uma cirurgia inédita, em que a incisão foi feita na região do mamilo, ideal para pacientes preocupados com a cicatriz.

De acordo com o cirurgião cardíaco, são possíveis vários tipos de cirurgias. No entanto, para que o paciente possa ser submetido a este tipo de procedimento, é necessário fazer uma investigação criteriosa e individualizada.

Na ocasião, a equipe realizou a primeira cirurgia de troca de válvula mitral utilizando a técnica vídeoassistida no Brasil, fato relatado na revista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, em 2007.

Como o desvio do sangue é realizado pela circulação periférica, pacientes com problemas nessas áreas devem ser bem investigados. O cirurgião alerta também que o método não é favorável aos pacientes com grandes deformidades da caixa torácica, pois dificulta a movimentação dos instrumentos dentro do tórax.

Concluída a averiguação, o paciente pode ser submetido a cirurgias de válvulas cardíacas, correção de arritmias, alguns tipos de cardiopatias congênitas, tumores cardíacos e casos selecionados de insuficiência coronariana – pontes de safena.

Menos trauma, menos riscos Para Dr. Robinson, a cirurgia cardíaca minimamente invasiva agride menos o organismo e reduz os riscos cirúrgicos como sangramentos e infecções, além de menos dor pós-operatória. Quanto menor o trauma cirúrgico, melhor a recuperação do paciente. “Na cirurgia convencional, em que há a abertura do osso do peito, o paciente leva de 7 a 10 dias para receber alta e demora entre 30 a 45 dias para voltar às atividades habituais, como, por exemplo, dirigir. No caso da minimamente invasiva, o paciente normalmente tem alta hospitalar em quatro ou cinco dias e, em aproximadamente 15 dias, já tem condições de ter suas atividades habituais retomadas”, compara.

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Limitações Com aproximadamente 450 pacientes operados, a técnica esbarra nas limitações profissionais e também no ambiente hospitalar. Dr. Robinson ressalta que o hospital deve estar equipado para este tipo de procedimento e a equipe deve estar treinada para atenuar os riscos cirúrgicos. “A técnica não é uma simples modificação no procedimento, mas, sim, uma nova abordagem, que evolui com o passar do tempo. Com a incorporação de outras tecnologias ao procedimento, conseguimos incisões de dois a três centímetros, principalmente quando associado ao uso de equipamento robótico”, relata. Tanta inovação encarece a cirurgia em torno de 50% comparada ao método convencional. Contudo, Dr. Robinson garante que o investimento é compensado pelo tempo curto de internação na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).

Popularização Segundo Dr. Robinson, desde que a técnica foi implantada no Brasil, ele já treinou aproximadamente 100 cirurgiões cardíacos. “Meu sonho é que este procedimento possa ser aplicado na maioria dos hospitais brasileiros. Para tal, são necessários investimentos pessoais, através de formação curricular na área e investimentos dos hospitais, proporcionando o ambiente ideal para a realização segura deste procedimento”, conclui.

MAIS INFORMAÇÕES Dr. Robinson Poffo CRM 9624 (47) 3423-0310


Sexualidade

Primeira vez: uma decisão importante

A

Bonco de imagens

sexualidade, principalmente na adolescência, ainda é um tema rodeado de tabus. Mesmo estando explícito em programas de televisão, músicas e revistas, o assunto ainda gera controvérsias e é abordado com certo cuidado pela sociedade. Para a ginecologista e obstetra Fabiana Santos Troian, o principal foco quando o assunto é sexualidade na adolescência é o diálogo entre os pais e os jovens. As orientações preconcebidas voltadas somente para o aspecto biológico, como gravidez e DSTs, gerando um aspecto negativo, não funcionam com os adolescentes. “A orientação tem que ser generosa, abrindo possibilidade de conversa sobre os medos, as mudanças físicas e psicológicas desta fase, o prazer, o envolvimento emocional e o respeito pelo próprio corpo e pelo corpo do outro. Discussões sobre o que é ser homem e ser mulher nos dias atuais”, afirma a ginecologista.

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Atualmente, os jovens iniciam a atividade sexual mais cedo, com média entre 14 e 15 anos para ambos os sexos. Segundo a ginecologista, não existe uma idade definida para iniciar as orientações, mas ela acredita que na pré-adolescência (entre os 9 e 10 anos), os jovens estão mais próximos dos pais e, abertos a escutar as orientações que partem deles. “Existe o mito de que falar sobre sexualidade estimula o início precoce da mesma. Pelo contrário, os jovens que têm informações seguras, e de alguém que eles amem e confiem, acabam iniciando a vida sexual mais tarde”, argumenta.

meira consulta já pode acontecer no início do aparecimento dos caracteres sexuais secundários, que na menina geralmente é quando crescem as mamas e nos meninos os pêlos pubianos. Dra. Fabiana explica que a primeira consulta com o ginecologista gera muita ansiedade, tanto nas meninas como nas mães.

Antes de iniciar ativamente a vida sexual, é importante que os jovens estejam bem orientados a respeito do assunto. Para a ginecologista, a pri-

“É muito importante que a adolescente concorde com a consulta, pois existe muito medo e vergonha deste corpo em transformação. Tenho

orientado para que os meninos consultem um pediatra que trabalhe com adolescentes”, diz a médica. O profissional tem que estabelecer um bom vínculo com o adolescente para que este se sinta seguro, reitera a médica. “O exame físico é importante. Nas meninas que ainda não têm relações sexuais, geralmente só é realizado o exame de genitália externa. Mesmo assim, elas devem ser orientadas previamente e concordar com o exame”, assegura.


Daniel Zimmermann

MAIS INFORMAÇÕES Dra. Fabiana Santos Troian CRM 8615 (47) 3322-5941

Quando começar a vida sexual Começar a vida sexual não é uma decisão fácil. Exige muita responsabilidade. Para Dra. Fabiana, é ela quem rege essa fase da vida. Muito mais do que a idade cronológica, é importante, conforme aponta a especialista, que exista a possibilidade de assumir a sexualidade de forma segura e responsável. “Aqui entra a capacidade de uma boa escolha, baseada em múltiplas orientações. O jovem será capaz de assumir a responsabilidade pelo início da atividade sexual? Está usando algum método seguro de proteção contra DST e gravidez? Onde acontecerá a primeira relação? E com quem? A decisão pelo início da atividade sexual é pessoal, mas vários pontos têm que ser abordados para que esta escolha seja coerente. Apesar de os jovens terem muitas fontes de informação sobre o assunto, ainda nos deparamos com altos índices de gravidez na adolescência e o aumento de DSTs nesta faixa etária”, conclui. Para a especialista, o que muitas vezes falta é a possibilidade de o jovem compartilhar com um adulto de confiança o início da atividade sexual. Para que este adulto possa lhe orientar e acolher suas decisões de forma certa.


Cotidiano

Cores influenciam na vida das pessoas Banco de Imagens

Beatriz Gaviolli beatriz@mundieditora.com.br

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e você parar para pensar, tudo em sua volta possui uma coloração. Segundo os especialistas, as cores influenciam de forma direta a vida e o comportamento das pessoas. As cores remetem às emoções e são responsáveis por determinadas reações. De acordo com a psicóloga Sionára Bodanese Wouters, existem vários exemplos da influência das cores na vida das pessoas.

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No interior de aviões, por exemplo, são usados tons que vão do azulclaro ao verde-claro não só pelo efeito tranquilizante, mas porque essas duas cores criam a impressão de maior espaço. Comprovou-se que o amarelo e o vermelho carregados, se intensamente usados em locais de trabalho ou refeição, provocam distúrbios estomacais. Assim são bastante utilizados em fast-foods, onde as pessoas não conseguem permanecer por muito tempo por causa das

cores fortes do ambiente e acabam comendo rapidamente para liberar lugares para outros. Operários encarregados de remover de um lugar para outro caixas de igual peso, mas pintadas ou de amarelo-claro ou de marrom-escuro, preferiram, na maioria, remover primeiro as pintadas de amarelo, por lhes parecer mais leves. A ponte de Londres sempre foi palco de grande número de suicídios, todavia, depois que sua cor tradi-


cional (entre o chumbo e o preto) foi substituída por verde metálico, esse número diminuiu em dois terços. “Foi a partir dessas constatações sobre a influência das cores que o seu uso nos ambientes de trabalho e nos processos terapêuticos adquiriu importância e ganhou espaço”, explica a psicóloga.

De acordo com a especialista, a relação entre as cores e o ser humano já está presente nas crianças que, a partir do sexto mês de vida, percebem cores brilhantes e reagem a elas. “Dessa idade até um ano, a maioria das crianças é atraída pelo vermelho e pelo amarelo puros. Entre os três e os cinco anos, idade em que o pensamento infantil tende à globalidade, a cor atrai mais do que a forma, especialmente as cores puras, pois o gosto pelas tonalidades mais suaves só aparece mais tarde”, explica a psicóloga.

Daniel Zimmermann

Recentes pesquisas realizadas na Europa e nos Estados Unidos demonstraram haver relação entre a preferência por algumas cores e algumas características das pessoas. “Segundo esses estudos, as cores frias atraem mais as pessoas reservadas, com limitações quanto à adaptação ao meio e a situações novas, mais inibidas na expressão de seus sentimentos e que, na relação sujeito-objeto, enfatizam o sujeito. Seriam pessoas

interiormente integradas”, explica Sionára. Segundo ela, por outro lado, pessoas com preferência por cores quentes possuem grande facilidade no estabelecimento de contatos sociais, evidenciam forte carga emocional e acentuada afetividade.

Psicóloga estuda a reação das pessoas às diferentes cores


Cotidiano As cores na publicidade Daniel Zimmermann

Não é apenas na vida das pessoas que as cores exercem influência. Publicidade e propaganda também utilizam, e muito, as cores como técnica de comunicação. “A publicidade, como técnica de comunicação e ferramenta do marketing que é, se utiliza de diversos mecanismos para despertar a atenção, a persuasão e a fixação da mensagem que difunde”, explica o publicitário Roger Pellizzoni. Segundo ele, a cor é um dos recursos mais importantes da mídia, não apenas por alcançar o objetivo de despertar a atenção, mas, de forma mais sutil, auxilia na identificação e persuasão do público com a marca ou mensagem do anunciante. “Além disso, as cores exercem a influência subliminar de reforçar o sentido e a intenção da mensagem”, afirma. Roger esclarece que a escolha por uma cor – ou combinação de cores – parte, primeiramente, da necessidade de identificar-se, de distinguir-se das demais empresas concorrentes. “Quanto maior e mais competitivo for o segmento em que uma empresa atua, mais importante é a tomada desta decisão”, afirma. A definição passa pela análise de diversos aspectos, desde um estudo sobre o próprio segmento de atuação da empresa ou da categoria a que pertence o produto que fabrica. Muitas vezes, esses produtos já possuem uma ‘família de cores’ que os representam (como achocolatados, por exemplo, que usam o azul, o vermelho e o amarelo associados ao marrom e ao branco). Leva-se em consideração também avaliações estratégicas de posicionamento junto a um determinado perfil de público. “Trata-se de um estudo bastante intenso, preferencialmente sustentado por pesquisas para que o resultado seja alcançado ou, pelo menos, não venha a ser prejudicado”, diz o publicitário.

Roger Pellizoni

Para cada segmento, há um determinado conjunto de cores. Os segmentos com maior poder anunciante, como o de alimentos, o de telecomunicações e o financeiro, pela exposição que têm, acabam impondo uma presença mais massiva de algumas cores na mídia e no espaço urbano, como o azul, o vermelho e o amarelo. Atualmente, segundo Roger, há uma forte influência da moda na escolha do uso das cores e no design gráfico. “Isso pode ser perfeitamente aceito, principalmente se os produtos ou marcas anunciados tiverem relação, ainda que indireta, com este segmento. No entanto, é importante aprofundar a crítica, para que não se cometam equívocos que acabem prejudicando o processo de comunicação e de assimilação da mensagem”, finaliza.


Sustentabilidade

Divulgação

Construção civil busca menor impacto ambiental

Loja em Niterói foi a primeira a receber a certificação Aqua

S

e a questão da sustentabilidade vem ocupando cada vez mais espaço nos países em desenvolvimento, as certificações em prol do meio ambiente surgem para tornar mais claros os procedimentos e o uso de materiais. A construção civil é um dos maiores responsáveis pela emissão de gases poluentes durante toda a cadeia de produção. Segundo o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), a construção civil consome de 40% a 75% dos recursos naturais extraídos do Planeta, desconsiderando água e energia. De acordo com a arquiteta Silvana Silvestre e a engenheira civil Sherlana Reis, que atuam juntas há 10 anos, é longa a cadeia produtiva para chegar a uma edificação sustentável. É preciso que em todo o processo exista comprometimento de todas as partes

envolvidas, desde os que estão diretamente ligados ao empreendimento, como os que estão no fornecimento da matéria-prima necessária para a construção. Atualmente, muitos empreendimentos ditos sustentáveis não demonstram a eficiência das práticas adotadas. Ter qualidade ambiental significa preocupação com o impacto causado no local e redondezas, sem abrir mão do conforto e saúde dos usuários. É ter a garantia de redução no desperdício de água, energia e boa gestão de resíduos desde o projeto, passando pela execução, uso e operação do empreendimento. Para garantir mais qualidade, eficiência e sustentabilidade – tema que está baseado no tripé social, econômico e ambiental – foi lançado no Brasil, em abril

de 2008, o sistema Alta Qualidade Ambiental (Aqua), o primeiro certificado adaptado à realidade brasileira. O processo é fundamentado no sistema francês Haute Qualité Environnementale (HQE), mas adota critérios próprios e incorpora normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Para Silvana, que concluiu Curso de Formação de Auditores Aqua pela Fundação Vanzolini, em São Paulo, o principal diferencial do processo é a clareza na metodologia aplicada nos referenciais. “A interpretação e adaptação ao Brasil permitem que o profissional da arquitetura e engenharia possa fazer uso de soluções próprias de projeto e não soluções aplicadas na realidade de outros países, o que incentiva todos a pensar e agir de forma sustentável com valores arquitetônicos locais”, afirma.

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SEU PLANO

SUA VIDA

Universidade As empresas estão percebendo – cada vez mais – a necessidade de contribuírem de maneira mais adequada e incisiva com o conhecimento, não só dos seus colaboradores, mas de todas as partes interessadas no negócio. Nesse passo, com o intuito de fomentar o desenvolvimento das pessoas e das organizações, a Unimed Blumenau criou a Universidade Corporativa, que tem o compromisso de ser um instrumento de disseminação de diferentes aspectos cognitivos a todos os públicos que envolvem o negócio da Unimed. Além de se pautar pela proatividade e pela acessibilidade, visando, sempre, a difundir a cultura da organização. Entre as ações previstas, podemos salientar os cursos de Educação Continuada para Cooperados e Colaboradores e as reuniões do Núcleo de Integração com os Cooperados (NIC), que se caracteriza por ser um espaço de discussão e estudos, com o escopo de propor ações que possam contribuir para a administração e, criando, assim, valores para a Cooperativa, os cooperados, os parceiros e os clientes. A segunda turma do MBA em Gestão Hospitalar no Sistema Unimed e a primeira turma de MBA em Gestão e Liderança trazem à tona a preocupação com a formação efetiva dos integrantes. Investimos também em capacitação e eventos, merecendo abordagem especial a Semana da Mulher, que tratou de temas importantes, como o Câncer de Mama, a sexualidade e o parto humanizado. Além disso, foram realizados diferentes workshops, tais como “Mulheres na cozinha”, “Cuidados com a pele” e “Maquiagem”. Nota-se, portanto, uma preocupação perene da Unimed no que toca à promoção da saúde e do bem-estar de todos os seus clientes.

Renata Costa Basílio Setor de Educação Corporativa da Unimed

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Sustentabilidade Da habitação às arenas esportivas A certificação é concedida através de auditorias independentes e presenciais, garantindo aos investidores a aplicação correta dos recursos. Por ser adaptada às normas brasileiras, evita que os projetos sejam feitos de acordo com prescrições de outros países, assegurando maior eficácia nos desempenhos.

com o meio ambiente, as orientações dos referenciais podem ser seguidas. “Os referenciais fornecem parâmetros que devem ser analisados e atendidos de forma a minimizar os impactos do edifício sobre o ambiente externo e garantir um espaço interno sadio e confortável”, define a arquiteta.

A releitura do processo foi feita pela Fundação Vanzolini e por professores do departamento de engenharia da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Entre as características está a exigência de desempenho avaliado como bom, superior ou excelente em 14 categorias relacionadas à qualidade ambiental do edifício.

O selo Aqua é certificado em três etapas, sendo necessária a aprovação de cada uma das fases para seguir adiante. Ele inicia pelo Programa, que é a definição das necessidades e o desempenho do projeto. A fase seguinte é a Concepção, que consiste na análise do projeto a ser executado, podendo, nesta fase, serem corrigidos alguns parâmetros que não estejam de acordo com os critérios estabelecidos. Por último, a Realização, quando o canteiro de obras é analisado na prática.

Com o intuito de contemplar o maior número de construções, os referenciais técnicos relativos ao Aqua estão dispo“Em todas as etapas, níveis para edifícios “Em todas as etao empreendimento do setor de serviço, pas, o empreendihotéis, habitações mento passa por passa por auditorias coletivas e conjunauditorias presenpresenciais para tos habitacionais ciais para receber e, o mais recente, da receber a certificação afasecertificação arenas e complexos em questão”, da fase em questão” explica Silvana, que esportivos multiusos, lançado em acaba de finalizar a maio 2010. Ele visa à Copa do Munespecialização em Arquitetura Sustendo de 2014 e às Olimpíadas de 2016, tável: Conservação e Uso de Recursos proporcionando, além da redução do Naturais. De acordo com a especialista, impacto ambiental, a economia de até a rigidez nesta análise é grande e a ava50% no consumo de energia elétrica e liação começa desde o primeiro passo. de água. “No caso de um canteiro de obra insustentável, a obra não certifica”, garante. Em prática O Aqua refere-se a um processo de gestão do projeto e pode ser usado em novos empreendimentos ou na reabilitação de outros. “Antes de tudo, é preciso ter em mente os R’s: Reutilizar, Reciclar e Reabilitar”, afirma Silvana, lembrando que é fundamental fazer uma análise que identifique os critérios a serem priorizados para a certificação. Para o empreendedor que não busca a certificação, mas se preocupa

A busca pelo certificado exige maior investimento de tempo. O planejamento é peça fundamental para alcançar o êxito. A qualidade ambiental do edifício deve contemplar quatro bases que se dividem em eco-construção, eco-gestão, conforto e saúde. Em cada uma destas, são adotados critérios, contemplando 14 itens, que avaliam a gestão ambiental da obra, as especificações técnicas e arquitetônicas.


Bom para todos

De acordo com a Fundação Vanzolini, entidade responsável pela aferição e

emissão do certificado no Brasil, até janeiro de 2010, 14 processos foram iniciados, sete certificados foram emitidos na fase de Programa/Concepção e apenas um foi certificado em todas as fases. A Loja Leroy Merlin, de Niterói, no Rio de Janeiro, especializada em materiais de construção, foi a primeira loja do varejo a receber a certificação, em outubro de 2009. A obra levou 130 dias, mas teve a duração de oito meses para ter êxito em todas as fases para a certificação. A Fundação Vanzolini aponta que a média mundial de custo adicional para a construção sustentável em relação à convencional, incluindo todas as fases e o processo de certificação, é de 5%. O tempo de retorno deste investimento é de dois a cinco anos. O valor da certificação, já inclusos nos 5%, pode chegar a 0,15% do custo da construção.

Daniel Zimermann

Silvana aponta que os benefícios se estendem a todos que estão envolvidos: desde quem trabalha na concepção até aqueles que usarão o prédio. O empreendedor ganha em diferencial e marketing. O usuário terá um ambiente com mais conforto e melhores condições de saúde. Mas, o principal ganho é o socioambiental. “Uma edificação certificada no processo Aqua prova, por meio de auditorias, que foi projetada e realizada com baixo impacto ambiental, consequentemente, garante uso racional de energia e água, menos emissão de poluentes e gases do efeito estufa e resíduos”, afirma a arquiteta. Além disso, o selo garante a gestão de riscos naturais, menor impacto à vizinhança e melhores condições de trabalho.

Silvana e Sherlana


LIVROS

INDICADOS

1808

Paulo Sérgio Almeida Cliente Unimed desde 02/02/1996

A Lição Final “Quando Randy Pausch, professor da Carnegie Mellon University, subiu ao palco diante de um público de 400 pessoas para apresentar sua palestra de despedida, ele não havia pensado em falar sobre sua morte. Diagnosticado com um câncer terminal de pâncreas, ele queria falar sobre a vida, sobre tudo aquilo que mais estimava. Neste livro, Randy Pausch combina humor, inspiração e inteligência numa lição surpreendente, uma história de coragem, alegria de viver e sonhos realizados. Uma herança generosa e otimista para futuras gerações”.  Mara Rúbia Jansen Goede Monitora Recepção da Internação – Unimed Unidade Timbó

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cuidados odontológicos começam na gestação Daniel Zimermann

“A obra de Laurentino Gomes trata da fuga da rainha e do príncipe D. João VI de Portugal para o Brasil, em 1808. Conta com muitos detalhes as mudanças provocadas no Brasil com a chegada da família real portuguesa e a influência que os costumes e as maneiras trazidos por ela e por toda comitiva produziram na nossa cultura. É uma história fascinante que merece ser lida por todos aqueles que se interessam e queiram entender um pouco mais sobre as coisas do Brasil”.

Artigo

N

o decorrer das últimas duas décadas, a odontologia passou por inúmeras mudanças. A principal delas foi a adoção de uma filosofia preventiva, com o objetivo de se alcançar uma saúde bucal perfeita.

a perceber que quanto mais cedo isto ocorresse, maiores as possibilidades de, no futuro, terem uma saúde bucal perfeita. Pacientes com idades entre seis e nove meses, tornaram-se rotineiros nos consultórios odontológicos.

O dentista redefiniu seus padrões de atendimento, preocupando-se não mais com o material a ser utilizado para restaurar um dente cariado, mas, sim, em como evitar o desenvolvimento da cárie dentária. Nesse aspecto, a prevenção é o fundamento básico da odontologia moderna.

Todavia, pairava no ar a seguinte questão: Por que não atuar de forma mais precoce ainda, envolvendo não apenas o bebê, mas a gestante?

A atuação do cirurgião-dentista passou a ser mais ampla e precoce. Com esse intuito, foram dados os primeiros passos em busca de um futuro cada vez mais saudável. Por conseguinte, a odontologia, especificamente a odontopediatria, voltou suas atenções para a primeira infância (zero a três anos de idade), com fins à promoção da saúde. Aqueles pais que antes só procuravam o dentista quando o filho tivesse quatro ou cinco anos de idade, começaram

Buscava-se atingir o ideal. A prevenção começaria no útero, sendo a futura mamãe a peça fundamental de todo esse processo. Estabelecia-se a odontologia intra-uterina ou odontologia para gestantes. Tornou-se cada vez mais comum o trabalho em conjunto de odontopediatras, obstetras, neonatologistas e pediatras, com o intuito de promover a saúde global do binômio mãe/filho. É sabido que o desenvolvimento da cavidade oral da criança inicia-se intrauterinamente, nas primeiras semanas após a concepção. Por esse motivo, a


FILMES

INDICADOS

gestante deve ter uma dieta equilibrada (nesse período é comum as mamães terem os conhecidos “desejos”, o que, em muitos casos, leva a um aumento exagerado do consumo de açúcar) e uma higiene oral adequada, além de uma perfeita saúde geral. É fato rotineiro as gestantes nos procurarem dizendo que durante a gestação “seus dentes tornaram-se mais fracos e quebradiços” e “as gengivas começaram a sangrar de forma espontânea”. Devemos informá-las que, comumente, estes fatos são decorrentes de uma higiene bucal deficiente aliado à alimentação inadequada e que, durante o período gestacional, a visita ao dentista não deve ser relegada ao segundo plano. Em muitos casos, as gestantes deixam de ir ao consultório odontológico rotineiramente (em algumas regiões, existe a cultura popular de que a gestante não pode “tratar dos dentes” por ser perigoso – o que não é verdade). Muitas vezes, os famosos “desejos” levam a um maior consumo de carboidratos e açúcar, na forma de bolos, doces, biscoitos, balas, chocolates, entre outros. Essas guloseimas, por serem consumidas com frequência, ocasionam a queda do pH bucal, contribuindo para a formação da placa bacteriana e, ao mesmo tempo, propiciando o ambiente adequado para o desenvolvimento de bactérias cariogênicas e, consequentemente, novas lesões de cárie. Portanto, é muito importante para a saúde de mãe e filho a adoção de uma dieta equilibrada, contendo todos os nutrientes (vitaminas, sais minerais, cálcio, proteínas etc) que propiciem a formação e o correto desenvolvimento do bebê. Outro aspecto a ser destacado para a obtenção de uma saúde bucal adequada diz respeito à higiene bucal. É de suma importância uma escovação correta, bem como a utilização do fio

Escritores da Liberdade

dental. As pastas de dentes presentes no mercado são de excelente qualidade e contém flúor em sua composição. Quanto à escova dentária, deve ter a cabeça pequena e as cerdas macias, permitindo a escovação de todos os dentes e, ao mesmo tempo, massageando a gengiva. É importante que o dentista oriente quanto à técnica de escovação correta e uso do fio dental. Caso sejam observadas áreas de sangramento quando da escovação, estes sinais podem ser indicativo de uma gengivite de grau leve, devendo a gestante procurar o dentista. Com relação à realização ou não de tratamento durante a gravidez, é lícito afirmar que independente do mês, a gestante poderá receber tratamento odontológico durante qualquer período gestacional, muito embora o segundo e terceiro trimestres sejam os ideais devido à maior estabilidade. Claro que alguns cuidados devem ser observados. Por exemplo, sendo necessário o exame radiográfico, o mesmo deve ser realizado observando as normas de proteção (uso de avental de chumbo, protetor de tireóide etc). No primeiro trimestre da gravidez, não é recomendável a execução de exame radiológico. Portanto, faz-se necessário o atendimento multidisciplinar, com o cirurgião-dentista (odontopediatra ou não) atuando em conjunto com o obstetra, fornecendo informações à futura mamãe. Principalmente em relação a orientações quanto à dieta, higiene bucal, uso racional do flúor, amamentação, importância dos dentes decíduos (dentes de leite) e primeira visita do bebê ao dentista, redefinindo os padrões de atendimento em um contato preventivo amplo. Andrigo Beber Odontopediatra e ortodontista

“O filme trata de uma história envolvendo adolescentes criados no meio de tiroteios onde uma professora oferece o que eles mais precisam: uma voz própria. Trabalhando nesta escola corrompida pela violência e tensão racial, a professora Erin Gruwell luta para que a sala de aula faça a diferença na vida dos estudantes. Contando suas próprias histórias e ouvindo as dos outros, uma turma de adolescentes supostamente indomáveis vai descobrir o poder da tolerância, recuperar suas vidas desfeitas e mudar seu mundo”. Elfi Wehmuth Cliente Unimed desde 1º/07/1991

Seabiscuit Alma de Herói “Durante a revolução tecnológica dos anos 30, um empresário falido, um adestrador desempregado e um jóquei indisciplinado se uniram em torno de um cavalo chamado Seabiscuit que, apesar de ser um purosangue, era considerado pequeno demais para as corridas. Ao competir, o cavalo mostra grandes qualidades e excelente desempenho, surpreendendo a todos. O filme traz a mensagem de que todos merecem uma segunda chance e que não devemos desistir na primeira queda”. Renato Clóvis Grisang Assistente de Relacionamento com a Rede Prestadora / Unimed

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Viagem

Sonho realizado em Compostela Fotos Divulgação

Dr. Itamar e a professora Gladys durante a peregrinação a Santiago de Compostela

L

ongas caminhadas são as atividades favoritas do nefrologista Itamar de Oliveira Vieira. Em abril, o cooperado e a esposa Gladys foram longe e realizaram o sonho de concluir o Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha. Foram 788 quilômetros de caminhada percorridos em 29 dias. Dr. Itamar conta que se prepararam nas trilhas do circuito do Vale Europeu e também foram de Brusque ao Santuário de Santa Paulina, em Nova Trento, a pé. “Nunca havíamos tirado férias longas como essa, mas queria muito conhecer o País, entrar em contato com a natureza e com as pessoas. É muito melhor do que ficar em hotel e visitar pontos turísticos”.

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Caminho de pedras Com a mochila nas costas, o casal começou a aventura em Saint Jean Pied Port, para subir as montanhas dos Pirineus – cordilheira que divide a França da Espanha. O cooperado lembra que os três dias seguintes foram de muita descida. “A impressão é que descer é mais difícil do que subir. O joelho pode sofrer com a caminhada e o chão é cheio de pedras. Se nesses três dias correr tudo bem, o resto do caminho será tranquilo”, afirma. Contudo, nem a descida íngreme, nem a mochila pesando ou a brusca variação climática impediram o casal de aproveitar a peregrinação ao máximo. “Presenciamos todas as estações do ano em um mês: pegamos dias com chuva, calor e neve. No entanto, a natureza da região é linda”, descreve. De acordo com Dr. Itamar, parte da paisagem é formada por campos verdes de trigo e cevada. Pelo caminho também contemplaram igrejas centenárias, pontes romanas e até um palácio construído pelo arquiteto espanhol Antoni Gaudí.


O depósito de pedras

Pássaros aninhados na torre

O médico com o grupo de crianças que fazia trabalho escolar

Cruz de ferro O dia a dia do peregrino começa cedo. Às 6h, o casal já estava com o pé na estrada. Às 8h, faziam a primeira parada para o café com tortilha e andavam até as 14h, quando paravam para tomar sopa. Caminhavam mais um pouco, até as 16h, hora de se instalar em um albergue da cidade mais próxima. Dr. Itamar conta que, mesmo cansados, lavavam as roupas e saiam para visitar as atrações da cidade. “O jantar é a refeição mais completa do dia, com direito a sobremesa e vinho tinto. Os pratos eram sempre feitos com frutos do mar, tradicional na região”, recorda.

Das cidades por onde passou, o médico conta que Santo Domingo de La Calzada e Burgos são as mais bonitas. Durante a jornada, Dr. Itamar colecionou momentos inesquecíveis, como quando chegou à Cruz de Ferro – onde os peregrinos depositam uma pedra que carregam durante todo o percurso. Especiais também são as pessoas que o casal encontrou pelo caminho. Vindas de todos os cantos do mundo, cada uma delas estava lá por uma razão íntima. “Cruzamos com um grupo de crianças que fazia um trabalho de escola. Foi divertido porque queríamos praticar o espanhol com eles e o grupo queria praticar inglês conosco”.


Viagem Fotos Divulgação

Caminho entre o bosque

Herança romana nos caminhos de Compostela

Campo de estrelas Conta-se que Tiago, um pescador que vivia à margem do Lago Tiberíades, atendeu ao chamado de Jesus para ser um dos 12 apóstolos. Depois dos eventos da morte e da ressurreição de Cristo, Tiago foi pregar na Galícia, extremo-oeste da Espanha, então Província Romana. Ao voltar à Jerusalém, foi preso e decapitado. Dois de seus discípulos, Teodoro e Anastácio, recolheram o corpo de Tiago, levaram-no de volta à Galícia e o sepultaram secretamente em um bosque.

Natureza e monumentos

Viagem de aniversário Para Dr. Itamar, a viagem foi tão gratificante que a fará novamente em setembro do próximo ano, quando completará 60 anos. O destino será o mesmo, Santiago de Compostela, mas, dessa vez, fará o caminho português, que começa em Porto. Enquanto o aniversário não chega, o cooperado caminha por aqui e registra tudo em seu blog: caminhante51. blogspot.com.

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O lugar foi esquecido até que oito séculos depois um ermitão chamado Pelágio observou chuvas de estrelas sobre um ponto no bosque. Quando escavações foram feitas no lugar, os ossos do apóstolo Tiago estavam lá. A notícia se espalhou e pessoas começaram a peregrinar para lá a fim de conhecer a tumba, originando-se o Caminho de Santiago de Compostela. Uma singela capela foi construída ao mesmo tempo em que uma cidade chamada de Compostela (Campo de Estrelas) era erguida em torno do bosque. Atualmente, uma bela catedral recebe os peregrinos que chegam ao lugar a pé, de bicicleta ou a cavalo, através dos diversos caminhos que levam à Compostela.




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