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Jul/Ago 2011
Autoconhecimento para saber o que nos deixa feliz Ê o primeiro passo para alcançar o sonho de todo ser humano
em busca da felicidade
ÍNDICE Veículo de Divulgação da Unimed Blumenau - Cooperativa de Trabalho Médico.
CONSELHO EDITORIAL Dr. Alfredo Nagel Dr. Cleonildo de Oliveira Dr. Fernando Sanches Dr. Jauro Soares Dr. Odilon Ascoli Dr. Roberto A. Moreira Dr. Rodrigo Vanzelli Luiz Mund
04 EM FOCO Atenção à Saúde atende em novo endereço 06 PÁGINAS VERDES com o psicólogo Claudemir Casarin 13 NOSSA GENTE com Luciano Gomes Silva 18 SEGURANÇA Visões de como se defender da violência 20 HIPERTENSÃO Os cuidados que todos devem tomar 22 NEUROLOGIA Verdades sobre a paralisia cerebral 28 INVERNO Como prevenir-se da sinusite 30 PSORÍASE Enfermidade atinge pele, articulações e olhos 33 SOPREPESO Cirurgia só em último caso 36 PLANO DE SAÚDE Como autorizar procedimentos médicos
EDITOR-EXECUTIVO Sidnei dos Santos - Palavra Escrita Ltda ME sidnei@mundieditora.com.br
Fotos Banco de Imagens
REPORTAGEM Francielle de Oliveira e Iuri Kindler
GERENTE DE ARTE Rui Rodolfo Stüpp
FOTO DE CAPA Banco de Imagens
EDITORA-CHEFE Danielle Fuchs - Fuchs Editorial Ltda ME danielle@mundieditora.com.br
GERENTE COMERCIAL Eduardo Bellidio - 47 3035.5500 eduardo.bellidio@mundieditora.com.br
DIRETOR-EXECUTIVO Niclas Mund niclas@mundieditora.com.br CIRCULAÇÃO circulação@mundieditora.com.br SUGESTÃO DE PAUTA pauta@mundieditora.com.br
UNIMED BLUMENAU Rua das Missões, 455 • Blumenau/SC Fone: 47 3331.8500 • Fax 47 3331.8570 www.unimedblumenau.com.br Twitter: @unimedblumenau
HOSPITAIS UNIDADE CENTRO Neumarkt Trade & Financial Center, 5º andar • Blumenau/SC Rua Ingo Hering, 20 | Anexo ao Shopping Neumarkt Fone: 47 3037.8500 UNIDADE VILA NOVA Rua Almirante Barroso, 1159, Bairro Vila Nova • Blumenau/SC Fone: 47 3331.8700 UNIDADE TIMBÓ Rua Pomeranos, 3000, Bairro Pomeranos • Timbó/SC Fone: 47 3281.4000 SOS UNIMED Fone: 0800.6454747
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A constante busca das pessoas por uma vida feliz.
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Beleza e saúde durante e após a gravidez.
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Diabetes também atinge crianças e adolescentes
Editorial
A receita da felicidade Abordada a exaustão por filósofos antigos e estudiosos modernos a felicidade é tema instigante e recorrente da humanidade. Em seu livro “Arte da Felicidade” o líder tibetano e Décimo Quarto Dalai Lama budista chega a afirmar que “a busca da felicidade” é o objetivo da nossa vida. Portanto, existimos para tentar ser felizes. Nesta edição a revista Unimed mostra a opinião de especialidades a partir de pesquisa feita pelo projeto Focus da Furb, que revela que 90% dos blumenauenses se consideram felizes. Os estudiosos participaram inclusive de um ciclo de debates para destrinchar melhor o assunto. Não há, no entender de psicólogos e sociólogos, uma receita da felicidade. Mas é evidente que certos fatores provocam impactos positivos. A boa saúde é um deles. As pesquisas, de um modo em geral, também indicam que as pessoas que vivem em família são mais felizes que as solitárias. Outros trabalhos ainda revelam que a felicidade das pessoas independe do local em que vivem, se é frio ou quente, se são pobres ou ricas, negras ou brancas, se votam ou não. A felicidade é muito mais dependente de fatores internos como harmonia, estabilidade emocional e sensação de bem-estar do que de fatores externos, como a riqueza e acesso à tecnologia. Os cubanos, para se ter uma ideia, mesmo longe das novidades, modernidades e das urnas, já foram eleitos como os mais felizes do mundo. Enfim, neste assunto está provado que vale mais ser do que ter! Na busca da felicidade, destaque nesta edição também para a entrevista do psicólogo clínico Claudemir Casarin que fala da influência do modelo de relacionamento no trabalho na vida familiar das pessoas. Hoje, destaca, a maior parte das pessoas passa mais tempo nas empresas que no lar. Há uma inegável autoridade profissional que se sobrepõe à familiar. Por isto, recomenda, é preciso distinguir bem os papéis em cada momento. Tudo para ser feliz. Boa leitura
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EM FOCO
Daniel Zimmermann
cepas está em novo endereço
Unidade fica no número 131 da Rua Frei Fulgêncio, na Vila Nova Os pacientes de psicólogos, nutricionistas, fonoaudiólogos e de terapeutas ocupacionais, clientes de serviços de Atenção Domiciliar e de Medicina Preventiva da Unimed Blumenau agora são atendidos na Rua Frei Fulgêncio, 131, Bairro Vila Nova, no novo prédio do Centro de Promoção e Atenção à Saúde (Cepas). Todos os meses são atendidos mais de 1,7 mil beneficiários. O novo espaço, de 600 m², nove consultórios e 30 vagas de estacionamento, preparado para garantir o conforto e praticidade necessários para a realização de ações voltadas à promoção da saúde e à prevenção da doença, está aberto de segunda a sexta-feira, das 7h às 20h. O Cepas também coordena o Programa de Prevenção do Câncer de Mama, que registrou, no ano passado, 4.634 ligações completadas e 1.069 mamografias realizadas. O Centro ainda atendeu 130 beneficiários fragilizados e ministrou curso para 153 gestantes. Na equipe estão três enfermeiros, dois técnicos de enfermagem, uma médica, três assistentes administrativos, cinco psicólogos, dois nutricionistas, uma fonoaudióloga, um terapeuta ocupacional, um auxiliar de serviços gerais e uma coordenadora.
Unimed Vida faz ciclo de palestras Em 30 de maio, foram iniciados os Círculos de Pais do Projeto Unimed Vida, que tem como objetivo aproximar os pais dos alunos das escolas participantes com o Projeto, oportunizando a troca de experiências e diálogos sobre temas importantes para a família. Serão realizados três Círculos de Pais até setembro, em 10 das 40 escolas participantes do projeto, localizadas em áreas de vulnerabilidade social. É uma ação piloto que, tendo resultado favorável, será estendida a todas as escolas participantes do Projeto Unimed Vida 2012. Os temas trabalhados serão: Vamos conversar? (Educação Sexual); Ei, eu te conheço? (Drogas); Ação e Reação, uma conversa sobre análise de risco e prevenção de catástrofes. (Educação Ambiental e Prevenção de Acidentes). Profissionais e representantes da Defesa Civil vão trabalhar com as famílias estas temáticas. A primeira palestra ocorreu em 30 de maio, na EBM Annemarie Techentin, com o tema “Vamos conversar?”.
Cooperativa filia-se ao GRI Em 24 de maio, a Unimed Blumenau se filiou ao Global Reporting Initiative (GRI). Com a filiação, este ano, a Cooperativa desenvolverá seu primeiro Relatório de Sustentabilidade no modelo GRI, tendo por objetivo alcançar o nível C+. O relatório será enviado para a sede da GRI, na Holanda, para a verificação da metodologia, antes da publicação. De acordo com informações do GRI no Brasil, a Unimed Blumenau é uma das 200 empresas brasileiras, a terceira do Estado e a primeira Cooperativa catarinense filiada. A filiação é indicada pela Unimed do Brasil. GRI é uma entidade holandesa que faz pesquisas com empresas do mundo todo sobre práticas de sustentabilidade e transparência na prestação de contas com a sociedade, transformando os resultados em indicadores para as organizações. Eles servem para balizar pontos fundamentais que as empresas devem informar na prestação de contas de resultados.
Divulgação
Campanha ensina a lavar as mãos
Crianças aprenderam a higienizar as mãos O SOS Unimed realizou a 1ª Campanha de Higienização das Mãos, em 12 de maio, nas escolas EBM Annemarie Techentin e EEB João Durval Muller, integrantes do projeto Unimed Vida. A ação que teve como intuito explicar a higienização correta das mãos e a importância para a prevenção de doenças, envolveu cerca de 150 alunos, quatro professores, um motorista socorrista e uma enfermeira, promovendo ainda mais a aproximação da equipe do SOS com os alunos em uma situação diferenciada, sem ser relacionada a acidentes. A equipe conversou com as crianças e explicou quais doenças podem ser prevenidas ao se lavar corretamente as mãos. Como atividade prática, utilizaram a técnica de pintura das mãos com guache, para posterior lavagem correta.
PÁGINAS VERDES
com o psicólogo Claudemir Casarin
Daniel Zimmermann
“Estamos confundindo liberdade com quebra de regras e deveres”
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utor de vários artigos publicados no Brasil e no Exterior que envolvem temas como infância e adolescência, Claudemir Casarin é psicólogo clínico individual e grupal há mais de 15 anos. Em ações ativistas de classe é cofundador da Cooperativa de Psicólogos de Blumenau, da Comunidade Catarinense de Psicodrama (CCP), da fundação Unipsi, da qual foi presidente, além de ser cofundador e diretor da Companhia de Teatro Terapêutico de Blumenau.
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Revista Unimed: Como o senhor percebe os relacionamentos sociais e profissionais nos dias de hoje? Claudemir Casarin: Há muito tempo, deixamos de passar a maior parte do dia em casa. Nossa vida acontece no âmbito profissional. Tanto é que as empresas estão começando a se preocupar com isso e contratando profissionais de psicologia para tratar colaboradores dentro das empresas. A questão é que estamos passando mais tempo na companhia de colegas, conversando mais com eles do que com a família. Há uma inegável autoridade profissional que pesa nas decisões individuais. E, cada vez mais, os empreendedores entendem que os colaboradores produzem mais e melhor quanto mais estiverem bem física e psiquicamente. RU: Então os perfis profissional e pessoal estão sendo confundidos? Casarin: Somos uma única pessoa com diversos papéis. Papel de profissional, papel de pai ou mãe, papel de filho ou de filha, de marido ou de mulher. Porém, o papel mais atuante nos dias de hoje é o de profissional, que acaba se sobressaindo a todos os outros. RU: Isso é um problema? Casarin: Sim. A partir do momento em que nos submetemos aos deveres do trabalho e esquecemos dos deveres de pai, de filho ou de marido. Isso acontece em parte porque as relações de trabalho ocupam a maior par-
te do nosso tempo e possuem regras mais claras e objetivas. E quando vivemos para o trabalho perdemos a noção do quanto a família é importante para nos mantermos saudáveis. Quem tem uma vida social e familiar rica e diversificada está sempre melhor preparado para atingir os objetivos profissionais.
“Somos uma pessoa com diversos papéis. Papel de profissional, papel de pai ou mãe, papel de filho ou de filha, de marido ou de mulher” RU: E qual o resultado disso? Casarin: Estamos transpondo os consultórios para dentro das empresas, pois são elas as maiores interessadas, atualmente, em ter pessoas bem preparadas, tecnicamente e emocionalmente, para participar das equipes de trabalho. Como a minha preocupação maior nas empresas é a prevenção, tenho encontrado, naquelas que se preocupam com a saúde dos colaboradores, um espaço de atuação que por vezes leva à psicoterapia pessoas com sérios problemas de depressão ou alcoolismo, por exemplo, e que, por iniciativa própria, jamais procurariam um psicólogo no consultório particular por falta de tempo.
RU: Quais os principais fatores agravantes de conduta? Casarin: As pessoas se sentem cada vez mais inseguras e cobradas, inclusive por si mesmas. Tudo isso porque nós temos dois lados, o bom e o ruim, da chamada globalização. Por um lado, traz novas e maiores opções, oportunidades e facilidades. Por outro, estamos mais sozinhos fisicamente, tendo maiores dificuldades de relacionamento, o que propicia o surgimento de quadros depressivos de cunho social, familiar ou profissional. RU: Essas inseguranças podem levar à agressividade? Casarin: Não. Considero que a base da agressividade está na má educação. Quanto melhor somos educados, no sentido de capacitados a cuidar da nossa saúde e preparados para nos relacionar, menos insegura e agressiva será a nossa atuação no ambiente social ou de trabalho. Agressividade é uma forma de reação da natureza animal da pessoa que não foi suficientemente educada. Mas o ser humano tem a capacidade de evoluir. A concorrência na vida nos obriga a buscarmos crescer sempre mais. Inicialmente, somos todos animais e, como todas as outras espécies, passamos a vida sofrendo com a concorrência. Só que, diferente dos animais, nós temos o discernimento. Quem tiver uma base boa de educação não será agressivo, passando por cima de outras pessoas para buscar os objetivos. Irá, sim, trabalhar em grupos para ter conquistas em conjunto.
PÁGINAS VERDES
Banco de imagens
com o psicólogo Claudemir Casarin
RU: Isto é aplicável no trabalho? Casarin: Certamente. As pessoas mal educadas, ainda que bem preparadas tecnicamente, tendem a buscar o sucesso mais com agressividade do que companheirismo. Usam e abusam dos colegas e têm dificuldades em compartir e em trabalhar em equipe. Para subir na empresa, passam por cima dos colegas. Já as pessoas melhor preparadas, as mais educadas, buscam participar das equipes de trabalho e auxiliam seus colegas e superiores, pois sabem que seu sucesso depende do progresso de toda a empresa. São pessoas seguras de si e confiantes no grupo.Por isso tratar os problemas relacionais dos colaboradores na empresa inclui auxiliá-los para progredirem nas suas questões pessoais para que aprendam a comunicar-se melhor durante o trabalho. RU: O senhor também trabalha a educação infantil. O que tem a dizer sobre o bullying?
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Competitividade no trabalho transforma a vida moderna
Casarin: Tenho trabalhado muito com a prevenção do bullying, pois, tanto agressor quanto vítima, podem sofrer muito no futuro se não forem bem tratados. Hoje, as pessoas estão melhor informadas sobre o bullying. Pais e professores estão compreendendo melhor os perigos dessa prática e conscientizando as crianças de que uma brincadeira só é sadia quando as duas partes gostam. O maior perigo do bullying é uma criança aprender a ter prazer na dor de outra. RU: Como o senhor analisa o agressor e o agredido? Casarin: Percebo ambos como vítimas. O agressor não está tendo uma boa formação familiar, às vezes, apenas por desatenção dos pais, e poderá tornar-se um adulto agressor se medidas não forem tomadas. O agredido se sente sozinho e tende a tornar-se um adulto inseguro e depressivo se nenhuma providência for tomada por seus cuidadores.
RU: O bullying estava escondido pela sociedade? Casarin: No caso do bullying é preciso tratar também de forma rigorosa os participantes passivos, que assistem sem tomar nenhuma atitude, mas que também aprendem a sentir prazer na dor do outro. Nós, adultos, também temos de nos preocupar em não dar maus exemplos de conduta e em coibir as atividades sociais baseadas na díade prazer e dor, como as puxadas de cavalos ou farras de bois. Que exemplo damos aos nossos filhos quando nos divertimos sangrando um animal indefeso? Um grupo de pessoas sentindo prazer ao ver o sofrimento do outro ser. Isso é muito grave, mesmo sendo uma atividade tradicionalmente aceita. Tradição não quer dizer que é correto, logo mantendo essas tradições estamos reforçando às nossas crianças que o sofrimento dos outros é legal. É importante que algumas tradições deixem de existir.
“O agredido (vítima de bullying) se sente sozinho e tende a tornar-se um adulto inseguro e depressivo se nenhuma providência for tomada”
Daniel Zimmermann
RU: Estatuto da Criança e do Adolescente pode estar impedindo uma boa educação ao barrar certas ações por parte dos pais? Casarin: Jamais. O ECA é a lei mais extraordinária feita no Brasil, copiada por outros países, mas que a grande maioria dos brasileiros jamais parou para ler e entender. Muitos pais se perguntam onde estariam os deveres frente a tantos direitos, sendo a maior crítica que se tem ao ECA. Mas, é preciso entender que os deveres devem ser estabelecidos pelo responsável. Se o estatuto trouxesse os deveres, estaríamos impossibilitados de aplicar correções. Quem analisar o ECA, poderá perceber que ele defende pais e mães para educarem de uma melhor forma, impedindo, claramente, os abusos e agressões.
Psicólogo defende aplicação do ECA
Reportagem de capa
A busca pela felicidade Banco de imagem
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ara muitos, a felicidade consiste em adquirir bens materiais, ter um trabalho bem remunerado e ser reconhecido pelos talentos, ter uma família harmoniosa e gozar de boa saúde. A pessoa acredita que conquistar tudo isso é o suficiente para encontrar a felicidade. Também há aquelas que focam a vida em ganhar muito dinheiro, acreditando que, com isso alcançarão a felicidade. Mas, ser rico não quer dizer ser feliz. Uma pesquisa feita recentemente em Blumenau pelo projeto de extensão Focus, do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Regional de Blumenau (Furb), apontou que 90% dos blumenauenses se consideram felizes. O surpreendente e elevado índice de felicidade chamou a atenção de psicólogos, já que, cotidianamente, nota-se o sofrimento emocional e o crescimento do número dos transtornos psicológicos entre os blumenauenses. E foi devido ao resultado da pesquisa que a Setting Psicoterapias resolveu organizar a 5ª edição do Ciclo de Debates com o tema “Você é feliz?” O objetivo do debate, de acordo com a psicóloga e organizadora do evento Michele Schoenfelder, foi discutir assuntos relevantes para a sociedade, promover a saúde e a busca do conhecimento. “Trouxemos profissionais de áreas diversas, pois acreditamos na importância do investimento na multidisciplinaridade para garantir uma discussão cada vez mais rica”, destaca. “Foi uma palestra dinâmica e inteligente, com profissionais renomados e destaques nas áreas em que atuam”, acrescenta.
Saber o que nos deixa feliz é passo fundamental na busca pela felicidade
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O evento, que aconteceu no dia 27 de abril, na sede da Associação Empresarial de Blumenau (Acib), contou com os seguintes debatedores: doutor em Psicologia Carlos Roberto de Oliveira Nunes, doutor em Sociologia Luciano Felix Florit e o jornalista e
apresentador Raimundo Ribeiro Martins, que discorreram a relação entre dinheiro e felicidade; como ser feliz; e os limites entre prazer e felicidade. Michele explica que a felicidade é a grande busca do homem. Para alcançar tal fim é necessário saber do que se trata a felicidade, elemento tão próximo, mas, ao mesmo tempo, distante das pessoas. “A felicidade é um conjunto de fatores, a busca de um equilíbrio e momentos que acontecem no dia a dia. A busca da felicidade não pode ser focada num único elemento”, acredita.
Psicóloga Michele Schoenfelder coordenou o Ciclo de Debates
Psicologia O psicólogo Carlos Roberto de Oliveira Nunes diz que é preciso ter autoconhecimento e saber o que nos deixa feliz. Nem sempre o sonho é o componente da felicidade. “Precisamos saber aonde queremos chegar. Adote uma postura realista e procure no dia a dia elementos que te dão satisfação”, sugere. Segundo ele, nem sempre o que sonhamos pode ser o melhor para
nós. “Conheça o que te deixa feliz e deixe isso evidente em sua vida; já o que te deixa triste, tente modificar”, orienta. “Execute um planejamento de ações e pergunte: ‘o que eu preciso para ser feliz?’”. Em muitos casos, a pessoa já é casada, tem filhos, excelente vida profissional, dinheiro e não é feliz. “Felicidade também é reciprocidade e apoio uns aos outros”.
Daniel Zimmermann
Três palestrantes interagiram com o público no Ciclo de Debates
Reportagem de capa
Banco de imagem
Família bem estruturada é porto seguro em todas as classes sociais
Sociologia O sociólogo Luciano Felix Florit diz que todos almejam a qualidade de vida, mas, nem sempre, o bem-estar econômico traz felicidade. “Acreditamos que o crescimento econômico seria a mola propulsora para a felicidade, mas isso não é verdade, embora, a parte material tenha uma porcentagem nessa realização”. A casa nova e o carro zero-quilômetro acabam não tendo mais valor a partir do momento em que existem novos lançamentos, ou quando o amigo comprou o último modelo ou o vizinho reformou toda a residência. “As conquistas começam a perder a graça”, afirma.
Todas as pessoas têm um sonho, mas, quando o alcançam, voltam os olhos para outras que conseguiram um pouco mais que elas e se sentem frustradas, recomeçando a corrida por um novo sonho e assim por diante. Com isso, acabam não tendo muito tempo para comemorar as conquistas pelas quais tanto batalharam, sentindo-se infelizes novamente. Sobre a pesquisa da Furb, o sociólogo questionou: “Blumenau é uma cidade de desenvolvimento humano elevado e, se 90% da população é feliz, porque tem recorde de consumo de antidepressivos, como a fluoxetina?”
Para ele, a pesquisa não representa a realidade dos blumenauenses. A única análise que Florit conseguiu fazer é que, independente da renda das pessoas, fica claro que a família é um porto seguro diante das diferentes situações. Por isso, ela é avaliada como uma grande fonte de felicidade. Para ele, o resultado demonstra, sim, a sensação de segurança que o blumenauense tem no grupo familiar. “A felicidade é uma capacidade individual que vem de conquistas internas e habilidades psíquicas. O bem-estar depende de condições coletivas”, define o sociólogo.
Motivação De acordo com o jornalista e apresentador Raimundo Ribeiro Martins, apesar dos avanços científicos e tecnológicos, a humanidade ainda não conseguiu uma tecnologia de comportamento capaz de fazer a felicidade. “Felicidade não é algo que se conquista através de um esforço premeditado, mas, sim, é magia, encontro, e cada um pre-
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cisa estar aberto para ser feliz”, acredita. Martins explica que em cada fase da vida experimentamos um certo tipo de felicidade. “A pessoa feliz se encanta com a comida, objetos e tudo o que está ao redor. É a alegria de viver, que na nossa cultura se resume por vida profissional e
afetiva”, afirma. Ao contrário do psicólogo Nunes, ele acredita que é através do sonho que buscamos as realizações e, assim, “não podemos abandonar nossos sonhos”. “A maioria das pessoas têm medo de mudanças e deixam de lutar e sonhar. Resumindo, deixam de ser felizes”.
nossa gente
cidade nova, Novos desafios
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Daniel Zimmermann
á pouco mais de um ano, Luciano Gomes Silva mudou-se para Blumenau em busca de uma nova oportunidade de trabalho. Recebeu o desafio de coordenar os setores de engenharia clínica e de obras e manutenção de todas as unidades da Unimed Blumenau. Aos 33 anos, o profissional é formado em Administração Hospitalar pela Unespar/Fecea, de Apucarana (PR) e tem especialização em Administração Financeira, Contábil e Controladoria. No estado natal, atuou nas mesmas funções na Fundação Santa Casa de Londrina, por oito anos. Pouco antes de vir para Blumenau, atuava no Hospital Costa Cavalcante da Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu. “Acho que desafios são enriquecedores para qualquer profissional. Tanto é que deixei minha cidade para aproveitar as chances. A proposta de trabalhar na Unimed chamou muito a minha atenção pela instituição que ela é”, afirma Luciano. No cotidiano do administrador está a função de gerenciar todas as atividades de manutenção, tanto corretivas, quanto preventivas das unidades. Isto inclui a engenharia clínica dos aparelhos médicos. Ele está constantemente visitando as unidades da cooperativa afim de resolver os problemas que possam surgir. Além de corrigí-los, aplica várias atividades preventivas, afim de evitar manutenções de emergência.
Luciano chegou de Londrina e está se adaptando a Blumenau
Atualmente, executa também a implantação de um módulo do software que trará mais agilidade para abertura de chamadas de serviços de manutenção em todos os prédios. Um serviço que era feito independentemente em cada unidade. Essa unificação irá permitir maior facilidade no contato com fornecedores e resolução da manutenção que for necessária. A grande motivação de Luciano para mudar para o Vale do Itajaí é a participação no desenvolvimento
do projeto para o Hospital Geral da Unimed Blumenau. O projeto complementar da engenharia clínica da unidade é considerado por ele uma ótima oportunidade de demonstrar as aptidões que trouxe na bagagem. Diretamente, Luciano opera no departamento coordenando outras cinco pessoas, que ficam em unidades diferentes. Tudo para zelar pelo bom funcionamento de todas as estruturas da Cooperativa, incluindo os 528 equipamentos clínicos cadastrados.
Hora de folga Dá pra perceber que Luciano gosta da profissão que tem, pois, nas horas vagas, os livros e revistas que lê são todos de cunho técnico, sobre planejamento estratégico. Mas, no gosto dele também cabe a Teologia, que é uma segunda paixão.
“Ainda estou me adaptando a Blumenau, que nas tradições germânicas é muito parecida com Londrina, onde nasci. Passo muito tempo em casa atualizando minha leitura e, aos poucos, vou conhecendo mais a região, que é muito pitoresca e agradável para viver.
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MULHER
Beleza na gravidez Banco de imagem
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De acordo com o ginecologista e obstetra Zadi Francisco Manoel, normalmente, no segundo e terceiro trimestres, a alimentação diária da mãe vai exercer influência direta na condição nutricional do feto. O ganho de peso adequado, a ingestão de energia e nutrientes, o fator emocional e o estilo de vida da gestante serão determinantes para o crescimento e desenvolvimento normais do bebê, pois este vai se beneficiar das vitaminas da mãe. O importante é se alimentar de maneira saudável e sem excessos, sabendo que o corpo necessita de muitos nutrientes para superar esse período, além de alimentar bem o bebê. “A gestante deve
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se alimentar de cinco a seis vezes no dia e comer carnes, ovos, verduras e beber muito leite”, ressalta Dr. Zadi. Ele orienta que o consumo de um cálice de vinho ocasionalmente e em presença da alimentação não exerce efeitos prejudiciais ao feto. O ginecologista explica que o aumento de peso na gestante que está eutrófica (peso normal) pode variar de 11,5 a 16 quilos, mas, em uma mulher obesa deve ficar entre sete a nove quilos. “O excesso de gordura pode vir a desenvolver um diabetes emocional, que pode acabar depois da gestação ou seguir com a mulher para sempre”, destaca. Segundo ele, a maior dificuldade dos médicos é convencer a gestante quanto à alimentação correta. Os laticínios ajudam a construir o esqueleto do bebê; as carnes são importantes para os músculos; as hortaliças ajudam na pele e os cereais nas células sanguíneas. Portanto, o mais importante não é se preocupar somente com as contas de calorias, mas, sim, no equilíbrio das refeições, ensina o especialista em ginecologia e obstetrícia.
Além da alimentação, para saúde do bebê e da mãe, também é preciso praticar exercícios físicos. “Se a gestação está normal, nada impede a grávida de fazer exercícios físicos, mas precisa evitar o impacto, como o mergulho na natação, e ter acompanhamento profissional. Eu recomendo a yoga”, destaca Dr. Zadi. Daniel Zimmermann
urante a gestação, o corpo da mulher sofre alterações durante os nove meses até a chegada do bebê. Tais mudanças são provocadas pela ação de hormônios específicos desta fase, que buscam criar um ambiente favorável para o desenvolvimento do feto. Após o período gestacional, grande parte das mudanças físicas desaparece espontaneamente ou é revertida com tratamento adequado.
Mais informações Dr. Zadi Francisco Manoel CRM 1874 (47) 3322.3628
Planejamento Segundo Dr. Zadi, atualmente se trabalha com o “Programming”, conceito pelo qual o feto está programado a desenvolver doenças crônico-degenerativas caso a gestante apresente desnutrição energético-protéica nos períodos pré-concepção, pré-implantação, gestação inicial e se a grávida é obesa. “A grande importância da nutrição na gravidez é diminuir fatores de risco tanto para a mãe quanto para o feto”, ressalta.
Assim, o ideal é que toda mulher faça um planejamento da gravidez com antecedência, com uma avaliação nutricional e aconselhamento pré-concepcional, pois o período de maior influência da dieta no desenvolvimento fetal é entre a segunda e 14ª semanas de gestação e, muitas mulheres, nesse período, não sabem que estão grávidas. “Com os exames pré-concepcionais, muitas doenças podem ser previstas antes mesmo da mulher engravidar”, afirma.
Tratamentos De acordo com a tecnóloga em cosmetologia e estética, Amabile Nagel, mulheres grávidas, normalmente, buscam tratamentos para a retenção de líquidos ou inchaço; tratamento para acne, que pode aparecer na gestação; hidratação da pele e prevenção de estrias e de manchas.
Daniel Zimmermann
O tratamento mais indicado para o inchaço é a drenagem linfática manual. Além de ajudar na eliminação do líquido, que deixa pés e pernas inchados, a drenagem manual auxilia na nutrição da pele, contribuindo para a prevenção de estrias e para a melhora na desidratação da pele. “Em casa, a gestante deve erguer os pés durante 15 minutos, pelo menos, duas vezes ao dia. O ideal é a mulher ficar deitada com os pés elevados, de forma que fiquem acima da linha do abdômen”.
vido ao estiramento da pele. O tratamento é preventivo e feito com hidratantes específicos para gestante. “O profissional de estética faz esfoliações e hidratações mais profundas, que auxiliam na prevenção. O aumento controlado de peso e ingestão de água também contribui para prevenir. Se, mesmo assim, elas aparecerem, os tratamentos são feitos após o término da amamentação”, ressalta. “Aparelhos e produtos específicos promovem melhora significativa da estria, que não é eliminada, mas fica mais discreta”.
No rosto, podem surgir manchas específicas da gravidez. Neste caso, o tratamento é preventivo, com o uso de filtro solar diário, sendo aplicado de duas a três vezes ao dia. “O único tratamento que pode ser feito durante a amamentação é o peeling de cristal ou diamante, pois não contém ácido, é feito com um aparelho específico e promove esfoliação mais profunda. A maior preocupação das mulheres é em relação às estrias. Elas surgem de-
A tecnóloga em cosmetologia e estética Amabile Nagel
MULHER Nutrição Depois de 34 anos atendendo obstetrícia, Dr. Zadi resolveu encerrar o atendimento nessa área e se dedicar aos cuidados da nutrição da gestante. “Sempre exerci minha profissão com
muito carinho e dedicação, pois tenho um amor especial pelas gestantes. Brevemente me graduarei no curso de nutrição e irei me dedicar a essa área, principalmente na nutrição da gestan-
te”, ressalta. “Apesar de não atender mais obstetrícia no consultório, continuarei a exercer a atividade de ginecologia, sexualidade do casal e terapia do casal e, ainda, nutrição da mulher”.
Fotos Banco de imagem
Cuidados diários Aplicar filtro solar diariamente no rosto e hidratante no corpo todo; Evitar exposição ao sol nos horários entre 10h e 16h; Praticar atividade física para manter o peso, aliviar as dores nas costas e o cansaço nas pernas, desde que acompanhada por um profissional; Fazer drenagem linfática manual semanalmente, hidratações corporais, limpeza de pele, entre outros tratamentos que a esteticista orientar.
O que comer e beber Frutas e sucos naturais; Verduras e legumes; Nozes, castanhas, amêndoas e frutas secas; Queijo branco (minas, ricota), leite desnatado, mel; Pão integral, aveia, germe ou farelo de trigo, fibras em geral; Bastante água e água de coco; Carnes e ovos.
O que evitar Doces, chocolates, frituras; Alimentos que fermentem, como amendoim e pipoca; Massas, pizzas e bolos; Enlatados, condimentos e alimentos gordurosos; Carnes gordurosas e cruas; Sushi e frutos do mar; Refrigerantes, refrescos e bebidas industrializadas; Bebidas alcoólicas.
Além da saúde, a boa alimentação ajuda a manter a beleza durante e após a gestação
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Dicas para uma boa gestação Use roupa folgada; É aconselhável o uso de meias elásticas; Evite ficar muito tempo em pé; Descanse regularmente, mantendo as pernas elevadas. Se tiver tempo, faça isso durante uns 15 minutos após as refeições e durante, pelo menos, meia hora antes de dormir. Esses cuidados ajudam a diminuir o inchaço nas pernas, que ocorre principalmente nos três últimos meses; Evite sapatos de salto, pois eles aumentam o risco de quedas; Dores nas costas no final da gravidez são normais. Encoste totalmente na cadeira quando estiver sentada, evite levantar pesos e use um colchão duro para descansar; Evite movimentos bruscos e atividades que exijam grande esforço físico; A gravidez não é uma doença, mas precisa de acompanhamento médico para diminuir os riscos da mãe e do feto. Consulte sempre o médico e faça exames pré-natais; Álcool, fumo e drogas prejudicam a gestante e o bebê. Evite-os; Medicamentos e radiografias podem afetar a saúde do feto. Jamais se exponha a eles se não forem indicados pelo médico.
O descanso é fundamental na gravidez
Do sonho à concepção SERVIÇOS Espermograma Técnicas de Processamento Seminal Diagnóstico e Terapêutico Obtenção de Espermatozóide do Epidídimo ou do Testículo Técnicas de Processamento Seminal para Casais Sorodiscordantes Inseminação Intra-uterina com Sêmen Próprio ou de Doador Injeção Intracitoplasmática de Espermatozóide Fertilização In Vitro Criopreservação de Óvulos Criopreservação de Embriões Criopreservação de Espermatozóides
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Segurança
quando o governo se omite Fotos Daniel Zimmermann
episódio de Realengo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, quando um homem de 23 anos entrou atirando em uma escola municipal, no dia 7 de abril. A tragédia resultou na morte de 12 crianças e do atirador. O desarmamento da população é uma política constante do governo federal reforçada com campanhas, englobando o combate contra crime organizado e ações nas fronteiras do País. Mas a temática é sempre motivo para debates, pois as opiniões são as mais diversas, em defesa ou contra a posição do governo. Com críticas severas aos governos, o ex-delegado da Polícia Civil, Saul Treis, que atuou por 25 anos na comarca de Blumenau, defende o registro e porte de armas pela população.
Ex-delegado Saul Treis
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Ministério da Justiça havia programado para junho o lançamento de uma nova campanha para o desarmamento da população. Mas, a antecipação do projeto para 5 de maio deu-se logo após o trágico
A opinião tem base no desleixo com que os governos têm atendido a população em todos os serviços essenciais – educação, saúde e segurança – que deveriam ser bem prestados, equivalentes aos valores anuais de impostos pagos pelos contribuintes. “Nós somos tratados pelos governos da pior forma possível, sem uma segurança no mínimo satisfatória, precisando nos cercar de todas as formas de
segurança possíveis perante a marginalidade. Então, é de todo direito que pessoas de bem tenham armas para defesa”. Treis afirma ainda que a Constituição não proíbe que uma pessoa tenha arma. O que existem são, cada vez mais, restrições impostas pelo governo para dificultar o acesso. O que ele considera errado, uma vez que os bandidos continuam se armando. “Há um papel inverso. Os criminosos armados e soltos nas ruas e nós, pessoas de bem, presas e sem defesa dentro de nossas casas, que mais parecem prisões. Por isso, afirmo que o cidadão de boa índole deve ter direito ao porte e registro de arma”. Treis defende o porte de arma com controle rígido. “A arma que o marginal usa não é oriunda do civil armado. Ele busca outros meios e, como maior propulsora de tudo isso, está a droga”. Para o ex-delegado, a população brasileira é muito tranquila, deixando de exigir a competência do governo. Como exemplo ele cita as ações de correção no âmbito da segurança. “Tudo que é realizado no aspecto de segurança é paliativo. Para nada é feita uma prevenção”, afirma.
Policial defende desarmamento O major Mário Sidnei Rossi, da 7ª Regional de Polícia Militar, defende que as pessoas precisam buscar mais segurança, mas que o armamento não é a melhor forma. Citando Blumenau como exemplo, o major reconhece que faltam recursos, principalmente de efetivo. Para uma população de 300 mil habitantes, existem apenas 281 policiais operantes. Por esse motivo, deixam de estar nas ruas cerca de 20, dos 35 carros existen-
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tes à disposição para rondas e outras ações da Polícia Militar. O policial aponta o tráfico de drogas como principal motivo para o aumento das ocorrências. “Há seis anos, os crimes com óbito não passavam de oito e, normalmente, eram por questões familiares ou embriaguez. Hoje, número de homicídios, que passa de 30, está relacionado, na maioria, com as drogas – seja por disputa de espaço ou acerto de contas”.
O major Rossi diz que Blumenau está praticamente livre de latrocínios. O roubo seguido de morte tem incidências mínimas na cidade. Por isso, defende, as pessoas precisam de precauções, mas não de armamento. “As pessoas mais próximas devem se conhecer mais, para evitar ações criminosas. Perdeu-se a confiança nos vizinhos e o individualismo está muito grande. Se uma pessoa é abordada ou tem a casa invadida, pouca ajuda obterá se ninguém sabe do cotidiano dela”.
Major Rossi alerta para o perigo da exposição na internet
Exposição virtual Se por um lado os vizinhos nem mesmo se conhecem por nome, por outro, a crítica do major é pela superexposição da vida na internet, por meio de redes sociais ou por pequenos detalhes que são previamente observadas por bandidos. “Ao mesmo tempo em que uma pessoa não quer contato com o vizinho, que poderia observar mo-
vimentações estranhas dentro do terreno ou alertar sobre pessoas ou carros suspeitos parados na rua, essa mesma pessoa tem uma mania prejudicial de expor a vida virtualmente, mostrando o poder aquisitivo, os membros da família, os locais que frequenta. Tudo isso são detalhes que podem beneficiar roubos, assaltos e sequestros”, alerta o policial militar.
Dicas de segurança Mude trajetos constantemente; Evite dar pistas aos bandidos. A forma como sai de casa transparece se o retorno é breve ou não; Não exponha a família de forma liberada na internet. Há recursos de privacidade que devem ser utilizados; Adesivos que indicam a quantidade de membros da família que são colados nos carros são informações para assaltos, sequestros ou golpes; Muros altos não inibem a entrada de bandidos e acabam impedindo a visualização da casa por pessoas que podem ajudar. A dica é o uso de cercas; Reforços nas portas e janelas das casas são essenciais, principalmente nos fundos; Não reagir a situações de risco pode garantir a vida.
HIPERTENSÃO
Cuidados QUE TODOS DEVEM TOMAR
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A pressão considerada normal é 120 por 80 mmHg, mais conhecida como 12 por 8. Isso significa que, quando o coração se contrai, a pressão nas artérias está em 120 milímetros de mercúrio e, quando ele relaxa, fica em 80 milímetros. A pressão que ocorre quando o coração se contrai é a sistólica e, quando se dilata, é a diastólica. O nefrologista Humberto Rebello Narciso explica que, hoje, é considerada hipertensão arterial
Banco de imagens
raticamente, 95% das hipertensões arteriais, mais conhecida como pressão alta, são de origem não-definida, chamadas de essencial ou primária, e 2,5% são causadas pela doença de parênquima renal e da artéria renal (reno-vascular). O restante, uma fração mínima, surge através de problemas suprarrenais, glândulas endócrinas que ficam sobre os rins, problemas congênitos da artéria aorta (coactração da aorta), uso de drogas, principalmente a cocaína, ou medicamentos e obesidade, além da herança genética.
A melhor medida da pressão arterial é 12 por 8
quando a pressão fica acima de 130 mmHg para pressão sistólica (máxima) e 85 mmHg para pressão diastólica (mínima). Ainda se-
gundo ele, há algumas situações que exigem pressões mais baixas, como em diabéticos com perda de proteínas pela urina.
esquerdo, que cresce para dentro da cavidade, reduzindo-a de tamanho e podendo levar a pessoa a uma insuficiência cardíaca. “A hipertensão, especialmente a sistólica, lesa, em longo prazo, os vasos sanguíneos, principalmente as artérias, gerando ateroesclerose em diversos compartimentos, como nas artérias coronarianas, causando infarto do miocárdio ou angina do peito e lesões das artérias cerebrais, como trombose ou hemorragia cerebral, causando os derrames cerebrais tão temidos e que deixam tantas sequelas incapacitantes”, ressalta.
“Os vasos sanguíneos da retina dos olhos também são acometidos, expressando o grau de comprometimento de todos eles. Os rins, que podem gerar a pressão alta, também são atingidos e, muitas vezes, há dúvidas de quem veio primeiro: se foi a doença renal ou a pressão alta, tal qual a história do ovo e da galinha”, observa. O médico destaca que a lesão renal advinda da pressão arterial, chamada nefroescleorose hipertensiva, é a segunda causa mundial de doença renal crônica, que na fase mais avançada exige diálises ou transplante de rim.
Consequências O principal motivo da preocupação com a pressão alta está no fato dela aumentar as chances de infarto, derrame cerebral e perda de visão por acometimento da retina, pois, muitas vezes, os efeitos são percebidos depois de anos. Como a pressão alta é uma doença assintomática, muitas vezes os efeitos das drogas hipertensivas levam a vários sintomas, como dor de cabeça na região da nuca. Segundo o Dr. Humberto, a hipertensão é prejudicial porque exige força maior do coração, levando à hipertrofia do ventrículo
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Daniel Zimmermann
Prevenção e tratamento Para prevenir a hipertensão arterial é preciso, anualmente, medir a pressão, especialmente quando há casos no histórico familiar; evitar a obesidade e o sedentarismo; não fumar; controlar o diabetes melitus, se tiver; controlar nível de lipídeos, quando tiver colesterol ruim e/ou triglicerídeos elevados; e reduzir a ingestão de sal nos alimentos. O tratamento é feito com uso contínuo de medicamentos receitados por médicos.
MAIS INFORMAÇÕES Dr. Humberto Rebello Narciso CRM 1147 (47) 3340.4096 C
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Para controlar a pressão alta
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Manter o peso ideal, pois o sobrepeso aumenta o esforço do coração para conseguir bombear o sangue; Praticar atividades físicas regulares, principalmente as aeróbicas, que contribuem para a melhora de todo o sistema circulatório e pulmonar. Mas, cuidado com os exageros. Antes de começar qualquer treino, procure um especialista e faça uma avaliação geral; Dieta saudável e redução de sal, pois o excesso de sal na dieta leva à retenção de líquidos, acarretando na hipertensão. Por isso, evite muito tempero na comida e diminua o consumo de enlatados e alimentos em conserva; Evite bebidas alcoólicas, pois o álcool em grande quantidade é inimigo da pressão sob controle; Não deixe de tomar os medicamentos que o médico recomendou. Alguns medicamentos podem elevar a pressão, como os antiinflamatórios e anticoncepcionais; Evite fumar, pois o cigarro, em conjunto com outras substâncias tóxicas, eleva a pressão imediatamente, além de comprometer a saúde no geral; O estresse aparece como resposta do organismo às sobrecargas físicas e emocionais, acarretando na hipertensão e doenças do coração. Controle as emoções e procure incluir atividades relaxantes na rotina; Exames médicos e avaliações regulares não só ajudam a identificar o problema no começo, facilitando o tratamento, como servem para adequar o uso de medicamentos de forma mais eficaz; Medir a pressão, no mínimo, uma vez por ano. A recomendação é da Sociedade Brasileira de Hipertensão, que alerta para o simples exame como uma forma de prevenir problemas mais sérios.
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Miguel Alexandre Hinkeldey durante sessão de fisioterapia
A
paralisia cerebral abriga um grupo de alterações da postura e do movimento decorrente de uma lesão encefálica não progressiva, que ocorre no início da vida da criança. O termo paralisia cerebral é considerado por muitos autores inadequado, pois dá um significado de total ausência de atividade física e mental, decorrente de uma paralisia do cérebro, o que, na verdade, não ocorre. A lesão atinge a motricidade do corpo, embora a origem não seja nos
membros e músculos e, sim, nas áreas cerebrais que controlam os movimentos musculares. O ortopedista pediátrico e traumatologista Rodrigo Vanzelli explica que a paralisia cerebral pode ocorrer na fase pré-natal (intra-útero), por infecções maternas congênitas, como toxoplasmose e citomegalovírus; perinatal (durante o parto), por diminuição da chegada de oxigênio no cérebro (prematuridade/baixo peso); pós-natal (com menos de
três anos) e má-formações cerebrais de diversos tipos. De acordo com a neurologista pediátrica Lúcia Ribeiro Machado Haertel, a maioria das crianças com paralisia cerebral já nasce com a lesão, embora ela não possa ser detectada nos primeiros meses de vida. “É necessário que o bebê inicie as etapas habituais do desenvolvimento motor para que seja detectado que este não está ocorrendo dentro dos padrões esperados. Quanto mais habilitado for o examinador, mais precocemente será detectado o problema”, explica. O diagnóstico é, geralmente, feito pelo neuropediatra.
A expectativa de vida da criança com paralisia cerebral muda apenas naquelas com comprometimento motor muito grave, que praticamente não se movimentam e permanecem deitadas durante todo o tempo. Geralmente, elas vão adquirindo deformidades torácicas e da coluna vertebral que, associadas à perda de força e atrofia muscular, não permitem uma respiração eficiente. Essas crianças tendem a acumular secreção pulmonar e, geralmente, têm dificuldade para tossir de forma eficiente, engasgam e aspiram com maior frequência. São, portanto, mais propensas a infecções respiratórias que podem levar à morte. Com acompanhamento e tratamento adequados, estas alterações podem ser prevenidas, promovendo mais qualidade de vida e aumentando a expectativa de vida dessas crianças. Daniel Zimmermann
A melhor prevenção é realizar um pré-natal com acompanhamento médico regular e assistência adequada no momento do parto. O grande avanço médico nas UTIs neonatais tem permitido salvar recém-nascidos com seis meses de gestação que jamais sobreviveriam há algum tempo. “Felizmente, a maioria sobrevive sem sequelas. Mas, infelizmente, para salvar estas vidas, muitas vezes, algumas crianças podem apresentar graus variáveis de sequelas que são inerentes à fragilidade do cérebro imaturo”, afirma a médica.
diretamente no músculo espástico e, através de uma desnervação química do músculo, reduz a hipertonia e espasticidade, promovendo um melhor equilíbrio entre a contração dos músculos”, ressalta.
O acompanhamento neurológico dos bebês de risco possibilita perceber os primeiros sinais de comprometimento. Quanto mais cedo for iniciada a estimulação e fisioterapia, maior a chance de minimizar o comprometimento neurológico decorrente daquela lesão. O cérebro da criança apresenta grande potencial para plasticidade, que é a capacidade de outras áreas cerebrais não afetadas assumirem parcialmente a função das áreas afetadas. “Os bebês de risco deveriam ser acompanhados pelo neuropediatra para que, nos primeiros sinais de comprometimento, já se inicie a fisioterapia e estimulação precoce”, orienta Dra. Lúcia. Existem também alguns medicamentos orais que podem ser usados para reduzir a espasticidade. “O maior avanço no tratamento da paralisia cerebral foi a toxina botulínica. Esta é injetada
Mais informações Dra. Lúcia R. Machado Haertel CRM 6338 (47) 3322.1522
NEUROLOGIA Sintomas Daniel Zimmermann
Alexandra na sessão de fisioterapia de Miguel Alexandre Hinkeldey
A paralisia cerebral pode gerar sintomas como distúrbios da fala, da aprendizagem, deficiências visuais, déficits cognitivos e crises convulsivas. Mesmo considerando a natureza estacionária da lesão e a presença de um quadro clínico neurológico estável, cada criança apresenta uma evolução individual, muitas vezes, adquirindo habilidades e superando etapas da evolução neuropsicomotora com o passar dos anos. A utilização de exames complementares de neuroimagem auxilia na investigação das causas da paralisia cerebral e no diagnóstico diferencial com outras patologias. Segundo Dra. Lúcia, a forma espástica é o tipo mais comum. Neste tipo, a musculatura fica tensa, contraída e difícil de ser movimentada, mostrando uma resistência ao alongamento
- chamada de espasticidade, quando há aumento do tônus muscular. Existem também outras formas menos comuns, como a coreoatetósica, a atáxica e a forma hipotônica. Na forma coreoatetosica, a lesão ocasiona o aparecimento de movimentos involuntários que a criança não consegue controlar. Na atáxica, observa-se predominantemente uma alteração do equilíbrio e da coordenação dos movimentos, geralmente, causada por lesão no cerebelo, parte do encéfalo responsável pela coordenação motora. Estas crianças, em geral, andam com as pernas muito abertas para aumentar a base de sustentação e facilitar o equilíbrio e não têm coordenação dos movimentos manuais. Por fim, na forma hipotonia há diminuição do tônus muscular e da resistência aos movimentos passivos.
Reabilitação
A fisioterapeuta Alexandra Spézia diz que existem várias abordagens fisioterapêuticas com possíveis benefícios ao paciente com paralisia cerebral, mas, o tratamento mais adequado é o neuroevolutivo pelo Conceito Bobath. Trata-se de um tipo especializado de fisioterapia constituído, principalmente, pelo trabalho do neuropediatra Dr. Karel Bobath e da esposa
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a fisioterapeuta Bertha Bobath, formatado em 25 anos de pesquisas.
Daniel Zimmermann
De acordo com Dr. Rodrigo Vanzelli, o tratamento pode ser dividido entre não-cirúrgico (fisioterapia, órteses, gessos e medicamentos) e o cirúrgico (desde a aplicação de toxina botulínica para tratamento de espasticidade, até cirurgias de alongamentos musculares e/ou osteotomias). “O paciente deve ser tratado como um todo e não-compartimentalizado, tratando apenas pés, coluna ou quadril”, destaca. A fisioterapia pode ser complementada em determinados casos com hidroterapia, terapia ocupacional e equoterapia.
“Bobath é um tipo especializado e individualizado de fisioterapia. É uma maneira de ver e analisar o paciente de uma forma global, identificando as necessidades individuais de cada um, utilizando, durante o tratamento, recursos e manuseios específicos a fim de estimular e facilitar os movimentos e posturas adequadas para o desenvolvimento motor da criança ou adulto”, diz a fisioterapeuta. O tratamento neuroevolutivo é baseado no reconhecimento da importância de dois fatores: a interferência da lesão na formação normal do cérebro, levando ao atraso ou à interrupção de alguns ou de todos os aspectos do desenvolvimento; e a presença de padrões anormais da postura e do movimento resultantes do tônus postural anormal, sendo indicado para reabilitar adultos e crianças.
Mais informações Dr. Rodrigo Vanzelli CRM 11918 (47) 3326-4072
Trabalho em equipe A abordagem fisioterapêutica tem a finalidade de preparar a criança para uma função, manter ou aprimorar as já existentes, atuando sempre de forma a adequar o tônus postural, favorecendo experiências de padrões sensório-motores mais próximos da normalidade durante a realização das habilidades funcionais. As avaliação são constantes durante o tratamento. Na fisioterapia, a ênfase é dada à modificação dos padrões anormais de postura e do movimento e à estimulação e facilitação da maior variedade possível dos padrões motores básicos e inatos, tais como controle de cabeça e do tronco, apoio de braço, reações de proteção, reações de equilíbrio e de rotação, que podem ajudar a criança a se adaptar às demandas do ambiente para possibilitar uma grande variedade de habilidades funcionais.
“O trabalho de equipe entre fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, médicos e, se possível, professores, responsáveis e todos os envolvidos com a criança, é um aspecto essencial no tratamento”, diz a fisioterapeuta. A cooperação é necessária para assegurar que cada membro da equipe tenha a mesma compreensão básica das alterações da criança. Dessa forma, todos os aspectos de intervenção podem funcionar em conjunto para preencher as necessidades individuais. O papel dos pais é crucial. “Visamos ensinar aos pais como manusear a criança, de uma forma que reforce o uso de padrões de movimentos próximos do normal. Dessa maneira, vestir, comer, beber, brincar e todas as atividades diárias podem se tornar fáceis”, ressalta.
Tipos de paralisia Tetraplegia: tronco, pescoço e cabeça) estão comprometidos. É a forma mais grave. Diplegia: os membros inferiores são mais acometidos que os superiores. Geralmente está relacionada à prematuridade. Hemiplegia: são afetados os membros superiores e inferiores de um dos lados do corpo, podendo ser ou o lado direito ou o esquerdo. Pode haver também desproporção entre o grau de comprometimento do membro superior e inferior. Estes casos em geral são devido a alterações vasculares. Monoplegia: é uma condição mais rara, na qual apenas um membro é afetado.
diabetes
perigo para os jovens Arquivo Mundi Editora
Com controle das taxas de glicose, diabético pode levar vida normal
O
diabetes é uma doença que aumenta a quantidade de glicose (açúcar) no sangue, por falha na produção ou na função da insulina, que é um hormônio produzido pelo pâncreas, necessário para o uso e armazenamento da glicose. O diabetes manifesta-se quando o organismo não consegue utilizar os nutrientes derivados de carboidratos, proteínas e gorduras para produzir energia a partir da glicose. O exame mais comum para medir o nível de glicose no sangue é a glicemia de jejum. O resultado é considerado normal quando varia de 70 a 99 mg/dl. A endocrinologista pediátrica Mariana Carla Schmitt explica que o diabete tipo 2 (DM2) traz um fator hereditário maior que o DM1. Indivíduos que possuem certos marcadores genéticos apresentam risco quatro a nove vezes maior de desenvolver DM1. Entretanto, a recorrência familiar não é comum neste tipo de diabetes. Já os familiares em primeiro grau de indivíduos com DM2, apresentam de duas a seis vezes mais chances de desenvolver diabetes.
De acordo com Dra. Mariana, o diabetes pode surgir em qualquer idade, inclusive nos primeiros meses de vida. O tratamento é baseado em cuidados nutricionais e atividade física. O paciente com DM1, seja criança, adolescente ou adulto, deve utilizar insulina diariamente. Já a pessoa com DM2 pode necessitar de medicamentos orais combinados ou não à insulina. Ainda segundo a Dra. Mariana, na fase de transição da infância para a adolescência, pode haver a necessidade de aumento das doses de insulina, pois, nesse período, o organismo torna-se mais resistente à ação da mesma. As mudanças de estilo de vida, como alimentação saudável e prática regular de atividade física, previnem o DM2. “A obesidade, maus hábitos alimentares e sedentarismo estão diretamente relacionados ao DM2, por isso, o grande número de pessoas com diabetes atualmente”, ressalta a médica. Ainda não há meios preventivos para o DM1, porque os desencadeantes não são totalmente conhecidos.
Controle Segundo Dra. Mariana, quando a doença não é bem controlada há risco de déficit de crescimento e desempenho cognitivo. “Nesta fase, não se faz restrição de todos os carboidratos, mas o açúcar, mel e doces em geral, que são absorvidos e transformados em glicose mais rapidamente, devem ser retirados da dieta”, orienta, ressaltando que, se o controle é adequado, o diabetes não piora. Caso o paciente não controle a doença, as complicações podem ser agudas ou crônicas. As agudas são cetoacidose diabética (aumento da glicose no sangue) e a hipoglicemia (redução da glicose no sangue). Já as complicações crônicas são causadas pelo acúmulo de glicose em tecidos e órgãos e surgem após anos de mau controle: nefropatia diabética (rins), neuropatia diabética (nervos), retinopatia diabética (olhos), pé diabético, infarto do miocárdio e AVC.
Avanços Dra. Mariana diz que, atualmente, os conhecimentos básicos sobre a doença estão bem difundidos, reduzindo discriminação e preconceito. Além do mais, os avanços do tratamento, principalmente as novas insulinas, permitem que a rotina da criança e do adolescente seja normal, inclusive na escola. “É claro que o diagnóstico do diabetes é um grande impacto na vida de toda a família. Nesse momento, os medos e as dificuldades dos adultos não devem ser transferidos para a criança”, ressalta. Para ela, é fundamental que se desenvolva um sentimento de parceria e de apoio dos pais em relação a responsabilidades, tarefas e cuidados com a criança. A posição familiar quanto ao diabetes, de aceitação ou rejeição, refletirá semelhante postura do filho. “É importante que os pais mantenham-se compreensivos e enfrentem as dificuldades com naturalidade. Se necessário, o aconselhamento psicológico é valioso tanto para o diabético como para a família”.
Diabetes tipo 1 (DM1): doença caracterizada pela destruição das células produtoras de insulina pelo próprio sistema imunológico. O tratamento é feito com injeções diárias de insulina para regularização do metabolismo do açúcar. Metade dos casos de DM1 aparece na infância ou no início da adolescência. Diabetes tipo 2 (DM2): as células tornam-se resistentes à ação da insulina ou a produção de insulina é insuficiente. Geralmente, os casos de DM2 se desenvolvem na vida adulta. O DM2 é cerca de oito a 10 vezes mais comum que o DM1. Além disso, há uma grande relação com obesidade e sedentarismo.
Daniel Zimmermann
Os dois tipos
MAIS INFORMAÇÕES Dra. Mariana Carla Schmitt CRM 14633 (47) 3337.3030
inverno
Sinusite versus Raios-X Banco de imagens
Ao mesmo tempo, em épocas frias a aglomeração de pessoas em ambientes fechados também é maior, oportunizando a fácil proliferação e transmissão de vírus que contribuem com danos às mucosas nasal e paranasal, possibilitando ainda uma infecção grave causada por bactérias. Porém, o diagnóstico de rinossinusite é clínico, detectado pela presença de sintomas como o bloqueio, obstrução, congestão nasal ou, então, a secreção nasal anterior e posterior associados a outros como tosse, alterações no olfato, no hálito e na garganta. Sendo assim, o uso de radiografia (raios-X) tem valor limitado no diagnóstico da sinusite.
Os casos de sinusite aumentam com o frio
É
no Inverno que ocorre um considerável aumento no número de casos de rinossinusites, conhecidas popularmente como sinusites. O fato é decorrente das
baixas temperaturas que causam maior dilatação dos vasos sanguíneos, fazendo com que as fossas nasais sejam obstruídas por esses inchaços.
O médico otorrinolaringologista Julio Mandelli Neto afirma que o raios-X deve ser solicitado apenas em casos de dúvidas quanto ao diagnóstico. “É recomendável que seja realizada a endoscopia nasal para qualquer tipo de paciente, seja qual for a queixa nasossinusal”. O especialista afirma que esse exame é realizado rotineiramente pelos médicos para a avaliação de rinossinusites. Já a tomografia é reservada para os casos que não evoluem bem, casos crônicos e casos de complicação da doença.
A doença A sinusite pode ser classificada em aguda ou crônica. Nos casos agudos, a doença é extinta em até 12 semanas. Casos crônicos são aqueles com duração maior de 12 semanas e os casos são recorrentes quando ocorrem mais de quatro vezes no ano. Tosse, dor de cabeça, pressão na
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área dos seios da face, entupimento do nariz e rinorreia, alteração do olfato, halitose, irritação da garganta, inchaço no rosto, fadiga, cansaço, perda de apetite e febre são os principais sintomas da doença. Nos casos de resfriado comum e rinossinusite viral, a duração dos sintomas é menor que 10 dias. Caso
haja uma piora no quadro após cinco dias, é preciso suspeitar de um quadro bacteriano. Dr. Julio afirma que é preciso muito cuidado e atenção com gripes e resfriados. Chegam a 2% os casos em que estes quadros agudos evoluem para uma rinossinusite bacteriana, alerta o especialista.
Prevenção Daniel Zimmermann
Indiscutivelmente, a ingestão de líquido facilita a eliminação de secreções acumuladas nos seios paranasais. Por isso, o consumo de doses diárias de água ajuda no processo de prevenção da sinusite e outras doenças semelhantes. Lugares refrigerados precisam ser evitados. O ar seco resultante dos aparelhos de ar-condicionado favorecem o ressecamento da mucosa nasal, o que impede a eliminação de secreções, facilitando, dessa forma, o surgimento de doenças.
resfriado Crianças em idade escolar podem sofrer de sete a 10 episódios de rinossinusite viral aguda (resfriado comum) por ano. Em adultos, a incidência é de dois a cinco vezes no ano.
Mais informações Dr. Julio Mandelli Neto CRM 11076 (47) 3035.4655
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estes curtas fazem parte do guarda-roupa de qualquer pessoa. Mas, a diferença entre tê-las e utilizá-las pode ser muito grande para uma parcela de 2% da população mundial, portadora da psoríase. A doença inflamatória crônica da pele pode também afetar mucosas, unhas e articulações. Portadores podem ter piora da qualidade de vida pelo preconceito que os cercam. Enfrentar uma simples prova de roupa pode ser uma ação desesperadora. Ao contrário de que muita gente pensa, a psoríase não é transmissível de pessoa para pessoa por contato ou convívio íntimo, ou pelo uso de objetivos pessoais. Trata-se de uma ideia equivocada.
Em um terço dos casos, há registros de psoríase nos históricos familiares. As chances de ter a doença são maiores quando um parente de primeiro grau tem psoríase. São 30% de chances se um dos pais é portador, o que altera para 60% se a doença estiver presente no casal. Não há cura definitiva da doença, mas já existem medicamentos e procedimentos que controlam a psoríase, que é definida como inflamação crônica da pele caracterizada por manchas vermelhas bem delimitadas, com presença de escamas prateadas na superfície, que podem aparecer em qualquer parte do corpo. Normalmente, são percebidas nos cotovelos, joelhos, couro cabeludo e região sacral.
saiba mais Homens e mulheres podem apresentar o quadro em proporções iguais entre os 20 e 40 anos, não inibindo alguns casos avulsos antes ou depois dessa faixa etária. No Brasil, o número de pacientes com algum tipo de psoríase chega a 4 milhões. As causas da psoríase não estão totalmente desvendadas. Predisposição familiar e estresse, as infecções e os traumas físicos e psíquicos podem estimular a inflamação, acelerando a troca das células da pele, que passa a ocorrer em apenas sete dias. Não há restrições para o uso de hidratantes em locais da pele que apresentam psoríase. Ao contrário, eles podem a absorção dos medicamentos. É no Inverno que aparece o maior número de quadros clínicos de psoríase. O fato está ligado à falta de contato com o sol, que ajuda no tratamento de lesões.
Além dos fatores hereditários, a psoríase também sofre influência do estresse emocional, traumas, infecções de garganta, medicamentos e clima, que podem servir de gatilho para desencadear crises. Segundo o dermatologista Fernando Mandelli, os pacientes devem evitar a automedicação. “O uso inadequado de medicamentos pode trazer efeitos indesejáveis, assim como desencadear formas mais graves de psoríase”, alerta. Há também a psoríase pustulosa, com lesões localizadas ou generalizadas que apresentam pus. E os casos de psoríase eritrodérmica, que podem surgir após tratamentos com luz ultravioleta ou uso irregular de cortisteróides. Por fim, a artrite psoriásica, rara, mas que apresenta um quadro clínico mais grave, pois afeta as articulações. Segundo Dr. Fernando, nos casos gerais de psoríase não há sangramentos. “Em situações específicas, a psoríase pode se agravar e evoluir para o tipo pustuloso. Nesse caso, o paciente precisa ter cuidados para não causar sangramentos decorrentes de esbarrões em superfícies, objetos pontiagudos ou quedas”. Os medicamentos e cuidados que controlam a doença podem facilitar a vida dos pacientes. A indicação do tratamento mais adequado deverá ser feita após o exame por um dermatologista ou reumatologista. “Existem várias opçoes de tratamento para psoríase. Levamos em consideração a gravidade e a extensão”, diz o especialista. Dr. Fernando alerta sobre o uso de corticóides. Eles são execelentes contra a doença, mas, se não forem controlados, podem causar efeito contrário. “Utilizar e suspender o uso de corticóides, de uma hora para outra, pode causa efeito rebote. Há casos em que o quadro clínico apresenta pioras significativas pelo simples uso inadequado. Por isso, é imprescindível seguir corretamente o tratamento”. Daniel Zimmermann
MAIS INFORMAÇÕES Dr. Fernando Mandelli CRM 12837 (47) 3035.2755
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Exames oftalmológicos são importantes para portadores de psoríase
Os pacientes que desenvolvem artrite psoriásica têm maior chance de acometimento ocular pela dença. Este tipo de artrite está associada com os marcadores sorológicos HLA-B27 e HLA-B17. Apesar de incomum, a mais frequente manifestação ocular na psoríase é a uveíte anterior aguda, que corresponde a uma inflamação da parte anterior do olho, incluindo íris (parte colorida dos olhos) e corpo ciliar (logo atrás da íris). Ela pode ser diagnosticada em apenas um ou em ambos os olhos. Os sinais dessa doença costumam ser olho vermelho sem secreção, dor ocular e turvação visual.
que o paciente procure um especialista assim que perceba qualquer dos sinais citados. “Com a rapidez no diagnóstico, o tratamento será o mais adequado possível, podendo evitar complicações aos olhos”. Dr. Rafael explica ainda que estes tipos de inflamação podem ser recorrentes ao longo dos anos. “Em casos de doenças crônicas, como a psoríase, é necessário que os pacientes procurem o oftalmologista regularmente para diagnosticar precocemente quaisquer problemas oculares”. Daniel Zimmermann
Caso raro e que também pode ocorrer devido à psoríase são a conjuntivite e ceratite. Diagnosticadas como inflamações das camadas mais anteriores dos olhos, também causando vermelhidão, mas, geralmente, acompanhada de secreção ou lacrimejamento e dor. Nesse caso, a visão também pode ser reduzida. Olho seco também pode ocorrer, podendo causar irritação e vermelhidão ocular, sendo relativamente comum em pacientes com doenças inflamatórias crônicas, como é o caso da psoríase. Segundo o médico oftalmologista Rafael Allan Oechsler, é muito importante
MAIS INFORMAÇÕES Dr. Rafael Allan Oechsler CRM 10138 (47) 3378.1410
Obesidade
cirurgia só em casos extremos Banco de imagens
procedimento cirurgico a obrigação de perder peso, tendo de passar a se alimentar com apenas 50 ml líquidos de hora em hora após a intervenção. Isso pode trazer agravantes, principalmente para pessoas compulsivas. Reeducação Pietrine Daminani tem um exemplo de superação. Desde a adolescência, a blumenauense, hoje com 29 anos, sempre teve peso acima do normal para a estatura. Buscou várias formas de emagrecimento: por meio de medicamentos diversos, regimes ditos milagrosos ou dietas arriscadas. Mas, em nenhum dos casos obteve sucesso, apenas o conhecido e danoso enfeito sanfona. Emagrecia demais em um primeiro momento e, logo depois, tornava a engordar, muitas vezes, passando a pesar mais que antes.
Após decepção, Pietrine resolveu perder peso sem cirurgia
A
s cirurgias bariátricas e de inserção de bandas gástricas para a redução do estômago estão se tornando cada vez mais comuns entre a população que vive acima do peso regular quando, na verdade, são indicadas para casos de obesidade mórbida ou obesidade associada às comorbidades (como o diabetes). O perigo está no conceito que muitas pessoas têm quanto a estes procedimentos, tomando a decisão de passar pela cirurgia sem antes tentar outros métodos de emagrecimento. Há casos em que a comodidade é um fator grave. Pessoas passam a ter uma vida sedentária sem cuidados com a saúde confiantes que, quando necessário, terão as cirurgias à disposição para resolver o problema de excesso de peso.
A nutricionista Camila Bona afirma que muitos pacientes sequer tentaram perder peso com exercícios ou novas práticas de alimentação. “Quando recebo pacientes que querem realizar a cirurgia bariátrica é possível perceber se estão omitindo informações”. Isso é uma situação grave, pois, o paciente coloca a responsabilidade da perca de peso no procedimento, buscando se isentar de obrigações. “Nem tudo são flores na vida de uma pessoa que precisa emagrecer, mas, é preciso esforço. É necessária uma alimentação balanceada, realização de atividades físicas e cuidados com o ritmo de vida”, adverte a nutricionista. Camila cita um exemplo básico: existem pessoas que comem em demasia, sem controle e transferem para o
A decisão de passar pelo procedimento cirúrgico para perder peso veio logo após as férias do Verão 2010/2011. Pietrine se decepcionou com o comentário que recebeu de uma foto que havia colocado no perfil de uma rede social. No auge de seus 114 quilos, a escolha foi pela banda gástrica. “‘Para quando é o bebê?’ Esse comentário me desolou totalmente e fui buscar ajuda. Conheci as duas cirurgias – a bariátrica e a de banda gástrica. Escolhi pela banda, pois, se nada desse certo, eu poderia reverter”. Arcando integralmente com os custos e ciente dos riscos, Pietrine passou pelo procedimento em janeiro desse ano. Depois de seis horas de cirurgia, o resultado não foi nada agradável. Devido a intercorrências da operação, a banda gástrica não foi colocada. “Foi um choque muito grande acordar e descobrir que tudo foi em vão. Poderia ter ainda sido pior e acabei ficando com uma marca física de um insucesso”.
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Obesidade Hora de dar um basta Ainda no período do pós-operatório, Pietrine decidiu dar um basta. A decisão rápida foi de iniciar uma dieta idêntica a de quem passa pela cirurgia. Passou a agir como se tivesse inserido a banda gástrica para diminuição do estômago. Na sequência, buscou ajuda com a nutricionista Camila Bona. “Como todo o processo da cirurgia o tratamento nutricional foi realizada de forma particular. Nós não havíamos acompanhado o quadro de Pietrine antes disso. Porém, ela chegou ao consultório muito descontente com tudo”. A nutricionista realizou um cardápio muito parecido com aquele desenvolvido para as pessoas que tiveram a redução de estômago. Pietrine passou por uma reeducação. Não só alimentar, mas de vários aspectos da vida. Com apoio também psicológico, trabalhou a ansiedade, o conhecimento de si própria e descobriu porque sentia necessidade de comer tanto quando o suficiente para o corpo era bem menor.
A reeducação foi primordial para a perda de 25 quilos de gordura em menos de seis meses. Além da reformulação da rotina, entraram na vida do casal os ingredientes de melhor qualidade, evitando produtos sem benefícios, e os exercícios físicos. Por outro lado, os lanches de última hora e alimentos sem qualquer tipo de rendimento desapareceram do processo, assim como a comodidade e o sedentarismo.
Pietrine perdeu peso e ganhou consciência. Come sempre o que tem vontade, mas o próprio corpo já se acostumou com quantidades limitadas. Hoje, são dois números a menos no manequim. “Reconheço que daqui para frente será mais difícil perder peso, pois a gordura já foi substituída por massa magra. Mas, continuo perdendo centímetros”, afirma. O traçado da meta exige a perda de mais 10 quilos que estão sendo trabalhados com a continuidade da reeducação alimentar e com exercícios físicos. Mês a mês, ela produz fotos e faz a marcação de todas as medidas. Está muito contente com os resultados. Considera o susto que teve da cirurgia como pontapé inicial para a mudança de vida. Daniel Zimmermann
“Passei a anotar tudo que eu comia. Tudo mesmo, sem me enganar. Até mesmo o tamanho da fatia de bolo que eu comia. Foi uma transformação sem passar fome”, conta. Ao lado do marido Luiz Carlos Barravieira Júnior, transformou muita coisa no dia a dia. Iniciou um respeito para com as refeições, não as deixando de cumprir, todos os dias. O casal buscou novas receitas, inovou no jeito de comer, passando a saborear mais.
“É possível dizer que o esforço de Pietrine gerou resultados mais positivos em um curto espaço de tempo do que se ela realmente tivesse colocado a banda gástrica no estômago”, afirma Camila Bona. Segundo a nutricionista, para muitas pessoas, o mesmo esforço daria grandes resultados, mas, o sedentarismo impede e acabam optando por procedimentos cirúrgicos como primeira opção.
Nutricionista Camila Bona
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Cirurgia Plástica Cirurgia Vascular Mudança de hábito Pietrine não deixa espaçar nenhum horário de alimentação, que hoje são seis: café da manhã, lanche, almoço, café da tarde, lanche e ceia. Esteja onde estiver, ela carrega consigo, pelo menos, uma barra de cereal e um líquido. A academia era algo que passava longe de Pietrine antes da reeducação. Mas, em menos de um mês, ela tomou gosto pelos exercícios que pratica todos os dias, incluindo sessão de pilates três vezes na semana.
Grupo de Apoio
Dr. Cláudio Eduardo P. Souza Cirurgião Plástico CRM 14.706
A Unimed Blumenau está organizando o Grupo de Apoio a Pacientes Obesos (Gapo). A intenção é unir pessoas obesas que tenham a intenção de realizar cirurgia para discutir melhor o assunto e perceber outras alternativas. Informações com Camila Bona – 3331-8777. C
Cirurgia bariátrica e gravidez
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Cirurgia Plástica estética e reparadora Tumores de pele Cicatrizes e queimaduras Cirurgia Crânio Facial Toxina Botulínica Preenchimento facial
CM
Assim como Pietrine, várias outras mulheres acima do peso ou obesas têm o desejo de engravidar. Mas vale ressaltar que, após a cirurgia bariátrica ou de banda gástrica, os cuidados para uma gestação precisam ser redobrados.
muito comum em gestantes, assim como situações de anemia, que devem ser acompanhadas com zelo pelos médicos quando a paciente tem o estômago reduzido cirurgicamente.
A ginecologista Muriel Giongo afirma que, em cada período da vida da mulher, existem necessidades nutricionais diferentes e, após realizar uma cirurgia reducional do estomago, seja ela definitiva ou por banda reversível, haverá restrições alimentares. Por isso, são necessárias complementações para que o organismo se mantenha saudável.
Daniel Zimmermann
“Será necessário realizar suplementações ao logo de toda a vida, adequando e individualizando estas a cada período. Na gestação, a deficiência de ácido fólico, que combate má-formações fetais, é muito maior em mulheres operadas e as doses deverão ser mais específicas”, alerta a especialista. A deficiência
de ácido fólico é
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Membro da Sociedade brasileira de Cirurgia Plástica
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Dra. Sandra Mara Nadal Cirurgiã Vascular e Angiologista CRM 14 894
MAIS INFORMAÇÕES Dra. Muriel Giongo CRM 6513 (47) 3222.0525
Tratamento de Varizes Edemas Úlceras Venosas e Arteriais Esclerose de Microvasos
3035.5203 47 . 8456 5005 47 .
Rua Dr. Luis de Freitas Melro . 42 Centro . Blumenau/ SC
Plano de saúde
Regras para autorização Daniel Zimmermann
Quando necessário, paciente ou familiar precisa solicitar autorização na sede da Unimed
C
omo operadora de planos de saúde, a Unimed Blumenau é corresponsável por serviços prestados na rede credenciada e responde com os cooperados por eventuais intercorrências que possam acontecer durante o atendimento ao cliente. Além de priorizar o cliente, a operadora de planos de saúde precisa assegurar ao médico assistente e ao serviço credenciado condições adequadas à prestação do atendimento. A gerente de Custos Assistenciais da Unimed Blumenau, Fabiana Ada Rigon Richter, explica que, para isso, existem algumas regras de autorização a serem seguidas. “Para cada procedimento realizado pelo beneficiário, existem etapas de análises técnicas e administrativas a serem cumpridas, tanto para procedimentos de alta, como de média ou baixa complexidade”, destaca.
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Procedimentos de autorização 1. Ao buscar atendimento do médico ou serviço de confiança, o beneficiário recebe uma guia com a solicitação de exames ou procedimentos; 2. O próprio médico ou prestador orientarão ao beneficiário se o que foi solicitado necessita ou não de autorização prévia para a realização; 3. Havendo necessidade de autorização prévia, o cliente deve buscar a senha de autorização na sede da Unimed. Esse atendimento pode ser feito também através de um familiar, portando a guia e o cartão do beneficiário, se este tiver qualquer impossibilidade de comparecer pessoalmente; 4. São realizadas as análises contratuais e técnicas do procedimento requerido, além de checar se o mesmo está coberto conforme rol da Agência Nacional de Saúde (ANS). Havendo necessidade, o médico autorizador pode solicitar exames ou relatórios complementares para que haja emissão de parecer embasado em evidências científicas; 5. Aprovado o processo, é emitida senha de autorização e o beneficiário pode agendar o procedimento no prestador de confiança; 6. Eventualmente, não sendo aprovado o processo, as razões da negativa são repassadas para o beneficiário e o médico solicitante.
Autorizador, consultor e perito Quando a Unimed Blumenau recebe as solicitações de exames ou procedimento, entram em cena quatro diferentes profissionais: o médico autorizador, o consultor médico, o perito (nos casos previstos) e o assistente de autorizações. Médico autorizador: Verifica a solicitação de exame ou procedimento e compara com o rol de procedimentos vigente da Agência Nacional de Saúde. Também cabe ao médico autorizador a análise técnica do procedimento
proposto, conforme pareceres da Medicina Baseada em Evidência e as melhores práticas científicas reconhecidas. Este mesmo profissional contata o médico assistente se houver a necessidade de informações complementares para a análise técnica. Em algumas especialidades é acionado o médico consultor externo especialista. Médico consultor: É o profissional especialista que presta servi-
ços para a operadora por meio de contratos diretos com a Unimed Blumenau ou através da Federação das Unimeds do Estado de Santa Catarina. A este cabe a análise técnica aprofundada e a emissão de parecer que retorna para avaliação do médico autorizador. Perito médico: Quando necessário, é acionado e executa a análise técnica com a presença do beneficiário. O perito possui formação específica para executar perícias presenciais e/ou documentais.
AUTORIZADOR ELETRÔNICO A Unimed Blumenau está implantando o sistema de autorizações eletrônicas SCCard. Este sistema permite não apenas a autorização do procedimento, mas também a integração com a base de dados da Unimed para auditoria e pagamento. Hoje, o autorizador eletrônico já é uma realidade no processamento de consultas médicas, eliminando a necessidade das guias físicas e possibilitando pagamento semanal aos médicos. A Unimed se prepara para, em breve, utilizar o autorizador eletrônico em procedimentos de maior complexidade, como exames e terapias, o que simplificará todo o processo de autorização que envolve o beneficiário.
São aquelas passíveis de programação, quando estão tecnicamente descaracterizadas a urgência e a emergência para realização do procedimento. As cirurgias eletivas devem ser autorizadas na sede da Unimed pelo próprio cliente ou um familiar. Sofre todas as análises técnicas pertinentes para a liberação.
Procedimentos médicos de diferentes escalas de complexidade necessitam autorização prévia
Banco de Imagens
Cirurgias eletivas
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FILMES
INDICADOS
PROCEDIMENTOS
Daniel Zimmermann
Prova de fogo “Como seres humanos, temos vários defeitos, somos egoístas, nos priorizamos e nos preocupamos com o nosso bem estar. Isto dentro de um relacionamento acaba sendo mais evidenciado. Este filme trata de um relacionamento que está em crise, a ponto de simplesmente haver a separação. Há então a intervenção de um dos pais do casal, sugerindo um diário de 40 passos que devem ser dados um por dia”. Camila Silva Schwantes Coordenadora da Atenção à Saúde da Unimed Blumenau
Gerente de Custos Assistenciais da Unimed, Fabiana Ada Rigon Richter
A gangue está em campo
Entenda melhor
“Baseado em uma história real, fala sobre um grupo de adolescentes delinquentes que conseguiram uma segunda chance de transformar suas vidas através do futebol americano. Sean Porter (Johnson) é um oficial de justiça criminal de adolescentes frustrado. A maior parte dos jovens de seu campo de detenção volta para a prisão quando é solto ou morre de forma violenta quando volta às ruas. Com o intuito de fazer a diferença na vida destes jovens, ele e seu colega de trabalho colocam em prática um plano para ensinar disciplina e responsabilidade através do futebol”.
Urgência: É resultante de acidentes pessoais ocorridos em data específica e de maneira súbita e involuntária, causando lesão física ou decorrente de problemas de saúde. Também são consideradas urgências as complicações de gestação. A urgência contempla os quadros agudos, súbitos e que impossibilitam o deslocamento do beneficiário, sendo este socorrido no local onde estiver. A urgência é caracterizada através da prescrição médica. Nesse caso, o procedimento não necessita de autorização prévia, mas é passível de auditoria posterior. Emergência: É o evento que implica em risco imediato de morte ou de lesões irreparáveis para o beneficiário. Caracterizada a emergência pelo médico, o atendimento é imediato e prestado no local onde o beneficiário demandar o socorro. Da mesma forma que a urgência, a autorização somente é gerada após o atendimento, pois a prioridade é assegurar a vida e o atendimento imediato ao beneficiário.
Lisley Tontini do Nascimento Cliente Unimed desde 1º/09/2007
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