Unimed Blumenu - Ed. 59

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Maio/Jun 2012 O pediatra Ernani da Silva com os filhos Renato (gastroenterologista), Alexandre (urologista) e Ronaldo (cardiologista)

medicina em famĂ­lia 1


Lentes Intraoculares Antigamente, a cirurgia de catarata era realizada através de uma grande incisão. Para que os pacientes voltassem a enxergar normalmente, era necessária a utilização de óculos de 13,00 graus, pois as lentes intraoculares ainda não eram utilizadas. A partir da década de 80 as lentes intraoculares se popularizaram, permitindo então a substituição do cristalino do olho por uma lente artificial. A utilização desse método atual garante que somente em alguns casos os pacientes precisam usar óculos para longe e perto, dependendo da lente intraocular que foi implantada, tornando assim a cirurgia da catarata também um procedimento refrativo. Existem vários tipos e modelos de lentes intraoculares. As lentes mais modernas são chamadas Lentes Intraoculares PREMIUM. Elas se dividem em: Lentes Monofocais Asféricas: propiciam visão para longe e após a cirurgia o paciente necessita do uso de óculos; Lentes Tóricas: corrigem até 5.00 graus do astigmatismo corneano pré-operatório; Lentes Asféricas Multifocais Difrativas e Lentes Asféricas Multifocais Difrativas Tóricas: propiciam visão para longe e para perto (em 90% dos casos, o paciente não necessita do uso de óculos ou fica menos dependente deles).

O que é uma Lente Asférica? Quase toda córnea tem aberrações positivas. Uma pessoa jovem tem o cristalino com um formato que compensa estas aberrações da córnea, o que torna sua visão muito boa. Porém, com a idade, o cristalino vai se modificando e não possui mais a capacidade de corrigir aberra-

Cristalino normal

Cristalino com catarata

Lente Intraocular

ções corneanas, piorando assim a visão e a sensibilidade ao contraste.

IMAGENS CEDIDAS PELA ALCON LAB DO BRASIL LTDA

Corpo Clínico

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Dr. Vilmar Müller CRM-SC 2896 RQE 1337 - Diretor Técnico Dr. Fernando C. Ludwig CRM-SC 4508 RQE 1119 Dr. José Roberto M. Castro CRM-SC 7460 RQE 4091 Dr. Luiz Felipe Hagemann CRM-SC 8014 RQE 6052 Dr. Paul Francis Saut CRM-SC 8117 RQE 2659 Dr. Marcus Grigato Campos CRM-SC 10034 RQE 4514 Dr. Giancarlo Simionatto CRM-SC 8710 RQE 6776 Dr. Éderson Henrique Engel CRM-SC 10916 RQE 7161 Dra. Ana Lúcia C. G. de Souza CRM-SC 14646 RQE 9324 Dra. Marta Duwe CRM-SC 11748 RQE 7545 Dr. Hermógenes C. S. Renuzza CRM-SC 15500 RQE 6852 Dr. Cristiano Coelho Ludvig CRM-SC 12340 RQE 8340 Dr. Rodrigo Thiesen Müller CRM-SC 13196 RQE 8604 Dra. Larissa C. B. Koerich CRM-SC 13244 RQE 174

Com o advento das lentes asféricas, restauramos a condição óptica dos olhos jovens, comprovando que a visão é muito melhor com esta, comparada às lentes intraoculares esféricas.Além disso, estudos recentes comprovam que as lentes asféricas propiciam melhor sensibilidade ao contraste, além de aprimoramento da visão e, consequentemente, melhor qualidade de vida. Dr. Hermógenes C. S. Renuzza Médico Oftalmologista CRM-SC 15500 RQE 6852

Dr. Vilmar Müller Médico Oftalmologista CRM-SC 2896/rqe 1337 Diretor Técnico

47 3322-5000 www.hob.med.br

Rua 7 de setembro, 1300 | Centro | 89010-204 Blumenau - SC| hob@hob.med.br


ÍNDICE Veículo de Divulgação da Unimed Blumenau - Cooperativa de Trabalho Médico.

CONSELHO EDITORIAL

Dra. Ana Cristina de Oliveira Dr. Alfredo Nagel Dr. Fernando Sanches Dr. Odilon Ascoli Dr. Rodrigo Vanzelli Luiz Mund

4 ALÔ VOCÊ O canal de comunicação do leitor 6 EM FOCO Unimed Vida beneficia 25 mil estudantes 8 PÁGINAS VERDES com o geólogo Juarêz José Aumond 15 NOSSA GENTE com a enfermeira Eloize Goldacker Fávero 16 PREVENÇÃO Atenção às doenças do frio 18 FAMÍLIA Filho único não é problema 20 QUALIDADE DE VIDA Benefícios da terapia ocupacional 26 SAÚDE DA MULHER Vacinas para uma vida saudável 29 AÇÚCAR Os males causados pelo excesso 34 ARTIGO Exames reveladores

EDITOR-EXECUTIVO

Sidnei dos Santos - Palavra Escrita Ltda ME sidnei@mundieditora.com.br

Fotos Banco de Imagens

REPORTAGEM

Cleiton Schlindwein, Daiani Caroline Coelho, Francielle de Oliveira e Iuri Kindler

GERENTE DE ARTE Lucas Gonçalves

DIAGRAMAÇÃO

Adriana Baier e Tiago de Jesus

CAPA

Foto: Ivan Schulze/Fole Studio Arte: Tiago de Jesus Produção: Iuri Kindler

EDITORA-CHEFE

Danielle Fuchs - Fuchs Editorial Ltda ME danielle@mundieditora.com.br

GERENTE COMERCIAL

Eduardo Bellidio - 47 3035.5500 eduardo.bellidio@mundieditora.com.br

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Médicos que se espelharam nos pais na hora de escolher a profissão

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Conheça mitos e verdades que podem fazer toda a diferença na alimentação

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Sexo na terceira idade deve ser encarado com naturalidade e segurança

GERENTE COMERCIAL GERAL Cleomar Debarba debarba@mundieditora.com.br

DIRETOR-EXECUTIVO

Niclas Mund niclas@mundieditora.com.br CIRCULAÇÃO circulação@mundieditora.com.br

Editorial

SUGESTÃO DE PAUTA pauta@mundieditora.com.br

As virtudes do exemplo

UNIMED BLUMENAU

Um viva aos bons exemplos. Eles ajudam a formar cidadãos, profissionais conscientes, pessoas melhores. E é primordialmente em casa que devem surgir. Crianças que têm em quem se espelhar de forma positiva, terão mais chances de traçar o caminho do bem e da competência. O exemplo dos pais influencia os filhos para a vida toda.

Rua das Missões, 455 • Blumenau/SC Fone: 47 3331.8500 • Fax 47 3331.8570 www.unimedblumenau.com.br Twitter: @unimedblumenau

HOSPITAIS

UNIDADE CENTRO Neumarkt Trade & Financial Center, 5º andar • Blumenau/SC Rua Ingo Hering, 20 | Anexo ao Shopping Neumarkt Fone: 47 3037.8500 UNIDADE VILA NOVA Rua Almirante Barroso, 1159, Bairro Vila Nova • Blumenau/SC Fone: 47 3331.8700 UNIDADE TIMBÓ Rua Pomeranos, 3000, Bairro Pomeranos • Timbó/SC Fone: 47 3281.4000 SOS UNIMED Fone: 0800.6454747

Isso fica bem claro ao analisar a lista de médicos cooperados da Unimed Blumenau e constatar que muitos seguiram a profissão do pai ou da mãe, quando não dos dois. Dr. Ernani da Silva, por exemplo, tem três filhos médicos. O ginecologista Jacy Bruns tem outros dois que, além da medicina, escolheram a mesma especialidade do pai, a ginecologia. São vários exemplos. Para produzir a reportagem de capa, a equipe de redação da Revista Unimed entrou em contato, via internet, com casais de médicos que têm filhos médicos e com médicos que têm mais de um filho na mesma profissão. Aqueles que responderam positivamente foram citados na reportagem, que tem o interesse de mostrar o quão importante para os filhos é a conduta dos pais. Além da reportagem de capa, a revista está repleta de importantes informações para uma vida saudável. Sobre alimentação, trazemos alguns mitos e verdades que fazem a diferença na dieta do dia a dia. Outra reportagem trata do açúcar e os males que o consumo em excesso pode causar. Como o frio está chegando, o pneumologista Roger Pirath Rodrigues fala como se prevenir das chamadas doenças do Inverno. Prevenção também é o tema da reportagem sobre o calendário de vacinas para a mulher, da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Na seção Páginas Verdes, uma entrevista com o geólogo Juarêz José Aumond traz informações importantes sobre a situação dos morros e encostas de Blumenau e região e analisa o que foi feito para prevenir catástrofes naturais após as chuvas e deslizamentos de 2008. Boa leitura!

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ALÔ VOCÊ Recepção “Gostaria de agradecer ao ótimo atendimento das recepcionistas Luelen Pereira e Ana Paula Klauberg do PA Vila Nova, muito atenciosas. Continuem sempre assim.” Izabel Souza Beneficiária Unimed Blumenau

Surpresa positiva “Gostaria de externar meu amplo contentamento com o tratamento extremamente gentil, rápido, prestativo, cordial e, acima de tudo, humano que recebi. Já fui usuário de outros dois planos de saúde, um regional, da minha cidade (Santos/SP), e outro com abrangência nacional, através do qual tive acesso a hospitais como Albert Einstein, Samaritano, Oswaldo Cruz e Sírio Libanês, e gostaria de ressaltar que o atendimento recebido na Unimed Blumenau em nada deixou a desejar se comparado com o atendimento que recebi, por exemplo, no Einstein. Creiam-me, surpreender um cliente ou paciente de forma negativa é muito fácil; de forma positiva é quase impossível, mas, a Unimed Blumenau, desde a funcionária da terceirizada Orsegups, que fica na porta auxiliando na retirada das senhas, até os enfermeiros, que foram os últimos com quem travei contato, passando por todo o corpo clínico (Dr. Luciano Praun, o anestesiologista e todos os demais), equipe de atendentes da autorização, recepcionistas, telefonistas, enfim, sem exceção, todos os que me atenderam foram de tal presteza que me confesso amplamente satisfeito e surpreso com o atendimento recebido. Agradecer não me bastava, então resolvi tornar público meu contentamento com o atendimento e atenção que recebi. Continuem dessa forma. Muito Obrigado a toda equipe da Unimed Blumenau!” Paulo Roberto Bueno Beneficiário Unimed Blumenau

Presteza “Gostaria de agradecer o atendimento, quando liguei para pedir ajuda para localizar um consultório médico. Liguei duas vezes e fui muito bem atendido. Nunca vi alguém com tanta vontade em ajudar (não lembro nomes). Mesmo assim, fico grato, já é a segunda vez que preciso de ajuda na Unimed e sou muito bem atendido. A outra vez em que precisei era de uma revista impressa, fui ajudado pelo senhor Osnildo. Obrigado.” Orlando Miranda Beneficiário Unimed Blumenau

atendimento domiciliar “Dra. Maura, enfermeiros e atendentes do Atendimento Domiciliar da Unimed Blumenau, agradeço os cuidados que tiveram comigo. Vocês formam uma ótima equipe, obrigada!” Gidia Dal Anolo Beneficiária Unimed Blumenau

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Terapia “Meu nome é Andréa, sou a mãe da Giovanna, e gostaria de deixar registrado o meu profundo agradecimento às profissionais Fernanda (fonoaudióloga) e Gisela (terapeuta ocupacional), que atendem a minha filha na Unidade da Vila Nova. A Giovanna é uma criança especial que não fala, não deglute absolutamente nada e também tem vários outros atrasos no desenvolvimento motor. Trabalho difícil, que exige muita paciência e, principalmente, insistência. De tanto insistir, ela já está ‘pedindo água’. Obrigada de coração, Gisela e Fernanda. Vocês são maravilhosas.” Andrea Imthurm de Carvalho e Giovanna Imthurm de Carvalho Benefíciárias Unimed Blumenau

Profissionalismo “Como paciente, quero agradecer a Unimed Blumenau por nos oferecer serviços tão importantes e de grande valia, como o atendimento multidisciplinar, com profissionais da psicologia. Agradeço e parabenizo, em especial, o profissional que selecionou e contratou a psicóloga Gerusa Wilbert. Essa profissional, embora muito jovem, é, simplesmente, brilhante. Ela desempenha seu trabalho com tanto amor à profissão, tanta dedicação, tanta seriedade, sabedoria, conhecimento, paciência, inteligência,serenidade, enfim, fica difícil descrever com palavras tantas qualidades em um só profissional. Ela tem a postura e a tranquilidade de quem tem anos, décadas, de experiência. Tenho 45 anos e conheci poucos profissionais assim até hoje. Estou ainda no início do tratamento, porém, com as palavras mágicas da Gerusa, já vejo que a vida não é assim tão difícil e o mundo não é tão cruel.” Adilson Francisco Beneficiário Unimed Blumenau

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EM FOCO Unimed Vida em 35 escolas beneficia 25 mil alunos

Trinta e cinco escolas de Blumenau participam da edição 2012 do Projeto Unimed Vida. O projeto prevê a realização de ações contemplando mais de 25 mil alunos e mil professores. Entre elas, 20 horas de formação dedicadas aos professores nos cinco temas abordados pelo projeto: prevenção de acidentes, consumo consciente, alimentação saudável, adolescência e sexualidade e Objetivos do Milênio (ODMs). A promoção de debates para os alunos com profissionais qualificados sobre alimentação saudável e adolescência e sexualidade, tema que também será alvo de palestra dirigida aos pais, faz parte das ações programadas para 2012, assim como a realização de feiras nas escolas, do Simpósio Unimed Vida para

os professores, da análise do ambiente escolar visando a prevenção de acidentes; orientação e supervisão para a realização do Plano de Abandono (que consiste em um exercício simulado de abandono do prédio escolar em situação de incêndio), assessoria pedagógica, realização de curso de suporte básico para a vida e formação para os integrantes da Comissão de Saúde – estes últimos voltados aos professores – completam a lista. As escolas participantes também têm cobertura do SOS Unimed. De acordo com a gerente de Responsabilidade Social e do Instituto Unimed Santa Catarina, filial Blumenau, Jeane Tomaz Pinheiro, os temas trabalhados são resultado de solicitações feitas pelos professores no decorrer das visitas pedagógicas e das vivências da equipe técnica do projeto em feiras e simpósios. “O projeto busca proporcionar aos participantes aprendizagens que façam parte da rotina familiar, desafiando crianças e jovens a construir conceitos sobre qualidade de vida e a refletir sobre a importância das escolhas para uma vida mais longa, saudável e feliz”, destaca.

ESCOLAS PARTICIPANTES 1. EEB João Durval Muller 2. EEB Christoph Augentein 3. EEB Cel. Pedro Cristiano Feddersen 4. EEB Profª Julia Lopes de Almeida 5. EEB Bruno Hoeltgebaum 6. EEB Comendador Arno Zadrozny 7. EEB Hercilio Deeke 8. EEB Gov. Celso Ramos 9. EEB Profº João Widemann 10. EEB Victor Hering 11. EBM Almirante Tamandaré 12. EBM Annemarie Techentin 13. EBM Conselheiro Mafra 14. EBM Francisco Lanser 15. EBM Gal. Lucio Esteves 16. EBM Gustavo Richard 17. EBM Henrique Alfart

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18. EBM Hella Altenburg 19. EBM Lauro Muller 20. EBM Leoberto Leal 21. EBM Machado de Assis 22. EBM Olga Rutzen 23. EBM Pastor Faulhaber 24. EBM Patricia Helena Pegorin 25. EBM Pedro I 26. EBM Pedro II 27. EBM Profª Alice Thiele 28. EBM Profº Fernando Ostermann 29. EBM ProfºJoão Joaquin Fronza 30. EBM Profº Oscar Unbehaun 31. EBM Rodolfo Hollenweger 32. EBM Tiradentes 33. EBM Quintino Bocaiuva 34. EBM Visconde de Taunay 35. Colégio Shalom


Professores das escolas do Unimed Vida fazem curso Sessenta pessoas, entre professores, coordenadores e funcionários das escolas atendidas pelo Projeto Unimed Vida participaram de uma formação sobre Adolescência e Sexualidade com a psicanalista Michele Kamers, mestre em Psicologia e Educação pela USP e professora do Ibes/Sociesc. O relacionamento entre pais e filhos adolescentes e professores, as implicações e os efeitos da adolescência na família e vice-versa, as perdas que a adolescência produz nos pais, as descobertas da fase, as identificações e o grupo adolescente, a importância da escola

e os avatares de ser pai e mãe de adolescentes nos dias atuais foram temas abordados pela psicanalista. Na avaliação da coordenadora pedagógica da Escola Lauro Müller e Laura Chaves, a Unimed está de parabéns pela realização da palestra. “O tema é de grande relevância e foi tratado com muita propriedade pela palestrante. Além de abordar teoricamente a questão, foram apontados encaminhamentos para a prática na escola. Percebe-se que a abordagem da professora vem ao encontro do que a literatura mais atual tem nos revelado”, destacou.

Campanha de captação do IR Em 22 de março, a Unimed Blumenau e o Instituto Unimed SC - Filial Blumenau convidaram contadores para um café da manhã especial, em que foi apresentado o Projeto Unimed Vida, inscrito no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente para receber recursos de isenção fiscal do Imposto de Renda 2011. A 1ª Campanha de Captação de IR para o Projeto Unimed Vida tem como objetivo sensibilizar contadores e, por meio deles, clientes e cooperados da Unimed, a contribuir destinando até 3% da restituição do IR ao Projeto, que beneficia

25 mil crianças e adolescentes, em 35 escolas de Blumenau com ações em prol da cidadania e da qualidade de vida.

atenção à saúde da mulher Desde março, o Centro de Promoção e Atenção à Saúde (Cepas), da Unimed Blumenau, realiza, uma vez por mês, atividade no Parque Ramiro Ruediger. Em 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a equipe de enfermagem do Cepas atendeu individualmente as frequentadoras do parque, aferindo pressão arterial, tirando dúvidas, analisando o risco para as doenças cardíacas e distribuindo brindes.

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PÁGINAS VERDES

com o geólogo e professor da Furb Juarês José Aumond

“Não adianta gastarmos caminhões de dinheiro e não fazer manutenção” Daniel Zimmermann

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ormado em Geologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mestre em Geografia e doutor em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Juarês José Aumond é professor titular da Furb há 41 anos, sendo considerado o professor mais antigo da universidade em atividade. Aumond leciona em vários cursos de graduação e no mestrado de Engenharia Ambiental e Desenvolvimento Regional da Furb. Desde a catástrofe de novembro de 2008, trabalha, em nome da Furb, ajudando a Defesa Civil de vários municípios na investigação das causas e orientando sobre medidas preventivas. Ele já participou de vários fóruns sobre eventos climáticos extremos e simpósios internacionais. Em janeiro, esteve no Rio de Janeiro para participar do fórum sobre a catástrofe na Região Serrana daquele Estado e avaliar a evolução dos acontecimentos após um ano. Para falar sobre a situação geológica de Blumenau e região, Juarês José Aumond concedeu entrevista à Revista Unimed.

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Revista Unimed: O senhor vem acompanhando a situação dos morros e encostas de Blumenau e região. Como está a situação geológica hoje? Corremos o risco de repetir 2008? Juarês José Aumond: Desde que ocorram eventos de chuvas extremas, como em 2008, isso pode acontecer de novo. No entanto, a Prefeitura de Blumenau está dando um exemplo de gerenciamento de áreas de risco. Mesmo que venha a ocorrer eventos como


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aquele, não vão acontecer tantas perdas. Blumenau está dando um exemplo para o Vale, porque criou uma Secretaria de Geologia. Foram identificadas as áreas de risco e estão implementando ações preventivas para elas.

tornando as consequências mais graves. Escorregamentos sempre ocorreram, mesmo na ausência humana, mas, ao ocuparmos as áreas ambientalmente frágeis, potencializamos os movimentos de massa.

RU: Em Blumenau, temos o caso RU: Que cuidados devemos todo Morro da Coripós, que vem mar na hora de construir ou sofrendo modificações desde escolher o lugar para morar? antes da catástrofe de 2008. O Depois de 2008 ficou a sensaque ocorre naquela formação? ção de que não há mais lugares Temos outros locais com o mes- seguros. Aumond: Em primeiro lugar, temo problema? Aumond: A Coripós é apenas mos que respeitar o modelado uma das áreas de risco. Na reali- natural do terreno e a natureza e não tentar domidade, são dezenas ná-la. Temos que de outras áreas “Em função das adaptar nossos em Blumenau em projetos de engefunção do tipo de emissões de gases nharia e arquiterocha, morfolodo efeito estufa, as tura ao modelado gia do terreno e dos solos profunmudanças climáticas do terreno e não o contrário. Em dos e espessos da são irreversíveis e os Blumenau, atualregião. Soma-se mente, qualquer a isso o tipo de eventos climáticos construção a ser ocupação inadeextremos serão cada realizada tem quada realizada que ter um parepor décadas, que vez mais frequentes cer da Secretaria degradaram áreas de Geologia, que ambientalmente e intensos” avaliará as condifrágeis, como fundos de vales, margens de rios, to- ções geológicas e geotécnicas da pos dos morros e encostas muito área do projeto. Nas áreas de alto íngremes. A Coripós, especifica- e muito alto risco, não são mais mente, está numa zona de con- aprovados projetos. Esta deveria tatos de dois tipos de rochas di- ser uma política adotada em toferentes e esses contatos e falhas dos os municípios da região. geológicas são áreas susceptíveis RU: Esses movimentos de terra, a escorregamentos. além da chuva em excesso, têm RU: Para leigos, há a impressão a ver com mudanças climáticas, que os morros estão se ‘des- poluição e ações do homem? manchando’, que os terrenos Aumond: Com certeza. As muestão se acomodando para fi- danças climáticas vieram para ficar o mais plano possível. Isso car. Em função das emissões de gases do efeito estufa, as mudané correto? Aumond: Os processos de escor- ças climáticas são irreversíveis e os regamentos são fenômenos natu- eventos climáticos extremos serão rais de remodelamento da morfo- cada vez mais frequentes e intenlogia do terreno. No entanto, ao sos. A sociedade deverá ter muidesmatarmos as encostas e cons- to mais cuidado com a ocupação truirmos estradas e residências, dos espaços geográficos, tanto fazendo cortes e aterros, aciona- nas áreas urbanas quanto rurais, mos mecanismos que potencia- para reavaliar melhor a vocação e lizam os movimentos de massa, a limitação do uso do solo. C

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Daniel Zimmermann

Aumond ressalta que a criação da Secretaria de Geologia pela Prefeitura de Blumenau deve servir de exemplo para outros municípios do Vale do Itajaí

RU: Os morros podem cair mesmo sem chuva? Aumond: Sim, porque os morros estão encharcados e, consequentemente, o nível freático (nível de água dentro dos morros) nos períodos de estiagem começa a rebaixar e isso cria tensões dentro dos morros, que pode induzir novos escorregamentos. Tivemos esse fenômeno em vários municípios do Vale. Mas é importante esclarecer que os deslizamentos também têm sido mais frequentes e intensos em função do aumento da ocupação humana das áreas impróprias nas últimas décadas. RU: O solo do Vale do Itajaí tem alguma característica peculiar que facilita os deslizamentos de terra? Aumond: A geologia do Vale do

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Itajaí e a geomorfologia, isto é, o modelado do terreno, favorece tanto inundações quanto escorregamentos. As serras litorâneas são propícias, em função das chuvas intensas e bem distribuídas ao longo de milhares de anos, a desenvolver solos profundos, resultante da alteração de rocha que constitui o embasamento. Solos profundos, morfologia acidentada, ocupação humana desordenada e chuvas intensas constituem o quadro para os desastres ambientais. O Vale é ocupado há milhares de anos pela Floresta Ombrófila Densa (Mata Atlântica), que significa floresta amiga da água, porque na nossa região chove muito. Então, muita chuva resulta em muita umidade retida na floresta, que ajuda na formação de solos profundos. Se, por um lado, a floresta ajuda a anco-


rar o solo nas encostas, impedindo os deslizamentos, por outro, quando suprimimos a cobertura vegetal, criamos condições para os grandes deslizamentos. RU: Depois de novembro de 2008, muito se falou, medidas paliativas e possíveis soluções foram apontadas. Como está a situação hoje? Aumond: Muitas medidas preventivas foram tomadas, entre elas a reorganização das defesas civis do Estado e municípios. A mídia passou a dar mais valor às medidas preventivas para educar as comunidades e as administrações municipais, hoje, fazem esforços nesse sentido. Houve uma inversão de comportamento. Hoje, as administrações públicas dão maior importância à prevenção do que antes, quando trabalhavam apenas na correção após os desastres. Esta é a razão pela qual, provavelmente, mesmo que ocorram eventos climáticos extremos, com chuvas tão intensas como aquela de novembro de 2008, o número de perdas humanas e materiais serão muito menores.

“XXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXX XXXXXX”

RU: O governo do Estado lançou, recentemente, um plano de prevenção a acidentes naturais, que inclui uma série de obras e ações. Como o senhor avalia esse plano? Aumond: Ainda que chegasse tarde, é oportuno. No entanto, é importante esclarecer que a implantação de obras estruturais, como a construção de barragens e outras estruturas de concreto, é a parte mais fácil de ser realizada. Mais importante do que a implantação, é a manutenção e a operação posterior. Não adianta gastarmos caminhões de dinheiro se não realizarmos a manutenção dessas obras estruturais, como aconteceu há algumas décadas. Quando mais precisávamos dessas obras, elas não funcionaram por falta de manutenção. O mesmo pode se dizer sobre o sistema de alerta e alarme que vai ser implantado com o radar meteorológico, que prevê onde, quando e com que intensidade cairão as chuvas. A informação gerada pelos radares deverá ser traduzida numa linguagem acessível às administrações municipais e defesas civis e devem chegar até as comunidades com antecedência, de forma a acionar, em tempo, as medidas de prevenção e proteção. RU: As obras dependem do governo, mas todos temos responsabilidades. O que a iniciativa privada e qualquer pessoa, no dia a dia, podem fazer para contribuir com a segurança ambiental? Aumond: A segurança ambiental é direito e obrigação, não só do Poder Público, mas das pessoas, individualmente. Cada um de nós tem que exercer a obrigação. Atitudes como evitar desmatamentos, revegetar as encostas, não ocupar as áreas ambientalmente frágeis, reciclar o lixo e evitar jogar lixo na rua estão entre muitas que devemos assumir para contribuir para a segurança de todos nós.

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Reportagem de capa

Medicina em família Fotos Daniel Zimmermann

Francielle de Oliveira francielle@mundieditora.com.br

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ividir o mesmo espaço, estudar os mesmos assuntos e lidar com situações semelhantes na carreira profissional faz parte do dia a dia de alguns pais e filhos. Trilhar um caminho já conhecido, sem muitas surpresas e com uma dose extra de segurança é a opção daqueles que escolhem a mesma profissão adotada pelos pais. Afinal, como diz o ditado popular: “filho de peixe, peixinho é”. A medicina é tradicionalmente uma das carreiras mais disputadas no vestibular. O futuro médico sempre se torna o orgulho da família. Mas, a faculdade e a profissão precisam ser seguidas com clareza, pois exigem muita dedicação. Os urologistas Luciano e Leandro Praun decidiram seguir o pai Orlando Hugo Praun Jr. na profissão. Eles dizem que a medicina foi influência do pai, mas, nunca imposição. “Meu pai foi muito feliz profissionalmente e sempre nos transmitiu, indiretamente, essa felicidade. Isso foi o fator principal na hora da escolha da especialidade”, conta Dr. Luciano. Ele diz que está vivendo momentos marcantes, pois, quando era criança, o pai o levava ao hospital para ver os pacientes nos finais de semana e, agora, faz o mesmo com os filhos. “Quero passar os valores dessa maravilhosa profissão para eles, como meu pai me passou. A medicina é uma profissão que só existe se for tratada com muita responsabilidade e seriedade para com o paciente e é isto que quero passar para meus filhos, deixando a escolha deles livre para optar ou não pela medicina”, destaca.

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Dr. Luciano Hugo Praun escolheu a medicina por influência do pai, o Dr. Orlando Hugo Praun Jr.

Em reuniões familiares, os Praun tentam não conversar sobre medicina. Para Dr. Luciano, é isso que faz a família viver em harmonia. “Há mais de oito anos trabalho como urologista. Devo a minha profissão ao grande exemplo que tive do meu pai, que me mostrou que a medicina é uma profissão maravilhosa e que ajudar os outros a superar problemas de saúde é uma grande dádiva”, ressalta. O cardiologista Maicow Deny Moser também escolheu a mesma especialidade do pai, Melchior Moser. O irmão Melchior Moser Jr.

optou pela oftalmologia. “Como nasci e cresci no meio da medicina, fui me adaptando e gostando cada vez mais dessa profissão. Não porque seja minha especialidade, mas a cardiologia é a área que acho mais linda e fascinante”, afirma. Dr. Maicow diz que, hoje, a medicina, propriamente a cardiologia, tomou conta da vida dele. “É bom poder ajudar e, de alguma forma, trazer maior bem-estar para quem está doente. Sempre penso que não estou aí para curar ninguém, mas para trazer uma palavra de conforto”, acredita.


A endocrinologista Teresa Cristina Mattana achava que a decisão de ser médica tinha sido opção apenas dela, pois o pai, o cirurgião e clínico-geral Carlos Alberto Mattana, nunca a incentivou a seguir na profissão. Mas, hoje, ela percebe que a convivência com uma pessoa que admira, a familiaridade com a rotina e com os termos, assim como a curiosidade pelos fatos vividos pelo pai no dia a dia, provavelmente a influenciaram.

Pais e filhos cooperados Filhos

Pais

1

Andre Marcelo C. Mattana

Carlos Alberto Mattana

2

Camile Dallegrave I. de Ré

Luiz Ingletto

3

Claudio Gromann

Gerd Udo Gromann

“Minha profissão é parte de quem eu sou. Com o tempo, adquirimos ou desenvolvemos características relacionadas com a profissão. É ter dedicação, responsabilidade, compromisso, compaixão e qualidades que sempre foram fortalecidas em casa e servidas como exemplo”, afirma.

4

Daniel F. Soares E. Silva

Edson Pedro da Silva

5

Daniel Fabrício Bruns

Jacy Bruns

6

Daniela Pereira N. Ribeiro

Luiz Antonio F. N. Ribeiro

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Eduardo Menezes Lopes

Jair Braulio Lopes

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Fabio Busch

Elmar Wilfried Busch

Para o ginecologista Daniel Fabrício Bruns, a profissão também foi diretamente influenciada pelo pai, o ginecologista Jacy Bruns. “Desde pequeno, ia para a porta do hospital esperar meu pai fazer parto nos fins de semana. Nunca achei que tivesse outra profissão que eu pudesse seguir”, conta. “Quando me reúno com meu pai, meu irmão Rafael Frederico Bruns e minha esposa Amélia (todos ginecologistas e obstetras), o assunto medicina é inevitável. Sempre temos um caso para discutir. É muito bom ter colegas para pedir opiniões”, completa.

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Guilherme Beduschi

Sergio Beduschi

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Guilherme Campagnaro

Hélio Cesar Campagnaro

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Isabella de O. Fagundes

Agobar Fagundes (falecido)

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Itamar Thome Vieira

Itamar de Oliveira Vieira

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Jader de Jesus Cruz

Jorge de Oliveira Cruz

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João Luiz F. Ascoli

Odilon Luiz Ascoli

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João M. G. da R. Loures

Nilceu Gomes da R. Loures

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Jorjan de Jesus Cruz

Jorge de Oliveira Cruz

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Juliano Coelho Ludvig

Mauro Osni Ludvig

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Karla N. R. de Oliveira

Omar Sulivan Ruzza

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Leandro Hugo Praun

Orlando Hugo Praun Junior

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Luciano Hugo Praun

Orlando Hugo Praun Junior

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Luiza Beatriz Gonçalves

Aldo Gil do N. Gonçalves

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Maicow Deny Moser

Melchior Moser

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Mariana Carla Schmitt

Mario Celso Schmitt

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Maximiliano G. H. Osaida

Benedito Feliciano Osaida

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Melchior Moser Junior

Melchior Moser

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Omar Sulivan Ruzza Filho

Omar Sulivan Ruzza

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Rafael Frederico Bruns

Jacy Bruns

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Renato Ernani da Silva

Ernani da Silva

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Roberto Camargo Narciso

Humberto Rebelo Narciso

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Rodrigo Monnerat

Maurício Monnerat (falecido)

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Ronaldo Ernani da Silva

Ernani da Silva

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Simone van de Sande Lee

Alphonse Bongman Lee e Marianne van de Sande Lee

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Teresa Cristina C. Mattana

Carlos Alberto Mattana

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Alexandre Ernani da Silva

Ernani da Silva

Dr. Daniel é de uma família de ginecologistas

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Reportagem de capa Pai, filhos e netos Se para um pai ver que um dos filhos segue a mesma carreira já é motivo de alegria, imagina quando todos optam pela mesma profissão. Este é o caso do pediatra Ernani da Silva. Os três filhos, o cardiologista Ronaldo Ernani da Silva, o gastroenterologista Renato Ernani da Silva e o urologista Alexandre Ernani da Silva resolveram seguir a medicina. De acordo com os filhos, Dr. Ernani nunca os incentivou a seguir nessa profissão, mas a influência pode ter vindo da convivência e a maneira como ele atendia as crianças e a alegria e o agradecimento dos pais. “Percebíamos o quão gratificante era a profissão. Na época, ele atendia muitos pacientes em casa, nos finais de semana”, lembra Dr. Renato, des-

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Dr. Ronaldo conta que a decisão pela profissão ocorreu ainda na infância, após uma aula de Ciências sobre corpo humano. “Ao comunicar ao meu pai sobre minha decisão, ele deu risada, achando muito legal o que eu havia dito, mas não sei se imaginava que isso se tornaria uma realidade”, lembra. A opção pela cardiologia veio após a primeira aula de Eletrocardiograma na faculdade. “A cardiologia é envolvente, desde a atuação na prevenção cardiovascular até a elucidação de diagnósticos complexos. Além disso, sempre quis

trabalhar com emergências. É fascinante”, destaca. Dr. Ernani lembra que, quando recebeu a notícia de que os filhos queriam ser médicos, ele e a esposa sentiram-se orgulhosos, pois prezam muito pela união da família. “Para mim, a família é a célula mater da humanidade. Sem ela, a humanidade se acabaria”, acredita. E a medicina na família parece que vai passar de geração em geração, pois o filho de 14 anos do Dr. Alexandre, que nunca havia mencionado sobre profissão, agora fala em ser pediatra, igual ao avô. “Quando os filhos copiam ou se espelham nos pais, é sinal de união”, finaliza Dr. Ernani.

Eduardo Sofiati

Os gêmeos Ronaldo e Renato com o irmão mais velho Alexandre e o pai Ernani da Silva

tacando que a escolha da gastroenterologia e endoscopia digestiva foi por afinidade com a especialidade.


NOSSA GENTE

Como a mais bela das artes Daniel Zimmermann

sim, passou por diferentes unidades, equipes e horários nas unidades Vila Nova e Centro. “Tudo isso agregou valores, habilidade, conhecimento e experiências que me fizeram crescer e a amadurecer a ideia de ser enfermeira”, ressalta.

Dia a dia Eloize encara a profissão com postura, ética, sabedoria, coragem, prudência e astúcia, pois todos os procedimentos do hospital estão ligados direta ou indiretamente à sua atuação. “Sabendo da minha responsabilidade, encaro situações que exigem minha polivalência. Tento transformar meu local de trabalho em um ambiente onde as pessoas queiram somar. Não posso deixar de citar a importância dos colaboradores que promovem o sucesso de toda a equipe”, destaca.

Eloize Fávero encara a enfermagem com paixão

“A

Enfermagem é uma arte e, para realizá-la como arte, requer uma devoção tão exclusiva, um preparo tão rigoroso, quanto a obra de qualquer pintor ou escultor; pois o que é tratar da tela morta ou do frio mármore comparado ao tratar do corpo vivo, o templo do espírito de Deus? É uma das artes; poder-se-ia dizer, a mais bela das artes”. Foi essa afirmação da enfermeira britânica Florence Nightingale uma das inspirações para que Eloize Goldacker Fávero escolhesse a profissão. Ela conta que se identifica profundamente com a enfermagem, cuja essência é o cuidado e a atenção ao paciente, com cientificidade. “Quando criança, ouvia meus pais falando diariamente sobre saúde, doença e medicamentos, pois foram proprietários de farmácia em Blumenau por longo tempo. Isso também me influenciou a seguir na profissão”, afirma.

O dia a dia de Eloize no Centro Cirúrgico é liderar o setor, supervisionar as ações dos profissionais da equipe de enfermagem e equipe multiprofissional. Ela também precisa manter o ambiente cirúrgico seguro, tanto para o paciente quanto para a equipe multiprofissional, observando e diminuindo os fatores de risco. A enfermeira auxilia no posicionamento do paciente para a realização do ato anestésico-cirúrgico e na transferência da sala cirúrgica para a sala de recuperação pós-anestésica. Momento em que realiza a inspeção física para observar possíveis eventos adversos e planejar ações de enfermagem. Também faz procedimentos específicos de responsabilidade do enfermeiro, cumprindo as normas e as rotinas institucionais. Eloize afirma que, cada vez mais, as cirurgias são complexas e de longa duração, exigindo do enfermeiro atenção e conhecimento científico para aplicar cuidados específicos e realizar todos os procedimentos com sucesso.

Formada em Enfermagem pela Furb em 2010, Eloize atua como enfermeira assistencial do Centro Cirúrgico do Hospital Unimed – Unidade Centro desde janeiro de 2011. Porém, já fazia parte da equipe desde 2005, quando iniciou como técnica de enfermagem. Ela trabalhou também por um período na Central de Material e Esterilização (CME) e no Atendimento Domiciliar. Após a graduação, Eloize passou a cobrir as férias de outros enfermeiros, encarando com muita responsabilidade o desafio para o início da carreira profissional. As-

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INVERNO

Medidas simples ajudam a prevenir alergias e infecções Oficialmente, o Inverno só começa em 20 de junho, mas a temporada de gripes, resfriados e outras doenças características da estação inicia-se mais cedo. A associação de tempo frio com a poluição característica das cidades causa problemas respiratórios já no Outono. Por isso, é importante iniciar os cuidados com a saúde muito antes dos dias mais frios chegarem. As doenças típicas do Outono/ Inverno não são poucas. Entre as principais infecções que acometem grande parte das pessoas estão laringite, traqueobronquite, sinusite, otite e pneumonia. “O aumento dessas doenças ocorre em função da redução da umidade relativa do ar que, junto com as massas de ar frio, dificultam a dissipação da poluição ambiental, aumentando a contaminação das vias aéreas”, explica o pneumologista Roger Pirath Rodrigues.

As doenças alérgicas também aumentam durante o Inverno. Entre elas, a rinite e a asma são as mais comuns e ocorrem porque o ar seco mantém mais partículas de poluição. “A asma é uma doença relativamente comum e pode acometer até 15% da população geral. Quem sofre com essa do-

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Para prevenir essas doenças, é recomendado manter os ambientes sempre ventilados e evitar aglomeração de pessoas em espaços fechados, tanto no trabalho, quanto em casa. Pessoas que já apresentam alergias durante outras estações do ano devem ter cuidado redobrado no Inverno,

principalmente na hora de tirar os casacos e blusas do armário. O ideal é que, antes de usar as peças, elas sejam lavadas. Outras medidas simples, como o modo de limpar determinados locais, também ajudam a diminuir a incidência de doenças respiratórias. Em casa ou no local de trabalho, é indicado deixar vassouras e aspiradores de pó de lado. O ideal é utilizar panos úmidos e evitar, na medida do possível, a utilização de produtos químicos.

Como cuidar da saúde no frio Evite ambientes fechados ou com muitas pessoas. Mantenha os espaços bem ventilados e arejados. Beba bastante líquido e consuma alimentos ricos em vitamina C, como limão, laranja e acerola. Lave as mãos com frequência, utilizando, inclusive, álcool em gel. Durma em local arejado e umedecido. Para isso, podem ser utilizados umidificadores de ar, toalhas molhadas ou reservatórios com água nos quartos. As pessoas com alergia devem evitar o uso de cobertores que soltam pelos; o ideal é substituí-los por mantas de tecido sintético ou algodão. As alergias também podem ser reduzidas evitando o uso de roupas guardadas por muito tempo, sujeitas a mofo. É importante prepará-las e lavá-las desde o início do Outono. Tome vacinas contra a gripe. Em caso de contágio, consulte um médico para que ele indique o medicamento e tratamento mais adequado. Fonte: Dr. Roger Pirath Rodrigues Banco de Imagens

Durante os dias frios, também é comum pessoas permanecerem mais tempo em ambientes fechados, o que aumenta a incidência de doenças virais. “As aglomerações que ocorrem durante o frio aumentam o contato e a contaminação dos vírus respiratórios. É importante salientar que o frio não é o causador direto das infecções”, destaca o pneumologista.

ença deve manter-se afastado de fatores alérgenos, fumaça do cigarro e das viroses de Inverno para evitar o desenvolvimento”, recomenda Dr. Roger.


Há 25 anos nosso negócio é sua saúde e bem-estar!

Gripes e resfriados Apesar de serem doenças diferentes, ainda hoje muitas pessoas confundem gripe com resfriado. Ambas são infecções, mas a gripe é causada pelo vírus influenza tipos A e B e é altamente contagiosa. Já o resfriado, em geral, é causado pelo adenovírus e rinovírus, e é a enfermidade mais comum que acomete o ser humano. “Cerca de 80% das pessoas já tiveram contato com os vírus do resfriado comum”, diz Dr. Roger. Os sintomas das duas doenças são semelhantes. A diferença é que a gripe, menos comum, é mais grave e pode gerar infecções pulmonares e insuficiência respiratória. “Congestão nasal, tosse, fraqueza, lacrimejamento e dor de garganta são comuns às duas doenças. Porém, na gripe, somam-se a isso a febre alta – acima de 38,5 – e dor muscular forte”, ressalta o médico. Em pessoas com baixa imunidade, a gripe pode causar pneumonia. Nessa doença, os pulmões ficam inflamados e o oxigênio encontra dificuldades em atingir o sangue, podendo causar falta de ar. Entre os sintomas mais comuns da pneumonia estão febre alta, tosse

com fortes dores no peito, catarro e dificuldades para respirar. Todas as pessoas estão suscetíveis a contrair a gripe, mas os extremos de idade – idosos e crianças – são os grupos mais contaminados. “Alguns vírus, como no caso do surto de Gripe A, costumam estar associados com pessoas com vida social mais ativa, como as de meia idade, em decorrência dos vários contatos que facilitam contaminações”, explica o pneumologista. Para prevenir a gripe e, assim, evitar que a doença evolua para quadros mais graves, é importante fazer uso da vacina. “É recomendado que todas as pessoas sejam vacinadas, principalmente aquelas acima de 60 anos e com doenças crônicas”, recomenda Dr. Roger. “É importante salientar que a vacina é composta por uma pequena fração do vírus influenza morto, portanto, sem nenhuma chance de ocasionar quadro gripal após o uso”.

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No caso do resfriado comum, medidas simples, como usar antitérmicos, repousar, beber muita água e consumir vitamina C ajudam na recuperação. Daniel Zimmermann

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Dr. Roger Pirath Rodrigues CRM 10218 (47) 3037-7099

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Educação

Filho único com moderação Banco de Imagens

desde pequeno. Os pais devem incentivar essa socialização, levando a criança à casa de amigos que também tenham filhos, chamando crianças para brincar em casa, enfim, aumentando as possibilidades de integração. Com essa convivência, o filho único vai aprender a dividir e respeitar o espaço do outro. “Muitas vezes, o filho brinca sozinho, causando uma grande pena por parte dos pais. As atividades individuais, no entanto, ajudam a desenvolver a imaginação e o pensamento independente. Mas, é claro que existe a necessidade de convidar amigos e primos para brincar ou mesmo passar um período de férias ou finais de semana”, ressalta Dra. Ana.

O

conceito de filho único sempre esteve associado com extrema proteção e má educação. Hoje, o panorama dessa situação está mudando e, ao invés de serem avaliados os pontos negativos de uma criança ser filho único, passaram a ser observados os pontos positivos. Independente de ter irmãos ou não, as crianças passaram a ser vistas da mesma maneira. O fato de ser filho único não define como será o futuro de uma criança. O crescimento saudável depende da educação que os pais vão lhe dar. Alguns problemas, como a superproteção, a dependência dos pais ou a introversão não são apenas características dos filhos únicos. “Antes, o filho único tinha fama de crer que era o centro do universo, de ser egoísta, malcriado e rebelde. Hoje em dia, vê-se o lado positivo da situação: ele é considerado como uma pessoa normal, independente de ser único ou não”, destaca a pediatra Ana Cristina de Oliveira.

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Crianças que não têm irmãos, de fato são menos acostumadas a dividir espaços ou emprestar coisas. Isso acontece porque os pais geralmente fazem a maioria das vontades do filho, afinal, ele é o único. É comum a essas crianças quererem dormir no mesmo horário que os adultos, assistir aos mesmos programas de TV etc. Para amadurecer, é importante que ela perceba que não está na mesma posição que os pais; que eles mandam e ela obedece. Quando tem tudo o que quer, na hora que quer, a criança acaba prejudicada também no ambiente escolar. “Muitas vezes, a escola é uma continuação da casa e a criança quer atenção exclusiva da professora ou que as regras sejam feitas de acordo com as vontades dela. Com irmãos, essa socialização já começa no próprio ambiente familiar”, ressalta a pediatra. Por isso, é importante que o filho único conviva com outras crianças

Para a cabeleireira Franciele Batistel, mãe de uma menina de oito anos, é importante permitir essa convivência com outras crianças. “Percebo que, muitas vezes, minha filha quer que as brincadeiras sejam sempre do jeito dela. É importante deixar que ela conviva mais com outras crianças, justamente para que ela aprenda a dividir e a respeitar as diferentes opiniões”, destaca. Apesar de receber bastante atenção, os filhos únicos também têm grandes responsabilidades. Neles estão depositados os grandes sonhos dos pais. Por isso, muitas vezes, a criança sente a necessidade de ser perfeita e recebe críticas se não alcança as expectativas. Para Franciele, o ideal é buscar o equilíbrio na hora de educar. “Queremos que a nossa filha tenha um excelente futuro. Mas não colocamos pressão. Procuramos manter um equilíbrio para não fazer cobranças em excesso. Mas também não permitimos que ela faça tudo o que quer”, ressalta.


Se há alguns anos era raro ver famílias com apenas um filho, hoje, é cada vez mais comum. De acordo com dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as famílias brasileiras têm, em média, menos de dois filhos. Na década de 1990, uma em cada 10 mães tinha apenas um. Hoje, esse índice aumentou para uma em cada três. “Entre as principais causas, vejo a opção das mulheres em priorizar a carreira e deixar para engravidar mais tarde, as dificuldades financeiras e a pouca disponibilidade dos pais. Os gastos com educação aumentaram demais, as escolas são caríssimas e ainda tem os cursos paralelos, como natação, balé, futebol etc.”, destaca a pediatra.

Edurado Sofiati

Opção dos pais “Como nossa única filha, procuramos sempre dar o melhor para ela, claro, com moderação. Não sei se teremos outros filhos, afinal, hoje está cada vez mais difícil proporcionar uma educação de qualidade e fazer com que eles cresçam em segurança”, destaca Franciele. Para quem tem ou pretende ter apenas um filho, alguns cuidados são importantes. Dra. Ana destaca que educar filho único exige dedicação, mas que é possível educá-lo de maneira saudável. “A boa notícia é que ser filho único, apesar de reinar absoluto entre pai e mãe, não o torna necessariamente uma pessoa complicada. Ao contrário, tende a garantir um adulto mais bem formado e inteligente”, ressalta.

MAIS INFORMAÇÕES

Dra. Ana Cristina de Oliveira

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Terapia Ocupacional

Fotos: Daniel Zimmermann

Em busca da autonomia

A terapeuta Gizela Leite com Giovanna Imthurm de Carvalho

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Terapia Ocupacional é uma ciência que trabalha com atividades humanas, planejando e organizando o dia a dia das pessoas para melhorar a qualidade de vida. Essa terapia ajuda pessoas que apresentam alguma incapacidade ou deficiência física e que, por isso, não conseguem realizar determinadas tarefas. O objetivo do terapeuta ocupacional é habilitar o paciente para desenvolver atividades que lhe tragam bem-estar. Para isso, o profissional trabalha com as emoções e habilidades de cada um, utilizando tecnologias e atividades diversas para promover a autonomia de indivíduos com dificuldade de integrar-se à vida social em função de problemas físicos, mentais ou emocionais. “O terapeuta ocupacional é um profissional que tem como foco auxiliar o indivíduo a desenvolver ou restaurar habilidades e a melhorar

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a adaptação para desempenhar as atividades que ele deseja e precisa, considerando os potenciais, limitações e história pessoal”, explica a terapeuta ocupacional Gizela Leite. Esse profissional busca desenvolver no paciente a autoconfiança para que ele execute diferentes atividades. Ensina como realizar tarefas, desde as mais simples, como escovar os dentes ou levar alimentos à boca; às mais complexas, como dirigir um automóvel ou melhorar a produtividade no trabalho. As áreas de desenvolvimento da profissão são amplas, pois a incapacidade funcional pode e é causada por vários fatores, desde o estresse, traumas físicos, psíquicos e neurológicos, entre outros. Por isso, o terapeuta ocupacional pode trabalhar em creches, hospitais, empresas, ou qualquer outro lugar que necessite de um auxílio, como centros de recuperação ou de dependentes químicos.


“Este profissional é formado em cursos de instituições de ensino superior e se aperfeiçoa para exercer a profissão dentro das diversas especialidades, como saúde mental, distúrbios do desenvolvimento infantil, reabilitação funcional dos membros superiores, neurologia, entre outras”, destaca Gizela. Qualquer pessoa pode se beneficiar com o tratamento, desde recém-nascidos e crianças até adultos e idosos. “Atualmente, na área de saúde, a ação do terapeuta ocupacional é imprescindível nos tratamentos de pacientes de todas as idades, cujas habilidades físicas, mentais ou emocionais encontram-se debilitadas”, diz a terapeuta. Essa forma de tratamento é direcionada para diversas patologias, entre as quais estão limitações

físicas, doenças cardíacas e depressão. Também é recomendado quando a dor física ou um acidente inviabiliza os movimentos das mãos, quando um acidente vascular cerebral impede a pessoa de realizar uma tarefa simples, como segurar um copo de água; quando uma pessoa portadora de necessidades especiais necessita ampliar a participação e desempenho nas relações sociais, ou, até mesmo, quando o estresse funcional dificulta o desempenho no trabalho. A Unimed Blumenau oferece essa terapia. Na Cooperativa, o atendimento ocorre através da Atenção Domiciliar e com a Equipe Multiprofissional. No primeiro, os atendimentos são realizados na residência do paciente, onde o trabalho foca, principalmente, a recuperação da autonomia e a realização de atividades de auto-

cuidado e do dia a dia, como tomar banho, vestir-se e alimentar-se sozinho. Com a Equipe Multiprofissional, os atendimentos são realizados no Centro de Promoção e Atenção à Saúde (Cepas). “No Cepas, os atendimentos são em nível ambulatorial e respeitam a patologia de cada paciente, mas sempre com o foco para que ele possua um bom desempenho ocupacional nas atividades diárias que realiza”, destaca Gizela.

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Centro de Promoção e Atenção à Saúde (Cepas) MAIS INFORMAÇÕES Rua Frei Fulgêncio, 131 Vila Nova, Blumenau (47) 3331-8777 www.unimedblumenau.com.br

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ALIMENTAÇÃO

Mitos e verdades na dieta

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É possível ter uma alimentação saudável em fast foods. Verdade. Há uma maior dificuldade de encontrar preparações saudáveis em fast food, pois, geralmente, são alimentos ricos em gordura e açúcar simples. Mas, hoje, há uma maior preocupação pelas redes de lanchonetes em melhorar a qualidade dos produtos. Assim, estão incluindo saladas, grelhados, sanduíches com pães integrais, sucos naturais, entre outros. Mas fique de olho na forma como são preparados (se são fritos) e nos ingredientes que acompanham os pratos. Comer à noite engorda. Verdade. Neste horário, o metabolismo está mais lento. Em função do ciclo circadiano do nosso corpo, o metabolismo fica acelerado pela manhã e, com o passar do dia, vai ficando cada vez mais lento, principalmente, à noite. Este ciclo depende da luz do sol e, quando começa a escurecer, são liberados hormônios que fazem com que o metabolismo desacelere. Mas, não podemos esquecer que engordar e emagrecer é uma questão de matemática pura: se o indivíduo ingerir mais calorias do que gasta, acaba engordando, ou seja, se ingerir muitas calorias de dia e não gastar energia, não ajudará a emagrecer.

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Daniel Zimmermann

omer a noite engorda? Beber líquido durante as refeições aumenta a barriga? Sopa ajuda a emagrecer? Pão integral emagrece e pão branco engorda? Essas são algumas dúvidas frequentes que as pessoas têm sobre alimentação. Porém, algumas dietas que prometem emagrecimento rápido não passam de mitos. Outras, por sua vez, funcionam e geram perda de peso de forma saudável. Confira os mitos e verdades sobre dietas apontadas pela nutricionista Patrícia Stach, da Unimed Blumenau.

Nutricionista Patrícia Stach

Beber líquido durante as refeições aumenta a barriga. Verdade. O líquido consumido durante a refeição pode causar uma distensão momentânea no estômago, dando a aparência de barriga aumentada. Além disso, o líquido pode atrapalhar a digestão, pois o ácido clorídrico liberado para digerir os alimentos pode ficar mais diluído. Esta acidez gástrica é necessária para uma boa digestão e absorção dos nutrientes, principalmente, vitaminas e minerais. Com a digestão comprometida, pode ocorrer a fermentação de carboidratos. Esse processo aumenta a formação de gases, dando a sensação de distensão abdominal, ou seja, de barriga aumentada. O ideal é que se consuma água 30 minutos antes ou uma hora depois das refeições. Assim, o líquido é rapidamente esvaziado do estômago, permitindo que a acidez gástrica se recupere. Caso não conseguir realizar as refeições sem beber líquidos, pode-se beber, no máximo, meio copo somente para ajudar a engolir o alimento, nunca para matar a sede. Vale salientar que a barriga é uma consequência das calorias ingeridas.


Abacaxi queima gordura. Mito. Não existem alimentos que queimam calorias. O que existe no abacaxi é uma enzima natural chamada bromelina, que ajuda na digestão de proteínas, sendo uma boa opção comer um pedaço de abacaxi após refeição na churrascaria. Dormir após comer engorda. Mito. Há estudos que comprovam que repousar 20 minutos após as refeições ajuda na absorção de nutrientes. O que pode acontecer ao dormir logo após a refeição é algum desconforto, como azia ou queimação caso a refeição seja pesada. O que engorda é comer excessivamente. Homens emagrecem mais rápido que as mulheres. Verdade. O corpo do homem tem maior porcentagem de massa muscular em relação às mulheres e, quanto mais massa muscular, mais o corpo gasta calorias em repouso. Além disso, os níveis de testosterona são bem

Banco de Imagens

Para emagrecer é preciso comer em pequenas quantidades e várias vezes ao longo do dia. Verdade. Depois de três horas da última refeição, a taxa de glicose (açúcar) do sangue começa a diminuir e deixa o metabolismo mais lento. E metabolismo lento é sinônimo de engordar mais fácil. O ideal é realizar pequenas refeições a cada três horas, ou seja, café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, janta e, se dormir muito tarde, mais um lanchinho. A maioria das pessoas acha que para emagrecer deve passar fome e ficar sem comer, mas, quanto mais horas ficamos sem nos alimentar, mais “preguiçoso” fica o nosso organismo. Dicas para lanchinhos: frutas, salada de frutas, iogurte, cereais integrais, bolachinhas integrais, barrinhas de cereais com alto teor de fibras, castanha-do-Brasil (duas a três por dia), vitamina de frutas, entre outras. Você pode acrescentar no lanche cereais ricos em fibras, como linhaça, aveia, farelo de trigo e granola.

maiores nos homens e esse hormônio ajuda na formação de massa magra. Para ganhar mais massa muscular é preciso realizar exercícios físicos e, quanto mais aumentar a porcentagem de massa muscular, mais se pode comer. Homens conseguem ser mais objetivos quando querem emagrecer; já as mulheres acabam envolvendo o estado emocional com o processo de emagrecimento.

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Você não vê, mas cerca peso do seu travesseiro por ácaros. Eles são principais responsáveis alérgicas e respiratórias.

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ALIMENTAÇÃO Carne vermelha faz mal à saúde. Mito. Apesar de ser rica em gordura saturada, que ajuda a aumentar o colesterol, também é fonte importante de proteína, ferro, zinco, vitamina B12, entre outros. A quantidade de ferro e vitamina B12 nela presente nem se compara às da carne branca. No entanto, o consumo deve ser moderado devido à associação ao risco de doenças coronarianas. O ideal é ingerir carne bovina três vezes por semana e, no restante dos dias, intercalar carnes de aves e peixes. Além disso, é recomendado optar por cortes de carnes vermelhas mais magras, como patinho, alcatra e maminha. Chá verde ou branco ajuda na perda de peso. Verdade. O chá verde é um potente termogênico, ou seja, ajuda na queima de gordura, pois aumenta o metabolismo, além de ser fonte de substâncias antioxidantes - polifenóis e catequinas - que ajudam a combater radicais livres, prevenindo o envelhecimento. Dentre os benefícios estão a redução do risco de doenças cardiovasculares e de alguns tipos de câncer, melhora as funções fisiológicas, apresenta efeito anti-hipertensivo, proteção ultravioleta, aumento da densidade mineral óssea, ação antiinflamatória, previne diabetes e outras doenças. A recomendação diária varia entre cinco xícaras a um litro e a infusão do chá não pode ser feita com água fervente, pois queima as propriedades da planta. Por conter cafeína, deve ser evitado à noite. Também não é recomendado ingerir após as refeições, pois a cafeína compete com outros nutrientes, como ferro e vitamina C, prejudicando a absorção pelo organismo. O chá verde confere um forte sabor amargo; caso não se adapte bem, uma boa alternativa é tomar em cápsula. Já o chá branco é a mesma planta do chá verde, tendo como única diferença as folhas que são mais jovens. É colhido apenas uma vez ao ano e é composto por brotos e flores da planta, numa composição de mais nutrientes potencialmente ativos. Tem um gosto mais doce e suave. Os benefícios são os mesmos.

Comer rápido engorda Verdade. A explicação está no hormônio da saciedade (PPY), que é liberado depois de 20 minutos que começamos a comer. Por isso, quando comemos muito rápido, a sensação de estômago cheio vem de repente. Além disso, o ato da mastigação também contribui para a saciedade, ou seja, mastigar muito e devagar, além de ajudar a comer menos, ajuda na boa digestão. Alimentos de fácil mastigação não ajudam a saciar. Sopa ajuda a emagrecer. Mito. Nenhum alimento emagrece, pois todos têm calorias. Se na receita da sopa tiver legumes, carnes magras e pouco carboidrato (aletria, arroz e batata) não apresenta muita caloria. Mas as sopas feitas com manteiga, carnes gordurosas e massas em excesso têm mais calorias. Fazer dieta da sopa não é uma boa opção para perder peso, pois costuma ser pobre em nutrientes. O ideal é realizar uma alimentação balanceada em todos os nutrientes para garantir um emagrecimento com saúde.

Fotos Banco de Imagens

VOCÊ SABE QUEM ESTÁ TE ESPERANDO PARA DORMIR?


Pão integral emagrece, pão branco engorda. Mito. A quantidade de calorias é a mesma. A diferença é que o pão integral contém mais fibras, o que torna a digestão mais lenta, fazendo com que a glicose seja liberada aos poucos para a corrente sanguínea. Já o pão branco tem a absorção muito rápida e, por isso, eleva rapidamente a glicose no sangue, fazendo com que o corpo entenda que há um excesso de glicose e armazene gordura como fonte de energia. Alimento pobre em fibras, como massas com farinhas brancas, arroz branco, bolos e doçuras elevam a glicose sanguínea. Dieta do carboidrato funciona. Verdade. Mas faz um grande mal à saúde. Ela consiste em excluir o carboidrato e o consumo de carnes e gorduras é liberado, como frituras, bacon, carnes, entre outros. A teoria é que o corpo utiliza como principal fonte de energia a glicose (proveniente do carboidrato) e, para funcionar com eficiência na dieta sem carboi-

dratos, acaba utilizando a proteína e a gordura como fonte de energia, processo que requer maior gasto de calorias. Quem a inventou foi o cardiologista Robert Atkins, que morreu, há nove anos, vítima de doenças coronarianas. Uma dieta rica em gorduras de má qualidade (saturada) e proteínas aumenta muito o risco de doenças cardiovasculares.

Chope e cerveja dão barriga. Em partes. O consumo excessivo pode engordar, já que é uma bebida que possui calorias. O que mais contribui para ganhar barriga são os acompanhamentos, como petiscos fritos. Principalmente para os homens, já que seu maior acúmulo de gordura ocorre na região abdominal.

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FILMES

INDICADOS Homens de Honra

SAÚDE DA MULHER

As vacinas indispensáveis Fotos Banco da imagens

“O filme dirigido por George Tillmann Jr. é emocionante, daqueles que te prende do início ao fim. Carl Brashear é um jovem negro e pobre que sai da cidade do interior em busca de um sonho: ser marinheiro e, quem sabe, entrar para a escola de mergulhadores de elite da divisão e resgate da Marinha. Mas seu destino lhe reservaria grandes desafios e alto nível de superação, pois teria pela frente a perseguição e as barreiras impostas pelo instrutor. Uma história de luta, garra, persistência e determinação, marcada pelo racismo e pela humilhação imposta por colegas e superiores.” Nilton Cézar Guimarães Beneficiário Unimed desde 1º/01/2010

Decisões Extremas “Um filme com a direção de Tom Vaughan e roteiro baseado no livro The Cure, da jornalista Geeta Anand, vencedora do Prêmio Pullitzer. Com boas atuações, a trama nos remete à luta de um casal em busca da cura para dois de seus três filhos acometidos pela Doença de Pompe, uma enfermidade degenerativa que afeta os músculos e o sistema nervoso. É uma história de superação e incentivo a reagirmos de forma positiva diante das adversidades, em busca de soluções.” Valdeci Maria Martins Enfermeira do Centro de Promoção e Atenção à Saúde da Unimed

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manutenção da boa saúde da mulher exige uma série de cuidados e atitudes preventivas. Para isso, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) lançou a Carteira de Vacinação da Mulher, um calendário com informações sobre a importância da vacinação contra doenças que podem ser prevenidas, como rubéola, hepatite A e B, HPV, H1N1, entre outras Pode ser acessado no www.calendariodevacinas.com.br. De acordo com a ginecologista Muriel Salete Giongo, o calendário de vacinação da adolescente e da mulher é uma continuidade do calendário da criança. Todas as vacinas são de extrema importância, pois são medidas preventivas. “As vacinas são o ideal de todo o médico

que prefere prevenir a tratar seus pacientes, pois a medicina preventiva é o modelo ideal de saúde a ser seguido”, afirma. Dra.Muriel ressalta que na infância a mãe é responsável pela vacinação da criança, mas, na adolescência e idade adulta a vacina não é obrigatória e ocorre uma fuga em função do medo de agulhas, falta de tempo, por achar que não é necessário, entre outros motivos banais. Porém, viagens ao Exterior e a necessidade de carteira internacional de vacinação têm aumentado o número de adeptos desse método de prevenção, principalmente de algumas doenças tropicais. As vacinas são substâncias derivadas ou quimicamente parecidas com o


LIVROS

INDICADOS

O Ócio Criativo

agente que provoca doenças. Ao ser vacinado, o sistema de defesa do corpo identifica a substância e reage, promovendo uma ação de proteção com a produção de anticorpos contra aquela substância. Depois disso, se houver uma infecção, o sistema de defesa está equipado para agir rapidamente e de maneira eficaz, impedindo o desenvolvimento da doença ou, em alguns casos, contribuindo para que os sintomas sejam mais brandos.

“Temos sempre que filtrar as informações e lembrar que diagnósticos não são dados isolados e, sim, a partir de um conjunto de dados para podermos ter atitudes proativas para melhorar nossa qualidade de informação e, consequentemente, de saúde”, finaliza Dra. Muriel. Daniel Zimmermann

Segundo a ginecologista, a paciente que deseja engravidar deve atualizar o calendário vacinal antes da gestação, pois existem algumas restrições durante este período e algumas doenças, se contraídas durante a gravidez, podem representar riscos ao feto; entre elas, a rubéola.

tece com quem está com colesterol alto ou glicemia alterada. As pessoas absorvem várias informações sobre o assunto na internet, mas nada fazem para adquirir hábitos alimentares saudáveis, ou não passam a praticar uma atividade física. Portanto, a informação não acrescentou nada”, afirma.

“Outras vacinas podem ser administradas durante a gestação sem nenhum risco fetal, como contra a hepatite e a antitetânica, mas, se a mulher iniciar o pré-natal com o cartão gestante atualizado é bem melhor para uma gravidez segura”. A ginecologista afirma que a rapidez da informação pode auxiliar ou não na prevenção. “Muitas pessoas sabem a respeito de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), mas não usam preservativo ou não fazem o preventivo de colo de útero anualmente. Assim, do que serviu a informação? A mesma coisa acon-

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“Domenico De Masi elabora de forma acessível os temas da sociedade pós-industrial, do desenvolvimento sem emprego, da globalização, da criatividade e do tempo livre. Insatisfeito com o modelo social centrado na idolatria do trabalho, ele propõe um novo modelo baseado na simultaneidade entre trabalho, estudo e lazer, no qual os indivíduos são educados a privilegiar a satisfação de necessidades radicais, como a introspecção, a amizade, o amor, as atividades lúdicas e a convivência”. Sulana Mara Wan Zuit Beneficiária Unimed desde 1º/06/2006

A Última Grande Lição: O Sentido da Vida “A obra de Mitch Albom conta a história real de um professor universitário e seu aluno que, após anos da conclusão de curso, reencontra o antigo e estimado professor, mas, infelizmente, no leito de morte. Porém, juntos, vão aprender o inestimável valor da vida, que nos leva a uma reflexão sobre a amizade, amor, esperança, perdão, medo e, sobretudo, da morte.” Caroline Junk Petrovich Assistente de Custos Assistenciais Unimed

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Açúcar Vilão da alimentação saudável Banco de imagens

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olos, tortas, doces e sorvetes são guloseimas que levam açúcar na receita, componente apontado como vilão da boa alimentação. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de que o consumo do açúcar não ultrapasse 10% das calorias na dieta. O ideal é que uma criança de até três anos consuma, no máximo, 14 gramas (uma colher de sopa e meia) por dia de açúcar. Para os adultos, a quantidade diária é menos de 10% do total de calorias ingeridas (em média 100Kcal/d para mulheres e 150Kcal/d para homens, sofrendo alterações de acordo com a faixa etária e atividade física). De acordo com a endocrinologista pediátrica Mariana Carla Schmitt, para controlar a dose diária de açúcar é possível mudar alguns hábitos, como evitar acrescentar o produto a sucos e vitaminas e diminuir as colheradas em bebidas como café e chás. Frutas e leite são fontes de açúcares naturais – frutose e lactose. Na pirâmide alimentar, os alimentos ricos em açúcar estão posicionados na ponta, indicando que o consumo deve

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ser moderado. Esse grupo inclui refrigerantes, sucos artificiais, balas, bolachas, chocolates e cereais matinais com sabor. “Como o açúcar não é um componente essencial na dieta das crianças, deve ser inserido de maneira restrita, tanto em relação à frequência quanto à quantidade”, orienta. A ingestão de alimentos ricos em açúcar durante os primeiros meses de vida torna o paladar muito restrito. Assim, a criança terá dificuldade para experimentar novos alimentos e a dieta será pouco diversificada. Mas as frutas, raspadas com a colher ou em pedacinhos, sem acréscimo de açúcar, introduzidas a partir do sexto mês de vida, não atrapalham a alimentação. Existem vários tipos de açúcares no mercado: mascavo, demerara, granulado, refinado, cristal, de confeiteiro (glaçúcar), xarope invertido, líquido, light e orgânico. Quanto mais processado e refinado, menores são as quantidades de nutrientes e vitaminas. Assim, a melhor opção nutricional, de acordo com a endocrinologista Teresa Cristina Mattana, é o mascavo ou o orgânico.


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Açúcar Adoçantes O açúcar é um tipo de carboidrato, cuja função é fornecer energia para o organismo. Porém, o excesso do consumo pode gerar um déficit de nutrientes – o maior consumo de açúcar está associado à menor ingestão de proteínas, fibras, zinco, ferro, magnésio, potássio, vitamina B6 e fosfato –; além de cáries; obesidade, diabetes mellitus tipo 2 e compulsão alimentar. Dra. Mariana orienta substituir o açúcar branco pelo demerara ou mascavo, que têm a mesma quantidade de calorias, mas menos aditivos químicos e adoçam igual ao açúcar branco. Também são fontes de cálcio, magnésio, fósforo e potássio. Mas, as necessidades desses minerais podem ser supridas por outros alimentos que não contêm valores tão altos de calorias.

Segundo a endocrinologista pediátrica, as gestantes também podem consumir adoçantes, desde que tenham orientação para uma dieta equilibrada. O aspartame poderia trazer problemas no caso de a criança ser fenilcetonúrica. Na lactação, o aspartame é considerado seguro (exceto em casos de fenilcetonúria). A sacarina também é compatível com a amamentação, sendo usada moderadamente.

Fotos Daniel Zimmermann

De acordo com Dra. Teresa, o açúcar é fonte de energia e necessário para a proliferação de bactérias existentes na flora intestinal que auxiliam no funcionamento do intestino e protegem contra bactérias patológicas. Durante a gestação, o açúcar faz parte do aporte calórico para que o feto se desenvolva adequadamente. Porém, em excesso, pode contribuir para o desenvolvimento de distúrbios metabólicos, hiperinsulinemia, pré-diabetes ou diabetes gestacional, aumentando a chance de aborto espontâneo, óbito fetal, complicações perinatais, anomalias congênitas, distúrbios de neurodesenvolvimento e do crescimento fetal.

máxima diária (5,5mg/kg/d). Dra. Mariana afirma que as crianças podem ingerir adoçantes se indicados pelo médico (para as diabéticas e, em algumas situações, as obesas). Crianças com diabetes podem utilizar qualquer adoçante disponível no mercado. No entanto, o uso deve ser moderado e apenas quando necessário. O aspartarme, por conter fenilalanina, é contraindicado para pacientes fenilcetonúricos (que não conseguem metabolizar a fenilalanina).

Já os adoçantes surgiram para atender a necessidade de pessoas com restrição à ingestão de açúcar. Existem diversos tipos no mercado (sintéticos e naturais. Todos devem ser consumidos com moderação, respeitando-se as contraindicações e utilizados após avaliação nutricional ou médica. Dra. Teresa diz que o estévia faz parte do grupo dos adoçantes naturais e que não se comprovou por estudos a associação com efeitos colaterais, sendo uma boa opção se respeitada a dose

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Tipos de açúcar Mascavo: obtido diretamente da concentração do caldo de cana recém-extraído. Não são utilizados aditivos químicos. Por não passar por refinamento, mantém as vitaminas e sais minerais da cana-de-açúcar. Apesar disso, a diferença calórica e de carboidratos entre o açúcar mascavo e o açúcar refinado não são tão significativas. Refinado: é feito através do melado da cana-de-açúcar. No refinamento, ele recebe substâncias químicas para ficar branco, perdendo vitaminas e sais minerais. Açúcar light: mescla de açúcar refinado e adoçante. Para adoçar, é necessária uma quantidade menor; por isso é menos calórico. Cristal: como este tipo não sofre tanto com o processo de refinamento, as partículas ficam maiores e algumas vitaminas são preservadas. Mel: é elaborado no organismo das abelhas a partir do néctar de flores. É rico em nutrientes e vitaminas, como B6 e C. Demerara: é um tipo de açúcar mascavo desidratado. Orgânico: é igual ao mascavo, porém, o plantio da cana-de-açúcar é totalmente sem agrotóxicos ou fertilizantes químicos, melhorando as características físicas e químicas.

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SAÚDE DO IDOSO

Vida sexual na terceira idade

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função sexual envolve processos biológicos que se iniciam com a concepção. Recebe influências que variam de cultura para cultura, de acordo com valores próprios, estereótipos e tabus comportamentais. Aspectos psicológicos e emocionais também afetam o comportamento sexual. Com o avanço da idade, há uma tendência à diminuição da função sexual. Após a menopausa, a mulher pode apresentar problemas como a diminuição da libido (vontade de ter relação sexual), falta de orgasmo, diminuição da lubrificação da vagina, entre outros. O homem pode apresentar perda de massa muscular, diminuição da libido e impotência, na maioria das vezes, causada por fatores emocionais. O urologista Luciano Praun diz que não existe idade para “pendurar as chuteiras”. O homem pode ser sexualmente ativo até o último dia de vida e a medicina é a grande responsável por esta mudança. “O grande problema é que muitos homens ainda têm preconceito em procurar o médico para esclarecer as dúvidas e fazer um tratamento quando a saúde não está boa. Geralmente, o homem procura um urologista quando a parceira se queixa do

desempenho sexual ou quando os sintomas da andropausa são limitantes”. As mudanças no corpo do homem na terceira idade estão mais relacionadas à andropausa (pelos quebradiços, menor disposição, perda de massa muscular, diminuição da libido e maior tendência à depressão. Por isso, quanto mais precocemente for identificada e tratada a andropausa, menores serão os efeitos na terceira idade.

Segundo Dr. Luciano, a utilização do Viagra mudou a forma de se tratar as disfunções sexuais. “Na era pré-Viagra, nós médicos não tínhamos muito a oferecer aos pacientes e, por isso, a disfunção sexual causava tantas frustrações.”, ressalta. Contudo, as medicações para impotência não são isentas de contraindicações e somente um especialista pode indicar a utilização. O uso sem indicação médica pode gerar graves problemas de saúde.

Aids As medicações utilizadas para o tratamento da disfunção sexual trouxeram muitos benefícios. Porém, a geração que está, hoje, na terceira idade, não vivenciou ativamente o aparecimento do HIV e, portanto, não se acostumou a utilizar preservativos nas relações sexuais. Isso está trazendo, de certa forma, uma grande preocupação, principalmente pela dificuldade de adesão desses pacientes a práticas de sexo seguro.

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“Na realidade, os homens da terceira idade sabem que têm que utilizar o preservativo, mas não o utilizam por opção própria e, principalmente, por não se preocuparem nessa época da vida com a contracepção, o que acaba colocando uma grande parcela da população em risco. Eu costumo associar essa situação ao álcool e direção. Todos sabem que não se deve dirigir após ingerir bebidas alcoólicas, mas muitos o fazem mesmo sabendo do risco que estão correndo”, compara.

A terceira idade já representa 2,4% dos casos de HIV no Brasil. Dos 600 mil casos, estima-se que 14 mil sejam de pessoas com mais de 60 anos. O principal cuidado que os homens devem ter é com a proteção. “A utilização do preservativo se transformou em algo indispensável em qualquer relação sexual e o homem que não se conscientizou disso ainda pode ser presenteado com uma surpresa muito desagradável não praticando esse ato tão simples de proteção ao corpo”, afirma.


Mulheres A menopausa é a última menstruação espontânea da mulher. O período que antecede esta fase é chamado climatério. A menopausa é apenas um estágio na vida, quando os ovários deixam de produzir estrógenos e progesterona de forma gradativa, até perderem de vez a capacidade de funcionar. Assim, a mulher deixa de ter capacidade reprodutiva. A modificação hormonal que ocorre neste período pode causar irregularidade menstrual, diminuição do desejo sexual e excitação, diminuição da lubrificação vaginal, ondas de calor, irritabilidade, alteração do sono e depressão.

durante a juventude várias relações são necessárias para alguém se satisfazer, no idoso, talvez, a mesma satisfação seja alcançada com menor número de relações sexuais”, explica.

De acordo com a ginecologista Camile Ingletto De Ré, durante a menopausa, o corpo da mulher diminui a produção de estrogênio, hormônio responsável pela capacidade reprodutiva. “Há uma menor lubrificação na vagina, podendo causar dor durante a relação sexual e o desconforto causado pode inibir o desejo sexual. Com o passar dos anos, as necessidades vão se alterando. Se

As mudanças na resposta sexual das mulheres se dão de forma lenta e gradual e permitem que o casal se ajuste a uma atividade menos intensa, mas, ainda prazerosa. Não existe limite para a atividade sexual. Homens e mulheres saudáveis podem se manter sexualmente ativos durante toda a vida. “O sexo na terceira idade não fica pior ou melhor, fica apenas diferente”, finaliza a ginecologista.

Dra. Camile diz que a mulher pode ser beneficiada com a terapia hormonal. O objetivo principal do tratamento da menopausa é diminuir sintomas físicos, como os fogachos, aumentar a lubrificação da vagina, prevenir doenças como osteoporose e melhorar a qualidade de vida das mulheres. O tratamento é individualizado e somente o médico pode defini-lo.

Fotos: Daniel Zimmermann

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Dr. Luciano Hugo Praun CRM 8693 (47) 3322-2633

Dra. Camile Ingletto De Ré CRM 9745 (47) 3326-1693


ARTIGO

Exames reveladores Kakau Santos

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ãe e menino adentram o consultório. Vieram de longe. Sobraçando envelopões de exames, a senhora explica: na escola, mostraram ao filho de 10 anos um filme sobre sangue. O menino passou a “se sentir mal” e acabou por desmaiar. Recuperou-se a seguir. A mãe, naturalmente preocupada, marcou consulta médica. O profissional consultado, para “tirar dúvidas”, resolveu pedir uma ressonância magnética do encéfalo e um eletroencefalograma. Como ambos se revelaram normais, o menino foi encaminhado ao neurologista. As dúvidas persistiam, portanto. Há um aspecto pouco considerado do ato, da prerrogativa médica, de se pedir exames complementares. Ato médico puro, o procedimento, aparentemente simples, de pedir exames, implica em algumas responsabilidades. Supostamente, os exames solicitados deverão revelar anomalias, doenças, fraquezas do paciente; mas podem revelar também “fraquezas” do solicitador! Dão pistas do quantum de conhecimento médico detém.

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Ou do quanto se deixa manipular pelo paciente que usa o médico para que peça exames que ele, paciente, acha que tem que fazer. “Para tirar dúvidas”. Suas dúvidas! Exames destinam-se a confirmar hipóteses clínicas ou tirar dúvidas do médico e não do paciente.

poucos meses, pelo mesmo esculápio (Nota: não estava tratando disfunção tireoidiana alguma). Outro exemplo claro de quem não sabe o que faz e não considera os custos desta inconsequência. Se for no âmbito do serviço público, é uma lástima como profissional e como cidadão.

As dúvidas do paciente cabem ao médico esclarecer. Age mal o paciente que dita linhas de investigação e estará mal servido ao encontrar um médico que lhe satisfaça as vontades. “Não se deve ensinar o padre a rezar missa”, diz o adágio popular. O paciente que não sentir firmeza no médico que consulta, deve trocar de médico e não ficar ditando o que acha que tem que ser feito.

Os conhecimentos médicos se expandem num ritmo acelerado e há muito que tal realidade exigiu a compartimentação da prática médica em especialidades. Não se pode esperar que um médico domine em profundidade todas as áreas. Ao se deparar com um caso que não lhe seja claro, o mais apropriado, bonito e correto é encaminhar ao especialista correspondente.

Como no exemplo acima, um prosaico caso de síncope vaso vagal, ao solicitar exames inadequados o profissional revela o pouco que sabe e comete uma imperícia. Inofensiva, mas imperícia.

Deve se abster de pedir exames, principalmente sofisticados, na intenção de querer adiantar o expediente. Deve também se conter e não fazer alusão a quais exames poderão ou deverão ser pedidos pelo especialista. “Ah, o doutor falou que seria bom fazer uma tomografia”, pronto, a expectativa está criada.

Exames, além de implicarem em custos diretos que recairão sobre alguém, sobre o paciente, sobre seu plano de saúde ou sobre o erário público, há um custo nada desprezível em ansiedade, angústia, distress. Há custos indiretos com deslocamentos, às vezes de locais longínquos, obrigando partidas na madrugada e a se expor aos perigos das rodovias; há custos em perda de horas de trabalho, falta à escola etc. Quase no mesmo dia do caso do menino acima, outro paciente perguntou se gostaria de ver seus exames (pacientes acham que médico adora ler pilhas de exames antigos; trazem em sacolas, geralmente em completa desorganização). Pois, entre uma infinidade de exames laboratoriais, chamava a atenção uma sequência de três dosagens de TSH, todos normais, solicitados repetidamente dentro de

Não é incomum que, durante uma consulta, o paciente ou seus acompanhantes exponham problemas de saúde, relativos a outras especialidades. Antes de emitir um parecer impróprio, desqualificado, o melhor a se fazer é informar a qual especialidade tal caso é concernente. Não há demérito algum em declarar não estar apto para emitir um parecer de valor sobre questões de outra especialidade. Caso contrário, se estará agindo como certas comadres que adoram receitar remédios e falar de exames, afetando conhecimentos que não têm. Dr. Cezar Zillig Neurocirurgião e neurologista


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