Edição 56 - Revista do Ovo

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SDF RAÇÃO PRÉ-INICIAL PELETIZADA E TRITURADA PARA AVES DE POSTURA UNIFORMIDADE VIABILIDADE GANHO DE PESO IDEAL DESENVOLVIMENTO DO TGI

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Editorial Brasil bate recorde histórico no consumo de ovos Notícia divulgada no final de novembro relatou que quando 2019 terminar, cada brasileiro vai ter comido em média 230 ovos. É quase o dobro do que era consumido há dez anos. Como alternativa para a carne, o consumo de ovos está batendo recorde. Consumidores afirmam que “bem mais econômico, bem mais barato do que carne. Carne está um absurdo de caro”. O ovo está ganhando cada vez mais espaço no nosso prato. Tanto que o Brasil deve alcançar pela primeira vez a média mundial de consumo. Quando 2019 terminar, cada um de nós vai ter comido em média 230 ovos. É quase o dobro do que a gente consumia há dez anos. Essa mudança de hábito está associada ao preço do ovo. Comparado com as outras proteínas animais como carne ou frango, é a mais barata. E tem reflexo em toda a cadeia de produção. As granjas estão investindo em tecnologia. Em 2019, a produção de ovos no país deve chegar a nove bilhões de unidades. São 93 mil por segundo.

Sumário 04 05 17 18 20 22 24 26

Ciência e Pesquisa

Bem-estar de poedeiras: sistema de criação e enriquecimento ambiental O debate sobre os diferentes sistemas de criação, suas vantagens e desvantagens e a adoção da melhor alternativa, seja ela em termos econômicos ou de bem-estar ainda é controverso.

Publicação Bimestral nº 56 | Ano VI Dezembro/2019

EXPEDIENTE Publisher Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Redação Giovana de Paula (MTB 39.817) imprensa@avisite.com.br

Boa Leitura!

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Mundo Agro Editora Ltda. Rua Erasmo Braga, 1153 13070-147 - Campinas, SP

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Eventos Notícias Curtas Exportações do agronegócio são recordes, mas faturamento externo cai Falta de comunicação clara e eficaz no agro é um dos motivos que faz país perder em competitividade, diz ministro Estudos mostram que o consumo de ovos ajuda a atrasar perda de massa muscular em idosos Produtor revela os segredos que contribuem para ele ter uma produção de ovos premiada e de excelente qualidade Desafios do Brasil na defesa sanitária animal Jeovane Pereira é o novo Diretor de Negócios Avicultura do Biovet Max Film traz ao mercado o Film impresso para bandejas de ovos personalizado Simpósio Bem-estar Animal: uma estratégia de negócio sustentável reúne 150 profissionais da indústria alimentícia da América Latina Arcos Dorados inicia transição para servir no Brasil ovos de galinhas criadas livres CBNA conclui com sucesso a 32ª edição de sua Reunião “Congresso sobre Nutrição e Bem-Estar Animal - Aves, Suínos e Bovinos” Ceva Saúde Animal global completa 20 anos como a 5ª maior empresa do mundo no setor Desempenho do ovo Pintainhas de Postura Matérias - Primas

Comercial Karla Bordin (19) 3241 9292 comercial@avisite.com.br Diagramação e arte Mundo Agro e Innovativa Publicidade luciano.senise@innovativapp.com.br Internet Gustavo Cotrim webmaster@avisite.com.br Administrativo e circulação financeiro@avisite.com.br Para facilitar o acesso às matérias que estão na internet, disponibilizamos QrCodes. Utilize o leitor de seu computador, smartphone ou tablet

Revista do Ovo

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Eventos

2020 Março 17 a 19

Congresso de Ovos – APA Local: R. Bernardino de Campos, 999, Centro, Ribeirão Preto (SP) Realização: Associação Paulista de Avicultura Telefone: (11) 3832-1422 Site: www.congressodeovos.com.br

Abril 07 a 09

21º Simpósio Brasil Sul de Avicultura e 12ª Brasil Sul Poultry Fair Local: Chapecó, SC Realização: Nucleovet - Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas/SC Telefone: (49) 3329.1640 | (49) 3328.7825 E-mail: secretaria@nucleovet.com.br Site: www.nucleovet.com.br

Julho 21 a 23

X Encontro Técnico Avícola Informações nas Redes Sociais: @ encontroavicola e facebook/ encontrotecnicoavicola Local: Vivaro Centro de Eventos - Maringá-PR Realização: Integra e Sindiavipar Telefone: (44) 3031-2057 E-mail: eventos@creventos.com.br

Outubro 06 a 09

Alimentaria Foodtech Barcelona, Espanha - Gran Via Venue www.alimentariafoodtech.com/en/

Novembro 04 e 05

Canadian Poultry Expo Countdown 2020 Stratford, Ontario https://poultryxpo.ca/ 17 a 20

EuroTier Hanover/Alemanha www.eurotier.com/en 49 69 24788 – 263 Christoph Iser - C.Iser@DLG.org

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Revista do Ovo

Há cinco anos no OvoSite

Exportação de ovos comerciais em novembro de 2014 Campinas, 17 de Dezembro de 2014 - Em novembro o setor de postura exportou o equivalente a 22,546 milhões de ovos comerciais, aumentando em quase 4% o volume embarcado em relação a novembro do ano passado. No mês, houve redução de 8,3% porquanto em outubro foram exportados 24,576 milhões. Por ora, o embarcado no ano está em 128,8 milhões de unidades e representa 9,1% de redução sobre o exportado no mesmo período do ano passado. O volume médio – 11,7 milhões – projeta para o ano cerca de 140,6 milhões, quase 10% abaixo do embarcado em 2013. Nos últimos doze meses – dezembro de 2013 a novembro de 2014 –o volume atingiu a marca de 142,8 milhões de ovos e representa redução de 15,3% sobre o exportado no mesmo período imediatamente anterior. Para, pelo menos, exportar o mesmo volume do ano passado o setor terá de embarcar 26,894 milhões de ovos em dezembro. Aliás, o mesmo volume alcançado em dezembro de 2012.

As quatro mais lidas do OvoSite em Novembro

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Frango, ovo, milho e inflação em outubro de 2019

Ovos: vinte dias consecutivos de preços estagnados

Considerados os três produtos analisados – frango vivo, ovo e milho – apenas o primeiro continuou registrando evolução de preço negativa em relação à inflação, que – pelo IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas – foi pouco além de meio por cento em outubro.

O preço médio diário da caixa de ovos brancos no atacado da cidade de São Paulo continua em R$70,00. Entretanto, o último dia de negócios deve ser mais animador pela possibilidade de uma melhora no consumo.

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Ovo x Milho: aumento do milho em outubro piora poder de compra do avicultor

Em outubro o preço médio dos ovos brancos na granja (interior paulista, caixa com 30 dúzias) obteve ganho mensal de 2,1%. Em doze meses o índice positivo alcançou 47%. Já o Produtor de milho, por sua vez, viu seu produto alcançar boa valorização mensal e anual: de 11% no mês e de 13% em doze meses.

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Ovos: em novembro o melhor preço de abertura do quinquênio O preço médio diário da caixa de ovos brancos permanece em R$70,00, equivalendo ao melhor preço médio alcançado na abertura de novembro dos últimos cinco anos. Em matéria anterior, o Avisite/Ovosite informava que nos últimos anos o mês tem sido encerrado com valor superior ao de abertura.


Notícias Curtas Produção

Produção brasileira de ovos aumenta mais de 50% em menos de uma década Embora preliminares, os resultados divulgados pelo IBGE indicam que no terceiro trimestre de 2019 a produção brasileira de ovos de galinha atingiu novo recorde, pois ultrapassou a marca dos 950 milhões de dúzias (o total apontado para o período foi de, aproximadamente, 11,5 bilhões de unidades, o equivalente a quase 32 milhões de caixas de 30 dúzias). Comparativamente ao trimestre anterior e ao mesmo trimestre de 2018, o recorde alcançado representou aumentos de, respectivamente, 1,5% e 3,4%. Mas o que mais chama atenção ao levantar-se retrospectivamente os dados do IBGE é o fato de a produção brasileira ter registrado, no último trimestre avaliado, incremento de quase 53% em relação ao primeiro trimestre da corrente década (janeiro/março de 2011). Tal resultado corresponde a um incre-

mento médio de, aproximadamente, 5,5% ao ano. Que – é importante destacar – tem sido praticamente contínuo, pois a maioria dos (pequenos) retrocessos observados decorrem apenas do menor número de dias do trimestre e não de uma eventual queda de produção. Demonstrando, no último trimestre de 2018 o volume levantado ficou em 941,4 milhões de dúzias, caindo no trimestre seguinte (primeiro de 2019) para 924,7 milhões de dúzias – redução (nominal) de 1,77%. Porém, considerado o número de dias de um e outro trimestre (que é o que realmente conta quando se avalia a produção de ovos) constata-se que, embora nominalmente menor,o volume do primeiro trimestre de 2019 (produção em 90 dias) foi quase meio por cento superior ao do trimestre anterior (92 dias).

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Notícias Curtas Produção

IBGE: dois anos atrás, 44 mil estabelecimentos agropecuários criavam galináceos no Brasil Em seu censo agropecuário realizado em 2017, o IBGE detectou a existência, no Brasil, de mais de 44 mil estabelecimentos com criação de galináceos (galinhas, galos, frangos, frangas e pintos). Não se pode afirmar que fossem estabelecimentos exclusivamente avícolas, pois o recenseamento abrangeu criações desde 200 cabeças. Mas, sem dúvida, os estabelecimentos com mais de 10 mil cabeças – e que representaram perto de 55% do número total – devem corresponder a granjas avícolas. Embora os números divulgados não façam referência ao tipo de ave criada (frangos ou poedeiras, matrizes ou comerciais), é natural constatar que a liderança no ranking pertence à Região Sul. Ela de-

tém 45% dos estabelecimentos com galináceos, sendo que 83% deles contam com um plantel superior a 10 mil aves. Na sequência, com perto de 18% do número total de estabelecimentos, vem a Região Sudeste. Onde há um quase equilíbrio entre os estabelecimentos com até 10 mil e aqueles com mais de 10 mil cabeças. Os últimos corresponderam a 55% do total e os com menos de 10 mil cabeças foram 45% do total. Contando com 12% dos 44.036 estabelecimentos existentes no Brasil, o Centro-Oeste revelou que é dominado por unidades com, no máximo, 10 mil cabeças: elas representaram 72% do total regional. Porém, dado o significativo porte da produção avícola local fica claro que,

embora representando apenas 28% do total, os estabelecimentos remanescentes têm capacidade muito superior a 10 mil aves. Com 16% do total nacional, o Nordeste apresentou um número de estabelecimentos superior ao do Centro-Oeste e muito próximo ao registrado no Sudeste. Mas quem liderou o segmento foram os estabelecimentos com até 10 mil aves (80% do total regional). A mesma situação – mas com índices ainda maiores – se aplica à Região Norte, onde 93% dos estabelecimentos com aves tinham menos de 10 mil cabeças cada. A Região, por sua vez, deteve perto de 9% do número total, nacional, de estabelecimentos com galináceos.

C E N S O A G RO P E C U Á R I O D E 2 0 1 7 Número de estabelecimentos com criação de galináceos*

TOTAL DE ESTABELECIMENTOS COM GALINÁCEOS S

SE

CO

19.716

7.806

5.368

NE

N

7.203 3.943

BRASIL 44.036

Fonte dos dados básicos: IBGE – Elaboração e análises: AVISITE * Constam do recenseamento apenas os estabelecimentos com mais de 200 cabeças. No censo estão inclusos galinhas, galos, frangos, frangas e pintos, sem especificação da finalidade.

Produção OVOS: plantel em produção no mês de novembro

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Revista do

O plantel de postura comercial - em produção - no mês de novembro atinge cerca de 113,2 milhões de cabeças, apresentando redução em relação ao mês anterior, no ano e mesmo período do ano passado. É o segundo menor plantel Ovo dos últimos 13 meses.


Inscrições abertas para o congresso de ovos

2020

De 17 a 19 de março CENTRO DE CONVENÇÕES RIBEIRÃO PETRO

Trabalhos Científicos serão recebidos até 13/12/2019

REALIZAÇÃO:

APOIO:

Revista do Ovo

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Notícias Curtas Produção

OVOS: plantel em produção no mês de novembro PINTAINHAS DE POSTURA COMERCIAL

* EM PRODUÇÃO * (Milhões de cabeças)

Fonte dos dados básicos: ABPA

O plantel de postura comercial - em produção - no mês de novembro atinge cerca de 113,2 milhões de cabeças, apresentando redução em relação ao mês anterior, no ano e mesmo período do ano passado. É o segundo menor plantel dos últimos 13 meses. O plantel mais comedido no segundo semestre deste ano tem proporcionado ao setor de postura comercial melhores condições de comercialização e recuperação em relação aos baixos preços recebidos no mesmo período ano passado. De toda forma, o preço médio alcançado no decorrer do ano se encontra muito abaixo dos recebidos em 2016 e 2017. O histórico de preços indica que o mês de novembro não é muito favorável à comercialização do produto. Entretanto, o plantel mais ajustado pode contribuir para que neste ano seja diferente.

Elaboração e análises: OVOSITE

Produção Ovos para consumo e incubação: produção por UF no 1º semestre de 2019

Produção

Soa estranho, mas não é equivocado afirmar que, individualmente, dois estados lideram a Ovos para consumo ee Paraná. incubação: produção por produção brasileira de ovos: São Paulo Este, nos ovos destinados à incubação; São UF no Paulo, na produção de ovos de consumo. 1º semestre de 2019

Os dados são do IBGE e mostram que 26 Unidades Federativas produzem ovos de consumo. No relatório divulgado não informada aafirmar produção de Tocantins e Maranhão, porquanto nesses Soa estranho, mas não é éequivocado que, individualmente, dois estados há menos de três brasileira granjas produtoras relatório faz qualquer menção ao dois estados lideram a produção de ovos: (o São Paulo não e Paraná. Amapá). Este, nos ovos destinados à incubação; São Paulo, na produção de ovos de consumo. No setor, a liderança absoluta permanece com São Paulo, responsável por quase um terço da Os dados são do IBGE e mostram que 26 Unidades Federativas pro- é o avanço, cada vez produção nacional de ovos de consumo. Porém, o que chama a atenção duzem ovosdodeEspírito consumo. Noemrelatório não éUm informada maior, Santo relação divulgado a Minas Gerais. ano atrás,a aproprodução capixaba era 14% à dos mineiros. Neste ano a diferença subiu para quase 20%. dução de superior Tocantins e Maranhão, porquanto nesses dois estados há menos de três granjas produtoras (o relatório não faz qualquer menção ao Já a produção de ovos para incubação está restrita a 17 Unidades Federativas, ou seja, além Amapá). das 15 relacionadas na tabela abaixo, também Tocantins e Maranhão. E, aqui, a liderança No setor, afica liderança absoluta permanece com Paulo,do responsável absoluta com o Paraná, com pouco mais de São um quarto total. por quase um terço da produção nacional de ovos de consumo. Porém, o que chama a atenção é o avanço, cada vez maior, do Espírito Santo em relação a Minas Gerais. Um ano atrás, a produção capixaba era 14% superior à dos mineiros. Neste ano a diferença subiu para quase 20%. Já a produção de ovos para incubação está restrita a 17 Unidades Federativas, ou seja, além das 15 relacionadas na tabela abaixo, também Tocantins e Maranhão. E, aqui, a liderança absoluta fica com o Paraná, com pouco mais de um quarto do total. No caso paranaense, tudo indica que a maior parcela dos ovos férteis produzidos é destinada à produção de pintos de corte. Já na maioria das demais UFs ocorre a produção mista para corte e postura, que os dados do IBGE não permitem identificar.

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Revista do Ovo


Na verdade essas informações não correspondem à realidade, pois basearam-se em dados, acumulados e não atualizados, relativos ao primeiro trimestre do ano. Ou seja: o aumento efetivo de produção em seis meses superou os 7%, além do que há muito tempo a produção do semestre inicial do ano se encontra acima dos 900 milhões de dúzias. Aliás, no período analisado correspondeu ao dobro desse volume.

Produção

Abaixo, a tabela correta baseada nos dados do IBGE. Ela mostra que o aumento de 7,27% no semestre foi determinado exclusivamente pela produção de ovos de consumo (+10,07%), já que a produção de ovos férteis apresentou recuo de 3,71%.

Produção brasileira de ovos no 1º semestre de 2019 O V O S

Em 13 de setembro passado o AviSite publicou que a produção brasileira de ovos do 1º semestre de 2019 superou pela primeira vez nesse período a marca dos 900 milhões de dúzias, aumentando perto de 6% em relação ao mesmo semestre de 2018. Na verdade essas informações não correspondem à realidade, pois basearam-se em dados, acumulados e não atualizados, relativos ao primeiro trimestre do ano. Ou seja: o aumento efetivo de produção em seis meses superou os 7%, além do que há muito tempo a produção do semestre inicial do ano se encontra acima dos 900 milhões de dúzias. Aliás, no período analisado correspondeu ao dobro desse volume. Abaixo, a tabela correta baseada nos dados do IBGE. Ela mostra que o aumento de 7,27% no semestre foi determinado exclusivamente pela produção de ovos de consumo (+10,07%), já que a produção de ovos férteis apresentou recuo de 3,71%.

D E

G A L I N H A

Comparativo da produção no 1º semestre segundo a destinação MILHÕES DE DÚZIAS MÊS

OVOS DE CONSUMO

OVOS DE INCUBAÇÃO

PRODUÇÃO TOTAL

2018

2019

VAR.

2018

2019

VAR.

2018

2019

VAR.

JAN

232,005

255,988

10,34%

60,441

60,221

-0,36%

292,446

316,209

8,13%

FEV

217,847

239,243

9,82%

55,163

52,877

-4,14%

273,010

292,120

7,00%

MAR

235,977

259,325

9,89%

59,634

57,094

-4,26%

295,611

316,419

7,04%

ABR

232,932

258,875

11,14%

59,478

56,092

-5,69%

292,410

314,967

7,71%

MAI

237,054

260,610

9,94%

60,760

57,995

-4,55%

297,814

318,605

6,98%

JUN

231,389

252,867

9,28%

57,923

56,008

-3,31%

289,312

308,875

6,76%

JUL

246,893

61,726

308,619

AGO

250,176

63,354

313,530

SET

242,118

60,463

302,581

OUT

253,770

64,359

318,129

NOV

247,275

61,382

308,657

DEZ

252,562

62,067

314,629

ACUMULADO NO PRIMEIRO SEMESTRE VOLUME 1.387,204 1.526,908 10,07%

353,399

340,287

PARTICIPAÇÃO

20,30%

18,22% -10,24% 100,0%

79,70%

81,78%

+2,61%

-3,71%

1.740,603 1.867,195 100,0%

7,27%

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Fonte dos dados básicos: IBGE – Elaboração e análises: AVISITE

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Notícias Curtas Exportação Países importadoresde de ovos comerciais in natura atéin outubro de 2019 Países importadores ovos comerciais natura Em outubro as vendas externas de ovos comerciais in natura até outubro deúltimo 2019

https://www.avisite.com.br/index.php?page=noticias&id=20383 foram extremamente baixas na com o mesmo ano embarcado passado. Do de total embarcado, mais de três quartos Em outubro comparação último as vendas exter- períodoOdototal janeiro a outu-poucodistribuição: Emirados com 86,70% do (76,9%) foi adquirido pelos Emirados Árabes Unidos. nas de ovos comerciais in natura https:// bro foi direcionado para 60 países e tem volume, Bahrein (2,95%), Libéria www.avisite.com.br/index.php?page= Emirados como grande importador (2,44%), Somália (1,29%, Panamá O total embarcado de janeiro aosoutubro foi direcionado para 60 países e tem os Emirados como grande noticias&id=20383 foram extremamenvolume de 54,8 milhões de ovos,de quase (0,93%), Ilhas Marshall (0,66%), Guinéimportador com um volume decom 54,8um milhões de ovos, significando redução 23% na comparação te baixas na comparação comperíodo o mesmo -Bissau (0,61%), Guiana (0,58%), Hong significando redução de quase 23% na com o mesmo do ano passado. período do ano passado. Do total emKong (0,58%) e Catar (0,58%). Juntos, comparação com o mesmo período do rol dosdedeztrês maiores importadores do produto brasileiro tem a seguinte distribuição: Emirados com do total embarbarcado, poucoO mais quartos respondem por 97,33% ano passado. 86,70% do volume, Bahrein (2,95%), Libéria (2,44%), Somália (1,29%, Panamá (0,93%), Ilhas Marshall cado. Os demais 50 países representam (76,9%) foi adquirido pelos Emirados O rol dos dez maiores importadores (0,66%), Guiné-Bissau (0,61%), Guiana (0,58%), Hong Kong (0,58%) e Catar (0,58%). Juntos, respondem apenas 2,67% dos embarques. Árabes Unidos. do produto brasileiro tem a seguinte por 97,33% do total embarcado. Os demais 50 países representam apenas 2,67% dos embarques.

PAISES IMPORTADORES DE OVOS DE CONSUMO JANEIRO A OUTUBRO DE 2019 milhões unidades PAISES VOLUME VAR % REPR.S/TOT

Emirados Árabes Unidos Bahrein Libéria Somalia Panamá Ilhas Marshall Guiné Bissau Guiana Hong Kong Catar Sub-total (10 países) Demais (50 países)

Total (60 países)

54,801 1,865 1,545 0,815 0,587 0,419 0,386 0,367 0,366 0,365 61,517 1,689

Fonte dos dados básicos: Comexstat/MDIC

63,206

-22,92% 62,21% 257,29% 637,56% 208,16% -15,62% -88,43%

-27,77%

86,70% 2,95% 2,44% 1,29% 0,93% 0,66% 0,61% 0,58% 0,58% 0,58% 97,33% 2,67%

100,00%

Elaboração e Analise: Ovosite

Demanda brasileira de milho saltará em 2020 por produção de carnes e etanol, diz Rabobank

Milho

A demanda por milho no Brasil crescerá em 2020 impulsionada pelo maior consumo do cereal por produtores de etanol e de carnes, segundo previsão do Rabobank divulgada nesta quinta-feira. O analista de grãos do Rabobank, Victor Ikeda, disse que os agricultores estão aumentando as vendas antecipadas de milho a níveis acima da média nos últimos anos. Ele espera que a área plantada para a segunda safra de milho, a principal do cereal do Brasil, cresça para 13,4 milhões de hectares em 2020, contra 12,5 milhões de hectares em 2019, uma vez que os agricultores reagem às perspectivas positivas.

Demanda brasileira de milho saltará em 2020 por produção de carnes ePreço etanol, diz Rabobank da carne não voltará ao patamar anterior, diz Tereza Cristina O preço da arroba do boi gordo, que São Paulo aumento real cresde nada menos 35% em um acima da média A em demanda porteve milho no Brasil das deque milho a níveis mês, não vai mais retornar ao patamar A afirmação é da ministra Tereza cerá emanterior. 2020 impulsionada pelo maiorda Agricultura, nos últimos anos. Cristina. consumo do cereal por produtores de Ele espera que a área plantada para

etanol e de carnes, segundo previsão do Rabobank divulgada nesta quinta-feira. O analista de grãos do Rabobank, Victor Ikeda, disse que os agricultores estão aumentando as vendas antecipa-

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Revista do Ovo

a segunda safra de milho, a principal do cereal do Brasil, cresça para 13,4 milhões de hectares em 2020, contra 12,5 milhões de hectares em 2019, uma vez que os agricultores reagem às perspectivas positivas.


Mercado

Preço da carne não voltará ao patamar anterior, diz Tereza Cristina O preço da arroba do boi gordo, que em São Paulo teve aumento real de nada menos que 35% em um mês, não vai mais retornar ao patamar anterior. A afirmação é da ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Tereza Cristina disse que a alta das exportações para a China teve forte impacto na valorização da carne em todo o país. O que também ajudou a puxar o aumento, no entanto, disse a ministra, foi a falta de reajuste nos preços nos últimos três anos. “Sabemos que essa situação decorre de uma conjuntura de fatores. Agora, a arroba não vai abaixar mais ao patamar que estava”, disse Cristina. O presidente Jair Bolsonaro, em transmissão pela internet, declarou que a ministra garantiu que, daqui a três ou quatro meses, o preço da carne volta à normalidade.

Já o Ministério da Agricultura, em nota, afirmou que está acompanhando de perto a situação e acredita que o mercado “irá encontrar o equilíbrio”. “Não é papel do ministério intervir nas relações de mercado. Os preços são regidos pela oferta e procura. Neste momento, o mercado está sinalizando que os preços da carne bovina, que estavam deprimidos, mudaram de patamar”, afirmou, em nota. Algumas redes de supermercados têm afirmado que a exportação de carne tem limitado a oferta da proteína no país, além de inflacionar o produto. A ministra nega que esteja ocorrendo falta de oferta para o mercado nacional. “Não é verdade [que haja falta de carne]. Primeiro, o Brasil tem 215 milhões de cabeças de gado. Então, não é um rebanho para acabar amanhã. Segundo, realmente o mercado chinês mexeu com as exporta-

ções, e não só da carne brasileira, mas da carne argentina, paraguaia, uruguaia. Todos esses mercados sentiram. O mundo está sentindo o impacto. É muito grande a necessidade da China”, disse a ministra. Tereza disse que o Brasil não está entre os países que mais têm frigoríficos habilitados para processar a carne, mas disse que a China habilita frigoríficos, o que facilita a exportação do boi de pé, sem ser abatido. “Além de o Brasil abrir as exportações, temos que lembrar que o boi tinha um preço represado há três anos. O pecuarista estava tendo prejuízo nesse período”, declarou a ministra. “Antes, o produto vendia uma arroba pelo preço de R$ 140, em média. O que aconteceu é que, nesse primeiro momento de abertura, com a China pagando um preço muito bom, houve esse momento, digamos, de euforia. Em São Paulo, uma arroba está sendo vendida a R$ 231.”

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Ciência e Pesquisa

Bem-estar de poedeiras: sistema de criação e enriquecimento ambiental O debate sobre os diferentes sistemas de criação, suas vantagens e desvantagens e a adoção da melhor alternativa, seja ela em termos econômicos ou de bem-estar ainda é controverso Maurício Gava Paschoal1, Cynthia Pieri Zeferino2, Sarah Sgavioli2*, José Valmir da Silva Taborda2 (1) Agrônomo, Universidade Brasil. Descalvado – SP. (2) Mestrado Profissional em Produção Animal, Universidade Brasil. Descalvado – SP. *Autor correspondente: sarahsgavioli@yahoo.com.br

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sistema de criação em baterias de gaiolas é amplamente empregado devido às inúmeras vantagens oferecidas ao produtor, como manejo facilitado, melhoria nas condições de higiene do animal e dos ovos, além do fácil controle da produção, das doenças e dos parasitas. Entretanto, este sistema de criação é criticado devido as questões relacionadas ao bem-estar das aves. O adensamento representa solução para viabilizar os investimentos pelos produtores, porém, pode acarretar deficiência quanto ao bem-estar e desenvolvimento das aves. Em outras palavras, o número elevado de galinhas, tanto em gaiolas como em galpões convencionais, interfere no desenvolvimento das aves e limita a expressão dos seus comportamentos naturais, desta forma, elevam-se os níveis de estresse e estas passam a apresentar maior frequência de comportamento agressivo. Portanto, têm-se o desenvolvimento de sistemas de criação alternativos e/ou enriquecimento ambiental das instalações com o intuito de reduzir os níveis de estresse das poedei-

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Revista do Ovo

ras, estimular o bem-estar das aves e consequentemente aumentar a produção.

Bem-estar na criação das aves O conceito de bem-estar refere-se à boa ou satisfatória qualidade de vida, envolvendo aspectos de saúde e conforto. O animal só é considerado em bem-estar quando sua situação se encaixa dentro das cinco liberdades, sendo livre de fome, sede e má nutrição, livre de desconforto, livre de dor, lesão ou doença, livre para expressar o comportamento natural, livre de medo ou estresse. Das muitas definições propostas, a mais aceita cientificamente é a de Broom (1986), segundo a qual bem-estar de um indivíduo é seu estado em relação às suas tentativas de se adaptar ao seu ambiente. O bem-estar animal tem forte presença nos códigos morais e nos pilares éticos de vários países e um tratamento apropriado aos animais não é mais visto como algo que possa ser deixado para a livre escolha dos produtores. Órgãos federais e

multinacionais estão em processo crescente de imposição de critérios mínimos de bem-estar animal àqueles envolvidos na produção animal. As preocupações com o bem-estar das poedeiras provocam uma busca em todo o setor por melhores instalações. Proporcionar ambientes mais favoráveis ao bem-estar, que possam reduzir o sofrimento dos animais, está se tornando mais importante mundialmente por causa do comércio externo. Em países da União Européia existem moratórias para a eliminação completa de sistemas de criação considerados de baixo potencial de bem-estar. Entretanto, em países em desenvolvimento, a questão de quem vai arcar com os custos de uma melhor qualidade de vida aos animais de produção é em parte responsável por limitação de progressos na área. É essencial compreender como as preocupações com o bem-estar podem influenciar a economia, uma vez que o bem-estar não é um bem comercializável, ele não carreia um benefício econômico evidente e, desta forma, os produtores concentram-se na produtividade.


No entanto, atualmente, a maioria dos consumidores preferem consumir ovos de aves criadas de acordo com as exigências de bem-estar. Mercados e restaurantes podem contribuir com a intensificação destas mudanças, em função da busca por agradar seus consumidores. Um dos problemas frequentes relacionados ao bem-estar das poedeiras comerciais é a alta densidade populacional nas gaiolas, como forma de reduzir os custos com alojamento e equipamento. Na Ásia e nos Estados Unidos, são utilizadas densidades em torno de 400cm² por ave e no Brasil encontra-se na faixa de 350 a 450 cm² por ave, sendo possível, em algumas unidades produtoras de ovos, encontrar densidades superiores à esta. Dawkins e Hardie (1989) demonstraram que uma ave requer em média, 1272 cm² para se virarem, 893 e 1876 cm² para abrirem e baterem as asas, respectivamente. O sistema de criação utilizado atualmente no Brasil não disponibiliza

espaço suficiente para a expressão dos comportamentos naturais das aves, podendo gerar problemas de estresse, com grandes prejuízos para a produção. A redução da área de gaiola por ave e, portanto, redução da área de comedouro e bebedouro, pode causar efeito negativo no bem-estar das aves, e consequentemente na produção de ovos. Há relatos de que a densidade de criação e o tamanho dos grupos influenciam diretamente o comportamento e o desempenho de poedeiras em gaiolas enriquecidas. Castilho et al. (2015) concluíram que o aumento da densidade de alojamento afeta negativamente a temperatura corporal das aves Dekalb White na fase de produção por dificultar a troca de calor com o meio e com isto, aumentar a temperatura interna das aves. Segundo Semidamore et al. (2017), houve efeito significativo de maiores densidades de alojamento sobre a frequência de lesões externas (crista, quilha, empenamento, cloaca e patas)

Sistemas de criação alternativos aos sistemas convencionais de bateria de gaiolas vêm ganhando importância em pesquisas voltadas à melhoria nas condições de bemestar das aves Revista do Ovo

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Ciência e Pesquisa

Não existe um consenso sobre um sistema de criação que seja eficaz economicamente e respeite o bem-estar das aves. Pesquisas apontam que ambientes enriquecidos, ou seja, aqueles que estimulam os comportamentos naturais das aves, resultam em vantagens, dentre elas, a redução dos níveis de estresse

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e interna (fígado). Guzman et al. (2013) relataram que grupos da mesma espécie (Coturnix coturnix japonica) alojadas em menor densidade apresentaram bicagem mais agressiva que aves alojadas em densidade maior. Entretanto, maior espaço proporcionado para as aves em gaiolas gera menor frequência de lesões, independente da linhagem, indicando melhoria no bem-estar geral.

Sistemas de criação de poedeiras Existem diversos tipos de criação de poedeiras, que diferem por questões econômicas, estruturais, manejo e aspectos éticos. Dentre tais sistemas podemos citar: alojamento convencional em bateria de gaiolas, gaiolas enriquecidas, free-range e cage-free. O alojamento convencional foi desenvolvido em 1930 e é usado na produção tradicional de ovos, desde 1950. O sistema de criação em gaiolas vem sendo muito utilizado ao longo do tempo, com o propósito de maximizar o lucro e a produtividade. Economicamente, as gaiolas em bateria

são eficientes por alojar um grande número de aves, com sistema de alimentação e água altamente mecanizados e coleta automática de ovos e esterco. Dentre as razões que justificam a criação de poedeiras em gaiolas, inserem-se a melhora na higiene e saúde, além da praticidade da mão de obra, à qual agrega valor ao produto final. Porém, o limitado espaço ainda restringe a movimentação e as atividades das aves, contribuindo para o quadro clínico de “osteoporose por desuso”, que torna o osso da ave mais frágil e susceptível a fraturas dolorosas. Em 1960, na Europa, o bem-estar animal ganhou importância e o sistema convencional de criação em gaiolas passou a ser questionado pela restrição de movimento das aves, e certos comportamentos das poedeiras que são afetados pelo pequeno espaço e ambiente desprotegido. Em 2012, a UE proibiu definitivamente a utilização de gaiolas convencionais, autorizando somente a produção em gaiolas enriquecidas ou sistemas sem


gaiolas, como aviários, galpões, áreas livres e sistemas orgânicos (UE Directive 1999/74/EC). O sistema de criação em gaiolas enriquecidas é diferente das gaiolas convencionais por fornecer maior espaço (750 cm² por galinha), além disso as gaiolas são equipadas com poleiro, ninho e área para lixar e encurtar as unhas. As gaiolas enriquecidas foram desenvolvidas com o intuito de manter as facilidades de manejo da produção aliado ao bem-estar das aves. Em gaiolas enriquecidas, as aves podem apresentar respostas de imunidade inata mais altas, comparadas às galinhas criadas em gaiolas convencionais (MATUR et al., 2015), assim como maior peso corporal e menor nível de estresse devido à baixa concentração de corticosterona e serotonina (POHLE e CHENG, 2009). No entanto, segundo a Humane Farm Animal Care (2014), o ambiente no qual as poedeiras são mantidas

deve atender a todas as necessidades de bem-estar, sendo projetados para protegê-las de desconforto físico e térmico, medo e estresse, e deve permitir a realização dos comportamentos naturais. Sendo assim, todos os sistemas de gaiolas, como as gaiolas em baterias, gaiolas mobiliadas ou enriquecidas, são proibidos. Houve portanto, o desenvolvimento de sistemas de criação de poedeiras livres de gaiolas, dentre eles podemos citar o free-range, que constitui em sistema de criação no piso, que fornece acesso ao ar livre e também fornece mais espaço e possibilidade de expressão dos comportamentos. O espaço mínimo exigido pelos padrões de cuidado animal para criação à pasto é de 0,19m² por ave (HUMANE FARM ANIMAL CARE, 2014). Além deste, tem-se o cage-free, ou sistema livre de gaiolas, que é composto por um galpão convencional com a presença de ninhos, poleiros e

cama, onde as aves podem andar livremente e tomar banho de areia. Neste sistema, a locomoção é aumentada devido aos recursos serem espalhados horizontalmente e, às vezes, verticalmente, embora altas densidades prejudiquem a locomoção. Estudos relatam que aves criadas em aviário cage-free apresentaram melhores fatores de crescimento ósseo, incluindo densidade óssea total, conteúdo mineral e resistência à ruptura quando comparado a frangas criadas em gaiolas (KOPKA et al., 2003; REGMI et al., 2015; CASEY-TROTT et al., 2017). Sistemas de criação ao ar livre ajudam a minimizar o estresse nas aves e melhoram o bem-estar, fornecendo mais oportunidades para caminhar. Estes sistemas diminuem a agressividade, frustração e estereótipos em aves por possibilitar a expressão de comportamentos naturais do tipo forragear e tomar banho de areia.

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Ciência e Pesquisa

Em síntese, sistemas de produção alternativos associados ao enriquecimento ambiental podem resultar em aves mais satisfeitas e resistentes, e, consequentemente em maior produtividade e retorno econômico ao produtor, além disto, tais sistemas estão alinhados com a demanda do mercado consumidor

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No entanto, embora existam diferentes sistemas de alojamento de poedeiras não existe um único que domine todos os aspectos relacionados a produção, ambiente e bem-estar.

Enriquecimento ambiental como alternativa à melhoria do bem-estar de aves de postura O enriquecimento ambiental tem como objetivo melhorar questões relacionadas ao bem-estar das aves. Uma definição frequentemente usada para enriquecimento, de acordo com Newberry (1995) é “melhora no funcionamento biológico de animais em cativeiro, resultante de modificações em seu ambiente”. Os tipos de enriquecimentos devem ser práticos e economicamente viáveis, além de permitir a expressão do comportamento natural, eliminar os comportamentos anormais e melhorar a saúde física devido a exploração dos recursos ambientais oferecidos. Poedeiras possuem comportamentos de empoleirar-se, aninhar-se, forragear e banhar-se em pó, portanto, os tipos de enriquecimento ambiental mais utilizados são ninhos e poleiros. A utilização de boa cama em sistemas de criação em galpões livres de gaiolas induz a ave ao banho de areia, comportamento comum que estimula a limpeza das penas, consequentemente, ajuda na manutenção da saúde. Estudos sugerem a utilização de feixes de cordas suspensas, inclusão de aveia inteira para estimular o forrageamento e a procura de alimentos, até a utilização de materiais recicláveis, como tampinhas metálicas de garrafas e sinos confeccionados com garrafa pet. Experimentos comprovam que a utilização de objetos manipuláveis, de cores vivas e estimulantes, como bolas, botões, dedais e desenhos colados nas paredes desde o primeiro dia e trocados a cada três dias, reduziram o medo das aves (JONES e WADDINGTON, 1992). Existem também enriquecimentos mais complexos, como o caso de

pranchas ou plataformas de madeira, locais onde as aves podem descansar sobre estruturas elevadas, reproduzindo, desta forma, o comportamento das aves selvagens em árvores. Autores relatam a preferência das aves pelos poleiros os quais elas necessitam subir em relação aos poleiros que poderiam ser alcançados por meio de rampa do chão (LeVAN et al., 2000). Abreu et al. (2006) relataram maior interesse das aves por brinquedos chamativos (tampinhas metálicas penduradas por arame), o enriquecimento ambiental favoreceu o consumo de ração e reduziu o comportamento de agitação das aves.

CONSIDERAÇÕES FINAIS O debate sobre os diferentes sistemas de criação, suas vantagens e desvantagens e a adoção da melhor alternativa, seja ela em termos econômicos ou de bem-estar ainda é controverso. Quanto aos tipos de alojamento, diversos estudos comprovam os efeitos fisiológicos positivos ao se utilizar métodos de criação alternativos aos sistemas de baterias de gaiolas. A alternativa encontrada para melhorar o bem-estar dos animais e consequentemente melhorar seus aspectos fisiológicos, é a utilização do enriquecimento ambiental, que cada vez mais vem ganhando espaço em diversos tipos de aviários, sejam eles galpões com bateria de gaiolas convencionais ou sistemas livres de gaiolas. Sistemas de produção alternativos associados ao enriquecimento ambiental, podem conferir vantagens fisiológicas e biológicas, o que resultam em aves mais satisfeitas e resistentes, e, consequentemente em maior produtividade e retorno econômico ao produtor, além disto, tais sistemas estão alinhados com a demanda do consumidor, que visa a incorporação de conceitos éticos na produção animal. As referências podem ser solicitadas ao autor correspondente.


Análise CEPEA

Exportações do agronegócio são recordes, mas faturamento externo cai Em Real, o faturamento apresentou baixa de 15%, o que se deve aos efeitos tanto da queda dos preços em dólar quanto da valorização da moeda brasileira

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volume de produtos do agronegócio exportado pelo Brasil de janeiro a setembro deste ano cresceu 6% frente ao mesmo período de 2018, atingindo quantidade recorde, segundo dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Esse aumento esteve atrelado ao crescimento das vendas de carnes, milho, algodão, etanol e café. O faturamento em dólar, no entanto, caiu 4%, somando US$ 72 bilhões de janeiro a setembro de 2019. Segundo pesquisadores do Cepea, esse resultado se deve à queda nos preços médios pagos pelos produtos do agronegócio embarcados. Em Real, o faturamento apresentou baixa ainda mais intensa, de 15%, o que se deve aos efeitos tanto da queda dos preços em dólar quanto da valorização da moeda brasileira.

PRODUTOS EXPORTADOS – Depois de registrarem altas expressivas em 2018, as vendas externas dos produtos do complexo da soja recuaram em 2019. Já o milho e as carnes têm registrado forte avanço nos embarques. No caso do cereal, a quantidade exportada de janeiro a setembro deste ano mais que dobrou frente ao mesmo período de 2018. Quanto às carnes, os aumentos nos valores foram de 9% para a bovina, de 12% para a suína e de 3% para aves. Ressalta-se que o incremento das vendas externas de carne tem sido influenciado pela crise sanitária na China, em decorrência do episódio da Peste Suína Africana (PSA). DESTINO – A China se mantém como principal destino das exportações do agronegócio brasileiro, com participação de 32% do total vendido pelo setor, seguida por países da

Zona do Euro (15%) e os Estados Unidos (7%). EXPECTATIVAS – Mesmo que o volume embarcado pelo agronegócio brasileiro continue em expansão no último trimestre, o faturamento de 2019 deve ser inferior ao obtido no ano passado, que, vale lembrar foi recorde. Isso porque a oferta mundial de produtos do agronegócio em patamares elevados tem pressionado para baixo os preços externos neste ano. No geral, a economia brasileira tem apresentado bons fundamentos macroeconômicos, com inflação na meta e redução nas taxas de juros. Vale lembrar que taxas de juros em níveis menores podem favorecer os investimentos na produção agrícola, o que, por sua vez, contribui para que a oferta brasileira de alimentos, fibras e energia continue em expansão. Revista do Ovo

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Comunicação

Falta de comunicação clara e eficaz no agro é um dos motivos que faz país perder em competitividade, diz ministro Para Alexandre Peña Ghisleni, Ministro do Departamento de Promoção do Agronegócio do Itamaraty, somente o esforço em conjunto para divulgação de fatos pode reduzir informações enganosas e melhorar imagem do setor

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er uma comunicação clara e com esforço conjunto, que inclua os setores público e privado, pode melhorar a imagem do agronegócio brasileiro no exterior, além de permitir que o país seja mais competitivo e consiga comercializar seus produtos com maior nível de igualdade. Essa foi uma das análises apresentadas pelo diretor do Departamento de Promoção do Agronegócio do Itamaraty, Alexandre Peña Ghisleni, durante participação no 2º Lab de Comunicação para Agronegócio, que aconteceu em São Paulo, promovido pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) em parceria com a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), com patrocínio da Bayer. Com o objetivo principal em debater a comunicação e promover as melhores práticas no setor, o evento contou com a presença de lideranças, jornalistas, executivos e empresários do segmento do agronegócio, que escutaram do representante do Itamaraty que o Brasil ainda perde em imagem e credibilidade, principalmente pela divulgação de infor-

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mações equivocadas, que nem sempre correspondem à realidade, e precisa muito da comunicação para mudar esse quadro. De acordo com Luiz Cornacchioni, diretor executivo da Abag, existe a necessidade de ações contínuas no setor que envolvem a comunicação. Ele também citou o censo agro, que traz uma série de informações que podem ser trabalhadas pelos profissionais de comunicação do setor, mas que teve um intervalo de 11 anos até ser publicado. “Um setor como o nosso ter de esperar 11 anos para um censo é muito complicado. A realidade de 2006 em relação a 2017 tem uma diferença gritante. Esperamos que o governo faça outras pesquisas com menor intervalo”, disse. Segundo o ministro Ghisleni há alguns problemas no debate público entre os quais algumas coisas passam a ser consideradas verdades, baseados em dados e documentos que não condizem com a realidade. Ele conta que há, inclusive, uma grande preocupação com artigos publicados em revistas científicas, porque ainda que eles possam ser questionados, tor-

nam-se referência e passam a ser vistos como verdade. "Nós temos uma responsabilidade de estar juntos no sentido de restabelecer os fatos, trazer a verdade, eliminar informação enganosa para que ocorra competição justa e o produtor brasileiro poder estar presente no mercado internacional e poder vender o seu produto em igualdade de condições com seus parceiros”, afirmou. Ainda sobre a questão da imagem do Brasil no exterior, o ministro explica que grupos protecionistas acabam usando informações, mesmo desencontradas, para reduzir a competitividade do país. Para ele, hoje o Brasil é considerado “a China” do agronegócio. “O que a China representa em relação aos bens industriais, nós representamos no agronegócio”. No entanto, segundo o ministro, a imagem do país tem sido mutante, com altos e baixos, de acordo com o que se é noticiado a respeito do país. “Já tivemos três ondas este ano. A primeira envolveu os defensivos agrícolas, a segunda os desmatamentos e o terceiro as queimadas. E todas essas


questões foram tomadas como argumento por tomadores de decisões e usado como argumento para justificar medidas contra o agronegócio brasileiro”, explica Ghisleni lembra que o país tem tradição de exportação de alguns produtos cujas produções estão concentradas em São Paulo e Minas Gerais, por exemplo, longe dos focos de incêndios e desmatamentos. Para o representante do Itamaraty, que está no ministério há 25 anos, não há país perfeito, mas o Brasil tem ficado em desvantagem por ser um país que prega a transparência e libera mais facilmente o acesso à muitas informações, mas que acabam sendo divulgadas de uma maneira fragmentada ou enviesada. “Precisamos de uma elucidação dos fatos, para mostrar ao mundo que fazer comércio com o Brasil não apenas é bom, como também não gera prejuízos à natureza, aos direitos humanos.

Cases e debates O Lab de Comunicação para Agronegócio ainda contou com outros dois momentos de discussão: a apresentação de quatro cases de comunicação que atingiram êxito no setor agro, e um debate com jornalistas e profissionais de comunicação que atuam na área. O primeiro exemplo de comunicação apresentado foi o “Coalizão Brasil Clima, Floresta e Agricultura”, que vem tratando de um debate importante do país que envolve o aumento da produção e a redução do desmatamento. O idealizador do projeto Alexandre Mansur e a coordenadora de conteúdo da Coalizão, Fernanda Macedo, foram os responsáveis pela apresentação. Ibiapaba Neto, diretor-executivo da CitrusBR falou sobre a comunicação como ferramenta de

relações governamentais. A head de comunicação externa da Syngenta, Nêmora Reche, abordou o uso das redes sociais para aproximar o agronegócio de grupos urbanos. O último exemplo de comunicação eficiente no setor agro foi apresentado por Guilherme Sierra, gerente de comunicação corporativa da John Deer na América Latina. Com o tema “Human to Human”, ele destacou a importância da humanização do conteúdo no agronegócio. O debate entre os jornalistas foi mediado por Nicholas Vital, head de conteúdo da Aberje, e contou com a presença de Alessandra Mello (diretora de jornalismo do Canal Rural), Vera Ondei (Coordenadora de Comunicação Digital da DBO), e Mariana Maciel (líder de comunicação digital da Bayer).

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Consumo de Ovos

Estudos mostram que o consumo de ovos ajuda a atrasar perda de massa muscular em idosos Nutricionista do Instituto Ovos Brasil lembra: Sarcopenia, síndrome em que ocorre a perda gradual de força, está relacionada também à nutrição

Autora: Lúcia Endriukaite, nutricionista do Instituto Ovos Brasil, entidade sem fins lucrativos que busca esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que este alimento proporciona à saúde

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o Brasil, os cuidados com a alimentação na terceira idade têm ganhado mais importância, já que de acordo do IBGE, estima-se que até 2025 haverá algo em torno de 33 milhões de idosos e o País

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será o 6º com o maior número de idosos no mundo (1). O processo de envelhecimento natural acontece em decorrência das alterações fisiológicas naturais, próprias da idade. Entretanto, um dos fatores que

acometem pessoas acima de 60 anos é a sarcopenia, uma síndrome em que ocorre a perda gradual de massa muscular e força muscular e está relacionada a fatores como alterações hormonais, inflamação, estresse oxidativo, sedentarismo, anormalidades metabólicas e nutricionais. Ocorre um aumento de gordura e redução da massa muscular, com menor força e coordenação de movimentos e maior risco de quedas (3). Entre os diversos fatores associados a sarcopenia, a nutrição tem um papel relevante, pois nem sempre o idoso possui alimentação equilibrada. A busca por alimentos de fácil aquisição, preparo e digestão está relacionada a alterações fisiológicas que interferem na mastigação, deglutição e propiciam um maior consumo de carboidratos e uma redução de proteínas. Preconiza-se um aumento da ingestão de proteínas pelo idoso, cerca de 1,2g / kg de peso, porque existe um declínio da resposta anabólica e condições catabólicas associadas a doenças agudas e crônicas que ocorrem com a idade (4). O ovo é um alimento fonte de proteína, cerca de 6 g por unidade e pode contribuir para a manutenção da massa magra dos idosos. O ovo tem uma fácil digestibilidade e combina e se transforma em diversas preparações. Fisberg e colaboradores ao analisarem dados do consumo alimentar de


indivíduos com 60 anos ou mais do Inquérito Nacional de Alimentação e e2008 – 2009 verificaram que existe uma prevalência de inadequação de micronutrientes como Vitaminas E, D, A, cálcio, Magnésio, piridoxina (4). Assim como neste estudo verificou -se uma grande deficiência de vitamina E e D, esta está relacionada a fragilidade dos idosos (5). O ovo é um alimento rico em nutrientes. Apresenta as vitaminas lipossolúveis A, E, K e é um dos poucos alimentos que apresenta vitamina D na sua composição. Contém as vitaminas do complexo B e entre elas a colina, fundamental para a transmissão do impulso nervoso e cognição. A adição do ovo na alimentação pode colaborar com selênio, zinco, magnésio, ferro – nutrientes fundamentais para o organismo. Luteína e zeaxantina são outros dois nutrientes presentes na gema do ovo e são fundamentais para a proteção dos olhos. O ovo é um alimento muito nutritivo, saboroso, de fá-

cil preparo e pode colaborar com nutrientes importantes para a vida do idoso.

Referências bibliográficas: 1- MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção Básica- Alimentação saudável para a pessoa idosa. Um Manual para profissionais de saúde. 2- OMS - Organização Mundial da Saúde. Envelhecimento Ativo: uma Política de saúde. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2005. 3- Pícoli, TS; Figueiredo, LL; Patrizzi, LJ. Sarcopenia e envelhecimento. Fisioter. Mov., Curitiba, v. 24, n. 3, p. 455462, jul./set. 2011. 4- Fisberg, RM; Marchionil, DML; Castrola, MA; Junior, EV; Araujo. MC; Bezerra, LN; Pereira, RA; Sichieril,R. Ingestão inadequada de nutrientes na população de idosos do Brasil: Inquérito Nacional de Alimentação 2008-2009. Rev Saúde Pública 2013;47(1 Supl):222S-30S.

O ovo é um alimento rico em nutrientes. Apresenta as vitaminas lipossolúveis A, E, K e é um dos poucos alimentos que apresenta vitamina D na sua composição 5- Pillatt, AP; Patias, RS; Berlezi, EM; Schneider, RH. Quais fatores estão associados à sarcopenia e à fragilidade em idosos residentes na comunidade? Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., Rio de Janeiro, 2018; 21(6): 781-792.

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Produção

Produtor revela os segredos que contribuem para ele ter uma produção de ovos premiada e de excelente qualidade Granja conquistou dois prêmios do importante Concurso de Qualidade de Ovos Capixaba

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Granja Capixaba, que tem 450.000 aves e está localizada na cidade de Santa Maria de Jetiá, foi um dos destaques do Concurso de Qualidade de Ovos Capixaba, realizado pela

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Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (Aves), durante a 5ª Feira de Avicultura e Suinocultura Capixaba. O produtor Carlos Magnus Caliman Berger, diretor presidente da

Granja Capixaba, recebeu dois prêmios: 1º lugar na categoria Qualidade Ovos Vermelhos e 3º lugar na categoria Qualidade Ovos Brancos. “Estas conquistas são muito relevantes, já que avaliam pontos como


casca do ovo e albúmen, reconhecendo todo o nosso trabalho, estratégia e dedicação e também valorizando a nossa marca”, comemora Berger, que tem uma produção de cerca de 900 caixas por dia. O diretor presidente da Granja Capixaba, produtor há 19 anos, conta que diversos fatores contribuem para que a granja tenha uma produção premiada e de excelente qualidade. “Um dos principais é contar com o suporte da Wisium, uma empresa parceira que tem produtos de extrema qualidade e que oferece toda a assistência necessária”. Berger revela que utiliza o premix da Wisium em 100% da granja e que também aplica o B-Safe, aditivo que atua na microflora intestinal, controlando bactérias patogênicas, preservando as bactérias benéficas e favorecendo a saúde intestinal das aves. Com tecnologia ex-

clusiva Wisium, o B-Safe ajuda, por exemplo, no controle da salmonela. “Com os produtos da Wisium, conseguimos um baixo custo de formulação e uma maior produtividade. De janeiro a maio deste ano, tivemos, por exemplo, uma produção de aproximadamente 140.000 caixas, superando as 82.000 caixas registradas no mesmo período do ano passado”. Egg Quality Concept – Para oferecer aos clientes uma melhor performance, como a obtida pela Granja Capixaba, a Wisium implementa o Egg Quality Concept. Raquel Andrade, Gerente do Segmento Aves da Wisium, explica que se trata de um conceito global Wisium, adaptado ao mercado brasileiro e formado por produtos e serviços baseado em uma visão panorâmica do manejo de aves e ovos a partir do acompanhamento de cada fase de produção. “Com isso, é pos-

sível reduzir o descarte de ovos, otimizar o tamanho de acordo com as expectativas do mercado e produzir com a cor da gema ideal, assim como melhor altura de albúmen”, pontua Raquel.

Sobre a ADM Nutrição Animal A ADM Nutrição Animal é uma referência global com um portfólio completo de premixes, aditivos, ingredientes e alimentos completos para animais de grande e pequeno porte, aquacultura e pet. Com mais de 110 fábricas no mundo e uma ampla estrutura de pesquisa e desenvolvimento, fornecemos soluções inovadoras para potencializar o crescimento dos nossos clientes e, assim, fomentar o desenvolvimento do mercado de nutrição animal através da geração de valor, da segurança alimentar e, da saúde e bem-estar dos animais.

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Saúde Animal

Desafios do Brasil na defesa sanitária animal O aumento da importância da questão sanitária veio em conjunto com preocupações dos mercados consumidores relacionadas à segurança alimentar, à sustentabilidade e ao bem-estar animal

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as últimas décadas, as exportações brasileiras de carnes e produtos de origem animal apresentaram significativo crescimento. Diante disso, atualmente, o País sustenta o posto de maior exportador de carne bovina e de aves e quarto maior de carne suína do mundo. Tais ganhos nas vendas externas estiveram atrelados, entre outros fa-

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Taís Cristina Menezes, Pesquisadora do Cepea tores, a ganhos de produtividade e de competitividade e ao aprimoramento do sistema de defesa sanitária animal. Em particular, este último fator tem sido recorrentemente discutido em diversos fóruns internacionais e entre autoridades em negociações de comércio entre países. O aumento da importância da questão sanitária veio em conjunto

com preocupações dos mercados consumidores relacionadas à segurança alimentar, à sustentabilidade e ao bem-estar animal. Dessa forma, as medidas sanitárias têm sido cada vez mais presentes no comércio internacional de produtos de origem animal. Nesse contexto, ao longo dos últimos anos, o Brasil tem promovido políticas e formulado programas de controle e erradicação de diversas doenças animais, na busca pela garantia da qualidade do produto nacional e pela consequente construção de uma imagem positiva no mercado externo. Em maio de 2018, por exemplo, o Brasil foi reconhecido como país livre de febre aftosa com vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Santa Catarina segue como exceção, sendo o único estado brasileiro reconhecido como livre de febre aftosa sem vacinação desde 2007. O último surto de febre aftosa em território nacional ocorreu em 2006 e o de Peste Suína Africana (PSA), em 1984. Outras doenças, como influenza aviária, Newcastle e síndrome respiratória e reprodutiva suína nunca sequer foram registradas no País. Entretanto, ainda há incidências de brucelose, tuberculose e peste suína clássica, o que mostra que o Brasil tem muito a avançar.


Os próximos anos serão bastante desafiadores para o Serviço Oficial de Defesa Sanitária Animal. A necessidade de investimentos em tecnologia da informação, de aprimoramento da estrutura e atuação do Serviço e de promoção de educação sanitária dos produtores e da sociedade em geral é premente. A meta de se iniciar a suspensão da vacinação contra febre aftosa em 2019, estabelecida como uma das diretrizes do Plano Estratégico 2017-2026 do Plano Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (Pnefa), foi postergada para 2020. Apenas o estado do Paraná permanece com a proposta de suspensão para este ano. Ainda em 2019, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) lançou o programa de autocontrole, a partir do qual as agroindústrias passarão a garantir a sanidade e qualidade dos produtos

que comercializam nos mercados interno e externo. Isso exigirá que o setor privado aprimore seus procedimentos de verificação e monitoramento e que o Mapa aperfeiçoe suas ações de fiscalização. A proposta do autocontrole segue a tendência crescente do uso de sistemas voluntários de certificação de qualidade que diversos países da União Europeia já implementaram. Todos esses fatores reforçam a importância de que o Serviço Oficial, em conjunto com o setor privado, esteja pronto para garantir o nível de segurança sanitária pela inspeção e monitoramento, bem como por um sistema eficiente de inteligência que permita assegurar a qualidade dos produtos brasileiros e que responda rapidamente em caso de crises sanitárias. Os avanços dos sistemas de controle e monitoramento e do status sanitário em relação às diferentes

doenças devem ser almejados, pois este é o caminho da evolução natural dos grandes países exportadores. Entretanto, além de um diagnóstico completo da atual situação da defesa – que já está em andamento –, devem ser estimados os investimentos necessários para promover as mudanças pretendidas e tudo deve ser amplamente discutido com todos os agentes das cadeias envolvidas. O desafio final é evoluir para um sistema de defesa moderno em um contexto de crise fiscal. A solução, num primeiro momento, está sujeita ao apoio do setor privado em todo o processo de modernização. Esta solução também passa pela superação da ausência de estudos de avaliação de impacto regulatório das políticas até hoje implementadas pelo Serviço Oficial e que mostrem os potenciais impactos econômicos de doenças animais.

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Empresas

Jeovane Pereira é o novo Diretor de Negócios Avicultura do Biovet Vaxxinova Com mais de 20 anos de experiência em saúde animal, Médico Veterinário tem carreira destacada pela liderança de equipes de alta performance e pelo lançamento de novas vacinas e conceitos no setor avícola nacional

MV Carlos Jeovane Pereira, Diretor de Negócios Avicultura do Biovet Vaxxinova

C

arlos Jeovane Pereira, com mais de 20 anos de experiência em empresas de saúde animal líderes no segmento avícola, acaba de assumir a direção de Negócios Avicultura do Biovet Vaxxinova. Natural de Goiás, onde se formou em Medicina Veterinária pela UFG,

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Jeovane trabalha com o tema Gestão de Equipe de Alta Performance, possui MBA pela Fundação Dom Cabral e formação em Coach pela Escola Integração. Entre outros destaques de sua carreira, foi responsável pela introdução de novas vacinas e conceitos de serviços de vacinação no setor avícola.

"Minha carreira como executivo, em diferentes empresas, tem proporcionado conhecer diversas culturas e consolidar uma liderança situacional, com foco no alinhamento estratégico do negócio e no desenvolvimento de uma ‘Proposta Única de Valor’ para clientes estratégicos", afirma o Diretor de Negócios Avicultura do Biovet Vaxxinova. Isso terá continuidade, segundo ele, principalmente no desenvolvimento de uma equipe com atenção voltada às necessidades dos clientes e parceiros estratégicos, “tendo em vista que é por meio do fortalecimento deste vínculo que se atinge com mais eficiência metas e objetivos comuns". “O Biovet Vaxxinova é reconhecido pela capacidade de desenvolvimento de produtos e serviços customizados para o mercado brasileiro. Além disso, possui um robusto portfólio e muita expertise técnica nas áreas de pesquisa, desenvolvimento e produção de biológicos avícola”, destaca Jeovane. “Esse modelo de trabalho preconiza o diálogo e o relacionamento com as empresas parceiras, agregando valor à produção de proteína animal por meio da difusão de tecnologia e dos conhecimentos voltados à área de sanidade. Tenho muito orgulho de fazer parte deste time e ajudar a empresa a desenvolver sua equipe comercial – meu principal desafio”, conclui o Diretor de Negócios Avicultura.


Especial Empresas

Max Film traz ao mercado o Film impresso para bandejas de ovos personalizado Produto personaliza sua marca e destaca ainda mais o produto, podendo ser impresso em até 10 cores

A

Fechadoras de caixa

Paletizadoras

Seladoras

Film impresso

Max Film Indústria de Plásticos é uma empresa nacional que atua no mercado de embalagens há 30 anos, especializada na fabricação de embalagens flexíveis para vários segmentos. Através de nossa alta tecnologia e controle de qualidade de nossos equipamentos e produtos, atendemos todos os segmentos de linha industrial, comércio e serviços, linhas promocionais, alimentícia, supermercados, Granjas, distribuidores, automobilística, fios e cabos, farmacêutica, gráfica, têxtil, brinquedos, cosmética, utilidades domésticas e muitos outros. Há 5 anos iniciamos importação de outros segmentos de embalagens, como film poliolefínico, fita adesiva, film stretch, e linha de máquinas para automatização industrial de embalagens, tais como seladoras manuais e automáticas. Além de fechadoras de caixas e máquinas paletizadoras levando solução para todos os tipos de automatização de linhas. E agora com mais uma novidade no mercado, o Film impresso para bandejas de ovos, personalizando sua marca e destacando ainda mais o produto, podendo ser impresso em até 10 cores com todo tipo de logotipo e desenhos e marcações, com excelente custo benefício eliminado etiquetas de papel e modernizando o produto. Revista do Ovo

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Evento

Simpósio Bem-estar Animal: uma estratégia de negócio sustentável reúne 150 profissionais da indústria alimentícia da América Latina Para aumentar o diálogo sobre essa mudança de mercado, foi realizado, em novembro, o Simpósio Internacional - Bem-estar Animal: uma estratégia de negócios sustentável

O

tema bem-estar animal já ganhou força no agronegócio da América Latina, com um número crescente de empresas adotando ações mais fortes e consistentes para garantir melhores práticas no tratamento dos animais utilizados na produção de alimentos. Para aumentar o diálogo sobre essa mudança de mercado, foi realizado, nos dias 18 e 19 de novembro, o Simpósio Internacional - Bem-estar Animal: uma estratégia de negócios sustentável, no Hotel Belas Artes, em São Paulo. O simpósio contou com palestrantes de cinco países e mais de 150 profissionais da cadeia de suprimentos e de agropecuária da América Latina. Promovido pela Humane Society International e World Animal Protection, o evento trouxe uma ampla articulação entre representantes dos setores alimentício, produtivo, varejista, financeiro e governamental em torno das ações e compromissos voltados à proteção

28

Revista do Ovo

e promoção do bem-estar de suínos e galinhas poedeiras. “A HSI aprecia a oportunidade de organizar e participar desse diálogo crítico entre empresas e produtores, enquanto trabalham na transição para sistemas de produção de ovos livres de gaiolas e celas de gestação para matrizes suínas. Em apenas dois anos, a participação em fóruns como esse mais que dobrou na América Latina, representando claramente o crescente interesse, apoio ao consumidor e a mudança do mercado para uma pecuária com maiores níveis de bem-estar animal. Como apontado por muitos dos palestrantes, a forma com que os animais são criados e as condições suportadas por eles, andam de mãos dadas com um futuro mais sustentável”, afirmou Carolina Maciel, diretora da Humane Society International no Brasil. Consciente destas novas transformações, para as quais a cadeia produtiva precisa se adaptar a fim

de se adequar ao novo consumidor, que agora foca em bem-estar animal e sustentabilidade, Mateus Paranhos da Costa, professor e doutor formado pela Universidade Estadual Paulista, e que palestrou sobre ‘desmistificação’ do bem-estar animal, disse: “A organização desse evento é extremamente oportuna, pois reforça e visibilidade para a necessidade de se integrar da questão do bem-estar animal como um dos critérios de sustentabilidade. São muitos os benefícios dessa integração, com implicações éticas e práticas para todas as cadeias produtivas da pecuária, dadas as evidências de que a promoção do bem-estar dos animais de produção tem potencial para contribuir para a manutenção de ambientes naturais equilibrados, de comunidades saudáveis e da vitalidade econômica das atividades pecuárias”. Para complementar, Leonardo Lima, diretor Corporativo de Compromisso Social e Desenvolvimento Sustentável da Arcos Dorados,


operadora da marca McDonald's na América Latina e Caribe, afirmou: “A Arcos Dorados é uma empresa com longo histórico de investimento em iniciativas sustentáveis no Brasil e na América Latina e temos o desafio de encontrar novas oportunidades e usar nossa escala para gerar impacto positivo no planeta. Dentro dessa premissa, somos pioneiros em assumir metas desafiadoras de pecuária sustentável. Também já iniciamos a compra de ovos de galinhas criadas livres de gaiola e limitamos o uso de celas de gestação junto a fornecedores de carne suína. O bem-estar animal é uma de nossas prioridades e este Simpósio é uma oportunidade para discutirmos o assunto, tomar conhecimento das ações que vem sendo adotadas pela indústria e influenciar toda a cadeia”. Com o objetivo de expandir a discussão e trazer um panorama internacional sobre os temas, o Simpósio contou com as palestras das especialistas Profa. Dra. Linda Keeling, da Universidade Sueca de Ciências Agrárias, para falar sobre o papel do bem-estar animal no desenvolvimento sustentável e a Profa. Dra. Natalie Waran, da Nova Zelândia, que falou sobre a relação entre a saúde humana e o bem-estar animal.

Darren Vanstone, Director of Corporate Engagement and Policy da Chronos Sustainability

Dirk Jan Verdonk, da Proteção Animal Mundial lança a F.A.R.M.S Initiative.

Cases de Sucesso Um exemplo de transição bem-sucedida para a produção de ovos livres de gaiolas é a Planalto Ovos (Brasil), empresa produtora de ovos, que foi representada por Daniel Mohallen, um dos sócios e o veterinário responsável da empresa: "A realização deste simpósio internacional é de suma importância para a consolidação e o reconhecimento dos métodos produtivos voltados para o bem-estar animal, principalmente por conter discussões com bases científicas entre estudiosos, pesquisadores e participantes da cadeia de produção. O cuidado com os animais é muito mais que uma tendência: é uma preocupação mundial. Nós da PlaRevista do Ovo

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Evento

Promovido pela Humane Society International e World Animal Protection, o evento trouxe uma ampla articulação entre representantes dos setores alimentício, produtivo, varejista, financeiro e governamental

Dra Carolina Maciel, diretora da Humane Society International no Brasil

José Rodolfo Ciocca, da Proteção Animal Mundial

30 Revista do Ovo

Prof. Dr. Celso Funcia Leme apresentou a palestra "Bem-estar animal. O que minha empresa tem com isso?"

nalto Ovos nos sentimos privilegiados de fazer parte deste grande evento”. O Simpósio integra as ações da World Animal Protection e da Humane Society International realizadas mundialmente com o objetivo de pôr fim ao sofrimento desnecessário dos animais de produção. “O tema tem sido largamente discutido desde os anos 70, quando na Europa os consumidores começaram a se mobilizar sobre a forma como os animais eram criados. No Brasil, o público tem se preocupado cada vez mais com o bem-estar animal. Esse é um ponto que interfere diretamente na decisão de compra em muitos países e no Brasil esse comportamento tende a crescer. Por isso, as empresas têm colocado o tema entre suas estratégias de negócios”, salienta José Rodolfo Ciocca, gerente de Agropecuária Sustentável da World Animal Protection. Segundo pesquisa da organização, 68% dos brasileiros consomem carne pelo menos quatro vezes por semana. Destes, 82% estão preocupados com a origem das proteínas prova de que o bem-estar e a sustentabilidade dos animais são importantes para o mercado.


Arcos Dorados inicia transição para servir no Brasil ovos de galinhas criadas livres Os produtos são atestados pela Certified Humane® e atendem aos mais exigentes padrões de bem-estar animal do mundo, com base no International Certified Humane® Raised & Handled Certification Program A Arcos Dorados, maior franquia independente do McDonald's do mundo e que opera a marca em 20 países da América Latina e do Caribe, anuncia que começou a comprar ovos de galinhas criadas sem gaiola. O primeiro país beneficiado será o Brasil. A ação reforça o compromisso global da marca com o bem-estar animal, além de posicionar o mercado brasileiro como referência na região para atingir a meta estabelecida pela empresa de comprar exclusivamente esse tipo de produção a partir de 2025. A companhia alinha-se aos objetivos globais do sistema McDonald's para minimizar o impacto ambiental de seus restaurantes e construir uma cadeia de suprimentos mais sustentável até 2030. "Ser a marca líder na América Latina e no mundo nos desafia a implementar iniciativas como essa. Portanto, dar esse passo é muito significativo para nós. Continuamos concentrando esforços para minimizar o impacto ambiental de nossas operações", afirma o Diretor Corporativo de Desenvolvimento Sustentável da companhia, Leonardo Lima. O projeto inicial está focado no centro de distribuição da empresa no Paraná, que é responsável pelo fornecimento para toda a rede de restaurantes na região sul do Brasil. A partir disso, o plano é expandir a oferta em todo o país e, depois, para o restante

dos mercados operados pela Arcos Dorados. Conhecido como Cage Free (livre de gaiolas), esse sistema de produção permite que as aves tenham espaço para andar livremente, esticar as asas e realizar comportamentos naturais importantes, como reprodução e criação de ninhos para botar seus ovos, além de evitar o uso desnecessário de antibióticos em animais saudáveis. Os locais onde ficam são secos e protegidos de predadores ou condições climáticas adversas que podem comprometer a saúde do grupo. A Granja Mantiqueira, maior produtora de ovos da América do Sul, fornece os produtos que atendem aos mais rigorosos padrões de bem-estar animal, com base no Programa de Certificação Internacional da Certified Humane Raised & Handled. Por sua vez, os ovos têm o selo da Certified Humane Brasil. "Essa conquista só foi possível graças à preocupação histórica do McDonald's com a sustentabilidade, uma questão prioritária dentro da empresa. Prova disso são as certificações obtidas de importantes entidades do setor, como MSC (Marine Stewardship Council) para os peixes utilizados na preparação do McFish, FSC (Forest Stewardship Council) para nossas embalagens e Rainforest Alliance para o café. Temos orgulho de ser pioneiros em iniciativas sustentáveis, sempre

"Ser a marca líder na América Latina e no mundo nos desafia a implementar iniciativas como essa. Continuamos concentrando esforços para minimizar o impacto ambiental de nossas operações", Leonardo Lima, Diretor Corporativo de Desenvolvimento Sustentável da Arcos Dorados com o apoio indispensável de nossos parceiros", diz Ives Uliana, Diretor de Supply Chain da Divisão Brasil da Arcos Dorados. "Aplaudimos o compromisso e as medidas que o McDonald's está adotando para aumentar os níveis de bem-estar animal na produção de ovos. Isso reforça o fato de que o futuro estará livre desse método. Esperamos continuar trabalhando juntos na implementação dessa política em outras regiões do país", afirma Maria Fernanda Martin, gerente de programas e políticas corporativas da Humane Society International (HSI) no Brasil. Revista do Ovo

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Evento

CBNA conclui com sucesso a 32ª edição de sua Reunião “Congresso sobre Nutrição e Bem-Estar Animal - Aves, Suínos e Bovinos” Valendo-se da ligação entre a qualidade de uma boa dieta com o bem-estar animal, o CBNA escolheu estes dois temas como foco de suas palestras

A

ssociação formada por professores e pesquisadores atuantes na área de nutrição animal, o Colégio Brasileiro de Nutrição Animal (CBNA) cumpriu mais uma vez o seu papel de apoiar, discutir e premiar a pesquisa científica e divulgar conhecimento, ao realizar entre os dias 12 e

Diretoria atual e antiga do CBNA

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Revista do Ovo

14 de novembro a 32ª Reunião Anual “Congresso sobre Nutrição e Bem-Estar Animal”. O evento aconteceu em Campinas, SP, no Expo D. Pedro. Valendo-se da ligação entre a qualidade de uma boa dieta com o bem-estar animal, o CBNA escolheu estes dois temas como foco de suas palestras.

Para o Professor José Fernando Menten, da Esalq/USP e membro da diretoria do CBNA, o evento contou, entre os seus participantes, com um público muito seleto da área de nutrição animal, todos concordaram que o programa foi “muito bem elaborado com uma sequência de assuntos, como os painéis sobre saúde

Público presente ao Congresso em Campinas, SP


intestinal, que é o ponto estudado mundialmente para uma produção animal de qualidade e um produto sem problemas de contaminação e visando o bem-estar animal, que era o foco do congresso. Todas as palestras convergiram para aumentar o conhecimento do público sobre saúde intestinal”. Já Godofredo Miltenburg, Presidente do CBNA, fez um balanço do evento e, em sua opinião, as principais discussões envolveram o uso de antimicrobianos. “Temos uma grande responsabilidade em divulgar o uso das novas tecnologias (aditivos melhoradores de desempenho como fitogênicos, ácidos orgânicos leveduras, probióticos, prebióticos, enzimas e aminoácidos) para manipular a saúde intestinal e atuar como substitutos dos antimicrobianos e nossos palestrantes demonstraram que estamos preparados se acontecer uma restrição maior ao uso de antibióticos e o CBNA tem grande colaboração neste fato por ter promovido discussões sobre este assunto. Toda essa tecnologia já existe, mas temos que pensar também que é preciso fornecer um produto econômico para o consumidor. Temos uma responsabilidade social, mas também podemos oferecer um produto diferenciado

Premiação reconhece a pesquisa científica Godofredo Miltenburg e os professores responsáveis pelas entregas dos prêmios ressaltaram que a finalidade do CBNA, ao premiar a pesquisa científica, é promover toda a sociedade técnico-científica da nutrição animal. Na área de avicultura, o estudo “Digestibilidade de fósforo bicálcico para frangos de corte pelo método direto”, de autoria de Felipe Dilelis (UFRRJ-Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) recebeu o Prêmio CBNA de menção honrosa apresentado durante a 32ª Reunião Anual CBNA sobre Nutrição e Bem-Estar Animal - Aves, Suínos e Bovinos. Já o prêmio principal (que incluía um cheque de R$1.500) e mais disputado foi entregue a Catiane Orso (UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul), pelo trabalho “Microbioma de frangos de corte vacinados contra coccidiose ou suplementados com salinomicina”.

Catiane Orso (UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul) recebe prêmio durante o evento

Revista do Ovo

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Evento Professor Valdomiro Miyada recebe homenagem durante Congresso Muito emocionado, Valdomiro Miyada, Professor do Departamento de Zootecnia da Esalq/USP, recebeu do CBNA uma homenagem pelas suas atividades no ensino da pesquisa. Amigos de docência, reforçaram que Miyada “sempre foi um exemplo a ser seguido na docência por outros professores”. Ao agradecer a honraria, Valdomiro lembrou a importância do Colégio Brasileiro de Nutrição Animal: “Precisamos que os mais jovens também se envolvam com o CBNA. É uma entidade que merece respeito na área de nutrição animal particularmente”, afirmou. Vale lembrar que Valdomiro Miyada participou por diversas ocasiões da diretoria de CBNA e participou de sua criação.

Acima: José Fernando Menten, da Esalq/USP e membro da diretoria do CBNA Abaixo: Godofredo Miltenburg, Presidente do CBNA: “Temos uma grande responsabilidade em divulgar o uso das novas tecnologias (aditivos melhoradores de desempenho como fitogênicos, ácidos orgânicos leveduras, probióticos, prebióticos, enzimas e aminoácidos) para manipular a saúde intestinal e atuar como substitutos dos antimicrobianos”. com um pouco mais de custo”, afirmou ele. O CBNA utilizou também uma importante inovação na realização e transmissão das palestras, com a adoção do sistema de “Palestra Silenciosa”. Essa novidade permitiu realizar, numa única sala, palestras concomitantes sobre aves e suínos.

Patrocínio

Valdomiro Miyada, Professor do Departamento de Zootecnica da Esalq/USP, recebeu do CBNA uma homenagem pelas suas atividades no ensino da pesquisa

34 Revista do Ovo

O evento teve o patrocínio das seguintes empresas: AB Vista, Adisseo, Alltech do Brasil, APC, Cargill-Nutron, Evonik Brasil, Jefo Nutrition, Novus, Phileo by Lesaffre, Trouw Nutrition. Já as empresas colaboradoras são: ICC Brazil e Tecnoglobo Equipamento. Vale lembrar também que AB Vista, APC, Novus e Evonik tiveram um espaço promocional para discutir assuntos relacionados a aves e suínos. Mais informações: www.cbna.com.br.


Empresas

Ceva Saúde Animal global completa 20 anos como a 5ª maior empresa do mundo no setor Criada na França, a empresa está presente em mais de 110 países

A

Ceva Saúde Animal global completou 20 anos no dia 15 de outubro de 2019. A empresa comemorou a data em todas as suas unidades no mundo, ressaltando as conquistas em apenas duas décadas. Criada na França, hoje a empresa é a quinta maior do mundo no setor de produtos para saúde animal e está presente em mais de 110 países, entre eles o Brasil, onde a companhia atua desde 2000. A Ceva Brasil encerrou o ano passado entre as seis maiores indústrias do mercado. O objetivo para 2020 é maior faturamento e crescimento no ranking. Com faturamento global de € 1,2 bilhão, a Ceva tem atuação focada em pesquisa, desenvolvimento, produção e comercialização de produtos farmacêuticos e biológicos para animais de companhia (pets) e de produção (bovinos, suínos, equinos e aves). “A Ceva tem portfólio robusto e potentes soluções para aumentar o bem-estar e o rendimento dos animais. Com essa base sólida, o trabalho da nossa equipe objetiva posicionar a companhia entre as cinco maiores do setor nos próximos anos”, destaca o diretor regional da América Latina, Fernando De Mori. A empresa projeta receita de R$ 420 milhões no Brasil em 2019, com crescimento superior a 15% em relação ao ano passado. Com esse resultado, a empresa chega à quinta posição no ranking nacional de indústrias de produtos para saúde animal. “A Ceva tem crescido globalmente ano a ano. E isso ocorre também no Brasil. Já estamos entre os maiores players do mercado nacional e temos a ambição de evoluir ainda mais, com contínuo investimento em inovação, serviços exclusivos e portfólio moderno”, destaca o diretor geral no Brasil, Giankleber Diniz. Líder no território brasileiro em produtos veterinários para equinos e em vacinas avícolas, a Ceva Saúde Animal também está entre as maiores companhias do mercado nacional de ruminantes, suínos e pequenos animais, com soluções eficazes que garantem o bem-estar das criações.

Giankleber Diniz, diretor geral da Ceva no Brasil Fernando De Mori, diretor regional da Ceva na América Latina

Revista do Ovo

35


Estatísticas e Preços Pintainhas de postura comercial

Alojamento de outubro atinge novo recorde e se aproxima de 11 milhões de cabeças

S

36 Revista do Ovo

EVOLUÇÃO MENSAL (OVOS BRANCOS E VERMELHOS) - MILHÕES DE CABEÇAS

PINTAINHAS COMERCIAIS DE POSTURA

% OVO BRANCO

MÊS

2017/2018

2018/2019

VAR. %

Nov

9,510

9,816

3,22%

80,82%

77,89%

Dez

8,361

8,577

2,59%

81,02%

77,74%

2017/18

2018/19

Jan

10,377

9,038

-12,90%

80,61%

81,85%

Fev

9,082

8,774

-3,39%

79,15%

83,42%

Mar

10,034

9,590

-4,43%

78,84%

77,91%

Abr

10,111

10,201

0,89%

81,46%

80,52%

Mai

9,996

9,664

-3,32%

80,17%

81,61%

Jun

8,476

9,055

6,83%

79,50%

82,65%

Jul

9,432

10,647

12,89%

80,31%

85,07%

Ago

10,205

10,387

1,78%

79,56%

84,39%

Set

9,241

10,125

9,56%

80,85%

85,03%

Out

10,209

10,818

5,97%

79,57%

85,70%

Em 10 meses

97,163

98,298

1,17%

80,01%

82,89%

Em 12 meses

115,034

116,692

1,44%

80,15%

82,09%

Fonte dos dados básicos: ABPA – Elaboração e análises: AVISITE

PLANTEL PRODUTIVO

N

D

2018

J

F

M

A

M

J

2019

J

A

S

O

113,223

113,555

113,465

113,909

114,218

115,556

115,340

115,034

114,320

114,714

113,935

113,175

Novembro de 2018 a novembro de 2019 Milhões de cabeças

113,741

egundo dados coletados no mercado, o alojamento de pintainhas de postura comercial atingiu novo recorde em outubro e se aproximou de 11 milhões de cabeças. O número levantado – mais exatamente 10,818 milhões – representou aumento de 6% sobre o alojado em outubro do ano passado. Em relação ao mês anterior, setembro, o aumento chega a quase 7%. Entretanto, outubro é mês mais longo e, consequentemente, o aumento real alcança apenas 3,4% O volume alojado nos primeiros dez meses do ano alcança 98,298 milhões de cabeças (cerca de 82,9% do total, destinado para a produção de ovos brancos) e, por ora, significa aumento de apenas 1,2% sobre o mesmo período de 2018. O volume médio alojado no período atinge 9,830 milhões de cabeças que, projetado para o ano, aponta quase 118 milhões de cabeças. Se alcançado, significará aumento na casa de 2% sobre o total de pintainhas alojadas no ano passado. Todavia, o alojamento médio do segundo semestre se aproximou de 10,5 milhões de cabeças. Ou seja, o índice pode se confirmar bem acima do estimado. O acumulado em período de doze meses – novembro de 2018 a outubro de 2019 – alcança 116,7 milhões de cabeças e equivale a 1,4% de aumento sobre o mesmo período imediatamente anterior. Desse total de pintainhas, cerca de 82,1% são destinadas à produção de ovos brancos. No decorrer de novembro o plantel de postura comercial - em produção - atingiu cerca de 113,2 milhões de cabeças, apresentando redução em relação ao mês anterior, no ano e mesmo período do ano passado. Foi o segundo menor plantel dos últimos 13 meses. O plantel produtivo mais comedido no segundo semestre deste ano tem proporcionado ao setor de postura comercial melhores condições de comercialização e recuperação em relação aos baixos preços recebidos no mesmo período ano passado. De toda forma, o preço médio alcançado em 2019 ainda se encontra muito abaixo dos recebidos em 2016 e 2017.

N


Mercado

Desempenho do ovo em novembro e nos 11 primeiros meses de 2019

Mercado fecha o mês de novembro, e abre dezembro, de forma positiva

D

ezembro promete. Porque, depois de atravessar praticamente todo novembro com quase total estabilidade de preços (desta vez não experimentou as altas típicas da primeira quinzena), o ovo encerrou o mês (sábado dia 30) com expressivas altas, sinalização de um comportamento bem mais ativo no encerramento do ano. Tomando como base os preços alcançados pelas cargas fechadas negociadas no atacado da cidade de

O V O

São Paulo, observa-se que o valor médio registrado em novembro não foi muito diferente do observado nos seis meses anteriores. Sob esse aspecto, a significativa alta obtida no sábado (30) não modificou os resultados do mês. Pois ainda que a média do mês tenha sido 23% superior à de um ano antes, voltou a ocorrer retrocesso (-1,55%) em relação ao mês anterior, fato que se repetiu em sete dos últimos 13 meses.

OVO BRANCO E XEXTRA T R A

B R A N C O

Evolução de preços no atacado paulistano R$/CAIXA DE 30 DÚZIAS R$/CAIXA DE 30 DÚZIAS

Evolução de preços no atacado da cidade de São Paulo*

MIN. MAX. NOVEMBRO DE 2019 Média mensal e variações 1ª semana (dia 1) 69,00 71,00 anual e mensal em treze meses 2ª semana (dias 4 a 9)

69,00

71,00

Depois de atravessar praticamente todo novembro com quase total estabilidade, o ovo encerrou o mês com expressivas altas

M É D I A A N U A L N O M I N A L E R E AL E M U M A D É C A D A – R $ / C AI X A

MED. 70,00 70,00

(dias 11 a 16) 69,00 71,00% 70,00 MÊS.3ª semana MÉDIA VARIAÇÃO 4ª semana (dias 18 a 23) 67,00 71,00 69,67 R$/CXA NO ANO NO MÊS

NOV DEZ

5ª semana (dias 25 a 30)

56,71

67,00

-14,08%

77,00

69,33

13,16%

M É D I A M E N S AL N O S Ú L T I M O S 1 3 M E S E S MÊS

55,00

-14,54%

R$/KG

VARIAÇÃO -3,01% ANUAL MENSAL

JAN/19NOV

47,65

-11,63%

FEV

DEZ

72,12

1,08%

51,33% -14,54% -3,01%

MAR

JAN/19

71,64

-9,40%

-11,63% -13,36% -0,66%

ABR

FEV

76,96

13,59%

MAI JUN

MAR ABR MAI

65,31

3,93%

71,25

-11,19%

JUL

JUN

67,50

6,95%

AGO

JUL

72,89

20,07%

SET OUT NOV

AGO SET OUT NOV

69,50

19,40%

70,85

41,37%

69,75

23,00%

-13,36% 13,16%

-14,08%

1,08%

51,33% 7,43%

-9,40%

-0,66%

13,59%

7,43%

A expectativa, agora, é a de que a remuneração registrada no último dia de novembro seja apenas um ponto de partida para os negócios de dezembro corrente. Ou seja: nada impede que sejam atingidos valores próximos do recorde do ano – R$76,96/caixa em abril passado. Notar (gráfico inferior, com a evolução relativa dos preços do ovo em relação à sua curva sazonal) que os preços de dezembro têm sido, em média, 10% superiores aos de novembro. Se tal variação se repetir em dezembro, o resultado será praticamente o mesmo registrado no quarto mês do ano.

-15,14%

Porém, mesmo que isso aconteça, o preço médio de 2019 não deve sofrer grande alteração em relação ao valor atual, superior ao registrado em 2018, mas (em valores deflacionados) ainda inferior aos registrados em alguns dos anos anteriores mais recentes.

9,10% 3,93% -15,14% -11,19% 9,10% -5,26% 6,95%

-5,26% 7,98%

20,07%

7,98%

19,40%

-4,65%

41,37%

1,94%

-4,65%

Fonte dos dados básicos: JOX Elaboração e análises: AVISITE

1,94%

Obs.: Valor real deflacionado pelo IPCA do IBGE do mês de outubro de 2019

-1,55% 23,00% -1,55%

Set

Out

Nov

110,4

110,3 100,4

112,0

115,2

Ago

99,7

Jul

112,3

106,7

109,9

Jun

101,6

Mai

113,0

Abr

114,5

117,1 109,4

112,1

Mar

103,3

113,3

Jan

121,7

120,5

114,4

Fev

74,7

91,8

115,0

CURVA RELATIVA PREÇOS DO EM 2019 A NOVEMBRO) CURVADE RELATIVA DEOVO PREÇOS DO (JANEIRO OVO EM 2019 (JANEIRO A NOVEMBRO) COMPARATIVAMENTE À CURVA SAZONAL REGISTRADA DE 2001 2018 ) ) COMPARATIVAMENTE À CURVA (MÉDIA SAZONAL (MÉDIA REGISTRADA DEA 2001 A 2018 MÉDIA DO MÉDIA ANO ANTERIOR = 100ANTERIOR = 100 DO ANO

Dez

Revista do Ovo

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Estatísticas e Preços

Milho e Soja Milho registra forte evolução mensal e anual

Farelo de soja alcança maior cotação do ano

O preço do milho registrou aumento de preço em novembro. O preço médio do insumo, saca de 60 kg, interior de SP, fechou o mês cotado a R$46,43, valor 6,6% superior à média alcançada pelo produto em outubro último, quando ficou em R$43,54. Na comparação anual o índice foi mais de um quinto superior. Isso porque em novembro do ano passado o preço praticado foi de R$38,48 a saca.

Em novembro a cotação do farelo de soja (FOB, interior de SP) registrou aumento pelo terceiro mês consecutivo e alcançou a maior cotação do ano. O produto foi comercializado pelo preço médio de R$1.267/t, valor 2,3% superior ao praticado no mês de outubro quando atingiu R$1.239/t. Em comparação com novembro de 2018 – quando o preço médio era de R$1,278/t – a cotação atual ainda registra queda de 0,9%.

Valores de troca – Milho/Frango vivo No frango vivo (interior de SP) o preço médio de novembro, ficou em R$3,23 kg, sofrendo baixa mensal de 2,3%, mas tendo evolução anual de quase 7%. Assim, com a valorização do milho e o retrocesso no preço do frango vivo, houve piora mensal no poder de compra do avicultor. No mês, foram necessários 239,6 kg de frango vivo para se obter uma tonelada de milho, considerando-se a média mensal de ambos os produtos. Este volume representa perda de 8,2% no poder de compra em relação ao mês anterior, pois, em outubro, a tonelada do milho “custou” 219,9 kg de frango vivo. Já em relação a novembro do ano passado, a piora no poder de compra atingiu 11,4%, pois, lá, foram necessários 212,4 kg de frango vivo para adquirir a tonelada da matéria-prima.

Valores de troca – Farelo/Frango vivo A valorização alcançada na cotação do farelo de soja em novembro e a queda no preço do frango vivo fez com que fossem necessários 392,3 kg de frango vivo para adquirir uma tonelada do insumo, significando piora de 4,3% no poder de compra do avicultor em relação a outubro, quando 375,5 kg de frango vivo foram necessários para obter uma tonelada do produto. Na comparação em doze meses o índice ainda permanece positivo em cerca de 7,9%, pois, lá, foram necessários 423,2 kg para adquirir o cereal.

Valores de troca – Farelo/Ovo O preço do ovo, na granja (interior paulista, caixa com 30 dúzias), sofreu desvalorização mensal em novembro e fechou à média de R$63,75, valor 1,7% abaixo do alcançado no mês anterior, quando o produto foi negociado por R$64,85. Com a desvalorização no preço do ovo e a valorização no milho, houve piora no poder de compra do avicultor. Em novembro foram necessárias 12,1 caixas de ovos para adquirir uma tonelada do cereal. Em outubro, foram necessárias 11,2 caixas/t, uma queda de 7,8% na capacidade mensal de compra do produtor. De toda forma, em doze meses ainda houve melhora de 4,2%.

Preçomédio médioMilho Milho Preço

53,00 53,00 51,00 51,00 49,00 49,00 47,00 47,00 45,00 45,00 43,00 43,00 41,00 41,00 39,00 39,00 37,00 37,00 35,00 35,00 33,00 33,00 31,00 31,00 29,00 29,00 27,00 27,00

novembro novembro dezembro dezembro janeiro janeiro fevereiro fevereiro março março abril abril maio maio junho junho julho julho agosto agosto setembro setembro outubro outubro novembro novembro

R$/sacadede60kg, 60kg,interior interiordedeSPSP R$/saca

2018 2018

2019 2019

MédiaNovembro Novembro Máximo MínimoMédia Mínimo Máximo 41,00 52,00 R$R$41,00 R$R$52,00

46,43 46,43

38 Revista do Ovo

De acordo com os preços médios dos produtos, em novembro foram necessárias, aproximadamente, 19,9 caixas de ovos (valor na granja, interior paulista) para adquirir uma tonelada de farelo de soja. O poder de compra do avicultor de postura em relação ao farelo registrou perda mensal de 3,9%, já que, em outubro, foram necessárias 19,1 caixas de ovos para adquirir uma tonelada do cereal. Em relação a novembro de 2018 a melhora no poder de compra atingiu 26,8%, pois naquele período a tonelada de farelo de soja custou, em média, 25,2 caixas de ovos.

Preçomédio médioFarelo Farelode desoja soja Preço R$/toneladaFOB, FOB,interior interiordedeSPSP R$/tonelada

1600 1600 1500 1500 1400 1400 1300 1300 1200 1200 1100 1100 1000 1000 950 950 900 900 850 850 800 800 750 750

novembro novembro dezembro dezembro janeiro janeiro fevereiro fevereiro março março abril abril maio maio junho junho julho julho agosto agosto setembro setembro outubro outubro novembro novembro

Valores de troca – Milho/Ovo

2018 2018

2019 2019

MédiaNovembro Novembro Mínimo Média Máximo Mínimo Máximo 1.230,00 R$ 1.340,00 R$ R$ R$ 1.230,00 R$ R$ 1.340,00

1.267,00 1.267,00

Fonte das informações: www.jox.com.br


Revista do Ovo

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Estatísticas e Preços

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