Edição 117 Revista do AviSite

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Editorial

Ross 308 AP (AP95): a melhor genética para o Brasil está aqui. Por meio das mais avançadas tecnologias de melhoramento genético, a Aviagen desenvolveu o produto que o mercado esperava. Entre as características do frango, destacam-se sua baixa mortalidade, o maior ganho de peso do mercado, com 1 dia a menos para atingir o mesmo peso, e uma conversão alimentar 20 gramas melhor que o principal concorrente. Tudo isso sem comprometer a produtividade da matriz, com média de 148 pintos por fêmea alojada às 66 semanas. A Aviagen confirma seu compromisso com a indústria avícola, com o melhor da genética.

O produto que mais cresce em vendas no Brasil!

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Rua José Morano, 96/112 • Nova Campinas • Campinas • SP • Brasil • (19) 3303 7050 • pt.aviagen.com A Revista do AviSite


Sumário

Cobertura da programação 12 SIAVS: técnica e feira de negócios Otimismo do setor de avicultura é ressaltado em evento

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Eventos

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As 8 notícias mais lidas no AviSite e Há 10 anos

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Notícias Curtas APINCO elege nova Diretoria Executiva

Informes Técnico-Comercial

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MSD realiza High Quality Poultry Congress 2017 no RJ

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Monitoria para Anemia Infecciosa Aviária com o IDEXX CAV Ab Test

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Plasma Spray Dried nas primeiras dietas melhora a lucratividade de frangos de corte

papel e a importância das boas 34 Opráticas de produção

Boas Práticas são os modos mais eficientes e mais eficazes de se realizar uma tarefa

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AviGuia Zoetis comemora 25ª edição do Curso de Sanidade Avícola

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Ponto Final Número de registros de granjas em SP já atingiu 44,5% dos estabelecimentos Por Luciano Lagatta

Estatísticas e preços 50 51 52 53 54 55 56 57

Produção e mercado em resumo Pintos de corte Produção de carne de frango Exportação de carne de frango Oferta Interna Desempenho do frango vivo em setembro Desempenho do ovo em setembro Matérias-primas

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Editorial

Sacuda a poeira Sabe o que me incomodava? As mudanças da vida. Gostava que tudo fosse

Mundo Agro Editora Ltda. Rua Erasmo Braga, 1153 13070-147 - Campinas, SP

igual, sempre. Agora aprendi que ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas. Às vezes ganhamos e às vezes perdemos. Agora aprendi que não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do “momento ideal”. Agora aprendi que a vida é mesmo feita de ciclos. Aqui na redação da Revista do AviSite também estamos sempre aprendendo e renovando. Temos novas sugestões para 2018. Um novo modelo de trabalho, que acompanha a tendência do foco de nossos anunciantes em mídia digital. Paulo Coelho, o escritor brasileiro mais lido no mundo, me ajudou a escrever este texto. Ele não tem nada a ver com a avicultura. Mas às vezes é bom se inspirar em outros ares. Mas temos no setor muitos bons oradores, como Francisco Turra, Presidente da ABPA, que participou da abertura do SIAVS, que aconteceu entre 29 e 31 de agosto em São Paulo. É sempre bom ouvir uma mensagem de otimismo. Repetir mensagens afirmativas sobre o que queremos conseguir é sempre melhor do que ruminar pensamentos negativos. Confira a cobertura completa do SIAVS a partir da página 12.

ISSN 1983-0017 nº 117 | Ano V | Outubro/2017

EXPEDIENTE Publisher Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Redação Érica Barros (MTB 49.030) Giovana de Paula (MTB 39.817) imprensa@avisite.com.br Comercial Karla Bordin comercial@avisite.com.br Assistente de Marketing Simone Barbosa Diagramação e arte Mundo Agro e Innovativa Publicidade luciano.senise@innovativapp.com.br Internet Gustavo Cotrim webmaster@avisite.com.br Administrativo e circulação Caroline Esmi financeiro@avisite.com.br

Os informes técnicoempresariais publicados nas páginas da Revista do AviSite são de responsabilidade das empresas e dos autores que os assinam. Este conteúdo não reflete a opinião da Mundo Agro Editora.

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Eventos

2017 Outubro

Abril

17 e 18

10 a 12

Curso Facta Atualização sobre Salmonella e Campylobacter Local: Hotel Nacional Inn, Campinas, SP Realização: FACTA - Fundação APINCO de Ciência e Tecnologia Avícolas Informações: www.facta.org.br

Simpósio Brasil Sul de Avicultura Local: Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nês, Chapecó, SC Realização: Nucleovet Site: www.nucleovet.com.br

Setembro

20 e 21

12 a 14

Local: Descalvado, SP Realização: Universidade Brasil Informações: www.universidadebrasil.edu.br

Local: Unesp - Campus de Jaboticabal Realização: Unesp - Campus de Jaboticabal, SP

III Simpósio de Bem-Estar e Comportamento Animal (SiBem)

Novembro 7a9

Congresso sobre Saúde Intestinal e Imunidade em Aves e Suínos Local: Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Campinas,SP Realização: CBNA (Colégio Brasileiro de Nutrição Animal) Informações: www.cbna.com.br

Curso de Atualização em Avicultura de Postura Comercial

Outubro 16 a 18

VIII Clana – Congresso latino americano de nutrição animal Local: Centro de Eventos Expo D. Pedro – Campinas, SP Realização: CBNA e Amena Informações: www.cbna.com.br/site/Noticias/Agenda

Novembro

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Local: Foz do Iguaçu, PR E-mail: aviculturapr@sindiavipar.com.br Informações: www.sindiavipar.com.br

Local: Brasil

V Workshop Sindiavipar

2ª Conferência da PSA (Poultry Science Association) no Brasil 7a9

2018 Janeiro 30 a 01/02

IPPE (International Production & Processing Expo) Local: Georgia World Congress Center, Atlanta , EUA Realização: US Poultry & Egg Association Informações: www.ippexpo.com

Fevereiro 5a9

Show Rural Coopavel - 30 anos Local: Cascavel, PR Realização: Coopavel Informações: www.showrural.com.br

Março 20 a 22

XVI Congresso APA de Produção e Comercialização de Ovos Local: Centro de Convenções de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto - SP Realização: APA Informações: www.congressodeovos.com.br

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III Workshop Internacional de Ambiência de Precisão Local: Auditório da Faculdade de Engenharia Agrícola da UNICAMP Realização: Fapesp, CNPq, Capes, Faepex e Munters Informações: www.ambienciadeprecisao.com


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Painel do aLeitor Fale com gente /avisite.portaldaavicultura

Fale com a redação, peça números antigos, faça sua assinatura e anuncie na Revista do AviSite. Entre em contato pelo telefone 19-3241-9292, de 2ª a 6ª feira, das 8h às 17h30.

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As 8 notícias mais lidas no AviSite em Setembro

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Comportamento dos principais importadores

Ovos férteis: embarques evoluem de forma lenta

Completados os oito primeiros meses do ano, o quadro de principais importadores se mantém inalterado em relação aos meses anteriores, exceto por uma mudança na décima posição. Quem deixou o posto foi a Rússia, no momento ocupante do 11º lugar. Os embarques destinados ao Iraque registraram avanço de mais de 63% no período.

Os dados da SECEX dos 7 primeiros meses do ano mostram que as exportações brasileiras de ovos férteis para a produção de pintos de corte evoluem de forma lenta, aquém do esperado. Culpa da Venezuela, que já absorveu mais de 40% das exportações, mas que em 2017 nada adquiriu do Brasil.

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Carne de frango inspecionada Somente cortes superam aumentou 0,62% embarques de 2016 Os dados do IBGE relativos aos 6 primeiros meses mostram que o número de cabeças de frango processadas em estabelecimentos sob inspeção recuou mais de 2%. Mesmo assim, o volume de carne produzida – cerca de 6,744 milhões de toneladas – aumentou 0,62%, resultado advindo de um incremento de peso.

Individualizadas as exportações brasileiras de carne de frango sob o ângulo dos quatro principais itens exportados – frango inteiro, cortes de frango, industrializados de frango e carne de frango salgada – constata-se que apenas os cortes de frango vêm tendo embarques superiores aos do ano passado.

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Tarja vermelha chega à produção animal

FAO: persiste a estabilidade no preço do frango

A tarja vermelha dos medicamentos está chegando à medicina veterinária. O MAPA estabeleceu procedimentos para a comercialização de substâncias de controle especial quando destinadas ao uso veterinário, bem como para os produtos veterinários que as contenham.

Relativo a agosto, o Índice Geral de Preços da FAO apresentou queda de 1,3% em relação ao mês anterior, retrocedendo à marca dos 176,6 pontos (2002/2004 = 100 pontos). O preço das carnes também sofreu redução, de 1,2%. Mas isso exclui a carne de frango, cujo preço permaneceu em estabilidade pelo quinto mês consecutivo.

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Cooperativas têm participação maior na exportação

Custo de cinco anos atrás e preço ainda inferior

Completados os dois primeiros terços do ano, as cooperativas mostram, na exportação de carne de frango, desempenho melhor que a média do próprio setor avícola. E aumentam a participação da carne de frango na receita cambial, tanto entre as próprias cooperativas como entre as exportações globais do produto.

O levantamento mensal da Embrapa Suínos e Aves mostra que em agosto passado o custo de produção do frango, em queda praticamente contínua desde julho do ano passado, retrocedeu em agosto a R$2,25/kg, o menor valor registrado nos últimos 26 meses.

Há 10 anos no AviSite www.avisite.com.br

MAPA publica resultados da análise de resíduos e contaminantes em carnes e ovos Campinas, 04/04/2007 - Com a recomendação de que os setores produtivos (de alimentos de origem animal) contemplados pelo PNCR2006 adotem medidas de educação sanitária a campo para atendimento das boas práticas de utilização de medicamentos veterinários, foi publicada no Diário Oficial da União a Instrução Normativa nº 4, divulgando os resultados do acompanhamento dos Programas de Controle de Resíduos e Contaminantes em Carnes, Leite, Ovos, Mel e Pescado do exercício de 2006. No caso das carnes avícolas, realizados 10 diferentes tipos de análises – organoclorados, 473 amostras; antibióticos, 467; cloranfenicol, 166; metais pesados, 463; substâncias com ação anabolizante do tipo IV, 471 amostras; substâncias com ação anabolizante do tipo VIII, 476 amostras; sulfonamidas, 474; outras drogas (I), 488; metabólitos de nitrofuranos, 4.628; e outras drogas (II), 153 amostras – foram detectadas três violações (0,65% das amostras) em relação aos metais pesados e duas violações (0,42% do total) em relação às sulfonamidas. A monitoria realizada pelo MAPA também avaliou a existência de resíduos e contaminantes em ovos de consumo, realizando análises da presença de cloranfenicol em 76 amostras e de metabólitos de nitrofuranos em 113 amostras.

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Produção Animal Avicultura


Notícias Curtas

De Genética Avícola

Auditor fiscal federal agropecuário

A Associação Brasileira de Proteína Animal apresentou em 26/09 uma proposta para a criação do Instituto Latinoamericano de Genética Avícola. A apresentação aconteceu durante assembleia da Associação Latinoamericana de Avicultura (ALA), em Guadalajara, no México. De acordo com a proposta da ABPA os trabalhos do novo instituto terão como o fortalecimento da sanidade, o estímulo ao desenvolvimento tecnológico e a expansão da produtividade e dos negócios no segmento avícola. “O setor de genética é um dos segmentos de maior agregação de valor na cadeia produtiva avícola, no qual o Brasil se destaca não apenas pela alta tecnologia empregada em seu sistema, como também por se consolidar como plataforma exportadora. Queremos usar nossa expertise para fortalecer o intercâmbio de informações e o status sanitário da cadeia produtiva do continente”, destaca Francisco Turra, presidente-executivo da ABPA. Na mesma assembleia, Turra foi reeleito 1° vice-presidente da ALA, que passará a ser presidida por Apolonio Suárez Orbezo, também presidente da Associação Peruana de Avicultura (ALA). “Temos como grande objetivo profissionalizar ainda mais a atuação da ALA na América Latina. Queremos uma associação ainda mais atuante, integrando interesses e trabalhos das cadeias produtoras de cada país-membro”, ressalta Turra.

Foi publicado no fim de setembro o edital para a realização de concurso público destinado à contratação de 300 médicos veterinários para o cargo de auditor fiscal federal agropecuário (AFFA), no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A organização do concurso está a cargo da Escola de Administração Fazendária (Esaf) e, o edital, de número 59, pode ser acessado no endereço www.esaf.fazenda.gov.br . Os candidatos deverão ter concluído o curso de medicina veterinária e terem registro ativo nos conselhos regional ou federal da categoria (CRMV e CFMV, respectivamente). As inscrições deverão ser feitas no período de 02 a 16 de outubro somente pela internet. A taxa de inscrição é de R$ 120. A prova objetiva, composta por 70 questões, terá valor de 120 pontos e será realizada em 26 de novembro. A prova de títulos valerá no máximo dois pontos. A prova discursiva (redação) terá peso de 100 pontos. O resultado do concurso será divulgado no Diário Oficial da União. O salário inicial dos auditores fiscais será de R$ 14.584,71 e a jornada de trabalho, de 40 horas semanais. As vagas são divididas da seguinte maneira: 225 para ampla concorrência; 15 para pessoas com deficiência e 60 destinadas à cota para pessoas negras, conforme prevê a lei 12.990/14. As provas serão realizadas nos 26 estados do país e no Distrito Federal.

Brasil propõe novo Instituto Latinoamericano

Publicado edital do concurso para contratação de 300 veterinários

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Notícias Curtas

José Paulo Meirelles Kors

APINCO elege nova Diretoria Executiva

José Paulo Kors

Uma das metas do novo Presidente é buscar uma maior interação desta com outras entidades do setor, como ABPA, AVAL, entidades avícolas estaduais, entre outras, sem perda de sua identidade própria

Em Assembleia Geral Ordinária realizada em 15 de setembro de 2017, o médico veterinário e empresário José Paulo Meirelles Kors foi eleito Presidente da Diretoria Executiva (DE) da APINCO – Associação Brasileira dos Produtores de Pintos de Corte. O eleito substitui o também empresário José Flávio Neves Mohallem, que se retira da DE da entidade após onze mandatos bienais sucessivos, nove deles como Presidente. Nesta nova gestão, Mohallem atuará como Conselheiro Fiscal Efetivo. Em nome dos associados, o recém-empossado Presidente agradeceu toda a dedicação e esforço do Presidente ora retirante nos longos anos à frente da

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APINCO e disse contar com seu apoio enquanto Conselheiro Fiscal. Em sua posse, Meirelles Kors mencionou que um dos objetivos a serem propostos pela nova DE tendo em vista a APINCO possuir um precioso banco de dados da produção mensal de pintos de corte há décadas compilado com a mesma metodologia, será buscar uma maior interação desta com outras entidades do setor, como ABPA, AVAL, entidades avícolas estaduais, entre outras, sem perda de sua identidade própria. Recorda ainda que nos quase quarenta anos de existência da APINCO (a serem comemorados em 2019), o sistema de produção de pintos de corte no Brasil sofreu radical transformação. Passou – embora não totalmente – de produção independente para a produção integrada. Ainda assim – pela importância e seriedade do trabalho desenvolvido – a entidade continua contando com a maciça participação do setor, já que seu corpo associativo responde por mais de 70% da produção brasileira de pintos de corte.

“O relevante neste caso” – comenta Meirelles Kors – “é que as empresas responsáveis pelos cerca de 30% restantes da produção também são participativas”. Explica: “Mesmo não afiliadas, a maioria delas fornece seus dados mensais de produção. Assim, o levantamento mensal realizado abrange, senão 100%, a quase totalidade dos pintos de corte produzidos no Brasil”. “Uma segunda meta” – acrescenta – “é trazer os não sócios responsáveis por esses 30% para o quadro de associados da APINCO, robustecendo-a e aprimorando ainda mais o banco de informações que há quase quatro décadas vem ajudando a nortear a indústria brasileira do frango. E conclui, “este revigoramento, esta reoxigenação da APINCO, só ocorrerá com a participação proativa de todos os associados atuais e entrantes. Da mesma forma que a interação com as demais entidades depende do compromisso de diversos de nossos sócios atuais, concomitantemente afiliados às entidades já citadas e a outras entidades de expressão estadual, regional ou nacional”.


115 mil frangos por dia

BRF recebe autorização para exportar a partir de frigorífico em Mineiros O Ministério da Agricultura deu autorização para a BRF exportar a partir de frigorífico localizado em Mineiros, em Goiás, informou a maior exportadora de carne de frango do mundo em comunicado no fim de setembro. A unidade tinha sido fechada por causa da operação Carne Fraca da Polícia Federal em março, que desvendou um esquema de corrupção em frigoríficos para fraudar a fiscalização sanitária. Em abril, a unidade foi reaberta para abate. Na ocasião, a empresa informou que a unidade tinha capacidade e autorização para abater 26 mil perus e 115 mil frangos por dia. “A expectativa é que a empresa receba nos próximos meses missões comerciais de fora do Brasil para conduzir vistorias técnicas que precedem o processo de habilitação da planta e, consequentemente, o início das exportações”, disse a BRF. A unidade em Goiás produz atualmente mais de 7 toneladas de alimento por mês e emprega aproximadamente 2 mil pessoas, disse a BRF.

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SIAVS

SIAVS: Otimismo e superação da indústria avícola são destaques Painel com visão dos CEOs chamou a atenção dos participantes

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omo de costume, muitos políticos, autoridades e lideranças do setor avícola estiveram presentes na abertura do Salão Internacional da Avicultura (SIAVS), que aconteceu em São Paulo entre os dias 29 e 31 de agosto. Promovido pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a presença de autoridades evidencia o prestígio da entidade. Entre os muitos discursos, ficou claro que todos estavam na mesma página. E o tom de otimismo se sobressaiu e o espaço da Fiergs transformou-se no recinto da superação. A ABPA se empenhou em buscar correspondentes e representantes do setor estrangeiros. Afinal, é preciso recuperar e manter a imagem do setor avícola perante o mundo. O SIAVS foi aberto com palestra do diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), embaixador Roberto Azevêdo, sobre cenário global e novas tendências de mercado. Ele tratou das perspectivas do setor agrícola e dos desafios para corrigir distor-

Painel dos CEO’s lotou auditório

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ções no mercado global, como a redução de subsídios e uma maior abertura econômica entre as nações. Ele apontou os impactos de um crescente sentimento antiglobalização no comércio internacional. “Estamos registrando o sexto ano de crescimento abaixo de 3%, algo sem precedentes desde a Segunda Guerra”, constatou. Segundo o diretor-geral da OMC, o protecionismo acentua dificuldades socioeconômicas em diversos países. “Obstáculos comerciais não ajudam a resolver os problemas domésticos, como desemprego. A tendência é que cause ainda mais dificuldades”, defendeu. Entre as medidas de restrição adotadas no setor agrícola que, de acordo com o embaixador, merecem revisão, estão barreiras técnico-sanitárias com valor científico questionável. “A OMC ajuda a definir aspectos referentes à sanidade e ao valor nutricional dos produtos comercializados, e mais de 900 casos de barreiras já foram discutidos nos nossos comitês”, contou, dizendo que tanto a organização como o governo brasileiro e de outros países exportadores estão trabalhando para definir pontos de convergência na área. Diversas palestras chamaram a atenção dos participantes e lotaram auditórios. Uma delas foi um painel no segundo dia do evento, com os CEOs das três agroindústrias do país que lideram a produção e a exportação. O Brasil tem vocação consolidada como fornecedor de proteína animal e um cenário futuro de grandes oportunidades a partir das mudanças internacionais. Essa é a visão deles. A atividade foi mediada pelo vice-presidente de Mercados da ABPA, Ricardo Santin. Presidente da Aurora Alimentos, Mario Lanznaster defendeu que o país

reúne as condições necessárias para expandir sua atuação global. Destacou o mercado chinês, no qual cada habitante consome 5kg de carne por ano, enquanto no Brasil a média está em 98kg. “Temos muitas coisas boas para mostrar lá fora e aumentar a nossa presença. Podemos ainda avançar em produtividade, mas as perspectivas são boas”, disse Lanznaster. Alexandre Almeida, vice-presidente Brasil da BRF, apresentou as principais novidades no consumo de proteína animal. De acordo com o executivo, existe hoje uma consciência coletiva sobre meio ambiente e problemas sociais e um aumento do nível de exigências por parte das pessoas. “Temos de entender o consumidor e responder às tendências do mercado mundial. As demandas são cada vez mais específicas e regionais. As grandes empresas devem sair da visão de commodity e focar no atendimento às pessoas”, defendeu. Para Gilberto Tomazoni, presidente global de operações da JBS, um dos principais desafios do setor se encontra em diminuir a lacuna entre falsas percepções dos consumidores e a realidade. Ele ressaltou, por exemplo, que a população costuma pensar que a produção de alimentos está concentrada em grandes produtores – quando, na verdade, é um trabalho realizado por mais de 150 mil integrados, dos quais 130 pequenos produtores. E apontou duas tendências contraditórias na atualidade: “Temos, de um lado, o crescente consumo de proteína. Por outro, pessoas que demandam produtos orgânicos e animais criados soltos. Precisamos estar preparados para ambas as frentes”, frisou Tomazoni. Leia mais sobre o Siavs no AviSite (www.avisite.com.br).


Imagem internacional Focada em fortalecer a imagem do setor de proteína animal do Brasil, a ABPA, com a parceria da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), realizou durante o SIAVS três iniciativas de âmbito internacional. Uma delas foi o Projeto Imagem, que viabilizou a vinda de 50 jornalistas estrangeiros ao evento, vindos de 33 países. O SIAVS sediou, ainda, os Projetos Formadores de Opinião e Comprador, também realizados juntamente com a Apex-Brasil. Dezoito influenciadores de mer-

cados-alvo das exportações brasileira (como presidentes de associações de produtores e importadores diversos países) também contaram com uma programação própria no evento. Já os compradores participaram de rodadas de negócios com as empresas exportadoras participantes do SIAVS. Ao todo, 20 representantes de empresas importadoras participaram da ação. São empresários provenientes de 11 países: Alemanha, Tailândia, Coreia do Sul, Rússia, Chile, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, México, Japão e Filipinas.

Homenagens

O Siavs homenageou em sua abertura o titular da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento paulista, o médico veterinário Fernando Gomes Buchala. A homenagem foi entregue pelo governador do Estado, Geraldo Alckmin, elogiando o status sanitário do plantel avícola paulista. A ABPA concedeu a Fernando Gomes Buchala sua honraria maior, o “Prêmio Mérito Científico Lauriston Von Schmidt” pela defesa e dedicação no campo técnico em prol da avicultura. Buchala lembrou que está desde 1994 envolvido com a sanidade avícola “e tivemos a oportunidade de participar de toda a elaboração e execução do Programa de Sanidade Avícola não apenas no Estado de São Paulo, como também no Brasil, que é um sucesso. Fernando Gomes Buchala Coordenador de Defesa Agropecuária

Blairo Maggi, na categoria política, foi outro homenageado com o Prêmio Lauriston Von Schmidt. Segundo Francisco Turra, a honraria é um agradecimento oficial, já que o mato-grossense tem se destacado em suas ações no fortalecimento e reconhecimento do agronegócio. Blairo Maggi Ministro da Agricultura

Na categoria empresarial, a ABPA homenageou Zé Garrote, Presidente da São Salvador Alimentos, que detém as marcas Boua e Super Frango e hoje exporta para mais de 60 países. José Carlos de Souza Presidente da São Salvador Alimentos

A médica veterinária e pesquisadora da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Raquel Arruda Leme, foi a vencedora da edição 2017 do Prêmio ABPA de Pesquisa Aplicável, iniciativa para incentivar a pesquisa voltada para a aplicabilidade no cotidiano do setor agroindustrial. A pesquisadora venceu o prêmio com o estudo “Desenvolvimento de plataforma de diagnóstico para identificação e monitoramento de uma infecção antes exótica em suínos brasileiros: avanços nos estudos sobre o Senecavirus A”. A pesquisa descreve o direcionamento dos esforços de um laboratório multiusuário em saúde animal para a elucidação de uma infecção vesicular exótica que se disseminou entre rebanhos de suínos brasileiros, em 2015. Raquel Leme Prêmio de Pesquisa Aplicável A Revista do AviSite

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SIAVS

Feira de negócios é espaço para trocar informações sobre tecnologia e apresentar produtos Artabas

“Nós da Artabas temos muito a comemorar com os resultados obtidos do evento SIAVS 2017. Nesta edição a feira ficou muito maior e mais organizada e contamos também com uma maior presença do público alvo para nossos equipamentos. Aproveitamos para marcar e estreitar mais nosso relacionamento com nossos clientes tradicionais e buscando novas possibilidades. Também conseguimos fechar muitos negócios. Nos permite afirmar que o sucesso foi enorme.”

Rodrigo J. Scabora, Artabas, Gerente Comercial e Exportação da Artabas

Viscon

“A Viscon participou pela primeira vez da SIAVS em 2017, e já tem planos para continuar participando a cada dois anos deste evento, que sem a menor dúvida é um grande sucesso. Quando o evento é realizado a cada dois anos as empresas têm mais tempo de se preparar e também investir mais nos estandes etc. – isso faz com que tudo fique muito bonito e a quantidade de visitantes seja ideal”. A participação da Viscon foi um sucesso e teve um grande retorno - estaremos novamente na edição de 2019.”

Marcelo Sperb Marques, Gerente Geral da Viscon

Plasson

“Durante o SIAVS 2017, no estande da Plasson do Brasil, os clientes puderam presenciar o que há de mais moderno em soluções completas para a produção de aves e suínos. Além de conhecer os lançamentos que impulsionam a evolução do agronegócio ao longo dos 20 anos de atuação da Plasson no Brasil. Também esteve presente no Siavs 2017, a ATI Plasson. Com 15 anos de atuação no mercado nacional e internacional, apresentou soluções voltadas para a postura comercial, com equipamentos de alta tecnologia. A ATI Plasson uniu-se recentemente a Plasson do Brasil, para agregar a postura comercial ao nicho de soluções completas em equipamentos da Plasson do Brasil para avicultura”.

Maiara dos Santos, Assistente de Marketing da Plasson

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MS Schippers

“A MS Schippers marcou presença no SIAVS 2017 com seus produtos e serviços inovadores. O portfólio de produtos da empresa segue em crescente expansão, estendendo-se agora para o setor de avicultura. Entre os conceitos apresentados estão soluções para a limpeza e a desinfecção de granjas, qualidade da água de bebida, qualidade e revestimento de instalações, entre outras, sempre alinhadas à proposta da empresa de otimização de resultados e redução no uso de antibióticos”.

Débora Bernardes, Marketing dA MS Schippers

Btech “Mais uma vez a Btech | Pancosma esteve presente no evento SIAVS com um espaço onde pôde divulgar sua atualizada linha de produtos e recepcionar seus parceiros, clientes e fornecedores. Foi possível ainda prestigiar as demais empresas expositoras e apoiadoras do evento, bem como participar, através da presença de nossa equipe técnica e comercial, das palestras organizadas sob uma perspectiva bastante efetiva de atualizações das principais necessidades da cadeia produtiva brasileira de frangos e suínos”.

Flavio Alves Longo, Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Btech

Vibra

“Para o Grupo Vibra a participação na SIAVS é uma oportunidade única para falarmos com fornecedores, clientes, veículos de comunicação segmentados, parceiros de negócios e as associações que desenvolvem e fortalecem a avicultura e o agronegócio brasileiro de uma forma geral. Consideramos um dos mais importantes eventos conduzidos pela ABPA, de forma estratégica e muito bem organizado, onde podemos analisar e debater, com algumas das maiores autoridades no assunto, sobre os rumos promissores da avicultura no cenário global”.

Globoaves

Gerson Luis Müller, Diretor Superintendente do Grupo Vibra

“Durante o salão, a empresa manteve contatos com clientes, amigos e fornecedores, mostrando assim que está atuante no mercado. Durante os três dias de feira, foram mantidos contatos comerciais importantes que podem gerar futuros negócios para o grupo. A empresa disponibilizou materiais de divulgação de seus produtos, bem como distribuiu brindes aos participantes da feira. Visitantes ilustres prestigiaram o estande da empresa, como o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra, Irineu da Costa Rodrigues, presidente da Cooperativa Lar, entre outros”.

Evandro Paterno, Departamento de Marketing da Globoaves

Equipesca

“O evento superou nossas expectativas, tanto na quantidade quanto na qualidade dos visitantes”.

Rogério Barbosa da Silva, Gerente Adjunto de Vendas da Equipesca A Revista do AviSite

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SIAVS Max Film

“É a primeira vez que a Max Film participa do SIAVS, porém objetivando um mercado que cresce constantemente, vem incrementando sua tecnologia em filmes de PVC e Poliolefínico para embalagens diversificadas do segmento, além de maquinário para a melhor otimização do nosso filme.”

Rubens Borin, Diretor Comercial da Max Film

Renomaq

“A participação da Renomaq durante o Siavs 2017 foi um sucesso. Sendo o nosso maior foco a fabricação de máquinas de compostagem, realizamos a exposição de duas réplicas adaptadas em escalas menores. Esse método atraiu inúmeros interessados, o que garantiu excelentes resultados. Queremos agradecer a todo apoio recebido e, principalmente, a todos que visitaram nosso estande. Muito obrigada!”

Julia Schlickmann, Auxiliar de Escritório da Renomaq

Hydro

“Neste ano, a Hydro inovou com o lançamento da linha de dosadores SuperDos 15 com conexões de 40mm, este novo equipamento confere maior performance em grandes instalações de aves e suínos, inovamos também com o HydroMix - um novo conceito em mistura e homogeneização de produtos líquidos e pós solúveis. A Hydro Systems conta com uma linha completa de equipamentos para sanitização e limpeza das instalações dos aviários, abatedouros e incubatórios. Aguardamos sua visita nos próximos eventos!”

Tamires Santoro, Marketing Analyst da Hydro

Vaccinar

“Ao participar do SIAVS a Vaccinar aproveitou a oportunidade para recepcionar em seu estande seus clientes, como forma de agradecimento pela confiança, bem como mostrar aos que ainda não conhecem seus destaques em nutrição de aves e suínos, como sua linha Qualifeed de rações pré-iniciais, conceito HD de nutrição de precisão, Programa Accelera para leitões e o Azomite, aditivo único melhorador de desempenho animal. Consolidando sua parceria com os atuais e despertando o interesse de novos clientes, apresentou a palestra Peletização: Maximizando seu investimento, ministrada pelo seu consultor de engenharia e projetos para fábricas de ração, Fernando Raizer, ratificando o compromisso de estar “com você pelo melhor desempenho”.

Cristina Vieira, Assessora de Imprensa da Vaccinar

BMD Têxteis

“Pela terceira vez consecutiva a BMD Têxteis marcou presença em mais uma edição do SIAVS apresentando uma tela fabricada em poliéster, com PVC, que é a solução ideal para as granjas de corte, postura e também para o mercado suinocultor. A tela atende as normativas do MAPA e oferece alta resistência e durabilidade, com ótimo custo-benefício. Foi uma grande oportunidade para firmar novas parcerias e reforçar o laço com os nossos clientes”.

Luise Neves, Analista de Marketing/Departamento Comercial da BMD Têxteis

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Sanovo

“Para o setor da avicultura no Brasil, o evento pode ser avaliado como uma feira de negócios com alto nível de profissionalismo, tanto dos visitantes quanto dos expositores. O SIAVS 2017 teve como objetivo a busca de novas parcerias, tecnologias e o fomento da avicultura. Já considerando a abrangência do evento, essa foi a primeira participação da SANOVO, recebemos muitas visitas em nosso estande para esclarecer dúvidas sobre o processamento de ovos, analisar o design de nossas embalagens, e trocar experiências sobre a indústria e o mercado de ovos, de acordo com as discussões, o crescimento e a possibilidade de investimentos futuros resultarão em boas oportunidades de negócios para os próximos anos”.

Juliana Macedo, Coordenadora de Marketing da Sanovo

Kobra

“Pela segunda vez, a Kobra (Londrina/PR) participa da SIAVS apresentando o portfólio de produtos para tratamento de água na criação animal. Entre os equipamentos da empresa, se destaca o lançamento em dosagem de medicamentos, Dosatak. A principal diferença está no sistema de diafragma, aumentando a durabilidade do produto. A Kobra uniu tudo que há de melhor no mercado e criou uma única solução, com produção e assistência no Brasil. Outra tecnologia da empresa que tem gerado bons resultados no mercado é a mini estação de tratamento de água - Quarteto Kobra - que utiliza quatro passos: Clorador, Acidificador, Filtro lavável e Dosador Antigota, que garantem um tratamento de água completo à produção animal, com qualidade e segurança. A SIAVS 2017 bateu as expectativas de público da equipe Kobra e a empresa acredita que irá trazer excelentes resultados”.

Marina Brustello, Departamento Comercial da Kobra

Araunah Tech

“O SIAVS foi o mais importante e estratégico evento que a Araunah Tech decidiu participar em 2017, por conta do momento que o segmento de avicultura e suinocultura está passando, além de reunir os principais players do mercado. A atenção aos detalhes da produção nunca foi tão relevante para garantir performance, melhores resultados e atender as exigências cada vez mais altas do mercado. Neste contexto, a oportunidade de apresentar aos participantes a importância da água como principal insumo para a produção animal e as soluções inovadoras de biosseguridade, qualidade e reuso da água que temos superou nossas expectativas”.

Samuel Ma, Diretor de Marketing da Araunah Tech

Somai Nordeste

“O SIAVS 2017 foi excelente para a Somai Alimentos, já que a empresa se prepara de forma definitiva para entrar no mercado externo e, dessa forma, os contatos e reuniões realizados na SIAVS foram um ponto primordial de partida nesse sentido. Os ótimos resultados que a Somai teve na participação na PEX da SIAVS com certeza servirão de incentivo para outras reuniões ou encontros como este no futuro”.

Tiago Quinteiro, Diretor Comercial e Marketing da Somai

Petersime

“Para a Petersime, o SIAVS 2017 foi um sucesso. O evento vem amadurecendo a cada edição, e houve um aumento na quantidade e qualidade de público, muito positivo para o setor. Agradecemos a todos pela visita em nosso estande e já estamos na expectativa para a próxima edição”.

Lorenço Neckel Jr, Diretor da Petersime

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SIAVS Munters

“O SIAVS está consolidado como a mais importante feira de Aves e Suínos do Brasil. O fato de acontecer a cada dois anos, ser realizado em uma cidade de fácil acesso de todos os lados do Brasil e da América do Sul, ter um congresso de excelente nível em paralelo e concentrar um grande número de expositores tem feito deste evento o mais atraente no segmento. Acreditamos que em breve será o mais importante, também, da América Latina. A Munters ampliou o espaço de seu estande, mostrou novidades tecnológicas e soluções diferenciadas em climatização; a resposta do público foi acima do esperado, tanto em visitas como em possibilidades de novos negócios.”

Mariovaldo Silva, Gerente de Vendas da Munters Brasil

Yamasa

“Com duas máquinas expostas no estande da feira, este ano a Yamasa destacou uma equipe maior, que ficou bastante ocupada para atender ao grande volume de produtores que buscaram as novidades da tecnologia da empresa. Estavam lá duas estrelas do portfólio da Yamasa: a YHD - embandejadora de ovos férteis para matrizeiros e incubatórios de frangos de corte, que tem provado sua eficiência em importantes empresas do setor no país; e a Farmpacker, uma embaladora de ovos comerciais que pode ser conectada a esteiras oriundas de aviário. O modelo exposto na feira foi uma Farmpacker 80D, com um dispensador de bandejas, mas a máquina também pode ter acoplado o magazine, alimentador de bandejas ou estojos, que está presente nos modelos 50M e 80M, com capacidade para 18.000 ovos/hora e 28.800 ovos/hora, respectivamente. Nossa participação no SIAVS 2017 foi muito positiva, com resultados bastante satisfatórios para a Yamasa”.

Nelson Yamasaki Júnior, Diretor Comercial da Yamasa

Olmix

Icaterm

“Foi feita a divulgação e lançamento dos nossos Queimadores à pellets e dos Geradores de ar quente diesel ou gás e dual (diesel e gás). Consideramos que a feira foi satisfatória e bem organizada. Contatamos alguns produtores e encaminhamos alguns negócios. O evento também contribuiu para uma visão mais ampla do setor avícola.”

Camilla R. Mantuanele, Departamento Comercial da Icaterm

Propex

“O SIAVS é uma valiosa oportunidade para o encontro de profissionais da avicultura e suinocultura. O evento de 2017 foi muito bom em termos de visitação e prospecção de novos negócios para a Propex”.

Eliana Rodolpho, Supervisora de Marketing da Propex

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“A Olmix participou do SIAVS 2017 expondo à comunidade da cadeia avícola e suinícola a tecnologia de extração de algas, seus polissacarídeos sulfatados, que dão origem a produtos funcionais para saúde intestinal e imunidade dos animais, que por sua vez proporcionam melhora na produtividade e consequentemente nos resultados econômicos. A empresa realizou ainda um pré Simpósio no Resort Vale Suíço em Itapeva, MG, reunindo cerca de 150 pessoas para onde trouxe profissionais como o Professor Felipe Caron da UFPR, Professor Vinicius Cantarelli da UFLA e Professor Eduardo Micotti da ESALQ/ USP para abordar esses temas de atenção no momento para essas cadeias produtivas.”

Mariel Neves Tavares / Lucas Mendes, Administrative Department – South America da Olmix


Debona

“Durante todo o período do evento tivemos muitas visitações, em relação a edição anterior podemos dizer que superaram as nossas expectativas, o que foi excelente, pois tivemos a oportunidade de não só expor o nosso produto, mas sim divulga-lo para o comércio nacional e internacional e responder a todas as dúvidas e informações que os visitantes tinham acerca de nossos equipamentos. Realmente uma experiência gratificante!”

Miguel Tozatto Colleoni, Departamento de Marketing da Debona

MRE Technology

“Através do SIAVS, a MRE Technology aproveitou o grande momento que vive o agronegócio para reforçar e divulgar aos nossos clientes e futuros, as inovações tecnológicas da Moba, Kohshin e a nossa nova parceria com a Twinpack, fornecedora das melhores embalagens do mercado.”

Helenice Alves, Analista Administrativo da MRE Technology

Pleyades

“Há 9 anos no mercado nacional, a empresa Pleyades, distribuidora exclusiva Teknometal, vem crescendo ano a ano e traz a cada edição da Siavs, novidades e tecnologia para sua granja. Hoje, o SIAVS é uma importante vitrine da cadeia produtiva do Brasil e Mercosul. Nosso compromisso é atender nossos clientes com equipamentos de qualidade e com valores acessíveis”.

Dennis Peters, Diretor Comercial da Pleyades

Vencomatic

“Por mais uma edição, a organização do SIAVS surpreendeu a todos os participantes pelo volume de profissionais trazidos para a feira e este ano, com ênfase na participação de avicultores estrangeiros presentes no evento. O Vencomatic Group expôs em seu estande os sistemas alternativos nº 1 no mundo para a produção de ovos de consumo vindos diretamente da Holanda, onde fica a sede do grupo. Aproveitamos para agradecer às visitas ao stand e aos ótimos contatos realizados com os avicultores que apostam na automação para extraírem de suas granjas, os melhores resultados”.

Gabriel Sulla, Departamento de Marketing da Vencomatic

MSD

“Para a MSD Saúde Animal é muito gratificante apoiar um evento da magnitude e relevância do SIAVS. Investimos em expor nossa marca com um estand bem localizado para interagir com nossos clientes e amigos. Ademais, aproveitamos a oportunidade para mostrar ao mercado a Fortegra, nossa vacina contra coccidiose que oferece à indústria uma possibilidade de controle sustentável da enfermidade, com alto desempenho”.

André Gomes, Gerente de Produtos da MSD Saúde Animal

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SIAVS Avioeste

“Fabricante de equipamentos para avicultura e suinocultura a Corti Avioeste apresentou uma nova equipe de supervisores e gerentes na área comercial. Nossos colaboradores apresentaram lançamentos de novos produtos, dando destaque para o Ninho Automático Avioeste; além de expor outros já consolidados no mercado como o Prato Sintesi que revolucionou o conceito de distribuição de ração para frango de corte no mercado brasileiro.

Jussimar Bassani, Gerente Comercial da Avioeste

BTA Aditivos

“Para a BTA Aditivos o SIAVS foi importante para levar aos clientes, fornecedores e visitantes as novidades, tecnologias e nossas soluções que abrangem desde o campo até o frigorífico. A receptividade e a interação com o público do evento foram muito interessantes, o que deverá nos render excelentes oportunidades tanto no que diz respeito ao mercado de aditivos para nutrição animal, quanto ao segmento de tratamento de água e saneantes de ambientes para a indústria”.

Ernani Küller Bello, Gerente comercial da BTA Aditivos

Agro Select

“A Agro Select apresentou equipamentos para aves e suínos de qualidade reconhecida internacionalmente, como os sistemas automáticos de bebedouros produzidos pela IMPEX (Holanda, onde se destacaram os nipples recém-lançados no Brasil, AL19-HF (High Flow) e AL19-LF (Low Flow). Os clientes e visitantes ainda tiveram a oportunidade de ver e conhecer outros produtos também importados e distribuídos pela empresa, como os debicadores, da Lyon Technologies (USA) e as Balanças de precisão da Salter (Inglaterra). A Agro Select é uma empresa que trabalha com produtos de alta qualidade procurando atender seus clientes com rapidez e eficiência”. Neusa Groot, Comercial e MKT da Agroselect

MTech Systems

“A Mtech Systems é líder global em soluções de gerenciamento, custeio e planejamento para o setor de proteína. Lançamos o Sonar, um novo conceito de IoT que agrega inteligência em hardware e software. Tivemos a presença do VP Simon Cohen e da Diretora Latam Mariane Acordi, sendo visitados pelos executivos das maiores companhias do seguimento e que demonstraram otimismo com a recuperação do mercado”.

Renata Angeleli, Analista de Inteligência de Mercado da Mtech Systems

Pas Reform

“Toda a equipe da Pas Reform sente-se feliz com o sucesso do SIAVS 2017, onde tivemos a oportunidade de lançar no Brasil o SmartStart™, o que há de mais moderno em produto para early feeding (ração pré inicial para pintinhos), trazendo assim novos contatos, proporcionando grandes oportunidades de parcerias.

Artur Schlick, Diretor Comercial da Pas Reform

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Boehringer lança Avinew NeO

A Boehringer Ingelheim Saúde Animal apresentou uma nova vacina na forma de tablete efervecente durante o Siavs. A Avinew NeO é uma tecnologia inovadora que substitui as vacinas liofilizadas tradicionais. A vacina chega ao Brasil para proporcionar mais praticidade para o avicultor, já que simplifica os procesos, reduzindo o tempo de preparo e diminui os riscos de acidente durante a manipulação, com eliminação de frascos de vidro e lacres de alumínio. Segundo Patrícia Schwarz, Diretora da Unidade de Negócios Avicultura Aves da Boehringer Ingelheim Saúde Animal, o produto facilita bastante a rotina de vacinação das granjas. “Os tabletes são armazenados em cartelas que contêm o vírus vacinal liofilizado e apresentam a mesma eficácia das vacinas tradicionais. Além da proteção, a nova apresentação é mais sustentável e reduz em até 10 vezes a geração de resíduos”, explica. Em uma coletiva para a imprensa durante o evento, ao lado de Patrícia Schwarz, esteve presente Victório Augusto Chiaramon, coordenador Técnico Avicultura na Boehringer Ingelheim e Luis Fernando Cantareli, diretor de Contas Chave. Chiaramon destacou que a empresa atua sempre com vistas à redução de riscos e melhoria dos resultados no campo. “A cepa da Avinew NeO é extremamente segura, além de ser um produto totalmente sustentável”, explicou. Luis Fernando Cantarelli apontou as adequações às mudanças do mercado, que tem exigido das empresas um trabalho altamente diferenciado. “Como o mercado mudou, precisamos nos adequar à demanda do consumidor atual, com uma conexão mais próxima junto ao cliente e o tema ‘segurança alimentar’ tem permeado muito as ações da Boehringer Ingelheim, para disponibilizar ao mercado uma proteína a um custo mais eficiente, com segurança e com a mais alta qualidade”, disse.

Clima Flex Equipamentos Agrícolas

“Durante o SIAVS foi exposta toda a nossa linha de produtos para o setor, dentre eles o Nebulizador Aéreo, que conta com nova tecnologia de nebulização da água através de ar comprimido. Os visitantes puderam visualizar o produto em detalhes e ainda conhecer sua operação. Também estava em destaque o nosso Nebulizador de Altíssima Pressão (1000PSI), com todos os seus componentes para visualização detalhada à disposição dos visitantes. Recebemos a visita de muitos clientes e parceiros de vários estados brasileiros e também internacionais, entre eles Argentina, Uruguai, Bolívia, África do Sul e Alemanha”.

Matheus Morseli Fuzaro, Diretor Comercial, Clima Flex Equipamentos Agrícolas

Uniquímica

“A Uniquímica, sempre conhecida no mercado pela qualidade de seus serviços e atendimento especializado, esteve presente nesta edição da Siavs 2017 apresentando mais uma fase do seu Laboratório Móvel, com foco na qualidade de casca, e o lançamento do Pidolin PCA. Além disso, os visitantes da feira puderam conhecer de perto os equipamentos do Laboratório Móvel e também as próximas fases deste projeto”.

Ana Paula Guerreiro Costa, Coordenadora de Soluções Comerciais Uniquímica

AGPR5

A AGPR5 levou ao evento as soluções que disponibiliza para o setor de agrobusiness, como os sistemas de automação e controle desenvolvidos e patenteados pela empresa.

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SIAVS Dow e Ilender, juntas no Siavs 2017

Parceiras há 25 anos, a Dow e a Ilender estiveram juntas durante o Siavs. As empresas promoveram durante o evento o sanitizante para avicultura e suinocultura Ucarsan, usado para desinfecções de alto nível em equipamentos e instalações. Segundo Fernando Mesquita, Customer Applications Specialist da Dow, a solução é composta por glutaraldeído genuíno, uma referencia mundia no segmento de biossegurança animal. “A substância é reconhecida por sua alta efetividade no controle microbiano em instalações de aves e Suínos, e por proteger animais e humanos contra possíveis doenças”, explicou. Dow e Ilender atuam juntas em sete países do continente americano, com o objetivo de prevenir e controlar microrganismos e evitar sua propagação em produções pecuárias. Segundo Alexandre Lima, Gerente de Negócios da Ilender, a empresa as questões de bioseguridade são extremamente importantes, o que tem valorizado ainda mais as ações das empresas. “O Ucarsan tem ganhado cada vez mais mercado por sua eficiência comprovada. Testes realizados seguindo as normas da Agência de Proteção Ambiental (EPA), dos Estados Unidos, confirmam a superioridade da solução. O Ucarsan reduz em 99,99% a presença de diversas bactérias, como Clostridium perfringens e Haemophilus parasuis”, destacou.

Phibro Saúde Animal reforça portfólio inovador

A Phibro Saúde Animal reuniu sua equipe técnica de alto nível reforçando o amplo portfólio de aves e suínos, no Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura (SIAVS 2017), o maior e mais importante encontro da indústria avícola e suinícola do país, atividades que, juntas, produzem mais de 15 milhões de toneladas de proteínas animais. Os visitantes conheceram mais detalhes das soluções para aves, com Magni-Phi®, lançamento para saúde intestinal das aves, e Aviax® Plus, a melhor solução para controle da coccidiose em frangos de corte. Já para suínos, a empresa apresentou Stafac®, com modo de ação exclusivo, capaz de entregar maior eficiência reprodutiva para o plantel. “O SIAVS já está no nosso calendário, um dos maiores encontros da avicultura e suinocultura do Brasil. É sempre importante receber os clientes e demais visitantes em nosso estande de maneira diferenciada. Neste ano, apresentamos nossas inovações e tecnologias sempre visando oferecer maior produtividade aos nossos parceiros, proporcionando os melhores resultados. Antecipar-se às necessidades dos nossos clientes é a nossa prioridade”, ressalta Graziela da Silva, gerente de produtos de aves e suínos da Phibro Saúde Animal. No estande da Phibro, os visitantes puderam participar do jogo de realidade virtual, onde era possível mostrar o modo de ação dos produtos da companhia. Com isso, a empresa mostra que vem inovando em tecnologia cada vez mais. Paralelamente, a Phibro juntamente com a ABPA promoveu no SIAVS um encontro com CEOs e diretores das agroindústrias avícolas e suinícolas. Os temas centrais foram reputação e imagem com foco no consumidor de proteínas animais. A programação incluiu apresentações ligadas à segurança alimentar. J. J. Jones, diretor de desenvolvimento do Center for Food Integrity (CFI), destacou a importância da confiança dos consumidores, que cada vez mais tem mais perguntas sobre os alimentos. “Transparência não é mais opcional se queremos conquistar a confiança dos nossos mais importantes clientes”. Yacoff Sarkovas, CEO da Edelman Significa Brasil, falou sobre o papel do CEO na construção da confiança como pilar da reputação corporativa, deixando como mensagem que este é um ativo bilionário, porém volátil. “A construção da confiança acontece a cada momento, em todos os canais de contato. E é uma tarefa não só das empresas, mas também da cadeia produtiva como um todo”. Grazielle Parenti, diretora de assuntos corporativos e governamentais da Mondelez International, discutiu o valor da reputação. “É importante lembrar que não se faz amigos na crise. Por isso, as companhias devem investir em estratégias de comunicação. É preciso estar preparado. A gestão de crise nem sempre é perfeita, mas é necessário trabalhar preventivamente”. “O Encontro de CEOs é uma iniciativa da Phibro e da ABPA para atualizar nossos parceiros sobre temas importantes. Nunca a reputação e a imagem de uma empresa foram tão importantes, pois, há consequências claras no negócio, chegando até ao consumidor final. Todos somos agentes da cadeia de alimentos e a segurança é fundamental para o bem coletivo”, explica

Maurício Graziani, Presidente da Phibro Saúde Animal.

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Alltech

Na edição 2017 do SIAVS, a equipe da Alltech apresentou os principais avanços que tem conquistado na área de biotecnologia para nutrição e saúde animal dos monogástricos, além de suas avançadas soluções. Entre elas, a linha de minerais na forma orgânica da Alltech, como o BIOPLEX TR, que propõem a substituição total da inclusão de minerais inorgânicos na ração. Participaram durante a programação 17 gerentes técnicos da empresa, o diretor da Alltech do Brasil, Clodys Menacho, o diretor Global de Aves, Paulo Rigolin, e o diretor de Inovação e VP de Contas Corporativas da Alltech Global, Aidan Connolly. No estande da Alltech, os participantes puderam acompanhar o lançamento do livro “Pousando em 2027: o voo do frango”, do consultor e engenheiro agrônomo, Ronei Gauer, e também provar alguns pratos de carne suína, frango e omeletes.


Impextraco: Marcel Joineau destaca a força da indústria produtora de proteína

Marcel Louis Joineau, Médico Veterinário da Impextraco e VicePresidente Associação Latino Americana de Nutrição Animal (FeedLatina ), destacou em sua passagem pelo Siavs o crescimento da feira e sua evolução no cenário de produção de proteína animal. Segundo ele, a necessidade de ampliar a segurança alimentar fez com que mais empresas buscassem seu diferencial, o que tem sido muito bom para o mercado. “ O Siavs propicia uma grande troca de informações. E esta interação e alinhamento foram alguns dos fatores que nos propiciaram passar pela crise de forma exemplar. Esse ‘turbilhão’ se mostrou completamente sem base para o mercado brasileiro e não era a nossa realidade. Esta crise deverá fortalecer ainda mais a relação entre clientes e empresas. ”, destacou. Joineau ainda lembrou o alinhamento da Impextraco com sua sede na Bélgica em busca da máxima qualidade produtiva. “Visamos sempre a segurança do consumidor final, com testes regulares e com todas as informações disponíveis, com transparência. Já não existe mais ‘qualidade internacional ou nacional’. Existe qualidade, e é o que a Impextraco leva ao mercado”.

Marcel Louis Joineau, Médico Veterinário da Impextraco e Vice-Presidente Associação Latino Americana de Nutrição Animal (FeedLatina )

Kilbra

“Foi de extrema relevância para Kilbra participar do SIAVS. Tivemos oportunidade de encontrar colegas de profissão, clientes e fornecedores de fora do Brasil. Negócios foram realizados e novos caminhos abertos. É sempre um prazer participar dos grandes eventos da Avicultura”.

Bárbara Calixto, Marketing & International Trader da Kilbra

Biovet

O uso contínuo da vacina Bio-Coccivet em frangos foi o destaque da participação do Biovet na SIAVS, inclusive a realização de uma palestra sobre o tema. “Há mais de 10 anos, essa tecnologia 100% brasileira já é líder de mercado tanto em reprodutoras leves e pesadas quanto em poedeiras comerciais”, diz o Gerente de Negócios em Avicultura Alessandro Campos. Também mereceu destaque o fato de o Biovet completar 60 anos no setor de saúde animal em 2017. A empresa nunca mudou de controle acionário, razão social ou marca – um “case” raro até mesmo no cenário internacional do setor. Esse posicionamento de mercado é respaldado pelas seis plantas produtivas (coccidiose, aftosa, raiva, biológicos, farmacológicos e hormonais) e investimentos constantes em PD&I, assegurados pelo desempenho financeiro consistente, que registra crescimento médio de 15% nos últimos cinco anos.

AgroSensor

Durante o SIAVS 2017, a AgroSensor fez o pré-lançamento do economizador de energia e do controlador de maternidade, ambos voltados à redução do consumo de energia no contexto de ambientes confinados (suinocultura, avicultura etc.). A AgroSensor apresentará também seus dispositivos e sua plataforma completa de monitoramento, gestão e análise da produtividade.

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SIAVS

AveLive foi um dos grandes destaques do Siavs 2017 Ação desempenhada pela Agroceres Multimix e Mundo Agro Editora transmitiu entrevistas ao vivo durante o evento

O

AveLive, ação desempenhada pela Agroceres Multimix e pela Mundo Agro Editora durante o Siavs 2017 foi um dos grandes destaques do evento, realizado em São Paulo, na última semana. Segundo explica Eric Wood, Coordenador de Marketing da Agroceres Multimix, a empresa aproveitou a oportunidade de estar presente ao Siavs, para realizar uma ação diferenciada, que beneficiaria os visitantes e aqueles que não conseguiriam estar presentes à feira. “Foram realizadas algumas reuniões para alinhar os detalhes e garantir que a ação ocorresse da melhor maneira possível. Com o auxílio da Mundo Agro Editora, definimos a lista de entrevistados e entramos em contato com cada um deles para confirmar a participação. Além disso, criamos uma identidade para a ação, materiais de comunicação e disparamos para todos os nossos contatos”, detalhou Wood. Importantes nomes do cenário de produção de proteína animal estiveram presentes ao AveLive: José Aparecido de Lima (Gerente da Divisão Comercial da Copagril), Nélio Hand (AVES), Godofredo Miltenburg (CBNA), Ariovaldo Zani (Sindirações), Francisco Turra e Ricardo Santin (ABPA), Nestor Freiberger (Asgav)

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Parceria com a Mundo Agro “Nós da Agroceres Multimix sempre enxergamos a Mundo Agro como uma parceira. Trabalhamos há vários anos juntos, seja na divulgação de material técnico ou de nossos anúncios, mas essa foi a primeira vez que trabalhamos em uma ação em conjunto. O resultado foi excepcional e nós queremos repetir essa experiência mais vezes”. Eric Wood, Coordenador de Marketing da Agroceres Multimix e Masaio Mizuno Ishizuka (Coesa, SP). Pela Agroceres Multimix, como uma das mais importantes empresas do setor de nutrição, estiveram presentes Marcelo Torretta, Gerente Nacional de Aves, e Flávio Ruiz, Gerente Regional de Aves. “A ideia era reunir grandes autoridades do setor avícola para responderem perguntas e discutirem as perspectivas do setor. Informação de qualidade sempre foi apreciada por nós, um produto que é capaz de promover evolução positiva na vida das pessoas. Estes importantes nomes do setor apoiaram a ideia e se comprometeram em contribuir com o desen-

volvimento da ação. São pessoas comprometidas com a evolução do agronegócio, com uma agenda extremamente apertada e que, mesmo assim, honraram o compromisso, o que nos deixa extremamente felizes pela confiança em nosso projeto”, disse Eric Wood. Giovana de Paula, jornalista da Mundo Agro Editora que acompanhou o processo de produção junto à Agroceres Multimix, destacou a relevância da ação em levar informação de qualidade ao setor de produção de proteína animal. “Para a Mundo Agro Editora foi uma grande satisfação em fazer parte deste projeto ao lado da Agroceres Multimix. O AveLive levou importantes informações, de uma forma rápida, objetiva e inovadora. Foi montada toda uma estrutura tecnológica para as transmissões ao vivo, fato bastante inovador e que marcou esta edição do Siavs. A transmissão pode ser acompanhada pelos canais da Agroceres Multimix e também pelo AviSite e OvoSite. Foi um grande diferencial corporativo de ambas, e mostra como as duas empresas estão bastante alinhadas em seu objetivo: levar informação e qualificação ao setor, com o máximo comprometimento”, disse a jornalista.


Aviagen: grande participação no Siavs

A Aviagen® reportou sua exitosa participação durante o Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura (Siavs). O evento é o mais importante evento avícola da América do Sul. A cada edição, é cada vez mais visitado por autoridades governamentais e agrícolas, assim como por avicultores, integrados, veterinários, agrónomos e outros profissionais da indústria.

As vantagens competitivas do Ross 308 AP (AP95)

A realização do Siavs proporcionou a ocasião ideal para que a Aviagen recebesse aproximadamente 65 clientes de todo o Brasil em um jantar especial, concentrando-se no fortalecimento de valiosas relações, através do intercâmbio de boas práticas de manejo e conversando sobre as vantagens competitivas do produto Ross 308 AP (AP95). O produto tornou-se bastante popular em todo o Brasil e América do Sul, pela excelente performance, conversão alimentar e ganho de peso diário do frango de corte. A Aviagen realizou um jantar para clientes no restaurante Coco Bambu Anhembi, no dia 29 de Agosto, destacando a apresentação do tema “Investimentos da Aviagen América Latina”, feita por Ivan Lauandos, presidente da Aviagen América Latina. “O Ross 308 AP (AP95) está aumentando sua participação na América Latina – e dirigimos os investimentos nos últimos anos no fortalecimento de nossa equipe e em capacidade de produção, para caminharmos no mesmo passo deste crescimento”, assinalou Lauandos. “Agradecemos a ABPA pela excelente organização deste evento. O Anhembi mostrou-se bastante adequado e proporcionamos um alto nível de conforto e hospitalidade a nossos clientes, durante os três dias de feira.” Abílio Alessandri, business manager da Aviagen no Brasil, concorda com a importância do Siavs para a Aviagen. “A feira Siavs nos proporcionou uma excelente oportunidade para exibirmos a performance e atributos

competitivos do Ross 308 AP (AP95), tais como ganho de peso diário e taxa de conversão alimentar. Trata-se de um produto que tem demonstrado êxito no Brasil e em toda a América do Sul. Temos recebido um retorno bastante positivo de nossos clientes, em especial durante o Siavs neste ano”, manifestou. Siavs 2019: Fábio Carnevale, supervisor de Marketing da Aviagen América Latina, comenta que a empresa está agradecida com o êxito do evento em 2017 e já mira a participação em 2019. “O Siavs 2017 foi bastante exitoso e continua sendo um importante evento para a Aviagen”, explica. “Como parte de uma companhia de genética avícola com um lema de progresso permanente, sempre observamos maneiras de melhorar nossa participação. Esperaremos com entusiasmo trabalhar estreitamente com a ABPA, para que o Siavs 2019 seja ainda melhor”.

Equipe da Aviagen no Siavs 2017

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SIAVS Orffa: empresa reforça sua participação no mercado

A Orffa reforçou sua marca durante o Siavs. Empresa europeia com sede na Holanda, ratificou o seu crescimento no mercado brasileiro e participou pela segunda vez consecutiva do evento. Após a introdução do emulsificante nutricional Excential Energy Plus no mercado interno, nesta edição do Siavs, a empresa apresentou os resultados obtidos com o produto, principalmente na produção de frangos de corte. Eddy Ketels, o CEO da Orffa International Holding, veio diretamente da Europa para o evento e destacou que a empresa tem investido cada vez mais no mercado brasileiro e que, com o trabalho de base iniciado há alguns anos, com a instituição da Orffa do Brasil, com sua sede em São Caetano do Sul (SP) instalada há mais um ano, os resultados estão sendo obtidos de forma bastante positiva. “A Orffa adequou seus produtos às especificidades do mercado interno brasileiro, e trouxemos a mais alta tecnologia existente para atuação neste exigente mercado”, destacou. “Temos muita confiança no Brasil. É um mercado que exige inovação por parte das empresas, e inovação é um dos nossos diferenciais, na busca dos máximos resultados, solucionando as questões no campo de nossos parceiros, de forma transparente, eficaz”, afirmou Ketels. Segundo o Diretor da Orffa no Brasil, Marcos, Banov, o produto é sucesso na Europa e busca atingir este mesmo avanço no mercado brasileiro. “O mercado brasileiro, com suas características específicas exigiu da Orffa um critério maior e os bons resultados do Energy Plus confirmam que a empresa está no caminho certo”, destaca. “Nossos produtos definitivamente se encaixam muito bem no perfil do mercado de produção animal do Brasil. Participar do Siavs confirma o grande momento da empresa”, destacou Marcos Banov. Segundo ele, mais dois produtos estão registrados no MAPA e serão apresentados durante o Siavs. São eles: o Excential Beta-Key,

Yes

fonte de betaína não higroscópica e o Excential Alliin Plus, produto natural formado à base de alho e canela, alternativa para substituição de antibióticos nas rações. Banov aponta que a importância do agronegócio brasileiro faz com que a Orffa invista cada vez mais no Brasil. “Já estamos desenvolvendo novos projetos para o crescimento da organização, com o objetivo de posicionar a empresa na categoria dos grandes fornecedores de soluções para a alimentação animal”, finalizou.

“Apresentamos no Siavs nossa nova solução, o Yes-Golf, blend de prebióticos que melhora a conversão alimentar, promove maior ganho de peso e imunidade, e reduz a incidência de salmonela. Além de orientarmos produtores, por meio de nossos programas ancorados em inovação, qualidade e excelência. Estar no Siavs vem ao encontro do nosso objetivo de expansão no Brasil e em novos países. É um ótimo espaço para negociações e troca de experiências com os principais players da cadeira produtiva de proteína animal”.

Charles Boisson, CEO da Yes

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Cargill Nutrição Animal

A equipe técnica da Cargill Nutrição Animal participou do SIAVS. Os profissionais auxiliaram os participantes a realizar escolhas nutricionais que incrementam rentabilidade e sustentabilidade a produção. “Estamos reforçando nosso lançamento para o setor, a plataforma NutronPoultry, que tem como objetivo levar soluções para os clientes que vão além da nutrição. Queremos ser o melhor retorno de investimento para os produtores”, comenta o Líder Comercial de Avicultura da Cargill Nutrição Animal, Cidinei Miotto. Com a abordagem NutronPoultry e por meio de um diagnóstico detalhado são identificadas as principais necessidades do negócio dos clientes. “Além de disponibilizar o serviço, a Nutron ajuda na implementação da solução. Isso porque identificamos as necessidades, indicamos o serviço e auxiliamos na execução do plano de ação”, ressalta.


Cobb-Vantress

Aves com maior rendimento de carcaça e carnes nobres do mercado foram os principais diferenciais apresentado pela CobbVantress, líder mundial no fornecimento de aves de produção para frangos de corte e em especialização técnica no setor avícola. O produto Cobb500, a reprodutora mais comercializada no mundo, apresenta o melhor rendimento do mercado. Com este adicional de rendimento em carcaça e carnes nobres no abatedouro, é possível pagar todo o alojamento anual dos lotes de reprodutoras. O novo produto da Cobb, o Macho MV, também foi apresentado no evento. Com conversão alimentar bastante superior a outros produtos do setor, a ave também tem melhor ganho de peso.

Cassiano Bevilaqua, Gerente de Marketing da Cobb-Vantress

Casp

“A edição deste ano do SIAVS foi uma amostra de que o mercado está aquecido. Tivemos uma maior procura por equipamentos em relação à edição anterior do evento, quando as empresas estavam mais receosas em investir. Ficamos muito satisfeitos, pois sentimos que agora as pessoas estão mais confiantes em fazer investimentos em equipamentos e tecnologia e se interessaram em conhecer nossas soluções para proteína animal, que visam aumentar a eficiência operacional das empresas” Sérgio Virgini, Executivo Principal de Proteína Animal da CASP.

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SIAVS Hy-Line do Brasil

O Siavs, promovido pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) já se consolidou como o evento empresarial mais forte do nosso setor, com presença massiva de donos de empresas e dos principais formadores de opinião e tomadores de decisão da indústria avícola deste país. A Hy-Line do Brasil participou com a sua equipe técnica e comercial, compartilhando um movimentado estande com a Aviagen®, uma das líderes mundiais em genética avícola para produção de frangos de corte, onde receberam a visita de clientes, produtores de ovos e parceiros de mais de 12 Estados do Brasil e diversos países da América Latina.

Tiago Lourenço, Diretor Geral da Hy-Line do Brasil

Ceva Saúde Animal

Os visitantes conheceram a linha completa de vacinas desenvolvidas com tecnologia exclusiva. Entre as novidades, estarão produtos criados para o mercado brasileiro, como a Cevac IBras, primeira vacina viva contra a Bronquite Infecciosa Variante BR. A empresa também apresentou a Transmune, vacina contra a Doença de Gumboro líder de mercado, Cevac Maximune PRO, vacina inativada que oferece proteção contra as doenças de Gumboro, Newcastle, Metapneumovirose Aviária e Bronquite Infecciosa (BI), agindo contra as cepas BR e Massachusetts, a Vectormune ND, uma vacina vetorizada que confere proteção contra as doenças de Newcastle e Marek. “O SIAVS é uma excelente oportunidade para geração de novos negócios e troca de experiências sobre o segmento de avicultura. Estamos muito animados em participar de mais uma edição, na qual teremos a oportunidade de apresentar ao mercado as vacinas desenvolvidas para assegurar a saúde e a biosseguridade das aves”, afirma o Gerente de Linha de Produtos da Unidade Aves da Ceva Saúde Animal, Alberto Inoue.

BioCamp

“Parabenizamos a todos os envolvidos na organização do SIAVS pela realização do evento, que a cada edição vem superando a expectativa de público, graças a experiência dos profissionais envolvidos na organização com pleno êxito nos encontros realizados. Para a BioCamp, o SIAVS representou uma importante oportunidade para lançar sua nova campanha “Por um mundo menos ANTI e mais PRO”, para realizar negócios e receber, em seu estande, clientes, parceiros e fornecedores”.

Teresa Cristina Ruocco Dari, Analista de Inteligência de Mercado da BioCamp

GSI Agromarau

A GSI Agromarau marcou presença no Siavs com um pacote de novas tecnologias que reafirmam seu posicionamento de busca de inovação. Além da sua linha completa de equipamentos para avicultura e suinocultura, a empresa levou para o evento lançamentos, que geram mais facilidades e benefícios aos sistemas produtivos. A grande novidade da GSI para o evento representa o máximo da integração nas granjas, tanto de aves quanto de suínos. A plataforma EDGE traz um conceito revolucionário para gestão integrada dos equipamentos, que vai muito além de um controlador, acompanhando as tendências da nova revolução industrial e da internet das coisas.

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A Revista do AviSite


NutriQuest Technofeed “fazendo a festa” no SIAVS

A comemoração de um ano da marca NutriQuest Technofeed no SIAVS conseguiu recriar um ambiente boêmio e aconchegante, com barman e seus coquetéis, chopp à vontade, mesas de bar e uma banda de rock no mais autêntico estilo karaokê, convidando os presentes a subir ao palco. A festa, segundo o diretor comercial Ricardo César, na verdade foi um grande agradecimento. “Quisemos prestigiar a todos que fazem parte da nossa história de sucesso, convidando-os para a nossa casa, para servi-los com o mesmo carinho e respeito com que somos atendidos quando os visitamos. Esta comemoração não foi para a empresa, mas, sim, da empresa para aqueles que realmente importam e que são a razão do nosso trabalho”, completa.

Eduardo Raele, Gerente Técnico da NutriQuest Equipe da empresa Coopermaq e alguns clientes

Coopermaq

“Presente em mais uma feira da Siavs 2017 , a Coopermaq pode mostrar aos clientes e visitantes, o que há de mais moderno no mercado, apresentando soluções completas que integram conceitos de incubação, automatização e climatização. Expondo em seu stand a máquina incubadora para estágio único, na qual dispõe de um pacote de ferramentas que proporciona melhor controle de temperatura, umidade e composição de ar, resultando na pratica um número maior e uniforme de pintinhos eclodidos com qualidade. Também apresentou a carroceria para transporte de pintos totalmente climatizada, sendo a grande novidade do mercado avícola nacional”.

Violmar Favro, Diretor de Vendas da Coopermaq

A Revista do AviSite

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SIAVS

30 A Revista do AviSite


A Revista do AviSite

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Informe Técnico-Comercial

MSD Saúde Animal realiza High Quality Poultry Congress 2017 no RJ Blocos de palestras e debates abordam Economia e Negócios, Prevenção e Inovação

E

ntre os dias 7 e 10 de agosto, aconteceu no Rio de Janeiro, RJ, o High Quality Poultry Congress, evento global da MSD Saúde Animal, que reúne clientes da companhia de toda a América Latina. O primeiro dia do encontro foi marcado por temas de Economia e Negócios, e trouxe palestras que abordaram a liderança, mercado de grãos, riscos e possíveis impactos da influenza aviária no setor. O segundo dia focou o tema Prevenção, com palestras sobre confiança do consumido, manejo final da incubação, desenvolvimento inicial do pintinho, controle estratégico de doenças respiratórias. O terceiro bloco foi nomeado inovação e abordou o bem-estar animal, competitividade e liderança e formas para concretização de inovações. Veja na sequência depoimentos de palestrantes e outros participantes.

Sergio De Zen – Esalq/USP “Os participantes do High Quality Poultry Congress devem aproveitar a oportunidade e discutir sobre tecnologia, produtividade e competitividade, diante de um mercado muito promissor, mas muito desafiador nos próximos anos”.

Rodrigo Santibañez – MSD Saúde Animal “High Quality Poultry Congress é um evento muito importante para a indústria avícola. Ajuda a conectar a indústria avícola sul-americana à indústria de produção de alimentos e com supermercados. É importante para nossos clientes saberem que a MSD os apoia completamente na cadeia de produção”. Gordon Butland – G&S Agriconsultants Co. Ltda “Essa oportunidade é muito grande, mas também os desafios são grandes. O mundo de amanhã não vai ser igual ao mundo de hoje. E o mundo de hoje não é igual o mundo de ontem. Todas essas oportunidades vocês têm que buscar como é que vocês vão atingir, suas metas e as metas que as empresas necessitam e que o país necessita também”.

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A Revista do AviSite

Taylor Barbosa – MSD Saúde Animal “Estamos aqui no High Quality Poultry Congress, no Rio de Janeiro, uma excelente oportunidade para conversar, trocarmos ideias, aumentar nosso network com clientes de toda a América Latina, com o objetivo de inovar, de buscar novas alternativas, novos mercados, de buscar novas soluções, para sermos competitivos e liderar no mercado”.


Participantes do evento reunidos para a foto oficial aos pés do Cristo Redentor

Equipe MSD

Anne-Marie Neeteson - Aviagen “Fico muito feliz com o convite da MSD para palestrar nesse congresso. O bem-estar animal, a recepção do público e a sustentabilidade são muito importantes. Eu fiquei muito feliz em poder contribuir e explicar como isso funciona, porque, finalmente para nós, como criadores de e especialistas em saúde animal, é importante que as pessoas se sintam bem a respeito do nosso trabalho, e que consigamos explicar o que fazemos de uma forma que as pessoas entendam.

Ricardo Guimarães - Thymus “Estou muito grato pelo convite da MSD Saúde Animal. Acredito que o congresso é muito importante e traz temas de vanguarda, que são úteis em nosso dia-a-dia para aplicarmos esses conhecimentos tanto em nossos negócios, quanto em nossa vida pessoal. Muito interessante e inovador. Novamente, agradeço”.

Lucas Colvero – MSD Saúde Animal “Eu tive a oportunidade de falar com esse público sobre o controle estratégico das doenças respiratórias, e eu acredito que é o maior desafio da América Latina, em termos de resultado e de sanidade, são dos desafios respiratórios. Excelente evento, uma excelente discussão e parabéns a todos”. Blaine Mozisek – MSD Saúde Animal “O High Quality Poultry Congress é incrível. O público é muito participativo. As perguntas feitas hoje sobre o não uso de antibióticos e sobre o futuro da indústria foram muito instigantes. Sou grato a todos que compareceram. Gostei muito do evento e ficarei feliz em participar do próximo”.

Alex Maiorka – UFPR “É um momento de interagir, trocar experiências sobre assuntos muito relevantes e atuais para toda a cadeia de produção de carne de frango. Essa troca de experiência é muito importante para o desenvolvimento de toda a cadeia de carnes.” A Revista do AviSite

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Produtividade

O papel e a importância das boas práticas de produção Autor: José Luis Kieling Franco, Gerente de Agropecuária e Nutrição Animal da BRF

V

ou iniciar este artigo fazendo uma pergunta: “- O que a criação de frangos de corte e uma corrida de “dragsters” têm em comum?” A resposta é: “Muita coisa: ambos exigem o máximo de quem dirige, ambos buscam expressar altíssima performance, ambos têm seu ciclo em curto espaço de tempo, ambos não permitem erros”. Numa corrida de “dragsters” os veículos percorrem cerca de 400 metros a uma velocidade de 300Km/h. Será uma corrida de apenas 5 segundos. Não há tempo para erros ou correções. Em se tratando de frangos de corte serão apenas 45 dias para transformarmos 1 ave de 40 gramas (pinto de 1 dia) em uma ave de 2.400 gramas. São 60 vezes o próprio peso! Seria o equivalente a transformarmos uma criança de 3 Kg a um adulto de 180 Kg em um período de apenas 45 dias! Em resumo: ambos têm muito em comum. Erros não são admissíveis! Para evitar os erros existem as Boas Práticas, ou seja, as melhores maneiras de se realizar as atividades. Não é uma questão de se “reinventar a roda”, é de se fazer bem feitas as tarefas do dia-a-dia.

34 A Revista do AviSite


STOP ANTIBIOTIC RESISTANCE.

TABELA 1 IDADE (dias)

TEMPERATURA (com U.R.A. de 60 a 70%)

1

34°C

2

33°C

3

32°C

4

31°C

5

30°C

6

30°C

7

29°C

O melhor exemplo de Boas Práticas aplicadas à realidade é a “Receita de Bolo”. As Receitas de Bolo são consagradas, já foram experimentadas exaustivamente. Assim como na avicultura, na culinária também existem diferenças tecnológicas (tipo de forma, tipo de forno, ...), mas para cada uma existe a receita certa. Na avicultura o desafio é o mesmo: “Seguir a receita!”. Traduzindo: “Aplicar as Boas Práticas de Produção!” Mas, por que na Produção Avícola, seguidamente, nos desviamos e deixamos de realizar as tarefas corretamente? Deixamos de realizar as Boas Práticas de Produção? As atividades na avicultura são uma sequência de tarefas que DEVEM ser bem-feitas. Não é nossa intenção esgotar esse assunto nesse artigo, até porque há assunto para um ou mais livros. Vamos tentar listar alguns pontos que todo avicultor deve estar atento. Propomos, então, uma reflexão. Leia nossa breve “Receita de Bolo” a seguir com a mente bem aberta. Verifique como você está frente a essas Boas Práticas de Produção. Em quais você relaxa ou tem dificuldade de realizar?

Construção do aviário: • Decida qual a tecnologia a ser adotada analisando seu custo, suas condições de financiamento e os objetivos da criação; • Observe as determinações da legislação! • Sobretudo, consulte assessoria técnica e analise todos os itens antes de construir, porque reformar é sempre mais caro que construir;

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Alojamento dos pintos: • O bom alojamento dos pintos começa com um bom manejo de intervalo. • O trabalho entre a saída de um lote e a entrada de outro faz parte do ciclo produtivo; • Pré-aqueça o pinteiro antes da chegada dos pintos; • Fique atento: Temperatura de cama é um ponto crucial no recebimento dos pintinhos (30°C); • Receba os pintos com ração e água disponível e distribua comedouros e bebedouros suplementares; • Verifique a temperatura e a vazão da água; • Forre a área do pinteiro com papel e ali distribua ração em pequena quantidade, várias vezes ao dia durante os primeiros dias de vida das aves. • Use o comportamento dos pintos para determinar se a temperatura está correta, mas monitore a temperatura e a umidade regularmente; • Se o comportamento dos pintos indica má temperatura, cheque e corrija imediatamente!!! • Como em toda receita existem requisitos básicos que devem ser observados na tabela 1. • Atingir o peso esperado aos 7 dias de idade indica manejo correto do ambiente do pinteiro; • Use o comportamento dos pintos para determinar se a temperatura está correta; • Monitore a temperatura e a umidade regularmente; • Se o comportamento dos pintos indica má temperatura, cheque e corrija imediatamente!!!

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A Revista do AviSite

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Produtividade Tabela 02

PINTOS (1ª Semana)

15°C a 25°C

26°C a 29°C

30°C a 32°C

33°C a 35°C

36°C a 38°C

Situação

Fora do Ideal

Saindo do Ideal

Consequências

O que fazer

*Queda de consumo, *Refugagem, *Desidratação, *Mortalidade, *Problemas de Ascite mais tarde

*Ligar campânulas, *Verificar fogo na fornalha, *Vedar entradas de ar, *Mexer comedouros, *Esparramar os pintos, *Elevar a temperatura até o ideal.

*Amontoamento, *Queda de consumo, *Refugagem, *Desidratação.

*Vedar entradas de ar, *Verificar espaçamento no pinteiro, *Verificar fogo na fornalha, *Aumentar a temperatura das campânulas, *Elevar a temperatura até o ideal.

*Consumo adequado, *Bom ganho de peso, *Uniformidade, *Sanidade adequada.

*Verificar sensação térmica, *Verificar conforto dos pintos,

Saindo do Ideal

*Queda de consumo, *Refugagem, *Desidratação.

*Abrir cabeceiras do pinteiro, *Desligar aquecedores, *Verificar espaçamento no pinteiro, *Ventilar aviário, *Fornecer água limpa e fresca.

Fora do Ideal

*Queda de consumo, *Desuniformidade, *Desidratação, *Mortalidade.

*Abrir cabeceiras do pinteiro, *Desligar aquecedores, *Baixar cortinas externas, *Abrir cortinas internas, *Verificar espaçamento no pinteiro, *Ligar ventiladores.

Ideal

Densidade de alojamento • A densidade, ou seja, o número de aves por m² deverá considerar a idade e peso de abate, a linhagem das aves, a quantidade de equipamentos disponíveis, a estação do ano e a qualidade do ar; • Deve haver condições para o movimento das aves e o acesso do tratador. • Densidade excessiva reduz o crescimento, a viabilidade e a qualidade da cama e aumenta os problemas locomotores; • Densidade excessiva aumenta as condenações ao abate por calos de peito e de pés, contusões e arranhões.

Tabela 03

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A Revista do AviSite

Temp.

1°C a 14°C

FRANGOS (após 20 dias)

Temp.

15°C a 16°C

17°C a 24°C

25°C a 28°C

29°C a 35°C

Situação

Consequências

O que fazer

Fora do Ideal

*Menor ganho de peso, *Conversão alimentar altíssima, *Queda de consumo, *Mortalidade aumentada.

*Vedar entradas de vento, *Aquecer o ambiente, *Mexer comedouros, *Verificar espaçamento.

Saindo do Ideal

*Menor ganho de peso, *Conversão alimentar alta, *Queda de consumo, *Mortalidade aumentada.

*Vedar entradas de vento, *Aquecer o ambiente, *Mexer comedouros, *Verificar espaçamento.

*Bom ganho de peso, *Conversão alimentar adequada, *Consumo normal de ração, *Uniformidade.

*Verificar sensação térmica, *Verificar conforto dos frangos.

Saindo do Ideal

*Menor ganho de peso, *Conversão alimentar alta, *Desuniformidade, *Queda de consumo de ração, *Frangos deitados e ofegantes.

*Ligar ventiladores, *Abrir portas do aviário, *Verificar espaçamento no pinteiro, *Ventilar aviário, *Fornecer água limpa e fresca.

Fora do Ideal

*Menor ganho de peso, *Conversão alimentar alta, *Desuniformidade, *Queda de consumo, *Mortalidade aumentada.

*Ligar ventiladores. *Ligar nebulizadores, *Abrir portas do aviário, *Abrir cortinas, *Facilite acesso aos bebedouros, *Fornecer água limpa e fresca.

Ideal

Ventilação, qualidade do ar e controle de temperatura • O sistema de ventilação deve garantir boa qualidade do ar e bom controle de temperatura; • Mantenha as aves adultas dentro da zona de temperatura de conforto térmico: entre 20°C e 23°C (65-70 % de Umidade Relativa do Ar); • Para garantir essas condições verifique rotineiramente a temperatura e umidade do ar no aviário, assim como registre diariamente temperaturas máxima e mínima do aviário; • Variações de temperatura fora das condições ideais – CONFORTO – para as aves trarão consequências no resul-

tado final da criação, como segue na tabela 2. • Para que essas condições sejam atendidas seu equipamento deve estar funcionando corretamente. Na prática um equipamento mal instalado traz mais problemas que a não instalação do equipamento; • O bom Fluxo de Ar dentro de um aviário é fundamental para a manutenção de um bom ambiente para as aves. Verifique se a velocidade do ar está dentro dos parâmetros recomendados para seu tipo de ave e região; • Na tabela 3 seguem alguns parâmetros recomendados pela Cobb. • É importante observar que ao usarmos ventiladores a velocidade do ar diminui quanto mais distante deles estivermos. Assim o fato de termos ventiladores não funcionantes no aviário prejudicará muito o fluxo de ar no ambiente das aves; • Para que os fluxos de ar funcionem corretamente, Cortinas em boas condições são fundamentais para um eficiente controle da temperatura e ventilação em sistemas de pressão positiva, pressão negativa ou ventilação natural; • Má qualidade do ar limitará o performance do lote e aumentará a


susceptibilidade a doenças; • Ventilação inadequada causa cama úmida o que leva ao aumento de problemas nas patas e piora na qualidade de carcaça; • Má qualidade do ar é prejudicial às aves e às pessoas que trabalham com as aves.

Cama • Vários materiais podem ser utilizados desde que tenham boa capacidade de absorver a umidade; sejam limpos e garantam conforto às aves; proporcionem baixo nível de pó; sejam livres de contaminantes e sejam de fonte segura; • A má qualidade da cama pode ser causada por material de baixa qualidade; camada insuficiente de cama; bebedouros mal regulados; má ventilação; alta densidade de criação; diarreias e alta umidade relativa do ambiente; • Revolva a cama frequentemente e retire as áreas mais prejudicadas (cascões) e quando retirar a cama procure retirá-la o mais rapidamente do aviário; • Se for reutilizar a cama opte por um tratamento que minimize os riscos biológicos

Iluminação • Instale iluminação uniforme em todo aviário; • Todo programa de luz deve levar em conta o tipo de ave e o programa de manejo; • Consulte sua Assistência Técnica para o programa de luz que melhor se adapte ao seu tipo de frango e a sua região, mas, sobretudo, registre o programa de luz em uso.

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Produtividade Tabela 04

EVENTO

REGISTRO

OBSERVAÇÕES

Número de pintos de 1 dia; Origem do lote;

Alojamento do Pinto

Data e hora da chegada; Qualidade do pinto.

Exemplo: peso corporal, uniformidade, número de mortos na chegada.

Diária,

Registro por sexo, se possível;

Semanal,

Registrar refugos separadamente;

Acumulada.

Registrar causas de mortalidade excessiva; Classificação de lesões de coccidiose (indica o nível de desafio)

Mortalidade

Data;

Medicação

Quantidade;

Conforme instruções veterinárias.

Número de lote. Data da vacinação;

Vacinação

Tipo de vacina; Partida e validade.

Peso corporal

Peso médio semanal; Uniformidade / CV Data da entrega;

Ração

Quantidade; Data / hora do início do jejum. Consumo diário;

Água

Qualquer reação inesperada da vacina deve ser registrada.

Medição precisa do consumo de ração é essencial para determinar a Conversão Alimentar Flutuação repentina no consumo de água é uma pré-indicação de problemas.

Relação entre água e ração; Qualidade da água;

Análise físico/química e bacteriológica

Nível de cloração.

Ambiente

Temperatura: mínima diária, máxima diária, 4 a 6 vezes /dia durante o aquecimento. Temperatura externa diária; Umidade relativa do ar diária; Qualidade do ar;

Pó, CO2, NH3

Qualidade da cama. Qualidade da carcaça;

Informações do abate

Inspeção de saúde; Composição da carcaça.

Limpeza Fonte: Aviagen

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A Revista do AviSite

Contagem de bactérias.

Depois da desinfecção; Salmonelas, Estafilococos, coliformes podem ser monitorados se necessário.


Água e alimentação • O tipo e número de bebedouros devem levar em conta o tamanho (idade) e o número de aves; • Água deve estar disponível 24 hs por dia e monitore o consumo de água e ração diariamente; • Variações bruscas de consumo de água e / ou ração são fortes indicadores de stress, doença ou má qualidade de ração; • A água deve ser fornecida à vontade e numa temperatura de 18 a 22°C; • Água muito fria ou muito quente fará com que as aves bebam menos o que provocará redução do crescimento; • A fonte de água deve ser limpa e confiável e, mesmo assim, forneça sempre água clorada às aves; • Meça o nível de cloro da água com frequência, porque a água oferecida às aves com alta contaminação provocará diarreia, problemas de pernas e condenações ao abate; • Garanta reserva de água para o consumo de pelo menos 24 horas e conserve as caixas d’água fechadas;

• Lembre-se: para cada bebedouro estragado, as aves desse bebedouro passarão a disputar o espaço nos bebedouros vizinhos; • Falta de espaço nos comedouros reduzirá o crescimento e a uniformidade. Distribuição irregular dos comedouros pode resultar em baixa performance do lote, aumento de arranhões associados à competição nos comedouros; • Má regulagem dos comedouros provocará desperdício de ração e o desperdício de ração piorará a taxa de conversão alimentar; • A ração desperdiçada no chão, quando consumida pelas aves, será uma fonte perigosa de contaminação bacteriana; • Não misture rações de tipos diferentes, para isso utilize 2 silos; • Varra os silos periodicamente, preferencialmente à cada troca de ração; • Desinfete os silos a cada lote; • Registre alterações na qualidade da ração; • Uma boa prática para determinar

As atividades na avicultura são uma sequência de tarefas que DEVEM ser bem-feitas. Listamos alguns pontos que todo avicultor deve estar atento e propomos uma reflexão. Leia nossa breve “Receita de Bolo” com a mente bem aberta

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Produtividade Tabela 05

FATOR Mortalidade Precoce (acima de 1% na primeira semana)

Alta Mortalidade (após os 7 dias)

Crescimento Inicial Deficiente

Crescimento Final Deficiente

COMENTÁRIO Aquecimento Incorreto

Reajustar os Aquecedores

Doença

Necropsia dos pintos mortos; Consultar o veterinário

Doenças Metabólicas (Ascite, Morte Súbita)

Verificar taxas de Ventilação Evitar taxas de crescimento excessivas

Doenças Infecciosas

Necropsia Consultar o veterinário

Problemas das Pernas

Verificar Programa de Iluminação para estimular a atividade da ave

Alimentação

Verificar disponibilidade e qualidade da Ração Inicial Verificar disponibilidade e qualidade do abastecimento de água

Condições Ambientais

Verificar perfis de temperatura e umidade Verificar Fotoperíodo (horas de luz / escuridão) Verifica Qualidade do Ar (gases, pó, taxa de ventilação)

Apetite

Verificar o estímulo à alimentação Verificar proporção de aves com papo cheio

Baixo Consumo de Nutrientes

Verificar a qualidade e armazenamento da ração Verificar o consumo e acesso à ração Programa de Iluminação muito restrito

Doenças Infecciosas

Veja: Alta Mortalidade

Condições Ambientais

Verificar taxas de Ventilação Verificar Densidade das aves Verificar Temperatura do Aviário Verificar disponibilidade de água e ração

Ambiente

Baixa espessura de cama Material de cama inadequado Regulagem dos bebedouros Umidade do ar muito alta Alta densidade de aves Ventilação insuficiente

Doenças Infecciosas

Enterites Consultar o veterinário

Crescimento Baixo

Veja: Crescimento Inicial Deficiente Veja: Crescimento Final Deficiente

Alta Mortalidade (especificamente a mortalidade final)

Veja: Alta Mortalidade

Desperdício de Ração

Verificar ajuste dos comedouros Permitir que as aves esvaziem os comedouros 2 vezes ao dia

Ambiente

Verificar se a temperatura do aviário não está muito baixa

Doenças Infecciosas

Veja: Alta Mortalidade

Nutrição

Verificar qualidade e armazenamento da ração

Ambiente

Verificar se a temperatura do aviário não está muito alta

Ascite

Veja: Alta Mortalidade

Calos de Peito e abrasões (ex: hockburn, dermatose)

Verificar Densidade das aves Verificar Qualidade da Cama Verificar atividade das aves Verificar Programas de Arraçoamento e Iluminação

Escoriações e Fraturas

Verificar procedimentos de manipulação na pesagem e apanha para o carregamento

Arranhões

Estímulo excessivo de Luz Verificar procedimentos de manipulação na pesagem e apanha para o carregamento Verificar o acesso à ração e água

Miopatias

Aves excessivamente perturbadas durante o crescimento

Baixa Qualidade da Cama

Má Conversão Alimentar Água

Mau Empenamento

Condenações ao abate

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SUGESTÃO


se as aves estão tendo acesso efetivo à água e ração é o teste do papinho; o Selecionar 100 pintos aleatoriamente e palpar gentilmente o papo 6 a 8 horas após o alojamento . o O papo deve estar maleável e macio a palpação o Se o papo estiver duro, isso indica que os pintos não estão ingerindo água em quantidade adequada o Se o papo estiver inchado e distendido pela água, os pintos não estão ingerindo ração em quantidade suficiente o Pelo menos 95% dos pintos devem apresentar papos repletos e maleáveis ao exame

Medicação • Utilize somente sob prescrição veterinária; • Obedeça o período de carência (sem medicamento) antes do abate; • Registre todos os medicamentos utilizados anotando pelo menos o nome do produto e do fabricante, o número do lote / partida, o período do

tratamento (início e fim do tratamento) e a quantidade utilizada; • A utilização de medicamentos deve ser realizada apenas por pessoa treinada para seu manuseio; • Mantenha os medicamentos, desinfetantes e venenos em local específico e trancado;

Biossegurança (São as práticas de manejo para prevenir o contato das aves com os agentes causadores de doenças). • Geralmente negligenciamos a possibilidade de nos defrontarmos com doenças pela pouca probabilidade de ocorrerem. A ocorrência de uma doença pode ser comparada ao ato de cruzar uma “passagem de nível” de uma ferrovia (cruzar a linha do trem). O trem nunca passa, mas um dia pode passar e os resultados podem ser terríveis; • Para a observância das Boas Práticas de Biossegurança fique atento à desinfecção de calçados ao entrar no aviário, à desinfecção de veículos à entrada da granja e não negligencie o pro-

A Revista do AviSite

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Produtividade

grama de desinfecção do aviário e equipamentos; • Proíba terminantemente o acesso de outros animais ao aviário e mantenha um bom controle de pragas; • Atenção: trabalhadores no aviário não devem ter contato com outras espécies de aves; • Investigue todas as causas de mortalidade acima do normal; • Para as aves mortas utilize a composteira ou outro processo de compostagem evitando que a causa da mortalidade se espalhe para as outras aves; • Lave e desinfete o aviário periodicamente e SEMPRE após alguma doença.

última etapa da criação em seu aviário; • Certifique-se da qualidade e treinamento da equipe de carregamento; • Observe o cuidado no manuseio de cada ave; • Supervisione o trabalho dos carregadores! • Trate com respeito os funcionários da apanha de aves!

Bem-estar animal

• Fazer o peso médio semanal é tão importante quanto verificar o consumo e a mortalidade; • Mantenha sempre à mão uma lista de telefone para contatos em caso de emergência (cia. de eletricidade, bombeiros, hospital, mecânico, veterinário ...)

• O bem-estar das aves é inseparável das boas práticas de produção. • Por isso cuide para que as aves estejam : Livres de fome e sede Livres de desconforto Livres de sofrimento, lesões ou doenças Livres para expressar seu comportamento normal Livres de medo e estresse

Apanha e transporte • A apanha e o carregamento são a

Controles e registros • Controlar e registrar é garantir a realização das boas práticas; • Em cada etapa há diversos itens que devem ser controlados, seguem algumas sugestões na tabela 4.

Lembre-se:

Em termos de boas práticas – como está seu aviário? • De tempos em tempos, revise seus procedimentos e instalações. Faça uma autoanálise;

• Lembre-se que até o melhor carro do mundo precisa de manutenção periódica.

O que pode ter dado errado? • Aplicar Boas Práticas deve ser tarefa rotineira, mas a criação de uma rotina, por vezes, nos leva a negligenciar pequenos atos; • Assim como uma boa cozinheira revisa passo-a-passo a receita de bolo que não deu certo, o bom avicultor deve revisar suas práticas quando o resultado não é o desejado. Veja os exemplos na tabela 5. Boas Práticas de Fabricação (BPF), Boas Práticas Agrícolas (BPA), Boas Práticas de Produção (BPP) ou Boas Práticas de Produção de Frangos (BPPF) – todos são sinônimos e nos indicam os modos mais eficazes de produzir. Qualquer que seja a forma como as chamemos todas nos encaminham aos modos mais eficazes de atingirmos nosso objetivo que é o de produzir aves de qualidade, com bom desempenho e baixo custo. Mas, sobretudo, é produzir aves que serão a fonte de alimento para inúmeras pessoas em diferentes locais do mundo. Ao iniciar um trabalho em sua granja lembre-se:

Um aviário não é somente onde se cria frangos, mas onde se produz alimento para pessoas.

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Informe Técnico-Comercial

Monitoria para Anemia Infecciosa Aviária com o IDEXX CAV Ab Test

U

m programa de monitoria inicia-se pela amostragem adequada, a qual tem impacto significante na interpretação de resultado. Essas informações são a base para o Veterinário tomar medidas de ajuste no controle de CAV, de maneira a reduzir seu impacto no custo de produção da empresa. A monitoria de anticorpos na granja de reprodutoras permite ao veterinário

analisar risco de transmissão vertical (transmissão do vírus pelo ovo, fazendo com que os pintinhos já nasçam infectados pelo vírus de CAV) e permite também estimar a imunidade materna, que poderá ser transferida para os pintinhos. O programa de monitoria consiste em colher entre 23 e 30 amostras de soro, por galpão, em alguns pontos críticos da pro-

dução: fase de recria, início, pico e final de produção. A tabela 3 mostra uma opção de programa de monitoria para reprodutoras. A monitoria em pintinhos de 1-3 dias de idade fornece informação sobre imunidade passiva, importante para proteção nas 3 primeiras semanas de vida. A tabela 4 mostra uma opção de programa de monitoria em frango de corte.

Programa de Monitoria Sorológica de CAV O ELISA IDEXX CAV Ab está validado para dois protocolos, a fim de melhor atender as necessidades da indústria avícola. O protocolo CAV 100 é indicado para monitorar anticorpos de proteção em granjas vacinadas e/ou infectadas naturalmente. Os resultados são expressos em títulos e grupos de títulos, e histogramas, que facilitam a análise da dinâmica de anticorpos protetores (tabela 1). O protocolo CAV 10 é indicado para monitoria de granjas SPF e para os casos onde se queira discriminar positivos e negativos, como por exemplo, em pintinhos de 1 dia. Os resultados são expressos em razão S/N e através do histograma se pode analisar as subpopulações (tabela 2). Obs: esses resultados são calculados pelo software xChekPlus, através do qual pode-se também analisar histogramas e gráficos comparativos, além de gerenciamento do banco de dados do programa de monitoria.

O teste da IDEXX para detecção de anticorpos para Anemia Infecciosa Aviária (CAV) é considerado atualmente uma das ferramentas mais importantes para monitorar CAV. Esse teste se destaca pela segurança e con-

sistência de resultados, conferidos pela alta sensibilidade, alta especificidade e alta reprodutibilidade. Além de excelente desempenho, o ELISA IDEXX CAV Ab apresenta alta correlação com a Vírus Neutralização. De acordo com a literatura, a proteção vertical ocorre quando as matrizes apresentam títulos de Vírus Neutralização a partir de VN Log2 > 8 (1). Desta maneira, o kit é validado para monitoria de anticorpos de proteção e também para monitoria de granjas SPF (aves livres de CAV).

Referência Bibliográfica 1. Malo A, Weingarten M. Determination of the minimum protective neutralizing antibody titre to CAV in adult chickens. Intervet VSD Newsletter. 1995;11:1–5.

Para saber mais sobre como utilizar as ferramentas IDEXX em seu programa de sanidade, fale com nossa equipe técnica: Mariane Soares: 011 94258-0382 ; Mônica Brehmer 11 97683-3973 A Revista do AviSite

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Informe Técnico-Comercial

Plasma Spray Dried nas primeiras dietas melhora a lucratividade de frangos de corte Aprenda como o plasma spray dried nas primeiras dietas melhora a eficiência, peso corporal e fornece proteínas funcionais que impactam o sistema imune Autor: Steve Leeson, Professor Emérito, Universidade de Guelph, Guelph, ON, Canadá Figura 1. Sobrevivência de frangos de corte alimentados com plasma durante surto natural de Enterite necrótica

Introdução A nutrição inicial de frangos de corte é cada vez mais importante a medida que vamos ganhando conhecimento sobre a correlação positiva entre a taxa de crescimento inicial e peso de abate, bem como a uniformidade de peso de carcaça e crescimento do músculo do peito. Todos estes fatores são ainda mais críticos dentro dos sistemas de produção livres de antibióticos (ABF, sigla em inglês).

Tabela 1. Composição nutricional do plasma seco por atomização. Aminoácidos digestíveis (%) Lisina

6,5

Metionina

0,7

AST1

3,5

Treonina

4,8

Valina

5,2

Isoleucina

2,9

Leucina

7,8

Triptofano

1,4

Arginina

4,7

Energia Metabolizável (EM)

3830 kcal/kg

PB

78%

1 AST: Aminoácidos sulfurados totais.

44 A Revista do AviSite

Enquanto ABF pode significar muitos cenários diferentes, é óbvio que a eliminação de promotores de crescimento, juntamente com todos os tipos de anticoccidianos, representa o maior desafio em nível de granja. Otimizar a digestão na fase inicial de desenvolvimento é frequentemente a chave para um programa bem sucedido, oferece a melhor oportunidade de prevenir disbacteriose, coccidiose e enterite necrótica. O plasma seco por atomização (SDP, sigla em inglês) representa uma fonte de aminoácidos altamente digestíveis para todos os animais neonatos, mas o mais importante é fornecer uma contribuição única de proteínas funcionais que impactam o sistema imune dos animais.

Composição do Plasma O plasma é coletado durante o abate de suínos e bovinos e é separado das hemácias por centrifugação. As maiores diferenças entre os produtos de plasma e a farinha de sangue são a temperatura e tempo menos agressivos utilizados durante a secagem do plasma por atomização. O plasma seco resultante de atomização é um pó de fluxo livre que contém de 70-80% de proteína bruta (PB), dependendo do sistema de filtração utilizado (osmose reversa ou nanofiltração/ ultrafiltração), minerais e cerca de 8% de água residual. Cerca de 95% das proteínas são albuminas e globulinas. Os plasmas bovino e suíno têm o perfil de aminoácidos mui-


to similar (Tabela 1).

Papel das proteínas funcionais O fato de tanto o SDP suíno como bovino apresentarem resultados positivos em suínos após o desmame indica que a especificidade de espécie não é tão crítica. A molécula de IgG não pode ser absorvida enquanto está intacta, por isso, assume-se que os efeitos benéficos destas globulinas ocorrem somente no intestino delgado. As globulinas atingem o intestino intactas, porém, há pouca informação disponível sobre o seu destino final. Estudos que medem a digestibilidade dos aminoácidos (tabela 1) sugerem que as globulinas são digeridas, enquanto que suas propriedades funcionais são muito obvias em leitões e outros neonatos. Seria possível considerar ambos os papéis de forma consecutiva? As globulinas e outras proteínas funcionais alcançam o intestino delgado e se ligam aos vírus e bactérias, e em leitões vem sendo demonstrado que o consumo de SDP incrementa a taxa de cura de alguns vírus respiratórios. Ocorre uma melhora na função da barreira intestinal, redução nos processos inflamatórios, menor ocorrência de diarreias e melhora na digestibilidade da dieta. Existem algumas glicoproteínas no SDP que possuem sítios de ligação para a fímbria de E. coli. Contribui também para a proliferação de espécies de lactobacilli, dessa forma, contribui de forma ampla para a proliferação de uma microbiota mais vantajosa. Os benefícios para a saúde observados em leitões desmamados precocemente e alimentados com SDP estão associados a um aumento do crescimento das microvilosidades em relação à profundidade das criptas, que são análogos aos efeitos observados com o uso de antibióticos e ácido butírico. Os benefícios mais importantes para sanidade e produtividade são provavelmente consequências da menor produção de citocinas pró-inflamatórias, uma vez que a ativação do sistema imunológico é um processo de alta demanda energética. Um im-

Tabela 2. Custo para manutenção da resposta imune é de 0,3 em CA, frente aos desafios sanitários de cada local. México

USA/Canadá

Nova Zelândia

Estado de Saúde

Desafio de enfermidades importantes

Desafio de enfermidades moderadas

Desafio de enfermidades mínimas

Vacinação

Incubadora e granja

Incubadora

Nenhuma(?)

CA de frangos Ross 308 de 2,3 kg de peso vivo, alimentados com dietas equiparadas

1,80

1,63

1,50

pacto final do SDP na absorção de nutrientes é a observação de uma redução no catabolismo dos aminoácidos pela microbiota intestinal.

Potencial para o uso de Plasma nas dietas préiniciais em frango de corte Os principais desafios em ABF são disbacteriose intestinal, coccidiose e subsequente enterite necrótica. Embora esta cascata de eventos culmine no sofrimento aparente da ave entre 15 a 20 dias de idade, a causa subjacente pode ser a baixa digestibilidade da dieta nos primeiros dias de vida. O conceito por trás do uso da SDP em dietas para leitões desmamados for-

nece uma analogia interessante para a problemática observada em pintinhos e proporciona uma plataforma interessante para o desenvolvimento de novas iniciativas para sistemas de manejo ABF para frangos de corte. Os benefícios mais marcantes do uso de SDP em dietas de frangos de corte são observados quando as aves são infectadas de forma natural ou artificial com patógenos distintos. Campbell et al., (2006) avaliaram o uso de SDP em frangos que apresentaram eventos naturais de enterite necrótica grave confirmada por veterinários. Foram avaliados três grupos de alimentação, a primeira dieta com fornecimento de plasma de forma contínua, com 1% de SDP até os 14

Tabela 3. Resumo de 13 pesquisas de campo e em institutos de presquisas realizadas com plasma seco por atomização (2008-2014) Nº do Teste

Nível de plasma (%)

Período de fornecimento (dias)

Peso final grupo controle (Kg)

Peso final SDP (Kg)

Diferença de ganho de peso (g)

CA grupo controle

CA SDP

Diferença em CA

1

2,5

4

2,446

2,666

+220

-

-

-

2

1,5

7

2,010

2,048

+38

1,890

1,840

-0,050

3

1,0

7

3,267

3,290

+23

1,805

1,756

-0,049

4

1,0

7

3,293

3,336

+43

1,803

1,773

-0,030

5

1,0

7

3,280

3,313

+33

1,804

1,764

-0,040

6

1,5

8

2,208

2,262

+54

1,785

1,809

+-0,024

7

1,5

7

3,008

3,034

+26

1,709

1,684

-0,025

8

3,0

7

3,008

3,006

-2

1,709

1,681

-0,028

9

1,0

10

2,419

2,514

+95

1,580

1,470

-0,110

10

0,5

10

2,419

2,542

+123

1,580

1,480

-0,100

11

1,0

10

2,419

2,480

+61

1,580

1,440

-0,140

12

0,5

10

2,419

2,456

+37

1,580

1,470

-0,110

13

1,0

14

2,664

2,883

+219

1,682

1,724

-0,041

Ganho Médio

+75

-0,051 A Revista do AviSite

45


Informe Técnico-Comercial Tabela 4. Efeito da suplementação de ração de frangos de corte com plasma suíno e bovino até os 10 dias de vida (Swick, 2015 a). Peso Corporal (g)

CA

10d

35d

0-35d

0-35d, ajustado

Grupo Controle

305

2420

1,58

1,58a

5 kg/T plasma suíno

303

2540

1,50

1,48b

10 kg/T plasma suíno

315

2500

1,48

1,47b

5 kg/T plasma bovino

305

2480

1,44

1,44b

10 kg/T plasma bovino

298

2460

1,47

1,47b

dias, 0,5% de SDP dos 15 aos 28 dias e 0,25% de plasma dos 29 aos 35 dias de idade; a segunda dieta com fornecimento de plasma de forma descontínua, somente 1% de plasma na dieta até os 14 dias; a terceira dieta foi o grupo controle, sem plasma. A alimentação com SDP teve efeito impactante na mortalidade causada pela enterite necrótica. É interessante ressaltar que os frangos do grupo alimentado de forma descontínua também foram protegidos contra a doença após completarem 14 dias de vida, quando passaram a consumir ração sem suplemento de plasma (Figura 1). O efeito mais consistente do uso de plasma é a melhora na eficiência

alimentar. Esta eficiência está relacionada em parte ao uso de uma fonte de aminoácidos altamente digestíveis e uma melhora na estrutura das vilosidades intestinais. No entanto, o maior efeito é, sem dúvida, o resultado das proteínas funcionais na modulação do sistema imune. A sustentação do sistema imune representa um componente principal na exigência energética de manutenção. Na tabela 2 está exposto o resultado do desempenho de frangos de corte Ross 308 criados em três regiões, representando diferenças de desafio devido às enfermidades de cada local, e, portanto, a importância da definição de um programa de vacinação

Tabela 5. Efeito da alimentação com plasma seco por atomização por 5 ou 10 dias (Swick, 2015b) Plasma (k/ton.)

Período de fornecimento (dias)

Peso corporal aos 10 dias (g)

CA 1-10 dias

327

1,14

0 10

5

332

1,09

20

5

331

1,06

10

10

329

1,04

20

10

344

1,01

Tabela 6. Efeito da alimentação com plasma seco por atomização durante 10 dias no desempenho de frangos de corte (Iji, 2016) Peso corporal (g) CA

0

5 kg/t

10 kg/t

20 kg/t

10d

321b

332ab

341a

346a

35d

2609ab

2544b

2629b

2677a

1-10d

1,20a

1,13b

1,10b

1,09b

1-35d

1,61a

1,58ab

1,52b

1,53b

46 A Revista do AviSite

apropriado para cada região. Os frangos de corte de todas as regiões foram alimentados com dietas equiparadas em níveis de densidade nutricional, EM e disponibilidade de aminoácidos. Mesmo que muito provável a não interferência do peso por idade à sustentação do sistema imune, haverá diferenças significativas das necessidades nutricionais de manutenção e também na eficiência alimentar. Neste exemplo, a variação de resultado é de 0,3 em conversão alimentar (CA) (ou 300 g a menos de ração para cada kg de peso produzido), parte dessa melhora na CA pode ser obtida quando os frangos são alimentados com plasma seco por atomização. A APC, Inc., é líder em produção de SDP, e tem participado em numerosos estudos ao redor do mundo referentes ao uso de plasma em dietas pré-iniciais para frangos de corte. Na tabela 3 estão resumidos 13 estudos conduzidos por institutos de pesquisa independentes e especializados em frangos de corte ao redor do mundo. Uma vez que cada empresa tem suas normas para o uso de dietas pré-iniciais, diferentes níveis de inclusão, tempo de fornecimento de SDP e idade de abate própria, são variáveis a considerar. Em média geral observou-se melhora de 0,05 em CA e 75 g de diferença no peso final no grupo alimentado com plasma. Nas avaliações econômicas calculou-se que a dieta com 2% de SDP, fornecida durante 10 dias, representa uma melhora de 1 ponto de CA e 10 g de ganho de peso a mais. Os pesquisadores Swick e Iji, da Universidade de Nova Inglaterra, em Armidale, Austrália, conduziram uma série de pesquisas que no geral confirmam os resultados mencionados na tabela anterior. Avaliando a inclusão de 5 ou 10 kg de SDP por tonelada de ração pré-inicial fornecida durante os primeiros 10 dias, obtiveram melhora de mais de 70 g no ganho de peso na fase avaliada (aos 35 dias de vida) e 10 pontos de CA nos animais utilizando plasma, em comparação com o grupo controle (Tabela 4). Em outro estudo (tabela 5) Swick (2015 b) mostrou claramente que a


Tabela 7. Resultados de uma granja comercial em uma integração de frangos de corte na Europa (2016). Ciclo 1 Grupo Controle

Plasma

Peso Final (g)

2168

CA

Ciclo 2

Dif.

Dif.

Grupo Controle

Plasma

Dif.

Geral

2243

+75

2242

2289

+47

+60

1,65

1,59

-0,06

1,60

1,51

-0,09

-0,075

Custo/kg de Peso Vivo (€)

0,54

0,52

-0,02

0,52

0,50

-0,03

-0,025

Mortalidade (%)

4,24

2,94

-1,30

4,11

3,39

-0,72

-1,01

Kg por m2

43,03

44,88

+1,85

46,01

45,87

-0,14

+1,71

Ganho por ave (€)

0,01

0,09

+0,08

0,12

0,18

+0,06

+0,07

resposta das aves ao serem suplementadas com SDP depende do tempo de fornecimento e nível de inclusão. Como se esperava a resposta na eficiência alimentar aumentou com o fornecimento prolongado e níveis mais altos de SDP. No tratamento com 20 kg de SDP por tonelada de ração, por 10 dias, observou-se melhora de CA superior a 10 pontos em comparação com o grupo controle. No mesmo

centro de pesquisa, Iji (2016) também observou melhorias na eficiência alimentar, no entanto a resposta máxima encontrada neste teste foi com o fornecimento de 10 kg de plasma por tonelada de ração, durante os primeiros 10 dias de vida (tabela 6). Uma integração europeia de frangos de corte realizou recentemente um teste em dois ciclos, utilizando SDP na primeira ração. Observou-se

Tabela 8. Estudo realizado em granja comercial de frangos de corte nos EUA com 100.000 aves

Peso Corporal aos 7 dias (g)

Convencional

2% de SDP por 10 dias

Diferença

150

160

+6,7%

Peso Final (g)

3250

3320

+2,2%

Ajuste de CA

1,723

1,693

-1,7%

Mortalidade (%)

3,04

3,57

+18,0%

Custo com alimentação

+2,3%

Rendimento de carcaça

+0,7%

Proporção de carne branca

+3,6%

Tabela 9. Estudo em granja comercial no Canadá utilizando plasma até os 10 dias de vida, inclusão de 20 kg de SDP/t. Dados de galpões de 45.000 aves pareados e dois ciclos consecutivos Peso corporal aos 31 dias CA

Grupo Controle

SDP (20 kg/t)

Diferença

1792 g

1778 g

-0,8%

1,66

1,60

-4,0%

Mortalidade

4,23%

3,26%

-23%

Frangos condenados

2,42%

1,17%

-51%

um resultado de 60 g de incremento ao peso corporal e melhora de 6 e 9 pontos na CA ao comparar com o grupo controle. Juntamente com a melhora na mortalidade, houve redução de 2 a 3 centavos de Euro no custo da alimentação por kg de peso vivo. A melhora na eficiência alimentar e ganho de peso compensaram o preço da dieta pré-inicial ao produzir 7 centavos de euro em benefícios obtidos pela ave (tabela 7). Os resultados de um extenso estudo em condições comerciais nos EUA estão expostos na tabela 8. Os frangos de corte foram alimentados com 20 kg de SDP por tonelada de ração pré-inicial e antibiótico promotor de crescimento, durante os primeiros 10 dias e as aves excederam os 3 kg de peso vivo. Mais uma vez observou-se melhora de 70 g no peso final e 3 pontos na CA. O resultado da receita menos o custo de alimentação melhorou em 2,3%, embora o maior retorno econômico neste estudo tenha sido gerado pelo rendimento de carcaça e aumento na proporção de carne branca. Um estudo em menor escala, no Canadá, não apresentou melhora na taxa de crescimento, mas uma redução de 0,04 em CA e uma redução significativa de 50% no índice de condenação carcaça (tabela 9). O estudo comercial mais recente foi realizado por integração de frangos de corte na região Norte do Brasil. Os frangos foram alimentados com 20 kg de SDP/ t em dieta pré-inicial, durante 10 dias de idade e excederam os 2,7 kg de peso vivo final. Durante o primeiro ciclo as aves eram menores no momento do fornecimento de plasma e somente apresentaram ganho de dois pontos em CA. O ciclo seguinte, realizado na mesma granja, foi caracterizado por aves 100 gramas mais pesadas e que apresentaram, surpreendentemente, um resultado de 18 pontos em CA. Nos dois ciclos a vantagem econômica foi de R$ 0,30 por ave, representando um retorno de 7:1 sobre o investimento em SDP. As referências bibliográficas estão disponíveis mediante consulta. A Revista do AviSite

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AviGuia

Orgulho para a equipe

Zoetis comemora 25ª edição do Curso de Sanidade Avícola

Participantes da 25ª do Curso de Sanidade Avícola A Zoetis realizou em Jaguariúna (SP) neste mês de Setembro a 25ª edição do Curso de Sanidade Avícola. Com uma grade que mesclou a parte teórica e prática, o curso é muito tradicional por levar a realidade do campo às discussões e análises feitas por especialistas. Cerca de 60 participantes acompanharam o curso. De acordo com Eduardo Muniz, Gerente Técnico de Aves da Zoetis,

Eduardo Muniz: Evento é a “menina dos olhos” da Zoetis esta é uma semana muito especial para a empresa. “O curso é a ‘menina dos olhos’ da Zoetis, que possui um viés extremamente técnico e procura, acima de tudo, levar as informações ao campo visando a sua evolução”, disse. “Esta foi uma edição histórica, por ser a 25ª, e é um orgulho fazer parte desta evolução, principalmente pela formação dos profissionais, com o auxílio nas tomadas de decisão”, destacou.

Para registrar

Níveis de energia na produção de frangos de corte é tema de palestra promovida pela Orffa A Orffa, seguindo sua filosofia de levar conhecimento ao mercado com o avanço de pesquisas - investindo cerca de 1milhão de Euros em pesquisas técnicas - realizou em Rio Claro (SP) no último mês de Setembro um evento para produtores de frango no qual foi apresentada a palestra “Atualização dos Níveis de energia na produção de frangos de corte”. O convidado para a apresentação foi o consultor Antonio Froilano.

Da esquerda para a direita, o Consultor Antonio Froilano, Marcos Banov e Luiz Gustavo Rombola (ambos da Orffa).

48 A Revista do AviSite


A Revista do AviSite

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Estatísticas e Preços

Produção e mercado em resumo Produção de pintos de corte Agosto/2017 531,982 Milhões | -2,72%

Produção de carne de frango* Agosto/2017 1.105,188 Mil toneladas | -1,93%

Exportação de carne de frango Agosto/2017 407,568 mil toneladas | +14,08%

Disponibilidade interna* Agosto/2017 697,620 Mil toneladas | -9,37%

Farelo de Soja Setembro/2017 R$955,00 | -24,09%

Milho Setembro/2017 R$29,85 | -29,93%

Desempenho do frango vivo Setembro/2017 R$2,50 | -19,29%

Desempenho do ovo Setembro/2017 R$74,48 | +2,25%

*Os números referem-se ao potencial de produção de carne de frango e ao potencial de disponibilidade interna. Todas as porcentagens são variações anuais.

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A Revista do AviSite

Frango vivo obtém nova valorização depois de seis meses

N

o cenário internacional, as projeções divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em relação aos países integrantes da união europeia para 2018 estimam que as exportações brasileiras corresponderão a cerca de 45% dos embarques efetuados para lá em 2017. Aliás, o volume total previsto a ser importado pelo bloco – 720 mil toneladas – deve permanecer o mesmo em 2018. O Brasil tem perdido espaço para a Tailândia que, em 2017, deve embarcar quase 38% das compras do bloco. De toda maneira, é previsto que os dois percam espaço no ano que vem para a Ucrânia que fez um acordo de livre comércio e está posicionada bem próximo do bloco europeu.

N

o cenário nacional, os dados do IBGE relativos aos seis primeiros meses de 2017 mostram que embora o número de cabeças de frango processadas em estabelecimentos sob inspeção (federal, estadual ou municipal) tenha recuado mais de 2%, o volume de carne aumentou 0,6%. Ou seja, os dados confirmam crescimento superior a 2,7% no peso médio do frango abatido. No âmbito das exportações, continua a haver recuperação no espaço perdido após a deflagração da operação Carne Fraca em meados de março. Em agosto último o volume embarcado superou as 407 mil toneladas e contribuiu para que o acumulado no ano tenha ficado apenas 2,7% abaixo do alcançado no mesmo período do ano passado. Em setembro, mês mais curto, esse volume deve ficar pouco acima das 380 mil toneladas, bem próximo do alcançado no mesmo mês do ano anterior. Já no último trimestre os embarques devem ser superiores à média alcançada no mesmo período de 2016 (cerca de 329 mil ton/mês). No mercado do frango vivo (interior de SP) após seis meses com preço médio estabilizado em R$2,50, finalmente houve nova valorização nos negócios realizados.


Produção de pintos de corte

Retração de 4,7% no acumulado do ano

L

EVOLUÇÃO MENSAL MILHÕES DE CABEÇAS

MÊS

2015/2016

2016/2017

VAR. %

Setembro

555,216

497,702

-10,36%

Outubro

581,602

510,632

-12,20%

Novembro

497,604

525,170

5,54%

Dezembro

572,410

560,266

-2,12%

Janeiro

560,408

535,647

-4,42%

Fevereiro

538,403

494,423

-8,17%

Março

561,478

517,196

-7,89%

Abril

540,962

508,875

-5,93%

Maio

542,145

522,835

-3,56%

Junho

551,131

526,325

-4,50%

Julho

514,831

515,254

0,08%

Agosto

546,836

531,982

-2,72%

Em 08 meses

4.356,193

4.152,538

-4,68%

Em 12 meses

6.563,025

6.246,308

-4,83%

Fonte dos dados básicos: APINCO – Elaboração e análises: AVISITE

PRODUÇÃO EM PERÍODO DE DOZE MESES Janeiro de 2015 a Agosto de 2017 Bilhões de cabeças

6,246 6,259 6,285 6,309 6,323 6,375 6,405 6,425 6,449 6,462 6,478 6,506 6,526 6,569 6,607 6,621 6,628 6,627 6,568 6,563 6,506 6,435 6,462 6,450 6,425 6,381 6,337 6,305 6,286 6,261 6,261 6,246

evantamento nacional efetuado pela Associação Brasileira dos Produtores de Pintos de Corte junto às empresas produtoras indica que o volume de pintos de corte produzido em agosto alcançou cerca de 532 milhões. O total alcançado, mais exatamente 531,982 milhões, representa 3,3% de aumento sobre o mês anterior. Realmente, sob a perspectiva do número de dias, a produção diária de agosto é maior. Entretanto, considerando o número de nascimentos, o volume de agosto é bem inferior pois teve dois nascimentos a mais. Na comparação com o mesmo mês do ano passado houve redução de 2,7% pois lá o volume produzido superou os 546 milhões. Aliás, o índice alcançado na comparação anual de agosto é o mesmo verificado entre o segundo quadrimestre deste ano e o mesmo período do ano passado. O volume alcançado, pouco mais de 2,096 bilhões de cabeças, equivale, praticamente, a mesma produção efetivada no segundo quadrimestre de três anos atrás, ou seja, no período maio/agosto de 2014. Agora, passados dois terços do ano o total acumulado alcança cerca de 4,152 bilhões de cabeças e representa redução de 4,7% sobre o alcançado no mesmo período do ano passado. Projetado para a totalidade do ano o volume mensal de 519 milhões indica cerca de 6,229 bilhões de cabeças, representando cerca de 3,4% de redução anual. Volume próximo do produzido no acumulado dos últimos doze meses encerrados em agosto quando alcançou 6,246 bilhões. Acompanhamento do volume produtivo em período de doze meses indica que o total alcançado nos últimos dozes meses (setembro de 2016 a agosto de 2017) retorna ao mesmo volume de janeiro de 2015. De lá pra cá, o volume anualizado foi crescendo até o bimestre maio/junho de 2016 para, então, começar a regredir até o momento atual.

J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A

2015

2016

2017 A Revista do AviSite

51


Estatísticas e Preços Produção de carne de frango

Índice de redução superior a 4% no ano e em doze meses

A

EVOLUÇÃO MENSAL MIL TONELADAS

MÊS

2015/2016

2016/2017

VAR. %

Setembro

1.140,389

1.073,328

-5,88%

Outubro

1.188,835

1.125,320

-5,34%

Novembro

1.164,188

1.035,096

-11,09%

Dezembro

1.122,573

1.099,989

-2,01%

Janeiro

1.156,035

1.170,310

1,23%

Fevereiro

1.116,196

1.032,492

-7,50%

Março

1.197,361

1.134,631

-5,24%

Abril

1.146,531

1.092,666

-4,70%

Maio

1.172,248

1.100,587

-6,11%

Junho

1.102,260

1.062,401

-3,62%

Julho

1.172,162

1.118,405

-4,59%

Agosto

1.126,977

1.105,188

-1,93%

Em 08 meses

9.189,770

8.816,680

-4,06%

Em 12 meses

13.805,755

13.150,413

-4,75%

Fonte dos dados básicos: APINCO - Projeções e análises: AVISITE

ACUMULADO EM PERÍODO DE 12 MESES

3,1%

2,2%

AGO SET

1,3%

OUT

2016

52

A Revista do AviSite

0,1%

NOV

-0,2%

DEZ

-0,4%

JAN

-1,6%

FEV

-2,4%

-3,2%

MAR ABR

-4,0%

MAI

2017

-4,4%

JUN

13,150

13,172

13,226

13,266

13,337

13,391

13,454

13,538

13,524

13,546

13,675

13,739

13,806

Agosto de 2016 a agosto de 2017 Milhões de toneladas

-5,0% -4,7%

JUL

AGO

projeção de carne de frango levantada pela APINCO baseada no Alojamento de pintos de corte efetivado entre a segunda quinzena de junho e a primeira quinzena de julho indica que o volume produzido em agosto alcançou pouco mais de 1,100 milhão de toneladas. O volume alcançado – 1.105.188 toneladas – representou queda anual de quase 2%. Em relação ao mês anterior, o índice de redução foi menor, de 1,2%. O fechamento dos primeiros oito meses do ano assinala 8,817 milhões de toneladas, representando mais de 4% de redução sobre o mesmo período de 2016. O volume mensal alcançado – 1,102 milhão de toneladas – projeta para o corrente ano cerca de 13,225 milhões. Se alcançado, representará 2,2% de redução sobre a produção de 2016 quando o volume produzido atingiu 13,523 milhões de toneladas. Por ora, nos últimos dozes meses (setembro de 2016 a agosto de 2017) o volume produzido de 13,150 milhões de toneladas equivale a 4,7% de redução sobre o mesmo período imediatamente anterior. Nesse sentido, analisando um período mais longo, mesmo diante da grave crise que persiste no país impactando toda a economia, a avicultura de corte manteve ritmo produtivo crescente até meados de 2016. Lá, alcançou o maior volume produzido em período de doze meses (13,872 milhões entre agosto de 2015 a julho de 2016). Desde então, vem reduzindo gradativamente o volume. E, mesmo ajustando o ritmo produtivo e recuperando mercados exportados, o volume disponibilizado no mercado interno continua mais que suficiente para atender a demanda existente. Dessa forma, não se espera crescimento acentuado no volume dos últimos quatro meses restantes do ano, considerando que o mercado interno representa dois terços do consumo de carne de frango produzida. Aliás, pelas indicações de alojamentos anteriores, é certo que o total de carne de frango produzido no bimestre setembro/outubro se confirmará abaixo do alcançado no ano passado.


Exportação de carne de frango

O 3º maior volume da história nos embarques de frango

P

EVOLUÇÃO MENSAL MIL TONELADAS

MÊS

2015/2016

2016/2017

VAR. %

360,974

380,502

5,41%

Outubro

324,109

308,077

-4,95%

Novembro

379,685

321,468

-15,33%

Dezembro

392,701

356,915

-9,11%

Janeiro

311,004

354,971

14,14%

Fevereiro

314,567

325,372

3,43%

Março

398,019

374,623

-5,88%

Abril

412,756

317,708

-23,03%

Setembro

Maio

385,579

344,662

-10,61%

Junho

406,280

362,965

-10,66%

Julho

356,209

375,633

5,45%

Agosto

357,256

407,568

14,08%

2.941,670

2.863,503

-2,66%

4.399,139

4.230,465

-3,83%

Em 08 meses

Em 12 meses

Fonte dos dados básicos: SECEX/MDIC

EXPORTAÇÃO EM PERÍODO DE 08 MESES

2010 2011 2012 2013 2014

2015

2016

2,864

2,768

2,606

2,563

2,617

2,593

2,942

Janeiro a agosto 2010 a 2017 Milhões de Toneladas

2,514

ela quarta vez na história do setor, as exportações brasileiras de carne de frango superaram a marca das 400 mil toneladas mensais, alcançando o terceiro maior volume de todos os tempos. Em agosto, os embarques do produto - abrangendo cortes de frango, frango inteiro, industrializados de frango e carne de frango salgada – somaram 407,6 mil toneladas, superando em 8,5% o exportado no mês anterior e em mais de 14% o registrado em agosto de 2016. Acima desse resultado só as 412,7 mil toneladas de abril de 2016 e as mais de 440 mil toneladas de julho de 2015. Igualmente significativo foi o aumento na receita cambial, que somou US$678,7 milhões. Ela aumentou cerca de 12% de julho para agosto e 12,57% em relação a agosto do ano passado. Completados dois terços do ano, o volume acumulado segue negativo, mas em índices cada vez menores, pois os 2,864 milhões de toneladas até agora exportados estão apenas 2,66% abaixo do registrado no mesmo período de 2016. Contra, por exemplo, uma variação negativa de quase 7% no fechamento do primeiro semestre. Assim, aos poucos, o setor vai se recuperando dos problemas que foram ocasionados com a deflagração da Operação Carne Fraca. Por sinal, mantida no quadrimestre final do ano a média atual, o total exportado em 2017, em torno de 4,3 milhões de toneladas, ficará muito próximo do registrado em 2016 (4,309 milhões de toneladas). Porém, repetindo-se a média do segundo quadrimestre do ano – 372,7 mil toneladas/mês entre maio e agosto – o total anual superará os 4,350 milhões de toneladas, constituindo-se em novo recorde do setor. Por ora, porém, o volume acumulado nos últimos doze meses – setembro de 2016 a agosto de 2017 – alcança 4,230 milhões de toneladas e equivale a 3,8% de redução sobre o mesmo período imediatamente anterior.

2017

A Revista do AviSite

53


Estatísticas e Preços Disponibilidade Interna de Carne de Frango

Redução em nada altera as condições de consumo

P

Evolução Mensal MIL TONELADAS

2015/2016

2016/2017

VAR. %

Setembro

MÊS

779,415

692,826

-11,11%

Outubro

864,726

817,243

-5,49%

Novembro

784,503

713,628

-9,03%

Dezembro

729,872

743,074

1,81%

Janeiro

845,031

815,339

-3,51%

Fevereiro

801,629

707,120

-11,79%

Março

799,342

760,008

-4,92%

Abril

733,775

774,958

5,61%

Maio

786,669

755,925

-3,91%

Junho

695,980

699,436

0,50%

Julho

815,953

742,772

-8,97%

Agosto

769,721

697,620

-9,37%

6.248,100

5.953,177

-4,72%

9.406,616

8.919,948

-5,17%

Em 08 meses

Em 12 meses

Fonte dos dados básicos: APINCO - Projeções e análises: AVISITE

OFERTA EM PERÍODO DE OITO MESES

5,953

6,248

5,887

5,872

5,913

5,588

5,911

6,163

Janeiro a agosto – 2010 a 2017 Milhões de toneladas

2010

2011 2012

54 A Revista do AviSite

2013

2014

2015

2016

2017

elas projeções da APINCO (que estima viabilidade de 96% dos pintos de corte alojados; abate aos 45 dias de idade; e peso médio, abatido, de 2,350 kg para o mercado interno e 1,350 kg para o mercado externo – neste último peso incluídos os “grillers”), a produção de carne de frango em agosto atingiu cerca de 1,105 milhão de toneladas e representou retração mensal e anual de 1,2% e 1,9%, respectivamente. Já as exportações tiveram ótimo resultado e alcançaram o terceiro maior volume embarcado de todos os tempos. Atingiram pouco mais de 407 mil toneladas que representaram aumentos de 8,5% na comparação com julho último e de 14,1% sobre agosto do ano anterior. Como resultado, a oferta interna aparente ficou próximo de 698 mil toneladas, equivalendo a redução de 6,1% em relação ao mês anterior e de 9,4% em relação a agosto do ano passado. Essas reduções pouco alteraram a letargia reinante no mercado interno: o volume foi mais do que suficiente para atender as necessidades do consumidor. Por isso, o frango abatido (grande atacado no mercado paulista) que poderia ter obtido melhores condições de comercialização devido a menor oferta, ainda sofreu queda anual muito maior, em índice superior a 25%. Outrossim, sinal de que o consumo recessivo atinge sobremaneira a avicultura de corte é a constatação que, mesmo após uma redução de 4,7% no volume acumulado no ano e de 5,2% nos últimos doze meses, as disponibilidades continuam superiores à demanda existente. Mesmo assim, é importante destacar o esforço empreendido pelo setor em ajustar a disponibilidade interna ao real mercado consumidor. Nesse sentido, verifica-se que o volume acumulado em oito meses é inferior ao ofertado no mesmo período do último biênio. Projetado para o corrente ano, indica cerca de 8,930 milhões de toneladas. Se alcançado, significará redução de 3,1% sobre o volume disponibilizado em 2016.


Desempenho do frango vivo em setembro e no ano de 2017

Como os cinco meses anteriores, cotação fixa em R$2,50/kg longe dos 30%. Em valores nominais (setembro de 2017 contra setembro de 2016) a redução ficou próxima dos 10%. E quanto ao frango abatido? Tem desempenho melhor? Nem um pouco – é a resposta. Pois a despeito das altas e baixas registradas no decorrer de cada mês, na média destes primeiros nove meses alcançou valor médio (R$3,32/kg) mais de 11% inferior à média registrada nos mesmos nove meses de 2016. É verdade que, no ano passado, obrigado pelos altos custos (que, inclusive, forçaram a redução da produção), o preço do frango abatido esteve bem acima da média. Além disso, a redução atual está compatível com a queda no custo. Mesmo assim é inegável que o faturamento bruto do setor, mesmo com um eventual aumento no volume produzido, vem sendo inferior ao de um ano atrás.

FRANGO VIVO

Evolução de preços na granja, interior paulista – R$/KG Média mensal e variação anual e mensal em treze meses MÊS.

MÉDIA R$/KG

Média anual em 10 anos R$/KG

VARIAÇÃO % ANUAL MENSAL

2008

R$ 1,63

2009

R$ 1,63

SET/16

3,10

7,94%

-1,93%

OUT

3,10

3,93%

0,00%

NOV

3,10

0,00%

0,00%

DEZ

3,02

-1,04%

-2,45%

2011

JAN/17

2,65

-4,19%

-12,43%

2012

FEV

2,63

-0,81%

-0,50%

MAR

2,69

-3,77%

2,26%

ABR

2,50

-6,79%

MAI

2,50

JUN

-7,22%

2014

R$ 2,42

0,00%

0,00%

2015

2,50

-11,02%

0,00%

JUL

2,50

-15,25%

0,00%

AGO

2,50

-20,91%

0,00%

SET

2,50

-19,29%

0,08%

86,7

R$ 2,89

2016

R$ 2,55

2017

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

119,6

116,8

86,6

113,5

86,6

107,1

86,6

102,3

86,6

93,7

86,6

95,7

R$ 2,62

2017 Média 1995/2016 (22 anos)

93,3

100,3

R$ 2,08 R$ 2,47

105,9 91,3

102,8 91,4

Fev

R$ 1,92

2013

Preço relativo em 2017 comparativamente à média de 22 anos (1995/2016) Média mensal do ano anterior = 100

Jan

R$ 1,65

2010

117,5

frango vivo comercializado no interior paulista desencantou! E na ocasião mais improvável: o último dia do mês. No sábado, 30 de setembro, rompeu uma estabilidade que já durava 183 dias (mais de seis meses) e, com o invariável reajuste de cinco centavos, foi negociado por R$2,55/ kg. A surpresa, entretanto, não altera os resultados de setembro, encerrado, como os cinco meses anteriores, com a cotação absolutamente fixa em R$2,50/kg e com valor médio quase 20% menor que o de setembro de 2016. Essa longa estabilidade representou, sem dúvida, situação inédita. E à primeira vista inexplicável. Porque o “sucessor” da ave viva – o frango abatido – atravessou os últimos seis meses apresentando as mesmas variações de sempre: alta no período mais favorável de venda (primeiro decêndio do mês) e baixa praticamente contínua desde a virada da quinzena até o final do mês. O que aponta haver um descolamento (definitivo?) entre frango vivo e abatido na relação de preços. Com esse desempenho, o frango vivo completou os primeiros três quartos de 2017 com um preço médio que, deflacionado, correspondeu ao menor valor dos últimos cinco anos. Em relação aos R$2,47/kg de 2013, por exemplo, a média atual é apenas 3,2% superior. E, de lá para cá, a inflação acumulada não anda muito

116,0

O

Dez

A Revista do AviSite

55


Estatísticas e Preços Desempenho do ovo em setembro e no ano de 2017

Pressões baixistas foram intensas na maior parte do mês nalisando-se o desempenho do ovo em setembro, o que ressalta de imediato é a estabilidade de preços no decorrer das quatro primeiras semanas. Ou seja: se não houve valorização no início do mês (época mais favorável ao comércio), também não se registrou a desvalorização característica de toda virada de quinzena. A realidade, porém, é que tal comportamento ficou limitado exclusivamente ao ovo do tipo extra. Porque, considerado o mercado como um todo, na maior parte de setembro as pressões baixistas foram intensas. A ponto de, na última semana do mês, se refletirem também sobre o ovo extra. A chegada da Primavera e um maior número de poedeiras em produção ajudam a explicar o que pode ter ocorrido: aumentou, e bastante, a oferta de ovos pequenos, fato que denota a existência de mais poedeiras em início de produção. Foi o que levou ao pressionamento do mercado. Que só não cedeu antes porque a disponibilidade do ovo extra esteve restrita na maior parte do período.

OVO BRANCO EXTRA

Evolução de preços no atacado paulistano R$/CAIXA DE 30 DÚZIAS Média mensal e variações anual e mensal em treze meses MÊS.

MÉDIA R$/CXA

Média anual em 10 anos R$/CAIXA

VARIAÇÃO % NO ANO

NO MÊS

R$ 43,62

2008

SET/16

72,84

32,53%

-13,29%

OUT

68,56

11,14%

-5,88%

NOV

68,04

4,55%

-0,76%

2010

DEZ

74,00

11,92%

8,76%

2011

JAN/17

61,42

-3,91%

-17,00%

FEV

84,48

8,89%

37,54%

MAR

88,44

7,30%

4,69%

2013

ABR

91,13

35,77%

3,04%

2014

MAI

83,31

14,81%

-8,58%

JUN

87,04

1,94%

4,48%

JUL

83,62

-3,72%

-3,93%

2016

AGO

80,33

-4,37%

3,93%

2017

SET

74,48

2,25%

-7,29%

2009

R$ 38,63 R$ 37,93 R$ 44,61 R$ 49,11

2012

R$ 57,86 R$ 52,70 R$ 59,47

2015

R$ 75,43 R$ 81,45

Porém, nem mesmo essa aparente estabilidade de mercado evitou que os preços médios de setembro retrocedessem ao menor patamar dos últimos sete meses, ficando acima, apenas, da (baixíssima) cotação registrada em janeiro deste ano. Em relação ao mês anterior o valor médio de setembro foi 7,29% inferior. Mas o que cabe indagar a esta altura é se esse foi um comportamento anômalo. Nem um pouco – é a resposta. Porque, ao contrário de anos anteriores, o ovo vem tendo, em relação ao preço, comportamento muito próximo do observado em uma curva estacional de preços do produto. Exemplificando, historicamente o preço de setembro retrocede, em média, 9,7% em relação a agosto; neste ano o retrocesso foi de 7,3%, apenas 2,4 pontos percentuais de diferença. Também historicamente, o valor alcançado em setembro, após muitas variações nos meses anteriores, tem correspondido a 101,7% do valor médio do ano anterior. Em 2017 corresponde a 99,2%, não mais que 2,5 pontos percentuais de diferença. O aspecto perverso dessa curva é que o preço médio no mês de outubro permanece descendente em relação aos meses anteriores, tendendo a recuar ao segundo menor preço do ano. Como o volume de poedeiras comerciais que iniciam a produção segue ascendente, o comportamento histórico tende a se repetir também neste décimo mês de 2017.

100,2

101,2

101,7 99,2

112,6 106,7

117,2

114,7 111,1

Mai

115,6

110,7 109,3

121,1 111,5

120,7 117,5

112,2

Abr

2017 Média 2001/2016 (16 anos)

Ago

Set

Out

Nov

81,6

92,5

115,2

Preço relativo em 2017 comparativamente ao período 2001/2016 (16 anos) Média mensal do ano anterior = 100

Jan

56

Fev

A Revista do AviSite

Mar

Jun

Jul

111,3

A

Dez


Milho e Soja Preço do milho registra aumento em setembro

Farelo de soja registra terceira queda consecutiva

O preço do milho registrou valorização no mês de setembro. O preço médio do insumo, saca de 60 kg, interior de SP, fechou o mês cotado a R$29,85, valor 9,3% acima da média alcançada pelo produto em agosto, quando ficou em R$27,32. A disparidade de preço do milho em relação ao ano anterior continua grande. O valor atual é quase 30% menor, já que a média de setembro de 2016 foi de R$42,60 a saca.

O farelo de soja (FOB, interior de SP) registrou queda pelo terceiro mês consecutivo em setembro de 2017. O produto foi comercializado pelo preço médio de R$955/t, valor 1% inferior ao praticado no mês de agosto – R$965/t. Em comparação com setembro de 2016 – quando o preço médio era de R$1,258/t – a cotação atual registra queda de 24,1%.

Valores de troca – Farelo/Frango vivo Valores de troca – Milho/Frango vivo O frango vivo (interior de SP) fechou o mês de setembro cotado novamente a R$2,50/kg – alcançando índice 0,1% superior à média de agosto de 2017. A valorização do milho e a manutenção do frango vivo piorou o poder de compra do avicultor. Nesse mês, foram necessários 199 kg de frango vivo para se obter uma tonelada de milho, considerando-se a média mensal de ambos os produtos. Este volume representa 8,5% de queda no poder de compra em relação ao mês anterior, pois, em agosto, a tonelada do milho “custou” 182,1 kg de frango vivo.

A queda registrada no preço do farelo de soja e a manutenção na cotação do frango vivo no mês de setembro fez com que fossem necessários 382 kg de frango vivo para adquirir uma tonelada do insumo, significando melhora de 1% no poder de compra do avicultor em relação a agosto, quando 386 kg de frango vivo obtiveram uma tonelada do produto. Na comparação em doze meses a melhora alcançou 6,2% já que lá foram necessários 405,8 kg para adquirir o cereal.

Valores de troca – Farelo/Ovo O preço do ovo, na granja (interior paulista, caixa com 30 dúzias), sofreu nova queda mensal em setembro e fechou à média de R$68,48, valor 7,9% abaixo do alcançado no mês anterior, quando o produto foi negociado por R$74,33. Com a queda no preço dos ovos e aumento no milho houve nova baixa no poder de compra do avicultor. Em setembro foram necessárias 7,3 caixas de ovos para adquirir uma tonelada do cereal. Em agosto, foram necessárias 6,1 caixas/t, queda de 15,7% na capacidade de compra do produtor.

Preçomédio médioMilho Milho Preço

setembro setembro outubro outubro novembro novembro dezembro dezembro janeiro janeiro fevereiro fevereiro março março abril abril maio maio junho junho julho julho agosto agosto setembro setembro

53,00 53,00 51,00 51,00 49,00 49,00 47,00 47,00 45,00 45,00 43,00 43,00 41,00 41,00 39,00 39,00 37,00 37,00 35,00 35,00 33,00 33,00 31,00 31,00 29,00 29,00 27,00 27,00

R$/sacade de60kg, 60kg,interior interiorde deSP SP R$/saca

2016 2016

2017 2017

MédiaSetembro Setembro Mínimo Média Mínimo R$26,50 26,50 R$ R$ R$

29,85 29,85

De acordo com os preços médios dos produtos, em setembro foram necessárias aproximadamente 13,9 caixas de ovos (valor na granja, interior paulista) para adquirir uma tonelada de farelo de soja. O poder de compra do avicultor de postura em relação ao farelo registrou queda mensal de 6,9%, já que, em agosto, 13 caixas de ovos adquiriam uma tonelada de farelo. Em relação a setembro de 2016 houve aumento de 35% no poder de compra, pois naquele período a tonelada de farelo de soja custou, em média, 18,8 caixas de ovos.

Preçomédio médioFarelo Farelode desoja soja Preço R$/toneladaFOB, FOB,interior interiorde deSP SP R$/tonelada

1600 1600 1500 1500 1400 1400 1300 1300 1200 1200 1100 1100 1000 1000 950 950 900 900 850 850 800 800 750 750

setembro setembro outubro outubro novembro novembro dezembro dezembro janeiro janeiro fevereiro fevereiro março março abril abril maio maio junho junho julho julho agosto agosto setembro setembro

Valores de troca – Milho/Ovo

2016 2016

Máximo Máximo R$ 32,50 R$ 32,50

Fonte das informações: www.jox.com.br

Mínimo Mínimo 940,00 R$ R$ 940,00

2017 2017

Média Setembro Setembro Média Máximo Máximo 980,00 R$ R$ R$ 980,00 R$

955,00 955,00

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Ponto Final

Luciano Lagatta é médico veterinário e Coordenador do Programa Estadual de Sanidade Avícola e Diretor Técnico do Centro de Defesa Sanitária Animal (CEDESA), da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA/SAA-SP)

O

s primeiros relatos que me recordo sobre a ocorrência de focos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) ocorreram no final dos anos 90, ocasião em que se concentravam na Ásia. Já no início do século XXI, me recordo que o número de focos de IAAP aumentou significativamente, a doença foi notificada na Ásia, África e Europa. Mais recentemente focos também foram notificados na América do Norte. Entre os grandes produtores e exportadores de carne de frango e de material genético, o Brasil é o único país que continua sem registrar focos de IAAP em seu território. Alguns autores atribuem, como um dos fatores contribuintes para isto, o posicionamento geográfico do país em relação às rotas de aves migratórias. No entanto, em virtude da importância da atividade para o país e no âmbito do sistema de Defesa Sanitária Animal, o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) publicou uma série de instrumentos legais para viabilizar o Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA), cuja execução é pautada nas ações de vigilância epidemiológica (ativa e passiva) para as principais doenças aviárias de notificação á OIE, no presente caso a IAAP, e a adoção de medidas de biosseguridade pelos estabelecimentos avícolas. Entre as atividades desenvolvidas para vigilância da IAAP, são realizados o monitoramento em aves migratórias, silvestres e de subsistência localizadas em sítios de aves migratórias, dentre os quais, no Estado de São Paulo, o MAPA reconhece o complexo estuarino-lagunar de Cananéia-Iguape-Ilha Comprida. Também são realizadas atividades relacionadas à colheita de material biológico de aves de descarte (reprodutoras e poedeiras comerciais), o atendimento a notificação de mortalidade e/ou de sintomatologia neurológica e/ou respiratória em aves. Com relação às medidas de biosseguridade, o MAPA publicou em 2007, a Instrução Normativa n° 56, que estabeleceu os procedimentos para registro e fiscalização de estabelecimentos avícolas de reprodução e comerciais, e que completará uma década no final deste ano. Durante este período foram publicadas e direcionadas aos estabelecimentos avícolas comerciais, por meio das IN n° 59/2009, 36/2012, 10/2013, 08/2017 e 18/2017, diversas alterações em seus

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Número de registros de granjas em SP já atingiu 44,5% dos estabelecimentos artigos, parágrafos e incisos (prazos, padrões métricos e outros), em atendimento às demandas do próprio setor. Inicialmente os criadores comerciais apresentavam-se resistentes às mudanças dos paradigmas relacionados à adoção de medidas de biosseguridade contempladas pelas normativas e não compreendiam sua importância, alegavam que não haviam encontrado tempo hábil e reclamavam dos custos para implantação das medidas preconizadas e também da própria burocracia do Estado. Lembrado que as medidas de biosseguridade não representam um custo, mas sim um investimento. Esta informação corrobora com o que foi observado na prática, ou seja, até o ano de 2010 não havia nenhum estabelecimento avícola comercial registrado no Serviço Veterinário Oficial (SVO), do Estado de São Paulo, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA). Em 2015 o número de registros era de, aproximadamente, 12%, quando já eram relatados focos de IAAP nos Estados Unidos. Ocasião em que o Secretário da Agricultura, Deputado Arnaldo Jardim, e o Coordenador da CDA, Fernando Buchala, realizaram diversas reuniões de educação sanitária pelo Estado de SP para conscientizar os profissionais das integradoras e os criadores de aves de corte e de postura sobre a importância da adoção das medidas de biosseguridade para os estabelecimentos avícolas comerciais para a prevenção da IAAP, e outras doenças. Após estas reuniões, a desmistificação quanto aos custos de implantação das medidas de biosseguridade e a desburocratização dos trâmites processuais, pela coordenação do Programa Estadual de Sanidade Avícola (PESA), o número de registros no Estado de SP atingiu 31,5% em 2016 e, atualmente (setembro 2017), representa cerca de 44,5% dos estabelecimentos avícolas comerciais registrados. Sendo, aproximadamente, 40% representando aves de corte, 30% aves de postura e 25% outras aves. A coordenação do PESA estima que até o final deste ano, o número de estabelecimentos avícolas comerciais registrados, no SVO do Estado de São Paulo, chegará a 70%. Vale a pena fazer menção à importância da participação da Associação Paulista de Avicultura, que tem sido fundamental para auxiliar nas atividades de vigilância epidemiológica e nos procedimentos relacionados aos processos de registro de estabelecimentos avícolas comerciais. Assim, para finalizar esta coluna, cabe lembrar que o sistema de Defesa Sanitária Animal é uma estrutura constituída de normas e ações que integram os sistemas públicos e privados, e que compartilham as responsabilidades para preservar e assegurar a qualidade sanitária das produções animais de interesse econômico, objetivando a manutenção e a expansão do mercado consumidor aos produtos avícolas brasileiros.


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Ponto Final

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