Edição 119 Revista do AviSite

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A Revista do AviSite

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QUEM USA SEMPRE, LARGA NA FRENTE.

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A Revista do AviSite

Copyright Zoetis Indústria de Produtos Veterinários Ltda. Todos os direitos reservados. Material produzido em setembro/2017.

Editorial


Sumário Guia AviSite 2018

19 Análises Personalidades dão suas opiniões

24 Entidades 30

As perspectivas do associativismo

USDA Órgão faz previsões para 2018 e analisa 2017

do setor avícola, 46 Vitrine Paraná foi palco da V do

Workshop Sindiavipar Encontro abordou assuntos técnicos e também a gestão de pessoas

destaca saúde 16 CBNA intestinal e imunidade em

aves e suínos em sua reunião anual Evento reuniu mais de 200 participantes em uma nova abordagem do tema que tem tirado o sono do produtor

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Eventos

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As 8 notícias mais lidas no AviSite e Há 10 anos

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Notícias Curtas Resistência microbiana tem programa de prevenção

37

Novus: Proteger o rendimento dos frangos de corte: oito bilhões de aves não mentem

54

AviGuia Cargill Nutrição Animal e CHR-Hansen são as novas mantenedoras da FACTA

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Anpario: Utilização de Fitogênicos em Nutrição Animal

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Idexx: RealPCR™: uma ferramenta avançada a ser aplicada na detecção do Mycoplasma

43

Adisseo: Bacillus subtilis 29784: cepa específica que garante os benefícios antiinflamatórios das moléculas melhoradoras de desempenho

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Estatísticas e preços 58 59 60 61 62 63 64 65

Produção e mercado em resumo Pintos de corte Produção de carne de frango Exportação de carne de frango Oferta Interna Desempenho do frango vivo em novembro Desempenho do ovo em novembro Matérias-primas

Informes Técnico-Comerciais Tectron: Programa Nutricional Quality Imune Tectron, nutrição de performance para linhagens do mercado brasileiro

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Editorial

2017, ano de desafios superados. 2018, ano de retomada. Com cautela! Empreender não é tarefa fácil, principalmente no Brasil. Ainda mais em mercados competitivos como a avicultura. Por isso, e devido ao ano extremamente conturbado nos cenários político e econômico, a avaliação das lideranças do setor é positiva. Some-se à instabilidade a imprevisibilidade de eventos paradoxais como a operação carne-fraca: em ultima análise, foi o país prejudicando a si próprio, com uma atabalhoada operação, de cunho muito mais midiático do que efetivamente preocupada em resguardar o consumidor e melhorar práticas produtivas. Mas o importante é que o setor conseguiu superar estes desafios e permanece firme em busca de um 2018 com consolidação maior. Porém nos cenários econômicos e políticos há trovoadas no horizonte: afinal, será ano de eleições nacionais, e a economia mostra sinais fracos de recuperação, o que faz com que o setor tenha um otimismo cauteloso. Veja em detalhes a visão das lideranças, as perspectivas de 2017 e previsões para 2018: • Francisco Turra, ABPA: “reflexos da carne-fraca serão totalmente superados” - página 20 • USDA: “Produção de carne de frango do Brasil cresce 2,63% em 2017 e 2,26% em 2018” - página 30 • Ariovaldo Zanni, Sindirações: “2017 deve registrar aumento de 1,8% na produção de rações destinadas à avicultura” - página 26 • Alberto Inoue: “Vacinas avíárias: um mercado em movimentação” - página

Mundo Agro Editora Ltda. Rua Erasmo Braga, 1153 13070-147 - Campinas, SP

ISSN 1983-0017 nº 119 | Ano X | Dezembro/2017

EXPEDIENTE Publisher Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Redação Érica Barros (MTB 49.030) imprensa@avisite.com.br Comercial Karla Bordim (19) 3241 9292 comercial@avisite.com.br Diagramação e arte Mundo Agro e Innovativa Publicidade luciano.senise@innovativapp.com.br Internet Gustavo Cotrim webmaster@avisite.com.br Administrativo e circulação Caroline Esmi financeiro@avisite.com.br Colaboradora da edição Márcia Midori agronoticia@gmail.com

Os informes técnicoempresariais publicados nas páginas da Revista do AviSite são de responsabilidade das empresas e dos autores que os assinam. Este conteúdo não reflete a opinião da Mundo Agro Editora.

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Eventos

2018 Janeiro

Setembro

30 a 01/02

12 a 14

IPPE (International Production & Processing Expo) Local: Georgia World Congress Center, Atlanta , EUA Realização: US Poultry & Egg Association Informações: www.ippexpo.com

Fevereiro 5a9

Show Rural Coopavel - 30 anos Local: Cascavel, PR Realização: Coopavel Informações: www.showrural.com.br

Março 20 a 22

XVI Congresso APA de Produção e Comercialização de Ovos Local: Centro de Convenções de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto - SP Realização: APA Informações: www.congressodeovos.com.br

Local: Unesp - Campus de Jaboticabal Realização: Unesp - Campus de Jaboticabal, SP 19 a 21

Conferência Facta

Local: Campinas, SP Realização: Facta Informações: www.facta.org.br

Outubro 16 a 18

VIII Clana – Congresso latino americano de nutrição animal Local: Centro de Eventos Expo D. Pedro – Campinas, SP Realização: CBNA e Amena Informações: www.cbna.com.br/site/Noticias/Agenda

Novembro 6a8

Abril

2ª Conferência da PSA (Poultry Science Association) no Brasil

10 a 12

Local: Brasil

Simpósio Brasil Sul de Avicultura Local: Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nês, Chapecó, SC Realização: Nucleovet Site: www.nucleovet.com.br

Julho 13 a 15

Festa do Ovo de Bastos Local: Bastos, SP Realização: Sindicato Rural de Bastos Informações: www.bastos.sp.gov.br/noticia/925/58-festa-do-ovo 24 a 26

IX Encontro Técnico Unifrango Local: Maringá, PR Realização: Integra/ Sindiavipar Informações: ww.integra.agr.br/encontrotecnico

Agosto 21 a 23

12º Simpósio técnico de incubação, matrizes de corte Acav Local: Oceania Park Hotel e Convention Center, Florianópolis, SC Realização: Acav (Associação Catarinense de Avicultura)

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Curso de Atualização em Avicultura de Postura Comercial

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Painel do aLeitor Fale com gente /avisite.portaldaavicultura

Fale com a redação, peça números antigos, faça sua assinatura e anuncie na Revista do AviSite. Entre em contato pelo telefone 19-3241-9292, de 2ª a 6ª feira, das 8h às 17h30.

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As 8 notícias mais lidas no AviSite em Novembro

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Pesquisadora da UFRGS recebe prêmio de melhor trabalho

Frango abatido: melhor preço; mas de forma preocupante

Carnes suína e de aves: produção mundial muito próximas

Sul já registra evolução positiva nos embarques de frango

O estudo “Saúde Intestinal de Frangos de Corte Recebendo Dietas com Diferentes Níveis Proteicos e de Protease”, realizado pela pesquisadora do Departamento de Zootecnia da UFRGS, Andréa Machado Leal Ribeiro, recebeu o Prêmio CBNA de Pesquisa pelo mérito de melhor trabalho científico.

Como previa o próprio setor produtivo, o frango abatido alcançou, em novembro, a melhor média de preços de 2017. No Grande Atacado de S, o produto resfriado foi comercializado por (dados preliminares) cerca de R$3,53/kg, valor 1% superior aos R$3,49/kg de outubro passado.

Os últimos dados da FAO relativos ao triênio 2015-2017 (2015: resultados consolidados; 2016: resultados preliminares; 2017: previsão) mostram que, embora liderando a produção mundial, as carnes avícolas permanecem com um volume muito próximo ao da carne suína.

Embora em recuperação, as exportações brasileiras de carne de frango fecharam os 10 primeiros meses de 2017 sem ter alcançado o mesmo volume de janeiro-outubro de 2016. Mas isso já exclui a principal Região exportadora do Brasil: no Sul, o volume até aqui exportado aumentou 1,05%. Nas outras quatro Regiões os resultados ainda são negativos.

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Ritmo de exportação de carne de frango dos EUA desacelera O USDA mostra que em setembro passado, pelo terceiro mês consecutivo, as exportações norte-americanas de frango foram inferiores às do mesmo mês do ano anterior. Equivalentes ao segundo menor volume embarcado em um espaço de 15 meses, as exportações de setembro somaram 237.289 toneladas,

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Resistência microbiana tem programa de prevenção do MAPA O Ministério da Agricultura instituiu o Programa Nacional de Prevenção e Controle da Resistência aos Antimicrobianos na Agropecuária – AgroPrevine. Instrução Normativa a respeito, de número 41 e datada de 23 de outubro de 2017, foi publicada na edição de 9/11 do Diário Oficial da União.

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EUA: exportação de frango cresceu 7% nos últimos 12 meses

Embarques de carne de frango se igualam aos de 2016

Os dados mais recentes do USDA mostram que mesmo tendo iniciado o segundo semestre de 2017 sem expansão em relação ao ano passado, índice de expansão no acumulado dos oito primeiros meses de 2017 - +3,12% - não é muito diferente do observado no fechamento do primeiro semestre.

O resultado negativo que persistiu nos últimos seis meses desapareceu: o volume de carne de frango in natura exportado em outubro fez com que o total acumulado no ano se igualasse, superando ligeiramente, o que foi exportado nos 10 primeiros meses de 2016.

Há 10 anos no AviSite www.avisite.com.br

Na exportação de frango, Brasil está 25% à frente dos EUA Depois de reduzida a menos de 15% em 2006, a diferença entre as exportações de carne de frango brasileiras e norte-americanas voltaram a aumentar em 2007: entre janeiro e outubro, os embarques efetuados pelo Brasil estavam quase 25% acima dos realizados pelos EUA, média que tende a permanecer no final de 2007. No decorrer deste ano, em apenas duas ocasiões os embarques dos dois países ficaram muito próximos: em junho, quando as exportações dos EUA aumentaram quase 30% em relação ao mês anterior, enquanto as do Brasil sofriam um refluxo de mais de 5%; e em setembro, quando a greve dos fiscais federais agropecuários ocasionou queda de 20% nos embarques brasileiros. Projetadas para a totalidade do ano a partir do que foi embarcado até outubro, as exportações de EUA e Brasil chegarão a 2,586 e 3,225 milhões de toneladas, respectivamente, mantendo-se diferença de 24,74% a favor do Brasil.

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Produção Animal Avicultura


Informe Técnico-Comercial

Programa Nutricional Quality Imune Tectron, nutrição de performance para linhagens do mercado brasileiro “Especialista em nutrição de aves da empresa Cobb Vantress, Dr. Vitor Hugo Brandalize compartilha com a Tectron sua experiência a respeito do importante tema que foi objeto de discussão durante encontro”

A

Tectron, empresa brasileira de Tecnologia e Inovação, reuniu em sua sede em Toledo, Paraná, no dia 07 de novembro, a equipe técnica do segmento de aves para realizar a revisão e atualização do Programa Nutricional Quality Imune Tectron. O Convidado, Dr. Vitor Hugo Brandalize, médico veterinário e especialista em nutrição de aves da empresa Cobb Vantress compartilhou com a equipe técnica da Tectron, sua experiência a respeito desse importante tema. A Cobb Vantress, empresa especializada em genética de aves para produção de corte e assistência técnica para o setor avícola, direciona continuamente investimentos no melhoramento genético das aves objetivando melhorar a conversão alimentar, rendimento de carcaça, ganho de peso e produção de ovos. O Programa Quality Imune Tectron, atende as exigências nutricionais das linhagens modernas de reprodutoras e poedeiras, preenchendo a carência por produtos de performance para a avicultura. O programa foi desenvolvido pela

Tectron especificamente para as fases críticas das matrizes de corte e contribuir principalmente com a uniformidade e viabilidade das aves. Trata-se de um programa completo, composto com tecnologias inovadoras, capazes de atender as necessidades das aves em fase de cria, recria e produção. O Brasil é o segundo maior produtor e maior exportador de carne de frango do mundo. “Sem dúvidas o Brasil é um dos países de maior importância e relevância, na produção de carnes de aves do mundo devido à qualidade, aos mercados que atingiu e a flexibilidade em atender o mercado externo, com mixes de produtos diferenciados”, comenta Dr. Vitor Hugo. Para o Dr. Vitor Hugo Brandalize, “Um bom programa nutricional é muito importante, pois as aves possuem um potencial de crescimento fantástico e a proteção do sistema imunológico ajuda muito na performance das aves. Se você tiver oportunidades para modular o sistema imunológico, serão fatores positivos para o desenvolvimento e produtividade dessas aves.”

Segundo o gerente técnico de matriz pesada da Tectron, Romilton Naves da Silva, que participou do fórum sobre o assunto, o Programa Nutricional Quality Imune Tectron, atende as necessidades dos reprodutores em fases específicas da formação de carcaça e da produção. ‘‘O programa traz vários benefícios para a linhagem, como uma melhor formação do trato gastrointestinal, melhoria da imunidade, redução do estresse na fase de formação, auxílio na formação de reserva no período de pré-postura e melhora a disposição de nutrientes durante a formação dos ovos’’, explica Romilton. Em razão da constante evolução da genética, o objetivo da Tectron é realizar anualmente debates com as principais empresas de genéticas e, proporcionar o aperfeiçoamento da linha nutricional Quality Imune. Nesta primeira reunião foram elencadas as necessidades atuais da nutrição dos reprodutores da Cobb, estudado o manejo e nutrição, visando melhorar a produtividade das reprodutoras de frango de corte. A Tectron zela pela qualidade dos produtos e serviços que oferece ao mercado de produção animal, empenhando dedicação permanente na busca por melhores resultados zootécnico junto de seus clientes. As tecnologias da Tectron disponíveis no mercado nacional e global são frutos de muitos estudos, pesquisas, observações e compreensão das necessidades do mercado de alimentação animal, testadas e desenvolvidas por meio de parcerias com importantes centros de pesquisas e universidades. Tectron, uma empresa que tem orgulho de ser brasileira e fazer a diferença, onde estiver e em tudo o que fizer. A Revista do AviSite

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Empresas

Período de transição

Após impasse, BRF confirma Drummond como CEO

Unidade de Rio Verde, GO, da BRF

A BRF confirmou a nomeação do executivo José Aurélio Drummond Jr. para o cargo de CEO, como antecipou o Valor. O martelo foi batido pelo conselho de administração da companhia. Ex-presidente da Whirlpool para a América Latina e da elétrica Eneva, o executivo é formado em engenharia pela FEI e pós-graduado pela escola de negócios Wharton, dos EUA. Aos 54 anos, Drummond já participa das decisões estratégicas da BRF desde abril, quando foi eleito para o conselho de administração. O executivo assumirá oficialmente o cargo em 22 de dezembro, substituindo Pedro Faria, cuja saída foi anunciada em agosto. “Pedro Faria e José Drummond iniciarão imediatamente período de transição”, informou a companhia. A escolha de Drummond foi cercada de divergências entre os principais acionistas da BRF. Depois de conquistar a preferência do empresário Abilio Diniz, que preside o conselho de administração da empresa, e da gestora de private equity Tarpon, Drummond passou a enfrentar a oposição dos fundos de pensão Previ e Petros, que são os dois maiores acionistas da companhia. Desde a semana passada, porém, a avaliação de fontes próximas à BRF é que Abilio emplacaria Drummond mesmo que à revelia. Na BRF, Drummond terá de concluir a troca das vice-presidências da companhia, nomeando os executivos que comandarão o marketing e a área de integridade. Em reestruturação, a companhia trocou praticamente todos os seus vices em 2017.

A maior

Lucro líquido da Tyson Foods cresceu quase 0,8% no 4º trimestre

A Tyson Foods, maior empresa de carnes dos Estados Unidos, encerrou o quarto trimestre do ano-fiscal de 2017 com lucro líquido de US$ 394 milhões, incremento de 0,78% ante o lucro líquido de US$ 391 milhoes reportado no mesmo período do ano-fiscal anterior. No acumulado do ano-fiscal de 2017, a Tyson teve lucro líquido de US$ 1,774 bilhão, ligeiro aumento de 0,3% sobre o lucro de US$ 1,768 bilhão do ano-fiscal de 2016. Segundo a Tyson, o lucro por ação do ano-fiscal bateu recorde, atingindo US$ 4,79. “O quarto trimestre foi um bom final para outro ano recorde”, afirmou o CEO da Tyson, Tom Hayes, em comunicado. De

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acordo com o executivo, os negócios de carne bovina e de carne de frango tiveram “excepcional” desempenho no quarto trimestre e também em todo o ano-fiscal, gerando caixa para investir em frango e alimentos industrializados. Neste ano, a Tyson avançou no setor de alimentos industrializados, com a aquisição da americana AdvancePierre, que tem foco no fornecimento de carnes para o food service. No quarto trimestre, a receita com vendas da Tyson totalizou US$ 10,1 bilhões, 10,8% mais do que os US$ 9,1 bilhões reportados pela companhia no mesmo intervalo do ano anterior. Em todo o ano-fiscal de 2017, a receita da Tyson atingiu US$ 38,2 bilhões, crescimento de 3,7% em relação aos US$ 36,8 bilhões reportados no ano-fiscal de 2016. Para o ano-fiscal de 2018, a Tyson projeta que o lucro por ação fique entre US$ 5,70 e US$ 5,85, avanço de 7% a 10% na comparação com o lucro por ação do ano-fiscal de 2017. A Tyson também estima economizar US$ 200 milhões no ano-fiscal de 2018. Nesse montante, estão incluídas as sinergias da aquisição da AvancePierre.


COPAGRIL

Certificação internacional da planta frigorífica de aves é renovada Após três dias de auditoria externa em sua planta industrial de abate de aves, a Cooperativa Agroindustrial Copagril conquistou, nesta quinta-feira (09/11), a renovação do certificado internacional de qualidade por cumprir os requisitos do Norma Global de Segurança de Alimentos do British Retail Consortium (BRC). Competência - A certificação demonstra o nível de competência da Copagril em matéria de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), higiene, segurança alimentar e sistemas de qualidade. Reconhecimento - A certificação BRC é reconhecida pela Global Food Safety Initiative (GFSI), um programa que visa harmonizar as normas internacionais de segurança alimentar com o apoio dos maiores varejistas e fabricantes de alimentos do mundo. Sétimo ano consecutivo - Conforme o diretor-secretário da Copagril, Márcio Buss, este é o sétimo ano consecutivo que a cooperativa passa pela auditoria. “Mais uma vez tivemos êxito na conquista da certificação, que além de ter grande relevância no mercado, também é o coroamento do nosso trabalho, de-

monstrando que estamos permanentemente comprometidos com a qualidade dos nossos produtos”, enfatiza. Dia Mundial da Qualidade - A renovação da certificação ocorreu justamente na data em que é celebrado o Dia Mundial da Qualidade, criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) com o objetivo de promover a conscientização mundial do papel que a qualidade tem para o crescimento e a prosperidade organizacional e nacional de um país. Cadeia produtiva - Para ter amplo controle da sua cadeia produtiva de aves, a Copagril conta com uma Unidade de Recria de Matrizes e Produção de Ovos Férteis, dispõe de um sistema de integração de avicultores, assim como tem fábrica de rações e abatedouro de aves. O frigorífico da cooperativa está em operação há 12 anos, seguindo rigorosamente os regulamentos técnicos e comerciais do Brasil e dos países aos quais exporta. Habilitação - A Copagril está habilitada a exportar produtos para Japão, China, Canadá, Chile, México, Peru, Rússia, África do Sul, Europa (27 países) e para países da Lista Geral (mais de 50 países).

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Notícias Curtas

Do MAPA

Resistência microbiana tem programa de prevenção O Ministério da Agricultura acaba de instituir o Programa Nacional de Prevenção e Controle da Resistência aos Antimicrobianos na Agropecuária – AgroPrevine. Instrução Normativa a respeito, de número 41 e datada de 23 de outubro de 2017, está sendo publicada na edição de hoje (9) do Diário Oficial da União. Conforme o MAPA, considerando o conceito de Saúde Única, que estabelece a interdependência entre a saúde humana, animal e ambiental, o AgroPrevine visa ao “fortalecimento das ações para prevenção e controle da resistência aos antimicrobianos na agropecuária, por meio de atividades de educação, vigilância e defesa agropecuária”.

Dentro do objetivo de prevenir, diagnosticar e controlar a resistência aos antimicrobianos na agropecuária, o AgroPrevine promoverá as seguintes atividades relacionadas aos objetivos e intervenções estratégicas estabelecidos no Plano de Ação Nacional para Prevenção e Controle da Resistência aos Antimicrobianos: I - educação sanitária; II - estudos epidemiológicos; III - vigilância e monitoramento da resistência aos antimicrobianos; IV - vigilância e monitoramento do uso de antimicrobianos; V - fortalecimento da implementação de medidas de prevenção e controle de infecções; e VI - promoção do uso racional de antimicrobianos.

In natura

Na pauta, automóvel acelera e se distancia do frango Em novembro, enquanto a receita cambial da carne de frango retrocedeu em relação ao mês anterior (queda de quase 12% na comparação com outubro), a do automóvel aumentou cerca de 10%. Resultado: a diferença entre os dois itens, pequena no acumulado dos 10 primeiros meses do ano, se acentuou, aumentando a distância entre o quinto e o sexto produtos da pauta cambial brasileira. Mesmo assim, a carne de frango (produto in natura, exclusivamente) segue firme, na sexta posição, com uma receita cambial que, em 11 meses, apresenta incremento próximo de 9,5%. Só não ocupa o mesmo quinto lugar de um ano atrás porque os automóveis, neste ano, vêm sendo mais céleres e obtêm, até aqui, uma receita cambial quase 50% maior que a do período janeiro-novembro de 2016. Mas, voltando à carne de frango, sua participação na pauta cambial recuou para menos de 3% - a despeito da receita cambial significativamente maior. Neste caso, não só por culpa dos automóveis, mas também porque outros produtos da pauta vêm registrando incrementos excepcionais. Casos, por exemplo, do minério de ferro e do petróleo em bruto, cujas participações, até o momento, são, respectivamente, 29,73% e 39,26% maiores. Em tempo: não custa repetir, como há um mês, que os dados da SECEX/MDIC relativos à carne de frango estão limitados ao produto in natura. Ou seja: considerados, também, a carne de frango salgada e os industrializados de frango, é bem provável que o frango ainda mantenha a quinta posição.

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EXPORTAÇÃO BRASILEIRA

10 principais produtos da pauta cambial JANEIRO-NOVEMBRO DE 2017 US$ BILHÕES FOB PRODUTO EXPORTADO

RECEITA CAMBIAL

VARIAÇÃO ANUAL

PARTICIPAÇÃO NA PAUTA CAMBIAL % DO TOTAL

VAR. ANUAL

1

Soja em grão (1)

24,804

30,15%

12,39%

10,08%

2

Minério de ferro (2)

17,669

53,38%

8,83%

29,73%

3

Petróleo em bruto (3)

15,45

64,64%

7,72%

39,26%

4

Açúcar em bruto (4)

8,497

14,41%

4,25%

-3,23%

5

Automóveis (9)

6,039

46,79%

3,02%

24,16%

6

CARNE DE FRANGO (5)

5,962

9,43%

2,98%

-7,44%

7

Celulose (6)

5,727

14,06%

2,86%

-3,52%

8

Farelo de soja (7)

4,737

-1,74%

2,37%

-16,89%

9

Carne bovina (10)

4,609

15,83%

2,30%

-2,03%

10

Café em grão (8)

4,181

-3,02%

2,09%

-17,97%

Subtotal 10

97,675

30,09%

48,80%

10,03%

Demais

102,479

8,77%

51,20%

-8,00%

TOTAL

200,154

18,23%

100,00%

-

Fonte dos dados básicos: SECEX/MDIC - Elaboração e análises: AVISITE *Exclusivamente produto in natura – Números entre parênteses indicam posição no mesmo período de 2016.


MDIC

Apoio à exportação só com compromisso do exportador Através de seu Presidente, Ministro Marcos Pereira, do MDIC, o Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior baixou Resolução – Nº 88, de 10 de novembro de 2017 – condicionando o apoio oficial brasileiro à assinatura de Declaração de Compromisso do Exportador. De acordo com o texto publicado na edição de hoje (14) do Diário Oficial da União, a Resolução atende, entre outros, aos compromissos assumidos pelo Brasil como parte da Convenção sobre o Combate da Corrupção de Funcionários Públicos Estrangeiros em Transações Comerciais Internacionais. Mas o funcionário público brasileiro também está no foco das novas determinações. Em seu Artigo 1º a Resolução nº 88/2017 condiciona o apoio oficial brasileiro à exportação, “seja por meio de financiamento à exportação, seguro de crédito à exportação ou equalização de taxas de juros” à assinatura de Declaração de Compromisso do Exportador. O Compromisso do Exportador implica declarar, por exemplo, que está ciente dos crimes contra a administração pública nacional ou estrangeira e que implantará ou aperfeiçoará programas de integridade e sistemas que comprovem a razoabilidade dos pagamentos efetuados. Acesse a íntegra da Resolução nº 88/2017: http://pesquisa.in. gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=13/11/2017&jornal =515&pagina=1&totalArquivos=168.

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Notícias Curtas

Grupo dos “10”

Como investem os líderes mundiais? Assinada por Mark Clements, a edição de dezembro da Revista Poultry International traz matéria em que são listados os 10 maiores produtores mundiais de carne de frango de acordo com o número de cabeças abatidas em 2016 (tabela abaixo) e analisado como cada um vem investindo na atividade. Os investimentos efetivados podem variar desde a implantação de programas de modernização até a realização de joint-ventures ou, mesmo, novas aquisições. A realidade é que todos continuam investindo na produção de carne de frango e seus passos podem ser conhecidos acessando o site da Poultry International na Internet: www.wattagnet.com. Notar, pelo gráfico, que as empresas brasileiras representam 43% dos abates totais do grupo dos “10”. As norte-americanas, 27%; as chinesas, 15%; e as três restantes (da Tailândia, México e Arábia Saudita), outros 15%. Como o AviSite já observou anteriormente, a décima maior empresa produtora de carne de frango do mundo – ACOLID – aparenta ser um “estranho no ninho”. Trata-se da Arab Company for Livestock Development, uma joint-venture pan-arábica que tem, como principais investidores, os governos de onze diferentes países de origem árabe: Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Iraque, Qatar, Síria, Egito, Sudão, Iêmen, Jordânia e Somália. Conforme o site da empresa, seu objetivo, entre outros, é a produção de alimentos de origem animal. Mas o principal investimento está direcionado para a avicultura.

CARNE DE FRANGO

Empresas líderes na produção mundial Ano-base: 2016 MILHÕES DE CABEÇAS/ANO EMPRESA

PAÍS-SEDE

ABATE ANUAL

JBS

Brasil

3.500

Tyson Foods

EUA

1.977

BRF

Brasil

1.724

New Hope Liuhe

China

1.000

Wen's Food Group

China

819

CP Group

Tailândia

685

Perdue Farms

EUA

683

Koch Foods

EUA

624

Industrias Bachoco

México

595

ACOLID*

Arábia Saudita

507

Fonte: Revista Poultry International, edição de dezembro/17 – Elaboração e análises: AviSite * ACOLID: Arab Co. for Livestock Development

Ovos férteis

No ano, embarques quase um quarto maiores OVOS FÉRTEIS*

Evolução mensal das exportações MILHÕES DE UNIDADES MÊS

2015/16

2016/17

VAR.

Novembro

9,696

9,767

0,73%

Dezembro

10,620

10,638

0,17%

Janeiro

13,022

11,536

-11,41%

Fevereiro

11,217

11,180

-0,33%

Março

11,918

14,216

19,29%

Abril

12,532

15,565

24,20%

Maio

11,781

12,861

9,17%

Junho

11,831

11,831

0,00%

Julho

10,563

14,421

36,52%

Agosto

11,934

14,066

17,86%

Setembro

10,286

17,883

73,86%

Outubro

10,077

19,378

92,30%

EM 10 MESES

115,161

142,937

24,12%

EM 12 MESES

135,477

163,342

20,57%

Fonte dos dados básicos: SECEX/MDIC - Elaboração e análises: AVISITE * Exclusivamente para a produção de pintos de corte.

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A Revista do AviSite

Após um início de ano pouco estimulante, em que os volumes registrados ficaram negativos em relação a 2016, as exportações brasileiras de ovos férteis deslancharam. Nos últimos oito meses (março a outubro) apresentaram sucessivo incremento em relação a idêntico período do ano anterior, até mesmo o volume de junho passado (pouco mais de 11,831 milhões de unidades) ficando ligeiramente acima do observado um ano antes. Mas o melhor desempenho do ano ocorreu em outubro passado, mês em que o total exportado aumentou 92,3% em relação a outubro/16 e 8,4% em relação ao mês anterior. O volume registrado – 19,378 milhões de unidades, perto de 54 mil caixas de 30 dúzias – foi, também, o maior já registrado nos últimos 72 meses, ou seja, desde novembro de 2011. Graças aos melhores resultados dos últimos dois meses (a média mensal de 13,2 milhões de unidades entre janeiro e agosto subiu para 18,6 milhões de unidades no bimestre setembro-outubro), a média acumulada nos 10 primeiros meses de 2017 é quase um quarto superior à registrada em idêntico período anterior. Já o acumulado nos últimos 12 meses acusa aumento de pouco mais de 20% em relação a idêntico período anterior.


Janeiro-outubro

O custo do frango no Centro-Sul do Brasil

O gráfico possibilita visualizar o custo médio de produção do frango no período janeiro-outubro de 2015, 2016 e 2017 em cinco dos estados acompanhados mensalmente pela Embrapa Suínos e Aves, todos eles do Centro-Sul do País – Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais e Goiás. O valor mais elevado (como todos sabem, não apenas no triênio, mas em todos os tempos) foi registrado em 2016, ano em que os custos variaram de um mínimo de R$2,60/kg (Santa Catarina) a um máximo de R$2,98/kg. O curioso em relação a esse máximo é que ele atingiu a um só tempo dois estados geograficamente opostos no Centro-Sul: Goiás e Rio Grande do Sul. Já em 2017 o valor máximo (R$2,50/kg) atinge apenas Goiás. O que não significa que o Rio Grande do Sul esteja muito distante, pois a diferença entre ambos é de apenas um centavo. O interessante no tocante aos custos de 2017 é que o mínimo registrado nos últimos 10 meses ocorre em Minas Gerais. Ou seja: mínimo e máximo são observados em estados vizinhos. E com diferença significativa contra os goianos, pois seu custo de produção é cerca de 18% maior que o dos mineiros. No Sul, a diferença entre o menor e o maior custo (Santa Catarina e Rio Grande do Sul, respectivamente) é de 9%. A Revista do AviSite

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Evento

CBNA destaca saúde intestinal e imunidade em aves e suínos em sua reunião anual Evento reuniu mais de 200 participantes em uma nova abordagem do tema que tem tirado o sono do produtor

R Gustavo Lima: Defendeu o uso mais racional dos antibióticos

Steve Leeson: a Biosseguridade ganha ainda mais importância em sistemas de produção livres de antimicrobianos promotores de crescimento

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A Revista do AviSite

esponder ao desafio de produzir cada vez mais carne com uso restrito de melhoradores de desempenho a base de antibióticos passa por uma boa saúde intestinal e seus impactos na imunidade de aves e suínos. Neste cenário, um questionamento que cresce entre os profissionais do setor é o papel da nutrição neste assunto que vem tirando o sono do produtor. Diante deste desafio, medidas de biosseguridade, manejo adequado e mecanização ganham relevância ainda maior para que a nutrição possa complementar o resultado na produção. Esta foi a conclusão dos debates realizados durante a 31a Reunião Anual do CBNA (Colégio Brasileiro de Nutrição Animal), que aconteceu em Campinas, no interior de São Paulo. Com o tema “Saúde Intestinal e Imunidade em Aves e Suínos”, o encontro reuniu mais de 200 participantes e fez uma nova abordagem de um dos assuntos mais discutidos no momento. Debater uma nutrição focada para a promoção da saúde intestinal e imunidade do plantel impôs à comissão científica o desafio de encontrar os profissionais exatos para falar de um assunto tão novo, pontuou o presidente do CBNA, Godofredo Miltenburg. “Atender este desafio depende de uma série de fatores. O segmento de saúde animal está trabalhando em vacinas para melhorar a imunidade. E aqui, no CBNA, estamos discutindo o que a nutrição pode fazer para melhorar a saúde e a imunidade dos animais de maneira que eles estejam mais preparados para a nova realidade de restrição no uso de melhoradores de desempenho”, disse o especialista. Membros da diretoria do CBNA observaram que empresas brasileiras e multinacionais têm apresentado soluções diferentes nas mais variadas áreas. “De probióticos e prebióticos, passando por fitogênicos e ácidos orgânicos. A nutrição quer o melhor ganho possível com menor consumo de ração e a segurança do alimento para o consumidor. Tudo isso ao mesmo tempo”, avaliou a direção da entidade em nota. Durante os debates, o professor emérito da Universidade de Guelph, no Canadá, Steve Leeson, apontado como uma das maiores autoridades mundiais em nutrição avícola, abriu a programação científica do encontro. Segundo ele, a biosseguridade ganha ainda mais importância em sistemas de produção livres de antimicrobianos promotores de crescimento. “É interessante ver que estamos vivenciando um retorno ao foco na biosseguridade. E isso quer dizer que você vai mudar seus padrões operacionais, pois não pode continuar a usar o sistema antigo. Todos os países que visito estão falando sobre isso e sobre mudanças nas le-


Diretoria do CBNA

CELdek® o painel evaporativo original é feito pela Munters O Painel CELdek é uma das primeiras invenções criadas pela Munters nos anos 50, e não só sobreviveu há 60 anos de existência, como vem sendo constantemente melhorado pelo departamento de Desenvolvimento e Pesquisa da Munters, se tornou modelo e hoje é copiado por outros fabricantes.

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gislações. Esta é uma realidade e que vai acontecer. E não é possível passar para um sistema livre de antibióticos usando o manejo que usamos hoje”. Quando perguntado se existe uma bala de prata que resolveria todos os problemas gerados pela retirada dos antibióticos, ele disse que não existe tal ferramenta. “Mas a alternativa seria muito trabalho em manejo não só da nutrição, como das aves também”. Na mesma linha, o engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Gustavo Lima, defendeu que o uso mais racional destes produtos com manutenção da eficiência produtiva depende necessariamente de um trabalho de biosseguridade juntamente com um programa de prevenção de doenças e manejo. O pesquisador explicou a importância dos antimicrobianos na produção animal lembrando do seu papel não apenas na melhora da eficiência produtiva, como também na redução de dejetos. “Eles (os antimicrobianos promotores de crescimento) foram importantes e facilitaram a intensificação da produção de proteína animal. Seu uso é uma medida de sustentabilidade uma vez que estes produtos contribuem para reduzir os dejetos. Mas a gente precisa saber utilizar de uma maneira mais racional. O sistema de produção foi levado para o uso contínuo destes produtos”, afirmou. Lima ainda alerta que um programa de uso racional de antibióticos exige uma série de medidas antes de alterações na formulação de dietas. Ele apresentou um trabalho realizado pela Universidade de Iowa e pelo USDA, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, encomendado por produtores de suínos americanos. De acordo com o estudo, fontes alternativas melhoraram o desempenho dos animais em 28% dos casos e manteve os resultados em 66%. Estratégias nutricionais focadas em melhor saúde intestinal e imunidade de aves e suínos devem ser cada vez mais discutidas no próximo ano, aposta a diretoria do CBNA. “Este tema ainda vai render discussões em nosso próximo evento, o XVIII CLANA (Congresso Latino-Americano de Nutrição Animal), que será de 16 a 18 de outubro do ano que vem, em Campinas”, encerrou Miltenburg.

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Caderno Retrospectiva / Perspectiva

Confira a retrospectiva 2017 e as perspectivas para o ano que vem chegando neste Guia AviSite 2018 OpiniĂľes de profissionais, empresas e os nĂşmeros do mercado

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Guia AviSite 2018

Ações da área institucional da ABPA em 2017 Exemplo é a atuação da entidade na questão pelo bem-estar animal de poedeiras com a pressão pela eliminação de gaiolas

Autor: Ariel Antonio Mendes, Diretor de Relações Institucionais da ABPA

A

ABPA é conhecida pelas intensas ações realizadas para a abertura de novos mercados para carne de aves e suínos, ovos e material genético bem como na parte regulatória no que tange a sanidade animal e inocuidade de produtos avícolas e suinícolas. Entretanto, uma outra área menos visível, mas não menos importante, diz respeito a atuação nas questões ligadas ao poder legislativo tanto no âmbito federal como estadual. Para citar uns poucos exemplos, mencionamos o acompanhando de projetos com grande impacto sobre o setor produtivo, como é o caso do novo marco regulatório dos transportes e a definição de preços mínimos para o frete de cargas e a reforma trabalhista aprovada recentemente pelo Congresso e sancionada pelo presidente da república. No momento, estamos trabalhando intensamente junto a Comissão Especial criada pela Câmara dos Deputados para a manutenção da desoneração da folha de pagamentos para carnes de aves e suínos. Essa medida é fundamental para mantermos a competitividade dos setores além de ser responsável por parte da queda na inflação uma vez que esses produtos são itens baratos e fundamentais na cesta básica da população brasileira. Como esses setores empregam uma grande quantidade de mão de obra, estamos bastante

otimistas que os congressistas e área econômica do governo acatem os pedidos da ABPA, que tem como parceira nesse pleito a OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras. No que tange a relação com os integrados, tivemos uma intensa atuação para a implementação da chamada Lei da Integração, ou seja, a Lei 13.288 de 16 de maio de 2016, que foi a primeira lei sancionada pelo presidente Michel Temer na qualidade de novo presidente empossado após o impeachment. Foi uma legislação construída a quatro mãos, agroindústrias capitaneadas pela ABPA e produtores integrados representados pela ABAI, Contag e CNA. A criação das CADECs e do FONIAGRO foram as principais realizações nessa área e no momento um grupo técnico criado pelo FONIAGRO está definindo as variáveis que devem ser levadas em consideração na definição do custo de produção de frango, ovos férteis e suínos. Já na parte laboral, tivemos uma atuação especial focada na implementação da NR 36, do Ministério do Trabalho e Emprego e na melhoria dos indicadores de saúde ocupacional. Vale destacar nesse quesito a parceria do SESI com a preparação de 100 vídeos para capacitação de funcionários dos abatedouros dentro do programa Segurança e Saúde no Trabalho – Frigoríficos. Vários seminários regionais foram realizados para a divulgação desse trabalho nos

principais polos regionais, como Porto Alegre, Chapecó, Cascavel, São Paulo, Belo Horizonte, Cuiabá, Campo Grande, Porto Velho e Belém. Outro tema que recebeu nossa atenção em 2017 foi a questão do bem-estar animal de poedeiras e suínos com a pressão pela eliminação de gaiolas e celas de gestação. Também a preservação dos melhoradores de desempenho e a desmistificação do mito da resistência antimicrobiana imputada aos produtos avícolas e suinícolas mereceu da parte da ABPA junto com o Sindan, Sindirações, Alanac e Abiquif um intenso trabalho junto ao MAPA, Ministério da Saúde, ONGs e redes de varejo. Por último, cabe uma menção especial a atuação do GEPIA – Grupo Estratégico de Prevenção de Influenza Aviaria onde podemos comemorar vários avanços como o aumento da capacidade de diagnóstico, a revisão do plano de contingência e a publicação da IN 8/2017 que definiu prazos para o registro de granjas. Todos esses temas continuarão na pauta de trabalho para 2018 e outros mais certamente virão, pois nosso setor é extremamente dinâmico e precisamos ser menos reativos e mais propositivos a fim de mantermos a competitividade do Brasil. Crescer com sustentabilidade é o nosso principal desafio a fim de continuarmos gerando emprego e renda para os produtores e divisas com a exportação de nossos produtos. A Revista do AviSite

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Caderno Retrospectiva / Perspectiva

O que podemos esperar da proteína animal em 2018? A tendência é que em 2018 os efeitos negativos da Operação Carne Fraca fiquem para trás, ampliando oportunidades aqui e lá fora

Autor: Francisco Turra, Presidente-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal

M

esmo com todas as dificuldades enfrentadas em 2017, a expectativa é de que o setor de proteína animal no Brasil encerre o ano com desempenho semelhante ao de 2016. Se por um lado tivemos um prejuízo de imagem enorme com os equívocos na divulgação da Operação Carne Fraca, por outro atuamos fortemente na abertura de novos mercados e na reafirmação da nossa credibilidade. O produtor também pôde operar em condições mais competitivas, em razão do preço mais acessível do milho e da estabilidade do dólar. Os números ainda não estão fechados, mas prevemos que o volume

Na Ásia, estão adiantadas as negociações com Taiwan e Camboja para a entrada de carne de frango 20

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embarcado e a receita cambial de carne de frango sejam positivos. Outro fator que ajudou a equilibrar nossa balança nesse caso foram os diversos focos de influenza aviária identificados mundo afora. O Brasil segue sendo o único entre os grandes produtores com status livre da enfermidade, condição que temos nos esforçado para preservar, e que tem feito uma grande diferença no cenário internacional. Com essas restrições aos concorrentes, conseguimos obter um incremento expressivo de 14% no preço médio da carne de frango no primeiro semestre, depois estabilizado em torno de 7% - média esperada para este ano. No mercado interno, o consumo deve ter leve alta em relação aos índices de 2016, que havia fechado com 41 quilos per capita. O resultado contraria as perspectivas iniciais de crescimento, frustradas pela lentidão da recuperação econômica e pela instabilidade política que se acentuou com novos escândalos e delações. O saldo neste cenário desalentador foi um dos maiores níveis de desemprego da história do país, o que obviamente afeta o consumo. Trabalhamos continuamente para ampliar a nossa participação internacional, tomando os cuidados necessários para manter o equilíbrio com o mercado interno. A tendência é que em 2018 os efeitos negativos da Operação Carne Fraca fiquem para trás, ampliando oportunidades aqui e lá

fora. Na Ásia, estão adiantadas as negociações com Taiwan e Camboja para a entrada de carne de frango. Também na Indonésia – mercado pretendido há muito tempo – temos boas perspectivas após a emissão de parecer da OMC favorável à nossa ação contra os bloqueios do país. As projeções do Boletim Focus ainda apontam um dólar mais elevado, o que deve favorecer a rentabilidade das exportações. O certo é que 2018, mais uma vez, será um ano desafiador. Além de toda a instabilidade política que o cenário eleitoral apresenta e da indefinição sobre os rumos da economia, há a possibilidade de uma eventual redução da oferta interna de insumos. Por isso, nos preparamos para negociar com outros fornecedores, a partir de campos da Argentina, Paraguai e Estados Unidos. Não haverá barreira às importações. Ainda é cedo para previsões mais precisas. O que podemos garantir é o nosso empenho e de todo o setor para superar qualquer resquício de desconfiança em relação à proteína animal brasileira. Mesmo com todas as adversidades, aos poucos a maré vai virando e vamos conquistando novas terras. E novos consumidores dentro do nosso próprio país. Essa é uma missão de toda a cadeia produtiva. Com qualificação, investimentos preventivos, estratégias de mercado e integração, não há como conter a força do agro nacional.


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A imunização precoce é uma tendência em frangos de corte, matrizes e poedeiras

Um mercado em movimento O desenvolvimento de novas tecnologias e as novas exigências na legislação criam um cenário de transformação para o setor de vacinas aviárias Autor: Alberto Y. Inoue, Gerente de Marketing e Serviços de Aves e Suínos - Boehringer Ingelheim

C

om a tendência na redução de uso de antimicrobianos, alternativas naturais e imunoprofiláticas como a vacinação vem ganhando espaço na avicultura industrial. Ao analisarmos o mercado aviário de 2017, observamos que a área de produtos biológicos é o de maior crescimento entre os diferentes segmentos avícolas da indústria veterinária com incremento de 8,4% até junho, praticamente equiparando-se ao segmento de aditivos zootécnicos (IMS Ytd Jun/17). Ademais, mudanças na le-

gislação com enfoque no melhor controle sanitário e biosseguridade e, o lançamento de vacinas com novas tecnologias garantem que o setor de biologia aviária continuará sendo um dos mais movimentados nos próximos anos. Nos últimos anos, os programas convencionais de vacinas têm sido incrementados com a introdução de vacinas com novas tecnologias, principalmente com vacinas geneticamente modificadas como recombinantes e mutantes. O primeiro ponto que levou a essa tendência foi a con-

veniência. Em frangos de corte, a vacinação no incubatório, principalmente in-ovo, reduziu a necessidade de manejo de vacinação a campo e consequentemente a exposição aos riscos de falhas relacionadas a essa prática. Estima-se que mais de 90% dos frangos são imunizados somente no incubatório. Apesar de em percentual menor devido ao número de agentes, as aves de ciclo longo, principalmente poedeiras comerciais, passaram a migrar boa parte do programa vacinal para o primeiro dia de vida, reforçando a tendência pela A Revista do AviSite

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Caderno Retrospectiva / Perspectiva busca de conveniência, controle de processos e proteção precoce de aves. Um segundo ponto, foi a segurança, uma vez que vacinas vetorizadas praticamente não apresentam reação pós-vacinal e, portanto, não existem perdas relacionadas à agressão pelo agente vivo. Desta forma, as aves tornam-se menos sensíveis a agentes oportunistas que podem infectá-las devido a melhor integridade do sistema imune e consequentemente, verifica-se uma menor necessidade de tratamentos terapêuticos, além de obviamente, melhorar a condição sanitária do plantel. Além do uso de vacinas vetorizadas, outro segmento afetado pela restrição do uso de aditivos é o de coccidiose, as vacinas deste segmento apresentaram cresci-

Novidade para os próximos anos, no segmento de vacinas vetorizadas, serão as vacinas com duplo inserto (inserção de genes de dois agentes dentro de um mesmo vetor) 22

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mento de 18,9% até junho de 2017 e devem ter ainda um crescimento significativo, a medida que houver maior utilização em frangos de corte. A novidade para os próximos anos, no segmento de vacinas vetorizadas, serão as vacinas com duplo inserto (inserção de genes de dois agentes dentro de um mesmo vetor). Isso significará, um grande avanço para o segmento de recombinantes. Atualmente, as alternativas disponíveis, contam apenas com genes de um agente por vetor, o que limita o número de enfermidades a serem prevenidas. Em outras palavras, atualmente, temos somente disponíveis no mercado, o vírus de Marek HVT (herpesvírus de peru) e o Poxvírus (vírus da Bouba Aviária) como vetores para outras enfermidades. Devido à interferência na replicação viral, não é possível a utilização de duas vacinas com o mesmo vetor, de maneira que podemos utilizar apenas uma vacina por vetor. Com o advento das vacinas de duplo inserto, poderemos proteger contra até três enfermidades diferentes em uma única aplicação, isto é, os dois agentes com genes inseridos e a doença relacionada ao próprio vetor (Exemplo: uma vacina vetorizada contra doença de Gumboro e Newcastle em vetor Bouba protegeria a ave contra as três enfermidades). Neste caso, os benefícios referem-se a conveniência e melhor duração de imunidade devido às características do vírus de Marek. Neste último ano, vimos também revisões na legislação relacionada à biosseguridade como a IN08 e IN20, onde além das medidas de controle de acesso de aves silvestres como telamento, haverá ainda uma maior rigidez nas monitorias para Salmonela. Isso já era uma realidade no setor de corte, devido às exigências necessárias para exportação e agora se intensifica também no setor de postura que tem prazo até o início do ano para apresentação da documentação para registro. A vacinação contra Salmonela em poedeiras apresentou crescimento expressivo nos últimos anos devido a desafios com elevada morbidade e mortalidade em gali-

nhas por Salmonella Gallinarum e agora deve continuar em transformação, desta vez, com enfoque a Salmonelas paratíficas como a Salmonella Enteritidis e Salmonella Typhimurim, importantes sorovares para a saúde pública. No setor de aves reprodutoras, além das questões de biosseguridade, já está próximo a publicação da legislação que traz novas orientações sobre o uso de vacinas para Salmonela, que irá atualizar a IN78, publicada em 2003. As modificações aguardadas devem estar relacionadas à liberação da utilização de vacinas vivas e inativadas para salmonelas paratíficas. Atualmente, são permitidas apenas as vacinas inativadas contra Salmonella Enteritidis e a liberação de uso de outras vacinas permitirá a elaboração de programas mais específicos de acordo com o desafio sanitário de cada região ou empresa. As vacinas vivas devem exercer um papel importante para melhor proteção das aves devido ao estímulo à imunidade celular, além da possibilidade de imunização precoce complementando a proteção induzida pelas vacinas inativadas. Já os outros sorovares de salmonelas paratíficas, devem ser úteis para maior homologia, devido à prevalência de vários sorotipos distribuídos no território nacional. Além da Salmonela, o uso de vacinas homólogas também deve continuar crescendo no segmento de Bronquite Aviária, com laboratórios introduzindo vacinas do grupo BR, a estirpe mais prevalente no território nacional. Nossa avicultura é muito competitiva com excelentes resultados zootécnicos e em constante evolução tanto na área genética, de nutrição como em instalações, equipamentos e insumos. Para que todo o potencial seja alcançado, temos o desafio de qualificar a cada dia nossa mão de obra e garantir a sanidade do nosso plantel. No setor de vacinas, não será diferente, teremos cada vez mais acesso a tecnologias de ponta, mas o desafio do manejo de uma aplicação correta é fundamental para o atingimento dos objetivos.


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Caderno Retrospectiva / Perspectiva

Juntos somos mais fortes Para dirigente de entidade, associativismo é a estrutura básica de uma sociedade organizada que permite torna-la mais eficaz Autor: Domingos Martins é presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar)

Domingos Martins

Trabalhando com um grupo coeso é muito mais fácil de chegar ao lugar desejado – e, nós sabemos, ninguém abre mão de alcançar o sucesso

I

magine um time de futebol no qual os 11 jogadores, embora com a mesma camisa, joguem dispersos. Dessa forma, a vitória torna-se praticamente impossível. Se todos esses atletas jogarem voltados para a vitória, ela é perfeitamente alcançável. Partindo dessa analogia, posso dizer que é assim que temos feito na avicultura paranaense, todos unidos para nos tornarmos mais fortes. O associativismo é a estrutura básica de uma sociedade organizada, sendo que, todo segmento que possui uma associação bem organizada torna-se mais eficaz. Isso acontece pois trata-se de um

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grupo de pessoas que carregam os mesmos interesses buscando por mais conhecimento – automaticamente possibilitando atingir um resultado melhor. Assim, todas as obrigações são partilhadas, mas, consequentemente, o sucesso alcançado também é de todos. Nos mais de 25 anos de atividade do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), buscamos um interesse em comum: a melhor produtividade e qualidade do que colocamos no mercado. Acompanhando nossos indicadores, os abates paranaenses até outubro, somaram 1,49 bilhão de aves – um volume

aproximadamente 1,2% superior ao mesmo período de 2016, quando a produção foi de 1,47 bilhão de cabeças de frango. Como foi possível alcançar esses números? Além de trabalharmos com uma indústria planejada e versátil, com força para superar adversidades, não criamos competitividade interna. Não adianta competir dentro de um grupo que tem o mesmo interesse, é preciso torná-lo forte. Atualmente, a avicultura paranaense representa um terço de toda a atividade brasileira no setor e muito disso se deve à atuação das cooperativas. Unidas, elas traduziram o significado de querer avançar e, de fato, conseguir. Associações, produtores, todos trabalharam em conjunto para alcançar um produto com valor agregado maior, fazendo com que não só a avicultura pudesse crescer, mas também fizeram o sentido cooperativo de cada organização se intensificar. Outra palavra que auxilia o setor a se manter competitivo no mercado é a gestão. O associativismo aparece como ferramenta para fazer com que o grupo trabalhe em prol do crescimento e da sustentabilidade da avicultura. É preciso retirar das pessoas a ideia de que “sozinho eu também posso”. Sem dúvidas, sozinho é possível chegar a algum lugar, mas, trabalhando com um grupo coeso é muito mais fácil de chegar ao lugar desejado – e, nós sabemos, ninguém abre mão de alcançar o sucesso. Para manter a qualidade do serviço prestado por uma associação, é essencial destacar a necessidade de participa-


Guia AviSite 2018 ção de seus associados. Essa participação pode ser realizada pela contribuição sindical, a principal fonte de renda dos sindicatos. Além disso, a agregação e a troca de informações e ideias em comum por parte das empresas é fundamental para construir a estrutura de um sindicato. Os eventos realizados pelo setor também são de suma importância para o crescimento da avicultura nacional. Hoje são realizadas inúmeras feiras técnicas e eventos no Brasil. Entre os principais, estão o Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura (SIAVS), realizado bienalmente em São Paulo pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Simpósio Brasil Sul de Avicultura, realizado anualmente pela Nucleovet, em Chapecó (SC), e o nosso Workshop Sindiavipar. Por meio deles, o setor não só se fortalece, como se destaca para o país e para o mundo. Para realizar eventos de tanta magnitude, é necessário, novamente, pensar no interesse comum entre o grupo.

Com os palestrantes certos, no local certo, e até mesmo com atrações voltadas especialmente ao público participante, o caminho para o êxito já está traçado. Para tanto, é preciso dar ao público a oportunidade de compartilhar as escolhas - assim todos se sentem parte do movimento e aptos a se tornar novos defensores da atividade. Com visitantes provenientes de 51 países, a edição de 2017 do SIAVS abordou temas atuais da avicultura, desde as novas demandas do consumidor à segurança do trabalho. O Sindiavipar esteve presente no evento, para entrar em contato com as tendências mundiais, prestigiar os colegas e também expor os resultados conquistados pelo trabalho do setor avícola no Paraná, que até agosto, data do evento, havia obtido um aumento de 7% nas receitas com exportações comparadas às registradas em 2016. Já na edição deste ano do Workshop Sindiavipar, reunimos mais de 400 profissionais da área para avaliar o desem-

penho da atividade avícola e os desafios que teremos que enfrentar no Paraná e no Brasil em 2018 para seguir crescendo. Assuntos como o mercado nacional e internacional, bem-estar, nutrição e saúde animal, gestão de pessoas e custos de produção estiveram em voga, mais uma vez auxiliando a clarificar para o nosso setor quais os caminhos que podem ser seguidos para alcançarmos uma avicultura de excelência. Por fim, nós trabalhamos com essa meta: a de pensar sempre no que será benéfico para todo o setor avícola. Queremos fazer parte do mercado interno e externo, investir em tecnologia e eficiência, tudo em busca do maior rendimento da avicultura. Dessa forma, os envolvidos conhecerão novos horizontes e buscarão chegar mais longe. Cada vez mais, as pessoas vão olhar para dentro da avicultura e enxergar todas as oportunidades – e, ao trabalhar pensando no sucesso de forma coletiva, não tem jeito, ele virá mesmo, porque juntos somos mais fortes.

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Caderno Retrospectiva / Perspectiva

Sindirações prevê crescimento de 2% para 2017 Estimativa é de a produção de rações e sal mineral atingir 71,4 milhões de toneladas até o final do ano

O

setor de alimentação animal deve registrar crescimento na ordem de 2% em 2017, de acordo com previsões do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações). Em 2016, o setor produziu 70 milhões de toneladas de ração e sal mineral e a estimativa é encerrar este ano com 71,4 milhões de toneladas. De acordo com Ariovaldo Zani, vice-presidente executivo do Sindirações, o segundo semestre foi o responsável pelo resultado positivo do ano. “Durante o primeiro semestre, mesmo com o alívio no custo da alimentação animal, a produção foi adequada à capacidade do consumidor comprometido pela crise política e instabilidade política, além da queda das exportações por conta da repercussão da operação carne fraca e das delações realizadas no período”, explica. “Já na segunda metade do ano, a PRODUÇÃO RAÇÕES (milhões tons) SEGMENTO

2016

2017**

%

AVES

37,8

38,5

1,8

FRANGOS CORTE

32,1

32,3

0,5

POEDEIRAS

5,7

6,2

9,0

SUÍNOS

16,4

16,5

1,0

GADO

8,2

8,5

4,4

LEITE

5,84

5,0

6,3

CORTE

2,54

2,54

0,0

CÃES E GATOS

2,50

2,58

3,2

EQUINOS

0,581

0,579

-0,3

AQUACULTURA

0,93

0,99

7,4

PEIXES

0,84

0,91

8,0

CAMARÕES

0,085

0,087

2,0

OUTROS

0,831

0,832

0,1

TOTAL RAÇÕES

67,2

68,6

2,0

SAL MINERAL

2,79

2,80

0,4

TOTAL GERAL

70,0

71,4

2,0

**Previsão / Fonte: Sindirações

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melhora do ambiente macroeconômico (queda no índice de desemprego e da taxa de juros, inflação sob controle), permitiu às famílias consumirem mais itens alimentares de primeira necessidade (carnes, leite, ovos, etc.). Também houve recuperação da confiança do cliente internacional, gerando retomada nas exportações. Esses fatores combinados imprimiram mais dinamismo à cadeia produtiva de proteína animal que depende da indústria de alimentação animal”, completa.

Avicultura de corte Apesar do alívio no custo da alimentação, o ritmo de produção mais afinado à demanda, culminou até setembro, na redução em torno de 4% no alojamento de pintainhos e produção de carne de frango. Concomitantemente, no mesmo período, a indústria produziu aproximadamente 24,7 milhões de toneladas de rações para avicultura de corte. A sensível melhora no preço/ kg pago ao produtor, combinado com a recuperação mais vigorosa das exportações de frango no último trimestre (prejudicadas no início do ano pela atrapalhada operação “Carne Fraca”), pode culminar na produção de 32,3 milhões de toneladas de rações para avicultura de corte em 2017.

Avicultura de postura A demanda de rações para galinhas de postura somou 4,6 milhões de toneladas e avançou mais de 10% de janeiro a setembro, em resposta ao alojamento crescente das poedeiras comerciais em produção, muito embora a oferta de ovos continue tímida. O avanço recorde que pode superar 99 milhões no alo-

jamento anual inspira atenção porque deve resultar na oferta robusta de ovos no curto prazo, muito embora o aumento do consumo (alimento nutritivo e barato) sofra a pressão da crise econômica que compromete sobremaneira o orçamento familiar. Ato contínuo, a produção de rações para poedeiras pode alcançar 6,2 milhões de toneladas em 2017.

Suinocultura A quantidade de carne suína exportada recuou quase 3%, muito embora o ritmo dos abates permanecesse praticamente constante de janeiro a setembro, quando comparado ao mesmo período do ano passado. Em resposta, a produção de rações para suínos somou 11,8 milhões de toneladas. O crescimento da produtividade e a intensidade tecnológica empregada na cadeia produtiva industrial, além da oferta de carne suína ajustada à demanda, devem contribuir apenas marginalmente no reforço dos abates de final de ano, e em resposta, a contabilização de, no máximo, 16,5 milhões de toneladas de rações para suínos em 2017.

Bovinocultura de corte De janeiro a setembro, a demanda de rações para gado de corte sofreu retrocesso de quase 4% e alcançou pouco mais de 2 milhões de toneladas, principalmente por conta dos efeitos deletérios apurados no primeiro semestre. Ou seja, o retrocesso nos abates, redução no preço da arroba e certa redução no consumo interno e externo, em boa parte, consequência da confusão com FUNRURAL, das delações de corrupção, e da operação “Carne Fraca”, cujos equívo-


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Ariovaldo Zani, Vice-presidente executivo do Sindirações: Capacidade do consumidor comprometido pela crise política e instabilidade política, além da queda das exportações por conta da repercussão da operação carne fraca e das delações realizadas no período Crédito: Paulo Lopes

cos cometidos por uma comunicação pesadamente temperada de suposições e fantasias, acabaram por colocar à prova a reputação da coletividade de fornecedores, sem distinção alguma. A barbeiragem catapultou a desconfiança dos consumidores domésticos, sempre satisfeitos com a qualidade do produto, e essa presunção de dúvida alcançou os tradicionais importadores, até então seguros com as auditorias realizadas nos sistemas de criação, processamento e transporte empregados na cadeia produtiva nacional. Outrossim, as expectativas de continuidade da reação iniciada em julho, por conta do recrudescimento no segundo giro do confinamento e o vigor na exportação da carne, permitem prever a produção de aproximadamente 2,54 milhões de toneladas rações para gado de corte em 2017.

Bovinocultura de leite Apesar dos efeitos favoráveis do clima e do alívio no custo dos grãos utilizados na alimentação das vacas em lactação, a produção de leite caiu nas principais bacias leiteiras e determinou alguma concorrência entre os laticínios na captação do leite cru para recomposição dos estoques no varejo. É importante salientar também que a concentração da atividade em empreendimentos de grande porte tem melhorado substancialmente a produtividade por causa da qualidade da nutrição empregada. Até setembro a produção de rações para gado leiteiro somou quase 4,5 milhões de toneladas. Apesar de inoportuno, o incremento nas importações de lácteos limitou os ganhos no preço do leite durante o segundo semestre e deve estimular o consumo no final da cadeia, favorecendo assim a retomada na demanda das rações, cuja previsão de produção pode alcançar praticamente 6 milhões de toneladas. A Revista do AviSite

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Caderno Retrospectiva / Perspectiva

Custos de produção na cadeia de frango de corte brasileira Mesmo com dificuldades, produtores, distribuidores, fornecedores de insumos e processadores têm ótimas perspectivas para o setor

Autores: Marcos Iguma, Engenheiro agrônomo pela Esalq/USP e analista da área de custos de aves e suínos do Cepea, e Sergio De Zen, Professor Dr. da Esalq (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”), da USP (Universidade de São Paulo), e pesquisador responsável pela área de pecuária do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP

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avicultura nacional, que se tornou expoente no mercado global de carnes, é cadenciada por uma produção extremamente verticalizada, o que proporcionou ao setor o crescimento necessário para posicionar o Brasil como o segundo maior produtor de carne de frango no mundo em 2016, conforme dados do USDA.

A concepção de “negócio” foi se adaptando à nova realidade de mudança e incorporou, nas últimas décadas, a competitividade do mercado no planejamento estratégico da atividade. Planejar e executar soluções logísticas e de comercialização passaram a fazer parte da rotina

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A Revista do AviSite

Tal sistema de produção intensivo, que se alavancou nas décadas de 1960 e 1970, tomou como premissa a coordenação da cadeia com a criação de animais confinados, garantindo maior controle sanitário, desempenho dos lotes e conversão alimentar (consumo de ração – kg – sobre o ganho de peso diário – GPD). Desde a década de 1980, após o País passar por problemas conjunturais, sociais e econômicos – como a crise do setor, a desregulamentação dos mercados, a desestabilidade na segurança alimentar e a formação de blocos econômicos –, o Brasil foi pressionado em direção à abertura comercial e à estabilização da economia, passando por grandes mudanças em seu potencial competitivo. Tal fenômeno foi marcado fortemente pela concentração da produção, refletindo em sistemas focados em economia de escala e aumento de produtividade no campo para geração de commodities e alcance de elevados níveis de qualidade. Neste processo, a concepção de “negócio” foi se adaptando à nova realidade de mudança e incorporou, nas últimas décadas, a competitividade do mercado no planejamento estratégico da atividade. As organiza-

ções envolvidas nas cadeias de suprimento responderam, a partir do final do século XX, principalmente, às oscilações cada vez mais rápidas do cenário competitivo, alterando o modo como tomar e conduzir decisões táticas (BATALHA, 2001). Planejar e executar soluções logísticas e de comercialização passaram a fazer parte da rotina de pecuaristas e outros importantes players do mercado. Tal competitividade foi muito bem absorvida dentro da porteira, levando ao campo as demandas por carne de qualidade, segura e acessível. À montante da produção, foi necessário amadurecer a concepção de “custos de produção” já existentes, trazendo foco empresarial à gestão das granjas e, à jusante, maior coordenação de processamento, comercialização e distribuição, ambos papéis da parceria entre produtores e agroindústrias por meio do sistema de integração vertical, em que a regência da negociação passou de “livre mercado” para “governança da cadeia”. A gestão dos custos sempre foi e sempre será o grande desafio de qualquer empreendimento. No campo, esta realidade não seria diferente, pressionando agentes do setor a in-


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corporarem conceitos de depreciações, manutenções preventivas e corretivas, pró-labore, remuneração dos capitais circulante e investido, custo de oportunidade da terra, entre outros parâmetros, ao simples cálculo de fluxo de caixa, adotado até o momento. Com estrutura altamente tecnificada como a atual, em que granjas são projetadas em estruturas modulares, com muita tecnologia agregada aos equipamentos e ao manejo arrojados, não cabe mais a utilização simplista de custos, mas, sim, uma gestão eficiente dos recursos naturais, humanos, financeiros e patrimoniais que estão envolvidos na atividade. Este é o perfil de gestão esperado para as granjas do futuro. Dada a escala produtiva, os insumos utilizados na atividade têm importância ainda maior no bolso dos agentes, sensibilizando os custos de produção em função da grande relação de preços com o mercado externo e demais fatores inerentes à atividade dentro da porteira. Neste sentido, o grande desafio do setor em termos de gestão de custos está na otimização das compras de grãos para formulação da ração, produto que corresponde a mais de 70% dos custos operacionais da produção de um quilo de frango vivo. Apesar de ser de responsabilidade da agroindústria no modelo de integração, a aquisição e a formulação de ração impactam fortemente sobre a saúde da

atividade no curto e longo prazos, pois esta transação envolve disponibilidade interna de grãos, compra de premix ou núcleo, além do transporte dos insumos e da ração. Esta complexidade é uma peculiaridade do setor granjeiro e envolve a maioria dos produtores de aves e de suínos do País. Outro importante item de custos é a mão de obra, cuja sucessão está cada vez mais escassa no campo, dada a grande competitividade com outras atividades, tanto no meio urbano, onde indústrias, serviços e comércio acabam absorvendo boa parte da força de trabalho, como no próprio campo, onde existe a atratividade de outras pecuárias e agricultura, que podem remunerar melhor o trabalhador. Dentre as atividades de produção de proteína animal, a criação intensiva de frangos de corte é a que mais utiliza energia, principalmente nos novos modelos de aviários do tipo dark house, de pressão negativa. Neste sistema, o controle do microclima do aviário é integralmente controlado por painéis eletrônicos automatizados, desde a iluminação à pressão, velocidade do vento, exaustão, fornecimento de água e arraçoamento. Desta forma, a energia elétrica tem peso na composição dos custos, podendo passar de 16% do custo operacional do granjeiro. Apesar da enorme potencialidade do País em produção de insumos e produtos, a grande extensão conti-

Com estrutura altamente tecnificada como a atual, em que granjas são projetadas em estruturas modulares, com muita tecnologia agregada aos equipamentos e ao manejo arrojados, não cabe mais a utilização simplista de custos

nental dificulta a logística em todos os elos desta cadeia tão complexa. A malha ferroviária nacional, que apoia a distribuição de grãos, principalmente, é limitada em extensão e qualidade, deixando o setor ao encargo do transporte ferroviário, que precisa muito de melhorias e onera sensivelmente a atividade avícola com o uso de combustíveis. Com todas as dificuldades, o Brasil se mantém com ótimos resultados de produção, exportação e status sanitário, permitindo aos produtores, distribuidores, fornecedores de insumos e processadores terem ótimas perspectivas para o setor, aliando as novas experiências de gestão ao enorme know how de todos os agentes envolvidos na atividade com o passar do tempo. A Revista do AviSite

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Caderno Retrospectiva / Perspectiva

USDA faz previsões para 2018 e analisa 2017 Para o órgão, ritmo de evolução de produção, consumo, exportação e importação é lento para os dois anos Tendências da produção mundial de carne de frango em 2018

A

s projeções do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) sobre as tendências da carne de frango em 2018 sugerem que a produção mundial deve aumentar 1,2%, mesmo índice de evolução anual previsto para 2017. O Brasil – prevê o USDA – deve ter desempenho ligeiramente melhor. A produção de 2017 deve crescer pouco mais de 2,6%, enquanto a projeção para 2018 sugere expansão de 2,26% em relação a 2017. O que dá um incremento de quase 5% em comparação a 2016. Pelos números do USDA observa-se que os quatro primeiros produtores – EUA, Brasil, União Europeia (UE) e China, na verdade um conglomerado de 31 países, 28 deles inte-

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grantes da UE – são responsáveis por mais de 60% da produção mundial. Mas o que chama a atenção nas novas projeções é a perspectiva de a produção chinesa recuar também no ano que vem. E se isso ocorrer e os números do USDA se confirmarem, o volume de carne de frango produzido pela China será cerca de 18% menor que o registrado em 2015, ano em que foi atingida a marca recorde do país – 13,4 milhões de toneladas. Em função desse desempenho, o Brasil – cuja produção anual supera a da China desde o ano passado – consolida-se ainda mais como segundo produtor mundial de carne de frango


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Caderno Retrospectiva / Perspectiva Consumo mundial de carne de frango em 2017

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úmeros do USDA para 2017 indicam que o consumo mundial de carne de frango no presente exercício deve ter um crescimento mínimo, inferior a 1%. O principal culpado por esse baixo índice de expansão é a China, cujo consumo total neste ano tende a recuar mais de 5,5%, retrocedendo ao menor nível do último quinquênio. Consequência, em essência, da Influenza Aviária. Neste caso, os efeitos da doença se manifestaram de duas formas distintas. De um lado, diminuindo o interesse dos consumidores pelo alimento devido à ocorrência de casos humanos fatais da doença. De outro, restringindo a produção em decorrência do embargo à importação de reprodutoras provenientes de países afetados pela Influenza Aviária, como EUA e França. Porém, de maneira geral, o incremento de consumo em 2017 parece ser modesto, a maior expansão (+4,79%) sendo sinalizada na Índia. Para o Brasil o USDA prevê aumento de 2,5%.

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Na tabela abaixo, elaborada a partir dos dados do USDA, os principais consumidores mundiais de carne de frango estão ordenados segundo o volume bruto consumido. Assim, nela, os EUA surgem na primeira posição, seguidos por China e União Europeia. O Brasil é o quarto maior consumidor do produto. Mas essas posições se alteram totalmente ao se relacionar o consumo total às respectivas populações. Chega-se, senão a um resultado absoluto, a um consumo per capita muito próximo do real. E, nele, quem assume a primeira posição como maior consumidor pelo quesito “per capita” é a Malásia, com mais de 55 kg. O Brasil, por esse quesito, assume o terceiro posto com 44,631 kg per capita, atrás dos EUA com 47,691 kg e à frente da Argentina, com 43,093 kg. China e Índia, detentores de mais de um terço da população mundial caem para as duas últimas posições, com um consumo per capita de carne de frango inferior à média mundial – 11,902 kg.


Guia AviSite 2018 Tendências das exportações mundiais em 2018

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esmo em recuperação em relação a anos anteriores, as exportações norte-americanas de carne de frango permanecerão mais de 4% abaixo do que foi alcançado cinco anos antes, em

2013. Já para o Brasil são previstas exportações quase 20% maiores que as de 2013 (o volume previsto - 4,150 milhões

de toneladas - não inclui pés e pernas de frango), o que, se confirmado, elevará a participação brasileira no comércio mundial do produto de 34% para 36%. Porém, os maiores índices de expansão estarão sendo registrados pela Tailândia. Em um quinquênio aumento de quase 60% no volume exportado e de mais de 40% na participação do comércio mundial.

Os grandes importadores de carne de frango em 2008 e 2018

A

s previsões para 2018 sobre o possível comportamento dos maiores importadores mundiais de carne de frango apresentam muita similaridade com o que foi observado uma década atrás. Assim, por exemplo, oito dos 10 principais países já integravam o quadro de líderes em 2008. Mas há, também, mudanças sensíveis. Em 2008, quem

liderava as importações mundiais era a Rússia, hoje ausente do quadro e transformada em (por ora, pequena) exportadora. Perdeu importância, igualmente, o Vietnã. Pelos dados do USDA, com a saída da Rússia quem passou a ocupar naturalmente o primeiro lugar no rol dos “10 mais” foi o Japão, agora seguido pelo México (5º lugar em 2008). Além disso, o rol passou a contar com China e Cuba.

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Caderno Retrospectiva / Perspectiva

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Caderno Retrospectiva / Perspectiva Frango chinês: ruim para a China, bom para o Brasil

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nalisando as perspectivas de 2018 para o mercado de carne de frango da China, o Departamento de Agricultura dos EUA observa que o ano tende a apresentar, novamente, resultados negativos para o produtor chinês – o que deve incrementar as importações do produto e beneficiar ainda mais a carne de frango brasileira. No tocante ao produtor chinês, o USDA observa que tende a enfrentar em 2018 o terceiro ano consecutivo de prejuízo e de redução da produção, situação devida à combinação de três fatores: (1) surtos contínuos de Influenza Aviária (IA) responsáveis por significativas perdas de plantel; (2) desconfiança dos consumidores, o que resultou em forte baixa dos preços; e (3) baixa disponibilidade de reprodutoras, devido ao longo período de proibição de importação de material genético proveniente, sobretudo, dos EUA e da França, países também afetados pela IA. E como tudo isso resulta em menor disponibilidade de carne de frango, a China segue aumentando suas importações de maneira significativa, o que também se repete pelo terceiro ano consecutivo. Com o Brasil saindo como principal beneficiário. Notar, pelo gráfico abaixo, que dez anos atrás, em 2007, as exportações brasileiras de carne de frango para a China não chegavam às 100 mil toneladas anuais, passando a crescer significativamente a partir de 2010, ano em que, por de-

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sentendimento de ordem comercial, o governo chinês passou a restringir a importação da carne de frango norte-americana. Na projeção para 2017 o USDA preferiu não individualizar os países fornecedores. Mas os dados de 2016 indicam que, então, eles estavam reduzidos a quatro, ou seja, não só os EUA foram alijados do mercado chinês. E um levantamento recente, também do USDA, relativo ao primeiro semestre de 2017 mostram que os quatro exportadores atuais são, além do Brasil, Argentina, Chile e (representando a União Europeia) Polônia. Que, neste caso, tem participação apenas marginal: não mais que 1% do total importado pela China no semestre. Quer dizer: o Chile respondeu por 4%, a Argentina por 12% e o Brasil por 83%. Nas previsões do USDA, em 2018 a China aumenta em 7% suas importações de carne de frango, com o que deve chegar às 480 mil toneladas. Assim, se o Brasil conseguir manter o mesmo nível de participação apontado para o semestre inicial de 2017, suas exportações para o mercado chinês ficarão próximas de 400 mil toneladas. Notar que, em suas projeções, o USDA exclui as importações de pés/patas de frango. E, aparentemente, nos dados ora apresentados, não leva em conta o que entra no mercado chinês através de Hong Kong. Ou seja: o volume exportado pelo Brasil deve ser bem maior que o apontado.


Informe Técnico-Comercial

Proteger o rendimento dos frangos de corte: oito bilhões de aves não mentem Autor: Megharaja Manangi - Cientista de Pesquisa Senior, Nutrição Avícola, Novus International Inc

N

os Estados Unidos, o maior país produtor de aves a nível mundial, as decisões de produção de frangos de corte se baseiam nas margens mais ajustadas, às vezes tão pequenas como uma fração de um centavo por libra. Com margens tão estreitas que separam os produtores, o rendimento das aves é um indicador chave do sucesso. Os produtores podem colaborar com a saúde intestinal e a rentabilidade geral suplementando os frangos de corte com uma fonte de metionina que pode proteger o rendimento melhorando a relação de conversão alimentar (FCR), a taxa de crescimento, o rendimento da carne e aumentando a rentabilidade do produtor.

A fonte importa A metionina é um aminoácido essencial, o que significa que os corpos dos frangos (da mesma forma que os humanos) não podem fabricá-lo, portanto devem consumi-lo. A metionina é também o primeiro aminoácido limitante nas aves. O crescimento de um frango está limitado pela quantidade de metionina suplementada, até certo ponto. Existe um valor de metionina em vários ingredientes do alimento consumido pelos frangos de corte, mas uma dieta típica para frangos não contém a quantidade suficiente para cobrir suas necessidades para um crescimento ótimo. A forma mais econômica de atingir o nível necessário é fornecê-lo em forma de suplemento alimentar. Das fontes disponíveis para a su-

Fig. 1 Quantidade de frangos de corte por fonte de metionina Milhões de frangos de corte – Ano plementação de metionina (DL-metionina, L-metionina e HMTBa), HMTBa (ácido 2 hidroxi-4-metil-tio-butanoico) é quimicamente diferente de D- e L-metionina. HMTBa é uma forma natural de precursor de metionina que é absorvido de forma diferente dentro do corpo do animal e utiliza menos energia.

Proteção do rendimento

Existe um valor de metionina em vários ingredientes do alimento consumido pelos frangos de corte, mas uma dieta típica para frangos não contém a quantidade suficiente para cobrir suas necessidades para um crescimento ótimo

Foram avaliados os dados que mostravam oito bilhões de frangos de corte nos EUA de uma organização independente e referente da indústria, a respeito da diferença no crescimento e do rendimento de carcaça entre as aves suplementadas com HMTBa e DL-metionina. Os dados mostraram que aproximadamente 75% dos frangos de corte nos EUA consomem HMTBa, enquanto só 25% consomem DL-metionina (Fig. 1).

Conversão alimentar Para os níveis recomendados hoje para a suplementação com metionina, as aves alimentadas com HMTBa tornam mais eficiente a alimentação em ganho de peso na comparaA Revista do AviSite

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Informe Técnico-Comercial Taxa de crescimento Os frangos de corte alimentados com HMTBa tiveram uma taxa de crescimento superior, ganhando uma massa corporal objetiva de 6 libras entre 0,5 e 1,7 dias antes (Fig. 3). Com uma média de um dia antes, com um dia equivalente a um ponto de conversão alimentar, o valor econômico de escolher HMTBa sobre DL-metionina como fonte de metionina equivale aproximadamente a USD 10.000 por cada milhão de aves produzidas.

Rendimento da carne

Fig. 2 Eficiência energética de frangos de corte Média 2012/2013 – 15% melhor F/G - $0,025/valor de frango ção com as aves que consomem DL-metionina (Figura 2). Isto está bem definido na literatura científica e os dados da indústria os apoiam ainda mais. Atualmente, as dietas de frangos de corte são mais densas do que em anos anteriores porque a mudança na genética animal requer mais aminoácidos para gerar mais proteína e crescer mais em tamanho, e mais rápido. Esta é uma mudança fundamental na indústria e as dietas avícolas mudaram para satisfazer a genética do animal. As aves que consomem DL-metionina deixarão de comer quando os níveis de metionina no plasma sanguíneo forem demasiado altos. As aves alimentadas com HMTBa têm níveis muito mais baixos de metionina no plasma sanguíneo porque HMTBa torna-se em metionina nos tecidos. Isto permite que as aves alimentadas com HMTBa tenham maior ingesta de alimento em altos níveis de suplementação de metionina.

Uma análise mais detalhada mostra que os complexos de frangos de corte que cobrem suas necessidades de metionina com HMTBa têm uma melhoria no rendimento da carne sem miúdos (Figura 4). Com um aumento em média (20052015) do rendimento de 1,67%, os produtores obtêm carne mais vendável de cada frango. O valor econômico desta melhoria no rendimento da carne equivaleria a outro benefício de USD 0,03 – 0,04 por frango de corte. Ou USD 30.000 40.000 por cada milhão de aves produzidas.

Fig. 3 Taxa de crescimento de frangos de corte por fonte de metionina. Dias a 6 lb – Ano

Fig. 4 Rendimento da carcaça sem miúdos Rendimento (%) – Ano

Valor de HMTBa No caso dos frangos de corte, há um valor agregado quando é escolhida HMTBa como fonte de metionina. HMTBa é uma fonte quimicamente diferente e funcionalmente melhor de metionina com outro valor, além de satisfazer as necessidades básicas de aminoácidos do animal. Por ser um composto químico diferente e melhorar a eficiência energética, oferece o benefício adicional de reduzir o impacto ambiental da produção de carne. A fonte de metionina de um produtor deve gerar o maior valor econômico. A análise da avaliação comparativa por terceiros do desempenho pela fonte de metionina mostra que a HMTBa, em forma de suplemento alimentar.

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Informe Técnico-Comercial

Utilização de Fitogênicos em Nutrição Animal Autor: Reginaldo Teixeira, Gerente de Vendas Anpario Brasil

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uso frequente de Fitogênicos em dietas para aves e suínos está cada dia se tornado mais frequente, isto devido a inúmeros trabalhos apresentados em vários países evidenciando a utilização dos mesmos como uma alternativa segura e funcional em relação aos antibióticos. O interesse específico neste tipo de aditivo se deve a estarmos pensando sempre na sustentabilidade da produção animal, focando principalmente o meio ambiente, bem estar animal e aspectos sócio econômicos. Podemos classificar a produção animal em 3 conceitos: Orgânico: animais alimentados com dieta vegetariana livre de OGM ou pesticidas sintéticos tóxicos, mas os antibióticos podem ser utilizados

para tratamento. As aves podem receber antibióticos via ovo. Sem antibióticos (ABF): aves nunca recebem antibióticos, inclusive via ovo. Não há como verificar. Natural: principal exigência é que os animais não consumam ingredientes artificiais, mas não há processo de verificação. Desde os tempos antigos, os gregos sabiam que o orégano tinha certas propriedades medicinais. Povos mediterrâneos usavam orégano como conservante de carne. Hipócrates (5º Cent. AC), o Pai da Medicina, usava orégano para a cura de várias doenças, tais como dor de estômago, doenças respiratórias, etc..Uma ampla descrição do orégano e seus usos podem ser encontrados em livros escritos por Teofrasto (372-287 aC), Dioscorides (1º

Como Orego-Stim® funciona? Carvacrol e timol (fenóis naturais) alteram a membrana celular, aumentando a sua permeabilidade, resultando em desequilíbrio osmótico e a morte celular.

Oregano Stim: Modo de Ação Rompimento da membrana lípidica, Desequilibrio Osmótico, Morte da Célula

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Cent. AC).Na Idade Média, o orégano também foi usado para o tratamento de diarréia, psoríase, doenças fúngicas, etc. A Anpario Plc, empresa multinacional inglesa presente em todos os continentes, está disponibilizando ao mercado brasileiro o OREGO STIM : Óleo essencial de Oregano - Formulação Pó e Líquida. O produto é patenteado na UE (nº 0835120) e EUA (nº 6106838) e está em conformidade com a Comunidade de registro de aditivos alimenticios, regulação (EC) 1831/2003. Além disso, é classificado pelo FDA – EUA produtos reconhecidos generalmente como seguros (GRAS) . Contém timol, carvacrol e mais 35 compostos (todos são importantes para eficácia com vários modos de ação).


Diagrama (a) mostra bactéria inespecífica antes do tratamento com óleo de orégano Diagrama (b) mostra a mesma bactéria após o tratamento com óleo de orégano. Destruição completa da bactéria é claramente visível

Orego-Stim® Mantém a saúde das aves, em poedeiras e matrizes:

Orego-Stim® Em frangos de corte:

Ajuda a manter o sistema imunológico saudável Maximiza a saúde intestinal Produz fezes mais secas = menos amônia Redução da mortalidade Diminuição da incidência de diarréia causada por doenças comuns Melhora a produção de ovos através de melhor uniformidade das aves e aumento na qualidade da casca reduzindo ovos trincados.

Melhor ganho de peso, antecipando abate Melhor conversão alimentar Melhor fator de eficiência de aves Mantém o apetite durante período de estresse

Testado e aprovado Resumo de avaliações na Postura Comercial CA

Produção de Ovos

Mortalidade

Melhorou 6%

Melhorou 2.5% (Amplitude: 1-4%)

Diminuiu 68% (Amplitude: 59-78%)

Peso Corporal Aumento 10% (Amplitude: 8-12%)

Fontes: Chiong S.T., Malaysia (2000); Mansor F. et al., Malaysia (2001); Eifrisch Vermakhtung GmbH, Germany (2005); Meriden Phil. Limited, Philippines (2006); Haysam Demeriah, Syria (2006).

Testado e aprovado Resumo de avaliações em Frangos de Corte Ganho de Peso

CA

Mortalidade

Aumentou 16% (Amplitude: 15-17%)

Melhorou 5% (Amplitude: 3.5-6.5%)

Diminuiu 44.5% (Amplitude: 33-56%)

Fontes: Saini et al. (2000); Kyriakis, Cook College, Rutgers University, US (1997); Waldenstedt et al., Swedish Lidaborg University (1999); Meriden R & D and Technical Dept. (2006); Yecapixtla, Mexico; M. R. Batungbacal et al., Los-Banos University, Philippines (2006); Chinese Agricultural University (2001), etc

Níveis Recomendados: Orego-Stim Pó - Premix/Ração

Orego-Stim Líquidoz:

Matrizes Pesadas e Postura Comercial - Fase Cria / Recria

Matrizes - Fase Produção e Postura Comercial

Frango de Corte

Postura Comercial/Frangos de Corte e matrizes

500-700g/ton

300-500g/ton

150-300g/ton

150-500 ml/1.000 litros de água

Contatos

Anpario Saúde e Nutrição Animal Ltda www.anpario.com David Dinhani Junior (11) 94335-2365 Reginaldo Teixeira (44) 99159-2113 Leonardo Aguiar do Amaral (51) 99836-2791 Magali Galera da Silva (11) 3901-4267/3765 (11)98341-0691 – Tim (11)96419-3614 - Vivo

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Informe Técnico-Comercial ™ micoplasma IDEXX RealPCR RealPCR* para IDEXX : uma ferramenta avançada a Test With Confidence™ ser aplicada na detecção do Mycoplasma

Tecnologia de detecção por meio de material genético oferece precisão superior na monitoria de Mycoplasma gallisepticum (MG) e Mycoplasma synoviae Permitem detectar com precisão espécies de(MS)

A

micoplasma que causam perdas econômicas significativas em operações avícolas

s bactérias Mycoplasma gallisepticum (MG) e Mycoplasma synoviae (MS) estão entre os patógenos que mais causam prejuízos econômicos à indústria avícola. Esses agentes têm capacidade de evadir o sistema imune e de criar resistência a antimicrobianos. A doença é inicialmente assintomática, mas geralmente se torna crônica. As aves infectadas podem permanecer portadoras e a disseminação ser lenta, o que torna imprescindível o diagnóstico laboratorial. São comuns problemas respiratórios, perda na produção de ovos, perdas no nascimento e aumento da mortalidade. IDEXX RealPCR* para micoplasma oferecem o máximo Apresentação dos testes IDEXX RealPCR* para A Micoplasmose é tão importante que faz parte dodePrograma Nacional de Controle no Brasil e em diversos países do flexibilidade em testes, com dois testes específicos as duas espécies mais comuns de micoplasma mundo. Está amplamente reportado que lotes livres de Micoplasma têm melhor produtividade e somente um programa de mode espécies e um teste multiplex de MG/MS, que em aves: Mycoplasma gallisepticum (MG) e nitoria podeMycoplasma garantir osynoviae sucesso(MS). no controle da doença. detectam e diferenciam simultaneamente os dois alvos, Essas bactérias são aumentando a performance dos laboratórios. amplamente prevalentes, afetando galinhas e As espécies MG e MS são amplamente prevalentes, afetando galinhas em todo o mundo e resultando em perdas econômicas todo o mundo e resultando emuso perdas significativas perus para em operações avícolas. Com o de uma ferramenta demicoplasma detecçãopara mais e confiável, sanitaristas e O teste RealPCR* para MG eprecisa MS econômicas significativas para operações do sistema modular IDEXX RealPCR™, produtores podem se prevenir com maior confiabilidade fazem contraparte os riscos de surtos. avícolas. Com uma detecção precisa e confiável, agora os veterinários e produtores podem gerenciar surtos com mais confiança.

que fornece diagnósticos laboratoriais com opções

de testes rápidos e eficientes, além de resultados Resultados altamente sensíveis e confiáveis confiáveis.

A monitoria por PCR em tempo real para MG e MS é complementar ao monitoramento por ELISA. O programa de monitoria se inicia com as bisavós, seguido pelas avós e finalizando nas reprodutoras, devendo ser sistemático, de maneira a evitar a introdução do agente nos galpões livres de MG/MS. Devem ser considerados também o trânsito de animais, criações de fundo de quintal, além da infecção horizontal. Proteja sua operação avícola RealPCR™ com resultadoséaltamente O teste DNA Multiplex MG/MS capaz desensíveis detectareeconfiáveis diferenciar simultaneamente ambos os micoplasmas numa mesma amplificação, de uma mesma amostra. A sensibilidade do teste permite a detecção dos alvos diluídos até dez vezes Sensibilidade analítica do teste DNA multiplex MG/MS RealPCR* para ambos os laboratórios. alvos em diluições de dez vezes e oferece o máximo de flexibilidade no teste, otimizando a performance dos MG (FAM*)

MS (Cy*5)

Fluorescência (dRn)

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A Revista do AviSite


Informe Técnico-Comercial

Bacillus subtilis 29784: cepa específica que garante os benefícios anti-inflamatórios das moléculas melhoradoras de desempenho Autores: Estelle Devillard, Adisseo CERN; Lamya Rhayat, Adisseo CERN; Pierre-André Geraert, Adisseo França

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s antibióticos são utilizados na produção animal para diferentes fins, como tratamento para combater doenças infecciosas que afetam rebanhos, em uso profilático para prevenir surgimento de enfermidades e como promotores de crescimento para melhorar o desempenho de animais.

Inflamação e promoção do crescimento Elucidar o mecanismo de ação dos antibióticos na melhoria do desempenho produtivo dos animais não foi tarefa fácil, mas atualmente este efeito já está comprovado e é um conceito aceito na produção animal. Além do seu efeito antimicrobiano per se, o conceito de que os antibióticos melhoradores de desempenho (AMD) atuam mais por meio da redução da atividade anti-inflamatória do que pela redução da microbiota intestinal, foi introduzido pelo Prof. Theo Niewold (2007). Esse pesquisador demostrou relação entre os antibióticos utilizados como melhoradores de desempenho e suas propriedades anti-inflamatórias na parede intestinal de aves (Fig 1). O uso de antibióticos como melhoradores de desempenho (AMD) e o uso profilático destes vêm sendo banidos

Figura 2. Produção de IL-8 sob estimulação com IL-1 por células Caco-2 em diferentes países ao redor do mundo, em especial na União Européia que proibiu o uso de AMDs desde 2006. No Brasil, tendências à restrição já são uma realidade sendo que moléculas como sulfato de colistina, eritromicina, espiramicina, entre outras, foram proibidas como AMD. Assim, a fim de assegurar a saúde e produtividade animal, empresas avícolas e de produção de suínos tiveram que aperfeiçoar o gerenciamento da sua produção. Uma das respostas encontradas foi direcionar suas ações ao uso de probióticos. Entre os produtos com efeito probiótico, a sugestão é buscar aqueles que

Figura 1. Resumo da relação entre efeito anti-inflamatório e efeito de promoção do crescimento de diferentes tipos de antibióticos. Adaptado de Niewold - Poultry Science, 86, 2007.

tenham capacidade de redução da resposta inflamatória na parede intestinal dos animais e auxiliam na manutenção da integridade desta parede. A capacidade da cepa de Bacillus subtilis 29784 (Alterion®) em reduzir a resposta inflamatória como efeito direto foi avaliada, sem levar em consideração o efeito sobre a microbiota. Esta capacidade em reduzir a resposta inflamatória foi ainda comparada aos efeitos de outras duas cepas de Bacillus subtilis (denominadas Bs A e Bs B) encontradas em produtos probióticos comerciais. Para testar a capacidade das células vegetativas do Bacillus em diminuir a resposta inflamatória, utilizamos um modelo in vitro: uma monocamada de células epiteliais intestinais (Caco-2) em um sistema Transwell. As três cepas bacterianas (Bs A, Bs B e Alterion®), juntamente com um controle positivo, um composto conhecido por suas fortes propriedades anti-inflamatórias, o galato de epigalocatequina (EGCG), foram avaliados. As células intestinais foram então estimuladas para mimetizar a resposta inflamatória. A estimulaA Revista do AviSite

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Informe Técnico-Comercial

Figura 3. Medições de fluxos TEER e D-manitol

No Brasil, tendências à restrição de antibióticos como melhoradores de desempenho já são uma realidade. Assim, a fim de assegurar a saúde e produtividade animal, empresas avícolas tiveram que aperfeiçoar o gerenciamento da sua produção. Uma das respostas encontradas foi direcionar suas ações ao uso de probióticos 44 A Revista do AviSite

ção foi realizada expondo as células Caco-2 à interleucina 1 beta (IL-1 beta), um indutor inflamatório. O nível de resposta inflamatória foi medido pela produção de interleucina 8 (IL-8), um marcador de inflamação aguda. O modelo in vitro foi efetivo e observamos que a estimulação das células Caco-2 com IL-1 (tratamento controle com estresse) induziu efetivamente o aumento na produção de IL8, quando comparado com o controle com células não estressadas. O uso do EGCG nas células Caco-2 estressadas foi muito eficaz na prevenção da resposta inflamatória. Finalmente, mesmo que todas as cepas de Bacillus tenham mostrado uma tendência em reduzir a resposta inflamatória, Bacillus subtilis 29784 (Alterion®) foi muito mais eficaz, diminuindo a produção de IL-8 para o nível obtido com o tratamento que utilizou o composto anti-inflamatório EGCG. As outras cepas de Bacillus diminuíram ligeiramente a inflamação, mas não conseguiram retornar completamente ao nível do tratamento com EGCG (Fig 2).

Integridade intestinal, uma barreira natural importante a considerar Preservar a integridade da ‘barreira intestinal’ também é fundamental para o desempenho e a saúde dos animais. Além de garantir a absorção de nutrientes, a mucosa intestinal também desempenha um papel importante na proteção do sistema imunológico dos animais através da produção de

muco, e prevenção contra bactérias e toxinas que entram na corrente sanguínea. Para testar o efeito direto do Bacillus subtilis 29784 (Alterion®) na função da ‘barreira intestinal’, utilizamos o mesmo modelo de Caco-2 como descrito anteriormente. Desta vez, a estimulação foi realizada com TNF-α, uma molécula pró-inflamatória que pode levar à deterioração da integridade da ‘barreira intestinal’. Mensuramos a resistência elétrica transepitelial (TEER), que representa a tensão entre o lado apical e o lado basolateral - ou seja, corresponde à passagem das moléculas. Quanto maior o TEER, melhor a integridade epitelial. A análise da via paracelular com D-manitol nos permitiu avaliar ainda mais a integridade da ‘barreira intestinal’, já que mais D-manitol passando do lado apical para basolateral significaria que a integridade da barreira foi danificada. A estimulação com TNF- diminuiu o TEER e aumentou o fluxo de manitol, conforme esperado. A cepa de Bacillus subtilis 29784 restaurou os parâmetros para níveis semelhantes aos de células não estimuladas (Fig 3). Assim, a cepa Bacillus subtilis 29784 (Alterion®) mostrou ter propriedades anti-inflamatórias, como observado com a maioria dos antibióticos utilizados como melhoradores de desempenho. Além disso, esta cepa única tem a capacidade de manter a integridade da barreira intestinal, fundamental para garantir o melhor desempenho produtivo, bem como o bom estado de saúde em animais de produção.



Evento

Público Presente

Vitrine do setor avícola, Paraná foi palco da 5ª edição do Workshop Sindiavipar Encontro abordou assuntos técnicos e também a gestão de pessoas

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eguindo o avanço da importância dos eventos regionais e promovidos por entidades, o V Workshop Sindiavipar (9 e 10 de novembro, Foz do Iguaçu, PR), confirmou os números e provou porque o Paraná ainda é a vitrine da avicultura brasileira. O estado abate mais de 3 mil aves por minuto e se mostra uma máquina na geração de receitas e de empregos. Com destaque para as regiões Norte e Oeste, diversas cidades se transformam em polos avícolas, como, por exemplo, Maringá, Palotina, Cascavel, Joaquim Távora, Jaguapitã, Ubiratã, Cafelândia e Itaipulândia. Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do

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Estado do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins, a principal proposta desta edição do evento foi apresentar soluções e perspectivas para os próximos anos. “Tivemos a presença de especialistas de todas as etapas da cadeia produtiva. Com isso, foi possível entender as transformações e tendências em todos os processos”, ressaltou. Entre os palestrantes estiveram o representante Regional da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), Luis Barcos, com sua palestra “OIE- Sanidade Avícola”, o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, que abordou “Perspectivas da Avicultura de Corte” e o diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Iná-

cio Kroetz, com a palestra “Defesa Sanitária: Como superar nossos desafios”. Francisco Turra afirmou: “Sobre a crise econômica, nós [agronegócio] contribuímos de uma maneira extraordinária: o PIB do agro cresceu 15%. A avicultura não teve desemprego, não vimos uma crise tão profunda.”, analisou Turra. Sobre os desafios do ano, destacou a importância da atuação da entidade junto aos órgãos que representam o setor. Já para 2018, o executivo alerta que “ainda há muita coisa para se definir, mas o consumo mundial está aquecido, a produção mundial caiu, o consumo subiu 4,5% e a produção 0,8%. Isso é um bom indicador para países como o Brasil que podem crescer”, afirmou.


Jantar do Galo

Domingos Martins, Francisco Turra e Osler Desouzart

Enquanto o consumo cresce, as exigências e valores do consumidor também se alteram. Em sua palestra “Perspectivas do mercado mundial de carnes”, o especialista em comércio internacional, Osler Desouzart, mostrou a evolução desta percepção. De acordo com ele, nas décadas de 60 e 70, as preocupações eram a quantidade e o prazo de entrega do produto. “Atualmente eu tenho um consumidor que diz ‘eu sou o teu presidente’, você tem que atender às minhas exigências e incidentalmente eu não tenho a menor ideia de qual seja’”, destacou. Para se manter competitivo no mercado, uma das palavras imprescindíveis em uma empresa é gestão. O “Controle de custos da produção avícola”, por exemplo, está dentro dessa função, e foi o tema da palestra do suporte técnico internacional da Cobb-Vantress, Vitor Hugo Brandalise. A dica do especialista é focar mais em custo de produção do que eficiência operacional. “Muitas vezes a eficiência, somente resultado de desempenho, não é o mais econômico. Então nós temos que trabalhar muito em custo”, declarou. O V Workshop Sindiavipar contou também com a realização do tradicional Jantar do Galo, na noite do dia 9 de novembro, que reuniu os principais representantes da cadeia produtiva avícola do país para uma confraternização.

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Evento

Zoetis tem espaço para falar sobre salmonelas Gerente destaca a importância das pessoas e sua capacitação no controle da enfermidade

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azendo uso de toda a sua expertise no assunto, a Zoetis incumbiu a sua Gerente de Produtos, Eva Hunka, de falar sobre o controle das salmoneloses através da biosseguridade. Hunka defendeu a ideia de controle integrado para o controle de Salmonella: manejo, biossegurança e vacinação. Lembrando sempre da importância das pessoas e sua disciplina e iniciativa. “Temos que ter as pessoas certas nos lugares certos”, afirmou. De acordo com a especialista, a tática é estar “sempre alerta”. Hoje, temos ferramentas, a biossegurança, produtos como os probióticos, os ácidos orgânicos e vacinas, que são importantes nesse processo, mas precisamos capacitar pessoas, relatou.

Vacinação: eficiência no combate à Salmonella

Eva Hunka: Controle integrado: manejo, biossegurança e vacinação

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No portfólio de produtos da Unidade de Aves da Zoetis estão as vacinas Poulvac ST e Poulvac SE. A Poulvac ST, mais recente, atua no combate à Salmonella typhimurium e Salmonella heidelberg. O principal benefício do produto é reduzir a contaminação por essas bactérias. O programa permite oferecer ao mercado uma proteção eficiente e duradoura contra diferentes espécies de Salmonella. A Poulvac SE apresenta três amostras inativadas de Salmonella enteritidis, e é indicada para a vacinação de aves sadias a partir de oito-doze semanas de idade. Como medida auxiliar, também atua na redução da colonização dos órgãos internos, incluindo os tratos reprodutivo e intestinal.


Com grande experiência como acadêmico e também em empresas, Mario Penz palestra sobre liderança Para ele, cuidado com a equipe é essencial Sempre disputadas, as palestras de Mario Penz refletem seus conhecimentos como acadêmico e profissional

Debate em que o público pode fazer perguntas e interagir

“Todos os setores precisam estar comprometidos na tarefa de formar os jovens”

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ario Penz, professor de 40 mil alunos e Diretor global de contas estratégicas da Cargill Animal Nutrition, foi uma escolha certeira da organização do V Workshop do Sindiavipar para falar sobre liderança e gestão de pessoas. Ponto crucial na avicultura brasileira, que se desenvolveu e se modernizou rapidamente, a capacitação de pessoas e jovens universitários foram um dos tópicos abordados por Penz. Ele também citou alguns dados, que considera alarmantes: Atualmente existem 500 faculdades relacionadas à avicultura (agronomia, veterinária e zootecnia). Todos os anos, 179 mil alunos iniciam estes cursos, mas apenas 18 mil chegam à conclusão de fato. Mas Penz se concentrou de fato em discutir a necessidade de um maior contato entre a universidade e a indústria e empresas em geral. “A Universidade não sabe o que a empresa precisa. E todos os setores precisam estar comprometidos na tarefa de formar os jovens”. E depois da formação, as empresas precisam também saber como reter os bons profissionais e manter os seus talentos. O palestrante também afirmou que toda as vezes em que entra em uma granja, ele olha primeiro para os avicultores, já que o cuidado com a equipe é essencial. “Esse negócio chamado avicultura depende de pessoas, tanto as que lideram quanto as que são lideradas. São os técnicos que estão visitando as propriedades rurais e também os proprietários do local. Nós não lidamos diretamente com os animais, nós lidamos com um conjunto de fenômenos que passa pelo ser humano”, afirmou o especialista. A Revista do AviSite

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Evento

Anpario, que busca expansão no país, participa do V Workshop do Sindiavipar com palestra Alternativas ao uso de antibióticos na produção foi tema escolhido

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ambém uma das patrocinadoras do V Workshop Sindiavipar, a Anpario atua com o desafio de levar ao campo um novo conceito de nutrição para a produção animal atendendo as crescentes demandas por soluções naturais com foco na segurança e qualidade do alimento. A empresa, que está buscando expandir sua presença no país, é produtora de óleos essenciais e ácidos orgânicos para a substituição dos antibióticos com foco no controle da salmonella. A resistência aos antimicrobianos é um dos maiores desafios para a saúde pública global e tem merecido a atenção do mundo inteiro, incluindo as empresas produtoras de alimentos. O uso inadequado desses medicamentos pode potencializar o surgimento de microorganismos multirresistentes, representando grave problema para a saúde humana e dos animais. O gerente técnico da Anpario, Leonardo Aguiar do Amaral, apresentou uma palestra sobre alternativas ao uso de antibióticos na produção, assunto bastante atual no setor. “Os antibióticos sempre foram utilizados na produção de carnes e ovos e realmente foram ferramentas excelentes ao longo de vários anos, só que o mercado está mudando. Hoje há uma demanda por parte do mercado consumidor, por alimentos livres destes compostos. Então, algumas alternativas são os aditivos como prebióticos, probióticos, simbióticos e, principalmente, ácidos orgânicos e óleos essenciais”, contou.

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A Revista do AviSite

Representantes da empresa estiveram presentes no V Workshop Sindiavipar

Redução do uso de antibióticos é tema atual no setor e chamou a atenção dos participantes

Leonardo do Amaral foi o responsável pela apresentação da empresa


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Informe Técnico-Comercial

Importância da monitoria sanitária para determinar o perfil de coccidiose Autora: Sthéfanie C. Dassi, Assistente técnica-Avicultura, Elanco Saúde Animal

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rotina de campo das agroindústrias requer profissionais altamente versáteis com capacidade para trabalhar em diversas atividades, entre elas a tomada de decisão baseada em informações de qualidade. O correto uso dos dados, tais como registro de prevalência e escore das lesões encontradas nas necropsias de rotina, são essenciais para monitoria constante da situação de campo da empresa. O HTSi™ (Health Tracking System) é um sistema global de monitoria sanitária da Elanco Saúde Animal, presente no Brasil há 10 anos, que gerencia dados de necropsia e mapeia o status sanitário das aves ao longo do tempo. Por meio de relatórios mensais, o HTSi™ traz informações de alto impacto às em-

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A Revista do AviSite

presas e as auxilia a interpretar os achados de lesão de acordo com sua realidade. Um dos parâmetros mais importantes do HTSi™ é o Índice de Integridade Intestinal (I²), que avalia 23 condições, entre elas as principais coccídias que afetam a avicultura de corte. A metodologia utilizada a campo para a detecção das lesões de coccidiose é a de necropsia individual das aves e pontuação de cada coccídia em escores de lesão definidos por Johnson e Reid (1970), onde escore 0 significa ausência de lesões e escore 4 significa lesões severas. De acordo com Jeffers (2012), quando comparado ao método do oocistograma (contagem de oocistos presentes na cama do aviário ou raspado de mucosa), os escores de lesão são amplamente mais vantajosos.

Fazer parte de um sistema de monitoria sanitária é ter à mão um registro controlado, com histórico de informações da integração, que auxilia no posicionamento estratégico das empresas

Enquanto o oocistograma requer equipamentos especializados e não é capaz de detectar a real infectividade dos oocistos, os escores de lesão permitem identificar a severidade das lesões e são altamente correlacionados ao desempenho das aves. Quadros de coccidiose trazem prejuízos zootécnicos e econômicos às integrações. Um recente trabalho de Kasab-Bachi et al (2016) utilizando dados de mais de 33 mil lotes dos Estados Unidos e Reino Unido, identificou relações importantes entre


parâmetros zootécnicos e o índice de Integridade Intestinal determinado pelo HTSi™ (Quadro 1). Esse estudo aponta que a integridade e funcionalidade do intestino são essenciais e correlacionadas aos resultados econômicos. O banco de dados brasileiro, com mais de 188 mil aves necropsiadas individualmente de 2007 até o presente, permite a geração de dados de Benchmarking regionais e a identificação de tendências em determinadas enfermidades entéricas. Em relação à coccidiose, é possível identificar que a idade de maior desafio sanitário está entre 24 e 30 dias (Gráfico 1). Analisando a prevalência das principais coccídias para frangos de corte nos últimos 3 anos, em uma base de dados de 66.800 aves, observa-se que o perfil do desafio coccidiano entre as regiões do Brasil é diferente. A região Centro-Oeste possui os menores desafios. A região Sudeste possui os maiores percentuais de E. maxima e E. tenella e a E. acervulina é a coccídia de maior prevalência na região Sul (Gráfico 2). É importante monitorar a eficácia dos programas anticoccidianos para assegurar sua efetividade. Fazer parte de um sistema de monitoria sanitária é ter à mão um registro controlado, com histórico de informações da integração, que auxilia no posicionamento estratégico das empresas.

Referências 1. HTSi™ – Health Tracking System – Elanco Saúde Animal. 2. Johnson, J. e Reid, W. M. Anticoccidial drugs: Lesion scoring techniques in battery and floor-pen experiments with chickens. Exp. Parasitology, 28:30, 1970. 3. Jeffers, T. K. Monitor efficacy of anticoccidial program. Feedstuffs, 84:04, 2012. 4. Kasab-Bachi, H., Arruda, A. G., Roberts, T. E., Wilson, J. B. The use of large databases to inform the development of an intestinal scoring system for the poultry industry. Preventive Veterinary Medicine, 2016. A Revista do AviSite

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AviGuia

Disseminar informações técnicas

Cargill Nutrição Animal e CHR-Hansen são as novas mantenedoras da FACTA A FACTA (Fundação APINCO de Ciência e Tecnologia Avícolas) tem duas novas empresas mantenedoras: a CHR-Hansen, que é referência global na área de soluções probióticas para a indústria animal; e a Cargill Nutrição Animal, representada no Brasil pela marca Nutron, especializada em soluções para a produção animal, por meio do desenvolvimento de núcleos, premixes e especialidades para os segmentos de aves, suínos, peixes, bovinos de leite e de corte. Segundo o Diretor de Marketing e Vendas da CHR-Hansen, Guilherme Borchardt Neto, a FACTA e seu Corpo Técnico são, sem dúvida nenhuma, uma referência na área avícola nacional. “Assim, vejo ser primordial que a CHR-Hansen participe ativamente das atividades técnicas e eventos da FACTA, além de uma oportunidade ímpar, para mim, representar a empresa no Corpo Técnico da FACTA. Os colegas que já participam possuem um background técnico muito sólido o que torna o ambiente muito propício para discussões engrandecedoras. Por outro lado, acredito que minha experiência também possa ser de grande proveito para todos”. Cassiano Martinho Ferreira, Gerente Técnico da Cargill, destaca ser de extrema importância para a empresa apoiar e fomentar uma instituição que difunde conheci-

mentos e tecnologias aplicáveis ao desenvolvimento sustentável da avicultura. “Acreditamos que as atividades que a FACTA promove, contribuem enormemente para o avanço nos debates pertinentes ao aperfeiçoamento do setor. É uma honra integrar o Corpo Técnico, principal instituição brasileira na divulgação de conhecimentos na área de ciência e tecnologia avícolas. Espero contribuir com minha experiência para o desenvolvimento da entidade e estarei à disposição para discutirmos o futuro e desafios do setor”. Para o Diretor Global de Contas Estratégicas da Cargill Nutrição Animal, Antônio Mário Penz Junior, que há muitos anos acompanha o trabalho da FACTA, a Fundação tem como propósito disseminar informações técnicas e de confiança para os profissionais do setor avícola. “Dessa forma, faz parte de minha responsabilidade recomendar à Cargill parcerias que aprimorem o conhecimento dos empresários, dos técnicos e dos produtores de aves do país. Estar junto da FACTA só reforça nossa missão de ajudar a alimentar o mundo de forma segura, responsável e sustentável, contribuindo com o crescimento do setor de produção animal no mundo todo. Fico muito feliz com esta parceria, pois temos valores similares àqueles da Fundação”, acrescenta Penz.

Seja um mantenedor FACTA A empresa que desejar ser mantenedora da FACTA tem benefícios como: inscrições gratuitas nos eventos promovidos (inclusive na Conferência), descontos na aquisição dos livros da biblioteca FACTA, assinatura do Brazilian Journal of Poultry Science, destaque especial no site da fundação, menção especial em todos os eventos promovidos e em todas as publicações técnicas editadas. Além de todos os benefícios citados, o mantenedor também passa a integrar o Corpo Técnico (CT) da FACTA, por meio da indicação de um profissional que terá a oportunidade de contribuir para a avicultura brasileira participando da elaboração dos temários técnico-científicos de todos os eventos realizados pela Entidade. As empresas interessadas em se tornarem mantenedoras podem preencher um cadastro diretamente no site da FACTA, por meio do link: www.facta.org.br/ institucional/mantenedores/ ou por meio do e-mail mantenedor@facta.org.br. Hoje a FACTA tem como mantenedoras as empresas: Boehringer Ingelheim, Ceva, CHR- Hansen, MSD Saúde Animal, Nutron, Vetanco e Zoetis.

Para área de engenharia

AB Vista amplia time de serviços técnicos e apresenta nova contratação A equipe de Serviços Técnicos da AB Vista foi recentemente ampliada, como parte da estratégia da empresa para fortalecer o suporte da fábrica de ração para clientes nas Américas. Joel McAtee juntou-se ao time AB Vista como Engenheiro de Aplicações de Alimentação para as Américas, tendo passado vários anos trabalhando em funções de Operação e Regulação em fábricas de ração e de pré-misturas. Dieter Suida, Diretor das Américas da AB Vista, diz que uma parte fundamental do papel de Joel será fornecer suporte á área de engenharia aos clientes na região das Américas.

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"Com sua vasta experiência em equipamentos e processamento de moinhos de ração, Joel desempenhará um papel fundamental no apoio aos clientes da AB Vista nas Américas com o projeto, operação e eficácia do equipamento de alimentação, incluindo tecnologia de dosagem de enzimas e equipamentos de granulação". McAtee se formou na Universidade Estadual do Kansas (USA) em Ciência e Gestão de Alimentos e posteriormente geriu a fábrica de alimentos da KSU Research, ajudando a construir e encomendar a nova fábrica de ração para pesquisas em ciências animais. Mais informações, visite www.abvista.com


Cevac Maximune PRO

A importância das reprodutoras para o crescimento da produção avícola O setor avícola é um dos que mais cresce no mundo. Segundo dados da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), em 2016 a produção mundial de frango foi de mais de 88 milhões de toneladas. O dado corrobora com o aumento do consumo de carne, que chegou aos 41kg por habitante somente no Brasil. As aves reprodutoras desempenham um papel fundamental para atender à crescente demanda desse mercado, pois são responsáveis pela produção de ovos, e assim de pintinhos de corte. “Devido a sua relevância econômica e impacto no suprimento de carne, estas aves são criadas em granjas com elevado nível de biosseguridade e com programas imunoprofiláticos mais intensos. Além disso, esses animais precisam de um acompanhamento produtivo e sanitário do lote efetivo, pois infecções clínicas e subclínicas trarão um enorme impacto produtivo. Por exemplo, uma reprodutora avó fêmea morta representará uma perda de aproximadamente 22 toneladas de carne no final da cadeia produtiva”, explica o Gerente de Serviços Técnicos da Unidade de Aves da Ceva Saúde Animal, Jorge Chacón. Para garantir a proteção adequada das reprodutoras, os produtores precisam detectar e quantificar os riscos sanitários da granja para desenvolver medidas preventivas que sejam adequadas aos desafios que serão enfrentados pelas aves no plantel. “O programa imunoprofilático deve ser constantemente monitorado e avaliado. O programa de monitoria também deve ser corretamente desenhado, conduzido e os resultados analisados com base no programa vacinal utilizado. Por exemplo, a sorologia pode ser usada tanto para avaliar o programa vacinal quanto para detectar infecções de campo que possam causar doença clínica e/ou queda da produtividade na granja. Além dos exames laboratoriais, outras ferramentas podem ser usadas e seus resultados analisados para avaliar a condição sanitária e produtividade do lote durante a criação”, afirma Chacón. Frente aos desafios impostos na criação de reprodutoras, a Ceva Saúde Animal desenvolveu a Cevac Maximune PRO, vacina inativada que oferece proteção contra as doenças de Gumboro, Newcastle, Metapneumovirose Aviária e Bronquite Infecciosa (BI), agindo contra as cepas BR e Massachusetts. A proteção contra a cepa BR torna o produto inovador, pois a vacina é a única do mercado a oferecer proteção robusta conta o vírus BR que é o agente infeccioso responsável pelas maiores perdas econômicas da avicultura brasileira. Em aves reprodutoras, além de causar problemas respiratórios, a Bronquite Infecciosa traz uma série de problemas, como diminuição da fertilidade, piora na produção e qualidade de ovos e problemas de eclosão. Em casos graves, a enfermidade pode levar o animal a óbito. Para maximizar os resultados, a Ceva Saúde Animal também oferece aos clientes um programa vacinal exclusivo para minimizar e eliminar os prejuízos causados pela BI em aves de vida longa. O programa une os diferenciais da Cevac Maximune Pro à eficácia da Cevac IBras, a primeira vacina viva contra a Bronquite variante brasileira (BR). “As granjas que vem utilizando o programa têm registrado redução da mortalidade de machos e fêmeas, eliminação do uso de antibióticos, maior número de ovos por ave alojada, melhor qualidade de casca e pinto, e principalmente, maior número de pintos por ave alojada”, afirma Chacón. Juntas, as vacinas conferem proteção robusta contra sinais clínicos, danos da atividade ciliar, lesões microscópicas e reduzindo a taxa de excreção viral. A vacina também tem demonstrado no campo resultados muito consistentes na proteção nas matrizes para Doença de Gumboro, e uma excelente transmissão de imunidade aos pintinhos (imunidade materna)

O design da nova geração dos incubatórios focados no futuro

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AviGuia

Projeto Global Planning

Garantia abastecimento da Cobb-Vantress em todo o mundo

Equipe da Cobb de comércio exterior Uma plataforma capaz de assegurar o abastecimento de material genético para regiões de todo o globo, mesmo em situações de alerta biossanitário. Este é o Global Planning, um projeto que reúne todas as unidades de negócios da Cobb-Vantress, líder mundial no fornecimento de aves de produção para frangos de corte e em especialização técnica no

Pela plataforma, departamentos de Planejamento ficam interligados e podem recorrer a filiais para vendas pontuais 56

A Revista do AviSite

setor avícola, em torno de um único objetivo: manter as vendas, garantindo a biosseguridade e o relacionamento com clientes. “Esta plataforma foi idealizada estrategicamente para suprir a demanda mesmo em casos de falta de disponibilidade de produto, por suspensão de comercialização de produto entre um país e outro, como no caso de países afetados recentemente pela Influenza Aviária, ou ainda por decisões estratégicas da empresa”, explica Ellen Machado, gerente do departamento de Planejamento e Comércio Exterior da Cobb e responsável pelo Global Planning no Brasil. Assim, se a região preferencial de atendimento a um determinado país registrar algum problema como os anteriormente citados, é possível solicitar o apoio de uma outra filial. Neste tipo de situação, as condições de preço e prazo continuam a ser definidas pela unidade responsável pela venda e não pela filial fornecedora no momento. “Como o Brasil é declarado livre da Influenza Aviá-

ria, em situações com registro da enfermidade no hemisfério norte, estamos aptos a ajudá-los para manter o abastecimento aos clientes daquela região”, explica Ellen. Recentemente, a unidade brasileira da Cobb integrou seu sistema de Planejamento ao utilizado mundialmente, o que contribuiu para a melhoria da comunicação com outras unidades. Esta transição foi benéfica para a unidade brasileira da Cobb por permitir o acesso da filial ao Global Planning, gerando vendas extras. A entrada no sistema internacional da Cobb já permitiu à Cobb Brasil realizar vendas para países como Filipinas, África do Sul, Senegal, Costa do Marfim, Omã, Turquia, Reino Unido, Espanha, República Dominicana e Rússia. Embora as vendas sejam pontuais, apenas pelo período em que a unidade preferencial não puder efetivar as vendas, o projeto permite o relacionamento com novos países e a destinação de produção extra, além de fortalecer o status biossanitário positivo da Cobb em qualquer região do globo.


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Estatísticas e Preços

Produção e mercado em resumo Produção de pintos de corte Outubro/2017 521,308 Milhões | 2,09%

Produção de carne de frango* Outubro/2017 1.109,954 Mil toneladas | -1,37%

Exportação de carne de frango Outubro/2017 358,809 mil toneladas | 16,47%

Disponibilidade interna* Outubro/2017 751,145 Mil toneladas | -8,09%

Farelo de Soja Novembro/2017 R$1.000,00 | -10,87%

Milho Novembro/2017 R$33,08 | -16,59%

Desempenho do frango vivo Novembro/2017 R$2,70 | -12,90%

Desempenho do ovo Novembro/2017 R$66,00 | -3,00%

*Os números referem-se ao potencial de produção de carne de frango e ao potencial de disponibilidade interna. Todas as porcentagens são variações anuais.

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A Revista do AviSite

Custo do frango vivo e matérias-primas em alta

N

o cenário internacional, os novos registros de Influenza Aviária envolvendo países da Europa, Ásia, África e América Central, mais a chegada do inverno no hemisfério norte, devem fazer com que o problema não seja equacionado tão cedo. O ritmo das exportações de carne de frango dos Estados Unidos que vinham em pleno crescimento, desacelerou. Embora o volume acumulado nos doze meses encerrados em setembro último apresente evolução de 4,5%, esse índice deve cair no fechamento de 2017, pois o total acumulado no decorrer do ano indica, por ora, aumento de apenas 1,4%.

N

o cenário nacional, o levantamento mensal da Embrapa Suínos e Aves apontou que em outubro passado o custo de produção do frango aumentou para R$2,37/kg, atingindo o maior valor dos últimos sete meses. E deve continuar subindo em novembro pois as matérias-primas básicas utilizadas na alimentação das aves e que têm grande peso no custo tiveram evolução nos preços. O mercado de ovos comerciais, depois de três meses seguidos sem qualquer valorização, conseguiu, enfim, melhorar as margens de comercialização. Mesmo assim, o preço médio recebido pelo ovo branco no atacado paulista em novembro foi 3% menor que o alcançado no mesmo período do ano passado. De toda forma, no acumulado do ano alcança valorização de 4,7%. No mercado do frango vivo paulista o preço ficou estável em R$2,70 no decorrer de novembro, equivalendo a redução anual de quase 13%, pois no ano passado o produto abriu e encerrou o mês cotado a R$3,10. No acumulado do ano o índice de redução supera os 10%. Ou seja, se a situação do produtor de ovos não é muito favorável por mal acompanhar o índice de inflação, a do produtor de frango é muito pior.


Produção de pintos de corte

Redução no ano é quase 5% inferior a 2015

S

EVOLUÇÃO MENSAL MILHÕES DE CABEÇAS

MÊS

2015/2016

2016/2017

VAR. %

Novembro

497,604

525,170

5,54%

Dezembro

572,410

560,266

-2,12%

Janeiro

560,408

535,647

-4,42%

Fevereiro

538,403

494,423

-8,17%

Março

561,478

517,196

-7,89%

Abril

540,962

508,875

-5,93%

Maio

542,145

522,835

-3,56%

Junho

551,131

526,325

-4,50%

Julho

514,831

515,254

0,08%

Agosto

546,836

531,982

-2,72%

Setembro

497,702

497,107

-0,12%

Outubro

510,632

521,308

2,09%

Em 10 meses

5.364,528

5.170,952

-3,61%

Em 12 meses

6.434,541

6.256,388

-2,77%

Fonte dos dados básicos: APINCO – Elaboração e análises: AVISITE

5,436

5,171

5,205 5,139

5,026

2017

2016

2015

2014

2013

2012

2011

4,969

5,150

Janeiro a Outubro de 2010 a Janeiro a Outubro de 2017 Bilhões de cabeças

5,365

PRODUÇÃO EM PERÍODO DE 10 MESES

2010

egundo levantamento efetuado pela APINCO junto às empresas produtoras de pintos de corte no Brasil, em outubro último a produção atingiu 521,3 milhões, representando cerca de 2,1% de crescimento sobre o mesmo mês de 2016. Esse índice de crescimento deve ser visto com ressalvas já que em outubro do ano passado se atingiu a menor produção diária de 2016. Mesmo assim, neste último outubro se produziu o quarto menor volume do ano. E, excluindo o último biênio, normalmente o mês é de alto volume produzido. É visível, neste ano, o esforço do setor em ajustar o volume produzido às reais necessidades do mercado interno e externo: são oito meses de produção mensal inferior ao mesmo período anterior. O volume acumulado nos primeiros dez meses do ano totaliza 5,171 bilhões e representa 3,6% de redução sobre o mesmo período do ano passado. Além disso, representa quase 5% de retração em relação ao mesmo período de 2015, ficando, também, levemente acima do produzido no já distante 2011. A produção média acumulada projetada para os doze meses do ano indica 6,205 bilhões de cabeças, representando 3,8% de redução sobre o total anual produzido em 2016. Por ora, nos últimos doze meses encerrados em outubro, o volume produzido está em 6,256 bilhões e equivale a 2,8% de redução sobre o mesmo período imediatamente anterior. Segundo analistas que acompanham mais diretamente a avicultura de corte e seus números, embora os volumes de matrizes de corte não estejam mais sendo divulgados mensalmente, dados informais sugerem que a capacidade atual da produção de pintos de corte no Brasil deve ser superior a 570 milhões. Ou seja, o setor tem trabalhado com uma ociosidade de, no mínimo, 10%.

A Revista do AviSite

59


Estatísticas e Preços Produção de carne de frango

Nove meses consecutivos de redução

T

EVOLUÇÃO MENSAL MIL TONELADAS

MÊS

2015/2016

2016/2017

VAR. %

1.164,188

1.035,096

-11,09%

Dezembro

1.122,573

1.099,989

-2,01%

Janeiro

1.156,035

1.170,310

1,23%

Fevereiro

1.116,196

1.032,492

-7,50%

Março

1.197,361

1.134,631

-5,24% -4,70%

Novembro

Abril

1.146,531

1.092,666

Maio

1.172,248

1.100,587

-6,11%

Junho

1.102,260

1.062,401

-3,62%

Julho

1.172,162

1.118,405

-4,59%

Agosto

1.126,977

1.105,188

-1,93%

Setembro

1.073,328

1.060,520

-1,19%

Outubro

1.125,320

1.109,954

-1,37%

Em 10 meses

11.388,418

10.987,154

-3,52%

Em 12 meses

13.675,179

13.122,239

-4,04%

Fonte dos dados básicos: APINCO - Projeções e análises: AVISITE

ACUMULADO EM PERÍODO DE 12 MESES

1,3%

OUT

0,1%

NOV

-0,2%

DEZ

2016

60 A Revista do AviSite

-0,4%

JAN

-1,6%

FEV

-2,4%

-3,2%

MAR ABR

-4,0%

MAI

-4,4%

JUN

2017

-4,4% -5,0% -4,7%

JUL

AGO SET

13,122

13,138

13,150

13,172

13,226

13,266

13,337

13,391

13,454

13,538

13,524

13,546

13,675

Outubro de 2016 a Outubro de 2017 Milhões de toneladas

-4,0%

OUT

endo como base o alojamento de pintos de corte realizado entre a segunda quinzena de agosto e a primeira quinzena de setembro e considerando parâmetros fixos como, mortalidade de 4% na criação, abate aos 45 dias, peso do frango inteiro e partes exportadas de 2,350 kg e, peso do frango inteiro exportado de 1,350 kg (incluso grillers), o potencial de carne de frango de outubro levantado pela APINCO atingiu cerca de 1,110 milhão de toneladas. Com isso, pelo nono mês consecutivo, o volume mensal produzido em 2017 ficou abaixo do realizado no mesmo período do ano anterior. Todavia, embora em outubro o volume tenha ficado cerca de 1,4% abaixo do produzido no mesmo mês do ano passado, o total representa cerca de 4,7% de aumento mensal. Entretanto, considerando o número de dias de um e outro mês, o crescimento real chega a apenas 1,3%. O acumulado nos primeiros dez meses do ano ficou levemente abaixo dos 11 milhões de toneladas, representando 3,5% de redução sobre o mesmo período do ano anterior. O volume médio do período – quase 1,100 milhão de toneladas – projetado para o restante do ano indica 13,185 milhões de toneladas. Se for atingido, representará redução de 2,5% sobre o alcançado no ano passado, 13,524 milhões de toneladas. O volume projetado não é muito diferente do alcançado nos últimos doze meses encerrados em outubro último, quando totalizou 13,122 milhões de toneladas. A diferença é que o índice de redução equivale a 4% pois, o acumulado no período imediatamente anterior – novembro de 2015 a outubro de 2016 – somava 13,675 milhões de toneladas. De toda forma, de lá para cá, o volume de carne de frango produzido em período de doze meses vem caindo quase ininterruptamente, indicando a dificuldade do setor em manter a produção diante dos problemas enfrentados nos mercados interno e externo.


Exportação de carne de frango

Volume exportado cresce, mas ainda é negativo

E

EVOLUÇÃO MENSAL MIL TONELADAS

MÊS

2015/2016

2016/2017

VAR. %

Novembro

379,685

321,468

-15,33%

Dezembro

392,701

356,915

-9,11%

Janeiro

311,004

354,971

14,14%

Fevereiro

314,567

325,372

3,43%

Março

398,019

374,623

-5,88%

Abril

412,756

317,708

-23,03%

Maio

385,579

344,662

-10,61%

Junho

406,280

362,965

-10,66%

Julho

356,209

375,633

5,45%

Agosto

357,256

407,568

14,08%

Setembro

380,502

380,030

-0,12%

Outubro

308,077

358,809

16,47%

3.630,249

3.602,342

-0,77%

4.402,635

4.280,725

-2,77%

Em 10 meses

Em 12 meses

Fonte dos dados básicos: SECEX/MDIC

EXPORTAÇÃO EM PERÍODO DE 10 MESES

2010

2011 2012

3,602

3,630

3,327 3,220

3,266

3,234

3,453

Janeiro a Outubro – 2010 a 2017 Milhões de Toneladas

3,185

mbora tenham apresentado incremento anual no volume de, praticamente, 16,5% - o maior índice mensal de aumento registrado nos últimos 12 meses – as exportações globais de carne de frango de outubro continuaram insuficientes para reverter o resultado negativo observado no acumulado do ano. Ou seja: o total embarcado entre janeiro e outubro permanece 0,77% abaixo do registrado em idêntico período de 2016. Isso não ocorreu nas exportações do produto in natura: em 10 meses, os embarques de cortes e frango inteiro ultrapassaram os 3,353 milhões de toneladas e, com isso, ficaram quase meio por cento acima dos pouco mais de 3,341 milhões de toneladas do mesmo período de 2016. Já quando se computam, também, os industrializados de frango e a carne de frango salgada, o total embarcado no ano sobe para 3,602 milhões de toneladas. Mas esse volume ainda permanece ligeiramente aquém dos 3,630 milhões de toneladas do ano passado. Mais significativo, porém, é o índice de redução observado nos últimos 12 meses: 2,77% a menos que o embarcado entre novembro de 2015 e outubro de 2016. O que solicita embarques médios mensais de pouco mais de 353 mil toneladas no bimestre novembro-dezembro para que os resultados deste ano se igualem aos de 2016. Tais desempenhos foram superados no final de 2015, mas não se repetiram um ano depois. Felizmente, porém, os quatro itens exportados vêm registrando, na média geral, incremento de preço em relação a idêntico período do ano passado. Como resultado, a receita cambial acumulada, já próxima dos US$6,075 bilhões, se encontra 7% acima da alcançada nos 10 primeiros meses de 2016. Mas esse é, apenas, o melhor resultado dos últimos três anos. Pois o valor acumulado permanece aquém do alcançado em 2013 e 2014.

2013 2014

2015 2016

2017

A Revista do AviSite

61


Estatísticas e Preços Disponibilidade Interna de Carne de Frango

Oferta interna de carne de frango recuou 8% em outubro

A

Evolução Mensal MIL TONELADAS

2015/2016

2016/2017

VAR. %

Novembro

MÊS

784,503

713,628

-9,03%

Dezembro

729,872

743,074

1,81%

Janeiro

845,031

815,339

-3,51%

Fevereiro

801,629

707,120

-11,79%

Março

799,342

760,008

-4,92%

Abril

733,775

774,958

5,61%

Maio

786,669

755,925

-3,91%

Junho

695,980

699,436

0,50%

Julho

815,953

742,772

-8,97%

Agosto

769,721

697,620

-9,37%

Setembro

692,826

680,490

-1,78%

Outubro

817,243

751,145

-8,09%

7.758,169

7.384,812

-4,81%

9.272,544

8.841,514

-4,65%

Em 10 meses

Em 12 meses

Fonte dos dados básicos: APINCO - Projeções e análises: AVISITE

OFERTA EM PERÍODO DE 10 MESES

7,758

7,385

7,807

2016

7,378

7,340

7,322

2015

6,985

7,424

Janeiro a Outubro– 2010 a 2017 Milhões de toneladas

2010

62

2011 2012

A Revista do AviSite

2013

2014

2017

s projeções que a APINCO efetua a partir do alojamento interno de pintos de corte indicam que o potencial de produção de carne de frango para o mês de outubro passado ficou em 1,110 milhão de toneladas, volume 1,37% inferior ao apontado um ano antes. E como as exportações do mês apresentaram crescimento anual próximo de 16,5%, a oferta interna, projetada em pouco mais de 750 mil toneladas, ficou mais de 8% aquém da que foi estimada para outubro de 2016. É verdade que, em termos nominais, a oferta interna deste último outubro foi 10,38% superior à registrada no mês anterior. Neste caso, porém, deve-se considerar que o mês tem um dia a mais. Isso levado em conta, a oferta real do mês aumentou menos de 7%. Com este último resultado, a oferta interna acumulada nos 10 primeiros meses de 2017 – próxima de 7,385 milhões de toneladas – permanece quase 5% aquém da registrada no mesmo período de 2016. Um índice, note-se, não muito diferente do observado no acumulado dos últimos 12 meses, 4,65% menor que o dos 12 meses anteriores. Como em vezes anteriores, não custa alertar que essas reduções podem ser apenas aparentes, ainda que o volume de pintos de corte produzidos venha sendo inferior. Ou seja: a queda no volume de pintos parece estar sendo neutralizada por uma maior produtividade das linhagens em criação, o que resulta em um volume adicional de carne de frango. De toda forma, se isso efetivamente ocorreu, não foi suficiente para romper o equilíbrio do mercado, haja vista que em outubro o frango abatido atingiu as melhores cotações do ano (base: ave resfriada comercializada no Grande Atacado da cidade de São Paulo). Analisando o período dos últimos 10/12 meses, os volumes disponibilizados internamente indicam que o consumo per capita em 2017 ficará abaixo dos 43 kg, o menor dos últimos sete anos. Ou seja, o consumidor sente cada vez mais os efeitos dessa prolongada crise brasileira.


Desempenho do frango vivo em novembro e em 2017

12º mês do ano poderá ser encerrado com uma desvalorização da ordem de 10% ano atrás. Além disso, nos três anos passados (2014, 2015 e 2016) o preço médio alcançado pelo frango abatido no mês de dezembro foi inferior ao de novembro. Tudo isso, em suma, sugere que os R$2,70/kg do frango vivo vindos de outubro passado não devem ser superados. Supondo-se que se mantenham, o 12º mês do ano será encerrado com uma desvalorização da ordem de 10%. Esse índice, aliás, praticamente se repete ao analisar-se o desempenho do frango vivo entre janeiro e novembro: até agora ele alcança valor médio de R$2,57/kg, resultado que representa redução de 10,5% sobre os mesmos 11 meses de 2016. Com pequenas variações, tal índice deve corresponder, também, ao fechamento anual de 2017. O que significa que o valor médio do ano será inferior ao dos dois últimos exercícios. Isto, note-se, em termos nominais. Porquanto em valores reais (isto é, considerada a inflação oficial) o frango vivo obtém neste exercício o menor valor da presente década.

FRANGO VIVO

Evolução de preços na granja, interior paulista – R$/KG Média mensal e variação anual e mensal em treze meses MÊS.

MÉDIA R$/KG

Média anual em 10 anos R$/KG

VARIAÇÃO % ANUAL MENSAL

2008

R$ 1,63

2009

R$ 1,63

NOV/16

3,10

0,00%

0,00%

DEZ

3,02

-1,04%

-2,45%

JAN/17

2,65

-4,19%

-12,43%

FEV

2,63

-0,81%

-0,50%

2011

MAR

2,69

-3,77%

2,26%

2012

ABR

2,50

-6,79%

-7,22%

MAI

2,50

0,00%

0,00%

JUN

2,50

-11,02%

JUL

2,50

AGO

0,00%

2014

R$ 2,42

-15,25%

0,00%

2015

2,50

-20,91%

0,00%

SET

2,50

-19,29%

0,08%

OUT

2,63

-15,03%

5,28%

NOV

2,70

-12,90%

2,51%

R$ 2,89

2016

R$ 2,57

2017

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

119,6

117,5 93,3

86,7

116,8

86,6

113,5

86,6

107,1

86,6

102,3

86,6

93,7

86,6

95,7

R$ 2,62

2017 Média 1995/2016 (22 anos)

93,3

100,3

R$ 2,08 R$ 2,47

105,9 91,3

102,8 91,4

Fev

R$ 1,92

2013

Preço relativo em 2017 comparativamente à média de 22 anos (1995/2016) Média mensal do ano anterior = 100

Jan

R$ 1,65

2010

116,0

segunda alta registrada em outubro (de cinco centavos, em 23/10) refletiu-se em novembro nos preços do frango vivo comercializado no interior paulista. Assim, ainda que a cotação tenha permanecido inalterada em R$2,70/kg durante todo o mês, o valor médio alcançado em novembro registrou valorização de 2,5% de um mês para outro. De toda forma, persistiu desvalorização de cerca de 13% sobre novembro do ano passado, situação que se repete pelo 13º mês consecutivo (a variação anual igual a “zero” em novembro/16 e maio/17 também implica em desvalorização) e que, pelo “andar da carruagem”, tende a ocorrer novamente em dezembro corrente. Não que ocorram surpresas neste que é considerado o melhor mês do ano para o setor. O mercado, tudo indica, deve permanecer firme no tocante à ave viva, pois não há indícios de aumento da produção, até agora contida em comparação a anos anteriores. O problema – já foi dito anteriormente – se concentra no consumo. Tanto que, mesmo o produto chegando ao consumidor final por um valor 10% menor que o de um ano atrás (dados do Procon-SP) e a despeito da oferta menor, o mercado de aves abatidas permanece intensamente disputado, situação que se reflete nos preços do atacado. Novembro, por exemplo, foi encerrado com valores inferiores aos de um

91,0

A

Nov

Dez

A Revista do AviSite

63


Estatísticas e Preços Desempenho do ovo em novembro e em 2017

No mês, o segundo pior resultado dos onze primeiros meses de 2017

MÉDIA R$/CXA

VARIAÇÃO % NO ANO

NO MÊS

2008

NOV/16

68,04

4,55%

-0,76%

DEZ

74,00

11,92%

8,76%

JAN/17

61,42

-3,91%

-17,00%

2010

FEV

84,48

8,89%

37,54%

2011

2009

MAR

88,44

7,30%

4,69%

ABR

91,13

35,77%

3,04%

MAI

83,31

14,81%

-8,58%

2013

JUN

87,04

1,94%

4,48%

2014

JUL

83,62

-3,72%

-3,93%

AGO

80,33

-4,37%

3,93%

SET

74,48

2,25%

-7,29%

2016 2017

OUT

69,04

0,76%

-7,25%

NOV

66,00

-3,00%

-4,40%

R$ 43,62 R$ 38,63 R$ 37,93 R$ 44,61 R$ 49,11

2012

R$ 57,86 R$ 52,70 R$ 59,47

2015

R$ 75,43 R$ 78,99

101,7 99,2

112,6 106,7

117,2

114,7 111,1

Mai

115,6

110,7 109,3

121,1 111,5

120,7 117,5

112,2

Abr

2017 Média 2001/2016 (16 anos)

Ago

Set

81,6

92,5

115,2

Preço relativo em 2017 comparativamente ao período 2001/2016 (16 anos) Média mensal do ano anterior = 100

Jan

Fev

64 A Revista do AviSite

Mar

Jun

Jul

Out

111,3

MÊS.

Média anual em 10 anos R$/CAIXA

101,2

Média mensal e variações anual e mensal em treze meses

87,7

OVO BRANCO EXTRA

Evolução de preços no atacado paulistano R$/CAIXA DE 30 DÚZIAS

Em outras palavras, pela curva sazonal – aquela que mostra o desempenho do mercado em um longo período de tempo – os dois menores preços de cada exercício são registrados, primeiro, em janeiro e, a seguir, entre outubro e novembro. Portanto, cumpriu-se a regra. O que ocorreu de diferente neste ano é que nos últimos dois meses, outubro e novembro, a desvalorização enfrentada pelo ovo foi bem maior que a esperada a partir da curva sazonal. Assim, em vez de enfrentar, no bimestre, desvalorização da ordem de meio por cento em relação à média obtida no ano anterior, o setor viu essa desvalorização ultrapassar a marca dos 10%. Reputar essa perda à queda do consumo – como ocorreu com o frango - parece não ser aplicável ao ovo. Porque em boa parte deste ano o produto operou com preços superiores aos de 2016. Tanto que encerrou o primeiro semestre de 2017 com preços médios 10% superiores aos do mesmo período do ano anterior. Mas o ganho, significativo, passou a sofrer diluição à medida que o segundo semestre avançou. O que – tudo indica – se deve a um aumento (aparentemente, também significativo) da oferta do produto. O resultado, a esta altura, é um preço médio em 11 meses – R$78,99/caixa – apenas 4,5% superior ao registrado entre janeiro e novembro do ano passado. A expectativa, agora, é a de que o mês de Festas proporcione a recuperação há tempos aguardada.

100,2

m novembro, pelo quinto mês consecutivo (ou seja, por todo o segundo semestre, até aqui), o ovo enfrentou redução de preço. Tomando como base as cargas fechadas negociadas no atacado da cidade de São Paulo (fonte: www.jox. com.br), o ovo branco extra foi negociado na média do mês por cerca de R$66,00/ caixa, valor 4,4% menor que o registrado no mês anterior. É o segundo pior resultado dos onze primeiros meses de 2017, somente superando – mas por diferença não muito significativa – os R$61,42/caixa de janeiro deste ano. Além disso, cotado em 30 de novembro por R$64,00/caixa, o ovo registrou no início e no fim do mês valores que só estão acima dos preços alcançados nos primeiros dias de 2017. Porém, para quem acompanha o mercado de forma rotineira essa nova queda e o baixo patamar atingido em novembro não têm nada de surpreendente, apenas refletem o comportamento da curva sazonal de preços do produto.

91,7

E

Nov

Dez


Milho e Soja Milho registra alta pelo 3º mês consecutivo

Farelo de soja registra nova alta O farelo de soja (FOB, interior de SP) voltou a registrar nova alta em novembro de 2017. O produto foi comercializado pelo preço médio de R$1.000/t, valor 1,5% superior ao praticado no mês de outubro – R$985/t. Em comparação com novembro de 2016 – quando o preço médio era de R$1,122/t – a cotação atual registra queda de 10,9%.

O preço do milho registrou nova valorização no mês de novembro. O preço médio do insumo, saca de 60 kg, interior de SP, fechou o mês cotado a R$33,08, valor 1,7% acima da média alcançada pelo produto em outubro, quando ficou em R$32,54. Porém, a disparidade de preço do milho em relação ao ano anterior ainda continua grande. O valor atual é 16,6% menor, já que a média de novembro de 2016 foi de R$39,66 a saca.

Valores de troca – Farelo/Frango vivo O preço médio do frango vivo (interior de SP) em novembro ficou em R$2,70/kg – alcançando índice 2,5% superior à média de outubro de 2017. Dessa forma, a maior valorização do frango vivo em relação ao milho melhorou o poder de compra do avicultor. Nesse mês, foram necessários 204,2 kg de frango vivo para se obter uma tonelada de milho, considerando-se a média mensal de ambos os produtos. Este volume representa 1% de ganho no poder de compra em relação ao mês anterior, pois, em outubro, a tonelada do milho “custou” 206,2 kg de frango vivo.

Valores de troca – Milho/Ovo O preço do ovo, na granja (interior paulista, caixa com 30 dúzias), sofreu nova queda mensal em novembro e fechou à média de R$60,00, valor 4,8% abaixo do alcançado no mês anterior, quando o produto foi negociado por R$63,04. Com a queda no preço dos ovos e aumento no milho houve nova baixa no poder de compra do avicultor. Em novembro foram necessárias 9,2 caixas de ovos para adquirir uma tonelada do cereal. Em outubro, foram necessárias 8,6 caixas/t, queda de 6,4% na capacidade de compra do produtor.

Preçomédio médioMilho Milho Preço

novembro novembro dezembro dezembro janeiro janeiro fevereiro fevereiro março março abril abril maio maio junho junho julho julho agosto agosto setembro setembro outubro outubro novembro novembro

53,00 53,00 51,00 51,00 49,00 49,00 47,00 47,00 45,00 45,00 43,00 43,00 41,00 41,00 39,00 39,00 37,00 37,00 35,00 35,00 33,00 33,00 31,00 31,00 29,00 29,00 27,00 27,00

R$/sacade de60kg, 60kg,interior interiorde deSP SP R$/saca

2016 2016

2017 2017

MédiaNovembro Novembro Máximo Mínimo Média Mínimo Máximo 29,50 36,00 R$29,50 R$36,00 R$ R$

33,08 33,08

Fonte das informações: www.jox.com.br

A maior evolução na cotação do frango vivo em relação ao alcançado no farelo de soja em novembro fez com que fossem necessários 370,4 kg de frango vivo para adquirir uma tonelada do insumo, significando melhora de 1,1% no poder de compra do avicultor em relação a outubro, quando 374,5 kg de frango vivo obtiveram uma tonelada do produto. Na comparação em doze meses houve piora de 2,3% já que lá, foram necessários 361,9 kg para adquirir o cereal.

Valores de troca – Farelo/Ovo De acordo com os preços médios dos produtos, em novembro foram necessárias aproximadamente 16,7 caixas de ovos (valor na granja, interior paulista) para adquirir uma tonelada de farelo de soja. O poder de compra do avicultor de postura em relação ao farelo registrou queda mensal de 6,3%, já que, em outubro, 15,6 caixas de ovos adquiriam uma tonelada de farelo. Em relação a novembro de 2016 houve melhora de 8,5% no poder de compra, pois naquele período a tonelada de farelo de soja custou, em média, 18,1 caixas de ovos.

Preçomédio médioFarelo Farelode desoja soja Preço R$/toneladaFOB, FOB,interior interiorde deSP SP R$/tonelada

1600 1600 1500 1500 1400 1400 1300 1300 1200 1200 1100 1100 1000 1000 950 950 900 900 850 850 800 800 750 750

novembro novembro dezembro dezembro janeiro janeiro fevereiro fevereiro março março abril abril maio maio junho junho julho julho agosto agosto setembro setembro outubro outubro novembro novembro

Valores de troca – Milho/Frango vivo

2016 2016

2017 2017

Média Novembro Novembro Média Mínimo Máximo Mínimo Máximo 980,00 R$ 1.010,00 R$ R$ R$ 980,00 R$ R$ 1.010,00

1.000,00 1.000,00

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