Edição 41 Revista do Ovo

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REFERÊNCIA MUNDIAL EM AVICULTURA COM PIONEIRISMO E INOVAÇÃO

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Editorial Todos prontos para os desafios de 2017? A edição inaugural da Revista do Ovo em 2017 traz em suas matérias, um preparativo para o que

Mundo Agro Editora Ltda. Rua Erasmo Braga, 1153 13070-147 - Campinas, SP

está por vir neste ano para o segmento de postura. Ciência, pesquisa, marketing, inovação e estratégias de mercado. Estão todos prontos para os desafios de 2017? Veja nesta edição: Inovação e investimento: as empresas Korin e Mantiqueira mostram como tem sido o trabalho na busca de evolução do mercado de postura, com produtos diferenciados e como estão agregando valor à sua marca.

Publicação Bimestral nº 41 | Ano V Fevereiro e Março/2017

Desafios meio-ambientais: os esforços do setor avícola de postura com sua relação direta com o meio-ambiente, envolvendo três aspectos diretos, nutrição, tratamento de dejetos e a correta utilização de água pelas granjas. Genética: entenda como tem sido o trabalho da Hy-Line do Brasil na busca por uma ave diferenciada e que atenda a demanda do setor no país. Mercado: os últimos números e estatísticas do setor avícola de postura. E muito mais! Acompanhe nesta, que é somente a primeira edição da Revista do Ovo de 2017! Boa leitura!

expediente Publisher Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Redação Érica Barros (MTB 49.030) Giovana de Paula (MTB 39.817) imprensa@avisite.com.br Comercial Karla Bordin Simone Barbosa comercial@avisite.com.br

Sumário

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Catálogo de Produtos e Serviços Com circulação especial no Congresso de Ovos da APA, empresas destacam seus diferenciais

Diagramação e arte Mundo Agro e Innovativa Publicidade luciano.senise@innovativapp.com.br Internet Gustavo Cotrim webmaster@avisite.com.br Administrativo e circulação Caroline Esmi financeiro@avisite.com.br

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O ovo deixa de ser commodity

Agregar valor é o futuro da avicultura de postura

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Cuidar do meio-ambiente também é função da avicultura

Como o setor pode auxiliar o meio ambiente em questões como nutrição, tratamento de dejetos e na utilização de água

Sigam as nossas mídias sociais:

Genética e evolução Hy-Line do Brasil mostra o trabalho feito para o melhoramento das aves

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@revistadovo

www.facebook.com/ovosite

Eventos e Notícias Curtas Artigo: novo estudo reforça o papel dos ovos para a inteligência A vitória dos ovos contra o fantasma do Colesterol Prêmio APA e OvoSite

Para facilitar o acesso às matérias que estão na internet, disponibilizamos QrCodes. Utilize o leitor de seu computador, smartphone ou tablet

Informe técnico-comercial: A importância da dosagem correta de medicamentos para avicultura Conbrasul em destaque Estatísticas

Revista do Ovo

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Eventos

2017 Abril 04 a 06 XVIII Simpósio Brasil Sul de Avicultura

Notícias Curtas

Produto à base de algas é alternativa nutricional para o setor de postura Oceana Brasil destaca o efeito do Lithonutri na avicultura

Local: Centro de Eventos Plínio Arlindo de Nês, Chapecó, SC Realização: Nucleovet Telefone: 49-3329-1640 E-mail: nucleovet@nucleovet.com.br Site: www.nucleovet.com.br

Maio 23 a 25 Conferência Facta 2017 - “A avicultura brasileira superando desafios” Local: Expo D. Pedro, Campinas, SP Realização: Facta e WPSA-BR Telefone: (19) 3243-6555 E-mail: facta@facta.org.br Site:www.facta.org.br/conferencia2017

Junho 08 a 09 XIII Simpósio Goiano de Avicultura Local: Castro´s Park Hotel, Goiânia, GO Realização: Associação Goiana de Avicultura (AGA) Telefone: (62) 3203-3665 E-mail: simposiogoiano@terra.com.br Site: www.agagoias.com.br/site/index.php

11 a 14 Conbrasul - 1ª Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Ovos Local: Wish Serrano Resort e Convention, Gramado, RS Realização: Asgav e Ovos RS E-mail: conbrasul@asgav.com.br Site: www.asgav.com.br

20 e 21 Curso FACTA sobre Abate e Processamento de Aves Local: Maringá, PR Realização: FACTA - Fundação APINCO de Ciência e Tecnologia Avícolas Telefone: (19) 3243-6555 E-mail: facta@facta.org.br Site: www.facta.org.br

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Revista do Ovo

Pátio de secagem de algas, da Oceana Brasil Os efeitos do Lithonutri na avicultura de postura está sendo divulgado pela Oceana Brasil. O produto é feito à partir da alga Lithothamnium calcareum, produtos de origem vegetal e seus minerais apresentam alta biodisponibilidade e podem ser considerados como minerais orgânicos. Segundo Carlos Massambani, líder comercial para nutrição animal da empresa, em poedeiras comerciais, o produto aumenta a produção de ovos, melhora a qualidade da casca, reduz a produção de ovos trincados e quebrados, gerando mais lucro ao produtor. Em matrizes pesadas, melhora os índices de aproveitamento no incubatório. “O Lithonutri tem fonte de cálcio de alta biodisponibilidade. É um produto natural, de fácil aplicação e sem carência, com excelente custo-benefício ao produtor e que passa por rigoroso controle de qualidade, com análises químicas, microbiológicas e monitoramos metais pesados”, destaca Massambani e completa: “O mercado brasileiro é muito grande e tem ótimas perspectivas de crescimento e acreditamos que nossa tecnologia trará muitos benefícios aos produtores”. Localizada na Plataforma Continental do Maranhão, na altura da cidade de Tutoia, a jazida de concessão da Oceana Brasil é uma região de correntes marítimas e incidência solar que propicia às algas receberem maior luminosidade (maior fotossíntese), corrente marítima e salinidade. Essas características formam algas mais puras, reativas e com mais nutrientes. O lançamento de produtos a base de Lithothamnium calcareum como suplemento em rações para animais vem despertando o interesse de pesquisas de instituições públicas e privadas. Um exemplo é o estudo produzido pela médica veterinária Yara Lúcia Silva Souza e publicado na seção “Ciência e Tecnologia” (C&T) do AviSite. “Utilização da Alga Lithothamnium calcareum para poedeiras de linhagens leves). O estudo ainda aponta que a inclusão de 1% de Lithothamnium calcareum na ração formulada para poedeiras Dekalb White de segundo ciclo melhorou a percentagem de postura e de ovos trincados, a espessura da casca, o número de poros da casca e também a percentagem de matéria mineral e de cálcio na casca.


Bem-estar animal

Barilla e Giraffas anunciam o fim do uso de ovos produzidos por aves em gaiolas no Brasil

Duas importantes empresas, a Barilla e o Giraffas, anunciaram no mês de fevereiro que não utilizarão mais ovos vindos de aves criadas em gaiolas até 2020. Após diálogos com o Fórum Animal e outras entidades da causa, a Barilla, uma das líderes globais no setor de macarrão, confirmou que sua política internacional de abandonar o uso de ovos e galinhas engaioladas será aplicada ao mercado brasileiro. Com a iniciativa, a empresa se torna a primeira fabricante de massas no Brasil a assumir esse tipo de comprometimento. Já o Giraffas, uma das maiores empresas de restaurantes no Brasil, anunciou uma parceria com a Humane Society International (HSI) para migrar para uma cadeia de fornecimento de ovos livres de gaiolas. “Aplaudimos a Barilla pelo pioneirismo em se tornar a primeira fabricante de massas no Brasil a adotar uma política de ovos livres de gaiolas. Acreditamos que isso abrirá portas para que outras empresas produtoras de macarrão e massas façam o mesmo”, disse Carolina Macedo, diretora de campanhas de animais de produção do Fórum Nacional de Proteção

e Defesa Animal (Fórum Animal), maior rede da causa no Brasil. No caso do Giraffas, Fernanda Vieira, gerente de programas e políticas corporativas do departamento de proteção de animais de produção da HSI no Brasil, declarou: “Estamos muito felizes em trabalhar com a empresa para melhorar o bem-estar animal em sua cadeia de fornecimento”. A política de ovos livres de gaiolas da Barilla e do Giraffas segue diversos outros anúncios recentes similares no Brasil. No setor de maioneses, Cargill (dona das marcas Liza e Maria) e Unilever (dona das marcas Hellmann’s e Arisco) já anunciaram a transição para uma política de fornecimento livre de gaiolas. Diversos gigantes do fastfood também já fizeram o mesmo - como McDonald’s, Burger King, Subway, Giraffas, Bob’s e Spoleto. O Grupo Bimbo - maior empresa de padaria industrializada na América Latina e dona das marcas Pullmann e Ana Maria no Brasil - também já adotou uma política livre de gaiolas para ovos, assim como as duas maiores do setor de food service - GRSA e Sodexo.

SUASA

MAPA abre espaço para pequeno produtor de ovos As regras que cabiam muito mais a médios e grandes produtores ficaram para trás. Através da Instrução Normativa nº 5, de 14 de fevereiro de 2017, o Ministério da Agricultura estabeleceu novos critérios, aplicáveis especificamente a pequenos produtores, para avaliação de equivalência ao Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA). A Normativa fixa-se na estrutura física, nas dependências e nos equipamentos de estabelecimentos agroindustriais de pequeno porte que manipulem ou processem produtos de origem animal e conta com um capítulo tratando exclusivamente da operação com ovos de galinha e de codorna, aqui inclusa a produção de ovo líquido.

Para usufruir dos novos critérios, o estabelecimento deve receber diariamente, no máximo, 3.600 ovos de galinha (300 dúzias) ou 18 mil ovos de codorna (1.500 dúzias), podendo processar os dois tipos de ovos, desde que respeitadas as quantidades máximas previstas para cada tipo. Além disso, o estabelecimento deve utilizar matéria-prima procedente de estabelecimento de postura comercial sob controle sanitário oficial, conforme legislação específica. Para mais informações, acesse a página: http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=15/ 02/2017&jornal=1&pagina=3&totalArquivos=132 A Revista do OvoSite

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Notícias Curtas Ciência e pesquisa

Bactéria do ovo estragado é nova arma contra o câncer

As pesquisas estão cada vez mais avançadas no campo da imunoterapia. Esse tipo de tratamento ganha força porque consegue direcionar seus efeitos apenas às células cancerígenas – diferentemente da radioterapia e da quimioterapia, que prejudicam as células saudáveis 6

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Ela pode estar presente em ovos malcozidos e causar uma intoxicação terrível – só nos Estados Unidos, mata 380 pessoas por ano. Mas também pode ajudar a curar o câncer. Um estudo publicado na revista Science Translational Medicine mostrou que a salmonella, essa grande vilã da alimentação, também pode ter um lado bom. Ela faz o sistema imunológico combater as células cancerígenas – pelo menos, em ratos. Não era salmonella comum. Era uma versão modificada em laboratório para produzir uma proteína chamada flagelina B (FlaB). Os cientistas injetaram essa bactéria em ratinhos com câncer. Ela provocou dois efeitos. Primeiro, infectou os tumores. Depois, irritou e ‘acordou’ o sistema imunológico das cobaias – que começou a atacar os tumores. Deu muito certo. Em 11 dos 20 ratos testados, os tumores encolheram até se tornarem indetectáveis. Mais surpreendente ainda, a ‘salmonella do bem’ não intoxicou os ratos. “Acreditamos que a nossa estirpe bacteriana é segura e pode ser usada como tratamento”, afirmou Joon Haeg Rhee, um dos autores do estudo.

É claro que mais pesquisas vão ser realizadas antes que as bactérias possam ser experimentadas em humanos. Mas os resultados já são promissores e devem entrar para a lista de possíveis tratamentos. Apesar de causar furor entre os especialistas, a técnica de usar bactérias para estimular uma resposta imune não é pioneira. No século 19, o cirurgião americano William Coley, observou que alguns de seus pacientes tinham uma ligeira melhora depois de contraírem infecções após cirurgias de remoção de tumor. Ele começou, então, a injetar alguns tipos de bactéria em mais de mil pessoas com a doença. Mas o método recebeu críticas da comunidade científica da época, e o tratamento acabou desacreditado antes mesmo de ter a eficácia comprovada. Agora, quase cem anos depois, o método de Coley volta à tona com pesquisas cada vez mais avançadas no campo da imunoterapia. Esse tipo de tratamento ganha força porque consegue direcionar seus efeitos apenas às células cancerígenas – diferentemente da radioterapia e da quimioterapia, que prejudicam as células saudáveis.


“Mercado para ovos naturais terá um crescimento multiplicado por ‘mil’ nos próximos anos” Diretor Industrial da Korin, empresa pioneira no sistema produtivo de alimentos naturais, Luiz Carlos Demattê Filho, destaca a evolução exponencial do setor Há uma grande mudança no perfil dos consumidores de proteína animal. Atualmente há uma crescente exigência por adaptações e ajustes no sistema produtivo. A produção que adota um sistema sob a ótica do bem-estar animal, sem a adoção de antibióticos, anticocciodianos ou quimioterápicos ganhará cada vez mais força e apresentará um crescimento exponencial. Esta é a opinião do Diretor Industrial da Korin, Luiz Carlos Demattê Filho. Ele aponta o número de crescimento do mercado, superlativo, da ordem de “1.000%”. “O mercado ganha cada vez mais força e é um caminho sem volta, com um crescimento gigantesco. Um exemplo são as empresas produtoras de alimentos gigantescas (como as citadas na última edição da Revista do Ovo) que já estão anunciando que não comprarão mais ovos vindos de galinhas criadas em gaiolas”, disse. A Korin iniciou a sua produção de ovos naturais em 2004, mas as vendas ganharam força em 2009. Atualmente a empresa possui 100 mil aves em produção. Segundo ele, uma vez adotado o compromisso, não haverá como fugir. “Elas farão, sim, a troca pelos ovos Cage-Free e alguém terá que produzi-los. Ainda existe mercado para todos, mas ajustes terão de ser feitos, de forma gradual, até mesmo para manter o nível econômico da atividade avícola de postura atual”, explicou.

Demattê: A Korin iniciou a sua produção de ovos naturais em 2004, mas as vendas ganharam força em 2009. Atualmente a empresa possui 100 mil aves em produção

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Nutrição

Novo estudo reforça o papel dos ovos para a inteligência Publicada no início de 2017, mais uma pesquisa promove o ovo como fonte de saúde e reforça que seu consumo está associado a melhor performance cognitiva

Lúcia Endriukaite é nutricionista do Instituto Ovos Brasil. Especialista em Nutrição Esportiva e Administração em Serviços de Nutrição e Dietética e membro fundador da Associação Paulista de Fitoterapia (APFIT).

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ano se inicia com uma ótima notícia: mais uma pesquisa incentivando o consumo de ovos. A American Society for Nutrition publicou os resultados de um amplo estudo realizado na Finlândia, cujo um dos objetivos foi o de verificar a associação do consumo de alimentos que contêm colesterol na composição com o risco de incidência de demência ou doença de Alzheimer. O trabalho mostra que o número de pessoas com demência e doença de Alzheimer poderá chegar a 115 milhões no mundo em 2050. De acordo com Ylilauri et al, autores do estudo, o colesterol sérico elevado (aquele que é naturalmente presente no organismo) é fator de risco para doenças cardiovasculares (DCV), demência e doença de Alzheimer (DA) – estas doenças (DCV e DA) compartilham o mesmo gene de risco: a apolipoproteína E4 (APO-E4). Este estudo fez parte de grande

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pesquisa prospectiva que foi desenhada para investigar os fatores de risco para doenças cardiovasculares, aterosclerose e seus resultados relacionados com amostra populacional de homens do leste da Finlândia. Fizeram parte deste estudo um total de 2.682 homens com idades entre 42 e 60 anos. Os autores examinaram a associação do colesterol e ingestão de ovos com incidência de demência. Foram também verificadas as associações de níveis de colesterol e ingestão de ovos com desempenho cognitivo após quatro anos do início em um subgrupo de 480 homens. Para a realização dos acompanhamentos, foram excluídos os indivíduos com histórico de doenças mentais ou falta de dados sobre a dieta e testes neuropsicológicos. Para a análise final de dados, três registros de saúde nacional foram utilizados para identificar os casos de demência ou AD ao final do estudo em 2014.

A média de consumo de ovos foi de aproximadamente quatro unidades por semana. Durante o acompanhamento de 21 anos, 337 homens foram diagnosticados com demência e 266 com doença de Alzheimer. No entanto, a ingestão de colesterol não foi associada com o risco de incidência de ambas as doenças. O consumo de ovos esteve associado a melhor performance cognitiva em dois testes neuropsicológicos realizados. Isso significa que não há relação entre a ingestão de colesterol através da dieta e o risco aumentado de demência. O ovo é uma fonte importante de proteína e contém na sua composição vitaminas, minerais, luteína e zeaxantina. As pesquisas e estudos são importantes, pois apresentam resultados que dão credibilidade e favorecem a aceitação do ovo na dieta. Isto pode contribuir para promoção da saúde e melhorar a qualidade de vida das pessoas!


Ovo e saúde

A vitória dos ovos contra o fantasma do Colesterol Estudos científicos recentes comprovam que o consumo de ovos é saudável e não está associado com o risco de doenças cardiovasculares

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esquisadores, nutricionistas e a classe médica de todo o mundo têm caminhado juntos na direção de um consenso: o consumo de ovos traz somente benefícios à saúde. Este alimento, hoje reconhecido como rica fonte de proteína, vitaminas, minerais e várias substâncias essenciais ao bom

funcionamento do organismo, conquistou nos últimos anos mais uma vitória: está comprovado que ele não tem relação com o aumento das taxas de colesterol do sangue. Para compreender a dimensão desta conquista, é preciso conhecer a origem da fama indevida que os ovos tiveram por tanto tempo. Os primei-

ros argumentos de que os ovos poderiam ser perigosos à saúde surgiram em 1968, por uma recomendação da American Heart Association em limitar o consumo de ovos para, no máximo, três vezes na semana. Isso se deu pelo aumento da incidência de doenças cardiovasculares nos Estados Unidos.

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Ovo e saúde LDL

VLDL

HDL

(lipoproteína de baixa densidade)

(lipoproteína de muito baixa intensidade)

(lipoproteína de alta densidade)

É o mais conhecido e também o mais temido de todos. Sua função é transportar o colesterol do fígado até as células. No entanto, esta lipoproteína tem afinidade com as artérias e pode ficar “presa” no meio do caminho, bloqueando os vasos nos quais o sangue passa. Por isso, o LDL é chamado de “colesterol ruim”, apesar de não ser um colesterol

Tem como função transportar principalmente os triglicérides e o colesterol para tecidos periféricos, onde serão armazenados ou utilizados como energia. No entanto, o que pode acontecer neste transporte é que o VLDL pode perder triglicérides no meio do caminho e estes serem absorvidos pelo HDL ou LDL. Por isso, é importante consumir carboidratos e açúcares com moderação, pois esta troca pode fazer mal à saúde cardiovascular.

É mais famoso como o “bom colesterol” porque possui a função levar para o fígado todo o LDL que encontra pelo caminho. Portanto, o HDL é considerado um “faxineiro” da corrente sanguínea e, ainda, possui ação anti-inflamatória.

No entanto, na ocasião não se levou em conta muitos fatores relevantes e que de fato contribuíam para este quadro, como o consumo de calorias, os diferentes tipos de gorduras, alimentos refinados e açúcares ingeridos pelas pessoas. “Hoje esta realidade é bem diferente. Diversos estudos científicos têm sido realizados nas últimas décadas e comprovam que o ovo, ao contrário do que era especulado, não está vinculado à ocorrência de doenças cardíacas e ao acidente vascular cerebral”, afirma Lúcia Endriukaite, nutricionista do Instituto Ovos Brasil. Isso porque a quantidade de colesterol do ovo e de qualquer outro alimento não tem impacto direto sobre os níveis de colesterol presentes no sangue. “Apenas 1/3 do colesterol do ovo é absorvido pelo corpo, sendo que cerca de 70% da substância é produzida pelo fígado. Com essa confirmação, é possível afirmar que o consumo diário do ovo está livre de qualquer associação com o LDL-c, popularmente conhecido como colesterol ruim”, reforça Lúcia.

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Entenda o que é Colesterol O colesterol é uma gordura natural de nosso corpo, que não se mistura com a água e, por isso, não consegue circular sozinha pelo sangue. Para que este fluxo ocorra bem e o colesterol chegue a seu destino final, que são glândulas e células, ele é transportado pelas lipoproteínas LDL, HDL e VLDL – siglas estas mais comuns na rotina de quem faz exames periódicos. Confira na tabela acima diferença entre cada uma delas. Existe um mecanismo no organismo que regula e controla a produção hepática, como também a excreção do colesterol através da bile, fluido que age como um “detergente” do corpo, facilitando a digestão de gorduras e a absorção de nutrientes no intestino. Quando precisamos de mais colesterol, há um aumento de sua captação por meio de gorduras que estejam livres ou sem função. Caso o intestino apresente funcionamento adequado, o colesterol é naturalmente eliminado do corpo. Além destas funções principais, esta substância também serve de matéria-pri-

ma para outras demandas do organismo, como a produção da vitamina D, de hormônios como a testosterona e a progesterona, e compõe a estrutura dos neurônios, melhorando a transmissão dos impulsos nervosos. Cabe ressaltar que em níveis normais o colesterol é uma substância essencial para o bom funcionamento do organismo. Apenas quando muito elevado, pode contribuir com alterações do sistema circulatório, tais como obstruções em artérias. O colesterol alto não apresenta sintomas, portanto é recomendável realizar exames de sangue periódicos que contenham valores de lipídeos e de glicemia para que o médico faça o diagnóstico e o eventual tratamento. É importante que as pessoas tenham hábitos saudáveis de vida para que tenham um “HDL c” elevado e um “LDL c” baixo. “Além disso, este é comprovadamente um alimento acessível, de baixo custo e fácil de ser inserido na dieta alimentar”, conclui Lúcia. Texto produzido com exclusividade para a Revista do Ovo pelo Instituto Ovos Brasil.


LANÇAMENTO

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Há alguns anos nos comprometemos em oferecer conteúdo técnico de qualidade, gratuito, visando o crescimento do produtor e o desenvolvimento do agronegócio nacional. Hoje, damos mais um passo neste sentido: lançamos o app AgNews. Informação para o seu dia-a-dia para melhorar seus resultados, na palma de suas mãos. Só quem é muito mais que nutrição pode honrar este compromisso. Com o AgNews Aves, você fica atualizado sobre os mais importantes assuntos: Produtividade Nutrição Genética Rentabilidade Manejo Mão de Obra Notícias Gestão Dicas O App do avicultor bem informado. Agroceres Multimix. Muito Mais que Nutrição. Baixe agora em agnews.agroceresmultimix.com.br

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Mercado

O ovo, com seu real valor, deixa de ser commodity Agregar valor é o futuro da avicultura de postura

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Granja Mantiqueira está mostrando como é possível apresentar o ovo como um produto diferenciado, em sua apresentação e também em sua composição. Basta um ‘toque’, um ‘refinamento’ e o ovo passa a ser ‘gourmet’! Passou a fazer parte de uma alimentação lúdica às crianças, incluindo um popular personagem dos desenhos animados, a Galinha Pintadinha! Claro, galinha bota ovo!

E parece tão óbvio que a Galinha Pintadinha também o fizesse! E faz com a marca da Mantiqueira! Um ‘insight’ que dá orgulho ao mercado avícola de postura e que merece destaque. Aproveitando o crescimento dos cuidados com a alimentação, a empresa também comercializa ovos orgânicos, com ômega 3, e os já apresentados aqui na Revista do Ovo ( edição de Julho de 2016 - acesse www.revistadoovo.com.br), os Ovos

Ponto de Venda com os produtos da Granja Mantiqueira

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Revista do Ovo

Solidários, com parte da renda destinada às obras sociais mantidas pela Mantiqueira no Rio de Janeiro. E assim o ovo deixa de ser somente “ovo”, perdendo o rótulo de commodity. A Revista do Ovo conversou com o sócio-proprietário da Mantiqueira, Leandro Pinto para entender a estratégia de mercado da empresa e sua visão sobre o mercado avícola de postura. Segundo ele: “A diferenciação do nosso mix de produtos foi im-


Leandro Pinto, sócio proprietário da Granja Mantiqueira:

“Para o desenvolvimento dos novos ovos, foram contratadas consultorias, que identificaram a existência de produtos semelhantes em outros países”

plementada em 2015, com diversos lançamentos. Nosso objetivo é oferecer um produto altamente diferenciado e com a máxima qualidade”. Acompanhe a seguir a entrevista com Leandro Pinto: Revista do Ovo: O que levou a Granja Mantiqueira a adotar a postura de agregação do valor do produto “ovo”, com os diferenciais das marcas? O que nos leva a adotar a postura de agregação do valor do produto “ovo” é a inovação. Ela faz parte do DNA da Granja Mantiqueira e nos leva continuamente, a antecipar as necessidades dos consumidores e do mercado, criando desta forma, novos produtos e práticas, que levem a qualidade à mesa do consumidor. Somos especialistas em ovos. Esta é a nossa missão. Para o desenvolvimento dos novos ovos, foram contratadas consultorias, que identificaram a existência de produtos semelhantes em outros países. Além dos ovos Gourmet, Galinha Pintadinha e Solidário, também temos o ômega 3, o ovo do Sítio e o Orgânico; este último, fruto da parceira com a Fazenda Toca do empresário Pedro Paulo Diniz, no interior de São Paulo, com

práticas agrícolas regenerativas e certificação orgânica. E os Ovos Solidários, a “menina dos olhos da empresa”, tem o objetivo de ajudar a instituições, que beneficiem crianças e jovens. A primeira linha voltada para atletas, veio da parceria com o Instituto Mangueira do Futuro , que – há mais de 25 anos – promove capacitação profissional, transformando vidas e oferecendo cidadania. Parte da renda com a venda dos ovos foi revertida para o Instituto, que investe na formação de atletas. Os Ovos Solidários beneficiarão inúmeros outros projetos, sendo o próximo, o Pró Criança Cardíaca, promovido por Rosa Celia Pimentel, instituição médica sem fins lucrativos, com sede no Rio de Janeiro, que em 20 anos, já atendeu mais de 24 mil crianças e realizou 1.200 procedimentos invasivos. Quando começou esta estratégia e qual é o principal objetivo da empresa? A estratégia foi implementada em 2015 com diversos lançamentos. Nosso objetivo é oferecer um produto altamente diferenciado e com a máxima qualidade. Por isto, acrescentamos mais e mais benefícios ao

A estratégia da Mantiqueira foi implementada em 2015 com diversos lançamentos com o objetivo de oferecer um produto altamente diferenciado e com a máxima qualidade Revista do Ovo

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Mercado

Exemplo das embalagens da Granja Mantiqueira

A Mantiqueira busca a diferenciação do seu mix que atrai consumidores com os mais diversos hábitos de consumo 14

Revista do Ovo

ovo, essencial à alimentação, com altíssimo poder nutritivo e excelente custo e beneficio. Investimos constantemente em novas tecnologias e pesquisas, dando ao ovo também o status de funcional e social. Acredita que outras empresas do setor avícola também deveriam buscar formas de agregar valor ao ovo? Sim, as empresas do setor avícola, bem como as de alimentação em geral, devem continuamente investir em pesquisas e desenvolvimento, agregando valor nutritivo e saudável aos produtos. Este deve ser o objetivo de todos: gerar mais e mais quali-

dade. Esta é a missão da Granja Mantiqueira. Dê mais detalhes sobre o ponto de vista mercadológico atual da Mantiqueira. Investimos para produzir um produto de alta qualidade, que atenda às demandas dos clientes, no caso, supermercados, que visam oferecer um mix variado em suas prateleiras, assim como de nossos consumidores, que estão cada vez mais exigentes em busca de alimentos com altas propriedades nutritivas e de procedência para suas famílias. Nós, da Mantiqueira, cuidamos de nossos ovos para


que nossos consumidores possam cuidar de suas famílias. Com esta estratégia adotada, o ovo, para a Granja Mantiqueira, deixa de ser uma commodity e apresenta um diferencial de imagem e valor? Certamente. Além de prezarmos pela qualidade dos Ovos Mantiqueira, buscamos a diferenciação do nosso mix que atrai consumidores de diferentes classes sociais e com os mais diversos hábitos de consumo, que percebem os diferenciais dos Ovos Mantiqueira para suas diferentes necessidades e estilaos de vida. Em sua opinião, quais são os diferenciais da empresa para atingir este diferencial competitivo no mercado? Temos muitos diferenciais, mas o principal deles são nossos colaboradores. Trabalhamos com uma filosofia de gestão baseada nos 3Ps (pesso-

as, processos e performance), onde o principal pilar são as pessoas. Contamos com uma equipe muito competente que trabalha diariamente com olho de dono. Acredito que este seja nosso maior ativo. Além disso, investimos em qualidade, tecnologia e inovação. Nunca tivemos a obsessão de sermos os maiores, mas sempre trabalhamos para ser a empresa de agronegócio mais admirada do país. Cultivamos valores como simplicidade, integridade, respeito e segurança. O que sustenta essa visão da empresa? O que sustenta a visão da empresa são nossas práticas diárias. Oferecemos alimentos saudáveis de forma sustentável, respeitando a comunidade e o meio ambiente, gerando valor para os clientes, parceiros, colaboradores e acionistas.

Outro grande diferencial é o fato da Mantiqueira ter mudado o cenário da avicultura no Brasil, com o pioneirismo de ter desenvolvido granjas totalmente automatizadas, através de novas tecnologias para produção. Investimos em ecologia, através do desenvolvimento de técnicas de preservação do meio ambiente. A granja possui todas as certificações do mercado, cumprindo sempre as mais rigorosas legislações pertinentes ao setor. A empresa, que é certificada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, está alinhada com as práticas determinadas por órgãos reguladores no Brasil e internacionais, submetida regularmente a auditoria de qualidade e auditada pelas redes de supermercados do Brasil com as melhores notas.

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Evento

Prêmio “APA & OvoSite” será oportunidade para um novo olhar para o setor de postura, aponta Eva Hunka Eva Hunka, membro da comissão organizadora do Congresso APA e coordenadora do Prêmio, destaca a sua importância para os profissionais e empresas que atuam na avicultura de postura e destaca a parceria com o OvoSite

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Eva Hunka, membro da comissão organizadora do Congresso APA e coordenadora do Prêmio:

“A granja que não se profissionaliza está fora do mercado, pois perde competitividade, tanto em lucratividade quanto em qualidade do produto final”

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Revista do Ovo

Associação Paulista de Avicultura (APA) e o OvoSite promovem o Prêmio APA & OvoSite - Destaques da Avicultura de Postura em 2016. O objetivo é realizar uma homenagem a alguns dos profissionais e produtores de ovos que se dedicam a postura comercial. O prêmio será entregue durante a abertura do Congresso de Produção e Comercialização de Ovos 2017, no dia 21 de março, no Centro de Convenções de Ribeirão Preto (SP). Serão três finalistas por categoria e para votar e participar da eleição, basta acessar o endereço: ww.avisite.com.br/PremioAPAeOvoSite. O OvoSite é o responsável por organizar a votação e a divulgação do prêmio. Serão 5 categorias: Marketing do Ovo (marca mais lembrada); Empresário do Ano (Gestão); Profissional de Sanidade, Profissional de Nutrição e Pesquisador do Ano. Eva Hunka, membro da comissão organizadora do Congresso APA e coordenadora do Prêmio, destaca que este tipo de premiação traz um novo olhar aos produtores de ovos. “Por se tratar de um prêmio que vem da opinião das pessoas que acessam o site, não teremos nenhuma interferência política ou pessoal, será, de fato, como este produtor é visto pelo mercado. Isto pode motivar mudanças importantes no setor, direcionar novos negócios e propostas de trabalho”, diz. De acordo com Eva, o perfil dos premiados deve ser: produtores que traba-

lham forte sua marca, prezam pela qualidade do seu produto e apostam em produtos diferenciados no mercado. “Devemos lembrar que o prêmio é fruto de uma pesquisa de opinião pública, por isso a importância da marca e diferenciação”, destaca. Ela lembra que, durante anos a produção de ovos foi um negócio familiar no Brasil e que a criação de galinhas era uma complementação de renda e pouco se investia no negócio. “Atualmente, a granja que não se profissionaliza está fora do mercado, pois perde competitividade, tanto em lucratividade quanto em qualidade do produto final”, diz e completa: “O sucesso não depende de uma ação isolada, os cuidados devem acontecer desde a compra da matéria-prima, até a apresentação do produto na gôndola. Produzir ovos se tornou um negócio complexo e altamente especializado. Temos que mudar o olhar sobre o mercado de ovos e o produtor deve se tornar um empresário”. Eva Hunka afirma ainda que a intenção é realizar o prêmio em todas as edições do Congresso de Ovos da APA. “Contamos com a força que o OvoSite tem neste mercado para adesão massiva e sucesso desta premiação. O portal é, atualmente, referência do mercado de ovos no universo digital. Esta parceria é uma via de mão dupla, pois o Congresso usa a força do OvoSite para impulsionar a premiação e, em contrapartida, nós chancelamos o site como importante mídia eletrônica para o setor”, aponta.


Revista do Ovo

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Meio Ambiente

Cuidar do meio-ambiente também é função da avicultura Os pesquisadores Karolina Von Zuben Augusto e Júlio César Pascale Palhares, explicam como a avicultura de postura pode auxiliar o meio ambiente em questões como nutrição, tratamento de dejetos e na utilização de água

A

sociedade precisa estar atenta às questões pertinentes à proteção meio-ambiental e a avicultura não foge à regra e tem que dar sua contribuição neste sentido. A Revista do Ovo conversou com dois pesquisadores, Karolina Von Zuben Augusto e Júlio César Pascale Palhares, sobre os principais desafios enfrentados pelo setor avícola de postura referente a alguns pontos específicos: o olhar da nutrição nas questões que envolvem o meio-ambiente, o tratamento adequado dos dejetos e também a importância de garantir o uso de água de qualidade e seu impacto na produção.

De acordo com Karolina Von Zuben Augusto, a redução do impacto ambiental está intimamente relacionada ao máximo aproveitamento do potencial nutritivo dos alimentos fornecidos e da formulação da dieta. “Existem inúmeras estratégias nutricionais em prática na avicultura de postura. Os interesses primordiais são a redução de custo e a melhoria do desempenho zootécnico, porém cada vez mais os produtores, profissionais e mercado consumidor estão atentos às questões ambientais, regidos por leis que os obrigam a utilizar estratégias relacionadas à proteção ambiental”, afirma.

Nutrientes e aspectos da dieta que despertam maior atenção ambiental O Fósforo: devido à sua imobilidade e consequente alta possibilidade de ocorrência dos processos de eutrofização e nitrificação na água, além da contaminação do solo, o Fósforo inorgânico adicionado às rações é uma grande preocupação ambiental Altos níveis de proteína bruta: em rações com altos níveis de PB cerca de 55% do nitrogênio ingerido é excretado ao meio ambiente, a emissão de amônia se torna elevada, afetando o desempenho das aves e prejudicando a saúde dos trabalhadores e do entorno. O Farelo de Soja, segundo maior constituinte da ração, apresenta níveis elevados de potássio, o que, aliado aos altos níveis de PB, aumentam consideravelmente a ingestão de água, sendo esta eliminada pelas fezes em forma de urato (fração esbranquiçada das fezes) Minerais: por estarem envolvidos em diversas funções metabólicas, os minerais têm sido suplementados às dietas de poedeiras por meios de sulfatos, óxidos e cloretos. Entretanto, devido às diversas interações e antagonismos, a absorção destes minerais pode ser relativamente baixa, demandando uma maior suplementação na dieta e maior excreção no meio ambiente Fonte: Karolina Von Zuben Augusto

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Revista do Ovo

Ela explica ainda que hoje a avicultura de postura trabalha dentro de um universo de alta tecnologia, nas instalações, evolução genética, manejo de precisão e a nutrição de precisão. “A precocidade das aves demanda o desenvolvimento de programas de alimentação cada vez mais eficientes metabolicamente, para que atendam não somente à demanda biológica de manutenção e produção de ovos, bem como eliminando menos resíduos e reduzindo o impacto ambiental do sistema”, diz Karolina.

Viabilidade para o tratamento dos dejetos A questão da viabilidade para o tratamento de dejetos, tanto técnica, quanto econômica, depende de diversas características produtivas e deve ser avaliada caso a caso. Duas opções muito utilizadas atualmente são a compostagem e a biodigestão. Ambos os tratamentos tem vantagem e gargalos. Tecnicamente falando, podemos dividir em eficiência de tratamento/ambiental e eficiência de reciclagem com agregação de valor ao produto final. Assim detalha Karolina Von Zuben: “Se pensarmos em resíduos para disposição no meio ambiente, temos que levar em consideração primeiramente o volume, a frequência e as características físicas, químicas e microbiológicas. Tanto na biodigestão anaeróbia quanto na compostagem aeróbia, há um aumento de volume total, com a adição de água no processo anaeróbio ou material vegetal no processo aeróbio”. Segundo ela, durante o tratamento os sólidos orgânicos são consumidos pelos micror-


ganismos e há uma redução dos sólidos totais presentes. No caso da biodigestão anaeróbia, o volume permanece quase o mesmo que a mistura inicial em meio líquido, enquanto na compostagem há substancial redução, conferindo uma grande vantagem em termos de disposição final do produto gerado. “Assim, dejetos indicados para biodigestão são aqueles com umidade muito alta, enquanto que os indicados para compostagem são os de menor umidade, capazes de formar as pilhas ou leiras”, afirma. A pesquisadora diz também que, dependendo da frequência de produção dos dejetos, ela pode indicar alguns tipos diferentes de biodigestores ou dimensionar diferentes pátios de compostagem. Tudo dependerá das características de instalação das aves, idade e fase de produção das aves, nutrição, ambiência e manejo de retirada dos dejetos. Karolina completa: “Um tratamento será eficiente se ele atender às exigências ambientais do receptor. O que isso

significa? Há diferenças entre as características finais exigidas do material tratado para disposição em água ou solo (tipo de solo e cultura a ser implantada) e também da proximidade de áreas urbanas. A eficiência da reciclagem é quando após o tratamento direcionamos o interesse neste material em ser utilizado com valor agregado, seja agronômico ou energético. Cada material tem características particulares e poderá ter maior ou menor valor econômico com a reciclagem”. Ela ainda explica que os dejetos frescos e com alta umidade tem grande potencial de geração de metano, gás combustível e de alto valor no mercado, através da biodigestão anaeróbia, e são muito indicados para propriedades que demandam energia calorífica ou elétrica, porém que também possuam área suficiente para disposição do efluente líquido final que sai dos biodigestores e ainda um alto investimento nos Biodigestores específicos para dejetos com alto teor de nitrogênio.

Karolina Von Zuben Augusto:

“Os produtores, profissionais e mercado consumidor estão atentos às questões ambientais, regidos por leis que os obrigam a utilizar estratégias relacionadas à proteção ambiental”

Revista do Ovo

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Meio Ambiente

O correto tratamento dos dejetos faz parte dos cuidados ambientais Os dejetos frescos ou depositados por longos períodos abaixo das gaiolas podem apresentar umidade indicada para o processo de compostagem. Este processo demanda elevada área de pátio, maior mão de obra, devido aos constantes revolvimentos, equipamentos especiais e adição de material vegetal. Por outro lado, o produto final, composto orgânico, tem valor de mercado em expansão. Atualmente, o cálculo para elaboração do preço final do composto orgânico leva em consideração o conteúdo de NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) presente, porém deixa de lado seu valor

Júlio César Pascale Palhares:

“Um grande salto de eficiência no uso da água será dado quando a avicultura de postura internalizar o conceito de manejo hídrico”

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Revista do Ovo

Existem algumas alternativas ao tratamento dos dejetos avícolas. Dois exemplos são a compostagem e a biodigestão como condicionador de solo, com rica matéria orgânica compostada. “Desta forma, concluímos que devemos tratar cada caso em particular, levando em consideração todas as características, demandas, poder de investimento e foco comercial”, explica a zootecnista.

Os cuidados com a água A água é o principal alimento em qualquer atividade animal. É um insumo indispensável para garantir a produção e seus aspectos sanitários e de bem estar. É um recurso natural finito em quantidade e qualidade, portanto deve ser conservado. Na avicultura, a água é o nutriente mais consumido pela ave e é insubstituível para seu organismo, exercendo funções metabólicas e também da fisiologia do animal. É parte integrante dos fluidos intracelulares, extracelulares e sangue dos animais. A porção fluida do ovo é constituída por 70% de água, sendo que 75% contida no albúmen e os outros 25% na gema. Nos ovos, a água desempenha muitas funções. Uma das mais importantes é a manutenção do pH do albúmen, preservando a qualidade interna e, por consequência o valor comercial dos ovos. O pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste, Júlio César Pascale Palhares, destaca a necessidade de um maior entendimento sobre o manejo da água em três dimensões: alimento, insumo e recurso natural. Ele aponta que um grande salto de eficiência no uso da água será dado quando a atividade internalizar o conceito de manejo hídrico. Define-se esse como o uso cotidiano de conheci-

mentos, práticas e tecnologias que garantam a oferta de água em quantidade e qualidade. Ressalta-se a palavra “cotidiano”. Se a água não for manejada todo dia, dificilmente, teremos uma melhor condição hídrica e continuaremos a fazer o “manejo do desespero”. Neste, só lembramos da água quando ela falta. No desespero, qualquer intervenção é culturalmente drástica e de alto custo. Eventos de escassez hídrica tem sido mais constantes, as pressões da sociedade para mostrarmos nossos desempenhos ambiental e hídrico serão cada vez maiores e os órgãos ambientais cobrarão cada vez mais a adequação da atividade as leis. A qualidade química e microbiológica da água servida às aves é de extrema importância, já que muitos medicamentos e vacinas são administrados via água de dessedentação. “A importância da qualidade microbiológica da água a ser fornecida às aves se deve principalmente ao fato de que estas ingerem duas a três vezes mais água que ração, podendo ser um importante veículo transmissor de doenças. A Salmonella, por exemplo, pode ser veiculada para o ovo e por isso se recomenda realizar análises bacteriológicas semestrais da água da propriedade. Outras enfermidades que atingem as aves podem influenciar no desempenho e, consequentemente, na produção e qualidade dos ovos”, explica Palhares e finaliza: “Aliar a nutrição animal ao manejo e tratamento dos dejetos, além de ser uma ação com resultados econômicos positivos é, também, um mecanismo sustentável que favorece toda cadeia produtiva envolvida”.


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Informe Técnico-Comercial

A importância da dosagem correta de medicamentos para avicultura Veja os novos Dosadores Eletrônicos de cloro, ácidos e medicamentos

Autor: Pleyades Brasil

O

s sistemas de dosagem de medicamentos no Brasil, na avicultura especificamente, seguem à metodologia antiga, onde o princípio ativo, (medicamento) é diluído diretamente no reservatório de água da granja, em muitos países da Europa este sistema é totalmente proibido. O grande problema é o contato manual e exposição dos funcionários ao medicamento, ou cloro, e muitas vezes uma alta dosagem do princípio ativo nas aves, pois muitas vezes as dosagens não são feitas corretamente. As caixas de água dentro da granja

são pequenas e fica difícil diluir a quantidade exata de medicamentos desejada para o lote em questão, já que a quantidade de miligramas ingeridas pelas aves é determinante para um bom desempenho e ou recuperação de um lote infectado. Para determinar a quantidade de medicamento (produto comercial) a ser utilizada para a medicação via água de bebida é necessário conhecer: • A dose do princípio ativo (ex: 20 miligramas de amoxicilina/kg de peso vivo). • A concentração do princípio ativo no medicamento (ex: 50%).

• O peso total do lote de aves (ex: 20.000 aves x 1,065 kg/ave = 21.300 kg peso vivo). • O consumo diário total de água (0,26 L/ ave x 20.000 aves = 5.200 L). Na sequência, os seguintes cálculos são feitos: • Quantidade total de princípio ativo (20 mg amoxicilina x 21.300 kg peso vivo = 400.000 mg ou 400 g de amoxicilina). • Quantidade total de medicamento (400 g amoxicilina num medicamento a 50% = 400 x 2 = 800 g de medicamento). • Volume de água a ser medicado

Alguns dos dosadores comercializados no Brasil

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(70% do total diário): 5.200 L x 70% = 3.640 L. Portanto, serão utilizados 800 g do medicamento diluídos em 3.640 L de água para medicar 20.000 aves nadose de 20 mg de amoxicilina/ kg peso vivo. As vantagens de se dosar os medicamentos na água e não na ração são muitas, já que em quadro febril, as aves reduzem a ingestão de alimento e aumentam a ingestão de água, tendo assim uma resposta mais rápida ao medicamento. A empresa HQ-Line da Bélgica, é pioneira no desenvolvimento de dosadores eletrônicos de medicamentos, ácidos e cloro, e a Pleyades sua parceira no Brasil, viu a necessidade de comercializar estes importantes aparelhos no mercado nacional, já que possui uma grande precisão da quantidade do medicamento dosado na rede de niples que abastece as aves. O dosador eletrônico é instalado e opera da seguinte maneira: A instalação é bem simples, próxi-

ma a entrada de água dos niples, na parede lateral da granja. Uma tomada simples 220 volts com aterramento. Dois registros e dois pedaços de mangueira para conectar à rede, e um reservatório de 20 ou 30 litros para o princípio ativo. O Dosador possui um Hidrômetro com um sensor acoplado, que faz a leitura da quantidade de água que passa pela rede de água. Este sensor envia a mensagem para a CPU, que por sua vez envia o pulso para a bomba injetar a quantidade exata do medicamento pré-ajustado no percentual necessário. As dosagens são feitas mesmo com baixo consumo água, aferindo assim segurança na ingestão das doses pelas aves. Vantagens do Dosador Eletrônico HQ-Line 1- O princípio ativo não passa pelas partes internas da bomba, garantindo assim uma vida longa do aparelho, visto que muitas vezes al-

guns ácidos medicamentos e o cloro são corrosivos. 2- As dosagens podem se iniciar de 0,0025% a 2,5% dependendo do modelo do dosador, que vem da seguinte configuração no Brasil: 3- Programa A+B para desinfetantes e ácidos; 4- Programa B+C Medicamentos e ácidos; 5- Fluxo mínimo operacional 5 a 15 litros por hora; 6- Vazão máxima de água por hora 5.000 litros; 7- Aparelho muito preciso, de fácil instalação e operação; 8- Garantia de uma exata dosagem de cloro e ou medicamento; 9- Economia de medicamentos e eficácia nos resultados, e já vem com uma tabelinha de fácil cálculo de dosagens a serem utilizadas; 10- Evita a falta de medicamentos na rede e, possivelmente, a falha na medicação, além de evitar também o contato manual com o princípio ativo.

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Catálogo de Produtos e Serviços

Catálogo de Produtos e Serviços Congresso de Ovos da Associação Paulista de Avicultura Acompanhe na sequência os destaques de algumas empresas para o Catálogo de Produtos e Serviços da Revista do Ovo, com circulação especial no Congresso de Ovos da APA 2017

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Revista do Ovo

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Catálogo de Produtos e Serviços Fundada no Brasil em 1986, a Seifun atua como produtora de pigmentos 100% naturais para avicultura, atendendo aos mercados nacional e internacional. Sua missão é entregar produtos altamente qualificados e eficazes, focando o bem estar do animal e zêlo pela saúde dos produtos e do consumidor.

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Revista do Ovo


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Ciência e Tecnologia

Visão da Hy-Line sobre o futuro de sua genética Uma das maiores empresas de genética avícola destaca a evolução técnica de suas aves

A

Hy-Line Brown produz até 420 ovos vermelhos em 90 semanas, com longos períodos de produção na faixa de 90% e produz ovos grandes logo no início de postura

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Revista do Ovo

Revista do Ovo inicia em sua primeira edição do ano um trabalho de entendimento sobre a indústria genética avícola de postura, um dos principais pilares do setor. Esta edição vai detalhar as ações da Hy-Line, empresa presente em mais de 140 países, com várias unidades próprias verticalizadas para a distribuição de pintainhas comerciais de 1 dia diretamente ao produtor de ovos. Ela detalhou em números e dados os ‘porquês’ do sucesso da empresa e seus diferenciais. A Hy-Line conta com uma análise global anual que atualiza o geneticista sobre vários parâmetros e demandas de mercado e dos produtores, para direcionar o programa de melhoramento genético, posicionamento de produtos, investimentos em pesquisa e desenvolvimento das linhas existentes e de novos produtos. Essa análise inclui tamanho ideal do ovo e percentual exigido entre diferentes faixas de peso, relevância de aspectos relacionados à qualidade interna do ovo, como percentual de sólidos e altura do albúmen, raio-x atual dos sistemas de produção existentes e tendências em cada país, análises de comportamento e foco de gestão do produtor de ovo, como custo da tonelada de ração x custo de produção do ovo, indicadores de desempenho valorizados e efetivamente gerenciados, base nutricional da dieta (milho, soja, trigo, aminoácidos sintéticos disponíveis, ingredientes alternativos), além de vários outros

parâmetros de avaliação do produto e de produção por parte do produtor de ovo, do comprador ou intermediário, e do consumidor final. Segundo o Diretor Geral da Hy-Line do Brasil, Tiago Lourenço, as aves que os produtores já têm nas mãos tem um potencial muito maior do que vários conseguem extrair. É preciso seguir investindo assertivamente na estrutura, manejo, nutrição e sanidade do processo de produção para colher estes frutos, esse é o diferencial competitivo entre as empresas do presente para o futuro. Há diferenças de várias dúzias na produtividade, vários reais por caixa e mais de 10-15% no custo de produção final entre os produtores, o que certamente influencia estratégias, qualidade do produto e lucratividade. “Além

A genética quantitativa e comportamental provavelmente nunca deixará de existir, esta é a base para a evolução das aves


A Hy-Line W-80 é uma ave robusta para todos os climas e sistemas de produção AVES

disso, o que nos trouxe até aqui não será o que nos levará para o próximo nível, ou seja, é ilusório acreditar que manejaremos aves até 100 semanas (ou mais) com boa produtividade e qualidade de ovos vendáveis com as mesmas práticas e conceitos de manejo, nutrição e sanidade de quando as manejávamos até 70 ou 80 semanas. É fundamental elevar cada vez mais os padrões de criação animal, com boas práticas de produção e sanidade, treinamento e educação continuada das pessoas e equipes envolvidas, procedimentos padronizados e sistemas de auditoria implantados, independentemente do sistema produtivo”, destaca Lourenço. Segundo ele, a evolução é constante e contínua. “Isso é o que o mercado

avícola pode esperar da Hy-Line como principal fornecedora mundial de genética de poedeiras comerciais. Chama a atenção dos clientes a estratégia da Hy-Line de se posicionar com produtos para todos os mercados. O destaque atual foi a evolução meteórica da linhagem Hy-Line W-80, que já está presente em mais de 50 países, com alojamento que alcançam mais de 100 milhões de pintainhas comerciais em todo o mundo em menos de 5 anos. No Brasil, em pouco mais de 6 meses, os volumes superaram a marca de 1,5 milhão de pintainhas alojadas, em 15 estados brasileiros”, afirma. Segundo informações da empresa, as principais linhas de pesquisa da Hy-Line estão direcionadas aos ganhos

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Ciência e Tecnologia

A Hy-Line W-36 produz ovos de qualidade superior com boa resistência de casca e com o mínimo de ração necessário. É a linhagem com menor custo de produção do mercado

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que a aplicação da genética molecular pode oferecer ao programa de melhoramento genético “tradicional”. A genética quantitativa e comportamental provavelmente nunca deixará de existir, esta é a base para a evolução das aves. Entretanto, a genética molecular é uma ferramenta extraordinária para promover ganhos adicionais entre 10% e 45% após e adicionais à seleção quantitativa, dependendo da característica selecionada. Isso quer dizer, por exemplo, que a aplicação da genética molecular para produção de ovos vendáveis pode elevar os ganhos de 3 ovos anuais para 3,45 ovos anuais, algo em torno de 15% para esta característica, por exemplo. O diferencial é que a

ferramenta tem mais ou menos eficiência dependendo do banco genômico por linhagem, quantos anos de sequenciamento cada empresa tem registrado como histórico, porque isso que aumenta ou diminui a acurácia e, consequentemente, o sucesso dos resultados dentro do programa. Com informações do Departamento de Serviço Técnico da Hy-Line. Acompanhe este trabalho na íntegra na página: www.avisite.com. br/hylinedobrasil Lá, você encontra os principais erros e acertos que determinam os bons índices zootécnicos da linhagem, com todas as suas marcas: W-36, Hy-Line Brown e W-80.


Evento

Gramado (RS) receberá a Conbrasul Ovos em Junho 1ª Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Ovos debaterá principais temas para o setor de postura, como mercado, economia, bem estar e sanidade

A

Conbrasul Ovos, conferência organizada tendo como inspiração os eventos promovidas pela IEC (International Egg Comission) será realizada entre os dias 11 e 14 de junho, em Gramado, RS. A programação permite tanto a participação nos temas apresentados como a interatividade entre empresários, produtores, autoridades e convidados de diversos locais do Brasil e exterior que de alguma forma estão ligados ao setor de produção de ovos. Esta proposta de evento traz a oportunidade de avaliação de assuntos de extrema importância para a atualidade e para o futuro da atividade, e também a aproximação com conceitos e desenvolvimento da produção de ovos a nível mundial.

Principais produtores, empresários, agroindústrias, dirigentes da área de equipamentos e tecnologias e convidados internacionais, participarão da conferência. “Desenvolvemos e estamos organizando este evento para que possamos impulsionar mais ainda o setor de produção de ovos para o desenvolvimento, porque hoje, a nível de união nacional, este segmento da avicultura ainda está disperso”, relata Eduardo Santos – Coordenador Executivo da Conbrasul Ovos 2017. A conferência abordará temas relacionados ao mercado, economia, produção, bem estar animal, sanidade, saúde, promoção e marketing, além de momentos especiais para integração, networking e acesso a novos conceitos de produção. Uma das propostas da Conbrasul Ovos é disponibilizar mais um relevante ponto

de encontro do setor. “Essa valorização por regiões é o que o setor necessita para evoluir com mais força e evidência nos desafios que ainda travam o avanço dinâmico da produção e do mercado de ovos interno e externo,” argumenta Santos. Participarão da Conbrasul Ovos dirigentes e produtores de ovos de diversos estados do Brasil. Até o final de fevereiro o evento já contava com os seguintes patrocinadores e apoiadores especiais: DSM , Boehringer Ingelheim, Bionutri Nutrição Animal, Blystersul, Vencomatic Group , Lohmann, Alltech e NPE – National Pasteuzized Eggs. Informações sobre o evento, como programação, inscrições, hospedagens, traslados e outras podem ser acessadas no site: www.conbrasul.ovosrs.com.br.

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Estatísticas e Preços Pintainhas de postura comercial

Alojamento deve crescer cerca de 2% em 2016

D

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EVOLUÇÃO MENSAL (OVOS BRANCOS E VERMELHOS) - MILHÕES DE CABEÇAS

PINTAINHAS COMERCIAIS DE POSTURA MÊS

2014/15

Dez Jan

% OVO BRANCO

2015/16

VAR.%

2014/15

2015/16

7,028

7,518

6,97%

78,90%

73,65%

7,172

7,580

5,70%

79,41%

81,90%

Fev

6,730

7,248

7,70%

81,94%

78,88%

Mar

7,934

8,299

4,60%

78,74%

82,22%

Abr

7,458

7,761

4,06%

83,08%

78,32%

Mai

7,540

7,929

5,17%

80,32%

80,34%

Jun

8,059

7,438

-7,71%

82,38%

82,77%

Jul

7,818

7,412

-5,20%

82,06%

81,63%

Ago

7,292

7,638

4,75%

77,76%

81,53%

Set

8,228

8,125

-1,26%

77,69%

80,31%

Out

7,844

7,763

-1,03%

80,24%

81,55%

Nov

7,679

8,062

4,98%

80,58%

83,66%

Em 11 meses

83,755

85,256

1,79%

80,37%

81,21%

Em 12 meses

90,783

92,774

2,19%

80,25%

80,59%

Fonte dos dados básicos: ABPA – Elaboração e análises: AVISITE

ALOJAMENTO ACUMULADO

85,256

83,611

83,755

86,982

Janeiro a novembro – 2012 a 2016 Milhões de cabeças

78,809

ados fornecidos pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) indicam que no mês de novembro houve forte crescimento no alojamento de pintainhas de postura comercial. Foram alojadas no decorrer do mês 8,062 milhões de pintainhas - aproximadamente 6,745 milhões delas para produção de ovos brancos e 1,317 milhão para produção de ovos vermelhos -, representando aumentos de 3,8% no mês e de quase 5% sobre o alojado em novembro de 2015. Foi o terceiro maior alojamento do ano, sendo superado, apenas, pelo alojamento de março e setembro. Entretanto, considerando o número de dias dos meses citados, o volume de março (recorde do ano) se torna apenas o terceiro maior, sendo superado pelos volumes alojados em setembro e novembro. No acumulado até novembro o volume alojado alcançou 85,2 milhões de pintainhas - 81,2% destinadas à produção de ovos brancos -, equivalendo a aumento de 1,8% sobre o mesmo período de 2015, mas ainda inferior ao volume alojado no mesmo período de 2014. Projetado para o ano, o volume médio alcançado (7,750 milhões de cabeças) sugere cerca de 93 milhões, indicando crescimento anual inferior a 2%. É um índice de crescimento moderado diante do cenário nacional e das perspectivas de consumo ainda afetadas pela forte crise interna que somente agora começa a perder força. De toda forma, ainda levará um bom tempo para a recuperação plena da economia. Todavia, por ser produto de alto valor nutritivo e de baixo custo de aquisição para a população, a tendência é haver crescimento no consumo de ovos. Assim, tudo indica, o produtor de ovos deve caminhar sem grandes sobressaltos no decorrer do ano. Os dados divulgados até o momento indicam que o volume acumulado em doze meses – dezembro de 2015 a novembro de 2016 - ficou em 92,774 milhões e representou 2,2% de aumento sobre o mesmo período imediatamente anterior.

2012

2013

2014

2015

2016


Desempenho do ovo em fevereiro de 2017

Mercado se recupera e registra segundo maior valor nominal de todos os tempos

A

pós um início de ano medíocre e sem dúvida preocupante, em fevereiro o ovo teve desempenho apoteótico. Como, aliás, convém a um mês de Carnaval. Pena, somente, que o processo de revitalização tenha se esgotado bem antes da chegada da Quaresma. Depois de alcançar, em janeiro, menos de 80% do valor médio registrado um ano antes, o ovo iniciou o segundo mês de 2017 obtendo, na prática, não mais que o mesmo valor nominal dos primeiros dias de fevereiro de 2016. Mas isso foi rapidamente superado. Pois, em menos de duas semanas, o produto obteve valorização superior a 20%, o que fez com que atingisse o segundo maior valor nominal de todos os tempos. Infelizmente, tal desempenho teve curta duração – apenas uma semana, a terceira do mês. Porque na semana seguinte iniciou-se processo de recuo de preços que fez com que se perdesse quase a metade do que foi conquistado nas três semanas anteriores. É verdade que, mesmo assim, o preço médio do mês teve um crescimento excepcional, com resultados totalmente opostos aos observados no mês anterior. Assim, enquanto o valor médio de janeiro retrocedeu quase 4% em relação ao ano anterior e 17% em relação a dezembro de 2016, em fevereiro ele ficou quase 9% acima do que foi registrado um ano antes e, melhor ainda, 37,5% acima da média

alcançada em janeiro de 2017. Ou seja: recuperou não só as perdas de dezembro, mas as dos seis meses anteriores. Apesar, porém, de corresponder ao melhor fevereiro de todos os tempos, o resultado do último mês também pode ser considerado normal. Isto pode ser observado ao se tomar como base de comparação a curva sazonal de preços do ovo. Ou seja: na média dos últimos 16 anos (2001/2016), o valor do ovo em fevereiro esteve 15% acima do preço médio registrado no ano anterior. Em fevereiro passado, o ovo esteve muito próximo disso, pois seu preço foi 13% superior à média registrada em 2016. Quer dizer: mesmo apresentando um excelente desempenho, o produto ficou próximo, mas ainda abaixo (2 pontos percentuais de diferença) do resultado apontado pela sua curva sazonal de preços.

OVO BRANCO EXTRA

Evolução de preços no atacado paulistano R$/CAIXA DE 30 DÚZIAS Média mensal e variações anual e mensal em treze meses

Média anual em 10 anos R$/CAIXA

MÊS.

MÉDIA R$/CXA

VARIAÇÃO % ANUAL MENSAL

FEV/16

77,58

13,15%

21,38%

MAR

82,42

28,09%

6,19%

ABR

67,12

20,85%

-18,57%

2010

MAI

72,56

32,22%

8,10%

2011

85,38

45,21%

17,67%

JUL

86,85

46,19%

1,71%

AGO

84,00

39,64%

-3,28%

2013

SET

72,84

32,63%

-13,29%

2014

R$ 44,61 R$ 49,11

2012

R$ 57,86 R$ 52,70

OUT

68,56

11,13%

-5,88%

68,04

4,55%

-0,76

DEZ

74,00

11,93%

8,76%

2016

R$ 75,43

JAN/17

61,42

-3,91%

-17,00%

2017

R$ 72,24

FEV

84,48

8,84%

37,54%

R$ 59,47

2015

2017 Média 2001/2016 (16 anos)

100,2

101,2

111,3 101,7

Mai

112,6

109,3

Abr

117,2

111,5

120,7

114,7

115,2 113,9

92,5

R$ 37,93

NOV

Set

Out

Nov

81,6

Fev

R$ 38,63

2009

JUN

Preço relativo em 2017 comparativamente ao período 2001/2016 (16 anos) Média mensal do ano anterior = 100

Jan

R$ 43,62

2008

Mar

Jun

Jul

Ago

Dez

Revista do Ovo

33


Estatísticas e Preços

Milho e Soja Preço do milho registra leve alta em fevereiro

Valor do farelo de soja registra queda

O preço do milho registrou alta no mês de fevereiro. O preço médio do insumo, saca de 60 kg, interior de SP, fechou o mês cotado a R$37,47, valor 0,29% acima da média alcançada pelo produto em janeiro, quando ficou em R$37,36. A disparidade de preço do milho em relação ao ano anterior continua alta. O valor atual é 16% menor, já que a média de fevereiro de 2016 foi de R$44,63 a saca.

O farelo de soja (FOB, interior de SP) seguiu em fevereiro sua tendência de queda, registrada desde o segundo semestre de 2016. O produto foi comercializado ao preço médio de R$1.002/t, valor 2,05% inferior ao praticado no mês de janeiro – R$1.023/t. Em comparação com fevereiro de 2016 – quando o preço médio era de R$1.267/t – a cotação atual registra queda de 20,92%.

Valores de troca – Milho/Frango vivo O frango vivo (interior de SP) fechou o mês de fevereiro cotado a R$2,63/kg. O aumento no valor do milho e queda no preço do frango contribuiram para diminuir um pouco o poder de compra do avicultor. Nesse mês, foram necessários 237,5 kg de frango vivo para se obter uma tonelada de milho, considerando-se a média mensal de ambos os produtos. Este volume representa uma pequena queda de 1% no poder de compra em relação ao mês anterior, pois, em janeiro, a tonelada do milho “custou” 235 kg de frango vivo.

Valores de troca – Farelo/Frango vivo A maior queda registrada no preço do farelo de soja em relação ao frango vivo no mês de fevereiro fez com que fossem necessários 381 kg de frango vivo para adquirir uma tonelada do insumo, significando melhora de 1,3% no poder de compra do avicultor em relação a janeiro, quando 386 kg de frango vivo obtiveram uma tonelada do produto.

Valores de troca – Farelo/Ovo O preço do ovo, na granja (interior paulista, caixa com 30 dúzias), registrou em fevereiro a média de R$78,48, valor 41,6% acima do alcançado no mês anterior, quando o produto foi negociado a R$55,42. Com esta valorização, houve melhora significativa no poder de compra do avicultor. Em fevereiro foram necessárias 8 caixas de ovos para adquirir uma tonelada do cereal. Em janeiro, foram necessárias 11,2 caixas/t, aumento superior a 41% na capacidade de compra do produtor.

Preçomédio médioMilho Milho Preço

fevereiro fevereiro março março abril abril maio maio junho junho julho julho agosto agosto setembro setembro outubro outubro novembro novembro dezembro dezembro janeiro janeiro fevereiro fevereiro

53,00 53,00 51,00 51,00 49,00 49,00 47,00 47,00 45,00 45,00 43,00 43,00 41,00 41,00 39,00 39,00 37,00 37,00 35,00 35,00 33,00 33,00 31,00 31,00 29,00 29,00 27,00 27,00

R$/sacade de60kg, 60kg,interior interiorde deSP SP R$/saca

2016 2016

2017 2017

MédiaFevereiro Fevereiro Máximo Mínimo Média Mínimo Máximo R$ R$39,00 36,00 39,00 R$ R$ 36,00 R$ R$

37,47 37,47

34 Revista do Ovo

De acordo com os preços médios dos produtos, em fevereiro foram necessárias aproximadamente 12,8 caixas de ovos (valor na granja, interior paulista) para adquirir uma tonelada de farelo de soja. O poder de compra do avicultor de postura em relação ao farelo registrou aumento de 44,5%, já que, em janeiro, 18,5 caixas de ovos adquiriam uma tonelada de farelo. Em relação a fevereiro de 2016 houve aumento de 38,3% no poder de compra, pois naquele período a tonelada de farelo de soja custou, em média, 17,7 caixas de ovos.

Preçomédio médioFarelo Farelode desoja soja Preço R$/toneladaFOB, FOB,interior interiorde deSP SP R$/tonelada

1600 1600 1500 1500 1400 1400 1300 1300 1200 1200 1100 1100 1000 1000 950 950 900 900 850 850 800 800 750 750

fevereiro fevereiro março março abril abril maio maio junho junho julho julho agosto agosto setembro setembro outubro outubro novembro novembro dezembro dezembro janeiro janeiro fevereiro fevereiro

Valores de troca – Milho/Ovo

2016 2016

2017 2017

Média Fevereiro Fevereiro Média Mínimo Máximo Mínimo Máximo 980,00 R$ 1.020,00 R$ R$ R$ 980,00 R$ R$ 1.020,00

1.002,00 1.002,00

Fonte das informações: www.jox.com.br


Revista do Ovo

35


Estatísticas e Preços

36 Revista do Ovo


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