Edição 46 Revista do Ovo

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O que preferem os consumidores? O consumidor exige ovos nutritivos, frescos e com a gema brilhante, redonda e apetitosa. NĂłs da DSM te ajudamos a produzĂ­-lo.

america-latina.dnp@dsm.com Tel.: 11 3760-6300 www.dsm.com


Editorial Bom ano para o setor de postura comercial “O ano de 2017 foi muito bom para a avicultura de postura. Parece que a procura e o consumo aumentaram muito. Também pode ter sido por uma diminuição da oferta causada por uma redução da produção”. Essa é a opinião de Christian Maki, para quem o ovo ganhou também uma nova imagem ou conceito dentro da cultura alimentar brasileira. O seu texto pode ser acompanhado a partir na página 19. Nesta última edição do ano da Revista do Ovo, a Semana do Ovo também é destaque. Com mais de 200 ações simultâneas, a Semana do Ovo deste ano levou informações sobre os benefícios do consumo de ovos para mais de 1 milhão de pessoas, segundo estimativas dos organizadores. A Semana do Ovo cresceu não apenas em quantidade de colaboradores, como também em público atingido, comemora o presidente do Conselho Diretivo do Instituto Ovos Brasil, Ricardo Santin. “Tivemos ações acontecendo em nível nacional, uma capilaridade jamais atingida. Só uma campanha que fizemos nas redes sociais com atletas impactaram mais de 500 mil pessoas”, destaca Santin.

Mundo Agro Editora Ltda. Rua Erasmo Braga, 1153 13070-147 - Campinas, SP

Publicação Bimestral nº 46 | Ano V Dezembro/2017 - Janeiro/2018

EXPEDIENTE Publisher Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Redação Érica Barros (MTB 49.030) imprensa@avisite.com.br

Jornalista da Revista do Ovo entra no clima da Semana do Ovo vestindo camiseta enviada por Eduardo Dos Santos, da Asgav

Diagramação e arte Mundo Agro e Innovativa Publicidade luciano.senise@innovativapp.com.br

Boa leitura e boas festas!

Internet Gustavo Cotrim webmaster@avisite.com.br

Sumário

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Semana do Ovo 2017: Cadeia produtiva saiu fortalecida

Comercial Karla Bordim (19) 3241 9292 comercial@avisite.com.br

Eventos e Notícias Curtas Produtor destaca aspectos positivos e negativos de 2017 Congresso de Ovos APA 2018 recebe trabalhos científicos até 22 de dezembro

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Informe Técnico-Comercial Ceva: Benefícios e desafios do controle da sanidade em poedeiras

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Informe Técnico Comercial DSM: Produção de ovos e segurança alimentar

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Estatísticas

Administrativo e circulação Caroline Esmi financeiro@avisite.com.br Colaboradora da edição Márcia Midori agronoticia@gmail.com

Para facilitar o acesso às matérias que estão na internet, disponibilizamos QrCodes. Utilize o leitor de seu computador, smartphone ou tablet

Restringir risco para aumentar segurança na produção de ovos comerciais

Revista do Ovo

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Eventos

2018 Janeiro

Setembro

30 a 01/02

12 a 14

IPPE (International Production & Processing Expo) Local: Georgia World Congress Center, Atlanta , EUA Realização: US Poultry & Egg Association Informações: www.ippexpo.com

Fevereiro 5a9

Show Rural Coopavel - 30 anos Local: Cascavel, PR Realização: Coopavel Informações: www.showrural.com.br

Março 20 a 22

XVI Congresso APA de Produção e Comercialização de Ovos Local: Centro de Convenções de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto - SP Realização: APA Informações: www.congressodeovos.com.br

Local: Unesp - Campus de Jaboticabal Realização: Unesp - Campus de Jaboticabal, SP 19 a 21

Conferência Facta

Local: Campinas, SP Realização: Facta Informações: www.facta.org.br

Outubro 16 a 18

VIII Clana – Congresso latino americano de nutrição animal Local: Centro de Eventos Expo D. Pedro – Campinas, SP Realização: CBNA e Amena Informações: www.cbna.com.br/site/Noticias/Agenda

Novembro 6a8

Abril

2ª Conferência da PSA (Poultry Science Association) no Brasil

10 a 12

Local: Brasil

Simpósio Brasil Sul de Avicultura Local: Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nês, Chapecó, SC Realização: Nucleovet Site: www.nucleovet.com.br

Julho 13 a 15

Festa do Ovo de Bastos Local: Bastos, SP Realização: Sindicato Rural de Bastos Informações: www.bastos.sp.gov.br/noticia/925/58-festa-do-ovo 24 a 26

IX Encontro Técnico Unifrango Local: Maringá, PR Realização: Integra/ Sindiavipar Informações: ww.integra.agr.br/encontrotecnico

Agosto 21 a 23

12º Simpósio técnico de incubação, matrizes de corte Acav Local: Oceania Park Hotel e Convention Center, Florianópolis, SC Realização: Acav (Associação Catarinense de Avicultura)

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Curso de Atualização em Avicultura de Postura Comercial

Revista do Ovo


OIE

Novos registros de Influenza Aviária envolvem 4 continentes Sem registro de novos casos desde setembro, diversos países asiáticos e europeus afetados pela Influenza Aviária começaram a se declarar “áreas livres da doença” em novembro – como estabelece a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Mas podem estar agindo precipitadamente, pois a chegada do Inverno no Hemisfério Norte vem fazendo o problema reaparecer. Quem, por exemplo, acaba de declarar seu país livre da IA é o Ministro da Agricultura da França, onde os surtos de H5N8 iniciados no final de 2016 se estenderam até junho de 2017. Mas dois países fronteiriços – Itália e Alemanha – acabam de registrar novos casos, situação que se repete na Rússia e em Chipre. Na Ásia, quem continua enfrentando sérios desafios com a Influenza Aviária é a China. Mas a presença do vírus da Influenza Aviária não se resume à Europa e à Ásia. No continente africano ele continua ocasionando problemas em vários países, chamando mais a atenção os casos ocorridos na África do Sul, onde

quase uma centena de localidades já registrou casos da variante H5N8. Diante do agravamento da situação, o governo sul-africano avalia, no momento, a possibilidade de adotar a vacinação preventiva, recurso que não é visto com bons olhos, pois irá afetar as exportações dos produtos avícolas da África do Sul. Não há dados sobre a extensão dos problemas causados pelo vírus da IA na avicultura local, mas tudo indica que há grandes perdas na produção, porquanto governo e indústria estudam, no momento, a possibilidade de importar ovos férteis para a produção de pintos de corte. Por fim, há um registro da doença na América Central. O Ministério da Agricultura da República Dominicana reportou à OIE a presença da variante H5N2, caracterizada como de baixa patogenicidade. O caso foi registrado em uma granja de poedeiras (49 mil aves) da província de Espaillat e detectado após queda elevada da postura e aumento anormal da mortalidade.

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Notícias Curtas Evento

XVI Congresso de Ovos: APA e Facta anunciam parceria para realização do evento

Representantes da APA e Facta A Associação Paulista de Avicultura (APA) e a Facta (Fundação Apinco de Ciência e Tecnologia Avícolas) anunciam uma parceria para a realização do XVI Congresso de ovos, que vai acontecer de 20 a 22 de março, em Ribeirão Preto. O acordo entre as entidades prevê que a APA segue como realizadora do evento e responsável pelo comitê técnico científico, não apenas pelo temário, como também pelos trabalhos científicos, enquanto a Facta assume toda a parte de captação de recursos para o evento e organização operacional. A experiência da Facta na realização de eventos e o fortalecimento de entidades ligadas a avicultura foram os principais objetivos da iniciativa, destaca o Presidente da APA, Érico Pozzer. “Estamos satisfeitos com esta parceria porque acreditamos que a Facta pode contribuir de maneira importante com o congresso em função da sua expertise, além de toda a estrutura material e humana para operacionalizar o evento. Outro ponto que vale ressaltar é que acreditamos que com esta iniciativa fortalecem-se as duas entidades havendo uma sinergia importante entre nós. Faz

APA continua como realizadora do congresso e Facta assume a parte operacional do encontro, que será de 20 a 22 de março, em Ribeirão Preto, SP 6

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parte do acordo, inclusive, um compromisso explícito das entidades manterem as lideranças nas áreas em que já atuam”, afirmou Pozzer. A diretora Presidente da Facta, Irenilza de Alencar Nääs, ressalta que a iniciativa tem um valor simbólico importante. “Sempre que se congregam forças, os setores ficam mais fortes e mais eficientes. A Facta tem grande experiência na organização de eventos e usará este conhecimento para manter o brilhantismo do Congresso de Ovos, que já tem grande tradição neste segmento”, declarou a pesquisadora lembrando que trabalhar para o desenvolvimento científico e tecnológica da avicultura é uma das metas da Facta. “Nesta iniciativa especifica, vejo que a experiência da Facta com eventos pode ser um facilitador para a organização do Congresso de Ovos. Acredito que esta parceira todos sairão ganhando, as instituições e o público do evento”, encerra Irenilza. Outras informações sobre o Congresso APA de Produção e Comercialização de Ovos podem ser obtidas através dos telefones (11) 3832.1422 na APA e (19) 3243.6555 na Facta, ou através dos e-mails congresso@apa.com.br ou atendimento@apa.com.br para se comunicar com a APA e facta@facta.org.br. XVI Congresso APA de Produção e Comercialização de Ovos Data: de 20 a 22 de março de 2018 Local: Centro de Centro de Convenções de Ribeirão Preto - SP Informações: (11) 3832.1422 - APA (19) 3243.6555 - Facta Site: www.congressodeovos.com.br


VIGIAGRO

Procedimentos de importação e exportação Na sexta-feira, 1º de dezembro, o Ministério da Agricultura utilizou quase 30 das 180 páginas da primeira edição exclusivamente digital do Diário Oficial da União (deixou de ser impresso após 155 anos) para publicar a Instrução Normativa (IN) nº 39, de 27 de novembro de 2017, que aprovou o funcionamento do “Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (VIGIAGRO), suas regras e os procedimentos técnicos, administrativos e operacionais de controle e fiscalização executados nas operações de comércio e trânsito internacional de produtos de interesse agropecuário”. Destacando que as ações do VIGIAGRO serão “mais simples e seguras”, no “release” divulgado o MAPA traz o depoimento do Coordenador Geral do Sistema, Auditor Fiscal Agropecuário Fernando Mendes, para quem “a Instrução Normativa nº 39 é inovadora, pois estrutura princípios importantes de facilitação para o comércio, o que já era esperado pelo setor empresarial”. Embora trate, fundamentalmente, de estruturas e ações a cargo dos órgãos oficiais, a IN também estabelece procedimentos a serem atendidos pelo setor privado a partir de 9 de abril de 2018, data em que entrará em vigor. Por essa razão, merece ser profundamente avaliada pelo empresariado de alguma

forma envolvido com o comércio internacional, tanto na importação como na exportação de produtos agropecuários. A IN vem acompanhada de mais de 50 anexos, cada um deles tratando de temas específicos. O Anexo XXXII (32), por exemplo, trata da exportação de material de multiplicação animal; o de número XXXIV (34) da exportação de produtos de origem animal; o XLVII (47) enfoca a importação de materiais de multiplicação animal. E assim por diante. Tão importante quanto é que cada anexo vem acompanhado da relação da documentação pertinente e, ainda, da legislação e de outros atos normativos relacionados ao assunto caput do anexo. Assim, outro exemplo, na questão “importação de materiais de multiplicação animal” estão envolvidos oito diferentes dispositivos legais – três decretos (de 1934, 1991 e 2006), uma portaria (de 1970) e quatro instruções normativas (de 2004, 2008, 2009 e 2014). Acesse, a partir da página 5 da primeira edição exclusivamente digital do DOU (1º de dezembro de 2017), a íntegra da Instrução Normativa nº 39: http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/ jsp/visualiza/index.jsp?data=01/12/2017&jornal=515&pagina=5 &totalArquivos=184

Mais baixo volume do ano

Exportação de ovos comerciais em novembro de 2017

As vendas externas de ovos comerciais in natura (com casca) levantadas através do sistema AliceWeb do MDIC atingiram o mais baixo volume do ano em novembro. O total embarcado não chegou a 2 milhões de ovos – perto de 164 mil dúzias – e representou queda de 67% em relação a novembro do ano passado. Na comparação com o mês anterior, a redução ficou na casa dos 40%. O acumulado nos primeiros onze meses do ano atinge, apenas, 52,1 milhões de ovos e representa quase 58% de redução em relação ao mesmo período do ano passado. O volume médio projeta cerca de 56,8 milhões de unidades para o ano. Se alcançado, indicará redução anual de quase 57%, pois em 2016 se embarcou 131,2 milhões de ovos. Por ora, nos últimos doze meses – dezembro de 2016 a novembro de 2017 - o volume alcança 60,4 milhões, equivalendo a 59,3% de redução sobre o mesmo período imediatamente anterior. A Revista do OvoSite

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Notícias Curtas IGP-DI

Frango, ovo, milho e inflação em novembro de 2017

Tomada como base a inflação medida pela Fundação Getúlio Vargas através do IGP-DI verifica-se que, a despeito da baixa valorização no mês, frango vivo e milho superaram o índice inflacionário de novembro, o que não ocorreu com o ovo, cujo preço médio no mês recuou 4,4%. Em termos anuais o IGP-DI recuou 0,33%, mas os três produtos recuaram muito mais. O ovo, 3%; o frango, quase 13%; e o milho, mais de 16%. A perda maior, entretanto, é ampliada quando se analisa o período de vigência do real. Pois, para uma inflação que até novembro apresentou variação de 546%, o incremento de preço do frango vivo ficou em 350% (196 pontos percentuais a menos), o do milho em pouco mais de 330% (214 pontos percentuais a menos e o do ovo em apenas 242% (mais de 300 pontos percentuais a menos). Se, porventura, conseguissem acompanhar o IGP-DI acumulado em pouco mais de 23 anos, frango vivo, milho e ovo teriam sido comercializados em novembro por, respectivamente, R$3,80/kg, R$49,52/ saca e R$124,57/caixa. Mas ficaram, também respectivamente, a 70%, 67% e 53% desses valores.

AVICULTURA E INFLAÇÃO NO REAL

Índices de preços pagos (milho) ou recebidos (frango e ovo) pelo produtor avícola e evolução do IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas OUTUBRO DE 2016 A OUTUBRO DE 2017 (Agosto/94 = 100)

VARIAÇÕES PRODUTO

NO MÊS

EM 12 MESES

NO REAL

FRANGO VIVO

2,51%

-12,90%

350,00%

OVO

-4,40%

-3,00%

242,50%

MILHO

1,66%

-16,59%

331,85%

INFLAÇÃO

0,80%

-0,33%

546,42%

Nova contratação

MSD Saúde Animal entra no mercado de postura comercial

Os ovos ocupam o quinto lugar no ranking das proteínas mais consumidas no mundo, estando atrás de leite, pescados, suínos e frangos, e à frente dos bovinos. O mercado de postura comercial é vasto e com muitas oportunidades estratégicas. Sabendo disso, a Unidade de Negócios de Avicultura da MSD Saúde Animal reforça o seu time com uma nova contratação – Gustavo Perdoncini será Coordenador de Contas-Chaves Postura Comercial, posicionando a empresa em uma área com um grande potencial de crescimento e demanda. Gustavo Perdoncini é médico veterinário com pós-graduação em sanidade avícola pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), tem experiência em laboratório de diagnóstico avícola e já foi convidado para elaboração de documentos científicos sobre Salmonella e Campylobacter na UERIA – Colômbia.

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A Revista do OvoSite

Gustavo Perdoncini Novo contratado da Unidade Avicultura da MSD Saúde Animal


Bovans White e ISA Brown

Hendrix Genetics firma joint venture com a Mercoaves

A holandesa Hendrix Genetics, uma das principais empresas de reprodução de aves de postura do mundo — para a produção de ovos —, deu mais uma passo na expansão no Brasil. A companhia firmou uma joint venture com a Mercoaves, que atua na região Sul do país. De acordo com a Hendrix, o acordo com a Mercoaves foi fechado em 18 de outubro. O valor do negócio não foi informado pela companhia. Por meio da parceria, a Hendrix fornecerá no Brasil as aves poedeiras das linhagens Bovans White e ISA Brown. Com sede no Brasil em Salto (SP), na região de Sococaba, a Hendrix previa faturar R$ 60 milhões no país no ano passado. No mundo, o faturamento anual é de US$ 400 milhões. Em entrevista concedida ao Valor em agosto de 2016, o diretor-geral da Hendrix para a América do Sul, Marco Aurélio de Almeida, afirmou que a empresa estava investindo cerca de R$ 15 milhões no Brasil para ampliar e também verticalizar suas operações. A empresa, que até então só comercializava aves matrizes (aquelas que geram as aves poedeiras), passou a vender também as próprias aves poedeiras após comprar, em abril, a Interaves, empresa de distribuição de aves que estava em dificuldades financeiras.

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Consumo

Semana do Ovo 2017: Cadeia produtiva saiu fortalecida Em uma edição marcada pelo maior engajamento de produtores e associações, campanha mostrou maior união e maturidade do setor em uma edição com mais de 200 ações simultâneas e mais de 1 milhão de pessoas atingidas

A

segunda sexta-feira do mês de outubro marca o Dia Mundial do Ovo. A data foi instituída pelo International Egg Commission (IEC), órgão mundial de produtores de ovos sediado em Londres, na Inglaterra. No Brasil, aproveitando a oportunidade da data, o Instituto Ovos Brasil encabeçou uma série de eventos entre os dias 9 e 13 de outubro, reunindo associações regionais, empresas fornecedoras da cadeia produtiva, produtores de ovos, veículos de comunicação, autoridades, varejo e sociedade civil. O objetivo era celebrar o ovo como um dos alimentos mais nutritivos e versáteis à dieta humana, além de integrar pessoas de todas as partes do país para um intercâmbio de informações nutricionais e receitas sobre o ovo a fim de estimular o consumo deste alimento. Mas, neste ano, as ações foram além. A maior campanha já realizada para comemorar a Semana do Ovo no país comprovou maior união entre a cadeia produtiva e um grande amadurecimento do segmento como um todo. E esta foi, provavelmente, a maior conquista desta campanha. Com mais de 200 ações simultâneas, a Semana do Ovo deste ano levou informações sobre os benefícios do consumo de ovos para mais de 1 milhão de pessoas, segundo estimativas dos organizadores. A Semana do Ovo cresceu não ape-

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Revista do Ovo

nas em quantidade de colaboradores, como também em público atingido, comemora o presidente do Conselho Diretivo do Instituto Ovos Brasil, Ricardo Santin. “Tivemos ações acontecendo em nível nacional, uma capilaridade jamais atingida. Só uma campanha que fizemos nas redes sociais com atletas impactaram mais de 500 mil pessoas”, destaca Santin. Ele aposta que o bom resultado atingido neste ano vai contribuir para ampliar as ações em 2018 e salienta o ganho qualitativo que estas ações promovem para a postura comercial. “Tivemos ações coordenadas com discursos específicos para os diferentes públicos, como atletas, crianças, jovens e idosos, por exemplo. Estas medidas foram importantes para a qualificação do consumo de ovos que vem ocorrendo no Brasil. Hoje as pessoas compram ovos pela consciência de um alimento nutritivo, saudável e não apenas pelo preço”. Este sucesso não chegou sem desafios. Apesar do crescimento no número de colaboradores, este ano teve um menor número de empresas patrocinadoras da campanha e de arrecadação. “O Instituto Ovos Brasil tinha caixa para assumir os custos e produtores e entidades estaduais também contribuíram. Algumas empresas foram parceiras de primeira hora, mas no balanço elas representaram apenas um terço do valor da campanha enquanto o IOB assumiu os dois terços


do custo total que faltaram”, ponderou o executivo. Diante do desafio de menor número de patrocinadores, produtores e associações estaduais se engajaram, foram à luta e demonstraram a maturidade do setor. “Eles entenderam a necessidade de ações para qualificar nosso mercado, o que foi muito positivo”, observou Santin alertando para a importância de um maior apoio de empresas fornecedoras da avicultura de postura. “Estas campanhas têm limites financeiros, por isso é imprescindível um maior apoio econômico para atingir um alcance ainda maior”.

Desafio do consumo Datas como as da Semana do Ovo fortalecem oportunidades para o setor refletir a respeito de seus desafios e oportunidades, bem como as ações implementadas à luz de metas e compromissos estabelecidos. E, neste cenário, aumentar o consumo de ovos desponta entre os mais importantes desafios do segmento, que também vem acumulando sucesso neste campo. Apesar de ter um dos menores consumos de ovos do mundo, o Brasil vem conseguindo melhorar seus números. Nos últimos seis anos, o consumo médio per capita cresceu de 148 ovos por ano em 2010 para 190 ovos por habitante ao ano em 2016. A expectativa é que este ano encerre com um leve aumento para até 192 ovos per capita.

Ações da Semana do Ovo 2017 Uma palestra da nutricionista do Instituto Ovos Brasil, Lúcia Endriukaite, para cerca de 340 estudantes do ensino médio da ETEC Júlio de Mesquita, em Santo André (SP), deu início a uma série de comemorações da Semana do Ovo 2017. “Os temas abordados obtiveram ótima repercussão entre os adolescentes, que tiveram a oportunidade de conhecer mais sobre os benefícios dos ovos na alimentação e a praticidade no preparo, além de tratar de mitos e verdades sobre seu consumo”, afirmou a nutricionista.

Desafio do Ovo Frito nas redes sociais A ação com maior repercussão deste ano envolveu a participação de atletas olímpicos desafiados pelo IOB, nas redes

sociais, a postar vídeos fritando um ovo sem estourar a gema. Com a participação da ginasta Jade Barbosa e do jogador de futebol da Chapecoense Alan Ruschel, o vencedor desta etapa foi o ginasta Arthur Nory, que realizou, no dia 21 de outubro, a doação, em parceria com o Instituto Ovos Brasil (IOB), de 500 dúzias de ovos para o Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto (IPESQ), que cuida de crianças com microcefalia em Campina Grande (PB). No total, mais de 500 mil pessoas foram impactadas pelas publicações dos atletas, e as postagens foram vistas cerca de 260 mil vezes. Arthur atingiu o maior número de interações, e por isso, venceu o desafio. “Fortalecer um trabalho social tão necessário é motivo de orgulho para nós. A nossa doação foi fundamental para garantir um alimento fundamental e nutritivo para diversas crianças”, comenta Edival Veras, presidente da Associação Avícola de Pernambuco (Avipe) e conselheiro do IOB, responsável por organizar a logística para a entrega dos ovos.

A Semana do Ovo nos Estados

Um dos segredos do sucesso da Semana do Ovo está justamente nas parcerias estratégicas realizadas entre o Instituto Ovos Brasil e as associações estaduais de produtores. Através da parceria, o IOB oferece o suporte com alguns materiais e conteúdo de divulgação, enquanto as associações realizam seu eventos e parcerias com redes de varejo, restaurantes e imprensa, entre outros. Desta ação conjunta e coordenada saem ideias criativas, mobilizações, informações relevantes sobre o ovo chegam ao consumidor final nos pontos de venda e isso se converte em aumento do consumo qualitativo, com o consumidor cada vez mais consciente dos benefícios do ovo para a nutrição humana. Veja nas próximas páginas algumas das principais ações.

ABA estreia na campanha com ações durante todo o mês A Associação Baiana de Avicultura (ABA) participou pela primeira vez da iniciativa, que se estendeu pelo mês de outubro. Entre as diversas ações, foi promovida uma “creperia” em dois supermercados de grande circulação, o Mer-

cantil e o G Barbosa, que pertencem a rede Cencosud. “Atendemos cerca de 900 pessoas só com esta ação”, destacou a diretora Executiva da ABA, Patrícia Nascimento. Outro destaque foi o Workshop Culinário do OVO com 55 participantes e receitas criativas e sofisticadas com ovo, como ovos benedict, ovos nevados e tortelone de ovo. A ABA ainda promoveu o ovo em entrevistas para rádios e jornais do estado e através de uma parceria com o restaurante 1a Opção, que serve, em 5 empresas, cerca de 600 funcionários no total. Durante o Dia do Ovo, eles mudaram o cardápio acrescentando mais opções de ovos e distribuíram material publicitário.

APA e USP Pirassununga realizam 8º Dia do Ovo Promover um debate para divulgar a importância do ovo não só como alimento, mas também destacar o papel desta cadeia produtiva de excelência na produção de alimentos de alta qualidade Revista do Ovo

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Consumo ria com o Instituto Ovos Brasil, há 9 anos com ações de incentivo ao consumo em bares e restaurantes do Estado, degustação de omeletes em supermercados e distribuição de materiais de divulgação, como gibis, livros de receitas e cartilhas com informações sobre mitos e verdades sobre o ovo.

ASGAV e Ovos RS realiza Semana do Ovo com palestras e na imprensa gaúcha

nutricional e levar informações que desmitifiquem conceitos errôneos e estimular o consumo de ovos são os objetivos da 8a edição do Dia do Ovo de Pirassununga. Realizada pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, da USP – Campus de Pirassununga, em parceria com a Associação Paulista de Avicultura (APA), o evento reuniu mais de 200 participantes nesta edição. Entre os destaques da edição estavam o consumo de ovos enriquecidos com ômega 3, o papel da cadeia produtiva de ovos, desde a granja até o consumidor, e os desafios relacionados ao bem-estar da poedeira comercial. O “egg break” teve degustação de omeletes doces e salgadas. “Certamente foi mais uma oportunidade de discutir os desafios, benefícios e inovações do setor”, destacou a professora do Departamento de Nutrição e Produção Animal da FMVZ/USP – Pirassununga e uma das organizadoras do 8o Dia do Ovo de Pirassununga, Cristiane Soares da Silva Araújo. O diretor Executivo da Associação Paulista de Avicultura (APA), José Roberto Bottura, lembra que a entidade promove o Dia Mundial do Ovo, em parce-

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Anúncios sobre a semana do Dia Mundial do Ovo nos principais jornais do Rio Grande do Sul, como Zero Hora, Correio do Povo, Jornal do Comércio, além de palestras em universidades foram os destaques da celebração da Semana do Ovo pela Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e Ovos RS. A distribuição de brindes como livros de atividades, sacolas, cadernos de receitas, camisetas, réguas, mini espátulas e batedor de ovos também fizeram parte da ação organizada pelo diretor Executivo da Asgav, Eduardo Santos. Workshops em universidades como a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) reuniram mais de 400 participantes. “As atividades nas universidades têm sido uma das ações direcionadas do Programa Ovos RS que conta com equipe técnica e incentiva maior adesão ao setor de produção de ovos dos estudantes das áreas ligadas ao agronegócio, como veterinária, zootecnia e outras”, disse Santos. Ainda nas comemorações da semana, ele visitou algumas das redações mais relevantes da capital gaúcha, como a Rádio Band/RS, o Caderno Destemperados do jornal Zero Hora, o Jornal do Comércio e o Jornal Correio do Povo. Nos dias 10 e 11, ele visitou os deputados estaduais pelo Rio Grande do Sul, Elton Weber (PSB) e Sergio Turra (PP). Além de levar informações sobre o Dia Mundial do Ovo, também buscou apoio dos parlamentares a para inserção do ovo no programa oficial de merenda escolar do estado. O evento de destaque na Semana do Ovo no Rio Grande do Sul foi um evento em um hotel de Porto Alegre com a pa-

lestra “Assertividade, o poder da mulher”, ministrada pela treiner em PNL e Hipnóloga, Mileine Vargas. Este encontro teve a presença de representantes dos governos, Ministério da Agricultura, Secretaria de Educação do estado, Secretaria de Proteção a Mulher da prefeitura de Porto Alegre, nutricionistas e a Desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 4a Região do RS.

AVES promove o ovo na TV e nas redes sociais O uso das mídias digitais foi o grande destaque nas ações realizadas neste ano. “Isso oportunizou um alcance maior junto à população e o envolvimento de pessoas conhecidas e importantes, especialmente através dessas redes sociais”, salientou o diretor Executivo da Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES), Nélio Hand. Entre as ações realizadas pela entidade, ele destaca a parceria entre a AVES, o Instituto Ovos Brasil e as Granjas Caramuru, Granjas Jetibá, Ovos Pommer e Ovos Santa Maria. Hand explica que estas granjas divulgaram o vídeo da campanha “Um ovo, dois ovos, três ovos”, material que é produzido pelo IOB e AVES em alusão ao “Dia Mundial do Ovo”, na programação das afiliadas da Rede Globo, TV Gazeta, TV Gazeta Sul, TV Gazeta Norte e TV Gazeta Noroeste. “Foram72 inserções no total”, conta o executivo. E no Espírito Santo também teve lançamento. A associação criou a página Ovo Capixaba no Instagram e no Facebook. O objetivo é divulgar os benefícios dos ovos para a saúde humana, incentivar o consumo da proteína e a Avicultura de Postura do Estado do Espírito Santo. No dia 12 de outubro, um grupo de crianças da Paróquia Luterana “São Mateus”, de Marechal Floriano, recebeu a revistinha “O mundo é um ovo”, produzida pelo IOB. “A iniciativa é uma importante ferramenta para divulgar os benefícios do alimento ovo, promover o incentivo ao consumo da proteína e a Avicultura de Postura do Estado do Espírito Santo, bem como as parcerias e projetos que são desenvolvidos em prol do segmento”, encerrou Hand.


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Consumo AVIMIG leva informação e sabor nas ruas de BH As ações da Semana do Ovo em Belo Horizonte foram realizadas pela Associação dos Avicultores de Minas Gerais (Avimig) e parceiros – Sindicato das Indústrias de Produtos Avicolas de Minas Gerais (Sinpamig) e Fundo Privado de Emergência Sanitária (Funamig). Durante a semana, fez panfletagem sobre a qualidade do ovo e promoveu a degustação do produto em pontos de grande movimentação da capital mineira. Os pontos de maior concentração alcançados pelo programa teve o suporte de um Food Truck na região central, Savassi, área hospitalar e Pampulha. Em todos os locais de panfletagem havia banners produzidos pela Avimig com mensagens atraentes sobre o ovo, sua utilização, e a relação dos patrocinadores das ações: Somai Nordeste, Iana, de Itanhandu, e Aviário Santo Antônio, de Nepomuceno. A Semana do Ovo foi notícia na TV Globo, que mostrou o trabalho de esclarecimento sobre a importância do produto e como tirar o máximo proveito dele. Houve ainda distribuição de ovos para entidades filantrópicas de Belo Horizonte, como a Santa Casa de Misericórdia. O produto foi doado pelo Aviário Santo An-

tônio, que já havia participado das ações programadas.

O apoio das empresas Algumas das mais importantes empresas da cadeia produtiva também se envolveram e não só apoiaram operacionalmente, como também patrocinaram esta campanha para estimular o consumo de ovos no Brasil. As patrocinadoras da Semana do Ovo 2017 foram Trouw Nutrition, Boehringer Ingelheim, Ceva, Hendrix Genetics, Label Rouge e MSD Saúde Animal. Acompanhe agora algumas das ações realizadas pelas empresas.

Boehringer Ingelheim destaca benefícios do ovo para milhares de pessoas A oportunidade de levar informações qualificadas sobre o consumo de ovos para o consumidor final levou a Boehringer Ingelheim patrocinar mais uma vez esta campanha. Uma das colaboradoras tradicionais da Semana do Ovo, a empresa realizou ações de marketing junto aos seus colaboradores e clientes com o tema “O tesouro da alimentação saudável” ressaltando a importância e os benefícios do consumo de ovos através de folders, mídia digital e decoração do escritório

“Tivemos ações coordenadas com discursos específicos para os diferentes públicos, como atletas, crianças, jovens e idosos, por exemplo. Estas medidas foram importantes para a qualificação do consumo de ovos que vem ocorrendo no Brasil. Hoje as pessoas compram ovos pela consciência de um alimento nutritivo, saudável e não apenas pelo preço”. Presidente do Conselho Diretivo do Instituto Ovos Brasil, Ricardo Santin)

com informações e curiosidades sobre o alimento, além de um café da manhã especial para os funcionários com receitas à base de ovos. “Para a Boehringer é de suma importância o apoio às iniciativas da Semana do Ovo, pois levam ao público os benefícios do alimento para o consumo diário e ajuda a esclarecer alguns mitos criados sobre o produto”, explicou a Diretora da unidade de negócios de aves e suínos da Boehringer Ingelheim Saúde Animal, Patrícia Schwarz.

Ceva realiza Semana do Ovo na empresa Na sede da Ceva, em Paulínia, foram três dias consecutivos de celebração. Cardápio especial com pratos a base de ovos no restaurante da empresa e distribuição de brindes como livro de receitas, adesivos, gibis, uma caixa de ovos e flyers com as razões para o consumo de ovos foram algumas das ações. “Durante a Semana do Ovo é possível conscientizar ainda mais as pessoas sobre os benefícios desse alimento e incentivar o seu consumo. Através dessa importante ação conseguimos disseminar informações básicas que muitas vezes não são conhecidas, e que além de

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Revista do Ovo


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Consumo

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Revista do Ovo


Revista do Ovo

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Consumo

No Varejo! O Grupo Pão de Açúcar (GPA), que participou com as bandeiras Extra e Pão de Açúcar, anunciou crescimento de cerca de 12% em volume de vendas de ovos de todas as variedades e formatos durante a Semana do Ovo de 2017 em relação ao ano anterior. Tradicional apoiador da campanha de promoção de ovos, o gerente Comercial FLV do GPA, Renato Luiz Generoso, destaca a importância do projeto. “A semana do Ovo é um evento que vem se consolidando nos últimos anos com a divulgação, degustações e muita informação sobre o produto. Nós apoiamos a iniciativa por entendermos que o Ovo é um alimento de extrema importância na alimentação da população brasileira, sendo que uma semana de informações e evidência para o produto faz com que o consumidor conheça as vantagens e até atualize as formas de consumo (com as receitas e degustações promovidas)”, afirmou o executivo que é o maior comprador de ovos do país. As ações da rede incluíram degustação de omeletes e tortas, preços especiais em toda a linha de ovos e lançamento de produto, além de uma ação interna na sede do GPA com distribuição de amostras de ovos com 6 unidades para cada funcionário, atingindo cerca de 3.000 pessoas e divulgação de e-mail interno com informações sobre as vantagens que o ovo proporciona na alimentação e saúde de todos. O ponto alto da semana na rede varejista foi o lançamento da marca Taeq “Ovo de galinhas livres de gaiolas”, que pontua uma tendência de mercado. “Somos a primeira rede no varejo brasileiro a possuir em seu portfólio um item de marca própria com ovos comuns de galinhas criadas no sistema Cage Free, apoiando este conceito de sustentabilidade e cuidados com meio ambiente. Este produto vem se juntar aos itens “Ovos de Galinhas caipiras Taeq” e “Ovos Orgânicos Taeq”, completando assim a nossa linha de produtos de galinhas criadas livres de gaiolas”, encerrou Renato Generoso.

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Revista do Ovo

atingirem os funcionários serão disseminadas indiretamente para outras pessoas através deles”, destacou o gerente de marketing da Unidade de Aves da Ceva, Marco Aurélio Lopes.

DSM comemora Semana do Ovo com almoços especiais e distribuição de materiais da campanha A Semana do Ovo é uma ótima oportunidade para ampliar a comunicação com produtores e consumidores, entender suas necessidades específicas e desenvolver soluções para atender as exigências, defendeu o gerente de Categoria da DSM Produtos Nutricionais Brasil, Alexandre Sechinato. “Como líder mundial no mercado de nutrição animal, acreditamos que é nossa responsabilidade mostrar oficialmente o nosso apoio e contribuir para promover o consumo de ovos em todo o mundo, enaltecendo a sua importância como alimento seguro, saudável, prático e versátil”, disse. Na empresa, as comemorações da Semana do Ovo incluíram promoção interna com distribuição de materiais sobre os benefícios do consumo de ovos, livro de receitas, camisetas do Dia Do Ovo, cardápio temático no restaurante com ovos fritos e omeletes e cartazes em todos os murais.

Hy-Line promove Semana do Ovo com crianças e idosos Um projeto na Casa dos Idosos, na cidade de Nova Granada, no interior de São Paulo, para comemorar da Semana do Ovo envolveu idosos e funcionários.

Café da tarde com omeletes, bolo e suco, além de distribuição de bonés, canetas e aventais para as cozinheiras foram alguns dos destaques da empresa. Na Escola Municipal Madalena de Almeida Cais, a médica veterinária da Hy-Line do Brasil, Patrícia Calixto, ministrou uma palestra sobre os benefícios do ovo. Durante o encontro, foram servidos omeletes e refrigerantes para as crianças e funcionários da escola. “O projeto foi importante não só pela celebração do ovo, que é o nosso segmento, como também teve uma forte motivação em função da atenção e carinho aos idosos, crianças e funcionários que participaram de nossas atividades”, destacou a analista de Marketing da Hy-Line do Brasil, Karina Gouveia.

Trouw Nutrition lança adesivo comemorativo na Semana do Ovo Foi durante a Semana do Ovo 2017 que o adesivo comemorativo “Sou Produtor de Ovos com Muito Orgulho” foi lançado pela equipe da Trouw Nutrition. A empresa, uma das apoiadoras da campanha, comemora a data com a distribuição de material promocional desenvolvido pelo Instituto Ovos Brasil sobre o teor nutricional deste alimento. “Ao apoiar iniciativas como estas acreditamos que contribuímos para a ampliação do consumo de ovos no Brasil e divulgação do conceito de que ele é um dos alimentos mais completos e saudáveis que existem. O evento também promove a utilização do ovo na culinária brasileira, propondo novas receitas e novas formas de preparo”, destacou a especialista em Inteligência Digital da Trouw Nutrition, Candice Vitale.


Retrospectiva / Perspectiva

Produtor destaca aspectos positivos e negativos de 2017 Autor: Autor: Christian Maki, avicultor e presidente da comissão organizadora do Concurso de Qualidade de Ovos de Bastos

O

ano de 2017 foi muito bom para a avicultura de postura. Parece que a procura e o consumo aumentaram muito. Também pode ter sido por uma diminuição da oferta causada por uma redução da produção. De bom fica a sensação de que o ovo ganhou uma nova imagem ou conceito dentro da cultura alimentar brasileira. O ovo foi “regenerado” e vem tendo uma grande divulgação espontânea positiva na mídia e até os ovoprodutos industriais ganharam impulso. Cada vez aumenta mais o consumo entre os adeptos das academias de ginástica também. Isso é uma grande conquista para os avicultores.

No aspecto financeiro acredito que 2017 nos ajudou a recuperar as perdas daquele difícil ano de 2016. Os preços dos ovos foram muito bons até agosto caindo um pouco a partir de setembro, mas ainda assim positivos. Também em relação aos principais insumos (milho e soja) tivemos preços mais estáveis e controlados, ajudando assim a manter a lucratividade da atividade. Para 2018, há uma expectativa (e uma torcida também) que tenhamos um ano ainda bom apesar de não acreditarmos que seja nos mesmos níveis. Sabe-se que muitos produtores estão aumentando a sua produção e também estamos cientes de que vários produtores de frangos estão

Christian Maki cita o aumento do consumo de ovos entre os adeptos das academias de ginástica como parte da boa divulgação que o produto ganhou

Para 2018, sabe-se que muitos produtores estão aumentando a sua produção e também estamos cientes de que vários produtores de frangos estão adaptando seus galpões para iniciar o alojamento de poedeiras

adaptando seus galpões para iniciar o alojamento de poedeiras. Mas esperamos que a oferta não aumente demais a ponto de desequilibrar o mercado. Mas é importante ressaltar que o ovo está com uma imagem muito positiva devido a grande divulgação das pesquisas científicas sobre o seu valor nutricional e de saúde pública. Então a médio e longo prazo esperamos um crescimento no consumo e crescimento do mercado. Perspectiva “auspiciosa”. Revista do Ovo

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Informe Técnico-Comercial

Benefícios e desafios do controle da sanidade em poedeiras Autor: MV, Msc, MBA, Green Belt, Marco Aurélio Lopes – Gerente de Linha de Produtos da Ceva Saúde Animal

A

evolução da produtividade das galinhas poedeiras ao redor do mundo nos últimos anos foi fato evidente. Contanto o desafio controle de doenças nos plantéis também se mostrou presente. As doenças respiratórias e salmoneloses são sinaladas como as de maior impacto sanitário e zootécnico para o setor. Dentre elas destacam a Influenza aviária (como exemplo do que ocorreu nos Estados Unidos e México), bronquite infecciosa, doença de Newcastle (ND), micoplasmoses e laringotraqueíte. Entre os fatores que desafiam os avicultores, é o aumento da longevidade produtiva das aves, que atualmente ultrapassa às 100 semanas.

Fase de Postura (até 110 semanas) Percentual do Pico de Produção

95-97%

Ovos por Ave-Dia até 110 semanas

500 - 510

Assim sempre que os lotes permanecem por mais tempo nas granjas, a necessidade de persistência de imunidade consistente também aumenta. Por este motivo, novas tecnolo-

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Revista do Ovo

gias para a prevenção da doença, com maior praticidade na aplicação, e que tragam segurança à granja são o futuro. Um exemplo são as vacinas vetorizadas em HVT para Doença de Newcastle (HVT-NDV) na qual não há o vírus vivo da doença de Newcastle, ou vacina vetorizada em POX para Laringotraqueíte (FP-LT), as quais além que realizarem a prote-

ção das aves, temo benefício de não realizar a circulação viral no ambiente, e sem reações pós-vacinais. Outro fator a ser considerado na utilização de novas tecnologias que auxiliem na prevenção das enfermidades é a redução da necessidade de utilização de antimicrobianos. Uma demanda dos consumidores, e que contribui de forma significativa para redução de custos de produção.


Revista do Ovo

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Evento

Congresso de Ovos APA 2018 recebe trabalhos científicos até 22 de dezembro Comitê científico vai premiar trabalhos nas áreas de Sanidade, Nutrição, Manejo e Outras Áreas durante o encontro, que acontecerá entre os dias 20 e 22 de março, em Ribeirão Preto, SP

E

stão abertas as inscrições de trabalhos científicos para o XVI Congresso de Produção e Comercialização de Ovos APA 2018. Até o dia 22 de dezembro de 2017 o comitê científico do evento vai receber, através do site do evento (www.congressodeovos. com.br/trabalhos.php), trabalhos científicos nas áreas de Sanidade, Nutrição, Manejo e Outras Áreas no segmento de produção de ovos comerciais. A exposição e premiação de trabalhos científicos é um dos pontos altos do encontro e tem o objetivo de contribuir e incentivar a pesquisa acadêmica na are da produção de ovos comerciais, defendeu o coordenador dos trabalhos científicos do Congresso APA 2018, Edivaldo Garcia. “É uma maneira de integrar a universidade e o setor produtivo para debater os principais desafios e oportunidades do segmento, além de atualizar para novas descobertas e técnicas advindas das mais recentes pesquisas e tecnologias”, afirmou. O coordenador geral e Diretor Técnico da APA, José Roberto Bottura, ressalta a importância desta premiação. “Além do fato do premiado ter a oportunidade de expor aos congressistas o resultado de sua pesquisa, dando-lhe a devida importância, ainda os autores dos trabalhos têm direito a uma inscrição

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Revista do Ovo

gratuita para participar de todo o evento. Os premiados recebem uma placa e o certificado desta premiação, além de um cheque no valor de um salário mínimo como incentivo”. De acordo com o regulamento, os trabalhos inscritos devem ter até três páginas e os autores que não receberem notificação do comitê científico estarão automaticamente aceitos para apresentação na forma de pôster de 1,20 m de altura por 0,9 m de largura durante o evento. A comissão organizadora do encontro vai premiar um trabalho por área, que serão apresentados oralmente durante o congresso em uma apresentação

de 10 minutos cada. Outras informações das normas para a apresentação destes trabalhos estão no site do evento (www.congressodeovos. com.br/trabalhos.php). Outras informações sobre o XVI Congresso APA de Produção e Comercialização de Ovos, que vai acontecer de 20 a 22 de março 2018, em Ribeirão Preto, estão disponíveis no site do evento (www.congressodeovos.com.br), ou através dos telefones (11) 3832.1422 na APA e (19) 3243.6555 na FACTA e dos e-mails congresso@apa.com.br ou atendimento@apa.com.br para se comunicar com a APA e facta@facta.org.br.


Artigo Técnico

Restringir risco para aumentar segurança na produção de ovos comerciais Autoras, da esquerda para a direita: Fátima Jaenisch, Pesquisadora do Laboratório de Sanidade e Genética Animal Embrapa Suínos e Aves, e Sabrina Duarte, pesquisadora na Embrapa Suínos e Aves com foco de pesquisa em Salmonella e Sanidade Avícola

A

viários modernos devem estar estruturados para atender cuidados de biosseguridade, bem estar e praticidade no manejo das aves. A publicação “Boas Práticas na Produção de Ovos Comerciais”, para poedeiras alojadas em gaiolas (BPPO) concentra informações sobre os principais procedimentos na produção de ovos, em consonância com a legislação vigente, (Embrapa, 2016).Acesse em: www.infoteca.cnptia.embrapa. br/infoteca/handle/doc/1065481 Programas de biosseguridade compreendem medidas de higienização, imunoprofilaxia e monitoramento das aves, visando reduzir riscos de introdução e disseminação patógenos no plantel. Essas medidas devem ser aplicadas durante todo o período de alojamento das aves. No Brasil, os procedimentos operacionais e as normas técnicas para registro, fiscalização e controle de estabelecimentos avícolas estão contemplados no Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), (www.agricultura.gov. br/assuntos/sanidade-animal-e-

-vegetal/saude-animal/programas-de-saude-animal/sanidade-avicola). Um dos principais critérios de biosseguridade a serem observados é quanto à localização do aviário, com vistas a proporcionar ao plantel, o maior isolamento possível das ameaças que possam comprometer à saúde das aves. É fundamental garantir uma distância segura de outras criações, abatedouros e incubatórios, respeitando pelo menos, o mínimo solicitado pela legislação vigente. A presença de vegetação nas proximidades dos aviários, como barreira natural aos ventos, não devem ser de árvores frutífera, pois essas servem como abrigo e fonte de alimento para os pássaros, o que representa risco de transmissão de agentes patogênicos às aves alojadas. É rigorosamente proibida a entrada e permanência de qualquer animal (cães, gatos ou outros) nos aviários, bem como nas proximidades dos galpões. É necessário que o local em que estão os aviários seja delimitado por cerca de segurança com altura mínima de um metro e afastamento de pelo me-

nos cinco metros do galpão. Deve ter um único portão de acesso, para coibir o livre trânsito de pessoas, veículos e animais (IN 59/2009), (Brasil, 2009) O telamento dos galpões é obrigatório para todos os tipos de aviários. Esse é outro requisito importante para evitar o contato direto das poedeiras com aves de vida livre e outros animais, que sejam potenciais disseminadores de patógenos. De acordo com a Instrução Normativa do MAPA, número 08/2017 (Brasil, 2017), a partir de agosto de 2018, fica proibido o alojamento de novas aves em galpões de postura comercial que não possuírem tela de isolamento com malha de medida não superior a 1 (uma) polegada, ou 2,54 cm (dois centímetros e cinquenta e quatro milímetros). Esta mesma normativa estabelece a necessidade de registro de todos os estabelecimentos avícolas, que ainda não estejam registrados e determina a necessidade de encaminhamento do registro ao serviço veterinário estadual, até fevereiro de 2018. O uso de bebedouros automáticos e eliminação do acúmulo de água na área de produção, bem como o armazenamento da ração em silos e/ou conRevista do Ovo

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Artigo Técnico

Acesse: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/1065481

tainers com tampas, também são ações que restringem o ingresso de aves de vida livre dentro da área de produção, estimuladas pelo acesso ao alimento e à água fornecidos às poedeiras. No portão de entrada da granja é importante a instalação do arco de desinfeção, para permitir a higienização de veículos que precisem adentrar no sistema produtivo. Na porta de acesso ao aviário devem ser colocados recipientes com desinfetantes (pedilúvios) que permitam a desinfecção dos calçados. É essencial estimular a utilização de vestuário e calcados limpos no setor produtivo, bem como cuidados de higiene pessoal como a lavagem das mãos antes do acesso aos aviários. A manutenção de um ambiente limpo e organizado no interior dos aviários e arredores são itens essenciais para o controle de moscas e roedores e a redução de riscos à saúde do plantel. O combate sistemático às moscas requer manejo do esterco, para permitir rápida secagem das fezes, evitando o desenvolvimento de larvas. Outra medida é a correta destinação dos resíduos de produção como carcaças e ovos, por meio de compostagem, ou equivalente, sempre em consonância com a legislação ambiental vigente da região.

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Revista do Ovo

Cuidados com a água e alimento são indispensáveis para prevenção de patógenos. A legislação publicada em março deste ano (IN 8/2017) prevê que a água utilizada para o consumo das aves e para o sistema de nebulização dos aviários deva ser tratada com emprego do cloro, obtendo uma concentração residual mínima de três partes por milhão (3 ppm). Toda granja deve ter um sistema de registros, em que sejam descritos dados de produção de ovos, vacinações realizadas, medicamentos utilizados, morbidade e mortalidade diárias do plantel. Essas informações darão respaldo para o gerenciamento da granja, bem como facilitarão as informações ao Serviço Veterinário Oficial, sempre que solicitado. Após a remoção de todas as aves deve ser realizada a retirada dos utensílios do aviário para a execução de completa limpeza e desinfecção do galpão, seguido do período de vazio sanitário. Este é um período muito importante para quebrar o ciclo de possíveis patógenos presentes no ambiente e prevenção de doenças no lote seguinte. No final do ciclo de produção, as aves devem ser devidamente encaminhadas para abate acompanhadas de Guia de Trânsito Animal (GTA), fornecida pelo serviço oficial do estado. Essas recomendações visam proteger os planteis avícolas contra possível introdução de patógenos, e assegurar a

manutenção da saúde das aves, requisito fundamental para manter a competitividade da avicultura nacional.

Referências consultadas Brasil, MAPA. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA. Instrução Normativa Nº 08, de 17 de fevereiro 2017. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 3 março 2017. Seção 1, p. 32. ISSN 1677-7042. Brasil, Instrução Normativa No. 59, de 02 de dezembro de 2009. Altera a instrução normativa MAPA nº56, de 04 de dezembro de 2009. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 04 dez.2009. Seção 1, p.4. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA. Instrução Normativa nº 56, de 4 de dezembro 2007. Estabelece os procedimentos para Registro, Fiscalização e Controle de estabelecimentos avícolas de Reprodução e Comerciais. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 6 dez. 2007. Seção 1, p. 11. EMBRAPA. Por MAZZUCO, H. et. al. Circular técnica 60, 2016. Boas práticas na produção de ovos comerciais para poedeiras alojadas em gaiolas. Concórdia: Embrapa Suínos e Aves, 2016. p (Embrapa Suínos e Aves). (Circular Técnica, 60). https://www.infoteca.cnptia. embrapa.br/infoteca/handle/ doc/1065481.


oferece... ...uma NOVA poedeira robusta para todos os climas e sistemas de produção, com a marca registrada da

EFICIÊNCIA ALIMENTAR

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Revista do Ovo

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Informe Técnico-Comercial

Produção de ovos e segurança alimentar Autor: Mauro Aguiar, Gerente Técnico de Postura Comercial da DSM

O

reconhecimento do ovo como alimento nobre e sua “redenção” como vilão para a saúde humana ocorrida nos últimos três anos trouxe, além de um incremento no consumo per capita, uma maior preocupação quanto ao consumo seguro, tanto pelo consumidor quanto pelas organizações de saúde. É cada vez mais unânime entre os elos da cadeia de produção de ovos a noção de que a segurança alimentar do consumo de ovos (biossegurança) está intimamente ligada à sanidade das aves e do ambiente em que elas são criadas (biosseguridade). Neste aspecto de modo de produção, listamos alguns pontos mais sensíveis.

No que diz respeito as instalações de alojamento das aves: Isolamento da unidade de produção de acordo com a legislação vigente;

Regularização das entradas dos lotes permitiindo tempo hábil para limpeza, desinfecção e, principalmente, vazio sanitário. As atividades de limpeza e desinfecção são o pilar fundamental onde se sustentam todas as demais medidas de prevenção das enfermidades a que o plantel está sujeito durante seu ciclo de produção; Sistemas de arraçoamento e de distribuição de água que proporcionem uma oferta adequada à todas as aves. A ração deve ser fornecida várias vezes ao dia, diminuindo o desperdício e ocorrência de vetores (moscas, pássaros, roedores). A água deve obedecer aos requisitos de consumo humano, estar sempre clorada e com número de nipples adequado ao número de aves. Tais cuidados vão diminuir a competição entre os indivíduos e garantir uma produção mais homogênea tanto em número de ovos quanto em qualidade.

Aspectos relevantes no que concerne ao plantel: A densidade das aves deve obedecer à indicação de cada linhagem em relação ao tipo de equipamento. Densidades acima do adequado dificultarão o acesso das aves ao alimento e ocasionaram mais perda de ovos por sujeira ou trincas. As densidades muito abaixo do adequado, segundo as últimas observações das casa genéticas, também podem afetar negativamente o desempenho das aves por maior ação das aves dominantes, que tendem a aumentar sua agressividade;

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Revista do Ovo

O aspecto das aves necessita ser constantemente verificado. Toda enfermidade, intoxicação ou falta de àgua e alimento provocam inicialmente uma alteração no aspecto ou comportamento das aves. Coloração de cristas, pés e mucosas, empenamento ou sujeira nas penas, alteração de apetite, bicagem agressiva, espirros e extertores, presença de piolhos ou ácaros. Aves debilitadas (refugos) devem ser retiradas do plantel pois tem baixa imunidade e podem ser portas de entrada para problemas sanitários.

Ovos: Alterações no horário de pique diário de produção e quantidade de produção diária. A ocorrência de defeitos como ovos sem casca ou casca muito fina, formação anormal ou coloração anormal, devem ser quantificados e relatados, uma vez que na maioria dos sistemas de produção atuais este ovos não chegam à classificadora, atrasando o diagnóstico dos problemas. Entendemos então que o dever e a responsabilidade de levar à este novo mercado consumidor mais consciente as informações corretas sobre o modo de produção e formas de consumo são hoje pontos importantes para os envolvidos no setor de ovos. Esta nova realidade tem unido várias associações de avicultores, assim como empresas de nutrição, genética e sanidade, em prol de uma integração de suas ações e desenvolvimento de produtos para garantir este produto seguro que o mercado busca.


Revista do Ovo

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Estatísticas e Preços Pintainhas de postura comercial

Novo recorde semestral

D

28 Revista do Ovo

EVOLUÇÃO MENSAL (OVOS BRANCOS E VERMELHOS) - MILHÕES DE CABEÇAS

PINTAINHAS COMERCIAIS DE POSTURA

% OVO BRANCO

MÊS

2015/2016

2016/2017

VAR.%

2015/2016

2016/2017

Jul

7,818

7,412

-5,20%

82,06%

81,63%

Ago

7,292

7,638

4,75%

77,76%

81,53%

Set

8,228

8,125

-1,26%

77,69%

80,31%

Out

7,844

7,763

-1,03%

80,24%

81,55%

Nov

7,679

8,062

4,98%

80,58%

83,66%

Dez

7,518

7,522

0,04%

73,65%

79,75%

Jan

7,580

7,769

2,49%

81,90%

80,58%

Fev

7,248

7,253

0,06%

78,88%

84,08%

Mar

8,299

8,380

0,97%

82,22%

82,87%

Abr

7,761

8,653

11,49%

78,32%

81,31%

Mai

7,929

9,396

18,50%

80,34%

79,56%

Jun

7,438

9,043

21,57%

82,77%

79,73%

Em 06 meses

46,256

50,494

9,16%

80,76%

81,25%

Em 12 meses

92,636

97,015

4,73%

79,72%

81,33%

Fonte dos dados básicos: ABPA – Elaboração e análises: AVISITE

Alojamento semestral

2010

2011 2012

46,380

46,256

46,522

II

I

II

I

II

I

II

50,494

44,893

I

46,313

II

47,698

I

47,856

II

43,246

40,602

38,947 I

43,520

II

42,068

I

40,685

1º SEMESTRE DE 2010 A 1º SEMESTRE DE 2017 Milhões de cabeças

37,543

ados apanhados no mercado indicam que o alojamento de pintainhas de postura comercial levantado pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) superou novamente os 9 milhões de cabeças em junho. O total alojado atingiu 9,043 milhões de cabeças, equivalendo a aumento de 21,6% sobre o mesmo período de 2016. Em relação ao mês anterior, maio, a queda ficou próxima dos 3,8%. Entretanto, considerando que junho é mês mais curto, o alojamento real representou redução de apenas 0,5%, se confirmando como o segundo maior volume alojado no setor. O volume acumulado nos primeiros seis meses do ano alcança 50,494 milhões de cabeças, significando aumento de 9,2% sobre o mesmo período do ano passado. Também é novo recorde semestral, aumentando 5,5% sobre o maior volume alojado anteriormente, no segundo semestre de 2013. Nos três semestres anteriores, o alojamento de pintainhas variou na casa dos 46,2 a 46,5 milhões de cabeças, e os ovos provenientes desses alojamentos atenderam plenamente os mercados interno e externo. Mas, não se vislumbra, atualmente, no cenário nacional ou internacional, indicadores que justifiquem um índice de aumento tão expressivo. Assim, é possível que os produtores de ovos tenham que arcar com o ônus de acreditar em tão forte crescimento no consumo per capita de ovos. Projetado para o restante do ano, o alojamento médio atual indica a superação dos 100 milhões de cabeças de pintainhas alojadas - atingindo 101 milhões -, representando 8,9% de crescimento anual. Por ora, o volume acumulado nos últimos doze meses – julho de 2016 a junho de 2017 – alcança 97 milhões de cabeças e equivale a 4,7% de aumento sobre o mesmo período imediatamente anterior. Desse total, 81,3% das pintainhas são destinadas à produção de ovos brancos. No período anterior era de 79,7%.

I

2013 2014 2015 2016 2017


Desempenho do ovo em novembro e em 2017

No mês, o segundo pior resultado dos onze primeiros meses de 2017

MÉDIA R$/CXA

VARIAÇÃO % NO ANO

NO MÊS

2008

NOV/16

68,04

4,55%

-0,76%

DEZ

74,00

11,92%

8,76%

JAN/17

61,42

-3,91%

-17,00%

2010

FEV

84,48

8,89%

37,54%

2011

2009

MAR

88,44

7,30%

4,69%

ABR

91,13

35,77%

3,04%

MAI

83,31

14,81%

-8,58%

2013

JUN

87,04

1,94%

4,48%

2014

JUL

83,62

-3,72%

-3,93%

AGO

80,33

-4,37%

3,93%

SET

74,48

2,25%

-7,29%

2016 2017

OUT

69,04

0,76%

-7,25%

NOV

66,00

-3,00%

-4,40%

R$ 43,62 R$ 38,63 R$ 37,93 R$ 44,61 R$ 49,11

2012

R$ 57,86 R$ 52,70 R$ 59,47

2015

R$ 75,43 R$ 78,99

101,7 99,2

112,6 106,7

117,2

114,7 111,1

Mai

115,6

110,7 109,3

121,1 111,5

120,7 117,5

112,2

Abr

2017 Média 2001/2016 (16 anos)

Ago

Set

81,6

92,5

115,2

Preço relativo em 2017 comparativamente ao período 2001/2016 (16 anos) Média mensal do ano anterior = 100

Jan

Fev

Mar

Jun

Jul

Out

111,3

MÊS.

Média anual em 10 anos R$/CAIXA

101,2

Média mensal e variações anual e mensal em treze meses

87,7

OVO BRANCO EXTRA

Evolução de preços no atacado paulistano R$/CAIXA DE 30 DÚZIAS

Em outras palavras, pela curva sazonal – aquela que mostra o desempenho do mercado em um longo período de tempo – os dois menores preços de cada exercício são registrados, primeiro, em janeiro e, a seguir, entre outubro e novembro. Portanto, cumpriu-se a regra. O que ocorreu de diferente neste ano é que nos últimos dois meses, outubro e novembro, a desvalorização enfrentada pelo ovo foi bem maior que a esperada a partir da curva sazonal. Assim, em vez de enfrentar, no bimestre, desvalorização da ordem de meio por cento em relação à média obtida no ano anterior, o setor viu essa desvalorização ultrapassar a marca dos 10%. Reputar essa perda à queda do consumo – como ocorreu com o frango - parece não ser aplicável ao ovo. Porque em boa parte deste ano o produto operou com preços superiores aos de 2016. Tanto que encerrou o primeiro semestre de 2017 com preços médios 10% superiores aos do mesmo período do ano anterior. Mas o ganho, significativo, passou a sofrer diluição à medida que o segundo semestre avançou. O que – tudo indica – se deve a um aumento (aparentemente, também significativo) da oferta do produto. O resultado, a esta altura, é um preço médio em 11 meses – R$78,99/caixa – apenas 4,5% superior ao registrado entre janeiro e novembro do ano passado. A expectativa, agora, é a de que o mês de Festas proporcione a recuperação há tempos aguardada.

100,2

m novembro, pelo quinto mês consecutivo (ou seja, por todo o segundo semestre, até aqui), o ovo enfrentou redução de preço. Tomando como base as cargas fechadas negociadas no atacado da cidade de São Paulo (fonte: www.jox. com.br), o ovo branco extra foi negociado na média do mês por cerca de R$66,00/ caixa, valor 4,4% menor que o registrado no mês anterior. É o segundo pior resultado dos onze primeiros meses de 2017, somente superando – mas por diferença não muito significativa – os R$61,42/caixa de janeiro deste ano. Além disso, cotado em 30 de novembro por R$64,00/caixa, o ovo registrou no início e no fim do mês valores que só estão acima dos preços alcançados nos primeiros dias de 2017. Porém, para quem acompanha o mercado de forma rotineira essa nova queda e o baixo patamar atingido em novembro não têm nada de surpreendente, apenas refletem o comportamento da curva sazonal de preços do produto.

91,7

E

Nov

Dez

Revista do Ovo

29


Estatísticas e Preços

Milho e Soja Milho registra alta pelo 3º mês consecutivo

Farelo de soja registra nova alta O farelo de soja (FOB, interior de SP) voltou a registrar nova alta em novembro de 2017. O produto foi comercializado pelo preço médio de R$1.000/t, valor 1,5% superior ao praticado no mês de outubro – R$985/t. Em comparação com novembro de 2016 – quando o preço médio era de R$1,122/t – a cotação atual registra queda de 10,9%.

O preço do milho registrou nova valorização no mês de novembro. O preço médio do insumo, saca de 60 kg, interior de SP, fechou o mês cotado a R$33,08, valor 1,7% acima da média alcançada pelo produto em outubro, quando ficou em R$32,54. Porém, a disparidade de preço do milho em relação ao ano anterior ainda continua grande. O valor atual é 16,6% menor, já que a média de novembro de 2016 foi de R$39,66 a saca.

Valores de troca – Farelo/Frango vivo O preço médio do frango vivo (interior de SP) em novembro ficou em R$2,70/kg – alcançando índice 2,5% superior à média de outubro de 2017. Dessa forma, a maior valorização do frango vivo em relação ao milho melhorou o poder de compra do avicultor. Nesse mês, foram necessários 204,2 kg de frango vivo para se obter uma tonelada de milho, considerando-se a média mensal de ambos os produtos. Este volume representa 1% de ganho no poder de compra em relação ao mês anterior, pois, em outubro, a tonelada do milho “custou” 206,2 kg de frango vivo.

Valores de troca – Milho/Ovo O preço do ovo, na granja (interior paulista, caixa com 30 dúzias), sofreu nova queda mensal em novembro e fechou à média de R$60,00, valor 4,8% abaixo do alcançado no mês anterior, quando o produto foi negociado por R$63,04. Com a queda no preço dos ovos e aumento no milho houve nova baixa no poder de compra do avicultor. Em novembro foram necessárias 9,2 caixas de ovos para adquirir uma tonelada do cereal. Em outubro, foram necessárias 8,6 caixas/t, queda de 6,4% na capacidade de compra do produtor.

Preçomédio médioMilho Milho Preço

novembro novembro dezembro dezembro janeiro janeiro fevereiro fevereiro março março abril abril maio maio junho junho julho julho agosto agosto setembro setembro outubro outubro novembro novembro

53,00 53,00 51,00 51,00 49,00 49,00 47,00 47,00 45,00 45,00 43,00 43,00 41,00 41,00 39,00 39,00 37,00 37,00 35,00 35,00 33,00 33,00 31,00 31,00 29,00 29,00 27,00 27,00

R$/sacade de60kg, 60kg,interior interiorde deSP SP R$/saca

2017 2017

2016 2016

MédiaNovembro Novembro Máximo Mínimo Média Mínimo Máximo 29,50 36,00 R$29,50 R$36,00 R$ R$

33,08 33,08

30 Revista do Ovo

A maior evolução na cotação do frango vivo em relação ao alcançado no farelo de soja em novembro fez com que fossem necessários 370,4 kg de frango vivo para adquirir uma tonelada do insumo, significando melhora de 1,1% no poder de compra do avicultor em relação a outubro, quando 374,5 kg de frango vivo obtiveram uma tonelada do produto. Na comparação em doze meses houve piora de 2,3% já que lá, foram necessários 361,9 kg para adquirir o cereal.

Valores de troca – Farelo/Ovo De acordo com os preços médios dos produtos, em novembro foram necessárias aproximadamente 16,7 caixas de ovos (valor na granja, interior paulista) para adquirir uma tonelada de farelo de soja. O poder de compra do avicultor de postura em relação ao farelo registrou queda mensal de 6,3%, já que, em outubro, 15,6 caixas de ovos adquiriam uma tonelada de farelo. Em relação a novembro de 2016 houve melhora de 8,5% no poder de compra, pois naquele período a tonelada de farelo de soja custou, em média, 18,1 caixas de ovos.

Preçomédio médioFarelo Farelode desoja soja Preço R$/toneladaFOB, FOB,interior interiorde deSP SP R$/tonelada

1600 1600 1500 1500 1400 1400 1300 1300 1200 1200 1100 1100 1000 1000 950 950 900 900 850 850 800 800 750 750

novembro novembro dezembro dezembro janeiro janeiro fevereiro fevereiro março março abril abril maio maio junho junho julho julho agosto agosto setembro setembro outubro outubro novembro novembro

Valores de troca – Milho/Frango vivo

2016 2016

2017 2017

Média Novembro Novembro Média Mínimo Máximo Mínimo Máximo 980,00 R$ 1.010,00 R$ R$ R$ 980,00 R$ R$ 1.010,00

1.000,00 1.000,00

Fonte das informações: www.jox.com.br


Revista do Ovo

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Estatísticas e Preços Strength to succeed

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