Jornal Mundo da Leitura nº. 33

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Mundo da Leitura

Jornal do Centro de Referência de Literatura e Multimeios - Ano XII - edição especial - agosto de 2009 - Passo Fundo - RS

Pedro Bandeira Página 7

12 anos

conquistando leitores Página 13

M

U N D O

DA LEITURA


2 - Jornal do Centro de Referência de Literatura e Multimeios

Passo Fundo, agosto de 2009 - Ano XII

Editorial Um, dois, três, quatro, cinco, mil... Queremos mais leitores no Brasil! Olá, galera. No Circo da Cultura, vamos juntar nossas vozes para gritar ao Rio Grande do Sul e ao Brasil que pertencemos ao grupo de brasileiros que desejam ler mais, que desejam ampliar sua imaginação e, assim, desenvolver ainda mais a sensibilidade. Vocês se deram conta das mudanças que estamos vivendo no mundo? É óbvio que sim. Vocês, crianças, são geradoras dessas mudanças. Precisamos aprender com vocês. O poeta Paulo Becker revela essa realidade na letra da música desta 5ª edição da Jornadinha: Olhamos telenovelas Zapeamos telejornais Somos fãs de animês De quadrinhos e mangás Navegamos na internet Falamos ao celular E enviamos muitos torpedos Esperando o amor chegar! Cai na real, cai na real A nossa vida é virtual, Cai na real, cai na real A nossa vida é virtual. Vocês, certamente, já se deram conta de que o tempo passa muito rápido. Muitas vezes, desejamos fazer mais coisas, e o dia já terminou. A canção demonstra outras situações que comprovam essas mudanças do momento que estamos vivendo: O mundo muda mais rápido Que o coração de um mortal O que ontem era teatro

Expediente Mundo da Leitura é uma publicação do Centro de Referência de Literatura e Multimeios Ano XII – edição especial 13ª Jornada Nacional de Literatura e 5ª Jornadinha Nacional de Literatura – agosto/2009 – Passo Fundo – RS – Curso de Letras – IFCH/UPF Coordenação: Tania M. K. Rösing Conselho Editorial: Professores Adriano C. Teixeira, Eládio V. Weschenfelder, Fabiane V. Burlamaque, Miguel Rettenmaier, Paulo Becker, Tania M. K. Rösing Editores responsáveis por esta edição: Cristina

Hoje é centro comercial A pracinha em que brincamos Ficou debaixo do asfalto E nós passamos de carro esperando o amor chegar O que não muda, certamente, é o entusiasmo pela participação em mais uma Jornadinha. Vocês já declararam que gostam de ler não apenas um livro, mas muitos livros, livros diferentes, em formatos diferentes. Tudo isso graças à ajuda de seus professores, de seus pais, graças à possibilidade de levar livros da biblioteca para serem lidos, inclusive, em suas casas. O gosto pela leitura está se instalando em suas vidas. Ninguém é mais o mesmo depois de ler um, dois, três, muitos livros; ninguém é mais o mesmo depois de poder contar suas experiências de leitura e de ouvir as experiências de seus colegas. É preciso comparar pontos de vista, confrontar ideias, dividir sensações. Ler é viajar por mundos muito diferentes. Se compartilharmos nossas leituras com nossos amigos e amigas, com nosso pai, nossa mãe, com nossos avós, ficaremos muito enriquecidos com tantas histórias, com tantas experiências vividas e outras tantas imaginadas. Mais uma vez, haverá muitas surpresas na Jornadinha. Vocês já conhecem o GaliLeu, o gato leitor? Ainda não? Pois saibam que ele é o âncora do programa Mundo da Leitura na TV que passa no Canal Futura semanalmente em nível nacional. É inteligente, curioso. Oferece dicas de leitura e dicas culturais interessantíssimas. Será o apresentador da 5ª Jornadinha. Juntamente com ele

Azevedo, Elisângela de F. F. de Mello e Lisiane Vieira. Monitores: Bruno Philippsen, Diogo C. Rufatto, Eliana Teixeira, Eliana Leite, Elisângela de F. F de Mello, Giancarlo Rizzi, Lisandra Blanck, Lisiane Vieira, Matheus Mattielo Nickhorn, Solange Lopes Brezolin e Valéria Sumye Milani Estagiárias do programa de TV Mundo da Leitura: Cristina Azevedo, Natane Rangel Correspondência: Centro de Referência de Literatura e Multimeios Campus I – km 171 – BR 285 – Bairro São José Passo Fundo – RS – CEP 99001-970 Contato: (54) 3316-8148 E-mail: leitura@upf.br

estarão Natália e Mil-Faces, que estimularão o bate-papo com os escritores convidados. São pessoas muito interessantes. Brincam com as palavras, com a linguagem. Vocês encontrarão, também, com artistas. Participarão de espetáculos teatrais, shows musicais, exposições, feira do livro, sessões de autógrafos, atividades em meio virtual. Acontecerá o momento da Sopa de Letrinhas!!! Sabem o que é? Não??? Aguardem e descubram. Tudo foi cuidadosamente preparado para que vocês, ao concluirem suas participações nas diferentes atividades dessa edição da Jornadinha, se tornem mais curiosos, desejem ler mais livros, visitem mais sites literários na internet, acessem os blogs dos escritores que irão conhecer pessoalmente no Circo da Cultura. A letra da canção desta 5ª Jornadinha Nacional de Literatura fala de animês, de mangás, de zapear, de mundo virtual... Vocês sabem o que significam essas palavras? Certamente já descobriram com o auxílio de seus professores. Agora, é cantar com muito entusiasmo. O momento de participação da Jornadinha será inesquecível em suas vidas. Aproveitem. Aproveitem muito. Curtam todas as atividades da programação especialmente preparada para vocês. Respondam com um sorriso a cada nova aprendizagem desta festa. Bem-vindos à 5ª Jornadinha Nacional de Literatura! Prof. Dr. Tania Mariza Kuchenbecker Rösing Coordenadora geral

Home-page: www.mundodaleitura.upf.br Revisão: Liana Branco Ilustração de capa: Abnel Lima Filho Diagramação: Agência Experimental de Jornalismo - FAC/UPF Tiragem: 10.000 Universidade de Passo Fundo Reitor: Rui Getúlio Soares Vice-Reitora de Graduação: Eliane Lucia Colussi Vice-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação: Hugo Tourinho Filho Vice-Reitora de Extensão e Assuntos Comunitários: Adil de Oliveira Pacheco Vice-Reitor Administrativo: Nelson Germano Beck


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Anna Cláudia Ramos

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escritora carioca Anna Claúdia Ramos é graduada em Letras. Além de escrever, ela também é ilustra-

dora. Em seu site, conta que desde pequena gostava de inventar histórias. Essa habilidade e essa vontade foram crescendo, ganharam forma e estão nas mãos dos leitores. Em cada livro uma surpresa. Para quem está começando a ler sozinho, o livro Brincadeiras de todos os tempos , escrito e ilsutrado pela autora, é uma boa dica para descobrir quais eram as brincadeiras legais no tempo dos nossos avós. Quem lê o livro consegue descobrir como chamar os avós para brincar, mas vale negociar, um pouco de brincadeiras da infância deles e outro tempo ensinando

Gian Calvi

a eles as novas brincadeiras. Já, para quem gosta de ler e imaginar, o livro As Marias é muito legal. As ilustrações de Elma ajudam a contar a história das duas Marias, que vivem distantes e são bem diferentes. A vida das meninas muda; cada uma delas conhece uma professora esperta, que mostra como ler é interessante. Assim, através dos livros, as Marias conseguem ir a qualquer lugar, inclusive, aos que nunca foram imaginados.

Fernando Vilela

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ernando Vilela é um artista plástico, designer, educador, além de escrever e ilustrar livros. Assim, criou e ilustrou a história de Lampião e Lancelote. Você já imaginou dois grandes heróis de épocas diferentes disputando a me sma batalha? Pois é isso que acontece nesse livro. Um vem diretamente da Távola- Redonda do rei Arthur; o outro, do Cangaço. Lancelote sacudiu-se Como que se preparando Deu um pulo do cavalo E a espada foi tirando Mas no lugar e atacar Com esperteza no olhar Preferiu ir perguntando “Que sujeito doido és tu Com esse jeito de anão Essa roupa toda em couro É de vaca ou de bisão E o ar caipira e tacanho Mais este chapéu estranho Que lembra Napoleão” Lampião lhe respondeu “Minha roupa é mais segura Se me embrenho na caatinga Espinho nenhum me fura E se atiram eu me desvio

Das balas com formosura Mas agora eu pergunto Sobre este monte de lata Cobrindo todo teu corpo Que armadura mais barata Cem tiros eu te transformo Num ralador de batata” VILELA, Fernando. Lampião e Lancelote. São Paulo: Cosac Naify, 2008. p.29.

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m mundo mais feliz para todos é o que mais se quer, e Gian Calvi pensou numa maneira diferenciada e que com ela possivelmente se obtenham mais resultados que a maneira comum de querer algo. Dessa forma, Calvi decidiu fazer um livro que fale sobre essas suas ideias. Na obra, autor se refere a um mundo onde todas as pessoas possam olhar pelo planeta, um mundo onde todos possam ter o que comer e onde estudar, onde os homens não desmatem as florestas e que valorizem a natureza. Essa história é contada por personagens diferenciados como Sol, Dona Fábrica, Doutor Fumaça, entre outros. Eu tenho certeza De que o dinheiro Que se gasta fabricando aramas, Que matam pessoas inocentes E que podem destruir o planeta, Daria muito bem para fazer uma porção de coisas boas, como construir escolas, bibliotecas, hospitais, escrever livros, plantar árvores, dar comida para quem tem fome e viver em paz.

GIAN, Calvi. Um mundo para todos. São Paulo: Global, 2004.


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IVAN ZIGG:

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lém de ter uma banda chamada Conga, a mulher gorila, o autor montou um espetáculo teatral, o De A a Zigg, com o qual vem viajando e se apresentando. Ivan Zigg ainda é escritor e ilustrador, com mais de cem livros publicados, entre eles O elefante caiu. Todos sabem que elefantes são enormes. No entanto, imaginem um caído no chão, sem conseguir le-

vantar. Como ajudá-lo a sair dessa? Não deve ser moleza, não é mesmo? É a história desse colorido e divertido livro. Há muita comida e sobremesas deliciosas, muita confusão, barulho e um final surpreendente!!! Querem saber mais sobre Ivan? Que tal acessar o site www.ivanzigg.com.br

ZIGG, Ivan.

O elefante caiu. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006.

HERMES BERNARDI JR.

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ermes Bernardi Jr é gaúcho de São José do Ouro. Autor de vários livros é também contador de histórias reconhecido internacionalmente. Escreveu o livro E um rinoceronte dobrado, que é uma brincadeira em forma de poesia sobre tudo aquilo que alguém poderia guardar numa caixa de sapatos. Faz uma mistura muito alegre de imagens visuais e verbais que surpreende. E você, o que gostaria de guardar numa caixa de sapatos?

IGNÁCIO DE LOYOLA BRANDÃO Os escorpiões no círculo de fogo

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gnácio de Loyola Brandão fala sobre o seu livro Os escorpiões no círculo de fogo: “Não tínhamos medo de nada, a não ser de escorpiões. Naqueles campos havia muitos escorpiões. Eles provocavam pavor porque, diziam os adultos, a picada do escorpião doía 24 horas sem parar, a pessoa gritava de dor, era a pior dor do mundo. Então, soubemos que um escorpião, quando cercado pelo fogo, decidia se matar. Voltava a cauda contra a própria cabeça e se picava, suicidando-se com seu

veneno. Dali para a frente, só pensávamos em colocar um escorpião num círculo de fogo. Algodão, álcool, um fósforo e seria só contemplar a morte. Seria excitante. Um dia decidimos executar a ‘brincadeira’, condenada pelos pais e pela professora. Por que e para quê? E começaram os problemas: quem caçaria um escorpião? Como apanhá-lo sem ser picado? Todos contavam que os escorpiões, bichos traiçoeiros, ferozes, gostavam do escuro, só apareciam à noite, viviam enfiados em buracos na terra, na madeira, nas pedras. Aí começa minha história, contando as nossas aventuras

e desventuras, nosso medo, nossa tática para agarrar os escorpiões para serem colocados no círculo de fogo. Pela primeira vez na vida enfrentamos um perigo real. E matar? A coragem de matar? Por que matar? O que o bicho tinha a ver com a nossa história? Este livro é sobre o medo, sobre a aventura, a coragem, sobre a vida e a morte”. BRANDÃO, Ignácio de Loyola, Os escorpiões no círculo de fogo. Global, 2009

Colocaria uma fotografia, Uma radiografia do pé, A dentadura da minha tia E todos os sabores de picolé. Colocaria na caixa Um guardanapo borrado E um rinoceronte dobrado. BERNARDI Jr, Hermes. E um rinoceronte dobrado. Porto Alegre: Projeto. 2008.p. 4.


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jÓTAH

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aulista, é ilustrador com passagens pelas principais editoras do país e pela TV Cultura. Possui vários livros publicados. Atualmente, está se dedicando à arte de criar e interpretar contos utilizando um mínimo de palavras, com ilustrações expressivas e de fácil compreensão. No livro Zeca Catatrecos o leitor desvenda enigmas para descobrir as invenções de Zeca.

Participou como roteirista e animador de vinhetas animadas para o programa Rá-timbum, exibido na TV Cultura. Mantém a Brinquedoteca Jótah (espaço de cultura permanente localizado na zona sul da cidade de São Paulo). Este é Zeca. Zeca Catatrecos, com seu carrinho reco-reco, inventa baracutecos. Jótah. Zeca Catatrecos. São Paulo: Paulinas, 2007.p.3

Ajude as crianças a encontrar o caminho até os livros.


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FLÁVIO PAIVA

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lávio Paiva nasceu no Ceará. É escritor, jornalista e compositor. Escreve livros infantis e também é colunista de jornal. Aborda vários temas, trata da relação das crianças com o consumismo, mescla sempre literatura e música em suas obras, o que é o diferencial de seus livros. Suas obras são carregadas de alegria e descontração. Cada livro geralmente vem acompanhado de um CD com cantigas compostas por ele mesmo e relacionadas com cada história do livro. Cada uma de suas obras é uma aventura que diverte e ensina. ML-Em seu livro Eu era assim você menciona a urgência do brincar. Quais as brincadeiras de sua infância que ainda seriam apreciadas pelas crianças de hoje? Flávio Paiva – Um dia desses fui para a casa dos meus pais no sertão do Ceará e brinquei de fazendinha com os meus filhos. Fizemos os tijolos para construir a casa da fazenda colocando o barro em fôrmas de caixas de fósforo e, depois de secos, queimando tudo para transformar o barro em tijolo. Fizemos também um curral com estacas de gravetos, entrelaçadas por ramas de plantinhas nativas. Dentro do curral, colocamos gadinhos de osso: um touro, duas vacas e dois bezerros. E, para completar, fizemos várias estradas. A brincadeira estava muito boa, quando começou a chover. Daí, fomos tomar banho de chuva. ML - O que você recomenda para os nossos leitores não serem a alma do negócio dessa sociedade consumista? Flávio Paiva – Brincar com brinquedos e brincadeiras com os quais a gente, com a nossa imaginação e inteligência, movimente os brinquedos e o brincar. Ler e participar das atividades culturais da nossa cidade também é muito importante para desarmar as armadilhas do consumo sem limites. ML-A música está presente em suas obras. Como aconteceu a sua aproximação com a música?

Flávio Paiva – Desde criança gosto de música. Nas feiras do interior era muito comum a presença de pessoas que cantavam e recitavam versos. Eu adorava brincar de colocar música nas poesias que ouvia na rua. Com o passar do tempo, me dei conta de que fazer música era tão agradável quanto ouvir. Quando meus filhos nasceram, eu fiz um CD de presente para cada um. Depois, eles foram crescendo e passamos a brincar com música e literatura, e fomos fazendo novas composições. Eles também adoram música. O Artur, que tem oito anos, está tocando flauta, e o Lucas, que tem dez, já toca flauta e está aprendendo violão. E o que me deixa mais feliz é vê-los criando suas próprias músicas. ML-Muitas escolas comemoram o Halloween, mesmo não fazendo parte da cultura brasileira. Você começou um movimento para criar o Dia do Saci, um mito que faz parte do folclore brasileiro. Quais são as cidades que já comemoram o Dia do Saci? Como acontece esta festa no Ceará? Flávio Paiva – Essa ideia de comemorar o Dia do Saci no mesmo dia do Halloween surgiu em São Luiz do Paraitinga, no Vale do Rio Parnaíba, pertinho de Taubaté,

onde nasceu o escritor Monteiro Lobato. É sempre bom lembrar que foi Lobato quem há quase um século, em 1917, fez uma ampla pesquisa que revelou o Saci Pererê como o conhecemos hoje: um menino negrinho com um gorro vermelho na cabeça, mas de origem indígena. O certo é que o dia 31 de outubro já é comemorado em cidades de São Paulo, de Minas Gerais, do Ceará, do Espírito Santo e em muitos outros lugares do Brasil como o Dia do Saci. No Ceará, a Secretaria da Cultura faz uma festa de dia inteiro na Biblioteca Pública, com música, teatro e muitas brincadeiras. Mas a sacizada também é feita em sítios e condomínios. No prédio onde nós moramos, a festa do Saci é realizada com músicas e brincadeiras na quadra de futebol. Colocamos muitas plantas, folhas secas pelo chão e iluminação à lamparina. Cada criança inventa um personagem, que pode ter ou não fantasia, e dá uma missão para ele. Cada criança é convidada também a levar a guloseima de que mais gosta para compartilhar com os amigos. É uma festa tão divertida que às vezes o próprio Saci surge, não se sabe de onde nem como, jogando gorros para todo mundo e desaparece como aparece, de repente. Uns vêem, outros não. E a festa continua.


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PEDRO BANDEIRA

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homenageado da 13ª Jornada Nacional de Literatura e da 5ª Jornadinha Nacional de Literatura é um grande escritor. Começou sua carreira como professor de literatura,

depois foi jornalista e publicitário. Seu primeiro livro publicado foi O dinossauro que fazia au-au, em 1983, quando passou a dedicar todo o seu tempo para a literatura. No entanto, o que o consagrou foi

Droga da obediência, obra para o público juvenil, sendo o mais vendido do Brasil para essa faixa etária.Outro sucesso foi O fantástico mistério de Feiurinha, que vendeu mais de 2,5 milhões de exemplares.

Pontinho de vista Eu sou pequeno, me dizem, E fico muito zangado. Tenho de olhar todo mundo Com o queixo levantado. Mas se formiga falasse, E me visse lá do chão, Ia dizer com certeza: “Minha nossa que grandão!” BANDEIRA,Pedro. Por enquanto sou pequeno. São Paulo: Moderna, 2002.p.20.

ML:Quem são os escritores que mais o influenciaram como escritor? De quais leituras você mais gostava na infância? Há um pouco delas nos seus livros? PEDRO BANDEIRA: Eu li, reli e treli as histórias do Monteiro Lobato quando era criança. Depois, só havia livros estrangeiros e eu li, reli

e treli as histórias de Mark Twain, Robert Louis Stevenson e mais tudo o que aparecesse com aventuras, mistérios e emoções, como as aventuras do Tarzan, de cavaleiros medievais, de espadachins, de caubóis, tudo o que me caísse nas mãos! Só não tenho certeza de quanto essas leituras aparecem no que hoje eu

escrevo, mas tenho certeza de que eu fui construído por esses escritores maravilhosos! Pedacinho por pedacinho! ML:O livro O fantástico mistério de Feiurinha reúne personagens de diversos contos de fadas e mostra o dia-a-dia que as histórias não trazem.


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O que você gostaria que as crianças percebessem ao se envolverem com essa obra? PEDRO BANDEIRA: Acho que um autor só quer divertir quem lê. Creio que o principal dessa história é a discussão do que é belo e do que é feio. A personagem Feiurinha só conhece quatro bruxas horrorosas; assim, as bruxas, sendo a maioria, são o padrão de beleza, e ela, uma linda menina, mas que é uma só, pensa que é feia. O mesmo acontece hoje com a moda, fazendo com que pessoas que não sejam exatamente como a Gisele Bündchen sintam-se feias... Precisamos resistir à imposição da moda! ML:O livro O fantástico mistério de Feiurinha já foi adaptado para o teatro e agora para o cinema. Qual a sua expectativa em relação a este filme, que terá a Sasha como protagonista? PEDRO BANDEIRA: Não sei. Eu tor-

ço para que a direção e os adaptadores não mexam muito na minha história, não a desfigurem... ML:Ritinha Danadinha é uma menina muito criativa, crítica e com muitas ideias. Como nasceu esta personagem? PEDRO BANDEIRA: Ela nasceu no dia em que um de meus filhos, o Marcelo, então com uns cinco anos, disse “eu estavo brincando”. Quando tentamos corrigi-lo, ele respondeu que, sendo homem, ele não poderia dizer “estava”, pois havia aprendido que as palavras masculinas terminam com O e as femininas com A... Daí, surgiu a Ritinha, que lida com a língua portuguesa cometendo confusões comuns nas crianças que estão aprendendo a falar bem e a compreender as regras gramaticais. Por que um cachorro grande deve ter um focinho? Se ele é grande, deveria ter um foção!

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Vidas virtuais Letra: Paulo Becker Música: Pedro Almeida

JL13 para base. Já contatei o Circo da Cultura. Aguardo novo comando. Base para JL13. Sua missão é ajudar a formar leitores multimidiais. Que a força esteja com você. Olhamos telenovelas Zapeamos telejornais Somos fãs de animês De quadrinhos e mangás Navegamos na internet Falamos ao celular E enviamos muitos torpedos Esperando o amor chegar Cai na real, cai na real A nossa vida é virtual Cai na real, cai na real A nossa vida é virtual O mundo muda mais rápido Que o coração de um mortal O que ontem era teatro Hoje é centro comercial A pracinha em que brincamos Ficou debaixo do asfalto E nós passamos de carro Esperando o amor chegar Cai na real, cai na real A nossa vida é virtual Cai na real, cai na real A nossa vida é virtual Ô linda moça Do disco voador Me leve pra jornada Sempre que você for Ô linda moça Só não me deixe aqui Enquanto eu sei que tem Tanta estrela por aí


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Memória Fotográfica

Público participante

Show musical – Grupo Cuidado que mancha

Conversa paralela com Ziraldo

Apresentador Gato Gali-Leu

Conversa com escritores

Exposição Pré-Jornadinha – Shopping Bourbon


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MARILDA CASTANHA

LOBISOMEM

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arilda Castanha nasceu em 1964 em Minas Gerais. É formada em Belas Artes e publicou em 2008 uma coleção que reúne os livros Agbalá, um lugarcontinente e Pindorama, terra das palmeiras, ambos com ilustrações em tons vibrantes e baseados em pinturas e esculturas de artistas afro-brasileiros, revelando as singularidades desse povo e sua cultura. Em Pindorama, a autora faz uma viagem ao passado de nosso país, ou Pindorama, como os índios chamavam o Brasil. Mostra como os primeiros habitantes viviam, suas técnicas de pesca e caça, como eles se orientavam com as mudanças da natureza, seus rituais e o seu tipo de religião, sua língua e identidade; ainda apresenta elementos indígenas presentes nos dias de hoje. Nas ilustrações, a autora faz uma mistura de imagens naturalistas feitas pelos próprios índios em grutas e as pinturas que eles fazem no corpo, inspirados em elementos da natureza; as imagens são vivas e intensas, bem próximas da arte indígena.

Sexta-feira, lua cheia Se escuta um uivo sem fim De um homem que é meio lobo Saído de um sonho ruim! De uma prole de sete O Lobisomem é o caçula Cresce anêmico e magro Apesar de toda a gula! Começa aos 13 anos A maldição do rapaz A horrível transformação Na besta-fera voraz! Seu pêlo e orelhas crescem Os dentes viram navalha Do nariz cresce um focinho Sobre a boca de fornalha! Procurando saciar a fome Invade todos os chiqueiros Sedento de sangue engole Uma dúzia de porcos inteiros!

CASTANHA, Marilda. Agbalá: um lugar-continente. São Paulo: Cosac & Naify, 2007. p. 8.

Se até um baita homem forte Esse monstro derruba no solo Ó Deus, que não cruze com ele Mulher com criança no colo! Ao primeiro raio de sol Voltará a ser humano Sem saber o mal que fez No seu pesadelo insano... BAG, Mario. 13 Lendas Brasileiras. São Paulo: Paulinas, 2008. p.16.

ODILON MORAES

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scritor e ilustrador, morou em várias cidades do exterior; no entanto, sua modéstia não permite que ele se intitule “artista”: Pensava em fazer arquitetura, mas logo viu que não teria a menor vocação para arquiteto; então, matriculou-se numa escola de arte. Porém, como não se sentia bem em “ambientes de artistas”, passou a frequentar museus. Acredita que o fato de ser ilustrador o salvou-o dos rótulos de pintor e artista. O livro escrito e ilustrado por

Odilon, Pedro e Lua, cuja capa brilha no escuro e com ilustrações em preto e branco, as quais chamam muita atenção, fala sobre a história de Pedro, um menino apaixonado pela Lua, porque descobriu que ela era feita de pedra e que o significado do seu nome também é pedra. Você já parou para pensar no significado do seu nome? Pedro tinha uma tartaruga como animal de estimação, e os dois tinham uma relação muito boa. Você tem algum animal de estimação?


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Jornal do Centro de Referência de Literatura e Multimeios - 11 Foto: Leonardo Andreoli

JOAQUIM DE PAULA

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mineiro, contador de histórias formado em música, em composição e em musicoterapia. Neste ano, na programação da Jornada Nacional de Literatura acrescentou-se o Seminário de Contadores de Histórias. Um dos contadores é Joaquim de Paula, que já esteve em outras oportunidades nessa movimentação cultural. Joaquim, em sua performance, toca e canta música popular brasileira, manipula bonecos e conta muita história. Durante as histórias, o contador brinca com o público o tempo inteiro. Mas nem pense em olhar para o lado; se você olhar,

LÚCIA FIDALGO

É

escritora, contadora de histórias e professora. Fundadora do Grupo Morandubetá, tem mais de 15 livros publicados e já fez vários espetáculos. No livro Com vontade de pintar o mundo, Lúcia conta a história de Cândido Portinari, um grande artista, que levou um pouco do nosso país para o exterior e fez isso através da sua arte. Essa bela história é contada de forma delicada. Como exemlo, cita-se o momento do nascimento do personagem principal, Candinho, acontecimento que é anunciado pela presença de um arco-íris. Além desta, a Coleção Brasileirinhos é composta por mais três livros; Sabendo ler o mundo, que é a história de Paulo Freire, Chico, homem da floresta, que fala sobre Chico Mendes e Falando em versos, sobre Machado de Assis.

vai perder as brincadeiras que ele faz com os bonecos. Em razão de sua formação ser musical e de todo o trabalho de pesquisa sobre histórias e músicas da cultura popular que realizou, o contador consegue sempre em suas histórias agrega instrumentos como a sanfona, a rabeca e outros recursos sonoros para incrementar a história e fazer o público imaginar. Assim, de cidade em cidade, em espaços abertos ou fechados, Joaquim de Paula vai contando histórias de todos os tempos, encantando gerações e mantendo vivas as histórias populares.

Show De Paes para filho - Paulo Bi

N

a infância Paulo Bi, ao invés de brincar, ia para as rodas de choro na casa de Pixinguinha. Ficava lá por horas escutando música. Isso mostra que desde pequeno a música chamava sua atenção. Com 9 anos ganhou seu primeiro violão e não parou mais de tocar. Em seu show De Paes para filho, juntamente com o ator Diogo Borges, canta e encena poemas de José Paulo Paes. O espetáculo inicia com a exibição do clipe Vida de sapo. Em seguida, entram em cena o músico Paulo Bi e o ator Diogo Borges, que realiza as performances durante as canções. Os poemas do espetáculo estão no terceiro CD de Paulo Bi, José Paulo de Paes pra filhos; são quatorze faixas para conhecer alguns poemas de José Paulo Paes.

VALSINHA José Paulo Paes É tão fácil Dançar Uma valsa, rapaz... Pezinho Pra frente Pezinho Pra trás.

Pra dançar Uma valsa É preciso Só dois O sol Com a lua Feijão Com arroz


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Programa Mundo da Leitura na TV

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programa Mundo da Leitura na TV produzido pelo Centro de Referência de Literatura e Multimeios e pela UPFTV é apresentado por Gali-Leu, o gato leitor. Ele vive no Mundo da Leitura, uma biblioteca com CD-ROMs, computadores, mangás, gibis, um escorregador, e adivinhem, até livros. Agora casado com Borralheira, Gali-Leu também convive com Natália, que desempenha no programa o papel de repórter e também de animadora do jogo, e com Mil-Faces, o mestre dos disfarces e das charadas.

Há também, no programa, dois ratos que estão sempre tramando contra o Mundo da Leitura: Reco-Reco, que visita o espaço atrás de livros, mas não para lêlos e sim para roê-los; e Ratazana, que quer separar Gali-Leu de Borralheira para conseguir dominar o Mundo da Leitura, e para isso se aproveita do desastrado Reco-Reco e sua estranha amizade com Gali-Leu (é, eles são gato e rato e são amigos) para levar adiante seus planos maquiavélicos.

Você ficou curioso! Assista ao Programa Mundo da Leitura na TV Canal Futura - Quarta - 10h30min Reprises: Sábado - 13h30min / Domingo - 9h / Segunda - 20h. UPF TV Domingo - 13h30min

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Como sintonizar os canais Canal Futura

Se você tem antena parabólica, sintonize na polarização vertical 20. Na TV por assinatura, em parceira com a Globosat, estamos nos seguintes canais: - no canal 32 da Net para todo o Brasil (canal 26 para a cidade de Passo Fundo - RS) - no canal 37 da Sky - no canal 163 da DirecTV Acesse o site www.mundodaleitura.upf.br

O caça-monstros

maioria dos heróis não é como os que vemos na televisão. Pip, o personagem principal do livro O caçamonstros, é um bom exemplo. Pip é um jovem de 27 anos, mora num apartamento, gosta de jogar paciência no computador e é amigo de um dragão.

A diferença de Pip em relação aos jovens de sua idade é que ele tem uma profissão especial: formado no curso Caça-Monstros e Outros Bichos, passa os dias esperando casos para resolver. Quando sai para caçar, usa roupa de couro e leva em sua mochila arma a laiser, pistola de raios sônicos, granadas especias com elementos de fogo e de água. Pip foi criado por um pequeno jovem escritor, Roberto Pirovano Zanatta, que, antes de completar 11 anos, já havia escrito e ilustrado A barata e O caso da Senhora Deiff, cujo filho é literalmente engolido pelo vido-game. Os casos estão no livro O caça-monstros, obra que está sendo lançada na 5ª Jornadinha Nacional de Literatura, pela série Jornadinha. O interessante é saber que Roberto já participou de outras

Jornadinhas, conversou com os escritores, assim como você, leitor, está fazendo hoje. Um leitor que gostava de livros com histórias de aventura, emoção e mistério. Atento às pessoas e às situações que aconteciam ao seu redor, fazia um diário de suas viagens. Tudo o que observava eram informações que faziam a sua imaginação voar e as palavras surgirem uma após a outra. Resultado disso? conseguiu o seu maior sonho: ser escritor. Para conhecer a obra O caça-monstros da série Jornadinha, é só entrar em contato com a UPF Editora. ZANATTA, Roberto. O caça-monstros. Passo Fundo:UPF, 2009.


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Jornal do Centro de Referência de Literatura e Multimeios - 13

12 ANOS CONQUISTANDO LEITORES

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Leitura, formar leitores críticos em diferentes linguagens. Cada leitor escolhe o texto de que mais gosta e embarca no universo fantástico da literatura. Essa parceria com a literatura e com os leitores existe há um bom tempo. Em setembro deste ano, o Mundo da Leitura completa 12 anos formando leitores multimidiais. Entre as muitas atividades desenvolvidas nesse espaço, os alunos podem vir com os professores para participar de práticas leitoras que envolvem diferentes temas, através de cantigas de roda, lendas, brincadeiras com palavras, leitura de imagem, de filmes Eu gosto do Mundo da Leitura porque tem muitos livros, que podem ser retirados e de músicas, tudo para ler em casa e outros que podem ser ligado ao tema prolidos lá. E a gente pode assistir a filmes posto. e escutar músicas. Além das visitas Feliz aniversário Mundo da Leitura! agendadas, as Bruno Picolotto – 8 anos crianças e adul-

ocê gosta de ler livros, histórias em quadrinhos, assistir a filmes, ouvir músicas e navegar no computador? Gosta de assistir a teatro e ouvir histórias? Então, você tem de visitar o Mundo da Leitura, onde se podem ler muitos textos interessantes de diferentes maneiras. Já pensou em quantas informações se podem perceber quando se observa uma imagem, mesmo sem ter o texto escrito? Ou ouvido uma música, assistindo a um filme e, até mesmo jogando um game no computador? Este é o objetivo do Mundo da

Cortejo espetáculo Cia. Navegantes

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ocê já viu um gigante anão? Mas o cortejoespetáculo Bloconeco de Catin e sua Banda Navegante é composto por 10 gigantes-anões e ainda uma banda, que toca ritmos variados, combinando com o estilo dos bonecos, como tango, ritmos orientais, forró e samba de raiz. Essa companhia começou em

1994, e a técnica do gigantesanões foi desenvolvida por Carti Cardi. Além do Bloconeco, eles tem outros espetáculos, em sua grande maioria de marionetes e bonecos. Já realizou algumas importantes participações na televisão, como na abertura da novela As filhas da mãe e uma participação na minissérie Hoje é dia de Maria, ambas para a Rede Globo. Quer saber mas sobre a Cia. Navegantes? Acesse o site www.cianavegantes.com

tos podem usufruir do espaço nos horários abertos à comunidade, quando os pais podem acompanhar os seus filhos na leitura e fazer o empréstimo de livros para ler em casa. Em todos esses anos de Mundo da Leitura, queremos chegar cada vez mais perto do nosso leitor compartilhando

novas experiências e sentindo o prazer que só a leitura pode proporcionar. Parabéns ao Mundo da Leitura e aos leitores que fizeram parte dessa caminhada!

Oficina de dobraduras

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láucia Lombardi é origamista e autora da coleção Brincando com dobradu-

ras. A dobradura normalmente se inicia com um pedaço de papel quadrado e, conforme as dobras são realizadas, se consegue um

produto diferente no final. Gláucia tem experiência em ensinar como são feitas as mais diversas dobraduras. Ela é coordenadora de uma empresa e há mais de doze anos desenvolve cursos para professores e alunos sobre essa arte de dobrar papel. As oficinas ministradas na 5ª Jornadinha contemplarão, principalmente, figuras do folclore brasileiro.


14 - Jornal do Centro de Referência de Literatura e Multimeios

Passo Fundo, agosto de 2009 - Ano XII

CRUZADINHA 1. A história Escorpiões no círculo de fogo se passa em Araraquara-SP, num bairro. Qual o nome desse bairro? 2. No livro Um mundo para todos, os personagens se unem para dar asas à imaginação e para falar sobre uma porção de coisas que estão acontecendo com o nosso mundo. Qual o nome de um dos personagens que só aparece de dia? 3. Pedro, personagem principal do livro Pedro e

Lua, tinha um animal de estimação. Qual era? 4. Hermes Bernardi Jr. num dos seus livros, questiona sobre o que pode ser colocado numa caixa de sapato. O título desse livro tem o nome de um animal.Que animal é esse? 5. Mario Bag tem um livro no qual conta 13 histórias brasileiras. Como são chamadas essas histórias? 6. O escritor homenageado na Jornadinha deste ano é ___________ 7. No livro As Marias, de Anna Cláudia Ramos, as duas Marias, que viviam em realidades diferentes, se encontram por uma razão. Qual era essa razão? 8. O personagem Zeca, do livro Zeca catatrecos, gostava de inventar os seus ___________ 9. Na história O elefante caiu, o elefante consegue levantar porque aparece um _________ 10. Onde se passa a história Lampião & Lancelote?

SE ER TR EO S


Passo Fundo, agosto de 2009 - Ano XII

Jornal do Centro de Referência de Literatura e Multimeios - 15

CAÇA-PALAVRAS 1. Pedro Malasartes 2. Flor de maravilha 3. João e o pé de feijão 4. Pindorama 5. A pulga e a daninha 6. Agbalá 7. Planeta Caiqueria 8. Menina danadinha 9. As Marias 10. A festa do Saci

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