MundoTRI Magazine - Fevereiro 2011 - nº 60

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Belas e Feras

Você precisa de descanso?

mundotri.com

Treino de transição

magazine

Suplementação

Nº 6 - Fev. 2011

< Carla Moreno, a brasileira mais cotada para disputar os Jogos em Londres

LONDRES

2012 ENTENDA TODO O PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO, OS ATLETAS, AS POSSIBILIDADES E AS EXPECTATIVAS SOBRE O TRIATHLON BRASILEIRO NAS OLIMPÍADAS


Jogos Olímpicos

Foto: Delly Carr / triathlon.org

Pelotão nas Olimpíadas de Pequim 2008, que contava com os brasileiros Reinaldo Colucci e Juraci Moreira. No feminino, só tivemos como representante Mariana Ohata.



EDITOR

MundoTRI magazine

Continue em frente As Olimpíadas de Londres estão batendo à nossa porta. Neste ano, veremos uma disputa incrível, que vai selecionar 55 homens e 55 mulheres para o Triathlon. Teremos no máximo seis brasileiros, mas é bem provável que seja menos do que isso, muito pouco para um país que levou 6 atletas em duas Olimpíadas seguidas (2000 e 2004). Contemporânea das brilhantes participações brasileiras, Carla Moreno segue até hoje entre as melhores do mundo, um feito realizado por poucos atletas. Trata-se de uma atleta que sempre continua seguindo em frente. As tentativas frustradas em Ironmans não a desanimaram. Ela retornou ao circuito olímpico e hoje está entre as melhores do mundo novamente. Reinaldo Colucci é o nosso grande nome no masculino. Após a sábia decisão de abandonar a disputa de Ironmans até 2016, Reinaldo pode se concentrar na disputa olímpica. Único atleta do circuito mundial que conseguiu competir simultaneamente em alto nível em qualquer distância, Colucci não me surpreenderia com a vitória no Pan-Americano de Guadalajara este ano e com uma medalha olímpica em 2012 ou 2016.

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Acredito que possamos levar quatro atletas a Londres (dois homens e duas mulheres), mas existe o risco de que os preciosos pontos sejam pulverizados entre vários atletas e nenhum deles consiga a vaga. É o risco que corremos. O que me chama a atenção em todos na disputa é a vontade de estar na maior celebração do esporte, a vontade de melhorar e seguir adiante. Todos os atletas que lutam pela vaga já merecem os parabéns. E por falar em seguir em frente, essa edição é a primeira disponível em nossa App na Apple App Store para Ipad, Iphone e Ipod Touch. Trata-se da 4ª revista de Triathlon no Mundo, a primeira do esporte na América Latina e a primeira em Língua Portuguesa a ter uma App. Mais uma vez, seguimos em frente e elevamos o Triathlon brasileiro a outro patamar, sem desperdiçar papel, sem cortar árvores e em tempo real, a qualquer lugar do Mundo (TRI).

PUBLISHER Wagner Araújo wagner@mundotri.com.br

COLABORADORES Alexandre Giglioli Amanda Guadalupe Ana Lídia Borba Ciro Violin Felipe Campagnolla Felipe Gomes Lucas Helal Márcio Cunha Vinícius Santana Wagner Araújo Yana Glaser REVISÃO Alan Sales Rita Oliveira

FOTOS Ana Oliva Rivo Biehl Delly Carr/Triathlon.org Wagner Araújo

PUBLICIDADE midia@mundotri.com.br (11) 3711-8567 ATENDIMENTO AO LEITOR faleconosco@mundotri.com.br

Wagner Araújo Triatleta, fundador e publisher do MundoTRI

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22 Entrevista: Sérgio Santos ”Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro vão marcar o Brasil para

sempre. O que temos a obrigação de fazer, é estarmos o melho preparados possível para o desfio.”

destaques do mês

jan 2011

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NUTRIÇÃO Cuidado com os suplementos alimentares

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OLIMPÍADAS 2012

56

DIA DE DESCANSO

Tudo que você queria saber sobre o Triathlon em Londres

Aprenda quando deve inserir um em sua rotina

74 BELAS E FERAS

Mariana Zanão

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OPINIÃO

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1ª IMPRESSÃO

Devemos treinar transições?

Câmbio Eletrônico Shimano Dura Ace Di2

7 REVIEW

Nova linha polarizada Oakley

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ÍNDICE

Edição Digital nº 6. Ano 2. Fevereiro de 2011 CAPA: Carla Moreno - Foto: Ana Oliva

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Review Lentes Polarizadas Oakley

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Buzz Notícias do mundo do Triathlon: Lance, Fernandes e Macca

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Nutrição Cuidado com os suplementos alimentares

Saúde A condromalácia patelar

Entrevista Sérgio Santos, o técnico do Projeto Rio Maior 2016 Olimpíadas 2012 Entenda todos os critérios de classificação no Triathlon para as próximas olimpíadas e saiba quem são os brasileiros na disputa Pâmella Oliveira A voz da nova geração

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Vagas Olímpicas Quem são os brasileiros na disputa?

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Mountain Bikes Guia 2011 para o Cross Triathlon

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Autorretrato Lucas Helal, o Luquinhas

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Dia de Descanso Aprenda quando deve inserir um em sua rotina

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Opinião É necessário treinar transição?

Belas e Feras Mariana Zanão

1ª Impressão Câmbio Eletrônico Shimano Dura Ace Di2

Erramos: Na última edição, na matéria sobre o Ironman 70.3 Pucón, nos referimos a Daniel Fontana como Daniel “Santana”

Cartas para a redação: faleconosco@ mundotri.com.br

Os artigos dos colunistas são de responsabilidade dos mesmos e não refletem necessariamente a opinião da MundoTRI. Proibida a reprodução de qualquer conteúdo sem autorização. Muitas das atividades citadas e mostradas na Revista envolvem riscos. Não tente realizá-las se não estiver capacitado e com o equipamento correto.


REVIEW Lentes Polarizadas Oakley Marca lança nova geração das revolucionárias lentes polarizadas, a OO Polarized®

A Oakley sempre esteve na vanguarda em relação a lentes e armações para alto desempenho esportivo. Empresa focada na inovação, a cada ano surpreende a todos com modelos revolucionários, desde o clássico M-Frame até o moderno Jawbone. Recentemente, a marca lançou sua nova linha de lentes polarizadas (a série OO Polarized®), que já eram consideradas as melhores do mercado em sua série original, seja nas características tecnológicas, seja na quantidade de cores e formatos.

As lentes da Oakley, polarizadas ou não, possuem diferenciais exclusivos, sendo que as suas tecnologias esportivas redefinem o mercado e o estilo de vida dos seus consumidores. Numerosas patentes foram concedidas para as invenções por trás da Hiper Definição Óptica® (HDO®) da empresa. Esta tecnologia praticamente elimina os problemas das lentes comuns, incluindo a distorção que desvia luz (fazendo com que objetos não estejam realmente no lugar onde eles parecem estar) e falhas ópticas que ampliam as imagens, como lentes de prescrição feitas para outra pessoa.

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REVIEW Os principais diferenciais da nova linha de lentes polarizadas da marca estão nas tecnologias exclusivas da marca. As lentes polarizadas são produzidas por um processo de infusão líquida que une as moléculas do filtro polarizador e da lente, eliminando a distorção encontrada nas tecnologias convencionais. Além disso, destacam-se: - Hiper Definição Óptica® (HDO®): todas as lentes polarizadas da Oakley utilizam HDO®, uma série de tecnologias que inclui inovações patenteadas que oferecem claridade óptica e desempenho inigualável; - Eixo de Polarização: a orientação do filtro polarizador é crucial para o desempenho. Sendo assim, as lentes polarizadas da marca mantêm a precisão severa das normas EN1836; - Molde por Infusão: o material de lentes se une ao filtro polarizador no nível molecular para eliminar a distorção; - Cores das Lentes: é possível escolher lentes para os mais diferenciados ambientes e

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condições de iluminação, a partir de um espectro enorme de cores opcionais; - Emissão Polarizada: esta medida de eficiência de polarização excede 99% nas lentes polarizadas da Oakley, um nível de desempenho inigualável na indústria; - Resistência a Impactos: os óculos de desempenho da empresa cumprem todas as normas de resistência a impactos da American National Standards Institute; - Hidrofóbico™: a Tecnologia Hidrofóbica da Oakley ajuda a manter a visão clara e nítida ao evitar o acúmulo de água e repelir óleos e impurezas. No final de 2010, a empresa lançou as lentes OO Polarized®, uma nova geração que realça o contraste das cores com o uso combinado de lente G40 Plutonite® e a tecnologia de polarização da marca. Estas lentes possuem uma coleção de tons de alto desempenho com um filtro diferenciado que potencializa o equilíbrio entre as ondas de luz, oferecendo cores ricas e


vibrantes, além de contraste visual aprimorado. Elas conferem ainda uma noção melhor de profundidade e distância, possibilitando ver todos os mínimos detalhes que se perdia.

o que é muito importante no ciclismo. Reflexos do asfalto, de vidros de carros e da pintura dos automóveis foram totalmente eliminados. Esse fator é fundamental para a segurança do atleta.

Basicamente, há três colorações para as lentes polarizadas, cada uma com função específica:

As características hidrofóbicas das lentes fazem com que o suor escorra rapidamente, o que aumenta a sensação de conforto na corrida e evitam as distorções das imagens.

- OO GREY POLARIZED: são ótimas para “cortar” o brilho e fortes raios solares nos mais diversos tipos de ambientes; - OO RED IRIDIUM: perfeitas para bloquear o brilho, principalmente no asfalto ou na água. Ideal para dias com brilho médio e de céu nublado; - OO BLACK IRIDIUM POLARIZED: projetadas para os dias mais ensolarados nos quais os raios solares refletem um brilho ofuscante em superfícies planas, como estradas, água e neve. Em nosso teste, utilizamos um Oakley Jawbone com a lente OO Red Iridium (como mostrado abaixo) para treinos de corrida e ciclismo. Nos dois esportes, as lentes de destacaram por uma nitidez excepcional e a ausência de reflexos,

Trata-se de uma lente impecável, assim como toda a nova linha OO Polarized. Não é à toa que os principais triatletas do mundo e do Brasil utilizam essas lentes, que ainda possuem um visual fantástico. Na lista, temos Reinaldo Colucci, Fabio Carvalho, Carla Moreno, Oscar Galindez, Eduardo Sturla, Pâmella Oliveira, Fernanda Keller, Craig Alexander, Jan Frodeno, Terenzo Bozzone, Chrissie Wellington, Emma Snowsill, Javier Gomez, Cameron Brown, Samantha McGlone, Mirinda Carfrae, Brad Kahlefeldt, Conrad Stolt, Chris Lieto e Julie Dibens. Isso sem falar o maior garoto propaganda da marca no ciclismo, Lance Armstrong.

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BUZZ

novidades do Mundo do Triathlon

Lance Armstrong surpreende e corre meia maratona em 1h22’ Poucos dias apĂłs uma entrevista Ă Associated Press, na qual nĂŁo fez qualquer menção a seu retorno ao Triathlon, o heptacampeĂŁo do tour de France, o superciclista Lance Armstrong correu a Livestrong Half Marathon, em sua terra natal (Austin, Texas). A prova foi patrocinada por sua fundação, a Livestrong e envolvia uma maratona e uma meia.

Segundo o twitter do atleta, ele terminou a TVSZE GSQ VIWTIMXĂˆZIMW L YQ TEGI ″ OQ mostrando que poderemos, realmente, vĂŞ-lo nas disputas de Triathlons, especialmente em longas distâncias. A vencedora da prova da maratona foi a triatleta americana Desiree Ficker, que fechou a QEVEXSRE GSQ L ″

Vanessa fernandes anuncia pausa

Após as Olimpíadas de Pequim, Vanessa sofreu uma sÊrie de lesþes, o que a deixou dois anos fora do circuito mundial. Em 2009, a atleta anunciou que pararia de treinar com o português SÊrgio Santos (atual coordenador do projeto Rio maior 2016 da Confederação Brasileira de Triathlon), tÊcnico com o qual conquistou todos os seus títulos. Desde então, a atleta só disputou uma competição internacional importante, terminando no 10º lugar em seu retorno na etapa de Madrid da SÊrie Mundial da International Triathlon Union (ITU). Vanessa afirma que não estå abandonando o Triathlon, mas precisa ter um tempo para voltar com força total. A portuguesa, contudo, não esclareceu quais são os problemas de saúde mencionados.

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Foto: Triathlon.org | Janos Schmidt

A ex-campeĂŁ mundial e fenĂ´meno do Triathlon olĂ­mpico mundial, a portuguesa Vanessa Fernandes, anunciou que irĂĄ se afastar temporariamente do esporte por problemas de saĂşde. No currĂ­culo da atleta estĂŁo, alĂŠm do tĂ­tulo mundial de 2007, a medalha de prata em Pequim 2008, 20 Copas do Mundo, cinco campeonatos europeus e dois mundiais de Duathlon (2006 e 2007).


BUZZ Macca abandona disputas de Ironman em busca de uma vaga em Londres 2012 Chris McCormack, bicampeão mundial de Ironman (inclusive em 2010), anunciou que não vai correr provas de Ironman neste ano. O atleta vai focar sua carreira na busca por uma vaga nas Olimpíadas de Londres 2012, conforme anunciou o jornal australiano Daily Telegraph. Segundo Macca, esta é sua última chance para conquistar esse sonho. O atleta, hoje com 38 anos, já foi campeão mundial da ITU em 1997 e agora vai ter que correr atrás de pontos para largar nas provas classificatórias para as Olimpíadas. Sua última prova na ITU foi em 2004, quando conseguiu o terceiro lugar na Tempe ITU Triathlon Pan American Cup.

Será que ele consegue nadar e correr com a garotada da ITU? Macca é um dos maiores vencedores da história do Triathlon e esse feito coroaria sua carreira, talvez como o maior triatleta de todos os tempos.

Foto: Wagner Araújo

O atleta ainda terá que fazer parte do time de dois ou três australianos que estarão em Londres. Para tanto, terá que superar nomes como Brad Kahlefeldt, Courtney Atkinson, Dan Wilson e James Seear, todos eles entres os 50 primeiros no ranking olímpico atualmente.

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NUTRICÃO Ç Cuidado com os suplementos alimentares: nem sempre eles são o que parecem. POR YANA GLASER


O mundo do esporte está cheio de produtos que prometem prolongar a resistência, melhorar a recuperação, reduzir a gordura corporal, aumentar a massa muscular, combater a fadiga, minimizar o risco de doenças ou promover uma melhora no desempenho esportivo. A indústria da nutrição esportiva é caracterizada pelo constante fluxo de empresas no mercado. Poucos fabricantes mantêmse estáveis por mais de cinco anos, o que reflete não apenas a natureza competitiva da categoria, mas também a dificuldade de formular e produzir alimentos saborosos, nutritivos e acessíveis, cujos benefícios sejam comprovados. O Food and Drug Administration (FDA) é o órgão responsável pela regulamentação e pelo controle tanto de alimentos e medicamentos quanto de suplementos nos Estados Unidos e de acordo com o Dietary Supplement Health Education Act (DSHEA) assinado pelo presidente Clinton em 1994: “SUPLEMENTO ALIMENTAR é um produto que tem o intuito de suplementar a dieta, e que contenha pelo menos um dos seguintes elementos: vitamina, mineral, erva ou outros componentes botânicos, aminoácidos, ou uma substância dietética utilizada para suplementar a dieta aumentando a ingestão alimentar total, ou concentrados, metabólitos, constituintes, extratos, ou uma combinação de quaisquer dos ingredientes anteriores. “ (1)

em dois grupos: - Ergogênicos: aqueles que podem promover um aumento do desempenho físico. - Repositores: aqueles que podem garantir a reposição dos nutrientes perdidos por alguma situação específica. Os atletas estão sempre em busca de suplementos nutricionais que os façam ter alguma vantagem sobre os outros competidores, e podem ser levados a consumir produtos de moda, cujos resultados são ilusórios, podendo causar efeitos prejudiciais tanto para a saúde quanto para o desempenho. Freqüentemente, determinadas substâncias são comercializadas sem base em qualquer pesquisa científica que determine seus benefícios ou possíveis efeitos colaterais nocivos. Infelizmente os esportistas confiam em qualquer informação recebida pelos “entusiastas” esportivos, treinadores, dos vendedores das lojas de suplementos, das propagandas e de outras fontes não-científicas de informação, e acabam consumindo e colaborando para a venda desses produtos sem comprovação científica. A escolha de qualquer alimento ou suplemento deve levar em conta as despesas, o risco de efeitos colaterais provocados pelos ingredientes, possibilidade de um resultado positivo no teste antidoping e a eficácia do produto.

Os suplementos alimentares são divididos

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ç nutricão Nos últimos anos, vários atletas “pegos” no antidoping alegaram o uso somente de suplementos legalizados. Vários estudos evidenciam que 10 a 15% dos suplementos podem conter contaminantes. (2)

elaborando planos alimentares de forma inadequada. Por isso, existe uma justificativa para a utilização de alimentos esportivos eficazes, sempre sendo supervisionada por um médico ou nutricionista.

A nutrição desempenha um papel essencial para a manutenção dos grandes volumes e das altas intensidades de treinamento exigidos dos atletas competitivos e também para ajudar a estimular uma recuperação rápida e completa.

É fundamental saber que a suplementação acima dos níveis necessários não melhora mais o desempenho. A ingestão exagerada de vitaminas e minerais pode causar intoxicação e atrapalhar na absorção de outros nutrientes. Enquanto algumas pesquisas confirmam os benefícios diretos de compostos como creatina, bicarbonato e cafeína, a maioria dos compostos e dos produtos destinados especificamente aos atletas não parece melhorar o desempenho.MT

Atletas consomem mais calorias que os indivíduos sedentários, o que acaba garantindo níveis adequados de vitaminas e minerais. Porém, eles geralmente enfrentam dificuldades para selecionar os alimentos e fazer uma dieta bem balanceada,

DICAS > Invista seu dinheiro em comida. Nada pode substituir alimentos bem selecionados. Os suplementos são mais caros do que os alimentos e fornecem menos nutrientes no final das contas. > Aprenda a ler os rótulos dos produtos antes de comprá-los, e saiba o que os ingredientes significam. > Os suplementos não devem ser recomendados antes de fazer uma avaliação da saúde, da dieta e das necessidades nutricionais e energéticas. > Os suplementos devem ser utilizados sob cautela, e somente após a verificação de sua legalidade e da literatura atual. > Consulte um nutricionista confiável e reconhecido.

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O primeiro produto voltado à nutrição esportiva, o Gatorade®, surgiu em 1960 para melhorar a performance do time de futebol americano da Flórida, o Gators, após evidências de que o carboidrato poderia retardar a fadiga. O Gatorade®, uma solução de glicose e sacarose em água, deu frutos a uma indústria multimilionária de bebidas esportivas. Atualmente, há mais de 20 bebidas esportivas diferentes no mercado mundial, e estes produtos são utilizados por atletas e também por nãoatletas, estando disponíveis para o público em geral. (3)

Yana Glaser é Nutricionista e triatleta há 10 anos.

FONTES CONSULTADAS PELA AUTORA

1 - Nutrição esportiva: uma visão prática/[organização Márcia Daskal HIrschbruch e Juliana Ribeiro de Carvalho].- 2.ed.rev. e ampl.-Barueri, SP:Manole, 2008. 2 - Orchard JW, Fricker PA, White SL, Burke LM, HEaley DJ. The use and misuse of performance- enhancing substances in Sport. MJA 2006; 184: 132-6. 3 - Applegate EA, Grivetti LE. Search for the competitive edge: a history of dietary fads and suplements. J Nutr 1997; 127 (suppl): 869s-73s. 4 - Nutrição Esportiva/ Ronald J. Maughan e Louise M. Burke; Porto Alegre. ArtMed, 2007.

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Por Márcio Cunha

A condromalácia patelar

A condromalácia patelar (antiga rótula) é uma lesão da cartilagem articular deste osso devido ao excesso das forças de cisalhamento (atrito). Encontramos muitos atletas de Triathlon, ciclismo e maratonistas com está famosa patologia, que é desencadeada após esforços repetitivos de flexão do joelho. A patela é um osso que serve de polia para a passagem do tendão do quadríceps facilitando o movimento de extensão do joelho. Com a condromalácia, observa-se também, uma sinovite (edema) reacional devido ao impacto da bursa supra-patelar. O sintoma mais comum é a dor atrás da patela, especialmente nas subidas ou durante longos percursos com pedaladas lentas. O atrito da cartilagem da patela se dá devido à ação dos músculos anterior da coxa (o quadríceps) que força a patela contra o fêmur para poder estender a perna no momento da marcha. Tal compressão é maior no início da extensão. A falta de fortalecimento do músculo vasto medial é um grande fator para desencadear este quadro.

Classificação da Condromalácia Grau I - Descoloração e bolhas, sem fragmentação ou fissura, sem dor;

Foto: Mike Baiard

Grau ll - Fissura e fibrilação (<1/3), sem dor; Grau ll - Fissura e fibrilação (>1/3) com pequena erosões da cartilagem da patela com processo inflamatório gerando dor; Grau lV - Erosão ou perda completa da cartilagem articular, com exposição do osso subcondral com evolução ao processo de

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osteoartrite gerando edema, inflamação e dor.

Possíveis causas Encurtamento do mecanismo extensor: O mecanismo extensor é composto pelos ísquios tibiais (semitendinoso, semimembranoso e bíceps femoral). Esses músculos, quando apresentam-se em tensão, devido ao seu uso excessivo levam a uma diminuição do seu comprimento, com isso, o mesmo tracionará o osso ilíaco posteriormente que causará um reflexo de estiramento da musculatura do quadríceps. Alterações do ângulo (Q): O aumento do ângulo Q do joelho, que é formado pelo tendão do quadríceps da coxa e

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o ligamento patelar. Com alteração deste ângulo favoreço o contato da cartilagem com fêmur. Os valores considerados como normais, do ângulo Q são de aproximadamente 12° para os homens e de 15° para as mulheres. Enfraquecimento do vasto medial oblíquo: O vasto medial oblíquo é considerado como o estabilizador mediano primário da patela. Uma falta de equilíbrio entre o vasto medial oblíquo e o vasto lateral pode contribuir para a subluxação da patela. A maioria dos autores atribui para este desequilíbrio a principal causa que leva a condromalácia.

Tratamento para atletas O que muitos profissionais da saúde deixam de mencionar as seus clientes atletas é que a partir do momento que se faz um esporte com


altas cargas impostas nas articulações, devese prescrever de imediato a suplementação a base de condroitina e glucosamina que é base da construção da cartilagem, ela não irá regenerar a cartilagem mas atenuará o seu desgaste dando um maior suporte as articulações. O tratamento deve-se iniciar com o fisioterapeuta que irá fazer toda a analise do quadro tanto morfológico quanto biomecânico do atleta. Direcionando o mesmo a todo processo de reabilitação, trabalhando em conjunto com educador físico na prescrição de exercícios onde o fisioterapeuta com base patológica irá descrever os exercícios mais eficientes para o quadro como segue abaixo. Considerando que a dor patelo-femoral é reproduzida tipicamente com atividades que são associadas com maior força de contato patelo-femoral, um programa de exercício deverá ser projetado para aumentar o fortalecimento do quadríceps. Isto é particularmente importante durante a fase aguda da dor quando os seus sintomas são exacerbados.

Outra ação importante é o fortalecimento do músculo quadríceps, principalmente do vasto medial oblíquo As atividades de fortalecimento em cadeia aberta para o quadríceps são mais seguras de 50° a 90° e de O a 10° ao passo que atividades em cadeia cinética fechada são mais seguras se forem feitas de 0° a 50° porque acima desse valor o contato fêmuro-patelar é muito excessivo. Em seguida iniciam-se exercícios de hipertrofia do quadríceps através de exercícios isotônicos assistidos. Somente quando o tratamento conservador não obteve resultado, o tratamento cirúrgico é considerado.MT

Marcio Cunha é Fisioterapeuta e responsável pela procedimento Kinesio tape nos atletas do EC - Pinheiros - Triathlon. Membro da associação Brasileira dos Fisioterapeutas Quiropraxistas.


ENTREVISTA: SÉRGIO

Foto: Rosana Merino

O TREINADOR PORTUGUÊS DO PROJETO RIO


SANTOS 2016 FALA SOBRE SUAS EXPECTATIVAS Fotos: arquivo pessoal

Foto: Wagner Araújo

Técnico de Vanessa Fernandes (uma das maiores triatletas da história) por vários anos, o português Sérgio Santos assumiu recentemente o Projeto Rio 2016. A maior e mais ambiciosa ação da Confederação Brasileira de Triathlon (CBTri) tem no seu comandante técnico a responsabilidade de reconduzir o Brasil às cabeças do Triathlon Olímpico Mundial. Muito consciente dos desafios de seu trabalho, Sérgio conversou com a redação do MundoTRI sobre o Triathlon Olímpico nacional. MundoTRI: Sérgio, o que o levou a aceitar o convite da CBTri para comandar o Projeto Rio 2016? Sérgio Santos: Conheço a realidade da CBTri há alguns anos, e esta parte desde que começei a colaborar na formação de treinadores. Senti que existiu nos últimos anos um esforço muito grande para estruturar de forma diferente a CBTri e lançar projetos alicerçados sobre um plano estratégico sólido. Acredito na capacidade das pessoas que lideram a CBTri para levar a cabo um projeto deste âmbito e acredito na capacidade dos Triatletas brasileiros. Gosto de novos desafios, portanto este Projeto tinha todos os ingredientes para que eu aceitasse o convite. MundoTRI: O Brasil não teve o desempenho esperado nas últimas Olimpíadas e o mesmo aconteceu nos últimos mundiais de Triathlon. Na verdade, temos levado cada vez menos atletas nesses eventos. Qual sua opinião sobre o caminho para revertermos esse quadro?

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“No treino de alto rendimento não existem fórmulas matemáticas que se apliquem e que resultem sempre da mesma maneira. Cada caso é um caso. Muitos destes jovens têm muitas qualidades. Temos de saber geri-las e desenvolvêlas” - Sérgio Santos

Sérgio Santos: Esse caminho já começou. Apenas com trabalho igual ou melhor, em condições iguais ou melhores, podemos pensar em resultados elevados. MundoTRI: Falando em Olimpíadas, como você vê o cenário para os atletas brasileiros em Londres 2012? Acredita que possamos levar mais de um atleta e uma atleta?

MundoTRI: E quais nomes brasileiros você vê com destaque para Londres

Entrevista Sérgio Santos

Sérgio Santos: Iniciei o trabalho há pouco tempo, e preciso ver como os atle-

tas respondem ao treino em situação competitiva, mas pelo que vi até agora, existe qualidade para o número ser superior a 1+1. Para além disso, a CBTri tem criado condições de participação cada vez melhores a seus atletas, com calendários esportivos de qualidade pelo mundo afora, o que irá possibilitar a conquista de mais pontos para a qualificação olímpica.

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“Penso que neste momento falta deixar passar o tempo necessário, paciência para esperar pelo momento certo para que os resultados surjam, e muito empenho e dedicação de todos os envolvidos. Também é fundamental que todos acreditem nas suas capacidades.” - Sérgio Santos

2012? Sérgio Santos: Não gosto de falar de nomes. Todos os atletas, tanto do Projeto como fora do mesmo têm muita qualidade. Os melhores e mais bem treinados vão, com certeza, se destacar. MundoTRI: Como foi o processo de seleção da equipe do Projeto Rio Maior 2016, você teve total autonomia para escolher os atletas? Sérgio Santos: Tive total autonomia. Inclusive, o grupo inicial estava previsto para 6 atletas, mas pela qualidade e nivelamento dos candidatos, sugeri 8. Até este meu pedido, que inevitavelmente envolve uma viabilidade fianceira mais elevada, foi atendido pela CBTri. Todo o processo de observação e seleção aconteceu como planejei.

Entrevista: Sérgio Santos

MundoTRI: Algum dos atletas selecionados o surpreendeu durante o processo seletivo? Sérgio Santos: Todos, sem exceção! Também nos candidatos que ficaram de fora identifiquei muitas qualidades, não só atléticas, como humanas. Comparado com alguns atletas que já apresentaram resultados elevados no plano internacional, nada temos a invejar.

petições de acordo com sua metodologia de treinamento ou os atletas estão abertos a escolherem as provas que desejarem? Sérgio Santos: A base do plano foi efetuada por mim, seja competitivo, seja do treino, enquadrado no plano estratégico e anual idealizado pela Direção Técnica da CBTri. No entanto, sabendo da ligação importante que os atletas devem manter com os seus Clubes no Brasil e de eventuais responsabilidades com patrocinadores, temos abertura para efetuar adaptações, desde que não ponham em causa os objectivos do Projeto. Já discutimos os planos anuais de cada atleta, e mais uma vez a humildade deles foi muito grande. Não tivemos sequer de alterar nada em relação ao planejado e todos estão focados em estar nas melhores condições possíveis nas competições pensadas. MundoTRI: Sérgio, o que falta para o Brasil brigar por títulos mundiais e medalhas olímpicas no Triathlon? Sérgio Santos: Penso que neste momento falta deixar passar o tempo necessário, paciência para esperar pelo momento certo para que os resultados surjam, e muito empenho e dedicação de todos os envolvidos. Também é fundamental que todos acreditem nas suas capacidades.

MundoTRI: Como funciona o planejamento de competições da equipe de Rio Maior, você determina as comMundoTRI.com [fevereiro 2011]

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anos, quando ela conquistou praticamente todos os títulos possíveis. Acha que pode replicar esse sucesso com os atletas brasileiros?

Sérgio Santos: Não tive nenhum eco da comunidade internacional, mas é um assunto que nunca fica bem. O que falta mesmo é o que referia acima. Que as pessoas acreditem. Acreditem que com talento, trabalho, dedicação e boas condições de apoio, os resultados irão surgir. Ouvimos inevitavelmente conversas sobre os melhores atletas do mundo, e muita gente se questiona sobre os resultados que alcaçam. Pela minha experiência e pelo conhecimento que tenho da maioria dos atletas do circuito mundial, tenho a certeza que para um atleta ser o melhor do mundo, necessita apenas dos ingredientes que refiro acima e de nada mais.

Sérgio Santos: No treino de alto rendimento não existem fórmulas matemáticas que se apliquem e que resultem sempre da mesma maneira. Cada caso é um caso. Muitos destes jovens têm muitas qualidades. Temos de saber geri-las e desenvolvê-las.

MundoTRI: Você treinou a ex-campeã mundial Vanessa Fernandes durante

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MundoTRI: Por fim, o que podemos esperar do trabalho em Rio Maior ao longo dos próximos 5 anos? Sérgio Santos: Muito trabalho, muita dedicação, muito empenho e uma grande vontade de vencermos, em conjunto. Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro vão marcar o Brasil para sempre. O que temos a obrigação de fazer, é estarmos o melhor preparados possível para o desfio. MT

Entrevista Sérgio Santos

MundoTRI: Tivemos casos de doping recentes no triathlon brasileiro, como isso tem repercutido na comunidade internacional?


Em breve, seu iPad e seu iPhone serรฃo inundados pelo Triathlon. App MundoTRI Magazine na Appstore. Em marรงo/2011.


Entenda todos os critérios de classificação no Triathlon para as próximas olimpíadas e saiba quem são os brasileiros na disputa 26

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Foto: Delly Carr / Triathlon.org

LONDRES 2012

Largada da WCS London 2010 no Hyde Park, mesmo local da prova olĂ­mpica em 2012.

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O Brasil já chegou a levar 6 atletas (3 homens e 3 mulheres) para as Olimpíadas de Sydney 2000. Na ocasião, Sandra Soldan, Mariana Ohata, Carla Moreno, Leandro Macedo, Juraci Moreira e Armando Barcellos representaram o Triathlon brasileiro. Em 2004, nos Jogos de Atenas, mantivemos seis atletas na disputa, mas em Pequim 2008 esse número caiu pela metade.

OLIMPÍADAS 2012

Há pouco mais de um ano dos Jogos Olímpicos de Londres, temos um grande desafio: classificar mais do que um atleta de cada gênero para a disputa.

Os Critérios de classificação Ao todo, são 55 slots (vagas) para cada gênero na prova de Triathlon dos Jogos Olímpicos de Londres 2012. Cada país pode ter um máximo de 3 atletas de cada sexo, mas, para garantir a representatividade e a pluralidade, apenas oito países podem levar 3 atletas, o que faz enorme diferença para os brasileiros. Isso porque os atletas nacionais não precisam estar, necessariamente, entre os 55 primeiros do ranking olímpico. Se um país, por exemplo, possui 4 atletas entre os 55 primeiros, a vaga vai para 56º da lista.

2. Evento qualificatório da ITU em 2011

3. Lista de Qualificação Olímpica da ITU

Para os brasileiros, O Campeonato Continental serão os Jogos Panamericanos de Guadalajara 2011. O sistema de classificação da ITU consiste na combinação de slots de diversas critérios, tanto para os homens quanto para as mulheres. Ao todo, os 55 slots são divididos da seguinte forma:

5 vagas destinadas aos Campeões Continentais, nos eventos que ocorrem entre 1º de Maio de 2011 e 30 de Abril de 2012.

3 vagas destinadas aos três primeiros colocados no Evento Qualificatório da ITU em 2011, que ainda não foi definido.

39 vagas destinadas à Lista de Qualificação Olímpica, respeitando a cota de três atletas para, no máximo, 8 países.

5 vagas destinadas aos melhores países no Ranking de pontos da ITU, e que não estejan nas 47 vagas acima.

Para os demais países, serão permitidos, no máximo, 2 atletas. Para se determinar quais serão os primeiros oito países, com direito a 3 slots, a ITU (International Triathlon Union) detrminou a seguinte ordem para os eventos:

1. Campeonatos Continentais da ITU

28

MundoTRI.com [fevereiro 2011]

1 vaga para o país sede.

2 vagas que serão distribuídas por uma Comissão Tripartite, sendo que os países interessados devem enviar seus pedidos até 16 de janeiro de 2012.


Critérios de eligibilidade para os atletas Os atletas serão elegíveis a uma vaga nos Jogos Olímpicos quando preencher um dos critérios abaixo até o dia 31 de maio de 2012:

> Ganhar um slot por seu país nos Campeonatos Continentais da ITU (no caso dos brasi-

leiros, o Panamericano de Guadalajara-México 2011). Neste caso, somente o vencedor.

> Ganhar um slot por seu país no Evento Qualificatório da ITU em 2011 (ainda não definido). Neste caso também só o vencedor.

> Estar entre os 140 primeiros da Lista de Qualificação Olímpica da ITU. > Estar entre os 140 primeiros do Ranking da Série do Campeonato Mundial da ITU. > Estar entre os 140 primeiros do Ranking de Pontos da ITU.

Eventos Nível III

A principal tarefa para os atletas brasileiros é a obtenção de pontos para o ranking olímpico, principalmente no ano de 2011.

> Copas do Mundo de Triathlon da ITU.

Desde o dia 01 de Junho de 2010 até o dia 31 de maio de 2012, os atletas podem competir em busca dos preciosos pontos. Há apenas quatro tipos de eventos considerados no ranking olímpico:

Eventos Nível I > A Grande Final da Série do Campeonato Mundial da ITU em 2010 e 2011; > O Evento Qualificatório da ITU em 2011.

Eventos Nível II > Eventos da Série do Campeonato Mundial da ITU.

Eventos Nível IV > Campeonatos Continentais da ITU em 2010 e 2011, restritos aos atletas de cada continente.

OLIMPÍADAS 2012

Como obter pontos?

Para conseguir os pontos nos eventos, o atleta precisa ficar dentro da faixa de corte, que será determinada adicionando 5% ao tempo do vencedor para os eventos masculinos, e 8% para os eventos femininos. Os vencedores (homem e mulher) de cada evento recebem pontos da seguinte forma: 1000 pontos para os eventos Nível I; 800 pontos para os eventos Nível II; 500 pontos para os eventos Nível III; 400 pontos para os eventos Nível IV.

MundoTRI.com [fevereiro 2011]

29


OLIMPÍADAS 2012 30

Nível I

Nível II

Nível III

Nível IV

1

1000,00

800,00

500,00

400,00

2

925,00

740,00

462,50

370,00

3

855,63

684,50

427,81

342,25

4

791,45

633,16

395,73

316,58

5

732,09

585,68

366,05

292,84

6

677,19

541,75

338,59

270,87

7

626,40

501,12

313,20

250,56

8

579,42

463,53

289,71

231,77

9

535,96

428,77

267,98

214,38

10

495,76

396,61

247,88

198,31

11

458,58

366,87

229,29

183,43

12

424,19

339,35

212,09

169,68

13

392,37

313,90

196,19

156,95

14

362,95

290,36

181,47

145,18

15

335,73

268,58

167,86

134,29

16

310,55

248,44

155,27

124,22

17

287,26

229,80

143,63

114,90

18

265,71

212,57

132,86

106,28

19

245,78

196,63

122,89

98,31

20

227,35

181,88

113,67

90,94

21

210,30

168,24

105,15

84,12

22

194,53

155,62

97,26

77,81

23

179,94

143,95

89,97

71,97

24

166,44

133,15

83,22

66,58

25

153,96

123,17

76,98

61,58

26

142,41

113,93

71,21

56,96

27

131,73

105,38

65,87

52,69

28

121,85

97,48

60,93

48,74

29

112,71

90,17

56,36

45,08

30

104,26

83,41

52,13

41,70

31

96,44

77,15

48,22

38,58

32

89,21

71,36

44,60

35,68

33

82,52

66,01

41,26

33,01

34

76,33

61,06

38,16

30,53

35

70,60

56,48

35,30

28,24

36

65,31

52,25

32,65

26,12

37

60,41

48,33

30,20

24,16

38

55,88

44,70

27,94

22,35

39

51,69

41,35

25,84

20,68

40

47,81

38,25

23,91

19,12

41

44,23

35,38

22,11

17,69

42

40,91

32,73

20,45

16,36

43

37,84

30,27

18,92

15,14

44

35,00

28,00

17,50

14,00

45

32,38

25,90

16,19

12,95

46

29,95

23,96

14,97

11,98

47

27,70

22,16

13,85

11,08

48

25,62

20,50

12,81

10,25

49

23,70

18,96

11,85

9,48

50

21,93

17,54

10,96

8,77

MundoTRI.com [fevereiro 2011]

<

A distribuição de pontos em um evento decresce 7,5% a cada colocação em relação aos pontos do primeiro colocado.


Em quais eventos focar? Os brasileiros enfrentam um dilema para angariar pontos para o ranking olímpico. por um lado, os eventos de Nível I e II somam mais pontos, mas é extremamente difícil terminá-los em uma boa colocação. Por outro lado, os eventos de Nível III e IV dão menos pontos, mas é onde, normal-

mente, se consegue uma colocação melhor. E qual dos dois compensa mais? Vamos considerar o brasileiro mais bem colocado na última simulação olímpica, Reinaldo Colucci. Reinaldo estaria com a 17ª vaga, sendo a 14ª no Ranking Olímpico da ITU.

Evento disputado por Reinaldo Colucci

Nível

Pontos obtidos

WCS London 2010 WCS Kitzbuhel 2010 Copa do Mundo Holten 2010 Copa do Mundo Tiszaujvaros 2010 Copa do Mundo Huatulco 2010

Nível II Nível II Nível III Nível III Nível III

90 213 248 500 396

E o que pensa a Confederação Brasileira de Triathlon (CBTri)? No último dia 10 de fevereiro, a entidade publicou o “Regulamento das Equipes de Alto Rendimento da Confede-ração Brasileira de Triathlon. No documento, fica restringinda a participação de apenas dois membros da seleção permanente nos eventos de Nível II, mas será fornecido apoio para 5 desses eventos. Em compensação, teremos delegação brasileira em apenas 4 Copas do Mundo, muitas delas com apenas 1 vaga para a Seleção Permanente.

Não obstante o foco equivocado, a CBTri anunciou que a seletiva para todas as disputas ao longo do ano será a ITU Pan-american Cup Salinas, no dia 27 de fevereiro, uma competição sem grande importância e em um período no qual os atletas ainda se preparam para as competições realmente importantes. Vale ressaltar que nenhum atleta entre os 50 primeiros do ranking olímpico vai competir nesse período. Mais uma vez o Brasil está na contramão do cenário mundial.

OLIMPÍADAS 2012

Como pode-se observar, o atleta conquistou a maioria de seus pontos em Copas do Mundo e não na Série do Campeonato Mundial. Conforme o próprio atleta explicou, “É melhor brigar por boas colocações em Copas do Mundo do que somar 30 ou 50 pontos em uma WCS. Acredito que o caminho para a segunda vaga brasileira está aí.”

Ainda no mesmo Regulamento, o calendário oficial da CBtri contempla os Jogos Mundiais Militares, que não possui nenhuma relação com os Jogos Olímpicos 2012, que deveria ser a total prioridade de seus Dirigentes, parte deles, por coincidência, militares. Assim como já aconteceu em outras olimíadas, alguns atletas, mesmo com ótimas condições de classificação, acabam dependendo de seus próprios recursos. MT

MundoTRI.com [fevereiro 2011]

31


Sabe quantas ĂĄrvores foram derrubadas para que vocĂŞ pudesse ler a MundoTRI Magazine? Nenhuma. Pense verde.

MundoTRI.com


Foto: Rosana Merino

OLIMPÍADAS 2012

P a m e l l a

Uma das promessas da nova geração fala sobre suas expectativas para os próximos anos e a seletiva olímpica.

Oliveira MundoTRI.com [fevereiro 2011]

33


MundoTRI: Pâmella, como foi seu início no Triathlon? Você parece ter um histórico forte de natação.

OLIMPÍADAS 2012

Pâmella Oliveira: Ainda quando nadava, conheci os meninos do CNTT de Vila Velha. Eles faziam a parte da natação no meu clube, e como na época eu já era fundista, qualquer horário que eles fossem nadar, eu estava lá. Acabava conversando muito com o Glédson (técnico do CNTT) e fiquei encantada com as histórias que ele contava dos treinos em diferentes locais, várias modalidades, as surpresas que surgiam em cada prova, enfim, me encantei com o Triathlon. Parecia-me muito mais um desafio do que um esporte propriamente dito. E a certa altura, já desgastada da rotina da natação, decidi que faria Triathlon, mas não contei a ninguém. Só quando viram que eu estava realmente interessada, que a CBTri entrou em ação. Isso foi no final de 2006. Eu ainda continuei nadando o resto do ano e, mesmo treinando bem menos que uma atleta de fundo treinaria, nadei minhas provas longas no brasileiro de verão (meu último) que aconteceu lá mesmo no ES, no meu clube. Depois de obter ótimos tempos e ganhar as provas, meu técnico (Alexandre Antunes, que esteve comigo durante 7 anos) ainda tentou me convencer a ficar na natação. Mas não teve jeito, já estava decidida. Queria sair da natação bem, e nadei aquele brasileiro com esse espírito, acho até que foi por isso que deu tão certo, eu simplesmente queria nadar bem, não importava se tinha treinado o suficiente ou não. Então passei o primeiro semestre de 2007

34

MundoTRI.com [fevereiro 2011]

em uma espécie de transição. Eu nem era nadadora e nem triatleta. Com o apoio da CBTri, comecei a fazer uns treininhos de pedal e corrida para realizar os testes do CNTT feminino que seria inaugurado, fazia provas de aquathlon e short triathlon. Em agosto de 2007, comecei de fato no Triathlon quando foi inaugurado o CNTT feminino em Vila Velha, minha cidade natal. Uma colega de natação, certa vez, disse que eu nadava uma prova, ganhava e que depois aquilo perdia a graça e eu ia e treinava para outra prova até ganhar e então mudava de novo (risos). Dizia que eu era a única que já tinha nadado e ganhado de tudo. Na época achei graça porque ela era muito brincalhona, mas talvez ela tivesse toda razão, quem sabe não vi no Triathlon uma fonte que nunca seca? Afinal, em uma prova de Triathlon acontece tanta coisa em seu decorrer que sempre temos onde fazer melhor da próxima vez. Acho que isso vai me alimentar por um bom tempo (RS). MundoTRI: Por falar em natação, você é uma das melhores nadadoras do circuito mundial. Como tem usado essa característica nas provas da ITU? Pâmella Oliveira: Com certeza não poupo esforços na natação. Dou meu máximo porque sei que, se posso mudar alguma coisa durante a minha prova, ainda é nadando. Sei que o primeiro passo para se chegar na frente em um Triathlon é começando na frente, sendo competitiva na prova. Tem muita atleta que é boa corredora mas se quer chega a competir de fato a prova porque já sai muito atrás na natação, pega um pelotão fraco no pedal depois, e aí já não faz mais diferença se corre bem ou


não. Já tenho o primeiro passo, sou competitiva, agora falta a finalização. MundoTRI: Você já consegue nadar e pedalar com as melhores atletas do mundo, mas diria que seu ponto fraco é a corrida? O que falta para brigar por vitórias em provas da ITU?

Desde que entrei no Triathlon, faz um ano e meio (desde quando fui treinar com o Cali) que não tenho nenhuma lesão e con-

Agora o que preciso é ganhar tempo de corrida, ganhar volume. Posso não ter a facilidade na corrida que tenho para nadar, mas com certeza posso chegar em um nível de corrida que, juntamente com minha natação e o meu pedal, me coloque entre as melhores triatletas. MundoTRI: Você deixou a estrutura do técnico Cali aqui no Brasil, considerada por muitos a melhor do país, para embarcar para Portugal no Projeto Rio Maior. Foi uma escolha difícil? O que a levou a tomar essa decisão? Pâmella Oliveira: Vim pra Portugal, do mesmo jeito que sai de Vila Velha para São Carlos, com os mesmo objetivos e sonhos. Pensei muito, foi bem difícil a decisão, mas

MundoTRI.com [fevereiro 2011]

OLIMPÍADAS 2012

Pâmella Oliveira: O que falta? Tempo (risos). Eu nado desde os 5 anos de idade, passei da escolinha de natação até a categoria sênior, nesse tempo nadei todas as provas que se possa imaginar, com bons resultados no âmbito brasileiro em todas elas. Ganhei muita experiência, técnica e conhecimento do que posso fazer nadando. Não é milagre eu nadar bem, posso até ter facilidade, mas junto, foram muitos anos de trabalho árduo. Não tem segredo.

sigo fazer treinos de corrida sem pausas de meses para tratamento fisioterápico. Podese ver que, nesse período, já tive um bom ganho.

35


OLIMPÍADAS 2012

depois que a tomei, vim com a certeza de que estava fazendo o melhor. Realmente São Carlos proporciona algo parecido do que temos aqui em Rio Maior. Não se tem um centro de treinamento propriamente dito, mas o fato da cidade ser pequena e todos os locais de treino de fácil acesso, é possível fazer toda a carga de treino e ainda descansar bem sem problemas. O que pesou muito na minha decisão foi poder treinar e estar nas mesmas condições das minhas adversárias. São detalhes preciosos. Também precisava consultar patrocinadores e apoiadores. O SICOOB, que está comigo desde a fase da natação, como sempre, me apoiou em mais essa escolha. E também continuo com o apoio da ASICS que me proporciona ótimos materiais de treinos e competição. Com apoio, foi mais fácil finalizar minha decisão. MundoTRI: E como ficou sua relação profissional com o técnico Cali? Você continua fazendo algum treino dele ou segue 100% dos treinos do técnico Sérgio santos? Pâmella Oliveira: Com a minha decisão de vir pra Portugal, tive que sair da equipe SESI – SP, por problemas burocráticos. Como o Cali é técnico do SESI, automaticamente não tenho mais nenhum vínculo com ele. Mas tudo foi esclarecido entre a gente. As vidas seguem um fluxo e não são necessariamente iguais. Acredito que passei por lá por um bom motivo e que não foi em vão, tudo vem para nos engrandecer. Agora sou atleta do Sérgio e só sigo orientações dele, mesmo quando estiver no Brasil. MundoTRI: Por falar em Projeto Rio Maior, como tem sido seu dia-a-dia com os outros atletas brasileiros? Pâmella Oliveira: Aqui em Portugal a ro-

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MundoTRI.com [fevereiro 2011]

tina é treinar, comer e dormir (risos). Nem nos dias de folga tem muita coisa diferente para fazer. A cidade é pequena e não há opções de entretenimento, o que por um lado também é bom, pois nos deixa 100% focados. No feminino só sou eu e a Estéfanie. É bom ter mais uma mulher no grupo, apesar da convivência com os meninos ser bem tranquila. A meu ver, a sintonia do grupo é muito boa e com o passar do tempo todos seremos grandes parceiros, uma verdadeira equipe. MundoTRI: Apesar de você estar no Projeto Rio Maior 2016, acreditamos que também seja um objetivo a classificação para Londres. Como você vê suas chances de estar nos Jogos de 2012? Pâmella Oliveira: Terminei 2010 bem perto de uma vaga na simulação e este ano vou trabalhar para entrar. Com certeza está dentro dos meus objetivos estar nos Jogos em 2012, sentir o que é uma Olimpíada e ganhar experiência pra 2016. MundoTRI: E das demais brasileiras? Será que conseguiremos levar três atletas, como já fizemos no passado? Pâmella Oliveira: É uma meta difícil, mas não impossível. Acredito que todas nós estamos trabalhando com o objetivo de aumentar as vagas brasileiras. MundoTRI: A CBTri anunciou recentemente que só vai apoiar 2 atletas da seleção permanente em cada competição que vale pontos para as Olimpíadas. Acha que isso pode atrapalhar vocês atletas e inviabilizar nosso sonho de levar 6 brasileiros?


Foto: Rosana Merino

MundoTRI: Como tem sido o trabalho do técnico Sérgio Santos, você se adaptou

bem à sua filosofia? Alguma coisa que queira destacar? Pâmella Oliveira: Mesmo com o curto tempo estou muito confiante em seu trabalho. Ele é bem organizado com horários, programas diários de treinos, planejamentos. Isso torna nosso trabalho realmente profissional. Está sempre presente nos treinamentos, muda-os de acordo com as necessidades e dá atenção extra a quem precisa. Gosto muito da seriedade com que trabalha, mas isso não o impede de descontrair quando a situação permite.

OLIMPÍADAS 2012

Pâmella Oliveira: Acredito que não. O Sérgio fez um planejamento para cada atleta, sendo uma das obrigações da CBTRI custear as viagens do planejamento proposto pelo técnico. O atleta tendo pontuação irá largar a prova. Quanto ao apoio em viagens para os atletas da seleção permanente, é à parte. O apoio em viagens dos atletas do projeto Rio Maior 2016 e o apoio aos atletas da seleção permanente são duas coisas distintas. A CBTri está apostando alto nesse projeto e daí o fato de estar priorizando os atletas que aqui estão com o custeio de todo o planejamento proposto pelo Sérgio. Agora cabe a nós que estamos aqui recebendo todo esse apoio mostrar porque valemos. As chances estão sendo dadas.

MundoTRI: Por fim, como você se vê até 2016? Pâmella Oliveira: Em boas mãos! Estou animada e confiante com o projeto. Acredito que dentro deste tempo poderei colher os frutos desse trabalho.MT MundoTRI.com [fevereiro 2011]

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QUEM SÃO OS BRASILEIROS QUE BRIGAM PELA VAGA?

Foto: Wagner Araújo

OLIMPÍADAS 2012

<

38

MundoTRI.com [fevereiro 2011]

Carla Moreno é praticamente uma certeza nos Jogos de Londres, que será sua terceira participação em Jogos Olímpicos. Em Sydney 2000 e Atenas 2004, a atleta não completou a disputa, e 2012 pode ser o ano da redenção de uma das maiores triatletas brasileiras de todos os tempos. Carla ocupa atualmente a 26ª colocação do ranking olímpico e a vaga das Américas na simulação.


Foto: Delly Carr / Triathlon.org

OLIMPÍADAS 2012

< Reinaldo Colucci é o brasileiro mais bem colocado, ocupando a 14ª colocação no ranking olímpico e a 17ª vaga na simulação. Com a vaga praticamente garantida, Reinaldo abriu mão das competições de Ironman até os Jogos Olímpicos do Rio 2016, uma decisão importante rumo a tão sonhada medalha olímpica.

MundoTRI.com [fevereiro 2011]

39


MundoTRI.com [fevereiro 2011]

Foto: Rivo Biehl

OLIMPÍADAS 2012

<

40

Junto com Carla Moreno e Reinaldo Colucci, Diogo Sclebin forma o trio que está dentro das Olimpíadas na simulação atual. Diogo ocupa atualmente a 44ª posição no ranking olímpico e 37ª vaga na simulação.


<

Pâmella Oliveira ocupa atualmente a 74ª posição no Ranking Olímpico. Apesar de não entrar na atual simulação, tem grandes chances de fazer parte da delegação brasileira em 2012.

Foto: Delly Carr / Triathlon.org

OLIMPÍADAS 2012 MundoTRI.com [fevereiro 2011]

41


Foto: Delly Carr / Triathlon.org

Fabio Carvalho, talvez o maior triatleta brasileiro do Triathlon Olímpico sem vácuo, agora corre atrás de uma vaga olímpica. Ele é o 75º do ranking para Londres e pode ser o terceiro ou o segundo atleta brasileiro.

Foto: Wagner Araújo

<

OLIMPÍADAS 2012

<

Bruno Matheus é uma das maiores apostas da CBTri, membro do Projeto Rio Maior 2016, mas tem boas chances de brigar já por uma vaga em 2012. ocupa a 64ª posição no Ranking Olímpico atualmente.

42

MundoTRI.com [fevereiro 2011]


Foto: Wagner Araújo

<

Flávia Fernandes é a terceira brasileira no ranking, na 88ª colocação no Ranking Olímpico da ITU.

OLIMPÍADAS 2012

Outros nomes O Brasil ainda tem vários outros atletas em condições de disputar uma vaga para os Jogos Olímpicos de Londres 2012, especialmente no masculino. Danilo Pimentel ocupa a 99ª colocação no Ranking Olímpico, seguido de Adriano Sacchetto em 100º, Matheus Diniz em 127º e Mauro Cavanha em 172º. Ainda sem pontos no Ranking Olímpico, mas com chances na disputa estão a jovem revelação Igor Amorelli, além de Wesley Matos, Rafael Fonseca e Juraci Moreira, que já esteve em três Olimpíadas. Juraci sabe o caminho para chegar lá e fará de tudo para conseguir esse recorde.

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43


Simulação Olímpica em 02/02/2011

OLIMPÍADAS 2012

Masculino

44

Fonte das vagas

Atleta

País

Vaga

Pos. no País

Países com 3 vagas

Campeão Africano

Wolfaardt, Erhard

RSA

1

1

0

Campeão das Américas

Chrabot, Matt

EUA

2

1

0

Campeão Asiático

Hosoda, Yuichi

JPN

3

1

0

Campeão Europeu

Brownlee, Alistair

GBR

4

1

0

Campeão da Oceania

Gemmell, Kris

NZL

5

1

0

Campeonato Mundial #1

Brownlee, Alistair

GBR

Campeonato Mundial #2

Gomez, Javier

ESP

6

1

0

Campeonato Mundial #3

Justus, Steffen

ALE

7

1

0

Campeonato Mundial #4

Silva, Joao

POR

8

1

0

Ranking Olímpico da ITU #1

Gomez, Javier

ESP

Ranking Olímpico da ITU #2

Frodeno, Jan

ALE

9

2

0

Ranking Olímpico da ITU #3

Silva, Joao

POR

Vaga já alocada

Ranking Olímpico da ITU #4

Justus, Steffen

ALE

Vaga já alocada

Ranking Olímpico da ITU #5

Riederer, Sven

SUI

10

1

0

Ranking Olímpico da ITU #6

Kahlefeldt, Brad

AUS

11

1

0

Ranking Olímpico da ITU #7

Brownlee, Alistair

GBR

Vaga já alocada

Ranking Olímpico da ITU #8

Chrabot, Matt

EUA

Vaga já alocada

Ranking Olímpico da ITU #9

Bryukhankov, Alexander

RUS

12

1

0

Ranking Olímpico da ITU #10

Shoemaker, Jarrod

EUA

13

2

0

Ranking Olímpico da ITU #11

Don, Tim

GBR

14

2

0

Ranking Olímpico da ITU #12

Hayes, Stuart

GBR

15

3

1

Ranking Olímpico da ITU #13

Atkinson, Courtney

AUS

16

2

1

Ranking Olímpico da ITU #14

Colucci, Reinaldo

BRA

17

1

1

Ranking Olímpico da ITU #15

Malyshev, Yulian

RUS

18

2

1

Ranking Olímpico da ITU #16

Hauss, David

FRA

19

1

1

Ranking Olímpico da ITU #17

Petzold, Maik

ALE

20

3

2

Ranking Olímpico da ITU #18

Pais, Bruno

POR

21

2

2

Ranking Olímpico da ITU #19

Turbayivskyy, Volodimir

RUS

22

3

3

Ranking Olímpico da ITU #20

Moulai, Tony

FRA

23

2

3

Ranking Olímpico da ITU #21

Meshcheryakov, Valentin

RUS

4

3

Ranking Olímpico da ITU #22

Grajales, Crisanto

MEX

24

1

3

Ranking Olímpico da ITU #23

Rank, Sebastian

ALE

Ranking Olímpico da ITU #24

Chacon, Leonardo

CRC

25

1

3

Ranking Olímpico da ITU #25

Celustka, Jan

CZE

26

1

3

Ranking Olímpico da ITU #26

Wilson, Dan

AUS

27

3

4

Ranking Olímpico da ITU #27

Vasiliev, Ivan

RUS

País excedeu a cota

5

4

Ranking Olímpico da ITU #28

Tutukin, Ivan

RUS

País excedeu a cota

6

4

Ranking Olímpico da ITU #29

Prochnow, Christian

ALE

País excedeu a cota

5

4

Ranking Olímpico da ITU #30

Clarke, William

GBR

País excedeu a cota

4

4

Ranking Olímpico da ITU #31

Wild, Ruedi

SUI

2

4

Ranking Olímpico da ITU #32

Zipf, Jonathan

ALE

País excedeu a cota

6

4

Ranking Olímpico da ITU #33

Brownlee, Jonathan

GBR

País excedeu a cota

5

4

Ranking Olímpico da ITU #34

Raphael, Aurelien

FRA

3

5

Ranking Olímpico da ITU #35

Polyanskiy, Dmitry

RUS

7

5

Ranking Olímpico da ITU #36

Ellice, Clark

NZL

2

5

Ranking Olímpico da ITU #37

Bucholz, Gregor

ALE

7

5

Ranking Olímpico da ITU #38

Perez, Jose Miguel

ESP

31

2

5

Ranking Olímpico da ITU #39

Pereira, Joao

POR

32

3

6

MundoTRI.com [fevereiro 2011]

Vaga já alocada

0

Vaga já alocada

0

País excedeu a cota País excedeu a cota

28

29 País excedeu a cota 30 País excedeu a cota


Ranking Olímpico da ITU #40

Svarc, Premysl

CZE

33

2

6

Ranking Olímpico da ITU #41

Krnavek, Martin

CZE

34

3

7

Ranking Olímpico da ITU #42

Jones, Kyle

CAN

35

1

7

Ranking Olímpico da ITU #43

Sapunov, Danylo

UKR

36

1

7

Ranking Olímpico da ITU #44

Sclebin, Diogo

BRA

37

2

7

Ranking Olímpico da ITU #45

Seear, James

AUS

4

7

Ranking Olímpico da ITU #46

Mola, Mario

ESP

38

3

8

Ranking Olímpico da ITU #47

Fabian, Alessandro

ITA

39

1

8

Ranking Olímpico da ITU #48

Whitfield,Simon

CAN

40

2

8

Ranking Olímpico da ITU #49

Gemmell, Kris

NZL

Ranking Olímpico da ITU #50

Giglmayr, Andreas

AUT

41

1

8

Ranking Olímpico da ITU #51

Syutkin, Oleksiy

UKR

42

2

8

Ranking Olímpico da ITU #52

Ejeda, Ramon

ESP

4

8

Ranking Olímpico da ITU #53

Noble, Gavin

IRL

1

8

Ranking Olímpico da ITU #54

Vidal, Laurent

FRA

4

8

Ranking Olímpico da ITU #55

Serrano, Francisco

MEX

2

8

Ranking Olímpico da ITU #56

Daubord, Brice

FRA

País excedeu a cota

5

8

Ranking Olímpico da ITU #57

Bennett, Greg

ITU

Não elegível

Ranking Olímpico da ITU #58

Elvery, James

NZL

País excedeu a cota

3

Ranking Olímpico da ITU #59

Rana, Ivan

ESP

País excedeu a cota

5

Ranking Olímpico da ITU #60

Bowden, Adam

GBR

País excedeu a cota

6

Ranking Olímpico da ITU #61

Luis, Vincent

FRA

País excedeu a cota

6

Ranking Olímpico da ITU #62

Sexton, Steven

EUA

País excedeu a cota

Ranking Olímpico da ITU #63

Eksteen, Claude

RSA

Ranking Olímpico da ITU #64

Matheus, Bruno

BRA

País excedeu a cota

3

Ranking Olímpico da ITU #65

Marques, Duarte

POR

País excedeu a cota

4

Ranking Olímpico da ITU #66

Collins, Bem

EUA

País excedeu a cota

4

Ranking Olímpico da ITU #67

Sissons, Ryan

NZL

País excedeu a cota

Ranking Olímpico da ITU #68

Croes, Peter

BEL

Ranking Olímpico da ITU #69

De Villiers, Hendrik

RSA

País excedeu a cota

3

Ranking Olímpico da ITU #70

Huerta, Manuel

EUA

País excedeu a cota

5

Ranking Olímpico da ITU #71

Docherty, Bevan NZL NF over quota 46 5 12

NZL

País excedeu a cota

5

Ranking Olímpico da ITU #72

Lescure, Aurelien

FRA

País excedeu a cota

7

Ranking Olímpico da ITU #73

Sexton, Brendan

AUS

País excedeu a cota

5

Ranking Olímpico da ITU #74

Alterman, Dan

ISR

47

1

Lista de Pontos ITU novo país Europeu

Van Berkel, Jan

HOL

48

1

Lista de Pontos ITU novo país Africano

Felgate, Christopher

ZIM

49

1

Lista de Pontos ITU novo país das Américas

Farias, Luciano

ARG

50

1

Lista de Pontos ITU novo país Asiático

Lee Chi Wo, Daniel

HKG

51

1

País excedeu a cota

Vaga já alocada

8

País excedeu a cota 43 País excedeu a cota 44

8

4 46

Lista de Pontos ITU novo país da Oceania

Não elegível

Evento de Qualificação Continental da Oceania

Não elegível

2

1

Ranking Olímpico da ITU #75

Carvalho, Fabio

BRA

País excedeu a cota

4

Ranking Olímpico da ITU #76

Freeman, Oliver

GBR

País excedeu a cota

7

Ranking Olímpico da ITU #77

Collington, Kevin

EUA

País excedeu a cota

6

Ranking Olímpico da ITU #78

Belaubre, Frederic

FRA

País excedeu a cota

Ranking Olímpico da ITU #79

Heo, Min Ho

KOR

País sede Ranking Olímpico da ITU #80

GBR Rendes, Csaba

HUN

OLIMPÍADAS 2012

3 45

8 52

País excedeu a cota

1 8

53

Comissão Tripartite1

54

Comissão Tripartite2

55

1

MundoTRI.com [fevereiro 2011]

45


OLIMPÍADAS 2012

Feminino

46

Fonte das vagas

Atleta

País

Vaga

Pos. no País

Países com 3 vagas

Campeã Africano

Roberts, Kate

RSA

1

1

0

Campeã das Américas

Moreno, Carla

BRA

2

1

0

Campeã Asiático

Adachi, Mariko

JPN

3

1

0

Campeã Europeu

Spirig, Nicola

SUI

4

1

0

Campeã da Oceania

Hewitt, Andrea

NZL

5

1

0

Campeonato Mundial #1

Snowsill, Emma

AUS

6

1

0

Campeonato Mundial #2

Moffatt, Emma

AUS

7

2

0

Campeonato Mundial #3

Spirig, Nicola

SUI

Campeonato Mundial #4

Norden, Lisa

SUE

8

1

0

Ranking Olímpico da ITU #1

Jenkins, Helen

GBR

9

1

0

Ranking Olímpico da ITU #2

Moffatt, Emma

AUS

Vaga já alocada

0

Ranking Olímpico da ITU #3

Spirig, Nicola

SUI

Vaga já alocada

0

Ranking Olímpico da ITU #4

Findlay, Paula

CAN

10

1

0

Ranking Olímpico da ITU #5

Bennett, Laura

EUA

11

1

0

Ranking Olímpico da ITU #6

Norden, Lisa

SUE

Vaga já alocada

0

Ranking Olímpico da ITU #7

Roberts, Kate

RSA

Vaga já alocada

0

Ranking Olímpico da ITU #8

Hewitt, Andrea

NZL

Vaga já alocada

0

Ranking Olímpico da ITU #9

Murua, Ainhoa

ESP

12

1

0

Ranking Olímpico da ITU #10

Holland, Vicky

GBR

13

2

0

Ranking Olímpico da ITU #11

Morrison, Aileen

IRL

14

1

0

Ranking Olímpico da ITU #12

Ryf, Daniela

SUI

15

2

0

Ranking Olímpico da ITU #13

Swallow, Jodie

GBR

16

3

1

Ranking Olímpico da ITU #14

Snowsill, Emma

AUS

Ranking Olímpico da ITU #15

Dittmer, Anja

ALE

17

1

1

Ranking Olímpico da ITU #16

Groff, Sarah

EUA

18

2

1

Ranking Olímpico da ITU #17

Adachi, Mariko

JPN

Ranking Olímpico da ITU #18

Peon, Carole

FRA

19

1

1

Ranking Olímpico da ITU #19

Tanner, Debbie

NZL

20

2

1

Ranking Olímpico da ITU #20

McIllroy, Kate

NZL

21

3

2

Ranking Olímpico da ITU #21

Annaheim, Melanie

SUI

22

3

3

Ranking Olímpico da ITU #22

Blatchford, Liz

GBR

4

3

Ranking Olímpico da ITU #23

Riveros Diaz, Barbara

CHI

23

1

3

Ranking Olímpico da ITU #24

Razarenova, Alexandra

RUS

24

1

3

Ranking Olímpico da ITU #25

Vodickova, Radka

CZE

25

1

3

Ranking Olímpico da ITU #26

Moreno, Carla

BRA

Ranking Olímpico da ITU #27

Mensik, Lisa

HOL

26

1

3

Ranking Olímpico da ITU #28

Harrison, Jessica

FRA

27

2

3

Ranking Olímpico da ITU #29

Czesnik, Maria

POL

28

1

3

Ranking Olímpico da ITU #30

Petersen, Jillian

EUA

29

3

4

Ranking Olímpico da ITU #31

Charayron, Emmie

FRA

30

3

5

Ranking Olímpico da ITU #32

Jackson, Emma

AUS

31

3

6

Ranking Olímpico da ITU #33

Sapunova, Yuliya

UKR

32

1

6

Ranking Olímpico da ITU #34

Haskins, Sarah

EUA

País excedeu a cota

4

6

Ranking Olímpico da ITU #35

Abram, Felicity

AUS

País excedeu a cota

4

6

Ranking Olímpico da ITU #36

Lisk, Ricarda

ALE

33

2

6

Ranking Olímpico da ITU #37

Ide, Juri

JPN

34

2

6

Ranking Olímpico da ITU #38

Jerzyk, Agnieszka

POL

35

2

6

Ranking Olímpico da ITU #39

Lang, Kerry

GBR

5

6

MundoTRI.com [fevereiro 2011]

Vaga já alocada

0

Vaga já alocada

1

Vaga já alocada

1

País excedeu a cota

Vaga já alocada

País excedeu a cota

3


Rivas, Claudia

MEX

36

1

6

Ranking Olímpico da ITU #41

Ueda, Ai

JPN

37

3

7

Ranking Olímpico da ITU #42

Jorgensen, Gwen

EUA

5

7

Ranking Olímpico da ITU #43

Damlaimcourt, Marina

ESP

2

7

Ranking Olímpico da ITU #44

Tsuchihashi, Akane

JPN

País excedeu a cota

4

7

Ranking Olímpico da ITU #45

Samuels, Nicky

NZL

País excedeu a cota

4

7

Ranking Olímpico da ITU #46

Rodriguez, Zurine

ESP

39

3

8

Ranking Olímpico da ITU #47

Becks, Neiske

HOL

40

2

8

Ranking Olímpico da ITU #48

Kovacs, Zsofia

HUN

41

1

8

Ranking Olímpico da ITU #49

Mazzetti, Annamaria

ITA

42

1

8

Ranking Olímpico da ITU #50

Polyanskaya, Anastasiya

RUS

43

2

8

Ranking Olímpico da ITU #51

Abysova, Irina

RUS

País excedeu a cota

3

Ranking Olímpico da ITU #52

Luxford, Annabel

AUS

País excedeu a cota

5

Ranking Olímpico da ITU #53

Caelers, Maaike

HOL

País excedeu a cota

3

Ranking Olímpico da ITU #54

Stimpson, Jodie

GBR

País excedeu a cota

6

Ranking Olímpico da ITU #55

Muller, Kathrin

ALE

País excedeu a cota

3

Ranking Olímpico da ITU #56

Raw, Vanessa

GBR

País excedeu a cota

7

Ranking Olímpico da ITU #57

Densham, Erin

AUS

País excedeu a cota

6

Ranking Olímpico da ITU #58

Frederiksen, Helle

DIN

Ranking Olímpico da ITU #59

Sheedy-Ryan, Felicity

AUS

Ranking Olímpico da ITU #60

Widney, Chantell

CAN

Ranking Olímpico da ITU #61

Kikuchi, Hideko

JPN

País excedeu a cota

5

Ranking Olímpico da ITU #62

Bazlen, Svenja

ALE

País excedeu a cota

4

Ranking Olímpico da ITU #63

Duffy, Flora

BER

Ranking Olímpico da ITU #64

Klamer, Rachel

HOL

País excedeu a cota

4

Ranking Olímpico da ITU #65

Shapiro, Margaret

EUA

País excedeu a cota

6

Ranking Olímpico da ITU #66

Shoemaker, Jenna

EUA

País excedeu a cota

7

Ranking Olímpico da ITU #67

Kaye, Alicia

EUA

País excedeu a cota

Ranking Olímpico da ITU #68

Fernandes, Vanessa

POR

47

1

Lista de Pontos ITU novo país Europeu

May, Elizabeth

LUX

48

1

Lista de Pontos ITU novo país Africano

Bravo, Elizabeth

ECU

49

1

Lista de Pontos ITU novo país das Américas

Liu, Ting

CHN

50

1

Lista de Pontos ITU novo país Asiático

Saint Louis, Fabienne

MRI

51

1

52

2

53

2

País excedeu a cota 38

44 País excedeu a cota

46

Não elegível

Evento de Qualificação Continental da Oceania

Não elegível

Ranking Olímpico da ITU #69

Jensen, Line

DIN

Host Nation País sede

7 45

Lista de Pontos ITU novo país da Oceania

1 2

1

8

OLIMPÍADAS 2012

Ranking Olímpico da ITU #40

Não elegível Davis, Emma

IRL

Comissão Tripartite1

54

Comissão Tripartite2

55

MundoTRI.com [fevereiro 2011]

47


Faรงa o que milhares de triatletas jรก estรฃo fazendo, acompanhe o MundoTRI nas redes sociais:

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MundoTRI.com


Após o tremendo sucesso do Guia de Bikes para Triathlon 2011, publicado em nossa edição de Janeiro, fizemos uma seleção de mountain bikes para vocês detonar nas trilhas quando estiver treinando ou fazendo um Cross Triathlon.

GUIA DE MOUNTAIN BIKES

2011

MundoTRI.com [fevereiro 2011]

49


GUIA DE MOUNTAIN BIKES Soul SL 300

Quadro: Alumínio HT Suspensão: Rockshox Dart 2 Grupo: Shimano Alívio 24V Preço sugerido: R$1.899,00 www.soulcycles.com.br

Gary Fisher (By Trek) Wahoo Disc

Quadro: Alumínio HT Suspensão: SR Suntour SF11 Grupo: Altus/SRAM X.4 Preço sugerido: Até R$4 mil www.trekbikes.com.br

Merida Matts TFS 500

Quadro: Alumínio HT Suspensão: Rockshox Dart 3 Grupo: Deore/Deore XT Preço sugerido: Até R$4 mil www.merida.com.br

50

MundoTRI.com [fevereiro 2011]


GUIA DE MOUNTAIN BIKES Orbea Compair

Quadro: Alumínio HT Suspensão: Rockshox Tora Grupo: XT Shadow / Alivio Preço sugerido: Até R$6 mil www.orbea.com.br

Specialized Camber FSR Comp

Quadro: Alumínio FSR Suspensão: Rockshox Recon Grupo: Shimano SLX Preço sugerido: Até R$6 mil www.specialized.com.br

Jamis dakota D29

Quadro: Carbono HT Suspensão: Rockshox Reba Grupo: Sram X9 Preço sugerido: Até R$11 mil www.ltdimports.com.br

MundoTRI.com [fevereiro 2011]

51


GUIA DE MOUNTAIN BIKES Scott Scale 30

Quadro: Carbono HT Suspensão: Rockshox Reba Grupo: XT Shadow/SLX Preço sugerido: Até R$11 mil www.scott.com.br

Cannondale Flash 1

Quadro: Carbono HT Suspensão: Lefty Speed Carbon Grupo: Shimano XTR Preço sugerido: Até R$20 mil www.cannondale.com.br

BMC Fourstroke FS01

Quadro: Carbono FS Suspensão: Fox FRL Grupo: Sram X0 Preço sugerido: Até R$30 mil www.omegabr.com

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MundoTRI.com [fevereiro 2011]


Autorretratro

Foto: Arquivo pessoal do atleta

Lucas Helal, o LUQUINHAS MundoTRI.com [fevereiro 2011]

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Minha história no Triathlon e no esporte tem um enredo bastante comum. Comecei a praticar esportes desde muito novo. Lembro que, na escola, pratiquei tudo que foi oferecido e estava disponível, no melhor estilo “Mamãe, agora eu quero jogar futebol...”, e lá se vão chuteiras, caneleiras, meias e uniformes. Entretanto, em dois momentos eu consegui ficar quieto nas modalidades, praticando Futsal e Tênis-de-Mesa em períodos prolongados, por quase toda a minha infância e adolescência. Sou maranhense, mas grande parte da minha família mora em Santa Catarina. Por este motivo, no ano de 2007, aos 18 anos, vim cursar a faculdade de Engenharia Elétrica na UFSC. Em agosto, tive a bênção de ter o primeiro contato com a pessoa que é, juntamente com o apoio dos meus pais e da minha família, o responsável por tudo que venho conquistando e projetando na minha vida esportiva e profissional, que é o meu técnico Roberto Lemos. Naquela época, eu apenas praticava algumas corridas, sem muito objetivo, e sem saber o que estava fazendo. O tempo foi passando, meu corpo foi respondendo de forma bastante satisfatória a um treinamento que não era nem um pouco parecido com o que eu tenho hoje, e eu fui começando a ficar mais competitivo. Não sei exatamente que motivos o levaram a me propor a mudança para o Triathlon, mas no início eu relutei. Não tinha bicicleta, há muito tempo não ia pra água, e nem sabia se realmente queria. Antes mesmo do fim de 2007 eu voltei pro Maranhão, desacreditado com a carreira de engenheiro, mas continuei correndo sob a supervisão do chefe. Em janeiro de 2008 eu lembro que enviei um e-mail pra ele dizendo que queria começar a fazer Triathlon e que iria fazer Educação Física – as duas escolhas mais importantes

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MundoTRI.com [fevereiro 2011]

até hoje na minha vida. No começo, não tinha a menor noção do que estava fazendo, eu só sabia que gostava muito, e que, queria treinar pesado e ser o melhor que eu pudesse a cada dia. O fato de que em São Luis o Triathlon ainda passa por anos ruins, com poucas provas, e poucos atletas, dificultou algumas coisas, mas me ensinou logo cedo o valor da disciplina e do foco. Comecei a vir com freqüência para Florianópolis, e não demorou muito para que eu voltasse para cá de vez para estudar e treinar. Uma coisa que me lembro até hoje com bastante clareza foi que o chefe sempre acreditou muito mais em mim do que eu mesmo durante muito tempo. Eu digo que fui abençoado em o conhecer , porque muito mais do que estar me inserindo no esporte competitivo e me mostrar a rotina dura de treinamento, me ensinou a enxergar o Triathlon logo cedo como parte da minha vida, fosse eu um grande campeão ou não. Simplesmente temos deixado acontecer e tomamos as decisões em razão do que os resultados vão mostrando. Confesso que, por ainda estar no “começo”, apesar de completar 3 anos agora em 2011, cada vez que eu largava nas provas e vinha o resultado, principalmente os bons, eu realmente não esperava, mas no fundo eu já sabia que era capaz. Finalizei o ano com a terceira colocação geral no Ranking Catarinense de Triathlon, que foi o resultado de todo o esforço empregado. Dentre os principais resultados, poderia citar a 3ª colocação geral na Copa TM de Triathlon, o 6º lugar geral na Elite Amador na última etapa do Troféu Brasil e a 7ª colocação geral Amador no Campeonato Brasileiro de Triathlon, aqui em Florianópolis. Esta foi, provavelmente, a prova mais marcante que fiz até hoje.


No primeiro semestre de 2010, treinava muita natação, mas não correspondia nas provas. Nos dias que antecederam o Brasileiro, eu vinha me sentindo muito bem, e já estava rendendo bem nas provas do estadual. Vinha fazendo boas séries de natação e corrida e estava conseguindo correr bem depois de pedalar. Falei para o Roberto que estava me sentindo bem e que iria fazer um bom resultado, melhor que todos os outros. Esse foi o melhor resultado que já tive até então. Como a prova do amador foi separada do profissional, a torcida estava em peso e dava para ter um bom controle dos atletas na disputa.

Foto: Arquivo pessoal do atleta

Na terceira volta do ciclismo, em um momento oportuno, eu e o Rodrigo Baltazar, (atleta catarinense) escapamos e demos tudo para buscar o Fred Monteiro, do Paraná, que liderava a prova sozinho.

Conseguíamos tirar a diferença e, no fim da quarta volta, o pegamos Neste momento, liderávamos a prova. Quando tomei conta da situação, entregando a bike em primeiro, vendo os batedores e os árbitros, aquela sensação foi impagável. Juro que naquele momento eu ainda não me dava conta do que estava acontecendo. Foi demais ao entregar a bike e ver todos os amigos, torcida felizes por mim. Foi também nessa prova que fiz minha primeira corrida abaixo de 40 minutos em um olímpico, o que há muito tempo eu já sabia ser capaz, mas não encaixava. Realmente esse dia foi inesquecível. Espero ter conseguido falar um pouco sobre minha trajetória, e se pudesse dar um conselho, apenas diria: ame acima de tudo. Quando se faz com amor, fica para vida inteira, independente de ganhar ou perder, é simplesmente fazer. MT

MundoTRI.com [fevereiro 2011]

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Dia de Descanso por VinĂ­cius Santana

Aprenda quando deve inserir um em sua rotina

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MundoTRI.com [fevereiro 2011]


Foto: Wagner AraĂşjo

MundoTRI.com [fevereiro 2011]

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Descanso

C

hegou a hora do treino e você está cansado, não sabe se é pela estressante semana de trabalho que lhe tira energia e motivação, ou se treinou forte demais no final de semana e ainda está carregando a fadiga resultante. Porém, água fura pedra. E é por isso que na ironguides preferimos usar a contínua tortura chinesa de gota após gota, do que explodir um atleta com excesso de volume ou intensidade. O objetivo do treinamento é consistência a longo prazo no treinamento. Por este motivo, sugiro seguir alguns protocolos para testar seu corpo antes de qualquer treino, nos quais não sinta vontade de fazer, seja por estar muito cansado ou desgastado. Quando em dúvida, vá para o treino e tente Isso NÃO significa que você vai treinar quando estiver doente (nunca!). Mas a sugestão é que, se você estiver em dúvida se deve treinar ou não, simplesmente teste seu corpo e ouça o que ele irá lhe dizer. Comece o treino com um esforço muito fácil, antes de decidir se você deve continuar ou parar: • Se você se sentir melhor depois de 2030 minutos, continue o treino conforme planejado. Você pode ir um pouco mais devagar se achar prudente, afinal também haverá treino no dia seguinte. • Se você se sentir igual ao início do treino, nem muito melhor nem muito pior, mude a série de forma que diminua a carga em seu corpo. Por exemplo, se você deveria fazer um treino longo de endurance, diminua a duração e veja como vai se sentir no meio do treino para saber se deve

58

MundoTRI.com [fevereiro 2011]

mesmo continuar ou fazer menos volume. Se o treino for uma série de tolerância de lactato, mude tanto a duração quanto a intensidade dos esforços, e lhe dê um pouco mais de descanso nos intervalos. Dessa maneira, você ainda vai trabalhar seu sistema aeróbico e fibras rápidas, fazendo uma manutenção de sua atual forma física até que comece a se sentir forte novamente. • Se você se sentir pior depois do test-drive, mesmo após 20-30 minutos bem fáceis, aborte o treino e vá pra casa. Seu corpo está he dizendo que não está pronto para treinar naquele dia e que você irá ficar lutando contra uma doença ou simplesmente precisa de tempo para se recuperar. Ouça a esse aviso e tire um dia de descanso completo. Um dia de descanso agora pode significar salvar nove dias treino mais para frente. Se você de fato estiver doente ou lutando contra uma doença, tirar alguns dias de descanso no início vai prevenir que fique por tempo indeterminado sem treinar direito por uma doença mal curada. Você pode usar essas simples instruções para julgar a melhor decisão a ser feita em um dia em que estiver se sentindo mal ou desligado. Com freqüência, você vai perceber que irá ter um excelente dia de treino, quando, normalmente, iria ter tirado o dia como folga total. E nos dias em que você se sentir bem? Pise fundo! Mas lembre-se que o objetivo não é se matar de uma vez, e sim, ir aos poucos, a longo prazo, dando estímulos constantes ao seu corpo. Descanso e a relação com seu estilo de vida A vida tem uma maneira engraçada de nos tirar dos treinos, seja com trabalho, família e eventos sociais. Ao invés de ficar preocu-


Foto: Wagner Araújo

Por Vinícius Santana

pado com os treinos perdidos, você pode ficar tranqüilo quando isso acontecer, pois você sabe que esteve treinando de forma constante até aquele momento. Seu período de descanso por compromissos fora do esporte torna-se seus dias de recuperação dos treinos, que são automaticamente encaixados em sua vida, já que naquele momento é quando você mais precisa deles, e não quando um programa ou calendário fala que chegou um período para descansar. Você também pode encarar da seguinte maneira: Nenhum calendário ou programa sabe prever o que você vai estar fazendo em cada dia daqui a alguns meses. O que proponho para um atleta é: “descanse quando você precisar”. Vários atletas amadores podem utilizar grande parte de seu dia descansando o lado físico do treino, sentado em uma mesa de escritório, já que poucos atletas podem se dar o luxo de uma rotina dedicada ao

esporte. Por esta razão, é preciso separar descanso mental e descanso físico. Por exemplo, um dia estressante no trabalho, que o impeça de treinar, pode lhe causar uma grande fadiga mental, mesmo quando seu sistema físico estiver descansando! Consequentemente, seu dia estressante de trabalho conta como um dia de descanso físico, mesmo que você esteja mentalmente cansado. Porém, não se esqueça que tudo é relativo no treinamento. Considere seu equilíbrio hormonal. Se o dia estressante no trabalho vem em uma hora em que você já está estressado com outras coisas em sua vida, isso pode criar um significante efeito catabólico em seu corpo. Nessa situação, a melhor sugestão é de evitar qualquer tipo de treinamento de endurance ou excesso de treinamento de tolerância de lactato imediatamente após, ou durante esse período de estresse em sua vida.

“A vida tem uma maneira engraçada de nos tirar dos treinos, seja com trabalho, família e eventos sociais. Ao invés de ficar preocupado com os treinos perdidos, você pode ficar tranqüilo quando isso acontecer, pois você sabe que esteve treinando de forma constante até aquele momento. “


Como voltar aos treinos Se as circunstâncias em sua vida lhe forçarem um dia de descanso, use as seguintes regras para voltar ao seu treinamento: * Adicione um pouco de volume no início de seu treino para “religar” seu corpo antes de qualquer tipo de esforço com intensidade. Você não quer voltar a treinar muito forte logo após um período de descanso. O volume extra vai te deixar um pouco cansado, mas sem passar dos limites. Então, inicie a série principal daquele dia. Por exemplo, adicione 30min de corrida leve, 60min de ciclismo leve ou 1500m de natação leve antes dos treinos principais. * Se você for um atleta de alta performance, então faça um dia de descanso

ativo após seu dia de descanso, com 2040min em cada modalidade. A razão é que se você precisou de um day off por questão de fadiga, foi porque ela estava muito profunda e acumulada, e o dia extra de descanso ativo irá lhe ajudar a voltar para níveis de fadiga “normais” e religar sua musculatura e sistema aeróbico. Aprenda a ouvir os sinais de seu corpo, e treine com consistência! Bons treinos. MT Vinícius Santana é técnico da Ironguides, empresa que oferece soluções esportivas para atletas e praticantes de atividade física de todos os níveis, com treinamento online ou presencial, planilhas espefícas por eventos, training camps, curso para treinadores, programas de incentivo a promoção da saúde em empresas, e produtos para a saúde e o bem-estar que propiciam um estilo de vida saudável aos atletas. http://www.ironguides.net/br

Foto: Wagner Araújo

Descanso


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Guto Antunes, em Santos >


É necessário treinar transição? > Alexandre Giglioli >

[p.64]

Ciro Violin [p.66]

> Ana Lídia Borba [p.68]

OPINIÃO * A coluna “Opinião” também traz a visão de atletas experientes, mas que não necessariamente possuem conhecimento técnico e formal sobre o assunto abordado.

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Opinião: Treinos de Transição

Alexandre Giglioli

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uitos atletas me perguntam se devem ou não treinar a transição. Não se trata apenas de treinos combinados, tic-tacs, e outras nomenclaturas, mas sim de treinar a troca de roupa, colocação de equipamentos etc.

ou seja, utilizando vaselina ou produto adequado no braço e pernas, tornando assim o deslize mais fácil pelo seu corpo. Você poderá realizar este treino na piscina ou mesmo em casa. Lembro que a roupa deve ficar justa em seu corpo, sem folgas.

Vemos inúmeros atletas, tanto de curtas como de longas distâncias perderem muito tempo na “troca”, que engloba a colocação de equipamentos específicos para cada modalidade.

Outra coisa que facilita é a utilização de top, bermuda ou macaquinho para esta etapa, terminando a natação pronto, basta apenas colocar seus óculos e capacete.

Acredito muito em um dos princípios do treinamento, a especificidade, ou seja, treinar especificamente aspectos importantes de sua modalidade esportiva, e a transição é uma delas.

Quando o uso de roupa de borracha não é permitido, o uso da vestimenta adquada, acima mencionada, é de extrema importância, pois deixará você pronto para a próxima etapa.

Então vamos lá, vou explicar aqui alguns aspectos importantes de cada troca.

Alguns atletas preferem colocar as sapatilhas no chão, outros já pedalando. Isso requer treino também. Quanto mais, melhor. Pegue o estacionamento de seu prédio ou o quintal de sua casa e faça repetidamente este movimento até tornar-se rápido e eficiente. Você irá sentir na prática o tempo que irá ganhar.

Natação para ciclismo

Foto: André Souza

Neste tópico temos que ter em mente que a retirada da roupa de borracha têm que ser extremamente rápida e eficiente, dando condições para que o atleta comece seu ciclismo inteiro.

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Em muitas provas de longa distância, existe a ajuda de staffs para a retirada da roupa, mas em outras isso não ocorre, ou mesmo, quando existem inúmeros atletas ao seu lado isso se torna um pouco difícil. A retirada da mesma se torna fácil quando você a coloca corretamente,

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Ciclismo para a corrida

Aqui, o importante é deixá-lo em condições de sair rapidamente da área de transição. Quando você estiver terminando o ciclismo, deve tirar os pés da sapatilha. É mais fácil fazer este


Este movimento também requer treino, pois, além da retirada, temos também a descida da bike, a colocação dos pés no chão. Existem alguns jeitos de se fazer isso, mas vou me ater aqui há dois: - Passagem da perna por trás do selim: a meu ver o modo mais fácil onde a velocidade da bike pode ser reduzida enquanto você executa o movimento e coloca o pé desta perna no chão, antes da faixa de desmonte; - Passagem da perna pela frente, entre a mesa e a ponta do selim; a meu ver o modo mais difícil, sendo mais fácil você se enroscar em alguma parte da bike. A colocação do pé no chão se dá da mesma forma que a passagem por trás. Imagine quanto de tempo você ganha somente neste movimento, já que não necessariamente precisa parar a bike.

Corrida para a corrida?

Existem inúmeros modelos diferentes de tênis, sem cabedal, com elástico etc. Cabe a você experimentar o modelo que melhor se adéque à sua pisada. Chegando com sua bike no cavalete, deixe-a juntamente com seu capacete e calce seu tênis, um de cada vez, claro. O que quero dizer aqui é que coloque um pé, deixe-o justo e depois passe ao outro. Isso também requer um treinamento, já que você pode se enroscar no cabedal. Se for colocar meias, vale a pena mais um treininho aqui! Depois é só completar sua corrida da melhor maneira possível. Além dos treinos de natação, ciclismo e corrida, você deverá realizar, principalmente na semana anterior a sua prova, treinos de transição. Pode observar que se tudo der certo, você pode economizar aí alguns minutos preciosos que, com certeza, farão a diferença no final. Alexandre Giglioli, é Diretor Técnico A. GIGLIOLI ASSESSORIA ESPORTIVA www.agiglioli.com.br

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Opinião: Treinos de Transição

Após a descida, você terá que empurrar sua bike para seu cavalete. Cabe aí também um treino, já que estamos acostumados a tirar a bike do carro e sair pedalando, você já correu com ela ao seu lado? Então teste e veja a dificuldade. Eu, por exemplo, não consigo empurrar a bike com a mão esquerda, eu acabo tropeçando e já viu... Perceba como este treinamento também é importante. Imagine se você cai em cima de sua

magrela, quebrando algum raio ou se ferindo, acabou sua prova, certo?

Foto: Wagner Araújo

movimento do que colocá-las. Sempre olhando para frente faça a retirada de um pé, depois o outro, quando estiver bem próximo à área de transição, mantendo uma velocidade mais reduzida.

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Opinião: Treinos de Transição

Ciro Violin

Q

uando falamos em treinos de transição, estamos falando de dois tipos de treinos. Primeiro os treinos que fazemos para acostumar, adaptar e condicionar nosso corpo em um momento extremamente importante no Triathlon, que é a de troca de modalidades. A segunda é para treinar a troca de equipamentos. Uma coisa já digo de cara: As duas são importantes.

Foto: André Souza

A primeira que cito, é um treino específico para condicionamento da musculatura, frequência cardíaca, respiração e lucidez na troca de modalidades, que são da natação para o ciclismo e do ciclismo para a corrida.

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O ato de nadar é totalmente diferente do que qualquer ser humano costuma fazer, seja em atividade ou repouso. É uma posição de bruços e na horizontal, o que a torna totalmente atípica. A frequência cardíaca é a mais baixa dos três esportes, e a respiração também é diferenciada. Quando colocamos os pés no chão depois de nadar algum tempo, é natural nos sentirmos meio zonzos. Quando começamos a correr, iremos sentir uma sensação de “afogamento”, pois os batimentos subirão de repente. É necessário treinar essa troca de modalidade. Quanto mais treino, mas adaptado você ficará, menos incômodo sentirá, e melhor você sairá da água em direção à sua “máquina” na área de transição. Como treinar isso? Simples: Nade e corra em seguida, e repita esta atividade 2 ou 3 vezes por treino. Precisa ser no mar

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ou lago? Se puder ótimo, mas é possível fazer isso na piscina, correndo em volta da mesma. Não para por aí. É necessário montar na bicicleta e sentir como suas pernas, batimento, e lucidez irão reagir. É preciso treinar a transição completa de nadar “X”, correr até a bike, e pedalar “Y”. Quanto fazer? Indico dois exemplos de treinos: Os mais fortes e menores, como 200m de natação forte, corra até a bike, e pedale forte por 2km. Fazer 4 repetições. E os mais fracos e mais longos, como 1500m natação na sua frequência, corrida até a bike, e 30km na sua frequência. Pode ser feito com bike no rolo ao lado da piscina também. Treinar a transição do ciclismo para a corrida é mais simples e mais fácil na logística, além de ser extremamente importante. Geralmente, sentimos as pernas bambas quando saltamos da bike para correr. Os batimentos também irão subir de repente, e os músculos que usamos para a corrida estarão frios. É necessário treinar o desmonte da bicicleta para sempre o executar corretamente e não correr o risco de queda. Normalmente passamos o pé ou perna por cima do banco, ou por cima do top tube com ela ainda em movimento. Isso é perigoso, por isso é necessário treinar. Depois disso, é importante sair para correr cadenciado, para esquentar corretamente a musculatura que usaremos na corrida, além de se


trocas de equipamento, não vai adiantar nada estar apto a desmontar da bike e sair pra correr, se não conseguir calçar corretamente os tênis, e ele ficar “pegando” e atritando, machucando você durante 5, 10, 21 ou 42km de corrida. Converse com seu técnico de Triathlon. Ele poderá te ajudar nesse tipo de treino específico.

Agora existe ainda outro tipo de treino de transição: A de troca de equipamento. Essa também é necessário treinar, e treinar muito:

Bons treinos. Abraço do Ciro Violin.

> Entrar e macaquinho.

sair

na

água

com

Foto: Wagner Araújo

concentrar na postura correta. Treinos que indico: Os mais fortes e menores, como 4km de ciclismo com cadência de pedaladas alta, transição para 500m de corrida saindo fraco e chegando forte. Fazer 4 vezes. Ou os mais lentos, como 30km de bike na sua frequência, com uma transição para 7km de corrida, também na sua frequência.

Ciro Violin é atleta New Balance, PipaDesign, TopTelha, Cia do Móvel, Energético 220V, Madeirani, Academia AcquaCenter – Leme e Lemefarma. cirotriatleta.blogspot.com

> Treinar colocar o top, se você apenas nadar de bermuda. > Treinar entrar e sair da água usando roupa de borracha. Treinar tirar a roupa de borracha sozinho. > Testar colocar condicionador de cabelo nos braços e canelas por de baixo do neoprene.

Opinião: Treinos de Transição

> É preciso decidir se você vai querer colocar a sapatilha clipada na bike ou correr com ela pela transição. > Treinar calçar a sapatilha com a bike em movimento, se você decidir por este tipo de transição. > Treinar como colocar os tênis, como deixar a língua dos tênis, e como colocar o cinto do número e o boné. Tudo isso é importante. Muita gente não treina essa troca de equipamento, e só fica preocupada com a troca de modalidade. Se você não priorizar as

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Opinião: Treinos de Transição

Ana Lídia Borba Quando o tema da coluna deste mês foi proposto, pensei: “desta vez todos vão concordar”. Depois de algum tempo refletindo sobre o assunto, já não tenho tanta certeza. E, ao contrário dos argumentos técnicos que costumo usar, acho que desta vez a melhor maneira de justificar minha opinião é contando dois pequenos “causos”...

Causo 1 – Ironman Arizona 2008 Naquele dia, fiz uma prova que considerei quase perfeita para uma estréia, exceto pela quebradeira dos últimos oito quilômetros. Superei, nas três modalidades, os tempos que tinha estipulado como metas e terminei na sétima colocação uma prova muito forte.

Foto: André Souza

Estava no pódio quando a sexta colocada, Hailey Cooper, começou a conversar comigo. Elogiou minha prova, disse que eu tinha futuro no Ironman, que era muito nova... E que só tinha ganhado de mim por causa da transição. Achei aquilo estranho, mas assim que cheguei ao hotel fui conferir os resultados. Eu tinha chegado à T2 em sexto; passei a Hailey, fui passada pela Kim Loeffer, ganhei uma posição com o abandono da Joanna Zeiger e, depois de quebrar, fui passada pela Hailey. Matematicamente, eu seria a sexta, certo? Errado. Eu cheguei à T2 em sexto, mas saí dela em sétimo lugar. Minha transição durou 3’21”, enquanto a da Hailey durou 51”.

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Cheguei à T2 na frente, corri quase um minuto melhor e perdi... Na transição.

Causo 2 – Hamburgo 2007 Vanessa Fernandes e Emma Snowsill eram os grandes nomes do triathlon feminino, sempre correndo mais de um minuto melhor que suas adversárias. Na prova de Hamburgo, as roupas de borracha foram liberadas e as fortes nadadoras americanas não conseguiram abrir vantagem. Joelle Franzmann liderou as mulheres na saída da água à frente das americanas, de Emma Moffatt e Vanessa Fernandes. Snowsill, então tricampeã mundial, saiu apenas três segundos atrás. Mas a australiana se enrolou com sua roupa de borracha e saiu da transição dez segundos atrás de Vanessa. O pelotão trabalhou muito bem desde o começo e chegou à T2 com quase um minuto e meio de vantagem. Snowsill correu abaixo de 33 minutos, chegou a passar Laura Bennett nos últimos 500 metros, mas Vanessa Fernandes garantiu ali – na transição – o primeiro título mundial da história de Portugal.

Triathlon é mais do que a soma dos tempos de natação, ciclismo e corrida – o cronômetro não para. Quanto mais curta a prova, mais decisivos são os segundos ganhados ou perdidos na área


Por outro lado, treinos de transição natação x ciclismo não são tão frequentes. Exatamente por isso, todo treino com roupa de borracha deve ser aproveitado para aprender a retirá-la rapidamente, assim como toda sessão de ciclismo é uma chance de montar na bike corretamente e calçar as sapatilhas em movimento. Por fim, mais importante do que a prática desses fundamentos nos treinos é o planejamento cuidadoso das transições

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Foto: Triathlon.org | Frank Wechsel

É muito comum vermos treinos combinando ciclismo e corrida, mas quantos atletas aproveitam a chance para treinar a transição, propriamente dita? Tirar as sapatilhas e desmontar da bike em movimento são habilidades básicas e essenciais a triatletas de provas curtas, assim como calçar um tênis

rapidamente. E todas essas técnicas podem ser trabalhadas em praticamente todos os treinos, de modo que não seja necessário o planejamento de uma sessão específica.

Foto: Wagner Araújo

de transição e, portanto, mais importante o treinamento específico. Assim como treinamos as três modalidades, temos que trabalhar as duas transições. Não apenas a adaptação do corpo às mudanças de esportes, mas também como realizar essas mudanças rápida e eficientemente.

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nas provas. Conheça bem a área de transição: o espaço disponível para as trocas, o percurso a ser percorrido. Visualize e planeje, antes de ir para o check-in, todos os detalhes – a posição do capacete sobre o guidão da bicicleta, onde serão colocados os óculos de sol, se a sapatilha estará ou não presa com tira elástica, se o cinto com número deverá ser usado no ciclismo e na corrida ou apenas na corrida, se serão calçadas meias e onde elas estarão dispostas, como será feita a nutrição... Seja no seu espaço na área de transição ou nas sacolas usadas em provas longas, deixe tudo absolutamente visível, distribuído de maneira lógica e organizada. Afinal, raciocinar quando o coração está saindo pela boca não é tarefa fácil – pergunte a quem já saiu para correr com o capacete ainda na cabeça...

Ana Lídia Borba é atleta Asics, com apoio de Aqua Sphere, Pacific Health, Clínica 449, Velotech e Cia Athletica. RM Elite Team.

Foto: André Souza

triborba.blogspot.com

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Foto: Triathlon.org | Delly Carr

Opinião: Treinos de Transição

Ana Lídia Borba


Belas e Feras Fisioterapeuta, Educadora Física, professora de Pilates e Triatleta, essa é a rotina de Mariana Zanão, campeã do Troféu Brasil de Triathlon em 2010 na categoria 25-29 anos. Fotos: arquivo pessoal da atleta

MundoTRI: Mariana, conte-nos um pouco sobre sua vida esportiva, como tudo começou? Mariana Zanão: Tudo começou na Mountain Bike (2006), onde conheci uma turma que realizava passeios pela região. A prática de corrida veio logo em seguida, e então a primeira prova esportiva em 2007 (5km corrida). Após uma lesão no tornozelo, passei a nadar para não perder o condicionamento enquanto estava impossibilitada de correr. Em 2008 praticava as 3 modalidades, porém nunca tinha unido todos os esforços em uma

competição. Após um convite de amigos para acompanhá-los em uma prova de Triathlon em 2009, aconteceu a paixão. E como os resultados logo no inicio apareceram a paixão tornou-se acima de tudo prazerosa e hoje as competições são realizadas em um sentimento de felicidade; curto cada modalidade durante as provas e sinto a adrenalina como um sopro de saúde e vida.

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MundoTRI: Como sua rotina profissional impacta seus treinos? Você consegue fazer tudo o que precisa fazer? Mariana Zanão: Apesar de ser autônoma, tenho mantido elevada carga horária no trabalho. Acredito que a vida é um caminhar em fases, atualmente é necessária essa carga para minha independência financeira (com direito a hobbies como o Triathlon) e futuramente, maior estabilidade. Dificilmente consigo cumprir a planilha de treinos, mas meu treinador (Leandro Lattaro) tem consciência de minhas prioridades e me fornece opções de treinos mais curtos, ou compensatórios. MundoTRI: E o que a família e os amigos que não são atletas dizem para você? Normalmente eles não costumam apoiar muito. Mariana Zanão: Na verdade entendo que a paixão pelo esporte é minha e não deles. No inicio todos acham legal, fazem

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perguntas e parecem interessados, mas logo começam as reclamações sobre minha ausência nas reuniões familiares e sociais e às vezes, até críticas aparecem sobre as minhas prioridades. Hoje em dia, sei que desperto admiração por parte de todos, apesar de não poder contar com a companhia deles nas atividades esportivas. Pratico o Triathlon por mim e me sinto cada vez mais realizada, pretendo associar o turismo ao esporte e acredito que será ainda mais fascinante. MundoTRI: Mariana, você já foi Campeã Paulista, Campeã do Troféu Brasil 2010 e Vice Campeã do Internacional 2011, em sua categoria. Como esses resultados a motivam para continuar treinando? Mariana Zanão: Os resultados são muito compensatórios e essenciais para estipularmos as novas metas a serem atingidas. Procuro realizar as provas sem muita


pressão, faço o melhor que posso, mas sempre tenho em mente que preciso aproveitar e curtir a prova.

Foto: Maurício Lanza

Encaro como um desafio ir “buscar” as atletas adversárias e as conquistas trazem uma adrenalina e felicidade indescritível. Tento levar isso para minha vida particular, me desafiando diante dos obstáculos. Assim como no esporte, acredito que fazendo minha parte, não tenho com o que me preocupar. Este controle do estresse é essencial para que as soluções apareçam. As cenas vivenciadas a cada prova e a cada pódio são lembradas durante os treinos seguintes e aquela emoção parece contagiar todo meu ser, estimulando e tornando os treinos mais prazerosos e eficazes. MundoTRI: Pensa em algum dia ir para a elite? Mariana Zanão: Eu amo minha profissão e gosto muito da minha rotina, desde que consiga incluir os treinos. Sinto-me privilegiada por trabalhar com a área da saúde e poder servir de exemplo aos meus alunos/pacientes. Hoje prefiro visualizar os treinos como algo essencial à minha formação pessoal. Os resultados acabam sendo legais e se um dia o caminho for a elite isso acontecerá naturalmente já que não é essa a intenção no momento. MundoTRI: Já abriu mão de algum aspecto de sua vida profissional (um emprego, promoção, viagem) ou pessoal (namorado, férias, viagem) pelo esporte? Mariana Zanão: Quando levamos o Triathlon como hobbie, sempre falta tempo para suprir todas as obrigações da vida, então procuro pesar o equilíbrio e as prioridades. No momento trabalho bastante

e estou envolvida com projetos profissionais. Mas, sempre que possível, encaixo um treino, por exemplo, no horário de almoço (mesmo que os treinos sejam mais curtos por falta de tempo). No aspecto pessoal o contato e o envolvimento com aqueles que gostam e praticam esportes é sempre mais facilitado. Geralmente uma de minhas bikes (ou pelo menos os tênis) me acompanham durante as férias e viagens. Já tive momentos inesquecíveis e experiências incríveis com MTB à beira mar; já conheci muitas pessoas, vistas e trechos das viagens foram realizados de bike. MundoTRI: As mulheres triatletas tem um complicador a mais que é o tempo necessário para os cuidados pessoais corporais, normalmente maiores do que os dos homens. Você consegue manter a vaidade, mesmo no período de treinos mais intenso?

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MundoTRI: Para terminar, qual o papel do Triathlon na sua vida, o que a faz acordar todos os dias para treinar? Mariana Zanão: Considero o Triathlon um esporte apaixonante, num primeiro momento por envolver três modalidades fascinantes: a natação, o ciclismo e a corrida. Estas nos desafiam a conquistar novas metas e melhores tempos a cada treino, obtendo assim um grande fator motivacional. Vejo nos treinos a oportunidade de cuidar do meu ser como um todo, uma forma de continua evolução e aperfeiçoamento. Não só a questão física, mas mental e espiritual também. A mente voltada para o movimento realizado em determinada modalidade permite melhora na consciência corporal, seja com uma braçada mais alongada na natação ou um aumento na passada durante as corridas e assim, gradativamente ocorre o aperfeiçoamento de nossa técnica. Alem disso, refletir sobre a vida ou encontrar soluções para problemas pessoais ou

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profissionais também é bastante viável durante os treinos, principalmente nos treinos de volume, onde sempre volto com respostas e maior discernimento sobre os questionamentos pendentes. Depois do esclarecimento, como um prêmio, a mente sempre viaja a algum mantra ou musica que me traga boas recordações e felicidade. O resultado é muito compensatório: ocasiona melhora na auto-estima e confiança, já a auto- superação possibilita maior motivação e felicidade para a vida. Essa sensação de paz interior e o bem-estar proporcionado pelo treino são potencializados nas provas de Triathlon. Com a natação em águas abertas, na busca de alguém que esta na sua frente na corrida e no ciclismo; o contato com outros atletas que possuem diferentes experiências e historias de superação nos faz crescer a cada desafio. Para mim ocorre a sensação de bem-estar físico e renovação da alma. TRIATHLON é equilíbrio do corpo, mente e espírito! MT Foto: Maurício Lanza

Mariana Zanão: Um pouco de vaidade é necessária à mulher. Há aspectos em que o esporte auxilia como manter um corpo mais forte e com menos gordura, apesar de acreditar que esse não seja o principal foco. Eu particularmente pratico porque sou apaixonada pelo esporte e o restante, é conseqüência. Em uma tarde de sábado, por exemplo, dificilmente eu trocaria uma tarde de MTB em trilhas da região por compras num shopping! Mas quando preciso ir às compras ou ao cabeleireiro tento encaixá-los em outros horários, ou até deixo para outro dia e não deixo de fazê-los.


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Câmbio Eletrônico Shimano Dura Ace Di2

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Por Felipe “PIPO” Campagnolla, Diretor da Vélotech, habilitado Retul bike fit

Dentro da caixa parece meio complicado, muitos fios e conexões que ainda não estamos acostumados, porém o processo de instalação já se torna um pouco mais fácil. Lembrando que a criatividade do mecânico vai ser importante, principalmente nos quadros que não estão preparados para receber o Di2. Mesmo nos quadros preparados para ele, é importante lembrar que seus fios e conexões são dimensionados para quadros grandes (XL ou XXL), ou seja, se montados em um quadro de tamanho menor, será necessário esconder as sobras do fio.

Com os câmbios instalados e seus limites definidos, o processo de ajuste é bem simples, feito através de sistema de ajuste fino. Sempre que uma marcha estiver funcionando perfeitamente, todas as outras estarão funcionando de forma perfeita, pois a eletrônica elimina o efeito de mola gerado pelos conduítes e terminais quando novos. O Di2, uma vez ajustado, terá funcionamento perfeito desde o final de sua instalação, eli-

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O câmbio dianteiro leva o grande trunfo do conjunto, corrigindo sua posição para que a corrente não o toque mesmo com marchas cruzadas (ex: 53x25 ou 39x11), sem que seja preciso algum tipo de comando no STI ou shifter. O passador, quando instalado com STI, se torna mais macio, pois não oferece a resistência dos cabos em seus comandos, Detalhes da Felt da triatleta profissional Talita Saab com o Di2

>

Passada a fase de instalação, começam as facilidades do Shimano Dura Ace Di2. No câmbio dianteiro, basta acertar sua altura e seus limites inferior e superior. No câmbio traseiro somente seus limites devem ser ajustados.

minando um possível ajuste posterior, às vezes necessário nos sistemas a cabo.

>


porém as trocas poderiam ser um pouco mais rápidas, principalmente quando várias trocas são solicitas de uma só vez, mas essa questão não tira seu mérito. No caso das bicicletas de Triathlon e contrarelógio, o Di2 se torna uma ótima opção, oferecendo a opção de troca de marcha no clip e também no guidão, integrado à manete de freio. Isso facilita a troca de marcha em saídas de curvas, subidas e trecho de aceleração onde o clip não é utilizado, podendo trazer um ganho significativo de tempo em circuitos com muitas curvas fechadas e retomada de velocidade. Com relação à bateria, seu tamanho é muito bom e tem um peso imperceptível no conjunto montado, seu manuseio é simples e fácil.

A durabilidade também é boa e um sinal luminoso indica quando seu final está próximo, faltando aproximadamente 20h de uso, tempo suficiente para terminar o treino sem nenhum problema e recarregar a bateria. Ainda veremos muita evolução nessa nova era da eletrônica no ciclismo e o Di2 deu um grande passo. Lembrando que a Campagnolo já anunciou um grupo eletrônico em sua linha, e imagina-se que a SRAM não fique atrás de seus concorrentes. Para aqueles que ainda têm dúvidas sobre a qualidade e durabilidade do DI2, podem ficar despreocupados, é um ótimo grupo e tem seus benefícios, mesmo tendo no preço um fator limitante para seu crescimento no mercado, o deve mudar em breve. MT

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Foto: Triathlon.org | Delly Carr

MundoTRI NA PRÓXIMA EDIÇÃO: Sesc Caiobá Fast Triathlon Feminino ITU Salinas Pan American Cup


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