Destaque do mês Outubro / Dezembro 2011
Taça carenada
Taça carenada
Desde o início do fabrico de recipientes em cerâmica, que diferentes formas e decorações têm sido dadas ao barro moldável, tendo por base diversas técnicas, de acordo com funções variadas. São também estas diferenças que permitem a sua inclusão num período cronológico determinado, apesar de algumas formas e modos de fazer, perdurarem durante longos períodos de tempo. Um dos marcadores da transição do Neolítico para o Calcolítico é a presença de cerâmicas carenadas, maioritariamente sob a forma de taça, em associação com outras como os bordos e cordões denteados. As peças mais largas e baixas (taças e pratos) serviriam muito certamente para conter alimentos sólidos e as mais altas e fechadas (vasos) para colocação de alimentos mais líquidos.
MNA 11
Apesar de na sua maioria não apresentarem qualquer tipo de decoração, surgem alguns exemplares com mamilos aplicados ou repuxados, bem como impressões sobre a linha da carena, ou ainda caneluras incisas. Este tipo de recipientes surge em diversos sítios arqueológicos da Amadora, nomeadamente no Moinho do Penedo, nos Moinhos de Alfragide, em Alfragide Segundo Sul, nas Baútas e na Serra de Carnaxide Via C Rotunda e na Espargueira/Serra das Éguas, local de proveniência do recipiente em análise. Trata-se de uma taça, com 32 cm de diâmetro, cuja componente superior tem forma troncocónica e a componente inferior forma convexa, que foi recolhida numa prospecção de rotina ao terreno.
Fabrico das cerâmicas
NÚCLEO MUSEOGRÁFICO DO CASAL DA FALAGUEIRA MUSEU MUNICIPAL DE ARQUEOLOGIA