FINAL DE ANO E VERÃO INÉDITOS U
m ano difícil para todo mundo, em maior ou menor grau, todos lembrarão de 2020 como nenhum desde que nascemos, independente da idade de quem está lendo. Mas 2020 também trouxe algumas coisas boas, e ainda novos hábitos. Só que muita gente reunida no mesmo lugar agora é arriscado para a saúde coletiva. E assim a pandemia da Covid-19 modificou antecipadamente as festas de final de ano no planeta todo. Seguimos vivendo, trabalhando, estudando, produzindo o que nos alimenta o corpo e a alma, mais afastados fisicamente, mas talvez mais próximos uns dos outros seja pela empatia, seja pela tecnologia e as diversas maneiras de conversar e se ver de longe, ajudando a fortalecer os laços de sentir-se perto. 2020 acabou. Como foram as festas de final de ano deste inédito ano de pandemia? E o verão, agora com vacina contra a Covid-19? Os entrevistados da coluna são de profissões variadas e campeões na vida. Eles contam aqui como foram suas festas deste final de ano, o verão, e também deixaram uma mensagem especial para todos.
Confira aqui o que fez uma turma de sucesso pessoal e profissional neste Natal, réveillon e também no verão de 2021, além das suas mensagens foto CAIO CEZAR
JULIANA WOSGRAUS
106
Alice Kuerten Empresária, presidente do IGK (Instituto Guga Kuerten), criado por ela e os filhos Guga – atleta legendário –, e Rafael: notável pelo voluntariado em várias frentes, com atuação intensa há décadas, a partir de 2021 ela irá presidir a Federação das Apaes de Santa Catarina Esse ano não fiz nada na minha casa. Não tive festas, nada disso. Não dá, estou respeitando bastante a pandemia. E o verão também, a gente está trabalhando igual. Estou desde abril atendendo as famílias e os nossos alunos (do IGK), e não tenho nada previsto a não ser continuar as atividades. Até, talvez, reiniciem as aulas, não sabemos, estamos no aguardo de um posicionamento. Acho que a gente tem que respeitar, tudo que puder ajudar os outros, a gente vai fazer. Transformar o que temos e, talvez, o que gastasse com festas, transformar em doações, né? O IGK está doando cestas básicas desde o final de abril, são 150 a 200 por semana e continuamos. E a mensagem que eu deixaria é que as pessoas tirassem algum proveito desse momento, um momento de reclusão, momento de
olhar para o próximo, momento de sentir falta das pessoas. Ver o quanto a gente é igual, o quanto a gente precisa um do outro, e o quanto a gente pode ser útil um para o outro neste momento. Eu acho que depois, passando tudo isso, um sorriso, um abraço já será uma coisa muito importante. Então é isso que eu digo, que neste ano a gente reconheça o outro como indivíduo, como pessoa, e faça a ele tudo que gostaria de fazer para si. Olhar para o outro. E que a gente tenha muita saúde, muita paz e muito amor.