DYLAN DOG
Investigador do Pesadelo
Em uma Londres mágica e nevoenta, capital do fantástico e
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O HOMEM QUE VIVEU DUAS VEZES
do terror, Dylan Dog investiga os nossos medos e os nossos desejos, os monstros que existem dentro e fora de nós: fantasmas, demônios, zumbis, assassinos seriais, infernos e outras dimensões. Se o terror o persegue, chame Dylan Dog. Ele investigará o seu pesadelo pessoal com a ajuda do assistente Groucho e de Bloch, inspetor da Scotland Yard de estômago delicado. E se você é uma bela garota, melhor ainda: Dylan Dog se apaixona por todas as clientes.
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O HOMEM QUE VIVEU DUAS VEZES
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Texto: TIZIANO SCLAVI Desenhos: ANDREA VENTURI
não era num conto de sherlock holmes que se falava do sujeito que saiu pra comprar alguma coisa e não voltou mais?
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não sei! mas, em compensação, eu posso dizer que, quando se morre, se revê a vida como num filme, mas só se você gravou tudo antes!
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História originalmente publicada em Dylan Dog nº 67 (Itália, abril de 1992)
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um artigo... de sete anos atrás!
leu o jornal? diz que assim não dá pra ir em frente... e daí? eu vou ficar parado!
não, é de hoje!
lebre no cé es, o m lm Co k Ho res Lond e Sherloc 6 anos, 4 d conto ascal, sado, ew P ntador, ca isse h t t a M d co ntem ado estim lha, anteo rros, saiu fi ga rar ci se soube uma comp a ão i n e ha e u q e del mília já tin l a s a a f s de c a A P ca nada. eita, pois lícia mais o p s a su uap algum a, e aviso de buscas s um não f de 24 hora investigaa s i r o e smo es dep parec ao me ros a , r e e f í m me frut mu so co ém in m inú Tamb d neste ca s acontece consegue . s a r ar o se ífe infrut Scotland Y dos os an as sempre nanceiras, o fi T a m s d . , e s o d o l - ençã lda tino ma , anô ntos repen os - dificu e aventura cio: o p m d e v e t dí ti spírito os mo arecim imo in desap os deduzir , simples e o há o mín áter totalã n ar as ao me es amoros de Pascal n la, e um c se exclui a õ i ç o u decep que no cas eliz, tranq s. Também al apareça f do sc o quant da normal, s impensa era que Pa p i to s a v e e a e d um az ,es incap mante mente de uma a tícia. se no hipóte dê alguma e u q ou
d-desculpe...
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...eu... acho que perdi a memória...
Londres - Como no célebre conto de Sherlock Holmes, Matthew Pascal, 46 anos, estimado contador, casado, uma filha, anteontem disse que ia comprar cigarros, saiu de casa e dele não se soube mais nada. A família já tinha alguma suspeita, pois Pascal não fuma, e avisou a polícia depois de 24 horas de buscas infrutíferas. a investigação da Também infrutífera parece ser comum e, ao mesmo caso Scotland Yard neste anos acontecem tempo, anômalo. Todos os repentinos, mas inúmeros desaparecimentos os motivos sempre se consegue ao menos deduzir amorosas, - dificuldades financeiras, decepções enquanto que no simples espírito de aventura - indício: uma vida caso de Pascal não há o mínimo totalmente caráter um e normal, feliz, tranquila, se exclui a incapaz de atos impensados. Também que Pascal hipótese de uma amante, e se espera apareça ou que dê alguma notícia.
pra onde vão me levar?
g-groucho! pegue o dicionário de frases célebres e abra em acaso...
incrível...
que tal esta? aquilo a que chamamos acaso não é senão a causa ignorada de um efeito conhecido(*)...
(*) voltaire, dicionário filosófico.
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e, também por acaso, naquele momento toca a campainha... é uma doideira!
...me veio à mente o conto de sherlock holmes, assim, sem motivo, por acaso... e por acaso achei o artigo que eu nem lembrava que tinha guardado!
não, é só um acaso!
a esposa de matthew pascal morreu, mas conseguimos localizar a filha... já deve ter subido!
p-papai!
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...e foi só eu ver a holly pra lembrar de tudo da minha vida anterior... isto é, até quando eu saí pra comprar o jornal...
...até que eu despertei na frente da sua casa!
...depois, mais nada... sete anos... meu deus, sete anos de vazio...
eu vi a palavra investigador e achei que era um policial... alguém que pudesse me ajudar...
mas... por que romilda não está aqui? por que ela não veio?
papai... a mamãe...
bem, nós temos que ir...
...a mamãe morreu há três anos...
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foi sincero... amnésia... não é o primeiro caso!
...ela sofreu muito com o seu sumiço... não se recuperou...
caso... acaso... de novo...
mas por quê? por que eu sumi assim? onde eu estive? é de enlouquecer...
...e, agora, não sei se renasci... ou se estou morto...
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bem, eu preciso de...
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ao mesmo tempo, em outro cemitério...
...um carro!
papai...
humpf! não se pode dormir em paz nem num cemitério à noite? não era melhor esperar amanhecer? não!
...eu matei você... eu sou... um assassino...
romilda...
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ei! tá cansado de viver, é?
o que é, quer uma carona? você está todo sujo... aconteceu um acidente?
mas qu...
aaah!
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