Ácido Bórico no milho

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Euclides Dotta Neto Alunos da Disciplina de Engenharia Agronômica, Faculdade de Agronomia, Manoel Carlos Gonçalves de Espírito Santo do Pinhal. Av.Hélio Vergueiro Leite s/n°, Jd. Universitário, Espírito Santo do Pinhal -SP, Brasil. CEP. 13990-000. Ácido Bórico na cultura do milho

1. Introdução

O milho é considerada uma gramínea, planta anual, pertencente à família Poaceae, gênero Zea. Está classificado como Zea Mays. O milho é um dos cereais mais importantes cultivados no mundo todo. O maior produtor mundial são os Estados Unidos. No Brasil, que também é um grande produtor e exportador, São Paulo e Paraná são os estados líderes na sua produção (WIKIPEDIA/MILHO, 2008). Há séculos, vem sendo utilizado diretamente na alimentação humana e de animais, bem como na indústria para a produção de rações, cola, amido, óleo, álcool, flocos alimentícios, bebidas, além de outros produtos (SARTORI, 2006). O uso primário do milho nos Estados Unidos e no Canadá é na alimentação para animais. O Brasil tem situação parecida: 65% do milho é utilizado na alimentação animal, e 11% é consumido pela indústria, para diversos fins. Para uma boa satisfação na lavoura do milho deve-se prestar atenção no desenvolvimento da produção e do mercado, devem ser analisadas pragas e doenças, e principalmente deficiências nutricionais, que são fatores atenuantes na sua produção. De acordo com Coelho (2007), as necessidades nutricionais de qualquer planta são determinadas pela quantidade de nutrientes que esta extrai durante o seu ciclo. Esta extração total dependerá, portanto, do rendimento obtido e da concentração de nutrientes nos grãos e na palhada. Assim, tanto na produção de grãos como na de silagem será necessário colocar à disposição da planta a quantidade total de nutrientes que esta extrai, que devem ser fornecidos pelo solo e através de adubações. Observa-se que a extração de nitrogênio,


fósforo, potássio, cálcio e magnésio aumentam linearmente com o aumento na produção, e que a maior exigência do milho refere-se a nitrogênio e potássio, seguindo-se cálcio, magnésio e fósforo. Para facilitação de descobrimento de deficiência, pode-se dividir os sintomas em: sintomas iniciais na parte Inferior da planta e sintomas iniciais na parte superior da planta (EMBRAPA, 2007). Conforme a Wikipedia/Adubo, 2008, menciona que os adubos orgânicos são resíduos animais ou vegetais, sendo de ação mais lenta que os minerais, visto que necessitam transformações maiores, antes de serem utilizados pelos vegetais. Promove o desenvolvimento da flora microbiana e por conseqüência melhoram as condições físicas do solo; assim, a presença de matéria orgânica acelera a atuação dos adubos químicos. O ácido bórico é um produto branco, cristalino e free-flowing usado na indústria da agricultura como fertilizante e regulador de crescimento e outras aplicações. Na agricultura, o boro é um micronutriente essencial para o crescimento das plantas. Os fertilizantes do boro misturados com outros compostos ou fertilizantes de NPK são úteis nos solos deficientes de boro (BORODOSUL, 2008). 2. Objetivo Esse trabalho tem como objetivo comprovar o efeito da adubação em 60 dias na cultura do milho orgânico e o ácido bórico, e se é viável ou não é viável. 3. Materiais e métodos 3.1. Local e Período O trabalho foi realizado na estufa de nutrição de plantas do Curso de Engenharia Agronômica “Manoel Carlos Gonçalves” – Unipinhal, na cidade de Espírito Santo do Pinhal, SP, o ensaio teve início no mês de Agosto, indo até o mês de Novembro de 2008.


3.2. Atividades realizadas Foram plantados 3 grãos de milho em cada vaso, após a germinação foram retirados duas plantas de cada vaso. Dentre o período de germinação, foi feita a retirada de plantas invasoras. Os tratamentos foram realizados em blocos inteiramente casualizados, sendo 5 tratamentos e 4 repetições. Tratamentos 1 – Testemunha 2– 3– 4– 5–

Adubação --------------------------------Adubação Convencional Adubação Orgânica Adubação Convencional Adubação Orgânica

Ac. Bórico --------------------------------Ácido Bórico Ácido Bórico

Na adubação convencional foi utilizado o adubo 4-14-8, e a quantidade aplicada foi de 7,5g. Já na adubação orgânica foi utilizado composto de origem animal, sendo aplicado 150g. Nos tratamentos 4 e 5 foi feito adubação, depois da germinação foi aplicado 0,2g de ácido bórico. O tempo estabelecido para o desenvolvimento do milho foi de 60 dias, podendo assim, analisar melhor os tratamentos. Depois disso, nas plantas de cada vaso foi feita a contagem do números de folhas, medição da parte aérea e raiz e pesagem da matéria verde e seca da parte aérea e raiz. 4. Resultados e Discussões Pode notar na testemunha que ambas as plantas apresentaram deficiência inicial de nitrogênio, os aspectos que se pode notar nessas plantas foram raízes grossas e a parte aérea apresentou porte médio. Com a adubação convencional, as plantas não apresentaram deficiência de nutrientes, apresentaram caules pouco grossos, folhas longas e largas, observou ótimo enraizamento.


Na adubação orgânica em duas das quatro plantas apresentaram início de deficiência de fósforo. As plantas apresentaram área foliar ótima e bom enraizamento, sendo assim considerado o melhor resultado. Na adubação convencional junto com o ácido bórico, não se notou deficiência. As plantas em média apresentou porte baixo, folhas finas e pouco enraizamento. Adubação orgânica junto ao ácido bórico em todas as plantas deficiência de nitrogênio; caules finos e baixo; folhas finas e enraizamento ruim. Sendo este tratamento considerado o pior entre eles. Parte Aérea

Trat.

Altura

Folhas

Raiz

Peso

Peso

Verde

Seco

Compr.

Peso

Peso

Verde

Seco

1

5,500 a

24,725 a

16,810 a

1,683 a

26,000a

4,107 a

0,4888a

2

6,000 a

29,750 a

24,342 a

2,432 a

37,750a

6,007 a

0,783a

3

6,500 a

33,800 a

31,865 a

3,055 a

39,000a

8,077 a

0,885a

4

5,000 a

17,100 a

9,135 a

0,855 a

24,350a

2,588 a

0,265a

5

3,750 a

13,575

4,778

0,365 a

16,875a

1,497 a

0,215a

1,921

2,501

1,352

1,380

3,330

1,713

1,643

F

n.s.

n.s.

n.s.

n.s.

n.s.

n.s.

n.s.

CV %

28,450

44,928

108,975

111,902

35,806

90,563

88,949

DMS

3,326

23,354

41,398

4,103

22,528

8,817

1,024

n.s.: não significativo Tabela 1: Valores em média da parte aérea e raíz


35 30

g/planta

25 20 15 10 5 0

1

2

3

4

5

Peso Verde

Figura 1: Peso verde da parte aĂŠrea no milho aos 60 dias de plantio.

3,5 3

g/planta

2,5 2 1,5 1 0,5 0

1

2

3

4

5

Peso Seco

Figura 2: Peso seco da parte aĂŠrea no milho aos 60 dias de plantio.


g/planta

9 8 7 6 5 4 3 2 1 0

1

2

3

4

5

Peso Verde

g/planta

Figura 3: Peso verde da raiz no milho aos 60 dias de plantio.

0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0

1

2

3

4

Peso Seco Figura 4: Peso seco da raiz no milho aos 60 dias de plantio.

5. Conclus達o

5


De acordo com os gráficos pode-se ver que o tratamento feito com adubação orgânica obteve melhores resultados. Já o tratamento feito com adubação orgânica junto com o ácido bórico foi o pior resultado, não sendo viável o emprego do ácido bórico na cultura do milho quando não necessário. 6. REFERÊNCIAS BORODOSUL,

2008.

Ácido

Bórico.

Disponível

em:

<http://www.borodosul.com.br/borax-acid.pdf>. Acesso em: 12 de Novembro 2008 COELHO, A. M., 2007. Nutrição e Adubação - seja o doutor do seu milho. Disponível em: <http://www.ipni.org.br/ppiweb/brazil.nsf/87cb8a98bf725 72b85256 93e0053ea70/d5fbc829a2f54298832569f8004695c5/$FILE/Milho19.pdf>. Acesso em: 09 de Setembro de 2008 EMBRAPA AGROPECUÁRIA,

EMPRESA

2007.

O

AGROPECUÁRIA

cultivo

do

milho.

DE

PESQUISA

Disponível

em:

<http://sistemasdeproducao.cnptia. embrapa.br/FontesHTML/Milho/CultivodoMilho_2ed/ferdiagnose.htm>. Acesso em: 06 de Setembro de 2008.

SARTORI, J. A. Cultura do Milho - instalação da lavoura. São Paulo, 2006.

WIKIPEDIA/ADUBO, 2008. Adubos Orgânicos. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Adubo>. Acesso em: 12 de Setembro 2008

WIKIPEDIA/MILHO,

2008.

Milho:

Zea

Mays.

Disponível

<http://pt.wikipedia.org/wiki/Milho>. Acesso em: 16 de Setembro 2008

em:


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