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Ano VIII | Março/2016 | Nº 57 Circulação mensal | R$ 10,00
Revista Regional de Informação para o Agronegócio
Invasões de terras até quando?
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Após mais de 13 anos do PT no poder, o MST ainda promove invasões a propriedades, depredação de patrimônio, causa grande estrago à cadeia produtiva e traz terror ao campo. TRIBUTAÇÃO
CADASTRO AMBIENTAL RURAL
Cobrança do Prazo final para ICMS na área o preenchimento rural é extinto vence em maio Março de 2016
TUBERCULOSE/BRUCELOSE
CSA faz alerta aos produtores de leite 1
PRODUTIVIDADE
Plantio de milho safrinha cresceu 24% no Oeste
REVISTA
DISTRIBUIÇÃO DA REVISTA Anunciantes e empresas do agronegócio
Produtores rurais associados do Sindicato Rural de Cascavel
A revista Sindirural é um espaço privilegiado para a difusão de novas práticas e tecnologias voltadas ao campo. Também se coloca como porta-voz das angústias e reivindicações de quem se dedica à atividade agropecuária, além de difundir a importância do associativismo e da organização do setor rural.
Sindicatos rurais do PR
Quem lê a nossa revista
Cooperativas do Paraná
Profissionais do setor (eng. agrônomos, médicos veterinários, técnicos agrícolas, etc)
2.000 assinantes
2.000 assinantes cadastrados no Sindicato Rural de Cascavel recebem mensalmente a revista SindiRural gratuitamente em suas propriedades rurais. São famílias de agricultores, empresários, engenheiros agrônomos, médicos veterinários, técnicos agrícolas, empresas e prestadores de serviço do agronegócio regional e estadual. Também é enviada a todas as cooperativas do Paraná e todos os sindicatos rurais do Estado.
1.000
exemplares diretos
3.000
exemplares no total
Conteúdo editorial Trazemos mensalmente reportagens exclusivas sobre o setor, levando ao a um univeso de pequenos e médios produtores rurais informações sobre o mercado, novas técnicas de manejo, novos equipamentos e tudo o que ele precisa para diversificar sua propriedade e torná-la mais produtivas. 2
Março de 2016
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PUBLICAÇÃO OFICIAL
A mídia certa para você falar direto com o agronegócio paranaense! A revista SindiRural é a publicação oficial do Sindicato Rural Patronal de Cascavel/PR que mantém mensalmente bem informada toda cadeia produtiva do agronegócio estadual. Circulando há 8 anos, se tornou um instrumento de defesa dos interesses do setor agropecuário e de apoio no esforço para estimular e promover a produção e o trabalho, levar novidades e divulgar novas técnicas de manejos e tecnologias.
REVISTA
Jair R. dos Santos DEPARTAMENTO COMERCIAL
(45) 9972-6113 / 3037-7829 comercial@revistasindirural.com.br
Março de 2016
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L VE
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DE CASCA AL
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R. Paraná, 3937 - CEP 85.810-010 Cascavel/PR - Fone (45) 3225-3437 www.sindicatorural.com DIRETORIA Presidente Paulo Roberto Orso Vice-presidente Gelso Paulo Ranghetti 2º Vice-presidente Modesto Felix Daga Tesoureiro Genor Frare 2º Tesoureiro Renato Archille Martini Secretário Paulo Cezar Vallini 2º Secretário Gion Carlos Gobbi Diretor Administrativo Paulo Roberto Orso CONSELHO ADMINISTRATIVO Membros Milton Pedro Lago Valmir Antônio Oldoni Haroldo Stocker Ângelo Custódio Romero Eugênio César Luiz Dondoni Carlos Alberto Zuquetto Gelson José Zanotto CONSELHO FISCAL Titulares Isaías Luiz Orsatto Eudes Edimar Capeletto Denise Adriana Martini de Meda Suplentes José Torres Sobrinho Airton José Gaffuri Darcy Antonio Liberalli DELEGADO JUNTO À FAEP Titular Paulo Roberto Orso Suplente Paulo Cézar Vallini
Publicação oficial do Sindicato Rural Patronal de Cascavel Circulação Mensal Coordenador editorial: Paulo Cézar Vallini pvallini@uol.com.br
Fale com a redação: Jair Reinaldo dos Santos (editor) Fone (45) 3037-7829 / 9972-6113 Pedro de Brito Sarolli (Jornalista) Fone (45) 9948-9068 editoria@revistasindirural.com.br
Departamento Comercial: (45) 3037-7829 / 9972-6113 comercial@revistasindirural.com.br
Projeto gráfico arte/diagramação: NewMídia Comunicação Rua Cuiabá, 217 - CEP 85819-730 Cascavel-PR - Fone (45) 3037-7829 www.newmidiacomunicacao.com.br
Nesta edição SindiRural nº 57- Março/2016
Capa A nossa edição 57 aborda o problema das invasões de terra no Estado do Paraná, que atualmente somam 72 conflitos, que trazem preocupação e insegurança ao campo. Pág. 24
Plantio de milho safrinha cresceu 24%
LEIA TAMBÉM • Ágide pede atenção à Lei da Integração por parte de deputados. Pág. 13 De acordo com o Deral, incentivados pelo preço os produtores da região apostaram forte no milho safrinha, o que resultou em aumento de 78 mil hectares da área plantada em 2016. Pág. 12
Vacinação contra aftosa no Paraná inicia dia 1 de maio Iniciativa que faz parte da campanha nacional contra a aftosa deverá imunizar cerca de 9,15 milhões de animais de até 24 meses de idade. Pág. 15
CSA faz alerta aos pecuaristas sobre zoonoses A incidência da tuberculose e da brucelose, que são soonoses, ou seja, podem ser transmitidas aos seres humanos, preocupa entidades e produtores. Pág. 14 4
• Prazo para preenchimento do CAR vence no início do mês de maio. Pág. 16 • Cobrança de ICMS sobre energia elétrica na área rural é extinta. Pág. 20 • Nova técnica de inseminação aumenta em 20% a prenhez. Pág. 26
Entrevista O entrevistado desta edição é Pedro Faria Junior, engenheiro agrônomo e presidente da ABCBio (Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico). Ele fala sobre as projeções do setor, que vem ganhando espaço nas lavouras brasileiras a cada ano. Também afirma que a parceria entre controle químico e biológico é bastante harmoniosa e que o controle biológico é mais uma ferramenta à disposição do agricultor. Pág. 8 Março de 2016
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Na cidade, somos todos pedestres.
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PALAVRA DO PRESIDENTE PAULO ORSO - diretoria@sindicatorural.com Invasões de terras no Paraná e Plano Safra 16/17 Destacamos nessa edição a situação das invasões de terras no nosso Estado continua preocupante. Se há motivação política nas ações do MST ou não, quem sofre é o produtor rural, que se vê constantemente agredido e com seu direito de propriedade usurpado em todo o Estado. O caso Araupel é um absurdo, sendo que no último ato desse drama interminável as mulheres do Movimento Sem Terra destruíram milhares de mudas de eucaliptos da propriedade, simplesmente com o objetivo de depredar e prejudicar a empresa. Nossas autoridades não podem ficar atônitas, assistindo essa barbárie. A sociedade organizada e as entidades devem exigir um fim a esse drama que prejudica cada vez mais não só à cadeia produtiva, mas à toda população do Paraná. Outro assunto de vital importãncia é a discussão do Plano Safra 16/17. Ainda estamos sob vigência do Plano Safra 2015/2016, mas já passamos da hora de pensarmos no Plano Safra
2016/2017. Antecipando-se a divulgação e sugerindo mudanças, a Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), juntamente com a Ocepar (Organização das Cooperativas do Estado do Paraná), a Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento), produtores e outras entidades sugeriram neste mês várias mudanças e melhorias no novo plano agrícola, que deve ser divulgado em junho. As propostas estão disponíveis na publicação da Faep, que acaba de circular, e no site da entidade. O documento é uma união de ideias que foi concebido após ampla discussão e debate sistematizado, retratando as principais reivindicações do setor agropecuário. Trata-se, portanto, de um documento de consenso com pleitos considerados prioritários, de forma que a Ocepar, a Faep e a Seab permanecem à disposição para aprofundamentos nos temas propostos ou outros que não tenham sido abordados. Nós produtores temos a obrigação de ler essas sugestões e termos a nossa própria opinião
sobre assunto. No entanto, já podemos adiantar algumas das mudanças sugeridas. Entre elas estão o aperfeiçoamento dos programas existentes com incremento no volume de recursos; disponibilização dos recursos em época compatível com a atividade agropecuária; ampliação da oferta de produtos e projetos amparados pelos programas governamentais de apoio a produção; redução de em média um ponto percentual dos juros nos programas de investimento e custeio; prorrogação do CAR em mais um ano, tendo em vista que ainda faltam muitos produtores no cadastro entre outras sugestões. Quanto ao seguro rural, tema problemático há muitos anos e cujo governo federal não consegue evoluir ou atender as necessidades do campo, o documento pede uma previsão no Plano Safra de R$1,1 bilhão no Programa de Seguro Rural. Precisamos de mais recursos, uma vez que nossa atividade é de alto risco. Há muitas outras sugestões no documento. Se formos atendidos em boa parte delas, podemos comemorar. Agora, precisamos nos inteirar dela e cobrar dos nossos representantes que elas sejam atendidas. O agronegócio é o carro-chefe da economia brasileira e precisamos sim ser atendidos e tratados com mais respeito.
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ENTREVISTA PEDRO FARIA JÚNIOR
“Controle biológico ganha mais espaço”
O entrevistado desta edição é Pedro Faria Junior, engenheiro agrônomo e presidente da ABCBio (Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico). Ele fala sobre as projeções do setor, que vem ganhando espaço nas lavouras brasileiras a cada ano. Também afirma que a parceria entre controle químico e biológico é bastante harmoniosa e que o controle biológico é mais uma ferramenta à disposição do agricultor. SINDIRURAL - O que é a ABCBio e quais são seus objetivos? PEDRO FARIA JÚNIOR - A Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABCBio) foi fundada em 2007 com o objetivo de congregar as empresas do setor, reunindo fabricantes e comerciantes de produtos biológicos, buscando o fortalecimento e a representatividade do setor em todas as instâncias relacionados com a atividade. Reunindo atualmente 21 empresas, a entidade busca o contínuo aprimoramento organizacional, assim como a modernização e a profissionalização da atividade, com participação ativa na construção dos marcos regulatórios. Todas as ações da entidade são avalizadas por respeitáveis profissionais do mundo acadêmico e seu Comitê Técnico Científico atua nas áreas de parasitoides e predadores, fungos para controle de doenças, bactérias e nematoides entomopatogênicos, entre outros, e conta com a participação de profissionais de notório saber. Com todas essas precauções, a associação contribui significativamente para a consolidação de um novo conceito de controle de pragas na agricultura brasileira. SINDIRURAL - O que é controle biológico? PEDRO FARIA JÚNIOR -O controle biológico é a regulação de populações de organismos vivos através de inimigos naturais. Tem como objetivo controlar as pragas agrícolas e os insetos transmissores de doenças a partir do uso de seus inimigos naturais. É um processo que envolve plantas, parasitoides, pre-
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Estima-se que a indústria de biocontrole está crescendo 5 vezes mais rápido que a indústria de defensivos convencionais no mercado global.
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dadores e entomopatógenos, bem como suas interações, promovendo o equilíbrio entre os organismos que compõe os ecossistemas. O Controle Biológico é um processo natural de regulação populacional através de inimigos naturais. Dentro do controle biológico podemos constatar duas fases distintas: o controle biológico sem a interferência (ou seja, na forma como é encontrado na natureza) e aquele que é feito mediante introdução, manipulação e aplicação de organismos capazes de agir de forma contrária as pragas e doenças. O controle biológico natural refere-se à população de inimigos que ocorrem naturalmente. São muito importantes em programas de manejo de pragas, pois são responsáveis pela mortalidade natural no agroecossistema e, consequentemente, pela manutenção de um nível de
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equilíbrio das pragas. Já o controle biológico aplicado trata-se de liberações inundativas de parasitoides ou predadores, após criação massal em laboratório. Este tipo de controle biológico é uma prática muito importante na agricultura atual, principalmente dentro de planos de Manejo Integrado para pragas e doenças. SINDIRURAL - Qual o panorama deste setor no Brasil? Há possibilidade de crescimento em 2016? PEDRO FARIA JÚNIOR -Estima-se que a indústria de biocontrole está crescendo 5 vezes mais rápido que a indústria de defensivos convencionais no mercado global. A tendência que este segmento cresça nos próximos anos entre 15 a 20% do mercado total de defensivos agrícolas no Brasil. No mercado internacional, estudos apontam que o controle biológico cresce a uma taxa de 16% ao ano. SINDIRURAL - Que tipo de serviços as empresas oferecem? PEDRO FARIA JÚNIOR -As empresas do segmento produzem os chamados agentes biológicos de controle que são formados, basicamente por agentes microbiológicos, que são microrganismos como vírus, fungos entomopatogênicos, fungos antagonistas, bactérias entomopatogênicas e antagonistas, entre outros. Também produz macro-organismos que atuam como parasitoides ou predadores e constituem uma estratégia eficaz nos programas de manejo de pragas em diversas culturas. Os agentes biológicos de controle acima citados passam por processos de formulação visando manter o micro-organismo, ou macro-organismo em uma forma física mais efetiva com respeito à atividade biológica, estocagem e aplicação. Após estes processos, eles são disponibilizados na forma granulada, suspensão concentrada, pó molhável WP, em cartela contendo ovos parasitados, em cápsula contendo micro-vespas. Para os macrobiológicos são comercializados ovos, pupas, larvas, insetos vivos. Nos microbiológicos são Março de 2016
O engenheiro agrônomo Pedro Faria Júnior é presidente da Associação Brasileira de Empresas de Controle Biológico (ABCBio)
comercializados esporos, hifas, estruturas de resistência, bactérias, etc. SINDIRURAL - Sempre é dito que o controle biológico é complementar ao controle químico. Como funciona essa parceria? PEDRO FARIA JÚNIOR -Funciona de forma bastante harmoniosa. Os defensivos convencionais também compõem o manejo integrado de pragas. A ideia é utilizá-lo sempre que necessário, quando outros métodos não são suficientes para o controle de determinada praga. Os defensivos biológicos chegaram para compor um pacote de ferramentas de manejo que promovem a redução de danos Março de 2016
econômicos e a supressão do uso descontrolado de agrotóxicos. O controle biológico é mais uma ferramenta de controle que compõe o manejo integrado juntamente do controle químico. Tornando assim o manejo da praga ou doença mais equilibrado e sustentável. A grande vantagem dos defensivos biológicos é que eles não deixam resíduos nos alimentos, são de baixa toxicidade ao aplicador e pouco perigoso ao meio ambiente. Muitos produtos biológicos auxiliam o manejo atuando sobre as pragas ou doenças em fases que o defensivo químico não tem eficiência. Mas a grande vantagem é que o biológico se soma as outras práticas de manejo favorecendo assim o con-
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trole e equilíbrio do ambiente. SINDIRURAL - Quais as razões para o setor ter ganho espaço nos últimos anos? PEDRO FARIA JÚNIOR - O mercado dos biodefensivos vem registrando um crescimento robusto já há alguns anos e os principais motivadores dessa movimentação são: nova mentalidade do setor produtivo - o Manejo Integrado de Pragas (MIP) cresce num ritmo acelerado e os defensivos biológicos são primordiais neste sistema; oferta limitada de novas moléculas - a química convencional está esgotada, pouquíssimas moléculas novas em fase de registro; foco em uma agricultura mais sustentável; evolução da resistência das pragas aos produtos sintéticos; avanços tecnológicos oferecem caminho para desenvolvimento potencial de produtos biológicos mais eficientes; menos burocracia, já que a pressão regulatória pela gestão de resíduos favorece a aprovação de produtos mais seguros e naturais; aumento da demanda do consumidor e supermercados (busca por produtos com resíduos zero); aumento de estudos de compatibilidade, de pesquisa e desenvolvimento favorece o uso dos defensivos biológicos junto com os defensivos sintéticos, convencionais e a evolução continua da escala de produção e métodos de aplicação. O segmento foi favorecido ainda pela grande importância que os produtos de controle biológico tiveram em recentes e graves problemas fitossanitários surgidos em algumas culturas no Brasil. O exemplo mais marcante dessa situação foi o aparecimento da Helicoverpa armigera, uma nova praga que já causou enormes prejuízos aos agricultores brasileiros e cujo controle, economicamente viável, só foi conseguido graças à introdução de inseticidas microbiológicos e de insetos parasitoides no plano de manejo de pragas. SINDIRURAL - Como o controle biológico pode ajudar nos principais problemas das lavouras atualmente, como a ferrugem asiática? PEDRO FARIA JÚNIOR - Como dito nas respostas anteriores, a principal vantagem dos defensivos biológicos é complementar a atuação com outras modalidades dentro de um manejo integrado de pragas. Tais características se aplicam a diversas culturas. O efeito dos defensivos biológicos é imediato na produção agrícola, no controle de pragas e doenças. Os resultados do controle biológico dependem de uma serie de fatores. Nós buscamos melhorar o equilíbrio da agricultura com o uso de agentes de controle biológico ajudando a deixar as pragas e doenças em populações que não causem dano econômico. Os resultados como sempre dependem das práticas de manejo adotadas. Não adianta aplicar o biológico e utilizar práticas que o desfavoreçam.
REGISTRO
1ª oficina de trabalho Piscoop reúne pecuaristas Produtores de gado de corte, integrantes do Programa Pisacoop/PR – Áreas Declivosas e Região da Cantuquiriguaçu, participaram da Primeira Oficina de Trabalho Pisacoop, programa financiado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, desenvolvido no Paraná pela Superintendência Federal de Agricultura no Estado e a SIA (Serviço de Inteligência em Agronegócios), que é a empresa executora do projeto. O encontro foi realizado na Fazenda Arataca, de propriedade da família Laginski, em Catanduvas, no Oeste do Paraná. Os resultados foram apresentados pelo responsável do setor de pecuária da Fazenda, médico veterinário Piotre Laginski e pelos técnicos da SIA, Armindo Barth Neto e Jean Mezzalira, consultores da empresa de consultoria executora do programa Pisacoop. Os objetivos da oficina foram apresentar os resultados do planejamento forrageiro e de rebanho que foi realizado na propriedade com o objetivo de se evitar a falta de pasto no outono, período de transição entre as pastagens de verão e inverno. A Fazenda Arataca, assim como os demais produtores que participam do programa, já vem colhendo os resultados da
A primeira Oficina de Trabalho Pisacoop, que reuniu produtores de gado de corte e lavoura
adoção das tecnologias propostas pelo programa Pisacoop, potencializando o desempenho dos animais e da rentabilidade dos produtores. Ainda durante a oficina, foi apresentada uma área de renovação de pastagem, onde foi implantado Panicum maximum cv. Mombaça. Essa área foi implantada em dezembro de 2015. Com menos de 3 meses desde a implan-
tação, já está no quarto pastejo. Foi apresentada uma das primeiras áreas de pecuária de corte a adotar uma técnica revolucionária de manejo do pasto chamado “pastoreio rotatínuo”. Os resultados dessa nova técnica já podem ser vistos na Fazenda Arataca, assim como nas demais propriedades do programa Pisacoop.
Agassiz é reeleito presidente do Núcleo Angus O agropecuarista Agassiz Linhares Neto foi reeleito presidente do Núcleo de Criadores Angus do Oeste do Paraná. A eleição foi feita na terça-feira à noite (14), na sede do Sindicato Rural de Cascavel, acompanhada de uma confraternização entre os pecuaristas. Agassiz comandou a entidade pelos últimos dois anos e agora tem mais dois de gestão pela frente, biênio 2016\2018. Neste mês de março, o Núcleo completou 16 anos de vida. A chapa ficou da seguinte forma: presidente Agassiz Linhares Neto; 1º vice-presidente o médico Reno Paulo Kunz; 2º vice-presidente Rogério Francisco Stein; diretor administrativo Lauro Colombo; diretor secretário José Filippon; diretor de finanças Cristopher Filippon; diretor de eventos Emilio Moacyr Zanetti Jr; diretor de marketing Eduardo Franz Luvison; Conselho Fiscal será formado por José Dudek Neto, Renato Zancanaro e Eder Bublitz, com os suplentes Antonio Carlos Queiroz, Antonio Machado Oliveira Filho e Juliano Arthur Alexander Vial; o Conselho Técnico será formado por Diogenes Silva,
Foram apresentados todos os demonstrativos contábeis do ano durante a assembléia
Alvaro Palavicini e Luis Augusto Copetti e o Conselho de Administração será composto por José Filippon, Renato Zancanaro, José Dudek Neto e Cristopher Filippon.
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Além da eleição, os membros do Núcleo já decidiram quem assumirá o comando após Agassiz, que passará a batuta para o médico e pecuarista Reno Paulo Kunz. Março de 2016
Startup Weekend Agro movimentou Cascavel A Agrotec, em Cascavel, foi palco de um da Startup Weekend Agro nos dias 18, 19 e 20 de março. A Startup Weekend é uma rede global de líderes e empreendedores de alto impacto em uma missão para inspirar, educar e capacitar indivíduos, equipes e comunidades. O temo inglês “startup”, que significa “dar início” surgiu para designar empresas que buscam potencializar idéias novas e inéditas no mercado. Mais de 8.000 startups foram criadas nos eventos realizados em cerca de 100 países. Todos os fins de semana ela ocorre em algum lugar do mundo e, muitas vezes, é adaptada com a temática da região. Em Cascavel, o agronegócio é o carro-chefe e foi a inspiração para criação de empresas, ideias e serviços para o setor. O Startup Weekend é um evento de imersão, uma experiência única onde empreendedores e aspirantes a empreendedores podem descobrir se suas ideias de startups são viáveis. Aproximadamente 50 participantes estiveram presentes nos 3 dias de evento. Foram 29 ideias sugeridas e, depois de eleger as melhores, gru-
Cerca de 50 participantes estiveram presentes durante os três dias de evento
pos foram formados para começar a trabalhar profundamente sobre elas. Entre os projetos trabalhados estiveram os que envolviam a facilitação da despesca aos produtores, com um software que busca equipes para tal serviço; plataforma on-line para compra e venda de insumos e serviços; sistema para auxiliar cooperativas em evitar o êxodo rural; plataforma on-line para oferecer serviços e soluções aos produtores, conforme demanda do próprio produtor; oportunidades concentradas em um
local ao produtor; aplicativo de celular para diminuir gastos excessivos dos produtores em energia entre outros. Uma das entidades parceiras do evento é o Sebrae-PR. Segundo Rafael Tortato, coordenador estadual do projeto startup do Sebrae, iniciativas assim preparam melhor os empreendedores para ideias inovadoras. “Esse formato rápido também colabora, já que esse ciclo curto demanda menos recursos, como tempo e dinheiro”.
Abate de frango tem melhor bimestre desde 2003 A avicultura paranaense fecha o primeiro bimestre de 2016 com recorde. De acordo com dados do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), nos dois primeiros meses do ano, 284,23 milhões de cabeças de frango foram abatidas, 142,17 em janeiro e 142,06 em fevereiro. O número é o maior desde 2003, quando a produtividade passou a ser registrada no Paraná. O volume teve um crescimento de 9% em relação ao recorde anterior, de 2014, quando o abate de aves no estado foi de 258,52 milhões de cabeças no bimestre. Se comparado aos dois primeiros meses do ano passado, o aumento foi de 14,7%, quando 247,62 cabeças de frango foram abatidas. Para o presidente do Sindiavipar, Domingos Martins, o avanço representa a união de todos os envolvidos no setor. “Crescemos em número de indústrias, que estão sempre se aperfeiçoando e modernizando em busca de uma produtividade maior e de forma sustentável. Um trabalho que tem sido realizado pelas empresas em conjunto com entidades do setor. No campo, contamos com a parceria junto aos produtores integrados, que, empenhados Março de 2016
em produzir com qualidade, ajudam a fortalecer a avicultura do estado”, afirma. Os embarques também continuam em alta no estado. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), neste primeiro bimestre, 217,18
mil toneladas da proteína de frango foram embarcadas no Paraná. O número é 5,2% maior que o volume embarcado no mesmo período em 2015 (206,32 mil toneladas). Com isso, o Paraná respondeu por 34% das exportações do país no segmento, o que resultou em um retorno de US$ 299.931.778.
Curso sobre mercado de soja O consultor Flávio França Junior, economista formado pela Universidade Federal do Paraná e atuante há mais de 30 anos em análises agroeconômicas e de mercados de commodities estará novamente no Sindicato Rural de Cascavel. Ele ministrará um curso pago nos dias 27 e 28 de abril, no auditório do sindicato, intitulado “Curso de Introdução do Mercado de Soja”. Aos associados interessados, será promovido um evento paralelo e gratuito. França Junior já esteve em Cascavel em 2015 e realizou o mesmo curso. Por 25 anos ele foi analista
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sênior e diretor de conteúdo da consultoria Safras & Mercado. Agora, ele é o diretor responsável pela França Junior Consultoria, que já conta com centenas de palestras e cursos de comercialização realizados por todo o país e pela América Latina. Entre os assuntos debatidos estarão: análise dos fundamentos de oferta e consumo; tendência de curto, médio e longo prazo da CBOT; prêmio de exportação; taxa de câmbio; planilhas de formação de preços; sistema de comercialização; o mercado futuro; o mercado de opções e análises técnicas.
SAFRA 2015/2016
Milho safrinha é a grande aposta do ano na região de Cascavel
Plantio de milho safrinha cresceu 24% De acordo com o Deral, incentivados pelo preço os produtores da região apostaram forte no milho safrinha, o que resultou em um aumento de 73 mil hectares em 2016 Motivados pelo preço, os produtores rurais dos 28 municípios que compreendem o raio de ação do Deral (Departamento de Economia Rural) do Núcleo Regional da Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento) de Cascavel apostaram fortemente no milho safrinha. De acordo com o órgão, o plantio teve um aumento de área de 24% se comparado ao ano passado (305 mil hectares em 2015 e 378 mil hectares em 2016). “Já esperávamos um aumento, mas o volume nos surpreendeu. A principal motivação é o preço. Em dezembro do ano passado o pre-
ço era de R$ 23 a saca e hoje (29 de março) ele está R$ 36. Os produtores plantaram milho em vez de aveia, trigo e feijão”, comenta o técnico do Deral de Cascavel, José Pértile. Segundo ele, a previsão de colheita é de 2,5 milhões de toneladas do grão. Se o tempo ajudar, será registrado um recorde de produção na região. “Porém, há uma previsão que neste ano tenhamos um inverno rigoroso. Em maio podemos ter geada e os produtores precisam ficar atentos. Se isso acontecer, teremos quebra. Caso não, teremos recorde”, comenta. Quanto à soja, o Deral já fechou o balanço da safra 2016/2016. Foram cultivados 561.300 hectares nos 28 municípios e a produtividade média foi de 3.530 quilos por hectare, número abaixo das estimativas. “Tivemos uma quebra de 5% na média comparado às nossas expectativas. Mesmo assim, o produtor deve erguer a mão para o céu e agradecer que não tivemos mais problemas, já que houve um excesso de chuva, doenças fúngicas e dificuldade para
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aplicar os defensivos”, analisa. O milho primeira safra também registrou quebra. Com uma área pequena de plantio - 15 mil hectares -, a produção total foi de 126.193 toneladas, registrando uma quebra de 13% diante da previsão inicial. A produtividade por hectare foi em média de 9.435 quilos. OUTRAS CULTURAS
O trigo continua a perder área de plantio nos 28 municípios sob comando do Deral de Cascavel. Em 2015, foram cultivados 139.650 hectares, com uma colheita de 335.439 toneladas. Em 2016, a área prevista despencou para 109.820 hectares, totalizando diminuição de 22%. Segundo Pértile, isso ocorreu porque os produtores optaram por plantar milho e devido ao alto risco do trigo, principalmente com a previsão de inverno rigoroso. Quanto ao feijão das secas, a área continua praticamente a mesma do ano passado: 8 mil hectares. O risco e a oscilação do preço são alguns dos motivos que afastam os produtores dessa cultura. Março de 2016
LEGISLAÇÃO
Ágide pede atenção à Lei da Integração O presidente da FIEP Ágide Meneghette pede atenção dos deputados federais da bancada paranaense à Lei da Integração O presidente da Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), Ágide Meneguette, encaminhou na metade do mês de março um ofício aos deputados federais da bancada paranaense e aos parlamentares da FPA (Frente Parlamentar da Agricultura) pedindo atenção ao Projeto de Lei nº 6459, que trata das relações econômicas entre produtores integrados e empresas integradoras. Esse sistema abrange importantes cadeias produtivas no país, como a avicultura, a suinocultura, a citricultura e a fumicultura. Essas atividades, no entanto, vivem numa espécie de vácuo legal, uma vez que não há em vigência uma legislação que contemple as relações de integração. Nesse sentido o PL nº 6459 vem dar clareza a estas relações, estabelecendo os direitos e deveres tanto dos integrados quanto das integradoras, prevendo a padronização dos contratos que regem o sistema de integração. A proposta também cria “uma metodologia única para referenciar o valor pago aos produtores integrados. As cadeias produtivas necessitam de sustentabilidade econômica, para manter os produtores ativos e promover o crescimento da atividade”, comenta Ágide no documento.
Ágide: “Projeto está pronto para votação na Câmara dos Deputados^
Essa proposta vem sendo construída a muitas mãos. As discussões em torno das emendas do PL aprimoraram a redação e envolveram representantes de todos os setores que compõe o sistema de integração. “No segundo semestre de 2015 houve o consenso em torno das emendas propostas e hoje o projeto encontra-se pronto para votação na Câmara
dos Deputados”, informa Ágide. Por conta desses e de muitos outros fatores, o líder da agropecuária paranaense pediu no documento aos parlamentares que a proposta seja apreciada, pois “tanto os produtores integrados quanto as integradoras necessitam de base jurídica para manter o sistema de integração”, conclui.
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TUBERCULOSE / BRUCELOSE
Conselho faz alerta aos pecuaristas A incidência da tuberculose e da brucelose, que são zoonoses, ou seja, podem ser transmitidas aos seres humanos, preocupa entidades e produtores Além das temidas febre aftosa e da doença popularmente conhecida como “vaca louca”, há outras doenças perigosas que podem acometer os bovinos. Entre as principais estão a brucelose e a tuberculose. Silenciosas, essas doenças são conhecidas como zoonoses, ou seja, podem ser transmitidas aos seres humanos. Preocupados com a situação, o Sindicato Rural de Cascavel, o CSA (Conselho Municipal de Sanidade Agropecuária de Cascavel) e a Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) regional de Cascavel estão em busca da conscientização dos produtores rurais para a importância da realização periódica de exames tanto nos animais, como nos que lidam diariamente com eles. Nos animais, as duas doenças não apresentam sinais claros e são identificadas mais facilmente por exames (de sangue para brucelose e via teste alérgico para tuberculose). Na brucelose, tanto nos homens quanto nos animais, os sintomas são: artrite, orquite (dores nos testículos), aborto e febres intermitentes. Na tuberculose, os sintomas nos humanos são o de emagrecimento e mal funcionamento do aparelho digestivo e respiratório. No entanto, os sintomas da mesma só aparecem depois da doença estar bastante avançada e, em alguns animais, é quase imperceptível. Somente depois do abate é possível observar uma série de tubérculos. A médica veterinária da Adapar e diretora técnica do CSA, Luciana Riboldi Monteiro, conta que as entidades estão unidas para conscientizar os criadores e mostrá-los a importância de tornar os exames de rotina, tanto nos animais como nas pessoas que trabalham diretamente com os animais. “Como elas são zoonoses, tanto o homem pode contaminar os animais como o gado pode contaminar o trabalhador. Por isso é importante a realização do exame”, orienta. A última novidade, de acordo com Lucia-
Bovino diagnosticado com tuberculose, que foi abatido logo em seguida
Indenização e vacina Por lei, os animais diagnosticados com tuberculose devem ser abatidos. Em caso de contaminação com essa doença, o criador recebe uma indenização do Estado do Paraná. O valor pago pelos cofres públicos é referente a 70% da arroba cotado no dia do abate. No caso da brucelose, há vacina disponível no mercado e não há indenização em casos diagnosticados positivos. Na regional da Adapar de Cascavel, que
na, é a nova lei que exige que, até o último dia do mês de maio de todos os anos, os bovinocultores de leite que entregam sua produção aos laticínios devem apresentar exames de brucelose e tuberculose de todo o rebanho. Antes, a exigência era de acordo com a chancela do laticínio SIF, SIP ou SIM e em caso de trânsito de animais para reprodução ou presença em eventos.
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inclui também Santa Tereza e Lindoeste, em 2014 foram abatidos 246 animais devido à tuberculose (o mesmo número refere-se às indenizações concedidas). Já na regional de Catanduvas, que inclui também os municípios de Três Barras do Paraná, Ibema e Campo Bonito, foram 266. Os números são bastante consideráveis e, mesmo com ressarcimento do Estado, certamente causou prejuízos aos produtores.
Para o presidente do CSA, Agassiz Linhares Neto, com essa prevenção o produtor rural só tem a ganhar. “Se o resultado do exame for positivo, no ser humano, é só tratar. O problema é contaminar todo o rebanho e ter que sacrificar os animais”, alerta. Segundo Agassiz, a medida é bastante simples mas de grande importância para a sanidade do rebanho e para saúde dos produtores. Março de 2016
FEBRE AFTOSA
Vacinação começa dia 1 de maio no PR Iniciativa que faz parte da campanha nacional contra a aftosa deverá imunizar cerca de 9,15 milhões de animais de até 24 meses de idade. Somente na região de Cascavel a estimativa é de 350 mil animais
Produtores devem imunizar todos os animais com até 24 meses de idade
De acordo com a médica veterinária da Adapar, Luciana Riboldi Monteiro, o Paraná segue cumprindo o calendário do Mapa até que sejam atendidas todas as exigências para se tornar uma área livre, como por exemplo a reestruturação dos postos de fiscalização nas. Até lá, as campanhas são mantidas. Vale lembrar que apesar de existir a opção da comprovação on-line da vacinação, os pecuaristas ainda são obrigados a fazer a mesma pelas
guias de papel. O engenheiro agrônomo e diretor executivo do Sindicato Rural de Cascavel, Paulo Vallini, afirma que todos os agropecuaristas devem fazer sua parte e vacinar os animais, pois a atitude é importante para toda a cadeia produtiva, uma vez que está bem próximo a conquista do status de área livre de aftosa sem vacinação, o que beneficiaria todo o setor.
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Apesar do pleito de tornar-se área livre de aftosa sem vacinação, os criadores de bois e búfalos de todo o Paraná devem continuar vacinando seus rebanhos contra a doença. No mês de maio (1º ao dia 31) se inicia a primeira etapa da vacinação, que obriga os produtores rurais a imunizar os animais de 0 a 24 meses de idade. Não deixe de fazer a sua parte. No Paraná, a iniciativa é coordenada pela Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) e faz parte da campanha nacional contra a doença nos rebanhos brasileiros, coordenada pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Neste mesmo ano, tudo indica que os criadores também devem continuar vacinando seus animais na segunda etapa da campanha, que vai do dia 1º de novembro ao dia 30 do mesmo mês. No mês de maio, os órgãos fiscalizadores só exigem a imunização dos animais de 0 a 24 meses – diferente de novembro, onde é necessário vacinar todo o rebanho de bovinos e bubalinos. No Paraná cerca de 9,15 milhões de animais devem ser imunizados. Na região de Cascavel, a estimativa é de 730 mil.
CÓDIGO FLORESTAL
O dia 05 de maio é o prazo limite para o preenchimento do Cadastro Ambiental Rural
Preenchimento do CAR vence em maio Produtores devem preencher obrigatoriamente o CAR para aproveitar os benefícios previstos no Código Florestal para as propriedades consolidadas O prazo previsto em lei para preenchimento do CAR (Cadastro Ambiental Rural) encerra-se no dia 5 de maio de 2016. Sobre este assunto, o presidente do Sindicato Rural de Cascavel, Paulo Orso, informa que a entidade possui um departamento ligado ao tema para sanar dúvidas dos proprietários rurais e, inclusive, fazer o devido preenchimento do CAR, além de também indicar alguns profissionais que o fazem aos produtores que ainda não tomaram esta providência. O CAR é instrumento de política ambien-
tal, não tendo qualquer caráter fundiário, seja para regularização ou para aquisição de direitos reais. O registro no CAR é condição obrigatória para usufruir dos benefícios do PSA (Pagamento por Serviços Ambientais). Em relação à dimensão da área, deverá constar no CAR a situação real, independentemente de existir qualquer informação diversa em matrícula, termo de compromisso, plano de manejo ou afins. O registro da reserva legal no CAR desobriga a averbação em cartório. A inscrição no CAR é condição para adesão ao PRA (Programa de Regularização Ambiental). Para ter acesso ao PRA, o produtor terá que seguir os seguintes passos: inscrição no CAR; assinar Termo de Compromisso. Esse é o mecanismo de adesão ao PRA, que nada mais é que um título executivo que descreve as medidas a serem tomadas pelo produtor para a adequação do imóvel rural às exigências do novo Código Florestal, prevendo sanções em caso de descumprimento e, por
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último, se necessário, elaborar o PRAD (Projeto de Recomposição de Áreas Degradadas e/ ou Alteradas), que deverá descrever as ações, procedimentos e prazos a serem adotados pelo produtor para a adequação do imóvel. No caso das propriedades menores ou iguais a quatro módulos fiscais, esse procedimento terá modo simplificado. CAR PENDENTE
Caso o CAR da propriedade esteja pendente, há três passos a cumprir: o órgão ambiental terá o prazo de trinta dias para expedir a notificação ao interessado sobre o motivo da pendência, solicitando documentação ou esclarecimento complementar; depois, o interessado terá prazo de 180 dias para apresentar a documentação ou os esclarecimentos necessários; após a apresentação dos documentos ou esclarecimentos pelo interessado, o órgão ambiental terá 90 dias para análise e deliberação. Em caso de irregularidade nas declarações do CAR constatadas pela análise Março de 2016
realizada pelo órgão ambiental, importará em advertência ao proprietário ou possuidor e será concedido prazo de 20 dias para retificação ou defesa. FORÇA-TAREFA
Para alertar os proprietários rurais quanto à necessidade de fazer o Cadastro, o Governo do Estado, sindicatos rurais, representantes de classe e cooperativas do setor agrícola passam a promover reuniões técnicas periódicas para acompanhamento da evolução dos cadastros no Paraná. A ação vai envolver diversas entidades, públicas e privadas. O Estado do Paraná mantém a quarta posição no Brasil em número de imóveis cadastrados, atrás apenas de Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo. “Acredito que com esse trabalho do governo estadual e das entidades, vamos reverter mais rapidamente os números nas regiões com baixo índice de cadastramento”, afirma o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Ricardo Soavinski. O objetivo é ultrapassar os números dos primeiros meses de 2015. “Em fevereiro e março do ano passado, tivemos mais de 50 mil cadastros. Vamos superar esse número com essa força-tarefa. A meta é ter 100% dos imóveis cadastrados em todo o Estado”, finaliza Soavinski. O município com maior número de imóveis cadastrados, de acordo com o relatório, é
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Pouco avanço no Paraná O prazo para a inscrição das propriedades rurais no CAR (Cadastro Ambiental Rural) vence no mês de maio e o Paraná apresenta pouco avanço. Próximo do dia 20 de março, o Estado apresentava 218.272 áreas inscritas no sistema, o que soma oito milhões de hectares, de acordo com o último relatório do Serviço Florestal Brasileiro, referente ao mês de fevereiro. “Os números são baixos para o período. Ainda faltam 7,368 milhões de hectares para serem cadastrados no Estado. Se for mantida a média dos últimos meses, no dia 5 de maio, quando vence o prazo de inscrição no CAR, não teremos mais do que 67% da área cadastrada”, alerta o engenheiro agrônomo e assessor de meio ambiente do Sistema Ocepar, Silvio Krinski. “A maior preocupação é quanto às consequências para aqueles produtores que perderem o prazo, pois eles ficarão impossibilitados de consolidar suas atividades produtivas em Área de Preser-
vação Permanente e Reserva Legal”, acrescenta. O Paraná é o terceiro do Brasil em número de propriedades rurais, com 532 mil unidades, conforme levantamento feito em 2012 pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária ). Segundo o IAP (Instituto Ambiental do Paraná), o Paraná registrou, em dezembro de 2015, 4.929 cadastros. Em janeiro deste ano o número subiu para 6.440. Já em fevereiro foi realizada a inscrição de 10.855 imóveis no CAR. O Cadastro Ambiental Rural é o primeiro passo para regularização ambiental das propriedades rurais, previsto no Código Florestal Brasileiro. O sistema no qual deve ser feito o cadastramento das propriedades rurais é desenvolvido e gerenciado pelo governo federal e está disponível no endereço eletrônico www.car.gov.br. O Sindicato Rural está à disposição para auxiliar os produtores que ainda não fizeram. Não perca mais tempo.
Assis Chateaubriand, que tem 3.259 propriedades inscritas. A lista segue com Marechal Cândido Rondon (2.411), Toledo (2.262), Santa Helena (2.053) e Cascavel, que registrou
2.051 imóveis. Do total de registros feitos no Estado, há também 309 cadastros de Imóveis Rurais de Assentamentos da Reforma Agrária.
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TRACK-LEADER AUTO
O piloto automático com GPS é disponibilizado em duas versões do sistema de direção hidráulica
Agritotal apresenta o piloto do produtor Alta precisão e aumento da produtividade é o que oferece o piloto automatico pferecido pela empresa Agritotal, especializada em agricultura de precisão A empresa cascavelense Agritotal é representante oficial e exclusiva no Brasil de uma das maiores empresas de agricultura de precisão do mundo, a alemã Müller-Elektronik. Entre os principais produtos desenvolvidos está o TRACK-Leader AUTO®, Piloto Automático com GPS. Tecnologia que facilita a vida do produtor rural, garantindo economia, resultados precisos e melhor qualidade de trabalho. A Agritotal disponibiliza duas versões do sistema de direção automática, o TRA-
CK-Leader AUTO® PRO – Piloto Automático Hidráulico, a solução mais precisa para o direcionamento automático com precisões de até 2,5cm. O sistema tem acesso direto à direção hidráulica da máquina, podendo assim orientar com precisão e manter o veículo na linha guia. Assim o TRACK-Leader AUTO® Pro permite à mais alta precisão e produtividade. Outra opção é o TRACK-Leader AUTO® eSteer – Piloto Automático Elétrico. Projetado para satisfazer as necessidades de direção para as culturas de grãos, o Piloto eSteer acabou com o vão entre sistemas completos e custosos e sistemas mais baratos que não fornecem a funcionalidade necessária ou o nível de precisão desejado. SIMPLES, ECONÔMICO E PRECISO
Entre as vantagens do equipamento es-
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tão a redução do tempo de plantio; a Instalação simplificada e flexível; o kit de instalação universal; a calibração via smartphone; a possibilidade do trabalho noturno e com baixa visibilidade; a economia de combustível e a redução da sobreposição intencional e por falhas de trabalhos manuais. “A máquina quando bem utilizada é muito mais precisa que a mão humana e essa tecnologia facilita e otimiza todo o trabalho feito dentro da propriedade”, explica o gerente de produtos da Agritotal, Jair Pires Junior, que convida todos os agricultores e associados do Sindicato Rural de Cascavel a conhecerem a empresa, que fica localizada na Rua Marechal Cândido Rondon. 1706, no centro de Cascavel. “Nossa equipe técnica estará à disposição para detalhar ainda mais sobre as vantagens da tecnologia Müller-Elektronik”, complementa
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EVENTO
Simpósio abordará automação leiteira O Simpósio Internacional Leite Integral reunirá de forma inédita no Brasil, grandes referências mundiais em manejo, comportamento, automação e precisão na pecuária leiteira Com o tema “Manejo e precisão em sistemas de produção de leite”, o Simpósio Internacional Leite Integral tem como objetivo apresentar o conceito de “fazenda inteligente”, que vem sendo amplamente utilizado em vários países. Esse conceito reúne ferramentas de manejo, gestão e automação, visando maximizar a eficiência de todos os processos na propriedade, reduzindo custos e aumentando a produtividade. O evento ocorre dos dias 5 a 7 de abril, em Curitiba, na Expo Unimed.
Para se inscrever acesse o site: www.simposioleiteintegral.com.br. O evento começa com um curso pré-simpósio, ministrado por Joep Driessen, da CowSignals®, da Holanda. O Simpósio terá início no dia seis, com uma palestra de Ephraim Maltz, Pesquisador da Agricultural Research Organization, de Israel, que apresentará um panorama geral da pecuária de precisão no mundo. Para falar sobre o mesmo tema, mas com enfoque no Brasil, o pesquisador Luiz Gustavo Ribeiro Pereira, da Embrapa Gado de Leite, conversará com os presentes. Joep Driessen, da CowSignals®, abordará a criação de animais jovens, mostrando o que o comportamento das bezerras pode nos dizer sobre sua saúde, manejo e bem-estar. A palestra de Julio Giordano, da Cornell University, nos EUA, terá como foco o manejo e a automação como ferramentas para a detecção precoce de doenças e distúrbios metabólicos.
A área de pastagens terá como palestrantes Ian Yule, da Massey University, na Nova Zelândia, e João Ricardo Alves Pereira, da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Os trabalhos de Ian incluem a utilização de ferramentas de precisão para aumentar a eficiência na utilização das forrageiras. Já a palestrante João Ricardo tratará da produção terceirizada de forragens, assunto que tem despertado grande interesse de produtores brasileiros. O aumento da eficiência reprodutiva por meio de ferramentas de manejo e precisão é o tema da palestra de Bruna Silper, brasileira, que está atualmente conduzindo projetos de pesquisa na fazenda experimental da University of British Columbia, no Canadá. A área de nutrição de precisão será apresentada por Marina Danés, que acabou de concluir doutorado em Dairy Science, na University of Wisconsin, nos EUA.
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ENERGIA ELÉTRICA
Cobrança de ICMS na área rural é extinta Produtores que perderam benefício ou querem ter acesso precisam se cadastrar ou recadastrar na Copel. Taxação no Paraná caiu após intervenção da Faep A pedido da Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), a Secretaria de Estado da Fazenda deixou de realizar a cobrança de ICMS nas faturas de energia elétrica dos produtores rurais do Paraná. O órgão estava cobrando equivocadamente a tarifa com base no Decreto 1.600 de 3 de junho de 2015, que garantia a isenção da taxa naquela energia elétrica consumida exclusivamente na atividade agropecuária. A residência do produtor não se encaixava nesta determinação e por isso havia a cobrança. Depois da intervenção da Faep, a situa-
ção mudou e o governo restabeleceu a isenção total para a atividade, considerando que as residências fazem parte do complexo agropecuário, uma vez que o produtor é obrigado a morar no complexo agropecuário, especialmente na avicultura, suinocultura, produções de leite e de fumo. O governo determinou que a Copel, distribuidora de energia elétrica e somente cumpridora das determinações do governo, retirasse a cobrança de ICMS, o que também extinguiu a necessidade dos produtores rurais colocarem medidores de energia diferentes na propriedade. Também a pedido da Federação, foi extinta a cobrança do imposto na energia elétrica às propriedades localizadas dentro do perímetro urbano das cidades do Paraná. Segundo a assessoria técnica da Faep, para recuperar o não pagamento do ICMS na sua fatura, os produtores devem efetuar um recadastramento junto a Copel. Só devem efetuar o recadastramento aqueles que tiveram o diferimento do ICMS suspenso portanto, aqueles que não tiveram alterações de valor
na sua fatura não precisam procurar a Copel. Para se recadastrar é preciso apresentar uma relação de documentos descritos no decreto. Para a área rural, o agropecuarista deve apresentar na Copel: Cópia do RG e do CPF do titular da UC que deverá ser também o titular do CAD/PRO; CAD/PRO (conta de luz e cad/ pro devem estar em nome do solicitante); Cópia do CAD/PRO ou Extrato do Produtor (documento obtido mediante consulta no www. sintegra.gov.br); Documentos que comprovem o vínculo do cliente com a unidade consumidora, (Matrícula do imóvel, ou outro documento que comprove o vínculo, exemplo: contrato de arrendamento); Documentos relativos à área rural: ITR, INCRA, CAFIR (Cadastro de Imóveis Rurais) ou CCIR (Certificado de Cadastro de Imóvel Rural); Declaração de próprio punho, relatando a atividade desenvolvida na unidade consumidora, assim como o processo e os produtos gerados. Por exemplo. “Nesta unidade consumidora há dois aviários, uma casa, uma oficina mecânica e um barracão
Isenção de ICMS da energia elétrica das propriedades rurais foi uma conquista da FAEP
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Nilson Hanke: “Em caso de dúvidas, produtores devem procurar os sindicatos rurais”
para equipamentos”. A declaração deverá estar assinada e datada, que pode ser feita no ato da apresentação dos demais documentos. Para as propriedades localizadas na área urbana, são necessários: Cópia do RG e do CPF do titular da UC que deverá ser também o titular do CAD/PRO (conta de luz e cad/pro devem estar em nome do solicitante); Cópia do CAD/PRO ou Extrato do Produtor; Docu-
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mentos que comprovem o vínculo do cliente com a unidade consumidora; ITR e declaração de não incidência de IPTU, ou declaração de aptidão ao PRONAF e Declaração de próprio punho, relatando a atividade desenvolvida na unidade consumidora, assim como o processo e os produtos gerados. Por exemplo: “Nesta unidade consumidora há dois aviários, uma casa, uma oficina mecânica e um barracão
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para equipamentos”. Essa declaração, segundo o engenheiro agrônomo da Faep, Nilson Hanke Camargo, poderá também ser obtida nos escritórios da Copel, já previamente preparada para os produtores assinarem. Nilson explica que ainda ficarão dúvidas aos produtores, que podem procurar os sindicatos rurais de suas cidades para tirá-las, além das secretarias municipais de agricultura. Uma delas é sobre as contra notas emitidas. “Em um exemplo comum, um produtor não emitia nota só a contra nota quando entregava os produtos à integradora. Nesses casos, como ele ficou sem emissão, ele deve procurar a secretaria de agricultura e recuperar o CAD/PRO. A Receita Estadual ficou dois anos sem fazer um pente-fino nos produtores que não emitiam nota e quem não o fazia perdia o benefício. Em abril de 2015 mais de 62 mil produtores no Paraná perderam isso. Aí, agora os que perderam precisam fazer esse processo para recuperar o benefício, provando que são produtores ainda”, explica. Outro caso bastante comum, segundo Nilson, é a conta de luz não estar no mesmo nome da emissão das notas. Segundo ele, na maioria dos casos o CAD/PRO é a solução, já que ele pode incluir várias pessoas da mesma família no registro. Em eventuais dúvidas, o Sindicato Rural de Cascavel está à disposição dos associados.
ARTIGO
MAURICIO ANTÔNIO LOPES - Presidente da Embrapa
A agricultura no combate ao Aedes aegypti O clima tropical permitiu ao isso vivem dentro ou ao redor de Brasil intensificar sua agricultudomicílios e outras construções ra em níveis inéditos: graças ao frequentadas por pessoas. É funavanço tecnológico alcançado é damental concentrar a ação para possível chegar a três safras ao seu monitoramento e controle em ano em muitas partes do terriáreas com alta densidade poputório brasileiro. No entanto, a lacional. Sobretudo onde ocorre abundância de sol, calor e umiocupação desordenada, porque aí dade, que favorece o desenvolas fêmeas do mosquito dispõem vimento das lavouras, também de mais alimentos e mais locais acolhe e multiplica grande diverpara desovar. sidade de doenças e pragas. Os mecanismos de adaptaPara lidar com a multiplicação e de dispersão do inseto são ção dessas pestes da agricultura, muito eficientes, à semelhança de Mauricio Antônio Lopes é a pesquisa agropecuária formu- presidente da Embrapa diversas pragas agrícolas. Isso lou, há décadas, o Manejo Inteexige a combinação de diversos grado de Pragas (MIP). O MIP preconiza períodos métodos e técnicas para inibir o crescimento da sua sem cultivo – chamados de “vazios sanitários” –, população. Cada fêmea vive de 30 a 35 dias. Nesse épocas diferenciadas de plantio, rotação de cultuperíodo, faz de quatro a seis posturas, podendo dar ras, uso de materiais genéticos tolerantes ou reorigem a até 1.500 mosquitos. Os ovos são dissistentes, controle biológico de insetos-praga com tribuídos por inúmeros criadouros. Isso garante a o uso de vírus, bactérias, predadores e parasitas, dispersão da espécie e sua preservação, porque dialém do controle químico. A combinação dessas ficulta o seu combate. Além disso, os ovos resistem soluções amplia substancialmente a capacidade em ambientes secos por até 450 dias, permitindo dos agricultores de controlar as pragas das suas que aguardem o retorno da umidade e do calor para lavouras. que eclodam. Experiências de sucesso no controle de inúEstamos, portanto, tratando com situação inumeros insetos-praga da agricultura podem comsitada, protagonizada por um organismo extremaplementar o conhecimento já desenvolvido pelos mente sofisticado e versátil. O controle químico, órgãos de saúde pública e auxiliar na busca de por meio da nebulização de inseticidas líquidos alternativas para o controle de insetos vetores de (fumacê), que matam apenas os insetos adultos em doenças. A prática de manejo integrado é uma devoo, tem eficiência limitada. Seu uso continuado las e pode auxiliar na contenção da preocupante provoca o surgimento de insetos resistentes aos expansão populacional do mosquito Aedes aegypti, principais inseticidas utilizados, além do que, não e de suas consequências graves para a população atinge o interior das residências, onde número sigbrasileira, como a transmissão de vírus causadonificativo de mosquitos fica protegido. res da dengue, chikungunya e zika. Por tudo isso, a redução efetiva da população O Aedes aegypti é um mosquito doméstico. de Aedes aegypti requer práticas de manejo inteAs fêmeas se alimentam de sangue humano, e por grado, que combinem diferentes ações de controle.
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Além de intensificar ações de limpeza e eliminação dos locais de reprodução do mosquito, e de aplicação planejada de inseticidas químicos, de baixo impacto ambiental, onde há concentração muito alta de adultos, é necessário preparar a população para atuar diretamente na eliminação das fontes de risco no interior e ao redor das residências. Aí, o combate às larvas dos mosquitos pode ser realizado com sucesso por meio da aplicação de biolarvicidas à base da bactéria Bacillus thuringiensis israelensis (Bti). A Embrapa e empresas parceiras já desenvolveram dois desses bioinseticidas, que são eficazes no controle das larvas, sem causar danos a humanos e animais. Assim, podem ser usados diretamente pelas pessoas, sem riscos. Outras tecnologias, baseadas em macho-esterilidade e transgenia - que interferem na capacidade reprodutiva do inseto - e no uso da bactéria do gênero Wolbachia - que impede que o mosquito transmita o vírus da dengue ao picar alguém -, já estão em teste no país e poderão ter sua aplicação intensificada no futuro. Do mesmo modo, estão sendo entregues para a sociedade ferramentas para monitoramento e gestão da crise e das ações de controle, na escala territorial. A Embrapa está testando, em Campinas, um sistema que integra imagens de satélites, mapas de precisão, levantamentos de campo e fotos aéreas para monitorar a luta contra o mosquito, mostrando a distribuição espacial dos casos de dengue e dos focos de mosquito, num mapa municipal com até 2 metros de detalhe. Assim, usando o melhor conhecimento disponível, que já temos na agricultura e na saúde pública, integrando diferentes ferramentas e estratégias de controle, e mobilizando a cidadania, devidamente orientada e instrumentalizada, teremos mais sucesso no controle dessa terrível praga.
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EVENTO
Avesui 2016 adota conceito Ad-Value A feira inova ao adotar o sistema que potencializa os negócios de cada expositor, agregando ao evento um público exclusivamente interessado nas novidades do setor de aves, ovos e suínos Reunindo dois grandes pilares do agronegócio brasileiro - avicultura e suinocultura, a AveSui - Feira da Indústria Latino-Americana de Aves e Suínos, acontece dias 03, 04 e 05 de maio no Centrosul - Centro de Convenções, em Florianópolis/SC. O evento vai reunir expositores dos diversos segmentos: Alimentação Animal, Ambiência, Máquinas e Equipamentos, Saúde Animal, Infraestrutura para Granja, Manejo, Logística e muitas atrações e novidades. A feira, que neste ano destaca o tema “Transformar: uma forma inteligente
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de produzir” mais uma vez está na vanguarda do que há de mais atual nos eventos de nível internacional. PÚBLICO QUALIFICADO
A novidade para este ano é a adoção do sitema Ad-Value, comum em feiras internacionais. O sistema é uma alternativa eficiente para potencializar os negócios de cada expositor agregando ao evento um público exclusivamente interessado nas novidades do setor de aves, ovos e suínos O sistema Ad-Value permite a entrada no evento grátis para o produtor, cooperado, funcionário da agroindústria ou frigorífico, desde que apresentem a credencial ou o cartão de visita para habilitarem seu ingresso à feira. Outros profissionais do setor e empresários também poderão fazer seu credenciamento e será cobrada a entrada como forma de participação, tendo acesso livre a todas as salas e palestras, ambiente climatizado,
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segurança, coffee-break no intervalo das palestras e o principal: a garantia de um evento profissional de qualidade focado na realização de novos negócios. O expositor terá acesso a convites sem custo para envio direcionado a seus clientes e convidados. Além de ser o ponto de encontro do setor de proteína animal, o evento é uma fonte de conhecimento e de novidades tecnológicas para o agronegócio. Os números de visitantes também são fortalecidos através das caravanas montadas em parcerias com as associações estaduais que irão garantir a presença do Norte ao Sul do País para AveSui, além de grupos internacionais oriundos de países como Peru, África do Sul, Índia, Equador, República Dominicana, Venezuela, Bolívia, Argentina entre outros países. Mais informações podem ser obtidas no site oficial do evento: http://www.avesui.com
CAPA
Paraná contabiliza 72 conflitos por terra Após mais de 13 anos do PT no poder, o MST ainda promove invasões a propriedades, depredação de patrimônio e traz terror ao campo O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST teve origem na década de 1980, defendendo que “a expansão da fronteira agrícola, a construção de grandes barragens e a mecanização da agricultura contribuíram para eliminar as pequenas e médias unidades de produção agrícola e concentraram a propriedade da terra nas mãos de grandes latifundiários”. Em 1984, apoiados pela Comissão Pastoral da Terra, da Igreja Católica, representantes dos movimentos sociais, sindicatos de trabalhadores rurais e outras organizações reuniram-se em Cascavel/PR, no 1º Encontro Nacional dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, para fundar o MST. Até hoje, o movimento não consegue desvencilhar a sua ligação política com o Partido dos Trabalhadores (PT), que utilizava as invasões como ferramenta de pressão política quando ainda fazia oposição e não estava no poder. Após a vitória do Partido dos Trabalhadores em 2003, que levou Luís Inácio Lula da Silva à presidëncia, o Movimento se fortaleceu ainda mais, sendo então privilegiado pelas benesses do poder. Porém, após mais de 13 anos, o PT não realizou nenhuma reforma no país, muito menos a prometida reforma agrária e o MST continua suas invasões a propriedades produtivas. O primeiro ano do governo Lula, cercado de muita expectativa pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e demais grupos que lutam pela reforma agrária, foi traduzido em números pela Comissão Pastoral da Terra (CPT). Um relatório dos conflitos no campo em 2003 mostrou uma reviravolta nos interesses relativos à reforma, todavia, a lentidão no processo continuou a mesma da era Fernando Henrique Cardoso. Hoje, o MST é considerado ilegítimo pela maioria da população brasileira. Quando assentados nas propriedades invadidas, a maioria dos membros do movimento vende as terras e parte para outro acampamento,
Foram 20 novas ocupações pelo MST em 20015 no Estado, seis a mais do que em 2014
Repórteres foram feitos reféns No último dia 9 de março, a repórter Patrícia Sonsin e seu cinegrafista Davi Ferreira, da TV Tarobá, afiliada da Band, foram feitos reféns por um grupo de pessoas do Movimento Sem Terra, em Quedas do Iguaçu. A equipe estava fazendo imagens do acampamento do movimento em uma área rural, longe do local das invasões, quando foi surpreendida por um grupo de nove pessoas armadas com pedras, foices e facões.”Eles pediram para que parássemos de gravar, mas a câmera conseguiu captar os áudios”, conta a repórter. Patrícia relata que durante todo o tempo ela e o citornando a invasão um negócio, um meio de ganhar dinheiro. Poucos casos se veêm onde realmente os assentados produzem e passam a viver da terra. INVASÕES NO PARANÁ
Paraná registrou 20 novas ocupações somente em 2015, seis a mais do que em 2014, totalizando 72 conflitos por terra e 10 mil famílias acampadas em áreas invadidas. A Secretaria de Segurança Pública do Estado afirma que processos só vão ser cumpridos após muita negociação. São 59 casos em fase de negociação com o Instituto de Colo-
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negrafista foram ameaçados com frases “se bobear, a gente tomba”, “se reclamar, a gente tomba” e foram levados para o acampamento enquanto aguardavam a decisão do grupo sobre o destino deles. “A pressão psicológica é muito grande. Eles nos ameaçavam e diziam que quebrariam nosso equipamento”. “Foram 20 minutos, que pareceram uma eternidade”, afirma Patrícia. Após a reunião, o grupo optou por mandá-los embora. “Enquanto estávamos em poder do grupo oferecemos espaço para que eles pudessem dar a versão do movimento, mas não aceitaram”. nização e Reforma Agrária (Incra) e 13 em discussão na Justiça com pedidos de reintegração de posse.Segundo o superintendente do Incra, 70% dos conflitos no Estado estão concentrados em dois grupos, em duas localidades no Estado do Paraná: o da Araupel e o dos Atalas. As terras da Araupel sofrem invasões há 18 anos, segundo a empresa, que atua na área de reflorestamento e beneficiamento de madeira. A companhia já perdeu mais de 50 mil hectares para assentamentos dos 80 mil hectares que possui e hoje aguarda cumprimento da reintegração de posse Março de 2016
Nova invasão na Araupel destrói 1,4 milhão de mudas O Dia Internacional da Mulher, comemorado em 08 de março, foi a data escolhida para uma ação promovida pelas mulheres integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra em Quedas do Iguaçu. Elas chegaram ao viveiro de mudas da empresa Araupel por volta das 5h30 e rapidamente destruíram as estufas e colocaram fogo em 1,4 milhão de mudas de pinus e de espécies nativas como ipê (roxo, amarelo e branco) e cedro. De acordo com o MST, a ação fez parte da Jornada Nacional das Mulheres, que aconteceu em todo o Brasil. Segundo informações da Araupel, os seguranças patrimoniais da empresa relataram que o grupo era composto por aproximadamente 400 pessoas, a maior parte delas estava com o rosto coberto e muitos portavam armas brancas como facas, facões e foices. O MST afirma que a ação foi promovida por cinco mil mulheres campesinas. Um dia antes, mulheres do acampamento Herdeiros da Terra de 1º de Maio haviam liderado uma nova ocupação em outra área da empresa. De acordo com a Araupel, desde que começaram as novas invasões em 2014, a empresa já acumula um prejuízo que ultrapassa a casa dos R$ 30 milhões. “A Araupel havia sido advertida da destruição e todos os setores de segurança pública e governo do Estado foram avisados, mas nenhuma providência foi tomada”, informou a empresa. A Araupel informou que nos dias 2 e 4 de março a empresa obteve duas importantes dedas últimas duas invasões. A Araupel afirma que os assentamentos se transformaram em um balcão de negócios para toda sorte de irregularidades, desde arrendamentos a terceiros e transferência da posse de lotes. Os primeiros invasores não estão mais lá, pois 60% dos ocupantes atuais são outras pessoas. A Secretaria de Segurança Pública do Paraná afirma que a demora nos processos de reintegração de posse se deve à dificuldade operacional para evitar confrontos. O Estado recebe diariamente a pressão de mais de 300 entidades, dentre ONGs e instituições internacionais, para que todos os envolvidos nos conflitos sejam respeitados. A Corte Interamericana de Direitos Humanos já condenou o Parana três vezes por mortes em conflitos no passado.Para o Estado, esses fatores complicam o cumprimento imediato de maneira pacífica e ordeira, sem que haja passivo humano no cumprimento destes mandatos. Somente em 2015, a Secretaria de Segurança do Estado conseguiu resolver nove conflitos sem uso de força. Março de 2016
Destruindo propriedade privada: essa foi a maneira que as integrantes do MST acharam para comemorar o Dia Internacional da Mulher
cisões a seu favor, confirmando a posse das terras que o MST diz pertencerem à União. O MST divulgou por meio de redes sociais que a ação foi promovida por cinco mil mulheres de várias cidades do Paraná. Segundo o MST, a ação foi relâmpago e durou cerca de 20 minutos. O movimento confirma que destruiu as mudas e critica o que chama de “desertos verdes” da monocultura de pinus e eucalipto. Ainda de acordo com o movimento, a mobilização que tem como lema “Mulheres na luta em defesa da natureza e alimentação saudável, contra o agronegócio” teve como objetivo chamar a atenção da sociedade do
modelo classificado pelo MST como “destrutivo” para o meio ambiente. Em várias cidades do Brasil ocorreram manifestações simultâneas de mulheres ligadas ao MST. Em Porto Alegre, elas ocuparam a empresa Yara Fertilizantes, danificaram paredes e muros e deixaram pichações com palavras de ordem. Em Maracaju, no Mato Grosso do Sul, elas bloquearam uma rodovia estadual. Já em Fortaleza, no Ceará, houve uma tentativa de invadir a recepção do Palácio da Abolição, mas foram reprimidos com spray de pimenta e golpes de cassetetes pela Polícia Militar.
Revista Veja denunciou uso político Segundo a revista Veja, os invasores fazer parte de “um grupo de criminosos armados com facões e foices”. O repórter Robson Bonin esteve no acampamento e relatou o que viu. Segundo ele, “os invasores torcem para que a polícia venha fazer cumprir a decisão da Justiça de reintegração de posse, para reagir, o que traria dividendos políticos em ano eleitoral, pois o governador do Estado é tucano”. A reportagem afirma que “o líder dos invasores, que atende pelo apelido de Cabeludo, é filho de assentados e descobriu na invasão de propriedades uma “profissão” – lucrativa, por sinal. É o dono de um supermercado que vende produtos aos assentados, e não esconde seu desejo de estrangular a empresa porque ela “exporta para os Estados Unidos”. Em entrevista ao repórter, o autoritarismo de Cabeludo vem à tona quando diz que ˜a empresa tem direito
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de produzir celulose, mas em outro lugar: “Se ela quer plantar madeira para exportar para os Estados Unidos, que faça isso em outro lugar”. Quem decide? Ele, o Cabeludo, Danilo Ferreira, `dono do pedaço` e ditador autoproclamado. Como o próprio criminoso reconhece, o MST é “tipo uma religião”. O PT alimenta esse cordão umbilical há anos, fomentando o crime no campo (e agora nas cidades também, com o MTST, do mimado Guilherme Boulos, “filósofo” da USP). A revista denunciou que “a legião dos sem-terra vive da renda de programas sociais, como o Bolsa Família, o que retira gente do mercado de trabalho – trabalho de verdade, não invasão de propriedade alheia. A dona de um dos principais restaurantes da região invadida confessa: “Meu garçom, que ganhava 1.100 reais aqui, pediu a conta e está lá acampado agora. Como o governo dá de tudo para essa gente, por que trabalhar, né?”
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL
Nova técnica aumenta prenhez em até 20% O novo processo desenvolvido pela Embrapa é muito mais eficiente e aumenta consideravelmente o sucesso da inseminação artificial A Embrapa de Rondônia desenvolveu uma nova técnica de IATF (Inseminação Artificial em Tempo-Fixo), denominada IATF em Blocos, que apresenta resultados de aumento de 10% a 20% de prenhez em relação às vacas submetidas ao método tradicional. Preocupados com a estabilização do processo, os pesquisadores da Embrapa de Porto Velho, comandados por Luiz Pfeifer, investiram em uma nova técnica para aumentar os resultados do processo, que é eficiente, porém, mais caro. De acordo com Pfeifer, o diferencial da IATF em Blocos é a realização da inseminação artificial de acordo com o diâmetro do folículo dominante, ou seja, a resposta do ovário da vaca. Para utilizar a nova técnica, no dia de realização da IATF, inicialmente as fêmeas são avaliadas por ultrassonografia para se estimar o momento da ovulação. Dessa forma, realiza-se a inseminação artificial de acordo com o momento mais favorável para a fecundação, diferentemente da forma tradicional, que não leva em consideração a estimativa
Para viabilizar técnica, curral precisa ser apropriado
do momento da ovulação. “Com isso é possível inseminar as vacas em momento mais adequado e conseguir o aumento de fertilidade nos protocolos de IATF mais utilizados para vacas de corte no Brasil, taxas que estavam estabilizadas entre 40% a 60% de prenhez há duas décadas», comenta Pfeifer. As vacas inseminadas por meio da técnica de IATF em Blocos têm demonstrado taxas
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de prenhez média de 64%, ou seja, têm se obtido entre 10 e 20 pontos percentuais a mais do que vacas inseminadas em tempo-fixo de forma convencional. O problema é que o processo é um pouco mais caro que o convencional. Isso ocorre pelo fato da aplicação da ultrassonografia, procedimento ausente na IATF convencional. O custo mais relevante serão os honorários
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do veterinário que levará cerca de duas horas para avaliar um lote de 100 vacas. A estimativa é que ele custe R$ 7,80 a mais por vaca em relação ao método tradicional. “Por requerer a atuação de profissional treinado e que possua equipamento de ultrassonografia, tem maior alcance para médios e grandes produtores”, comenta Pfeifer. A técnica foi desenvolvida para vacas zebuínas de corte, da raça Nelore, com cria ao pé e será avaliada para outras raças, de acordo com o pesquisador. EXIGÊNCIAS E VANTAGENS
A IATF em blocos é uma técnica que foi desenvolvida para ser implantada em propriedades que possuam centro de manejo (curral) apropriado. O curral deve conter pelo menos quatro retiros para realização dos apartes e tronco de contenção para avaliação ultrassonográfica das vacas. Além disso, recomenda-se que a técnica seja aplicada em lotes que não ultrapassem 100 animais por vez para não comprometer o sucesso da técnica, a qual demanda mais tempo do que a IATF convencional. De acordo com a experiência da Embrapa, estima-se que um profissional seja capaz de examinar cerca de 50 vacas por hora, portanto, os exames devem iniciar antes do momento previsto para IATF. Além disso, o pesquisador frisa que um técnico especializado seja responsável pelo processo. Segundo o pesquisador Luiz Pfeifer, a nova técnica apresenta várias vantagens: permite que as vacas sejam inseminadas em um momento mais adequado, conforme a proximidade da ovulação; aumento da fertilidade; aumento de prenhez por inseminação; permite avaliar a resposta da fêmea antes da inseminação, prevendo a fertilidade da IATF no lote; possibilita diagnosticar patologias ovarianas e também selecionar ou descartar animais que não responderam ao tratamento de sincronização.
Pesquisador acredita que em um futuro próximo técnica pode atingir 75% de taxa de concepção
PERSPECTIVAS
A IATF em Blocos já pode ser considerada uma técnica pronta para ser implantada em sistemas de produção de bezerros, entretanto, é um processo agropecuário que está em constante aprimoramento. A Embrapa Rondônia continua trabalhando no intuito de esclarecer cada vez mais as razões da infertilidade da fêmea bovina. Se a IATF em blocos permitiu que cerca de 65% das vacas concebessem com apenas uma Inseminação Artificial, ainda há 35% das fêmeas que permaneceram não prenhes. Assim, de acordo com Pfeifer, mais estudos devem ser realizados para entender as razões de cada fêmea permanecer “vazia” quando submetida a programas de IATF. “Acreditamos que com a evolução dos estudos e do conhecimento, com o consequente desenvolvimento de técnicas, poderemos atingir cerca de 75% de taxa de concepção nos próximos 5 anos”, conclui. Março de 2016
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PROFISSIONALIZAÇÃO
Pecuária precisa se basear na agricultura Segundo professor zootecnista da FAZU, investimentos em tecnologia e planejamento devem ser prioridade para os pecuaristas que desejam profissionalizar a sua produção pecuária A agricultura tem se destacado ao longo dos anos e batendo recordes em cima de recordes por razões óbvias: investimento em tecnologia e planejamento agronômico de primeira linha. Adotar mecanismos de trabalho na pecuária tão profissionais quanto os utilizados na agricultura tem sido uma das bandeiras de Adilson de Paula Almeida Aguiar, zootecnista, professor de Forragicultura e Nutrição Animal nos cursos de Agronomia e Zootecnia da FAZU (Faculdades Associadas de Uberaba), consultor associado da Consupec (Consultoria e Planejamento Pecuário Ltda) e investidor nas atividades de produção de carne e leite bovinos. O profissional dá uma série de dicas aos pecuaristas para minimizar erros, combater problemas e melhorar sua eficiência. “É preciso que comparemos como o pecuarista e o agricultor procedem nas tomadas de decisões e na execução de algumas ações, como por exemplo, como escolhem as espécies forrageiras e as variedades e cultivares das culturas agrícolas; o padrão de qualidade das sementes de plantas forrageiras e das sementes dos cultivos agrícolas; o preparo do solo; o manejo da fertilidade do solo; o planejamento anual; a época e as condições climáticas para a semeadura e quanto aos métodos de semeadura; controle de plantas invasoras e o controle de insetos pragas e doenças e, por fim, a colheita da forragem disponível pelos animais e o cultivo agrícola por uma colhedora”, reflete o professor. O primeiro importante passo é escolher a melhor espécie forrageira para sua fazenda. De acordo com Adilson, é de extrema importância o esclarecimento de produtores e técnicos sobre os critérios para a escolha de uma espécie forrageira, critérios estes baseados
“
É preciso que comparemos como o pecuarista e o agricultor procedem nas tomadas de decisões e execuções de algumas ações (..)
”
ADILSON DE PAULA ALMEIDA AGUIAR Professor e zootecnista
cientificamente e validados tecnicamente em campo. Mas antes da avaliação dos critérios para a escolha da planta forrageira, o técnico que assiste ao produtor deve estudar o ambiente, compreendendo este o clima, o solo, os insetos, pragas e as doenças de ocorrência na propriedade e região. “Os critérios para a escolha das espécies forrageiras devem ser estabelecidos na seguinte ordem: pelas suas exigências climáticas; pelas suas exigências em solo; pelo seu comportamento frente a insetos pragas e a doenças; pela sua aceitabilidade pelos animais; pelos distúrbios metabólicos causados aos animais; pelas formas de plantio; pelas formas de uso; pelo potencial de produção e por fim, pela qualidade de forragem”. Tão importante quanto, está incluso o manejo de solo da propriedade. Didático, o pesquisador da FAZU separa em etapas um
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bom programa de manejo de fertilidade de solos da pastagem. “Um programa de manejo da fertilidade de solos da pastagem deve contemplar primeiro a escolha da área. Depois, medição, mapeamento, amostragem de solo e de planta e envio das amostras ao laboratório, seguido pela análise laboratorial. Os dados são interpretados e são feitas as recomendações de correção e adubação, seguido do planejamento e execução do programa. As práticas corretivas são: calagem, gessagem, fosfatagem, potassagem, correção de micronutrientes, correção da matéria orgânica. As práticas de adubação são com cálcio, magnésio, fósforo, potássio, enxofre, micronutrientes, nitrogênio e os tipos de adubação são a química, orgânica e orgâno-mineral. Já em relação aos métodos de aplicação, estão disponíveis o manual, tração animal, tratorizado, aéreo, foliar, fertirrigação. Depois é feita a avaliação dos resultados: resposta técnica e econômica e de impacto ambiental”. Outro processo que não deve ser esquecido pelos pecuaristas, assim como muito bem feito na agricultura, é a escolha das sementes. A excelência do material também deve ser exigida. “Um lote de sementes deve ser avaliado com base em três atributos: o atributo genético, o qual garante que a semente seja geneticamente pura. Esta garantia é dada pelas empresas idôneas, com o certificado do MAPA. O atributo físico, o qual é dado pela análise de pureza e o atributo fisiológico, o qual é dado pela análise de germinação e pelo vigor da germinação. O parâmetro para a escolha das sementes mais utilizado no mercado é o valor cultural ou VC. Este VC é determinado pelos atributos físico e fisiológico ao mesmo tempo. A taxa de semeadura, dada em kg de sementes/ha, deverá ser calculada com base no tipo de forrageira que será implantada e no valor cultural do lote de sementes comprado”, explica Adilson. “Além disso, deve ser levado em conta as condições climáticas durante o período em que o plantio será feito, o programa de correção da fertilidade do solo e na adubação de plantio, o grau de preparo do solo (plantio convencional) ou nas condições de palha para o plantio direto, no método de semeadura e se o plantio será solteiro (apenas a pastagem), ou com uma cultura agrícola acompanhante. Março de 2016
Pecuária deve seguir exemplos da agricultura
Não se recomenda a economia na compra de sementes porque o seu valor representa entre 5% a 10% de todo o investimento na implantação da pastagem”, completa. Segundo ele, a tecnologia na produção e beneficiamento de sementes de plantas forrageiras tem avançado muito no Brasil e atualmente o produtor tem disponíveis no mercado sementes tratadas
com fungicidas e inseticidas, escarificadas, peletizadas, polimerizadas e encrustradas. Além de todos esses processos, Adilson também recomenda a mudança de um hábito extremamente tradicional no ramo da pecuária: a monocultura de capins. Nos últimos anos, os pecuaristas têm buscado uma forrageira que atende todas as necessidades, como
se desenvolva rápido e em qualquer lugar, suporte altas taxas de lotação, alta aceitação, tolere seca e geada, resiste às doenças e pragas e muitas outras características. Os pecuaristas buscam algo que não existe. “Na busca incessante por uma planta com aquelas características muitas forrageiras já foram eleitas como ‘o capim da moda’. Aquelas forrageiras, naquelas respectivas épocas ganharam a atenção de produtores e técnicos, entretanto o período de apogeu de cada uma durou não mais que duas décadas, e nova forrageira foi sendo eleita como o ‘capim da moda’. Este histórico foi denominado pelos pesquisadores da área de forragicultura como sendo ‘a busca pelo capim milagroso’. Os trabalhos de pesquisa e os fatos demonstram que esta planta não existe e que o sucesso no estabelecimento, condução e persistência de uma pastagem depende basicamente da mudança de atitude por parte dos produtores e técnicos, assumindo que cada espécie forrageira tem suas potencialidades e as suas limitações e que a pastagem é também uma cultura com suas exigências especificas quanto aos fatores de crescimento”, desmistifica Adilson. Por essas e outras, a pecuária para sempre avançar mais deve seguir os princípios da agricultura.
Principais erros dos pecuaristas Adilson lista uma série de erros que os pecuaristas insistem em ainda cometer. Entre eles, talvez o principal seja o plantio de espécies forrageiras não adaptadas às condições climáticas e dos solos da região. “Por exemplo, a morte do capim-marandu (capim-braquiarão), causada principalmente pela baixa tolerância desta forrageira às condições de solos mal drenados, foi apontada em 25% dos casos como a principal causa da degradação de pastagens em Estados da Região Norte do Brasil. O plantio incorreto, com erros cometidos desde o preparo incorreto do solo, passando pela compra de sementes de baixo valor cultural, terminando com erros na semeadura da pastagem, foi apontado em 25% dos casos como a principal causa da degradação de pastagens”, comenta. Além disso, ele cita que o manejo incorreto da pastagem durante o seu estabelecimento e durante a sua condução também é outro erro comum. O superpastejo - quando a taxa de lotação está acima da capacidade de suporte da pastagem - foi apontado, segundo ele, em 100% dos casos como a segunda causa da degradação de pastagens, enquanto os piquetes excessivamente grandes e o método de pastoreio contínuo foram apontados em 25% dos casos como a terMarço de 2016
ceira causa da degradação de pastagens. O fogo para o controle de plantas invasoras e de insetos pragas também é uma prática pouco indicada e muito usada. “A falta de diversificação que provoca o desenvolvimento rápido de insetos pragas e doenças das pastagens como por exemplo da cigarrinha das pastagens que atacam anualmente milhões de hectares de pastagens formadas com forrageiras susceptíveis a elas, e o pior ainda, os casos de ataques severos da cigarrinha-da-cana, que até em um passado recente só atacava canaviais e o capim-elefante, agora ataca milhões de hectares de pastagens de capim-braquiarão, forrageira que tinha sido classificada na década de 80 como resistente às cigarrinhas das pastagens”. Os outros erros ele afirma que são a incompatibilidade de espécies de gramíneas e leguminosas consorciadas que competem de forma desigual; o cultivo da pastagem em solos com baixa fertilidade natural ou em solos antes férteis, mais já esgotados e a falta de planejamento alimentar. Para auxiliar na tomada de algumas decisões, a empresa de Adilson, a Consupec, desenvolveu em parceria com outras entidades um software que orienta os pecuaristas sobre o Modelo de Balanço de Massa, que nada mais é que um modelo matemático que possibilita a inclusão de todos os compartimentos de um ecossistema de
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pastagem, recomendando a quantia ideal para adubação e correção de solos de pastagens. Os técnicos oferecem o treinamento, que é teórico e prático. O software que fica instalado no computador armazena 1 milhão de relatórios, possibilita interpretar e recomendar correção e adubação para até 20 análises de solo por hora entre outras vantagens. MAIS DICAS
Adilson também foi questionado sobre como reverter ou evitar o processo de degradação das pastagens e transformar a fazenda em eficiente no plantio e manejo de espécies forrageiras. Para ele, o caminho é o de plantar espécies forrageiras adaptadas às condições de clima e solo da região, plantar a pastagem com sementes com alto valor cultural, proceder o plantio correto da pastagem, adotar o manejo correto do pastejo entre outras dicas. “É importante não fazer uso de fogo no manejo da pastagem, diversificar as espécies forrageiras na propriedade, controlar plantas invasoras e insetos pragas, corrigir o solo e fazer adubações de manutenção e fazer o planejamento alimentar para o rebanho ao longo do ano. Esses são passos fundamentais”. Quanto ao controle de plantas invasoras, o professor afirma que o mais eficaz é o químico.
ARTIGO
GILBERTO R. DE OLIVEIRA MENEZES / ANTÔNIO ROSA - Pesquisadores
Papel do zebu na pecuária de corte brasileira A pecuária de corte brasileira, mesmo enfrentando grandes desafios devido a problemas internos de ordem técnica, político-econômica, sanitária e cambial, ou por causa de políticas externas protecionistas e de crises econômicas globais, vem apresentando resultados que têm surpreendido o mundo moderno. Saindo de uma condição de carência de alimento e depen- Gilberto Romeiro de Oliveira dência externa, na década de 70 Menezes é pesquisador da do século passado, o país vem Embrapa Gado de Corte, Pesquisador Antônio Rosa. da mantendo, desde 2004, a posi- Campo Grande, MS Embrapa Gado de Corte ção de maior exportador mundial Nelore (Ongole). de carne bovina, mesmo tendo que alocar 80% de Sendo o Brasil um país predominantemente sua produção para o abastecimento do respeitátropical, com clima semelhante ao da região de orivel mercado interno de cerca de 200 milhões de gem destes animais, além de se encontrar por aqui habitantes. boas condições de criação, em termos de pastagens Com um efetivo total de 208 milhões de cabee manejo, de um modo geral, o zebu foi, aos poucos, ças e com abate de 42 milhões de animais, foram absorvendo a população crioula original. Atualmenproduzidas, em 2014, 10,07 milhões de tonelate, de um rebanho de corte de 166,4 milhões de cadas-equivalente carcaça, com exportação de 2,09 beças, 80% do efetivo total de 208 milhões, mesmo milhões de toneladas pelo valor de 7,1 bilhões de excluindo-se todo o rebanho da região Sul do país, dólares, enquanto o consumo médio anual per caonde predomina o gado de origem europeia, estimapita foi de 39 kg. -se que 148 milhões de animais sejam de origem Chegar a este ponto, no entanto, em espaço zebuína, descendentes de cerca de apenas 8 mil de tempo relativamente curto para a história de um reses importadas da Índia até o ano de 1962. Despaís, não foi tão simples. tes, 133 milhões, cerca de 64% de todo o rebanho De colonização portuguesa e mesmo com a nacional e 80% do rebanho destinado a produção maior parte do território situado na região trode carne, são da raça Nelore ou dela apresentam pical do planeta, a indústria pecuária brasileira grande influência em sua composição genética. foi iniciada com animais da espécie Bos taurus Outro dado que demonstra a expressão econôtaurus, provenientes da península ibérica, trazimica da raça Nelore é que, mesmo predominando dos pelos colonizadores no início do século XVI. no país o sistema de reprodução natural, com o Após adaptação ao novo ambiente, estes animais uso de touros em monta a campo, com demanda vieram a formar os biótipos regionais denominaanual de cerca de 340 mil touros Nelore na pecuádos “crioulos”, dentre os quais Caracu, no Sudeste; ria zebuína, esta raça ocupa a primeira posição no Curraleiro, no Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste; mercado de sêmen no Brasil, tendo sido produzidas Lageano, nos planaltos do Centro-Sul brasileiro em 2014, 3,4 milhões de doses, 58% de um total de e Pantaneiro, no Pantanal dos Estados de Mato 5,9 milhões de doses para as raças de corte. MeGrosso e Mato Grosso do Sul. rece destaque ainda, as raças zebuínas Brahman, Somente depois de cerca de 300 anos, com Guzerá e Tabapuã com produção conjunta de, uma pecuária até então calcada exclusivamente aproximadamente, meio milhão de doses de sêmen, neste gado de origem europeia, é que foram introrepresentando 7,5% do mercado nacional para as duzidos no país os primeiros animais zebuínos da raças de corte. Estes valores indicam que cerca de espécie Bos taurus indicus provenientes, em sua dois terços de todo sêmen bovino para corte produmaioria, da Índia, representados principalmente zido no Brasil são de origem zebuína. pelas raças básicas Gir (Gyr), Guzerá (Kankrej) e
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Não há dúvidas de que a adaptação do zebu às condições de criação brasileiras foi ponto chave para o protagonismo que este tem no país. No entanto, é necessário reconhecer o excelente trabalho de seleção genética que vem sendo conduzido há décadas por criadores e técnicos brasileiros, o qual tem promovido significativo progresso genético dos rebanhos, tornando-os cada vez mais eficientes e produtivos. Cabe aqui, destaque para o pioneirismo da Embrapa e da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ) que, a partir de cooperação técnica iniciada em 1979, apresentaram à cadeia produtiva, já no início da década de 80, as primeiras avaliações genéticas no país, com lançamento dos sumários nacionais de touros, hoje tecnologia consagrada junto à cadeia produtiva. Esta tecnologia abriu caminho para diversas outras ações subsequentes, tais como o Programa de Avaliação de Touros Jovens (ATJ), criado pioneiramente pela Embrapa em 1991, e o Programa de Melhoramento Genético Geneplus-Embrapa, lançado em 1996, iniciativas que, juntamente com várias outras semelhantes, de outras instituições, fazem, atualmente, do Brasil o principal fornecedor de genética zebuína do mundo. Por um privilégio de nossa natureza, com abundância de luz solar, terra, água e contando com um setor produtivo que evolui, a cada ano, na aplicação de técnicas desenvolvidas pela pesquisa nas áreas de solos, pastagens, genética, nutrição, saúde, manejo e gestão, de um modo geral, o Brasil ainda pode se orgulhar de apresentar custos de produção competitivos, mundialmente, e elevada qualidade de produto final. Ao longo do ano de 2015, o consumo interno e a atividade da indústria vêm sofrendo algumas retrações, como reflexos da atual conjuntura econômica. No entanto, em médio e longo prazo, as expectativas são positivas, tendo em vista o cenário de aumento de demanda de carne no mercado externo, como comprovam os recentes acordos de exportação para China, Estados Unidos e, mais recentemente, para a Arábia Saudita. Atender as metas de demandas de carne para o mercado interno e para o mundo não será uma tarefa simples. Por outro lado, a utilização dos recursos genéticos zebuínos, sem dúvida, continuará sendo cada vez mais imprescindível nesse processo, seja como raça pura ou em cruzamentos com raças taurinas.
Março de 2016
CAPACITAÇÃO
Senar oferece cursos gratuitos à distância São 51 opções de cursos nas ãreas de bovinocultura de corte, leite, suinocultura, agricultura de precisão, floricultura, heveicultura, integração lavoura pecuária floresta, ovinocultura, piscicultura e silvicicultura O Portal de Educação à Distância do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (EaD Senar) oferece gratuitamente 51 cursos aos produtores rurais que querem se capacitar ou estudar sem sair de casa. On-line, o método de ensino à distância disponibiliza cursos de todos as naturezas, tanto para quem quer estar em dia com as inovações do setor como até os mais básicos, para quem ainda não sabe muito sobre informática e internet. Na parte técnica, atualmente estão disponíveis cursos na área da Bovinocultura de Corte; Bovinocultura de Leite; Suinocultura; Agricultura de Precisão; Floricultura; Heveicultura; ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta); Ovinocultura; Piscicultura e Silvicultura. Também estão disponíveis cursos na área de qualidade de vida; inclusão digital; campo sustentável; gestão de riscos; empreendedorismo e gestão de negócios e escola do pensamento agropecuário. Os interessados precisam acessar o site (http://ead.senar.org.br/) e se cadastrar. A duração dos cursos varia e pode chegar até
Março de 2016
O site do Senar contém todas as informações sobre os cursos oferecidos
60 dias e só é permitido cursar um por vez. O portal de Educação a Distância do Senar visa contribuir com a formação e a profissionalização das pessoas do meio rural em todo o território nacional. Com seus cursos on-line, amplia o acesso ao conhecimento e abre oportunidades para o aumento da produtividade, da renda e da qualidade de vida dos brasileiros do campo. As únicas exigências são ter um computador com acesso à internet. O aluno matriculado em qualquer curso tem acesso a cartilhas, videoaulas, rede de conhecimento e muitos outros recursos que facilitam o aprendizado. Um diploma é rece-
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bido após a conclusão do curso. Paulo Vallini, engenheiro agrônomo e diretor executivo do Sindicato Rural de Cascavel, que é o grande mobilizador dos cursos presenciais do Senar na região, acredita que as opções on-line facilitam ainda mais o acesso à informação. “Com isso, só não se capacita quem não quer. Os cursos on-line também podem atingir outro nicho importante, que são os jovens agricultores”, analisa Paulo. Além dos cursos on-line, vale lembrar que há uma grande opção de cursos presenciais fornecidos pelo sindicato. Entre em contato e saiba quando iniciam as turmas.
ARTIGO
ALEXANDRE ROMEIRO DE ARAÚJO - Pesquisador
Conservação do solo e água para pastagens Apesar do destaque atual, a conservação do solo e da água são temas bastante antigos com relatos históricos, inclusive bíblicos. No Brasil, o assunto também já esteve em pauta há tempos. Um desses registros data da década de 30, especificamente o ano de 1938. Na ocasião, o engenheiro agrônomo Dr. Fernando Penteado Cardoso, escrevera para o Suplemento Agrícola do jornal O Estado de São Paulo o texto denominado “Alerta contra a erosão”, onde procurou mostrar a importância do terraceamento em áreas agrícolas e os desastrosos efeitos da erosão nas propriedades químicas, físicas e biológicas do solo. Mais recentemente, pesquisadores da Embrapa Trigo e colaboradores, realizaram um estudo mostrando que os níveis de nutrientes nos solos de várzea, próximas a áreas de lavouras, eram muito superiores aos encontrados nas lavouras sem terraceamento. Ao passo que, os níveis destes mesmos nutrientes na lavoura e na várzea, em áreas de cultivo terraceadas, encontravam-se bem semelhantes. Ou seja, por meio deste estudo foi demonstrado que somente a cobertura morta da palhada, em áreas de Plantio Direto, em muitas ocasiões não é suficiente para minimizar os efeitos adversos da erosão. Em condições tropicais, como é o caso da maior parte do Brasil, a erosão hídrica assume papel de destaque, sendo esta a principal causa de erosão do solo. Este tipo de erosão possui três fases distintas: a desagregação das partículas de solo, o transporte e a deposição destes sedimentos nos cursos d’água. As pastagens são um dos principais tipos de vegetação que possuem capacidade de manter a cobertura do solo de maneira efetiva e uniforme. Esta afirmação torna-se bastante interessante do ponto de vista de sustentabilidade ambiental, visto que o Brasil possui mais de 100 milhões de hectares ocupados com pastagens. No entanto, observam-se em grande parte dos casos, áreas com pastagens em algum estágio de degradação, tanto do pasto quanto do solo. Por quê? A resposta para esta questão envolve diversas áreas das ciências agrárias, mas os principais motivos são: espécie forrageira inadequada ao local; má formação inicial (por diversos motivos); manejo e práticas culturais inadequadas; ocorrência de pragas e doenças; manejo animal impróprio (especialmente excesso de lotação e sistemas inadequados de pastejo) e ausência ou aplicação incorreta de práticas de conservação do solo, em função do tipo de solo da propriedade ou da gleba. Em áreas de pastagens com lotação excessiva, com pouca massa de forragem e solo descoberto, a forrageira perde uma de suas principais funções no que diz respeito à conservação do solo, que é a de
Exemplo de pastagem degradada a frente e recuperada no fundo
minimizar o impacto da gota de chuva diretamente no solo, evitando a desagregação das partículas. Esta é a primeira, e talvez a mais importante, etapa para instalação do processo erosivo no solo em áreas de pastagens tropicais. Uma das alternativas para minimizar o problema seria o uso de uma ferramenta lançada recentemente pela Embrapa Gado de Corte: a régua de manejo de pastagens. Essa tecnologia tem por objetivo principal determinar a altura de entrada e saída dos animais do piquete, em função da disponibilidade forrageira. No entanto, caso as alturas preconizadas sejam observadas pelos pecuaristas, especialmente a altura de saída dos animais, esta ferramenta será de grande utilidade também para a conservação do solo e da água. Manejando a pastagem corretamente, evitando o manejo popularmente conhecido como “rapadão”, a maior massa de forragem certamente irá contribuir para minimizar o impacto da chuva diretamente no solo e facilitar a infiltração de água no perfil. Outra prática bastante utilizada e que tem sido subestimada ultimamente é a construção de terraços. O terraceamento em propriedades rurais tem basicamente duas funções: diminuir o comprimento dos lançantes e promover a infiltração de água no solo. Um dos grandes erros cometidos em conservação do solo e da água é o de achar que somente o uso de terraços é suficiente para resolver o problema de erosão na propriedade rural. Para o efetivo controle da erosão do solo em pastagens tropicais, o uso do sistema de terraceamento deve, obrigatoriamente, ser associado a outras práticas de conservação, sendo as principais o manejo do pastejo e o controle da taxa de lotação animal. O dimensionamento e alocação dos terraços são baseados em vários parâmetros como o tipo de solo, relevo, declividade, cultura a ser implantada, potencial erosivo da chuva na região, etc. Todos os métodos de dimensionamento do sistema de terraceamento na propriedade rural levam em conta, além das características mencionadas, também o potencial de infiltração de água no solo entre um terraço e outro. Propriedades rurais com excesso
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de lotação animal (taxa de lotação superior à capacidade suporte) e manejo inadequado do pastejo (pouca disponibilidade de massa forrageira e solo descoberto), certamente irão sobrecarregar o sistema de terraços, tornando esta técnica com maior probabilidade de insucesso. Os cuidados e as observações descritos acima, para propriedades que têm a pecuária como atividade principal, são também válidos para produtores que fazem uso de sistemas de Integração Lavoura-Pecuária ou Integração Lavoura-Pecuária-Floresta. Ressalta-se que o dimensionamento/alocação dos terraços quando em sistemas integrados de produção deve ser realizado com base no componente lavoura, reconhecidamente de maior potencial erosivo. Quando da presença do componente arbóreo em sistemas de produção integrados, este pode, dependendo da disposição dos renques de árvores, contribuir também para minimizar os efeitos da erosão eólica, comum em algumas regiões do Brasil. É importante frisar que a conservação do solo e da água seja vista de forma sistêmica, abrangendo toda bacia ou sub-bacia. Para se obter sucesso nesta difícil empreitada faz-se necessário o uso integrado de um conjunto de práticas que reduzam o impacto da gota de chuva no solo, diminuam o escorrimento superficial e aumentem a infiltração de água no solo, contribuindo, desta forma, para a recarga de aquíferos e minimizando o assoreamento em córregos, rios e lagos. A sociedade não agrícola deve estar ciente que, o produtor rural que trabalha de maneira correta a adubação e o manejo das pastagens, bem como utiliza práticas de conservação do solo e da água, certamente estará contribuindo para que as águas das chuvas infiltrem com maior facilidade no perfil do solo, abastecendo o lençol freático, produzindo com sustentabilidade e minimizando, de certa forma, os custos com tratamento de água. Alexandre Romeiro de Araújo é pesquisador de Solos e Nutrição de Plantas da Embrapa Gado de Corte. Março de 2016
Parabéns! 01/03/1955 01/03/1968 02/03/1949 04/03/1946 05/03/1948 05/03/1959 06/03/1926 06/03/1955 07/03/0961 07/03/1950 08/03/1948 09/03/1970 09/03/1987 10/03/1923 10/03/1958 10/03/1969 11/03/1962 11/03/1983 12/03/1962 12/03/1976 13/03/1962 13/03/1962 14/03/1940 15/03/1947 15/03/1963 16/03/1938 16/03/1956 17/03/1944 17/03/1945 17/03/1960 18/03/1988 19/03/1936 19/03/1942 19/03/1956 20/03/1935 20/03/1948 20/03/1960 21/03/1943 21/03/1963
MARÇO GILSON FIORAVANTE KAVALCO NIVALDO LAZARIN ADILAR LUIZ ROSSO CAZIMIRO HELENO BEBBER ARTUR PAVESI SOBRINHO LOURDES T. WESCHENFELDER HERTHA KUNTZER LUIZ FORNARI SOLESIA MARIA STRINGANI TORRES NILVA WEIDMANN MARIA CIRLEI SONDA DELACIR ZANATTA RICARDO ZANOTTO ARMELINDA ZANATTA DALMINA JOSE ANTONIO FERNANDES JOAO BATISTA CUNHA JUNIOR JOSETE MARIA FINATTO ANDRADE MAYCON ANDERSON S. ZANDAVALLI JOAO VANDERLEY DE BIASIO ROGERIO MOACIR KALINKE DARLENE FAE OLDONI MARLENE LIBERALI PIETSCH ARCHILE MARTINI ANTONIO ONELIO RUBERT VALMIR ANTONIO OLDONI OLIVIO BARZOTTO CLAUDIO FAVRETO MARILENA DALLAGNOL CARPENEDO ANTONIO ZANCANARO GERSON LUIZ FORMIGHIERI LETICIA ZANCANARO GIACOMINI EDILA LUERSEN LEMKE JOSE ALDINO WILHELM MARIA LUCIA MALGARIZE ROMILDA TOZO BILIBIO MARIA LEONOR PINTO AIRTON JOSE GAFFURI DEONILDO FRIZON LUIZ SELMIRO HORN
22/03/1934 22/03/1934 22/03/1938 22/03/1955 23/03/1958 25/03/1942 25/03/1993 26/03/1933 26/03/1954 26/03/1961 26/03/1967 26/03/1977 27/03/1933 27/03/1953 29/03/1951 29/03/1955 30/03/1925 30/03/1943 30/03/1967 30/03/1980 01/04/1935 01/04/1954 01/04/1971 02/04/1929 02/04/1936 02/04/1937 02/04/1940 04/04/1949 05/04/1946 05/04/1953 05/04/1976 06/04/1931 06/04/1959 06/04/1962 06/04/1972 08/04/1924 08/04/1950 10/04/1944
ALBINO VENTURIN MASAYOSHI SUGIURA ARISTIDES DE OLIVEIRA COELHO BENNO WUTZKE LIZETE MARIA GONÇALVES NELSI THEREZINHA S. MATTJIE LUIS CARLOS LIBERALI PAULO DAVID DA COSTA MARQUES IVO GELAIN ADALBERTO CESAR GOBBI PAULO HENRIQUE FRANK VALDEMIR GELINSKI ANA PITOL DE BIASIO LUIZ MARIO NORO VALDOMIRO REBELLATO ENIO SEIBERT CAMILA TOSO ADOLFO SILVÉRIO IURCZACK LOURDES FERNANDES DE LIMA CRISTIANY FATIMA VIGANO ABRIL ANGELO PERUZZO DIRCE SCHAEFFER CINTIA MARIA ZANDAVALLI AMILDA BREGOLI RUDI WUNDRAK LUIZ BOSCHIROLLI ROSA SACK OREJUELA VOLMIR LUIZ SGANDERLA JOAQUIM VIEIRA MARTINS EDI MARIA RAUPP ELUCIANA ANTONIA PADOVANI ARTEMIO JOÃO POSSAMAI ANTONIO PEDRO M. f. SOUTO IVO MECABO PAULO ANTONIO PATZOLD VLADISLOVAS VYTAUTAS POLISAITIS JOSE LANGER VALDEMIRO FERNANDES
Veja quais os associados do Sindicato Rural de Cascavel estão soprando velinhas! 11/04/1928 11/04/1971 11/04/1973 12/04/1952 14/04/1949 14/04/1979 15/04/1950 16/04/1936 16/04/1961 16/04/1967 17/04/1933 17/04/1934 17/04/1962 18/04/1942 18/04/1952 19/04/1936 19/04/1938 19/04/1941 19/04/1968 19/04/1968 19/04/1973 20/04/1986 21/04/1936 22/04/1948 22/04/1953 24/04/1934 24/04/1950 24/04/1960 25/04/1944 25/04/1953 26/04/1953 27/04/1954 27/04/1963 28/04/1937 28/04/1948 30/04/1943 30/04/1949 30/04/1955
MIGUEL WENGGEN NEIVA ROTTA GUILHERME CEZAR PENSO CESAR ANTONIO SARTORI GERALDO CANTELLI ELLEN JACQUELINE BIAGI JOSE MARMENTINI LECIO FRAVETTO CARISSINI EMILIO MAXCIMOVICZ ELCI BERNADETE ECKEL FABRIS DANILO DOMINGOS SCANAGATTA LUCIA BONATO PIOVESAN CLAUDICIR VEZZARO DANILO GALDINO NORO MILTON COLOMBO HELIO MOTTIN NILCEIA RAMALHO DE OLIVEIRA ZEFREDO GELINSKI ALBERTO JOSE PAETZOLD GILBERTO CARMO PATZOLD VERGINIA BERNARDO j. PATERNO HIURE GUSTAVO WEIDMANN NOEMI CHERLOWSKI GARCIA DE MATOS CARDOSO GLICERIO DE SOUZA FREIRE EVALDO EGON HEIDRICH JULIO CESAR MENDES DE OLIVEIRA EDO PAGNONCELLI PEIXOTO FERNANDO D. BRUGIM DARCY ANTONIO LIBERALI AFONSO ANTONIO BELLAVER LAUDINO FAVARIM EDER TRENTO LEONIR LURDES DALTROZO CASSOL ANTONIO AMADEU PRIMO ANIBALDO MARQUES NELSON SCHOLZ CLAUDIR FAE
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