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PUBLICAÇÃO OFICIAL Ano VIII | Nº 60 | Setembro/Outubro de 2016 | R$ 10,00
ANGUS RIO DA PAZ
ANGUS RIO DA PAZ
Referência em Angus
Com reprodutores em centrais de inseminação e as 4 melhores mães Angus do Brasil na avaliação do Sumário Promebo 2016, a Fazenda Angus Rio da Paz realizou o 8º Leilão Seleção Angus Rio da Paz, batendo recordes de comercialização e se posicionando como referência genética da raça para todo Brasil.
O Camaro da Rio da Paz é um dos reprodutores da Fazenda Angus Rio da Paz em central de inseminação
SUCESSÃO MUNICIPAL
Evento reúne candidatos no Setembro/Outubrode 2016 Sindicato Rural
EVENTO
Confira os destaques do Show Pecuário
SAFRA 2016/17
Paraná deverá bater recordes 1de produtividade
IMPOSTOS
Sindicato Rural alerta sobre o prazo do ITR
ISOBUS DRILL
Agora você pode regular a taxa de acordo com a taxa configurada em grãos por hectare A Agritotal, empresa referência em agricultura de precisão no Paraná e no Brasil, tem uma série de tecnologias disponíveis para facilitar e melhorar o plantio. Logo a soja começa a ser plantada nas lavouras brasileiras e investir em novas soluções para a semeadura é um grande aliado para uma alta produtividade na hora da colheita e para o fim do desperdício. As inovações são da Müller, multinacional alemã cuja representação no Brasil é da Agritotal.
diários e totais para a área, quantidade, tempo e área tratada. Funções hidráulicas específicas do fabricante para o controle do traçador, dispositivo de abrir e fechar e similares podem ser integrados da mesma forma que uma iluminação de trabalho.
O primeiro produto é o ISOBUS DRILL-Controller de Grão Individual (Desligamento Linha-Linha), que regula a taxa de acordo com a taxa configurada em grãos por hectare. Para o controle podem ser comandados motores elétricos ou hidráulicos. Com base no sensoriamento, são contadas e monitoradas as sementes por linha. Além disso, para cada unidade dosadora, diversos desacoplamentos podem ser controlados manualmente ou automaticamente. Isso permite uma aplicação ideal das sementes, garantindo um grande potencial de economia. Para máquinas complexas com aplicação adicional de adubo o sistema também pode controlar esta taxa conforme especificação.
Com o InsightME®, a Müller-Elektronik oferece um novo conceito de diagnose para máquinas ISOBUS. Esta inovação, que deve interessar principalmente aos técnicos, é compatível com todas as aplicações de máquinas Müller. O primeiro produto é o AIRidium, que possibilita o reconhecimento de sementes com precisão de grão em máquinas semeadoras pneumáticas. Este sensor permite pela primeira vez uma semeadura sem teste de calibração. A tecnologia patenteada de piezossensor, é composto por sensores e também por uma unidade de controle superior, a qual realiza a análise. Além da contagem precisa de sementes grandes, como ervilhas e milho, as sementes finas, também podem ser reconhecidas sob as condições mais difíceis, como vibrações e poeira. Os sensores ópticos sujavam muito rapidamente, tendo que ser limpos regularmente.
Novo conceito de diagnose
A tecnologia da empresa alemã pode ser adaptada a quase todas as funcionalidades de uma máquina semeadora e também podem ser usadas alavancas de condução do trator para o controle da máquina. Para a documentação o DRILL-Controller oferece contadores internos
Outro sensor disponível pela Agritotal é o PLANTirium®, cuja eficácia também é de alto padrão.
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Setembro/Outubro de 2016
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R. Paraná, 3937 - CEP 85.810-010 Cascavel/PR - Fone (45) 3225-3437 www.sindicatorural.com DIRETORIA Presidente Paulo Roberto Orso Vice-presidente Gelso Paulo Ranghetti 2º Vice-presidente Modesto Felix Daga Tesoureiro Genor Frare 2º Tesoureiro Renato Archille Martini Secretário Paulo Cezar Vallini 2º Secretário Gion Carlos Gobbi CONSELHO ADMINISTRATIVO Membros Milton Pedro Lago Haroldo Stocker César Luiz Dondoni Carlos Alberto Zuquetto Agassiz Linhares Lissandro Saroli Veran Walter Luiz Bernardi CONSELHO FISCAL Titulares Isaías Luiz Orsatto Eudes Edimar Capeletto Denise Adriana Martini de Meda Suplentes Darcy Antonio Liberalli Airton José Gaffuri Helmut G. Bleil Jr. DELEGADO REPRESENTANTE Titular Paulo Roberto Orso Suplente Paulo Cézar Vallini
Publicação oficial do Sindicato Rural Patronal de Cascavel Circulação Bimensal Coordenador editorial: Paulo Cézar Vallini pvallini@uol.com.br
Fale com a redação: Jair Reinaldo dos Santos (editor) Fone (45) 3037-7829 / 9972-6113
Nesta edição Edição nº 60 - Setembro/Outubro de 2016
Capa A edição 60 da revista Sindirural destaca a qualidade genética dos animais da raça Angus selecionados pela Fazenda Angus Rio da Paz, em Cascavel. Pág. 14
Show Pecuário 2016 foi um sucesso LEIA TAMBÉM • Sindicato Rural de Cascavel alerta sobre prazo do ITR. Pág. 31 • Produtores conhecem propriedade modelo em gado de corte. Pág. 32 O evento organizado pelo Sindicato Rural de Cascavel teve excelente público, palestras de alto nível e movimentou cerca de 30 milhões em negócios durante quatro dias. Pág. 20
Safra de grãos 2016/17 deverá ser recorde no PR
• Prefeituráveis apresentam suas propostas no Sindicato Rural. Pág. 36 • Dia de Campo Dupont Pioneer focou qualidade da silagem. Pág. 42
Na região de Cascavel, área de soja tem leve queda. Já o milho cresceu 20% e feijão 22%. Estimativa é de que a safra chegue a 23 mi de toneladas. Pág. 36
Pedro de Brito Sarolli (Jornalista) Fone (45) 9948-9068
Entrevista
editoria@revistasindirural.com.br
Departamento Comercial: (45) 3037-7829 / 9972-6113
Benno Doetze, presidente do Instituto de Florestas do Paraná (IFPR) conta em entrevista nesta edição como funciona a entidade e como está o setor de florestas do Paraná. Pág. 08
comercial@revistasindirural.com.br
Projeto gráfico arte/diagramação: NewMídia Comunicação Rua Cuiabá, 217 - CEP 85819-730 Cascavel-PR - Fone (45) 3037-7829 www.newmidiacomunicacao.com.br
• Logística reversa é tema de evento no Dia Nacional do Campo Limpo. Pág. 34
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PALAVRA DO PRESIDENTE
PAULO ORSO - diretoria@sindicatorural.com
Mudança de governo renova as esperanças Os produtores rurais brasileiros tiveram uma boa notícia recentemente. Com a mudança do governo, renovamse as esperanças para termos uma maior valorização do setor. Essa motivação veio na hora certa, já que estamos nos preparando para o plantio da safra de verão, fundamental na nossa atividade. Estamos em pleno planejamento da safra 2016/2017 e agora é a hora de tomar decisões acertadas, de zelar pelo que sabemos fazer de melhor: produzir com qualidade e sustentabilidade. Com a mudança do governo, esperamos que, no mínimo, tenhamos agora segurança, estabilidade. A instabilidade política não é boa para o País, muito menos para sua economia. No campo, precisamos continuar trabalhando duro e com excelência,
“
Com a mudança de Governo esperamos que, no mínimo, tenhamos agora segurança e estabilidade. com sempre fizemos. É importante que mantenhamos nossa qualidade e aumento de produtividade, já que o mundo e principalmente o Brasil dependem de nós. O agronegócio é quem vai tirar o Brasil da crise e cada
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atitude nossa pode ser uma grande diferença. Por fim, desejo que os produtores saibam aproveitar as oportunidades do mercado, desejo um bom plantio e uma excelente colheita.
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Resultados Safrinha 2016
Helmuth Bleil Junior - Cascavel - PR
Airton Gerhardt - Toledo - PR
Híbrido
Área (ha)
Produtividade (sc/alq)
Híbrido
Área (ha)
Produtividade (sc/alq)
P4285YH
25
316,5
P3456H
10
320,0
Carlos Alberto Baratter - Cascavel - PR
Adilson Schneider - Corbélia - PR
Híbrido
Área (ha)
Produtividade (sc/alq)
Híbrido
Área (ha)
Produtividade (sc/alq)
P3456H
60
306,0
P3340VYH
5
300,0
Renato Luiz Zancanaro - Cascavel - PR
Antonio Moacir Pfeffer - Corbélia - PR
Híbrido
Área (ha)
Produtividade (sc/alq)
Híbrido
Área (ha)
Produtividade (sc/alq)
P4285YH
75
300,0
P3340VYH P4285YH
2 46
340,0 325,0
Adriano Marcos Vivian - Toledo - PR Híbrido
Área (ha)
Produtividade (sc/alq)
30F53YH
50
350,0
Agrisure® e Agrisure Viptera® são marcas registradas utilizadas sob licença da Syngenta Group Company. A tecnologia Agrisure® incorporada nessas sementes é comercializada sob licença da Syngenta Crop Protection AG. ® YieldGard é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company. Tecnologia de proteção contra insetos Herculex® desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred. ® Herculex e o logotipo são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC. LibertyLink® e o logotipo são marcas registradas da Bayer Cropscience. As marcas com ®, ™ ou SM são marcas e marcas de serviço da DuPont, Pioneer ou de seus respectivos titulares. © 2016 PHII
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Março / 2014 Observou-se redução na suscetibilidade e resistência à proteína Cry1F (tecnologias Herculex® I e Optimum® Intrasect®) em populações de lagarta-do-cartucho-do-milho (Spodoptera frugiperda). Por favor, entre em contato com o Representante de Vendas de produtos marca Pioneer® e informe-se sobre as Melhores Práticas no Manejo Integrado de Pragas.
ENTREVISTA “Produção integrada é solução para o PR” BENNO DOETZER
O entrevistado de hoje é Benno Doetzer, presidente do IFPR (Instituto de Florestas do Paraná). Engenheiro Agrônomo formado pela Universidade Federal do Paraná, mestre em agronomia, Benno foi por vários anos extensionista rural da Emater, onde coordenou e atuou em diversas áreas do Instituto. Ele também é professor do Curso de Pós-Graduação em Gestão Ambiental da Unifae. Benno conta um pouco sobre como funciona o IFPR e como está o setor de florestas do Paraná. SINDIRURAL - O que é o IFPR, quando ele foi fundado e quais são seus objetivos? O IFPR (Instituto de Florestas do Paraná) é uma autarquia ligada a Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento SEAB. Foi criada em janeiro de 2014 e tem por missão atuar na coordenação do desenvolvimento de cultivos florestais no Estado do Paraná de forma integrada com a SEAB e demais vinculadas. O Instituto de Florestas surgiu da junção da antiga Ambiental Paraná Florestas (Empresa reflorestadora pertencente ao Governo do Estado) e do DEFLOP (Departamento de Florestas Plantadas) da SEAB. SINDIRURAL - Quais projetos o IFPR desenvolve e o que ele planeja para auxiliar o setor daqui para frente? BENNO DOETZER - As linhas de ação do IFPR englobam a atividade econômica proveniente da atividade florestal, nesse sentido as seguintes ações e produtos são considerados: uso múltiplo da floresta, através de produtos madeiráveis (toras para serraria, placas, papel, celulose e energia) e produtos não madeiráveis (folhas, gomas e resinas e frutos por exemplo); inserção do componente florestal nos sistemas tradicionais de produção (Integração Lavoura-Pecuária-Florestas por exemplo); apoio a capacitação de produtores e profissionais ligados ao setor florestal em toda a sua cadeia atraves de parcerias na
promoção de cursos e eventos; aproximação e integração do setor produtivo e do setor de transformação; implantação e manutenção do Sistema Estadual de Informações Florestais, onde serão compilados e disponibilizados os dados referente a mapeamento de florestas plantadas, inventário estadual de florestas plantadas, informações de mercado, insumos, serviços e estudos setoriais. SINDIRURAL - Qual é a área de floresta plantada do Paraná e quais são as cultivares principais? BENNO DOETZER - Segundo o mapeamento inédito realizado pelo Instituto de Florestas do Paraná finalizado e publicado em 2015, o Paraná possui uma área de aproximadamente 1,1 milhão de pinus e eucalipto, ainda com predomínio do pinus com mais de 60 %. SINDIRURAL - Quanto o setor representa do PIB paranaense? Quais são os principais números que mostrem a representatividade do setor no Paraná? BENNO DOETZER - Com relação a receita gerada os produtos florestais participaram em 2015 com 5% do Valor Bruto da Produção Agrícola, que é R$ 3,82 bilhões. Também salientamos que os produtos de origem florestal são o 3º item na pauta de exportações do agronegócio do estado, gerando divisas na ordem de US$ 1,5 bilhões em 2015, ficando
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atrás somente do complexo soja e carnes. Além disto o setor de transformação de produtos florestais é significativo na geração de renda e empregos no estado, que conta com diversos polos consolidados de produção. Um exemplo disto é o Projeto PUMA, instalado na região centro-norte do estado, que foi o maior investimento privado na história do Estado do Paraná, na ordem de R$ 8 bilhões. Somente este projeto irá aumentar a demanda por madeira no estado em aproximadamente 2 milhões de toneladas ao ano. SINDIRURAL - Para qual fim a produção de madeira paranaense está sendo destinada? BENNO DOETZER - Uma das características da produção florestal no Estado é que ela é voltada para uso múltiplo. Isto se deve a diversidade do parque industrial instalado, com indústrias que consomem madeira classificada como de processo (papel, celulose, placas), para desdobro (serrarias, molduras, portas), laminação (chapas e compensados) e energia. Cabe ressaltar que praticamente toda a exploração florestal no Estado é baseada em florestas plantadas e não em florestas nativas, que cumprem sua função ambiental. Porém o grande consumo ainda é para energia, com mais de 40% das 51 milhões de toneladas consumidas ao ano. SINDIRURAL - O Paraná não é autossuficiente em madeira. Por que isso ocorre ainda e qual o caminho para reverter esse déficit? BENNO DOETZER - O Paraná não tem mais espaço em seu território para grandes plantios florestais devido à concorrência com outras atividades mais tradicionais como a agricultura e a pecuária, que nos últimos anos tem apresentado preços muitos competitivos. Assim uma das alternativas para aumentar a produção de madeira é a inserção do componente florestal dentro destes sistemas tradicionais, tendo como público alvo os pequenos Setembro/Outubro de 2016
e médios produtores, em forma de sistemas de produção integrado entre agricultura, pecuária e florestas. Outra estratégia é utilizar as florestas plantadas na recuperação de áreas degradadas, principalmente na região noroeste do estado. SINDIRURAL - O que é preciso fazer para transformar o Paraná no maior produtor de madeira plantada do Brasil, tendo em vista que já há toda uma estrutura perfeita para isso se tornar realizada, pois o estado possui empresas de transformação formadas por centenas de serrarias, além de uma posição muito forte nos segmentos de papel e celulose, de chapas e de energia entre outras? BENNO DOETZER - É preciso orientar os produtores que é possível produzir floresta junto com as demais atividades da propriedade, sendo uma forma de diversificar e aumentar a sua renda. Além disso aproximar o produtor do mercado consumidor dessa madeira para que ele tenha a quem destinar o seu plantio. Atualmente os custos da operação florestal referente a colheita são bastante elevados, e, dependendo da distância do frete e da qualidade da madeira, a atividade pode se tornar inviável economicamente. Assim devemos sempre que possível ajustar as curvas de demanda e oferta de madeira dentro de raios de atuação muito pequenos. Para isto é essencial que o setor florestal tenha informações confiáveis sobre a localização e o estoque de madeira atual e a prognose para os próximos 5, 10, 15 e 20 anos. SINDIRURAL - Com o avanço do agroSetembro/Outubrode 2016
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Uma das alternativas para aumentar a produção de madeira é a inserção do componente florestal, tendo como público alvo pequenos e médios produtores, em forma de sistemas de produção integrado (..)
”
negócio, sistemas integrados estão cada vez mais necessários tanto por causas ambientais como para alavancar a produção. Quais as vantagens do produtor rural aderir ao método ILPF ou reservar uma área de sua propriedade para plantar floresta? BENNO DOETZER - A ILPF (Integração Lavoura Pecuária Florestas) é uma estratégia de produção que integra diferentes sistemas produtivos, agrícolas, pecuários e florestais dentro de uma mesma área. Pode ser feita em cultivo consorciado, em sucessão ou em rotação de forma que haja benefício mútuo para todas as atividades, proporciona o incremento de alimentos e energia renovável. O Consórcio das atividades tem a capacidade de recuperar pastagens degradadas evitando erosão, infiltrar águas das chuvas nos solos,
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reciclar os nutrientes, produzir maior quantidade de forrageiras na entressafra qualificando a produção propiciando conforto térmico e bem estar aos animais conferindo ao produtor obter uma maior produtividade, tanto em volume quanto em qualidade consequentemente havendo maior rentabilidade, além de sequestrar carbono reduzindo as emissões dos gases do efeito estufa gerando dentro do mesmo sistema. Como vantagens podemos citar a produção de madeira/carne e leite ao mesmo tempo, o controle de erosão, o incremento da renda da propriedade, o aumento na produção e qualidade do leite devido ao conforto térmico que o sistema proporciona e a eficiência no uso da água. SINDIRURAL - Quais as previsões de crescimento do setor no Estado? Como tem sido seu desenvolvimento nos últimos 20 anos? BENNO DOETZER - Pelo cenário nacional a perspectiva é de estabilidade nos resultados do setor. Nos últimos anos o resultado do setor tem se mantido estável, somente em 2008 e 2009 com a crise internacional os resultados tiveram um decréscimo, mas depois voltou a sua tendência em seu desempenho, com incremento anual variando entre 6 a 8%. Em termos de base florestal, nos últimos 10 anos tivemos um incremento de cerca de 40% da área plantada. Porém para atender a demanda projetada para os próximos 20 anos, temos que implantar no estado algo em torno de 400 mil há de plantio. SINDIRURAL - Um grupo de trabalho formado pela Emater, a Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre), a Embrapa Florestas, universidades e outras entidades do setor produtivo organizou uma proposta do Plano Estadual de Cultivos Florestais, que servirá como base para criação de uma lei que vai regulamentar a atividade. O que isso pode mudar? Qual o objetivo dessa medida e quais as vantagens? BENNO DOETZER - O IFPR faz parte desse grupo, sendo inclusive o órgão responsável pela condução das políticas públicas para o setor. A intenção é de fortalecer o setor florestal e a partir de ideias e sugestões dos diversos atores atuantes na cadeia produtiva e elaborar propostas e programas que efetivamente ajudem a desenvolver o setor. O objetivo principal é transformar o Estado do Paraná senão no maior, mas no melhor produtor de madeira do país, ou seja, voltar a ser referência no Brasil e exterior, tanto em produção, como em produtividade e qualidade. E esta Lei servirá de base para este trabalho, determinando as diretrizes a serem seguidas tanto pelo setor público como pelo setor privado.
REGISTRO
Apepa e BB capacitam profissionais da área na Areac A Apepa (Associação Paranaense de Planejamento Agropecuário), em parceria com o Banco do Brasil, promoveu no fim de julho na Areac (Associação Regional dos Engenheiros Agrônomos de Cascavel) um evento de capacitação para os profissionais do planejamento agropecuário da região Oeste. O objetivo foi atualizá-los sobre as novas regras do Plano Safra para facilitar e otimizar a busca pelo crédito rural. Aproximadamente 150 pessoas marcaram presença. O evento foi ministrado por assessores do Banco do Brasil, durou a tarde toda e teve um grande público. Os temas debatidos foram: cadastro de produtor rural; projeto custeio pecuário; projeto investimento ABC e localização de gleba financiada. De acordo com Leandro Capuzzo, gerente de setor da área de assessoramento técnico ao agronegócio do BB, foram repassadas informações sobre as planilhas utilizadas pelo banco e como preenchê-las da melhor maneira possível, evitando retrabalho no banco e celeridade para atendimento ao produtor rural. Foram tiradas dúvidas sobre áreas relativamente novas, como custeio pecuário e projeto ABC, que é a agricultura de baixo carbono. “Também mostramos as facilidades do Geo Mapa Rural, que é o aplicativo desenvolvido pelo BB que fornece as coordenadas geográficas da área ao banco. O produtor só precisa percorrer o perímetro da área que essas informações são enviadas automaticamente e gratuitamente. Ele também consegue medir a produtividade por talhão. Essas informações
O objetivo do evento foi apresentar e atualizar as informações sobre o programa
também ajudam a evitar custeio em dois bancos e sobreposição com diárias”. O treinamento é feito todos anos, geralmente em julho. Todas as regiões do Paraná receberam uma edição do treinamento. De acordo com o presidente da Apepa, Daniel Galafassi, a atualização é feita todos anos sempre pensando na agilidade e qualidade do atendimento feito ao produtor rural. “Esclarecemos as dúvidas para facilitar o trabalho e melhorar o atendimento ao cliente. A prova que esses cursos são importantes é o grande público que recebemos aqui, com
pessoas comprometidas em atender o agricultor da melhor forma”. Ricardo Antônio, engenheiro agrônomo de Toledo, elogiou o treinamento e disse que as informações repassadas vão garantir a agilidade no atendimento. Vinicíus Fontana, empresário do setor em Cascavel, disse que as mudanças aumentaram o trabalho dos profissionais da área e espera que isso se reflita também na agilidade. Ele também espera que ocorram menos mudanças nos processos, já que elas são comuns todos os anos.
Portaria permite plantio da soja durante vazio sanitário A Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) publicou no dia 24 de agosto a portaria nº 189/2016, que permite o plantio de soja durante o período de vazio sanitário, desde que não haja emergência das plantas antes de 16 de setembro. Até então, o período para a semeadura de soja no Estado era de 16 de setembro a 31 de dezembro, sendo que entre 15 de junho a 15 de setembro existe o período de vazio sanitário, quando não é permitido haver plantas vivas em campo, por conta do risco da sobrevivência de fungos, como a ferrugem asiática, de uma temporada para outra. A nova portaria da Adapar acrescenta um parágrafo único que estabelece que “Para efeito fitossanitário, entende-se que não deve
haver plantas de soja emergidas antes de 16 de setembro”. Ou seja, a soja pode ser semeada alguns dias antes de 16 de setembro, contanto que não haja plantas emergidas até esta data. A emergência da soja se dá entre cinco e sete dias, conforme informações da Embrapa, e depende de fatores como temperatura, umidade do solo e profundidade de plantio. Dessa forma, o produtor poderia realizar a semeadura no final da vigência do vazio sanitário. Apesar de ser legalmente viável, a opção por antecipar o plantio de soja pode não ser interessante do ponto de vista técnico. A semeadura da soja deve ser feita com a temperatura do solo acima dos 20º C. Baixas temperaturas desfavorecem a germinação, a emergência de plântulas, podendo impactar negativamente a produtividade da lavoura.
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De acordo com o engenheiro-agrônomo Fernando Aggio, do Departamento Técnico Econômico (DTE) da FAEP, os produtores que optarem por plantar a soja neste período devem estar cientes de que a antecipação da semeadura pode desfavorecer o desenvolvimento das plantas, que não iriam exprimir todo seu potencial produtivo. “Semeaduras em épocas inadequadas podem afetar o porte, o ciclo e o rendimento das plantas e aumentar as perdas na colheita”, adverte. No Paraná, o zoneamento agrícola para a soja tem início em alguns municípios no dia 21 de setembro e termina dia 31 de dezembro para todos os municípios. “Os produtores que plantarem fora do zoneamento não terão acesso ao custeio, seguro e ao Proagro”, observa Aggio. Setembro/Outubro de 2016
Ministro interino assinou a ampliação do Pisacoop Na última dia 9 de setembro, no auditório da SRO (Sociedade Rural do Oeste do Paraná), em Cascavel, o ministro interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eumar Novacki, assinou a ampliação do Pisacoop (Programa de Produção Integrada de Sistemas Agropecuários em Cooperativismo e Associativismo). O Programa que tem como objetivo a qualificação rural está diretamente ligado ao cooperativismo e direcionado aos pequenos e médios produtores rurais. Ainda no evento, o presidente do Sindicato Rural Patronal de Cascavel, Paulo Orso, entregou ao ministro interino um documento contendo reivindicações do setor agropecuário. Na ocasião, Novacki afirmou que “estamos projetando orçamento e pretendemos injetar R$ 5 milhões para o próximo ano ao projeto. Queremos fomentar a pecuária brasileira com qualidade. Nosso objetivo é que nos próximos cinco anos possam aumentar de 7% para 10% do mercado internacional. Isso irá representar 30 bilhões de dólares na economia brasileira. Estimamos que até 2018 possamos ter 10 mil famílias beneficiadas com o Pisacoop”. A parceria do projeto abrange SRO, Sindicato Rural Patronal de Cascavel e Conselho de Veterinária do Paraná. “Essa parceria é para fomentar a assistência técnica a pecuária. O programa já existia, mas precisa de melhorias e ampliação para o Oeste e Sudoeste do Paraná. O objetivo hoje é atingir 50 propriedades pivô e transformar em 400 propriedades com assistência técnica gratuita. É fazer com que a propriedade fomente e aumente sua produtividade em
O presidente do Sindicato Rural de Cascavel, Paulo Orso, entregou ao ministro interino um documento com reivindicações do setor agropecuário
função do conhecimento que queremos multiplicar”, destaca vice-presidente da SRO, Devair Bertolato. Já o presidente do Sindicato Rural Patronal de Cascavel, Paulo Vallini, afirmou que “esse é um trabalho direcionado, é um programa técnico que já vem sendo desenvolvido há algum
tempo. O que faltava era um profissional, um técnico para orientar essas famílias. A pecuária ficou esquecida por algum tempo, pois a agricultura sobressaiu. Esses programas que estão nascendo são justamente para mostrar para os pecuaristas que também é possível aumentar a produção e fomentar a propriedade”.
Maggi lançou programa para desburocratizar setor O Brasil precisa ser mais competitivo para aumentar sua inserção no mercado internacional do agronegócio, destacou o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), ao lançar o Plano Agro +, durante a cerimônia que ocorreu no dia 24 de agosto. O plano, de 69 medidas, foi apresentado pelo secretário-executivo do Mapa, Eumar Novacki, a uma plateia formada por autoridades, parlamentares e representantes do setor produtivo. Blairo Maggi disse que a desburocratização e a maior eficiência trarão benefícios para o agronegócio brasileiro. “Vamos ser mais ágeis no comércio de nossos produtos agropecuários”, enfatizou. Segundo ele, atualmente o Brasil só está presente em 42% do mercado agrícola global. “Ainda temos uma parcela de 58% para crescer. Por isso, temos que nos modernizar e nos abrir para o munSetembro/Outubrode 2016
do.” Para tanto, observou o ministro, o governo deve sempre olhar os seus processos de gestão para simplificá-los. “É esse o enfrentamento que estamos fazendo, com objetivo de tirar o dinheiro da mão da ineficiência e colocá-lo à disposição da eficiência, o que resultará em mais empregos e renda para o país.” Novacki acrescentou que as medidas visam a contribuir para que o Brasil aumente sua participação no comércio mundial agrícola de 7% para 10% em cinco anos. Isso, pontuou, representará o ingresso de mais de US$ 30 bilhões na economia brasileira. O plano foi elaborado a partir de 315 demandas enviadas ao Mapa e de consultas a 88 entidades do setor produtivo. “Em 60 dias, atenderemos outras 59 demandas. Em 120 dias, estaremos com 90% de todas demandas atendidas”, assinalou Novacki. O Agro+ tem três objetivos: transparência e parcerias, melhoria do processo regulatório e
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normas técnicas e facilitação do comércio exterior. Entre as medidas, estão o fim da reinspeção em portos e carregamentos vindos de unidades com Serviço de Inspeção Federal (SIF); o lançamento do sistema de rótulos e produtos de origem animal; a alteração da temperatura de congelamento da carne suína (-18ºC para -12ºC); a revisão de regras de certificação fitossanitárias; e o aceite de laudos digitais também em espanhol e inglês. “Essas medidas vão modernizar e dinamizar a administração do Mapa, sem que haja perda do rigor com a defesa sanitária”, reforçou Novacki. Segundo Novacki, as 69 medidas destinadas à desburocratização vão permitir que o setor privado e o governo tenham um ganho de eficiência calculado em R$ 1 bilhão ao ano, o que representa 0,2% do faturamento anual do agronegócio (cerca de R$ 500 bilhões).
TECNOLOGIA
Software inova a administração rural Nova tecnologia desenvolvida por startup funciona em “nuvem”, não precisa de instalação e é gerenciada por computador, tablets e até smartphones Em um mundo moderno, onde cada vez mais os pequenos detalhes fazem a diferença e não existem mais fronteiras para crescimento, o planejamento e o controle dos diversos fatores que compõem os custos de produção são fundamentais. A propriedade rural cada vez mais se torna uma empresa, que hoje deve ser bem administrada para se tornar viável e sustentável. As anotações na agenda deram lugar às tabelas de aplicativos de cálculo, onde muitos ainda tentam controlar com muito trabalho e persistência os números que compõem as receitas e despesas das propriedades. “A nova geração de administradores rurais vêem com bons olhos a possibilidade de softwares de gestão, mas acaba esbarrando no custo e nas dificuldades de implantação”, afirma Ivan Vanin, diretor da empresa cascavelense Prisma Softwares de Gestão. Mas a modernidade e a tecnologia, mais uma vez, trabalharam para resolver o problema com o M2Agro, um software que soluciona de vez a necessidade de gestão descomplicada e adaptável em qualquer propriedade rural. “Estamos há 21 anos no mercado de softwares de gestão e vemos o M2Agro como uma ferramenta inovadora para o setor agrícola”, afirma. SIMPLES E FACIL
Segundo o empresário, o M2Agro foi desenvolvido por quem usa o aplicativo no campo, desta forma, ele é simples e em poucos dias já fornece informações claras e em tempo real de como está o andamento de todas as fases das safras, desde a preparação do solo, do plantio, do acompanhamento e até da colheita. O M2Agro funciona na “nuvem”, ou seja, não precisa ser instalado em um computador pois fica instalado num servidor remoto e seguro. Basta apenas possuir um dispositivo para acessá-lo, que pode ser um computador, um tablet e até mesmo um smartphone. “Os
O M2Agro é uma plataforma de gerenciamento operacional do campo que possibilita planejar a safra e facilita a vida do produtor rural
Idéia inovadora surgiu em “startup” Startup é a nome utilizado para definir uma ideia que pode se tornar um modelo de negócio inovador e de sucesso. A inovação sempre será um ingrediente básico de uma startup, que quando encontra investidores e um mercado propício à sua aplicação e viabilidade se torna uma empresa. “É o que aconteceu com o M2Agro. Uma ideia que muda um ambiente e traz uma nova perspectiva para o mesmo. Ou seja, o software preencheu uma lacuna de necessidade do agricultor: a gestão da propriedade de forma dados também não precisam ser cadastrados em tempo real. O produtor pode anotar na sua agenda as informações e depois passar para o programa, que com base em hora de trabalho, insumos utilizados, uso de equipamentos, mão de obra e outras informações começa a calcular o quanto custa cada atividade diária na propriedade e o peso dela no balanço final da safra”, ressalta Ivan. A cada safra o programa irá gerar mais informações, pois terá os dados da safra anterior para efeitos comparativos, se modelando às necessidades específicas de cada propriedade. O programa é muito simples de usar e
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descomplicada, simples e inovadora”, explica Ivan Vanin, diretor da Prisma Softwares de Gestão. Quem desejar mais informações sobre o M2Agro pode solicitar uma visita de um dos representantes da empresa pelo telefone (45) 2104-7007 para apresentação do software sem compromisso. “Tenho certeza que essa ferramenta irá mudar a forma como o produtor rural administra sua propriedade, trazendo inovação, facilitando o dia a dia e trazendo maior lucratividade”, finaliza. gerencia as atividades no campo também em tempo real. A base de tudo é uma nova tecnologia, gerada através da participação de produtores rurais, que facilita a operação e fornece informações importantes que, se bem assimiladas, fornecem meios de aumentar a produtividade da área. “Outra vantagem é o controle de tudo em tempo real, onde pode-se identificar rapidamente qualquer problema, atrasos e outros situações de perdas. Assim, o agricultor consegue otimizar suas máquinas, sua equipe e acompanhar seus rendimentos e assim produzir mais com menor custo operacional”, destaca o empresário. Setembro/Outubro de 2016
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CAPA
Leilão Angus Rio da Paz bateu recordes O evento, organizado pela Fazenda Angus Rio da Paz, comercializou touros a R$ 14 mil e fêmeas a R$ 10,9 mil, sendo que o destaque ficou para o touro Nero da Rio da Paz, que foi teve 50% vendido por R$ 49,5 mil No ritmo do crescimento da genética Angus a nível nacional, a Fazenda Angus Rio da Paz promoveu no dia 10 de setembro, no Parque de Exposicões de Cascavel, a 8ª edição do Leilão Seleção Angus Rio da Paz. A raça vive um momento único de crescimento e valorização no mercado nacional. Segundo dados de relatório da Asbia (Associação Brasileira de Inseminação Artificial), em 2015, foram comercializadas 4,2 milhões de doses de reprodutores Aberdeen e Red Angus, ante as 3,6 milhões de doses vendidas em 2014, totalizando um crescimento de 15% neste último ano e 150% nos últimos 6 anos. “Atualmente o Angus responde por 51% das vendas de sêmen bovino de corte no país. O que comprova que a raça traz excelentes resultados aos pecuaristas”, afirma o agropecuarista Renato Zancanaro, responsável
A 8ª edição do Leilão Seleção Angus Rio da Paz reuniu agropecuaristas de todo o Brasil
pelo evento. E esse bom momento se refletiu na edição 2016 do leilão. O já tradicional evento ofertou 60 touros e 15 matrizes Angus PO com transmissão pela internet através do Lance Rural. Os machos alcançaram a média de R$ 14 mil e as fêmeas de R$ 10,9 mil. DESTAQUE
O touro Nero da Rio da Paz foi o grande destaque do leilão. O reprodutor, selecionado para o teste de Progênie Angus 2016 da Alta/
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Progen, foi vendido 50% por R$ 49,5 mil para Juraci Massoni, de Cascavel. O animal, que já está em coleta na Central Progen em Dom Pedrito/RS, é um dos melhores DECA 1 da raça na Safra 2014 (Touro Jovem SA) e será usado no programa de inseminação e TE do plantel. Segundo o veterinário Fernando Velloso, responsável pela assessoria técnica do evento, “a qualidade da genética oferecida foi garantida pelo destacado desempenho da fazenda na Avaliação Genética da raça Angus
Setembro/Outubro de 2016
Presença ilustre O leilão contou com a presença ilustre do ministro em exercício da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, Eumar Novacki. Eumar que é secretário-executivo do Mapa, esteve na região Oeste representando o ministro Blairo Maggi, que no período esteve na China. Novacki, que é natural de Cascavel, disse que o ministro trouxe a sua experiência como governador e empresário rural de sucesso para o Ministério e que o órgão agora “sabe onde quer chegar”. Ele disse também que agora o Mapa trabalhará para aliar à pesquisa à produção, focando na produtividade. “Queremos avançar em todas as cadeias e esse trabalho conjunto é fundamental”. Renato Zancanaro e sr. Antônio Zancanaro recepcionaram o ministro interino da Agricultura (ao centro)
Renato Zancanaro e Matheus Cavalca Massoni, representante do agropecuarista Juraci Massoni, que arrematou 50% do touro Nero da Rio da Paz
(PROMEBO). Em 2016 a RIO DA PAZ detém as 4 melhores matrizes no sumário da raça e 8 Touros Jovens entre os 100 melhores machos da Safra 2014˜. Desta forma, afirma Velloso, “qualidade dos animais é respaldada por um criterioso programa de seleção”. Na abertura do evento, o presidente da Sociedade Rural do Oeste do Paraná, Devair Bortolato, “Estamos muito orgulhosos. Sem dúvida, os Zancanaro são os melhores criadores de angus do Paraná e sempre estão tentando melhorar. Não é por acaso que dentre as 10 fêmeas melhores avaliados no Brasil pelo índice Promebo, seis são da Rio da Paz”. Para o pecuarista Darcy Zanella, que há mais de 40 anos atua na criação de bovinos, não há melhores animais no Paraná do que os da família Zancanaro. “Eles trabalham muito seriamente no melhoramento genético, na escolha dos melhores animais. Além disso, existe a seriedade e a honestidade da família, Setembro/Outubrode 2016
que hoje é difícil de encontrar. Todos os animais que já comprei deles apresentaram ótimos resultados”. Conforme Renato Zancanaro, da Angus Rio da Paz, “foi muito satisfatório avaliar ao final do leilão o grande número de criadores que retornam a cada ano para investir nos reprodutores da fazenda, pois assim está sendo confirmado o bom desempenho da produção dos touros e a satisfação dos nossos clientes”. As vendas foram conduzidas pela empresa Panorama Leilões com o leiloeiro Max Tedy e contou com o suporte técnico da Assessoria Agropecuária FFVelloso & Dimas Rocha. A Fazenda Angus Rio da Paz tem as 4 melhores reprodutoras Angus do Brasil, conforme o Sumário Promebo
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INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL
Relatório mostra o crescimento do setor O relatório da Associação Brasileira de Inseminação Artificial foi divulgado no fim de agosto e aponta continuidade do crescimento da raça Angus a nível nacional A venda de sêmen de touros Angus cresceu 15,4% no ano passado. De acordo com dados divulgados pela Asbia (Associação Brasileira de Inseminação Artificial), em 2015, foram comercializadas 4,2 milhões de doses de reprodutores Aberdeen e Red Angus, ante as 3,6 milhões de doses vendidas em 2014. Nos últimos seis anos, a raça teve crescimento de 150%, bem acima da média do gado de corte que ficou em 50%. “Atualmente, o Angus responde por 51% das vendas de sêmen bovino de corte no país. O que comprova que a raça traz excelentes resultados aos pecuaristas”, destaca José Pires Weber, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Angus. Weber destaca também que mais de 30% das vendas realizadas no país são de genética nacional, crescimento de 21% em relação a 2014. “Isso desmistifica a questão de que o importado é melhor. As cabanhas brasileiras produzem animais de excelente qualidade e com a vantagem de ser
genética adaptada às condições nacionais”, finalizou o presidente. A explosão da venda de sêmen de Angus se deu pelo uso da raça em cruzamentos, principalmente no Centro-Oeste. “O Angus tem alcançado excelentes resultados no Brasil-Central em cruzamento com Nelore. A carne dos novilhos também tem sido muito demandada pelos frigoríficos em função da grande aceitação dos consumidores”, afirma Reynaldo Salvador, diretor do Programa Carne Angus. No primeiro semestre deste ano, os abates do programa Carne Angus cresceram 38% enquanto o volume total abatido no país recuou. O RELATÓRIO
A produção de sêmen bovino relativo às raças de corte atingiu 2,923 milhões de doses no primeiro semestre de 2016, o que representa uma alta de 62,2%, em relação a igual período do ano passado. Já a produção relativa às raças leiteiras somou 355.801 doses, uma queda de 33%, na mesma base de comparação. Já as vendas de sêmen registraram queda, com ligeira
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retração de 1% entre as raças de corte (2,662 mil de doses) e uma queda mais acentuada, de 27%, entre as leiteiras, para 1,692 mil de doses, em comparação com o mesmo período do ano passado. “É um conjunto de fatores e, dentre eles, está a insegurança do consumidor no primeiro semestre e o baixo valor pago ao leite neste mesmo período, além de toda a instabilidade econômica que o Brasil vive”, afirmou, em nota, o presidente da Asbia, Carlos Vivacqua Carneiro da Luz. A expectativa é de que haja uma recuperação do mercado no segundo semestre, pois está faltando reposição de fêmeas de boa qualidade genética no setor leiteiro. Já sobre as vendas externas, elas chegaram a 101,55 mil doses no total. No cenário internacional, o comportamento do mercado foi inverso ao registrado no Brasil. A comercialização de doses das raças leiteiras saltou de 63.928 para 84.659. Os maiores compradores foram Colômbia e Costa Rica. No corte, as vendas caíram de 43.026 doses para 16.895. Os maiores importadores foram Paraguai e Argentina.
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As 4 melhores vacas Angus do Brasil são da Rio da Paz
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O Sumário Promebo 2016/2017 trouxe o ranking do melhores Reprodutores e Matrizes Angus do Brasil As 4 melhores mães do Brasil são da Angus Rio da Paz. É o que aponta o Sumário Promebo 2016/2107. E ainda: entre as 10 melhores representantes da raça, 6 fêmeas são da Angus Rio da Paz. Entre os reprodutores, 8 animais da Rio da Paz estão entre os primeiros 48, sendo 9 entre os 100 melhores touros jovens geração 2014. Esse é o resultado de anos de trabalho em de seleção genética da Angus Rio da Paz. Cada vez mais, nossos reprodutores se tornam destaque nos catálogos de doadores. Veja mais destaques no nosso site: www.angusriodapaz.com.br
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RPK GENÉTICA
Leilão Reprodutores vai ser em Toledo
Leilão ofertará reprodutores para agropecuaristas que desejam melhorar a qualidade do seu plantel
A 5º edição do Leilão Reprodutores RPK Genética acontece no dia 15 de outubro no recinto de Leilões do Parque de Exposições de Toledo e oferecerá animais das raças Angus, Brahman, Nelore, Brangus e Braford Fazendo parte do calendário de grandes leilões do interior do Paraná, a 5º edição do Leilão Reprodutores RPK irá reunir um grande número de agropecuaristas interessados em adquirir touros melhoradores para
suas propriedades. O médico cascavelense Reno Paulo Kunz, que há anos trabalha com seleção genética das raças Angus, Brahman, Nelore, Brangus e Braford oferecerá somente os melhores reprodutores no evento. “Nosso objetivo na RPK Genética sempre foi desenvolver, produzir e comercializar a melhor genética bovina, com grande diferencial em qualidade e tecnologia. Temos um compromisso com a satisfação dos nossos clientes, que buscam incrementar a produtividade com reprodutores de extrema qualidade genética”, afirma Reno. “Nesta 5º edição do Leilão Reprodutores RPK Genética estaremos levando aos agropecuaristas animais de excepcional qualidade, gerados através de técnicas de transferëncia de embrião,
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inseminação artificial em tempo fixo e monta natural”, destaca. REPRODUTORES DESTAQUE
O reconhecimento desse trabalho se reflete nos animais que a RPK Genética possui em centrais de coleta. Atualmente os reprodutores Maximus e Federal, de origem argentina, ambos da raça Angus, estão em centrais de coleta do vizinho país. O sêmen destes animais também é comercializado no Brasil pela Solução Genética. O criador faz o convite para que todos os agropecuaristas prestigiem o leilão, que começará às 12h, com almoço. “Mas os animais estarão a partir das 10h para avaliação prévia dos interessados”, ressalta Reno Paulo Kunz. Setembro/Outubro de 2016
Confira todas as fotos do evento no nosso site: www.revistasindirural.com.br
Leilão RPK Genética movimentou Quedas do Iguaçu O pavilhão de leilóes do Parque de Exposições de Quedas do Iguaçu foi palco do 1º Lellão RPK Genética no último dia 6 de agosto, organizado pelo agropeucarista Reno Paulo Kunz. Foram oferecidos touros Angus, Brahman, Nelore,
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Brangus e Braford no 1º Leilão RPK Genética, além de animais cruzados e para engorda. O agropecuarista comemorou os resultados, pois foi o primeiro leilão organizado pela RPK Genética naquela região. “Vemos um grande potencial
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em Quedas do Iguaçu e nos municípios vizinhos, pois é uma região onde a agropecuária vem se destacando, com muitos criadores que buscam qualidade e melhora do seus rebanhos˜, afirmou.
EVENTO
Show Pecuário gerou R$ 30 mi em negócios Organizado pelo Sindicato Rural de Cascavel e pela SRO, o Show Pecuário 2016 aconteceu no Parque de Exposições de Cascavel e se consolidou como principal evento da pecuária regional O 2º Show Pecuário, realizado nos dias 26, 27, 28 e 29 de julho no Parque de Exposições Celso Garcia Cid, em Cascavel, foi um grande sucesso. Com bom público e não castigado pela chuva, como na sua primeira edição, o evento trouxe uma série de novidades da pecuária para os produtores da região. Com os leilões, venda de animais, venda de máquinas e implementos, a feira movimentou mais de R$ 30 milhões. O evento é organizado pelo Sindicato Rural de Cascavel e pela Sociedade Rural do Oeste do Paraná. O presidente do Sindicato, Paulo Orso, avaliou como muito positiva a segunda edição do evento, que, aos poucos, se consolidará como uma das principais feiras do Paraná. “Foi uma grande oportunidade dos pecuaristas de corte e de leite terem acesso a palestras técnicas, focadas em ajudá-los a melhorar sua produção e produtividade. Muitas informações novas foram repassadas e muitas novidades do setor foram apresentadas, como novas tecnologias, produtos e serviços. Com certeza, vários produtores vão aderir ao que viram na feira e isso fortalecerá cada vez mais a cadeia”, disse. Orso disse ainda que a movimentação financeira na feira surpreendeu. “Não esperávamos esse volume de negócios, mas ficamos muito felizes com ele. Isso mostra que os pecuaristas querem investir em animais de qualidade e em avanços tecnológicos”. Além de palestras, o evento contou com 70 estandes, 250 animais expostos, julgamentos de raças bovinas e de cavalos, lei-
O evento busca o fortalecimento da cadeia produtiva da pecuária paranaense
lões de bovinos, palestras de empresas e workshops. Uma experiência completa aos pecuaristas do Oeste do Paraná. ABERTURA
A abertura do evento aconteceu junto com um grande café da manhã em comemoração do Dia do Agricultor. O presidente da Sociedade Rural do Oeste do Paraná, Adani Triches, agradeceu a todos os presentes, à
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“
Foi uma grande oportunidade dos pecuaristas de corte e de leite terem acesso a palestras técnicas, focadas em ajudá-los a melhorar sua produção e produtividade.
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PAULO R. ORSO Presidente do Sindicato Rural de Cascavel
Setembro/Outubro de 2016
Um excelente público prestigiou os quatro dias do evento, com a vinda de caravanas de agricultores de várias regiões
organização e ressaltou que espera que todo o esforço desempenhado no evento se reverta em mais renda ao produtor e agregação de valor ao produto. Já o presidente da Faep (Federação da
Dia 26 Conceitos de bem-estar animal reduzem o uso de até 50% de antibióticos em bezerros, diz especialista A utilização dos conceitos de bem-estar animal na produção de gado de corte e de leite proporcionam, além de benefícios ao animal, ganhos na produtividade e redução de custos. Esta afirmação é da zootecnista PhD em bem-estar animal pela Unesp de Jaboticabal (SP), Lívia Magalhães. Ela proferiu uma palestra sobre o tema no primeiro dia do 2º Show Pecuário. Em primeiro lugar, o pecuarista deve buscar conhecer a biologia dos bovinos, seguido de seu comportamento, com o objetivo de suprir as suas necessidades. “Esse entendimento é feito em quatro pilares: os animais precisam de boa alimentação, boa saúde, boas instalações e oportunidade de expressar seus comportamentos naturais”, informa. Segundo ela, os resultados obtidos em pesquisas comprovam a eficiência dos métodos. “Em um bezerro por exemplo, se é feita uma boa colostragem, aleitamento entre outros processos, há comprovadamente uma redução de 50% no uso de antibióticos e uma redução de 15% na taxa de mortaSetembro/Outubrode 2016
Agricultura do Estado do Paraná), Ágide Meneguette, dedicou seu discurso a homenagear os agricultores, cujo dia é comemorado no dia 28 de julho. “Todos os dias deveriam ser o dia do agricultor, que é uma classe que se dedica diariamente, se moderniza e investe em tec-
nologia para atender à demanda mundial de alimento”, disse. Além disso, Meneguette elogiou a iniciativa e afirmou que ela será de grande importância na modernização da pecuária paranaense, que “começará a produzir carne de
lidade”. Outra ferramenta importantíssima ressaltada pela PhD é a capacitação da equipe técnica. “Somente assim, com esse entendimento sobre o indivíduo, que é possível uma melhoria nos índices produtivos”. Para ela, não é possível mais pensar e fazer pecuária como há 50 anos. “É preciso se preocupar com o bem-estar dos bovinos porque, além de ser uma coisa boa, é também vantajoso economicamente”, concluiu Lívia, que também é consultora.
que envolvem o consumo e a produção de proteína animal. Ele citou vários fatores que afetam o consumo, como o desequilíbrio nas contas do governo, altas taxas de juros e a inconsistência na economia mundial, que geram desemprego e consequentemente perca de poder de compra. “O principal impulso para o crescimento do consumo de alimentos virá dos países em desenvolvimento. É o crescimento de renda dos mais pobres que aumenta o consumo de comida”, explicou. Outros fatores, segundo ele, afetam a produção. Entre eles estão as restrições de abertura de novas fronteiras agrícolas; tendência natural de decréscimo das taxas de ganho de produtividade; escassez de mão de obra e aumento das instabilidades climáticas. Mesmo assim, ele ainda garantiu que o Brasil é privilegiado em relação a outros países. “Temos um clima favorável e, com a tecnologia desenvolvida, colhemos até 2,5 safras por ano, o que é fantástico e nos dá muita competividade. Quanto à mão de obra, também somos privilegiados, já que em países da Europa, por exemplo, perde-se safras porque não tem ninguém para colher”. Apesar das dificuldades, ele é otimista sobre o desenvolvimento da agropecuária brasileira, assim como outras grandes entidades do mundo, que veem o País como o futuro grande fornecedor de alimentos da Terra.
Diretor técnico da Informa Economics FNP dá palestra sobre o mercado de proteína A primeira palestra do 2º Show Pecuário, promovido pelo Sindicato Rural de Cascavel e pela Sociedade Rural do Oeste do Paraná em Cascavel, foi proferida pelo engenheiro agrônomo e diretor técnico do Informa Economics FNP, José Vicente Ferraz. Ele falou sobre as perspectivas e o futuro do mercado de proteína animal, cujo Brasil é um dos protagonistas e tende a se tornar cada vez mais fundamental para alimentar o mundo. “O Brasil está com o mercado escancarado. Somos muito eficientes na produção e precisamos aproveitar as oportunidades”, disse. Ferraz, que possui mais de 37 anos de experiência no ramo, proporcionou aos presentes uma grande análise das conjunturas econômicas
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qualidade e não mais carne commodity”. Por fim, Paulo Orso pediu a valorização dos produtores rurais e o fortalecimento das entidades de classe, para que assim todos cresçam juntos. O engenheiro agrônomo também pediu para que os visitantes da feira aproveitem ao
Dia 27 Emater promoveu encontro para produtoras de leite da região Oeste A Emater promoveu no 2º Show Pecuário um grande encontro técnico com as produtoras de leite do Oeste do Paraná assistidas pela entidade. Cerca de 350 mulheres participaram, englobando mais de 20 municípios da região. “Nós já aplicamos tudo que foi repassado aqui nas propriedades, mas nosso objetivo é motivar ainda mais as produtoras na busca por uma maior produtividade e por um leite de mais qualidade”, declarou o coordenador regional da Emater, Élcio Pavan. Durante a manhã, as produtoras assistiram uma palestra sobre a qualidade da água na atividade leiteira e sobre manejo de ordenha. De tarde, elas tiveram acesso à uma aula sobre nutrição das vacas leiteiras. “Esses temas são os principais gargalos dentro da atividade leiteira, que precisam de melhoria constante”, reforçou Élcio. O coordenador regional explicou que o encontro focado nas produtoras tem, além de reconhecer o trabalho desempenhado pelas mulheres nas propriedades leiteiras – braçal e na gestão, ajudar nas decisões da propriedade rural. “As mulheres têm grande poder de influência na tomada de decisões nas famílias. Elas também são mais dedicadas, menos acomodadas que os homens. Elas buscam com mais vontade o avanço”. Segundo o gerente regional da Emater, Renato Jasper, com as novas informações repassadas, a condução no trabalho das propriedades só tem a melhorar. Juliana Machado é uma das produtoras rurais que participou do encontro. Dona de uma pequena propriedade de leite na linha Santa Catarina, em Santa Lúcia, ela disse que a assistência técnica da Emater já melhorou muito sua renda. “O que podemos fazer, fazemos. Sempre tentando melhorar.
máximo os conhecimentos repassados. “Tudo aprendido aqui pode se transformar em renda e satisfação. Nós podemos sim criarmos outro setor de excelência no Oeste, como já somos na produção de grãos e na avicultura, por exemplo”. A abertura também contou com
diversas autoridades, como o agropecuarista Ibrahim Faiad; o presidente da Câmara Municipal de Cascavel, Gugu Bueno; o deputado estadual Leonaldo Paranhos; o chefe do Núcleo Regional da Seab de Cascavel, Manoel Chaves; e o presidente da Acic (Associação Comercial e Industria de Cascavel), Alcir Rotta Jr.
Espero que com o encontro eu aprenda coisas novas que me ajudem no trabalho”, disse.
USP (Universidade de São Paulo), Marcos Veiga dos Santos, abriu a rodada de palestras do dia 27 no 2º Show Pecuário. Marcos orientou os produtores sobre como manter a sanidade das glândulas mamárias e como lidar com a mastite, que é a principal doença das vacas leiteiras. “O produtor precisa ter em mente que não há solução mágica para a mastite, mas sim um conjunto de medidas para controlá-la”, disse. Marcos explicou durante sua fala quais são as principais causas e prejuízos gerados pela doença e quais são as ferramentas existentes na atualidade para reduzir os problemas, já que não é possível erradicá-la. Segundo ele, há um programa de controle que envolve algumas medidas preventivas associadas com medidas de tratamento. Sobre a prevenção, o doutor em ciências dos alimentos disse que o primeiro passo é realizar um diagnóstico da situação em que se encontra a fazenda, uma vez que há uma série de fatores que podem estimular a proliferação da mastite. “Após esse diagnóstico, é hora de agir. Entre as ações estão o controle do manejo de ordenha, o tratamento da vaca seca, o tratamento dos casos de mastite clínica, a manutenção do equipamento de ordenha e também o descarte das vacas infectadas com mastite crônica, que não há cura e é uma fonte de contaminação para outras vacas”, ensinou. A mensagem principal da palestra, segundo Marcos, é que o produtor deve pensar que não há uma “receita de bolo” ou um produto mágico para controlar a doença. Ele reforçou a importância da assistência técnica nas propriedades, que é a responsável por fazer o diagnóstico e todo o cenário que envolve a mastite e ajudar o produtor na tomada de decisões.
Produtor mostrou como triplicar faturamento com integração lavoura-pecuária Paulo José Montans Braga, produtor rural, engenheiro agrônomo e gerente geral da Cooperativa Maria Macia, de Campo Mourão, falou aos visitantes do 2º Show Pecuário sobre as vantagens da integração lavoura-pecuária. Ele apresentou o case de sua própria fazenda e mostrou como ele conseguiu triplicar o faturamento bruto da propriedade após adotar o sistema. “Não vejo propriedade, do Oiapoque ao Chuí, sem aderir à integração”, disse. De acordo com ele, o produtor rural deve seguir três pilares para implantação do sistema, que é bastante complexo. “Primeiro pela correção da fertilidade no perfil, partindo para o aumento do PH do solo e a produção de matéria orgânica. Esses são os fundamentos para qualquer alta de produtividade”. A partir daí, ele precisa medir todos seus atos e agir, uma vez que ainda no Brasil há poucas pesquisas que mostram o caminho para o sucesso neste ramo. “Esses testes vão desde de usar mais calcário do que o recomendado entre outros fatores, mas sempre seguindo os conceitos básicos para aumentar a produtividade. Primeiro arrumamos o solo, que é a base de tudo. Depois, precisamos ter uma estratégia do que colocar em cima dele e como vamos aproveitar isso da melhor forma possível”, comentou. Na sua fazenda, em Campo Mourão, Paulo planta soja, milho e cria gado de corte. Segundo ele, depois de realizar todo esse preparo citado anteriormente e adotar o sistema de integração, seu faturamento bruto triplicou. “Integração lavoura-pecuária é um modelo de sucesso”.
Professor ensinou da USP alternativas para controle da mastite Uma das maiores referências acadêmicas na produção de leite do Brasil, o professor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da
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Expositores ficam satisfeitos com resultados do evento Outro grande atrativo do Show Pecuário são as empresas que participam como expositoras e levam seus produtos e as novas tecnologias do setor para os visitantes da feira. Na edição de 2016, a organização do evento procurou mais ainda propiciar um ambiente favorável para novos negócios e para que os agricultores pudessem conhecer novos produtos do setor. A rua
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principal do Parque de Exposições de Cascavel foi totamente coberta por tendas até a entrada do pavilhão coberto, trazendo grande conforto aos visitantes. Robson Sachser, diretor da empresa Ordenha+, ficou muito satisfeito com o a participação no evento. “No segundo dia da feira já tínhamos realizado um volume de negócios que cobria o in-
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vestimento para expor”, contou satisfeito. Fábio Martins, da Paranamix, que trabalha com representação de rações também gostou de participar do Show Pecuário. Segundo ele, o importante foi o contato direto com novos clientes. “No estande fazemos a prospecção e mostramos nossos produtos. A grande parte dos negócios são fechados após a feira”, afirmou.
Ortigara prestigia segunda edição do Show Pecuário O secretário de agricultura e abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara, marcou presença no 2ª edição do Show Pecuário. Ele visitou estandes, participou de palestras e contribuiu com
Dia 28 Emater promoveu evento sobre gestão e sucessão rural A Emater promoveu para cerca de 300 produtores rurais de 28 municípios, no 2º Show Pecuário, um evento sobre gestão e sucessão rural. Os temas, fundamentais para manutenção da pujança agropecuária brasileira, tornaram-se uma grande preocupação do órgão de extensão rural, que tem buscado ajudar os produtores nestes processos. De acordo com o gerente regional da Emater, Renato Jasper, 35% dos filhos dos produtores não querem permanecer nas propriedades rurais ou seguir a atividade dos pais. “É normal muitos não quererem. Nosso objetivo é diminuir esses índices e garantir que aos que querem continuar, que possam com rentabilidade”. A metodologia de trabalho da entidade tem focado nos pais atualmente. Segundo Jasper, é importante que os pais não desestimulem os filhos em relação à atividade agropecuária, já que a decisão de continuar no campo é tomada muito cedo. “Muitos acreditam que o jovem só decide com 18, 20 anos em ficar ou não. No entanto, essa decisão pode ter sido tomada já desde criança. Por isso, trabalhar isso com os pais é fundamental”. A Emater tem trabalhado a parte da gestão, se o produtor sabe controlar as finanças, saber o que é válido ou não e saber a hora certa de investir, a profissão fica mais atrativa aos filhos. “Isso abre portas ao interesse dos mais jovens. Um dos caminhos que estamos buscando é o de já inserir o filho desde cedo com uma responsabilidade. Por exemplo, os pais são responsáveis por uma atividade e o filho por outra. Assim, ele já começa a se inserir”.
as discussões técnicas. Durante a visita, Ortigara elogiou a iniciativa dos promotores do Show e também a cidade de Cascavel, que tem uma longa tradição de promover bons eventos de tecnologia e disseminação de informação aos produtores rurais. Agora, a cidade dá mais um passo para alavancar o setor agropecuário dispondo de um evento focado
à criação bovina. Ele participou também do evento promovido pela Apepa (Associação Paranaense de Planejamento Agropecuário) sobre assistência técnica na pecuária de corte, do evento voltado ao combate das formigas cortadeiras, do encontro das produtoras de leite e do julgamento de animais da raça taurina angus.
DuPont Pioneer trouxe palestra sobre silagem de milho
A primeira palestra foi feita pela manhã. Na ocasião, Paulo disse que os pecuaristas precisam buscar mais informações sobre seu negócio e aprender a relacioná-los e interpretá-los. “Por exemplo, ele acha que o preço do bezerro está alto. No entanto, ele não pensa sobre a relação de troca que isso envolve ou não consegue fazer a comparação entre preço de insumos. A pecuária de corte é o ramo mais atrasado do agronegócio brasileiro por esses motivos”, disse. Em um segundo momento, à tarde, Paulo focou sua fala “da porteira para dentro”. Segundo ele, a maioria dos pecuaristas não sabe controlar o orçamento da fazenda e tem dificuldades para saber onde estão os lucros ou de onde vem o prejuízo. Para deixar mais didático, ele fez uma comparação com a agricultura, citando que os produtores de grãos sabem a produtividade de cada talhão da fazenda, quanto gastou com insumos, combustível entre outros detalhes, que são fundamentais para gestão da propriedade. “Os pecuaristas já não têm esses números. Eles precisam começar a anotar, ter números, criar um fluxo de caixa para saber onde ganhou e perdeu, se a mão de obra está compatível com os lucros. Tem pecuarista que nem tem numeração no gado. Ele precisa trabalhar um pouco menos apagando incêndios diários e pensar um pouco mais no seu negócio”, comentou. Apesar dos problemas, Paulo, que também é consultor, doutor em produção animal e coordenador do Centro de Informação do Agronegócio da UFPR, disse que há algum tempo esse cenário vem mudando. Os pecuaristas estão buscando mais informações. “Com esse cenário econômico que estamos, com as margens cada vez mais estreitas, quem não tiver controle e planejamento não sobrevive no ramo. Por isso, a procura por consultorias e assistência técnica tem aumentado”.
O engenheiro agrônomo e gerente de mercado de silagem da DuPont Pioneer, Robson de Paula, foi o responsável por dar uma aula sobre silagem de milho de qualidade no 2º Show Pecuário. Robson começou a palestra alertando sobre a importância do milho na produção de proteína animal. A alimentação animal é um dos itens mais caros aos pecuaristas de corte e de leite e a silagem de milho é o seu principal componente. Portanto, sem silagem de qualidade não há leite nem carne de qualidade. Depois de contextualizar o cenário, o engenheiro mostrou tudo que envolve a produção de uma silagem de qualidade. “Um produto de qualidade se faz no campo, do plantio ao corte, do corte até o enchimento, da compactação à abertura do silo. Todos os processos são fundamentais”. Por isso, a base de uma boa silagem já começa na hora de escolher um híbrido de milho de qualidade e a DuPont Pioneer oferece os melhores produtos do mercado. “A empresa possui produtos fruto de muitos anos de pesquisa e melhoramento genético. São plantas eficientes, produtivas e adaptadas a vários tipos de clima. Um híbrido produtivo e de qualidade como o da Pioneer se reflete em silagem de qualidade”.
Pecuaristas de corte precisam aprender a administrar e analisar mercado O zootecnista e professor da UFPR (Universidade Federal do Paraná), Paulo Rossi Junior, realizou duas palestras no 2º Show Pecuário. Uma delas foi sobre gestão agropecuária e a outra para ensinar os pecuaristas a interpretar os números do setor e do mercado. Segundo ele, os pecuaristas são pouco atualizados sobre seus negócios e tem graves problemas administrativos.
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Dia 29 Curso para formar avaliadores do Promebo Uma das atrações da 2ª edição do Show Pecuário, promovido pelo Sindicato Rural de Cascavel e pela Sociedade Rural do Oeste do Paraná, no Parque de Exposições Celso Garcia Cid, em Cascavel, é o curso de avalição genética do Promebo (Programa de Melhoramento de Bovinos de Corte), que há 40 anos faz avaliações para a raça taurina Abeerden Angus entre outras. Promovido pelo ANC (Associação Nacional dos Criadores Herd-Book Collares), em parceria com a ABA (Associação Brasileira de Angus), o curso durou dois dias, contando com uma aula prática na fazenda do agropecuarista Agassiz Linhares Neto. No Promebo, através da medição de dados relativos ao desempenho dos animais (pesagens, avaliações fenotípicas de conformação, precocidade, musculosidade e tamanho, medições de carcaça por ultrassonografia, contagem de carrapatos entre outras) realizada por avaliadores credenciados e da aplicação de modelos matemáticos para a realização das análises centralizadas, é possível aumentar a precisão da seleção para características de importância econômica na atividade pecuária. Os índices dos animais avaliados são divulgados e servem como referência do setor. Segundo a coordenadora do Promebo e responsável por ministrar o curso, Fernanda Kuhl, a ideia é expandir esses conhecimentos e formar novos avaliadores do sistema, principalmente nos estados que possuem criadores da raça angus. “Engenheiros agrônomos, zootecnistas e veterinários sairam do curso como avaliadores do Promebo”, conta. Além do curso, representantes do Programa Carne Angus Certificada, da ABA (Associação Brasileira de Angus)
VENDE-SE PROPRIEDADE RURAL
apresentaram o programa aos presentes. Ele é uma parceria entre a Associação e a indústria frigorífica para produção de carne de alta qualidade e tem por objetivos a valorização da carne de animais Angus e suas cruzas, buscar a valorização e o pagamento por qualidade aos produtores engajados, fomentar o crescimento da raça angus, fortalecer e integrar a cadeia produtiva além da produção de carne de alta qualidade de acordo com critérios valorizados pelo mercado.
Professor classifica a falta de assistência técnica como principal problema da ovinocultura O professor e coordenador do curso de Medicina Veterinária da FAG (Faculdade Assis Gurgacz), Adriano Cardoso, deu uma palestra no auditório da Rural Leite, no 2º Show Pecuário, sobre manejo e produção de ovinos. Adriano focou sua palestra em quatro grandes pontos: economia e planejamento das finanças da atividade; planejamento genético; planejamento alimentar e manejo sanitário. Entre as dicas ele recomendou o uso de alimentos de alta digestibilidade, que é um grande caminho para produzir bons cordeiros. Além disso, ele orientou os ovinocultores a buscarem integrar-se a alguma cooperativa para sair da informalidade, um grande gargalo do setor. “Se bem feita, como qualquer outra atividade, a ovinocultura pode ser bastante rentável”, disse. Ele também classificou que o principal problema da cadeia é a falta de assistência técnica, que além de praticamente não existir, não é vista com bons olhos pelos ovinocultores. Com ela presente e avançada, ele acredita que o setor pode dar um grande salto.
Adubação de pastagens dá mais resultado do que nos grãos, diz palestrante A adubação de pastagens em um sistema de integração lavoura-pecuária pode eliminar a adubação antes da safra de grãos, gerando uma
grande economia aos produtores rurais. Essa afirmação foi feita durante o 2º Show Pecuário pela professora da UTFPR de Pato Branco e PhD em sistemas de produção, Tangriani Assmann. Tradicionalmente, os produtores rurais possuem uma grande resistência em adubar as pastagens. No entanto, o uso de fertilizantes no pastejo é muito mais eficaz do que utilizá-los nas lavouras de grãos, principalmente quando ela é feita a base de nitrogênio. Tangriani estuda o assunto há 20 anos e passou uma série de informações aos presentes sobre o assunto. “Outro fator interessante é que, se o produtor aduba a pastagem e põem o gado para pastejar, com os animais defecando e urinando no recinto, a safra de grãos que vem depois virá melhor e, muitas vezes não será necessária a fertilização da área do jeito convencional. Logicamente, isso vale somente nessa ordem, não o inverso”, afirmou a PhD. No entanto, a professora afirmou que ainda há relutância dos produtores em seguir essa ordem, já que ainda existe a “lenda” de que o pisoteio dos animais pode compactar o solo. “Nesse sistema, o Paraná pode virar autossuficiente em carne e ainda preservar o solo”, garantiu. Além disso, se o produtor optar por esses sistemas integrados e adubar a pastagem, a aquisição de fertilizantes é muito mais barata neste período, gerando duas vezes economia aos bolsos do homem do campo. Tangriani também explicou durante a palestra que participa de um grupo de trabalho que busca desenvolver sistemas de adubação, tanto de grãos como de pastagens, específicos para o solo brasileiro. “O modelo que utilizamos, na maioria dos casos, é importado dos Estados Unidos, que possuem outro clima e outro solo. Nosso objetivo com esse grupo é buscar uma otimização dessa adubação para atender as necessidades reais daqui. Assim, poderemos ter modelos específicos para cada clima, cada solo, cada época. Isso fará darmos um salto em produção”, afirmou.
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SHOW PECUÁRIO
Leilão Top Brangus foi um sucesso
O evento, que aconteceu durante o Show Pecuário, foi organizado pela Cabanha Boitatá e ofereceu 32 lotes de touros Brangus, que foram 100% comercializados A agropecuária do interior do Paraná está cada vez mais buscando o aperfeiçoamento das propriedades e a qualidade da carne produzida. Prova disso foi o grande sucesso dos leilões realizados durante o Show Pecuário 2016. A Cabanha Boitatá, localizada em Realeza, de propriedade do advogado cascavelense Antonio Figueiredo, realizou neste ano seu primeiro leilão, após 10 anos trabalhando na seleção genética de reprodutores da raça Brangus. “Seleção genética é um trabalho árduo e difícil. É nos pequenos detalhes que se faz grandes reprodutores. E em 2016 sentimos que havia chegado a hora de colocar esses animais no mercado˜, afirma Figueiredo. O 1º Leilão Top Brangus Boitatá aconteceu no recinto de leilões do Parque de Exposições Celso Garcia Cid no dia 27 de julho e reuniu um grande número de agropecuaristas interessados em aumentar a qualidadade e eficiência do seu plantel com os touros melhoradores da cabanha. Foram 32 lotes,
Um potro da raça crioula foi sorteado entre os compradores do leilão
todos comercializados, com uma média de R$ 10.150,00 por animal. “Os valores dos animais, que oscilaram de R$ 7.650 até R$ 14.250,00, nos mostraram que estamos no caminho certo com nosso trabalho”, afirma o agropecuarista. O comprador do touro mais caro ganhou uma cobertura do cavalo Campana Farrapo, ganhador de 4 Freios de Ouro e o animal mais pontuado da raça no Brasil. COMPRADORES SATISFEITOS
Para o agropecuarista Antonio Carlos
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Castelon Vilar, que adquiriu quatro touros no leilão, esse foi um evento único da raça no Paraná. Proprietário de uma fazenda em Lindoeste, Castelon utiliza touros Brangus para cruzamento industrial em animais da raça Nelore através de inseminação artificial e monta a campo. “Estou muito satisfeito com o touro da raça Brangus, pois ele aumenta em muito a qualidade da carne na cruza com o Nelore”, afirma. “Além de ter uma excelente heterose, ele é muito eficiente a campo, diferente de Setembro/Outubro de 2016
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Cruzamento do Brangus com Nelore aumenta em muito a qualidade final da carne.
”
ANTONIO CARLOS CASTELON Agropecuarista
outras raças européias que não conseguem se adaptar ao clima e ao nosso relevo, o que acaba comprometendo o resultado final”, afirma Castelon. O agropecuarista conhece o trabalho realizado na Cabanha Boitatá e ressalta a qualidade do plantel e a tecnologia utilizada no processo de seleção. “Eu recomendo o Brangus a todos que desejam melhorar a qualidade da carne e buscam precocidade no abate. Adquirir um touro melhorador é uma excelente decisão para quem busca se aperfeiçoar no setor”, afirma. E o agropecuarista saiu duplamente satisfeito do evento, pois também foi o feliz ganhador de um potro da raça crioula sorteado entre os compradores. SHOW PECUÁRIO
Antonio Figueiredo não cansa de elogiar a iniciativa do Sindicato Rural de Cascavel em promover o Show Pecuário. Para ele, é uma oportunidade para se buscar conhecimento e aborda uma área com carência de informações. “A pecuária sentia a carência de um evento como esse. Um dos grandes méritos também é aproximar o produtor do comprador, estimulando a compra e venda de animais”, afirma Figueiredo, que já confirma a data da segunda edição do evento, no segundo dia do Show Pecuário 2017. E para quem não aproveitou a oportunidade de adquirir touros no Leilão Top Brangus, o agropecuarista Figueiredo ainda dispõe de diversos reprodutores à venda na sua propriedade. “Basta entrar em contato que marcaremos uma visita à nossa fazenda. Temos cerca de 35 touros à disposição”, finaliza. Setembro/Outubrode 2016
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IMPOSTOS
Encontro reuniu mais de 500 produtoras Promovido pelo Sindicato Rural de Cascavel durante o Show Pecuário, o evento teve apresentações e palestras Um grande encontro com mais de 500 produtoras rurais foi realizado no 2º Show Pecuário, evento promovido pelo Sindicato Rural de Cascavel e pela Sociedade Rural do Oeste. O Encontro das Produtoras Rurais foi realizado no auditório do Círculo Italiano, no Parques de Exposições Celso Garcia Cid. O evento teve como objetivo, além da diversão, valorizar as mulheres do campo, fundamentais para garantir a pujança da agropecuária e grandes influenciadores das tomadas de decisão nas propriedades rurais. A programação se estendeu até a tarde, com encerramento às 16h. O encontro contou com a apresentação de um coral, uma palestra motivacional com Itamar Ribeiro e uma palestra com a psicóloga Karine Rizzardi. Depois do almoço e visita pelo Show Pecuário, as mulheres do campo se divertiram com uma apresentação musical e mais uma vez com Itamar Ribeiro. Brindes foram sorteados, lembrancinhas distribuídas
Maria Beatriz Orso pediu para que as mulheres participem mais dos trabalhos sindicais e contribuam com as discussões
e um delicioso lanche foi servido. Durante a abertura, a presidente da Comissão Feminina do Sindicato, Maria Beatriz Orso, disse que o evento foi organizado com muito carinho e dedicação pela comissão e pediu para que as mulheres participem dos trabalhos sindicais e contribuam com as discussões. “Nós mulheres podemos contribuir muito para a melhoria nas nossas propriedades. Precisamos participar mais, nos envolver”. O presidente do Sindicato Rural de Cascavel, Paulo Roberto Orso, disse que as famílias
rurais possuem a profissão mais importante do mundo, que é a responsável por botar a comida na mesa de todos, todos os dias. Para que o setor agropecuário continue avançando, Orso pediu que as produtoras visitem a feira e aprendam as novidades da pecuária de leite e de corte, que podem ajudar e muito na rentabilidade das fazendas. Além disso, ele falou um pouco sobre sucessão familiar. “É importante compartilharmos as tarefas com nossos filhos, para que eles criem gosto pela atividade, criem responsabilidades e continuem a trabalhar no campo. Precisamos ajudar na manutenção da atividade”.
A Comissão Feminina do Sindicato Rural foi a responsável pela organização do evento, assim como pela organização do café da manhã na abertura
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IMPOSTOS
Sindicato Rural alerta sobre prazo do ITR A declaração do Imposto Territorial Rural (ITR) deverá ser entregue de 22 de agosto a 30 de setembro O Sindicato Rural Patronal de Cascavel informa aos produtores que a Receita Federal publicou a Instrução Normativa (IN) RFB 1.651, que trata da apresentação da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR), referente ao exercício de 2016. Neste ano, essa declaração terá que ser entregue à Receita Federal no período de 22 de agosto a 30 de setembro. Sobre essa obrigatoriedade, o presidente do Sindicato Rural Patronal de Cascavel, Paulo Orso, informa que a entidade mantém departamento para preenchimento e entrega da declaração do ITR. Basta que o interessado compareça ao Sindicato munido da última declaração do referido imposto, ou da documentação pessoal e da propriedade.
O não cumprimento do prazo pode acarretar multa aos proprietários dos imóveis rurais
Critérios de obrigatoriedade De acordo com os critérios de obrigatoriedade, a pessoa física ou jurídica, exceto a imune ou isenta, proprietária, titular do domínio útil ou possuidora a qualquer título, inclusive a usufrutuária, um dos condôminos, bem como um dos compossuidores deverão apresentar a DITR. Também estarão obrigadas a pessoa física ou jurídica que, entre 1º de janeiro de 2016 e a data da efetiva apresentação da declaração, perdeu a posse do imóvel rural, o direito de propriedade pela transferência ou
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Para elaborar a declaração, composta pelo Documento de Informação e Atualização Cadastral do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (Diac) e pelo Documento de Informação e Apuração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (Diat), será necessário utilizar o programa gerador da declaração do ITR, relativo ao exercício de 2016 (ITR2016). O mecanismo será disponibilizado no site da Receita Federal, no período correspondente. A DITR deverá ser apresentada de 22 de agosto a 30 de setembro, por meio do Recei-
tanet. A comprovação será feita por meio de recibo gravado, após a sua transmissão, em disco rígido de computador ou em mídia removível. A impressão deve ser realizada pelo contribuinte.
incorporação do imóvel rural ao patrimônio do expropriante. Inclui-se entre os obrigados, aquele que, em relação ao imóvel rural a ser declarado, imune ou isento, e para o qual houve alteração nas informações cadastrais correspondentes ao imóvel rural, ao seu titular, à composse ou ao condomínio, constantes do Cadastro de Imóveis Rurais (Cafir) e sem que esse fato tenha sido comunicado à Secretaria da Receita Federal do Brasil para fins de alteração no Cafir. Caso o contribuinte apresente a DITR fora do prazo, estará sujeito à aplicação de multa de 1% ao mês-calendário ou fração de atraso, calculada sobre o total do imposto devido, não podendo seu valor ser inferior a R$ 50.
GADO BRANGUS CAVALOS CRIOULO VENDA PERMANENTE DE TOUROS ANGUS, COBERTURAS, POTROS E ÉGUAS DE CRIA
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PECUÁRIA DE CORTE
Produtores conhecem propriedade modelo A Fazenda Cacic, de propriedade da família Samek, abate novilhos superprecoces com 11 meses, bem menor do que a média do Paraná, que é 30 meses de vida Aproximadamente cem pessoas participaram no dia 9 de agosto de um dia de campo promovido pelo Iapar (Instituto Agronômico do Paraná) na Fazenda Cacic, localizada em São Miguel do Iguaçu e pertencente à família Samek. A propriedade é um dos modelos do Programa Pecuária Moderna do Paraná, lançado pelo Governo do Estado, pela Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná) e uma série de outras entidades, que visam alavancar a pecuária de corte do Estado. Uma comitiva do Sindicato Rural de Cascavel participou do dia de campo, que durou a tarde inteira. Várias autoridades participaram do evento, como o presidente brasileiro da Itaipu, Jorge Samek; Irineo da Costa Rodrigues, presidente da Cooperativa Lar; o presidente do Iapar, Florindo Dalberto e o presidente da Faep, Ágide Meneguette. A Fazenda Cacic é um modelo para o programa Pecuária Moderna, exemplo de gestão no sistema de integração lavoura-pecuária, com produção de novilhos superprecoces, que vão ao abate com cerca de 13 meses de
Comitiva do Sindicato Rural que participou do dia de campo
idade e com peso de 225 kg de carcaça. Na ocasião, o engenheiro agrônomo da fazenda, Paulino Sakai e o médico veterinário, Mário do Carmo, mostraram como eles conseguirem chegar a estes números impressionantes. Basicamente, a fazenda retirou o processo de recria e investe no creep feeding, sistema que permite que somente os bezerros tenham acesso a alimentação suplementada durante a desmama. Após o creep, os animais são suplementados com milho e soltos no pasto estrela africana, já que a fazenda é também contra a braquiarização do Paraná. Nas pastagens no verão, é feita a adubação e seu manejo nas perenes. No inverno, é
O pesquisador do Iapar, Elir de Oliveira, apresentou opções de forrageiras
feita novamente a adubação, principalmente nitrogenada. “Para termos bois abatidos rapidamente, precisamos de um planejamento forrageiro. Depois que corrigimos o fósforo das pastagens, o nitrogênio é o grande combustível”, disse Sakai. Com esse sistema, os animais são abatidos de 6 a 7 meses antes do tempo e ganham em média 1,2 quilos por dia. A fazenda é associada à CooperAliança, de Guarapuava, e hoje está entre os dois melhores produtores de carne do Estado. O outro pecuarista referência para o frigorífico é Renato Zancanaro, na Angus Rio da Paz em Cascavel. O pesquisador do Iapar de Santa Tere-
Samek: “Está acontecendo uma revolução nas propriedaes rurais˜
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Fazenda tem aproximadamente 1,5 mil cabeças de gado e uma área total de 278 alqueires
za do Oeste, Elir de Oliveira, apresentou as novas cultivares de aveia como IPR Suprema e IPR Esmeralda e triticale forrageiro, consórcio forrageiro e uso de grão de aveia na suplementação. Além disso, demonstrou a importância dos sistemas radiculares, da rotação de culturas para sistemas de integração lavoura e pecuária em solos argilosos e adubação e manejo de pastagens. Elir também mostrou, com pesquisas científicas, que a integração lavoura-pecuária é extremamente benéfica para a posterior soja, chegando a aumentar a produtividade em 7%. Para o pesquisador, a verdadeira agricultura de precisão é o conhecimento das plantas e microorganismos, garantindo assim a saúde do solo e um desempenho animal de qualidade. Para Jorge Samek, além da revolução que tem acontecido nas propriedades rurais ao longo dos anos, com melhorias e avanços em produtividade, é fundamental a existên-
cia de empresas como a CooperAliança, que incentivam a melhoria constante e pagam a mais pela precocidade e pela qualidade dos animais, incentivando os criadores. OPINIÕES
Florindo disse que o dia de campo é a demonstração dos resultados na prática, que o investimento em pesquisa e em boas práticas dá frutos. “Assim há o convencimento dos criadores, que conseguem enxergar com mais facilidade os avanços. Para nós, da pesquisa, é fundamental que essa difusão de tecnologias seja sempre promovida”. Ágide comentou que a Fazenda Cacic, que abate animais na média com 13 meses, está muito à frente da maioria das propriedades do Paraná. No entanto, para a sobrevivência no agronegócio, os produtores sempre precisam buscar novas maneiras de produzir mais, em áreas menores e gastando menos. “Aqui nós vimos hoje que é fácil, possível e o melhor, sem frescura”, resumiu.
Irineo Rodrigues comentou que, além de evoluir em produtividade, o setor precisa sempre crescer respeitando o meio ambiente e utilizando da melhor forma possível os recursos naturais. “As coisas vão mudar radicalmente e nós precisamos promover essa educação, conscientização para sempre podemos atender também as exigências do mercado”. O produtor rural Isaías Orsatto, de Cascavel, participou do evento. Ele gostou do que viu e disse que oportunidades assim são excelentes para se adquirir novas informações. “Infelizmente, nem tudo que vi aqui posso adequar a minha realidade, mas posso melhorar sim”. A pecuarista Daniela Cunha disse que achou muito interessante o consórcio de azevém e aveia e pretende implantá-lo em sua fazenda. Ela também gostou das suplementações e rações usadas na propriedade da família Samek e irá estudar a sua viabilidade.
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Logística reversa foi tema de evento A Addav realizou em Cascavel diversas ações para comemorar o Dia Nacional do Campo Limpo, comemorado no dia 19 de agosto A Addav (Associação dos Distribuidores de Defensivos Agrícolas e Veterinários do Oeste do Paraná) promoveu uma série de ações em Cascavel alusivas ao Dia Nacional do Campo Limpo, celebrado em 19 de agosto. Estudantes, crianças e futuros profissionais da área conheceram um pouco mais sobre o trabalho da entidade e da importância da logística reversa de embalagens vazias de defensivos químicos. O Sindicato Rural de Cascavel participou do evento, levando cerca de 30 alunos do programa Jovem Aprendiz dos colégios estaduais dos distritos de São João do Oeste e Rio do Salto para conhecerem o destino das embalagens usadas na Central de Recebimento de Embalagens, em Espigão Azul, distrito de Cascavel. Paulo Vallini, diretor so Sindicato Rural enfatizou a importäncia dos jovens adquirirem essa cultura de reciclagem e uso consciente das embalagens de produtos agrícolas. “E como aprendizes que são, é fundamental esse conhecimento para eles aplicarem no futuro”, salientou. A Associação está ligada ao inpEV (Instituto Nacional de Embalagens Vazias), órgão privado criado pela indústria dos defensivos
No “Portas Abertas”, jovens aprenderam sobre trabalho da Addav e visitaram estrutura
para cumprir a lei federal que obriga o processo de logística reversa. Na filial do Oeste, são 35 municípios atendidos e uma taxa de 96% de sucesso, ou seja, quase 100% das embalagens vendidas aqui na região fazem o processo inverso, de reciclagem. Neste ano, a Addav promoveu três ações para comemorar o dia nacional: o “Portas Abertas, realizado no dia 19 de agosto na Central de recebimento de embalagens, com a presença do mascote do inpEV e de alunos de escolas estaduais de Toledo e Rio do Salto e são João do Oeste; às crianças, em evento
realizado no dia 23 de agosto aos alunos do ensino fundamental de escolas municipais e para o público universitário, também realizado no dia 23 de agosto, na Faculdade Assis Gurgacz, para alunos do curso de agronomia. Nos eventos, Patricia Moretti, engenheira agrônoma e responsável técnica pela Addav, explicou como funciona o trabalho da Associação e qual a responsabilidade de cada elo da cadeia no processo de logística reversa das embalagens de defensivos: o produtor faz a lavagem das embalagens por pressão, quando o pulverizador tem esse equipamento ou
Criançada aprendeu sobre a importância de manter o campo limpo de embalagens de agrotóxicos vazias
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Alunos das escolas estaduais de São João do Oeste e Rio do Salto foram levados pelo Sindicato Rural de Cascavel para conhecer todo o processo
tríplice lavagem quando ele não o possui. A partir disso, ele inutiliza a embalagem e a armazena temporariamente na sua propriedade e a devolve em um local indicado na nota fiscal de venda do produto. O agricultor tem a função de devolver a embalagem; o revendedor tem que indicar na nota o local onde ele irá devolver e disponibilizar esse local, além de participar de programas de orientação e educação ambiental. O fabricante é o responsável por esse recolhimento e encaminhamento às empresas recicladoras. Além disso, o Poder Público também faz parte, fiscalizando o processo. Gustavo Salton, presidente da Addav, es-
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teve presente no “Portas Abertas”. Para ele, os filhos dos agricultores devem continuar a fazer o trabalho bem feito dos pais, sempre crescendo em produtividade e, obviamente, preocupados com o meio ambiente. “Temos que fazer cada vez mais com menores áreas e o aumento de produtividade que conseguimos ao longo dos anos é graças ao bom manejo e ao uso consciente de defensivos”, disse. Fábio Macul, coordenador regional do inpEV, convidou todos os presentes a fazerem o curso on-line disponível no site do Instituto, que ensina todos os passos do processo e da lei e também passou uma mensagem aos
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filhos dos agricultores e quem pensa em trabalhar na área. “Continuem na agricultura que vocês vão se dar bem”. O chefe do Núcleo Regional da Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento) em Cascavel, Manoel Chaves, disse que as datas calendarizadas, como a do Dia Nacional do Campo Limpo, tem como objetivo reforçar propósitos e valores. “Neste caso, ela nos lembra da importância de produzirmos cada vez mais e de uma maneira sustentável, livre de contaminantes. Assim, garantimos qualidade de vida para as pessoas que trabalham no campo e também para quem consome os alimentos produzidos lá”.
SAFRA 2016/2017
Safra de grãos no PR deverá ser recorde Na regional de Cascavel, área de soja tem leve queda. Já o milho cresceu 20% e feijão 22%. Estimativa que a safra chegue a 23 milhões de toneladas A Seab (Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná) divulgou no primeiro dia de setembro sua primeira estimativa para a safra paranaense de grãos de verão 2016/2017, que começa a ser plantada neste mês de setembro. O levantamento confirma a tendência de ampliação da área de milho, que cresce 17% para 484,9 mil hectares, enquanto a soja recua 1% para 5,237 milhões de hectares. A pesquisa realizada pelo Deral (Departamento de Economia Rural) estima que a produção paranaense de grãos de verão poderá alcançar 23 milhões de toneladas. O resultado depende da normalidade do clima entre a
Secretário Norberto Ortigara: “La Niña”traz boas expectativas
primavera deste ano, com a semeadura das lavouras de arroz, soja, feijão e milho da primeira safra, e o verão de 2017, quando o ciclo se completa com os trabalhos de colheita, diz o Deral. Os técnicos explicam que o volume estimado é 2,8 milhões de toneladas, ou 14% a mais que na safra passada. A projeção está baseada na expectativa de aumento da produtividade. Na avaliação do secretário de Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, a expectativa é boa, pois a nova safra deverá ser plantada sob a influência do fenômeno La Niña. “Em função disso, esperamos que o clima seja mais regular durante o ciclo de plantio, desenvolvimento e maturação das culturas”, diz ele. Segundo o Deral, este é o primeiro ano em que há inversão do plantio de soja, após 15 a 20 anos sucessivos de ganho de área. “Nos últimos cinco, seis anos, praticamente todas as culturas plantadas no Estado perderam área para a soja, o que fez com que a cultura incorporasse grandes áreLevantamento confirma a tendëncia de ampliação da área de milho na região, que crescerá 17%
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as, que resultaram em sucessivos recordes de produção”, dizem os técnicos. REGIONAL DE CASCAVEL
De acordo com o Deral do Núcleo Regional da Seab de Cascavel, que atende 28 municípios, a principal cultura na safra de verão continuará sendo soja. Serão semeados 560 mil hectares, área um pouco menor do que no ano passado, que foi de 561 mil hectares. A expectativa de produção é de 2, 090 milhões de toneladas. O milho verão, que já está sendo plantado na região, teve um crescimento de 20% em comparação com o ano passado. Os agricultores da região devem cultivar 18 mil hectares do grão nesta safra e a expectativa de produção total é de 194.400 toneladas. O feijão continua com uma área relativamente pequena. Serão plantados 2,5 mil hectares, o que representa um aumento de 22% comparado à safra 2015/2016. A produção deve chegar a 5.250 toneladas.
Segundo a Seab, a soja continuará sendo a principal cultura da safra de verão
Trigo na região As lavouras de trigo na região tendem a ser bastante produtivas. No entanto, de acordo com a economista do Deral de Cascavel, Jovir Esser, as recentes chuvas facilitaram o surgimento de doenças fúngicas e, em algumas localidades, lavouras foram tombadas devido a vendavais. “A tendência é que as lavouras sejam produtivas, mas ainda é cedo para falar de qualidade, pois isso depende muito do clima na pré-colheita”, analisou Jovir. A economista também ressaltou que os preços continuam pouco atrativos. Em julho, a saca era negociada a R$ 41 e agora está em R$ 40. “Com a leve desvalorização do dólar, os grandes moinhos estão importando trigo dos Estados Unidos, o que afeta os preços aqui”.
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AGRICULTURA DE PRECISÃO
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EVENTO
Forum Tecnológico Soja trouxe palestras
Cerca de 300 pessoas prestigiaram o evento, que aconteceu no dia 16 de agosto em Cascavel
Realizado na Associação da Coopavel, fórum foi promovido pela Fundação Meridional e pela Embrapa Soja, ambas de Londrina A Fundação Meridional e a Embrapa Soja promoveram no dia 16 de agosto, no salão de eventos da Coopavel, em Cascavel, o “Fórum Tecnológico Soja”. O evento contou com a presença de aproximadamente 300 pessoas e apresentou três palestras, cujos temas eram: plantas daninhas, manejo e estratégias de controle; doenças da soja e genética, com a apresentação de novas cultivares e dos novos patamares de produtividade das variedades desenvolvidas pela Embrapa. A primeira palestra foi proferida por Rafael Soares, pesquisador da Embrapa Soja de Londrina. Ele alertou os pesquisadores sobre duas doenças importantes e como combatê-
-las: ferrugem asiática e a podridão radicular de fitóftora. Sobre a primeira, já amplamente conhecida e perigosa, Rafael apresentou as novidades. “Já há projeções de lançamento de cultivares resistentes e também há um produto novo este ano para o combate dela. No entanto, ele possui os mesmos componentes químicos dos que já estão no mercado, o que pode não resolver o problema de resistência”, comentou. A outra doença, menos conhecida mas igualmente grave, é originária de um fungo que ataca desde a germinação até o fim do ciclo. Mais comum em anos chuvosos, a doença quando ataca, não há controle químico nem o que se fazer. “O que é possível é escolher cultivares resistentes e investir em um bom manejo do solo”, alertou. O pesquisador Fernando Adegas, também da Embrapa Soja, foi o segundo a falar. Ele começou sua palestra com um breve histórico sobre como o problema das plantas daninhas resistentes começou a ocorrer, principalmente ao glifosato, e o que pode
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ser feito para isso diminuir. “Em primeiro lugar, é a prevenção zelando pelas boas práticas agrícolas, não deixando essas plantas aparecerem. Se aparecer, tentar eliminar rapidamente e, em último caso, utilizar o controle químico. O Sistema Cultivance (variedade da Embrapa), é uma alternativa”. Adegas explicou que a resistência ocorre pelo uso de somente um tipo de herbicida. São 26 tipos diferentes no mercado e o produtor precisa promover esse rodízio de produtos. Segundo ele, o produtor rural precisa mudar o pensamento de usar o mais fácil, prático ou mais barato. Por fim, dois representantes da Meridional - Ralph Dudengler e Nilton Dalbosco – apresentaram os lançamentos BRS413 RR e BRS1074 IPRO. Os profissionais apresentaram os diferenciais das plantas, o que elas são resistentes e os resultados das pesquisas feitas com elas a campo. O mesmo evento foi realizado em Londrina, Pato Branco e Ponta Grossa. Setembro/Outubro de 2016
ARTIGO O bem estar animal e a agregação de valor
FABIANA VILLA ALVES
Várias, hoje, são as definições para o termo “bem-estar animal”, aplicáveis a todos os tipos de animais, dos silvestres aos de cativeiro, passando pelos de companhia, os de produção e de experimentação. Embasado nas preocupações sobre o modo como os animais vivem e são criados, o conceito ganhou força devido a dois fatores: de um lado, as questões morais, éticas e religiosas, ligadas ao respeito aos animais, que se sobressaíram em alguns âmbitos; do outro, questões técnico-comerciais, ligadas ao sistema produtivo e à qualidade final do produto. Para a Organização Mundial de Saúde Animal, bem-estar animal é a forma como o animal lida com o seu entorno, e aqui estão incluídos sentimentos e comportamento. Para animais de produção, assume-se que há boas condições de bem-estar quando são atendidas as “cinco liberdades”, que procuram incorporar e relacionar padrões mínimos de qualidade de vida para os animais como: i) livres de fome, sede e má nutrição; ii) livres de dor, lesão e doença; iii) livres de medo e angústia; iv) livres de desconforto; e v) livres para manifestar o padrão comportamental da espécie. No âmbito dos sistemas agroalimentares, a necessidade de remodelação dos modelos produtivos vigentes, com particular foco nos impactos gerados ao ambiente, fez com que o tema “bem-estar” emergisse, nos últimos anos, com grande força nos vários elos da cadeia. A aplicação dos princípios das “cinco liberdades” possibilitou saltos qualitativos em relação (i) aos sistemas de criação, com adequações do espaço mínimo disponível por animal, fornecimento de dietas balanceadas e disponibilidade de sombra em sistemas extensivos; (ii) ao transporte com embar-
que sem estresse e em veículos apropriados, determinação de tempo e distância máximos, sem interrupção, até o abatedouro; e (iii) ao abate, sem sofrimento, com atordoamento eficaz. Exemplo prático da importância do bem-estar animal para a cadeia produtiva de carnes é a possibilidade de exploração e atendimento de mercados consumidores mais exigentes, interessados na chamada “grass-fed beef” (carne produzida sobre pastagens), em que é condição sine qua non tornar tangível (qualidade final do produto) o intangível (bem-estar). Este tipo de produto com qualidades particulares é oriundo, na sua maioria, de regiões tropicais. Sua produção, portanto, deve imprescindivelmente prever práticas de manejo que visem à proteção contra a intensa radiação solar, com vistas ao bem-estar animal. Isto porque, conforme o nível de interação “intensidade de radiação solar x nível de adaptação ao calor do animal”, verifica-se maior ou menor estresse nos animais, com empobrecimento de seu bem-estar e prejuízos ao desempenho. De fato, animais submetidos ao estresse por calor diminuem o consumo de forragem e aumentam o de água, elevam a frequência respiratória, batimentos cardíacos e taxa de sudação, tornam-se irrequietos ou ficam deitados por longos períodos, entre outros sintomas. Destaque tem sido dado aos sistemas de produção multifuncionais (integração-lavoura-pecuária-floresta, ou ILPF), que além de possibilitarem a recuperação de áreas e pastagens degradadas, com baixa produtividade, proporcio-
nam benefícios diretos e indiretos aos animais, como o fornecimento de sombra e melhoria das condições microclimáticas e ambientais. Tais aspectos incidem positivamente no bem-estar dos animais e o jargão “colocar o boi na sombra” - usado na bolsa de valores quando o investidor ganha muito dinheiro em uma operação, ao ponto de não precisar mais trabalhar - passa a ser também sinônimo de produto final diferenciado. Pesquisas conduzidas pela Embrapa demonstram que segundo o tipo de árvore (nativa e exótica) e o arranjo utilizado (linha simples, dupla ou tripla) tem-se diminuição de 2°C a 8°C na temperatura ambiente dos sistemas ILPF, em relação a pastagens sem árvores. Como resultados diretos do conforto térmico oferecido melhoram-se os índices produtivos (ganho de peso, produção de leite) e reprodutivos (menor incidência de abortos, aumento nos índices de fertilidade, maior peso ao nascer). Somadas, as melhorias aportadas pelos sistemas ILPF à ambiência e ao bem-estar animal, cooperam para o seu fortalecimento como ferramenta na otimização do diferencial da bovinocultura brasileira – rebanhos à pasto – e auxiliam na sua consolidação como sustentável no cenário mundial. É verdade, porém, que o conceito “bem-estar” apresenta escalas de valores que variam em função das diferentes óticas éticas, temporais, culturais, socioeconômicas. Mas, não se pode negar que é um caminho sem volta. Nesse contexto, o bem-estar animal, junto a temas como responsabilidade ambiental, sustentabilidade, segurança alimentar e biodiversidade, ganha destaque, e deixa de ocupar um espaço “filosófico”, embasado na ética pessoal, para se tornar aspecto prático, quantificável e aplicável, passível de ser valorado. Fabiana Villa Alves é pesquisadora Embrapa Gado de Corte
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SAFRA 2016/2017
Prefeituráveis vão ao Sindicato Rural Candidatos a prefeito de Cascavel apresentaram suas propostas no Sindicato Rural de Cascavel e receberam documento com reinvidicações do setor O Sindicato Rural de Cascavel, em parceria com a Apepa (Associação Paranaense de Planejamento Agropecuário, Areac (Associação Regional dos Engenheiros Agronômos de Cascavel), Emater, Secretaria de Agricultura e SRO (Sociedade Rural do Oeste do Paraná), promoveram na tarde do dia 12 de setembro um evento que reuniu os candidatos a prefeito de Cascavel e possibilitou a cada um deles a apresentação de seus planos de governo de uma maneira cívica e democrática. O local foi o auditório do Sindicato Rural, que ficou lotado de eleitores que tiveram a oportunidade ouvir as propostas de cada candidato para o setor agrícola, que é fundamental para a economia do município. O encontro foi aberto pelo presidente do Sindicato Rural de Cascavel, Paulo Orso, que apresentou um panorama sobre o agronegócio de Cascavel e entregou uma pauta de reivindicações da categoria. Todos os candidatos à prefeitura de Cascavel, exceto Marcio Pacheco (PPL), que não foi, comparecerem ao evento. Após um sorteio, foi definida a ordem de cada candidato iniciar sua fala. Foram dez minutos para cada um e o primeiro a falar com Hélio Laurindo (PP). O empresário contou da sua experiência como prefeito em Três Barras do Paraná e o que fez pela agricultura de lá. Ele prometeu retirar o dinheiro investido nas obras do PDI (Programa de Desenvolvimento Integrado) de Cascavel, com obras no centro da cidade, e investir na pavimentação das estradas rurais. Ele também prometeu criar um Conselho de Segurança Rural para ajudar na segurança do campo. O candidato do PSB, Marcos Vinícius Pires de Souza, disse que irá administrar a cidade de acordo com o orçamento do Município, sem loucuras ou falsas promessas. “Vamos disponibilizar quatro patrulhas mecanizadas e vamos atender também as estradas para dentro da porteira”, disse. Já o candidato
“
Tecnologia nós temos. Capacidade de trabalho nós temos. O que está nos faltando é ajuda e investimentos à altura do que é gerado pelo agronegócio da cidade.
”
PAULO ROBERTO ORSO Presidente do Sindicato Rural de Cascavel
do PSC e deputado estadual, Leonaldo Paranhos, disse que procurou ações de sucesso em outros municípios para implantar aqui, como a de Piracicaba (SP), que transforma os resíduos sólidos da construção civil em uma composição utilizada nas estradas rurais. “A política é servir, e não se servir da política. O coronelismo já acabou”, disse. Aderbal de Melo, que concorre às eleições pelo PT, afirmou que pretende cumprir uma lei de sua autoria quando vereador de asfaltar 10% das estradas rurais por ano. O petista também pretende municipalizar a coleta de lixo. Segundo ele, é possível economizar mui-
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O único candidato a prefeito que não compareceu foi o deputado estadual Marcio Pacheco (PPL)
to dinheiro com a medida e, talvez em 10 ou 15 anos, toda a extensão das estradas rurais poderá ser asfaltada. Logo em seguida foi a vez do Professor Ivanildo (PSOL) falar aos agricultores. Ele afirmou que pretende realizar uma administração participativa, uma democracia plena. Uma de suas ideias, por exemplo, é que os subprefeitos sejam escolhidos pela própria comunidade, e não pelo prefeito como é feito atualmente. Por fim, Walter Parcianello (PMDB) também comentou sobre mudanças no contrato de coleta do lixo. Ele acredita que com a revisão do contrato podem ser economizados R$ 15 milhões por ano – destes, seriam destinados R$ 10 para agricultura. Walter pretende manter a qualificação permanente do pequeno, médio e grande produtor rural e investir na qualidade de vida do campo. “Pretendo voltar com o programa Bola Rural, que foi um grande sucesso. Os moradores da zona rural também merecem lazer”. AGRONEGÓCIO DE CASCAVEL
Após a fala dos candidatos, Paulo Orso fez, representando todas as entidades do setor, uma explanação sobre a estrutura socioeconômica e produção rural de Cascavel. “É Setembro/Outubro de 2016
um momento ímpar para a nossa história. É a primeira vez que vejo todos os candidatos efetivamente iniciando uma relação de respeito, democrática. Eles vieram aqui apresentar o que querem fazer e também nos ouvir, dando uma atenção ao setor que produz”, comentou. Orso mostrou o tamanho do agronegócio da cidade, discorrendo sobre todos os setores produtivos. Além disso, mostrou dados, como por exemplo, que cerca de 50% das propriedades rurais da cidade tem até 18 hectares, o que mostra que quase a totalidade da zona rural do município é composta por pequenos produtores. Ele também mostrou os gargalos, como a má qualidade das estradas rurais, por exemplo. A estimativa é que 10% da produção local seja perdida devido à falta de trafegabilidade das estradas rurais. “Tecnologia nós
O público lotou o auditório do Sindicato Rural para conhecer as propostas de cada candidato
temos. Capacidade de trabalho nós temos. O que está nos faltando é ajuda e investimentos à altura do que é gerado pelo agronegócio da cidade”. Depois da apresentação, Orso en-
A pauta de reivindicações do setor Os primeiros itens da pauta entregue pelos representantes do agronegócio de Cascavel foram: cumprimento ao disposto nas leis 5.307/2009 e 6.503/2015; que o orçamento da Secretaria Municipal da Agricultura seja, no mínimo de 5% do orçamento total do município e a utilização dos recursos obtidos pelo município com o Imposto Territorial Rural, destinado exclusivamente na área rural. Logo em seguida, o documento é segmentado. Primeiro, são enumerados os pedidos com relação à infraestrutura e equipamentos urbanos nas sedes distritais: estruturação e melhoria nas Unidades Básicas de Saúde dos distritos, evitando o deslocamento dos pacientes para a sede do município; pleitear junto às operadoras de telefonia, televisão, internet, Copel, entre outras, visando melhoria da comunicação na área rural e solicitação junto ao Governo do Estado para disponibilizar maior número de veículos e contingente de policiais, entre outras medidas, para aumentar a segurança na área rural; Sobre as estradas rurais, grande gargalo municipal, os pedidos foram estes: dotação em cada sede de distrito com máquinas e equipamentos para serviços gerais e emergenciais, compreendendo: uma pá carregadeira, dois caminhões, uma patrola, uma retro escavadeira e um rolo compactador; Recuperação emergencial da malha viária rural do município, inclusive o acesso interno às propriedades; readequação e manutenção da malha viária municipal, com no mínimo 10% ao ano, com a colocação de solo brita ou cascalho; Pavimentação anual com pedra irregular de pelo menos 50 km, Setembro/Outubrode 2016
estabelecendo como prioridade os pontos críticos da malha viária levantados pela SEAGRI e execução da pavimentação dos acostamentos no perímetro urbano dos distritos do município, bem como dos acostamentos das rodovias asfaltadas. Como incentivo ao desenvolvimento do setor, as entidades solicitaram aos candidatos: aquisição, manutenção e adequação de máquinas e equipamentos (patrulha mecanizada rural) para os serviços de: aração, gradagem, aplicação de calcário, esterco, defensivos agrícolas, plantio e conservação de solos e águas para os pequenos produtores rurais; Apoio aos novos empreendimentos com equipamentos da prefeitura, como: terraplenagens, esterqueiras, açudes, sala de espera, ordenha, bem como no acesso interno às propriedades, conforme Lei Municipal 5.819/2011 e 6.203/2013; Incentivo aos novos empreendimentos agroindustriais aproveitando as potencialidades rurais do município; Fortalecimento das Feiras dos Pequenos Produtores do município; Construção e implantação do Centro Municipal de Comercialização de Produtos Agropecuários, administrado pela Agrivel e SEAGRI; Disponibilização do corpo técnico da SEAGRI como responsável pela elaboração de projetos para atendimento aos programas de governo (estadual e federal) voltados à captação de recursos para o meio rural; Apoio ao projeto de tecnologia e inovações da agropecuária regional na Fundetec; Criação de normatização do Alvará Rural, em sintonia com o Código Tributário, visando a regularização das Agroindústrias, quanto ao aspecto de Alvará Sanitário e, com na temática multifuncionalidade no meio rural, o documento pede a implantação do turismo rural sob responsabilidade da SEAGRI, em parceria com os órgãos afins (EMATER, SEMDEC) e em consonância com o Plano Diretor Municipal;
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tregou uma proposta, elaboradora por muito tempo por várias entidades, aos políticos. Em seguida, os candidatos fizeram suas considerações finais. Quanto ao Meio Ambiente, as propostas foram: Reimplantação do Programa de Proteção de Nascentes de Águas, no meio rural; Implantação do Programa de Manejo e Controle de Formigas Cortadeiras, num prazo de dois anos, a partir de 2017, sob a responsabilidade da SEAGRI no meio rural e, SEMAB na área urbana; Ampliação dos abastecedouros comunitários e Reimplantação do Programa Integrado de Conservação de Solos e Águas, em parceria com a SEAB, priorizando a reconstrução dos terraços. Em relação às parcerias e interlocução junto aos demais governos, os pedidos foram os seguintes: Firmar parceria entre os governos: federal, estadual e municipal e produtores rurais, para pavimentação asfáltica das estradas rurais; Criação de programa de fomento para viabilizar a geração de renda em pequenos empreendimentos familiares (agroindústria, pequenas criações, hortas, etc), conforme leis municipais 5.819/2011 e 6.203/2013; Fortalecimento do Programa de Aquisição de Alimentos e Programa Nacional de Alimentação Escolar, por meio da compra de produtos da agricultura familiar do município; Ampliação da infraestrutura do local destinado ao programa de aquisição de alimentos (PAA); Implantação do Programa de Agricultura de Precisão, para as pequenas propriedades; Compartilhamento de trabalhos desenvolvidos na Agrotec, pela Fundetec e SEAGRI e Fomento dos programas de manejo integrado entre Emater e SEAGRI. O documento foi assinado e elaborado pelas seguintes entidades: Agrivel; Apepa (Associação Paranaense de Planejamento Agropecuário); Areac (Associação Regional dos Engenheiros Agrônomos de Cascavel); Emater; Seagri; Sociedade Rural do Oeste do Paraná e Sindicato Rural de Cascavel.
DUPONT PIONEER
Dia de Campo focou qualidade da silagem Dia de Campo aconteceu na propriedade da família Zancanaro, escolhida como modelo em produção de silagem A DuPont Pioneer, em parceria com a DSM Tortuga, promoveu no dia 25 agosto, na fazenda da família Zancanaro, localizada na comunidade de Jangada Taborda, em Cascavel, um dia de campo sobre como fazer uma silagem de milho de alta qualidade. Aproximadamente 35 pessoas participaram do evento, que foi acompanhado de um almoço. De acordo com o engenheiro agrônomo e representante comercial da Pioneer na região Oeste, André Prediger, as empresas buscaram retratar todas as etapas que envolvem a produção de uma silagem de milho de qualidade. “E a excelência do produto final é o que nós vemos aqui, feito pela família Zancanaro”, comentou. Durante duas horas, os representantes das empresas discorreram sobre os processos, que vão desde a escolha de um híbrido adequado à época de plantio, manejo e tratos culturais adequados, ponto de colheita do milho, compactação do silo e fechamento do silo. “Fazer adequadamente todos esses processos
Produtores puderam analisar a alta qualidade da silagem produzida na propriedade
são fundamentais e imprescindíveis. Não existe uma ou outra etapa mais importante”, explicou André. Sobre a escolha da fazenda para o dia de campo, André comentou que a família faz tudo que é preciso ser feito e por isso serve de modelo aos demais produtores. O agropecuarista Renato Zancanaro ficou feliz com a realização do evento em suas terras e disse que o evento serve para mostrar que o trabalho bem feito tem resultado. “A
melhor economia do produtor é investir em qualidade”, frisou. AGRADECIMENTOS
Os organizadores ficaram muito satisfeitos com o bom público e pretendem agora tornar esse evento técnico anual. Andre Prediger agradeceu em nome da DuPont Pionner a colaboração da família Zancanaro, ao Sindicato Rural de Cascavel e à Padrão Beef que foram fundamentais para o sucesso do evento.
Os participantes receberam orientações sobre escolha de híbridos adequados, tratos culturais, ponto de colheita, compactação e fechamento do silo
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FORUM DE AGRICULTURA
Evento discute futuro da produtividade O 4º Fórum de Agricultura da América do Sul, realizado em Curitiba, contou com diversos especialistas de todo o mundo A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que, em 2050, a população mundial alcance a marca de 9,6 bilhões de pessoas – número 34% maior que o atual. Para atender a demanda por alimentos, será preciso incrementar em 70% a produção global. Só o cultivo de cereais terá que subir para 3 bilhões de toneladas/ano em relação aos 2,1 bilhões colhidos atualmente. Os países sul-americanos serão fundamentais para o sucesso dessa expansão, conforme apontaram especialistas durante o 4º Fórum de Agricultura da América do Sul. O evento ocorreu nos dias 25 e 26 de agosto, no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba. O evento, promovido pelo Núcleo de Agronegócio Gazeta do Povo, reuniu mais de 500 participantes, de 13 países diferentes, representantes de todos os elos da cadeia produtiva sul-americana. Temas como produção, mercado, logística, bioenergia e agricultura digital pautaram 12 conferências e foram debatidos por mais de 30 palestrantes, integrantes da iniciativa pública e privada nacional e internacional. “Para o médio e longo prazo, há uma demanda muito grande, não só de grãos, como de carnes da América do Sul”, destacou o diretor de commodities da INTL FCStone, Glauco Monte. Será preciso ampliar a área plantada, principalmente no Brasil, Uruguai
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e Paraguai, e ganhar em produtividade. Para o representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no Brasil, Alan Bojanic, investir no pequeno produtor é a alternativa para continuar crescendo com sustentabilidade. “Temos que produzir mais com menos e de maneira mais eficiente. Então precisamos ha r mon i z a r a produtividade com práticas que não agridam o meio ambiente. Como instrumento, temos muitos programas do governo de destaque na agricultura familiar, que contribuem para fortalecer o setor”, explicou. Para manter o protagonismo sul-americano, no entanto, todas as estratégias devem ser repensadas. Os elos da cadeia produtiva têm de estar conectados por meio de ferramentas digitais, utilizando a tecnologia da informação a favor da produtividade sustentável. “Até 2020, o mercado ainda tem espaço, na ordem de R$ 16 bilhões, para explorar os investimentos em computação cognitiva. Será a tendência para avançar e fazer a diferença na agricultura”, frisou a chefe geral
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da Embrapa Informática Agropecuária, Silvia Maria Fonseca Silveira Massruhá. Segundo o representante da Monsanto, Mateus Barros, a agricultura digital já faz parte do presente e será a nova alavanca de produtividade que tornará o setor mais competitivo. INTEGRAÇÃO
A 4ª edição do Fórum de Agricultura da América do Sul mostrou ainda que é preciso desenvolver uma estratégia regional que integre as nações sul-americanas, mas que a responsabilidade não pode ser deixada exclusivamente nas mãos dos governos. Para o representante do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) no Brasil, Hernán Chiriboga, a integração regional também depende da formação de novos agrolíderes. “O setor agrícola tem todo o potencial, a única coisa que se requer é o surgimento de novas lideranças, que lutem pela agricultura de forma consciente, com coragem e entusiasmo. Precisamos de mais líderes jovens que posicionem o setor rural e que permaneçam no campo. É com isso que devemos nos preocupar e é por isso que devemos trabalhar”, declarou.
PECUÁRIA LEITEIRA
Leite bioforticado é tema de pesquisa A Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) desenvolve pesquisa para melhorar qualidade do leite através da alimentação das vacas A APTA (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios) desenvolve pesquisa para melhorar a qualidade do leite através da alimentação das vacas. O denominado Leite Bioforticado já apresentou bons resultados aos pesquisadores, mas ainda é preciso muito estudo até que esse método esteja disponível aos produtores rurais. O estudo é oriundo da parceria cientifica entre APTA Centro Leste Ribeirão Preto com a USP (Universidade de São Paulo). Diversos pesquisadores fizeram parte do processo. Os pesquisadores enriqueceram a ração de 32 vacas jersey numa fazenda com óleo de girassol (rico em compostos insaturados), selênio e vitamina E (antioxidantes e melhoradores do sistema imunológico). Vários testes foram feitos, alguns com mais ou menos quantias. De acordo com pesquisador Luiz Carlos Roma Junior, o objetivo da pesquisa com leite biofortificado é modificar a composição do produto através da alimentação da vaca para que este possua uma melhor composição que favoreça a saúde e também o crescimento de humanos. A segunda fase do projeto envolveu a alteração da dieta das vacas e sua resposta na saúde de idosos. “Não existia manejo especial para as vacas do experimento. Participavam da ordenha 2 vezes ao dia, era oferecido uma vez ao dia pela manhã, limpeza do confinamento, que foi feito com baias individuais para controle do consumo, duas vezes ao dia. A única alteração era na formulação da dieta em função do tratamento. Quanto ao leite, este era separado de acordo com o tratamento e pasteurizado em uma mini usina de processamento, instalada na fazenda experimental da APTA Ribeirão Preto”, explicou a pesquisadora Marcia Saladine Salles. O leite recebia embalagem com cor diferente de acordo com o tratamento na dieta. O leite pasteurizado foi encaminhado para
32 vacas da raça Jersey participaram do procedimento, com resultados animadores
Como produzir? Questionados, os pesquisadores ainda não sabem quando esse sistema estará disponível. “Como parte de pesquisa, ainda temos muito a estudar e buscar na linha de pesquisa de leite biofortificado. A adesão a este sistema é uma etapa futura do programa de pesquisa em andamento. Ainda temos mais a estudar sobre o efeito deste leite biofortificado na saúde e na absorção dos nutrientes antes de ser repassada esta tecnologia”, respondeu Roma Junior. Quanto aos custos de produção, os pesquisadores informaram que ainda não é possível mensurar os valores e que é preciso mais pesquisa sobre o assunto. asilos ou escolas municipais. “Todos as pessoas participantes recebiam o leite diariamente. Os experimentos tiveram duração de 12 semanas. Durante as 12 semanas foram
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avaliadas as vacas, o leite e os humanos”, informou Marcia. Segundo eles, após três meses de ingestão de 600 ml diários do leite biofortificado, o resultado nos idosos foi a melhora em exames de colesterol, creatinina e ácido úrico. Para as vacas, o uso dos nutrientes melhorou o sistema imunológico dos animais, diminuiu a incidência de doenças como mastite e abriu possibilidade a produtores de terem leite de melhor qualidade, além do benefício na saúde dos idosos. Os pesquisadores ficaram animados com os resultados e continuaram trabalhando mais alguns anos. Eles também citaram outras vantagens que já podem ser levadas em conta, como a para o produtor rural, que terá a possibilidade de produzir um leite de melhor qualidade e de maior valor agregado; para a indústria processadora e distribuidores, que terá a oportunidade de agregar valor e vender um produto diferenciado e por fim, para os consumidores, é a oportunidade de estar consumindo um produto mais nutritivo e saudável. Setembro/Outubro de 2016
Parabéns! SETEMBRO
01/09/1950 MARIA ALICE DE CAMARGO PACIORNIK 01/09/1952 VALDIR JOSE POZZEBON 01/09/1958 FRANCISCO AUGUSTO DEL ARCOS CARNEIRO 01/09/1964 ELSON ALBINO SCHINATO 02/09/1926 THEREZA UBEL 02/09/1942 CLAUDIO VALCANAIA 02/09/1953 ROGERIO RIZZARDI 02/09/1955 LORITA GALINA 04/09/1947 ANDRE COPACHINSKI NETO 04/09/1949 UBIRATAN COSTA PORTES 04/09/1956 ANTENOR TADEU VIEIRA PRETO 04/09/1962 CRISTIANO ZIMMERMANN 04/09/1966 CLAUMIR HJEIDMANN 05/09/1935 SELIA ZIMMERMANN 05/09/1940 ARDEMIRO GIRELLI 05/09/1943 IRIA WAGNER 05/09/1952 ARMANDO VISIOLI 05/09/1965 JOSE LUIZ RABUSKE 06/09/1953 NELSON KAMIEN 06/09/1961 IVANI SBARDELOTTO 07/09/1968 FAUSTO ANTONIO CORBARI 08/09/1923 ANTONIO COLAÇO 08/09/1946 ALTAIR DOMINGOS BEAL 08/09/1961 CARLOS ALBERTO ZANCANARO 08/09/1967 GUSTAVO GARNIER BIAGI 08/09/1975 CRESTINE REBELLATO BARREIROS 09/09/1848 EMILIO SELVINO MACULAN 10/09/1924 WALDEMAR MODESTO CASAGRANDE 10/09/1929 ARTHEMIO VENTURIM 10/09/1942 WELSON LIBERATTO FORMENTÃO 10/09/1951 BASILIO ZDEBSKI 10/09/1974 EDUARDO GUSTAVO LANGE 13/09/1952 MAURO JUDAS BARATTER 13/09/1979 MARCELO TOSO CARPES 14/09/1970 EDSON HEIZEN 15/09/1948 GERALDO DORIGAO PERES 16/09/1949 FELICIO ORSO 17/09/1942 IVANDER NESI 18/09/1924 ANDRE ANTONIO VANNI 20/09/1936 JOSE MIRANDA PAES 20/09/1945 VALDIR KUCINSKI
21/09/1926 VICENTE LAURENIO DE OLIVEIRA 21/09/1947 EUDOCIO DALLA CORTE 22/09/1937 CLAIRE THEREZINHA DAL OGLIO 22/09/1946 IVO CASAGRANDE 22/09/1977 JEFFERSON FABIANO GOTARDO 23/09/1959 ADEMAR CAPELETTO 24/09/1948 CARLOS ALBERTO ZUQUETTO 25/09/1936 LEONEL ANTONIO TURMENA 25/09/1962 CIRNE PEDRO ORSO 25/09/1966 JACINTA FROHLICH 25/09/1971 ORLEY JUNIOR ZANATTA 26/09/1933 JACOB PANDOVSKI 26/09/1933 JOÃO DUDCZAK 26/09/1942 DIOMAR REZENDE DAMASCENO 26/09/1950 ARNALDO JOÃO RIGOTTE 26/09/1964 WILLY CONRADO SCHELLWORTH 26/09/1965 SIDNEI JOURIS 27/09/1938 CLAUDINO OLIVIO GOBBI 29/09/1987 ADRIANO CARVAT 30/09/1978 SANDRA APARECIDA DOS SANTOS TABORDA
OUTUBRO 02/10/1937 02/10/1943 02/10/1953 02/10/1959 03/10/1946 03/10/1955 03/10/1956 04/10/1959 04/10/1969 05/10/1947 05/10/1971 07/10/1952 07/10/1953 07/10/1956 09/10/1958 10/10/1941 10/10/1965 10/10/1967 11/10/1962 11/10/1976 12/10/1953
LICINIO POERSCH MARINO KREMER VILSON VANZELLA LUIZ AUGUSTO KONOPATZKI JOÃO RIBEIRO DA SILVA FRANCISCO FREDERICO ADEMIR LUIZ PAZZINATTO MARLENE CHIQUETTI DA SILVA RENATO LUIZ ZANCANARO ANDRINO KREUS DO AMARAL ROMEU HOLDYS GUIDO FERLA JUAREZ ZARDO VALDIR FAE HAROLDO ZIMERMAN SILVIO SORBARA PLINIO MIGUEL SCHERER ANTÔNIO TAVEIRA NETO GION CARLOS GOBBI PAULO GELINSKI ENACIR T. SANOTTO
Veja quais os associados do Sindicato Rural de Cascavel estão soprando velinhas! 13/10/1950 14/10/1950 14/10/1954 14/10/1960 15/10/1940 16/10/1934 16/10/1951 16/10/1971 17/10/1968 19/10/1944 19/10/1970 19/10/1974 20/10/1930 20/10/1937 20/10/1941 20/10/1954 21/10/1952 21/10/1954 21/10/1963 22/10/1934 22/10/1949 22/10/1969 22/10/1979 23/10/1966 23/10/1981 24/10/1952 25/10/1934 25/10/1945 26/10/1958 27/10/1944 27/10/1950 27/10/1950 27/10/1954 27/10/1954 27/10/1956 28/10/1939 28/10/1936 28/10/1946 28/10/1953 28/10/1973 29/10/1983 31/10/1960
PAULO CEZAR VALLINI ALCIDES ANDRETTA DARI SCHOLZ DEISE KARIN DALL OGLIO MASCARELLO EDEGAR TOCHETTO EDEVINO ALBERTO TOCHETTO WILSON ANTONIO MARION JUCELINO AKIHIDE TANABE ROBERTO SAROLLI SARAIVA EUCLIDES GALLINA ERADI MARTINS FLORENCIO TARCISIO WEBBER EDUARDO BUCHINGER JOSE MAINO ADOLFO UECKER ROBERTO APARECIDO DE PAULI APARECIDO G. DE OLIVEIRA JOSE ADERLEI DE SOUZA ANDRE ANGELO ORSO E/OU VALDOMIRO LUDOVICO ODAIR APARECIDO DE LIMA ADILSON LUIZ BONBACH JOEL FRANCISCO BALDISSERA SANDRA CRISTINA VICCARI DOS SANTOS JOAO EMERSON PIASKOSKI LUCRECIA TERESINHA BERNARDI DOMINGOS MANOEL DOS SANTOS EDUARDO DE OLIVEIRA COELHO ZIGOMAR LUIZ SALVATTI ODILON BARABA DEMETRIO GULAK HELIO KEITTI SATO ILDO ANTONIO BREGOLI VILSON REDIVO ANTONIO CLOVIS FRIGELIO WALTER EMILIO SCHNACK ADAIR LINO BARZOTTO NOEMIA DURAES DOS SANTOS DEVAIR BORTOLATO CARLOS CAVICHIONI CINTIA PRICILA WAGNER MARIA GISELDA DA SILVA PRADO
Fim da condensação em silos e armazéns!
Na conservação de grãos armazenados, usa-se termometria, para monitoramento da temperatura na massa de grãos, e aeração com ventiladores elétricos. Atualmente acrescenta-se a exaustão contínua, instalada na cobertura de silos e armazéns, eliminando o calor entre a cobertura e os grãos armazenados, evitando a condensação “suadeira”, o apodrecimento e a aderência de produtos nas paredes. O Sistema de Exaustão Cycloar é um grande aliado na conservação de grãos, retira continuamente o calor interno, diminui a aeração elétrica e mantém equilibrada a umidade na massa de grãos. SOLICITE UM ORÇAMENTO SEM COMPROMISSO!
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