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PUBLICAÇÃO OFICIAL Ano VIII | Nº 61 | Novembro/Dezembro de 2016 | R$ 10,00
PERSPECTIVAS
O que os agricultores podem esperar do do mercado no próximo ano?
PARANÁ
Safra poderá bater recordes de 2016 seNovembro/Dezembro clima ajudar
SENAR/PR
Manejo de formigas foi tema de curso
LAGARTA
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Nova praga pode já estar no Brasil
APICULTURA
Registro do INPI vai valorizar mel do Oeste
ISOBUS DRILL
Agora você pode regular a taxa de acordo com a taxa configurada em grãos por hectare A Agritotal, empresa referência em agricultura de precisão no Paraná e no Brasil, tem uma série de tecnologias disponíveis para facilitar e melhorar o plantio. Logo a soja começa a ser plantada nas lavouras brasileiras e investir em novas soluções para a semeadura é um grande aliado para uma alta produtividade na hora da colheita e para o fim do desperdício. As inovações são da Müller, multinacional alemã cuja representação no Brasil é da Agritotal.
diários e totais para a área, quantidade, tempo e área tratada. Funções hidráulicas específicas do fabricante para o controle do traçador, dispositivo de abrir e fechar e similares podem ser integrados da mesma forma que uma iluminação de trabalho.
O primeiro produto é o ISOBUS DRILL-Controller de Grão Individual (Desligamento Linha-Linha), que regula a taxa de acordo com a taxa configurada em grãos por hectare. Para o controle podem ser comandados motores elétricos ou hidráulicos. Com base no sensoriamento, são contadas e monitoradas as sementes por linha. Além disso, para cada unidade dosadora, diversos desacoplamentos podem ser controlados manualmente ou automaticamente. Isso permite uma aplicação ideal das sementes, garantindo um grande potencial de economia. Para máquinas complexas com aplicação adicional de adubo o sistema também pode controlar esta taxa conforme especificação.
Com o InsightME®, a Müller-Elektronik oferece um novo conceito de diagnose para máquinas ISOBUS. Esta inovação, que deve interessar principalmente aos técnicos, é compatível com todas as aplicações de máquinas Müller. O primeiro produto é o AIRidium, que possibilita o reconhecimento de sementes com precisão de grão em máquinas semeadoras pneumáticas. Este sensor permite pela primeira vez uma semeadura sem teste de calibração. A tecnologia patenteada de piezossensor, é composto por sensores e também por uma unidade de controle superior, a qual realiza a análise. Além da contagem precisa de sementes grandes, como ervilhas e milho, as sementes finas, também podem ser reconhecidas sob as condições mais difíceis, como vibrações e poeira. Os sensores ópticos sujavam muito rapidamente, tendo que ser limpos regularmente.
Novo conceito de diagnose
A tecnologia da empresa alemã pode ser adaptada a quase todas as funcionalidades de uma máquina semeadora e também podem ser usadas alavancas de condução do trator para o controle da máquina. Para a documentação o DRILL-Controller oferece contadores internos
Outro sensor disponível pela Agritotal é o PLANTirium®, cuja eficácia também é de alto padrão.
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R. Paraná, 3937 - CEP 85.810-010 Cascavel/PR - Fone (45) 3225-3437 www.sindicatorural.com DIRETORIA Presidente Paulo Roberto Orso Vice-presidente Gelso Paulo Ranghetti 2º Vice-presidente Modesto Felix Daga Tesoureiro Genor Frare 2º Tesoureiro Renato Archille Martini Secretário Paulo Cezar Vallini 2º Secretário Gion Carlos Gobbi CONSELHO ADMINISTRATIVO Membros Milton Pedro Lago Haroldo Stocker César Luiz Dondoni Carlos Alberto Zuquetto Agassiz Linhares Lissandro Saroli Veran Walter Luiz Bernardi
Nesta edição Edição nº 61 - Novembro/Dezembro de 2016
Capa O destaque da Edição 61 da Sindirural fica por conta das perspectivas para a agricultura em 2016. Ouvimos especialistas que fizeram suas previsões sobre o setor. Pág. 14
Mel do Oeste terá Indicação Geográfica LEIA TAMBÉM
CONSELHO FISCAL Titulares Isaías Luiz Orsatto Eudes Edimar Capeletto Denise Adriana Martini de Meda Suplentes Darcy Antonio Liberalli Airton José Gaffuri Helmut G. Bleil Jr. DELEGADO REPRESENTANTE Titular Paulo Roberto Orso Suplente Paulo Cézar Vallini
Publicação oficial do Sindicato Rural Patronal de Cascavel
• Ministro Blairo Maggi empolga agricultores em reunião. Pág. 20 • Embrapa monitora incidência de nova praga no Brasil Pág. 28 • Empreendedor rural premiou projetos de 2016. Pág. 29 O INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) poderá liberar selo de Indicação Geográfica (IG) para o mel produzido no Oeste do Paraná. Pág. 20
• Produtores vacinam contra febre aftosa no Oeste. Pág. 32 • Fundetec apresenta oliveiras como alternativa de renda . Pág. 41
Ágide participa de reunião do Nurespop
Circulação Bimensal Coordenador editorial: Paulo Cézar Vallini pvallini@uol.com.br
Fale com a redação: Jair Reinaldo dos Santos (editor) Fone (45) 3037-7829 / 99972-6113 Pedro de Brito Sarolli (Jornalista) editoria@revistasindirural.com.br
Departamento Comercial: (45) 3037-7829 / 99972-6113 comercial@revistasindirural.com.br
Projeto gráfico arte/diagramação: NewMídia Comunicação Rua Cuiabá, 217 - CEP 85819-730 Cascavel-PR - Fone (45) 3037-7829 www.newmidiacomunicacao.com.br
Entrevista O presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) esteve em Cascavel prestigiando reunião de entidade que reúne 28 sindicatos rurais da região. Pág. 16 4
Luiz Lonardoni Foloni é engenheiro agrônomo é autor de que retrata os caminhos para uma agricultura segura e sustentável, com estudos sobre o uso de defensivos agrícolas no campo Pág. 08 Novembro/Dezembro de 2016
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PALAVRA DO PRESIDENTE
PAULO ORSO - diretoria@sindicatorural.com
Mudança de governo renova as esperanças Os produtores rurais brasileiros tiveram uma boa notícia recentemente. Com a mudança do governo, renovamse as esperanças para termos uma maior valorização do setor. Essa motivação veio na hora certa, já que estamos na época de pós-plantio da safra de verão, fundamental na nossa atividade e repleta de novos desafios. Estamos já em planejamento da safra 2017/2017 e agora é a hora de tomar decisões acertadas, de zelar pelo que sabemos fazer de melhor: produzir com qualidade e sustentabilidade. Com a mudança do governo, esperamos que, no mínimo, tenhamos agora segurança, estabilidade. A instabilidade política não é boa para o País, muito menos para sua economia. No campo, precisamos continuar trabalhando duro e com excelência,
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Com a mudança de Governo esperamos que, no mínimo, tenhamos agora segurança e estabilidade. como sempre fizemos. É importante que mantenhamos nossa qualidade e aumento de produtividade, já que o mundo e principalmente o Brasil dependem de nós. O agronegócio é quem vai tirar o Brasil da crise e cada
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atitude nossa pode ser uma grande diferença. Por fim, desejo que os produtores saibam aproveitar as oportunidades do mercado, desejo um bom plantio e uma excelente colheita.
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ENTREVISTA “Agricultor é um conservador nato” LUIZ LONARDONI FOLONI
Luiz Lonardoni Foloni é engenheiro agrônomo e professor colaborador do curso de pós-graduação da Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp, em Campinas. Ele é autor do livro “2,4-D: Uma Visão Geral”, em que retrata os caminhos para uma agricultura segura e sustentável, com amplo material de pesquisas e estudos sobre o uso de defensivos agrícolas no campo SINDIRURAL: Você lançou neste ano o livro “2,4-D: Uma Visão Geral”. O que os leitores podem esperar desta sua obra? LUIZ LONARDONI FOLONI - O livro trata do primeiro herbicida orgânico lançado no mundo, ainda na década de 1940. Embora “velho” ainda é muito atual, e uma ferramenta de extrema importância na agricultura atual no manejo das plantas daninhas. Por ser veterano no mercado existe muitas controvérsias, dúvidas e confusão a respeito. A ideia, com a publicação, foi dar uma visão geral, de forma a encontrar as principais informações sobre este importante herbicida, em uma só publicação, de forma acadêmica. Aborda-se o contexto histórico da agricultura. Os sistemas de produção agrícola, os sistemas conservacionistas bem como a tecnologia de aplicação. Mostra seu modo de ação nas plantas e sua utilização nas plantas resistentes a outros tipos de herbicidas. Faz-se um breve histórico do seu desenvolvimento, das avaliações toxicológicas e comportamento no ambiente e sintomas de injurias causadas em culturas suscetíveis. Finalmente aborda-se os mal entendidos e o estágio atual das discussões em importantes países. Creio que será um material útil para estudantes do curso de engenharia agronômica, para técnicos, para consultores e pessoal diretamente envolvidos na produção. SINDIRURAL: O senhor afirmou recentemente que o Brasil não é o maior consumidor de defensivos agrícolas do mundo. Como chegou a esta conclusão? LUIZ LONARDONI FOLONI - É certo que
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A nossa legislação para defensivos agrícolas é uma das modernas do mundo. Para um produto ser aprovado, uma quantidade substancial de estudos nacionais e internacionais são exigidos (...)
”
o Brasil comercializa o maior volume de defensivos agrícolas, mas não significa que mais utiliza-o, temos de considerar a área plantada, além de que em muitas áreas, como o sul faz-se até três safras por ano, ou seja safra de verão, safrinha e de inverno e em outras como no centro oeste, duas. A forma correta para comparação é a quantidade utilizada por hectare em ingrediente ativo, pois as formulações dos produtos podem ser diferentes (quantidade de ingrediente ativo por unidade de área, ou Kg/ha). Isto posto, de acordo com os dados disponíveis na literatura, o Brasil encontra-se em décimo lugar no uso dos defensivos agrícolas, atrás portanto da Holanda (20,8 kg/há), Japão, Bélgica, França, Inglaterra, Alemanha e Estados Unidos, todos países de clima predominante-
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mente temperado. O Brasil consome em média menos que 4,0 kg/há, como país tropical. SINDIRURAL: Quais números que existem sobre o consumo de defensivos que comprovam sua afirmação? O que há de índices comparativos atualizados e confiáveis hoje? LUIZ LONARDONI FOLONI - O Brasil pratica uma excelente agricultura, e tem potencial para crescer. Por vivermos em um país tropical, não contamos com neve no inverno, que por efeito físico , controla boa parte das pragas, afetam grandemente o seu ciclo reprodutivo, as quais concorrem com as culturas cultivadas, minimizando o uso dos defensivos. Aqui o potencial de difusão das pragas (no sentido geral: pragas, doenças e plantas daninhas) é muito maior, fato que exige maior nível de controle seja preventivo ou curativo, com resultante de maior uso dos defensivos. Muitas pessoas acreditam que os agricultores usam indiscriminadamente estes produtos por imposição das industrias. Esquecem-se de que os produtos não são dados, mas vendidos. As aplicações se necessária, são por recomendações técnicas, com receituário agronômico, e custam muito. Portanto não são aplicadas de qualquer forma, mas de acordo com a necessidade específica de cada cultura, dentro do seu ciclo fenológico, lugar e momento específico. Os erros, quando acontecem, normalmente são de pequenos agricultores sem acesso a assessoria técnica adequada, seja por parte da indústria ou governamental. SINDIRURAL: Sabemos que, como o nosso clima é tropical, não temos mecanismos de controles naturais de pragas como o frio e a neve e precisamos usar mais defensivos. Como explicar isso à sociedade? Como explicar aos ambientalistas, que fazem um terrorismo sobre o assunto? LUIZ LONARDONI FOLONI - Há que se lembrar que o nome agrotóxico (embora definido em lei) é pejorativo, ou seja um tóxico agrícola. Nós, engenheiros agrônomos, utilizamos Novembro/Dezembro de 2016
o termo defensivos agrícola, por entendermos como uma ferramenta legal para uso na agricultura, ou seja, um remédio para as plantas, utilizados nas formas preventivo ou curativo. Os movimentos ambientalistas se iniciaram no final da década de 1960 nos Estados Unidos, após a publicação do livro “ Primavera Silenciosa” da bióloga Raquel Carson, que chama a atenção em muitos casos, para a população do uso indiscriminado dos pesticidas naquele país, naquela época. Hoje, muitos deles são puro sensacionalismo, sem base real, com dados genéricos. De forma geral o agricultor é uma pessoa que cuida muito bem do meio ambiente, pois é nele que vive, trabalha e tira o seu sustento. O maior inimigo do produtor não são os defensivos, mas a erosão do solo. Essa sim com danos irreparáveis ao meio ambiente e de difícil ajuste. Pois perde-se a camada fértil, agricultável. Um bom exemplo de agricultura na qual se utiliza mais defensivos que a tradicional, é o sistema de semeadura direta (Plantio Direto), pois se substituem as operações de preparo inicial do solo, com o uso de herbicidas de manejo, e a resposta com o passar dos anos é o aumento da produtividade com menor custo. A análise de todos os indicadores biológicos, nas áreas com a adoção dessa prática, mostra melhora com o tempo, em relação ao cultivo convencional com arado e grade. O Brasil tem uma área estimada de 35 milhões de hectares com essa prática conservacionista, e nunca vi nenhum ambientalista criticá-la por se utilizar mais herbicida que na convencional. Portanto, o agricultor que se utiliza dos defensivos agrícolas, ferramentas legais devidamente aprovadas pelos organismos governamentais, não é nenhum criminoso ambiental, mas um conservador nato do ambiente onde necessita ter sua propriedade como uma fábrica de alimentos ano após ano. SINDIRURAL: O que podemos falar sobre a legislação para liberação de defensivos no Brasil? É eficaz? É rigorosa? Qual sua opinião sobre o tema? LUIZ LONARDONI FOLONI - A nossa legislação para defensivos agrícolas é uma das mais modernas e exigentes do mundo. Para um produto ser aprovado, uma quantidade substancial de estudos nacionais e internacionais são exigidos. Estes são avaliados pelos Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ministério da Saúde (Anvisa) e Meio Ambiente (Ibama), onde são avaliados os aspectos de eficácia agronômica, resíduos, toxicologia e avaliação de periculosidade ambiental. Somente com o cumprimento de todas as exigências legais, o produto é aprovado pelos três Ministérios e posto no mercado. Este processo leva hoje mais de três anos. Ainda a empresa solicitante é obrigada a rastreá-lo em cada estado da federação onde se pretende coNovembro/Dezembro de 2016
mercializá-lo. Embora concedido, este registro pode ser contestado com base técnica, reavaliado em qualquer tempo e retirado do mercado se for o caso, se algum fato novo assim o justificar. O Brasil, ao contrário do que muitos dizem, não comercializa produtos proibidos lá fora. Neste mundo globalizado, as agências do governo estão conectadas em tempo real com outros organismos internacionais, e se um produto for questionado ou proibido lá fora, ocorre a mesma coisa aqui. SINDIRURAL: Como podemos tratar desse assunto com as crianças e nas escolas? Como podemos explicar melhor esse assunto para a sociedade, que está em guerra com os defensivos? LUIZ LONARDONI FOLONI - Creio que estigmatizaram o tema. Creio que deveria ser tema obrigatório nas escolas desde o primeiro grau. A verdade é uma só: sem alimentos em abundância existe a fome e sem comer ninguém vive. Alguém tem que produzi-los em quantidade, com qualidade e de forma sustentável. O agricultor faz isto diariamente, com as ferramentas disponíveis , seja orgânica, biodinâmica, convencional, utilizando ou não os defensivos, ele é o produtor de alimentos, ele vive da terra, embora visto como vilão, ele é o verdadeiro herói do agronegócio. Deve se ressaltar que existe cada vez menos pessoas no campo para produzir, e cada vez mais pessoas que vivem nas cidades que demandam alimentos. Este é o grande desafio da humanidade, produzir alimentos em quantidade suficiente para a população em crescimento exponencial. Estima-se que em 2050 a área agricultável disponível seja menor que 0,2 ha por habitante. Hoje um agricultor produz para 155 pessoas, já imaginou quanto terão que produzir no futuro? Deveria ser explicado desde a tenra idade que
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necessitamos de alimentos proteicos e energéticos todos os dias, e que estes provem do campo. As ferramentas disponíveis para esta produção envolvem a disponibilidade de terras aptas para esta prática, cada vez mais restrita, máquinas agrícolas, sementes melhoradas, fertilizantes, defensivos agrícolas, manejo integrado de pragas e técnicas de produção, todos igualmente importantes. SINDIRURAL: Mesmo que não haja uso excessivo, o que fazer para diminuir o consumo dos defensivos? LUIZ LONARDONI FOLONI - O consumo dos defensivos agrícolas no Brasil poderá diminuir baseado em duas premissas – melhora na tecnologia de aplicação (pulverizadores corretamente calibrados e emprego de pontas de pulverização adequadas, bem como o treinamento dos aplicadores) e a adoção massiva da agricultura de precisão com doses variáveis e nos locais onde realmente existem os problemas. A agricultura é um negócio dinâmico, em contínuo crescimento, com concorrência internacional e só permanecerá se for competitiva. SINDIRURAL: Como a indústria de defensivos pode ajudar? Como a Embrapa pode ajudar? LUIZ LONARDONI FOLONI - A indústria de defensivos tem o dever de ajudar. Do que tenho conhecimento ela faz divulgação e treinamento para agricultores, levando o que há de melhor na área. Infelizmente dentro do espectro de propriedades, estes treinamentos chegam, somente em parte aos grandes e médios agricultores, o pequeno dificilmente é atingido. Estes por serem geograficamente muito espalhados, a não ser aqueles que são participantes de cooperativas, onde o acesso é maior, dificilmente tem acesso as novas informações. Não posso responder pela Embrapa, mas sei que promove informações técnicas relevantes, com frequente divulgações e treinamentos e cursos. O SENAR também está envolvido em treinamentos em associação com a indústria, mas em função do tamanho e diversidade e número de agricultores do Brasil, é muito difícil a informação técnica atingir a todos de forma como seria ideal. Na falta de informação e assistência técnica adequada, aparecem os erros, as aplicações inadequadas, a não observância do tempo ideal entre aplicação e a colheita (período de carência), aparecimento de produtos com nível de resíduos acima do permitido ou uso em culturas não registradas. É o uso errôneo ou inadequado do produto, muitas vezes pelo fato do agricultor ou aplicador não ter lido (ou não saber ler) as informações prescritas no rótulo ou na bula. A falta de informação leva ao uso inadequado e ao erro. Aí, o produto que foi desenvolvido para ser uma ferramenta aliada do produtor, passa a ser um vilão.
REGISTRO
Comissão Feminina fez balanço das suas atividades Composta por esposas de associados e de diretores do Sindicato Rural de Cascavel, a Comissão Feminina da entidade fez um balanço das ações realizadas durante o ano de 2017. Liderada por Maria Beatriz Orso, com Denise Adriana Martini como vice, Delcira Vallini como 1ª Secretária e Silvana Araújo como 2ª Secretária, a Comissão é composta ainda por 19 membros atuantes que se reúnem periodicamente para promover ações voltadas à mulher e à entidades assistenciais. Maria Beatriz Orso destaca entre os eventos de 2016 a realização do Café Colonial em prol do Mosteiro Mãe da Providência, realizado no dia 19 de abril, na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Cascavel, com a ajuda dos associados do Sindicato Rural. “Toda a renda da ação beneficente foi revertida ao Mosteiro, que foi fundado em 2009 e é o primeiro da Ordem das Irmãs Clarissas no Paranᘔ, afirmou. O café da manhã alusivo ao Dia do Agricultor, comemorado durante o Show Pecuário 2016, em julho, também foi preparado pela Comissão Feminina. Além de comemorar a data, o evento também serviu de abertura para o Show Pecuário. E ainda durante o Show Pecuário foi realizado o Encontro de Produtoras Rurais, em comemoração ao Dia da Mulher, que reuniu mais de 500 mulheres no Circulo Italiano, dentro do Parque de Exposições. Segundo Maria Beatriz, o objetivo foi “através de palestras motivacionais divertir e valorizar as mulheres do campo, que tem papel fundamental na garantia da pujança da agropecuária e grande influenciadoras das tomadas de decisão nas propriedades rurais”. Fechando as ações de 2016, a Comissão Feminina realizou no dia 07 de dezembro, um
A Comissão Feminina do Sindicato Rural de Cascavel está aberta a participação das associadas
evento na Fraternidade Nossa Senhora Auxiliadora, entidade que atende meninas dependentes químicas. “É um lindo trabalho feito com essas meninas. Lá elas tem apoio e encontram forças para superarem seus vícios através da oração e da fé”, salienta Maria Beatriz. Na oportunidade, foram entregues kits de higiene pessoal para todas as meninas, que também foram contempladas com uma festa de Natal, que contou com uma apresentação de coral e lanches. Para 2017, a Comissão já definiu a realização de duas ações sociais a serem definidas, uma no primeiro e outra no segundo semestre. Também está na programação para o próximo ano a realização de palestra técnica ou curso
voltado para o aperfeiçoamento profissional e pessoal das mulheres. Maria Beatriz Orso faz um convite às agricultoras e esposas de associados para se juntarem à Comissão. “Estamos de braços abertos para receber a todas que queiram ajudar e colaborar nas nossas ações, que sempre tem conotação social e assistencial”, destaca. “Como entidade representativa, temos o dever de incentivar a participação feminina na tomada de decisões, na atuação das atividades do Sindicato e mostrar o valor do papel da mulher diante da sociedade”, afirma. As interessadas devem procurar o Sindicato Rural de Cascavel ou entrar em contato através do telefone (45) 3225-3437.
Tarcísio Hübner é novo vice-presidente de Agronegócios do BB O Conselho de Administração do Banco do Brasil elegeu Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo e Tarcísio Hübner para as vice-presidências de Serviços, Infraestrutura e Operações e para a de Agronegócios e Micro e Pequenas Empresas, respectivamente. As duas vice-presidências estavam vagas desde junho (Serviços, Infraestrutura e Operações) e julho (Agronegócios e Micro e Pequenas Empresas) deste ano. O anúncio foi feito em novembro. Carlos Hamilton deixa o cargo de Secretário de Política Econômica do Mi-
nistério da Fazenda para ocupar a vaga de Osmar Dias, maringaense de coração. Osmar foi indicado pela ex-presidente Dilma Rouseff (PT) e pediu exoneração do cargo. Tarcísio Hübner tem 55 anos, é graduado em Ciências Econômicas com MBA em Gestão Avançada de Negócios, MBA Altos Executivos e especialização em Agronegócios e em Marketing, com ênfase em Serviços. Exercia o cargo de Diretor de Distribuição. Atuou como Superintendente estadual em Tocantins, Mato Grosso, Rondônia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul e Diretor de Distribuição São Paulo.
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Tarcísio Hüber atuou como Superintendente estadual em várias regiões do Brasil
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Show Pecuário já disponibiliza estandes para 2017 O Sindicato Rural Patronal de Cascavel e a Sociedade Rural do Oeste (SRO) acabam de definir que o 3º Show Pecuário será realizado dias 25, 26 e 27 de julho. A exemplo dos anos anteriores, em 2017 o evento será realizado no Parque de Exposições Celso Garcia Cid. Estão sendo ofertados cerca de 80 estandes, com tamanhos variados, nas áreas coberta e externa do Parque de Exposições. As empresas do comércio, da indústria e de prestação de serviços ligadas ao agronegócio e que tenham interesse em participar,
podem entrar em contato desde já para garantir seus espaços, pelos telefones 45-3225.3437 e 9932. 0502, falar com Vanuza. Além da feira dos expositores da indústria, do comércio e da prestação de serviços, o Show Pecuário 2017 vai contar com animais de argola entre bovinos de leite e corte, ovinos e equinos, e ainda gado geral. Haverá também leilões e julgamentos desses animais, além de balcão permanente de negócios. Instituições financeiras também estarão presentes no evento, oferecendo linhas de crédi-
to para financiamentos de animais, equipamentos e máquinas agrícolas. PALESTRAS
O 3º Show Pecuário terá ainda extensa programação de palestras diariamente, workshops, cursos, encontro de produtores, encontro de mulheres produtoras rurais, exposição morfológica de animais, entre outras atividades. A entrada e o estacionamento do Parque de Exposições durante os quatro dias do Show Pecuário serão gratuitos.
Areac comemorou o “Dia do Engenheiro Agrônomo” Uma festa para ficar na história. Assim pôde ser definido o 24º Dia do Engenheiro Agrônomo, realizado no sábado (15 de outubro), pela Areac (Associação Regional dos Engenheiros Agrônomos de Cascavel). Mesmo com o clima instável, mais de 500 pessoas prestigiaram o evento marcado pela confraternização entre amigos e degustação dos costelões e acompanhamentos. O encontro teve a presença de várias gerações de engenheiros agrônomos, além de autoridades como a do deputado federal Evandro Roman e vereadores da cidade. O número expressivo de ex-presidentes da entidade também fez questão de estar presente. A presidente da Areac, engenheira agrônoma Andrea Mörschbächer, agradeceu a presença de todos os profissionais e patrocinadores que contribuíram para tornar mais uma edição da festa um sucesso. “Essa participação maciça nos motiva a manter um trabalho voltado à defesa dos interesses da categoria, com os olhos voltados para a conscientização e preservação do meio ambiente”. O gerente regional do CREA-PR em Cascavel, engenheiro civil Geraldo Canci, também
A presidente da Areac, Andreia Mörschbächer, e a diretoria da entidade receberam os convidados
participou da festa e reconheceu o esforço dos profissionais em mobilizar a categoria e promo-
ver uma confraternização que certamente ficará marcada na história da entidade.
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Copagril tem novo sistema de gestão Entre as características do novo software está a centralização dos dados das áreas de negócios da Copagril, proporcionando maior eficiência administrativa, atualização tecnológica e melhor a gestão estratégica Tradicional cooperativa do Oeste do Paraná, a Copagril, figura entre as maiores empresas do agronegócio brasileiro, considerando segmento de aves e suínos, ocupando a 100a posição dentre as 400 maiores empresas do segmento, sendo ainda destaque entre as 500 Maiores e Melhores da Revista Exame 2016, ocupando a 457a posição e figura entre as 100 melhores do Sul do Brasil, na posição 68a do ranking. Fundada no ano de 1970, na cidade de Marechal Cândido Rondon, possui um faturamento superior a 1,4 bilhões reais, 3,2 mil colaboradores, 14,4 mil cooperados e suas operações estão distribuídas em 16 entrepostos de recebimento de grãos, 20 lojas agropecuárias, 4 postos de combustível, 5 supermercados, 2 unidades industriais de ração, 1 estação experimental, 1 unidade industrial de aves, 1 loja de máquinas e implementos agrícolas, 1 transportadora, 1 unidade de armazenamento, 1 centro de distribuição e 1 núcleo de recria de ovos. Acompanhar a evolução tecnológica, centralizar todas as operações em único banco de dados, manter-se atualizada com as constantes mudanças legais e aumentar a eficiência de processos, foram demandas que levaram a Copagril trocar o seu ERP desenvolvido internamente por uma solução terceirizada. A forte relação de confiança que começou em 2006 com a implantação do sistema de Senior de Recursos Humanos e a grande especialização no mercado de gestão para o agronegócio, foram outros importantes fatores para a Copagril selecionar a Prisma Softwares de Gestão para implementar o novo ERP. O novo ERP adotado pela Copagril é desenvolvido na cidade catarinense
Sistemas de gestão eficientes são itens essenciais para o sucesso de empresas de todos os portes
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Atender a Copagril é uma busca constante na oferta de soluções avanças para acompanhar o crescimento desta importante cooperativa do agronegócio nacional. IVAN CARLOS VANIN Diretor da Prisma
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de Blumenau pela Senior Sistemas S/A, que figura como uma das maiores desenvolvedoras de software do mercado nacional e representada na região pela Prisma Softwares de Gestão. A Copagril teve o atendimento das expectativas de integração de todos os depar-
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tamentos com conexões simultâneas no ERP e a agilidade em processos que antes tinha uma demora para se ver os resultados. Percebe-se que os avanços alcançados com o ERP da Senior geraram uma relação custo benefício positiva na escolha de um ERP de mercado. Com um software mais robusto, que agrega todas as atividades da cooperativa em tempo real, gerando confiabilidade nas tomadas de decisões por parte dos gestores, são outros benefícios do ERP Senior para a Copagril. A Prisma Softwares de Gestão, foi fundada em 1995 e é um canal categoria Ouro que distribui as soluções de softwares produzidos pela Senior Sistemas S/A. A Prisma possui soluções para empresas de diversos portes e segmentos nas áreas de gestão corporativa, gestão de pessoas, gestão de acesso e segurança, soluções de mobilidade e business intelligence. “Atender a Copagril é uma busca constante na oferta de soluções avançadas para acompanhar o crescimento desta importante cooperativa do agronegócio nacional”, finaliza Ivan Carlos Vanin, diretor da Prisma. Novembro/Dezembro de 2016
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MERCADO Mercado de defensivos biológicos projeta expansão anual de 15% nos próximos anos
O mercado brasileiro e mundial de defensivos agrícola biológicos tem registrado forte crescimento nos últimos anos. No mundo, a média anual de crescimento gira hoje na casa dos 10% e este ano deve atingir US$ 3 bilhões, valor que representa 5% do mercado total de defensivos, incluindo os químicos. Já no Brasil, a perspectiva é de uma expansão média anual de 15% para os próximos anos. Atualmente, o mercado brasileiro representa 2% de um volume anual de defensivos que, em 2015, foi da ordem de R$ 9,6 bilhões. Os dados foram analisados pelos confe-
rencistas e participantes do Biocontrol Latam 2016 – Conference & Exibition, evento promovido em novembro em Campinas/SP. “A tendência de expansão do uso de defensivos biológicos é um movimento que não tem volta no Brasil e no mundo”, afirmou Pedro Faria Jr., presidente da ABC Bio – Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico, que deu suporte organizacional ao evento, realizado pela primeira vez na América Latina. Para um dos organizadores do Biocontrol Latam 2016, William Dunham, sócio-gerente da DunhamTrimmer & Editor, que edita a
2BMonthly, uma das promotoras do encontro, a maior prova da importância que o mercado brasileiro vem adquirindo no contexto mundial de defensivo biológico é o fato de o Biocontrol Latam ter sido programado pela primeira vez no Brasil. “O evento só é realizado em mercados nos quais há grande potencial de crescimento do uso de biodefensivos. Daí a decisão de, a partir de agora, fazermos um revezamento na sua promoção, realizada a cada dois anos. Faremos uma vez na Ásia e outra na América Latina, com destaque para o Brasil”, informa Dunham.
Tratores das marcas da CNH Industrial conquistam prêmios Os tratores das marcas agrícolas globais Case IH e New Holland Agriculture foram premiados na exposição EIMA (International Agricultural and Gardening Machinery Exhibition) 2016, que aconteceu em Bolonha, na Itália. As marcas da CNH Industrial foram finalistas em três das quatro categorias. A Case IH recebeu a distinção máxima com seu Optum 300 CVX, conquistando o título do Trator do Ano 2017 (TOTY, em inglês Tractor of the Year). Já a New Holland Agriculture recebeu o título de Melhor Utilitário (Best Utility) com o trator T5. O EIMA é um evento bienal que recebe aproximadamente 1.900 empresas de 40 países. No evento são exibidos mais de 50 mil modelos de maquinário e equipamentos para todos os tipos de operações agrícolas.
A Case IH conquistou o título com seu trator Optum 300 CVX por uma série de fatores determinantes, entre eles, o foco na redução da compactação do solo e no aumento da eficiência do combustível. O modelo é construído na fábrica da CNH Industrial em St. Valentin, na Áustria. A New Holland Agriculture recebeu o título de Melhor Utilitário com o trator T5.120, construído na fábrica da CNH Industrial em Jesi, na Itália. A nova linha de tratores T5 Categoria 4B foi reestruturada para atender às crescentes necessidades dos criadores de gado e daqueles que necessitam de um trator ágil e de potência média para a atividade leiteira e mista.
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Novembro/Dezembro de 2016
Basf cria dispositivo que evita o contato com defensivos A multinacional de agroquímicos Basf desenvolveu um dispositivo com o objetivo de evitar o contato humano com o defensivo agrícola no abastecimento dos pulverizadores. O aparelho é acoplado ao bidão de um modo que o operador não precise abrir e despejar o produto. “Se coloca diretamente na boca da máquina e, ao mesmo momento, as mangueiras que estão incorporadas lavam a embalagem. Isso faz com que a
água contaminada caia diretamente no tanque da máquina”, explicou Hernán Ghiglione, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da companhia alemã. Além da diminuição da exposição do operador ao produto químico, outro benefício da tecnologia é que o bidão já sai com a tríplice lavagem realizada, que é o recomendado pelos órgãos de recolhimento de envases, estando pronto para ser reutilizado ou reciclado.
De acordo com Ghiglione, o dispositivo já está desenvolvido e se encontra em período de testes na Europa, devendo chegar na América do Sul nos próximos meses. “Os produtores estão muito entusiasmados com essa inovação. A ideia é trazer para a Argentina o mais rápido possível, porque vai ao encontro da nova lei sancionada no país recentemente sobre manejo de envases de agroquímicos”, apontou.
as fases de crescimento. “A atuação no mercado brasileiro faz parte do alinhamento estratégico da marca nas Américas e a Skretting traz para o país todo o seu conhecimento global em carcinicultura. É uma marca reconhecida em todo o mundo por sua produção de alimentos de alta qualidade para camarões de cultivo, sen-
do a única empresa que oferece um portfólio completo para os produtores do setor, desde reprodutores, larvicultura até a fase adulta, chegando à mesa do consumidor”, explica Marcelo Toledo, Gerente de Produto em Aquicultura. O Skretting ARC colabora com vários institutos e empresas privadas ao redor do mundo e faz parte do grupo Nutreco.
Líder mundial em rações chega ao mercado de camarão no Brasil A Skretting, empresa líder mundial no fornecimento de alimentos para peixes e camarões, integrante do grupo Nutreco que também atua no Brasil como Trouw Nutrition em outros segmentos, traz para o país soluções nutricionais inovadoras e sustentáveis para a carcinicultura. A Skretting tem linhas de alimentos que atendem a necessidade do camarão desde a primeira alimentação até a despesca. O lançamento nacional da marca ocorreu durante a FENACAM’16 (Feira Nacional do Camarão), que aconteceu em Fortaleza. Na ocasião foram apresentados os produtos: Vitalis 2.5 para reprodutores, PL para larvicultura, StarterLine para as fases inicias e Optiline, Masterline e SetLine para
Guabi lança ¨Superfibra¨ para cavalos marchadores A Guabi Nutrição e Saúde Animal, com foco na qualidade de vida, no bem-estar e na performance do animal, está apresentando ao mercado brasileiro de equinos todos os benefícios nutricionais da polpa de beterraba, que é rica em pectina. GuabiTech Beet contem 16% de polpa de beterraba ( com maior inclusão do mercado), óleo vegetal, milho laminado e pelete desenvolvido para um melhor desempenho dos cavalos atletas. Os equinos marchadores são submetidos às provas de longa duração, variando de 40 minutos a duas horas, o que os enquadra nos exercícios predominantemente aeróbicos. Diferentes fontes produtoras de energia são utilizadas por este tipo de modalidade equestre: carboidratos, gorduras e fibras, sendo o primeiro responsável pela maior proporção desta geração nos vinte minutos iniciais e os dois últimos são estoques energéticos, que passam a ter maior participação após esse período. O condicionamento físico ideal irá proporcionar o aproveitamento adequado destas fontes, evitando assim a depleção das reservas e consequente fadiga muscular. Novembro/Dezembro de 2016
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SINDICATOS RURAIS
Ágide participa de reunião do Nurespop Presidente da Faep prestigiou a reunião da entidade que reune 28 sindicatos rurais Apresentar as novidades da legislação que afeta diretamente a agricultura e sanar dúvidas dos produtores. Esse foi um dos principais objetivos do encontro do Nurespop (Núcleo Regional dos Sindicatos Rurais Patronais do Oeste do Paraná), realizado no dia oito de novembro na sede do Sindicato Rural Patronal de Cascavel. O encontro contou com a presença do presidente da Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), Ágide Meneguette, do presidente do Nurespop, Valdemar Kaiser, e de representantes de 28 sindicatos da região Oeste do Estado. Na ocasião, Ágide fez breve explanação sobre as principais ações da Faep. Em seguida, Carla Beck, da área técnica da Faep, e o advogado Klauss Kuhnen, do departamento jurídico da entidade, abordaram vários assuntos de interesse dos produtores rurais, como conservação de solos, PRA (Programa de Regularização Ambiental), retificações do CAR (Cadastro Ambiental Rural), Funrural e faixa de fronteira. Segundo Ágide Meneguette, as reuniões estão sendo realizadas em vários pontos do Estado para falar sobre as dificuldades da área ambiental e tratar das mudanças na lei. “Um dos pontos que estamos abordando é a importância da conservação do solo, que até então está sendo esquecida. As máquinas melhoraram muito, mas por outro lado as pesquisas sobre o assunto ainda são da década de 1970 e deixam muito a desejar”. Ele citou inclusive a necessidade de atualização e reciclagem dos técnicos e engenheiros ligados à agricultura. “Vários cursos superiores, por exemplo, estão deixando a desejar no quesito formação profissional. Fala-se muito da parte teórica, mas falta o convívio no dia a dia, saber de fato o que é a agricultura”. PREÇO DO MILHO
Questionado em relação ao desenvolvimento da safra em curso, de 2016/2017, Ágide destacou a produção do milho que, nos Estados Unidos, por exemplo, deve ser de 400
Ágide Meneguete, presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP)
“
Neste momento em que o preço das matériasprimas está em alta, o ganho é ainda mais significativo (...) ÁGIDE MENEGUETE Presidente da Faep
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milhões de toneladas. “O produtor vai ter dificuldade. Há alguns meses falava-se de escassez, o que não ocorreu. Milho tem, mas o agricultor vai precisar gastar um pouco mais para comercializar seu produto”. Conforme o presidente, o que ocorre em situações como esta é a tradicional lei da oferta e da
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procura. “Das 500 milhões de toneladas de grãos produzidos nos Estados Unidos, 400 milhões é de milho e tudo o que eles não consumirem para a produção de etanol deve ser exportado. Até então o preço do dólar era R$ 4 e agora já está em R$ 3,20 e isso deve refletir nos preços por aqui também”. MUDANÇAS
De acordo com o presidente do Sindicato Rural patronal de Cascavel, Paulo Orso, Cascavel foi escolhida para este evento por estar geograficamente no centro dos municípios da regional. “Esses encontros descentralizados são positivos para os produtores. Em Cascavel estamos recebendo dirigentes de 28 sindicatos, além do presidente da FAEP”. Segundo ele, o principal ponto do encontro é repassar as mudanças nas leis ambientais. “Apesar de não ser algo tão recente, muitos agricultores ainda têm dúvidas sobre as alterações sofridas, sobre o CAR [Cadastro Ambiental Rural], a conservação do solo, entre outros tópicos abordados”. Novembro/Dezembro de 2016
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Agritotal apresenta sistema inovador
Além da economia em produtos, de 10 a 15%, a pulverização bico a bico é fácil de usar e libera mão de obra para outras atividades A Agritotal, empresa de referência em agricultura de precisão no Paraná e no Brasil, junto com a tecnologia alemã de ponta da renomada Muller Elektronik, que é a primeira no quesito agricultura de precisão na Europa, oferecem mais uma modernidade para o amigo agricultor. A novidade no meio tecnológico aliado à agricultura é o exclusivo sistema de controle pneumático de pulverização bico a bico. O sistema de controle extremamente preciso na aplicação de produtos, funciona à base de pressão e permite ao operador ter o máximo de aproveitamento na hora da pulverização inclusive em condições adversas. Cada bico agora é controlado individualmente: ligando, desligando ou até mesmo aumentando e diminuindo a aplicação do produto na lavoura, independente se o pulverizador estiver a 8 ou 30 quilômetros por hora. O sistema faz a compensação de
O sistema de controle extremamente preciso na aplicação de produtos, funciona à base de pressão e permite ao operador ter o máximo de aproveitamento na hora da pulverização (...) produto lançado realizando o controle de vazão. Além da economia em produtos, de 10% a 15%, o produtor possui a facilidade de uso e a liberação do usuário para realizar a parte mais importante do trabalho. Devido ao controle por GPS e a precisão do sistema, a área total de sobreposição é reduzida a menos de 1%. Se necessário, é possível fazer o controle manual. Outra vantagem ao produtor é o fácil diagnóstico de falhas, que são mostradas na tela do Terminal. O sistema de diagnóstico exibe exatamente onde o problema
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está ocorrendo e qual a sua causa. Através do aplicado de celular denominado InsigthME®, é possível ver todo o histórico de falhas em qualquer smartphone ou tablet Android ou IOS, que pode transmitir para a equipe técnica via internet para assistência remota. O produtor não precisa nem sair de casa. “Além disso, ele pode ser utilizado com piloto automático TRACK-Leader AUTO®, com sinal corrigido ou com guia manual. Ele pode ser instalado em pulverizadores de arrasto, 3 pontos ou auto propelidos. Resumidamente, o produtor ganha uma pulverização mais consistente; evita o desperdício de produto na aplicação; diminui o tempo de pulverização por hectare; aumenta a produtividade; controla de maneira mais eficaz o tamanho e posicionamento preciso das gotas e, obviamente, gera mais lucro a cada safra. O sistema de tecnologia Muller trabalha na plataforma de comunicação ISOBUS, o controle “bico a bico” pode ser utilizado nos terminais Track Guide II, Track Guide III e Touch 1200. Agritotal é sinônimo de confiança e bom atendimento. O produtor que não adere à tecnologia, fica para trás. Novembro/Dezembro de 2016
PECUÁRIA DE CORTE
Leilão da RPK foi sucesso de vendas Animais de grande qualidade foram comercializados no evento que aconteceu no mês de outubro, no Pavilhão de Leilões na Sociedade Rural de Toledo A RPK Genética promoveu na ExpoToledo, no dia 15 de outubro, o 5º Leilão de Reprodutores. Com apoio da Sociedade Rural de Toledo, o evento foi mais uma vez um grande sucesso. 36 animais das raças Angus, Brangus, Braford, Brangus, Nelore e Brahman foram comercializados para pecuaristas de todo o Oeste do Paraná. Esse foi o segundo leilão promovido pela empresa em 2016, sendo o primeiro realizado em Quedas do Iguaçu, em agosto. Na abertura, o proprietário da RPK Genética, o médico e pecuarista Reno Paulo Kunz, disse que o PIB da agropecuária brasileira está crescendo e há muito espaço para pecuária de corte, principalmente após o início de vendas de carne aos Estados Unidos. “Estamos em um grande momento, com um mercado internacional extremamente favorável. Para conseguirmos melhores resultados, o caminho é investir em melhoramento genético e seleção. Todo o investimento na melhoria do rebanho é recuperado”, salientou. O presidente da Sociedade Rural de Toledo, Silvan Welp, disse que os pecuaristas sempre devem buscar o melhoramento genético dos bovinos, já que os resultados sempre
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Reno Kunz: “O caminho é investir em melhoramento genético e seleção”
Osni Tonin: “Todos nós saímos ganhando, mas o maior beneficiado é o pecuarista”
aparecem, principalmente na diminuição no tempo de abate e na qualidade da carne. Ele também elogiou Reno. “Um homem de poucas palavras, mas de muito trabalho”. A entidade também prestou homenagens a criadores da região, como Lyro Kopenhagen e Darci Zanella. Para o diretor de gado de corte da Sociedade Rural de Toledo e um dos organizadores do evento, Osni Tonin, o leilão é fruto de uma parceria de sucesso entre a entidade e a RPK. “Todos nós saímos ganhando, mas o maior beneficiado é o pecuarista. Desde que o Reno começou esse trabalho, o rebanho do gado de corte do Oeste do Paraná avançou muito. Estávamos muito atrasados. Hoje temos melhores bezerros, melhores reprodutores e mães.
A RPK contribuiu ativamente nisso”.
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COMPRADORES
O pecuarista Vilson Belotto possui uma propriedade em São José das Palmeiras e trabalha com as raças brangus, braford e angus. Ele conta que já comprou várias vezes os animais da RPK e que teve bons resultados. “Atendeu todas as minhas expectativas. Minha qualidade genética do rebanho aumento bastante”. Já o vice-presidente da Sociedade Rural de Toledo, Paulo Bernard, contou que já comprou seis touros brahmann da RPK. “Tivemos resultados muito bons na cobertura da vacada nelore com os animais da RPK. Recomendo sempre os animais deles, que são uma empresa muito séria”, disse.
AGRONEGÓCIO
FOTOS: GIULIAANO DE LUCA
Em palestra, o ministro encheu de esperança o setor do agronegócio brasileiro
Ministro Blairo Maggi empolga agricultores
Em visita a região Oeste, o novo Ministro da Agricultura defendeu a criação de um modelo mais moderno e competitivo para o agronegócio brasileiro O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Blairo Maggi, esteve no Oeste no dia 31 de outubro. A convite da Cooperativa Lar, ele deu uma palestra em Medianeira e visitou plantas frigoríficas da região. Em sua fala, Maggi expôs seus planos como gestor e encheu a plateia de esperança. Blairo assumiu a pasta empregando mais diálogo com entidades de classe, empresas, cooperativas e produtores, abertura de mercados internacionais e transparência nas ações. Na opinião de Maggi, o país deve criar um modelo mais moderno de agronegócio, que vai desde a valorização da produção nacional como das melhores e mais sustentáveis do mundo, passando pela necessidade de atrelar
“
Nosso sistema trabalhista está na contramão do que podemos oferecer. Não temos que tirar direitos, temos que flexibilizar direitos. Se não abrirmos mão de algo já conquistado(...) BLAIRO MAGGI Ministro da Agricultura
”
os juros à inflação, até a uma nova forma de comprar milho. “Desde que o Michel Temer me convidou para assumir ministério da agricultura, disse a ele que nunca tive patrão, sempre trabalhei com meu pai - que é bem diferente, porque com o pai a gente briga de dia e resolve a noi-
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te -, então não sabia como me comportar. Ele foi muito elegante e disse: eu quero que você assuma a Agricultura, resolva os problemas da Agricultura. As notícias ruins, você tenta resolver, as boas, você me dá. Desde então, tenho procurado trabalhar dessa forma e uma das maneiras que temos para evoluir é conversar com a agricultura brasileira”, disse. Uma das questões mais destacadas pelo ministro foi a valorização dos alimentos brasileiros. Ele aponta uma produção ambientalmente superior a qualquer outro país do planeta como um argumento sólido para ampliar os negócios no exterior. “61% do Brasil ainda é da forma como (Pedro Alvares) Cabral chegou aqui em 1500. É virgem. Desses 61%, 11% é preservado pelos produtores rurais, que não recebem um centavo por isso. Temos que deixar 20% de reserva no Sul, 35% no Cerrado e 80% na Amazônia brasileira”, citou, lembrando que a agricultura - exceto pecuária - consome 8% do território nacional. “Nenhum país do mundo tem 61% de área preservada. Nenhum país só usa 8% do território tendo o volume de grãos que temos”, disse. Para ele, Novembro/Dezembro de 2016
o status ambiental do país deve servir para barganhar mercados. AGRO+
“Como cliente do Ministério da Agricultura (Pecuária e Abastecimento), vamos dizer assim, sempre reclamei muito de alguns procedimentos. Não poderia passar como ministro e não resolver as coisas que me incomodavam. Por isso, nós criamos o Agro +, que é para desburocratização do nosso Ministério. O programa consiste em um conjunto de medidas que vai da edição a atualização de atos normativos, alguns com mais de meio século, inviáveis aos dias de hoje, a mudanças de rotina no trabalho do Mapa. Das 130 normas, conforme Maggi, 60 já foram implantadas. “Já mudamos várias portarias, com a da embalagem. Não sei se vocês sabiam, eu não sabia, mas a cooperativa não pode colocar o que quer na embalagem. Quem tinha que dizer o que pode ou não é um burocrata do Mapa. E isso levava meses, as vezes anos. Agora, com o processo eletrônico é a pessoa (indústria) que informa o que vai fazer. Se tiver alguma discordância com o mercado, o Mapa tem tempo de intervir, mas se não tiver nada, a vida segue, o baile continua, é assim que tem que ser”, exemplificou. ABERTURA DE MERCADOS
Além de desburocratizar e regular mais adequadamente o setor, Blairo disse que seu terceiro fundamento de ação no Mapa é alcançar novos mercados para os produtos do agronegócio brasileiro. Para isso, em sua opinião, a indústria deve ser mais proativa ao “vender o peixe”. “Nós, brasileiros, temos um péssimo hábito, temos uma forma diferente de se comportar do resto do mundo. Nós esperamos que venham comprar nossos produtos. Vem um árabe, vem um russo, a gente ajeita aqui, ali e vende. Temos que ser mais proativos, sair atrás do mercado”, sugeriu. Sobre esse assunto, Maggi fez analogia a um veículo cheio de passageiros. “O mercado é como um ônibus lotado. Para alguém entrar, alguém tem que sair. Então eu tenho que forçar que alguém saia para eu entrar”. De acordo com o ministro, as empresas precisam investir em marketing e interrelações pessoais para alcançar novos clientes. “As empresas, cooperativas, têm que viajar mais. Tem que ter representantes lá fora. Viajar não é despesa, é investimento”, comentou. Os mercados asiático e indiano, são, na opinião de Blairo Maggi, as duas principais apostas que o Brasil deve fazer. Ele exemplificou a importância disso com o leite. O setor de lácteos no Brasil vai continuar a experimentar altos e baixos se não se atrelar também ao mercado internacional. O ministro foi convicto ao dizer que o país precisa exportar para atingir um nível mais rentáNovembro/Dezembro de 2016
Milho não sofrerá oscilações Ao contrário do que pede o mercado, porém, o ministro sinalizou para uma pequena margem de estoques reguladores de milho e sugeriu uma mudança no perfil de compra do cereal por grandes empresas. Para ele, o mercado não vai sofrer oscilações tão abruptas nos preços como a de 2016 se as cooperativas comprarem milho ao longo do ano, regulando preços e mantendo estoques mais elevados. Segundo ele, isso regula o mercado, beneficiando produtores de grãos e de proteína animal. “Os produtores de frango e suínos querem que o governo interfira no mercado, querem que a gente tenha estoques reguladores. Nós temos um pouco nesse momento. O problema é que quando o governo tem que interferir, não pode vender mais barato que está no mercado. Vendemos o estoque regulador, mas por força de lei tem que colocar
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Eu sou daqueles que entendem que 13% do nosso território é mais que suficiente para comunidade indígena que temos. Não sou favorável à ampliação de terras indígenas(...) BLAIRO MAGGI Ministro da Agricultura
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vel na pecuária de leite. “O setor de lácteos no Brasil só vai ter a independência no momento em que nos tornarmos grandes exportadores”, categoricamente afirmou. REFORMAS
Para ele, um dos pontos que mais atrasa o avanço brasileiro são as leis trabalhistas. Em sua opinião, não flexibilizar essa leis pode inviabilizar direitos já adquiridos para as próximas gerações. “Nosso sistema trabalhista está na contramão do que podemos oferecer. Não temos que tirar direitos, temos que flexibilizar direitos. Se não abrirmos mão de algo já conquistado, nossos filhos e netos é que não terão direito a mais nada”, orientou. MST E ÍNDIOS
O ministro se mostrou decidido a não ampliar as demarcações de terras indígenas, que ainda hoje ameaçam produtores do país,
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em leilão, com preço mínimo que se equipara ao do mercado”, disse. Na opinião de Maggi, o governo despejar milho em leilões não é a medida mais eficiente para controlar os preços do grão. O milho da Conab deve ser usado somente para atender perdas por pragas ou intempéries. Para ele, “a solução é simples. Grandes integradoras e cooperativas, que no passado não faziam estoques de milho, têm que começar a comprar o ano todo, assim como faz o mercado americano”, pontuou. Na opinião do ministro, a cultura de comprar milho à medida da necessidade está se inviabilizando por conta do início mais acentuado das exportações brasileiras do cereal. Em janeiro, adiantou o ministro, o Brasil vai comprar milho para aumentar seus estoques reguladores. Entretanto, não disse quanto o governo deve adquirir.
em especial do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para ele, o Brasil é um exemplo para o mundo ao ofertar grande parte do território aos índios. “O Brasil tem uma posição muito mais avançada que outros países na questão indígena. Temos 13% do território nacional reservado aos povos indígenas”, citou. A área é bem maior que toda a área agricultável do país, que soma 8% do território. Para ele, não há necessidade de mais demarcações. “Eu sou daqueles que entendem que 13% do nosso território é mais que suficiente para comunidade indígena que temos. Não sou favorável à ampliação de terras indígenas”, cravou. As invasões de movimentos sociais semterra a fazendas e a insegurança no campo foram outros temas abordados pelo ministro. Sobre as invasões de terra, Maggi disse que cabe aos governadores pulso firma para cumprir as reintegrações de posse. “Invasão de terra é uma questão de comprometimento do governo dos estados em fazer as reintegrações de posse. É questão de negociação”, simplificou. Sem falar em partidos, Maggi citou um novo “viés ideológico” do atual governo, que não estimularia as invasões, ao contrário do governo do PT. Segundo Maggi, nos últimos 30 anos o governo federal distribuiu 88 milhões de hectares de terras para a reforma agrária. O problema, porém, segundo Maggi, é que mais recentemente as terras teriam sido repassadas sem a documentação, o que impede os assentados de acessar programas, crédito, mercados, entre outras questões.
AGRONEGÓCIO
IG vai valorizar mel do Oeste do Paraná Registro de Indicação Geográfica IG) no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) impulsionará qualidade do produto produzido na região Depois de anos de investimento em boas práticas de produção, gestão, manejo e qualidade, apicultores do oeste do Paraná terão a produção de mel com registro de Indicação Geográfica (IG) pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O pedido de Indicação de Procedência (IP) ao mel produzido no Oeste do Paraná foi feito em dezembro do ano passado e deve ser publicado na revista semanal do INPI até o final deste ano. Ate lá, entidades, cooperativa e produtores aguardam, mas não perdem o foco em qualificar ainda mais o mel da região. Segundo o consultor do Sebrae/PR, Emerson Durso, 50 municípios estão dentro da área geográfica da IP, que vai abranger tanto a produção do mel pela abelha Apis africanizada quanto da Jataí. “Os produtores, com o apoio de instituições, trabalharam nos últimos três anos buscando evidências para que o mel produzido a região seja considerado uma Indicação Geográfica com Indicação de Procedência. O próximo passo é reunir dados de estudos de qualidade e característica do mel para entrar com o pedido de Denominação de Origem (DO)”, destaca Durso. A professora Regina Garcia, que leciona no curso de Zootecnia da Unioeste e é responsável pelo setor da universidade que estuda a apicultura, explica que essas são as duas formas de se conseguir a IG. “Para obter a IP (que é o registro solicitado ao mel produzido no Oeste do Paraná) é preciso comprovar que há tradição no cultivo do produto, que há uma ligação social com ele no território, além, é claro, da qualidade. Já para conquistar a DO no produto, são necessários relatos, estudos sobre a produção, dados que comprovem que o produto é diferente dos outros”, resume.
O registro abrange tanto a produção do mel pela abelha Apis africanizada quanto da Jataí
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Para obter a IP é preciso comprovar que há tradição no cultivo do produto, que há uma ligação social com ele no território, além, é claro, da qualidade.
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PROF. REGINA GARCIA Curso de Zootecnia Unioeste
A expectativa para a conquista do registro é grande, conforme aponta o presidente da Cooperativa Agrofamiliar Solidária dos Apicultores da Costa Oeste do Paraná (Coofamel), Wagner Gazierro. “Sabemos que o impacto comercial da IP não acontecerá de imediato, mas já vai ajudar no marketing do produto, dará o ‘start’ para o trabalho de reconhecimento geográfico. Hoje, o mercado busca produtos mais naturais, mais ecológicos, sustentáveis e toda certificação ou nova tecnologia que reforce questões como essas é bem-vinda”, observa Gazierro. Em todo o Brasil, há apenas dois registros de mel com IG no INPI. O primeiro,
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concedido em março de 2015, para Indicação de Procedência do mel produzido na região pantaneira dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul; e o segundo, que concedeu, em setembro do ano passado, a Denominação de Origem ao também paranaense “Mel de Ortigueira”. “A partir da divulgação do registro, já será possível que os cerca de 120 apicultores ligados a Coofamel possam estampar o “Mel do Oeste” em seus produtos”, enfatiza o consultor do Sebrae/PR. Mercado De acordo com Emerson Durso, a expectativa é que o mel produzido na região seja reconhecido pelo mercado com esse diferencial do registro no INPI. “Essas conquistas são apenas um passo a mais na caminhada para tornar o Mel do Oeste mais conhecido, apreciado e valorizado. Entretanto, não se pode parar de melhorar a produção. A partir desse primeiro registro, a ‘tarefa de casa’ é continuar a acompanhar a evolução do mercado, com a aplicação de novas técnicas e tecnologias, que já têm sido implementadas para aumentara a qualidade e produtividade do mel produzido no oeste paranaense”, detalha. As presenças nos seminários e capacitações são prova de que os apicultores da região estão engajados com a causa. A 6ª Novembro/Dezembro de 2016
O registro abrange tanto a produção do mel pela abelha Apis africanizada quanto da Jataí
edição o Seminário de Apicultura do Oeste do Paraná, que aconteceu no final de outubro em Santa Helena, por exemplo, reuniu os produtores de mel associados à cooperativa da região em busca de novas orientações sobre boas práticas de fabricação, manejo de pré-colheita, meliponicultura e apicultura profissional. O evento aproximou apicultores de especialistas e estudiosos da produção de mel. Foi com a ajuda das capacitações que o apicultor de Santa Helena, João Luiz Carniel, conseguiu aumentar em 30% a produção de mel. “Aprendi muito nos cursos. Além de produzir mais, temos um mel com mais qualidade aplicando as técnicas novas. Neste último seminário, aprendi como manter o enxame forte antes mesmo do início da florada. O bom é que conhecemos a técnica e, logo em seguida, colocamos em
prática”, afirma. Sobre a conquista do registro, Carniel ressalta: “Além de valorizar o nosso produto, conseguir a IG vai mostrar a outros mercados que a gente existe”, aposta. Na avaliação do presidente da Associação de Apicultores do Oeste do Paraná (Apioeste), Lothario Lohmann, o registro de Indicação Geográfica pode refletir diretamente na rentabilidade do apicultor, em médio e longo prazos. “Atualmente, a maioria os nossos associados têm pequena produção. Se conseguirmos aumentar a venda para outras regiões ou para fora do Estado, eles podem passar a produzir mais e, quem sabe, viver só da apicultura. Nesses encontros técnicos, temos percebido que é vontade de todos melhorar sempre mais a produção. Gostamos de trabalhar com as abelhas”, assinala. Emerson Durso, do Sebrae/PR, destaca
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que as oportunidades de aperfeiçoamento não terminaram neste ano. “Temos prevista mais uma capacitação, em formato de dia de campo, na próxima semana em Santa Helena, um dos municípios que concentram um maior número de apicultores. Nosso intuito, enquanto entidade de fomento e empreendedorismo, é levar possibilidades para que haja o desenvolvimento da atividade como um negócio, que gere emprego e renda, permitindo que as pessoas continuem no campo”, salienta. Além do Sebrae/PR, Coofamel e Unioeste, também estão engajados com o Projeto de Desenvolvimento dos Apicultores do Lago Itaipu, a Itaipu Binacional e Parque Tecnológico de Itaipu (PTI) por meio do Programa Cultivando Água Boa, a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Biolabore, Emater e prefeituras municipais.
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RENDA AGRICULTOR FAMILIAR
Governo transferirá renda a produtores Através da Emater, Estado pretende investir R$ 14 milhões em projeto benefício que transfere um valor fixo às famílias de baixa renda que vivem na área rural O Governo do Paraná lançou oficialmente no último dia 4 de novembro, em Antônio Olinto, no Sul do Estado, uma nova ação do programa Família Paranaense, que alcançará 5.600 famílias até 2019. Trata-se do Renda Agricultor Familiar, benefício que transfere um valor fixo às famílias de baixa renda que vivem na área rural. Serão investidos R$ 14 milhões no projeto coordenado pela Secretaria da Família e Desenvolvimento Social, em parceria com a Emater. A secretária Fernanda Richa destacou que esta ação traz melhorias na qualidade de vida das famílias que vivem no campo. “O Renda Agricultor Familiar dá mais condição para que as pessoas que moram no campo e vivem da agricultura possam melhorar de vida. Com o dinheiro que recebem elas podem fazer melhorias em casa, nas plantações, melhorar a situação em que vivem, o que contribui para a emancipação das famílias”, diz Fernanda. Como funciona O Renda Agricultor Familiar oferece às famílias selecionadas um benefício no valor de R$ 2 mil ou R$ 3 mil, dependendo
Objetivo do programa é trazer melhorias na qualidade de vida das famílias que vivem no campo
da renda familiar. O recurso deve ser investido em um projeto pré-definido entre a família e os técnicos da Emater, conforme sua necessidade. Desde a elaboração até a implantação, elas são acompanhadas e orientadas pelo órgão, que também avalia os resultados. Podem ser desenvolvidos projetos nas seguintes áreas: melhoria da qualidade da água e do saneamento, melhoria da produção de alimentos para o autoconsumo ou para a geração de renda. A primeira etapa do projeto teve início em novembro do ano passado e beneficiou 49 famílias que vivem em Inácio Martins,
Doutor Ulysses e São João do Triunfo. Atualmente, 181 famílias de nove municípios do Estado estão com projetos sendo desenvolvidos pelos técnicos da Emater. Além de Antônio Olinto também participam Agudos do Sul, Almirante Tamandaré, Arapuã, Bocaiúva do Sul, Campo do Tenente, Cerro Azul, Faxinal, General Carneiro, Grandes Rios, Imbaú, Itaperuçu, Ivaí, Marilândia do Sul, Mauá da Serra, Novo Itacolomi, Ortigueira, Paula Freitas, Piraí do Sul, Piraquara, Porto Vitória, Reserva, Tibagi, Tijucas do Sul, Tunas do Paraná e Ventania. Novos municípios devem ser inclusos em breve.
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SAFRA 2016/2017
CEF vai elevar saldo da carteira agrícola O banco oferecerá aprovação automática na agência para custeio agrícola até R$ 1 milhão para clientes com histórico de relacionamento com a Caixa A Caixa Econômica Federal lançou um pacote de medidas para agilizar o acesso ao crédito rural por meio de processos automatizados, simplificados e desburocratizados. As ações estão alinhadas ao Plano Agro+, lançado pelo Ministério de Agricultura Pecuária e Abastecimento, que tem foco na redução da burocracia e na eficiência dos processos de agronegócio do país. Apesar de poucos saberem, a Caixa Econômica Federal também possui crédito para o agronegócio brasileiro. Nesta safra 2016/2017, a intenção é elevar em 28% o saldo da sua carteira agrícola, saltando de R$ 7,8 bilhões para R$ 10 bilhões. As medidas da Caixa englobam a aprovação automática de até R$ 500 mil, nas próprias agências do banco, para projetos simplificados de custeio agrícola - por meio do produto Custeio Fácil Caixa-, e a análise remota da área produtiva mediante imagem de satélite. Desde outubro, o banco também oferecerá aprovação automática na agência para custeio agrícola até R$ 1 milhão para clientes com histórico de relacionamento com a Caixa. Para custeio pecuário, a aprovação automática será de até R$ 500 mil, também para clientes com relacionamento. A Caixa também realiza a digitalização de todos os documentos do processo de crédito, desde a análise do pedido até a sua aprovação, e posterior fiscalização. Além de eliminar o uso de papéis, a ação permite acesso de forma digital ao dossiê de crédito em qualquer agência do país. O Caminhão do Agronegócio Caixa continua presente nas principais feiras e eventos do setor, levando o crédito rural até os produtores e possibilitando a contratação no próprio local. A tendência é que ele participe do Show Rural Coopavel 2017. CRÉDITO RURAL CAIXA
Em setembro de 2012, quando o primeiro contrato de crédito rural foi assinado na Agência Pompéu, na região centro-oeste de Minas, a Caixa disponibilizava, em projeto piloto, apenas
“
O agronegócio é responsável por cerca de um terço do PIB brasileiro e tem extrema relevância na balança comercial. Ao financiar este setor, a instituição financeira reafirma o seu papel de parceira estratégica do Estado brasileiro.
”
FABIO LENZA Vice Pres. Negócios Emergentes CEF
linhas de financiamento de custeio e investimento para os produtores de milho, soja e pecuária de corte e leite, em 62 municípios de oito estados brasileiros. Hoje, quatro anos após o ingresso no setor, o banco oferece um amplo portfólio para os pro-
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dutores rurais brasileiros, que podem obter recursos para financiar sua produção em mais de 1.700 agências do banco, distribuídas em 1.255 municípios. O vice-presidente de negócios Emergentes da Caixa, Fábio Lenza, destaca a importância da entrada do banco no segmento. “O agronegócio é responsável por cerca de um terço do PIB brasileiro e tem extrema relevância na balança comercial. Ao financiar este setor, a instituição financeira reafirma o seu papel de parceira estratégica do Estado brasileiro, contribuindo para a geração de emprego e renda em toda a cadeia produtiva do agronegócio”, ressalta Lenza. Em quatro anos, mais de R$ 17,6 bilhões foram concedidos para produtores individuais, cooperativas e agroindústrias, por meio de linhas de custeio, investimento e comercialização, com recursos obrigatórios de depósito à vista e linhas de funding do BNDES. Somente em Custeio, a foram concedidos mais de R$ 13 bilhões, representando 75% da carteira, voltados para as culturas de soja, milho, algodão, arroz, feijão, amendoim, mandioca, sorgo, girassol, e trigo, entre outras. Na pecuária (25%), é possível financiar a suinocultura, avicultura e bovinocultura de corte e leite. Novembro/Dezembro de 2016
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NOVA PRAGA
Embrapa monitora incidência no Brasil A lagarta Chilo Partellos é originária do continente asiático onde está presente no Leste da África e no Oriente Médio Áreas dos estados de Roraima, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Bahia, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Espirito Santo, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul foram priorizadas em estudo da Embrapa como as de maior probabilidade de a lagarta Chilo partellus entrar e se estabelecer no País. O inseto foi catalogado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) como praga quarentenária A1, categoria que engloba ameaças de importância econômica potencial para cultivos nacionais e que ainda não estão presentes no território brasileiro. O estudo “Identificação de regiões brasileiras suscetíveis ao ingresso e estabelecimento de Chilo partellus” foi realizado por pesquisadores da Embrapa Gestão Territorial
Praga ataca mais severamente o milho e o sorgo
e do laboratório de quarentena “Costa Lima” (LQC) da Embrapa Meio Ambiente e cruzou informações como rotas de transporte, possíveis pontos de entrada, culturas hospedeiras da praga, portos, fronteiras, aeroportos e condições climáticas propícias para que o inseto entre e se estabeleça no País. O resul-
Parceria com a vigilância Pesquisas como essa subsidiam ações da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura. Em parceria com a Embrapa, o Ministério pretende priorizar até o fim deste ano as 20 pragas quarentenárias ausentes no País com maior potencial de impacto para o setor produtivo. “Para cada uma delas, pretendemos coordenar a elaboração e execução de planos de contingência visando a ações de fiscalização nos pontos de entrada do País, levantamentos fitossanitários, além de procedimentos de controle e erradicação, caso a praga entre no Brasil”, informa o coordenador geral de Proteção de Plantas do Departamento de Segurança Vegetal da SDA/MAPA, Paulo Parizzi. Para ele, a parceria com a pesquisa é fundamental nas ações de fiscalização e controle. “Informações como os pontos vulneráveis de entrada de pragas e diagnósticos fitos-
sanitários de pragas ausentes subsidiam as ações dos planos de contingência de cada uma das ameaças priorizadas”, afirma. Os dados são utilizados em capacitações dos auditores federais agropecuários responsáveis pela vigilância das fronteiras, portos e aeroportos. O estabelecimento de métodos diagnósticos fitossanitários específicos facilitam a identificação rápida da praga ao deixar os laboratórios credenciados no País aptos a reconhecer espécies ainda não encontradas por aqui. “O objetivo é antever essas pragas e deixar o País preparado para barrá-las ou controlá-las com rapidez e eficácia, caso elas se estabeleçam. Nesse sentido, o trabalho conjunto entre o Mapa e Embrapa é fundamental”, conta Parizzi. Os resultados também subsidiaram outros trabalhos, em continuidade à parceria da Embrapa Meio Ambiente e Embrapa Gestão Territorial, objetivando estimar o tempo de desenvolvimento de C. partellus e de
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tado pode subsidiar o serviço de Vigilância do Mapa, responsável por fiscalizar as entradas de novas pragas quarentenárias no País. A lagarta é originária do continente asiático, onde está presente em vários países, e já se encontra em áreas do Oriente Médio e da costa Leste da África, com uma ocorrência na
potenciais bioagentes de controle nas condições climáticas das microrregiões municipais priorizadas por estado. A pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente Jeanne Marinho Prado explica que essas informações são importantes para a defesa agropecuária nacional. “O ingresso da praga, sem o conhecimento prévio de sua biologia, comportamento ou de alternativas para a correta detecção, contenção e controle inicial, poderia causar danos significativos, inclusive pela demora na sua identificação de presença nos cultivos, podendo causar sérios problemas locais de ordem econômica”, declara. A pesquisadora Maria Conceição Pessoa acrescenta que prospectar a adaptabilidade dos potenciais bioagentes exóticos de controle biológico de C. partellus nas condições climáticas das áreas priorizadas é fundamental para subsidiar as estratégias de seleção de alternativas mais viáveis para o controle biológico da praga. Novembro/Dezembro de 2016
Austrália. Embora a fase adulta do inseto seja uma mariposa, os danos da praga são reportados principalmente na sua fase jovem, como lagarta, em cultivos de milho, sorgo, arroz, trigo, cana-de-açúcar, milheto e gramíneas silvestres. “Os ataques mais severos ocorrem em cultivos de milho e sorgo, variando de acordo com o local”, conta a pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente Maria Conceição Pessoa, uma das autoras do trabalho. Como exemplo do potencial da praga, na África do Sul há ocorrências de danos nessas duas culturas que provocaram perdas de mais da metade da produção. Em Moçambique, infestações em milho tardio atingiriam 87% das lavouras e geraram estragos em 70% dos grãos. Entre as regiões mais vulneráveis para a entrada da praga está uma extensa área que vai desde a fronteira do Brasil com o Paraguai até a região de Sorocaba no meio do Estado de São Paulo. “Essa área é importante, pois concentra lavouras de cana-de-açúcar, cultura atacada pela praga”, explica Rafael Mingoti, analista da Embrapa Gestão Territorial que participou do estudo. Ele explica que as regiões mais propícias para a ocorrência e proliferação do inseto apresentam clima favorável, presença de culturas-alvo da praga, proximidade de fronteiras ou pontos de passagem, como vias e estradas, ou em áreas próximas
Embora a fase adulta do inseto seja uma mariposa, os danos da praga são reportados principalmente na sua fase jovem, como lagarta, em cultivos de milho, sorgo arroz, trigo, cana-de-açúcar, milheto e gramíneas silvestres. a portos ou aeroportos. “A região reúne essas condições, pois além do clima propício para a praga e a presença das culturas, há o porto de Santos em São Paulo, aeroportos e a oeste há uma grande fronteira com o Paraguai”, conta o especialista. De acordo com os resultados, outra área que merece atenção é o sul do Estado do Rio Grande do Sul. Embora a região possua pastagens e uma variedade de plantações, a principal preocupação concentrou-se nas lavouras de arroz, característica que pode agravar o quadro, pois a área engloba uma enorme faixa de fronteira seca com o Uruguai. Na região Nordeste há uma estreita faixa litorânea entre
Sergipe e Rio Grande do Norte que reúne lavouras e clima propícios para a praga. A área ainda congrega grandes portos e aeroportos internacionais que são pontos de atenção. A lagarta também poderia se estabelecer no Norte do País, de acordo com os dados observados. Ela encontraria condições ideais para se proliferar em áreas ao Norte e Leste de Roraima, regiões fronteiriças com Venezuela e Guiana, respectivamente. O estudo também considerou as prováveis vias de ingresso terrestres e marítimas, além de rotas com acesso às áreas de países já infestados pelo inseto. Ainda contemplou a proximidade a diferentes tipos de fronteiras (urbanas, rurais, florestas) e o potencial de adaptação e estabelecimento mundial do inseto, prospectado por meio de informações disponibilizadas pelo simulador Climex, software que vem sendo utilizado em vários países para estudos do potencial de estabelecimento de pragas exóticas. No cruzamento das diferentes informações, foram utilizadas ferramentas de Sistema de Informação Geográfica (SIG). Desse modo, os trabalhos identificaram municípios e microrregiões mais propícios para a entrada e o estabelecimento de C. partellus, indicando áreas para a realização de monitoramento local. Além disso, sinalizaram a capacidade de defesa agropecuária brasileira já instalada em áreas de potencial entrada do inseto.
Feliz Natal e Próspero Ano Novo!
A Condor Agronegócios deseja a seus clientes e amigos os melhores votos de paz, saúde e boas festas. Que em 2017 seja um ano de alegrias e conquistas, onde possamos renovar ainda mais nossas parcerias e amizade, sempre com base na confiança e no nosso compromisso de levar sempre ao agricultor as melhores tecnologias e técnicas para melhorar sua produtividade e alcançar melhores resultados! Novembro/Dezembro de 2016
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FAEP
Empreendedor Rural premiou projetos
A premiação aconteceu durante o Encontro Estadual de Empreendedores e Líderes Rurais 2016
No dia 2 de dezembro, no ExpoTrade Pinhais, em Curitiba, foram conhecidos os vencedores do Empreendedor Rural 2016, que premiou os vencedores com uma viagem técnica internacional O jovem Gustavo Freyhardt, de Porto Vitória, 21 anos, conquistou o primeiro lugar do Programa Empreendedor Rural 2016. A melhora do cultivo de hortaliças e melancia do produtor Hezion Eduardo Naiverth, de Paula Freitas, ficou na segunda colocação. A médica-veterinária Carolina Ferreira Porto, de Maringá, ocupou a terceira posição com o projeto “Mais renda, por favor”, que propõe uma série de ações para diversificação das atividades na propriedade. A revelação dos ganhadores ocorreu durante o Encontro Estadual de Empreendedores e Líderes Rurais 2016, promovido pelo Sistema Faep, no Expotrade Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, na sexta-feira (2 de dezembro). O projeto de Freyhardt, com o título “Investimentos em benfeitorias da leiteria visando o bem-estar e qualidade de vida da família”,
Evento aconteceu em outubro em Foz do Iguaçu
busca elevar os índices de produtividade na atividade leiteira. O bem-estar animal do rebanho de 200 animais será alcançado com investimentos em equipamentos mais modernos para a sala de ordenha. “Estou muito feliz e realizado com essa premiação. Ao longo do curso percebi o quanto a gestão faz a diferença na propriedade rural”, disse Freyhardt, quando recebeu a notícia. “O Programa projetou novos horizontes na nossa propriedade porque tivemos uma nova maneira de olhar para toda a parte que envolve a gestão, os custos de produção e as receitas da fazenda”, acrescenta. Hezion Eduardo Naiverth, 36 anos, desenvolveu um projeto para melhorar o cultivo de hortaliças e melancia na propriedade de 47 hectares. Com o título “Otimização da produção de alimentos através de investimento em um sistema móvel de irrigação e benfeitorias”, o projeto permitiu implantar um sistema de irrigação para o cultivo da fruta. “ Com o sugestivo título “Mais renda, por favor”, o projeto da médica-veterinária Carolina Ferreira Porto, 38 anos, conquistou o terceiro lugar. Ela desenvolveu um projeto para diversificar as atividades na propriedade de 24, 20 hectares. Ao longo do curso, Carolina trabalhou com a elaboração de seis propostas: o plantio de diversas mudas agroflorestais e
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de mogno e glirícidia; o cultivo de noz-pecã; a construção do corredor e a divisa dos talhões para o cultivo do fruto; a construção de galinheiro para as poedeiras e da composteira de carcaça. OLIMPÍADA RURAL
Além dos melhores projetos empreendedores, o evento premiou os vencedores das Olimpíadas de Português e Matemática. A competição, que é realizada desde 2013, reuniu em Curitiba 100 jovens de todas as regiões do Estado, 50 em cada modalidade. Os três ganhadores da Olimpíada de Matemática foram Alisson Cesar Grocholski, Júlio Valéria Tamm Mendes de Morais e Laura Massuda Crema. Na Olimpíada de Português, os premiados foram Aline Frontella, Diego Alex Pedroso e Igor Mateus Mariano Dutra. Todos levaram para casa tablets como prêmio. Entre os finalistas esteve Andreza Belotto, de Rio do Salto, distrito de Cascavel. Os participantes são alunos dos programas Jovem Agricultor Aprendiz (JAA) e Aprendizagem de Adolescentes e Jovens (AAJ). Ao longo do ano eles passam por uma triagem realizada através de provas aplicadas através do processo de Educação à Distância (EaD), no qual são auxiliados por tutores, que complementam o trabalho dos instrutores do AAJ e JAA. Novembro/Dezembro de 2016
JOVEM AGRICULTOR APRENDIZ
Aluna foi finalista nas Olimpíadas Rurais Depois de várias provas, Andreza Belotto, aluna do JAA (Jovem Agricultor Aprendiz), se destacou na matéria de português, classificou-se e disputou prêmios com os 50 melhores na capital do Estado Andreza Belotto tem 16 anos e é filha de produtores rurais, que atuam na pecuária leiteira no distrito cascavelense de Rio do Salto. Nos primeiros seis meses de 2016, ele fez o curso de Jovem Aprendiz do Senar-PR e pode participar das olimpíadas. No segundo semestre, fez o curso para jovens específico em bovinocultura. “As primeiras etapas foram bem fáceis. Passei sem problemas, mas estou orgulhosa em ir para a final. Sempre tive bastante apoio da professora e dos outros colegas”, contou. Mesmo que pretenda fazer uma faculdade, Andreza quer continuar ajudando a família na propriedade rural. A instrutora do Senar-PR no JAA em Rio do Salto é a médica veterinária Lívia Androcioli. “Nos primeiros seis meses eles tiveram esse curso mais básico, de gestão da fazenda mesmo. Agora, eles optaram para algo mais técnico, que á bovinocultura, mais focada na produção de leite”. Com aulas práticas e teóricas, os alunos
Novembro/Dezembro de 2016
Andreza e a professora Livia
aprendem sobre inseminação, ordenha, qualidade do leite, casqueamento, manejo, entre outras. “Visitamos quase todas a propriedades da região. Lá eles põem a mão na massa e aprendem a teoria na prática. Também é uma oportunidade de apontarmos o que está sendo feito de errado”. SENAR-PR
O Senar, em parceria com o Sindicato
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Rural de Cascavel, oferece diversos cursos ao longo do ano para os produtores rurais. Entre eles estão a mecanização agrícola, combate à formiga cortadeira, empreendedor rural, aplicação de defensivos entre muitos outros. Fique atento à programação do sindicato e capacite-se! Quanto mais aprender, mais lucro na propriedade.
NOVEMBRO
Em Cascavel, 80 mil animais foram vacinados
Produtores vacinam contra febre aftosa A campanha de vacinação dos rebanhos de bovinos e bubalinos do mês de novembro foi lançada em Cascavel na fazenda do pecuarista leiteiro Eudes Capeletto A vacinação contra a febre aftosa, que é coordenada no Paraná pela Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná), faz parte da campanha nacional contra a doença nos rebanhos brasileiros, coordenada pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). A segunda fase foi do dia 1º de novembro ao dia 30 do mesmo mês. A etapa de novembro da vacinação se diferencia da primeira, realizada em maio, somente por um fator: a necessidade de vacinar todo o rebanho. No mês de maio, os órgãos fiscalizadores só exigem a imunização dos animais de 0 a 24 meses. No Paraná, cerca de 9,3 milhões de animais devem ser imunizados. Em Cascavel, a estimativa é de vacinar 80 mil animais. Eudes possui cerca de 200 animais em sua propriedade, localizada na linha
Rio da Paz. Para ele, é muito importante que todos os pecuaristas façam a vacinação, que além de reforçar a sanidade de seu rebanho, colabora para todo o status sanitário do país. “Precisamos seguir as regras, pois se todos iremos ser prejudicados se tivermos um foco de aftosa. A doença é mal vista pelo mercado e o prejuízo é muito grande, não só para a pecuária, mas também para os grãos”, disse. De acordo com a médica veterinária da Adapar, Luciana Riboldi Monteiro, lembrou os pecuaristas de que é preciso comprovar a imunização junto à entidade. “Apesar de existir a opção on-line, a comprovação através das guias de papel continua obrigatória. Os que não a fizeram ou não vacinarem, serão autuados”. OUTRAS DOENÇAS
Eudes recebeu a equipe da Adapar e da Imprensa para o lançamento da campanha
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Eudes também fez uma alerta em relação às outras doenças que acometem os bovinos. “Os pecuaristas também precisam imunizar seu rebanho contra tuberculose e brucelose. Elas são zoonoses, o que deixa elas ainda mais perigosas”, comentou. Na brucelose, é obrigatória a vacinação de bezerras de três a oito meses. Também é necessária comprovação junto à Adapar. Novembro/Dezembro de 2016
Pesquisadores afirmam que vacina poderia ter custo menor As vacinas produzidas no Brasil para proteger o rebanho contra a febre aftosa são trivalentes, contendo os vírus “O”, “A” e “C”. Esta composição, no entanto, pode – e deve – ser revista. O Grupo ad hoc de Febre Aftosa, que reúne pesquisadores da OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) e é responsável pela avaliação do status sanitário dos países integrantes do organismo internacional, sugere um movimento para a retirada do vírus “C” das vacinas. A reivindicação se baseia no fato de que o vírus não é isolado nos rebanhos há mais de dez anos. No Brasil, o último caso envolvendo o vírus “C” foi em 2004, em Manaus. No mundo, o caso mais recente aconteceu no Quênia, em 2005. “A retirada do vírus ‘C’ é uma tendência internacional e temos de segui-la”, defende Sebastião Guedes, presidente do GIEFA – Grupo Interamericano para Erradicação da Febre Aftosa, e vice-presidente do CNPC – Conselho Nacional de Pecuária de Corte. Segundo Guedes, a medida traria benefícios para toda a cadeia. “Diminuiria os custos de produção para a indústria, pois eliminaria uma monovalente nas etapas da fabricação”, afirma. Quando uma vacina tem mais de um vírus em sua composição, os processos de fabricação são separados. Significa dizer que cada componente monovalente é produzido de modo separado na indústria, para depois serem adicionados juntos num mesmo frasco. Outra vantagem seria a “continentalização” da vacina, ou seja, o produto utilizado no Brasil poderia vir de outro país fabricante. “Melhoraria muito a competitividade do setor. O aumento da concorrência seria benéfico, pois poderia refletir em preços menores da dose da vacina para o produtor”, diz Guedes. VACINA MAIS COMPACTA
Outro tema que precisa entrar na pauta é a possibilidade de o Brasil produzir uma
Vacina é obrigatória e pecuarista deve realizar comprovação na Adapar
vacina contra aftosa mais “compacta”, contendo volume menor por dose. “Ao invés de 5 ml, podemos reduzir para 2 mL, como é feito na Argentina, por exemplo, sem qualquer prejuízo para a imunidade induzida no animal”, afirma Guedes. A medida reduziria os custos de produção e ajudaria a mitigar um problema com o qual o produtor tem se deparado cada vez mais nos últimos anos: a reação local. Além de desagradar criadores de gado
Ordenha: a tarefa mais importante dentro de uma fazenda leiteira
Novembro/Dezembro de 2016
de elite, obrigados a expor seus animais com aparência desagradável, os nódulos decorrentes das reações vacinas provocam prejuízos. Estudos mostram que as perdas atingem, em média, 2 kg de peso morto de músculo na área afetada, que deve ser retirada da carcaça no momento do toalete. “Insistimos na sugestão que fazemos para que o Ministério da Agricultura aprofunde o controle de qualidade da tolerância local das nossas vacinas contra aftosa”, diz Guedes.
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AGRINHO
Edição 2016 premiou os seus finalistas Expotrade Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, foi novamente o palco da entrega das premiações do Programa da Faep/Senar-PR Os finalistas do programa The Voice Kids deram início à festa de premiação do Concurso Agrinho 2016, realizada no dia 24 de outubro, no Expotrade Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. O trio mirim: Rafa Gomes, Wagner Barreto e Pérola emocionou crianças e adultos que vieram de todas as regiões do Estado para participar da grande festa da educação do Sistema Faep/Senar-PR. Cerca de 1.500 pessoas participaram da cerimônia, entre alunos e professores finalistas, familiares, autoridades e lideranças rurais. Nesta edição, o Programa Agrinho completa 21 anos de existência, promovendo a reflexão crítica junto aos jovens e aproximando o campo e a cidade. “O grande objetivo do Programa Agrinho é ajudar a escola a formar um cidadão consciente, para que o nosso país encontre no futuro o seu caminho para o desenvolvimento”, resumiu o presidente Ágide Meneguette. O presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) João Martins da Silva participou do evento junto com presidentes de federações de diversos estados brasileiros. Ele falou com esperança à plateia formada por professores e estudantes. “Hoje, tenho a certeza de que o país vai dar certo. Vocês são o futuro da agropecuária”, disse. Na opinião do dirigente, é preciso dar atenção às novas gerações do campo que irão dar continuidade ao nobre trabalho de produzir alimento. “Precisamos trabalhar para entregar a essas crianças um Brasil melhor do que aquele que recebemos”, afirmou. O diretor-geral da Itaipu Binacional, Jorge Samek, que na ocasião representou as entidades parceiras do evento, definiu o Agrinho como uma “Marca registrada do Paraná”, uma vez que o programa já é replicado em diversos outros Estados Brasileiros, tamanho seu sucesso. Durante seu pronunciamento, o secretá-
Festa foi muito bem organizada e teve grande público
Presidentes e representantes de sindicatos rurais de todo do Paraná estiveram presentes
rio de Agricultura e Abastecimento (Seab), Norberto Ortigara lembrou sobre a história do programa ao longo desses 21 anos de existência, destacado que a iniciativa “evoluiu para a formação intelectual do ser humano, formando cidadãos com consciência crítica”. Na sua opinião, a agricultura hoje é essencialmente
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conhecimento, de modo que a competição entre as escolas e alunos que participam do Agrinho é saudável. “Hoje temos a capacidade de nos apropriarmos do conhecimento e fazer uma agricultura de resultados”, afirmou. Foram premiados 279 trabalhos, escolhidos entre 6,5 mil inscritos em diversas cateNovembro/Dezembro de 2016
Professoras premiadas Além dos prêmios aos estudantes, os professores também foram premiados por projetos desenvolvidos nas escolas. Na rede pública, o primeiro lugar ficou com Natali Santos, de Castro. Juntos com os alunos, a educadora realizou um trabalho de revitalização da nascente de um rio na região da zona rural do município. O segundo lugar ficou com a professora Eliziane de Moura, de São Mateus do Sul. O projeto buscou resgatar a identidade dos alunos junto ao meio no qual estão inseridos, no caso o rural, e mostrar a importância do trabalho no campo. O terceiro lugar foi da professora Renata da Silva, de Cambará. A realidade do município foi o ponto de partida para a experiência pedagógica “Agricultura Familiar, eu curto”. Na cidade, 98% das propriedades são familiares. 50 famílias de alunos da escola vêm da gorias. As crianças de educação infantil e 1º ano concorrem com desenhos, as crianças do 2º ao 9º ano participam com redações e os docentes com as experiências pedagógicas que foram desenvolvidas em sala de aula. Escola e Município também foram premiados.
zona rural, sendo 18 familiares que fornecem produtos para merenda escolar. Mas, Cambará não tinha a noção da presença deste segmento no cotidiano. O projeto, por meio de diversas ações, como concurso de frases e visita a agricultores, mostrou a força do setor. Por fim, o quarto lugar foi para Coronel Vivida, cidade da professora Maria José Sartor. Ela desenvolveu o projeto “Leite: mudança no campo, desenvolvimento na cidade” que apresentou o processo do produto após deixar a propriedade. Na rede particular, quem ganhou foi a professora Roseli Koehler, de Almirante Tamandaré. A experiência pedagógica destacou a importância da valorização do município de Almirante Tamandaré. Através de pinturas, fotografias, mosaicos e exposições, a educadora estimulou os alunos especiais. Neste ano, cada parceiro recebeu, como forma de agradecimento, uma gravura com o tema “Cenas paranaenses”, produzida pela artista plástica paranaense Paula Shmidlin. As peças retratam uma região e um elemento da cultura paranaense, sua fauna e sua flora.
FELIZ NATAL! PRÓSPERO ANO NOVO!
Shark Novembro/Dezembro de 2016
Ágide Meneguete: “Agrinho ajuda a formar cidadãos conscientes”
Novamente temos que agradecer aos nossos amigos, parceiros e fornecedores pelos resultados do ano que se passou. Foi um ano de muito trabalho para o agricultor brasileiro, que se manteve forte, com esperança de dias melhores. Que em 2017, essa esperança se renove e que o ano novo nos traga paz, harmonia e felicidade!
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AZEITE
Oliveiras pode ser alternativa de renda
João Cunha, presidente da Fundetec: “Nossa região é extremamente viável para o cultivo˜
A Fundetec promoveu no dia 10 de novembro um workshop sobre olivicultura sobre a viabilização do cultivo de oliveiras no Oeste do Paraná A Epamig pesquisa o cultivo de oliveiras, que geram tanto azeitonas como o azeite de oliva, há 30 anos. Luiz veio a cidade apresentar como o cultivo de lá (Serra da Mantiqueira) se tornou viável e como realizar o plantio e manejo correto dos olivais. “Nosso trabalho gerou bons resultados e hoje produzimos azeite da melhor qualidade”. O presidente da Fundetec, João Cunha Junior, disse que há alguns anos fez uma visita técnica na entidade em Minas Gerais, com o objetivo de conhecer o projeto. “Percebemos que a nossa região é extremamente
Luiz explicou todos os conceitos da oliveira
viável para esse cultivo e começamos a trabalhar em cima disso. Queremos dar mais uma opção aos pequenos produtores, onde a diversificação é o melhor caminho”, disse. Ele comentou que a entidade pretende construir uma usina de extração de azeite, mas ainda precisa viabilizar a verba. “A oliveira precisa de frio para completar
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seu ciclo e aqui estamos em um lugar ótimo. O Brasil gasta 380 milhões de reais por ano comprando azeite de outros países. A maioria deles são ruins e nós podemos fazer tudo isso aqui”, comentou Luiz. Os interessados em cultivar oliveiras podem entrar em contato diretamente com a Fundetec pelo telefone: (45) 3218-1220. Novembro/Dezembro de 2016
EVENTO
Fórum Brasil África reuniu 250 pessoas
O diretor-geral brasileiro de Itaipu Binacional, Jorge Samek, discursou na abertura do evento
Grandes nomes do agronegócio nacional participaram do evento, que teve a presença do ministro da Agricultura e Abastecimento, Blairo Maggi Realizado nos dias 4 e 5 de novembro no Parque Tecnológico de Itaipu (PTI), em Foz do Iguaçu, o 4º Fórum Brasil África reuniu um pouco mais de 250 pessoas que acompanharam cinco sessões temáticas sobre Agricultu-
ra, que foram tema desta edição O evento contou com nomes importantes como Daniel Balabán, diretor-geral do Centro de Excelência contra a Fome; Issad Rebrab, presidente do grupo argelino Cevital; Michel Alaby, diretor-geral da Câmara Árabe e Audu Innocent Ogbeh, ministro da agricultura da Nigéria. O 4º Fórum Brasil África também foi local para diálogos e também discussões sobre acordos bilaterais. Em uma dessas reuniões, Blairo Maggi , ministro da agricultura do Brasil, se reuniu com o ministro nigeriano nas dependências de Itaipu. No encontro, o minis-
tro nigeriano mostrou interesse em adquirir máquinas brasileiras, já o ministro Blairo destacou a importância de ter uma balança comercial equilibrada, em relação à Nigéria. Alguns dos principais pontos citados por palestrantes durante o evento foram a transferência de tecnologia, segurança alimentar, segurança de investimento e aumento da produção de alimentos. “O desafio que vem pela frente de alimentar o mundo daqui uns anos é muito grande e a participação tanto do Brasil quanto da África é fundamental para isso”, afirmou Luiz Cornacchioni presidente da Associação Brasileira do Agronegócio.
GADO BRANGUS CAVALOS CRIOULO VENDA PERMANENTE DE TOUROS ANGUS, COBERTURAS, POTROS E ÉGUAS DE CRIA
Linha Damaceno LINDOESTE/PR
CONDIÇÕES ESPECIAIS PARA ASSOCIADOS DO SINDICATO RURAL DE CASCAVEL
Novembro/Dezembro de 2016
INFORMAÇÕES:
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Linha Boa Esperança REALEZA / PR
(45) 9922-5987
PERSPECTIVAS
O que os agricultores podem esperar do do mercado no próximo ano?
A revista SindiRural ouviu especialistas que fazem suas previsões sobre como pode ser o ano de 2017 para a agricultura brasileira
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sendo o mercado interno de extrema importância para os setores”, disse Thiago, que foi um dos palestrantes da primeira edição do Show Pecuário. O grande desafio, para ele, é a necessidade de investir cada vez mais em tecnologias novas, capital humano e principalmente em infraestrutura, em decorrência dos problemas com APICULTURA o custo Brasil e segurança jurídica. Os números no campo são cada vez mais expressivos e a capacidade de inovar e aumentar esse cenário depende desse tripé para que sejam resolvidas as questões como as disparidades técnicas entre regiões e sistemas produtivos. “Os elementos de crescimento do agronegócio para 2017 e no médio prazo são: orientação crescente do consumidor, seja interno ou externo; intensificação tecnológica, ou seja, gestão; foco na sanidade, na qualidade e na padronização dos produtos, com maior confiabilidade e fidelização; preocupação com a redução do ciclo produtivo e dos custos de produção em escala e visão da responsabilidade coletiva para ofertar produtos agropecuários de valor agregado e preservar a sanidade e a imagem do setor”. Para Felipe Rasmussen, do EESP (Centro de Estudos do Agronegócio da FGV),
Os produtores terão menos recursos à disposição, uma vez que o governo não tem PARANÁ SENAR/PR LAGARTA O agronegócio brasileiro representa mais dinheiro e o país quase um terço do PIB brasileiro. Somos líderes em produção e exportação entre Safra poderá Manejo de praga tem aumentadoNova os gastos outros de mercados como carne bovina, acima do PIB. pode Teremos frango,recordes citros e soja. A nossa capacidade bater formigas foi já estar de recursos naturais (água, terra agricultáque fazer mais clima e ajudar relevo) nos traz uma vantagem sevel, clima tema de curso nocom Brasil comparativa frente ao mundo muito grande. menos. Tudo isso representa uma série de oportunidades e de boas perspectivas para 2017. A Sindirural conversou com especialistas para entender como o próximo ano será para o agronegócio e como resolver alguns assuntos ainda problemáticos do setor. Para Thiago Carvalho, PhD em Administração e pesquisador do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a perspectiva para 2017 é de uma safra de grãos maior da registrada em 2015/16 e com um mercado externo cada vez mais atraente, devido a aberturas comerciais registradas
FELIPE RASMUSSEN Pesquisador do EESP
”
durante o último ano e a perspectiva do dólar permanecendo no patamar de 3,30 a 3,40. “O mercado interno tende a melhorar com as propostas político-econômicas do novo governo, favorecendo o aumento do consumo interno, principalmente de proteínas (bovina, suína, frango e leite). Vale lembrar que do total de carne produzida no Brasil, 77% fica no país,
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Registro do INPI vai valorizar mel do Oeste
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Para a proteína animal, somos os maiores exportadores de carne bovina e de frango. O que falta aqui é infraestrutura, menor carga tributária e maior representatividade do governo em negociações e na “costura” de acordos bilaterais. THIAGO CARVALHO Pesquisador do Cepea
Para especialistas, a solução para o trigo em 2017 pode vir da aproximação e diálogo entre produtores e cerealistas
”
o modelo de crescimento via consumo no Brasil está esgotado e, para continuarmos evoluindo como um todo, precisamos ter ajustes econômicos fortes. “Em 2017, o que podemos afirmar agora que os produtores terão menos recursos à disposição, uma vez que o governo não possui mais dinheiro. Há anos o país tem aumentado os gastos acima do PIB. Teremos que fazer mais com menos. Mesmo que o agro não tenha sentido tanto a crise econômica, ele não passará ileso”, analisou. Entre as medidas necessárias citados por Felipe estão o ajuste fiscal e a reestruturação da grande folha salarial brasileira, onde a cada um real do cofre do governo, 0,70 centavos são gastos em vencimentos (incluindo servidores públicos ativos e previdência).
PRODUTORES
Com um mercado cada vez mais exigente, todo o agronegócio precisa estar preparado para atender as demandas. Para Thiago, os produtores estão preparados. “A tecnologia empregada no setor é de ponta, temos acesso as informações e o conhecimento é disseminado. Nosso maior problema não é dentro da porteira e sim em termos de infraestrutura: rodovias, portos, armazéns e impostos”, diz. Para explicar de uma forma mais clara, Thiago traça um paralelo com os EUA. “Nossa principal diferença é a questão quanto aos custos de logística. Temos alta produtividade e qualidade do produto. Tomemos como exemplo o estado do Paraná, em Cascavel e Campos Gerais. Os níveis de
produtividade de soja e milho são comparados e muitas vezes maiores que os norte-americanos. Para a proteína animal, somos os maiores exportadores de carne bovina e frango. O que falta aqui é infraestrutura, menor carga tributária e maior representatividade do governo em negociações e na “costura” de acordos bilaterais”. TRIGO Há anos os triticultores enfrentam dificuldades. Eles quase sempre saem perdendo: ou para o clima ou para o preço. Essas dificuldades desinteressam cada vez mais os agricultores, que não tem estímulo algum para o plantio do cereal mais importante do mundo. Qual seria a solução para resolver o problema? Thiago acredita que um ponto importante é sempre lembrar que o mercado é soberano, ou seja, quem determina
Como a eleição de Trump afeta o agronegócio brasileiro? A eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos é ainda uma incógnita para todo o mundo. É um fato novo para todos os mercados. A imprevisibilidade do novo governante norte-americano traz incertezas e, pelos discursos que realizou até o momento, deixa claro que irá proteger o mercado e a população dos EUA. E isso inclui restrições de produtos e mercados com leis protecionistas, aponta o pesquisador do Cepea, Thiago Carvalho. Por outro lado, os EUA não vivem em uma bolha e medidas protecionistas podem impactar negativamente o mercado local no médio e longo prazo. “As medidas podem ser protecionistas, o que não quer dizer mercado irrestrito. Eles são grandes importadores de café, Novembro/Dezembro de 2016
madeira e tabaco do Brasil. Em termos de oportunidades para o nosso país, temos possibilidades de se aproximar de países que tiverem dificuldades de negociações com os norte-americanos, como por exemplo os que compunham o acordo do pacífico e a China. Soma-se às oportunidades os investimentos estrangeiros no Brasil. O país se torna atrativo para investimentos, principalmente em recursos naturais”, opina Thiago. Já as dificuldades são refletidas nas oscilações do câmbio, segundo ele. A volatilidade do dólar é ruim para importadores e exportadores pela não previsibilidade em fechar custos e receitas, por isso gerir riscos e travar o câmbio se tornam fundamentais, aponta o pesquisador do Cepea.
Donald Trump: protecionismo pode prejudicar o mercado brasileiro
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preços são a oferta e demanda do produto – a indústria busca preços menores de compra, assim como o consumidor final. Soma-se a isso a situação econômica de um país. “No caso do Brasil a alta taxa inflacionária registrada em 2015 corroeu a renda dos brasileiros e somado aos preços competitivos de alguns produtos forçaram o mercado a buscar produtos mais baratos, como no caso do trigo. Negociações entre produtores e cerealistas, em termos de contratos e parcerias antecipados poderia ser um caminho. Em minha opinião criar impostos de importação não é a solução, visto que vivemos em uma economia aberta. A solução comercial para o produtor não perder renda, seria uma maior interação com o elo seguinte da cadeia, visto que eles precisam do produto também e sempre vão buscar barganhar”.
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Temos alta produtividade e qualidade do produto. Nosso maior problema não é dentro da porteira e sim em termos de infraestrutura: portos, rodovias, armazéns e impostos. THIAGO CARVALHO Pesquisador do Cepea
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INTEGRAÇÕES
Apesar da indústria frigorífica ter passado por grandes mudanças nos últimos anos, dentre elas a abertura de capital, a internacionalização, a diversificação das atividades e a concentração do setor, e o setor produtivo ter conseguido avanço no emprego de tecnologias e novas formas de comercialização, os conflitos existentes nas relações comerciais entre pecuaristas e indústria frigorífica ainda persistem. Em ambos os casos, integração e produtores independentes, a discussão
sempre recai na remuneração, justa ou não. Questionamos Thiago sobre como equilibrar essa balança: “Nesses últimos anos, precisamos levar alguns pontos em consideração, principalmente custos e demanda. Houve aumento de custos, realmente sim, principalmente do milho (suínos, aves e confinamento), e produtos vinculados ao dólar, como por exemplo mineral e vacinais nos anos de 2015 e 2016. Esses custos, no entanto, para produtores de suínos
e aves quando integrados, não foram repassados. Produtores independentes, confinadores e produtores de leite, sofreram esse impacto. Soma-se a isso as altas de energia e combustível também. Existem detalhes da estrutura de cada mercado para explicar as transmissões de preços e o repasse ou não. No caso de suínos e aves não há alternativa ao milho e soja em termos de alimento. A margem espremeu para os dois lados, e com uma demanda fraca na ponta consumidora, o repasse fica justo mesmo. A facilidade de uma agroindústria de comprar os insumos por um preço abaixo do mercado muitas vezes num cenário econômico ruim ficou deteriorado por preços menores e oscilantes das carnes”, analisou. No caso de bovinos de corte e leite, Thiago afirma que sempre há a alternativa do pasto frente a milho e soja e por se tratar de mercados em sua maioria independentes. “Esses dois mercados passaram por situações de baixa oferta que impactaram em alta de preços e remuneração maior para produtores apesar do alto custo – corte desde 2014 e leite no final de 2015 e no decorrer de 2016. “A análise de remuneração aos produtores deve ser feita em cada cadeia, em cada região e principalmente, na relação entre produtores e indústria. Evidentemente que uma união de todos os elos – produtores, indústria e varejo – deve haver e ser a mais clara possível: um não vive sem o outro”.
Milho e estoques reguladores Questionado sobre como readequar a cadeia do milho, Thiago afirma que o segredo é a gestão. Evidentemente quando se analisa a agropecuária, o fator clima, chuva, se torna muito desafiante, a ponto de causar estragos de curto, médio e longo prazos. Mas, por outro lado, os agentes do mercado, entre eles os produtores, possuem ferramentas para gerir esse risco produtivo e se precaver de oscilações de preços. Em relação aos estoques reguladores, Thiago acredita que eles poderiam ser administrados pelos agentes da cadeia, produtores e indústria, e o governo, por fazer também parte da cadeia, seria apenas um supervisor. “Mas, como temos deficiência técnica na maioria dos órgãos públicos e uma economia com altos juros, os dois elos envolvidos na produção deveriam ser os responsáveis pela condução e administração de estoques reguladores. Evidentemente que poderia haver interesses conflitantes entre ambos, mas desde que seja feito com regras claras entre ambas as partes, seria natural”, opina.
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NOVAS PRAGAS
Formigas cortadeiras foram tema de curso
Alunos observando as formigas
Ameaça do inseto na área rural leva Sindicato Rural de Cascavel e Senar-PR a reunir agricultores para repassar informações sobre o manejo da praga O Sindicato Rural de Cascavel, em parceria com o Senar-PR, realizou no mês de novembro, na comunidade de Gramadinho, zona rural de Cascavel, um curso sobre combate e manejo das formigas cortadeiras, inseto que já é considerada uma praga na região. O instrutor Paulo Roberto Marchesan, de Umuarama, ensinou aos produtores rurais como lidar com o problema e quais as técnicas mais avançadas para evitar grandes prejuízos. A formiga cortadeira ataca todos os tipos de planta, mas prefere as pasta-
“
Na minha propriedade ainda não é um problema, pois já venho controlando há algum tempo. Foi bom participar porque aprendi novas técnicas.
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SIDNEI JOURIS Pecuarista
gens. Ela corta parte das plantas e, aos poucos, as leva à morte. Em plantas mais velhas, a desfolha também as dei-
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xa suscetíveis a doenças. Ela faz parte da cadeia alimentar e, nas florestas, ela possui uma série de predadores naturais. Novembro/Dezembro de 2016
O curso teve um bom número de participantes e foi considerado um sucesso pelos organizadores
das”. Outra dica interessante é analisar o ciclo biológico. No mês de outubro, geralmente é o mês da revoada, ou seja, a época de reprodução. Por isso, é preciso sempre agir antes. Depois, fica mais difícil, segundo o professor. “O método que mais tem dado certo hoje é o termonebulizador, que transforma o produto líquido em fumaça. Ele é o mais indicado, mas o problema é que ele é caro”. O curso também fez uma reflexão por manter os predadores naturais, como os tamanduás, tatus, passarinhos entre outros. Além disso, a preservação do Meio Ambiente e das APPs também aumenta a eficácia do trabalho. O instrutor apresentou também outras formas de combate, como novas formulações das iscas, diferentes das tradicionais peletizadas. “Elas têm uma eficiência agronômica melhor”.
Conhecer os tipos de cortadeira ajuda no combate
Com as monoculturas ou lavouras, esses inimigos foram sumindo e ela acabou passando a se constituir um inseto praga. Mesmo assim, nós não podemos eliminá-la por completo. Temos que mantê-la sob controle, evitando danos econômicos. De acordo com Paulo Roberto, a luta com as formigas precisa ser em várias frentes. “O químico não está adiantando mais. Apresentamos aqui opções para os agricultores”, disse. Entre elas está a adubação. “Esse processo acaba limitando a ingestão de folhas. Como há uma alteração da seiva, as cortadeiras acabam repelindo. Elas rejeitam plantas adubaNovembro/Dezembro de 2016
PRODUTORES
Leonir já teve dor de cabeça por causa das formigas cortadeiras
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Sidnei Jouris trabalha com pecuária leiteira. Ele elogiou o professor e o curso, já que aprendeu muita coisa nova. “Na minha propriedade ainda não é um problema, pois já venho controlando há algum tempo. Foi bom participar porque aprendi novas técnicas”, disse. Já o agricultor Leonir Luiz Arenharst conta que já teve várias dores de cabeça com as formigas. “Nas árvores frutíferas, o ataque delas foi forte. Valeu a pena fazer o curso porque conhecemos novos produtos e também aprendemos a distingui-las”, relatou.
PORKEXPO
Evento traçou um panorama do setor
Participantes da PorkExpo, que aconteceu em Foz do Iguaçu, foram unânimes ao afirmar que 2017 vai ser um ano difícil, mas de recuperação, que a carne suína vai ter novo período de boas exportações Criadores, profissionais de empresas, executivos, professores, pesquisadores e estudantes participaram em Foz do Iguaçu, no mês de outubro, do maior evento de suinocultura do Brasil: o Porkexpo. O evento ícone do segmento e comprovam a confiança de todos os elos da cadeia na atividade, no trabalho no futuro do Brasil. A cena parece não combinar com outubro de 2016, o ano marcado por preço recorde do milho, custos de produção nas alturas e mercado interno travado pela brutal recessão na economia brasileira e mais de doze milhões de brasileiros desempregados. Foram várias atrações. Congresso Técnico, com mais de 40 palestras e tradução simultânea para o Espanhol, Inglês e Português; PorkSummit, com especialistas em mercado nacional e internacional; Feira de Negócios com presença de mais de 50 empresas ligadas aos setores de Equipamentos, Genética, Nutrição, Processamento, Reprodução, Instalações e Saúde Animal; Reuniões Técnicas de Empresas; Trabalhos Científicos com exposição digital do conteúdo das pesquisas elaboradas por profissionais brasileiros e do exterior; Prêmio Melhores do Ano da Revista Pork, que homenageou as personalidades de destaque em 2016, em quatorze categorias; Oficina de Gastronomia com o chef Carlos Bertolazzi, e choppada com carne suína para festejar o reencontro que se realiza a cada dois anos. O primeiro dia inteiro teve um painel para tratar da “Gestação Coletiva de Matrizes Suínas” e outro que discutiu os diversos sistemas de utilização dos dejetos da produção de carne suína e como as medidas sustentáveis podem melhorar os ganhos dos criadores, ajudando o Brasil a cumprir os compromissos firmados para emissão dos gases poluentes na atmos-
Congresso técnico teve mais de 40 palestras com tradução simultâneia para vários idiomas
fera. Tudo com promoção do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), em parceria com a ABSC (Associação Brasileira dos Criadores de Suínos). Elvison Nunes Ramos, do Mapa, deu detalhes do Plano ABC, que já conta com 30 mil projetos em execução no país e um financiamento de R$ 13 bilhões. E destacou, ainda, o Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono. “Os projetos específicos ligados ao tratamento de dejetos animais vinham sendo esquecidos. Retomamos a ideia e já conseguimos alocar R$ 12,7 milhões. O objetivo do governo federal não é acabar com a emissão de gases e sim reduzir. E temos a tarefa de colocar os instrumentos à disposição dos produtores porque são eles o centro de tudo”, reafirmou Elvison Ramos. Já Cleandro Pazinato Dias, consultor do Ministério, abordou as tecnologias de produção mais limpa na suinocultura brasileira. “Já sabemos que o tratamento de dejetos nas propriedades consegue reverter em água mais de 50% do total. Isso é vital para entendermos a relevância dos processos de reutilização, tratamento e destinação do material resultante do processo produtivo da suinocultura”, emendou. “O debate aqui é sobre como transformar
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dejetos em dinheiro”, destacou Fabiano Coser, consultor do Mapa, que falou sobre a “viabilidade econômica e geração de renda a partir de tecnologias de baixa emissão de carbono na produção de suínos”. Ele citou vários projetos implementados em diversos estados brasileiros com sucesso. “E é um investimento que se paga em até três anos quando a granja produz mais. É escala pura”, completou Fabiano. Carlos Claret Sencio Paes, diretor da empresa ER-BR, por sua vez, explicou como surgiram as primeiras iniciativas de venda da energia elétrica produzida em propriedades rurais com biogás para o sistema tradicional de distribuição, que é controlado pela Agência do segmento, a ANEEL. “O pontapé inicial foi no Paraná, desde 2006. E os primeiros repasses da geração distribuída. Ganharam força. Mas há quatro anos houve uma nova retomada, com as normativas sobre o comércio direto do produtor para o consumidor. “Hoje, em até noventa dias, as operadoras precisam celebrar os contratos com compensação até 5 MW por hora”, apontou. Por fim, Leandro Capuzzo, do Banco do Brasil, discriminou todos os projetos oficiais para grandes, médios e pequenos produtores que desejam injetar dinheiro na granja e, ao mesmo tempo, conNovembro/Dezembro de 2016
tribuir com a mitigação dos gases emitidos na atmosfera. “São várias linhas de crédito e com juros muito interessantes, mesmo num ano difícil da economia brasileira”, ressaltou. Antonio Velarde Calvo, perito internacional, detalhou as principais normas que envolvem e motivaram a instalação de gestão coletiva de matrizes suínas na Europas. Juliana Ribas mergulhou no tema manejo reprodutivo necessário com as matrizes e a eficiência do sistema cobre-solta. Foram apresentados, também, casos de agroindústrias que já começaram a investir em adaptações nas granjas instaladas ou novos galpões com todas as premissas modernas de BEA. Carmos Triaca, da pioneira Granja Miunça, de Brasília, do criador Rubens Valentin, mostrou os números levantados que comprovam a eficiência produtiva da propriedade mesmo com o aporte forte de recursos em obras, equipamentos, manejo e treinamento de mão-de-obra. “É bom, funciona, é eficiente e nos coloca um passo na frente das demandas sociais e da indústria de alimentos do futuro. Porém, precisamos lutar, pois há desafios importantes, como custos de capital, importação de equipamentos de alimentação líquida, normativas mais claras e equilibradas e as adaptações de projetos que são direcionadas para as diver-
Palestrantes com renome internacional participaram da Porkexpo
sas regiões brasileiras”, analisou. Ao fim, Daniel Cruz, da World Animal Protection, Organização Não Governamental (ONG) que atua ao lado dos produtores em vários países, ajudando na modernização dos processos produtivos de alimentos, enfatizou a importância dos ajustes dos conceitos às diferentes situações encontradas nas regiões do Brasil e de outros países, e qual o status dos maiores produtores no quesito BEA. “Foi um painel riquíssimo, que certamente vai marcar
Mercado nacional e internacional No terceiro dia do evento, foi a hora de falar sobre o mercado nacional e internacional das carnes, debater os rumos da economia brasileira e ilustrar para a cadeia toda como devem se comportar os preços das proteínas no Brasil e no comércio exterior. Participaram do Summit Especial PorkExpo o economista e professor da Fundação Getúlio Vargas, Felippe Cauê Serigatti; o engenheiro agrônomo e ex-diretor da Bolsa de Mercadorias & Futuros – Bovespa, Ivan Wedekin; o consultor e especialista Fabiano Coser; o diretor do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo (Esalq – USP), Sergio De Zen; o analista de grãos do Rabobank no Brasil, Renato Rasmussen e o consultor da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Jurandi Machado. Todos foram unânimes ao afirmarem que a economia brasileira já chegou ao fundo do poço, que 2017 vai ser um ano difícil, mas de recuperação, que a carne suína vai ter novo período de boas exportações, assim como vem tendo em 2016, que o milho não deve ter preços tão explosivos como ocorreu neste ano e que o consumo das famílias deve Novembro/Dezembro de 2016
reagir, trazendo boas notícias aos suinocultores do país. “2017 vai ser melhor do que 2016. Até porque não dá para piorar ainda mais. Mas o ano só vai ser profundamente positivo se as reformas forem implementadas e a Política permitir um panorama mais tranquilo para as reformas necessárias, principalmente da Previdência Social, e o trabalho da equipe econômica”, ponderou Felippe Serigatti. “A cadeia precisa agir mais no marketing da carne, mesmo com a manutenção do nível de consumo neste ano. Precisa de dinheiro e colocar novos planos em prática, imediatamente. Para vender mais, expor a qualidade do que produzimos, concorrer com mais resultados com as outras proteínas e, principalmente, se posicionar diante de grupos que ganham cada vez mais espaço na sociedade, como os vegetarianos e os jovens que pregam o fim da produção industrial de escala”, ponderou Fabiano Coser. “No longo prazo, o potencial de oferta de milho tende a crescer no Brasil, o que é bom para a suinocultura. Com a perspectiva de uma intensificação da pecuária no Brasil e com o aumento da lotação dos rebanhos, deve haver uma liberação de maiores áreas para a agricultura, especialmente em Goiás, sudoeste e oeste
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história. A ABCS vai prosseguir incentivando e patrocinando debates como este, para que façamos o futuro agora e não quando uma exigência for criada sem estarmos preparados e informados”, finalizou Nilo de Sá, Diretor da ABCS. O segundo dia foi marcado por outras dezessete palestras, tratando de nutrição para glândula mamária, Ractopamina, granjas prolíficas, qualidade do sêmen, Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), ferramentas hormonais, circovirose e pneumonia.
do Pará e Mato Grosso, o que vai favorecer uma produção maior do grão e uma menor pressão nas cotações, facilitando sua transformação em proteína animal”, previu Renato Rasmussen. “Existe um grande potencial para a elevação de demanda de carne suína nos países asiáticos, como China, Camboja, Filipinas, Tailândia e Vietnã. A carne suína tem um bom potencial para substituir a carne de frango nestes países. Mas, apesar do avanço das exportações nos últimos anos, chegando a 70 países, ainda existe a preocupação com o fato das vendas estarem concentradas em poucos mercados. Somente a Rússia e, mais recentemente, a China, respondem por mais de 50% das compras de nosso país, o que é complicado em caso de qualquer evento sanitário”, alertou Sérgio de Zen. “O suinocultor já apanhou bastante. Ele precisa ser o mais profissional possível. Tomar decisões com a razão e não emocionais ou intuitivas. E contar muito com a tecnologia e as formas modernas de gestão, incluindo aí a compra antecipada de grãos. Desta forma, a suinocultura é uma atividade tão ou mais rentável que muitos papéis do mercado financeiro”, explicou Ivan Wedekin.
2016/2017
Se clima ajudar safra poderá ser recorde Trigo tem safra recorde de produtividade e qualidade, mas os problemas de comercialização continuam em 2017 Produtores, institutos de pesquisa e órgãos públicos estão otimistas em relação à safra 2016/2017. Porém, alguns problemas já começam a surgir, principalmente relacionados ao clima. Com informações atualizadas até o dia 30 de novembro, a Sindirural traz um raio-x da safra da região e do Paraná. De acordo com o Deral (Departamento de Economia Rural) do Núcleo Regional da Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento) de Cascavel, que abrange 28 municípios, foram cultivados 557 mil hectares de soja, uma redução de pouco menos de 1% em relação ao ano passado. Mesmo ainda no início, já há preocupação sobre o desenvolvimento da oleaginosa. “Tivemos picos de queda de temperatura, o que gerou um atraso no desenvolvimento normal da planta, atrasando o ciclo. Por causa disso, já existe uma preocupação com uma redução de produtividade”, informa a economista do Deral, Jovir Esser, afirmando que não há expectativa de produção devido à incógnita atual. Já o milho segue muito bem. Na região, foram plantados 17 mil hectares, o que representa um aumento de 13% sobre a safra
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Na cultura da soja, tivemos um pico de queda de temperatura, o que gerou um atraso no desenvolvimento normal, atrasando o ciclo, que pode afetar a produtividade.
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JOVIR ESSER Técnica do Deral
passada. A produtividade prevista é de aproximadamente 10.800 quilos por hectare. Quanto ao feijão, os produtores também estão felizes. Foram semeados 4 mil hectares, 86% a mais do que 2015/2016. Motivados pelos altos preços do alimento em 2016, os agricultores resolveram apostar novamente no grão. “A maioria são pequenas áreas, voltadas mais à produção de sementes. Por enquanto, as plantas têm evoluído bem”, explicou Jovir. Em relação ao trigo, Jovir conta que toda a área cultivada na região já foi colhida. Foram 113.360 hectares, 19% a menos que no ano anterior. No entanto, a produtividade e a qualidade surpreenderam. “A média foi de
3.360 quilos por hectare, mas tivemos variações de 1.800 quilos a 3.719 quilos. A qualidade do cereal foi ótima. Tivemos um recorde de produção e de qualidade nesta safra”. O problema, segundo ela, continua sendo a comercialização. Na berlinda, os produtores não têm para quem vender. “Estamos há um mês e meio sem preço ao triticultor”, lamentou Jovir. “Além de não garantir preço mínimo justo e de não comprar o produto na hora que o produtor precisa comercializar a sua safra, o governo ainda abre a importação do grão de outros países, pisando ainda mais forte sobre o já sofrido agricultor brasileiro”, criticou o presidente do Sindicato Rural de Cascavel, Paulo Orso. “É a velha novela que se repete todo ano: na época de plantio, o governo acena para os produtores como se o trigo fosse um atrativo, incentivando a cultura. E na hora da colheita e da comercialização, esse mesmo governo não garante preço justo e sequer garante a compra do cereal, além de incentivar a importação do trigo de países como a Argentina, rebaixando ainda mais os preços internos e mergulhando os produtores em prejuízos irreversíveis”, afirma Orso. O dirigente ruralista observa que, neste momento, se repete a dificuldade que o agricultor enfrenta todo ano para comercializar sua produção, porque o mercado está fechado: o governo e as empresas não estão comprando trigo. “É o abandono total do nosso produtor”, 17 mil hectares de milho foram plantados na região Oeste,
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O plantio de soja teve uma redução de 1% em relação à safra anterior
frisa Orso.
dição e 1% condição ruim. Já a colheita do trigo está praticamente concluída. Do trigo no campo, 99% da safra tem condição boa e 1% condição média.
PLANTIO NO PARANÁ
O plantio da primeira safra (verão) de milho 2016/17 no Paraná foi concluído final do mês de novembro em algumas regiões do Estado, atingindo 100% da área prevista de 489.489 hectares, informou no dia 29 de novembro o Departamento de Economia Rural do Paraná. As lavouras em boas condições representam 94% do total, enquanto 6% estão com média condição. Do total plantado, 68% das lavouras estão em fase de desenvolvimento vegetativo; 28% na fase de floração e apenas 4% em frutificação. O plantio da soja está quase concluído, cobrindo 98% da área projetada pelo Deral, de 5,239 milhões de hectares. Do total semeado, 97% apresenta boa condição e 3% média condição. As lavouras estão em fase de desenvolvimento vegetativo (71%), floração (24%), germinação (3%) e frutificação (2%). O feijão primeira safra está 100% semeado (191.480 hectares) e 4% colhido. Conforme o Deral, 30% das lavouras da leguminosa estão em fase de floração, 30% em estado de Novembro/Dezembro de 2016
EXPECTATIVA
Paulo Orso, presidente do Sindicato Rural de Cascavel: críticas ao tratamento do governo federal em relação ao triticultor
frutificação, 25% em desenvolvimento vegetativo, 14% em estado maturação e 1% em germinação. Do total, 84% das plantações apresentam boas condições, 15% média con-
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A Secretaria estadual da Agricultura e Abastecimento estima mais uma safra recorde de 23 milhões de toneladas de grãos no Paraná, 14% maior do que a safra passada. A expectativa dos produtores paranaenses com as condições climáticas é grande nesta fase da safra de verão 2016/2017 que já está quase totalmente plantada. Segundo o secretário Norberto Ortigara, o desempenho da safra está diretamente relacionado ao clima daqui para frente. A configuração do fenômeno La Niña com mais intensidade já é sentida em algumas regiões do Estado, em especial no Norte e Centro, onde o volume de chuvas tem sido menor. “Ainda é cedo para prognósticos menos otimistas. Contudo, os produtores precisam estar atentos às condições do clima dessa fase em diante até a colheita da safra de verão que já está iniciando com o feijão da primeira safra”, destaca.
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VANDERLEY DE OLIVEIRA ARTIGO Aquecimentos dos grãos durante a armazenagem O aquecimento dos grãos é produzido pelo processo respiratório dos grãos úmidos associados aos fungos. O aquecimento, produzido por estes microrganismos, ocorre quando o teor de umidade dos grãos se encontra acima do nível considerado satisfatório para o seu armazenamento. Respiração e aquecimento de uma massa de grãos são considerados em conjunto porque são partes de um mesmo processo biológico, do qual resultam as principais deteriorações do produto. Quando o aquecimento se apresenta em determinada região de uma massa de grãos, armazenada a granel, forma o que se denomina bolsa de calor, devido ao fato de uma massa de grãos possuir baixa condutibilidade térmica. O calor produzido pode acumular-se na região, mais rapidamente do que se desprender. Isto leva a um rápido aumento de temperatura da zona aquecida, pois, a respiração é acelerada, acentuadamente quando a temperatura e o teor de umidade dos grãos aumentam. A bolsa de calor pode originar também de um foco de infestação de insetos. TERMOMETRIA
A perda de qualidade dos grãos armazenados acha-se sempre em perigo e o produto deve ser periodicamente examinado. O método mais seguro é examinar com frequência amostras obtidas em diversos pontos da massa armazenada. Entretanto, torna-se difícil obter, periodicamente, amostras representativas de uma grande quantidade de grãos armazenada em uma célula de um silo ou armazém graneleiro.
Felizmente, todos os fatores que ameaçam a perda de qualidade dos grãos, causam um aumento de temperatura. Assim, o registro constante da temperatura dos grãos pode impedir um processo de deterioração. A temperatura dos grãos armazenados é um bom índice do seu estado de conservação. Toda variação brusca de temperatura deve ser encarada com bastante cautela, pesquisando-se o mais rápido possível sua causa e procurando saná-la através da aeração ou transilagem. A aeração, homogeneizando a temperatura dos grãos, impede a migração da umidade e a formação de bolsas de calor. A transilagem, transferência da massa de grãos de uma célula para outra, passando o produto pelo ar, pode também, prevenir os danos provocados pelo aquecimento. Faz-se importante controlar a temperatura nas células de um silo e nos compartimentos de um armazém graneleiro, para em tempo hábil, evitar a deterioração do produto. Os silos e outros depósitos que recebem o produto a granel devem ser equipados com dispositivos sensores à base de pares termoelétricos, através dos quais será possível obter a temperatura em diferentes alturas e regiões do interior da massa com bastante exatidão e rapidez. Também podem ser empregados tubos perfurados, dispostos no meio da massa, por onde é introduzido o termômetro. Apesar de não ser um processo tão perfeito quanto o anterior, serve para uma indicação das condições térmicas em diferentes regiões onde são colo-
cados os tubos perfurados, com o termômetro em seu interior. Grãos armazenados a valores de umidade acima da umidade crítica, sofrem degradação de proteínas, carboidratos, de fosfolipídeos, etc., produzindo compostos lipossolúveis que contaminam o óleo com impurezas que não estão usualmente presentes. Estas afetam a cor, o odor, e o sabor. Além disso, o processo de deterioração é invariavelmente acompanhado da hidrólise de triacilgliceróis. SNIFEER
Chegou em Cascavel no mês de novembro de 2016 um sistema de sensores que detectam a produção de CO2 na massa de grãos armazenados, denominado SNIFFER. Uma nova detecção avançada de deterioração de grãos oriunda da Alemanha. O sistema de sensores detecta, em estágio inicial, a deterioração de grãos armazenados antes do monitoramento dos sistemas de temperaturas. Isto porque o CO2 é um gás que migra através da massa de grãos mais rapidamente do que a temperatura. Necessita de um único sensor em cada célula de armazenamento dependendo do tamanho da célula. Assim, é possível complementar o sistema de monitoramento de temperatura, sendo mais rápida a determinação de atividades de insetos, fungos e outros, dentro do silo. Suas vantagens são: detecção de deterioração de grãos mais rápida; redução de perdas de grãos; tomada de decisão mais segura e sistema automático de compensação para flutuações de CO2.
Fim da condensação em silos e armazéns!
Na conservação de grãos armazenados, usa-se termometria, para monitoramento da temperatura na massa de grãos, e aeração com ventiladores elétricos. Atualmente acrescenta-se a exaustão contínua, instalada na cobertura de silos e armazéns, eliminando o calor entre a cobertura e os grãos armazenados, evitando a condensação “suadeira”, o apodrecimento e a aderência de produtos nas paredes. O Sistema de Exaustão Cycloar é um grande aliado na conservação de grãos, retira continuamente o calor interno, diminui a aeração elétrica e mantém equilibrada a umidade na massa de grãos. SOLICITE UM ORÇAMENTO SEM COMPROMISSO!
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Parabéns! NOVEMBRO
01/11/1958 JOAO BATISTA ZANUZZO 01/11/1967 CASSIUS LUIS BARREIROS 02/11/1949 ARI TEOFILO FAGUNDES CORDEIRO 02/11/1949 MIGUEL ZDEBSKI 03/11/1957 RICARDO SOARES MARTINS 03/11/1963 CARLOS ALBERTO SCANAGATTA 04/11/1929 TRAQUILINO MALACARNE 04/11/1957 LAUDINOR BATISTI 05/11/1932 JACOB MAXIMILIANO LUIZ SALVADORI 05/11/1948 LOURIVAL SANTOS JORDAN 05/11/1948 NESTOR VALDO VISINTIN 05/11/1956 GERVASIO LIMBERGER 06/11/1926 WILIBALDO KNORST 06/11/1945 ILGO KONOPATZKI 06/11/1946 GERALDO ALVES DE ASSIS 07/11/1967 FABIO CESAR DALBOSCO 08/11/1944 DOMINGOS MUFATO 08/11/1948 ALFREDO IRAPUAN MABA 08/11/1953 IZAIR CLAUDIO ORLANDO 10/11/1932 ANTONIO NAZARI 10/11/1939 DALIRA FITZ KUBITIZ 10/11/1973 CLAUDIMAR DELAI 11/11/1932 WAGNER PLANAS 11/11/1943 TOMES TEREZINHA ZECZKOWSKI 13/11/1924 HERMINIO GROLLI 13/11/1938 DEOCLIDES CARPENEDO 14/11/1924 JOSE DE PIERRI 14/11/1935 LORENO IVALINO BARZOTTO 14/11/1950 LUCINDO GARLET 15/11/1913 GUMERCINDO BALBINOTTI 15/11/1953 NORBERTO ERVINO PFEIFFER 16/11/1963 MARCIA MARTINI STUM 17/11/1950 INES TEREZINHA KERBER 17/11/1960 VITOR COELHO 17/11/1961 LUIZ JOSÉ NUNES VIEIRA 17/11/1968 PAULO CESAR VENTURIN 18/11/1935 VENCESLAU PALI 18/11/1948 ELISEU GARLET 19/11/1925 WIGANT LINZMEIER 19/11/1945 MAURICIO TEIXEIRA BARROS 19/11/1953 WILSON HIROKI IKEBUTTI 20/11/1926 NATALINO ANDREGHETTI 18/11/1981 ADELINO VETTORELLO NETTO 20/11/1962 RITA MARIA HOFFMANN
21/11/1914 21/11/1954 21/11/1989 22/11/1935 22/11/1945 22/11/1947 22/11/1957 23/11/1925 23/11/1965 24/11/1968 24/11/1979 25/11/1937 25/11/1941 25/11/1952 25/11/1965 25/11/1967 26/11/1941 26/11/1961 27/11/1924 27/11/1956 28/11/1952 30/11/1930
JOÃO MOREIRA DOS SANTOS DOMINGOS MUNARETTO CLEITON LUIS MARMENTINI ARNO BECK JAIR SCHEMBERGER MARIA CECILIA MORETTI MENEGHEL GERALDO JOSÉ KOVALSKI CLEMENTE DEVANTEL JORGE TAKEO SAKAI MARIA DAS GRAÇAS MARTINS VALDERI MARCOS ROSSI FRANCISCO STOCKER ALGENOR ZAMO VARGAS BENVINDO DE SOUZA ALMEIDA VALMOR JOSE BREDA E/OU IVAN CARLOS FAGUNDES CLEMTENTINO TOCHETTO CARLOS RUZICKI SELVINO LAZZAROTTO ERNO OSVALDO WRASSE ARI MILTON MELNIK ATELIO ROSSET
DEZEMBRO 01/12/1954 01/12/1965 02/12/1941 02/12/1952 02/12/1962 03/12/1946 04/12/1940 04/12/1941 05/12/1947 05/12/1986 06/12/1949 06/12/1953 06/12/1953 06/12/1956 06/12/1966 07/12/1965 08/12/1945 08/12/1949 08/12/1953 08/12/1960
DEJALMA JOSE FORMIGUIERI MARIONILCE GATTO MIGUEL ARCANGELO FRASSETTO VILMAR BEZERRA ITALIR DOMINGOS CERVELIN MIRNA TEREZINHA SMARCZEWSKI AVELINO MOREIRA REINARDO RODOLFO LANGE RAUL FERNANDO TAVORA ALEXANDRE LUIS MULLER EDELBERTO GRIGOLO ANTONIO BUTURA JOSE MANUEL CONSTANCIO MENDONÇA ALEXANDRE MACHAJEVSKI JOELMA SIQUEIRA CUNHA ITACIR ANTONIO CERVELIN CONCEIÇÃO SILVEIRA JAIME LAIN FLAVIANA GONÇALVES DE OLIVEIRA NELSON YASSUO NICIO
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Veja quais os associados do Sindicato Rural de Cascavel estão soprando velinhas! 08/12/1964 09/12/1931 09/12/1969 10/12/1934 10/12/1939 10/12/1951 10/12/1953 11/12/1920 11/12/1957 11/12/1961 11/12/1965 12/12/1939 12/12/1945 12/12/1965 12/12/1989 14/12/1970 16/12/1942 16/12/1984 17/12/1951 17/12/1955 18/12/1931 18/12/1953 19/12/1946 19/12/1949 19/12/1979 20/12/1938 20/12/1964 20/12/1967 20/12/1982 22/12/1950 22/12/1958 24/12/1939 24/12/1942 24/12/1944 24/12/1948 25/12/1950 25/12/1952 25/12/1974 25/12/1977 26/12/1940 27/12/1942 28/12/1953 28/12/1954 29/12/1950
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