Imobiliario 20161207

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QUARTA-FEIRA 7 DEZEMBRO 2016 www.imobiliario.publico.pt PUBLICIDADE

Adicional ao IMI incide sobre prédios urbanos habitacionais e terrenos para construção Conheça as principais mudanças introduzidas pelo Adicional ao Imposto Municipal sobre Imóveis e de que forma afetam o setor imobiliário p04

Resorts e Turismo Alojamento local lança novos operadores no mercado Estudo aponta subida das rendas e dos valores de transações imobiliárias p14

Porto Vivo analisa onze novos hotéis no centro da Invicta p14

Atraso na transição para NRAU pode implicar “arrendamento perpétuo” Presidente da Associação Lisbonense de Proprietários (ALP) alerta para riscos das propostas em debate para o arrendamento p03

Decoração Tendências para este Natal Criatividade, cores naturais e tendências vintage destacam-se p08 PUBLICIDADE

Este suplemento é parte integrante do jornal PÚBLICO e não pode ser vendido separadamente

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02 Opinião IMOBILIÁRIO 7 DEZEMBRO 2016

Luxuoso é o imposto

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Luís Lima

egislatura após legislatura, o sector imobiliário continua a ser o alvo preferido no que à criação de impostos diz respeito, num quadro constante de subida das receitas, que em tempos me levou a apelidar o imobiliário de “árvore das patacas” do Estado. Em Portugal, a fiscalidade sobre o património sempre foi uma verdadeira mina de ouro, cuja justificação assenta na errada ideia de que ser proprietário é ser rico. No entanto, na génese desta ideia, estão em falta informações relevantes: apesar de 74% das famílias portuguesas ser proprietária das casas em que habita, a grande maioria delas foi incentivada a endividar-se para comprar habitação, o que faz com que, no final de contas, sejam também elas arrendatárias, mas com um senhorio diferente dos demais – a banca. Este foi, aliás, um fenómeno que se sentiu bastante, aquando a crise económica que se instalou no País e que fez com que muitas famílias tivessem que entregar as suas casas em dação em pagamento devido às dificuldades em assumir os seus compromissos, que representam muitas vezes uma elevada taxa de esforço, à qual se soma ainda a tributação sobre o património. O Adicional ao Imposto Municipal sobre Imóveis (AIMI), é a inovação que tem sido erradamente apelidada pela comunicação social de “IMI para imóveis de luxo”. Criou-se a ideia de que este adicional ao IMI seria um “imposto para ricos” a quem, nas palavras da deputada do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, o Estado iria “perder a vergonha de ir buscar a quem está a acumular dinheiro”, como se a poupança fosse alguma espécie de pecado capital. O investimento imobiliário é, desde há muito, uma alternativa de investimento para quem procura criar algum aforro ou um complemento de reforma para o futuro. Foi com este pensamento que muitas pesso-

Quebra de investimento afasta Portugal das metas europeias

as terão optado por investir neste sector, com o objetivo de o colocar no mercado de arrendamento e dele obter algum rendimento. E este não é um investimento que beneficia só o proprietário, pois na verdade estes ativos imobiliários, ao serem colocados no mercado de arrendamento, acabam por suprir necessidades habitacionais. No entanto, decide-se agora castigar os proprietários que ultrapassem os 600 mil euros de valor patrimonial global. Questiono-me aliás se esse valor se aplicará também sobre o endividamento das famílias ou se será abatido, uma vez que grande parte não é sequer a real proprietária dos seus ativos, por continuar a pagar a sua prestação de crédito à banca. O que parece já certo, é que estes contribuintes serão taxados com mais um cúmulo fiscal. Tudo isto, num quadro de aumento das receitas do IMI e do Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT), este último, cuja extinção se anuncia há muitos anos e que tem sido sucessivamente adiada. O AIMI sobre o “património de luxo” que taxará os “ricos” não passa então de uma falácia dos que nos tentam convencer que não será, uma vez mais, a classe média a ser atingida por um imposto que, de facto, parece ser para ricos, mas pelas elevadas taxas a pagar. Isso reflete-se, aliás, nas sucessivas mudanças que têm sido introduzidas no que diz respeito às isenções, numa primeira fase anunciadas apenas para o sector do turismo e atividade industrial, e depois estendidas aos bancos, entidades financeiras e comércio. Isenções que se refletiram depois no aumento da taxa prevista de 0,3 para 0,7 para o património entre os 600.000 e os 1.000.000 euros, e uma taxa marginal de 1% a partir deste valor. Mais uma vez, afetar-se-á os mesmos de sempre… a classe média. Presidente da APEMIP luislima@apemip.pt

O Reis Campos

s dados revelados pelo INE, relativos à evolução do PIB português no terceiro trimestre, vieram comprovar que a nossa preocupação quanto ao andamento do investimento e, em especial, quanto ao investimento em construção, que representa mais de metade do total, era totalmente fundada e, tal como afirmámos, constituía um sinal de alerta que nos deveria mobilizar, já que está em causa muito mais do que um comportamento menos positivo de uma qualquer parte da economia nacional. O investimento reflete, não apenas, a atividade económica registada no momento, mas é a grande variável determinante do crescimento futuro, da competitividade e da sustentabilidade de todo um país. Sem investimento não há crescimento económico, é uma frase que foi utilizada vezes sem conta no passado recente e, após ser consecutivamente ignorada, com os efeitos que todos sabemos, levou, em 2013, à assinatura com o Governo anterior, do “Compromisso para a Competitividade Sustentável do Sector da Construção e Imobiliário”, reconhecendo-se, finalmente, o caráter estruturante do nosso setor e a urgência da sua estabilização e recuperação. A verdade é que, muito ficou por fazer, mas o tecido empresarial conseguiu reencontrar o seu caminho e encerrar, em 2015, um ciclo que levava já 14 anos de perdas constantes. Em consequência, no ano passado, o Investimento em Construção registou um crescimento de 4,3% e o PIB 1,4%. O investimento privado foi o grande motor deste movimento, alavancado pelo imobiliário, com destaque para a Reabilitação Urbana e para o Investimento estrangeiro. Neste momento, o que se passa é um significativo abrandamento destes fatores de dinamismo económico que se propagaram a muitas outras atividades. O turismo e o comércio são bons exemplos, que beneficiaram muito deste novo ciclo de investimento e deram, por sua vez, um bom con-

tributo para a sua manutenção. Mas o País começa a registar, novamente, um atraso no seu processo de recuperação que, tarda em consolidar-se. A verdade é que, se o Investimento estivesse estabilizado, o PIB estaria a crescer acima de 2%, mais do dobro do que acontece atualmente. Pior é que os decréscimos no investimento hoje representam decréscimos no PIB de amanhã. Tal como aconteceu no tal passado recente a quem ninguém quer regressar, a falta de investimento público e privado gera um efeito devastador para a restante economia. Basta olhar para os referidos 14 anos de queda do setor da Construção e Imobiliário, para ter uma noção muito aproximada do risco que estamos a correr. Porém, ainda estamos a tempo de evitar essa contabilidade negativa, em que se somam e multiplicam insolvências, perda de postos de trabalho, dívidas e défices. Temos, pela positiva, um poder político que, hoje, reconhece a importância do setor. Temos interesse privado na aquisição de imobiliário nacional, temos amplos fundos europeus disponíveis para financiar projetos portugueses. E, sobretudo, temos um território e uma sociedade que, em conjunto, formam um espaço único no Mundo para captar mais e melhor investimento. Este é o momento para intervir e ser efetivo. A confiança dos investidores tem que ser reafirmada e, para tal, é necessário garantir a estabilidade do quadro fiscal, a competitividade e celeridade do Programa de Vistos Gold, a concretização dos investimentos consensualizados no Plano Estratégico das Infraestruturas, o apoio à internacionalização das nossas empresas e a maximização das oportunidades de financiamento oferecidas pelo Plano Juncker. E isto pode ser feito de imediato. Os consensos estão reunidos, as soluções estão preparadas, pelo que é necessário implementar medidas concretas. Presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário PUBLICIDADE

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IMOBILIÁRIO 7 DEZEMBRO 2016 Atualidade 03

Novo regime pode implicar “arrendamento perpétuo” Presidente da Associação Lisbonense de Proprietários (ALP) alerta para riscos das propostas em debate para o arrendamento DR

Fernanda Cerqueira Os proprietários estão preocupados com uma possível “retração do mercado de arrendamento”, reconheceu Luís Menezes Leitão, presidente da Associação Lisbonense de Proprietários (ALP). Esta preocupação resulta da apresentação nos últimos meses de três projetos de lei, ainda em discussão na Assembleia da República, relativos a esta matéria. A dinâmica do mercado de arrendamento e a “incerteza” sobre o seu enquadramento legal para 2017 estiveram em debate no quarto seminário IMOjuris, conduzida pelo departamento de Direito Imobiliário da Garrigues Portugal. O grupo parlamentar do PS apresentou, no final de março, um projeto de lei no qual define um novo “regime de classificação e de proteção de estabelecimentos e entidades de

Municípios com critérios diferentes na definição de lojas históricas

diferentes em todos os concelhos do país”, alertou Luís Menezes Leitão. “Mais grave” ainda, acrescentou, “é a exclusão da possibilidade de denúncia do contrato pelo senhorio para a realização de obras no imóvel [classificado como loja histórica] e, até, para a demolição”.

Atrasos na transição

interesse histórico e cultural”. Para o presidente da ALP, em causa está não só a indefinição deste conceito, mas também o facto de os critérios de classificação desses estabelecimentos serem remetidos para

a esfera de competência das autarquias, que definirão esses critérios através de regulamento municipal. “Ficará nas mãos das câmaras municipais definir as lojas que são históricas ou não, um regime com critérios

Os projetos de lei apresentados pelo PCP e pelo BE propõem o prolongamento de cinco para dez anos do período transitório de atualização de rendas. Além disso, ambos os projetos de lei propõem que os contratos de arrendamento que até ao momento ainda não transitaram para o NRAU, ou seja, que ainda se mantêm em regime vinculativo ou de perpetuidade, já não possam ser objeto de transição. Face ao teor desta proposta, e dado que existem ainda muitos se-

nhorios que “nem iniciaram o processo de atualização para o NRAU, essas pessoas devem acautelar-se e avançar com o processo de transição”, alertou o presidente da ALP. “Quem ainda não fez a transição para o NRAU deve promovê-la agora, sob pena de poder vir a perder a oportunidade”, o que sucederá caso esta medida venha a ser aprovada. O risco para os senhorios que não avançarem com o processo de transição é “ficarem com um arrendamento perpétuo”, explicou. Se qualquer um destes projetos de lei avançar, isso irá “colocar um sério problema ao mercado de arrendamento”, o que, a par da extinção do Balcão do Arrendamento, terá um “efeito calamitoso”, afirmou Menezes Leitão. “Esta é uma situação muito preocupante” e que “irá matar o mercado de arrendamento”, concluiu.

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04 Atualidade IMOBILIÁRIO 7 DEZEMBRO 2016

Adicional ao IMI com alterações na versão final do Orçamento de Estado Fique a par das principais mudanças introduzidas pelo Adicional ao Imposto Municipal sobre Imóveis e de que forma afetam o imobiliário DR

Fernanda Cerqueira Mês e meio depois da apresentação da Proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2017 (Proposta de LOE 2017), o novo imposto sobre o património imobiliário é uma das medidas que sofreu mais alterações e ajustamentos. Assim, e no que respeita à incidência objectiva do imposto, além dos prédios urbanos classificados como “industriais” e dos licenciados para a atividade turística, ficam também excluídos do AIMI os prédios urbanos classificados como comerciais ou para serviços, assim como os classificados na espécie “outros”, ou seja, os terrenos situados dentro de um aglomerado urbano, que não sejam terrenos para construção nem considerados prédios rústicos, e os

edifícios e construções licenciados ou, na falta de licença, que tenham como destino normal outros fins. Na prática, significa isto que o AIMI incidirá apenas sobre os prédios urbanos habitacionais e os terrenos para construção. Já no que respeita à incidência subjetiva do imposto, a versão final do

Na prática, AIMI incidirá apenas sobre os prédios urbanos habitacionais e os terrenos para construção

diploma isenta do AIMI as empresas municipais, o que não estava previsto inicialmente.

Singulares e heranças Face à proposta inicial, a versão final do AIMI contempla também alterações significativas no que respeita às regras de determinação do valor

tributável e às taxas aplicáveis, estabelecendo um regime diferenciado consoante os sujeitos passivos sejam pessoas singulares e heranças indivisas, por um lado, ou pessoas colectivas, por outro. Assim, no caso das pessoas singulares e heranças indivisas, é abandonada a taxa única de 0,3%, inicialmente proposta, a qual é substituída por duas taxas. Uma taxa de 0,7%, que incidirá sobre a soma dos valores patrimoniais tributários (VPT) dos prédios urbanos habitacionais, ou terrenos para construção, de que o sujeito passivo seja titular, na parte em que esse património global exceda 600 mil euros e não ultrapasse um milhão de euros. Ao valor tributável superior a um milhão de euros será ainda aplicada (neste caso, só às pessoas singulares)

conferência 12 Dez' 2016

uma taxa marginal de 1%, ou seja, nesta última situação o contribuinte pagará 0,7% sobre o valor entre 600 mil e um milhão de euros (0,7% x €400 mil = € 2.800), e 1% sobre o valor marginal que exceder um milhão de euros de VPT. No caso de sujeitos passivos casados ou em união de facto, mantém-se a possibilidade de optarem pela tributação conjunta do AIMI, somandose os VPT dos prédios na sua titularidade e multiplicando-se por dois o valor da dedução prevista de 600 mil euros. Ou seja, na prática ficarão isentos se o VPT global do seu património for inferior a 1,2 milhões de euros. Da mesma forma, nestes casos só será aplicada a taxa marginal de 1% se o VPT global exceder o dobro do limiar de um milhão de euros, isto é, ultrapassar dois milhões de euros.

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06 Oportunidades IMOBILIÁRIO 7 DEZEMBRO 2016

Porto: oferta atual de escritórios insuficiente para procura em crescimento Confirmando a crescente atratividade da cidade como destino de negócios, a procura de escritórios no Porto é cada vez maior e excede atualmente a oferta deste tipo de imóvel Susana Correia O mercado de escritórios do Porto continua a exibir um elevado dinamismo e a procura de espaços é “cada vez maior” diz João Nuno Magalhães, diretor geral da Predibisa. Mariana Rosa, diretora de Office Agency da JLL, sublinha também a “procura acentuada entre empresas dos mais diversos quadrantes”, defendendo que a cidade foi descoberta como “localização de negócios”, um sentimento partilhado por Nuno Marçal, Responsável de Vendas – Grandes Imóveis Norte da Direção de Negócio Imobiliário do Millennium bcp, que atesta que “claramente que a procura de escritórios na cidade do Porto tem vindo a crescer”. Os especialistas alertam, contudo, para a escassez de espaços em oferta, com a CBRE a notar que “a disponibilidade de escritórios para arrendamento é escassa”. João Nuno Magalhães diz mesmo que a oferta é “largamente” excedida pela procura, sendo que “desde há pelo menos três anos que o Porto tem poucos metros quadrados disponíveis para escritórios”. Este desequilíbrio é especialmente evidente “nos espaços

MIGUEL NOGUEIRA/CM PORTO

de maior dimensão”, que são, na experiência de Mariana Rosa, aqueles “em que a procura continua em alta” e para os quais, no centro da cidade, se encontram apenas resposta “em edifícios usados, dada a escassez de novos projetos”. João Nuno Magalhães explica que além da falta de oferta nova – quer construção de raiz quer adaptação de imóveis existentes nos últimos cinco anos -, acontece que “as dimensões da que existe são também desajustadas face a estas necessidades atuais da procura”.

Reabilitação pode ser solução Este desequilíbrio pode “incentivar a reabilitação e reconversão de alguns edifícios para escritórios”, diz a CBRE, que prevê ainda uma pressão de subida do valor da renda prime no curto prazo. Neste contexto, Nuno Marçal destaca um edifício de serviços detido pelo Millennium bcp na rua Latino Coelho. No total, o imóvel, que já acolheu diversos serviços do Banco, afirma-se como “um excelente ativo para uma única empresa” ou até para investidores que “queiram realizar operações de coworking”, se sujeito a uma renovação que mantenha o seu uso original, embora tenha

O Porto está a atrair cada vez mais empresas igualmente potencial para “transformação do seu uso”. No total são 2.334 m2 de escritórios distribuídos por cinco pisos, complementadas por 32 lugares de estacionamento, situados no Bonfim.

Reconhecimento internacional traz mais empresas As empresas de call centre e serviços partilhados, bem como da

área tecnológica, de consultoria e das indústrias criativas são, de acordo com estes especialistas, as áreas mais dinâmicas na procura de espaços de maior dimensão, com especial relevo para entidades de origem internacional. “A principal procura para mais de 1.000 m2 é de empresas internacionais”, que procuram espaços adequados numa cidade com “um enorme reconhecimento inter-

nacional”, defende Nuno Marçal. Para João Nuno Magalhães, a chegada das companhias aéreas low cost e o crescimento do turismo são fatores que muito têm contribuído para que a cidade seja hoje “uma localização geográfica estratégica”, cada vez mais considerada enquanto destino de negócios. O facto de ser a segunda cidade portuguesa e a principal do norte do país, ter um alto poder aquisitivo, boa qualidade de vida e uma oferta académica cada vez mais prestigiada são também motivadores para a crescente atratividade da Invicta, defende este especialista. A esta lista de argumentos, Mariana Rosa acrescenta ainda o facto de “existir uma mão-de-obra altamente qualificada a valores muito competitivos face a Lisboa e face a outras cidades europeias, ao mesmo tempo que as rendas se mantêm em patamares inferiores a essas mesmas localizações”. Mas a procura não se fica pelas empresas internacionais; defende Nuno Marçal, que explica que “existem várias empresas nacionais que se que querem estabelecer no Porto ou que estão a crescer e procuram novos espaços”, termina.

Oportunidades

ESCRITÓRIO Refª: 57315/433 Valor: 2.950.000€ Localização: Porto / Bonfim Morada: Rua Latino Coelho 142/144 Área: 2.324 m² Ano: 1988 Classificação Energética: G

ESCRITÓRIO Refª: 15680/81/82 Valor: 659.560€ Localização: Porto / Lordelo do Ouro e Massarelos Morada: Rua Campo Alegre 17 - 2º Sala 3 Área:805 m² Ano: 1970 Classificação Energética: D

ESCRITÓRIO Refª: 85584 Valor: 950.000€ Localização: Porto / Lordelo do Ouro e Massarelos Morada: Praça do Bom Sucesso, 123 - Escritório 701 7º Andar Área: 629 m² Ano: 1994 Classificação Energética: C


IMOBILIÁRIO 7 DEZEMBRO 2016 Oportunidades 07

Escritórios no Porto: compra também já é opção considerada pelos ocupantes Imobiliário FREEIMAGES/FRANCISCO RAMOS

Escritórios com rendas entre os 9 €/m2 e os 14 €/m2 na Baixa do Porto No 3º trimestre de 2016, o Índice de Rendas Corporate da Ci apontou para uma quebra das rendas dos escritórios situados no Grande Porto, que em termos homólogos se fixou em 2,8%. Relativamente à evolução dos preços dos escritórios no Grande Porto, de acordo com o Índice de Preços Corporate da Ci, no 3º trimestre de 2016 seguiram em linha com a trajetória das rendas. Focando no concelho do Porto, o valor das rendas dos escritórios ascendeu a uma média de 8,7 €/m2 no 3º trimestre de 2016. Numa análise à freguesia, destacaram-se a UF Lordelo do Ouro e Massarelos e a UF da Baixa do Porto, com valores médios de arrendamento que rondaram os 9,0 €/m2. Considerando a gama alta do mercado, traduzida pelo percentil 95 da renda de oferta, no 3º trimestre de 2016 foram também estas zonas que apresentaram as rendas de escritórios mais elevadas do concelho do Porto, em torno dos 14 €/m2.

2,8%

Foi a descida homóloga das rendas médias de escritórios no Grande Porto no 3º trimestre de 2016

8,7 €/m2

Valor médio das rendas de escritórios no concelho do Porto

14 €/m2

Rendas de escritórios na gama alta nas freguesias mais caras do Porto

ESCRITÓRIO Refª: 43921 Valor: 1.181.000€ Localização: Porto / Ramalde Morada: Rua Eugénio de Castro, 205/372 - 1º Área: 1.250 m² Ano: 1977 Classificação Energética: G

Susana Correia Ainda que o arrendamento seja a opção preferida por grande parte das empresas na ocupação de escritórios do Porto, muitas outras “já equacionam a compra”, sublinha Nuno Marçal, Responsável de Vendas – Grandes Imóveis Norte da Direção de Negócio Imobiliário do Millennium bcp. O Banco, que detém atualmente cerca de 5.400 m2 de escritórios para venda na cidade (nas freguesias de Bonfim, Campanhã, Lordelo do Ouro, Massarelos e Ramalde), “fechou ou está a fechar vários negócios para espaços de escritórios, tanto na Baixa como no Bom Sucesso ou na Boavista”, refere aquele responsável. “O ganho para o cliente é óbvio, ficando proprietário do seu imóvel com custo muito interessante face ao arrendamento e tirando daí vantagens financeiras pela posse do mesmo”, defende, explicando que “os nossos produtos, para o cliente final, têm normalmente a vantagem de poderem ser concorrenciais como os arrendamentos através dos nossos financiamentos”. Além disso, e “entre estas duas perspetivas de negócios (arrendamento e compra) encontram-se os investidores que procuram imóveis com boas yields e que permitem a ligação entre vendedores e arrendatários”. Para áreas de menor dimensão, onde se começa “a sentir procura principalmente por empresas nacionais que pretendem expandir

ESCRITÓRIO Refª: 56323 Valor de Campanha até 31/12/16: 133.000€ Localização: Porto / Campanhã Morada: Av. Fernão Magalhães 1882 piso 8 Área: 74 m² Ano: 1999 Classificação Energética: --

A atratividade do Porto como destino de negócios tem sido evidenciada junto de empresas quer nacionais quer estrangeiras ou vir para o Porto”, Nuno Marçal destaca vários imóveis detidos pelo Banco. “Neste momento, considerando espaços com menos de 1.500 m2, temos o primeiro piso da torre do Foco, com 1.250 m2 e 16 lugares de estacionamento. Temos ainda três escritórios interligados entre si no início da rua do Campo Alegre, com 823 m2; ou um piso (o 7º) no edifício Península, com 630 m2”. O Banco detém ainda “escritórios de menor dimensão”, casos de frações no edifício Scala, rua do Vilar 235, com 105 e 152 m2, ou duas frações na rua Engº Ferreira Dias (zona industrial do Porto), com 112 m2 e com 211 m2. Para espaços de maior dimensão, o Banco também tem oferta na Invicta, como é o caso do edifício na rua

Latino Coelho nº 142/144, composto por 5 pisos de escritórios, totalizando 2.334 m2, aos quais acrescem 32 lugares de estacionamento com 470 m2, sendo a venda do imóvel “efetuada em conjunto”. O imóvel localizase na zona do Bonfim, nas “proximidades das principais artérias da cidade, Constituição, rua da Alegria, Praça do Marquês e zona das Antas, com acessos aos principais eixos rodoviários nas imediações, próximo de transportes públicos. Os escritórios têm uma zona ampla, um pequeno espaço destinado a arrumos e infraestruturas técnicas”, explica Nuno Marçal. Em suma, a” nossa oferta de escritórios no concelho do Porto está concentrada em alguns edifícios, bem como em algumas frações autónomas”, termina.

ESCRITÓRIO Refª: 11698 Valor: 100.000€ Localização: Porto / Ramalde Morada: Rua Engenheiro Ferreira Dias, 884, 3.º (AJ) Área: 111 m² Ano: 1988 Classificação Energética: C

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08 Decoração IMOBILIÁRIO 7 DEZEMBRO 2016

Tendências para este Natal Criatividade, cores naturais e tendências vintage entre os elementos de decoração para esta quadra, pela arquiteta Susana Azevedo do SUCRRE Atelier Independentemente de crenças e fés, o Natal é uma comemoração que se estende por todo o mundo. Antes da festividade cristã já existia a celebração anual do deus Sol no solstício de Inverno, que foi aproveitada pela Igreja Católica no século III para estimular a conversão dos pagãos e que passou a comemorar o nascimento de Jesus. Aparte a resenha histórica, o facto é que a tradição milenar reúne a família, amigos, nações e tudo se resume a conviver em paz, alegria e felicidade. Uma data festiva com esta importância e espírito reflecte-se por todo o lado, nas nossas casas, pelas ruas, na roupa, na culinária, em tudo. Para este Natal a palavra-chave é criatividade. As cores misturam-se e permitem-se entre estilos diversos, cores naturais, como a argila, a ardósia, que contrastam com um beterraba e um verde-ervilha. Não fique preso às cores convencionais do vermelho, branco e preto! Atreva-se a uma comunhão entre formas e materiais mais futuristas que combinam com o artesanato, assim como uma mescla glamorosa trabalhada com padrões da natureza. As tendências Vintage também são aplicadas nas decorações natalícias em objectos reutilizados. O leitor pode optar pela decoração com que mais se identifica. Para quem tem pouco tempo e pouca paciência, o ideal é procurar no mercado peças que lhe agradem e se enquadrem na sua casa, sendo que as essenciais são o presépio, a árvore de Natal e seus componentes, e as luzes. Use e abuse das luzes! Seja na árvore, nos peitoris das janelas, nas

mesas, na lareira, em forma de velas ou luzinhas. Para quem tem disponibilidade pode dar largas à imaginação e criar as suas próprias decorações natalícias. A árvore de Natal pode ser enfeitada com chocolates ou rebuçados (ou pelos dois). Miúdos e graúdos vão ficar rendidos a esta ideia! Podem usar-se frutas secas, como a laranja envolvida em paus de canela e cravinho (Pegue numa laranja, corte em fatias finas e deixe secar. Espete cravinho na casca e sobreponha nos gomos pau de canela). O aroma vai ser encantador. Outro elemento fundamental nesta quadra é a mesa de Natal, onde na noite da consoada irão desfilar o Sr. Bacalhau, o Sr. Perú ou o Sr. Polvo, entre muitos outros ilustres e que têm direito à melhor baixela do armário. Abuse da simplicidade, do mimo e do ornamento q.b..Não se esqueça das velas, dos guardanapos de pano e pense em pequenos pormenores que vão criar todo o ambiente, como um pequeno embrulho no prato ou pequenas estrelas espalhadas pela mesa. Lembre-se que para ter uma bonita e original decoração de Natal não precisa de gastar muito dinheiro, basta ter imaginação. E nunca se esqueça do azevinho!

Abuse da simplicidade, do mimo e do ornamento q.b..

Até no Natal é possível poupar! Opinião Rui Oliveira

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Quadra Natalícia é propensa a alguns exageros, não só alimentares, como energéticos. Mas podemos assinalar a data com toda a pompa e circunstância sem perder a oportunidade de poupar, por exemplo, na fatura energética. É certo e sabido que é na cozinha onde passamos maior parte do tempo nesta época. Na verdade, estudos indicam que a cozinha representa

cerca de 40% do consumo energético de uma habitação, e em particular na época do Natal. É, por isso, o primeiro lugar onde há que ter atenção aos gastos desnecessários. Abrir e fechar com frequência o frigorífico, por exemplo, sobrecarrega o consumo de energia. É preferível deixar a porta aberta durante mais tempo e escolher atentamente o que se precisa. Procure manter as temperaturas entre os três e os cinco graus na zona de refrigeração e entre os -18 e -24º na de congelação. Cada grau abaixo representa um aumento elevado de consumo. Se o seu equipamento estiver a precisar de substituição, aproveite

a quadra e ofereça um presente à sua cozinha. Procure equipamentos A+++ com a opção no frost (evita a formação de gelo) e poupe até 60% de energia. No fogão, cozinhe vários pratos ao mesmo tempo: a energia consumida num forno cheio é igual à de um forno vazio. Utilize de preferência recipientes de cerâmica e de vidro. Quando estiver a terminar, desligue o fogão: o calor já existente concluirá o processo. Com tanta loiça para lavar, faça lavagens com a carga máxima da máquina e, sempre que possível a baixa temperatura – os maiores consumos estão associados ao aquecimento da

água. Poderá assim poupar até 50% no final do ano. Mas nem só de cozinhados se faz o Natal. A decoração é outro fator importante desta época e, até aqui, é possível evitar gastos desnecessários. Ilumine a sua casa ao mesmo tempo que poupa o ambiente e a carteira, adquirindo soluções LED. Conseguirá, assim, reduções energéticas de

70% ou mais. As luzes LED duram 8 vezes mais que as fluorescentes. Não esquecendo que o Natal chega em pleno inverno, para aquecer o espaço utilize formas de energia renováveis, através, por exemplo, de recuperadores de calor a lenha, bombas de calor, caldeiras e biomassa. Evitará assim desperdiçar mais de 60% de energia. Não se deixe apenas ir pela beleza da época. Seja eficiente e boas poupanças. Feliz Natal! Mais dicas sobre como poupar com a sua casa no Natal, aqui: https:// www.facebook.com/GrupoBoschPortugal/app/1061549627217583/ Responsável do Serviço Certificação Energética da Bosch



10 Decoração IMOBILIÁRIO 7 DEZEMBRO 2016

Nova gama de roupa AEG: cuidado sem precedentes para a vida da sua roupa Gama é composta por quatro novas séries com diferentes tecnologias adaptadas às necessidades dos consumidores Já imaginou se pudesse colocar a sua camisola preferida na máquina de lavar ou o seu vestido de seda no secador? Agora já é possível, com a nova gama de cuidado de roupa da AEG. Redefinimos o conceito de máquina de lavar e secador de roupa para que estes se tornassem em verdadeiros protetores de tecidos, defensores das cores e guardiães das fibras. Tudo para dar um cuidado sem precedentes à vida da sua roupa. Esta nova gama AEG coloca de lado os antigos hábitos de cuidado de roupa e assegura que as roupas de mantêm como novas, lavagem após lavagem, graças às suas novas tecnologias. A gama de máquinas de lavar roupa é composta por quatro novas séries com diferentes tecnologias adaptadas às diferentes necessidades dos consumidores:

Tecnologia SoftWater Esta é uma inovação de dimensão mundial, que garante a remoção das impurezas da água, suavizando-a para que ela seja mais suave na lavagem da roupa. O sistema de filtragem de troca iónica otimiza a água que entra no tambor para que os detergentes e os amaciadores possam ser o mais eficazes possível, mesmo a baixa temperatura.

Tecnologia ÖKOMix Os tecidos mais delicados necessitam de um cuidado especial. Graças à tecnologia ÖkoMix, vão manter-se sempre impecáveis independentemente do número de lavagens a que forem sujeitos. Esta avançada tecnologia mistura o

Tecnologia ProSense

detergente e o amaciador na água, antes de entrarem no tambor, assegurando assim que todas as fibras são limpas e cuidadas mesmo nos ciclos mais curtos. Todos os fios, todos os pontos, todas as fibras. Protegidas profissionalmente.

Tecnologia ProSteam A solução perfeita para manter as suas camisas impecáveis. Esta tecnologia permite terminar os ciclos de lavagem com vapor reduzindo os vincos, ou usar apenas um programa de vapor para refrescar as suas roupas sem ter de as lavar. Assim, reduz-se a necessidade de engomar, o que se resulta em menos desgaste das fibras e um melhor aspeto e toque por mais tempo.

Nova gama de cuidado de roupa AEG: abordagem revolucionária no cuidado das peças favoritas

Graças a esta tecnologia todas as cargas são medidas para personalizar cada ciclo e calcular a quantidade exata de água e energia que cada lavagem necessita. Quer lave apenas uma camisa ou uma carga completa, a máquina ajustar-se-á automaticamente, utilizando a menor quantidade possível de tempo para uma limpeza minuciosa. Até as roupas do dia-a-dia terão um tratamento especial para terem um aspeto cuidado, sempre. Para uma perfeita sintonia no cuidado da roupa, também as novas séries de secadores estão equipadas com as mais inovadoras tecnologias:

Sistema AbsoluteCare Agora já é possível secar no secador todas as peças de roupa que se lava na máquina. Desde a mais fofa camisola de lã até à camisa de trabalho do dia-a-dia. Os secadores com tecnologia AbsolutCare têm programas especializados para controlar de forma precisa o movimento e a temperatura do tambor. As fibras delicadas são mantidas à superfície para que não percam a forma e para reduzir a formação de vincos. A rotação do tambor é adaptada para que as lãs com etiqueta “lavagem manual” não encolham.

Tecnologia SensiDry A tecnologia SensiDry retira a humidade dos seus tecidos a metade da temperatura comparativamente a secadores tradicionais, sem prolongar significativamente os ciclos de secagem e assegurando que as roupas nunca são sujeitas a temperaturas desnecessárias. Desta forma é reduzido o desgaste dos tecidos e as roupas usadas regularmente ficam como novas, todos os dias.

Tecnologia ProSense A tecnologia ProSense dos secadores AEG usa sensores de temperatura e humidade para ajustar os ciclos, assegurando que as roupas não sequem demais. Quer seque apenas uma camisa ou uma carga completa, o secador ajustar-se-á adequadamente para utilizar o mínimo de tempo possível. Assim o desgaste é reduzido, os tecidos ficam protegidos e poupa-se energia e tempo.


IMOBILIÁRIO 7 DEZEMBRO 2016 Retalho 11

MAR Shopping Algarve e IKEA debaixo do mesmo teto tornam a experiência de compra ainda mais atraente Projeto de integração começou, a nível europeu, com o MAR Shopping Matosinhos e as expetativas foram superadas Portugal foi o primeiro país em toda a Europa a inaugurar um centro comercial com uma loja IKEA totalmente integrada. O modelo do MAR Shopping Matosinhos foi considerado um sucesso e exportado para outras geografias. Nove ano depois, a IKEA Centres volta a apostar no nosso país para um projeto inovador, com uma arquitetura que combina elementos futuristas com a tradição arquitetónica da região e, naturalmente, a experiência acumulada de ter uma loja IKEA integrada. As vantagens são simples. Ao estarem debaixo do mesmo teto, IKEA e MAR Shopping Algarve beneficiam da capacidade mútua de atração de visitantes, potenciando também a frequência de visita, mas sobretudo tornando a experiência de compra mais confortável. Esta abordagem tem permitido, aliás, a abertura de novos canais de comunicação entre o centro comercial e a loja IKEA, como já acontece em Matosinhos, com entradas adicionais nas áreas de complementos e restauração. Estas sinergias são ainda reforçadas através do cruzamento de iniciativas de marketing, como por exemplo o cartão IKEA Family. Aquele que é um dos mais importantes cartões de fidelização do país estende os seus benefícios às lojas aderentes do MAR Shopping, oferecendo aos visitantes descontos, campanhas promocionais, eventos, programas de responsabilidade social, entre outros. “O projeto de integração do centro comercial com a loja IKEA começou, a nível europeu, com o MAR Shopping Matosinhos e as nossas expetativas foram superadas. No Algarve, queremos continuar a trabalhar para oferecer aos visitantes a possibilidade de otimizarem as suas deslocações, mesmo em distâncias maiores, sabendo que no MAR Shopping Algarve, juntamente com o Designer Outlet podem encontrar mais de 220 lojas, salas de cinema, zona de restauração, serviços e uma zona de lazer ao ar livre para fazerem todas as compras que precisam e passar tempo de qualidade em família. Com a loja IKEA totalmente integrada, os visitantes po-

DR

Novo centro comercial terá novo conceito de lazer com duas zonas – Boas Vindas & Descoberta e Área de Montanha dem encontrar soluções e serviços de mobiliário e decoração para a casa, usufruindo da complementaridade de outras lojas e serviços no mesmo complexo comercial. É o casamento perfeito entre a qualidade e variedade de produtos e serviços que queremos oferecer à região”, explica Ana Machado, diretora de marketing da IKEA Centres para o mercado europeu.

Um projeto inovador vai nascer no Algarve Com abertura prevista para o verão de 2017, a região de Loulé irá receber o segundo empreendimento comercial da IKEA Centres em Portugal, um projeto de 82.000 m2 que edifica a junção de três complexos num só – centro comercial, loja IKEA e Designer Outlet Algarve – com o objetivo de oferecer aos visitantes a qualidade de uma experiência de compra versátil, beneficiando da oferta de três espaços concebidos de forma integrada e com base nas características e necessidades da população local. Integrado no novo centro co-

mercial vai também nascer um novo conceito de lazer - uma área com 8.000 m2 ao ar livre que eleva o conceito de “shopping familly friendly” muito para além da oferta comercial e programação do MAR Shopping Algarve. O espaço será composto por duas zonas – Boas Vindas & Descoberta e Área de Montanha – pensadas para proporcionar o melhor entretenimento antes, durante ou depois das compras, concebido para fomentar momentos de diversão aos avós, pais, filhos e amigos, beneficiando das excelentes condições climatéricas que a região proporciona. Para realizarem as suas compras, os visitantes do MAR Shopping Algarve poderão contar com marcas como Deichman, Foreva, Giovanni Galli, Knot, Mike Davis, Misako, Pandora, Parfois, Salsa, Springfield, Woman Secret, Zippy, Tiffosi, Sephora e Jean Louis David. Do Grupo Inditex com as lojas Zara, Bershka, Stradivarius, Zara Home, Pull & Bear, Oysho, Lefties e Massimo Dutti e, do Grupo El Corte Inglés, com as lojas Primark, Mango, C&A, Punt

Roma e Sfera. Na área alimentar e na eletrónica de consumo, o hipermercado Pingo Doce e a Worten estão confirmados. A funcionar a partir do verão do próximo ano, o MAR Shopping Algarve irá integrar 220 lojas (110 no centro comercial e 110 no Designer

Outlet) e 3.500 lugares de estacionamento, assumindo um papel de relevo no desenvolvimento da região. No total, o grupo IKEA investe 200 milhões de euros num projeto que permitirá criar 3000 postos de trabalho diretos e indiretos.


12 Retalho IMOBILIÁRIO 7 DEZEMBRO 2016

Lazer, serviços e digital ‘reinventam’ indústria do retalho Cresce o foco na relevância da oferta de serviços e de conveniência e sofisticação nos formatos de entretenimento e lazer Ao longo dos últimos anos, uma das maiores evoluções foi a transformação do centro comercial num local mais vocacionado para a fruição e convívio, evoluindo de um mero destino de compras para um local também de lazer, com espaços confortáveis, propícios à socialização e ao bem-estar. No futuro, a tendência é para que tal se mantenha, assim como a procura por soluções que reflitam os gostos e preferências dos consumidores, bem como, a evolução tecnológica, sempre com o foco em proporcionar a melhor experiência a de compras. “Atravessamos períodos de grande mudança: tecnológica, demográfica, urbanística e ambiental”, estando a Sonae Sierra a acompanhar esta evolução: “Encaramos estas mudanças como desafios e oportunidades para acompanhar esta revolução no retalho”. Assim, assiste-se à entrada de novos e diferentes formatos de retalho nos centros comerciais; cada vez mais lojistas integram o digital nas suas lojas e nos seus processos de promoção e venda; um foco crescente na relevância da oferta de serviços e de conveniência, acompanhado de uma maior sofisticação nos formatos de entretenimento e lazer, bem como, a evolução nos conceitos arquitetónicos que têm transformado os centros comerciais em espaços cada vez mais sofistica-

DR

Serviços como o BabyCare do centro Colombo, que incluem salas de amamentação, são cada vez mais exigências dos consumidores dos e atentos às características dos clientes atuais e às suas preocupações éticas e ambientais. Com a expansão para novas geografias e a presença cada vez maior num conjunto alargado de países via atividade de prestação de serviços, “as nossas equipas de market intelli-

gence e de inovação serão decisivas para analisar tendências e ajudarnos a repensar a nossa proposta de valor em cada mercado”.

Adaptação à era digital Em paralelo, a indústria do retalho atravessa uma fase de “integração

de dois ambientes: o digital e o espaço físico”. O retalho “está em constante transformação, por isso, a evolução dos comportamentos dos consumidores e o comércio eletrónico são oportunidades chave para a Sonae Sierra e para os seus lojistas”.

Mas esta evolução é acompanhada também da evolução tecnológica. “O digital é um caminho que temos vindo a explorar e que acreditamos será um imperativo para o sucesso dos centros comerciais do futuro, que deverão ter a capacidade de encontrar soluções integradas que possibilitem combinar as mais-valias da oferta no espaço físico com as potencialidades que as novas tecnologias oferecem”. O comércio eletrónico, bem como as diferentes plataformas digitais, são vistas como “oportunidades a utilizar como novos canais de comunicação para entrar em contacto com os consumidores e atraí-los” para os centros comerciais, através do envio de informação relevante e campanhas específicas. A estratégia envolve desde a criação de plataformas digitais que fazem a ponte entre o online um site ou uma aplicação) e o espaço físico (as lojas), a novos conceitos de retalho mais flexíveis que promovem negócios locais (muitos deles que nascem em ambientes digitais) ou serviços de apoio ao cliente através das redes sociais. Exemplo disso é o serviço WhatsApp: um projeto piloto lançado este ano no NorteShopping e no Centro Colombo que consiste num serviço de atendimento ao cliente via WhatsApp em tempo real para os clientes tirarem dúvidas e receberem informações na hora.

Um novo normal para o setor do retalho

Opinião Sandra Campos

N

unca antes se viveu um momento tão excitante para o setor do retalho como o que agora atravessamos. Uma disrupção sentida nos modelos mais tradicionais dá lugar à introdução de uma nova era que a todos os níveis se faz sentir. Com a

inovação vem incerteza, bem como grandes oportunidades. O acesso rápido e contínuo à informação, conjugado com as novas tecnologias e um consumidor cada vez mais informado, tem tido um tremendo impacto na forma como hoje se fazem negócios. A mensagem é clara: inovar ou morrer. A indústria de retalho exige como poucas outras, um conhecimento e adaptação contínuos das várias tipologias de consumidores sem menosprezar nenhum deles. O maior desafio está em responder com sucesso às necessidades de todos, retirar o maior proveito e satisfazer as suas necessidades. Prevê-se que até 2020 a chamada

Geração Millennials disponha de um orçamento para compras a rondar os 1,4 biliões de dólares. Subestimar este potencial levará ao suicídio. Já a Geração Z, para a qual não existe distinção entre o mundo offline e online, faz uso das lojas físicas para satisfazer a componente experiencial. É uma geração extraordinariamente informada sobre o produto que procura e sabe exatamente ao que vai e onde se dirigir. Contudo, independentemente da idade, persiste esta necessidade inata do ser humano de ver, tocar, sentir ou experimentar antes de realizar o ato de compra. E estas são as boas notícias para os formatos ditos de retalho convencional. É um regresso às

bases que se deverá reinventar todos os dias, onde o cliente terá que estar no centro de tudo; a excelência do produto, o serviço personalizado e uma experiência aprazível. Mas então o que o “novo normal”? É um mundo onde o retalho físico e o e-commerce é separado por uma barreira cada vez mais ténue, ocupando cada um deles um espaço de primordial importância no ato de compra. Por paradoxal que possa parecer, a necessidade de lojas físicas deverá estender-se a conceitos até agora exclusivos do mundo online. Cadeias como a Amazon e a Farfetch dão os primeiros passos nesta direção. É

uma forma dos produtos serem testados e potenciar a venda ao vivo numa comunicação direta com os clientes, dizem. Estamos então apenas perante uma mudança de atitude e necessidade dos consumidores, forçando os retalhistas a repensar e, em alguns casos, a reinventar o canal, o mix de produtos e as estratégias de serviços. As marcas continuarão a abrir as suas próprias lojas já que este formato goza de um inegável apelo na altura de contar a sua história de uma forma que nenhum outro canal o consegue fazer. Partner, diretora de retalho da Cushman & Wakefield


MAR SHOPPING ALGARVE

QUEM DISSE QUE NOS NEGÓCIOS NÃO HAVIA ESPAÇO PARA O LAZER? Aproveite esta oportunidade e faça parte do primeiro complexo do país composto por um centro comercial, uma loja IKEA, um Outlet e uma zona de lazer ao ar livre. Com cerca de 8.000 m2 de fontes, caminhos e inovadoras zonas para brincar e passear, esta área de lazer apresenta-se como um fator de atração único e diferenciador na região. Assim, o complexo comercial do Algarve será o local de convívio ideal para passar o tempo livre, tornando a experiência de compras perfeita, para toda a família. Mais que um destino de compras, é a nova referência no Algarve. Faça parte também.

Área Total de Comércio (Centro Comercial + Outlet + IKEA):

80.000 m2

Área de lazer: 8.000 m2 Estacionamento:

3.500

lugares

CONTACTE JÁ.

IKEA Centres Portugal, S.A. Av. Óscar Lopes, 570, 4450-745 Matosinhos Porto – Portugal Tlm.: +34 914 925 000

Email: iice.leasing.es@ikea.com


14 Resorts e Turismo IMOBILIÁRIO 7 DEZEMBRO 2016 DR

Alojamento local agrava preços do imobiliário Estudo da AHP aponta subida das rendas e valores de transação. ALP considera que setor tem pouca expressão Marc Barros e Fernanda Cerqueira O preço das rendas e o valor de transação dos imóveis subiu, respetivamente, 13,2% e 30,5%, devido à introdução do regime jurídico do Alojamento Local (criado pela Portaria nº 517/2008) e à alteração de 2014. Esta é uma das principais conclusões do estudo promovido pela AHP - Associação da Hotelaria de Portugal e desenvolvido pela NOVA SBE e a Faculdade de Direito da UNL, intitulado “Alojamento Local em Portugal – Qual o Fenómeno?”. A análise, que teve como objetivo mensurar e avaliar o impacto desta oferta no funcionamento do mercado nacional, permitiu também concluir que a reforma legislativa introduzida conduziu a um aumento exponencial no número de propriedades em regime de Alojamento Local e que os registos oficiais (RNAL) apresentam discrepâncias quando comparados com os registos nas plataformas digitais. Assim, o número de registos no Airbnb é aproximadamente 40% superior ao número de registos oficiais (RNAL) em Portugal. O mesmo estudo indica que algumas freguesias, sobretudo em Lisboa e Porto, têm uma percentagem

de imóveis de habitação dedicados ao Alojamento Local considerada “muito elevada”: 22% dos imóveis na Freguesia de Santa Maria Maior está registado no Airbnb, o mesmo acontece na Freguesia da Misericórdia com 18,5% e na freguesia de Santo António em Lisboa, assim como na União de freguesias Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória no Porto com 11,1% dos imóveis.

Novos operadores em cena O estudo permitiu ainda concluir que “o regime jurídico do alojamento local de 2014 não reflete as preocupações com a proteção dos condóminos”, nomeadamente “quando está em causa a afetação de frações autónomas à exploração de unidades de alojamento local, o que contribui para uma rutura com o regime jurídico da propriedade horizontal”. Esta situação “é particularmente sintomática quando se admite que uma fração autónoma possa ver o seu fim alterado de habitação para exploração turística, através do alojamento local, sem que os demais condóminos sejam chamados a aprovar essa alteração”. O documento divulgado pela AHP identifica uma nova categoria de agentes no mercado turístico que se

dedica à gestão de propriedades de alojamento local, “os quais surgiram no silêncio da lei e sem qualquer regulamentação, gerindo um número alargado de unidades, propriedade de terceiros”. Centro domina pedidos de novos hotéis

AL com pouca expressão Numa outra nota, o presidente da Associação Lisbonense de Proprietários, Menezes Leitão, sublinha a pouca expressão que o setor ainda apresenta, com “pouco mais de 35 mil alojamentos locais registados, concentrados maioritariamente nos centros históricos das cidades do Porto e de Lisboa”, acrescentando que “o alojamento local tem expressão sobretudo mediática, pelo seu impacto político e não, necessariamente, económico”. Recorde-se que o AL sofreu um agravamento da tributação no próximo ano, pelo que o coeficiente de tributação em sede de IRC passará de 4% para 35% do rendimento obtido nesta atividade. Em sede de IRS, passa a aplicar-se ao AL o mesmo regime fiscal a que está sujeito o arrendamento ‘normal’ (taxa autónoma de 28% sobre os rendimentos prediais obtidos ou, em alternativa, a taxa correspondente ao escalão de rendimentos do sujeito passivo caso este opte pelo englobamento). DR

Onze hotéis em análise no centro do Porto A Porto Vivo – Sociedade de Reabilitação Urbana da Baixa Portuense (SRU) está a apreciar onze pedidos de novos hotéis para a cidade. O aumento da procura do destino Porto pelos turistas tem impulsionado o alargamento da oferta de alojamento na cidade. Em apreciação estão três pedidos para a Avenida dos Aliados, um na Rua do Almada e outro que abarca o gaveto das ruas do Almada, Clérigos e da Praça da Liberdade. Os pedidos de novos estabelecimentos hoteleiros estendem-se às ruas do Bonjardim, Sampaio Bruno, São João, Flores, Ponte Nova, Rodrigues Sampaio, Infante D. Henrique, Loureiro e o Cais das Pedras. Desde 2014, a Porto Vivo – SRU aprovou “nove hotéis”, recorda Álvaro Santos, presidente daquela entidade. Em 2015 o Porto tinha na calha 30 pedidos de licenciamento para novos hotéis, em duas listagens que tramitam na Câmara Municipal do Porto e na Porto Vivo – SRU.

Porto regista números recorde

Alojamento local criou nova categoria de agentes no mercado turístico

Álvaro Santos sublinhou que a Invicta deverá ultrapassar em 2016 os números obtidos em 2014 e 2015, sendo que, até ao final dos primeiros nove meses deste ano, aquela entidade recebeu mais de mil requerimentos para intervenção e emitiu 120 alvarás de obra e 60 alvarás de utilização. Em paralelo, a Porto Vivo irá lançar em breve o concurso público internacional para concessão e exploração de uma residência de estudantes no Morro da Sé, com

101 Número de fogos licenciados pela Câmara Municipal do Porto nos primeiros seis meses deste ano

78

Na primeira metade do ano, foram emitidas licenças referentes a obras em edificado (reabilitação) para um total de 78 unidades residenciais 120 camas, bem como o concurso para arrendamento de 30 frações de habitação no mesmo local. Do total dos 101 fogos licenciados pela Câmara Municipal do Porto nos primeiros seis meses deste ano, 76% destinavam-se a reabilitação. Segundo dados da revista Confidencial Imobiliário, na primeira metade do ano, foram emitidas licenças referentes a obras em edificado (reabilitação) para um total de 78 unidades residenciais, face às 23 licenciadas em obras novas no mesmo período de tempo. No que diz respeito ao semestre anterior, a emissão de licenças para reabilitação cresceu significativamente segundo estes dados, sendo que no 2º semestre de 2013 tinham sido licenciados apenas 31 fogos para reabilitar.


IMOBILIÁRIO 7 DEZEMBRO 2016 Resorts e Turismo 15 DR

Desejos para 2017

Opinião Margarida Osório de Amorim Fernando Costal Carinhas

Q Quinta do Souto Covo terá sido visitada por Pablo Picasso

Turismo e luxo levam Engel & Völkers a expandir rede Mercado com potencial de valorização, impulsionado sobretudo por investidores estrangeiros A empresa alemã Engel & Völkers abriu duas novas agências em Portugal, em Sintra e Aveiro, dando continuidade ao plano de expansão que traçou para a Península Ibérica até 2018. Ambas as localizações integram zonas turísticas de excelência e um significativo potencial de crescimento no mercado imobiliário de luxo. A agência de Aveiro conta com 230 imóveis premium angariados para venda e 14 para arrendamento, num valor global que ronda os 97,5 milhões de euros. “Temos como objetivo duplicar as receitas operacionais em 2017, assim como o número de colaboradores. Ambicionamos ter agentes em cada um dos 19 concelhos do distrito de Aveiro”, afirma Márcio Bastos, license partner e diretor da Engel & Völkers de Aveiro, que conta atualmente com 13 colaboradores, dos quais 12 são consultores imobiliários. A agência de Sintra gere atualmente 86 propriedades premium (82 para venda e quatro para arrendamento) num valor global de 113 milhões de euros. Luís Pereira da Silva, license partner e diretor da Engel & Völkers de Sintra, encara o futuro do mercado imobiliário de luxo em Portugal com “otimismo moderado”. As metas de crescimento que traçou para o negócio espelham esse

sentimento: conquistar um portefólio de 100 imóveis, até final deste ano, e chegar aos 150 imóveis, em 2017, com um valor de carteira estimado de 120 e 180 milhões de euros, respetivamente.

Norte e centro em alta Portugal tem assistido, nos últimos anos, a uma mudança de paradigma na procura de propriedades de luxo, sobretudo por parte de clientes estrangeiros. As regiões do Algarve, Lisboa e Porto deixaram de ter o exclusivo dos imóveis premium e a procura estende-se agora a outras zonas do litoral do país. Em Aveiro “encontram-se propriedades luxuosas de grande qualidade a um preço muito atrativo, perspetivando-se que o mercado venha a crescer, através da maior procura dos estrangeiros”, afirma Márcio Bastos. Já em Sintra, “o mercado de imóveis de luxo tem potencial de valorização, mas esse efeito será impulsionado sobretudo por investidores estrangeiros. A classe média nacional, neste momento, não parece ser um fator de dinamização do mercado”, constata Luís Pereira da Silva. No portefólio da Engel & Völkers de Aveiro, o imóvel mais valioso localiza-se em São Jacinto. Tratase de uma moradia que está a ser

uando tudo está correr bem há uma tendência para não se fazer muitos desejos; fica-se na expectativa silenciosa, quase receosa, de que nada mude. Mas Portugal não tem nada a temer. No setor do turismo e do imobiliário está tudo a correr bem. Porque trabalhámos. Porque temos números, prémios, visibilidade e reconhecimento. Porque criámos regras para que o boom turístico e imobiliário não se tornasse num tique-taque explosivo. A reabilitação da figura do alojamento local permitiu ajustar a oferta à nova forma de viajar. Portugal antecipou a janela de oportunidade e não só abriu as portas da nossa casa ao turista, como – e ao mesmo tempo – permitiu que fizéssemos do hotel a

nossa casa. Com regulamentação própria, enquadramento fiscal e jurídico adequado e fiscalização enchemos de norte a sul - as nossas cidades de movimento. Com a regeneração da legislação do arrendamento urbano e a implementação de novos programas e incentivos fiscais e económicos favoráveis à reabilitação urbana e à captação de investimento, dinamizámos, de forma sustentada, o nosso mercado imobiliário. As ruas têm uma nova alma e edifícios renovados. Parece que o brilho do Natal veio para ficar. Chegamos, assim, ao final de 2016 com orgulho. Temos como mote para o ano de 2017 corrigir o que podia ter corrido melhor; distinguir o que é diferente; desburocratizar o que não precisa de papel; fiscalizar e controlar; e procurar novos desafios. Melhorar e inovar. Sermos outra vez descobridores. E este é o nosso maior desejo para o novo ano que se afigura vibrante, com novos desafios, com novos produtos imobiliários. Será um ano dos turistas, dos portugueses e, quem sabe, dos estudantes. Associada Coordenadora de PLMJ Imobiliário e Construção Associado de PLMJ Imobiliário e Construção

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comercializada por um valor de 3.894 euros/m². A agência é também responsável pela mediação de outras propriedades, como a Quinta do Souto Covo, com 16.000m², localizada em Castro Daire, que terá sido visitada várias vezes pelo pintor Pablo Picasso. Estão ainda incluídas a «Casa do Secretário», em Ovar, um imóvel bem idealizado, pertença de um conceituado jogador de futebol; a «Casa das Palmeiras», em São Jacinto, assinada pelo arquiteto Lopes da Costa, que oferece várias comodidades, como jacuzzi, spa, piscina, ginásio e home cinema; a; e a moradia «O mar como horizonte», em plena Serra da Boa Viagem, na Figueira da Foz, com vista-mar de 180º. No que diz respeito à Engel & Völkers de Sintra, destacam-se imóveis que foram testemunhas de quase todas as épocas da história portuguesa, como é o caso da Quinta do Relógio, da Quinta de São Cristóvão, do Chalet Mayer, de uma quinta senhorial do século XVIII em Rio de Mouro, do Palacete Casa Macedo e da Quinta da Capucha. A propriedade mais valiosa desta agência está inserida no Parque Natural SintraCascais, no complexo da Quinta da Penha Longa. Neste imóvel, o metro quadrado está avaliado em 7.024,11 euros, perfazendo um total de 3,5 milhões de euros.

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