Jen Frederick - Woodlands 04 - Unrequited PT

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EQUIPE PÉGASUS LANÇAMENTOS Tradução: Dom, Olis Revisão Inicial: Mayara Revisão Final: Argay Muriel Leitura Final e Formatação: Mila B. Verificação: Lola e Anna Azulzinha



SINOPSE O Sargento Gray Phillips de vinte e cinco anos de idade está em uma encruzilhada em sua vida: ficar no Corpo de Fuzileiros Navais ou sair e aprender a ser um civil? Ele tem 45 dias de licença para fazer a sua escolha, mas as pessoas em sua vida não estão fazendo a decisão mais fácil. Seu pai quer que ele saia; seu avô quer que ele fique. E seus sentimentos crescentes por Sam Anderson estão causando estragos com o seu coração... E sua mente. Ele acredita que os relacionamentos são arruinados quando um fuzileiro naval sai em missão. Então agora ele tem uma decisão ainda mais difícil de fazer: ter uma chance com Sam ou deixar o amor para trás e dar tudo de si para a Marinha. Samantha Anderson de vinte e dois anos de idade perdeu o marido para um IED no Afeganistão apenas dois meses depois de seus votos. Dois anos depois, Sam está cheia de remorsos: não se mudou com o marido para


Alaska; permitiu que seus amigos se afastassem; não tem tido muitas chances na vida. Agora, ela encontrou Gray e assumir um risco com este Fuzileiro poderia ser sua oportunidade de se sentir viva e apaixonada novamente. Mas como ela pode arriscar seu coração em outro militar que poderia compartilhar o mesmo destino trágico do seu marido?




CAPÍTULO UM Gray

— Tem certeza que não posso te dar uma carona, Sgto. Phillips? — A mulher de sessenta anos de idade, que sentei ao lado no avião, perguntou pela quinta vez. — Não, senhora. — Respondi prontamente. — Onde posso colocar isso para você? — Bem aqui está bem. — Ela apontou para um carrinho de bagagem. — Eu ficaria feliz em levá-los até o carro para você. — O carrinho pode ser fácil para ela manobrar, mas levantar a bagagem pesada sozinha em seu porta-malas? Não ia acontecer. — Meu filho está me pegando e eu prometo que não vou levantar uma coisa dessas. Olhei em volta com ceticismo, não vi ninguém, mas vi a minha própria carona. Eu dei a Bo Randolph um aceno com o queixo como reconhecimento, mas segurei a bagagem de mão que parecia que alguém vomitou flores por toda parte. — E aí, cara? — Bo bateu em meu punho em saudação e então me puxou para um abraço.


— Apenas tendo certeza que a Sra. Kremer chegue em seu carro com segurança. — Estamos esperando o meu filho, — ela adicionou. — E lá está ele. — O filho da Sra. Kremer parecia ser careca e quarentão. Um olhar para Bo e nós silenciosamente concordamos que apesar de seu filho aparecer, nós ainda os ajudaríamos. Mesmo diante de ambos os seus protestos, Bo e eu pegamos a bagagem e a colocamos na parte de trás do sedan de quatro portas. A Sra. Kremer nos deu um beijo, deixando para trás o cheiro de lilás e talco. — Sempre o bom samaritano. — Bo brincou quando nós caminhamos para a caixa que ele chamava de carro. — Você ajudou. Ele apenas balançou a cabeça. — Só porque eu teria parecido um bobo ali de pé enquanto você puxava a bagagem por aí. — Ela parecia frágil, — eu protestei. — Além disso, você e eu já carregamos muito mais peso em distâncias muito maiores. Suficiente sobre a mulher, vamos falar sobre o seu maldito carro. Será que a minha mala sequer caberá lá dentro? — Sim princesa, vai. Como é que você não pediu a Noah para buscá-lo se odeia tanto o meu bebê? — Ele apertou um botão e um espaço de bagagem apareceu na parte traseira do veículo. — Eu não queria fazer você chorar. Você é feio chorando. — Eu disse. E peguei o meu saco da marinha e o joguei no porta-malas, entrei encurvado no interior do carro ainda menor.


— Verdade isso? Sério? 45 dias? Como você conseguiu? — Como é que você acha? Eu tenho uma porra de sorte. — Assim, o honorável Dennis Phillips veio atrás? — Acho que sim. — Meu velho estava no Comitê de Serviços Armados da Câmara e puxou algumas cordas para conseguir uma dispensa especial para que eu tomasse quarenta e cinco dias consecutivos de licença, no início do verão. Só foi possível pelo fato de que tirei praticamente zero licença nos últimos seis anos e que possuo um histórico impecável, mas ainda era um grande negócio. Outros fuzileiros teriam matado para ter pelo menos a metade desses dias de folga no verão. Literalmente me esfaqueou no intestino. Eu me mexi no banco, que era estreito demais para os meus 1.85 m, 90 quilos. — Este carro é pequeno demais para você. — Eu gosto deles apertados. — Bo acariciou o painel de couro de seu carro esporte. — Dado que o seu pau é tão pequeno, não é de admirar que você precise deles pequenos. AnnMarie ainda é virgem, então? — O quê? — Ele empurrou a mão para trás e olhou para mim. — Sem falar em AnnMarie e sexo. Além disso, vi você olhando para o meu lixo em abundância enquanto estávamos na A-stan1. — Porque você o mostrava a cada cinco segundos. — Não é possível evitar que meu pau seja tão grande que as minhas calças reguladas não podiam mantê-lo.

1 Afeganistão


Eu balancei a cabeça, mas sabia que estava sorrindo como uma besta. — Senti sua falta, cara. — Eu também, — Bo disse, sorrindo de volta. — Quarenta e cinco dias vão desaparecer em um piscar de olhos. — Eu sei. — Meu sorriso diminuiu um pouco. Isto não era inteiramente

um

período

de

férias.

Minhas

ordens

exatas

do

congressista Phillips foram puxar a porra da minha cabeça para fora da minha bunda e assinar meus papéis de realistamento ou começar a aplicar para a faculdade. Ele queria que eu saísse e meu avô que ficasse. Eu me senti um pouco como um osso na disputa entre dois pits bulls irritados. Eu tinha oito anos sob o meu cinto, uma nova promoção meritória para o sargento que eu não tinha certeza que merecia e algumas dúvidas sérias sobre se ter uma carreira na Marinha, era a escolha certa para o meu futuro. Durante o Natal da nossa família, cometi o erro de mencionar que avaliar a execução do treinamento físico de todos, a "mãos de faca" não tinha muito significado - e papai havia se irritado. — Há muito espaço para você fora da Marinha, — ele disse. Então Pops adicionou. — A Marinha foi bom o suficiente para mim e bom o suficiente para você. Não há sentido em plantar dúvida na cabeça do menino, onde não havia nada antes. Cabo de força, os dois chegaram a uma de suas discussões acaloradas. Tendo dois Fuzileiros gritando um com o outro e tentando fazer o outro quebrar primeiro, resultou em mamãe deixando a mesa em


lágrimas e meus dois irmãos mais velhos olhando para mim. Eu queria afundar sob a toalha da mesa, mas desde que comecei, sentei lá e levei como o homem que, se supunha, ser. Desde então eu disse a Pops que meu compromisso era tão bom como sempre e a papai que pensaria sobre a faculdade. Quando Bo e Noah, dois ex-Fuzileiros do meu pelotão, me convidaram para passar a minha licença no seu sofá fino com um bando de meninas universitárias prontas, fugi antes que a gritaria pudesse começar de novo. — Você realmente está em um estado de confusão sobre a possibilidade de voltar a se realistar? — Perguntou Bo, a surpresa evidente em sua voz. — Fuzileiros não ficam confusos, — Eu zombei. — Ficamos com raiva. Também bêbados. Perdidos. Cansados. Nunca confusos, no entanto. — Qual deles é você? — Cansado. Eu tenho que cagar ou sair do pote. — É cagar, ficar ou sair? — Todos nós sabemos que realistamento é para os que não podem parar de usar todo o seu equipamento USMC fora da base, ter mais de uma tatuagem da Marinha e poder recitar o Hino da marinha de cor. — Então, você, essencialmente. Eu caí no banco e pressionei um polegar em meu templo. — É por isso que deveria sair antes de me tornar um daqueles Fuzileiros que todos zombavam quando estávamos abaixo do problema. — Qual é o problema real?


Eu pressionei com mais força. — O problema real? Vamos ver. Eu não assinei meus papéis de realistamento ainda, fazendo com que o capitão Billings chamasse meu pai, que então decidiu contar alegremente a Pops que ele perdeu. Eles gritaram. Mamãe chorou. Ah e minha ex está farejando novamente. — E era uma droga ser responsável pelas pessoas em vez de apenas o equipamento, mas não admito esse último em voz alta. — Faça o que puder para fazer a sua mãe parar de chorar, — Bo aconselhou. — Se mamãe não está feliz, ninguém vai estar feliz. — Talvez. — A triste verdade era que alguém ia ser infeliz. Porque eu me preocupava com todos eles, que merda. Com a esperança de mudar de assunto, eu disse: — Vocês, filhos da puta, melhor ter algo bom planejado para mim para todos estes dias. — Nós dissemos que você poderia vir ficar com a gente e sair, não que nós seríamos os diretores do cruzeiro. — Tudo o que quero saber é se AnnMarie e Grace estão trazendo algumas amigas solteiras. Eu sou um fuzileiro naval em licença. Preciso de um pouco de atenção especial. — A vizinha de AnnMarie tem uma coisa para caras, tenho certeza. — Sim. — Meu interesse foi despertado. Ambos Noah e Bo foram solteiros nos Fuzileiros e dois anos depois saíram. No minuto em que eles se mudaram para este lugar para irem para a Universidade Central, cada um se prendeu com tanta força a uma menina, que nem podiam se mover sem o outro sentir. Eu esperava que não fosse algo superficial. Não precisava ou queria esse tipo de complicação. Mas namoradas


quentes significavam amigas solteiras quentes e isso era tudo de bom pra mim. — Gostosa? Boa personalidade? O quê? — Ela é bi curiosa, de acordo com a AM. Eu gemi. — Desculpe. Gray não jogo dessa forma. E quanto a colega de quarto de AnnMarie? Lembro-me que ela tinha um rabo e corpo apertados. — Tomada. — Você conhece algumas mulheres solteiras? — Eu não sou um cafetão também. — Você é um merda. — Essa foi sua fantasia, não foi? — Como é que você acabou com uma peça tão elegante como AnnMarie? — Não sei, mas se você acabar com isso, eu teria que matá-lo. — Ele estava falando sério. Isso foi outra coisa que simplesmente não fazia mais sentido no meu mundo. Bo foi uma vez o maior caçador de saia no nosso pelotão. Não importava se a menina era grande, pequena, ou marciana, ele as pegava. Agora tudo o que podia falar era de uma garota. E se isso não colocasse a mente de um rapaz girando, eu não sabia o que faria. Me confundiu, porque tudo que eu sabia das mulheres era de que elas te traiam no segundo que estava de costas. Aprendi essa lição no início e essa namorada traidora foi a minha última. — Você descobriu meu plano maligno. Estou aqui para atrair a sua menina de volta para San Diego comigo. — Revirei os olhos. Ele sabia,


como todos os caras do meu pelotão, que eu não acreditava que um relacionamento com uma mulher jamais poderia sobreviver a missões repetidas ou a vinte e quatro meses de visita livre para Okinawa ou algum outro posto de serviço no exterior. — Você ainda acredita na coisa de sem-relacionamentos enquanto estiver? — Desta vez, foi Bo quem esteve revirando os olhos. — Não é uma coisa. É óbvio. Semper Fidelis2 apenas importa com assuntos dos Fuzileiros. Sinta-se livre para foder a namorada do seu irmão, irmã, mãe, desde que você é verdadeiro aos Fuzileiros. — O gosto amargo da infidelidade sempre sentou na parte de trás da minha língua, não importa quantas vezes eu tentei engoli-lo. — Isso é saudável. — Obrigado, Oprah. Eu vou deixar você saber quando precisar de mais conselhos sobre relacionamentos. — Basta apontar que as chances não são muito melhores fora dos Fuzileiros, se essa é uma das razões que você está pensando em não voltar a se alistar. — Noah tem que sofrer as suas reflexões Querida Abby? — Noah Jackson e Bo eram meu tipo de Fuzileiros. Eles lutaram duro e não reclamaram, mas eles sabiam como passar o tempo, quando não estavam ocupados tirando areia de nossas bundas. Noah foi o mais sério dos dois e eu pensei que ele teria feito uma carreira nos militares, mas suas ambições eram diferentes. Ele queria construir um império e você não podia fazer isso com um salário de 2 Sempre fiel


militar – não importa o quanto o combate lhe pagasse. Tínhamos ambos nos escritos para cada turnê possível que podíamos em todos os lugares mais perigosos. Minha ambição queimante foi ter tantas aventuras possíveis. Ao contrário de Noah, eu não tinha necessidade de possuir o mundo para ser feliz. Nos dias de hoje, embora... Eu não tivesse certeza do que precisava. Quando tinha dez anos, Pops me deu uma faca gravada com Semper Fidelis na lâmina. Ele se aposentou após 30 anos no Corpo de Fuzileiros e meu pai fez vinte. Mas nenhum dos meus dois irmãos mais velhos estavam interessados e por isso caiu para mim levar a cabo a tradição. Depois de anos de ouvir histórias sussurradas de bravura e honra e fraternidade, eu mal podia esperar para vestir o azul e as luvas brancas e levar essa maldita espada. Por ter me alistado durante o tempo de guerra, eu tinha que fazer coisas que tinham significado. Desde o levantamento de tropas, no entanto, que me senti... sem rumo, para usar um termo da Marinha, como se eu estivesse de pé na areia sempre mudando. As pessoas que eu conhecia há muito tempo estavam mudando. Tudo ao meu redor, eles foram se estabelecendo, escolhendo móveis e indo para os mercados de pulga nos fins de semana. Eles fizeram coisas de casais, como festas de casais e essas merdas e enquanto eu não queria ir a essas malditas coisas, me senti como se toda a gente estivesse se movendo e eu estivesse apenas preso, girando minhas rodas como se fosse alguma marmota estúpida que deve ser posta para fora da miséria. Eu não sei o que era, mas cada vez que fui para assinar os papéis de realistamento, não podia me forçar a fazê-lo. De um lado, tinha meu Pops e meu comandante, capitão Billings, me alertando sobre como o


espaço no barco estava diminuindo e que, mesmo para um fuzileiro naval exemplar como eu, poderia ser empurrado para fora, se não apressasse a minha bunda. Por outro lado, sentou-se o meu pai, que cantou uma música totalmente diferente – que eu deveria sair agora, enquanto ainda tinha tempo para ir à faculdade, encontrar um emprego, me acalmar. Em seguida, houve os homens em meu pelotão. Bons homens que colocam suas vidas em minhas mãos. Eu não estava apenas tendo certeza de que minha arma estava pronta, mas agora que a deles estava também e isso era uma responsabilidade que você não toma de ânimo leve. — Não, você sabe que Noah não fala a menos que seja absolutamente necessário, — disse Bo, respondendo a minha pergunta anterior. — Seu palácio de iogurte congelado é sempre recheado de estrogênio. Poderíamos passar e avaliar as mulheres lá. — Eu pensei que você tivesse dito que as únicas mulheres na loja de Noah eram uma bagunça de adolescentes e mães de futebol. — Então? Elas ainda são do sexo feminino. — Minhas escolhas são um urso pardo ou isca de puma? — Melhor ir em puma. Elas estão em seu auge sexual. Elas poderiam ensinar-lhe algumas coisas. — Vamos apenas ir para sua casa. — Ao chegar, puxei minha mala do porta-malas e segui Bo para a casa que dividia com Noah e três outros caras – uma completa com janelas de vidro do chão ao teto na parte traseira que dava para uma piscina. O tempo estava ótimo aqui. Eu sentiria falta da praia de San Diego, mas eu precisava fugir. Quanto


maior a distância que impusesse entre a base e eu, melhor me sentia. Logo em seguida, queria beber um pouco de cerveja, comer com os olhos algumas mulheres e relaxar. Um barulho alto como um tiro ecoou e eu imediatamente me abaixei de joelhos, jogando minha bolsa na minha frente. Olhei para Bo, mas ele estava encostado no balcão, chorando de tanto rir. — Eu sinto muito. — AnnMarie se inclinou sobre mim seu longo cabelo escuro quase tocando meu rosto. — Nós apenas abrimos o champanhe. Olhei em volta e vi um grupo de pessoas com rostos chocados e algumas meninas na frente, segurando um cartaz que dizia — Bemvindo, Grunt. — Um dos colegas de quarto de Bo (cujo nome eu não lembro) ficou congelado com a garrafa em questão, champanhe caindo como se estivesse mijando por todo o chão. Noah rompeu com o grupo e me puxou para os meus pés, porque Bo – o idiota – ainda estava rindo. — Desculpe, não estávamos pensando. — Noah tentou parecer arrependido, mas podia ver que ele estava lutando contra um grande sorriso imbecil também. A multidão se recuperou e ele começou a me apresentar ao redor. — Seus filhos da puta. — Eu ri, porque era engraçado. Você poderia tomar o grunhido de Fuzileiro fora da base, mas você não podia eliminar a reação dele para fogos próximos. — Se eu não soubesse melhor, pensaria que você planejou isso. — Bo teria tido que revistá-lo para se certificar de que tentaria revidar. — Noah balançou a cabeça. — Nós dois sabemos que ele teria gostado demais disso.


Uma pequena loira que foi parte da comissão da faixa murmurou algumas palavras que não peguei. Pensei que o nome dela era Alice ou Amy ou algo parecido. Eu tinha a conhecido antes, quando cheguei para um fim de semana para ver o local de Bo e Noah. — O que é isso, querida? — Eu tive que me dobrar para falar com ela. Alguns caras adoravam uma boa disparidade de altura. Eu preferia as mulheres mais altas. Mais fácil de fazer sexo em pé. — Vocês são todos tão maus uns com os outros. Noah nos fez escrever Grunt em sua faixa. — Ela colocou o lábio inferior para fora, o que poderia ter sido um convite para fazer alguma coisa, embora eu não tivesse certeza do quê. — Grunt é uma coisa boa para a Marinha. Você tem que passar pela escola de infantaria, caso contrário, você está na parte de trás, com o trem, — expliquei. Depois de oito anos de ser recrutado, passei a maior parte do meu tempo com outros fuzileiros ou esposas e namoradas de Fuzileiros. Eu não amo explicar as coisas para os civis, mas parte da razão por que viria aqui para ver Bo e Noah no CentroOeste foi ficar longe das pessoas militares, limpar a minha cabeça e chegar a um plano de vida. Deus, eu soei como Dr. Phil. — O que é a escola de infantaria? Eu reinei na minha paciência e comecei a explicar quando Grace veio e me resgatou. — Amy, — disse Grace. — Deixe o bonito fuzileiro em paz. Seu copo está vazio e você sabe como os caras ficam quando seu copo está vazio. — Eles ficam com sede? — Perguntou Amy.


Eu meio que queria ouvir a resposta de Grace, mas seus olhos estavam me dizendo em silêncio para ir enquanto era bom. Fugi para o grupo na piscina, que incluiu a namorada de Bo. — AnnMarie, você tem alguma amiga bonita solteira e disponível para mim? — Sinceramente, eu planejava manter minhas calças fechadas todo o tempo que estivesse aqui, mas percebi que as pessoas me esperavam para estar com tesão e não gostava de decepcionar ninguém. — Há um monte de mulheres solteiras aqui. — Ela acenou com a mão para a multidão cada vez maior. — Realizamos essa festa apenas para você. — Eu aprecio isso, mas só estou aqui por um tempo curto. Escolha uma para mim. Eu quero usar o meu tempo com sabedoria. — Oh não, não a palestra ―por quê uma noite só de sexo não faz bom sexo‖. — Bo gemeu. — O que é isso? — Perguntou ela. — Ignore-o. Bo não gosta de nada que requer pensamento, — eu disse. — Ele é realmente muito inteligente. — Ela olhou adoravelmente irritada por eu dizer algo de ruim sobre seu cara. Enquanto eu gostava de dar merda a ambos os meus amigos, estava feliz que Bo estivesse com alguém que o defendia tão ferozmente. Eu meio que queria isso. Algum dia. Como em dez anos, disse a mim mesmo. — Eu posso ver que você ainda está nos estágios iniciais de uma paixão forte, — Eu brinquei, perguntando quanto tempo levaria para


que Bo levasse AnnMarie para fora para ter um pouco de sexo quente sujo que teríamos todos ouvindo, porque esta casa, tão boa como era, não era à prova de som o suficiente. Eu aprendi isso da última vez que vim para visitar. Os caras nesta casa apreciavam as senhoras, muitas vezes e em voz alta. — Eu quero ouvir essa teoria, — disse AnnMarie. Bo caiu para trás e soltou um enorme suspiro teatral. — Agora vai demorar. Ela colocou a mão sobre sua boca. — Comece a falar. Ele deve ter lhe lambido a mão, porque ela puxou-a com um grito e limpou a palma da mão em sua camisa, dando a Bo um olhar sujo. Sim, era oficial. Eu estava com ciúmes de um dos meus amigos mais antigos, devido à relação fácil que ele tinha com sua namorada. Talvez vir aqui tenha sido um erro. Forcei meu olhar para longe do casal feliz e para a multidão crescente. Havia um monte de mulheres lindas aqui e muitas delas estavam me olhando como se eu fosse de um grau superior de costela em um buffet de tudo que você puder comer. Eu seria um tolo de não tirar proveito de uma oferta dessas. Virei-me para AnnMarie para explicar minha teoria. — Não é que essas ficadas não são boas, mas é como a diferença entre uma boa música e um show incrível. Um deles é um interlúdio de três minutos. O outro é um evento. Quanto melhor você conhecer o seu parceiro, melhor o sexo é. — Meus olhos pesquisaram a mistura eclética


de estudantes, trabalhadores da construção civil, músicos e ratos de academia que compunham os novos amigos de meus velhos amigos. Se eu fosse ficar, não iria querer qualquer um para formar uma aproximação. Meu tempo aqui era temporário, depois de tudo. — Talvez para você é de três minutos. — Bo sorriu. — O que seja. Você não pode me dizer que não é melhor com AnnMarie do que com outra pessoa. — Eu era virgem quando conheci AnnMarie, — disse Bo altivamente. AnnMarie apenas revirou os olhos. — Além disso, só porque AnnMarie conhece uma menina, não significa que ela conhece seu histórico médico. — Por que você precisa disso? — Ela arqueou uma sobrancelha para mim. — Eu sou apenas cuidadoso — respondi. Eu não queria ir para a história longa, sórdida sobre quando eu quase fui pego por uma grave DST devido a uma namorada traidora. Eu saí limpo, graças a Deus, mas foi por um triz. — Além disso, ela tem que estar na profissão médica, — acrescentou Bo. — Jesus, ela não tem. — Eu teria que levá-lo para o chão porque ele esqueceu o tipo de porrada que eu podia dar. — Suas últimas três ―companheiras‖ estavam no campo da saúde. — Bo levantou os dedos. Peguei um par e torci-os quando ele tentou me bater com o outro punho. AnnMarie pegou para ele e ele diminuiu. Ainda assim, sua carranca foi dirigida a mim.


— Eu não vou te apresentar a qualquer uma das minhas amigas, se você está namorando alguém! — Ela disse com desgosto. — Eu não estou vendo ninguém, — assegurei-lhe. — Não estou no bar do compromisso. — Por que isso? — Esta foi uma pergunta de Adam, o que estalou a rolha de champanhe. Ele tinha mais tatuagens do que alguns dos caras que eu servi. Eu acho que foi com seu estilo de vida de banda de rock. — Segurança, — eu disse. — São muitas chances de colocar o pau no louco? — Outro colega de quarto perguntou. Foi Finn desta vez, o cara que, na verdade, possuía esta casa. — De jeito nenhum. Louco é impressionante. Louco na cabeça; louca na cama, — disse Adam. Eu balancei a cabeça. — Não. Doenças. Sustos de gravidez. — Camisinha, homem. — Adam inclinou a cabeça para trás e esvaziou a cerveja. Eu esperei até que ele terminou para conferir um certo sentido muito necessário. Era a mesma dica que dei para os novos recrutas. — Você ainda pode obter herpes em seu saco. Adam olhou para o seu colo e assim fez quase todos os caras dentro da distância de audição. Um por um, todos eles se levantaram e saíram. Presumivelmente para ir olhar para as bolas. Bo me deu uma cotovelada e me cumprimentou com os punhos. Os civis, fuzileiros navais – eles eram todos iguais em alguns aspectos.


Grace veio vagando para fora e sentou-se ao lado de nós. — Onde estão todos? — Verificando as suas bolas, — disse AnnMarie. Sua entrega seca fez Bo e eu quebrar de novo, enquanto Noah olhava com um sorriso.

D

epois de Adam ter se convencido de que suas bolas estavam em bom estado de saúde, ele me mostrou onde eu ficaria para as poucas semanas

que estaria aqui. — Você tem certeza que não estou atrapalhando ou algo assim? — Joguei minha mochila marítima e mochila perto da porta no caso de Adam ter mudado de ideia sobre deixar-me usar seu quarto. O lugar era muito limpo por ser o quarto de um músico de vinte e cinco anos de idade, que vivia com outros quatro rapazes. Não militares. Houve merda em todos os lugares, como duas guitarras no canto e uma confusão de pulseiras, anéis de prata tecidos pesados, palhetas de guitarra e o que pareciam ser quatro ou cinco diferentes pares de fones de ouvido em uma cômoda. Mas não havia nenhuma caixa de pizza vazia no chão ou cervejas meia cheia na mesa de cabeceira. Em vez disso, parecia o quarto de um cara que viveu sua música. — Não, eu estou indo para o beliche na garagem. É onde a maioria dos meus instrumentos está de qualquer maneira. — Adam foi até a


cômoda e empurrou tudo fora da gaveta do topo e da gaveta debaixo – presumivelmente limpando espaço para minha merda. — Este é o banheiro. — Adam abriu a porta que eu pensava que era um armário. Dentro havia um banheiro de tamanho decente com um chuveiro, um vaso sanitário e uma pia e uma outra porta. — Closet lá. Eu tentei limpar um pouco de espaço para você. — O armário parecia uma fábrica de denim. Havia dezenas de calças jeans empilhadas em prateleiras personalizados e outro conjunto completo de prateleiras com uma quantidade profana de botas e sapatos. — Não quero ser ofensivo, homem, mas você tem mais roupas e sapatos do que qualquer cara que já conheci. Adam deu de ombros negligentemente. — Eu gosto de roupas. Então me processe. — Eu só vou deixar as minhas coisas na bolsa. — Não me sentia confortável colocando minhas roupas ao lado das de Adam. Eu estava aqui apenas por um curto tempo e tinha muita prática vivendo fora da minha mochila. — Sua decisão, — disse Adam. — Use o que você quiser. A equipe de limpeza vem às quartas-feiras as três. Estamos todos tentando sair daqui e deixá-los sozinhos. — Ele fez uma pausa, olhou ao redor do quarto novamente e então me deu um outro encolher de ombros. A equipe de limpeza explicou o estado decente do quarto. O encolher de ombros, no entanto, foi estranho, mas deixei passar sem comentário, porque não era da minha conta. Se Adam tivesse sido do meu pelotão, provavelmente teria que fazer perguntas curiosas para me certificar de que ele não era tão fodido com a sua vida pessoal que isso


afetaria seu desempenho nos Fuzileiros. Mas ele não estava, então fechei minha boca, lavando a sujeira das viagens e encolhi os ombros em uma camisa fresca, bermudas cargo e sandálias. Lá embaixo, a festa parecia estar em pleno andamento, com pessoas espalhadas pelo pátio externo e alguns jogando mal um jogo de ação em primeira pessoa na tela grande na sala de estar. — Você permite que essas atrocidades ocorram sem castigo? — Perguntei a Bo, que estava encostado na parede fazendo caretas quando os jogadores de videogame perderam tiros de matar. — Eu não os conheço, mas podemos enterrá-los na piscina mais tarde. — Esta é apenas uma ocorrência diária normal aqui? — Acenei para a massa de pessoas que se deslocavam dentro e fora da casa em direção ao pátio para trás e para a piscina. O olhar de Bo viajou ao redor da sala, parando em AnnMarie conversando animadamente com uma garota que eu não conhecia. Eu tive que empurrar Bo fora de qualquer fantasia que ele estava inventando. Ele pulou um pouco e depois me deu um soco no braço. — Que porra é essa? — Eu disse, socando-o de volta. — Eu estava tendo um momento. — Ele fez uma careta. Como se ele não tivesse tido um momento antes, quando arrastou AnnMarie longe da piscina por algum tempo privado. — Deixe-a sozinha por um minuto e talvez ela vá sentir sua falta, — retruquei. Isso irritou Bo e logo estávamos lutando no chão de madeira dura. Ele me marcou duas vezes no ouvido. Bo tinha grandes


punhos, mas seu corpo maior também tornou mais fácil de manobrar em torno dele. Eu consegui um estrangulamento em seu pescoço e estava puxando sua cabeça para longe de seus ombros quando um enorme fluxo de água fria bateu no meu rosto. — Filho da puta, o quê? — Eu gritei, soltando Bo. AnnMarie ficou lá com um pote vazio, parecendo exasperada e divertida. — Vocês estão agindo como se tivessem, cinco anos. — Ela bateu o pé perto da minha cabeça. — Não, eu ainda estava lutando assim quando tinha quinze anos. — Eu sorri, me levantando e puxando-a para um abraço. Eu pressionei meu corpo molhado contra o dela por todo um segundo antes de Bo me puxar para fora. Ele e Noah me pegaram e começaram a me jogar na piscina. Tirei meus sapatos e removi minha camisa e calções, jogando todo o lote no deck da piscina. — Mantenha sua calcinha, — Bo gritou enquanto minha roupa atingiu o concreto. — Não se preocupe, cara, não vou constrangê-lo, mostrando o meu pacote para todas as meninas aqui. — Ninguém quer ver sua bunda branca pastosa. — Eu acho que você está com mais medo que AnnMarie vai ver o meu gigante pau e deixá-lo. — Previsivelmente, Bo pulou na piscina. Começamos tentando afogar um ao outro, mas eu tinha muito treinamento para isso.


A entrada de Bo na piscina levou o resto da multidão a entrar e logo eu estava muito interessado em todos os doces em torno de mim para querer lutar com Bo. Noah me jogou um par de calções de banho, e eu mudei sob a água. Nós jogamos jogos de piscina até que estava com muita fome para me distrair com todos os biquínis na água comigo. — Você realmente sabe como pressionar os botões de Bo, — AnnMarie comentou quando peguei um sanduíche e devorei-o em três mordidas. — Quando você passar alguns anos preso ao lado de um cara 24/7, você começa a conhecê-lo muito bem, —expliquei. Ela me entregou um refrigerante e eu drenei também. — Será que você odeia? É por isso que você quer sair? — Perguntou ela, bebericando sua bebida. Eu fiz outro sanduíche antes de responder. Parte de mim se ressentia da pergunta, mas é por isso que estava aqui e acho que todo mundo sabia disso. Respondendo suas perguntas poderia ajudar a resolver a confusão na minha própria mente. — Todo mundo diz que você não sente falta do serviço, você sente falta dos homens que serviram com você. Então, não, eu não quero sair, porque vi demais seus homens no deserto. — Quando você está implantado, está sempre ocupado fazendo alguma coisa e sente como se estivesse fazendo algo de valor. Se está indo para procurar insurgentes ou distribuindo ajuda. Em casa, alguns caras

começam

a

fazer

o

dever

de

embaixada

ou

atribuições

presidenciais, mas muitos de nós permanecemos na base. Quando você está na base, você treina, mas não se sente tão...


Fiz uma pausa, sem saber a palavra que estava procurando. — Importante? — Eu ainda não sabia o que estava fazendo me sentir fora. — Meu Pops – avô – diz que as razões para sair sempre superam as razões para ficar. — Eu coloquei o meu sanduíche para baixo, meu apetite meio que desaparecido. — Parece difícil. — AnnMarie fez um som de simpatia e dei-lhe um sorriso em troca. — Tipo de um infortúnio de uma discussão para um dia tão bom. Ela me deu um tapinha no braço. — Não, não é um infortúnio em tudo. Ela estava mentindo, mas nós dois deixamos por isso mesmo. Se eu soubesse as respostas às perguntas de AnnMarie, então não estaria aqui, estaria no ensolarado sul da Califórnia com os meus amigos na praia. Peguei meu sanduíche de novo, porque não podia deixá-lo ir para o lixo. Eu comi a coisa toda metodicamente, sem gostar. Eu estava com medo de que não importa qual decisão que tomasse – sair ou ficar – seria a errada. — Como é que você se refere à Bo e Noah como Fuzileiros mesmo que estejam fora do militar por um par de anos agora? — Perguntou AnnMarie. — Uma vez um fuzileiro naval, sempre um fuzileiro naval, — expliquei. — É a mais velha, melhor fraternidade que existe. Eu poderia estar em qualquer lugar e se gritasse Fuzileiro em apuros, eu teria todos os fuzileiros na sala me dando uma mão. É uma fraternidade como nenhuma outra.


— Parece que você ama. — As sobrancelhas foram levantadas no desafio. — Sim, acho que eu amo. — Suspirei. Eu amava meus irmãos. Eles seriam a coisa que mais sentiria falta nos Fuzileiros, mas também gostaria de perder o senso de propósito e a ideia de que eu estava envolvido em algo maior do que eu. Felizmente, não era permitido mais tempo para o meu dilema mexer com a minha cabeça porque Bo aproximou-se de mim com o sorriso gordo que ele usava quando estava prestes a deixar todos nós em apuros. — Quer ir para um bar? — E sobre tudo isso? — Eu balancei a cabeça em direção à multidão. — Mal vai ficar aqui. — Mal era outro companheiro de quarto. Eu dei de ombros. Festa aqui, bar lá. Não fez diferença. — Eu vou confiar que você tem coisas boas previstas para mim. — Não duvide, — disse ele, me dando um tapa nas costas.


CAPÍTULO DOIS

Samantha

Eu senti como se usasse uma letra escarlate. Não ―A‖ para o adúltero, mas ―V‖ para a viúva. Pensei que o momento decisivo da minha vida iria ser quando me casei ou talvez quando eu tivesse filhos. Em vez disso, veio dois meses depois do casamento, quando a ―equipe de acidente‖ apareceu na minha porta, expressando os arrependimentos dolorosos do secretário do exército. Eu duvidava que o secretário do exército soubesse quem era o meu marido de dezenove anos de idade e duvidava seriamente dos arrependimentos tristes. Minha reação não foi muito graciosa. A verdadeira esposa de Exército teria ficado lá estoicamente enquanto os dois homens do Exército em seus uniformes de serviço classe ―A‖ sombriamente entregaram a notícia na porta do meu condomínio. Minha resposta foi primeiro gritar com eles, seguido de um colapso deselegante no chão e, finalmente, vomitando ranho por todo os casacos de lã. Bitsy, minha irmã, tentou me animar meses mais tarde, lendo artigos na Internet de todas as outras maneiras que eu poderia ter me envergonhado.


— Pelo menos você não esfaqueou alguém ou tentou queimar a si mesma. — Ressaltou. Eu não questionei a veracidade desses relatórios, porque realmente me fez sentir melhor que havia um punhado de pessoas que receberam a notícia pior do que eu. No

funeral,

o

capelão

segurou

minha

mão,

murmurando

repetidamente. — Você é tão jovem. — Esse foi o refrão da minha vida agora. Samantha Anderson, a viúva tão jovem. Ouvia em todos os lugares. No supermercado, na biblioteca e até mesmo no estúpido bar onde eu trabalhava. Parecia que as pessoas na minha vida, colocaram-se em dois campos gerais. Lá estava o acampamento, que incluiu a minha família, que estava pronta para eu seguir em frente a partir da morte do meu melhor amigo, único amante e marido de dois meses. O outro campo queria me consagrar como a viúva de Will Anderson para sempre. Eu não tinha certeza de qual campo caí, mas sabia que estava sozinha. Estava cansada de ser uma viúva e estava cansada de servir mesas para ganhar a vida e estava cansada de ter que servir como avatar de Will para a família que deixou para trás. Eu acho que estava no campo cansado e solitário. Mas coloquei esse sentimento de lado hoje para aguentar o meu almoço mensal com os pais de Will – David e Carolyn. Às vezes meu cunhado Tucker mostrava-se, mas mais frequentemente, era só eu. Ontem à noite, Tucker chamou e explicou fervorosamente que ele simplesmente não estava a fim este mês de novo. Sua incapacidade de ter qualquer tipo de investimento emocional em sua família era irritante


na maioria dos dias, mas foi enfurecedor em dias como hoje. Quando olhei para a frente para o almoço mensal. — Estou tão feliz que você veio hoje, Sam. — A mãe de Will acariciou minha mão. Isso fez com que uma de nós esteja. Foi uma refeição tensa, o que com Carolyn bebendo seu almoço, David criticando-a por isso e ambos se perguntando o que eu estava fazendo para preservar a memória do Will. A ligeira dor nas minhas têmporas que estava cantarolando na parte de trás da minha cabeça quando acordei estava se espalhando por toda a superfície do meu crânio e face. Eu levantei a mão trêmula ao meu templo, em um esforço para aliviar a dor. — Você já se inscreveu para as aulas este Outono, querida? — Carolyn me entregou o prato de manteiga. — Eu me inscrevi. Eu estou tomando 18 horas. Carolyn estalou a língua. — Isso soa excessivamente ambicioso. Will não queria que você trabalhasse tão duro. Eu deslizei um montão de manteiga na forma de uma flor no meu prato de pão e engoli um suspiro. — Inteligente para tentar pegar o tempo perdido, — exclamou David. — Uma vez que o seu pai possui mensalidades grátis, você pode tomar quantos créditos possíveis. — Se Carolyn tivesse dito que o céu estava azul, eu juro que David teria dito a ela que era verde. Mamãe disse que David foi um grande parceiro de lei, mas um péssimo parceiro de vida. Sorte para mamãe que ela ficou com David como um parceiro de lei. Foi Carolyn que teve que viver com ele todos os dias. Ele


continuou. — Se você fizer dezoito horas de crédito a cada semestre e, pelo menos, doze no verão, você estará na faculdade de direito em dois anos. Você tem um ano inteiro com o seu cinto antes de sair pela primeira vez. Eu dei a David um sorriso tenso. Ele não resistia dar um de seus golpes sempre que via uma abertura. — Vamos apenas dar um semestre de cada vez. — Você deve começar a planejar agora quais pré-requisitos que você precisa para obter o seu diploma e quando é o melhor momento para você tomar essas classes. — David passou manteiga em seu próprio pão, em seguida, apontou a faca de manteiga para mim. — Caso contrário, você estará presa esperando um semestre adicional tentando terminar o seu grau. Não há necessidade de perder mais tempo. Afinal, não foi para ir a faculdade, a razão que você ficou ali em vez de se mudar para o Alasca? Sim, David, enfie a faca mais profundo. Torça-a ao redor. Eu não acho que você causou dor suficiente ainda. — Will seria tão orgulhoso, — acrescentou Carolyn. Eu lutei contra uma careta. Ele não ficaria orgulhoso. Ele odiava a escola. Por que mais ele fugiu para o Exército assim que saiu da escola? Que outra razão havia para gastar mais e mais tempo no ROTC3 durante o ensino médio, trabalhando em furadeiras nos fins de semana? Foi porque ele não podia suportar a escola. E ele não queria ser um advogado como seu pai. Como a minha mãe. 3 Reserve Officers' Training Corps – Corpo de Treinamento de Reservas Oficiais


— Vai ser bom finalmente ter um de vocês, crianças entrando na empresa. — Carolyn sorriu para mim. — Se eu não fizer isso, — Eu objeto, — então Bitsy com certeza vai. — Bitsy é inteligente, mas ela só tem quinze anos. Vão ser oito, ou nove anos antes que ela possa entrar. Você pode estar lá em cinco, talvez até quatro, se você se aplicar. — David acenou com a faca para mim novamente. A probabilidade de alguém terminar a faculdade e escola de direito em quatro anos era tão baixo que não estava indo responder. Não que isso importasse para David. Ele poderia argumentar ambos os lados de um assunto por horas a fio. Acho que ele era um grande advogado, mas era um pai de merda. Motivo dois por Will ter fugido daqui antes que o último sino do ensino médio tivesse tocado. David deve ter reconhecido o ridículo da sua declaração, porque ele largou a faca e se aproximou de mim. — Nós estamos apenas ansiosos por ter alguns jovens advogados de modo que sua mãe e eu podemos ter algum tempo fora da empresa. Carolyn inclinou-se do outro lado e eu me senti como se estivessem espremendo-me como um limão. — Sim, querida. David continua me prometendo aquele cruzeiro no rio Áustria e não podemos fazer isso se Anderson e Miller não têm associados. Will teria dito que você contrate alguns então e parasse de viver suas fantasias através de seus filhos. Mamãe me disse que eu não tinha que me sentar através destes almoços ou todos os outros dias


marcantes da vida de Will com Carolyn, mas se não eu, então quem? Tucker, quem abandonou eventos familiares há muito tempo, apareceu apenas no Natal e, então, apenas por algumas horas. Ele se recusou a jogar os jogos de Carolyn, como dizia. Mas a dor não era um jogo. Meu conselheiro me disse que todos ficavam de luto no seu próprio tempo e à sua maneira. Quem era eu para dizer que Carolyn estava de alguma forma errada só porque criou mais dor para os outros ao seu redor? Will amou a sua mãe e eu simplesmente não podia abandoná-la. — Eu vou chegar lá, —disse. Isso foi adequadamente vago. Eu concordei em voltar para a faculdade, mas não estava totalmente comprando para me tornar o legado que David e minha mãe estavam procurando. Bem, na maioria David. Mamãe tinha Bitsy. E David? Ele tinha Tucker, que deveria ter entrado na empresa um par de anos atrás, mas fugiu para se tornar um tatuador. — Eu vou ficar bem, embora, — eu assegurei Carolyn. — Após este verão, não trabalharei no bar mais. Só classes. A menção do bar trouxe uma careta desapontada ao rosto de Carolyn, os lábios franzidos se achatando. Carolyn pensava que servir no bar era muito baixa classe, mas não tinha certeza de que dobrar camisas na Gap fosse uma ocupação mais honrosa. — O que você vai estudar, então? — David perguntou. — Eu acho que literatura seria uma boa base para uma licenciatura em Direito. Mais uma vez David não precisava de uma resposta. Ele adorava o som de sua própria voz e foi apenas o melhor permitir que vagasse sobre os diferentes cursos que poderia tomar para me preparar para ser a melhor advogada de sempre.


— Will teria amado este lugar, — disse Carolyn entre cocktails. Eu balancei a cabeça, mas interiormente discordei novamente. Era como se a visão de Carolyn de Will fosse transformada no que ela pensou que Will deveria ter sido em vez de quem ele era. A comida não era mesmo tão boa, mas Carolyn sentia como se Will merecia este restaurante agradável. Como se ele estivesse mantendo um cartão de pontuação em sua vida após a morte de como nós marcamos sua passagem. Dois anos. Passados em um restaurante de duas estrelas Michelin, cinco cocktails. Vinte kleenexes, a dedução por falta de choro da esposa. C+. E o almoço balançou a diante. Olhei para o relógio e, em seguida, o garçom. Por favor, traga o prato principal, eu implorei silenciosamente, mas ele desviou o olhar. Exausta depois de almoço com os Andersons, não estava preparada para enfrentar a mesma pergunta que Mark, o gerente, levou a me perguntar a cada vez que andei através da porta. — Você está bem para trabalhar no bar? — Ele nunca olhou para mim quando perguntava. O piso, o bar superior, o palco onde a banda ao vivo tocava, todas seguravam mais interesses, mas normalmente eu teria meu rosto colado no trabalho, aquele com o sorriso falso e atitude feliz-de-estar-aqui. Desde que tive o episódio, Mark estava agindo estranho em torno de mim. Aparentemente, se você começar a soluçar apenas uma vez, enquanto salga um copo de margarita, você está marcado como um funcionário difícil, mesmo se você apareceu na hora certa, não tentou configurar encontros com os ratos de bar e se deu bem com a equipe.


Mark deveria ter me cortado alguma folga. Os dias em torno do aniversário da morte de Will eram sempre os piores. Um repórter de jornal me contatou querendo saber se ele poderia me entrevistar para uma retrospectiva de dois anos sobre a guerra que não era uma guerra mais. Passo. Eu ainda estava sofrendo os resultados da cobertura semparar que tinha coberto a cidade pela primeira vez desde que Will morreu. Todos os anos, eles tentavam matá-lo novamente. Ou, pelo menos, nos fazia sofrer com a sua morte novamente através de relatórios sobre mim, sua família e apagando a promessa de sua jovem vida. Não ajudava que uma fotografia de sua mãe e eu no funeral de Will virou viral. Unimos as mãos sobre a bandeira que me foi dada pela Guarda de Honra do Exército durante o serviço. Duas gerações de mulheres tristes capturadas em uma foto. Pornô de tristeza, Bitsy chamou. Apenas olhar para a foto fazia corações doer. Eu me tornei a menina que ficou viúva antes de seu vigésimo aniversário. Então, não, eu não queria relembrar aos meios de comunicação sobre a forma como o meu marido de dezenove anos de idade foi morto por uma bomba caseira ou comentar sobre a crescente epidemia de jovens viúvas. Eu desliguei na cara dele antes que ele terminasse sua pergunta. Mas desde a chamada de telefone em fevereiro e meu colapso subsequente no bar, Mark esteve desconfortável em torno de mim, olhando-me como se fosse muito instável emocionalmente para contornar os seres humanos normais. Mas a minha persona de bar era muito boa, pensei. Eu fingia ser feliz, fazia piadas adequadas e flertava com a minha co-bartender Eve, porque não poderia flertar com os homens no bar. Eu mesmo passei


máscara e pintei meus lábios de vermelho escuro para que não parecesse uma menina triste que perdeu seu marido antes de completar vinte anos. Eu não era o membro mais bonito da equipe, mas não estava indo embaraçar o proprietário do Gatsby também. — Você acha que vai ficar bem? — Mark pressionou, passando de pé para pé. Será que ele não cansa dessa questão? Nos dias e semanas que se seguiram a meu colapso, entendi por que ele pediu. Quando comecei a chorar, realmente provocou uma reação em cadeia e em seguida, o bar limpou porque era muito deprimente. Eu temo que tenha sido uma noite ruim de recibos de Mark, mas trazendo-o para cada vez que vim para o trabalho parecia um pouco excessivo. — Eu não estou de TPM se é isso que você está perguntando. — Decidi fingir que não tinha ideia do que ele estava falando. — Okay. — Mark levantou as mãos e se afastou num acesso de raiva. Em uma disputa entre quais temas fossem menos desconfortáveis — o período de uma menina ou a morte do marido de uma menina – eu acho que falar do período venceu. Acabei limpando o bar superior e guardando os copos. Mark voltaria. Ele só queria sacudir a visão horrível que coloquei em sua cabeça. Sorri um pouco maldosamente para mim mesma. Talvez ele associasse períodos com a morte e de agora em diante, nunca traria qualquer assunto novamente. Mark vagou de volta quando guardei o último copo. — Eu estou colocando você no bar ao ar livre. Você e Eve. — Dez quatro. — Eu dei-lhe uma saudação. Eve era uma boa bartender; ela foi capaz de flertar apenas o suficiente para fazer os caras se sentirem bonitos e fortes sem ir tão longe sobre a linha que o


namorado dela, um segurança aqui, sentir-se ameaçado. Trabalhar no bar significava que poderia me concentrar em um zumbido constante de atividade, em vez de como me sentia sozinha o tempo todo. — Deixe-me saber se você tiver qualquer problema. — Mark segurou a parte articulada do bar superior quando deslizei. — E depois? — Perguntei. Quando Mark apenas deu de ombros, lhe dei um tapinha em seu bíceps. Ele quis dizer bem, eu suponho. A banda era boa e era uma noite maravilhosa, por isso o bar do pátio ficou movimentado a partir das oito, naquela noite. Nossos uniformes de shorts pretos curtos e apertadas camisetas brancas que constantemente se molhavam garantiu que a multidão do bar ficasse cheia em todos os momentos. Eve e eu passamos a usar tops debaixo dos nossos tops Gatsby para evitar dar um show gratuito para os caras, mas eles ainda apareceram. Eu acho que a esperança é eterna. — Você viu o colírio para os olhos que Adam trouxe hoje à noite? — Eve balançou as sobrancelhas para mim quando derramou duas doses de uma só vez. Adam era o filho do dono do Gatsby. A mesa a esquerda do palco sempre foi reservada para ele e sua tripulação. O bar do pátio foi posicionado à direita do palco. — Não. — E eu não tinha. Apesar da minha solidão, caras reais não me interessavam muito. Eles às vezes me olhavam com luxúria em seus olhos, geralmente após a última chamada eles viriam até o bar esperando que talvez Eve ou eu, iríamos aceitar a oferta que foi recusada a noite toda. Eu me virei para olhar para a mesa de Adam, mais por costume, eu não podia ver ninguém. Eu era muito baixa. Só 1.55m, Eve era uns


bons cinco centímetros mais alta do que eu e, geralmente, podia ver no meio da multidão. Eu teria que esperar até que a multidão se movesse ou a banda fizesse uma pausa. — Mmm. — Ela o viu novamente. — Alto, tonificado, cabelos cortados tão curtos que você talvez possa ver o seu couro cabeludo? Eh. Eve e eu tínhamos ideias muito diferentes do que estava quente em um cara. O namorado dela, Randy, era todo pescoço, ombros e músculos, o que era um bom ajuste para ela porque Eve era mais alta. Um cara como Randy parecia avassalador para mim. Eu gostava deles baixos e magros e nenhum dos rapazes do grupo de Adam eram desse tipo. Seus caras eram todos tonificados e musculosos, como se fossem de uma troupe fitness viajante. E, pior, pelo menos um par deles eram ex-militares. Eu poderia apenas dizer pelo jeito que eles seguraram seus corpos e olhavam ao redor constantemente, como se temessem algum ataque de morteiro do céu. Quando eu voltar para o jogo de namoro, que irei um dia e parar de sentir tanta falta do Will, eu não estaria com outro cara militar. Meu homem perfeito era alguém que amava as estatísticas mais do que armas e cuja ideia de um grande tempo será comprar uma nova régua ou caneta. Talvez ele mesmo seria um companheiro tricoteiro e nós nos sentaríamos lado a lado no sofá assistindo Downton Abbey e tricotando meias um para o outro. Esses caras não estavam vindo para o bar, apesar de tudo. Algumas meninas inteligentes já tinham os agarrados e estavam escondendo esses tesouros em suas casas. Eu compartilhei isso com Eve uma vez e, depois que terminei a minha descrição, ela balançou a cabeça.


— Há duas regras para namorar que você nunca deve esquecer. Um, ele deve ser forte o suficiente para que você possa fazer sexo em pé e dois, nunca, nunca namorar um cara que poderia usar o seu jeans. É terrível para a confiança quando você vê seus jeans skinny parecer melhor na bunda dele que na sua. Aprenda com a minha triste história de namoro, — ela me advertiu. Randy com certeza cabia em ambas essas regras e assim fez a maior parte da tripulação de Adam. Eu estava fazendo minhas próprias normas embora e altos, tonificados, rapazes musculosos não se enquadravam. — Você o conhece? — Perguntei a Eve quando dei um golpe de volta na sua direção depois de entregar um par de bebidas. — Não, mas gostaria. — Ela mordeu o punho na apreciação simulada de sua finura. — Desde que estou tomada, acho que vou ter que deixá-lo com você. — Pensei que ia ser o trio na cama sua e do Randy hoje à noite, — Eu brinquei, tentando desviar a discussão do suposto homem doce de Eve. — Isso é um trio que gostaria de ver. — Um dos clientes encostouse ao bar, acenando com uma de vinte. Os caras que vieram a Gatsby em seus ternos de pechincha de cem dólares estavam tentando muito duro, mas suas roupas atraiam um certo tipo de garota e eu quase nunca vi um cara com um terno ir para casa sozinho. Fiquei imaginando o que as meninas pensavam quando elas eram levadas para o apartamento do cara que ele dividia com outros três. Provavelmente a mesma coisa que o cara pensou quando a menina tirou o sutiã milagre. Decepção por completo.


— É uma centena de dólares, — Eve disse ao Sr. Terno, ao bater seu vinte. — Você vai precisar de mais quatro destes. — Cem pelo quê? — Se você dá a elas cem, elas vão se beijar. — Um de nossos regulares que estava sentado no bar desde as cinco da tarde, explicou as regras. Quando Eve e eu trabalhávamos, caras estavam sempre pedindo coisas sexuais. Eu nunca entendi por que eles davam em cima de nós. Será que eles pensam que suas notas de 10 iam comprar nossos números de telefone? Ou que seus bordões coxos como ―A que horas você vai descer esta noite?‖ Iam fazer-nos curvar e soltar nossas calcinhas? O meu favorito foi ―Quando é que vocês duas vão se beijar? Eu vou pagar vinte dólares por isso!‖ Assim como esse palhaço. Eve e eu dissemos uma vez que beijaríamos por cem e desde então, nos oferecem o dinheiro várias vezes por noite. Eu acho que alimentou alguma fantasia. Cem dólares para beijar uma amiga? Fácil demais para resistir. O cara do terno juntou seus amigos e bateu cem dólares sobre a mesa. — Agora beije. — Beijo. Beijo. Beijo. — O canto se levantou no bar. Eve terminou de entregar quatro canecas de cerveja e eu escorreguei as fatias de limão em um par de shots de tequila antes de nos encontrarmos no meio. Ela enterrou os dedos no meu cabelo e sussurrou contra a minha boca. — Algum dia você deveria tentar beijar um cara. — Então, ela me deu um beijo molhado enquanto eu segurei os seus ombros. Quando nos separamos para os gritos de incentivo, eu respondi.


— Só eu posso fazer cinquenta dólares por beijo. — Pegando o dinheiro, coloquei no meu bolso de trás para dividir mais tarde. Ela me deu um tapa na bunda e voltou-se para os clientes. Assistindo nos beijar os fez ficar com sede. Quando Maisey, a garçonete que serve a mesa de Adam, balançou com uma ordem, Eve pegou sua bandeja e começou a bombear ela para obter informações. Eu estava um pouco envergonhada de dizer que me esgueirei para baixo do bar para que pudesse escutar. — Quem é o cara grande que Adam trouxe? — Eve bateu as tampas de três garrafas e as colocou na bandeja e levou para fazer o resto da ordem de Maisey. — Eles não são deliciosos? Eu gostaria de ir com todos eles. — Ao mesmo tempo? — Eve zomba. — Como se você não pensou sobre isso, — retrucou Maisey. — Você não é mulher o suficiente para toda aquela carne de homem lá, — disse Eve. — Não conheço uma mulher que é. Mas de qualquer maneira, o cara novo. Qual é o seu problema? — Algum Fuzileiro em licença por um par de semanas. Um Fuzileiro? Sim, totalmente não interessada. Eu mergulhei de volta para o meu lado do bar. Com o canto do olho, vi Eve lançar um olhar de soslaio em minha direção, enquanto tagarelava com Maisey. Eve encheu o resto da ordem e Maisey decolou. Uma vez que Maisey estava fora do alcance da voz, Eve desceu para mim com um olhar impertinente no rosto. Ela estava tramando algo.


— Faça uma pausa. Maisey diz que a banda está terminando a última canção desse set. — Quando a banda dava um descanso, o pátio geralmente se esvaziava, quando as pessoas iam dentro da casa para dançar e caçar um público diferente. — Vá em frente. — Ela começou a me empurrar para fora do bar. — Não. — Eu resisti, mas ela era mais forte do que eu e antes que percebesse, eu estava do lado errado do balcão do bar. — Tudo bem, estarei de volta em 30 minutos. — Leve o seu tempo, — ela disse e se voltou para ajudar alguns clientes. Com a banda ainda tocando um cover de ―Mr. Brightside‖ atrás de mim, eu facilmente fui para o interior do bar e me dirigi para a saída traseira. Talvez se eu sentar no meu Rover e ler ou trabalhar um pouco no enxoval que estava fazendo para a muito grávida assistente administrativa de minha mãe. Estive em uma espécie de falta uma vez que o bom tempo chegou, gastando mais tempo na minha pequena varanda apreciando a brisa e bebendo chá gelado do que dentro fazendo tricô, cercada por todos os artefatos da vida do meu marido morto. — Samantha Anderson, eu não vi você em tempos! Teresa Bush, ela com o apelido infeliz, veio em minha direção. Teresa, Will e eu tínhamos nos formado em conjunto. No ensino médio, provavelmente éramos conhecidos como amigos, mas não tinha posto os olhos nela desde o funeral de Will. — Você está ótima. — Seu vestido vermelho brilhante colante foi um pouco alto padrão para Gatsby, mas combinava com os ternos que ocasionalmente vi vaguear depois do trabalho e, em seguida, ficar até o


fechamento. Ela deve estar desfrutando de uma noite longe de seu filho. No funeral, perguntei se ela estava esperando seu segundo e o olhar feio que me fixou me fez sentir o peito como uma ferida aberta. Eu pensei que o olhar negro que me lançou foi porque eu não lembro o nome de seu filho, mas minha mãe me disse mais tarde que nunca devo perguntar a uma mulher se ela estava grávida. — Você está parecendo... — Ela fez uma pausa, procurando a palavra certa. Meu rímel estava provavelmente fazendo manchas ao redor dos meus olhos e eu podia sentir meu cabelo escorregar para fora do seu rabo de cavalo para que Teresa estava à procura de uma palavra honesta para descrever ―bagunça‖ sem ser ofensiva. — Como uma bartender? — Eu ofereci. Ela me deu um sorriso ligeiramente superior. — Há! Não, bem, muito bem. Puxa, não acho que já vi você desde o funeral. É tão bom que você está saindo e sendo social novamente. — Eu trabalho aqui, — eu disse suavemente. — Ah, certo. — Ela titubeou e, em seguida, colocou a mão no meu ombro para se estabilizar. — Eu simplesmente não saio muitas vezes e acho que preciso me sentar. Venha conversar comigo. Tem sido muito tempo. Você sabe que tenho uma tatuagem feita por Tucker? Você quer ver? — Ela começou a puxar para baixo o corpete de seu vestido vermelho. Alarmada, olhei em volta para Mark, pensando que ele poderia chamar um táxi para ela. Era cedo, porém, mal nove e meia. Pobre menina não deve sair muito com uma criança em casa. — Hum, eu deveria chamar um táxi?


— Por quê? — Ela sorriu bêbada para mim. — Estamos indo para outra festa? Eu não posso acreditar que você está aqui. Você é tão corajosa. Assim, tão valente. — Ela soluçou. — Se o meu marido tivesse morrido depois de apenas dois meses de casamento acho que eu teria morrido. Você parecia tão frágil no casamento. Ou funeral. Qual foi? Meus sentimentos de simpatia em direção a ela evaporaram rapidamente e precisava escapar. Como David, Teresa não precisava de uma resposta. Ela divagava, me contando sobre seu filho e como era quase impossível obter uma noite para si mesma e como o Mai Tais que servimos estavam deliciosos. Eu tentei parecer absorta enquanto procurava uma maneira de escapar. Uma das minhas razões estúpidas para não se mudar para o Alasca com Will quando foi lá para aprender a saltar de avião era que não queria ficar longe dos meus amigos e familiares. Mas, como Teresa descreveu uma experiência de vida a milhares de quilômetros do que eu conhecia, a dor do arrependimento apertou meu coração. Olhei em volta para a

assistência, mas ninguém pareceu

disponível. Droga, ninguém sequer parecia prestar atenção em nós quando ela sacudiu sobre quanta comida seu menino de cinco anos comeu e quão inteligente ele era para o uso de um garfo. Ninguém notou a minha situação, além de um cara alto encostado no bar interior com um sorriso dançando em torno dos cantos de sua boca. Abaixo das mangas curtas de sua camisa, os músculos de seus braços estavam bem definidos e eles flexionaram levemente quando ele apoiou o peso em seus cotovelos. Ele estava, provavelmente, muito longe para ouvir o que ela estava dizendo, mas ele encontrou algo divertido sobre a minha situação.


Olhamos um para o outro enquanto Teresa falava sem parar. Ela passou por minha própria coragem pessoal e destreza de seu filho a falar sobre sua própria coragem em ter filhos dado seu pequeno canal de parto. Senti Teresa mexer os quadris para chamar a atenção para eles, mas não conseguia desviar o olhar do cara no bar. Enquanto ela falava, vi quando ele empurrou lentamente para longe da parede, mantendo o contato visual. Havia algo familiar sobre ele e por um segundo me perguntei se o conheci antes. Ele caminhou com tanta confiança, suas costas eretas. Seus braços estavam apenas para seus lados, como se ele estivesse pronto para qualquer coisa. Com propósito, ele caminhou em minha direção. Eu teria me lembrado desse cara se tivéssemos nos conhecido antes. Mesmo na minha névoa de tristeza, teria sido capaz de apreciar um cara que ficava um ou dois centímetros a mais de 1.80m e cujos ombros eram tão amplos que me perguntei se ele tinha problemas para passar por uma porta comum. Esses ombros presos em um lindo V que teria feito qualquer outra garota com água na boca. Ainda bem que estava imune a esses sentimentos. Eu podia olhar, apreciar a obra de arte na minha frente e ir para casa afetada. Se eu não tivesse sido completamente insensível, eu estaria em apuros, mas, como me lembrei, eu gostava de caras magros e baixos e não homens cujas calças jeans poderiam me engolir completamente ou que poderia me segurar enquanto tivéssemos sexo – o que caras baixos poderiam fazer de qualquer maneira. — Ei, querida. — O estranho inclinou e roçou os lábios contra a lateral do meu rosto no que parecia ser um beijo. Fazia tanto tempo que talvez fosse apenas um sopro de ar contra a minha bochecha, mas pensei que senti seus lábios macios tocar minha pele. Fosse o que fosse,


levantou um bando de coisas de asas dentro do meu estômago. — Eu estive esperando por você. Tenho que apresentar-lhe aos meus meninos. O meu olhar passou rapidamente dos olhos arregalados de Teresa para o do estranho que agora que eu vi que eram avelã. Ignorei a vibração na minha barriga e a sensação, bem, mais baixo. Não era o meu ritmo cardíaco que acelerou. O bater em meus ouvidos tinha que ser de alguma outra fonte. Machos quentes não me afetavam como eles aparentemente afetavam Teresa, cujos olhos vidraram e que poderia realmente tentar farejar o cara. O homem fez sinal para Steve, o bartender interior, que veio e levou Teresa a uma cadeira. Eu assisti a coisa toda como se estivesse em transe. O estranho segurou meu cotovelo e me dirigiu em direção ao pátio, mas eu não queria voltar para o pátio. Estranhamente, o dirigi pelo corredor, passando pelos banheiros e, em seguida, virei para a direita antes de uma porta de saída de emergência que era apenas uma porta comum, que todos os funcionários sabiam e, provavelmente, alguns dos clientes também. Não conseguia livrar-me de suas mãos se eu quisesse. O toque de seus dedos calejados contra meu cotovelo foi tão poderoso quanto um raio de trator alienígena. — Eu, ah, obrigada, —gaguejei. — Você apenas parecia que precisava de um resgate, — ele murmurou, com a boca a centímetros da minha cabeça. Estávamos de frente um para o outro, com a mão dele ainda segurando meu cotovelo. Eu jurei que podia sentir sua respiração despenteando meu cabelo e meu corpo todo tremia da sensação. — É esse o seu show? Resgatando as pessoas?


Ele mostrou a língua para o lado de sua boca. — Sim, você poderia dizer isso. — Seus olhos vagaram por cima de mim, observando meu cabelo despenteado, os olhos borrados de rímel e camiseta ligeiramente úmida, molhada pelo manuseio constante de canecas, garrafas e doses. Teresa pode ter estado embriagada ou bêbada, mas ela ainda parecia impecável. Seu cabelo loiro, mais claro do que o meu e perfeitamente tingido, foram secados ao perfeito penteado ondulado de praia do verão. O meu próprio cabelo foi elaborado em um rabo de cavalo simples e eu estava ciente de todas as pontas que escaparam durante minhas horas de trabalho e como os meus dedos estavam enrugados de lidar com todos os líquidos por trás do bar. Eu usava tênis, meias baixas no tornozelo, shorts de algodão preto e uma camiseta branca simples. Mesmo o cliente mais mal vestido do bar estava mais arrumado do que eu. Alisei alguns fios atrás das orelhas, uma ação que afrouxou o aperto firme no meu cotovelo. O que eu estava fazendo? Por que deveria me importar com o que esse cara pensou em como eu parecia? Coloquei meus dedos no meu bolso do short. Meu cotovelo já sentia frio, faltando seu toque. Olhei para mim mesma. Isto era tão diferente de mim. — Não nos conhecemos? Você parece muito familiar para mim. — Eu olhei para ele com desconfiança. Ele abriu um largo sorriso para mim. — Eu não penso assim, mas vamos resolver isso. Gray Phillips, de San Diego.


— Sam Anderson. — Eu peguei a mão direita dele na minha mão direita e balancei-a. — A partir daqui. — Você está trabalhando no bar do pátio, certo? Eu balancei a cabeça, ainda segurando sua mão, apreciando a sensação dela. Ele tinha um aperto bom, firme, calejado, mas não muito duro. E foi muito grande. Muito, muito grande. Como acho que poderia abranger toda a minha cintura. Antes que percebesse, eu estava pressionando sua mão grande contra o meu estômago. Ele arregalou os olhos e as narinas deflagraram a meu convite sem pensar e antes que meu bom senso pôde-se pegar com meus instintos, sua cabeça estava baixando para a minha. Um ligeiro aroma de especiarias e oceano invadiu meu nariz, o cheiro sutil abafando os cheiros mais pesados do bar. Eu deveria cheirar a suor da pista de dança e levedura de cerveja derramada ou até mesmo de amônia a partir dos materiais de limpeza atrás de mim, mas neste cantinho meus sentidos estavam cheios com ele. — Eu estive assistindo você a noite toda. — Sua boca estava bem acima da ponta do meu ouvido e senti algo rachar dentro de mim, uma fissura estava se formando na máscara que vesti hoje mais cedo ou talvez sua respiração, seu toque, suas palavras estavam simplesmente acelerando a morte das barreiras que segurei entre eu e todo mundo por dois anos. Dentro do meu corpo, parecia que havia um despertar e cada fibra do meu ser alcançado em direção a ele, para cima e para fora, como se eu fosse uma flor no primeiro dia de uma chuva de primavera. Ergui a cabeça para olhar para cima, com os olhos arregalados e ansiosos com antecipação.


Alguma parte do meu cérebro estava me dizendo que o armário era apenas a dois passos à minha direita e que a porta de saída foi um pouco além disso. Eu sabia que meu Rover estava lá fora e todos os três eram mais seguros do que ficar aqui quase em seu abraço, mas não conseguia ouvir a advertência sobre as batidas do meu coração. Ele se inclinou para mim, com o rosto sério. Mesmo na luz baixa do canto, eu podia ver as manchas de ouro para fora do centro de seus olhos. — Eu vou te beijar agora. — Sua voz era profunda e áspera, o que combinava com o resto de seu corpo completamente masculino. — Eu sei, —sussurrei de volta. E eu queria esse beijo de Gray, embora ele normalmente não fosse o meu tipo em tudo. Eu queria mais do que queria respirar. Quando a sua boca moldou contra a minha, parecia felicidade, como se todo o meu corpo frio tivesse sido submerso em um banho quente. Se pensei que fui engolida antes não era nada como me sentia naquele momento. Todo meu mundo — meus pensamentos, meus sentimentos, meus sentidos — estavam cheios dele. Eu provei a menta e lúpulo em sua língua. Eu inalei os aromas de canela e bergamota e oceano de sua fraca colônia em minhas vias respiratórias. Eu senti a palma calejada na minha cintura e depois na parte inferior contra a pele exposta da minha coxa. Seus músculos densos estavam apertados debaixo de sua pele e no tecido de sua t-shirt e ele se sentia tão forte como uma fortaleza. O gemido que vinha crescendo desde que ele me apoiou na parede escapou. Fazia tanto tempo que tive o toque da mão de um homem em qualquer parte de mim e quase chorei de prazer. Cada centímetro quadrado do meu corpo sentiu-se sensibilizado, como se eu tivesse sido uma árvore de Natal apagada que acabou de ser


ligada. Eu queria sentir suas mãos por mim, não apenas naquele pedaço de coxa. Precisava de seu toque nos lugares secretos, aqueles lugares que pensei que tinham calcificado. Pensei que estava esperando para as mãos suaves de um contador, mas os dedos mais longos, mais ásperos que empurravam a barra da minha bermuda acima não poderia pertencer a um homem que trabalhava em um escritório. Sua língua e boca saíram da minha deixando uma trilha quente, molhada da minha boca, em toda a minha linha da mandíbula e até o meu pescoço. Minha perna levantou por sua própria vontade e ele tomou isso como um sinal para me levantar até que ambas as minhas pernas pendiam do chão ou em volta dele. Optei por colocar minhas pernas em volta dele e fui recompensada com uma coluna grossa dura pressionando em meu sexo. Nós dois gememos com o contato e eu podia sentir seu som contra o meu pescoço. As reverberações enviaram choques menores em todo o meu sistema nervoso. Segurando-me contra a parede, ele começou a empurrar contra mim ritmicamente, todos os impactos de seus quadris me fazendo mais quente e mais úmida do que pensei que poderia ficar. Segurei-o mais apertado com as minhas pernas e cravei minhas mãos em seus cabelos, usando todos os pedaços de seu corpo como alavanca. Ele me segurou com facilidade, como se eu fosse uma pena. Uma mão estava sob minha nádega direita e outra estava explorando o meu lado esquerdo, tirando minha camiseta, apenas para encontrar o top por baixo. Precisando de sua boca de volta, eu puxava seus cabelos e ele entendeu o recado imediatamente. Prendeu os lábios sobre os meus e nós devoramos um ao outro, ainda esfregando nossas partes


inferiores um contra o outro como o baixo da pista de dança bateu as tábuas do assoalho. Choramingando, implorei em gemidos e pequenos gritos para mais. A tensão familiar, mas quase esquecida foi sinuosa por entre minhas pernas para fora. Todos os pensamentos de áreas de armazenagem e corredores e estranhos foram perdidos no turbilhão de luzes brilhantes que estouraram atrás de minhas pálpebras. — Eu tenho você, baby, — ele rosnou contra a minha boca. — Apenas deixe ir. — E assim fiz. Fechei os olhos e deixei esses sentimentos há muito adormecidos me lavar, espalhando-se a partir de dentro das minhas pernas para as terminações nervosas em meus dedos e ponta dos dedos e o topo da minha cabeça. E ele continuou moendo e moendo e moendo contra mim, sussurrando em meu ouvido como eu era a coisa mais quente que ele já segurou, como ele não podia esperar para me provar, como ele morreria se não poderia estar dentro de mim hoje à noite.


CAPÍTULO TRÊS

Gray

E

u fui para dentro para dar uma mijada e olhar para a linha superior de prateleira de bebidas alcoólicas para ver que tipo de bebidas de celebração que poderia

comprar para os meninos, quando vi a pequena bartender loira no pátio. Seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo alto que balançou como uma corda pelas costas. Eu já tinha me pegado olhando para ela várias vezes durante a noite, junto a multidão no bar, que foi principalmente de idiotas, festeiros a fechando como um jogo de esconde-esconde. Os vislumbres não revelavam metade tão interessante como todo o pacote. De pé cerca de três metros de mim e pega no aperto de uma outra mulher, a bartender me lançou um olhar de cervo-nos-faróis. Eu não pude resistir ajudando a avó de sessenta anos de idade no aeroporto e tinha ainda menos luta contra a prece silenciosa para a assistência de uma beleza de vinte e poucos anos. Eu abandonei a minha caça de bebidas e fui lá. Não tinha planos de levá-la para o corredor escuro e transar a seco em um orgasmo, porque, como eu disse a tripulação Woodlands anteriormente, esses tipos de transas de bar eram geralmente insatisfatórios. Pensei em


escoltá-la de volta para o bar de fora, mas quando parou e olhou para mim como se me conhecesse, senti um solavanco. De repente, não queria levá-la para fora, onde havia outras pessoas, outros homens que olharia para ela e ia a querer. Eu não tenho certeza de quem virou para o corredor escuro em primeiro lugar, mas foi o lugar certo para que provasse seus lábios carnudos e segurasse seu longo rabo de cavalo. Seus lábios se sentiam tão macios e chupáveis como pensei que seriam. Ela tinha gosto azedo, como se ela tivesse bebido uma dose de vodca de limão. A caverna quente de sua boca me fez pensar em outras áreas molhadas quentes sobre o seu corpo e eu queria explorar todas elas. Não havia muitos pensamentos na minha cabeça que não fossem que beijá-la não seria suficiente. No mínimo, precisava pegar minha mão sob aqueles shorts ou sob sua camisa. Eu tive que tocar mais pele nua, mas seus shorts só subiram um pouco e sob sua camisa havia mais um maldito tecido. Eu realmente queria rasgar a camiseta por cima da cabeça e puxar uma deliciosa mama em minha boca. Antes que pudesse ficar mais perto dela, senti um tremor em suas pernas e sua respiração começou a vir em duros ofegos irregulares. Ela estava tão ligada por apenas o beijo, apenas a imprensa de nossos corpos juntos, que ela estava pronta para gozar logo em seguida. E eu não estava indo parar. Pressionei meu tesão com mais força contra sua boceta revestida de algodão e senti ela explodir. Sentindo-a gozar em meus braços apenas de beijá-la me fez sentir como um gigante e isso me deixou com um tesão do tamanho da Califórnia. Eu tinha alguma vez sido um tolo de dizer que uma ficada de


bar não era boa? Talvez só não tivesse tido a ficada de bar certa. Todas as minhas pequenas regras sobre o namoro, ficadas e as mulheres estavam em algum lugar em uma poça sob meus pés. Houve apenas um pensamento em minha mente agora. Eu precisava encontrar-nos um pouco de privacidade — imediatamente. Desesperado para deitá-la em qualquer superfície, me afastei da parede, segurando-a contra mim. Seu corpo estava negligente em seu posto estado orgástico. Havia uma porta apenas para a sua direita. — Sam, — eu sussurrei tão gentilmente quanto pude, não querendo perturbar o seu momento, mas desesperado por algum alívio eu mesmo. — Esse quarto. Será que é privado? — Sam virou a cabeça, ainda descansando no meu ombro. — Sim, sala de armazenamento. Eu comecei a ir para a porta antes que ela tenha passado a palavra sim. — Eu preciso muito de você, Sam. Uma vez que estamos dentro, estou indo para retirar esses shorts e colocar a minha cabeça entre suas pernas e recolher todos os sucos que seu corpo fez apenas para mim. — Sam estremeceu e apertou as pernas mais apertado em volta de mim. Ela gostou da conversa suja. Eu tenho que me lembrar disso. Chegamos até a porta e eu me inclinei para abri-la, não querendo que ela soltasse. — Depois que terminar de comer você, eu vou... — Eu nunca tive o resto da promessa para fora. — Hey, Sra. A. — Uma voz chamou a partir do final do corredor. — Mark está chamando você.


Sam empurrou de pé e se afastou de mim. Eu a deixei cair no chão quando as palavras afundaram. Sra. A como Sra. Anderson? Eu agarrei a mão esquerda e levantei-a. Certeza que havia um diamante na porra dessa mão e não era um pequeno pedaço de merda como alguns dos recrutas compravam no shopping local. — Que diabos é isso? — Perguntei, levantando a mão entre nós. Eu nunca, nunca traia. Estive na outra extremidade dessa vara de merda e não desejaria isso ao meu pior inimigo. Tendo descoberto que estava fazendo com uma senhora casada me deixou doente. — Não é da sua conta. — Seu rosto empalideceu quando olhou o anel. Provavelmente com medo de que seu segredo sujo voltaria para mordê-la na bunda. Ela tentou arrancar a sua mão, mas eu tinha coisas a dizer para ela. — Não é da minha conta, minha bunda. — Levantei-me diretamente em seu rosto. — É melhor esperar que o seu homem não venha aqui esta noite porque não hesitarei em porra de dizer-lhe que a sua mulher não tem absolutamente nenhuma moral. Não gosto de ser arrastado para qualquer pequena coisa sórdida que você já tem em curso com os seus clientes do bar. Da próxima vez que você sentir vontade de trair o seu homem, considere tirar o seu anel primeiro. É uma porra de alerta. — Soltei-lhe a mão como se fosse doente. Ela poderia ser. Minha suja ex tentou subir de volta para minha cama com sífilis entre as pernas. — Ou melhor ainda, apenas rompa e pare de tentar subir cada pau disponível que você acha que pode ter gosto bom. Eu saio fora antes que Sam pudesse proferir quaisquer que sejam as desculpas que ela estava pronta para vomitar. Estava furioso com


ela, mas ainda mais chateado comigo mesmo. Meu pau ainda estava duro como aço e ele estava doendo com a falta de atenção. Ele queria que corresse de volta para ela, ignorasse o anel e deixasse apenas me esforçar dentro do que era, provavelmente, uma boceta suculenta. Ela seria uma boa foda. Traidoras são normalmente. Se eu tivesse tomado um minuto, apenas um minuto, poderia ter facilmente verificado seu dedo anelar, mas estava muito ocupado olhando para coisas como seus lábios e seu peito e sua bunda. Estava muito ocupado fantasiando sobre agarrar aquele rabo de cavalo e envolvê-lo em torno da minha mão, enquanto ela me cavalgava duro. Todo o evento apenas reforçou que transa de bar era uma ideia de merda. Caramba, não acho que me importaria furando meu pau em loucura desde que ela fosse desimpedida e honesta, nenhum dos quais aplicava a Sam Anderson.

Samantha

Choque me tinha encostada na parede, fraca como um gatinho. Choque de ter um orgasmo provocado por atividades que não fiz desde que era uma adolescente. Choque em ser acusada por engano. Eu vim para o bar com vinte e dois anos de idade, Sam Anderson, viúva,


bartender, tricoteira. Agora não sabia quem era, porque acabei de quase transar com um estranho no depósito do meu local de trabalho. A primeira vez que tive relações sexuais com Will, estava tão nervosa porque achava que seus pais arrebentariam pelas portas da casa da piscina. E agora estava me envolvendo em torno de um cara que nunca vi antes. — Sra. A.? — Era Steve novamente. Ele era a única pessoa que me chamava assim aqui. Como Teresa, Steve tinha ido para a escola com Will e eu e começou a me chamar de Sra. A na escola. Na época Will e eu tínhamos pensado que era engraçado. — Você está bem? — Sim. Muito bem, — Eu menti e empurrei para longe da parede. Suavizando meus shorts para baixo e colocando na minha camisa, eu mantive meu olhar no chão, não sei o que veria nos olhos de Steve. — Aquele cara causou problemas? Ele pode ir em um piscar de olhos. — Não, nós apenas tivemos um desacordo sobre... limas. — Limas? — Perguntou Steve com ceticismo. — Hum, bem, bem, ele disse que eu coloquei muitas limas em sua Corona. Ele só queria uma e eu acho que empurrei duas lá dentro. — Eu olhei através de meus cílios para ver Steve carrancudo. — Mark me pediu para lhe enviar até o lounge VIP. — Obrigada. — O segundo andar realizada uma pequena sala VIP que Mark trabalhava normalmente, garantindo que todos os amigos do pai de Adam fossem devidamente atendidos. Significava puxar-saco constante a velhos roqueiros que pensavam que ainda eram a coisa


mais quente nas paradas da Billboard, em vez de músicos cujos nomes nenhuma pessoa lá embaixo, a não ser Adam, poderia nomear. Mas prefiro o golpe de ego desses caras para o resto da noite do que descer e servir bebidas com Gray cerca de dez metros de distância o tempo todo. Deus, talvez eu estivesse emocionalmente frágil. — Querida, estou tão feliz que você está aqui cuidando de mim esta noite, — um dos frequentadores chamou. Eu dei-lhe um sorriso irônico, porque, pela primeira vez, eu estava feliz por cuidar do conjunto mais velho. Tive o cuidado de tratá-los como se eles ainda fossem jovens e quentes para que não ferisse seus sentimentos. — Eu também, Ollie. Precisa de mim para completar o uísque? — Você sabe disso. O que eu tinha acabado de fazer no corredor de Gatsby era tão incrivelmente fora do personagem, tão incrivelmente estúpido — tão incrivelmente bom, caramba. Queria sentar ao lado de Ollie e chorar meus olhos para fora. Mark certamente pensaria duas vezes, talvez até três vezes, sobre me permitir trabalhar aqui se isso acontecesse. Era como se alguém tivesse tomado o controle do meu corpo. Eu nunca, nunca estive em demonstrações públicas de afeto e aqui estava transando a seco com um desconhecido. Pior, ele era um amigo de Adam que, para todos os efeitos, era como meu chefe. Sexo não era mesmo tão importante para mim. Não tinha um vibrador. Eu raramente me masturbava. Esses impulsos raramente enfiaram a cabeça no meu processo de pensamento. Claro, perdi Will e o corpo de Will, mas ele estava muito fora e eu tinha me acostumado a ficar sozinha antes


mesmo que ele tivesse morrido. Will tinha ido para a Base e em seguida para o Alasca para treinamento e desde que não tinha ido com ele, eu estava sozinha. O que precisava era de um vibrador. Eu só estive tanto tempo sem qualquer liberação sexual que um cara que não era mesmo o meu tipo poderia me fazer gozar. Cristo, Eve poderia ter conseguido me fazer gozar no corredor se ela tivesse me esfregado direito. Era apenas uma reação normal a sentimentos adormecidos a muito tempo, eu disse a mim mesma. Respirando fundo, endireitei meus ombros e continuei a minha conversa interna de animação. Era normal. Nunca teria que ver este Gray Phillips de San Diego novamente se eu não quisesse. Ele estava visitando e estaria indo para casa após o fim de semana. Eu gostei de seguro e confortável e não encontros loucos com estranhos.

Novos

caras

e

novas

experiências

foram

todas

superestimadas, orgasmo incrível de lado. Eu tenho certeza que poderia dar isso a mim mesma. Eu tentaria hoje à noite, na verdade. Bem quando eu chegasse em casa, iria para o chuveiro e usar o velho spray de água variável. Lá em cima, na pequena sala VIP, me enrolei na memória de Will e minha velha amiga tristeza, porque apesar de seu peso-pesado tornar difícil sair da cama de manhã e tentar me sufocar com as memórias da noite, aprendi a lidar com isso. Longas horas de trabalho no bar nos finais de semana ajudaram e eu esperava passar cada minuto de vigília estudando uma vez que a escola começava no outono teria o mesmo efeito entorpecente. Ou isso, ou eu ia ter que me medicar com coquetéis de Vicodin e Xanax, como a mãe de Will. Nós seríamos um par. Mas tão terrível como a dor era, pelo menos eu sabia como lidar com isso. Os sentimentos difíceis da atração por outra


pessoa eram estranhos e desconhecidos e meio que terríveis e não precisava disso em minha vida.


CAPÍTULO QUATRO Gray

Eu ainda estava fervilhando quando voltei para a mesa. A banda não reapareceu e todas as meninas foram embora ou estavam dançando alguma merda do ABBA ou ido ao banheiro, imaginei. — O que há, companheiro? — Perguntou Noah, vendo claramente que estava chateado. — Nada que um pouco de bebida não cure. — Eu peguei uma nova garrafa de cerveja e bebi metade dela antes de colocá-la para baixo. — Alguém te chamou de bota? — Bo perguntou. Bota foi do que chamamos os novos Fuzileiros ou Fuzileiros estúpidos, que eram muitas vezes a mesma coisa. — Eu desejo. — Eu tentei sorrir e brincar de volta para que não estragasse a noite com uma atitude de merda. — Eu não estou mesmo usando qualquer equipamento da Marinha. — Outra razão para sair, amigo. Você pode parar de usar roupas emitidas pelo Tio Sam. — Isso nem sequer está no topo das dez razões do por que não voltar a se alistar.


— Fico feliz em saber que você está fazendo uma lista. — Bo bateu sua garrafa contra a minha. — A lista de sair é sempre maior do que a para ficar. — Parece que você já fez a sua escolha. Bebi da minha garrafa. — Quem sabe? Talvez. — Você precisa mesmo destas férias? — Mesmo que eu tenha feito minha cabeça, não diria. Quem vai recusar 45 dias de licença consecutiva? Bo riu como eu pretendia. Com sua atenção desviada, me deu uma sacudida mental. Então, beijei uma mulher casada. Não é como se eu soubesse. Caso contrário, nunca teria acontecido. Eu não ia permitir que uma mulher traidora fosse arruinar o meu tempo aqui. — Saia então. Venha aqui para Central com a gente. Vai ser como nos velhos tempos. — Nem todo mundo tem um fundo fiduciário para se apoiar. Bo sorriu. — Não tente isso comigo, filho de um congressista. Você não está machucado. — O que é isso? — AnnMarie e o resto das meninas tinham retornado. Pela aparência de sua maquiagem recém-aplicada, banheiro foi a chamada direta. Tentei avisar Bo para manter a boca fechada, mas ele já tinha começado a derramar tudo para fora. — O pai de Gray é Phillips Honrosa do, que distrito é?


— Quinto, — Noah ofereceu. Fechei os olhos em resignação. Tanta coisa para tentar ser anônimo. Seja qual for a vantagem que estava tentando alcançar através de estar em um ambiente completamente diferentes, onde ninguém me conhecia estava perdido, mas nunca disse a Bo e Noah que eu queria anonimato então isso estava em mim. Eu deveria ter ido fazer rafting no Colorado por um mês com um bando de estranhos. Eu deveria ter embalado menos coisas. Deveria ter evitado a última conversa com o meu pai. Deveria ter me afastado dos olhos de corça de Sam Anderson. Muitos deveriam ter. Bo me bateu no ombro. — Ei, amigo, só pode subir a partir daqui. — Obrigado, cara. — Eu dei uma risada obrigatória e tentei me soltar. Poucos minutos depois, um grupo áspero de caras apareceu. Quatro deles, de diferentes alturas e cores de cabelo, estavam ostentando a mesma aparência de durão tatuado. Eles usavam tênis, tshirt, e correntes correndo a partir do cós flácido de seus jeans rasgados as carteiras nos bolsos da frente. Tatuagens cobriam quase cada centímetro de pele nua. Um deles cumprimentou Adam batendo seu antebraço contra o antebraço de Adam duas vezes. Muitos civis deram porcaria aos militares para seus uniformes, mas todos tinham um uniforme. Você só tinha que olhar ao redor da mesa para vê-lo. Alunos da faculdade que usavam o uniforme de descuido preguiçoso. Esses recém-chegados de roupas, cabelos e atitudes todos indicaram que estavam na mesma tribo. Uniformes estavam por toda parte; disciplina, no entanto, não estava.


Eu equilibrei na minha cadeira levemente e não pegando uma bebida, não querendo ser pego de surpresa se a briga começasse. A pior coisa sobre estar fora da base? Não ter uma arma em punho. Meu dedo no gatilho e eu coçávamos digitalizando os motivos para ver o que poderia usar apenas no caso. — Não há perigo aqui. Calma Fuzileiro, — Noah sussurrou em meu ouvido. Eu dei-lhe um sorriso triste e me acomodei. Outra cadeira foi trazida e o cara que cumprimentou Adam caiu na dele, enquanto seus amigos vagaram de volta para o bar. A nossa garçonete trouxe um copo cheio até o topo com uma espuma escura. Apresentações foram feitas em torno da mesa, embora fosse claro que elas foram em meu benefício. A maior parte da mesa parecia ter conhecido esse Tucker Anderson antes. Quando ouvi o nome dele fiquei tenso por outra razão. Merda, aposto que esse era o marido de Sam. Ela teve muita coragem de me beijar no corredor dos fundos quando seu marido poderia ter aparecido em qualquer momento. — Como está o seu pau? — Tucker perguntou a Adam. — Está descansando de boceta como eu disse para você fazer? Tucker era algum tipo de médico que tinha que perguntar sobre o pau de Adam de modo casual assim? O resto da mesa queria saber a resposta para a pergunta. — Obrigado por sua falta de discrição, amigo. — Adam cruzou os braços e olhou para Tucker. Tucker abriu as mãos inocentemente na frente dele.


— Eu estou aumentando o seu capital de namoro. — Para as meninas na mesa, ele anunciou, — Adam teve seu pau perfurado. Ele não estava errado. Quase antes que saiu a palavra ―perfurado‖ todo o bar inclinou para Adam. Mesmo as meninas de Bo e Noah se inclinaram para Adam com interesse em seus olhos. As perguntas vieram rápido. — Doeu? — Que tipo? — Como se sente? E da nossa garçonete. — Você vai nos mostrar? Bo olhou a ávida curiosidade de AnnMarie e gemeu. — Oh, sunshine, não. Você não faria isso ao pequeno Bo, você faria? AnnMarie se aninhou de volta nos braços de Bo e deu uma risadinha. — Nah, só porque você não é tão pequeno. — Isso era exatamente a linha certa para entregar e Bo deu um beijo nela que elevou a temperatura do grupo de cerca de cinco graus. Meus dois meninos se estabelecendo me fez sentir estranho por dentro, um pouco vazio. Foi uma sensação desagradável e bebi o resto da minha garrafa tentando afogá-la. Tucker abandonou Adam para alvejar Finn depois.


— Obrigado por enviar a irmã de sua namorada. Ela está indo ótima. — Ela é minha ex, mas obrigado. Winter é muito talentosa. — A voz de Finn segurou uma estranha nota opressiva, como se ele não queria falar sobre isso, mas Tucker estava alheio. — Você pode dizer isso a ela. — Tucker sorriu. — Sua ex-namorada estava por toda a loja de tinta ontem dizendo a Winter sobre como vocês dois estavam a um batimento cardíaco longe de se registrarem na Target. Esta revelação só fez Finn o olhar com fúria. Talvez Tucker não estivesse alheio. Talvez ele fosse apenas um idiota. Não que isso dispensava Sam para traí-lo. Ela deveria ter escolhido melhor em primeiro lugar. — Pare, Anderson, — Adam disse friamente e virou um olhar de advertência a Finn. Sem loucuras em seu bar, ele telegrafou. Finn entendeu a mensagem e olhou para a banda, cortando Tucker. Depois de ter perdido o seu brinquedo, Tucker digitalizou do bar e, em seguida, virou-se para Adam. — Onde está Sam? Ela disse que estava trabalhando hoje à noite. Adam deu um aceno em direção ao segundo andar do bar. — VIP. — Por quê? Ela odeia lá. Talvez porque ela encontrou um pingo de vergonha e levou-se longe da cena do crime. Eu me mexi desconfortavelmente na cadeira, a culpa


arranhando minhas costas. Eu tinha que jogar limpo com esse cara, mas não na frente de todos. — Ela não odeia. Além disso, acho que ficou muito lotado aqui em baixo para ela, — disse Adam. — Que seja. Eu preciso vê-la. Eu acho que ela está com raiva de mim, — disse Tucker. — Por quê? — Por que você assume automaticamente que fiz algo? — Tucker reclamou, mas ele cedeu sob o olhar frio de Adam. — Tudo bem. Eu pulei fora no almoço de memorial. Adam e Finn amaldiçoaram em uníssono. — Você é um babaca. Seu irmão morre durante a implantação e você não pode mesmo se levar para ir almoçar? — Adam deu a Tucker um soco no braço. A partir do estremecimento de Tucker, o punho levava um pouco mais de energia do que uma palmada amigável. Tucker deve ter se sentido culpado porque ele tomou o soco sem retaliação. Então, talvez Tucker fosse um real idiota, mas que ainda não desculpou Sam de me beijar. — Sim, sim, mas a sério, preciso vê-la. Quando ela chega a uma pausa? — Perguntou Tucker. Adam olhou para ele por um momento, o medindo. — Você ainda tem uma coisa por ela? Se assim for, é melhor você começar a tratá-la bem. — Ou então o quê? Você vai fazer um movimento? — Tucker pediu um pouco beligerante. Isso era como uma maldita telenovela. Olhei para


Bo e ele balançou as sobrancelhas. Mas, falando sério eles estavam perguntando se Tucker ainda tinha uma coisa para a sua própria mulher? Eles estavam separados? Eu queria levantar, gritar ‗tempo‘ e ter todos explicando porque estava malditamente confuso. A única coisa que fiz foi descobrir que devia a alguém um pedido de desculpas e agora tinha a sensação de que o pedido de desculpas precisava ser dado a Sam. — Não, idiota. E eu não acho que você deveria também, — Adam respondeu. — Por que, por causa de Will? — Tucker devolveu. Mais beligerância. Todos na mesa estavam assistindo esse desastre de trem. Nós não conseguíamos desviar o olhar. — Pelo menos eu não estou fodendo irmãs. Isto foi aparentemente voltado para Finn, porque ele se inclinou para frente imediatamente e revidou. — Não, você está apenas tentando foder à viúva de seu irmão morto. A cadeira de Tucker fez um som estridente quando se levantou, com os punhos em riste. Finn levantou para enfrentar o desafio e todos no meu lado da mesa ficaram tensos. Nós estávamos apoiando Finn. Nenhuma pergunta. Mas Adam levantou-se e separou os dois. — Vamos, Tucker, vamos lá em cima. — Tucker se permitiu ser arrastado para longe, enquanto Finn ficou olhando para os dois. Ele chutou uma das cadeiras e, em seguida, deixou o bar. Um minuto depois, ouvimos o barulho de um motor Hemi quando Finn foi embora.


— Será que eu peguei isso certo? Tucker Anderson é cunhado de Sam? E ele quer entrar na calcinha dela? — Todos concordaram de olhos arregalados. Sim, eu entendi certo, o que significava que entendi tudo

oh-tão-errado

antes.

Bem,

merda.

Todos

os

detalhes

se

encaixaram. Sam era viúva de um cara militar que morreu lá no Oriente Médio. Seu cunhado foi o saco de merda que acabou de decolar. E eu era o filho da puta que tinha a acusado de trair seu marido morto. Eu comecei a ir em direção ao bar. — Não vá lá, — disse Bo em advertência. — Não há necessidade de salvar donzelas que você nem conhece. — Ir para onde? — Fingi que não sabia o que ele estava falando. — Ela tem tudo para lidar com seu cunhado em busca de um cutucão, — acrescentou Noah. — Ugh, não podemos falar sobre aquela pobre menina assim? — Grace interrompeu. — Desculpe, — todos nós murmuramos. Foi baixa classe. Ela fez o sacrifício final, perdendo o seu homem na batalha. Isso tinha que ser respeitado e eu não ia deixar para lá até que tivéssemos feito as pazes.


Samantha

Depois do gatsby esvaziar, eu desci e ajudei Eve a fechar o bar no pátio. — O Gostoso que chegou com Adam saiu sozinho, ou, pelo menos, sem uma menina. Maisey estava louca, porque ele nem sequer aceitou o número dela. Apenas disse que era bonita demais para ele. Eu a ignorei e ordenei e organizei as contas assim que todos os números foram voltados para a mesma direção. Coisas em ordem faziam sentido. Tricotando um padrão preciso de pontos em um cobertor ou meias fazia sentido. Tentando descobrir um novo homem? Isso não faz sentido. — Ele veio até o bar um par de vezes. Como se ele estivesse procurando alguém, — disse Eve. Minha mão pairou sobre as contas por um momento quando um pouco de emoção dentro de mim surgiu. Ele procurou por mim? Não, pare com isso, pensei e apertei a minha mão por um momento, a dor de minhas unhas cavando em minha mão me trouxe de volta para a Terra. Eve estendeu a mão para parar a minha contagem. — Steve disse que teve um encontro com um cliente e é por isso que você se escondeu no andar de cima toda a noite. O cliente que ele descreveu parecia muito com o novo amigo de Adam. Fechei os olhos por um momento e, em seguida, os abri para ver Eve ainda olhando para mim.


— Sim, foi ele. Eu o beijei. — Eu não disse a ela que eu praticamente o arrastei pelo corredor escuro e depois o subi como um poli e me esfreguei contra ele como uma gata no cio até fiquei com calcinha molhada e um monte de arrependimentos. Eve gritou e bateu palmas. — Oh, Sam, isso é incrível. O que aconteceu depois? — Ela colocou os dedos sob o queixo para o apoio e bateu os cílios. — Conte-me mais. Conte-me mais. Será que ele colocou uma luta? Sorri para ela uso das palavras de Grease. — Não, Sandra Dee, ele não lutou, mas quando viu a minha aliança de casamento ele estava muito chateado. — Oh, não. — Ela gemeu e levantou minha mão esquerda. Ela fez uma careta ligeiramente. — Você não acha que está pronta para tirar isso? Você definitivamente não quer atrair caras que pensam que está tudo bem para ficar com mulheres casadas. — Eu ainda não tinha pensado nisso dessa forma. — Eu não sabia se estava pronta para tirar o anel. Removendo o anel parecia sinalizar que estava pronta para outras coisas, como um outro relacionamento, outro namorado, outro marido. Experimentalmente, eu puxava meu diamante, mas movia pouco, a junta impedindo o anel de deslizar mais longe no meu dedo. Não, não estou pronta para tirar o meu anel então. Mas a memória da boca de Gray na minha e os palavrões que ele rosnou no meu ouvido me fizeram pensar que estava pronta para alguma coisa. O roçar de seu corpo contra o meu era como dar o primeiro gole de café quente na parte da manhã. Ele me acordou e eu estava com fome para


mais. Bati minha cabeça contra a caixa. — Não sou boa nisso. É apenas um dos milhões de razões pelas quais não deveria beijar Gray. — Não. Não. É tudo de bom. É o nome dele, Gray? Eu gosto disso. É incomum. — É uma cor. Quem nomeia seus filhos de cores? — Pessoas estranhas. Pessoas da Califórnia. — O namorado de Eve chegou do salão e estacionou-se em um banquinho do bar enquanto eu terminava de fazer uma retirada da gaveta e ela completou a contagem de garrafas. — Os opostos, então, — Eve balbuciou. Ela largou da minha mão para que pudesse dar tapinhas sobre seu coração. — Não vão ter nós casados em sua imaginação. Eu não posso nem tirar meu anel, o que significa que de acordo com você eu só vou atrair pegajosos limos. — As facetas belas do corte brilhava mesmo na iluminação de baixa qualidade do bar quando acenei minha mão na frente do rosto. — Isto é de Carolyn, você sabe. — Will te deu o anel de sua mãe? — Sim. Mas, em seguida, David teve que comprar para Carolyn um diamante de cinco quilates para substituir este. — Eu puxei o diamante ao redor para o interior da minha mão. — Deu tudo certo. — Você vai vê-lo de novo? Pegando as contas, comecei a contar novamente. — Não. Ele estava bastante irritado. Além disso, eu provavelmente poderia ser usada em um vídeo de instruções sobre como não interagir com os homens.


— Vá até ele e explique. — Explicar o quê? — Randy interrompeu. — Sam ficou com um cara hoje à noite no armário de armazenamento e, em seguida, ele viu seu anel e ficou bravo. Eu disse que ela deveria ir e explicar que não está mais casada. Por

um

momento

eu

estava

irritada

que

Eve

estava

compartilhando, mas que diabos, uma opinião masculina pode valer a pena. — O que você acha? — Eu perguntei a ele. — Eu não tenho certeza se me sentiria confortável beijando uma garota que tem uma aliança de casamento. — Ele colocou mais nozes na boca, engoliu e acrescentou, — Mas se você quiser vê-lo novamente, então, uma explicação vale a pena. Seja verdadeiramente óbvia sobre isso. Rapazes são densos. Vá até ele e diga ―Ei, menino, quero transar com você está noite‖. — É assim que você escolheu Randy, Eve? — Eu provocava. — De jeito nenhum. Ele foi ainda mais denso. Tive que basicamente acertá-lo na cabeça e, em seguida, arrastá-lo de volta para o carro. Mesmo assim, tive que subir em cima dele antes que percebesse que estava interessada. — Ei, não, — ele protestou. — Eu só queria ter certeza de que você tinha certeza. — Eu não poderia ter sido uma coisa mais segura se você pagasse para mim. — Ela balançou a cabeça em consternação fingida. — Mas levei-o contra o carro de qualquer maneira.


— Contra o carro? — Eu estava dividida entre estar horrorizada e invejosa. — Se você ainda não experimentou essa posição, então, realmente sinto muito porque contra a parede ou porta, enquanto ele está entre os seus joelhos, uma perna pendurada no ombro é, — ela fez uma pausa e estremeceu, — fodido-crível. Olhei para ela e lembrei a promessa truncada que Gray me deu. Apenas a lembrança me fez estremecer. — Eu acredito em você. Eu acho que estou excitada apenas por ouvir você descrever. — Eu sei que eu estou, — disse Randy. — Mal posso esperar para esta noite, baby. — Ela inclinou-se e limpou sua garganta. Eu assisti-os muito tempo para ser educada. Percebi então que senti falta de sexo e mais, uma verdadeira intimidade com outra pessoa. Eu senti falta do que Eve teve com seu namorado, o direito de ter contato íntimo casual. Para segurar a mão de alguém em público, saber que em todos os feriados importantes alguém estava pensando em mim. Senti tanta falta que ataquei um estranho no corredor. Devo ir atrás de Gray e explicar? Devo explorar esses sentimentos que ele trouxe? Eu pensei que era imune aos homens e que as minhas partes de menina murcharam porque nenhum cara nos dois anos desde que Will morreu garantiu um segundo olhar ainda mais o agitar do desejo sexual. Eve deve ter visto meu olhar invejoso ou sentiu meu olhar demasiado longo, porque ela rompeu e enxotou o namorado para longe.


— Já se passaram dois anos, por que não dá a outro cara a chance ou, pelo menos, apenas transar? Volte para o jogo. Eu olhei para minha mão esquerda e o diamante piscou apoiado em mim. — Eu não sei como. — Vá para casa de Adam amanhã. Maisey disse que ele vai ficar lá por seis semanas. Ou o chame para seu apartamento para tomar um café. — Café? — Ou um filme. — Que tipo de café? E um filme? Para alguém que não conheço. — Isso soou como um conselho terrível. Randy bufou. — Nunca é café. — O quê? — Nunca é café. Ou até mesmo um filme, — ele elaborou. — Você o convida para qualquer coisa e ele saberá que você está pedindo para ter relações sexuais. — Eu pensei que vocês eram densos e que eu tinha que pedir as coisas diretamente. — Voltando para a piscina de namoro ia levar um monte de esforço. Provavelmente mais esforço do que estava interessada em exercer. Ainda... não seria bom para deixar o bar e rastejar na cama ao lado de alguém? A dor que sentia em meu coração não se acalmaria, mas a dor no corpo poderia.


— Todo mundo sabe que um convite para seu lugar para nada depois, digamos, oito da noite, talvez até sete, é um convite de transa. E vice-versa. — Ele balançou o dedo para mim. — Você devia saber se você vai começar a dormir ao redor. Felizmente Eve o acertou, então não precisei. — O quê? — Ele levantou as mãos. — Eu pensei que nós estávamos jogando conselho para a pobre garota. — Não mesmo, — ela alertou, — Ou você não vai conseguir nada do que estava falando antes. Randy sentou-se e fez sinal de que ele estava fechando o lábio. Eu suspirei. — Está tudo bem. Preciso de todos os conselhos que posso receber. Eu não fiz isso em, bem, nunca. Cresci com Will. Eu o conhecia melhor do que eu sabia de mim às vezes. Esse cara Gray, só sei que ele cheira bem. — E outras coisas que não queria admitir como quão forte ele era quando me segurou contra a parede e como seus ásperos dedos calejados sobre a pele nua de minha coxa me fizeram úmida apenas com a lembrança. — Ele é um fuzileiro naval em licença por algumas semanas, ficar com os ex-membros de sua chamada tropa? — Platoon, — eu disse, sem rodeios. Eu esqueci a coisa mais importante sobre Gray - que ele era militar e que eu não iria nunca me envolver com outro cara militar. Nem por um casual, uma noite de transa. Eve abriu a boca para dizer algo, mas não a deixei. — Seja qual for o argumento que você tem, apenas o guarde.


— Você coça o cão, — ela me disse, ignorando a minha advertência. — Um cara militar quebra seu coração, tenha um bom caso amoroso com outro para colocá-lo de volta. — Will não quebrou meu coração. Ele morreu. — A mesma coisa, querida. Você tem estado com o coração partido por dois anos agora. Este poderia ser o antídoto perfeito. — Você é louca. — Eu caminhei até a outra extremidade do bar e Eve me seguiu. — Eu posso ser louca, mas isso não quer dizer que estou errada. Confie em mim, conheço coração partido. Você sabe que conheço. Quebrando meu coração teria sido Will me deixando para outra pessoa. Ele não me deixou. Foi servir o seu país. Ele ainda me amava. Se ele tivesse tido seu caminho, estaríamos bem-casados com uma criança a caminho. Então por que ele se alistou? Por que escolheu uma especialidade ocupacional militar perigosa? Porque ele amava seu país também, eu disse à minha vozinha obstinadamente. Um pano frio pressionado contra a minha testa. Um momento de silêncio no canto do bar era o que eu precisava para silenciar as vozes, mas não poderia dizer por mais que estivesse falando mentiras. Os que me dizem que ele me amava ou os que me dizem que não amava. — Ele não quebrou meu coração, — eu repeti. Eve beijou o topo da minha cabeça. — Não disse que ele não te amava, querida, apenas que ele quebrou seu coração. Esse cara é perfeito. Ele é um cara só de


recuperação, em torno por algumas semanas. Você transa com ele, volta para o cavalo e você está pronta para um relacionamento real, então. — Você sabia, que além desse momento insano anterior com Gray, que você é a única pessoa que beijei na boca, desde que Will morreu? — Eu bati meu dedo indicador contra o meu lábio inferior. — Então, isso é como 26 meses, porque eu o vi no fim de semana antes de ele ser implantado. — Cristo, menina, não é de admirar que você estava se agarrando com menino soldado. — Eve passou por mim para colocar o dinheiro na gaveta, menos o dinheiro, de volta para o registro. — Você é como um urso acordando da hibernação. Experimente outra pessoa. Aqueles grandes alfas podem ser um punhado. — Ela piscou para Randy que sorriu como um homem bem satisfeito. — Porque eu sou lento e trêmulo, como um urso? — Não, porque você está com fome. Eu tenho medo que você vai experimentar se esbanjar em cima dele na frente de todos. Tarde demais, pensei. — Eu não posso nem puxar o meu anel fora, então acho que ainda estou hibernando. Eve balançou a cabeça. — Não. — E você sabe disso como? — Porque antes você nem falava sobre caras. Eu não acho que você mesma viu que eles eram seres sexuais reais. E agora? Agora você está


realmente fazendo perguntas. Nós temos que ter certeza de que você está apontado na direção certa para a sua caça. — Eu sou muito predatória... e perigosa. — Os dois riram. Apreciei as palavras de Eve, porém, porque elas fizeram minhas reações anteriores menos embaraçosas vistas através de sua perspectiva. — Se eu estava interessada, porém, Gray não é o meu tipo. Ele é muito alto e... vigoroso. Além disso, ele não é mesmo daqui. — Isso é o que faz com que ele seja absolutamente perfeito, — Eve declarou. — Quem se importa com o que faz para viver? Não é como se você fosse se casar com ele. Gray é um cara de rebote. Você está recebendo seus pés molhados. Até melhor, você quer saber o que é temporário. Temporário. Rolei essa palavra em torno na minha língua e depois de um momento percebi que não me assustava. Senti-me bem. Na verdade, isso me fez meio que animada.


CAPÍTULO CINCO

Gray

Quando todos se separaram para a noite e a última chamada foi feita, enviei Bo e Noah em seu caminho, explicando que tinha um pedido de desculpas para fazer e ia pegar um táxi para casa. Eu tentei encontrar Sam durante a noite, mas ela não voltou para o bar do pátio, e eu não queria fazer ondas, pedindo a Adam acesso aonde quer que ela estivesse. — O serviço de táxi é uma merda aqui, — Noah advertiu. — Qual é o pior que poderia acontecer? — Eu disse. — Eu teria que correr de volta para o seu lugar? Eu fiz longas distâncias com um pacote de 45 kg nas minhas costas. Bo e Noah trocaram um olhar e, em seguida, deram de ombros e foram embora quando perceberam que não mudaria de ideia. Vadiei fora do bar, encostado a uma parede de tijolos, desaparecendo nas sombras. Do meu ponto de vista, eu podia ver a saída, mas estava mais escondido da vista. A porta se abriu e Sam saiu com sua amiga e empurrei para longe da parede e gritei para que não a assustasse. Ela ainda gritou de


surpresa e pulou para trás, batendo em sua amiga. Tanta coisa para não a assustar. Eu dei um passo para a luz e levantei minhas mãos em sinal de rendição para que ela pudesse ver que era inofensivo — embora estivesse consciente de que era um termo relativo. Eu poderia ter tomado ambas as mulheres e as ter amarrado em um carro em menos tempo do que leva um policial para mijar. — Jesus, — disse a mulher mais alta, segurando a mão em seu coração. — Quase nos mijamos de susto. — Ninguém acompanha vocês a seus carros? — Meus planos para Sam foram momentaneamente distraídos com o pensamento destas duas jovens mulheres desprotegidas aqui fora na noite. — Mark está aqui. — Sam empurrou o dedo por cima do ombro e saiu um cara que notei fazendo uma caminhada em torno para verificar as coisas. Ele estava vestido com calça preta e uma camisa de botão preta e parecia que ele pesava cerca de sessenta e três quilos, ensopado. Ele pode exigir um pouco mais de esforço, mas os três estavam vulneráveis. — E Randy. Randy era claramente um segurança e ele andou com os pés pesados. Ele parecia que era todo músculo, nenhuma técnica. Eu decidi fazer para Mark primeiro, antes de separar Sam de seu povo. Mark era o cara no comando, pelo menos com base em sua roupa — camisa preta de botão, calça preta e sapatos sociais. Sam e a outra mulher usavam bermuda e Randy estava em jeans e uma camisa. — Ei, Mark, Gray Phillips. Amigo de Adam. Nós nos sentamos à mesa a esquerda do palco.


Mark assentiu e estendeu a mão. Ele tinha um bom aperto de mão. Fiquei tentado a apertá-lo muito forte, mas consegui suprimir meus instintos estúpidos de homem das cavernas. Eu estava tentando fazer bonito aqui. Eu dei-lhe o meu melhor sorriso de político, o que eu aprendi com o meu pai assistindo os últimos oito anos – ele o desgastou, até que era sua expressão padrão. — Preciso ter alguns minutos com Sra. Anderson aqui, se eu puder. Prometo devolvê-la logo. — Eu dei a mão a outro aperto e outro bajulador sorriso ―Eu sou uma pessoa do povo‖. Funcionou para o meu pai e eu esperava que fosse funcionar para mim aqui. Mark assentiu. — Claro. — Ele até deu a Sam um pequeno empurrão em direção a mim. Ela olhou para Mark, mas ninguém fez um movimento para me impedir de movê-la para baixo da calçada nas beiras mais escuras da avenida. Ela era resistente e senti como se estivesse arrastando-a. — Olha, sinto muito que disse aquilo lá dentro. Estava exaltado e fui pego desprevenido. — Eu dei-lhe um sorriso tímido. — Sou muito cuidadoso em não trair. — Eu entendi isso. — Ela suspirou. — Acho que foi apenas um erro. Entendo porque você estava com raiva. Tenho certeza que se estivesse beijando alguém que pensava ser casado, teria me apavorado também. Eu queria me opor à coisa pirando.


— Nós podemos retroceder e voltar para o lugar que estávamos antes que a insultasse completamente? Sam mordeu o lado de seu lábio e olhou para trás, para a amiga alta. A amiga alta sorriu e acenou, um gesto ―vá em frente‖. Eu acenei de volta, porque Sam precisava de mais incentivo a partir do olhar de indecisão no rosto. — Você realmente esperou toda a noite para me dizer que você está arrependido? Não, eu percebi com clareza súbita, esperei toda a noite para ver se poderia convencê-lo a continuar de onde paramos. Então ri de mim mesmo por ser um pau. Tanta coisa para não gostar de transas de bar. — Sim, eu acho que esperei. — Onde está a sua tripulação? Será que eles te abandonaram? — Eu disse a eles para irem em frente. — Você tem um carro? O Woodlands é muito longe daqui. — Não, mas estou bem. Ela bateu a frente de seu pescoço e franziu a testa para mim. Não havia ninguém por perto agora, só ela, eu, e os três esperando por ela. — Como você vai chegar em casa? — Ela perguntou finalmente. Revirei os ombros para aparecer relaxado e não conflituoso se possível. — Eu vou chamar um táxi. — O serviço de táxi é terrível aqui. — Sua carranca estava ficando mais profunda, que foi a reação errada.


— Eu realmente sinto muito, você sabe. — Passei os dedos sobre o lado de sua boca, tentando persuadir um sorriso dela. — Eu também. — Ela colocou o rosto na minha mão, quase como um desses gatinhos que alguns de nós encontrava perto de uma base operacional em uma vala, abandonado por sua mãe. Essas pequenas coisas eram hesitantes no início, mas com um pouco de leite e um toque suave cambaleavam em suas pequenas pernas atrás de nós, sempre em busca de um último carinho. Nós tínhamos dado aqueles gatinhos para crianças locais. — Você vai me levar para casa, ou vou ter que pedir carona? — Estávamos batendo em torno desse arbusto e percebi que deveria simplesmente sair e perguntar. — Eu vivo aqui perto. — Ela apontou para o oeste de nós, mas não me importava onde ela morava, só que estava ouvindo sua resposta. — Você gostaria de um café? Café. Merda, sim, eu queria. — Normalmente não vou para casa para tomar um café depois de uma noite no bar, mas sim, com você, eu gostaria disso. — Nunca tive alguém em casa para o café, exceto, bem, Will. Will, seu marido morto e soldado caído. Empurrei aquela imagem da minha mente. Ela estava aqui comigo e eu ainda lembrava a sensação de seu estremecimento em meus braços. Desta vez queria que o tremor acontecesse quando estivesse dentro dela. Eu queria sentir a agitação de seu corpo quando lambesse sua boceta e do aperto de seu canal quando empurrasse nela. Ninguém mais poderia estar lá, só ela e eu.


— Mostre o caminho, — disse eu. — Estou com sede. Ela corou ligeiramente, acenou para seus amigos e corajosamente pegou a minha mão, me levando para o beco escuro com má iluminação por trás do bar. Eu tomei uma nota mental para mencionar a Adam amanhã que seu velho precisa de uma melhor iluminação, mais segura para a equipe. Sam bateu suas chaves e as luzes para um caro SUV European piscou ligado e desligado. — Rodas legais, — eu disse. — Você toma estas fora da estrada? — Este veículo era mais o meu estilo do que o pequeno carro esportivo de Bo jamais seria. — Nunca, — disse ela. — Foi da minha mãe. Eu o ganhei quando me formei no ensino médio. É realmente muito velho. — Ainda legal. Nós conversamos sobre carros e ela sabia surpreendentemente um pouco sobre o seu próprio veículo. — Eu posso até mudar meus próprios pneus, — disse ela com orgulho depois que brinquei com ela sobre saber qual a potência do Rover dela. — Isso é impossível, — eu zombei. — Nenhuma garota sabe como fazer isso. — Que seja, — ela sacudiu a palma da mão em direção a mim. — Meu pai me ensinou porque... — Ela parou. — Porque? — Eu tenho estado sozinha por um longo tempo.


O espectro do por que esteve sozinha formou entre nós, mas se ela estava indo para ignorá-lo, então eu estava também, porque queria essa garota. Nós tínhamos começado algo naquele corredor e eu era teimoso demais para desistir de tudo o que ela tinha em mente para mim. Além disso, tinha coisas para mostrar a ela também. Eu fiz essas promessas e sempre, sempre cumpria minhas promessas. A viagem para a casa de Sam levou apenas alguns minutos. Ela não estava brincando quando disse que morava perto. Era um daqueles velhos edifícios de fábrica de tijolos revitalizados em lofts. A iluminação aqui era uma merda também. Eu balancei minha cabeça. Colocando a mão na parte baixa das suas costas, observava as sombras para que ela não precisasse. Ela pode ser capaz de mudar o pneu e recitar a potência de seu Rover, mas ela não era atenta para si mesma como deveria. — Você já vive aqui há muito tempo? — Eu perguntei quando a segui até as escadas para o segundo andar do edifício. — Três anos, — ela respondeu. — É pequeno, mas meu. Eu poderia ter preferido meninas mais altas, mas não havia como negar a voluptuosidade da bunda de Sam quando se moveu debaixo do algodão de seu short. Lembrei-me como senti em minha palma - firme, mas flexível. Eu apertei meus dedos inconscientemente com a lembrança. Eu não podia esperar para tomar uma mordida dele. A forma do coração de cabeça para baixo estava praticamente me provocando. Disfarçadamente, eu alcancei dentro da minha própria bermuda e fiz um pequeno ajuste para que minha dureza florescente não a assustasse ou me causasse dor desnecessária.


— Aqui estamos nós, — ela murmurou, abrindo a porta de seu apartamento. Dei uma olhada rápida ao redor. Havia uma lâmpada acesa no lado oposto da sala e uma cozinha à minha esquerda imediata. Notei a mesa e sofá como os únicos móveis reais no ambiente. Seu quarto era ou em outro lugar ou ela dormia no sofá. — Você, hum, quer café? Quero dizer, uma xícara real? Eu reprimi um sorriso para sua ingenuidade. Esta menina era a coisa mais distante de uma traidora, esposa de base desonesta. Os mesmos instintos protetores que experimentei antes, quando ela parecia sob ataque verbal pela loira voltou com força total. Estendendo a mão, dobrei alguns dos fios soltos de cabelo loiro mel atrás da orelha. — Não, o que está bem na minha frente é mais do que suficiente. — Eu esfreguei a ponta do meu polegar sobre seu lábio inferior exuberante. Ela fechou os olhos e ergueu o rosto ao meu e levei o convite que ela ofereceu. Erguendo-a contra mim, então não teria que me inclinar para baixo, eu moldei seu corpo contra o meu. Meus primeiros beijos eram leves, para me certificar de que ela tivesse tempo para mudar de ideia, mas quando passou sua pequena língua ao longo de meus lábios, meu fogo foi aceso. Eu tive uísque envelhecido com o meu pai que não tinha o gosto tão rico ou inebriante como ela. Quando a sua boca fechou sobre a minha língua e sugou, meus olhos reviraram em minha cabeça. Havia outras áreas quentes e úmidas do seu corpo e eu sofria para colocar meus dedos e então a minha língua e, finalmente, o meu pau duro.


— Ahhh, — eu gemi contra seus lábios. Ela soltou a minha língua, mas prendeu a boca contra a minha novamente. Os movimentos de sua língua contra a minha me tinha perguntando como o movimento de vibração sentiria contra o meu pau. Todo o sangue acumulou na minha cintura enquanto a imaginava de joelhos entre as minhas coxas, repetindo os mesmos toques de borboleta e o mesmo duro chupar. Desta vez, quando puxei sua roupa, agarrei tanto a camiseta quanto seu top por baixo. Ela gemeu quando a minha mão fez contato com seu peito. Não era muito grande, mas o mamilo sentia como o tamanho de uma borracha e saliva reuniu na minha boca quando eu imaginava sugando-o em minha boca. Empurrei o material e puxei para baixo em seu sutiã em movimentos espasmódicos rápidos até que tive o gordo peitinho dela na minha mão. Amassando-o, a ouvi gemer e a senti apertando em minha cabeça. Eu recebi a dica. Afastando-se da sua boca, a levantei com uma mão até que pudesse colocar minha boca em torno de seu peito. Através de seu short, juro que senti a umidade de sua excitação. Chupei e ela gemeu mais forte, as pernas quase apertando a respiração fora de mim. O sofá, pensei, eu preciso chegar ao sofá. Tropecei para frente, minha boca ainda trancada em seu peito, revirando seu cerne duro em minha língua e curtindo o tremor que minhas ministrações estavam causando. Segurando-a, usei o mapa mental, que criei quando entrei pela primeira vez. O sofá era às dez horas. Eu fui para a minha esquerda e, em seguida amaldiçoei quando tropecei em algo. — Espere, bebê, —disse, deixando o peito cair fora da minha boca. — Merda, o que foi isso? — Eu olhei para baixo e vi um par de botas de combate desgastadas e a sombra de seu marido morto se levantou e


matou a minha excitação. Minha mão deslizou para fora debaixo de sua bunda e lentamente a soltei para o chão. Ela olhou para mim em confusão, me segurando e senti a mordida de seu anel de casamento. Isso não ia funcionar. — Eu sinto muito. — Eu olhei ao redor da sala e cataloguei mais do que apenas o mobiliário agora. Houve um pacote de assalto no canto e na parede estava pendurada uma bandeira estranha com apenas listras e um espaço em branco onde o campo azul de estrelas deve aparecer. As botas de combate que tropecei pareciam obscenas. O lugar todo sentia como se houvesse alguém que não fosse Sam morando aqui. — O que há de errado? — Ela parecia e soava chateada, o tipo de transtorno que você tem quando estava excitada e, em seguida, não chegou a gozar. Foi um mau tipo de virada, o pior tipo. Passei a mão sobre o meu cabelo curto e procurei as palavras certas para explicar tudo para ela. Mas não podia. Não conseguia encontrar as palavras para algo que ainda não entendia. Eu nem sempre fui um cara ciumento, mas estava me sentindo muito ciumento agora – o que era doente de alguma maneira porque quem está com ciúmes de um cara morto? Se eu dissesse a essa garota que me senti como se o seu marido ainda estivesse aqui, em seguida, ela pensaria que eu era maluco. Na minha hesitação, Sam caiu de volta para longe de mim, esfregando as costas da mão na boca. Ela soltou um suspiro esganiçado e me amaldiçoei silenciosamente por fazer isso com ela. Uma parte de mim queria apenas colocá-la no sofá e dizer que se dane isso, mas não tinha certeza de que seria capaz de subir agora.


— Sinto muito, —repeti sem jeito. — Eu só vou chamar um táxi. — Não. — Ela se virou para mim. — Não. Vou te levar para casa. — Sua cabeça inclinou para cima em uma expressão reconhecível de orgulho. Ok, então. Eu caguei em toda esta experiência para ela e se queria me levar de volta para a casa de Adam então engoliria e a deixaria fazer isso.

Samantha

— Qual foi o ramo de seu marido? Adam não disse. — Gray perguntou, tentando iniciar uma conversa, acho. Eu estava me sentindo envergonhada e pouco petulante, mas um passeio de vinte minutos do centro da cidade para Woodlands em silêncio desconfortável não era uma ótima ideia. Não havia nenhuma razão para não falar sobre Will. Afinal, estava indo para casa sozinha esta noite como tinha tantas noites antes. — Exército.


— Soldado, hein? Onde é que ele serviu? — Afeganistão. Logo no final. Você? — Mesmo. Qual foi seu pelotão? Talvez o conhecesse. Eu disse a ele, mas ele apenas deu de ombros. — Sim, não servi com uma grande quantidade de ar. Era uma espécie de cara botas-no-chão. Não que não goste de saltar de um avião. — Eu nunca vi o apelo, —admiti. Will adorava, mas Will era sempre a metade aventureira do nosso casamento. Ele disse que eu o mantinha ligado à terra e sempre fui uma espécie de orgulhosa da minha pesada forma um pouco chata. Que coisa mais boba do que se orgulhar. — Will queria ser um paraquedista - um PJ4. Ele disse que não havia nada maior do que cair do céu. — PJs são impressionantes. Alguma vez ele a levou para saltar? O mal-estar que sentia falando de Will havia desaparecido. Era interessante falar com alguém sobre os militares que sabiam sobre isso, sabia que tipo de coisas Will estava procurando quando foi convocado. — Não. Nós conversamos sobre isso, mas, em seguida, você sabe... — Balancei a cabeça. Falar sobre a morte de Will não era um lugar que eu queria ir. — Por quanto tempo você estará aqui? Ele não respondeu de imediato, talvez pensando em quão estragada eu estava com meu apartamento cheio de coisas velhas de Will, o anel ainda no meu dedo e eu arranhando suas roupas. Queria

4 Paraquedistas das forças aéreas


dizer a ele que não era estragada, mas que ele me surpreendeu. Ou meus sentimentos me surpreenderam. — Quarenta e cinco dias, — disse, por fim, me dando nenhuma visão sobre o que estava pensando. — Quarenta e cinco dias? — Eu fiquei boquiaberta para ele. — Tantas semanas de folga! A única vez que conseguia ver Will por um período prolongado de tempo foi entre a escola básica e saltar. Mesmo antes de ir para paraquedista de formação no Alasca não cheguei a vê-lo por muito tempo. Gray mexeu desconfortavelmente na cadeira. — Eu não assinei meus papéis de realistamento. Meu contrato acaba em seis meses. Os militares tinham de assinar contratos. Eu sabia que o primeiro contrato era geralmente de quatro anos de serviço ativo e, em seguida, Will disse que eles tentaram atraí-los para a assinatura de novos contratos com promessas de um trabalho melhor ou mais dinheiro ou ambos. Gray parecia estar em seus vinte e poucos anos, embora pudesse ser mais jovem. Implantação em uma zona de guerra faz você envelhecer, Will me disse. Recrutas jovens passariam por cima e voltariam meses depois, parecendo que eles eram dez anos mais velhos. — Há quanto tempo você está dentro? — Oito anos. — E você está pensando em parar? Eu senti, mais do que vi, ele acenar. Estava relutante em compartilhar seu dilema e por que não? Eu era uma estranha, então só


segui em frente até chegarmos na casa de Adam. Parei o Land Rover no topo da colina, mas Gray não fez nenhum movimento para sair. — Eu não posso decidir. Acho que eles me deram uma promoção meritória para sargento, porque eles querem que fique. Eu não mereço. — Ele estava frustrado, não puxando todos os seus pensamentos em conjunto de forma coerente. — Há muito mais responsabilidade agora. Eu tenho que prestar atenção melhor aos regulares. Meu pai diz que há coisas melhores lá fora para mim... — Ele parou de falar, sua indecisão tornando-o mais atraente para mim do que toda a sua postura macho alfa poderia ter. — Quando Will morreu, abandonei a faculdade e nunca tinha voltado atrás. Os últimos dois anos... Eu passei o tempo de bartender, apenas marcando cada dia enquanto passava. — Vi quando ele olhou para fora da janela, o ar condicionado no Rover se tornando o único barulho por um tempo. — Fiz um curso de faculdade comunitária no outono passado quando voltei do Afeganistão, — disse ele, finalmente, ainda olhando para fora da janela. Ele segurou a parte de trás de sua cabeça com uma das mãos, esfregando a parte de trás do seu pescoço para aliviar a tensão que se construiu. — Outros caras que saíram, disseram que era melhor a faculdade de comunidade, porque os alunos eram mais velhos, mas ainda há uma grande diferença entre mim e os outros. Quando estava correndo de ataques, eles estavam assistindo as batalhas épicas entre bruxos e monstros. Eu me senti desconectado. Quando terminei aquele curso não voltei. Eu não tenho certeza se faculdade é para mim. Tanto o meu pai e meu avô eram de carreira nos Fuzileiros. Entrei diretamente da escola. Toda vez que me deparo com os civis, é como se


falassem um idioma diferente. Fico cansado de explicar a todos que cada indivíduo militar não é um soldado, — Gray resmungou. Eu sorri. Fuzileiros eram sensíveis sobre serem referidos como soldados. — Will, obviamente, nunca teve esse problema. — Há quatro ramos das forças armadas. Apenas um tem soldados. No contínuo descontentamento de Gray, eu ri alto. — Eu sei. Os soldados, marinheiros, aviadores e fuzileiros navais. — Obrigado. Ficamos ali por um momento em silêncio sociável e pela primeira vez não senti a necessidade de correr para dizer alguma coisa. Mesmo que ele não estivesse me tocando, ainda senti uma conexão entre nós dois. Poderia ter sido a nossa experiência compartilhada, mas não conseguia me lembrar da última vez que gostei de apenas falar com alguém. Um pensamento passageiro cutucou na esquina da minha mente e fiz a pergunta antes que pudesse dar-lhe muita atenção. — Você perdeu alguém? — Um par de caras logo no início. Mas não um cônjuge, — disse ele em voz baixa. — Entendo que isso é diferente. Seu tom respeitoso me fez sentir sombria. Olhei pela janela para a noite tranquila. Havia pouco ruído de volta aqui. As ruas estavam iluminadas por postes esporádicos e o único som era o estrondo tranquilo do motor. — Uma perda é uma perda. — Eu odiava a medição da dor.


— Posso te fazer uma pergunta? — Não. — Sério? — Se você tem que fazer uma pergunta preliminar então você já sabe que o acompanhamento é uma má ideia. Ele reposicionou-se por isso suas costas estavam descansando contra a janela não mostrando sinais de querer sair. Estranhamente minha frustração mais cedo cedeu e não estava ansiosa para a perda de sua companhia também. Gray mordeu seus pensamentos por um momento e, em seguida, fez a pergunta de qualquer maneira. — Qual é a coisa mais difícil de ser uma viúva? Ugh, sério. Não quero falar sobre a minha situação triste com Gray mais. Eu estava começando a me sentir como aquela pobre jovem viúva novamente ao invés de Sam, a menina que Gray queria tomar um café — se apenas por uma pequena janela de tempo. Soltando um suspiro exasperado, nivelei a questão militar mais irritante de sempre para ele. — Você matou alguém? — Nem mesmo no mesmo nível, — argumentou. Aposto que se eu olhasse para ele, teria uma expressão irritada no rosto. Suspirando, eu cedi. — O que você quer saber? — Um pog em meu pelotão morreu durante meu segundo ano. Você sabe o que um pog é?


— Na parte de trás, com o trem. Pessoa exceção a soldados com pouca experiência, — Trotei para fora. Eu tinha pegado alguns jargões militares, enquanto Will estava por lá. Queria ser solidária e útil, embora não tivesse concordado inteiramente com a sua decisão. — Certo, não-infantaria. Mas malditos bons moços. De qualquer forma, ele tinha uma jovem esposa e uma criança. Eu acho que ela tinha vinte e três ou vinte e quatro. Mais velha do que você, mas não muito. Ele morreu e ela ainda estava em torno da base. Fomos supercuidadosos com ela e, finalmente, um dia, ela quebrou no PX e gritou que estava bem. Só que obviamente ela não estava bem. Mais tarde, acho que foi para casa e engoliu um frasco de comprimidos e teve que ser levada para o ER. Eu estremeci. — História horrível. — Eu o conhecia. Eu me senti como se ele fosse um dos meus rapazes, embora ele não fosse um soldado. — A genuína tristeza ponderou suas palavras. — Então, você se sentiu como se ela fosse parte de sua responsabilidade? — Em alguns aspectos. Quer dizer, há uma grande rede de apoio para as viúvas militares ao redor da base e fui visitá-la, mas me senti desamparado. Eu gostaria de poder ter feito mais. Além disso, porque ele morreu, ela teria que sair da base de qualquer maneira. Sua expressão de pesar me fez olhar para ele.


— Talvez se você lhe escrevesse uma carta sobre quão vital o membro de seu pelotão foi, ela apreciaria isso, — sugeri. — Sim, talvez. — Ele estendeu a mão para esfregar a parte de trás do seu pescoço de novo e ele suspirou. — Desculpe por comentar. — Eu sempre pensei que as namoradas e noivas estavam em situação pior. — Eu não tinha certeza porque estava estendendo este tema. — Por que isso? — Na penumbra não podia ver seus olhos, mas podia senti-los. Ele não só estava me ouvindo, mas me escutando e entendi ele em troca. Meu coração se estendia na direção dele. — Porque elas não recebem a mesma consideração, embora estivessem apaixonadas. Quero dizer a diferença entre conseguir a bandeira funeral e as cápsulas de balas de bronze eram de dois meses para mim. Dois meses antes e sua mãe teria conseguido essas coisas. — Então você se sente culpada porque você as tem? — Um pouco. Como se fosse uma impostora, como se não merecesse lamentar como os outros. Mas eu tive a visita, as coisas comemorativas, as pessoas me checando. — Deus, não podia acreditar que estava compartilhando essas coisas com ele — esse cara que olhei, beijei, discuti. Mas ele não se afastou em tudo. Ele só ficava olhando e escutando, como se o que eu tinha a dizer realmente lhe interessava. — Nunca pensei nisso dessa forma. — Sentou-se, mas não parou de olhar para mim. Estávamos amarrados agora, os nossos olhos viciados um no outro. — Então não deveria me sentir culpado por não seguir com um? Ou eu deveria ter verificado mais deles?


— Eu não acho que você deveria se sentir culpado de qualquer forma, mas se isso incomoda você, então você pode fazer algumas coisas. É realmente o seu negócio? Eu odiava quando Will teve que explicar porque eu não ia me mudar para sua base com ele. Senti que era muita intromissão. — Sempre que você tem caras abaixo de você, sua vida pessoal é o seu negócio. É uma questão de prontidão. É a sua cabeça no estado de espírito certo para passar por cima? — Isso é muito estranho, não é? — Perguntei. — Completamente. — Ele riu e, em seguida, estendeu a mão para esfregar o volante de couro desgastado. Eu senti-o também, como se ele estivesse me tocando, esfregando o meu braço em conforto. Mas não foi realmente o suficiente. Eu queria que me tocasse novamente. — Aprecio você compartilhar comigo, mesmo que isto deve ser um assunto difícil. — Quando você parou de sentir dor pela perda de seus amigos? Ele me deu um sorriso triste. — Nunca. Você nunca supera isso. Eu perdi-os no primeiro ano de implantação. Dois caras, eu nunca vou esquecê-los. — Eu também não, mas isso é bom, certo? — Malditamente certo. — Ele moveu a mão do volante para o meu rosto, colocando de volta os cabelos dispersos que não ficavam parados. Prendi a respiração, porque não tinha certeza se queria apertar a mão dele ou desativar e provar toda a sua mão. Eu não tive que decifrar os meus sentimentos por mais de um segundo, porque ele permitiu que


sua mão caísse de volta em seu próprio colo. Minha pontada de emoção era uma mistura de pesar e alívio. — O que você faz quando não está misturando bebidas? — Sua pergunta me pegou de surpresa e eu gostaria de poder dizer algo aventureiro como ―Eu ensino paraquedismo‖. Na minha hesitação, Gray mexeu uma sobrancelha. — Não pode ser tão ruim assim. Eu dei uma risadinha envergonhada. — É tão estereotipado. Eu poderia muito bem comprar o meu chapéu vermelho e pintar meu cabelo de azul e encerrar o dia. — Agora você está falando outra língua. — Eu tricoto, — eu admiti. — A coisa mais emocionante que já fiz foi para o fio bombardear os postes de iluminação na escultura de jardins da Universidade Central. — O que é isso? Arremessar bolas de fios em alguma coisa? — Não, como a colocação de blusas em coisas secretamente no escuro. Silêncio. — Não é muito aventureiro, certo? —

Inferno,

quem

sou

eu

para

julgar?

Ele

ofereceu

magnanimamente. — É criativo. Eu não poderia dizer se ele estava interessado ou pensou que era bobagem. — Não é muito emocionante, porém, não como paraquedismo. Ele deu de ombros.


— Você poderia ter sido pega. — Nós tivemos a permissão da administração. — Sim, não é muito perigoso. — Ele sorriu para mim e peguei um vislumbre de dentes brancos e rugas ao redor dos olhos. Era um sorriso que me fez sentir quente e friozinho na barriga. Isso me fez querer sorrir de volta e assim eu fiz. — Tricotar parece legal. Você vai me fazer alguma coisa? Isso me fez rir de novo. — Essa é a resposta de todos quando lhes digo que eu tricoto. — Porra, eu não sou muito original. Mas isso significa que não? — Você não acha que é um pouco maçante? — Não realmente. — Ele balançou a cabeça. — Alguém disse isso para você? — Não é sobre tricô especificamente. Eu sou apenas uma espécie de pessoa não aventureira. Will sempre disse que o mantinha ligado à terra. — Eu sempre tomei isso como um elogio como Will pretendia que fosse. Gray não comentou sobre isso, mas ao invés disso ele me perguntou. — Que tipo de coisas que acha que é aventureiro? — Saltar de aviões? — Olhei para ele. Seja o que for que tinha sombreado seus pensamentos anteriores desapareceu. Em vez disso, um sorriso malicioso foi direcionado a mim, como se ele tivesse alguma grande ideia. Isso me fez sorrir de volta.


— Saltar de aviões é bom, mas há um monte de outras coisas que poderíamos fazer. Nós? Eu gostei do som disso. — Como o quê? Ele me deu um olhar misterioso. — Deixe isso para mim. — O que aconteceu antes? A mão voltou para o pescoço. Gray não foi muito difícil de ler, mas desta vez não acho que foi a tensão que apertou o pescoço, tanto quanto era feito por constrangimento. — Isso me fez ser estúpido e eu gostaria de te recompensar. Era isso como um convite para o café? Eu não conseguia entender, mas não tinha certeza se queria colocar esforço ponderando sobre isso. Eu coloquei o carro em marcha e rolei abaixo pela garagem de Adam para a casa. — Eu não estou aceitando qualquer coisa, mas se aceitar, o que preciso levar? — Usar botas resistentes. Shorts. Camiseta. Traga o seu tricô. — Ele saltou quase antes de eu puxar a uma parada completa deixandome com perguntas sem resposta e um amanhã incerto. Saí e fui para casa dos meus pais. No caminho, peguei meu telefone para mandar um texto a Eve. Ela estava ou dormindo, fazendo sexo com Randy, ou terminando de assistir um pouco de televisão. Esperemos que o último, porque eu queria mais alguns conselhos. Não


fui capaz de fechar o negócio com Gray fisicamente, mas o passeio de carro para a casa de Adam não era apenas conversa fiada sem sentido.

O chamei para o café, mas ele recusou.

Boa menina! E eu SINTO MUITO! Ele é um idiota. Você é boa demais para ele. Onde você está?

Oh, Eve, uma boa amiga.

Casa dos pais. Levei-o para o meu apartamento. Estávamos amigáveis, então ele decidiu ir para casa. Acho que ele não gosta do sabor do meu café.

Eu tive o seu café. Você tem um excelente café. Randy diz que vc deve ficar LONGE. Muito fedido. Deus, eu quis dizer FODIDO. TELEFONE ESTÚPIDO. R diz que cara que não sabe que um convite para o café significa sexo não pode encontrar o seu COÁGULO de qualquer maneira. TELEFONE ESTÚPIDO digitei C L I T Ó R I S.

Ele me pediu para ir em uma aventura com ele amanhã.

OH ELE CONVIDOU! Ele pode ser capaz de encontrar o COÁGULO depois de tudo. UGH. Vc sabe o que eu quero dizer!


Ele me disse para usar botas resistentes, shorts, t-shirt, e para trazer o meu tricô. Isso é o código para sexo também?

Não houve resposta de imediato. Será que ela desmaiou? Escorregando para fora do carro, fui para a casa e para o meu quarto. Eu era capaz de mudar, lavar o rosto e escovar os dentes antes que eu tenha uma resposta.

Estamos perplexos. R diz que ele pode ser um bastardo pervertido. Que gosta de sexo ao ar livre. Vc teve cuidado?

Devo ficar em casa?

Desta vez, ela respondeu imediatamente.

NÃO! Foi a resposta imediata. Vá e diga-me todos os detalhes amanhã à noite. Leve preservativos. Nunca confie em outra pessoa.

Quando olhei em volta do meu quarto de infância, ocorreu-me que eu deveria ter trazido Gray aqui. Não havia vestígios de Will neste cômodo. Meu pai lhe proibiu de vir aqui. Em vez disso, Will e eu passamos muito tempo no porão da casa dos meus pais, se agarrando e


às vezes até ter furtivo, não muito satisfatório, sexo. O medo de meus pais nos pegando tornou muito difícil para eu relaxar. Acho que a emoção trabalhou para o outro lado em Will. Ele sempre terminava forte e rápido. Mas isso era Will, cobrando duro e buscando emoção. Ele disse que meu ritmo mais calmo foi o que o manteve equilibrado e meio que tinha orgulho nisso. Sendo a sua âncora. Meu pai pensou que, enquanto não estávamos fazendo isso na minha cama de princesa com suas diáfanas cortinas brancas eu ainda estava intacta. Ironicamente, o meu quarto de princesa se tornou um refúgio, um lugar que poderia escapar das memórias sufocantes de Will e eu. Passei muitas noites aqui logo após Will morrer. Puxando o gingam cor-de-rosa, subi dentro e enfiei um velho urso de pelúcia perto de mim. A imagem de Gray enquanto ele facilmente me segurou passou pela minha cabeça, mas não queria ter uma fantasia com ele esta noite. Quando permiti a exaustão me puxar para baixo, me perguntava se minha atração por ele baseou-se no fato de que era militar e me lembrou vagamente de Will, embora os dois não eram nada parecidos. Oh, Will. Deus, por que você não me deixa em paz? E eu estava sozinha — e tão, tão cansada disso. A pontada no meu peito parecia vagamente como culpa e quando fechei meus olhos, a minha dolorosa solidão embebeu meu travesseiro.


CAPÍTULO SEIS

Samantha

— Pijama legal. Você tem cinco? — Bitsy apareceu na sala de café enquanto eu estava tomando o café da manhã, ou brunch5 para ser técnica, dado que era 10:30 da manhã. Olhei para a minha camisola e short Smurfette e na bacia de Cheerios que eu derramei. — Sim, eu tenho. E você? — É difícil de acreditar que você é a irmã mais velha. Minha resposta foi grunhir para o meu cereal. Eu não estava equipada para brigar com ela verbalmente em meus melhores dias, muito menos um que se seguiu a uma noite emocionalmente desgastante. Eu só queria comer meu cereal e ler as novas mensagens no fórum de tricô que encontrei em meu telefone. — Nem em todos os momentos podemos nos parecer com panfletos de moda. — Eu olhava para ela, observando o short de cintura alta, top de ombro caído e sandálias de cortiça de salto alto. — É este um traje

5 Refeição matinal que serve tanto de desjejum como de almoço.


normal de dia-a-dia, para as crianças nos dias de hoje? — Fiz um gesto para sua roupa. — Este é o traje do cotidiano das pessoas normais. — Ela colocou uma mão em seu quadril magro e completou com uma pose eu-soumuito-boa-para-isto. — As pessoas normais estão exaustas, então. — Balançando a cabeça, voltei minha atenção para o celular onde eu poderia ler o debate sobre se a lã ou fio de acrílico deve ser utilizado para tricotar sapatinhos e chapéus de bebê. Eu gosto de ambos e acrílico é muito suave, mas muita gente pensa que os bebês devem ter apenas coisas com fibras naturais. Isso era o quão importante de uma discussão que poderia lidar esta manhã. — Eu disse a David que você ia ser a única a assumir a firma em oito anos. — Ooh, você almoçou com os Andersons? — Ela correu para tomar um lugar à mesa. — Tucker estava lá? — Você sabe que Tucker é velho o suficiente para ser seu pai, certo? — A queda estranha de Bitsy pelo irmão mais velho de Will era engraçada na teoria, mas um pouco assustador se fosse real. — Não há rapazes da sua idade que você possa namorar? — Ninguém namora mais, Sam. — Bitsy suspirou dramaticamente. Cara, apenas alguns anos fora da escola e eu nem sequer entendo mais os rituais de acasalamento. Café para o sexo e sem namoro. Na verdade, Will e eu nunca realmente namoramos também. Nós tínhamos mudado de amigos de infância para algo mais quando ambos percebemos que havia sentimentos mais fortes do que apenas amizade. — Então, o que você faz? Sair? Ficar? Pinotear?


— Pinotear? — Você sabe, brincar. Mesmo que ela não tenha feito nenhum som, eu poderia dizer que ela estava revirando os olhos. — Pinotear é uma palavra de gente velha, — ela zombou. — Eu me sinto velha, — disse, esticando os braços para fora. — Eu me sinto oitentona. — É porque você sai com senhoras de idade o tempo todo. — Elas não são todas senhoras de idade, — protestei. Ela estava se referindo ao meu grupo de apoio à tristeza, Yarn Over Widows Knitting Club6. — Eu acho que algumas delas estão na casa dos cinquenta. — Mamãe não é tão velha assim! — Maridos não costumam morrer quando eles estão em seus vinte anos, — eu indiquei, rapidamente lamentando quando o rosto de Bitsy caiu. Apressadamente, acrescentei, — De qualquer forma, você pode ter a certeza de dizer à mamãe que você vai adquirir a empresa quando mamãe e David estiverem prontos para se aposentarem. Ela torceu o nariz. — Ugh, não. Eu não quero ser um advogado. Vou fazer outra coisa. — Como o quê? — Não tenho certeza, mas isso vai ser divertido e incrível.

6 Clube de Fios Sobre Viúvas Tricotando


— Eu espero que sim, Little Bit. — Eu queria que ela fosse feliz. Droga, eu queria ser feliz, percebi, mas acho que a minha irmã teve uma ideia melhor de como alcançar seus objetivos do que eu tive. — Então Tucker estava lá? — Ela era como um cão indo atrás de um osso, persistente e incansável. Na verdade, era igual a Mamãe ali mesmo. Eu era mais parecida com o papai — deixar as coisas virem a mim em vez de perseguir as coisas. — Não. — Eu empurrei o resto do meu cereal na boca e, em seguida, acrescentei cereal mais seco para absorver o restante do leite. — No nosso último almoço de aniversário, Tucker gritou com seu pai e eles quase entraram em uma briga. Carolyn chorou e eu queria rastejar debaixo da mesa. — Dois anos atrás, Tucker começou a faculdade de direito. Quando Will morreu, Tucker largou o curso e começou a tatuar pessoas. A vida era muito curta para viver a vida que outras pessoas queriam para você, ele me disse. Então acho que o sonho de Tucker era ser um tatuador, porque isso é o que ele estava fazendo agora. — Mas seria bom se ele chegasse a segurar a mão de sua mãe. — Minha mãe diz que Carolyn precisa aprender a segurar sua própria mão. — Bitsy levou o cereal de mim e serviu-se de uma tigela. Segurar Carolyn emocionalmente foi uma tarefa desgastante e eu desejei que Tucker fosse me ajudar desde que seu pai não o faria. — Ele ainda é um idiota egoísta e velho demais para você. — Minha mãe diz que sou uma alma velha. — Não, Bitsy, eu pensei, você é tão luminosa, brilhante e nova que meu coração dói por sua beleza. Eu desejei que ainda tivesse o que olhar. Em vez disso, me sentia aborrecida e usada e, depois da noite passada, rejeitada. Quando


acordei, a memória de Gray me dizendo que ele tinha que sair do meu apartamento foi a primeira coisa que me veio à mente, não a longa discussão significativa que tivemos depois. O convite para fazer algo aventureiro se sentia como um encontro de pena, em vez de um verdadeiro desejo de passar mais tempo comigo. Senti-me tola e envergonhada. — O que eu digo? — Questionou nossa mãe quando ela entrou na sala de café vestida com calça e uma blusa. Ela devia ter ido encontrar com clientes no escritório hoje. — Que você trabalha demais, — eu disse carinhosamente. Mamãe se inclinou e beijou ambas as nossas cabeças. — Alguém tem que mantê-las com cereal, — brincou ela e passou a fazer uma xícara de café. — Seu pai diz: Olá por sinal e gostaria que você o chamasse no Skype amanhã. — Papai estava na Inglaterra ensinando em uma bolsa de verão no comparativo American Lit em Cambridge. Uma buzina soou lá fora e Bitsy pulou, beijando mamãe e correndo para fora da porta. Uma nuvem de perfume e spray de cabelo ameaçou me engasgar quando ela passou correndo. — Noite ruim? — Mamãe sentou-se na cadeira agora vazia de Bitsy e empurrou a tigela de cereais abandonada de lado. Eu considerei mentir para ela, mas não fui capaz de fugir com isso quando era uma adolescente e duvidava que fugiria agora. — Só me senti um pouco solitária, eu acho, — admiti.


Ela fez um som de hummm misteriosamente, mas não disse mais nada, apenas bebeu um gole de café e olhou para mim como se eu não estivesse derramando todos os meus segredos. Eu conhecia esse truque. Ela uma vez me disse que a melhor maneira de arranjar que alguém começasse a falar era ficar quieto, porque as pessoas odiavam silêncios desconfortáveis. Tentando resistir ao apelo de seu comando não dito, olhei em todos os lugares, menos nela. Depois de nem sequer um minuto ter passado, comecei a colocar tudo para fora. — Eu conheci um cara ontem à noite e ele... — Não há limites para o que eu queria compartilhar então tentei pensar em alguns eufemismos para descrever o que ele fez, que tínhamos feito juntos. — Você estava se agarrando com um estranho no corredor do Gatsby? — Mamãe ofereceu com uma risada engasgada. Bati minha cabeça sobre a mesa. — Teresa Bush, certo? Pensei que ela estava muito bombardeada para se lembrar de algo. Ela tentou puxar para baixo seu vestido e me mostrar a sua tatuagem, pelo amor de Deus. Mamãe assentiu com um sorriso. — Sim, Teresa não estava bêbada demais para se lembrar de vê-la sendo levada por um homem-Deus, acho que foi a frase que Teresa usou e, em seguida, ela viu quando você... — A mãe parou e bateu em seu queixo, claramente buscando a maneira mais embaraçosa para colocar. — Ah, sim, encenando as primeiras cenas de um filme pornô. — Mãe, — eu gemi. — Sério? Estou tentando comer. Você não tem pessoas para processar?


— A grande coisa sobre os tribunais terem mudado para o preenchimento eletrônico é que posso processar pessoas 24 horas por dia, sete dias por semana. Isso significa que posso ter tempo para tomar café da manhã com a minha filha mais velha, — disse alegremente e, em seguida, tomou outro gole de café. — Oh meu Deus, mãe. — Então, eu me perguntei por que você não estava em seu santuário com seu Deus homem, mas na minha cozinha. Foi apenas um caso de uma noite? Ou ficada, como vocês crianças estão chamando nos dias de hoje. — Eu sinto muito, mas tenho que ir lá fora e cometer haraquiri7. — Vocês meninas se constrangem tão facilmente. — Mamãe sorriu para mim e deu um grande gole no café. — Você realmente acha que é um santuário? Meu apartamento, — esclareci. Dentro das muralhas pedaços de Will estavam presentes. Seu velho pacote de assalto descansava contra o meu sofá e suas botas de combate estavam contra a parede. No meu armário estavam pendurados seus uniformes de combate e de serviços. Sua mãe e eu tínhamos levado todas as coisas de Will para a limpeza a seco e elas foram penduradas lá, envolta em plástico, além das roupas que eu costumava usar — os vestidos curtos e saias, minha calça jeans skinny, o chão inteiro cheio de sandálias, sapatilhas e os saltos ocasionais que sobraram de bailes da escola.

7 Ritual de suicídio japonês onde é enfiado uma espada no estômago.


Na parede, cobrindo uma extensão de tijolos pintados de branco, tinha um grande feltro verde onde pendurei minha quase terminada bandeira americana de malha afegão. Eu tinha terminado todas as listras brancas e vermelhas, mas a área azul onde as estrelas devem estar me bloquearam. Eu poderia tentar descobrir como fazer o ponto intársia8 onde eu tricoto duas cores diferentes de fios ao mesmo tempo ou que eu teria que fazer as estrelas de crochê. Nenhuma das opções me entusiasmou. Escondidos entre as parafernálias do Exército de Will tinha fio. Lotes do mesmo. Em uma cesta perto da cozinha, debaixo do sofá e muito mais no andar de cima. Era como se eu tivesse tentado preencher minha vida com fio em vez de pessoas. Meu apartamento estava cheio de projetos inacabados de tricô, as bolas do fio e as relíquias do meu marido morto. Então, sim, minha mãe estava certa. Não admira que Gray houvesse se apavorado. Pousando sua xícara de café, Mamãe me estudou por um momento, como se reunindo seus pensamentos para um argumento importante. — Eu acho que há um monte de Will em seu apartamento e que pode tornar desconfortável para um novo homem. — Ela apontou para minha mão esquerda. — Junto com o seu anel. Torci o anel desconfortavelmente, escondendo o diamante brilhante na minha mão de novo para somente o simples aro aparecer. — Eu só... não sei o que fazer com o material de Will. — Você não pode dá-lo a Carolyn?

8

Ponto de Tricot Intársia


— Eu tentei, no início, mas ela começou a chorar e disse que Will quereria que eu os tivesse. Só queria que ela parasse de chorar, então eu não empurrei. Mamãe apertou os lábios, reprimindo seus sentimentos reais sobre Carolyn. — Só porque você estava casada com Will não significa que você é infinitamente responsável pelo bem-estar mental de Carolyn. Seu uso do pretérito quando se refere ao meu casamento com Will me fez chorar. As duas tigelas de cereal que comi começaram a entupir minha garganta. — Eu não sei por que estou chorando, de repente, — eu admiti. — Você teria pensado que já chorei bastante durante esse primeiro ano para durar uma vida inteira. — Você está começando a sentir de novo. Você estava dormindo por um longo tempo. Quando você acorda às vezes é doloroso. Era isso? Eu estava acabando de acordar e esse cara Gray, só passou para apertar o botão de reinício da minha libido? O fato é que eu estava pensando sobre a falta de intimidade física cada vez mais nos últimos tempos. Eu gostaria de pensar que ia passar — um pensamento ilícito de vê-lo nu no meu quarto enviou um pequeno arrepio percorrendo minha espinha, um arrepio que não escapou aos olhos atentos de minha mãe. — Quem nomeia seu filho de Gray? — Perguntei. Mamãe sorriu. — Esse é o nome do gostoso? Gray?


— Gostoso, mãe? — Eu só estou utilizando o seu jargão. Tenho clientes de sua idade. — Os delinquentes juvenis? — Não, você é uma adulta. Crimes completos para você. — Ela me cutucou com o ombro. — Grayson realmente significa no Velho Inglês, filho de um oficial de justiça. — Você está dizendo que meu nome deve ser uma cor. — Eu pensei em nomear você de Blue, mas seu pai não permitiria isso. — Então, eu tenho o nome de um menino em vez disso? — É de gênero neutro. Basta pensar nas vantagens. — Ela se inclinou para mim. — Vou poder encontrar o homem-Deus? — Mamãe tinha um olhar lascivo em seus olhos. — Mãe! — Eu disse com indignação. — O que o pai diria? — Eu sou casada, não morta. — Mamãe terminou o café e pegou a tigela vazia de Bitsy e a xícara de café e foi em direção a pia. — Não há nenhum mal em olhar. Eu pigarreei e depois percebi que soava exatamente como a velha que Bitsy me acusou de ser. A discussão sobre Gray trouxe à minha mente seus ombros largos, cintura fina e mãos grandes. Eu jurei que ainda podia sentir a língua dele escorrendo pelo meu pescoço e a pressão de sua ereção entre minhas pernas. Mordi o lábio e apertei minhas pernas para me manter sob controle. Obrigada a Deus que Mamãe estava de costas para mim.


— Falando de crianças de advogados, o que está fazendo, Sam? Não que me importe em você ser bartender, mas é realmente a ambição de sua vida? Eu sei que você se inscreveu para as aulas na Central porque o seu pai tem a isenção de pagamentos, mas para que você vai voltar a escola? — Eu não sei. — Eu agitei o leite deixado na minha tigela algumas vezes e assisti os Cheerios girar em torno da pequena corrente que eu estava criando. Falando sobre o futuro foi uma maneira de matar todos os pensamentos sensuais. — Parecia ser a coisa a fazer. Eu nem me lembro o que era que queria estudar em primeiro lugar. — Eu limpo o meu rosto com as duas mãos. — Só estou cansada de estar triste o tempo todo. Eu tinha todas essas desculpas por isso que não podia me mover para o Alasca com Will e agora desejo que eu não morasse aqui, onde todos que me conheciam me reconhecem como uma parte de uma unidade que está quebrada e faltando uma peça importante. Sou a viúva de Will aqui. — Afaste-se. Comece de novo, — Mamãe pediu. — Você tem que parar de viver a sua vida com base no que as outras pessoas pensam que você deve fazer. Entendo que você se arrepende e que você deseja que tivesse mudado para o Alasca a fim de que pudesse ter passado esses meses junto com Will em vez de separados. Mas isso não significa que você tem que passar o resto de sua vida tentando ser a melhor viúva possível porque você não era a melhor amiga ou porque você não era a melhor esposa ou porque você se ressentia o inferno do fato de que Will decidiu se juntar ao exército. Vocês eram ambos adolescentes na época. Só porque você não se moveu quando ele foi para a infantaria de


combate e pulou para fora de aviões em todo o mundo, não significa que você não tem um espírito de aventura. Chega lá e comece a viver. Olhei para ela, minha boca aberta um pouco. — Há quanto tempo você está esperando para arrebentar esta palestra? — Provavelmente um bom ano. — Ela suspirou e me puxou contra ela. — Tanto tempo? Sua contenção é notável. — Você não estava pronta. — E agora eu estou? — Sim. — Como você sabe? — Porque cerca de dois segundos atrás você estava tremendo lembrando o toque da mão de um homem. Eu acho que isso significa que você está pronta para seguir em frente. O velho truque de ―olhos na parte de trás da cabeça‖. Gostaria de saber se essa visão traseira era algo que você desenvolvesse quando começasse a gestação. — Eu não sou muito boa em correr riscos, — disse eu. Mamãe gritou com o riso. — Querida, o maior risco é amar alguém. Você de todas as pessoas sabe disso. Após aquela bomba, mamãe me beijou e depois saiu para seu escritório.


A minha casa de infância se sentia vazia com Bitsy fora com amigos e minha mãe no escritório. Eu deixei a meu pai uma mensagem de vídeo no Skype e depois fui para o meu apartamento. Para o resto da manhã, estava sentada em minha minúscula varanda de metal com meu tricô. A assistente administrativa da mamãe estava tendo um bebê e eu estava trabalhando no conjunto de recém-nascido para ela. Will e eu tínhamos sido assíduos sobre o uso de proteção, mas houve várias vezes depois que ele morreu que desejava que não fossemos tão cuidadosos e que estivesse sentada aqui tricotando botinhas para o nosso filho. Mas pensamentos começando com eu desejo e se eram uma má viagem no buraco do coelho. Esse era o único negativo sobre tricô. A mente tende a vaguear e se não tivesse cuidado, iria começar a ficar piegas. Em vez disso, propositadamente me centrei nas ruas, o rio mais além, e o puro prazer de ter o sol quente no meu rosto. Os raios de sol me lembraram do punhado de manchas de ouro que tinham brilhado para mim dos olhos de Gray. Eu me permiti o prazer culpado de visualizar tudo de Gray – seus ombros largos, seu toque firme, seus lábios macios. Esfregando meu cotovelo, imaginei que ainda podia sentir a marca de seus dedos na minha pele. Fazia tanto tempo que eu gostei do toque de outro macho além de um abraço rápido de um membro da família. Gray cheirava muito bem — alguma mistura de fragrância masculina de terra coberto por notas fracas de especiarias e do oceano. Eu esfreguei a ponta da minha língua em meus lábios, lembrando como sua boca sentia-se dura e macia, ao mesmo tempo. Como a língua era enorme dentro da minha boca e quanto eu sofria entre as minhas pernas.


Eu

era

realmente

uma

tomadora

de

risco?

Vista-se

confortavelmente, shorts, camiseta, botas. Eu estava realmente pensando em ir caminhar com um cara que me acusou de traição e, em seguida, me deixou pendurada na beira de um orgasmo, porque havia muitas coisas de Will no meu apartamento? Conforme eu puxava o short e um par de meias grossas, percebi que estava. Que coisas melhores que tenho a fazer? Sentar aqui e tricotar? Por que não permitir minhas agulhas de tricô um pouco de aventura? Cavei uma blusinha gasta que dizia, “Eu tricoto então não mato pessoas”. Gray poderia apreciar o humor dela. Espere, realmente me importo com o que pensava Gray dos slogans de minhas camisetas? Joguei-a de volta na gaveta e encontrei uma de treino que não tinha slogans e era verde neon. Olhando para o meu reflexo no espelho de corpo inteiro na porta do armário, vi que o verde neon fez toda a minha cara parecer doentia. Meus olhos foram em direção à camisa de tricô e a vaidade venceu. Se botas resistentes e shorts eram algum tipo de código para sexo ao ar livre, então não queria fazer Gray doente com a minha visão. Não que eu estivesse indo ter relações sexuais com ele. Ele me rejeitou duas vezes. Enfiei a camisa de tricô sobre a minha cabeça. Eu não possuía botas e me perguntei se tênis ficaria bem. Quando peguei meu telefone, fiquei impressionada com a percepção de que eu não tinha o número de Gray. Mesmo se quisesse cancelar, eu teria que fazê-lo em pessoa. Isso foi um acidente, porque ele simplesmente não pensou em pedir, ou foi intencional? Eu tentei não pensar muito sobre o que estava fazendo e, em vez apenas dirigi até a casa de Adam. Gray estava no gramado, jogando


futebol com um dos rapazes da casa. Eu não conhecia todos eles, apenas Adam e Finn. Bateria e o som de uma guitarra derramaram da garagem individual onde Adam e sua banda deveriam praticar. Havia um ramo de atividade aqui. Eu não sabia exatamente quantas pessoas viviam aqui, mas o número de pessoas zanzando tinha que estar perto de vinte. Diminui a velocidade para que não atropelasse um futebolista errante. Gray veio até minha janela e eu a abaixei. — Será que a oferta ainda está boa? Ele encostou-se à janela e seu antebraço estava a centímetros de distância de mim. O suor saudável de seu jogo de improviso cheirava bem e me senti um pouco nostálgica para os tempos que abraçava Will após a sua prática da trilha, quando você podia sentir o cheiro de grama fresca cortada misturada com testosterona masculina limpa. A súbita vontade de correr a minha língua até o lado de seu pescoço com veias me abalou. Quando eu olhei diretamente nos olhos salpicado de ouro, houve uma fome correspondente. Mas o que aconteceu ontem à noite? Eu queria chorar. Poderíamos ter explorado tudo isso ontem à noite, mas em vez disso eu estava indo para algum lugar em uma ―aventura‖. Bem, era melhor esta aventura ser danada de boa. Quase contra a minha vontade, balancei em direção a ele, mas o meu cinto de segurança me salvou de tal humilhação. Ele me pegou em meados de um desmaio e me segurou. Olhando para as minhas mãos, pensei em colocar o veículo em sentido inverso e afastar.


— Eu vou pegar os equipamentos, — disse Gray, em voz baixa. Eu lutei contra um arrepio visível. O que havia de errado comigo? Ou talvez a melhor pergunta era o que estava errado com ele? — Não saia, — ele ordenou, como se de alguma forma o meu receio era óbvio. — Não saia, — repetiu ele. Fiquei ali sentada na minha caminhonete em marcha lenta e vi os rapazes e meninas no gramado da frente, alguns olhando para mim e outros admirando a forma de Gray enquanto ele galopava em direção à garagem. Era difícil não admirar sua construção poderosa. Alguma vez achei que ele não era o meu tipo? Isso tinha sido algum tipo de conversa de louco.


CAPÍTULO SETE Samantha Gray me orientou para os penhascos Red Rocks, uma pequena área de falésias que caia em rio da cidade. Eu nunca estive aqui antes. Fora na volta, ele tirou um monte de cordas e coisas de nylon e ganchos de metal. — É isso que eu acho que é? — Se você está pensando que é um macramé9 extremo, então não, não é. — Gray não olhava para mim, mas em vez disso tinha a atenção no enrolamento de corda ao redor de seu cotovelo e ombro. Tirou uma bobina e entregou para mim. Era mais pesado do que previ. — Você pode lidar com isso? — Gray deu um aceno de queixo em direção a corda. Eu o ergui. — Enquanto nós não estamos fazendo uma corrida de doze milhas. — Não se preocupe. — Então, escalada em rocha? — Imaginei que esta era uma verdadeira aventura e não sexo. Dei de ombros mentalmente. Pelo menos eu podia falar alguma palavra como um eufemismo sexo. Isso foi útil. Ocorreu-me que estava sendo colocada na friendzone 10. Escalar em

9

Tipo de linha ou de fio que se destina a bordados, filés e crochês

10 Zona de apenas amigos


vez de sexo? Isso é o que você faz com os amigos, não pessoas que você gostaria de ver nua. Mesmo eu sabia disso. Oh bem, perdi um monte de amigos nos dois anos desde a morte de Will. Eu poderia usar esse tempo com Gray para aprender a ser uma melhor amiga. Apesar de que era estranho que estávamos escalando, desde que Gray podia facilmente ter ido com seus amigos. — Nenhum de seus amigos escala? — Perguntei. — Claro que eles escalam, embora Noah vá muito menos agora, porque o seu contrato de luta profissional o impede de participar de atividades perigosas. — Então, por que estamos aqui? — Porque eu queria passar mais tempo com você. Onde está o seu tricô? Ele queria passar um tempo comigo? Isso parecia ser algo que você diria a alguém que você queria ter ―café‖. Eu estava tão confusa. Entreguei-lhe um pequeno saco e ele prendeu em um pacote maior, que pendurou no ombro junto a outro rolo de corda, outro pequeno saco e um conjunto de arreios. Saímos, não em um ritmo rápido, mas um constante. — Para que tipo de aventura você está me levando? — Falei para as costas de Gray. Mais rápido e estaria sem muito fôlego para falar. — Huum bebê huum, não se preocupe. — Ele se virou e piscou para mim por cima do ombro. — Eu vou cuidar bem de você. Sua promessa soou um pouco provocante. Talvez fosse sexo. Deus, tinha que parar de pensar em sexo. Quando o segui até a pista de


caminhada, olhava para o seu físico. Suas pernas pareciam poderosas, mas não excessivamente espessas. Ele tinha músculos nas costas que se moviam enquanto subia a colina. Gray parecia que poderia cuidar de uma mulher. Ele era um cara com força e resistência, que claramente desfrutava das coisas físicas. A oportunidade perdida na noite passada me bateu mais forte. Ele me levantou e facilmente me segurou quando me beijou ou quando ele esfregou sua coxa entre as minhas pernas foi incrível. Acho que seu pênis era grosso e pesado para combinar com o resto de sua construção. Seu peitoral duro seria o lugar perfeito para colocar minhas mãos enquanto o montava. Minha imaginação me deixou sem fôlego. — Ei, você está bem? Você precisa fazer uma pausa? — Gray parou e virou-se para olhar para mim. Sim, eu preciso fazer uma pausa e bater minha cabeça contra as rochas até que a imagem de nós dois nus, seja liberada da minha mente. Em voz alta, disse: — Não, — e dei-lhe o sorriso mais falso em dois condados. Ele me olhou desconfiado, mas como não podia ler minha mente, graças a Deus, ele apenas se virou. Toda vez que começava a pensar em Gray de uma forma sexual, me apunhalava com uma imaginária agulha de tricô. Bom que foi imaginário, porque eu teria sangrado cerca de um terço do caminho para cima.


Gray

Os cabelos na parte de trás do meu pescoço estavam em atenção novamente. Sam estava fazendo buracos através de mim, mas sempre que me virava, ela me dava esse olhar inocente de olhos arregalados. Ela estava escondendo alguma coisa, mas não sabia se ela estava chateada porque a estava levando em uma caminhada ou chateada pôr a ter deixado balançando com o vento na noite passada. Pensei em contar a ela que estive miserável depois que a deixei. A ereção que morreu com a visão das coisas do marido morto estalou de volta depois que ela me deixou. Eu tentei bater punheta no banheiro, mas quando gozei era insatisfatório. Meu pau estúpido queria estar dentro de Sam em vez de na minha mão. Toda a noite alternava entre fantasiar sobre como sentiria se estivesse dentro dela e reviver o momento no corredor quando ela gozou apenas na pressão da minha dureza contra ela. Quanto mais tempo a noite avançava, mais queria me dar um soco na cara por parar. Quem se importava com botas e mochilas vazias? Seu marido foi embora. Nenhum de nós estava traindo ninguém. Estive tão perto de afundar em sua doçura e eu bloqueei meu pau. Queria bater-me ainda mais forte quando acordei esta manhã com a realidade de que não peguei o seu número de telefone. Depois ela apareceu e eu não queria perder tempo lamentando ontem ou perguntando-lhe se ela mudou de ideia, porque poderia ler a incerteza em cada linha de seu corpo a partir do conjunto tenso de seus ombros para a forma como sua mão pairou sobre a


mudança de marcha. Ela parecia pronta para jogar a Rover no reverso a qualquer momento. — Não vá, — eu disse a ela na minha melhor voz de comando e ela não tinha ido. Agora nós estávamos caminhando em uma falésia desconhecida e eu estava indo usar os equipamentos de Noah para ensinar Sam a fazer rapel na encosta de um penhasco. Nos Fuzileiros, isso poderia ser chamado de um exercício de confiança. Eu não tinha certeza do que estava tentando provar com ela. Apesar de sua respiração difícil, ela continuou andando. Sugeri parar, mas poderia dizer que, se eu perguntasse se ela estava bem mais uma vez ela poderia me empurrar para o precipício. Isso realmente não era a resposta que eu estava caminhando para conseguir, mas Sam não esqueceu completamente a noite passada porque nós estávamos andando em fila indiana. O caminho foi definitivamente grande o suficiente para duas pessoas, mas cada vez que desacelerei, ela desacelerou. Então e se ela não queria andar ao meu lado? Ela estava aqui o que significava que queria passar um tempo comigo e eu ia tomar as migalhas que estava disposta a jogar na minha direção neste momento. — Noah disse-me para ir até o marcador a duas milhas e que haveria âncoras para nós lá, — eu expliquei. — O que vou fazer? — Bem, essa é a parte da aventura, —brinquei, mas quando não respondeu, corri para assegurá-la. — É por isso que tenho todo esse equipamento de segurança. — Eu levantei a engrenagem. — Quando chegarmos ao marcador, vou testar as âncoras e depois vamos descer de


rapel para o marcador de uma milha. Então, enquanto você tricota, eu estou indo fazer rapel até o fundo e, em seguida, subir de volta para encontrá-la. Soa bem? — Claro, por isso, uma queda de bebê para mim e uma grande subida de menino para você? — Não é uma queda. — Certifiquei-me de que ela pudesse me ver, ver que estava falando sério, disse cuidadosamente, — Eu nunca te machucaria ou colocaria em posição de se machucar. Penso que você sabe, com base no que disse, que isso seria tipo interessante. Ela me deu um pequeno sorriso caprichoso, não um completo, mas como se ela achasse algo engraçado. — Não é o que eu esperava, mas soa divertido, como vou ser protagonista em meu próprio pequeno filme de ação. O que preciso saber sobre rapel? — Vá devagar. — Isso soa chato. Eu pensei que nós íamos fazer algo emocionante. — Ela olhou para a ravina abaixo como que para qualquer coisa, menos saltar sem um paraquedas ia ser uma decepção dolorida. Fechei a curta distância entre nós e olhei para ela. A inclinação do caminho a fez pender a cabeça para trás e expos a coluna delgada e longa de sua garganta. — Lento não precisa ser chato se você estiver fazendo a coisa certa. — Passei a mão para baixo da parte externa do seu braço sobre seus pequenos bíceps, seu cotovelo macio e seu pulso fino até chegar aos dedos. Perto assim podia ouvir o ligeiro aumento no ritmo de sua


respiração. Ela foi afetada depois de tudo. Eu enrosquei meus dedos com os dela e quando ela não se afastou, me virei para terminar o resto da caminhada com sua mão na minha. Quando chegamos ao segundo marcador de milha, avistei as âncoras que Noah mencionou esta manhã. — Dê-me um segundo, —disse, apertando a sua mão quando a deixava ir. Me ocupei com o grampeamento de nossos cintos de segurança para as âncoras e dupla checagem dos parafusos como garantia. Havia carga preciosa comigo hoje e eu queria ter certeza de que estava extra segura. Um farfalhar de terra e rochas atrás de mim me fez olhar para cima. Sam estava muito perto da borda e espiando por cima. A memória da viúva triste que teve uma overdose passou pela minha mente. Sam não estaria tão perto da borda intencionalmente, certo? — Você está bem? — Chamei baixinho para não surpreendê-la. Quando ela se virou para mim, tinha um olhar enjoado no rosto. — Eu não sei sobre isso, — ela admitiu. — A ideia era boa, mas talvez devesse apenas esperar aqui em cima. — Ela apertou as mãos e, em seguida, apontou para uma árvore alta que fornecia alguma sombra agradável da tarde. — Que tal eu apenas sentar lá e tricotar? Eu posso me ocupar por algumas horas assim com nenhum problema. Não, não estava tentando pular, apenas com um pouco de medo. Isso eu poderia lidar. Fui até a borda com ela e coloquei levemente um braço em volta dos seus ombros. Ela estremeceu um pouco e não tinha certeza se era medo ou antecipação. Eu a puxei para mais perto do meu lado, onde ela se encaixava perfeitamente, o ombro debaixo do braço.


Quando a senti descansar a cabeça levemente contra mim, resisti ao impulso de puxá-la ainda mais apertado, para conformar o seu corpo contra o meu e beijá-la até que ela se esquecesse de ter medo ou estar chateada. — Eu estou sendo um bebê, — ela murmurou. — Confie em mim, eu não penso em você como um bebê em tudo. — Me perguntei se o marido a levou para fora e não permitiu que ela tivesse medo. — Todo mundo tem medo pela primeira vez, — menti. — Eu prometo, isso é uma aventura segura. — Puxando-a de volta para as cordas, sacudi o equipamento e fiz um gesto para ela entrar na teia de cintas de nylon. Ela olhou com ceticismo para mim e, em seguida, o cinto de segurança. — Ei, você consegue isso. Ela respirou fundo e entrou na teia de fios, agarrando o meu braço para se firmar. Deslizei as correias por suas pernas, sobre suas panturrilhas finas e a pele macia das costas dos joelhos, passando pela pele dourada de suas coxas. Isso era ela tremendo ou fui eu? Quando coloquei o cinto de nylon no lugar, falei, mais para me distrair do que para ela, porque estava ficando um pouco tonto depois mesmo da pequena carícia. — Este é o cinto da Grace e você pode apostar sua casa que Noah verifica isso regularmente para a segurança. — Puxei o cinto um pouco mais alto para que o cinto estivesse sobre seu short e não em sua pele sensível. — Tudo bem para eu apertá-los? — Perguntei, apontando para as correias.


Ela tinha aquele olhar com os olhos arregalados de novo, o que pensei que sinalizou voo, mas ela apenas balançou a cabeça. Com o meu rosto no nível do cós, eu só podia imaginar fazer uma coisa e era inclinar para frente e enterrar meu rosto entre suas pernas. Estava me sentindo sem fôlego e não por causa da altitude ou a caminhada, mas porque ajoelhado entre as pernas desta menina se sentia muito mais íntimo do que algumas das coisas que fiz com outras mulheres — mulheres cujos rostos, de alguma forma desapareceram da minha memória. Pressionando um joelho em uma rocha perdida no caminho, comecei a recitar o hino dos fuzileiros navais. Isso era um assassino de tesão se alguma vez houve um. Eu não convidei Sam para uma rapidinha em público na floresta. Eu joguei o convite por que... a realidade me atingiu. Porque queria passar mais tempo com ela. Gostei muito de apenas falar com ela e isso me estranhou mais do que o tesão que acabei de ter ao colocá-la no material de segurança. Terminei o mais rápido que pude e me levantei. O rosto de Sam estava corado e sua respiração era irregular. Ignorando esses sinais e rezando para que minha própria ereção não fosse surgir de novo, dei um passo para trás e me ocupei em testar todas as conexões. Ciente de que tudo estava em ordem, nos enganchei à âncora e depois voltei e passei por algumas listas de segurança interna uma segunda vez. — Fazer todas as aventuras exigem verificações de segurança e arreios? — Perguntou ela. — Somente as boas. — Sobre as mãos, puxei luvas curtas sem dedos que protegeriam a maioria de sua palma e dedos de uma queimadura de corda. — Eu estou indo em primeiro lugar. Você vai


seguir logo atrás de mim. Não segure a corda com muita força, mas deixe-a fluir através de seus dedos. Você está indo a pé da parede e vou estar bem embaixo de você, então se você deixar ir muito rápido, vou pegar você.

Samantha

Eu vou pegar você. Eu gostava dessa promessa. Na verdade, gostei de muito sobre Gray, esta tarde. Sua atitude calma. Sua paciência comigo. Sua recusa em zombar de mim sobre os meus pequenos medos. Me sentia segura no equipamento que tão cuidadosamente me colocou, embora quase desmaiasse quando se ajoelhou entre meus joelhos. O relato da posição favorita de Eve acima-contra-a-parede inundou minha mente. “Se você ainda não experimentou essa posição, então, eu realmente sinto muito porque contra a parede ou porta, enquanto ele está entre seus joelhos, uma perna pendurada no ombro é in-fodido-crível”. Eu acreditei nela porque me senti pronta para o orgasmo só de olhar para ele nessa posição quando estava tentando me colocar no cinto de segurança. Mas os meus próprios sentimentos de luxúria


claramente não foram devolvidos, porque, quando se levantou, era como se não poderia ficar longe de mim rápido o suficiente. Eu não ia ficar triste com isso. Estava indo me pendurar em um penhasco segurando em uma corda. Isso era muito malditamente grande para mim. Gray tomou conta de sua corda e deu um passo para o lado do penhasco como se não fosse nada. Meu coração subiu de volta para meu corpo, uma vez que o vi apoiado contra o lado do penhasco com os pés, logo abaixo da beira. — Pronta? — Ele chamou. Dei-lhe um aceno curto e me virei. Lentamente soltei a corda entre os dedos e, em seguida, comecei a inclinar para baixo sobre a beira do penhasco. Era estranho e eu quase soltei. Ele deve ter subido com amadores antes porque gritou um aviso. — Não solte a corda. O rapel é tudo sobre a corda. Deixe-a fazer o trabalho. — Eu lentamente deixei a liberação de corda pelas minhas mãos, o atrito milagrosamente permitindo-me deslizar para baixo lentamente. Eu imaginei que podia sentir o corpo de Gray sob o meu e o pensamento me amparou. Nós deslizamos para baixo da parede de pedra e me senti como o herói de ação que pensei antes. Eu queria jogar meus braços e gritar, mas me abstive, imaginando que Gray latiria para eu manter a preensão da corda. A distância de quilômetros de extensão entre a parte superior onde começamos e da estação de rapel abaixo de nós acelerou e em pouco tempo, Gray estava soltando meu equipamento e puxando a corda através da âncora.


— Dê uns passos para trás, não quero que a ponta da corda possa acertá-la no olho. Obediente, eu estava fora da pista. Havia uma pedra lisa e plana situada sob uma grande copa das árvores. Imaginei que era ali que Gray pensou que poderia tricotar. Era um lugar muito perfeito. Gray era um enigma. Ele me dispensou ontem à noite, mas me levou para fora em um... passeio, excursão — talvez até mesmo um encontro. Tudo havia sido planejado até o último detalhe. Mesmo se eu quisesse ficar brava com ele por me dispensar, não podia. Então ele não queria fazer sexo comigo. Ele me levou para fora e me incentivou a fazer algo que nunca fiz antes. Rapel foi incrivelmente divertido e quantas pessoas poderiam dizer que eles fizeram isso? Após a corda cair, voei para Gray e dei-lhe um grande abraço. — Obrigada, — disse e depois recuei, me sentindo um pouco constrangida com minha exuberância. — Divertido, huh? — Sim, muito. — O sorriso que estava mostrando realmente machucou meu rosto. — Super divertido. Gray sorriu de volta. — Estou feliz. — Seus olhos eram quentes e afetuosos, como se estivesse orgulhoso de sua irmã mais nova. Peguei a mochila que Gray descartou e não tentei ficar chateada com a ideia de Gray pensando em mim como uma garotinha. Ele dispensou meus avanços, mas estava aparentemente disposto a me ter acompanhando para um pouco de diversão. O fato de que ele era sexy, agradável e pensativo eram coisas que deveria admirar nele em vez de objetivá-lo como uma ficada.


— Eu só vou sentar aqui, então, enquanto você desce de rapel e volta? — Dada a rapidez da nossa descida, percebi que não teria um longo tempo para mim. — Eu não vou demorar. — Ele me deu um sorriso rápido e pulou para descer de rapel até o fundo. Me sentei sob a sombra e comecei a tricotar, mas nem sequer retirei o projeto. Em vez disso, me estendi sobre a rocha e deixe esquentar o calor dentro de mim. Foi ótimo. Eu me senti muito bem. Estava em um estado de hibernação e não apenas sobre caras. Eu me desliguei e agora que precisava trabalhar em ser mais social, desfrutando de interação com os outros além de minha família e de alguns colegas de trabalho. Bitsy estava certa. Eu precisava começar a sair com outras pessoas da minha idade, não apenas os de mais de cinquenta e viúvas em meu grupo de apoio e tricô. Abri a mochila que Gray empurrou o meu tricô e encontrei sanduíches, batatas fritas, barras de proteína, e garrafas de água. E guardanapos! Meu Deus, uma menina não poderia ser tão forte. Mentalmente, eu preparei a minha confissão na delegacia. Sinto muito, Oficial, mas ele segurou minha mão, cheirava incrível e, em seguida, me forneceu comida. Eu não tinha recurso, a não ser atacá-lo. Vá com calma comigo. Empurrando para os meus pés, eu decidi dar uma olhada em Gray. Levantei-me e olhei para ele, após as rochas salientes e os galhos de árvores que crescem para fora do lado do penhasco e longo trecho de espaço até que houvesse terra. Inclinei-me e senti a vastidão tomar conta de mim. E eu ri. Era mais como um grito ou um choro fora do meu corpo, mas por dentro eu sentia alívio e alegria. Eu não o ouvi no início, porque estava presa em meus próprios sentimentos. Sua voz era


apenas um eco, como um pássaro livre grasnando para a sua formação de voo no vento. — Para trás! O som estava mais perto agora e quando olhei para baixo, meus dedos estavam cutucando para o espaço do céu azul e por um momento eu cambaleei para a frente, assustada com seus gritos. — Para trás, porra! — Gray rugiu. Ele estava acenando o braço para mim. Não tinha certeza se ele estava indo ou vindo, mas voltei obedientemente,

meu

prazer

desaparecendo

rapidamente.

Ele

claramente tinha uma coisa com pessoas em pé perto da beira. Eu não queria que ele surtasse mais, então me deitei de barriga e balancei os braços sobre a beira enquanto observava seu corpo ficar maior e maior quando ele fechou a distância entre nós. Ele estava fumegando como um louco quando chegou ao topo. Mesmo que ele não tenha falado muito, a maneira brusca que enrolou as cordas e enfiou as coisas na mochila eram bastante reveladoras. A ansiedade tomou conta de mim. Eu odiava quando as pessoas estavam com raiva de mim e quando os decepcionava. É por isso que continuei a almoçar com a mãe de Will uma vez por mês, apesar de ter sido mais doloroso do que um tratamento de canal, enquanto tentava falar sobre os bons velhos tempos, quando Will ainda estava vivo. Olhando para os meus sapatos, tentei me fechar para os movimentos de Gray. — Você quer ter algo para comer? — Ele perguntou. A impaciência soou claramente em sua voz, embora ele tentou fingir que realmente queria se sentar na rocha sob a sombra agradável e ter um bom lanche da tarde.


— Não, — eu respondi olhando para baixo. — Acho que preciso voltar. Sua única resposta foi grunhir e começar a descer a colina. Não demorou muito para chegar ao meu carro e não tinha trocado mais de duas palavras sobre a caminhada de volta para o estacionamento. Quando estávamos na estrada, eu me aventurei um agradecimento. — Eu tive um bom tempo hoje. Obrigada por me trazer. Gray sentou-se em silêncio durante a maior parte da viagem, mas ele obviamente queria dizer alguma coisa. Ele abriu a boca, limpou a garganta e depois a fechou. — O quê? — Perguntei, exasperada. — O que é que você quer dizer? Ele bateu no console entre nós com as pontas dos dedos por um momento e então perguntou rispidamente. — Você está deprimida? Você precisa ver alguém? Não há nada de errado com isso. — Não! Por que você pergunta? — De onde veio isso? Eu estava tão envergonhada. — Porque você estava... — ele fez uma pausa, lutando claramente com alguma emoção mais forte, mas não o deixei terminar. Sua acusação injusta liberou meu temperamento. — Eu estava em pé na beira para ver se você queria comer alguma coisa. É claro que você tem esse sentimento de culpa sobre a viúva em sua unidade. Talvez você devesse ver alguém, —respondi. — É um pelotão, — disse ele secamente.


— Eu realmente não me importo, soldado. — Eu respondi sarcasticamente. — Eu não sou a porra de um soldado e você sabe disso. — Não xingue para mim. — Não me chame de soldado. — Vocês Fuzileiros são neuróticos sobre isso, sabe. Você deve ver alguém, só assim você poderá conseguir colocar em sua cabeça que nem todo mundo está te insultando quando se referem a vocês como soldado. — Só o Exército tem soldados. — Gray resmungou. O Rover chegou a um impasse tremendo para a luz no topo da rampa de saída. — Vê, neurótico. — Eu apontei para ele, sem nem mesmo prestar atenção às luzes. Nós dois estávamos respirando pesadamente, peitos pesados. Rápido como um relâmpago, Gray estendeu a mão sobre o console e por um segundo, pensei que ele ia me beijar. Talvez ele fosse e mudou de ideia no último segundo. Em vez disso, ele pressionou sua testa contra a minha. — Eu sinto muito, — disse ele. Eu deveria estar ainda zangada com ele, mas seu pedido de desculpas, o medo, a sua resignação a enxugou. — Eu também, —sussurrei de volta. Poderíamos ter ficado assim para sempre, se não fosse os carros buzinando para mim porque a luz ficou verde. Eu me afastei relutantemente e levei Gray para casa. Eu o ajudei a descarregar as cordas e ele me deu um abraço. — Vejo você por aí, Sam. — E então ele se foi.


CAPÍTULO OITO

Gray

Eu quis consertar as coisas com ela, mas não tinha certeza de como. Ocorreu-me que meio que era uma merda em interagir com as mulheres. Quando não estava usando o uniforme, quando não tinha o poder dos Fuzileiros atrás de mim, eu era incapaz. As meninas com quem saia não estavam comigo porque eu era engraçado ou interessante para conversar. Elas me fodiam e me deixavam. Eu disse a mim mesmo há anos que a única ligação que sempre quis com uma mulher era puramente física. Os soluços estranhos em meu coração quando assisti os meus meninos interagirem com suas namoradas deixavam claro que essa afirmação era uma mentira. Empurrei o desejo de algo mais com uma fêmea para baixo tão profundamente que acreditava que não existia, mas aqui estava eu todo irritado até porque fodi com uma garota que mal conhecia. Apesar de que isso era outra mentira. Eu compartilhei a conversa mais significativa com Sam do que com qualquer um que conseguia lembrar, em anos. Seus olhos não tinham nenhum julgamento, só entendimento. Talvez fosse porque foi casada com um soldado, mas ela me conhecia. Sam podia ver dentro de mim e


isso tanto me assustou e me excitou de uma forma que me fez preocupado com a minha própria sanidade. Um perverso sentimento feio de insegurança tomou conta de mim e de repente estava com raiva. De mim mesmo em parte, mas com Sam também, por me abrir os olhos. Eu nunca fui caminhar com uma garota antes. Eu nunca simplesmente desfrutei de ouvi-la rir selvagemente no primeiro passo para fora do penhasco. Merda! Era um som de alegria pura, porcaria e eu arruinei. Quando ela se inclinou sobre a beira, com os braços bem abertos, o som vindo dela foi suficiente para fazer todo o vale sorrir, mas para mim? Dentro de mim, o som se tornou azedo e reagi sem pensar. Eu precisava que ela parasse de rir e então a acusei de fazer algo que sabia que, no fundo, não ia acontecer. Minhas ações vieram do sentido de proteção de autopreservação que cultivei desde que a minha namorada Carrie me enganou durante a minha segunda implantação. Eu estava recebendo tiros, meus amigos estavam morrendo na porra do campo e passei todas as noites sonhando com estar em casa com ela, em sua cama. Mas enquanto estava criando fantasias para me impedir de ficar louco, ela esteve amigada com o recrutador local de Fuzileiros. Somente nos Fuzileiros você ama seus irmãos em um minuto e, em seguida, os odeia no próximo por dormir com sua garota, vasculhando o seu e-mail e roubando qualquer coisa de valor que não foi bloqueada. Uma família disfuncional verdadeira de merda. Eu não sabia por que amava, mas eu amava.


Mas estiveram lá para mim quando Carrie não estava. Quando cheguei em casa para encontrá-la balançando os pneus fora de seu carro com o oficial de Marinha, foram meus irmãos que me levaram para fora e me deixaram bêbado. Foram os Fuzileiros que me deram tanta merda para fazer que assim não tivesse tempo para pensar em Carrie. Estive muito cansado até mesmo para acariciar meu tesão se eu tivesse o desejo — o que não tive por vários meses depois que vi sua bunda pálida quicando na janela do carro. Foram os homens do meu pelotão que me encontraram transa após transa até que eu estava perdido em um mar de boceta desconhecidas e esqueci o meu próprio nome, assim como Carrie. Tinha sido Hamilton, meu amigo de batalha, que recomendou fazer a coisa amigos com benefícios com uma socorrista local. E uma coisa levou a outra, até que tudo o que tive na minha vida foi a minha família, meus irmãos dos Fuzileiros e algumas mulheres que chamei às dez da noite para aliviar a minha dor física. Então as deixava, porque deitar na cama com uma mulher por toda a noite era mais do que eu podia suportar. Nunca passei tempo com uma mulher apenas casualmente a menos que fosse minha mãe. Não admira que Sam me confundisse. Mas mesmo quando me assustou, eu estava atraído por ela. Nós não terminamos ainda. Eu só tinha que descobrir como convencê-la a me dar outra chance. Na manhã seguinte, aceitei a oferta de Noah e Bo para correr ao redor do bairro. Eu acho que tolamente esperava que topasse com Sam. Às cinco da manhã. Hey, ela fodeu com a minha mente. O que eu poderia dizer?


— Isso é como o treinamento físico. Você sempre foi um artilheiro, Noah, — eu ofegava quando saímos de uma corrida. Fiz o erro estúpido de perguntar a Noah como ele estava treinando para a próxima luta que teria na televisão. Venha ver, ele disse, que era o mesmo que dizer que ele não achava que minha bunda pós-implantação poderia suportar mais do que a poucos quilômetros. Eu não poderia estar para baixo a partir de um desafio. Eu estava lamentando agora. Em vez de uma corrida sustentada por oito ou nove milhas, Noah decidiu que Bo e eu deveríamos fazer corrida de velocidade durante uma hora. O bom foi que eu estava muito cansado para pensar sobre o fim de merda da caminhada de ontem. Minhas bochechas estavam quentes quando pensei sobre a birra que puxei. Riachos de suor turvavam a minha visão e eu agarrei a parte inferior da minha camisa para enxugar os olhos e cobrir a minha cor. — Vocês dois fazem isso todas as manhãs? — Bo está muito ocupado com AnnMarie para correr todas as manhãs, — Noah queixou-se, antes de sugar um pacote de eletrólito. — Tem um desses para mim? Noah tirou mais dois do bolso de seus shorts de corrida e entregou-os. Eu empurrei todo o conteúdo do pacote em minha boca e deslizei o plástico amassado em meu bolso. — Isso é verdade, Bo? Você é fracote? — Deus não fez uma garota como AnnMarie para que ela pudesse acordar sozinha, — Bo respondeu, sua boca ainda em torno da abertura de seu suplemento de energia.


— Então, ela está dormindo com outro cara esta manhã? — Foda-se. Ela está em casa e tomarei banho e voltarei na cama para algum prazer da manhã antes que ela esteja acordada. — Ou ela e Grace farão café da manhã com Finn, — Noah sugeriu. — Cara, eu espero que seja rabanada de pêssego. Essa merda é uma bomba. — Bo e Noah bateram os punhos juntos. — Estou surpreso que eles permitem que você coma rabanada. — Eu baguncei o cabelo de Noah, o que não era fácil de fazer dado que éramos quase da mesma altura. Ele bateu no meu braço para longe. — Eu posso ter um pedaço. — Portanto, esta é a boa vida fora dos Fuzileiros? Meninas quentes fazendo o café? Me resgate. — Eu forcei uma risada porque brincar sobre encontros casuais com as meninas era normal. Querer Sam, lamentando estragar a conexão que tivemos foi algo que eu mal entendia e não estava pronto para colocar para fora na frente dos caras. — O que eu sou? OKCupid11? Feche os seus próprios malditos encontros. — Bo bateu a embalagem vazia na minha mão e saiu correndo. Noah riu como um louco e seguiu. Apertando o lixo, dei a perseguição e, eventualmente, passei por Bo perto da casa e o ataquei na grama. Enfiei o pacote de eletrólito vazio em sua camisa. — Eu sempre soube que você me queria. — Ele fez rosto de beijinho para mim enquanto eu jogava um soco no rosto. Nossa luta foi interrompida quando a porta se abriu e as namoradas de Noah e de Bo 11 Site de relacionamentos


estavam ali acordadas muito cedo, mas vestidas com shorts minúsculos e tops. Droga, verão foi a minha estação preferida. Eu devo ter olhado muito tempo porque Bo deslizou de raspão pelo meu queixo. — Pare de olhar para a minha menina, filho da puta. — Não é possível. Ela é muito quente, —disse só para ferrar com ele. Noah tinha corrido até os degraus e levado Grace para dentro em vez de expô-la a meu olhar lascivo, eu acho. — Você tem que aprender algumas maneiras, — Bo rosnou. Girei para encará-lo e colocar meus punhos nele. — Sim, quer tentar me ensinar um pouco? Agachou-se em uma posição de combate e começamos a nos circular. — Vocês vêm para tomar café da manhã, ou preferem mijar em cima um do outro, numa real demonstração de dominância animal? — AnnMarie chamou da porta. — Eu estou indo bater na bunda deste filho da puta e então entro para o café da manhã, — ele gritou de volta. — Se você for batido na boca, Bo, não podemos fazer as coisas que falamos ontem à noite! — Ela ficou de pé na varanda da frente, com as mãos nos quadris. Eu cometi o erro de me virar para olhar para ela e Bo aproveitou a oportunidade para me bater bem no queixo. Eu o deixei ter o golpe, porém, porque não queria ninguém olhando para a minha garota também. Mas para que não achasse que eu ia deixar ele me bater a qualquer momento que quisesse, chutei seu calcanhar de Aquiles e quando ele tropeçou, pulei em cima dele e corri até ela.


— Deixe-o e fuja comigo, sunshine. Ela apenas riu e me empurrou para que ela pudesse correr para ele. Bo levantou-a e ela enrolou as pernas em volta dele e lhe deu um beijo tão quente que senti a temperatura subir cerca de dez graus. Eu fiz uma careta e me virei para ir para dentro, porque a visão de Bo e AnnMarie abraçados se transformou num tipo diferente de fome — uma que rabanada não ia satisfazer. Depois de algumas malditas boas rabanadas, encurralei Adam antes que ele pudesse decolar para seu estúdio de música em cima da garagem. — Então homem, sobre Sam Anderson, — eu comecei. Adam balançou a cabeça. — Você tenha cuidado com ela. Ela é frágil. — Você está me alertando? Porque eu não roubo. Nunca. — Apesar de que por Sam — não, eu não faço. Me afastaria se Adam tivesse uma coisa por ela. Ele brincou com os fones de ouvido ao redor de seu pescoço, parecendo desconfortável. — Eu gosto dela, mas não acho que ela é uma boa pessoa para se envolver. — É essa a maneira agradável de dizer que ela é uma caldeira do coelho e eu deveria ficar longe ou meu pau pode acabar na beira da estrada? Ele bufou com isso e me deu um sorriso relutante.


— Não, é uma boa maneira de dizer que não acho que Sam sabe que há outros homens neste mundo. Perdeu o marido no Afeganistão um par de anos atrás. Nos três anos que ela trabalhou no Gatsby, nunca sequer olhou duas vezes para um outro cara. Não antes de Will morrer e não depois. Acho que ela ainda está apaixonada por seu marido morto. Esse tipo de frágil. Não era isso que queria ouvir, mas então também realmente não corresponde com a minha experiência com Sam. Afora o fato de que ela ainda tinha uma tonelada de merda de seu marido no apartamento, não parecia ser a pobre, viúva de luto. Sam certamente fez mais do que olhar para mim. Eu ainda podia sentir sua boca quente na minha e as vibrações de sua língua, uma vez que provei e explorei. Aquelas não eram as ações de uma viúva. Mas o aviso do Adam me colocou fora de contato com Sam, então me permiti ser puxado para dentro de um dia de beber e descansar à beira da piscina, tentando prestar atenção às amigas de AnnMarie e Grace. Mais tarde naquela noite, me acomodei no gramado longe para trás, tentando fugir do barulho e da multidão. Grilos piavam no bosque atrás de mim e o sol tinha caído por trás do horizonte, reduzindo o calor do dia abafado e ligeiramente úmido. A multidão havia se diluído e apenas algumas pessoas de hardcore ainda estavam bebendo. Um dos colegas de quarto acendeu a grelha e Bo me indicou para sentar do lado oposto da piscina, provavelmente para que ele e Noah pudessem colocar em mim. Um pouco sonolento da viagem, sol e licor, eu não poderia dar qualquer emoção que me importava nesse momento. Um mosquito zumbia ao redor da minha cabeça e empurrei-o no ar antes que pudesse se estabelecer sobre a minha pele para um lanche.


— Movimento legal, Sr. Miyagi. — É Mestre Miyagi para você. Bo caiu em uma cadeira ao meu lado e me deu um hambúrguer quente. Noah seguiu com a cerveja. — Não reclamando, mas estamos tendo uma festa privada, porque você está finalmente confessando seu amor por mim? — Eu dei uma mordida no meu hambúrguer. — Não precisa dizer isso. Sabia que você tinha uma coisa por mim desde o Boot Camp, quando você ficou olhando para os meus shorts. — Você tinha um rótulo sobre eles. — Minha mãe fez isso para ser uma espertinha. Quantas vezes eu tenho que lhe dizer isso? — Eu algemei Bo levemente em toda a volta da cabeça. — Tantas vezes que ainda produz uma provocação, eu acho. — Esta observação incisiva foi de Noah. — O que aconteceu com a Viúva Sam? Ela veio e vocês decolaram, mas você chegou em casa com uma irritação real. O que houve? Acabei de comer o meu hambúrguer e ignorei a pergunta. Bo tentou novamente. — Ok, Viúva Sam está fora dos limites. Que tal a razão real sobre você deixar os Fuzileiros? — Não a chame assim, — eu disse, sem rodeios. — Huh?


— Não a chame Viúva Sam. Ela é uma pessoa, não um personagem. Bo ergueu as sobrancelhas para mim e, em seguida, virou-se para Noah e disse num sussurro. — Mais um come poeira. Em vez de pegar a isca de Bo, como Noah chamou, eu tentei mudar de assunto. — Você tem um lugar agradável aqui. Acho que isso é onde você vai ficar? — Não. AM quer ir para a escola, na Universidade de Chicago. — E você, Noah? — Sei lá. Ir para Chicago também. Mais oportunidades lá. — Isso é o primeiro, você segue Bo em vez do contrário. Os grilos fizeram mais barulho do que nós três quando Bo, Noah e eu comemos em silêncio. Finalmente, porque ele tinha menos paciência do que uma criança de três anos de idade no Natal, Bo deixou escapar mais uma vez. — Você está em apuros? — Não, — suspirei. — Eu só tenho um monte de coisa na cabeça. — E não queria falar sobre isso, mesmo com Bo e Noah, dois dos meus amigos mais antigos. Lancei alguma coisa para dizer-lhes, algo que eles acreditariam, então não teria que colocar em palavras os sentimentos que realmente não entendo. — Minha ex está farejando e eu não quero gastar toda minha licença me esquivando dela.


— Sua ex não está ainda com o LT12? — Não. Eles se separaram depois que ela teve o susto de sífilis. — Isso foi uma coisa fodida a fazer. — Bo pegou outro hambúrguer da pilha que Noah trouxe. — Você sabe que ela era uma idiota, certo e não apenas por trair, né? — Porque ela tentou passar sífilis sem dizer nada? — A conversa da traição da minha ex e sua DST estava me fazendo perder o apetite. — O que você está comendo, Jackson? — Bisteca de porco. — Noah balançou a carne pálida para mim. Me encostando, eu balancei a cabeça. — Parece delicioso, não. Você não é autorizado a comer comida de verdade quando está em treinamento? — Não de verdade. O condicionamento é diferente. Eu tenho que durar cinco rounds, em vez de todo o dia. — Aposto que se sente uma merda depois de estar sobre os cotovelos o dia todo. — Então, o que é tudo isso, afinal? — Perguntou Noah. Eu poderia despistar Bo. Ele nunca foi sério sobre qualquer coisa, exceto sua nova namorada. Noah, porém, não era um tipo de cara de levar merda. Esticando as pernas e inclinando minha cadeira para trás, suspirei e cedi. — Eu tenho vinte e cinco anos. Tenho um grau de associado em administração de negócios que me levou quatro anos para chegar. Pelo

12 Tenente


que ouvi de outros fuzileiros, presentes na companhia isento, sem um grau do lado de fora estou muito bem fodido. Os da Infantaria de Fuzileiros são bons em seguir ordens e quebrar coisas. Além de ser um policial ou ir à contratação privada, estou muito bem SOL13. Se eu sair agora, estou do lado errado dos meus vinte e poucos anos e acabei de entrar na força de trabalho. Depois, há toda essa coisa de mulher... — Eu parei. Isso foi o máximo que podia sair sem parecer como se eu tivesse uma vagina. — Portanto, isto se resume a sua filosofia de que você não pode ter um relacionamento sério no serviço porque sua namorada dormiu com o recrutador local, enquanto você estava implantado, — Noah supôs. Mexi-me com culpa na minha cadeira. — Não apenas. É sobre liderar os homens, sendo responsável por seu bem-estar mental e sua saúde física. É sobre ter mulheres como Sam esperando em xeque para saber que seu homem está seguro em casa e, em seguida, quando elas não podem mais suportar isso, obtendo seus medos dissipados por um cara em casa. Quase todo cara que conheço já foi traído ou traiu ou é divorciado ou está em seu segundo ou terceiro casamento e esses são apenas os caras que se alistaram abaixo de mim. Uma coisa que só leva a outra. — Noah abriu a boca, mas eu não parava de falar. — Eu entendo, Noah. Você queria colocar um anel no dedo de Grace quando vocês finalmente ficaram juntos. Em vez disso você esperou dois anos inteiros. — Parecia uma eternidade filha da puta, — ele resmungou.

13 Shit Outta Luck – Merda fora de sorte


— Sim, foi um milagre que ela esperou por você. A Imaculada Conceição foi apenas um pouco menos impressionante do que isso. Bo tossiu para cobrir uma risada e Noah parecia que queria chegar em Bo e bater, mas só porque eu estava certo. — Então, quais são suas opções? — Perguntou Noah. — Voltar para a escola. Obter um diploma de bacharel completo em alguma coisa. Sei lá o quê. Meus irmãos dizem para ir trabalhar para eles. Eles têm uma lista de espera de cerca de dois anos. — Meus irmãos mais velhos dirigem uma mecânica customizada em Orange County especializada em carros feitos por medida e muscle cars dos anos 70. Eles eram uma espécie de famosos por isso e sempre me disseram que havia uma chave inglesa e uma caixa de ferramentas apenas esperando por mim. — Mas? — Mas. — Eu deixei a cadeira bater para baixo. — Eu sempre pensei que iria me aposentar, não separar do militar. Como você sabe que a Grace ou AnnMarie não vão enganar vocês dois se vocês não estiverem por perto? — Fiz um gesto na direção de onde as meninas estavam sentadas com os outros caras que viviam em Woodlands, absorvendo o calor ao redor da fogueira, bebendo alguma coisa rosa e frutada que um dos colegas de quarto inventou para elas. — Os seus companheiros poderiam estar as adocicando e ferrando-as enquanto você está fora em uma de suas lutas ou muito ocupado fazendo coisas estúpidas com o seu velho amigo dos Fuzileiros. — Você não sabe. Você tem que confiar nelas, — disse Noah. Eu soltei uma risada amarga.


— Eu não pensava que a minha menina de quatro anos iria, mas ela perdeu quase zero tempo para saltar para a cama da LT enquanto eu estava fora. — Seu maior problema é que você não está passando tempo com as mulheres certas, — explicou Bo. Noah assentiu enquanto Bo Randolph, o maior caçador de saia no meu pelotão tentou me dar conselhos sobre ficar com o tipo errado de mulheres. Eu não podia acreditar no que estava ouvindo. Obviamente, ou Bo perdeu o meu espanto ou não se importava, porque ele foi a diante. — Se você está preocupado com a sua menina correndo com outro cara e tudo que você tem é sua amiga com benefícios que não está pondo uma marcha a sua cadeia em tudo, então você deve procurar em outro lugar. Coelhinhas de Base estão em você, porque o seu salário é muito mais doce agora. No círculo do seu pai, todo mundo está tentando angariar favores. Então, você tem que colocar-se em um lugar onde você não tenha essas pressões. — Disse Bo acabando com seu segundo hambúrguer e drenando uma cerveja. — Além disso, nós não gostávamos de Carrie por um longo tempo antes que ela te traísse. — Desde quando, —zombei incrédulo, mas ao olhar firme de Noah eu comecei a acreditar. — Sério? Noah assentiu, mas Bo foi quem explicou. — Ela estava sempre tentando te fazer ciúmes. Conversando com algum novo fuzileiro, colocando-o em risco e deixando você irritado. — Ela estava apenas insegura, é tudo. — Eu não sei por que estava defendendo Carrie. Ela gostava de me fazer ciúmes. No ensino médio, quando tínhamos começado a namorar, eu não fui um cara ciumento


em

tudo.

Não

me

importava

quando

ela

tinha

outras

coisas

acontecendo, porque estava ocupado. Eu gostava que ela tivesse seus próprios caminhos. É por isso que pensei que sobreviveríamos quando outros

casais

da

Marinha

não.

Ela

era

independente.

Mas,

eventualmente, descobri que realmente não era. Quando eu estava ocupado e ela reclamava que não estava prestando atenção suficiente para ela, Carrie teve sua correção de atenção com outra pessoa. No início, quando começou a flertar com outros caras no clube de alistados, me fez sentir bem, porque enquanto ela pudesse os ter excitado, o único fogo que ela estava colocando para fora era o da minha calça. E o sexo após as noites no bar foram escaldantes. Conforme o tempo passava porém, os jogos para a atenção das outras pessoas tornaram-se cansativos. Como Bo disse, ela invariavelmente escolhia um novo cara que não podia me fazer dar um soco porque eu era superior a ele na classificação. Não seria justo. Foi quase um alívio ir para implantação. Eu não tinha que vê-la flertando com outra pessoa e, na minha imaginação, ela nunca flertou com outro homem. Seus olhos eram apenas para mim. Minha visão de Carrie e da real Carrie eram duas coisas muito diferentes. Sim, ser traído era uma merda, mas havia uma recepção de falta de ansiedade lá também. Eu precisava mastigar isso por um tempo. — Seja como for, apenas dizendo que sua única falha não estava em trair você talvez por isso você possa acreditar que nem todas as mulheres são traidoras. Talvez fosse apenas Carrie, — disse Bo. — Pode ser. — Eu passei muito tempo correndo de qualquer coisa, mesmo remotamente parecido com um relacionamento. Eu tive relações sexuais com um par de meninas que estavam muito ocupadas com suas


próprias vidas para querer algo constante e eu recebia a liberação física que queria, sem qualquer envolvimento emocional. Mas parecia que todos ao meu redor foram se estabelecendo, mesmo alguém como Bo e não pude deixar de me perguntar se eu estava perdendo alguma coisa, algo importante. Os próximos dias passaram em um borrão enquanto tentava beber a minha atração por Sam e esses sentimentos perturbadores que ela despertava. Era a única maneira que poderia me impedir de bater de porta em porta na vizinhança para encontrá-la. Eu sabia que se a procurasse, pediria mais do que perdão e dado o meu comportamento passado, eu precisava trabalhar tudo fora antes que a visse novamente. Será que poderia levá-la para a cama sem ela tirar o anel pela primeira vez? Pode Ser. Eu poderia fazer sexo com Sam em seu apartamento com coisas do marido morto ao nosso redor? Possivelmente. Poderia ficar aqui por quarenta e alguns dias e não a ver novamente? Não. Amy, a pequena loira, ligeiramente-pateta, tentou estabelecer uma reivindicação em mim. Ela esfregou-se contra mim como um gato na outra noite e tive que erguê-la quando fui para a cama. Tentei lhe dizer que nenhum de nós estava pronto para qualquer coisa assim, mas o álcool e a solidão poderiam levá-lo para pessoas que você normalmente não ficaria. E não era como se eu não entendesse. Nós éramos cercados por casais, casais realmente felizes e vê-los juntos fazia você acreditar que poderia começar alguma coisa que seja tão significativa. Infelizmente o meu tesão não ia embora, não importa quantas vezes tentava o esgotar no chuveiro. Depois que uma semana se passou desde que fomos caminhar, perguntei a Adam o número da casa dela e seu número de telefone. Ele os entregou com um aviso.


— Você é amigo de Bo e Noah e nós gostamos de você, mas a ferre e você nunca será bem-vindo aqui novamente. Eu não me ofendi. Foi o mesmo tipo de aviso que daria se tivesse amigos do sexo feminino para ser protetor. Coloquei a informação no meu bolso e fui para a calçada. Eu estava quase na rua antes de Bo e Noah me encontrarem com a caminhonete de Noah. — Suba, nós vamos fazer um escorrega hoje. — Eu tenho outros planos para o dia, — eu disse e me virei para a rua, que o mapa no meu telefone indicava onde ficava a casa de Sam. Ou, pelo menos, a casa de seus pais. Seu apartamento era em algum lugar no centro, mas começaria perto de casa e seguiria em frente. Bom reconhecimento levou tempo e dadas as minhas ferradas com Sam, percebi que quanto mais informações privilegiadas pudesse recolher melhor. Bo fez uma careta. — Cara. Precisamos de você para ajudar a construir o escorrega. Trata-se de defender a honra do Corpo de Fuzileiros. Nós construímos coisas. Nós temos a merda feita. O que mais você tem em curso que é mais importante do que mostrar aos civis quão impressionantes os Fuzileiros são? — Você está falando sério? — Bo nunca foi muito motivador, como nós gostamos de chamar Marines super-ansiosos. — Nah, mas precisamos de você. Além disso, vai ser uma boa linha de cantada para GP. — Ele sorriu conscientemente e disse em voz de falsete falso. — Hey Sam, eu construí um escorrega. Vai se colocar no seu biquíni e chegue até a casa do Adam.


— Você parece um frango com asfixia. — Mas sua ideia realmente fez algum tipo de sentido estranho. Ia me dar uma desculpa para ir vê-la e ela estaria quase nua e mergulhada em óleo de bebê, se aceitasse o convite. Isso valeu a pena um pequeno atraso. — Espingarda! — Eu disse, abrindo a porta do lado do passageiro. — Você não pode chamar espingarda quando estou sentado no banco do carona, — Bo protestou. Eu ignorei e puxei seu braço. — Eu sou o convidado. — E com Noah dando a Bo um empurrão, consegui puxá-lo para fora da caminhonete e, em seguida, passei por seu corpo para entrar no banco do passageiro. — Vamos por esse balde de ferrugem em movimento. — Bati meu punho no painel da caminhonete de Noah, que ainda era tão novo que cheirava como se ele só tivesse rolado fora do lote. Quase nua e oleada Sam. Agora, se isso não valia a pena ficar andando na parte da manhã, nada ia.


CAPÍTULO NOVE

Samantha

Uma semana depois da caminhada, eu ainda não tinha ouvido falar de Gray. Ele mencionou que me veria mais tarde enquanto saía da Rover, mas foi uma dispensa que não descobri imediatamente. Fiquei esperando outro convite para fazer algo, mas nunca veio. De alguma forma, eu o fiz pensar que estava tentando pular do penhasco. Ele deve ter ficado muito traumatizado pela experiência com a viúva e, olhando para trás, acho que eu poderia ver onde ele estava. Eu disse a Eve sobre Gray enquanto estávamos atendendo juntas, mas ela achava que era o único que precisava de terapia. — Randy estava certo quando alegou que o menino soldado era estranho. Você deve ficar longe. — Eu pensei que você tivesse dito que Gray era perfeito, porque estava aqui apenas temporariamente. — Você quer temporário? Liga semiprofissional de verão de beisebol está se preparando. Um novo time visitante provavelmente aparecerá no bar esta semana. Você não pode ter mais temporário do que um caso de uma noite com um jogador que não estará na lista da próxima vez que a equipe vier na cidade.


— Isso soa super atraente. — Tenho certeza de que há vagabundos de verão que você pode experimentar. Fazer um pouco de projeto no serviço. — Suas ideias são terríveis, Eve. Eu ficava olhando para a mesa de Adam, mas ela estava visivelmente vazia. Tucker e seus amigos vieram em uma noite e ficaram lá; olhei para a mesa como se pudesse trazer Gray à existência. Isso nunca funcionou com Will e não funcionou com Gray também. Fez, infelizmente, Tucker achar que estava pronta para perdoá-lo por ignorar a sua família. — Ei, desculpe novamente sobre fugir do almoço no outro dia. Comecei a dizer que estava tudo bem, mas depois parei, porque não estava bem. — Eu acho que Carolyn realmente poderia gostar de uma visita sua. Tucker deu de ombros. — Ela gosta mais de vê-la. Você é a esposa de Will. — A esposa de Will poderia ter utilizado o apoio, — eu disse de forma mais acentuada do que pretendia e então me senti mal por fazê-lo sentir-se culpado. Mas eu disse isso porque precisava que ele estivesse lá. Foi difícil para mim, mas emocionalmente Tucker seria sempre o cara que estava fugindo de todos os seus problemas e os deixando para outras pessoas resolverem. Enquanto eu admirava o fato de que ele foi e perseguiu seus sonhos, uma grande parte de mim estava chateada que ele não podia ser mais favorável à tristeza que seus pais estavam


sentindo. Era difícil segurar Carolyn e eu ao mesmo tempo. Nós duas poderíamos ter usado um pouco de seu apoio para nos amparar. Minha maior objeção contra Bitsy se envolver com Tucker tinha mais a ver com o fato de que pensei que ele era um bastardo egoísta, então o fato de que ele era dez anos mais velho do que ela. — Sinto muito, — ele disse suavemente, mas nós dois sabíamos que ele não sentia. — Além disso, —disse. — Eu não sou a esposa de Will mais. Ele estendeu a mão e tocou o meu diamante. — Isso diz que você é. Eu agarrei minha mão. — Talvez seja a hora de tirá-lo. Os olhos de Tucker se arregalaram, mas uma corrida de clientes cortou qualquer oportunidade para falar. No momento em que uma calmaria bateu, ele se foi. Ele e sua equipe já haviam desocupado o pátio e ido para outro bar. Os sentimentos de Tucker para mim foram inteiramente fabricados. Ele, assim como sua mãe, me via como uma extensão de Will. Mantiveram-me perto, porque eu era alguém que o amava e, suponho, porque eu respondia os telefonemas de Carolyn e fui para os almoços mensais para o mesmo motivo. Mas eu tinha apenas vinte e dois e não poderia ser a viúva de Will para sempre. Haveria apenas uma longa vida de solidão se partisse por esse caminho. Na semana passada fiz trabalhos para o escritório de advocacia da minha mãe e quando não estava cuidando do bar, eu tricotava, o tempo todo olhando para a bandeira inacabada que vinha trabalhando para


Will quando ele estava implantado. Quando percebi que fiz meias masculinas na segunda noite, resolvi caçar Gray e fazê-lo me ouvir. Eu nunca terminei o afegão, mas não tinha o levado para baixo também. É o tipo de paralelo da minha vida. O ato de viver foi interrompido e nunca fiquei muito para trás no balanço das coisas. Derrubar a bandeira nem sequer seria tão difícil, mas era apenas uma daquelas coisas que nunca cheguei a fazer. Eu deixei a faculdade, abandonei a bandeira e me escondi com a minha família na esperança de que tudo fosse um sonho ruim. Gray, obviamente, pensava

que

era

apenas uma confusão

emocional que ele não queria assumir a sua estada temporária. Eu estava sozinha, mas não era um perigo para mim mesma. Eu não ia me matar e nunca pensei nisso, mesmo em alguns dos momentos mais difíceis da minha tristeza. Enquanto queria Will de volta à vida, acho que era muito egoísta de querer deixá-lo. Estar fora com Gray me fez sentir debilitada. Pendurada do lado de fora do penhasco, sentindo a ausência de peso, foi emocionante. Gostaria de saber se essa sensação foi a que Will sentiu, a que ele perseguiu e eu queria um sabor mais profundo, uma compreensão mais completa do mesmo. Pensei que Gray poderia dar isso para mim. Então, estava cansada de esperar por ele. Eu estava indo encontrálo e pedir-lhe para passar mais um dia comigo. Sim, havia um monte de caras que poderia pegar para uma noite só aqui no bar. Havia sempre alguém na última chamada que ficou a noite toda e ficaria feliz em ir para casa comigo, independentemente do que eu tinha no meu apartamento ou quantos anéis que usava nos meus dedos, mas eu não os queria. Queria que esse homem de olhos dourados que me disse que


ia me pegar se eu caísse. Estava determinada que ele não me visse como uma viúva triste que tentou atirar-se para fora do penhasco. Isso não ia ser o seu último encontro comigo. Eu era divertida, caramba. Gray estava indo me ver nem que eu tivesse que segurá-lo e dar uma motorboat14 nele. E se ele era bom, lhe daria as meias de homem que comecei a tricotar na outra noite. — Então você acha que está pronta para tirar o seu anel, hein? — Perguntou Eve tão casualmente, quanto podia, quando a banda fez uma pausa. — Talvez. — Eu brincava com o anel. Se sentia mais solto hoje à noite, como se poderia tirá-lo fora de meu dedo com um leve empurrão. Eve me olhou especulativamente. — Randy tem esse amigo com quem malha... Eu levantei a mão. — Só porque estou pronta para tirar o meu anel não significa que vou começar a namorar. — O que isso significa? — Isso significa que não posso mais viver como se Will ainda fosse voltar. — Eu empurrei o anel de volta para a base do meu dedo. Ainda não. Com um sorriso trêmulo, disse, — Eu não estou pronta para um relacionamento, mas acho que o que Gray tem em mente pode ser perfeito para mim agora. Na manhã seguinte, eu contemplava as maneiras que poderia o encontrar casualmente. Eu poderia ir para a casa dos meus pais, uma 14 Empurrar os seios na cara de outra pessoa


vez que estava no bairro onde Gray estava hospedado. Ele poderia caminhar e eu poderia fingir que estava pegando a correspondência e ele poderia parar e falar comigo. Com um suspiro, percebi que eu ia ter que ir até a casa de Adam e não tinha uma boa desculpa para isso. Exceto, talvez... Um pensamento ocorreu-me enquanto eu olhava para as minhas paredes do condomínio. Esse feltro verde deve vir para baixo. O afegão semiacabado foi a primeira coisa que precisava ser embalado. Eu não estava com vontade de concluí-lo e o projeto só fez me sentir mal. Eu podia passar e ver se eu poderia pegar emprestada uma escada do colega de quarto de Adam, Finn. Finn estava trabalhando em construção e ele tinha que ter um monte de escadas. Se Gray estivesse parado ali perto e ouvisse que precisava de ajuda, bem, eu não iria recusá-lo se ele oferecer. Eu dirigi até a casa dos meus pais e entrei na cozinha por meio da garagem, ignorando a escada que se encostava em uma das paredes da garagem. Muito curta, eu disse a mim mesma. Não chegaria ao topo do feltro verde. A Casa de Adam tinha uma piscina e ele convidou a equipe do Gatsby para vir várias vezes, mas sempre recusei. Eu ia tirar um maiô e levá-lo na oferta de passar para nadar. No andar de cima olhei para o meu armário pouco equipado. Eu tinha meu short de lycra que Bitsy decretou que faria um agricultor envergonhado, algumas saias e um par de calças jeans. Tirei uma saia — a saia curta circular que Bitsy queria que usasse para almoçar com Carolyn e David. Lembrei-me de usá-la durante um festival de verão, quando Will tinha voltado para casa da Base e antes que ele decolasse para o Alasca para saltar de aviões em montanhas. Tínhamos ficado fora no centro toda noite bebendo sub-repticiamente de bebidas que Tucker


comprou para nós. Will e eu tínhamos ido para o reservatório, onde tínhamos feito amor em seu carro. Foi uma das melhores experiências sexuais que tive com ele. Eu estava animada, ele estava em casa, tão animada que não me importava como soamos ou de que estávamos fazendo isso em um carro e que havia outros carros estacionados lá em cima fazendo exatamente a mesma coisa. É claro que isso foi antes da polícia vir e nos dizer para ir para casa. É quando Will disse que deveríamos nos casar e que eu poderia mudar para o Alasca com ele e, em seguida, nós não teríamos que ―foder em um maldito carro‖. A boca de Will tinha virado imunda na Base. Eu disse a ele que não ia acontecer. Estava indo para Central no outono e ficaria com os meus pais. Will bufou e tínhamos discutido e, em seguida, ele foi ao Alasca. Visitei-o um par de vezes e cada vez, ele me pediu para casar com ele. Quando ele recebeu o convite para ir para o Afeganistão, eu liguei para ele imediatamente e disse-lhe para voltar para casa que ia casar com ele. Acho que uma metade esperava que se nós nos casássemos ele não iria magicamente se implantar, mas isso não aconteceu. Esperei muito tempo e perdi tanto tempo aqui e para nada. Eu tinha abandonado a Central quando ele morreu e tudo o que venho fazendo desde aquela época era marcar o tempo. Como tricô, uma interminável corrente nunca finalizada. Eu nunca tive que sofrer as indignidades de me perguntar se algum cara gostava de mim porque Will sempre gostou de mim, de modo que os sentimentos de incerteza que tive com Gray eram novos. De algum modo estranho, eu gostei disso. Além disso, não estava indo para a casa de Adam ver Gray. Não, estava indo para ver se ele poderia emprestar uma escada. E Gray estar lá com a sua camisa, olhando,


suado

e

delicioso,

era

apenas

uma

coincidência.

Eu

sorri

maliciosamente para mim e puxei a saia verde. Ela ainda se encaixava perfeitamente. Por baixo, deslizei a calcinha de um velho biquíni vermelho. No topo do top do biquíni, puxei em um dos longos tops de Bitsy e uma camisa folgada. Eu tive a escolha de alguns chinelos sujos ou tênis de lona. Eu escolho os tênis. — O que está acontecendo? A voz aguda atrás de mim me fez pular quando estava empurrando meus pés nos tênis. — Jesus, Bitsy, por que você está se escondendo por aí como um ladrão? — Por que você está usando minha camisa? — Eu estou indo para uma caminhada. — São trinta e dois graus lá fora e você está indo para uma caminhada vestindo uma saia e isto é máscara que você tem? Eu lutei contra o instinto de proteger a minha face de seu olhar penetrante. — Oh meu Deus. Será que o cara que mamãe disse que você tinha uma queda mora por aqui? — Ela correu para o quarto dela e começou a vasculhar seu armário. Não havia segredos em minha vida. Eu ergui as minhas mãos para o alto. Correndo atrás dela, eu gritei. — Você não está vindo comigo.


— Você saiu com ele? É isso o que você estava fazendo no outro dia? Você saiu com um CARA? — Bitsy praticamente gritou a última parte. — Eu estou bem aqui. — Bati meus ouvidos para verificar se não houve danos na minha audição. — Você está evitando a questão, — ela gritou comigo. — Tudo bem, sim, Gray está hospedado na casa de um amigo. Bitsy se abriu para mim e então me puxou para um abraço. — Gray? Seu nome é uma cor? Espere, não me importo. Estou tão feliz por você. — Por quê? — A energia de Bitsy foi me fazendo sorrir, me fazendo soltar minhas reprimidas esperanças sobre esta tarde. — Porque, você decidiu que não morreu junto com Will. Eu não tinha uma resposta para isso, então só terminei de amarrar meus sapatos. — Eu amo você, pedaço por pedaço, —disse e sai da casa. O gemido de Bitsy ecoou pela porta e não conseguia parar de sorrir.


CAPÍTULO DEZ

Gray

Construir o escorregador tomou um par de horas. A casa tinha uma longa garagem, bastante íngreme. Nós tínhamos saído esta manhã para a loja de artigos esportivos e compramos sete colchões de ar king size e várias tendas de lonas e a casa inflável de uma criança estava em vias de ser inflada na parte inferior da unidade. O grande motor necessário para inflar tornou difícil de ouvir, mesmo no topo da colina. — Você fez isso antes? — Perguntei a Bo quando nós examinamos nosso trabalho. Os colchões foram postos no final e cobriram muito, mas não tudo da garagem. A pressão de uma extremidade do colchão sobre a outra iria mantê-los no lugar, como um conjunto de blocos empilhados. As lonas, que habitualmente vão debaixo de uma tenda, foram esticadas tensamente na parte de cima dos colchões. Bo, Finn, Noah e eu tínhamos trabalhado em pares para bater nas estacas para manter pressionada as lonas enquanto Adam e Mal, os outros dois companheiros de quarto, tinha a certeza de que a casa saltitante foi configurada de forma segura para ficar presa na base da colina. — Não. — Bo capotou o martelo na mão. — Lance as mangueiras. — Tivemos também que comprar mangueiras extras para ter certeza de


que nós poderíamos içar uma para a parte superior da unidade. A conta para todos os suprimentos era astronômica, mas Adam pagou sem pestanejar. Bo disse-me na viagem de carro de volta que o pai de Adam pensaria que este era o melhor uso possível de seu dinheiro. Eu dei de ombros. Não é o meu centavo — e parecia divertido para caralho. Também compramos um par de galões de óleo de bebê. Bo jogou um para mim. — O tempo para lubrificar. Tenho certeza de que você está familiarizado com isso. — Oh, eu estou, —respondi. — Eu sempre aplico lubrificante. É a única maneira que toda garota pode aguentar meu pau monstro. — Essa é a cantada que você está usando agora? Porque parece que você ia acabar desapontando-as quando chegasse em casa. — Nenhuma garota nunca deixou minha cama insatisfeita. Isso é provavelmente algo que você não sabe muito. — Se você tem que usar lubrificante, então estou preocupado que você não sabe o que está fazendo na cama. — Não se preocupe comigo. Estou usando lubrificante, porque estou em lugares que nenhum homem foi antes. — Você está fodendo sua orelha? — Bo, eu tinha certeza de que tínhamos lhe ensinado algumas coisas quando você estava no serviço, mas agora parece que você não sabe diferenciar o buraco de sua orelha do buraco de sua bunda. — Isso não é o que AnnMarie estava dizendo na noite passada, — disse ele, satisfeito.


— Na verdade, AnnMarie me disse que ela não percebeu paus maiores do que a mão dela e se perguntou se o meu era maior do que a média. — Esguichei mais óleo de bebê nas lonas. — Eu disse que não, que você era apenas muito pequeno. Pobre menina. Ainda bem que ela não é obrigada a fazer um monte de matemática. Bo jogou o galão com um rugido e mergulhou entre os colchões e lonas para chegar a mim, mas eu melei a lona com óleo e ele foi deslizando para baixo. Inclinei-me e ri tanto que chorei quando ele ficava tentando subir para me pegar e continuei esguichando-o com óleo de bebê. Noah pôs fim a nossa diversão, quando veio com as mangueiras e pulverizou-nos todos para baixo. Eu pulei sobre o ventre na lona primeiro e colidi com Bo e a gravidade nos levou ambos para o fundo onde começamos a lutar. O grito de Adam do topo da colina me fez parar e olhar para cima. Bo aproveitou a oportunidade para me bater. — Droga Bo, sempre quando não estou prestando atenção? — Preste atenção, então. — Ele empurrou minha cabeça para baixo sobre a lona e se levantou. — Um dia desses você vai cair duro por uma garota e ela vai quebrar seu amado coração. — Já estive lá, tenho a camiseta. Nunca voltarei, —disse quando pulei. Adam estava saudando Sam. Corri até o topo da colina, tirando minha camiseta melada de óleo e água. Eu não estava tentando olhar para ela, ok, talvez um pouco. Estava ofegante e sem fôlego quando cheguei a ela, mas bati Adam por cerca de três metros. — Sam, hey, quanto tempo? — Disse e esfreguei a camisa no meu cabelo melado de óleo. Ela estendeu a mão. Eu pensei que ela estava


indo para passar suas mãos sobre minha cabeça e mergulhei minha cabeça para a frente, em antecipação, mas não me tocou. Em vez disso, ela recuou e mostrou-me uma folha de grama que deve ter prendido na minha cabeça quando estava lutando com Bo. — Você e Bo sempre brigam? — Não era realmente uma pergunta, mas uma observação, como se ela tivesse encontrado esse tipo de amizade masculina antes e eu suspeitava que tivesse com Will. Antes que pudesse responder, porém, Adam e o resto da multidão havia nos encontrado. — Sam, — Adam disse, puxando Sam para um abraço fácil. — Estou feliz que você parou. Finalmente aceitando uma de minhas ofertas. Isto soou vagamente sexual e fiz uma careta para Adam. Ele disse que não tinha nenhum direito sobre Sam. Adam pegou meu olhar e revirou os olhos. — Solte-se, — disse ele em silêncio. Revirando meus ombros, tentei deixar ir a tensão que tomou conta. — Como Finn está fazendo? — Perguntou Sam. O pai de Finn havia morrido mais cedo na primavera. — Ele está indo bem. Ele vai ficar contente de ver você. Acho que você é a única pessoa que entende o que está acontecendo em sua cabeça. — Adam levou Sam pelo ombro e começou a levá-la para baixo da inclinação. O resto de sua conversa foi difícil de ouvir quando eles se fundiram com a maior multidão que tinham se reunido para uma improvisada festa na piscina na sexta-feira. Eu acho que era verão e ninguém tinha que trabalhar.


— Gire esse olhar severo de cabeça para baixo, Princesa. — Bo subiu em mim. — Ela te dispensou? — Não. — Eu disse secamente. — Eu continuo dizendo a você para salvar o ―vamos sair para exames de sangue‖ até depois do segundo encontro. — Você é um idiota, você sabe disso, certo? — Mas um quente, — ele respondeu. — Se AnnMarie não estivesse nos observando agora, olhando como se ela fosse me apunhalar se começasse a caça às baleias em você, eu meteria minha bota na sua bunda e você sentiria isso na sua garganta. — Eu adoro quando você fala sujo para mim. — Como é que você transou com metade do litoral ocidental e ainda saiu limpo? — Perguntei. — Não sei, sorte, eu acho? — Bo encolheu os ombros, indiferente. Então se virou para mim. — Tive sorte. Eu sei disso. Deveria ter sido mais cuidadoso e admiro que você cuide de si mesmo e as meninas que você dorme. Mostra que você é muito mais digno do que eu sou, mas também acho que você usa toda esta coisa de DST e traição como uma maneira de não se envolver. Então você não quer se envolver agora? Isso é tudo de bom, mas não faça coisas para atirar no próprio pé. Você é melhor do que isso. Um coração para o coração de Bo. Meus erros devem ter sido mais evidentes do que queria. — Vamos falar sobre Noah e de suas chances de ganhar a sua próxima luta.


— Claro, não quer falar sobre seus sentimentos, tudo bem. Só sei que estou recebendo regularmente, porque sei o que estou falando. — Besteira, seu idiota. — Eu balancei a cabeça em desgosto simulado. — Você está recebendo regulamente porque AnnMarie não me viu primeiro. Bo resmungou, mas estávamos de volta aos nossos insultos regulares o que significava que tudo estava certo em nosso mundo. Sam ficar feliz e relaxada com Adam e Finn, não me incomodava em nada. Que ela veio e fez uma ocasional pequena conversa comigo, como se não houvesse uma corrente elétrica entre nós, não me perturbou. Que ela parecia mais quente do que uma modelo de Sports Illustrated em seu biquíni de duas peças que mostrava um conjunto impressionante de pernas, uma lacuna perfeita entre suas coxas e um pequeno-massuculento par de peitos, não me fez ter de ir para dentro e fazer punheta no banheiro. Eu só fiz isso porque é isso o que caras fazem. Eles se masturbam enquanto fantasiam sobre as meninas que eles não poderiam ter, mas queria tão malditamente. Coloquei minha cabeça contra a porta do banheiro e, em seguida, cuidadosamente me limpei. — Gray Phillips, você é um estúpido filho da puta, — declarei para o espelho. Bo estava certo. Eu fui totalmente ferrado por uma menina que me arruinou. Depois da minha sessão improvisada no banheiro, não tinha certeza se estava aliviado ou desencorajado que Sam ainda estivesse lá. Encontrei-a na cozinha e toda a masturbação no mundo não iria resolver o meu problema, porque podia sentir uma semi subida em meus shorts só de olhar para ela.


— Sam. — Ela pulou devido minha voz super alta. — Deus, você me assustou. — Ela deu uma risadinha nervosa. Todos estavam ainda do lado de fora e pela primeira vez, nós estávamos sozinhos. — Sobre mais cedo, — eu comecei, mas parei quando ela levantou a mão com a palma virada para mim. — Você sabe o quê. Tudo bem. Eu posso ver pela multidão que você tem muitas opções de café oferecidas para escolher. — Ela acenou com a mão, apontando para o gramado da frente, onde as pessoas ainda estavam fazendo uso do improvisado escorrega. Café? Merda homem, ela ainda estava chateada com dois erros atrás, não o mais recente. Eu soltei um grande suspiro. Havia um monte de desculpas e explicação que ia ter que fazer para tornar isso certo. — Não, não houve rejeição a outra noite, — disse com firmeza. A única maneira de salvar isto era ter certeza que ela entendeu que eu ainda a queria. — Foi um atraso. O café não estava na caneca certa. Eu precisava de uma caneca diferente. — Uma caneca diferente? — Ela olhou para mim como se fosse louco — e talvez eu fosse. Eu passei a mão pelo meu cabelo raspado. — Sim, aquela que usamos se sentia como se alguém tivesse bebido dela. — Ah, então você precisa de uma cama perfeitamente nova, ou desculpe-me, caneca para café cada vez que você tem? Boa sorte com


isso. — Sam virou-se e começou a atirar armários de cozinha abertos e batendo as portas fechadas. Sabia que ela queria que eu saísse, mas não ia a lugar nenhum. — Quero dizer, quantas canecas novas você oferece às meninas que você convida para um café? — Muito menos do que você parece pensar, mas apenas parecia como se você não estava pronta para tomar um café. — Não estava pronta? Eu estava subindo em você como um poli no corredor do bar e até mesmo depois que você me acusou de traição, estupidamente lhe emiti outro convite. Eu nunca estive tão pronta para o café! — Ela gritou para mim. — Eu sei. E sinto muito. Eu quero o seu café. Muito, — implorei. — Bem, — ela bufou. — Você não está recebendo. — Ela bateu o último armário fechado e saiu pisando forte. Quando a noite caiu e Adam e Finn acenderam a grelha, fiz a minha cabeça. Ela precisava me dar mais uma chance. Eu lhe mostraria exatamente o que estava sentindo. As pessoas nos cercaram e não havia nenhuma boa maneira de removê-la do lado de Adam. Mas quando todos se reuniram ao redor da fogueira, ele não podia sentar-se em ambas as cadeiras ao lado dela então me sentei à sua direita antes que alguém pudesse. Eu a convenceria de alguma forma que queria mais do que qualquer coisa e que toda a merda que tinha em seu condomínio e as joias que ela usava não importavam. Ao redor do pátio, a conversa depois do jantar virou-se para técnicas de sobrevivência zumbi. — Se sobrevivermos em um mundo pós-apocalíptico, as pessoas que trabalhavam com as mãos teriam uma melhor chance de sobrevivência, — disse Bo. — Então, Noah, Gray e eu estaremos ao


redor. — Eu acho que foi fraca tentativa de Bo de ser amigo. Fique com Gray, ele vai salvá-lo se os zumbis vierem atrás de você. Eu não tinha certeza de que era útil, uma vez que não estávamos sequer perto de precisar saltar ossos de alguém por amor a sobrevivência. — Hey, eu posso matar um pouco com os meus instrumentos. Baquetas ou a garganta quebrada da guitarra vai fazer algum dano, — Adam protestou. Sam lhe ofereceu a sua viabilidade. — Então, eu seria um bem valioso. Eu poderia espetar as pessoas com minhas agulhas e tricotar roupas de fibras. — Ok, você está dentro, — eu disse imediatamente. Ela inclinou a cabeça e deu-lhe uma agitação como se ela não conseguisse me entender. Eu estava indo para torná-lo claro para Sam que estava interessado, mesmo que não pudesse ficar sozinho com ela. — E sobre o repovoamento da raça humana? — Uma menina de cabelos escuros com um maiô de babados que mal cobria seus impressionantes peitos disse timidamente. — Você precisa de alguma instrução? Eu posso ajudar, — outro cara brincou. Eu mantive meus olhos sobre Sam para ver se ela estava interessada em qualquer outra pessoa no grupo. Seus olhos estavam presos em um pedaço quadrado de concreto entre seus pés. A garota zombou. — Eu não preciso de instruções. Eu já sou incrível. — Ela estendeu os braços e o movimento exibiu sua forma reconhecidamente perfeita para todos aqueles ao redor.


— Isso é o que todos dizem, — murmurou o cara que foi rejeitado. — Ah, é? O que faz uma boa menina na cama, então? Desta vez, Sam falou. — Sim, Gray, o que faz uma boa menina na cama? Seus olhos brilharam num desafio e tudo, incluindo a carne entre as minhas pernas, levantou-se para atendê-la. Eu pulei, primeiro os pés, sem uma rampa. Ou eu ia pegar o vento ou a quebra para o chão, mas ela estava me dando uma abertura se sabia ou não. — Entusiasmo, — eu respondi sem demora. — Ela está lá, isso não significa que ela quer? — Sam disse suavemente. Eu balancei a cabeça, olhando duro para ela. — Não é a mesma coisa. Quando você vai cair em cima dela, permite que você saiba o quanto é bom, dizendo-lhe, agarrando sua cabeça, apertando as pernas juntas. Quando você está dentro dela, está apertando a merda de sua peça e ordenhando cada último orgasmo fora de você. Caras querem ver, ouvir e sentir o quão quente ela está por você. — Parece cansativo, — disse alguém. — O que faz um bom rapaz na cama? — Alguém que está prestando atenção. — O meu olhar estava fixo em Sam. — É isso? — Perguntou ela.


— Sim. Toda vez que toco uma garota, estou catalogando os sons que ela faz, o aperto de seus músculos, quão molhada está ficando. É minha responsabilidade para me certificar de que é mais úmida do que um chuveiro de abril e faço isso por prestar atenção. — Mas você gosta de suas meninas puras, certo? — Perguntou Sam sarcasticamente. — Virgens só? Eu balancei minha cabeça. — Não, absolutamente não. Eu não me importo quantos parceiros ela teve antes de mim, desde que seja a única pessoa no quarto com ela no momento. Eu tenho que saber que é minha a cada passo. — Qual é a sua posição favorita? — Alguém gritou. — Vaqueira reversa, está certo, senhoras? — Duas meninas em frente a nós se cumprimentaram. Sam deslocou ao meu lado e esperei que ela saltasse, mas permaneceu teimosamente em silêncio. A única mulher que queria saber decidiu que não compartilharia sua opinião. — E você? — Uma delas perguntou. — Eu gosto de todas elas. — Isto estava funcionando em tudo? Ou estava apenas fazendo papel de bobo, tentando parecer chefe na frente de Sam? Olhamos um para o outro, mas não vi nada em seus olhos, mas um reflexo da luz do fogo. — Mas uma favorita. Sem olhar para longe, respondi à pergunta. — O velho papai-e-mamãe é uma boa. Você pode olhar em seus olhos o tempo todo e se você segurar as pernas na posição correta, você pode bater no ponto A.


— Você quer dizer ponto G. — Não, ponto A. É um local na parede posterior da vagina. — Eu estou indo para torná-lo bom para você, Sam, disse a ela em silêncio. Tudo vai valer a pena. Dê-me outra chance. Todo mundo ao redor do fogo estava ficando quente agora e não era só por causa das chamas. As pessoas estavam mudando em suas cadeiras e a respiração estava se tornando um pouco mais irregular. A conversa sobre sexo estava endurecendo paus e molhando bocetas, mas a única que eu queria estava sentada ao meu lado impassível como uma pedra. — Estou feliz por ser seu assunto de teste, — ofereceu a morena de grandes peitos, sentando-se e balançando as pernas para o lado. — Eu vou deixar você saber se você é bom na cama. Meu desejo tinha um nome e mais ninguém, mas Sam estava indo saciá-la, mas essa menina se colocou lá fora e eu não estava indo fazê-la se sentir mal. Eu só disse a verdade. — Estou fora da comissão agora, — admiti. Sam ficou tensa ao meu lado. — Eu pertenço à outra pessoa. — Sério? Porque eu podia jurar que no fim de semana passado, você estava dizendo a outra menina que não tinha ninguém em casa. — E não tenho. — Para chegar a minha mensagem para ela e todos os outros, abri minhas pernas para que minha coxa roçasse contra Sam. Com o canto dos meus olhos, vi a morena olhar feio. Perto de mim, ouvi Sam prender a respiração, mas ela não se afastou. Todos haviam recebido a mensagem.


Bo rebocou AnnMarie para seus pés. — Rapaz, eu estou cansado. — Eu também, — AnnMarie piava e ambos praticamente correram para a casa. Sam levantou-se e seguiu-os. Levantei-me para seguir, mas Adam colocou a mão no meu peito. — Basta lembrar, — ele me avisou. — Frágil. Quando cheguei à casa, não a vi lá embaixo. — Onde Sam foi? — Perguntei a Noah, que estava sentado dentro de casa assistindo televisão com Grace. Ele apontou o polegar em direção à porta da frente. — Ela se dirigiu para fora. Foda-me. Eu corri para fora da porta, mas Sam estava a meio caminho do carro até então. — Sam, espere, — Chamei atrás dela, mas não diminuiu. Se fez qualquer coisa, acelerou, quase correndo, mas não completamente. Claramente a porra da minha conversa pelo fogo só a irritou ao invés de excitá-la. Eu calculei mal ou o quê? Poderia, ou persegui-la e não havia dúvida de que poderia, ou voltar e atirar-me na piscina. Para o inferno com ele, se eu estava indo para o chão, iria. Corri e a peguei em cerca de dez passos. — Por que você está me seguindo? — Ela gritou. — Eu pensei que você tivesse entendido lá que eu... Ela me cortou.


— Eu entendo que você pode trazer seu calor para dentro e para fora como um interruptor de luz, mas não sou assim. O que você diz sobre estar confuso? A injustiça me fez explodir. — Você acha que sei tudo isso? Deixe-me dizer-lhe, irmã. Você sabe por que estou lutando com a decisão de ficar? Porque se fizer, estarei no comando de pessoas. As pessoas que poderiam morrer. Uma coisa é ter certeza de que seus veículos blindados funcionam ou seu rifle, mas pessoas, Sam! Eu preciso ter certeza que meu time tem tudo junto no andar de cima, — Eu apontei para a minha cabeça, — e aqui, — Bati meu peito. — Porque, se uma parte do pelotão é fraca, todos nós poderíamos estar em perigo. Tenho a certeza de que todo mundo sabe o que estão fazendo e o que devem fazer e como vão reagir. Estou com medo para caralho e estou completamente revoltado comigo mesmo por ainda estar hesitante. Hesitar pode matar lá fora. — Estava gritando com ela, mas Sam não se afastou. Seu olhar, bem, eu não poderia lê-lo naquele ponto; estava muito preso na minha própria miséria. — E as mulheres? Merda. Minha namorada de quatro anos me enganou durante a minha segunda implantação com o recrutador local da marinha, um oficial! — Eu joguei meus braços. — E ela estava subindo de volta na cama comigo quando cheguei em casa. Se não fosse pelo LT decidir que é mano antes de putas, eu poderia ter dormido com ela, quando ela tinha uma DST. Sam ficou imóvel enquanto eu gritava. Esfregando minha mão sobre a boca, olhei em volta e dei uma risada sem alegria, constrangido pela tempestade de merda que vomitei sobre ela.


— Desculpe. — Poderia passá-lo como comportamento bêbado? Embalei minha cabeça em minhas mãos para que não pudesse ver sua expressão de desgosto. — A propósito, estou limpo, —murmurei pelas minhas mãos. Em vez de fugir, Sam chegou mais perto. Sua mão caiu no meu ombro e, em seguida, arrastou até meu cotovelo. Olhando para cima, vi que perdeu sua expressão de raiva e mágoa e substituiu-a com um sorriso terno. A outra mão veio até segurar a parte de trás do meu pescoço e puxar minha cabeça até a dela. Não havia lógica para seu comportamento. Ela deveria correr para longe de mim e minha bagunça, mas não a corrigi. Eu não era tão estúpido ou tão inepto que não sabia como aproveitar a oportunidade quando ela se apresentava. Ainda como um caçador na emboscada, permaneci imóvel enquanto seus lábios roçaram minha bochecha, sua respiração suave passando em toda a minha pele. As luzes da rua fizeram sua pele luminosa e tão perto que podia ver seus cílios claros tremulando sobre os olhos. Sua mão apertou contra o meu antebraço para equilíbrio quando ela se inclinou, movendo a boca do meu rosto ao meu ouvido. — Estou com sede. Você tem sede? — Ela sussurrou e sua respiração viajou direto da minha orelha para a minha virilha. Por um momento não entendi, não entendi o que ela estava tentando dizer a mim, mas depois me lembrei de seu sorriso, o leve toque no meu braço e o jeito carinhoso que ela me beijou. As luzes de dentro da minha cabeça estúpida ligaram. — Eu nunca estive tão sedento em toda a minha vida de merda.


— Vamos lá, então. — Ela enfiou os dedos com confiança nos meus. Ela tomando o controle neste momento? Tão malditamente quente. — Meu Rover está bem? — Eu poderia me importar menos, mas por quê? — Porque eu não acho que possa esperar para chegar em outro lugar. — Ela me deu um sorriso trêmulo e estava instantaneamente duro. — Vamos. Sua caminhonete estava estacionada em frente à casa de seus pais. Eu subi no banco do passageiro e ela me levou no parque até o final da colina. Não havia luzes aqui. Eu empurrei minha cadeira para trás e puxei-a para o meu colo. Estaria dentro dela antes que a noite terminasse, ou morreria porque somente uma bala no peito iria nos parar esta noite.


CAPÍTULO ONZE Samantha

A conversa de Gray falando sobre suas posições favoritas e o que ele gostava de uma mulher umedeceu minha calcinha do biquíni e fez minhas roupas se sentirem muito apertadas. Ele era uma bagunça por dentro, mas gostei disso. Entendi. Outro cara que estivesse mais arrumado me faria sentir ansiosa e inadequada. Esse Gray estava confuso sobre a vida e para onde estava indo e como se sentia sobre as mulheres me adequava perfeitamente e estranhamente fez crescer a minha própria confiança. Hoje à noite ele iria ser meu, já decidi. Eu queria ter um orgasmo que não fosse provocado por meus próprios dedos ou apenas esfregando contra ele. Eu queria os dedos dele me tocando e queria segurar a sua cabeça entre as minhas pernas. Eu só queria. Nós nos atrapalhamos com o meu top, tirando minha camiseta e depois o meu top de biquíni. As cordas caíram com alguns puxões de seus dedos e, em seguida, sua respiração ficou ofegante, enquanto olhava para os meus seios nus ao luar. Eu sempre fui um pouco autoconsciente dos meus mamilos, porque eles eram bastante grandes e tinha uma tendência a piscar para fora de cada camisa que eu usava a menos que usasse um sutiã bem acolchoado.


Mudei-me para cobrir meus seios, mas ele afastou minhas mãos, colocando uma mama em cada mão grande. — Maldição, Sam, minha boca está cheia de água. Eu não posso esperar até que tenha mamado em ambas as suas tetas. Mas em vez de ir direito para os meus seios, ele começou a beijar o oco da minha garganta, passando a língua ao longo dos cumes da minha clavícula. Suas mãos circularam os lados dos meus seios, mediu o peso deles e os puxou juntos até um vale formar para sua língua questionadora, mas ele não tocou as pontas. E quanto mais tempo a ignorava mais sensíveis elas se tornavam. O ar da noite estava abafado e pesado, mas eu ainda sentia cada ligeiro movimento. Meu sexo doía. Gemendo, tentei me aproximar, tentei levá-lo para aliviar essa dor, se não com o seu pau, com os dedos ou até mesmo sua coxa. — Oh, por favor, Gray, — Eu engasguei. — O que é que você quer? — Sua boca se moveu contra a parte superior do meu peito, lambendo e mordendo, mas deixando os mamilos intocados. — Diga-me, — ele ordenou. — Eu preciso que você me chupe, me toque, — gritei em frustração. — Aqui? — Perguntou ele, acariciando os lados dos meus seios. — Ou é aqui? — Sua mão caiu em direção ao cós da minha saia. — Em todos os lugares, — Eu engasguei. Deve ter sido o suficiente, porque ele pulou, praticamente sugando todo o meu peito em sua boca. A dor entre as minhas pernas só se


intensificou. Com uma mão ele alisou e beliscou o outro mamilo. Sua mão livre desfez o botão na minha saia e lutamos para empurrá-la sobre meus quadris e, em seguida, seus dedos estavam dentro da minha parte inferior do biquíni. Nós dois gememos quando seus dedos deslizaram entre meus lábios, apenas um pouco dentro de mim. — Você está pingando para mim, — ele gemeu. — Eu deixei você quente. Minhas palavras te excitaram. Esta excitação é minha e quero isso. — Eu mal estava prestando atenção às suas palavras, porque só queria seus dedos mais dentro de mim. Deslizei para frente em sua mão, esfregando meu clitóris contra a palma de sua mão. Deus, poderia gozar apenas com isso. Em seguida, seus dois longos dedos deslizaram todo o caminho até que eu podia sentir toda a sua palma me cobrindo. O meu calor deslizante estava fazendo-o sem fôlego. Podia ouvir a respiração ofegante dura no meu ouvido quando empurrou para dentro de mim com os dedos. — Você quer montar meu pau? — Ele rosnou. — Será que essa boceta quer meu pau dentro dela, porque, baby, estou tão duro agora. Eu preciso estar dentro de você. As palavras de Gray me excitaram mais, mais alto, mais quente. Eu montei os dedos enquanto ele descreveu como ia me levar depois que gozasse em cima dele. Ele me disse que ia lamber os dedos, em seguida, alisar seu próprio pênis com a nossa umidade combinada. Ele sussurrou que os meus ruídos famintos o faziam querer gozar em sua bermuda, mas que ele não ia porque queria guardar isso para mim. Ele sussurrou coisas mais quentes e mais sujas até que não conseguia entender uma palavra do que estava dizendo. Tudo o que eu conseguia pensar era como seus dedos grandes estavam e como a pressão da


almofada da palma da mão contra o meu clitóris era perfeita e como queria gozar tão forte. Segurei seus ombros e me movi para cima e para baixo até que a sensação que estive perseguindo explodiu e me fez flutuar. Levei um minuto para recuperar o fôlego. Mal notei quando Gray retirou seus dedos de mim, mas o vi lamber os dedos como prometeu e a expressão de fome em seu rosto iniciou meu motor novamente. Ele arrastou a minha cabeça para baixo e o contato de nossas bocas uma contra a outra era o paraíso. Meu sabor picante estava em sua língua, misturando-se com o seu próprio gosto. Era viciante. Ele era viciante. Sua língua mergulhou dentro e para fora da minha boca em um mímico de seus dedos e um prenúncio de sua ereção grossa dentro de mim. — Foda, — ele sussurrou contra a minha boca. — O que você está esperando? — Eu podia sentir o contorno de sua excitação entre as minhas pernas. — Isso é sobre ser o único homem na sala? — Se ele ia me deixar depois de tudo isso, nunca falaria com ele novamente. — Nós não estamos em uma sala e meu pau está tão duro que estou prestes a chorar assim que disser o meu nome. — Gray Phillips. — Existe mais alguém aqui? — Além de mim? — Você é uma espertalhona, mas isso só está me deixando mais duro. Sim, além de você. — Não há ninguém, só nós dois.


— Isso é o suficiente para mim. Ele chegou por trás dele e com uma mão puxou sua camisa sobre a cabeça. Seus shorts foram os próximos e então não havia nada entre nós, só o silêncio da noite. Eu abri meus dedos sobre os cumes de seu peito e abdômen. Uma coisa sobre os militares era que tinham alguns exemplares físicos surpreendentes. Will tinha ido embora um menino magro e voltou para mim, nem um centímetro mais alto, mas maior e mais musculoso. Como Will, Gray não tinha um grama de gordura nele. Todo o seu corpo parecia que foi esculpido em pedra. Alguma vez achei que Gray não era o meu tipo? Ele era o tipo de cada mulher que teve um pulso batendo. Eu enfiei os dedos através da leve superfície de pelos no seu peito e segui uma linha fina que levou a seus pelos pubianos e, em seguida, o seu eixo, que se projetava entre nós. Eu queria, não, precisava de todas as promessas que fez para mim e não apenas aquelas que fez esta noite. A noite no bar e, em seguida, mais tarde, no condomínio. Ele prometeu me fazer gritar de prazer. Circulando seu pênis, apertei e fui recompensada com um gemido alto. Seus braços estavam pressionados contra o teto do carro e seus pés estavam apoiados no assoalho. Todo o seu corpo estava rígido e tenso com antecipação e eu poderia dizer que ele ansiava pela mesma versão do que me deu. Escorregando suas pernas, levei seu eixo a minha boca. Nós dois gememos quando fechei em torno dele. Deus, eu tinha esquecido o quão bom era o gosto de um homem e quão feminina e poderosa me sentia com a ereção de um homem forte na minha boca. Suas mãos varreram o cabelo do meu rosto para que ele pudesse ver enquanto desaparecia


dentro e fora da minha boca. Uma mão segurou o meu cabelo para trás, como um rabo de cavalo improvisado e outra acariciou minha mandíbula e, em seguida, minha bochecha, acariciando sua dureza através da minha pele. Seus olhos pareciam selvagens na noite e seu peito deu os sinais de um leve suor, a prova do imenso esforço que ele estava exercendo para atrasar o seu orgasmo. A veia em seu pênis pulsava contra a minha língua e ele fez pequenos movimentos bruscos truncados com seus quadris, certificando-se de que eu controlava a profundidade que ele entrava na minha boca. O sabor era de terra e não conseguia o suficiente. Levei-o todo o caminho até o fundo da minha garganta, torcendo minha mão ao redor da base enquanto o chupava e o provava. Isso estava me excitando muito. Apertei minhas coxas juntas para aliviar o tormento entre as minhas pernas e quando isso não funcionou, estiquei uma mão para me esfregar. — Isso é o suficiente, — disse ele, sua voz gutural e baixa. Quando não respondi à primeira, ele puxou de leve meu rabo de cavalo. — Não mais. — Por que não? — Eu fiz um pequeno beicinho, sentando para trás em meus calcanhares. Meu queixo estava agradavelmente dolorido, mas me senti enganada por não ter provado seu gozo e sentido os jatos quentes de sua semente ao longo de minha língua. — Porque, — ele rosnou, levantando-me para o seu colo novamente. Ele apertou um botão e o assento foi para trás até que era quase plano. Meu cabelo caiu em torno de nós, formando uma cortina.


— Eu preciso estar dentro de você. Eu quero te foder tão duro que você vai se lembrar disso amanhã e no dia seguinte e que a próxima vez que você tiver uma fantasia você pensará neste momento e quão grosso e duro que eu estava dentro de você. Balancei a cabeça em silêncio. Esta foi uma alternativa boa. Gray chutou seu short com um movimento do seu pé e pegou-o em uma das mãos. Em rápidos, movimentos econômicos, ele estava embainhado e pronto para nós. — Venha aqui. — Ele empurrou meus quadris para cima. — Eu preciso provar que você já está pronta. — Eu estou pronta, — implorei. — Deixe-me ver. — Ele era implacável. Movi no assento até que estava quase ajoelhada no banco de trás. Ele me puxou para baixo até que estava quase sentada em seu rosto. Todos os pensamentos de desconforto fugiram no minuto que sua língua estava em mim. — Você tem um gosto tão bom, baby. Tão bom. — Copiando suas ações de antes, preparei meus braços contra o teto da Rover, tentando me segurar firme, enquanto ele explorou cada centímetro de mim entre as minhas pernas com a língua talentosa. Ele não só me lambeu. Ele chupava meus lábios inferiores. Sua língua formou uma lança que ele apertou dentro de mim. Ele mordeu e mordiscou e me rodou como se eu fosse a coisa mais deliciosa que já provou e como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando meus braços e pernas não poderiam mais me segurar, desmoronei, quebrando a conexão entre a boca perversa e minhas partes mais sensíveis. Eu deslizei por seu corpo até que senti a cabeça


larga de sua ereção empurrando contra mim. Gray assumiu então, colocando uma mão em meus quadris para me firmar e segurar o seu pau na outra. Um baixo nível de ruído retumbou no carro, mas eu não tinha certeza se estava vindo dele ou de mim. A sensação dele empurrando seu duro comprimento grosso dentro de mim era quase demais. — Quanto tempo tem? — Disse Gray por trás dos dentes cerrados. — Vinte e seis meses, — eu gemia, me movendo ligeiramente. Ele apertou o cerco contra os meus quadris. — Não se mexa. Mas eu tinha que fazer. Centímetro a centímetro, trabalhei meus quadris sobre ele até que finalmente, finalmente, ele estava totalmente encaixado. Cada parte dele estava lutando contra o esforço de empurrar para dentro de mim, que me permitiu ajustar ao seu tamanho. Eu não me lembrava disto em tudo, quão cheia me sentiria, quão conectada estava. Isto não era temporário para mim e, enquanto ele olhava para mim, os olhos brilhantes com uma profunda emoção, achei que não era apenas temporário para ele também. Mas por decisão comum, não declarada, deixamos o momento passar sem comentário. — Agora, — eu disse a ele e soltou. Gray puxou meus quadris e foi tudo o que eu poderia fazer para segurar porque ele estava cumprindo todas as suas promessas. Apoiando as mãos sobre o peito, eu o montei, lentamente no início, pois levou algum tempo para me acostumar. Não era apenas que era grande e eu era pequena, mas que não estava acostumada a ter um homem entre as minhas pernas. O sentimento era


tão bom, os traços de sua ereção dura esfregaram cada centímetro da minha carne interior. As mãos de Gray estavam por toda parte. Ele acariciou minhas costas e puxou levemente no meu cabelo para que meus seios empurrassem em sua direção e minha cabeça inclinou para trás. Inclinando-se para frente, ele capturou um mamilo na boca e, em seguida, abriu mais a boca para pegar mais do meu peito. Ele não era um amante silencioso. Ele me disse com gemidos e grunhidos e sons sussurrados de aprovação exatamente o que ele gostava. Seus olhos rolaram para trás quando o apertei em um golpe baixo. — Assim, baby, — ele ralou entre os dentes cerrados. Quando minhas unhas se cravaram em seu peito, ele me incentivou. — Faça a sua marca, gatinha. — Nosso sexo era barulhento, sujo e cheio de dentes e unhas e isso me fez selvagem. Eu o montei mais forte e ele encontrou meus movimentos com golpes duros de sua autoria. A tensão construída até que meus dedos dos pés estavam enrolados debaixo da minha bunda e meus dedos da mão estavam escavando forte em seu peito, mas eu não estava recebendo a liberação que precisava. Eu nunca soube que poderia doer assim. Percebendo minha frustração, Gray nos girou, de modo que eu estava debaixo dele. Com um braço apoiado pela minha cabeça, ele levantou o meu corpo inteiro com a outra mão. Seus movimentos não eram tão furiosos agora. Quando ele apoiou o peso de seu corpo, os músculos de seu braço flexionados. Foi uma ação inconsciente, mas os sinais visíveis de sua força eram incrivelmente sexy. Quando se moveu


dentro

de

mim,

ele

era

mais

lento

e

deliberado,

reajustando

minuciosamente, como se estivesse procurando alguma coisa. Senti-me bem, mas não... oh meu Deus. O Quê. Era. Isso? A cabeça gorda de seu pênis estava esfregando contra algo dentro de mim e todo o meu corpo ficou tenso com o choque de prazer. Soltei um gemido alto, sem palavras, apenas um aglomerado de letras. Talvez uma vogal. Se eu pudesse verbalizar algo coerente seria nada mais do que uma litania de oh deuses, ohmeudeus, ohmeufodidodeus. Acima de mim, ainda segurando a minha parte inferior do corpo suspenso fora do assento do carro, Gray empurrou mais e mais para que a cabeça do seu pau só ficasse esfregando sobre aquele ponto até que eu não podia mantê-lo por mais tempo. Virei o rosto para o lado e agarrei seu antebraço, mordendo para não gritar. Sua resposta foi rir, uma coisa feroz gutural. O suor escorria da testa e no meu peito, descendo entre o vale dos meus seios, até que se misturava com os nossos sucos combinados. — Você gosta disso? — Ele parecia satisfeito consigo mesmo, mas não me importei. Eu estava perdida em algum outro mundo. Sem esperar por uma resposta, ele começou a me bater, empurrar para dentro e para fora o mais forte que podia. O ritmo ficou mais rápido e mais frenético e quando ele chegou ao limite de suas forças, seus movimentos tornaram-se bruscos e sem ritmo. Com dentes descobertos e um grito animalesco, Gray gozou. Eu podia sentir o pulso de seu sêmen jorrando dentro da camisinha, tão forte era a sua libertação.


Não terminando comigo ainda, ele preparou o seu corpo com os joelhos. Com uma mão, ele empurrou meu joelho para fora e com a outra começou a esfregar meu clitóris. Era uma posição que só alguém com uma tremenda força e equilíbrio poderia fazer. Mesmo ele tendo gozado, ainda estava duro como uma rocha e ele mergulhou dentro e fora de mim, o tempo todo esfregando meu clitóris até que perdi a cabeça novamente, batendo a minha cabeça de um lado para o outro enquanto os dedos e pênis me enviaram sobre o penhasco mais uma vez. Desmoronando em cima de mim, ele começou a beijar a minha testa, meu rosto, meus lábios em gestos suaves. Estava muito chocada com a força do que acabou de acontecer para me mover. Em vez disso, eu estava na curva de seu braço enquanto ele me acalmava com cursos longos de sua mão sobre meu corpo sensível. Deixou-me só por um minuto para remover o preservativo e amarrá-lo, empurrando-o no bolso de sua bermuda. Eu protestei minuciosamente. — Shhh, estas podem ser lavadas, — ele sussurrou, deitado sobre seu lado. Me puxando contra ele, voltou a me acariciar. — Isso foi... —Parei. Eu não conseguia pensar nas palavras certas para descrever o que aconteceu. — O melhor café que eu possa ter tido. — Talvez seja porque tem sido um longo tempo, — disse ele gentilmente. — Mmm. — Talvez. Mas talvez fosse porque estávamos tão conectados e em sintonia um com o outro neste exato momento. Era difícil lembrar se o sexo com Will tinha sido assim. Foi a tanto tempo, mas eu nunca me lembrei de me sentir assim, onde os orgasmos ainda


formigavam nas extremidades dos meus dedos. Nós éramos jovens e inexperientes. Fiquei surpreendida com a forma como era bom com Gray porque nas primeiras vezes que tive relações sexuais com Will, eu não gostei. Eu estava muito nervosa e ambos mal sabíamos o que estávamos fazendo. Mas não me senti estranha com Gray como imaginava que iria. Poderia ter sido porque ele era experiente, mas acho que foi ele e como eu me sentia como se o conhecesse. Gray sabia o que estava fazendo e seu entusiasmo e atenção vigilante às minhas necessidades fez uma experiência incrível. — Tem sido um longo tempo para você? Gray cercou e hesitou e depois ficou um pouco rosa em torno de suas orelhas. Eu ri baixo. Estava muito satisfeita e repleta para estar chateada com a ideia de que ele esteve com outras mulheres. Além disso, eu era a única no carro com sua grande mão acariciando cada centímetro do meu corpo. Não qualquer outra pessoa. — Por que, Gray Phillips, você é um homem prostituta? — Não, — ele exclamou. Ele esfregou a mão contra a parte de trás do seu pescoço, jogando seus músculos em relevo e fazendo as cordas do seu pescoço se destacarem. Era um olhar muito sexy sobre ele, mas ele parecia agitado demais para que fosse uma pose afetada. Talvez tudo parecesse sexy sobre Gray, de sua vulnerabilidade ao seu corpo musculoso. — Eu tenho um par de amigas com benefícios, — ele finalmente admitiu. — Um par? — Eu levantei uma sobrancelha.


Isso fez com que o corar de Gray viajasse de suas orelhas para baixo de seu pescoço. — Três, — ele murmurou. Eu pulei ereta. — Você dorme com três meninas diferentes! — Não ao mesmo tempo. — Ele cobriu os olhos. — Quando você tem ACBs é tudo sobre o sexo. Eu não pego as meninas em bares e as levo para casa à noite, porque, bem, é perigoso. Gravidez. DSTs. Então, só tenho relações sexuais com três meninas que são tão cuidadosas como sou. — E nenhuma dessas meninas tem sentimentos por você? — Perguntei ceticamente. Eu não poderia imaginar ter relações sexuais com alguém mais do que uma vez e não ter sentimentos por eles, mas este era o mundo que eu estava indo. Que futuro sombrio, pensava. — Claro que não. Uma delas é residente no San Diego Geral. Ela mal tem tempo de cagar e comer, portanto, liga apenas quando se lembra que ela é um ser sexual, que é como uma vez por mês, se tanto. No máximo, eu sou um vibrador vivo para ela. — E as outras? — Por que estamos falando sobre isso? — Não sei. Eu estou tipo que intrigada. — Eu estava. Deveria estar mais chocada, mas ele era como um curso introdutório de acasalamento moderno e eu estava, obviamente, na necessidade de uma educação. Ele suspirou profundamente.


— Ok, a que eu vejo de forma mais regular é uma enfermeira na base. Ela faz todos os exames de sangue. Começamos a conversar um dia e uma coisa levou a outra. Ela não quer ser amarrada com um cara militar, mas agora, somos tudo o que está em seu caminho. — Uma enfermeira e uma médica. Você vai querer me vestir com traje de enfermagem? Houve um silêncio prolongado quando Gray apareceu contemplar isso por muito tempo. — Gray! — Fingi estar chocada. — Desculpe, desculpe, — ele finalmente disse. — Não que eu esteja pedindo, mas você iria? Eu balancei a cabeça para ele, mas não disse não. A ideia de me vestir com uma fantasia para fazer sexo com ele não era um problema. De modo nenhum. — Então a outra? — Eu solicitei. — EMT15, — ele murmurou por entre os dedos. — O que é isso? — EMT, — disse ele de forma mais clara. — Você tem algum tipo de fetiche médico, — eu declarei. — O que você está fazendo comigo? Eu sou uma tricoteira. Devo levá-lo até a escola osteopata e encontrar alguma estudante boa para você? — Shhh, você. — Gray me puxou para baixo. — Eu não sei por que elas estão todas na profissão médica. Provavelmente porque elas têm os 15 Paramédica


mesmos problemas que eu tenho sobre segurança antes do sexo. Não importa. Eu não tenho isso tudo que muitas vezes é sem sentido. — Eu não penso assim. — Abaixei-me e alisei seu queixo. A barba por fazer que apareceu na parte da tarde e cresceu na noite era espinhosa contra minha palma. Na verdade, eu amei a sensação, de modo diferente do que o liso da minha. O contraste me fez estremecer. A aspereza de sua barba contra meus seios e meu pescoço tinha sido emocionante. Apenas a lembrança estava enviando gavinhas de emoção através da minha corrente sanguínea. — Por que isso? — Ele murmurou, parecendo distraído. Eu puxei minha mão um pouco e sua cabeça me seguiu, em busca de meu toque. Eu me permiti um pequeno sorriso privado. Estávamos ligados. — Parece-me que você tem relações. São meninas que você tem amizades e então você tem sexo. Não é algum tipo de ligação? — Não, porque tudo o que fazemos é ter relações sexuais. Às vezes que são convenientes para nós. Não há preliminares. Eu a chamo ou ela me chama, nos encontramos, fazemos o que precisa e depois vou para casa. Não há festas do pijama. Sem afago. — Isso soa realmente... Frio. — Eu queria dizer horrível. — Não é, — ele respondeu secamente. — Mas como pode o sexo ser bom? — É bom se você sabe o que está fazendo. — Os lados de seus lábios curvaram-se. — E eu sei. — Eu sei que você sabe. — Tracei um dedo dentro e para fora das ranhuras nas laterais da boca. As manchas de ouro em seus olhos


brilhavam. Como se eles estivessem me chamando, me abaixei e coloquei meus lábios suavemente contra os lados de seus lábios virados para cima. Ele não se moveu, mas apenas me permitiu explorar. Me preparando com o meu braço esquerdo, eu passei a mão livre sobre o peito, saboreando cada cume duro. A curva de seu ombro fluiu em um grande braço musculoso e antebraços levemente peludos. Em contraste com a facilidade indolente do resto de seu corpo, suas mãos grandes estavam segurando a almofada. Fiquei satisfeita por essa demonstração de controle e desejo. Eu não tinha dúvida de que Gray poderia fazer o meu corpo se sentir bem. Foi o resto de mim que eu estava preocupada. — Você tem um corpo bonito, — eu disse a ele, sussurrando e dando beijos suaves sobre as maçãs do rosto altas e o pico de seu nariz. — Eu acho que essa é a minha linha, — ele engasgou. — Não é uma linha. Gray pegou minha mão errante e me puxou para baixo suavemente sobre ele, me reposicionando para ficar entre o V de suas pernas. — Talvez não. — Ele segurou meu rosto com as mãos e me beijou. Seus lábios estavam ambos suaves e firmes e no início, era apenas uma reunião de carne. Quando ele separou sua boca e eu senti a umidade de sua língua contra os meus lábios, não conseguia parar minha própria resposta. O toque de sua língua contra a minha me fez estremecer. Caindo contra ele, apertei seu ombro e comi em sua boca com um fervor compensado pela sua própria fome. Ele empurrou seus quadris para cima, pressionando sua virilha diretamente contra meu centro. A sensação era tão requintada que quase gozei apenas da pressão. Isto é muito melhor do que tocar-me.


— Meu Deus, — ele sussurrou contra os meus lábios. — Diga isso de novo. Eu não percebi que disse isso em voz alta. — Isso é melhor do que o que eu tenho feito em casa. — Diga-me, — ele perguntou, balançando os quadris contra mim. Descendo, ele puxou minhas pernas sobre a sua, trocando nossas posições para que minhas pernas estivessem fora das suas. Eu poderia controlar o contato melhor e eu moía. Deixei escapar um gemido de frustração. Gray era experiente o suficiente para saber o que o som significava. Ele chegou entre nós, deslizando a mão grande para baixo para segurarme entre as minhas pernas. — Diga-me, — ele exigiu novamente. — Eu vou fazer você gozar de novo. — Esfregar a base de uma mão diretamente contra o meu osso púbico, a outra mão puxou meu cabelo para que ele pudesse deixar um rastro de úmidos beijos quentes ao longo da minha garganta. — Você me diz o que você pensa e quando te tocar eu prometo, vou fazê-lo, e isso vai ser bom. Eu teria prometido tudo para ele neste momento. — Eu penso em ser lambida entre as minhas pernas. — Mordi minha língua e choraminguei um pouco quando Gray esfregou dois dedos contra mim. Minhas coxas estavam úmidas e me contorcia com o pensamento de como estava molhada, mas Gray não me deixou ir para longe, apenas manteve um implacável ritmo acariciando. Meus dedos curvaram quando senti um aperto em meu corpo.


— O que mais? — Ele rosnou no meu ouvido. — Quando você toca a si mesma, você tem seus dedos molhados ou você apenas esfrega em cima? — Molhada, — botei para fora. — Eu fico molhada. — Eu estou indo ver o quão molhada. — Seus dedos mergulharam dentro de mim. — Muito molhada, — disse ele e seu tom aprovador me fez sentir sexy em vez de desconfortável. O toque de seus dedos ásperos contra a minha pele sensível foi delicioso. Descendo, eu pressionei minha mão contra a sua, embora eu não tivesse certeza se queria que ele parasse ou me tocasse com mais força. Em seguida, ele começou a falar de novo e eu estava acabada. — Eu não posso esperar até que estejamos em uma cama e as luzes acesas. Eu vou olhar para a sua boceta. — Ele passou a língua contra o meu pescoço enquanto seus dedos estavam ocupados entre as minhas pernas, me acariciando com movimentos curtos e firmes. — Eu aposto que você é rosa e seu mel estará pingando dela. Vou sustentar sua bunda para cima em um par de travesseiros e então vou me ajoelhar entre as pernas. Meu primeiro movimento será lhe lamber a partir daqui, — ele rolou ambos seus dedos perto de minha área mais sensível e, em seguida, varreu-os para a frente, — para aqui. Vou chupar seu clitóris em minha boca até que ele esteja duro e enquanto estiver fazendo isso, vou escorregar meus dedos dentro de você e bombear em você até que seus doces venham inundar minha mão. — Enquanto ele falava, seus dedos beliscavam meu clitóris e então ele escorregou primeiro um dedo e depois outro dentro de mim. E isso foi tudo o que precisou. Eu gozei em cima dele, as palavras, o toque, tudo


isso me mandou para fora de órbita. Meus quadris saíram do banco, atendendo às pressões dos dedos ansiosamente. Ele me acariciou ao longo dos meus tremores e, em seguida, quando o meu corpo se acalmou e minhas pernas desmoronaram, ele retirou os dedos e me segurou com ternura. Seus lábios se abateram sobre os meus novamente. — Isso foi lindo. Jesus. — Ele balançou a cabeça contra o meu corpo. — Sam, eu não sei o que está acontecendo entre nós, mas isso é malditamente

muito

bom

para

não

explorar,

ainda

que

temporariamente. Suavizando minhas mãos sobre os planos de seus ombros e para baixo em suas costas largas, eu me alegrava com a sensação de seu peso pressionando em mim. — Sim. — Foi a única palavra que importava agora.


CAPÍTULO DOZE

O que compartilhamos no carro mudou algo entre Gray e eu. E não era apenas sexo. Foi a ligação que fizemos depois. Eu me perguntei se Gray podia ouvir o quanto ele realmente não gostava de suas aleatórias transas sem alma, chamar a si mesmo de vibrador vivo não era muito um elogio. Elas não eram, nem mesmo suas amigas, mesmo que ele gostasse de usar o rótulo de ―amigos com benefícios‖. Obviamente sua ex traidora o afetou muito e ele não superou. Mas caras que entravam para os militares não gostam de admitir que eles sejam fracos. Will voltou para casa após o treinamento básico e lhe perguntei por que seus pés pareciam que foram torturados. Foi chamado boot camp porque seus pés assumiram o cheiro e aparência de uma bota de borracha desgastada? Mas ele zombou de minha preocupação. Seus pés fodidos eram um sinal de suas realizações, eu acho. Tentei convencê-lo a obter uma pedicure comigo, mas ele disse que não ia passar qualquer minuto da sua licença tendo alguma garota pintando as unhas dos pés. Ele nunca ouviria o fim de tudo. Eu suspeitava que Gray fosse exatamente da mesma maneira. Admitir que uma menina machucou seu coração, tanto que ele estava com medo de chegar perto de novo não estava em seu


DNA. Mas eu reconheci pesar e perda, tristeza e dor. Eu vivi com ela durante anos. Esses sentimentos eram amigos íntimos da minha vida e eles perseguiam Gray também. Eu dirigi de volta para a casa de Adam. Ele me convidou para entrar, mas não queria acordar em uma casa cheia de caras e nenhum de nós estava pronto para ele voltar para o condomínio. Cristo, mesmo eu voltei para casa dos meus pais. Eu disse a Gray que estava cansada demais para dirigir a qualquer lugar, mas a verdade era que estava com medo de voltar para o meu apartamento. Assustada que Will estaria ali, olhando para mim com desaprovação. Ele seria capaz de sentir o cheiro de Gray em mim e ver o olhar preguiçoso de satisfação em meus olhos. Eu tinha acabado de ter um orgasmo com alguém que não era Will e não estava pronta para trazer para casa. Em vez disso, subi na minha cama livre de Will e sonhava com outro homem entre as minhas pernas. Quando acordei, me sentindo culpada e excitada, liguei para Eve por um pouco de coragem e conselhos. — Você não deve ter sentimento pelo cara rebote, certo? — Perguntei a Eve na manhã seguinte. — Certo! — Ela exclamou. — Diga-me você não está caindo para o lado do menino soldado. Eu não disse nada. — Você está aí? — Perguntou Eve. — Você me disse para não dizer nada. — Droga, Sam. — O suspiro tempestuoso assobiou através da linha telefônica.


— Eu sei, mas ele é tão vulnerável. — Eu disse a Eve sobre suas amigas com benefícios. — Então ele não superou sua ex? — Não, ele a superou, mas ele ainda está sofrendo os efeitos colaterais negativos. Eu entendo. — Ele não é um viúvo. — Eve tentou deprimir a minha emoção acumulada. — Eu sei, mas ele sofreu. Eu sinto, não sei, como se Gray fosse uma alma gêmea ou algo assim. — Acho que você está lendo muito sobre isso. — Eu não estou, — eu protestei. Nós até trocamos números de telefone antes que ele me beijasse docemente como boa noite. A memória da noite passada fez meu corpo formigar todo. — Ele é muito doce debaixo de seu exterior espinhoso. Ele realmente anseia por uma conexão especial com alguém, mas está com muito medo de chegar nela. Eve contemplou por um momento. — Isso soa como a forma como você se sente. — Pode ser. Pode ser que ambos se sentem assim. — Basta ter cuidado. — Eve suspirou. — Obrigada pela conversa de vitalidade. — Eu sorri e desliguei com ela me estalando um beijo por telefone. Gray me mandou uma mensagem no meio da manhã.

Vc está por perto?


Sim.

Poucos segundos depois, meu telefone tocou. Era Gray. — Como você está se sentindo hoje? — Bem, você? — Me senti... estranho, — disse ele e antes de qualquer ansiedade estabelecer, continuou. — Eu senti sua falta. — Então riu. — Eu acho. Dormir com alguém não é algo que estou familiarizado, mas acordei pensando em você. Quando corri para a casa de seus pais o seu Rover tinha ido embora. Eu me senti aquecida. — Eu voltei para o apartamento e agora estou sentada na minha varanda tricotando. — Eu gostaria de poder ir, mas os rapazes querem ir ao Boundary Waters e fazer algum passeio. — O que é isso? Levar sua canoa por aí? — Sim e comer feijão e arroz crus. — Parece realmente fabuloso, — disse, completamente hipócrita. Gray riu. — De qualquer forma, queria ligar e deixar você saber que não vou ter nenhum serviço de telefone celular durante uma semana. Eu posso te ver quando eu voltar?


Eu cobri o telefone e soltei um suspiro. Até aquele momento não percebi o quanto eu queria, talvez até precisasse, vê-lo novamente e que ele queria ficar comigo. — Eu gostaria disso, — disse a ele uma vez que voltei a minha posse. — Eu estarei pensando em você, — disse ele e seu tom de voz baixo me fez tremer. Dei um passo para fora do penhasco, esperando que a corda de segurança ainda estivesse lá. — Eu estarei fantasiando sobre você. — Era quase tão nervosa e sexy que me senti como poderia ser. Uma longa pausa seguiu minhas palavras e fiquei preocupada que tivesse interpretado tudo isso de forma incorreta. Então ouvi uma tosse, um farfalhar e um ligeiro gemido. O som era diferente, quando ele falou também. — Desculpe, tive que pegar um pouco de privacidade aqui, — disse ele. — Eu vou precisar de você para entrar em maiores detalhes. — Ahhh, — eu parei. Tinha muito pouca prática em falar sujo com alguém. — Hum, desculpe, estou sentada aqui na minha varanda e acho que estou mais vermelha do que as peônias do meu vizinho. Ele começou a rir e o som dele me fez querer flutuar no ar. — Tudo bem. — A batida na porta ecoou pela linha de telefone e ouvi a voz abafada de Gray gritar, — Estarei aí em um segundo. — Para mim, ele disse em voz rouca, — Tenho que ir. Vou chamá-la na hora que eu voltar e nós vamos fazer algo divertido. Eu prometo.


O tempo separado foi inteligente para nós dois. Eu acho que nós dois fomos pegos de surpresa pela intensidade do nosso encontro. Passei a semana pensando sobre ele e Will. Sempre que Will chegava em casa de licença, ele ia tentar me convencer a me mudar para o Alasca com ele, mas sempre rejeitei com um rosário de razões. Eu tinha muitos amigos aqui. Sentiria falta da minha família. Eu odiava o frio. Tinha esperança de que ele desistiria de saltar de aviões por mim e perceber que o nosso sonho de ir para a faculdade juntos era muito melhor. Mas era teimoso e o fervor de ser um soldado detinha mais poder sobre ele do que eu. Gray era como Will em alguns aspectos. Ambos amavam os militares. Mas o amor de Gray foi um agridoce, testado por perdas e experiências. Ele falou tão apaixonadamente sobre os homens que serviram com ele e garantir que eles estavam prontos e seguros. Sua confusão sobre se realistar ou separar foi uma que poderia facilmente resolver quando ele se sentou e aceitou que a responsabilidade que ele pensou não poderia segurar. No fundo, ele sabia que podia fazer isso, mas enquanto houvesse tempo para resistir, ele o faria. Quanto a ele não confiar em uma mulher o suficiente para ter um relacionamento? Essa foi uma história diferente, mas o que disse a Eve era verdade. Senti uma afinidade com Gray e não importaria o que acontecesse com a gente, eu esperava que fossemos amigos. Ele me fez sentir jovem e animada e amei esses sentimentos. Elas foram melhores do que sentar em volta do meu quarto virginal me perguntando por que deveria sair da cama no dia seguinte. Eu me encontrei animada para me levantar. Estava ansiosa para o seu retorno,


e eu não me importava se ele tinha outra aventura planejada. Eu só queria passar mais tempo juntos. Durante a semana, eu passei mais tempo com Bitsy e percebi o quanto sentia falta de sua companhia. Sua paixão por Tucker me preocupava. E Tucker me preocupava, com a sua relação tensa com seus pais. Eles precisavam um do outro, ou, pelo menos, Carolyn e Tucker precisavam um do outro. Eu não tinha certeza se o pai de Will precisava de alguma coisa, além de golfe e Scotch. No dia anterior a Gray voltar de sua viagem, arrumei todas as coisas de Will – tudo menos a bandeira. Se eu estava para abrir espaço na minha vida para outra pessoa, em seguida, sua mochila do exército e botas de combate precisavam ser embalados. Will ainda estava ocupando muito espaço em minha mente e meu apartamento. E era hora de deixá-lo ir. Todos esses planos para o futuro que fiz com Will não iam nunca se tornar realidade. Nem as duas crianças que conversavam sobre ter ou os cães. Nem os lugares que íamos ver ou as viagens que iríamos tomar. Nenhuma dessas coisas ia acontecer agora e eu não poderia prever um futuro para passar sozinha. Eu não queria isso e sabia que Will não queria isso para mim. Ele sempre foi tão cheio de vida e o fato de que eu passei os últimos dois anos vagando no deserto da minha mente teria o irritado. Eu não sabia se Will ia me querer com outro cara militar. Ele poderia dizer agora que deveria procurar um contador ou não, ele gostaria que eu participasse dessas aventuras. Teria ficado orgulhoso de mim, eu acho. Silenciosas lágrimas quentes começaram a rolar pelo meu rosto, mas elas não eram realmente lágrimas de tristeza. Eram


lágrimas, no entanto, sobre todas as coisas que sentia por Will. Fiquei triste por deixá-lo ir, mas estava na hora.

Gray me chamou na noite que eles chegaram a casa. Eu podia ouvir o cansaço em sua voz. — Hey, senti sua falta, — foram as primeiras palavras que saíram da sua boca. Foi fácil para retornar o sentimento. — Estou feliz de você estar de volta. — Eu também. Estou acabado do passeio. Não sei por que me desgasta, mas desgastou. Posso levá-la a algum lugar amanhã? — Mal posso esperar. E agora estávamos juntos. — Eu não entendo, —finalmente disse. Gray estava deitado na canoa, chapéu sobre os olhos, as mãos cruzadas sobre o peito. Sua vara de pesca estava deitada ao lado do assento de madeira ao lado dele. — O que há para entender? — Eu pensei que estávamos fazendo algo aventureiro. — É quente como o inferno aqui, não é? Era. A umidade do ar pendia como um cobertor molhado. O calor era mais suportável fora da água e o chapéu amassado que era cerca de dois tamanhos grandes demais para a minha cabeça, que Gray havia tirado da parte traseira da caminhonete de um companheiro de quarto,


me deu um pouco de sombra. Mas sim, era quente como o inferno. Mergulhei minha mão na água e me molhei um pouco. — Como é que o torna perigoso? — Você pode morrer de calor. Um peixe pode virar o barco. Um jacaré pode comê-la. Olhei ao redor da água plácida. — Não temos jacarés aqui. Acho que isso é uma coisa do sul. Gray tirou o chapéu para trás ligeiramente para que eu pudesse ver seus olhos. — De verdade, não há jacarés? — Eu nunca vi um. — Você já esteve aqui antes? — Ele acenou com a mão sobre a água. — Não, eu nunca estive. — Este lugar, era apenas uma hora ao sul da cidade, não era conhecido por mim. Ouvi falar dele antes, mas nunca estive aqui. A água realmente não era coisa de Will. O rio estava tranquilo e havia alguns barcos sobre ele. Um conjunto de árvores e juncos longos cobriam a praia. Toda a paisagem era uma imagem de calma preguiçosa. — Parece seguro embora. — Você nem sequer sabe sobre os jacarés para não mencionar todas as outras armadilhas. — Se é tão perigoso, por que você está deitado de costas, com o seu chapéu sobre o seu rosto? Você não deveria estar alerta? Bati no fundo do seu pé com a ponta do meu tênis.


— Esse é o seu trabalho. Você queria a aventura. — Então você está indo só dormir? — Sim, você me protege e me deixa saber se peguei algo. — Será que vamos ficar em contato quando você voltar para San Diego? — Eu cutuquei seu tênis novamente. — Claro. Me adicione no Facebook. — Você tem uma conta no Facebook? — Tenho. Única maneira de manter o controle de todos, desde o meu pelotão que se separou. Eu sufoquei uma risadinha. — O quê? Por que é tão engraçado? — Ele parecia indignado, ou tão indignado como uma pessoa poderia soar meio dormindo em um pequeno barco. — Eu simplesmente não posso ver você lendo um post do Facebook. — Uma imagem de Gray sentado ao meu lado no café da Universidade Central, folheando posts do Facebook enquanto nós tomamos um intervalo do estudo passou pela minha mente. Eu persegui e segurei a imagem por um momento. Saudade puxou meu coração. Eu não estava pronta para deixá-lo ir. — Hey, gosto de estúpidas fotos de gatos, tanto quanto qualquer outra pessoa. Enfiando a minha vara de pesca sob o assento, comecei a mudar em direção a ele, mas o meu movimento fez com que o barco balançasse com um pouco de força.


— Tentando fazer sua própria aventura? — A voz baixa de Gray rompeu o silêncio. — Opa, desculpe. Eu quero deitar ao seu lado. — Claro, bebê. — A maneira como ele disse bebê, me lembrou de como ele rosnou enquanto fizemos sexo e enviou um tremor através de mim que não tinha nada a ver com o barco. Embora quando me levantei, a barco inclinou longe demais na direção da água para me sentir confortável. — Abaixe-se e faça uma espécie de caminhada de pato até chegar a mim ou nós nadaremos, não no barco, — Gray instruiu. Abaixei até meus quadris e me arrastei desajeitadamente sobre Gray. Suas pernas longas com seus cabelos surpreendentemente suaves esfregaram contra mim e o tremor se transformou em um formigamento. Nossos olhos se encontraram e seu sorriso era impertinente. Ele puxoume em pé, enquanto as pernas estavam apoiadas contra o barco, mais uma vez me lembrando de sua aptidão física. Eu estabeleci-me contra ele, o espaço tão pequeno que estava quase deitada metade em cima dele. O braço dele estava debaixo de mim e me senti muito aconchegada e íntima. Proximidade, não apenas sexo, era outra coisa que senti falta. Gray sentou-se e pegou o remo e colocou-o na parte superior do barco. Ele fez o mesmo com o meu. Desta vez, ele levantou as pernas para cima e colocou-os em cima dos remos cruzados. Suas pernas longas pendiam para o outro lado e descansaram contra o banco que eu estava. Então suas mãos pegaram minhas pernas e descansou-as contra os remos. Quando retornou à posição reclinada, ele me puxou para baixo ao lado dele e cobriu o rosto com o chapéu. Eu deveria ter


estado desconfortável. Eu estava deitada em um pequeno banco de madeira encostada a um refrigerador de plástico e minhas pernas estavam descansando em remos de madeira cruzados. Seu braço estava sob meus ombros, me embalando. Eu não fui segurada assim em muito tempo. — Basta parar de pensar, — disse ele. Sua cabeça estava tão perto da minha, podia sentir os pequenos sopros de ar quando falava cada palavra. — Como? — Finja que sou um travesseiro. Feche os olhos e conte lentamente. Fechei os olhos e comecei a contar. Um, dois, três. Pouco a pouco, meu corpo relaxou. Se era o sol, o calor, ou o toque suave da mão de Gray no meu antebraço, deixei-me ir e adormeci do nada. Gray alisando loção nas minhas pernas me acordou uma hora depois. Lutei para acordar porque o sonho foi tão adorável. Mãos grandes e dedos longos esfregando para cima e para baixo em minhas pernas.

Aqueles

dedos

capazes

apertaram

minhas

panturrilhas

suavemente e palmas seguiram a curva dos meus joelhos. Aquelas mãos pararam acima dos meus joelhos. — Não pare, — eu gemi. Eu queria que esta massagem continuasse, até minhas coxas. Esses polegares poderiam roçar o vinco entre as minhas pernas e quadris. Quando a mão não se moveu como eu queria, puxei-o e a coloquei exatamente onde eu queria. A ponta do polegar apontando para o lugar


privado entre as minhas pernas. O resto dos dedos abertos na parte de cima da minha coxa e porque os dedos eram tão longos, poderiam envolver o lado. Suspirei com prazer e ouvi um gemido masculino de apreciação em troca. O polegar cavou por um momento e então a pressão recuou. Em vez disso, senti a mão na minha perna oposta e então meus braços. Eu fiz uma careta, mas estava muito fraca e cansada para protestar mais. Em vez disso, permiti ao sono me puxar para baixo mais uma vez.


CAPÍTULO TREZE

Gray

Quando Sam adormeceu em outro descanso preguiçoso, aproveitei a oportunidade de olhar completamente para ela. Pena que não estava nua, mas eu sabia que nenhuma quantidade de persuasão iria convencê-la a sentar neste barco sem roupa. Pena, porque então poderia ter inspecionado cada centímetro dela na luz do sol. Eu teria que colocar protetor solar em mais do que apenas suas pernas. Quando ela acordou depois de um breve cochilo, dei-lhe um sanduíche e comi dois antes que ela terminasse metade do dela. Eu gostava

de

fornecer

refeições

a

Sam.

Havia

algo intensamente

satisfatória sobre isso. Provavelmente a sensação de voltar aos nossos ancestrais das cavernas, não que espalhando maionese no pão era a mesma coisa que sair e matar um mamute lanoso por comida. Mas eu poderia perfeitamente fazer isso se ela precisasse. — Conte-me sobre o seu marido, — eu disse, surpreendendo-me. — Sério? Você quer saber? — Por que não? — Ele estava, afinal, morto. Eu não estava com ciúmes de um homem-morto. Certo? Certo.


— A única pessoa que realmente quer falar mais sobre ele é a sua mãe, Carolyn. — Isso é tão horrível como o seu tom sugere? — Eu apertei-a um pouco mais perto de mim. — Praticamente. O Will que ela descreve não é como o verdadeiro Will. Ele é como um menino que nunca cresceu. Todo perfeito e inocente. — E ele não era? — Não. Ele era louco e selvagem. Não houve um desafio que ele não aceitaria. Nunca acreditou em dar a outra face. Queria sugar a vida de cada momento como... — Ela parou e, em seguida, engoliu em seco. — Como... — Como se ele pensasse que ia morrer jovem? — Eu terminei por ela quando não pode. — Eu não acho que ele estava perseguindo ativamente, mas vivendo no limite era uma coisa muito real para ele, não apenas palavras em uma canção. É por isso que ele estava tão interessado no ROTC. Por que se ofereceu para treinar paraquedismo na Base. Por que pediu implantação de novo e de novo até que eles lhe enviavam apenas para calá-lo. Eu não disse nada de imediato, apenas refletia sobre o que ela não disse. Como estava desapontada por ter sido deixada para trás e não entendia o que foi que fez Will ficar longe dela. — Eu conheci caras como esse. Bo é assim. Ele nunca viu um punho que ele não queria testar.


— Bo? — Sim, o cara loiro grande. — Ele parece tão tranquilo, como você. O outro cara, Noah, é intenso. — E Will era intenso? Ela pensou por um momento. — Ele estava focado. — Em coisas diferentes de você, —disse suavemente. — Ele se concentrou em mim, — ela protestou e depois oscilou um pouco, tonta do sol, talvez precisando de um pouco de açúcar. Eu não a desafiei. Em vez disso, agarrei seu braço e firmei-a. Segurando-a com uma mão, me atrapalhei no refrigerador e tirei uma Coca-Cola gelada. Abrindo, a segurei até seus lábios e inclinei-a. Ela bebeu um pouco e permitiu que o xarope doce revestisse sua língua. — Mais, — ela ordenou. Ela bebeu profundamente, não percebendo com quanta sede esteve até que eu forcei a Coca gelada em sua garganta. Tomando a lata dela, coloquei a abertura para a minha boca, colocando meus lábios direto sobre a área que ela tinha bebido e engoli o resto do refrigerante em um gole. Esmagando a lata na minha mão, joguei o alumínio vazio em direção ao outro lado da canoa. — Sinto muito, — eu disse, finalmente, encontrando seus olhos. — Eu não tive a intenção de sugerir que ele não te amava.


— Eu sei, — ela suspirou. — Eu sou apenas sensível sobre isso. Minha mãe sempre disse que ele não deveria ter ido para o Exército e que era egoísta dele fazê-lo. É como a sua namorada se sentiu? — Não, ela estava animada. — Como é que você entrou? Deitei-me e puxei-a em cima de mim. Esfregando o polegar para cima sob a bainha de sua camiseta de algodão fino que dizia, ―Eu prefiro tricotar‖, eu acariciava aquele pequeno pedaço de carne quente, apreciando o arrepio que causou. — Meu avô foi um militar. Aposentado da Marinha depois de trinta anos de serviço. Altamente condecorado. Meu pai aposentado da Marinha, depois de vinte anos de serviço. Nenhum dos meus dois irmãos mais velhos se juntou. Eles montaram um desmanche customizado no sul da Califórnia. Meu avô dizia como era grande os Fuzileiros, que fraternidade era. Quando eu tinha sete anos, ele me deu uma faca que tinha Semper Fidelis gravado nela que é latim para Sempre Fiel. Quando tinha dezessete anos, ele me levou para a estação de recrutamento e fingiu ser meu pai e me inscreveu antes mesmo de meu pai saber. Mas por um tempo, foi tudo bem. Meu velho estava orgulhoso de mim e vovô estava sobre a lua. Em seguida, um ano do meu contrato com os Fuzileiros, o meu pai se elege e ganha uma cadeira no Congresso. Depois disso, os Fuzileiros não foram bons o suficiente para mim. Ele dá dicas de que há algo melhor lá fora para mim. Diz que eu deveria ir para a faculdade. Ser um advogado. — Filho de um oficial de justiça, — ela murmurou.


— O que é isso? — Eu levantei minha cabeça, porque não tinha certeza de que a ouvi direito. — Seu nome, que significa filho de um oficial de justiça. Eu resmunguei. — Não sabia disso. Acho que minha mãe leu um livro de romance e se apaixonou com o herói. Todos nós temos nomes de heróis de romance de livro. Lucien é o mais velho. Em seguida, James e depois eu. Grayson. Ela me deu um pequeno sorriso que me fez querer lamber os lábios. — Eu gosto. — Seus olhos se desfocaram e, em seguida, seu sorriso se transformou. — Eu não sei o que você está pensando agora, mas começou a sonhar e virou-se impertinente. Ela riu com culpa. — Você pode ver tudo isso? — Ela apertou as mãos contra seu rosto como se ela pudesse esconder sua vergonha e então não pude resistir. Seus lábios eram cor-de-rosa e um pouco brilhante da CocaCola ou talvez sua saliva. Eu arrastei minha língua levemente sobre eles até que ela abriu sua boca e sua pequena língua encontrou a minha. Desta vez, o nosso beijo não era fervoroso ou agarrador. Era lento e pensativo como nossas conversas. Seu sabor, misturado com açúcar da cola foi a melhor coisa que tive na minha língua para sempre. Eu não sabia o que estava esperando encontrar aqui, tantas milhas de casa, mas não era Sam e seus sorrisos de compreensão e


toques doces. Eu não sabia por que Will fugiu disto, porque talvez, se eu tivesse Sam, não iria querer me alistar. Suas mãos roçaram meu cabelo muito rente e pelo meu rosto. Meus músculos estavam tensos enquanto ela corria os dedos sobre os planos de meu peito e, em seguida, mais baixo. Prendi a respiração na expectativa, esperando que ela não pararia na minha cintura. Quando ela se afastou, ofegando um pouco, eu gemia como um bebê decepcionado. — Eu quero ouvir o resto da história. Eu suspirei, mas entendi a mensagem. — Então, na época do Natal, Pops me perguntou se eu tinha assinado meus papéis de realistamento e não tinha. ―O que você está esperando, rapaz? Seu CO para vir aqui e dar-lhe um convite gravado?‖ — Eu imitava a voz séria de meu Pops. — Meu pai o interrompeu. ―Falando de seu CO, já ouvi falar que você deve estar indo para a Officer Candidate School.‖ Pops respondeu com sua voz grave, fez tudo gritando como um instrutor, que OCS era para alistados e não para um verdadeiro Fuzileiro. Ele lembrou o meu pai que eu poderia ser NCO, um oficial não comissionado. Em seguida, os dois entraram em uma partida gritando sobre como eu estava indo defender o nome da família Phillips ao melhor. — Parece doloroso, — ela fez uma careta. Com base em conversas anteriores ficou claro que ela sabia tudo sobre compromissos familiares dolorosos. — A pior coisa é que ambos me amam, então sei que eles querem o melhor, mas estão engajados nesta luta pelo poder sobre o que devo fazer.


— O pai de Will queria que ele fosse um advogado. Nossos pais são parceiros da lei. Eu acho que Will estava tentando escapar disso tanto quanto qualquer coisa. Ele não era talhado para o escritório e documentos jurídicos. — E quanto a você? — Não. Mas Bitsy, minha irmã, pode ser uma. Cristo, ela pode até ser presidente um dia. Com certeza uma juíza. Ela é tão inteligente. Então, meus pais não me preocupam com isso. Eles pensam que eu deveria voltar para a escola. Abandonei depois que Will morreu. — Eu não posso imaginar. — Você já fez isso? Dever da morte? — Perguntou ela. — Não e nunca vou fazer. Eu acho que você sofre mais entregando constantes notícias de alguém morto que por estar lá. — Não pode ser divertido. Eu gostaria de ter recebido tudo melhor. O capelão ficava dizendo que eu era muito jovem. — Há muitas viúvas jovens lá fora agora. Nós dois olhamos para a água, pensando na história que havia dito naquela primeira noite. Eu falei primeiro. — Vendo-a tentar se matar foi como falhar novamente. Nós não poderíamos salvá-lo e quase a perdi. — Minhas mãos estavam em punhos em meus joelhos. Esticando, ela colocou a mão sobre os meus punhos. Eu tive um tempo muito difícil processando a dor, mas Sam compreendia. Ela me pegou de uma forma que não acho que ninguém tinha antes. Não meu Pops ou meus pais ou mesmo os meus irmãos.


Ela descansou a cabeça no meu ombro e apertou minhas mãos apertadas. Esta menina agitava algum tipo de emoção suave em mim. Sua observação no outro dia sobre a diferença entre mulheres e namoradas foi certeira. Carrie esteve com tanta fome para a posição de esposa, mas foi porque queria um status mais elevado. E ela acabou com nenhum. — Você daria uma boa esposa militar, —disse a ela. Sam pensava sobre os outros. Essa era a marca de uma boa esposa militar. Os militares tiveram que ser altruístas. Tanto as pessoas que serviram e aqueles que ficaram para trás. Tinha que ser um chamado para os dois. Ela deu uma pequena risada e agitou sua cabeça. — O que te faz dizer isso? — Você se importa muito sobre as outras pessoas, quase mais que consigo mesma. E isso nem sempre é uma coisa boa. Você continua subestimando sua perda, dizendo que a perda de alguém foi maior ou alguém teve pior. — Sou muito sortuda, sabe? E acho que estou cansada de sentir pena de mim mesma. Eu tenho feito isso por dois anos. E tenho um monte de arrependimentos. Não quero ter nenhum arrependimento mais. — Do que você se arrepende? — Me arrependo de não me mudar para o Alasca, quando Will foi enviado para lá. — Ela puxou seu short. — Ele queria que eu fosse. Nós poderíamos ter nos casado em seguida, ou eu poderia ter apenas me mudado para lá. Não é como se não tivesse recursos, como algumas


pessoas. — Sam virou um pouco e empurrou os óculos de sol do meu rosto, para que ela pudesse olhar nos meus olhos. — Conte-me sobre a garota que te traiu? A pergunta me pegou de surpresa e eu gaguejei na minha resposta. — O-o que você quer dizer? — Você não tem relacionamentos. Você tem sexo ultra impessoal. E você enlouqueceu quando você pensou que eu estava traindo alguém. É um grande problema para você. Pode me dizer o que aconteceu? Não, não realmente. — Eu prefiro fazer amor com você. — Eu esfreguei minha mão por suas costas até a base do crânio. Ela revirou os olhos, mas não se afastou. — Eu não posso imaginar como você sobreviveu a implantação no Oriente Médio. — Você pode se surpreender ao ouvir isso, mas eu posso ficar sem por longos períodos de tempo. — É mesmo? — Ela zombou. — É certo. Eu tenho uma imaginação muito ativa. — Com um pequeno movimento da minha mão, eu tinha o rosto dela inclinado no ângulo perfeito. Eu poderia beijar seus lábios ou passar a minha língua ao longo da coluna de sua garganta. Eu escolhi o último. Contra sua pele, disse a ela o que eu imaginava. — Você está tirando a sua blusa. Você está sem sutiã e o tecido prende na parte inferior de um de seus seios para ele saltar quando a camisa finalmente sair. Eu o pego na minha boca, chupando seu


mamilo. Você geme alto quando minha boca cobre você. — Eu alcanço entre nós e abro o zíper do meu short, tirando meu pau faminto, pronto. Sua mão envolve a ponta e aperta. Sufocando o meu gemido, continuei. — Os seus calções saem e quando você está em pé na minha frente, posso ver pela umidade entre suas coxas que você está excitada. Sua mão parou no meio do curso. — Hum, não pare, — eu botei para fora. — Como posso estar de pé no barco? Eu mal consegui ir para o seu lado sem nos derrubar, — ela perguntou. — Aposto que você nunca lutou com dragões quando você era criança também, não é? — Oh bem, estamos imaginando coisas. — Ela sorriu. — Vá em frente, estou nua e molhada. — As palavras soaram tão sujas vindo dela que queria pular em sua direção. — Você gosta? Eu ri com a voz rouca. — Sim. — Ouvindo o meu parceiro me dizer exatamente o que queria e como queria sempre me empolgou. Metade do tempo eu estava falando para pôr em marcha a sua cadeia, mas o benefício colateral foi que me excitou até demais. Mudei a minha mão para cobrir a dela. Ela pegou o movimento novamente e nós cobrimos o meu comprimento juntos, esfregando-o para cima e para baixo. Minha cabeça caiu para trás e eu voltei para a minha fantasia. — Você está de pé, nua e você puxa seus mamilos. — Ela provavelmente não gosta da palavra tetas. — E com a outra mão, você começa a acariciar-se. Estou observando cuidadosamente para que


possa fazer os mesmos movimentos, quando for a minha vez de te tocar. Então você se abaixa e me leva em sua boca. — Ainda estou me acariciando? — Sim, você tem grande equilíbrio. Sam inclinou-se e colocou o meu eixo rígido dentro de sua boca. Nossos dedos ainda estavam emaranhados e eu podia sentir seus lábios e língua em cima de nós. Ela chupou-me com força, meu pau pulando para fora de sua boca com um ruído alto. — O que acontece a seguir? — Perguntou ela. Talvez ela tivesse feito isso de propósito, porque ela sabia o quanto eu gostava dos sons do nosso sexo? Deixei escapar um suspiro. Permiti que a minha mão caísse e ela começou a me trabalhar. Seus dedos não conseguiam encaixar todo o caminho em torno do eixo, mas continuou fazendo movimentos de torção e, combinado com o sugar de sua boca, eu estava muito perto de atirar a minha carga. Era difícil pensar. — Vo-você está me chupando e posso ouvir o quão molhada está enquanto você se toca. — Reunindo o cabelo para cima na minha mão, a puxei para fora do meu pau e contra o meu peito. Eu tomo sua boca na minha, contundentemente, mas ela só me beijou de volta com mais força. De alguma forma, conseguimos obter seu short fora, sem cair no lago. Em mais um segundo, puxo uma camisinha.

Deixo-a

definir

o

ritmo,

me

concentro

em

beijá-la,

explorando cada centímetro de sua boca. Sob a sua camisa, eu esfregava os mamilos até que eles eram macios e eretos. Meu coração estava batendo como se eu tivesse corrido uma dúzia de milhas enquanto esperava que ela me embainhasse. Quando o fez, gemi, muito e alto. Eu passei uma semana imaginando Sam em todos os


tipos de posições imundas. Inicialmente, ela se movia lentamente, curtindo a sensação de sua carne interna esfregando contra meu pau, mas nós dois estávamos excitados e estava muito vagaroso. Balançando contra mim, ela se agarrou a meus ombros, os cotovelos cavando em meu peito enquanto ela me usou para alavancagem. Eu adorei. Queria ir ao fundo dentro dela, me aprofundar nela mais que já tivesse ido. Ela parecia poderosa se movimentando em cima de mim. Seus olhos estavam fechados com força e seu rosto estava corado. Nós estávamos nos movendo em algum tipo de ritmo não mundano que nunca alcancei antes. Paixão estava escrita em cada superfície de seu corpo, na tensão de seus braços, o aperto de sua boceta em torno de mim, da maneira que ela me cavalgou com total abandono. Sam estava apertada, como se fosse uma luva quente e apertandome com força, fazendo com que o arrastar para fora de seu corpo fosse incrível. Seria possível perder a porra da cabeça? Porque senti a minha em espiral longe de mim com cada corrida para baixo de seus quadris. Será que ela sabe o quanto me afeta? O quanto queria isso o tempo todo? Como não podia esperar para vê-la novamente depois de uma semana de ausência? Eu sentia falta dela. Sentia falta dela para caralho. E agora que estava dentro dela, não queria sair. Eu mudei minhas mãos para dentro de sua camisa para pegar seu quadril e mergulhei a outra mão entre nós, usando o polegar para esfregar contra seu clitóris inchado. Nós dois estávamos ofegando forte, e eu podia sentir me aproximando do limite. Eu precisava que ela gozasse. Puxando minha boca longe dela, comecei a sussurrar para ela novamente.


— Você é tão quente e apertada. Eu adoro ter você me montando. Você fica perfeita para caralho. — Deus, sim, fale comigo, — ela gritou, com os olhos vibrando abertos. Empurrei com os meus quadris em um ritmo furioso. — A sua boceta está me apertando como uma luva. Suas bochechas estão coradas e seus olhos estão vidrados e nunca vi uma garota assim. Eu gostaria que tivéssemos um espelho agora, então você poderia ver o quão quente para caralho você está. Não pare, —implorei. — Cristo, minhas bolas... Eu não podia falar mais, mas não tive porque Sam se desfez em meus braços. Todo o seu corpo ficou tenso e ela estremeceu, gritando: — Oh Deus, Gray. Minhas bolas sentiam como se tivesse quase explodido quando gozei. — Todo-Poderoso porra... Sam. — Agarrei-a quando nós dois trememos no rescaldo. Eu poderia ter caído para dentro do lago e me afogado e nunca percebido porque eu estava sem sentido. Eu nunca tive uma foda tão boa quanto Sam Anderson e tinha medo que nunca fizesse isso novamente. Fiquei ali contra o banco duro e o cooler e a abracei. Não houve nenhuma explicação que poderia pensar — pelo menos não que estava pronto para aceitar — do porque a nossa conexão física era tão espetacular.


— É tão bom com você, — Sam murmurou. Ela caiu em cima de mim, enfiando os braços entre nós, o nariz quente na dobra do meu pescoço. Sem saber como reagir, só continuei esfregando suas costas em movimentos longos a partir da base do pescoço por sua espinha. Então, quando eu estava prestes a deixar o estupor pós orgasmo me levar novamente, ela perguntou sobre Carrie. Desta vez, eu só vomitei toda a história. Acho que poderia ter culpado o momento, mas acho que queria que ela soubesse. Sam parecia entender todo o resto, talvez ela entendesse isso também. E talvez devesse isso a ela. — Quando eu estava no colégio, era alto e esguio. Não tinha jogo e as meninas sabiam disso. Como elas sentiram que era fraco corriam para longe. — Eu sorri, mas desapareceu rapidamente quando Sam olhou para mim com conhecimento de causa. Suspirando, aconcheguei-a contra meu lado e pressionei-a de volta para o refrigerador para que ela não pudesse olhar para mim. E não conseguiria olhar para ela. Um dos dois. Com um suspiro exagerado, puxei meus óculos de sol de volta para baixo e continuei a história. — Nós nos mudamos muito até meu primeiro ano e depois o meu pai foi postado em Pendleton. Primeiro dia de aula, Carrie anda até a mim, pega a minha mão e me mostra ao redor. Ela almoça comigo, me tem a levando para casa e isso é tudo para mim. Fundiu minha mente que ela me queria, de todas as pessoas. — E então ela partiu seu coração. — Os caras não ficam de coração partido, querida. Apenas ficamos chateados.


Ela fez um ruído que poderia significar qualquer coisa. Eu continuei. — Eu sempre soube que estava indo me juntar aos fuzileiros e fui honesto. Ela adorou a ideia. Às vezes, ela espremia meu braço e dizia que os fuzileiros me fariam um homem. Ao redor de Fallbrook, há uma abundância de militares e não apenas Fuzileiros. Sempre senti que ela estava dando um passo em falso para ficar comigo. Quando entrei para os Fuzileiros, mudei muito. Não apenas a aparência, mas toda a minha atitude sobre as coisas. Eu estava muito convencido após o primeiro acampamento e ainda pior depois que terminei a escola de infantaria. — E quando você fez isso? — Ela bateu no meu braço, onde a parte inferior da minha tatuagem espiou para fora da minha manga da camisa. Nós dois estávamos de bunda nua da cintura para baixo, mas tínhamos mantido nossas camisas. Isso era uma espécie de fodido. Sentando-me, me abaixei e peguei os shorts e a calcinha de Sam da parte inferior do barco. Felizmente, eles estavam secos. Ela puxou-os e, em seguida, se acomodou no assento à minha frente. Entreguei-lhe outra Coca-Cola e peguei uma para mim. Eu precisava de cafeína e açúcar para passar a história. Eu gostaria de ter trazido um pouco de cerveja. — Sim. Todos nós fizemos depois que saímos do SOI. Nós corremos para o primeiro estúdio de tatuagem que pudemos encontrar e nos tatuamos. Semper Fi, — eu disse ironicamente. — E tudo isso emocionou Carrie. O namorado dela se transformou em algo que outras meninas queriam, mas também a fez insegura. Ela flertou muito com outros caras para me fazer ciúmes. Brigamos muito e tivemos louco sexo de reconciliação. Eu não sabia no momento que estávamos fodidos.


Dentro da bolha era normal. Podíamos ver um ao outro com bastante regularidade. Ela ia de carro até a base e ficávamos em um hotel nos finais de semana, se o meu amigo de batalha não estivesse por perto. — Há alguns meses da minha implantação, ouvi dizer que ela estava vindo regularmente, a cada fim de semana, que a princípio parecia que estava apenas tentando fazer parte da rede. Eu tinha pensado em propor a ela quando voltasse da minha implantação. Só seriam sete meses. Então ouvi que estava sendo vista com um oficial de recrutamento. O mesmo maldito segundo tenente que me inscreveu. Eu consegui sair da implantação, mas não contei a ela. — Eu sei o fim da história, mas já sei que não gosto. — É, nem eu. Quer que eu pare agora? — Não. — Ela bateu a lata contra a minha e, em seguida, tomou outro gole. Eu bebi o refrigerante açucarado e, em seguida, amassei a lata na minha mão. — Eu volto à base e espero em meu carro do lado de fora do escritório de recrutamento do LT até fechar e então eu o sigo. LT pode dar ao luxo de viver fora da base e ele tem um apartamento em Oceanside com algum outro oficial. Eu espero fora de seu condomínio. Se ele não se encontrar com ela, então desperdicei uma tarde inteira e à noite da minha pequena licença com isto e aquilo me irritava, mas tinha que saber. — Ele entra, faz o que quer que seja lá dentro e, em seguida, uma hora depois, ela aparece no carro que seu pai lhe comprou quando ela se formou no colégio. Está usando apenas qualquer roupa e saltos me foda. Ele vem e começa a se agarrar com ela, agarrando a bunda na rua.


Eu quase saí do meu carro, no momento, mas algo me dizia para esperar. Ele pega as chaves e eles entram e se dirigem a uma pequena praia privada para baixo ao longo da costa, entre San Diego e Oceanside e então... Parei quando Sam estendeu a mão para a lata na minha mão. Vi que estava apertando tão forte que o metal perfurou minha pele. Com um suspiro, liberei para não continuar e me fazer sangrar, apesar de contar este episódio inteiro parecia que estava reabrindo uma ferida. — Então eles começam a foder no carro. Eu não consegui então. Eu pensei que talvez ela me visse e me daria o dedo médio afinal. Descobri mais tarde, que o seu companheiro de quarto lhe disse que ou ele parava de trepar com a namorada de um implantado da marinha ou ele ia denunciá-lo aos seus superiores, então eles tiveram que trepar em seu carro sempre que quisessem gozar. — Eu saí do carro e bati em sua janela, olhando para a bunda dela girando como se ela fosse uma stripper, até que finalmente me ouviu. Ela começou a choramingar e dizendo que ele a forçou. Isso não funcionou comigo, por isso, ela mudou a sua história. Estava tentando ajudar a me promover. Ele apenas ficou lá como um idiota, sentado em seu polegar enquanto ela torcia no vento. Imaginei que ele era o tipo de cara que se eu enfrentasse, iria me relatar e não ia estragar minha carreira por esta cadela ou aquele idiota. — Não tocar os oficiais. — Sam soube imediatamente por que não poderia ter batido no oficial como queria. Homens alistados nunca tocam oficiais. Esse foi o 15º artigo ou não-judicial com punição automática.


— Certo. Então eu digo para essa garota que namorei durante mais de três anos, a garota que pensei sobre propor, que não queria ver a bunda traidora dela nunca mais. Saí e fiquei doente de bêbado e voltei para a A-stan. — Mas isso não foi o fim. Estico a minha mão, enfio alguns fios de cabelo loiro-mel de Sam pelos meus dedos. Sentia como seda, mais fino do que qualquer coisa que toquei antes. A luz do sol fez seu cabelo parecer de mil cores diferentes. Eu sabia que podia olhar para ele durante semanas e não ver a mesma coisa. Eu mal podia lembrar o cabelo de Carrie e eu sabia que nunca fui tão fascinado com ele. — Não. O LT enviou-me um e-mail, enquanto eu estava implantado, me dizendo que era melhor ir ao centro de saúde, porque a minha cadela deu-lhe sífilis. E que ele não foi o único cara que ela fodeu enquanto eu estava fora. — Isso é verdade? — Não sei, mas verifiquei que estava bem. Nós nos sentamos lá quando ela pegou no meu pequeno conto triste. Eu continuei vasculhando seu cabelo. Ela não tentou me dizer que deveria ter dado a Carrie outra chance ou que as implantações foram difíceis para todos. Ela não tentou oferecer qualquer simpatia ou, pior, pena. A ferida que pensei que tinha reaberto faltava à dor aguda que geralmente acompanhava os pensamentos da traição dela. Talvez eu só tivesse um pouco de veneno dentro de mim e nós o sangramos. Sua mão apertou a minha e, em seguida, virou e beijou a minha mão.


— Eu nunca estive em San Diego. Eu gostaria de visitar algum dia. — Você pode vir me visitar, — brinquei, mas então percebi que estava falando sério. Eu queria que ela me visitasse. Queria ficar ligado a ela de alguma forma. — Talvez eu faça. Eu queria mudar de assunto e falar sobre algo diferente do que as namoradas traidoras, maridos mortos ou o Corpo de Fuzileiros. — Conte-me sobre o seu tricô. Ela me contou sobre como as viúvas de Yarn Over Knitting Club estenderam a mão para ela depois que a história de Sam foi dita em seu jornal local e como ela não queria ir, mas seu terapeuta pensou que era uma boa ideia. — Você ainda poderia ter ficado em casa, — eu apontei. — Eu não acho que meus pais teriam me deixado. Eu tinha saído do meu condomínio, quando Will e eu nos casamos, mas, em seguida, depois que ele morreu, não fiz um trabalho muito bom em cuidar de mim então tive que voltar para casa por um tempo. O pensamento de uma Sam de luto não se alimentando fez mal ao meu estômago e enrolei um braço ao redor dela e trouxe-a para perto de mim. Era estranho, mas quando ela falou sobre o quanto amava Will, isso realmente me fez sentir melhor. Como se ela fosse diferente e que teria sido fiel, ao contrário de tantas outras mulheres que conhecia. E homens também, eu acho. Os militares não fomentam a fidelidade. Mesmo que houvesse regras contra, o adultério e traição corriam desenfreados através dos Fuzileiros. Foi quase de esperar que um de


seus companheiros dormissem com a sua menina na primeira chance que eles tivessem. Se você não fosse traído, era como se você não tivesse sido testado em batalha. Eu não sabia como outras pessoas começaram a confiar o suficiente para iniciar outro relacionamento ou talvez eles só soubessem no início que eles trairiam, que seu parceiro trairia e que eles só viviam com isso. Eu não queria isso. Queria um relacionamento, mas poderia esperar até que saísse. Ou quando eu terminasse de ser implantando por longos meses. Eu só não acredito que qualquer relacionamento poderia sobreviver longas separações, mas aqui estava Sam. Ela permaneceu fiel a seu marido enquanto ele estava treinando no Alasca. Foi fiel à sua memória por muito tempo após sua morte. Se alguma vez houve uma menina que poderia ser verdadeira, talvez fosse Sam. Puxei Sam de sua cadeira e coloquei-a em meu lado. Eu não menti para ela quando disse que eu não fazia carícia, então ter seu corpo quente encostado no meu sem o impulso de fugir, quando não estávamos curtindo algum brilho pós coito, foi estranho. Um bom estranho, mas estava definitivamente batendo diferentes nervos e neurosensores no meu cérebro. Eu gostei. Havia algo realmente relaxante e quase reconfortante apenas segurando-a enquanto as ondas da água batiam suavemente contra o barco. Foi tão bom que só adormeci.


Samantha

— Você viu a peça grande de feltro verde no meu apartamento pendurado acima do meu sofá? — Para que é isso? — Palavras de Gray soaram arrastadas e sonolentas como se o calor estivesse o embalando para dormir neste momento. — Eu estava tricotando um símbolo afegão. O feltro detém os pedaços de fio para que você possa olhar para o padrão. É uma bandeira, mas tenho que fazer uma técnica chamada de marchetaria e realmente estraguei tudo, então não terminei parte da estrela. — Gray adormeceu enquanto eu estava explicando como a técnica de tricô marchetaria bloqueou a minha capacidade para terminar minha bandeira afegã e eu não estava nem um pouquinho chateada porque ele dormiu. Gray, muitas vezes tinha dificuldade em relaxar. Seus olhos estavam

sempre

perambulando

como

se

ele

estivesse

tentando

identificar todos os potenciais alvos. Sua história sobre como foi traído machucou meu coração. Eu me perguntei se Gray sabia que ainda estava de luto disso.


Oh, ele não estava de luto pela perda de sua namorada tanto como a traição de confiança que deu-lhe. E o seu sentido de justiça foi ofendido também. Ele estava lá na poeira e perigo do Afeganistão fazendo um enorme sacrifício e ela e um oficial nem sequer tentaram igualar o seu sacrifício. Ele estava tão ferido que estava se segurando à parte. Sua situação de amigos com benefícios parecia horrível. A menina que o tratava como um vibrador humano? Isso soou terrível demais. E, no entanto, ele não só continuou com este arranjo, mas estava orgulhoso de alguma forma estranha. Que ele queria fazer sexo comigo era certo, mas em um bom caminho, como se ele e eu estivéssemos fora de nossas zonas de conforto, porque algo que queríamos era apenas fora do alcance. Eve estava certa. Percebi agora. A morte de Will quebrou meu coração. Na verdade, sua morte não apenas quebrou. Por um tempo pensei que a minha vida foi enterrada com ele. E como disse a Gray, eu só sabia como fazer relacionamentos sérios. Sexo casual não parecia atraente. Levei um tempo para acostumar a ter relações sexuais com Will, que me disse que com base na minha reação física para Gray, devo ter alguns sentimentos por ele. Quando ele estava me segurando e eu podia sentir o profundo estrondo de seu peito contra o meu próprio corpo, queria afundar nisso. E o corpo que pensei que era muito muscular quando o vi pela primeira vez no bar tornou-se uma fonte de fascinação constante. Quando ele nos remou para o meio do lago, eu não conseguia parar de olhar para a forma como os músculos sob a pele ondulavam e flexionavam. O pouquinho de cabelo tinha uma sensação maravilhosa contra meus seios. Will não tinha um monte de cabelo no peito, mas Gray não


só tinha o cabelo em volta do peito, mas havia uma linda trilha que dividia seu estômago e levou o olho para baixo. Eu ouvi Eve chamá-lo de a trilha do tesouro e fez implorar para fazer alguma exploração. E sua ereção. Sorri um pouco para mim, gloriar-se em algum poder feminino até então não realizado, mas Gray estava muito ereto em torno de mim. Suas bermudas cargo de algodão pesado não escondiam e nem os calções de banho que usou durante a festa do escorrega. Mas não foi apenas o seu poder físico que me atraiu. Foi divertido falar com ele e fazer coisas como ir para fora em um barco e fingir pescar. Gray tomou conta de mim, também, sempre tendo certeza que eu tinha o suficiente para comer ou beber. Havia uma ternura nos seus gestos, uma doçura também. Carrie foi uma tola, mas eu não seria.


CAPÍTULO QUATORZE Após a viagem de pesca, Gray e eu éramos inseparáveis. Se ele não ligasse,

eu

ligava.

Maio

enrolou

em

junho

e

cada

dia

nos

aproximávamos mais. Quando eu não estava trabalhando ou ele não estava fora fazendo algo com seus amigos, nos encontrávamos para uma caminhada ou apenas para jogar bola no parque. Eu não era muito boa, mas Gray nunca se queixou. Comecei a conhecer seus amigos e estava animada

ao

descobrir

que

alguns

deles

estavam

atualmente

matriculados na Central. Todos os meus amigos da escola já tinham se formado ou nunca foram para a faculdade, por isso foi um alívio saber que eu ia ver, pelo menos, um par de rostos familiares no campus no outono. Recebi um telefonema estranho de Carolyn que fez perguntas tristes sobre esse cara que eu tinha sido vista gastando muito tempo. Um amigo, eu disse a ela. — Um amigo homem? — Ela perguntou melancolicamente. — Sim. — Eu embalei a maioria das coisas ao redor do condomínio, mas o feltro ainda estava pendurado na parede. Eu precisava de uma maldita escada, mas não estava prestes a pedir a Tucker uma. Talvez eu iria pedir a Adam, dessa vez de verdade e não


apenas como uma desculpa para ver Gray. Além disso, pensei, um pouco tonta, eu não precisava de uma desculpa. — Eu espero que você esteja se divertindo. — Sua voz tornou-se afiada. — Eu estive em casa olhando através de cartas de Will. Eu simplesmente não posso acreditar que foi apenas dois anos desde que ele se foi. Minhas memórias de Will estavam desaparecendo e não percebi o quanto até que conheci Gray. Will foi uma parte tão grande da minha vida que em um momento senti que estava perdendo pedaços de mim. Por muito tempo fui uma parte da unidade que foi Will e Samantha. Eu não fui capaz de seguir em frente, porque o meu futuro foi sempre como parte dessa unidade. Todo mundo que conhecia me identificava como namorada de Will, a esposa de Will e, em seguida, a viúva de Will. — Eu sempre vou sentir falta dele, mas... — Olhando para o meu anel, comecei a puxar e ele deslizou para fora do meu dedo que tinha sido melado com manteiga. Segurando-o, falei com mais força. — Ele não está mais aqui. Carolyn começou a chorar e, geralmente, isso me partia, mas não desta vez. — Sinto muito. Você deve conversar com Tucker. — Eu não tenho certeza se ela sequer notou que desliguei. Mandei uma mensagem para Tucker para ligar para sua mãe e, em seguida, desliguei o telefone. Subi e tirei meu porta joias. Eu não tinha muito. Houve um colar de pérolas que meus pais me deram quando eu tinha dezesseis anos e um relógio que minha avó me presenteou na minha formatura do colégio. Houve alguns pares de brincos e um par de pulseiras. Eu não usava nada


disso que não fosse um par de argolas de ouro que nunca tirei. Enfiei o anel dentro, fechei a tampa e, em seguida, beijei a caixa. Eu amei Will. Uma parte de mim sempre amaria. Mas era tempo. Fora no meu deck, eu embebia do sol e terminava o gorro, camisola e minúsculos sapatinhos, tudo em fios de alpaca marfim. Fazer itens de bebê é um dos meus artesanatos favoritos e não apenas porque os projetos eram muito mais rápidos para ser concluídos. Eu amo os fios macios, os minúsculos sapatinhos e a ideia de que alguns dos meus itens fossem ser a primeira coisa que um novo ser humano usaria. Eu comecei a marcar os dias sobrando na visita de Gray. Meu peito apertava com o pensamento dele partir. Julho foi se aproximando rapidamente. Desde a viagem de pesca, tive fantasias diferentes, imaginando sobre frequentar as aulas com ele. De mãos dadas, enquanto caminhávamos pelo campus. Comer juntos no refeitório. Nós seríamos os alunos mais velhos e assim falaríamos sobre como ninguém em torno de nós fazia algum sentido, que só podíamos fazer sentido juntos. Uma noite, ele apareceu no bar sem Adam ou qualquer um dos outros caras. Ele só apareceu. — Quando você entra no intervalo? — Em dez minutos? A banda tem mais duas músicas na lista. Ele se inclinou e me beijou na testa e, em seguida, passou os próximos 10 minutos tragando duas águas. — Dirigindo, — explicou ele, quando lhe perguntei.


Os olhos de Eve estavam arregalados, mas ela não disse uma palavra. Quando a banda terminou sua última música da lista, ela me empurrou para fora do bar dizendo que ela estaria bem. Gray tomou-me pela mão e me levou para dentro, pelo corredor para a despensa. — Ocorreu-me, — ele disse quando ele se ajoelhou entre minhas pernas, — que fiz algumas promessas que nunca cumpri. — Estava tão feliz que estava encostada na porta, porque caso contrário teria caído. Seus dedos ásperos fizeram um trabalho rápido em tirar minha bermuda. Quando estava nua da cintura para baixo, ele levantou uma perna por cima do ombro. — Encoste contra a porta, bebê. Seus joelhos vão ficar fracos. — Ele era presunçoso dizendo isso, mas por que não seria? Eu estava gozando dois minutos depois. — Mais uma vez, — disse ele, beijando minha coxa e esfregando a palma da mão suavemente contra mim enquanto convulsionei em torno de seus dedos. Desta vez, ambas as minhas pernas estavam sobre seus ombros e ele me segurou com apenas uma mão. Ele usou a outra mão para espalhar meus lábios e me torturar repetidamente com a língua. Eu senti a abrasividade da sua barba noturna contra a minha pele supersensível. A única coisa que podia fazer era esperar. Cavei minhas mãos em seus cabelos e apertei-o com força com as minhas coxas, mas ele nunca se queixou de que o machuquei. De qualquer forma, a minha resposta ansiosa o excitava porque ele rosnou e riu contra a minha pele. Meus saltos vibravam contra as costas dele quando meu segundo orgasmo nadou através do meu sangue, colocando fogo em meus nervos. Foi sobrecarga sensorial e eu chorava a minha libertação,


quando estava no clímax. Me abaixando para o chão, ele abraçou-me, certificando-se de que não me liberaria até que a minha agitação tivesse parado e eu ficaria em pé sozinha, embora me sentisse bamba como uma criança. — Merda quente no quarto, certo? — Ele piscou. —

É

na

sala

de

armazenamento,

—murmurei

fracamente.

Perversamente, ele lambeu cada um de seus dedos e quase tive um orgasmo ali mesmo. Quando cheguei perto dele, ele se afastou. — Você pode retornar o favor mais tarde. — Então ele me pressionou contra a porta e me beijou tão forte que não conseguia lembrar o meu próprio nome. Bêbada no gosto dele e em uma névoa de meus orgasmos, não encontrei um argumento decente, então apenas agarrei seus ombros e beijei-o de volta. Eu não me lembro muito sobre o resto da noite. Estava atordoada pelo sexo. Eu não tenho certeza onde Gray foi para o resto da noite, mas quando o bar fechou, ele estava encostado no meu Rover. Foi difícil não o atacar lá, mas ele me fez dirigir para o meu apartamento e levá-lo lá em cima para o quarto. Esperar pode ser uma preliminar de acordo com Gray. Talvez estivesse certo. Eu disparei como um foguete quando ele entrou em mim e gozei mais duas vezes antes de cair em um coma póssexo.

Eu queria fazer algo especial para ele, portanto, com uma pequena ajuda de Adam, levei Gray para a fazenda de Finn O'Malley no fim de semana.


— Estou animado com nossa excursão. — Disse Gray. — Eu quero que sorvete seja incluído em algum momento. Apenas o olhar dele me fez sentir bem. — Não se preocupe. Nós vamos pegar isso no caminho de volta. — Parece bom. — Ele fez um grande show de lamber os lábios. — Certifique-se de que tem chantilly. No meu sonho de sexo com você na noite passada, você estava usando um biquíni de creme chantilly. — Você tinha energia suficiente para ter sonhos sexuais? — Bebê, todas as noites depois de você me desgastar, estou sonhando em acordar e fazer de novo. E deixe-me dizer-lhe, ontem à noite tinha me excitado tanto que esta manhã, tive dificuldade de sair da cama. Que bom que você desceu para o café, porque caso contrário eu teria te comido antes do café e bagels. Eu levantei a mão para impedir qualquer descrição mais detalhada de suas fantasias. — Eu só trouxe um par de calcinhas comigo hoje, então você tem de parar de falar sobre sexo no momento. — Será que o meu falar te excita, Samantha? — Apenas o tom de sua voz poderia obter o meu motor funcionando. — Você sabe que sim. Com pena de mim, Gray começou a me contar sobre seu amigo Hamilton e irmã de Hamilton, que era a cópia de alguma menina que posou na Playboy. — Então você assedia o pobre Hamilton sobre isso, sabendo que não é sua irmã.


— Claro, nós nunca faríamos isso se fosse sua irmã. — Por que não? — Porque nós somos idiotas, mas não tão grandes idiotas, — Gray explicou. Lógica marinha, eu acho. — Então, para onde vamos? — Ele perguntou quando nos movemos mais a oeste do centro da cidade. — Fazenda do Finn. Seu pai é dono, ou eu acho que Finn, já que seu pai morreu, agora ele é dono de cerca de cem hectares de terra para o oeste. Sua mãe tem cavalos. — Eu não sei como montar, — Gray admitiu. — Nem eu, —respondi. — Quero que você me ensine a atirar com uma arma. — Sério? — Houve surpresa e emoção em sua pergunta. — Sim. — Isso é alguma merda quente, Samantha. Agora sou o único com a calcinha molhada. Finn nos encontrou no monte ao fundo de sua propriedade. Haviam alvos de madeira em vários ângulos e depois só um monte de espaço vazio. Um par de mesas dobráveis segurando cases, munições e equipamentos de proteção de orelha estavam esperando por nós. — Então, algumas dessas coisas são de Noah e Bo e alguns são meus e de Adam. O Mal não acredita em armas de fogo, então ele mandou isso para você desfrutar depois que terminar de atirar. — Finn levantou uma garrafa de vinho tinto que leu The Prisoner no rótulo.


— Homem agradável, o que lhe devo? — Gray enfiou a mão no bolso de trás para chegar a sua carteira. Balançando a cabeça, Finn respondeu. — Nada. É para Sam. — Ele bateu nas costas de Gray e me beijou na bochecha. Havia tristeza em seus olhos, ainda remanescentes da morte de seu pai e segui meus instintos, jogando meus braços em volta de sua cintura e apertando-o com força. — Fica mais fácil. Eu juro, — eu disse. Finn me abraçou de volta e depois se afastou para me segurar por meus ombros. — Eu posso ver isso.

Gray

Instruir uma gostosa em como atirar com uma arma era muito diferente e mais prazeroso do que fazê-lo com um recruta. Eu mesmo


me encontrei enrolando em torno dela como algum idiota em um filme de mulher, mas acho que esses idiotas sabiam o que estavam fazendo, porque me sentia muito bem. Segurando Sam encostada em mim enquanto nós segurávamos a arma e atirava, foi uma das melhores coisas que já fiz com uma garota fora de um quarto. Ela atirou com o revólver Ruger 357 que tinha um barril de apenas alguns centímetros de comprimento. Seu braço ergueu com cada tiro e nenhuma das balas atingiu a marca que ficou apenas quinze metros de distância. Entreguei-lhe o Magnum 45. Ele pesava mais de três libras que a pistola pequena, mas o barril maior teria menos de um retrocesso. — Você pode fazer uma postura de duas mãos ou tente a postura de uma mão de lado. — Eu relutantemente a soltei, mas percebi que a visão dela segurando a grande arma sozinha era tão quente. Ela lançou todas as seis balas em rápida sucessão e, em seguida, colocou-a sobre a mesa. Puxando a proteção de orelha fora, ela disse: — Eu meio que gosto dessa. Estou surpresa com a quantidade de recuo nas armas menores. Os revólveres tinham que ser de Noah porque ele era o mais metódico e paciente. Ele gostaria de girar o cilindro e colocar suas balas na câmara uma por uma. Bo, por outro lado, teria desejado a capacidade de empurrar outra munição tão rapidamente como tinha esvaziado uma no estoque da arma então, a Glock e a Sig Sauer eram, provavelmente, as suas. Eu preferia o meu Colt 1911 Rail Gun. Os 0,45 balas disparadas embalavam um soco grande e apesar do fato de que ele levava mais manutenção, tinha uma melhor precisão. Não havia nada


como os brinquedos que os Fuzileiros tinham. Todo o resto podia ser uma merda, mas as munições eram incríveis. — Sim, você pode obter um recuo menor com uma arma maior que uma arma pequena. A precisão da arma pequena é uma merda. É por isso que nos filmes quando alguém dispara dez rodadas e perde com uma arma pequena, é meio presumível, — Eu disse a ela. — Além disso, é difícil acertar o herói ninja com o seu heroico campo de força invisível ao seu redor. Eu ri. — Isso também. Nós puxamos nosso equipamento novamente e Sam tentou um pouco mais dos revólveres. Mentalmente, fiz uma nota que ela gravitava em direção ao subcompacto Beretta. Se eu iria lhe comprar uma arma, essa seria uma boa. Depois que nós tínhamos rasgado através de cerca de sessenta rodadas e dez armas, Sam parecia acabada. Sua mão tremia do exercício desconhecido de segurar dois quilos em seu braço estendido. — Eu não posso acreditar que eles se sentem tão pesados. É apenas alguns quilos, — queixou-se. — Quando você está no acampamento, você tem que segurar um pedaço de papel na frente de seu rosto, os braços estendidos. Depois de uma hora, isso é a coisa mais pesada de merda que você já segurou. — Sam riu e passamos alguns minutos em silêncio sociável pegando as capsulas de bronze em torno do alvo que tínhamos criado a 4 metros de distância. Qualquer coisa mais distante e Sam não teria sido capaz de


acertar a borda externa do papel. — Não que eu esteja reclamando, mas por que você me trouxe aqui? Ela não olhou para cima imediatamente, mas apontou um dos buracos de bala que ela fez na área preta do alvo, um hit, mas não uma matança. — Você conhece os sete estágios do luto? Não é o tema de conversa que escolheria, mas se ela precisava trabalhar através de algumas questões, não doeria ouvir. — Não, mas são reais e não apenas inventados? — Nem todo mundo os experimenta em etapas. Às vezes, eles correm juntos e às vezes eles se sobrepõem, mas sim, você sente os sete estágios em algum ponto. Ou, pelo menos, eu senti. — Onde você está agora? — Eu acho que sou uma mistura de quatro e sete. Solidão e querer seguir em frente. E você? — Eu? — Surpreso, me atrapalhei com alguns dos invólucros que peguei, o bronze fazendo tilintar quando os recapturei e caminhei rapidamente de volta para a nossa área de preparação. Embalando as coisas, disse a ela, — Eu não estou sofrendo qualquer dor. — Claro que você está. Sobre a perda de sua confiança, o seu primeiro amor. Sua crença em um feliz para sempre. Eu parei minhas tarefas completamente e inclinei meu quadril contra a mesa. Dobrando meus braços, dei-lhe um olhar repreensivo, sinalizando o fim da conversa, mas Sam não se intimidou.


— Você em primeiro lugar não se recusou a acreditar que sua namorada — Qual é o nome dela? — Carrie. — Eu disse secamente. — Será que você não tentou se convencer de que Carrie não estava fazendo nada de errado? Que ela estava aparecendo ao redor da base para fazer parte do grupo de apoio das esposas? E no início, quando você se sentou do lado de fora do apartamento no lugar de seu tenente, você acreditava que poderia ser um desperdício de seu tempo? — Sim e? — E então você ficou bêbado ao extremo? Concordei com cautela. Sentindo um pouco como se estivesse sendo levado por um caminho perigoso, escolhi apenas deixar Sam falar. — Então você teve choque e negação, seguido de dor. Você provavelmente teve alguns pensamentos que talvez, se você não tivesse ido nessa segunda implantação, vocês ainda estariam juntos. Que ela não teria te traído? Sua análise certeira do meu processo de pensamento pósrompimento foi enervante. Rapidamente, voltei a embalar a parafernália de armas de fogo e levei tudo para o SUV dela. Ela não parou de falar, porém, me seguindo para o Rover e depois de volta para as mesas, que eu rapidamente desmontei. — Não fique tão surpreso. Depois de horas de terapia real, sinto que eu poderia ser uma especialista. Além disso, sinto muita culpa por


não ter me mudado para o Alasca, então talvez ainda estou trabalhando através das etapas de dois a sete, — pensou. Decidindo que ela não ia parar até que ela tivesse conseguido tudo fora de seu sistema, empurrei as duas mesas para o espaço de carga, fechei a porta e me encostei no para-choque. Os braços cruzados e uma carranca no meu rosto não a intimidaram. — E agora você tem um monte de raiva. Você não quer ter relações. Você só quer ter pessoas que têm relações sexuais. — Querer ser seguro e sensato não é um produto da raiva. É um produto de boa tomada de decisão. Sam entrou entre as minhas pernas e colocou suas mãos suaves no meu peito e seu perfume doce misturado com pólvora drenou qualquer raiva que eu sentia em direção ao assunto. Talvez Sam estivesse se sentindo culpada por ter relações sexuais com alguém que não fosse seu marido. Notei que ela tirou o seu anel, mas eu não disse nada. Deslizando minhas mãos por seus braços, eu passei os meus dedos ao redor de seus ombros e a puxei um pouco até que ela caiu contra mim. — Eu não sei se você realmente quer ficar ou sair, mas suspeito que você quer ficar, — disse ela. Tudo nela estava me surpreendendo. — Você daria um ótimo gestor, porque você realmente se preocupa com o que acontece com aqueles que você lidera. Você não está nele para o poder ou o status. Eu abri minha boca para protestar, mas um único dedo no meu rosto me calou.


— Eu também acho que você ficaria surpreso em como a garota certa não só seria verdadeira para você enquanto você estivesse fora, mas faria o seu tempo com ela tão incrível que iria durar muito, através dessas longas noites solitárias. Quando ela abriu a boca para começar a falar de novo, esmaguei-a contra mim. Deslizando minha língua entre os lábios surpreendidos, fechei os olhos e saboreei o gosto dela. Eu não podia esperar até que pudesse me encher do buffet de Sam. Seus dedos ao redor de meus ombros e quando ela me beijou de volta, eu sabia que a conversa estava encerrada. Eu conhecia tristeza. Senti isso quando perdi amigos em batalha. O que aconteceu entre Carrie e eu não me deixou com tristeza, mas uma educação. Mulheres e homens não aguentavam longas separações e os militares estavam cheio deles. Conexões temporárias seguravam uma forma segura. Era o que tinha para mim até que me aposentei. Se eu senti uma pontada na região onde o meu coração se sentou, não foi porque ansiava por algo mais profundo.


CAPÍTULO QUINZE

Samantha

Nós não falamos sobre o que aconteceu na fazenda de Finn, mas Gray veio para casa comigo naquela noite. De manhã, ele tinha ido embora com uma nota que estava indo para correr com seus meninos. Noah gostava de correr no que Gray se referia como a rachadura da bunda do amanhecer. Eu pensei que fazia mais sentido a coroa do amanhecer, como a coroa de uma cabeça, mas ele disse que não. Foi definitivamente a rachadura da bunda. Mais tarde, ele me mandou uma mensagem que estava substituindo Bo em um jogo de softball na liga da cidade e se eu queria ir? Estava tricotando, o melhor hobby de todos? Claro que fui. Embalando algum fio azul escuro em um estilingue e minhas agulhas circulares de 16 polegadas, me dirigi para parque. AnnMarie acenou para mim e subi para me juntar a eles nas arquibancadas. Fora no campo, Gray estava pulando de um lado para outro. Meu coração capotou. Ah, não. Eu estava caindo tão forte para ele e Gray estava saindo. E em menos de duas semanas, retornaria para San Diego. Eu coloquei minhas mãos na frente do meu rosto e tentei encobrir minha súbita aflição.


— Você parece triste, — Bo comentou. Um braço estava pendurado no ombro de AnnMarie e o outro ele segurava com cuidado no lado. Talvez Bo pudesse me dar algumas dicas. Talvez Gray houvesse conversado com ele sobre a separação. Talvez eles tivessem falado sobre Gray ficar aqui na Central com seus amigos. — Eu só não estou certa...— Antes que pudesse obter toda a minha frase fora, Bo levantou as mãos em uma forma de T. — Espere um pouco. Eu estava apenas conversando. — Ele se virou e soltou um assobio cortante. Toda a gente à esquerda de nós — e alguns a direita — olharam em nossa direção. Ele acenou para a bela loira e gritou, — Lana, você é necessária. Ela balançou a cabeça, mas ele apitou novamente. Eu abaixei a cabeça e cobri meus ouvidos. Ela veio bufando para cima. — Que diabos? — Ela precisa de conselho. — Bo apontou para mim. Eu mantive minha cabeça entre as minhas mãos para que não as envolvesse em torno de seu pescoço e o sufocasse até miolos por me envergonhar assim. — Quantas vezes eu tenho que te dizer que sou apenas uma estudante, porra? — Não há necessidade de xingar, — ele estalou. — Mas pense em toda a prática que você está recebendo. — Ele me cutucou. — Ela é melhor nisso do que todos nós. Ela suspirou e sentou-se ao meu lado. AnnMarie murmurou: — Sinto muito, — quando ela foi arrastada por Bo.


— O que está acontecendo? — Estudante de psicologia? — Sim. — Bem, acho que você é melhor do que nada desde que ele fugiu. — Eu não acho que ele fale de sentimentos a menos que envolvam AnnMarie. — Nós olhamos para eles. Bo estava agora delicadamente sondando a boca de AnnMarie com a língua enquanto se apoiavam contra a parte de trás do esconderijo subterrâneo da equipe de Gray. Bo conseguiu um braço ruim, razão pela qual Gray o estava substituindo, mas acho que ele só queria apalpar AnnMarie. — Ele certamente explora esses sentimentos agora, — eu disse ironicamente. —

Então

você

é

a

viúva.

Lana

olhou

para

mim

especulativamente. — Nossa, é assim como todo mundo me conhece? — Praticamente. — Obrigada. — Eu balancei a cabeça em descrença. — Será que todo mundo vem para você por conselho? — Nem todo mundo. — Seu olhar se desviou para a equipe de Gray. — Mas se eles veem é porque sou a pessoa mais fodida que todo mundo conhece. — Você diz com tanto orgulho e alegria. — Anos de terapia e resignação. Conte para mim. Oh por que não.


— Gray me deixou toda confusa. — De uma maneira ruim? — Confusa alguma vez foi bom? — Retruquei. Lana deu de ombros, o movimento levantando uma onda de ouro que caiu de volta em seu ombro. A multidão atrás de nós suspirou com satisfação. Ela era tão linda que você não podia deixar de olhar. — Você já foi para a terapia? — O salto no assunto da conversa me fez piscar, mas eu só segui. — Depois que Will morreu, meus pais me fizeram ir. — O que você aprendeu? — Que luto é um processo, todo mundo vai em um ritmo diferente, não há problema em seguir em frente; nenhum sentimento é errado, exceto se você quer se matar e, nesse caso, eu deveria chamar o ER. — Eu me virei e olhei para Lana. — Nunca senti vontade de me matar. — E mesmo assim fez você se sentir culpada. Muito surpresa para estar constrangida por sua visão, eu disse: — Você entende isso, não é? — Anos de terapia, querida. Disse que estava fodida. — Mais uma vez o seu olhar se desviou para o campo. — Muito fodida para alguns, acho. Mas suficiente sobre mim. Porque não basta ver até onde você vai com Gray. Você tem que ter respostas? — Não, eu não acho. Mas ele está saindo e eu ... eu acho que tenho medo de perder algo que valorizo mais uma vez. — Porque ele vai voltar para San Diego? — Perguntou Lana.


Eu balancei a cabeça. — Então você vai enterrar-se para o amor, mas você não vai mover alguns estados para segui-lo? — Eu ah...— Eu fiquei boquiaberta para ela como um peixe encalhado. Fechando minha boca, mordi o lábio. — Eu não sei. — Eu acho que essa é a pergunta que você terá que responder quando chegar a hora. A resposta que você tem que procurar agora, é saber se você está disposta a se abrir para a possibilidade de amar novamente. Você, de todas as pessoas, sabe como a vida real pode ser curta. O que você quer ajustar antes da vida acabar? Lana

acariciou

minha

mão

e

me

deixou

atordoada

na

arquibancada de metal. Isso é o que Will tentou fazer – absorver o máximo de vida possível. Não é que ele não me amava, mas que não estava deixando seus medos segurá-lo de tentar tudo. Se houve algo que eu deveria fazer para honrar a sua memória seria em realmente começar a viver. Eu não compartilhei a minha discussão com Lana, com Gray. Nós nunca falamos sobre o nosso futuro, porque o nosso tempo foi sempre temporário. Eu só segurei as palavras de conselho dela dentro de mim e pensei sobre isso. Mais tarde naquela noite, depois que ele caiu no sono, me imaginei vivendo na ensolarada San Diego e não me senti mal em tudo. — Levanta, dorminhoca. — Uma mão grande que viria a reconhecer como de Gray — só por sentir — segurou a minha bochecha. Sem abrir os olhos, tracei essa mão até o antebraço para o bíceps e puxei. Eu dei um sorriso sonolento, quando seu peso desceu para


estabelecer-se no meu corpo e enterrei mais profundamente nos lençóis convencida de que tudo estava perfeito no mundo. Um nariz acariciou meu cabelo e Gray moldou os cobertores ao redor do meu corpo. Após as longas horas de algo suave, às vezes, feroz amoroso, eu agradavelmente doía completamente. Meus mamilos estavam um pouco doloridos de ser sugados e mordidos, mas a sensação só me fez lembrar de quão incrível foi um orgasmo apenas pela sucção. Bem, a sucção e a pressão de sua dura coxa entre as pernas. A lembrança me fez vibrar ainda mais. — Não quero. Aconchega-se a mim. Senti a curva de seus lábios contra meu pescoço enquanto ele sorria. — Não, eu tenho uma surpresa para você. — Eu tenho uma surpresa para você também, — respondi. — Debaixo das cobertas. Ele soltou um som que era meio gemido, meio rindo. — Mantenha esse pensamento. Percebendo que ele não ia me permitir continuar a dormir, capotei nas minhas costas e olhei-o. Ele já estava vestido com uma camisa justa de exercício. Sobre a parte mais impressionante do seu corpo, ele usava shorts de ginástica. Eu empurrei o meu lábio inferior para baixo em um bico estendido. — Eu estou triste que você já está vestido. — Eu tenho planos. — Ele bateu na lateral do meu bumbum, mas o edredom abafou a batida. Eu estiquei meus braços acima da minha


cabeça. A ação fez meus seios levantar e os lençóis a cair, o que chamou a atenção de Gray. Chutei os lençóis para baixo um pouco mais baixo, pensando em tentá-lo para tirar suas roupas. Desta vez, o barulho que fazia era claramente um gemido. Esticando, ele levemente lambeu um mamilo ereto e, em seguida, o outro, mas, em vez de pegar sua cintura, ele puxou o lençol sobre meus seios. — Não é possível pensar muito bem com essas belezas olhando para mim. — Nós não temos que fazer qualquer pensamento hoje. — Eu dei um tapinha na cama. — Você não tem. — Ele sorriu. — Mas você está um pouco dolorida e eu pensei que você poderia desfrutar desta atividade que planejei. — O que poderia ser melhor do que ontem à noite? — Eu disse sem pensar. O sorriso de Gray cresceu ainda mais. — Melhor que nunca, né? — Se você não vai fazer nada, então não, foi terrível. — Eu empurrei para fora da cama e rebolei para o banheiro. Rindo, ele me chamou. — Oh, eu estou totalmente à altura do desafio. — O que vamos fazer? — Eu perguntei depois que tínhamos subido na Rover. — O que você acha?


— Paraquedismo? — Eu ainda queria fazer isso e percebi que Gray era a pessoa perfeita para me levar e empurrar de um avião. — Isso não é realmente muito perigoso, — ele zombou. — Parece perigoso. Will gostava. — Tudo que Will gostava era perigoso? — Parecia dessa maneira. — Como você? Revirei os olhos. — Sim, eu sou muito perigosa. Gray se aproximou e enfiou um pedaço de cabelo atrás do meu pescoço. — O fato de que você não sabe a torna ainda mais letal. Envergonhada, olhei para fora do para-brisa. — Uma vez fiquei doente em uma roda-gigante. Gray encostou-se na porta do carro de lado no assento, me olhando. — Eu não posso esperar para ouvir isso. — No nosso último ano, Will e um monte de nós, fomos ao Six Flags para o dia de falta sénior. Nós fomos na roda-gigante no final do dia e o parque estava lindo à noite. — Eu empurrei alguns cabelos dispersos fora de meus olhos. — Will estava ansioso para sair para a Base. O mais perto que chegou até a graduação e sua saída, estava muito frustrado. Ele e seu amigo, Trevor, começaram a atirar a bola um para o outro. Trevor e sua namorada estavam no carro na frente de nós.


Quando o nosso carro estava descansando no topo, Will começou a rastejar para fora do carro. Ele disse que queria ficar de pé no trilho. O operador viu e começou a gritar para nós. Eu implorei para Will entrar e ele fez. Quando saímos da roda-gigante, vomitei. Acho que foi por medo. Um suéter pousou no meu colo. Eu nem percebi que estava tremendo. Eu poderia ter diminuído o ar condicionado, mas no próximo semáforo, o vesti e fui imediatamente cercada pelo algodão macio e o cheiro picante do oceano que sempre associava com Gray. Ele me dirigiu a leste da cidade em direção à grande extensão de terra que era uma fazenda antiga, mas agora possuía um aeródromo pequeno, mas funcional. Ao longe eu podia ver o principal aeroporto da cidade. Girei para o pequeno estacionamento, mas não fiz nenhum movimento para sair do Rover. — Hum, realmente? — Eu falei fazendo grande jogo sobre querer fazer isso, mas agora confrontada com as perspectivas, estava com medo. — Se você não quer ir, não vamos, — disse Gray. — Mas eu queria fazer algo aventureiro... — Eu me inclinei para a frente e olhei para o avião de pequeno porte com as grandes portas laterais. Eu realmente poderia saltar para fora dele? — Nem todas as coisas ousadas ocorrem no ar. Nós poderíamos fazer rafting. Talvez jogar paintball. Poderíamos ter uma moto na pista. — Gray sacudiu o braço para chamar minha atenção. — Você me diz o que você quer fazer. — Eu quero ir para cima, — disse a verdade.


— Tudo bem, mas se você se sentir desconfortável, a qualquer momento, deixe-me saber. Eu não quero fazer coisas que te assustam. — Olhei para seus dedos, que circulou meu pulso. Eu amava suas mãos. Havia calos na palma da mão e cicatrizes brancas marcando as costas. Quando e olhei para elas, me senti segura e quando ele as colocou em mim, me senti animada. Aquelas eram boas mãos. — Eu vou te dizer se estiver com medo, — disse em voz baixa. Ele me deu um sorriso de lado, aquele em que apenas o canto esquerdo da boca subia. Eu estava começando a reconhecer que isso significava que ele não estava pronto para me dizer alguma coisa, mas se eu esperasse com o tempo iria sair. Estávamos começando a conhecer um ao outro de uma série de maneiras e era tão assustador e emocionante como saltar de um avião. Quando nós estávamos andando a partir do estacionamento para o escritório, a mão de Gray pegou a minha e ele não soltou, mesmo depois que tínhamos assinado nossas liberações. Nós nos sentamos na sala de espera aguardando o piloto e outros saltadores chegarem. O avião poderia prender oito paraquedistas e haveria cinco hoje. Gray e eu, um instrutor nomeado Jerry e dois saltadores experientes. O dedo de Gray esfregou sobre o local vazio onde o meu anel costumava ficar. A pele estava ainda mais pálida do que o resto do meu dedo, mas ele nunca disse uma palavra. Assim como ele nunca disse nada na primeira vez que o levei para o meu apartamento, além de me perguntar onde era o quarto. Eu apontei os degraus e ele me levou até o loft e fez amor comigo, terno e doce.


— Diga-me a verdade. Essa é a coisa mais assustadora que vou fazer? Ele balançou a cabeça. — Não, não iria trazer-lhe se eu pensasse que você ia odiar. Mas você mencionou isso algumas vezes. O salto é sobre a descida. A queda livre e o vento e a terra apressando-se para encontrá-la. — Soa terrível. — Não realmente. Ou se é, a adrenalina é o produto de uma farsa da mente. Você tem o paraquedas. Se você estivesse em queda livre sem o paraquedas, então acho que o sentimento principal seria terror em vez de alegria. — Mas você gosta da corrida, certo? A emoção. Sua resposta foi lenta, relutante. — Sim, mas não sou um viciado em adrenalina. — Você gostaria de fazer coisas que são perigosas, —apontei. — Dentro de certos limites. — Como Will. — Eu suspirei. — Eu devo ser uma viciada em adrenalina. Esta admissão fez Gray rir. — Por que você diz isso? — Porque continuo me apaixonando por indivíduos que são perigosos. As palavras penduraram pesado entre nós e uma parte de mim queria estender a mão e trazê-las de volta para dentro de mim. Gray me


puxou ao redor de modo que eu estava de frente para ele. Sua mão esquerda estava no meu ombro e sua mão direita empurrou o cabelo dos meus olhos. Quando seus dedos pousaram no meu queixo, eu levantei meu queixo para que ele pudesse ler toda a sinceridade e emoção que vinha crescendo desde a primeira vez que o conheci. — Você está se apaixonando por mim? — Não é óbvio? — Eu sussurrei. Eu não sabia como jogar jogos ou esconder os meus sentimentos. Viver, mesmo com suas mágoas, foi muito melhor que me esconder. — É apenas temporário, — Gray lembrou-me, seus olhos procurando. — Eu sei. — E não me importava mesmo, não naquele momento. A descida de sua boca em direção a mim foi lenta. Meus lábios abriram um pouco na expectativa e meus olhos se fecharam. — Samantha, — disse Gray, sua respiração eram pequenos sopros de ar contra os meus lábios. Eu deslizei infinitamente mais perto dele. — Abra os olhos. — Sua voz era insistente. Eu abri-os. — Por quê? — Eu quero que você saiba quem está te beijando. — Seus lábios pressionaram contra o meu, firme e quente. Ele sempre foi tão quente. De primeira, apenas apertou seus lábios contra os meus e, em seguida, começou a movê-los. Ele mordiscou suavemente contra os meus lábios, puxando meu lábio inferior entre os seus. Eu abri para ele e sua língua deslizou dentro da minha boca, esfregando contra a minha língua e me


convidando para jogar. Ele parecia dizer que ele poderia sentar lá e me beijar por horas, como se nada fosse mais emocionante do que a sensação de nossos lábios um contra o outro. Ele poderia ter dito que era temporário, mas nós dois sabíamos que não era.


CAPÍTULO DEZESSEIS

Gray

Isto era apenas temporário, me lembrei, quando Samantha tão docemente me beijou de volta. Eu só estou aqui por um tempo curto. Mas, quando senti sua língua golpear do lado da minha língua, quando ela beliscou os dentes contra o meu lábio, eu queria apenas me afogar na sensação. O cheiro dela encheu minha cabeça e o ar em torno de nós se encolheu até que tudo o que sabia era seu pequeno corpo sentado tão perto do meu. Mudei a minha mão de seu ombro para segurar seu pescoço e seu rosto inclinou para uma penetração mais profunda. Eu lambia cada centímetro dentro de sua boca até que o gosto dela era tudo o que sabia na minha língua. E todo esse tempo eu olhava para seus olhos verdes e para saber que ela não estava em qualquer outro lugar, mas aqui comigo. Eu vi meu reflexo lá. Seu coração ficou selvagem pelos meus beijos. O anel em


seu dedo tinha ido embora e seu apartamento estava vazio de quase tudo. Era um lugar que me sentia confortável. E temporário, era a coisa mais distante da minha mente. Quando nos separamos, nossas respirações se misturaram quando nós descansamos nossas testas juntos. Em seguida, mudei-a ao meu lado, coloquei-a debaixo do braço. Quando nós nos sentamos lá esperando o resto do grupo para chegar, perguntei a ela sobre coisas seguras, porque estava me sentindo mais no limite sentado ao lado dela do que já fiz antes de pular de um avião ou um helicóptero. — Você pode me fazer um gorro? — Claro, isso não é realmente um desafio. — O que mais você faz? Eu admito, apesar do que disse a você na outra noite, eu meio que associo tricô com senhoras de idade. — Não bata nas velhinhas. Elas têm habilidades. — Ela me deu uma cotovelada no lateral. — Eu faço blusas embora seja bastante desafiador. Minha coisa favorita são materiais de bebê. É rápido e adorável. Quando ela colocou o cabelo atrás da orelha, eu não conseguia tirar os olhos dela. Senti luxúria antes. E o desejo. Mas isso era algo diferente. Eu me sentia hiperconsciente de cada pequena coisa que ela fazia. Notei que seus dedos às vezes, tinha cortes neles, como se ela tivesse sido desatenta, algumas vezes, enquanto cortava limas no bar. E que seu cabelo estava sempre caindo em torno de seu rosto. Na outra noite, quando saímos para comer, ela me disse que queria comida tailandesa e, em seguida, levou-me para o seu restaurante


favorito. Com Carrie eu ia correr através de uma lista de todos os restaurantes no diâmetro de oito quilômetros e depois que ela dissesse que não se importava onde a gente comesse, ela reclamaria sobre qualquer lugar que nós tínhamos terminado. Ela não podia tomar uma decisão enquanto que Sam era bastante autossuficiente. Comprava seus próprios mantimentos, pagava suas contas, sempre teve gasolina em seu Rover. Era evidente que vivia sozinha por um tempo. Tudo o que era extremamente atraente. Passei a mão sobre o meu cabelo crescendo. Até o final da minha licença eu deveria ter um esfregão. E uma barba. E os meus uniformes ainda seriam passados e perfeitos. Como eu disse a Bo e Noah, não tive um bom conjunto de habilidades fora dos militares. Será que ainda seria bom o suficiente para alguém como Sam? Ela veio de uma vida bastante agradável. Tinha seu próprio apartamento, um bom carro, a mãe dela era uma advogada. Gostaria de saber se a minha capacidade de passar iria me tornar um bom marido. — Você acha que passar roupa é uma habilidade essencial da vida? — Hum, não tenho ideia. Eu não acho que tenha passado roupa alguma vez em minha vida. — Ela bufou e segurou a mão sobre a boca para cobrir o sorriso. — Essa é uma pergunta tão aleatória. — Nunca passou os Alfas dele? — Seus uniformes classe A? De jeito nenhum. Ele disse que eu não sabia como fazê-lo. Ele era muito particular e não estava indo protestar. Quem gosta de passar?


— Isso pode ser uma tarefa muito reconfortante, —declarei, mas sorri para sua sobrancelha arqueada. — Então acho que a resposta é não? — Eu acho que é uma das primeiras coisas que você deve colocar em seu currículo de namorado. ―Eu passo roupa‖. Logo depois, ―Eu sou a merda quente na cozinha‖. Você faz uma omelete ótimo. — E quanto uma merda quente no quarto? — Eu perguntei em voz baixa. Seu sorriso sumiu, substituído por um longo olhar. Tão longo e tão aquecido que senti que ela ia correr a língua em cima de mim. Ainda bem que eu já estava sentado, porque senão teria caído de bunda. — Você não precisa colocar isso em seu currículo. Tudo sobre você telégrafa isso. Falar sobre atividades perigosas. — O que exatamente? Uma mecha de humor passou em seu rosto e estendi a mão e passei dois dedos lá. Talvez para pegar o sorriso. Talvez só para sentir seus lábios macios novamente. — Você quer palavras? — Ela disse baixo. — Você sabe que quero. — Sua voz ainda estava rouca com o início da manhã. Ou poderia ter sido algo mais que estava fazendo as palavras grossas. Eu podia ouvi-la durante todo o dia. Ela olhou para o atendente no balcão, que estava ocupado com seu telefone. Inclinei-me para que minha boca estivesse perto de seu ouvido. — Sussurre para mim.


Por um momento eu pensei que ela iria cumprir, mas uma multidão barulhenta entrou na pequena sala de espera. Deve ter sido os outros paraquedistas. Uma tensão surgiu entre nós. Quando nós nos sentamos com o filme de instrução e, em seguida, as instruções de segurança ao vivo, nossas pernas roçaram uma contra a outra, tendo todas as chances de se tocarem. Tomei a engrenagem do instrutor e ajustei a cinta de Sam nele, testando cada fivela duas vezes. Estávamos ambos excitados, embora alguns poderia ter sido a antecipação para o salto. Seu olhar de desejo e sabia que se me olhasse no espelho teria o mesmo olhar aquecido de luxúria nos meus olhos. Eu poderia apenas ter algumas semanas de licença sobrando, mas queria passar uma boa parte dela com Sam.

Samantha

— Eu te perdoo por me levantar tão cedo, — eu gritei para Gray. O avião que estávamos foi especialmente concebido para paraquedismo,


Gray havia me dito. Ele levantou-se rapidamente no ar e caiu rapidamente. Cada átomo do meu corpo sentiu debilitado. Eu corri através das instruções. Gray e outro instrutor iriam me segurar quando eu pulasse e, em seguida, deixar ir depois que meu paraquedas abrisse. Nós seríamos os últimos a sair. Gray pensou que era mais seguro, porque eu teria menos chance de ficar enroscada nas linhas de outra pessoa. — Pronta? — Ele murmurou. Era demasiado alto para ouvi-lo com a porta aberta e os sons de jato misturando com o vento. Eu dei-lhe dois polegares para cima. Ele me fez correr através dos movimentos de puxar o paraquedas. A preocupação de Gray era cativante e eu o teria beijado se não fosse todos os nossos apetrechos. Jerry, o instrutor, me deu a contagem regressiva de cinco dedos. Cinco. Quatro. Três. Dois. Um. Cada um deles pegou um braço e voamos do avião. Como instruído, eu estendi as minhas pernas e braços como um pássaro. Gray ainda segurou uma das mãos, mas Jerry me liberou, o que não era o que foi planejado, mas não importa. Eu contei na minha cabeça os segundos até puxar meu paraquedas. O vento me pegou e me sentia quase sem peso por um momento. Muito em breve Gray apertou minha mão. Ele fez sinal para eu puxar o meu cabo de rampa. Dobrando os meus pés para baixo, como tinham dito, puxei a corda e preparei o meu corpo contra o empurrão que sentiria quando o paraquedas abrisse. Ele me disse que era como se alguém puxasse meu casaco, enquanto estivesse correndo, abrupto, mas não doloroso. Nada. Puxei novamente. Segundos se passaram e eu estava caindo rápido. Em pânico, puxei

minha

mão

livre

dele,

ignorando

o

seu

grito

e

puxei


freneticamente no meu cabo até que senti uma liberação. Mas nenhum empurrão veio. Na minha mão era apenas a alternância no cabo de tração, que saiu. Virei-me para mostrar para Gray e depois o vento levou a cabo chicoteando-o afastado. O chão estava crescendo rapidamente, quase um borrão através das lágrimas que tinham formado. As lágrimas do vento, não medo, eu disse a mim mesmo. E então, em um instante, eu abracei. Então era isso. Talvez a minha história fosse uma de tragédia. Casada jovem, viúva jovem, morreu jovem. Eu estendi as minhas pernas novamente. Quando eu caísse e batesse a terra, percebi que o impacto seria instantâneo. A morte tinha que vir para todos nós. O vento soprou por mim e até mesmo com os meus óculos, podia sentir a picada contra meus olhos. Havia paz aqui. Menos Gray. Eu o conhecia apenas por pouco tempo. Se tivesse um lamento, gostaria de ter lhe beijado mais forte, o segurado por mais tempo. A sensação de remorso me pegou inesperadamente, invadindo a minha paz quase como se uma reação física houvesse ocorrido. Então percebi que não era a sensação de lamento que bateu — foi Gray. Seu corpo enrolou em volta do meu, seus braços chegando por trás de mim, segurando-me quase em uma chave de corpo solta. Com a outra, ele deve ter puxado o cordão do paraquedas, porque abriu imediatamente. Ele puxou o corpo para trás com ele. O chão ainda veio rapidamente, mas ele me segurou rápido. A única coisa que me impediu de se tornar parte da sujeira era o seu forte, firme e estável pulso. Abracei os braços para mim e me perguntei por que eu estava tão pronta para desistir de tudo. Soluçando, agora com alívio, me agarrei a ele, quando nós caímos rapidamente para a terra.


O impacto do chão me sacudiu duro embora eu soubesse que Gray havia tomado o pior de tudo, o desembarque em seus pés em primeiro lugar. Ele me enrolou em uma bola e rolou para vários metros, emaranhado em cabos e nylon até que fomos completamente envolvidos. Eu acabei com a minha cabeça enfiada em seu peito. Nossas pernas foram entrelaçadas. Sua respiração era dura e transtornada no meu ouvido. — Jesus. Jesus. Jesus Cristo, — ele ofegava. Eu não disse nada, apenas apertei-lhe mais perto de mim. Quando comecei a tremer incontrolavelmente em seus braços, ele sussurrou palavras de consolo no meu ouvido. — Vai ficar tudo bem. Estamos a salvo agora. — Mas ele não ficou imune também. Eu senti seu corpo estremecer contra o meu e nós apenas nos abraçamos dentro do casulo de seu paraquedas. Suas mãos enluvadas alisaram para cima e para baixo do meu corpo confortando nós dois ao mesmo tempo. Quando ele empurrou meus óculos para fora com uma mão, vi que seus olhos pareciam molhados. Tenho certeza de que os meus estavam também. Me puxando contra ele, começamos a nos devorar. Ele nos rolou até que meu corpo estava coberto com o dele. Nós nos beijamos para certificar que estávamos vivos. Nós nos beijamos na celebração da nossa sobrevivência. Nós nos beijamos porque, no fundo, as emoções que estávamos tentando negar estavam nos esmagando. Ele e eu sabíamos, no entanto, que o temporário da nossa relação foi antes, a queda havia sacudido soltas nossas barreiras e nós estávamos apenas com nervos crus e emoção. Senti sua pesada ereção


contra mim. Eu envolvi minhas pernas em volta dele e nos apertamos um contra o outro. Teríamos já abandonado as nossas roupas e apenas fodido se Jerry não tivesse chegado e nos interrompesse. — Santa merda, — eu o ouvi exclamar. — Vocês dois estão ok? Gray se afastou de mim imediatamente e descansou sua testa contra a minha, tentando ganhar alguma compostura. O clima mudou quando vi suas emoções virar de desejo a raiva. Ele se soltou do meu abraço e nos desembaraçou rapidamente, embora não sei como. Eu estava amarrada em cordas e tecido suficiente para me manter imobilizada por, pelo menos, um mês. — A maldita corda dela não abriu, seu filho da puta, — Gray rugiu para Jerry. Se não fosse as cordas do paraquedas que nos cercavam, Gray teria estado sobre ele, metendo a porrada. Ele começou a lutar com o cinto de segurança. — Nós verificamos esses paraquedas diariamente, — Jerry protestou. — Se você fez, então você teria visto que ele estava com defeito, Jerry. — Gray cuspiu o nome dele como se não pudesse resistir ao sabor do mesmo. Gray sentou-me e puxou o paraquedas de cima de mim. Eu não tinha a primeira pista do que aconteceu. Eu só sabia que ele deveria ter aberto quando eu puxei. — E você não deveria soltá-la. Esta foi uma queda livre acelerada e que nós dois a seguraríamos, caralho, até que o paraquedas abrisse. Ele finalmente conseguiu tirar o material de si mesmo e ele virouse para atacar o meu cinto. Ele estava cuspindo como um louco, mas suas mãos eram gentis enquanto me tratava.


— E sobre o cabo de emergência? — Nenhum cabo abriu o paraquedas, — Gray gritou. Eu me perguntava se sua mandíbula se quebraria com o esforço de não gritar com Jerry. Gray sabia - de alguma forma, sabia - que se ele gritasse na minha cara, eu ia perder. Eu estava tão perto do limite de um colapso. Ele puxou os dois cabos e o paraquedas permaneceu teimosamente fechado, uma mochila de aparência inócua. Ele arrancou violentamente novamente e o cabo de emergência se afastou, desgastado no final. Ele jogou a coisa toda em Jerry, que tropeçou para trás no peso. — É melhor você começar a ter sua casa em ordem, porque a FAA vai estar lá até o final do dia para executar uma inspeção em todo o seu fornecimento de equipamentos. — Gray apontou o dedo para o peito do rapaz, sua outra mão apertou como se quisesse plantá-la no rosto de Jerry. — Você vai ser aterrado. Você poderia tê-la matado, porra. A adrenalina, o medo, a paixão escoou e eu me senti fraca. — Gray. — Ele ainda estava no auge em Jerry. — Gray, — eu disse mais alto. Sua cabeça virou. Seus olhos estavam arregalados e suas narinas estavam queimando. Eu queria tocá-lo assim poderia levá-lo a se acalmar. Em vez disso, disse as palavras que sabia que iria penetrar o seu medo, nojo e raiva. — Eu preciso de você. Imediatamente ele se afastou de Jerry e caiu de joelhos. — Bebê, eu estou aqui. O que posso fazer? Eu passei meus braços em volta do seu pescoço e esfreguei o nariz contra ele. — Me leve para casa.


Parte de mim queria a raiva também, mas principalmente queria ir para casa e me deitar com Gray em meus braços e me deleitar com o fato de que estava viva, não importava o equipamento defeituoso. Fiz algo muito perigoso, mas sobrevivi. Eu estava feliz por estar viva.

Gray

Eu senti o corpo magro de Sam contra o meu, a sua confiança absoluta em mim e senti uma onda de algo tão forte que quase caí para trás. Eu firmei o aço em minha espinha e a peguei em meus braços. Enquanto queria desesperadamente bater no maldito Jerry e, em seguida, ir para dentro do SkyHopper e saquear o local, eu não ia deixar Sam tremendo e em choque. — Me arrume algum OJ16, — Eu pedi a Jerry. Quando ele apenas olhou para mim como um robô mudo, eu lati novamente na minha melhor cópia do meu sargento pai. — Me arrume um pouco de suco de 16 Orange Jucie – Suco de laranja


laranja maldito ou eu cortarei suas bolas com as chaves do carro. — Ele entendeu o recado e partiu em direção ao prédio de escritórios. Um dos outros paraquedistas veio. — Precisa de alguma coisa? — Seu cabelo estava curto militar. — Sim, eu preciso de alguém para registrar uma reclamação o mais rápido possível, enquanto cuido da minha menina. — Sam estava em silêncio, enterrando a cabeça na minha camisa. Eu queria levá-la para casa como ela pediu. Quando cheguei ao estacionamento, notei um número de veículos estrangeiros caros na vaga do ―dono‖. O cara, obviamente, tinha dinheiro e estava desperdiçando em brinquedos caros em vez de manutenção cuidadosa. — Nisso. — Ele me deu uma saudação inteligente e afastou-se depois de Jerry. Eu coloquei a minha menina com ternura no lado do passageiro do seu Rover. Eu nunca tinha dirigido isto porque Sam sempre parecia gostar de estar ao volante, mas ela não estava em forma para pilotar este veículo de volta para sua casa. Ela enrolou-se no banco do passageiro, seus grandes olhos verdes olhando para mim. O olhar neles, merda, me fez sentir como se eu fosse maior que a vida. Eu sabia que alguns caras entraram para os militares porque eles tinham um grande complexo de salvador. Eles gostavam de ser o herói e passando por cima e matando as pessoas que eles foram informados que eram o inimigo o fez sentir bem por dentro. Eu nunca me senti assim, mas agora tinha. Sam estava olhando para mim como se eu tivesse conquistado King Kong, uma vez que estava tentando devorar a cidade.


— Acho que todos os saltos de treinamento foram bons para alguma coisa, — brinquei fracamente, alisando o cabelo fora do seu rosto. Sua cor era ainda bastante pálida. Felizmente para Jerry, ele apareceu em poucos segundos com uma garrafa de suco de laranja. — Beba um pouco disso, — eu ordenei e, em seguida, acrescentei, — Por favor. Ela deve ter sentido um pouco melhor porque ela revirou os olhos, mas obedientemente tomou um pequeno gole. — Um pouco mais. — Eu estremeci quando o pedido saiu como outra ordem. Funcionou embora. O cara militar saiu com um formulário que ele preencheu. Eu assinei. — Obrigado, cara. — Sem problemas. Foi assustador para caralho apenas assistindo, então não posso imaginar como vocês se sentiram. Jerry foi para longe então, que era provavelmente uma coisa boa, porque agora que Sam estava se sentindo melhor, eu queria meter a porrada nele. — Eu já tive dias melhores, —admiti. — Vá para casa, coloque a sua menina na cama. Vou ver isso ser arquivado. Eu vou fazer uma chamada para a FAA também. Este lugar deve ser fechado dentro de uma hora. — O cara abriu seu ID e eu o vi discar, ―Polícia do Estado‖. Eu soltei um suspiro de alívio. — Obrigado, cara. — Nós apertamos as mãos e Soldado Jensen me deu o seu cartão para que pudesse acompanhar.


No momento em que chegamos ao condomínio, Sam estava voltando ao seu antigo eu. — Isso foi certamente aventureiro, — disse ela comicamente quando estava puxando para o estacionamento atrás do edifício dela. O pensamento dela cair no chão porque o maldito paraquedas não abriu me fez bater no volante. Eu queria virar e dirigir de volta e dar a Jerry um pedaço da minha mente. — Que bom que você me impediu de matar Jerry porque houve um Soldado do Estado que saltou antes de nós. — Eu não posso dizer que vou querer fazer isso de novo tão cedo, mas não sinto muito que fui e estou contente que você foi a pessoa que me levou. — Ela esfregou a palma da mão ao longo do meu antebraço duro. — Se eu tivesse apenas verificado aquela droga de paraquedas... Ela me cortou. — Se eu, é caminho de um tolo. Sei disso por muitas noites sem dormir. Vamos lá para cima e comemorar o fato de que estamos vivos. — Ela puxou meu queixo ao redor e pressionou sua boca contra a minha. — Leve-me para cima e faça amor comigo. Não consigo lembrar como chegamos lá em cima e em seu quarto. Eu só sei que nós chegamos. No banheiro, liguei a água quente e despia, enquanto o chuveiro aquecia. Ela permitiu isso, passivamente parada ali o tempo todo me olhando com olhos ardentes. De alguma forma, ela sentiu que eu precisava cuidar dela.


Quando estávamos ambos nus, eu testei a temperatura da água e, em seguida, puxei-a para dentro. O apartamento de Sam não tinha banheira, mas o chuveiro era incrível. Houve um grande chuveiro encaixado no teto e outra grande cabeça de pulverização montada na lateral. Eu liguei ambos para que pudéssemos estar aquecidos pelas correntes de água. A única coisa que faltava era um banco, mas eu faria funcionar. Levantei-nos sob o grande chuveiro e deixei que as gotas suaves de água caíssem em nossas cabeças, ombros e costas. — Incline em mim, — insisti e ela o fez, deixando cair a cabeça no músculo do meu peitoral esquerdo. Ela provavelmente poderia ouvi-lo martelando, mas eu não me importei muito agora. Quaisquer defesas que tinha contra esta menina foram para baixo. Eu a vi caindo do céu e meu coração tinha ido com ela. Não havia uma coisa melhor que estar com Sam, mas eu não tinha certeza de como dizer a ela. Agora não era o momento certo, mas em breve. Eu esfreguei a sua cabeça suavemente, amassando seu crânio e depois os ombros, mantendo todos os meus toques acima da cintura e longe de seus seios. Isso não deixou que meu pau endurecesse. Ela fez sons suaves de prazer enquanto esfregava qualquer tensão que lhe restava. Virando-a para que suas costas estivessem na minha frente, peguei o chuveiro fora do gancho para enxaguar o sabão em seu cabelo. — Incline de volta, — eu disse a ela e dirigi o spray na parte de trás de sua cabeça e, em seguida, coloquei minha mão protetora em sua


testa para que a água e sabão não caíssem em seus olhos, movi o spray em torno da coroa da cabeça. — Você é muito bom nisso, — ela murmurou. — Acho que você deve colocar no currículo ―Dou bom banho‖ logo depois de ―Eu passo roupa‖. Isso me fez rir. — Eu estou construindo um currículo notável. — Você tem as habilidades já. Nós apenas estamos descrevendo-as agora. — Virando-se, ela me abraçou, e ficamos assim por um momento, talvez cinco ou dez pulsações, apenas segurando um ao outro enquanto a água escorria em torno de nós. Meu coração estava prestes a estourar quando ela levantou o rosto para mim. — Eu te amo, — disse ela. — Eu sei que você disse que é temporário e isto pode enviar-lhe gritando para fora do chuveiro, mas não posso mantê-lo mais. — Estendendo a mão, ela roçou o polegar sobre a minha sobrancelha e, em seguida, traçou um caminho para o meu rosto, para o outro lado da minha boca. Quando ia abrir para lhe dizer que eu não poderia viver sem ela, ela me calou. — Não diga nada. Ainda não. Na ponta dos pés, ela beijou meu pescoço e, em seguida, a parte de baixo do meu queixo. Içando-a em meus braços, eu encontrei seus lábios. Então, ela não me deixou dizer as palavras, mas eu poderia dizer a ela como me sentia com meus beijos e minhas carícias. Torcendo os botões, desliguei a água. Envolvi numa toalha sobre suas costas, mas não a deixei ir. Eu poderia me importar menos sobre a água.


— Estamos molhados, — ela protestou, mas seu coração não estava preocupado. Joguei-a para baixo sobre o edredom e me arrastei em cima dela. — Não molhada o suficiente, —disse e abri as suas pernas para a minha boca. Eu estive aqui antes e adorei, mas desta vez fui devagar, saboreando cada aroma e sabor que seu corpo exalava. Minha língua rodou suavemente, acariciando cada polegada sensível. Seus lábios estavam rosa, olhando mais perto de seu corpo e estavam corados e gordos com sua excitação. As gotículas que pontilham sua boceta não eram apenas água, mas tinha um sabor especial que somente seu corpo poderia produzir. A pequena oferta só aguçou o apetite. — Você tem um gosto tão bom, bebê, —disse a ela antes de mergulhar minha língua diretamente em seu canal para devorar. Suas mãos enfiadas no meu cabelo me apertou mais próximo. — Não pare, — ela ofegava. — Não vou. Nunca. Suas coxas se fecharam ao redor da minha cabeça e tive que empurrar uma para que pudesse manter meu contato com sua deliciosa boceta. Enquanto subia mais perto de sua libertação, seu corpo começou a tremer e seus quadris começaram a ondular. Eu usei as minhas duas mãos para mantê-la diretamente contra a minha boca. Eu poderia passar horas aqui, comendo-a, lambendo-a, saboreando-a. O sangue martelava em minha virilha enquanto meu corpo gritava por sua própria liberação, mas ignorei porque não havia nada que eu queria mais naquele momento do que tê-la gozando por toda minha língua e rosto.


— Ohhh... Deus... por favor. — O corpo de Sam pulou, com as costas arqueadas como um arco para fora da cama. Eu a mordi, gentilmente, diretamente no clitóris e ela começou a gritar. — Gray, Gray... — Foi a melhor música maldita que já ouvi. Eu lambi todo o seu suco quando ela tremeu, suas paredes contraíram ritmicamente e, em seguida, mais esporadicamente, enquanto o orgasmo estremeceu adiante. Mantendo minha boca sobre a sua boceta, lambi ternamente sua carne inchada, tentando acalmá-la. Seus gritos viraram gemidos e depois suspiros. Sentando, limpei a palma da minha mão no meu rosto e peguei meu pau dolorosamente ereto na mão. — Você está pronta, baby? De olhos vidrados, ela balançou a cabeça. Entrando nela, nós dois ficamos calados quando eu senti o contato de carne nua em torno da ponta do meu pênis. Merda, queria estar dentro dela, sem nada entre nós. Eu nunca quis isso, desde Carrie. Foi chocante, mas me senti bem. — Você está tomando qualquer coisa, Sam? — Eu ouvi a nota de súplica fraca na minha voz e balancei a cabeça na maravilha. Seu rosto estava cabisbaixo quando ela respondeu em negativa. — Não, eu sinto muito. Vou entrar imediatamente. — Então ela virou o rosto para o lado, como se ela se lembrasse que meu tempo aqui estava chegando ao fim. Mas não era o fim para nós. Eu deslizei um centímetro dentro dela e quase chorei com a sensação incrível. Virando a cabeça dela de volta com uma mão, belisquei seu queixo levemente.


— Sim, comece a tomar a pílula, de modo que quando nos vermos, nós podemos fazer isso a qualquer hora, em qualquer lugar. — Eu empurrei em todo o caminho, até que estava sentado até minhas bolas dentro da quente, molhada, boceta apertada dela. A sensação de suas paredes apertando em torno de mim me fez querer atirar tudo o que tinha dentro dela, até que ela estava cheia de nada além do meu gozo. Eu queria experimentar o seu orgasmo contra o meu pau nu mais que qualquer coisa naquele momento. Eu tive que conter a minha parte inferior do corpo. Olhando para a parede acima dela, comecei a contar os tijolos até a minha cabeça clarear o suficiente para me retirar. Foi doloroso saindo dessa bainha quente e quase que cedi, ao desejo de empurrar para dentro. — Nós não terminamos ainda, — eu disse a ela. — Nós podemos nunca terminar. Seus olhos se arregalaram em compreensão e um sorriso eclodiu que iluminou todo o quarto. Eu me levantei da cama enquanto ainda tinha um pingo de autocontrole restando e fui encontrar minha bermuda.

Escondido

no

meu

bolso

abotoado,

eu

tinha

três

preservativos. Poderia precisar de todos eles antes de terminarmos aqui. Era, afinal, apenas no meio da tarde. — Sinto muito, —disse ao meu pau. — Mas aguente, algum dia nós estaremos entrando nus até que ambos não possam ver em linha reta. — Você está falando com seu pênis? — Sam chamou da cama. Ela não parecia quase sem fôlego o suficiente. Apressei-me de volta e me deixei cair ao lado dela, minha ereção batendo no seu quadril. — Sim, estou consolando-o e dizendo-lhe para ficar dentro do preservativo.


Ela riu e, em seguida, estendeu a mão para me espremer. Ainda se sentia bem. Cristo, qualquer contato com ela me fazia bem neste momento. — Então você vai voltar e me ver? — Seus olhos estavam sérios, desmentindo seu tom leve. — Eu quero, — eu confessei. Alisando o cabelo para trás, disse a ela o que estava querendo dizer desde que a peguei no ar e cai no chão com ela. — Eu te amo, bebê. Não quero que isso seja temporário. Não quero que isso acabe. Seus olhos ficaram molhados de lágrimas e antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, ela estava vazando por todo o lugar. Eu limpei tantas quanto poderia com meus dedos, mas elas estavam caindo tão rápido que me inclinei e comecei a beijá-la. Ela me empurrou. — Estas são lágrimas de felicidade. — Ela riu e, em seguida, usou as costas de sua mão para secar o rosto. — Mulheres. — Eu balancei minha cabeça. — Não entendo vocês em tudo. A resposta de Sam era tomar minha mão e colocá-la entre suas pernas. Ela estava molhada lá também. — Você entende isso? — Sim, sou um aprendiz rápido. — Eu deslizei dois dedos dentro dela e senti a sua disponibilidade. Puxando os quadris para o meu, empurrei para ela novamente. Era mais fácil desta vez, porque ela estava tão molhada e a preparei bem. E mesmo com a camisinha, estar dentro dela era como o céu. Foi melhor do que a queda livre do céu.


Melhor que fotografar um Saw M249, uma das mais pesadas armas no arsenal dos Fuzileiros Navais. Melhor que sentar-se depois de uma corrida de trinta e dois quilômetros pela floresta carregando um pacote de 45kg. Foi melhor que qualquer coisa que já experimentei. E nunca queria que acabasse. Colocando-a de costas, eu deslizava dentro dela, olhando a menor mudança em sua reação para que pudesse ter certeza que estava batendo os melhores pontos. Quando sua respiração engatou ou seus olhos se arregalaram e ela suspirou em voz alta, eu não aguentei. Sua boca se virou e agarrou meu pulso, que foi apoiado contra o lado de sua cabeça. Normalmente eu diria a ela para gritar seu prazer, mas gostei da mordida feroz de seus dentes na minha pele. Era como se ela estivesse me marcando, me fazendo dela. Além disso, era mais uma maneira que eu poderia dizer que ela estava totalmente perdida no prazer que estava dando a ela. Inclinei-me e fundi minha boca sobre a dela, tentando dizer a ela o quanto significava para mim. Seus quadris subiram para encontrar os meus e fomos apanhados no nosso próprio ritmo. Ela estava tão linda, seu cabelo dourado espalhado sobre o travesseiro, as pontas dos mesmos iluminados pelos dedos de luz solar que atingem o loft superior através de suas janelas do chão ao teto. O orgasmo que lhe dei mais cedo e sua excitação atual pintou sua pele com um tom rosado. Seus olhos estavam fechados e um brilho de luz cobriu a testa. Quando empurrei nela, senti a conexão em todas as partes do meu corpo da ponta do meu pau até os confins dos meus dedos das mãos e pés. Eu estava eletrificado pela sensação dela. Com seus dentes mordendo em minha pele e os dedos cerrados na minha bunda, podia


sentir seu orgasmo fechando em volta de mim. Eu cerrei os dentes e mantive o ritmo, sabendo que o que a trouxe ao ponto, iria derrubá-la. Alcançando entre nós, eu esfregava seu clitóris inchado e se separou do meu pulso para liberar um longo lamento quando convulsionou em torno de mim. — Você é tão bonita, Sam. Eu gostaria que você pudesse ver a si mesma. — Respirei em seu ouvido. — Seu rosto parece tão incrível, tão feroz. Ela suspirou. — É a sua vez? — É a minha vez, — rosnei. Pendurei as duas pernas dela sobre meus ombros e comecei a empurrar para dentro dela, rápido e forte. Ela apertou as mãos plana contra sua cabeceira e empurrou de volta. Os sons molhados vindos de sua boceta e o tapa da nossa carne uma contra a outra, adicionaram sobrecarga sensorial. Minhas bolas apertaram e eu podia sentir meu orgasmo formigando na parte de trás da minha espinha. Então perdi todo o controle e deixei ir, empurrando meus quadris contra a sua bunda até que senti meu gozo jorrando. Agarrando-a para mim, caí na cama, a memória muscular assumiu e nos levou para o lado para que não a sufocasse com o meu peito. Ainda confortável dentro dela, corri minha mão sobre sua coluna vertebral, sentindo o buraco que tinha certeza que fiz quando disparei a minha carga. — O que você está fazendo? — Ela perguntou, sonolenta.


— Eu gozei tão forte, eu tenho certeza que abriu um buraco para fora de suas costas. — Estava, felizmente, ainda intacta. Ela riu fracamente. — Estou tão exausta. Eu sinto que poderia dormir por uma semana. — Ela se aconchegou em mim e nós deitamos assim por um tempo até que tive que me levantar para cuidar do preservativo. Correndo de volta para a cama com ela, dobrei seu corpo próximo a mim e deixei que o esgotamento do dia nos levasse para baixo. Fome nos acordou um par de horas mais tarde. Sam ainda estava sonolenta quando saí da cama e desci para bater alguns ovos. A extensão total da minha habilidade na cozinha era fazer omeletes e sanduíches, mas se ela achava que eu era uma merda quente na cozinha, então não estava indo corrigi-la. Mas tomaria aulas de culinária do caralho se isso significava mantê-la comigo. Ela tropeçou descendo as escadas vestida com minha camisa e tão bonita que queria levá-la de volta e fazer uso do meu segundo preservativo. Combustível primeiro, foda depois. — Onde está o seu posto de serviço permanente? — Perguntou ela entre garfadas de ovos, que ela declarava estar deliciosa. Ela deve estar apaixonada, porque eles não eram maravilhosos. — Neste momento, o meu local de trabalho é Pendleton, mas acho que ainda posso ter que fazer uns dois anos desacompanhados em Okinawa. — Os ovos tinham gosto de serragem quando pensei sobre estar longe de Sam por dois anos. Não haveria quase nenhuma maneira para que eu voltasse para casa por mais de algumas semanas, durante esse período de dois anos. — Ainda bem que temos o Skype, certo?


Sam não respondeu, apenas agitou seus ovos em seu prato. Em seguida, ela respirou fundo. — Eu sempre quis viajar. — Você sempre quis? — Se um Fuzileiro solteiro fosse para exterior, ele normalmente ia sozinho, porque alguns parceiros poderiam levar um par de anos fora e dar ao luxo de viver onde quer que fosse, mas não era inédito. Alguns bastardos sortudos tinham namoradas que iriam mudar-se e ensinar Inglês ou outra merda. Prendi a respiração. — Sim. Eu não tenho nenhuma dívida. Eu tenho o benefício de morte e seguro de vida de Will. Seu pai comprou a metade que foi para mim e a outra metade é de Tucker. Eu poderia alugar um apartamento. Eu sempre quis aprender sobre a história das artes de fibra de outros países. Você sabe, as agulhas foram inventadas na China. — E se não der certo? Ela deu outra mordida de seus ovos e mastigou. — Bem, se eu ainda tiver lugares para visitar faria isso e então decidiria o que fazer. Talvez continue a viajar para a Nova Zelândia para colocar minhas mãos em sua lã Merino. Merino é um dos fios de lã mais macios. Então talvez volte aqui e venda minhas coisas de bebê em feiras de artesanato ou online. Configurar uma loja Etsy17. — Você não vai se arrepender? Como não ir para a faculdade e essas merdas? — Meu coração estava batendo mais rápido do que um coelho. Um pouco mais rápido e poderia ter um ataque cardíaco. Nunca me ocorreu que Sam iria se mudar comigo. Que ela iria desistir de sua 17

Etsy é um site de comércio eletrônico aberto em 2005 com sede no Brooklyn que tem como foco itens feitos a mão,

produtos usados e material para artesanato.


casa, da família e da faculdade e mover todo o país ou mesmo em todo o mundo para estar comigo. Eu não tinha jamais alguém dizendo que eles iriam fazer esse tipo de compromisso, nem mesmo Carrie. Minha garganta fechou e tive um tempo duro de engolir os meus ovos. — Não. Nem por um minuto. — Ela me deu um sorriso triste e soube imediatamente que ela estava pensando em Will. Mas desta vez ele não me incomodou nem um pouco. — Eu não quero, nunca mais, ficar em casa novamente. Ser deixada para trás. Isso é o que lamento. Se fui e o relacionamento fracassou, eu aproveitaria a experiência e os novos amigos que tivesse feito. Eu sempre posso voltar para casa. Pousei o meu garfo e, em seguida, peguei-a. — Eu vou levar você lá em cima agora e nós estamos indo foder, não, nós vamos fazer amor tão forte que nenhum de nós será capaz de caminhar amanhã. Sam deu um tapinha no meu peito. — Você faz um bom jogo. — Não me desafie, bebê, ou você estará muito dolorida para caminhar por uma semana. — Mal posso esperar, — ela sussurrou e depois mordeu minha orelha.

Depois, recebi um texto para ir para a casa de Bo. — Você quer ir? —

Não,

estou

muito

cansada.

Ela

experimentalmente e depois gemeu. — E dolorida.

moveu

as

pernas


Tentei não olhar muito contente com isso. Nós tínhamos usado todos os três preservativos e então desejei ter um outro, mas desde que não tínhamos, nós demos prazer um ao outro por via oral. Melhor sessenta e nove de sempre. Eu tirei um monte de fotos mentais de sua bunda na minha cara enquanto eu a comi e a tocava. Puxaria aquelas para fora regularmente quando estivesse longe dela. Eu me perguntava o que seria capaz de convencê-la a me mostrar no Skype. Deus, as coisas sujas que podíamos fazer estavam me excitando novamente. — Não, não, não. — Ela segurou uma mão de aviso quando encontrei-me inclinando-se em direção a ela. — Eu estou cansada por, pelo menos, mais 12 horas. Deixe minhas partes de menina reviver. — Tudo bem, — disse, relutante. — Eu não vi os meninos em um par de dias, então vou ter algumas cervejas durante a recuperação. — Ok. Coloquei-a debaixo das cobertas e lhe dei um beijo profundo, antes de sair para The Woodlands.


CAPÍTULO DEZESSETE Quanto mais longe eu fico de Sam, mais fácil era para dúvidas rastejarem dentro. Anos de ter relações sexuais com mulheres que eu não me importava não tinha me deixado preparado para a onda emocional de realização, a completa sensação de pertencimento. O acerto de tudo. Ah e o medo filho da puta de perda. Desta vez o meu coração estava batendo, não fora de emoção, mas do medo. O que concordei, exatamente, para voltar lá no condomínio de Sam? Eu não estava totalmente no clima de ver um Ethan Drake no lugar de Bo. — O que diabo Drake está fazendo aqui? — Eu murmurei para Bo quando pisei na casa. Ele revirou os olhos. — Perseguindo Noah, eu acho. Ethan Drake mal terminou a inicialização e foi expulso em seu terceiro ano, expulso do Exército, porque ele estava cheirando seu mísero salário no nariz. Pior, Drake era um cão. Ele fodia tudo em seu caminho e não hesitou em oferecer um ombro para uma namorada de um Marine


implantado. Mas as mulheres pareciam ser cegas para os seus caminhos bajuladores. Eu uma vez o vi sair do banheiro de um bar com uma garota que ele tinha, obviamente, apenas fodido. Ela, na verdade, malditamente riu quando ele disse que estava apenas fazendo seu dever patriótico, vendo a suas necessidades. Eu quase joguei meus biscoitos ali mesmo e o fato de que ela não me fez pensar sobre se estava cheirando cocaína junto com ele. Mas, como Noah e Bo fiquei com os braços cruzados, olhando feio para a cabeça dele, as meninas quase lutaram entre si sobre quem ia trazer sua próxima cerveja. — Você dirigiu todo o caminho da Califórnia? — Perguntou Grace maravilhada. — Sim, senhora. Não podia esperar para ver Jackson novamente. — Isso é tão doce, não é mesmo, querido? — Ela olhou para Noah, mas realmente não o viu, porque se tivesse, ela teria visto o homem dela parecendo que estava indo para ou vomitar ou bater em Drake, possivelmente ambos. — Eu não posso ver essa merda, — murmurei para Bo. Agarrando algumas cervejas da geladeira, fui para o pátio. Cerca de dez minutos depois, Bo saiu com uma garrafa de uísque e dois copos. — Por que você está bebendo sozinho no escuro? — Ele perguntou. Eu contemplei a parte inferior da minha garrafa quase vazia, debatendo se deveria dizer algo. Que diabo, porém, se você não podia conversar com seus irmãos, com quem você pode falar? — Sam quase morreu hoje.


— Por medo de seu primeiro salto? — Ele gargalhou. — Ah se fosse. Seu paraquedas não abriu. — Que porra é essa? Lá no SkyHopper? — Bo ficou sóbrio rápido e olhou adequadamente indignado. Eu balancei a cabeça e levei um dos copos. — Encha-o. — Bo serviu-me três dedos. — Não seja mesquinho. Ele me encheu. — Eu pulei lá antes. O que aconteceu? — Os equipamentos estavam com falhas. Puxei o cordão do paraquedas quando pousamos e não abriu. Puxei o cordão de emergência e ele veio na minha mão. — Eu apertei minha mão de novo, desejando que eu tivesse decorado o cara do SkyHopper. — Filho da puta, — Bo amaldiçoou. — Isso é colocar o mínimo. — Você consertou isso? — Uma das outras pessoas era um policial estadual. Ele entrou com uma queixa e disse que iria ser fechado dentro de uma hora. — Então, por isso que você está bebendo sozinho no escuro? Eu gostaria. — Estava aterrorizado hoje. Como se eu fosse do tipo de cagar nas calças, teria sido contaminado com o tempo que caí no chão. — Eu inclinei meus cotovelos sobre os joelhos e olhei para a água escura da piscina, agora quase preta, sem as luzes subterrâneas ligadas. Estava com medo de fechar os olhos, porque temia que ia ver Sam esparramada


no chão com sua cabeça aberta como um melão. — Não acho que tenha chegado tão perto de tocar a mortalidade. Mesmo lá no deserto, percebi que todos nós poderíamos cuidar de nós mesmos. Mas desta vez... — Eu parei. Lembrei-me que a primeira noite que vi Sam e como o meu coração parou de bater por um momento. Desta vez o meu coração parou o suficiente para ser declarado morto. — A vida é curta e preciosa? — Algo parecido com isso. O que estou fazendo com essa garota, Bo? Estou aqui em licença para ter um bom tempo e agora estou fodendo com uma viúva. Ela diz... — Fiz uma pausa. Eu queria dizer a Bo? Por que não, pensei. — Ela diz que vai me seguir, vem comigo onde quer que esteja implantado. — E você não pode esperar para dispensá-la? — Não, isso é a coisa estranha. Senti-me bem. — E isso assusta você? — Sim, ainda cagando nas calças aterrorizado. — Ainda bem que você não é o tipo de se cagar. — Não estou brincando. — Suspirei e drenei metade do copo. — Você pode querer abrandar aí. — Não, eu não penso assim. Se qualquer coisa estou bebendo muito devagar. — O álcool não vai mudar a maneira como você se sente. — Posso encontrar clareza na minha embriaguez? Porque preciso de algumas respostas. Eu tenho apenas, o quê? — Levantei meus dedos


e tentei contar. — Dez dias para descobrir o que deveria fazer. Dez dias sobrando com Sam? Eu jurei que nunca ia me envolver, enquanto estava nos fuzileiros. — Vinte anos de solidão parece ser um grande alcance. Não conheço nenhum ACBs que funcionam tanto tempo. — Então, ao invés eu me caso, traio, me divorcio. Casar novamente. Enxágue e repita? — Nem todo mundo é assim. —

Nomeei

uma

relação

que

tenha

sobrevivido

ao

início,

implantação, ou movimento constante em todo o mundo. — A estatística é como sessenta e cinco por cento ou algo falha, ou um de três tem sucesso, amigo. Eu bufei. — Essas são grandes probabilidades. Você está apostando nessas chances? — Você sabe que Sam não é uma traidora. Ela se casou com um cara do Exército. — Eu não sei se ela é uma traidora. Talvez se eu tivesse uma maneira de testá-la. Testá-la. — Houve algum pensamento formando na parte de trás da minha mente. Tentei alcançá-lo, puxá-lo para frente para que pudesse examiná-lo. — Whoa, não sei se gosto do som disso. — Bo levou meu copo agora vazio e mudou-se para longe de mim, mas não me importei. Eu não precisava do álcool agora. Estava no caminho certo. — Você pode querer parar esse trem de pensamento ali mesmo.


— Não, isso é realmente uma ótima ideia. Talvez um de vocês pode dar em cima dela. Ou não, ela conhece vocês. Nós precisamos de um estranho. — A ideia foi tomando forma e forma e parecia brilhante. — Essa ideia é alimentada pelo álcool. Nada de bom vem de ideias movidas a álcool. — Bo advertiu. O que ele sabia? Como ele disse, nunca deixou AnnMarie mais de dois passos do seu lado. Isso não era uma opção para mim. — É como boot camp. BC para casais. Para relacionamentos. Se pudesse resistir a uma dura prova, então nós poderíamos sobreviver. — Tentei explicar para Bo, mas claramente ele bebeu demais, porque não estava recebendo o quão incrível esse plano era. — Não teste-a. Você vai perdê-la. — Esse é o ponto inteiro, Bo. — Tentei fazê-lo ver o sentido. — Se o teste fizer ela perder, não é boa para um relacionamento a longo prazo de qualquer maneira. Bo passou a mão sobre a sua cabeça. Ele permitiu seu cabelo crescer por muito tempo desde que ele tinha separado. — Eu não acho que posso achar qualquer sentido em você hoje à noite, mas confie em mim quando digo que esta é a pior ideia em uma caixa de ideias ruins. — Eu vou fazer isso. — A voz veio da esquerda. Porra de Ethan Drake. Ele estava ouvindo a nossa conversa o tempo todo? Enquanto olhava para ele na minha névoa bêbada, observando seu cabelo preto que se abateu sobre os olhos, fiquei impressionado com a clareza do que disse a Bo, estava procurando no fundo da garrafa de licor. Foram e sempre vão ser caras como Ethan Drake farejando a menina de alguém.


E algumas meninas que estavam sozinhas e não tinham confiança ou espinha cairiam na sua. E o resto não. Eu poderia viver o resto da minha vida sozinho, porque estava com muito medo de ter uma chance, ou poderia pedir uma folha do livro de Sam e apenas pendurar tudo lá fora. Ela amou e perdeu e não importa como disse que nunca comparou as perdas, perdendo seu marido tinha que ser um inferno muito mais difícil do que ser traído. No entanto, me permitiu dentro de sua vida, seu corpo, seu coração. Sam me disse que me amava sem qualquer certeza sobre a minha resposta. Ela estava lá fora, vivendo e eu estava encolhido no escuro como uma criança de cinco anos convencida que havia monstros no meu armário. — Nah, não há necessidade, homem, — Eu me levantei, balançando um pouco com a corrida de álcool. — Eu tenho isso. Bo está certo. Sam é uma para ficar. Ela não precisa de qualquer prova. Deixei-os para trás. Desejei que Sam estivesse aqui comigo agora. Lá dentro, me sentei no sofá na sala de estar e mandei uma mensagem para Sam.

Onde tá vc?

LOL. Você está bêbado, baby?

Não, tesão. Realmente com tesão.


Ela me mandou um rosto sorridente. Eu me perguntava o que aquilo significava.

Venha e me trepe.

Ainda se recuperando, mas estarei pronto para alguma ação manhã. Amo você, baby.

Amo vc tb.

Digitando,

essas

palavras

saíram

facilmente.

Meu

pânico

momentâneo foi tão rapidamente como tinha chegado. Sim, deixar alguém entrar na minha vida era assustador, mas não era melhor sem Sam. Deitei-me no sofá. Quando dormi um pouco da bebida alcoólica saiu, eu ia de carro para o condomínio e dizer a ela o quanto a amava e quão estúpido era por duvidar de nós por um segundo. Ela entenderia. Eu sabia que ela iria. A próxima coisa que sabia era que acordei em uma poça de minha própria baba de bruços no sofá de couro. Limpei-o com o fundo da minha camisa. A luz do sol entrando pelas janelas não foi sol de manhã cedo, foi sol do final da manhã. Eu não podia ver o astro no horizonte. E foi brilhante. Realmente muito brilhante. Merda. Devo ter bebido demais e dormido demais. Enquanto me sentava, minha cabeça começou a bater. Eu precisava de água, aspirina e um chuveiro exatamente nessa ordem. Toda a minha festa de piedade


parecia estúpida à luz do dia. Eu precisava voltar para Sam. Pegando o meu telefone, estava aliviado ao ver que mandei uma mensagem para Sam ontem à noite antes de desmaiar. Minhas mensagens foram ligeiramente embaraçosas, mas o Cristo, eu estava bêbado. Pelo menos não estava jorrando poesia ou algo assim. Ela teria preocupações reais então. Meu telefone mostrava que ela ligou duas vezes esta manhã. Uma vez as nove e novamente 10 minutos mais tarde. Então, nada. Eu a chamaria assim que tomasse banho. A porta da frente se abriu e Adam e Finn entraram. Eles pararam perto do sofá e Adam me deu um olhar estranho. — O que está acontecendo? — Eu puxei meu queixo para cima em reconhecimento e, em seguida, fiz uma careta quando o movimento enviou um pico através do meu templo. Ugh. Água. Eu precisava de reidratação. — Deixei seu amigo na Sam esta manhã. — Meu amigo? — Eu empurrei para fora do sofá e me dirigi para a cozinha. Mão no quadril, examinei o cômodo. Se eu fosse aspirina, onde eu estaria? Ao lado da pia. Espere, apenas pediria a Adam. — Aspirina. Ele apontou para o armário ao lado da pia, assim como imaginei. Homem esperto. Dentro encontrei copos, aspirina, balas e uma grande caixa de preservativos. Esta era definitivamente uma casa cheia de homens. — Ethan Drake, — disse ele enquanto engolia quatro aspirinas a seco e, em seguida, enchi um copo. — Sim, não meu amigo. Sanguessuga que veio para ver se Noah tinha espaço em sua comitiva.


— Huh. — Adam rodou suas chaves em torno de seu dedo. Havia cargas não declaradas nesse som. A sensação de mau agouro pairou sobre mim. Olhei para o relógio do micro-ondas. Era perto de onze horas da manhã. Um monte de tempo passou desde que mandei uma mensagem para Sam e desde que ela tentou me ligar. — O quê? — Eu perguntei quase com medo de ouvir a resposta. — Sam ligou e pediu para falar com você está manhã. — Vi isso, — respondi, impaciente. — Ela queria alguma ajuda levando algo para baixo, então disse a ela que Finn e eu iríamos fazê-lo. Seu amigo Drake disse que ele precisava ir, porque ele ia entregar uma mensagem sua. — Oh foda, não. Levantei-me, ignorando a dor aguda na minha cabeça. — Eu preciso chegar a Sam imediatamente. Adam me jogou as chaves. — Tome. Não gosto desse cara e não gostei de deixá-lo lá, mas ele insistiu e Sam, bem, ela parecia ansiosa para falar com ele. Eu não gostei do som disso também e, por um momento, me perguntei se Drake teria sucesso em seduzi-la. E então acordei do meu estupor estúpido de ressaca e me dei um soco mentalmente. A probabilidade de Sam enganar foi acompanhada pela probabilidade de que Drake deixaria de ser um retardado. Significando que não existe risco em tudo.


CAPÍTULO DEZOITO

Samantha

— Então você é um velho amigo de Gray? — Eu perguntei depois que Adam e Finn se foram. Ethan Drake me fez sentir desconfortável e eu desejava que não tivesse deixado. Liguei para Gray de novo, mas ele não estava respondendo a seu telefone. Eu não quero ficar aqui sozinha com Drake por isso, enquanto Ethan estava olhando para todos os cantos do meu apartamento com um olho de avaliação, mandei uma mensagem para Tucker. Ele estava, provavelmente, no caminho para a sua loja. Talvez ele pudesse passar. Ethan assobiou quando ele olhou ao redor do pequeno lugar. — Configuração legal que você tem aqui. — Ele esticou os braços como se medindo a metragem quadrada do lugar. — Então você é a nova senhora de Gray. Parecia que ele conhecia Gray, parecia que eles eram amigos, mas havia algo estranho com ele. Seus olhos eram realmente brilhantes e ele parecia corado, como se tivesse feito exercício ou algo assim. Oh, quem sabe. Eu estava sendo muito crítica. — Posso pegar algo para beber?


— Cerveja seria ótimo. — Sentou-se e levantou os pés para descansá-los na minha mesa de café e depois pensou melhor. Fiquei aliviada. Eu realmente não gosto quando estranhos tocam nas minhas coisas.

Mas

cerveja

de

manhã?

Isso

pareceu

estranho...

mas,

novamente, quem era eu para julgar? — Você serviu com Gray e os seus amigos? — Entreguei-lhe a cerveja e parecia que deliberadamente passou os dedos sobre o meu. Ele me deu um sorriso preguiçoso e sentou-se, com um braço estendido no sofá, parecendo o dono do lugar. Ethan Drake com certeza tinha um monte de confiança. — Sim, senhora. Éramos todos parte do pelotão 101 e eu saí quase ao mesmo tempo em que Noah e Bo. Noah me pediu para vir ajudá-lo a treinar para sua próxima luta. — Isso é bom. — Este é um amigo de Gray, me lembrei. Seja gentil com ele. Depois de alguns momentos de silêncio desconfortável, perguntei, — Você foi implantado com eles? Eu sei que Gray foi para o Iraque e o Afeganistão. — Ele estava claramente agitado. Sua perna saltou para cima e para baixo e, em seguida, ele se levantou e foi até a janela e, em seguida, voltou novamente. — A-stan. Cocei a cabeça, enquanto o assisti andar para trás e para frente. — Você está bem, hum, Drake? Ele me deu um grande sorriso, um sorriso que afetava um monte de meninas de forma positiva. Era muito charmoso. Ele tinha covinhas que o fazia parecer malandro e cativante, ao mesmo tempo, mas por alguma razão seu sorriso me incomodava, provavelmente porque


atravessou a sala e estava tão perto de mim que se eu respirasse fundo, meus seios roçariam contra seu peito. Eu deslizei para trás mais discretamente possível, mas ele me seguiu até que as minhas costas estavam presas contra o balcão que separava a cozinha do resto do espaço principal do condomínio. — Me chame de Ethan. — Então ele fez a jogada que Gray sempre fez, que era dobrar algumas das vertentes do meu cabelo atrás da minha orelha. Apertei a mão contra o peito dele e empurrei, mas não havia como se mexer. — Ethan, lamento dizer isso, mas você está me fazendo sentir muito desconfortável. — Por um segundo, o senti empurrar para a frente e me senti assustada, quase mais assustada do que quando temia que o paraquedas não abriria. Onde estava Gray? Então Ethan riu e deu um passo para trás. — Você está um pouco tensa, não é? — Ele golpeou para baixo cerca de metade da garrafa e depois passeou de volta para a sala. — Eu posso ver porque Gray está em você. Possui o seu próprio lugar. Um monte de bons carros no estacionamento dos fundos. Amigos ricos. Isto é como você gasta o seu benefício de morte? Engoli em seco. Você nunca pergunta a uma viúva como ela gastou o benefício de morte. Mesmo nos fóruns da Internet onde as mulheres compartilhavam tudo, desde como elas rasparam seus pelos pubianos para onde eles poderiam comprar se o PX fosse desligado, ninguém nunca falou sobre o benefício de morte, mas em termos mais vagos. Era a descortesia mais alta para sair e apenas sem rodeios colocar isso para


fora. Sem mencionar que ele estava me fazendo sentir insegura na minha própria casa. — Olha, Ethan Drake, não sei por que você veio aqui, mas você pode simplesmente sair agora. — Andei até a porta e a abri. Drake se levantou do sofá e preguiçosamente caminhou em minha direção. Ele colocou a garrafa no balcão de granito. — Você sabe por que estou aqui? Porque seu homem me pediu para vir e tentar seduzi-la. Eu lhe disse que não era para esse tipo de coisa, mas ele me implorou. Não foi bonito. E você sabe que nós fuzileiros navais temos que ficar juntos. Então fiz isso por ele, mas realmente não posso imaginar por que ele quer sua boceta seca. Eu lhe dei um tapa. Apenas levantei a mão para cima e bati-lhe com a palma da mão aberta em seu rosto. Foi instintivo, como todo o meu corpo se revoltou e queria empurrar para trás. Drake não hesitou em devolver o favor. O golpe de sua mão foi rápido e duro. Talvez eu merecesse. Nunca atingi alguém antes na minha vida. Minha cabeça bateu a parte de trás da porta e eu senti algo gotejar quente para o lado do meu rosto. Por um momento ficamos olhando um para o outro, como se nenhum de nós conseguisse acreditar no que aconteceu. Tremendo, apontei. — Sai. Sai fora daqui e nunca mais volte. — Eu me pergunto o que vou dizer para o velho Gray. Devo dizerlhe como era fácil, como você não hesitou em deixar sua calcinha no chão para mim?


Eu queria voar para ele, mas estava com muito medo de ser atingida novamente. — Você sai ou eu vou chamar a polícia. — Foda-se, boceta. — Cuspiu a meus pés e depois saiu. Ainda tremendo, fechei a porta atrás dele e afundei no chão. É engraçado como a mente lhe permite esquecer o sentimento requintado de dor, mas deixa para trás a memória dele. Olhando para trás, me lembrei de ser tão sobrecarregada com raiva e tristeza e perda, quando Will morreu que era difícil sair da cama. O casulo dentro das colchas tornou mais fácil para excluir toda a verdade e fazer a minha própria realidade, aquela em que ele ainda estava vivo e eu estava morando com ele no Alasca. Mas cada dia ficou um pouco melhor até que já não lutei para ficar dentro dos meus sonhos e podia me levantar e me movimentar enquanto meu peito ainda se sentia oco, como se tivesse enterrado meu coração batendo em algum lugar com Will, eu estava de pé e funcionando. A capacidade da mente de se auto curar não era uma benção, era um pesadelo. Se eu ainda pudesse chamar a exata, perfurante, dor debilitante que senti quando perdi Will, não teria nunca me permitido me apaixonar por Gray. Eu teria me protegido. Talvez pudesse ter tido relações sexuais com ele, ou talvez tivesse apenas ficado de fora porque então, não seria reduzida a isso, a pequena menina tremendo no chão do meu apartamento. Gostaria de saber da minha capacidade infinita para gerar lágrimas. Era água salgada tudo o que eu fazia? Meu rosto latejava onde Drake tinha me batido, mas esse golpe era nada comparado com a faca no meu estômago. Como eu não poderia ter


previsto o perigo que Gray apresentava? Por que não fiz um trabalho melhor de proteger-me? Eu me enrolei em posição fetal e chorei até que não tinha mais nada em mim. Eu nunca me senti tão traída e mal em toda a minha vida. Se isto era amor, estava melhor como viúva para o resto da minha vida. Eu não sei quanto tempo se passou. Talvez fosse 30 minutos, mas pareceram horas. Uma batida na porta me assustou. Levantando-me, olhei pelo olho mágico, com medo de que Drake estava de volta, mas a pessoa do outro lado era quase pior. — Eu não quero falar com você ou vê-lo nunca mais. — Eu inclinei minhas costas contra a porta e comecei a chorar de novo. Eu disse a ele que o amava. Eu disse que ia mudar para o Japão por ele e Gray me testou? — Bebê, me perdoe. — Eu o ouvi dizer e tudo o que tinha de esperança de que Drake inventou tudo, queimado sob a chama do seu pedido de desculpas. Se Gray estava arrependido então Drake não esteve mentindo. — Por quê? — Perguntei. Minhas mãos tremiam e estava tremendo completamente. — Onde você teve a ideia de que eu iria trair você? Que precisava ser testada? Por que você trouxe essa pessoa horrível em minha vida? — Eu estava bêbado. Não estava pensando direito. Estou tão, tão arrependido. — Ele sacudiu a maçaneta. — Deixe-me entrar, — ele implorou.


— Não, você sabia exatamente o que você estava pensando. Isto foi frio e calculado. Eu sou uma pessoa. Não uma coisa. Você não me testa. Você ou confia em mim ou não. — Eu confio em você, baby. Eu juro. — Um baque contra a porta tinha me afastando. Era como se ele estivesse... correndo e pulando contra ela. — Pare com isso. — Eu bati de volta na porta e as batidas pararam. — Você leva seus testes e dê o fora daqui. Nunca mais quero vê-lo novamente. — Você não quer dizer isso. — Ele parecia angustiado, mas não me tocou. — Eu quero. Eu terminei com você. Eu cansei de militares. Você não é bom o suficiente para mim! — Gritei e então deixei a porta e corri para cima para o meu quarto. Ouvi-o implorar e bater na porta, mas enterrei minha cabeça debaixo dos meus travesseiros enrolada em uma pequena bola. Eu procurei esse lugar que descobri quando Will morreu. Aquele lugar cavernoso aberto onde passei muitas noites depois da morte de Will e me envolvi na solidão fria que pensei que deixei para trás. Gray era um solavanco na estrada. Eu ia superá-lo e nunca me apaixonaria novamente. Não havia espaço mais para isso. Meu coração não poderia aguentar. Eu me embrulhei, cercada em cobertores concretos. Salvo, seguro e... morto. De longe eu o ouvi chamar meu nome. E pensei que eu o vi. Corri em direção a ele, mas ele continuou se movendo cada vez mais longe e


estava tão cansada. Eu o esqueceria com tempo. Isso é o que passei os últimos dois anos aprendendo. Como esquecer. Fechei os olhos. A voz que chamou meu nome estava distante e indiscriminada e, finalmente, o baque parou. Terminou. Bem no fundo da sonolência encontrei a paz. E nunca quis acordar novamente.


CAPÍTULO DEZENOVE

Gray

A volta do condomínio de Sam foi um borrão. Eu poderia ter batido em cinco carros e quatro pedestres e não teria percebido. Estava apenas entorpecido. Algumas palavras descuidadas tinham devastado a minha vida. Por um momento, eu tinha tudo. Uma menina linda que era leal e que me amava e estava disposta a ver através da minha decisão de ficar na Marinha. Ela era experiente e sabia o que sentia com a implantação. Ela era autossuficiente e tinha seus próprios hobbies e planos. Ela não era dependente de mim para fazer toda a sua vida, mesmo que eu estivesse começando a perceber que queria que ela fosse meu único foco. Mas tive um momento de insanidade, que arruinou. Dê-lhe tempo, pensei. Eu só precisava dar-lhe algumas horas para chorar. Então, a gente conversaria e a faria ver que superei aquele momento de indecisão. Puxei cegamente para a entrada de automóveis e nas vagas de carro. A chuva estava tornando difícil de ver. Troquei os limpadores,


mas as manchas molhadas permaneceram e percebi que não era chuva, mas que eu estava chorando. Passei a parte de trás das minhas mãos contra minhas bochechas e elas saíram molhadas. A porta do motorista se abriu e eu olhei para ver Noah e Bo olhando para mim com preocupação. — Eu fodi tudo, meninos, — Eu botei para fora. Bo assentiu gravemente e me ofereceu uma mão. Ele me puxou para fora. Os dois me levaram para fora até o final da piscina. O lugar era tranquilo, um estado incomum para a casa. Eu deixei cair em uma poltrona e dobrei os joelhos em meus cotovelos, a cabeça em minhas mãos. Finn gostava de perguntar às pessoas a superpotência que eles pedem. Agora, eu precisava ser Superman e voltar no tempo para que pudesse me impedir de cometer o maior erro da minha vida. Bo e Noah não disseram nada. Apenas sentaram lá na contemplação silenciosa. — Quer falar sobre isso? — Perguntou Bo. Eu balancei minha cabeça. — Não. Eu só preciso esperá-la sair. Nenhum julgamento ou palavras de sabedoria saía de qualquer um deles. Uma hora tinha passado quando Tucker Anderson veio correndo no quintal. Eu ouvi o chiado de pneus e, em seguida, a batida de uma porta de carro, mas não dei atenção a ele. Eu estava hipnotizado pela piscina e por tentar contar o número de azulejos azuis na guarnição mosaica. Foi difícil porque os azulejos azuis começaram a se transformar em azulejos brancos e, em seguida, no rosto de Sam. Eu tive que fechar meus olhos quando isso aconteceu e começar de novo.


Com minha atenção desviada, não vi Tucker vir ao lado da piscina e mergulhar diretamente para mim. Ele me bateu bem na minha bunda, minha cabeça batendo contra o gramado. Meu único pensamento naquele momento era que era uma coisa boa que estava sentado na grama, porque minha cabeça teria rachado como um melão estragado se tivéssemos no deck da piscina de concreto. Vagamente ouvi gritos, mas Tucker tinha o direito. Eu precisava ser chutado na bunda e como seu cunhado, ele provavelmente devia entregar o castigo. Quando levei um golpe atrás do outro, me perguntava se esta penitência era boa o suficiente para reconquistá-la. Bata-me tudo o que você quiser, Tucker, eu mereço. Talvez tenha sido a minha falta de resposta, mas seus golpes morreram após a primeira onda. Tucker era um homem em forma, mas ele não era um fuzileiro naval e foi fácil desalojá-lo. Eu cuspi em minha mão e olhei para o sangue deixado na minha palma. Nenhum beijo então, não com um lábio cortado, mas depois pensei em Sam e seu coração machucado e desejei que Tucker pudesse me bater de novo e de novo e de novo. Mas Bo e Noah estavam segurando-o. Eu me inclinei para trás em meus braços e balancei a cabeça. — Deixe-o ir. Eu mereço isso. Adam, o único outro companheiro de quarto presente, olhou enojado e saiu. Talvez eu pudesse montar um estande de bater em vez de um de beijos e todos esses caras de Woodlands e seus amigos poderiam fazer com que me sentisse melhor. Bo e Noah soltaram e Tucker deu de ombros fora de suas mãos.


— Por que vocês não nos dão um minuto? — Eu perguntei aos meus amigos. — Nós deixamos você ter esses golpes, homem, — Noah mordeu, — porque Gray parecia pensar que você tinha o direito. Mas você não receberá mais freebies. Me entendeu? — Noah pairava sobre Tucker, uma grande mancha preta na frente do sol. Tucker fez um breve aceno de cabeça, mas podia ver seus olhos ardendo de mais represálias. — Solte-o, Noah. Eu posso cuidar de mim mesmo. Noah se virou para mim. — Você não mostrou quaisquer sinais disso por isso vamos apenas estar na outra extremidade. Você quer corrigir seu erro, obtenha a sua cabeça para fora de sua bunda. — Então, sua voz se suavizou. — Eu sei o que é fazer má decisão após má decisão, mas a garota certa vai perdoá-lo. Eu esperava que ele estivesse certo. Bo e Noah tomaram seu próprio tempo doce para chegar ao outro lado da piscina. Nesse meio tempo, me levantei, usando a cadeira para me firmar e ofereci um dos assentos recentemente desocupado para a Tucker. Ele recusou. — Eu lhe ofereceria uma cerveja, mas não estou autorizado a beber, — eu brinquei com voz fraca. — Você recebe ordens de Noah Jackson? — Tucker zombou. Eu apenas balancei a cabeça. — Você não está me irritando com isso então apenas sente e vamos colocar para fora.


— Eu sabia na hora que te vi que você não era bom, — Tucker desse em tom de briga. Eu não ligo para o que Tucker pensa de mim, ainda que talvez eu devesse. Ele era seu cunhado, afinal. — Como ela está? — Essa era única questão importante em minha mente. Tucker, parecia que queria levantar e me bater. Na verdade, ele levantou o punho, mas agarrei-o antes que pudesse fazer contato. — Noah estava certo. Eu deixei você ter aqueles. Eu merecia-os, mas não mais. — Eu apertei o punho até que ele fez uma careta. Eu poderia leválo e ele precisava saber isso para que sua primeira resposta a tudo o que eu disse que ele não gostava — o que era provavelmente qualquer outra palavra da minha boca — não era para tentar me bater. Em algum momento, eu me cansaria dele tentando e lhe ensinaria uma lição. Em seguida, Sam estaria com raiva de mim. Mais uma vez ou mais. Tanto Faz. Eu ia fazer tudo o que podia para me certificar que minhas ações nunca iriam irritá-la novamente. O braço de Tucker relaxou e soltei. — Ela tem um rosto machucado e um coração partido. Como é que você pensa que ela está? Um rosto machucado? — Que diabos? — Eu me levantei. Por um momento, Tucker parecia confuso e então seu rosto endureceu novamente. — Ela me mandou uma mensagem antes de eu ir para o trabalho, mas ignorei. Eu sabia que ela queria aquele pedaço de merda de feltro


para baixo e sabia exatamente o porquê. Porque ela estava empurrando Will para fora para que você se sentisse confortável. Meu coração apertou e minha fúria cresceu, escutei Tucker preencher detalhes que não sabia nada. Eu deveria ter arrombado aquela maldita porta. — Sobre a hora do almoço, me sentia uma merda porque ignorei um monte de pedidos de Sam de ir almoçar com a família ou fazer coisas porque não queria que ela esquecesse de Will. Eu liguei e chamei, mas ela não respondeu. Eu fui lá e bati em sua porta e não se levantou, então usei a chave que foi de Will... — Você usou a chave da porra de seu marido morto para entrar em sua casa? — Isso foi alguma merda doente e queria dar um soco duro nele. Ele parecia um pouco envergonhado, mas não o suficiente. — Sim, usei a maldita chave e é uma coisa boa que fiz, porque ela tem um olho roxo do tamanho do punho de um homem. Eu não deixei Tucker terminar. Corri para a casa. Dentro Ethan estava rindo com um par de meninas. Eu puxei-o para fora da cadeira e bati meu punho em sua mandíbula. Ignorando os gritos das meninas e ―o que inferno‖ dos caras, arrastei-o para fora para grama e empurrei-o no chão. — Você gosta de bater nas meninas, seu sugador de bota? — Sua carne cedeu sob meus punhos, mas não foi satisfatório. Mãos me puxaram de volta e ouvi suspiros atrás de mim, mas minha atenção estava voltada para Drake. Lutando contra os braços que me seguravam, eu gritei para ele. — Você não merece respirar o mesmo ar que ela.


Ele limpou a mão na boca, desagradado porque o fiz sangrar. — Merda, você é um maricas, Gray. Deixou suas bolas no balcão dela, né? Todo aquele choro de ontem à noite sobre como você estava tão preocupado com ela te trair. Você quer saber o que fizemos enquanto você estava desmaiado em sua baba aqui? Ele riu histericamente e fui para ele, rompendo com os laços humanos de meus amigos. Ele tentou lutar de volta, mas foi lento e descoordenado. Nem mesmo um de seus punhos chegou perto do meu rosto. Eu tinha-o nas costas, atingindo-o repetidamente até que fui arrastado. Ele ficou imóvel, inconsciente, mas a minha sede de sangue não tinha diminuído. Eu cuspi nele e, em seguida, me virei, procurando Tucker. Ele ficou de pé para o lado com um olhar de desgosto em seu rosto e os braços cruzados. — Ela precisa de alguma coisa? — Que você possa deixá-la em paz. — Ele virou-se e caminhou em direção à frente da casa. Segui-o. Eu queria essa chave de volta. Devia ser minha e eu estava indo dar tudo o que tinha para convencer Sam que eu pertencia em sua vida. Sairia dos Fuzileiros, mudaria para cá, viveria em seu pequeno apartamento e a serviria de joelhos todos os dias se isso era o que precisasse. — Fora isso, porque isso não vai acontecer. — Eu tinha dez – não, nove dias restantes antes que tivesse que voltar para San Diego e cada minuto deles ia ser gasto a convencendo de que ela deveria me dar outra chance. — Ela não quer vê-lo nunca mais. Nunca quer ouvir de você. Ela vai apagar você de sua memória.


Os golpes verbais bateram mais forte do que os físicos, mas como um homem estúpido, estava de volta e pedi mais. — Você falou com ela sobre o que aconteceu? Ele bufou. — Só que ela não foi feita para caras militares. — Ele jogou alguma coisa no ar – sua chave — brilhando ao sol. Eu queria agarrá-la dele. Apertei meus dentes juntos para impedir que o uivo de dor que estava crescendo dentro de mim saísse. Odiava ouvir que a machuquei assim. Tucker continuou cavando a faca ainda mais profunda, torcendo-a de modo que cada parte do meu coração parecia que estava sendo marcado por uma faca. — Eu só me lembro de vê-la tão ruim uma vez antes, que foi depois que o meu irmão morreu. Era como um fantasma por meses. Não comia. Não conseguia dormir. Tivemos de forçá-la a tomar comprimidos para dormir e deslizar proteína em shakes para que ela não morresse de simplesmente não cuidar de si mesma. Nós quase a perdemos depois que ele morreu e quando ela começou a vir em torno alguns meses atrás, começou a sorrir novamente e interagindo com sua família novamente, pensei... — Ele parou, mas sabia o que ele estava pensando. — Você pensou que era hora dela começar a amar novamente. Ele apertou a própria mão, mas pelo meu olhar desafiador ele a colocou cuidadosamente em sua coxa e assentiu tristemente. Eu teria amado recompensá-lo com uma luta agora. Estava cheio de raiva não gasta. Ele virou as costas para mim e caminhou até sua caminhonete. Tudo o que veio dizer foi dito.


— Mas você não vai mais vê-la. Eles estão indo para a Inglaterra hoje à noite, durante dez dias para ver seu pai. Na verdade, ela está sendo conduzida para o aeroporto agora. E Bitsy confiscou seu telefone. Eles não a querem em contato com você. — Ele disse a palavra ―você‖ como se eu fosse um terrorista. Dez dias. Meu coração afundou no terror que estava sentindo, deve ter sido mostrado no meu rosto porque Tucker riu, uma má e feia risada que não tinha nada a ver com alegria e tudo a ver com a sua celebração da minha dor. — Sim. Você não vai ser capaz de entrar em contato com ela por uns bons dez dias e por esse tempo, vai terminando para você. Você não é Will. Ela vai ter superado você no momento em que o avião aterrissar em Londres. Com o golpe de nocaute entregue, Tucker virou-se e correu para sua caminhonete. A implicação era clara. Ele estaria aqui quando ela voltasse e eu não iria. Mas não estava deixando nada ao acaso. Corri para o carro de Bo e pulei dentro. Bo ficou na frente do carro, permitindo que Tucker saísse em primeiro lugar. — Maldição, saia do meu caminho, — gritei para Bo. Ele escancarou a porta do motorista e balançou a cabeça. — Mova-se, não vou deixar você dirigir nessas condições. Eu

não

me

importava

quem

estava

dirigindo

desde

que

chegássemos ao apartamento de Sam nos próximos cinco minutos. Levou vinte e amaldiçoei Bo todo o caminho. Sua paciência chegou ao fim porque ele falou.


— Se você abrir a boca mais uma vez, estou virando o carro e nos jogando no lago mais próximo. — Eu calei a boca, logo após isso. No complexo de apartamentos, arrombei o bloqueio ao ar livre, não perdendo tempo para conseguir alguém para me liberar. Bo estava seguindo bem em meus calcanhares. Corri os três lances de escadas e fui para o apartamento de Sam. — Sam, deixe-me entrar. — Bati na porta. Bati repetidamente, gritando o nome dela. Eu continuei batendo até mesmo depois que minha mão começou a sangrar por isso mudei para a minha outra mão. Finalmente a porta se abriu, mas não era a porta de Sam. Era a porta do seu vizinho. Encostei-me na porta de metal e esperei as palavras que eu não queria ouvir. — Ela não está aqui, idiota. Ela deixou a casa cerca de 15 minutos atrás, com sua família e uma mala grande. Eu engoli a bile ao ouvir essas palavras, mas não estava pronto para desistir ainda. — Voltaremos para o Woodlands. Para casa dela. Corremos de volta para os Woodlands. Eu sabiamente mantive minha boca fechada e assim o fez Bo. Embalei minha mão direita sangrando no meu colo, tentando não ter sangue por todo o interior do carro esportivo de Bo. Nós dirigimos até a casa de Sam, mas ela estava vazia. As luzes estavam apagadas e a casa parecia parada. Eu ainda saí e olhei em todas as janelas e portas que podia, batendo na porta com a mão esquerda e gritando por Sam. Mas ela se foi. Eles tinham a levado para longe de mim. Eu afundei em seu quintal. Eu ainda não tive a oportunidade de fazer isso direito e pelo tempo que ela estaria de volta, eu teria que estar de volta ao Pendleton.


— Eu vou ficar aqui, então, —decidi. Bo me bateu na parte de trás da cabeça. — Então você vai ser expulso do Exército ou jogado na prisão? Isso vai reconquistá-la? — Ele me bateu novamente. — Use sua cabeça do caralho. — Todas as minhas ideias são uma merda. — Bo abriu a boca e o ameacei, — Porra não diga ―eu te avisei‖, ou vamos brigar. Ele fechou a boca e, em seguida, disse: — Eu só vou me afastar, porque acho que o esquilo por lá é mais forte do que você no momento. — Eu não sei como Sam levantou-se e tornou a viver depois de perder o marido, porque agora a dor é insuportável para caralho, — eu botei pra fora. Bo me chamou ao seu lado, uma mão em cima da minha cabeça e me permiti me inclinar para ele, como se estivéssemos no meio do deserto e cansado demais para levantar depois de uma caminhada de quarenta e oito quilômetros através das montanhas do Afeganistão. — Você tem que ir para casa, colocar sua cabeça no lugar e planejar um assalto. Não há cidadela, humana ou natural, que pode resistir a um cerco de um fuzileiro naval. — Eu espero que você esteja certo. Eles me levaram para o aeroporto no dia seguinte. O silêncio foi o nosso quarto companheiro, tão forte e pesado que poderia ter sido outro passageiro.


Quando chegamos no portão, Noah e Bo ambos saíram da caminhonete. Bo se sentiu tão triste por mim, veio por mim mesmo sem eu o ter chamado. — Você está uma merda. — Noah comentou. — Obrigado, cara. — Eu coloquei minha bolsa marítima e mochila nos ombros. — Foi realmente divertido. A qualquer momento a polícia viria e os arrancaria da pista de desembarque, mas nenhum deles parecia se importar. Noah me agarrou e me puxou para um longo abraço. — Você sabe que te amo, cara. Eu balancei a cabeça, as emoções dos últimos dias andando tão perto da superfície que não podia falar. Ele me empurrou para longe e, em seguida, agarrou-me no meu pescoço para que eu olhasse diretamente para ele. — Se você a ama o suficiente, nunca pare de lutar por ela. Nunca pare de mostrar a ela o quanto ela é importante. Você dá tudo de si e mesmo se ela não aceitar, você viveu seus próprios padrões e você pode ir embora sem arrependimentos. Mas estou dizendo a você, Gray, que se você a ama, ela vai te amar de volta. Eu sei disso. Acho que foi o maior número de palavras que já ouvi Noah falar em sequência. — Você sabe? — Eu bufei. — Eu sei. — Ele soltou e disse, — Semper Fi, Fuzileiro. Sempre fiel.


Noah estava certo em um sentido. Perguntei-me muito depois que Carrie tinha me traído, se dei tudo de mim. Talvez não tivesse. Provavelmente eu não tinha. Amei fazer sexo com ela, mas amei a hora de brincar com meus meninos na mesma proporção. E isso tinha sentado desconfortavelmente sobre os meus ombros. Implantação foi um alívio para o abalo emocional constante. No aeroporto, as pessoas se esquivaram de mim, os hematomas no meu rosto me faziam parecer como um homem perigoso. O agente de passagem aérea não me deu o upgrade que militares e as mulheres geralmente recebiam e eu estava preso na parte de trás dos banheiros em um pequeno banco com nenhum espaço. A mulher ao meu lado foi embora como se eu fosse um monstro. Era um monstro, no entanto. Só um monstro teria feito o que fiz com Sam. Quando cheguei em casa, joguei fora meus papéis de alistamento e dirigi para ver meus pais. — Eu não estou realistando, — Disse ao meu pai. Sua boca se curvou para o lado no que parecia ser decepção, mas não perguntou sobre o meu rosto machucado. — O que você vai fazer? Eu não ia dizer que planejava voltar para a cidade para tentar conquistar uma garota, então apenas murmurei. — Não sei. — Isso não soa como um plano. — Meu pai foi um instrutor de treinamento quando se aposentou e você não chega a essa posição sem aperfeiçoar um olhar severo de reprovação e decepção. Ele colocou um bom para mim, mas estava muito entorpecido para me importar.


Eu joguei as minhas mãos. — O que você quer de mim? Você disse que há coisas melhores para mim do que apenas os Fuzileiros. Você e Pops entraram em uma briga sobre isso no Natal e fez a mãe chorar, então agora estou dizendo a você que estou saindo. Estou indo obter um diploma, talvez faça direito. — Talvez eu fosse o advogado que Sam não queria ser. Neste momento eu não tinha outro plano, a não ser reconquistá-la. — Eu lhe disse, porque você estava olhando como se estivesse em uma encruzilhada. Eu queria ter certeza de que você pensasse muito sobre qualquer decisão que você fizesse. Eu fiquei boquiaberto. — Eu pensei que você queria que eu saísse. — Claro que não. — Ele se levantou e começou a andar, as mãos cruzadas atrás das costas, como se estivesse dando ordens a um recruta sem tempero, que é como eu estava agindo. — Eu queria que você soubesse que os Fuzileiros não eram sua única opção. Isso porque temos um pouco mais de dinheiro e agora tenho uma certa posição e você tem outras opções. Os fuzileiros navais foram bons o suficiente para o seu avô e eu, mas nós não tínhamos muito. Eu sei que houve muita pressão em você para entrar nos Fuzileiros, porque seus irmãos mais velhos não entraram. Eu queria que você tivesse um fora. Afundei na minha cadeira. — Eu não sei o que dizer. — Pense no seu serviço novamente, — meu pai recomendou. — Eu não quero que você tome uma decisão precipitada, pois pensou que isso


é o que eu queria, mas você vai ter que fazê-lo em seu próprio tempo e é melhor você se apressar antes que o barco encha. Espaço no barco - ou espaço nos fuzileiros - significava o rebaixamento da tropa e o governo apertando o cinto sobre o orçamento de defesa. Pondere muito tempo sobre as suas opções futuras e eles decidem por você. No meu suspiro, meu pai veio e apertou meu ombro. — Mas não importa quando você fizer a sua decisão, sempre haverá espaço para um bom fuzileiro como você. Eu estou orgulhoso de você, filho. Oh homem, se você soubesse. Engoli em seco e me levantei, saudando o meu pai. Ele bateu no meu braço para baixo e me puxou para um abraço. — Parece que todo o pensamento levou muito de você. Deixe sua mãe mimar você um pouco. Vai fazê-la se sentir bem. Passei o dia com os meus pais e, em seguida, passei na garagem dos meus irmãos e eles me levaram sem dúvida. Ao contrário de meu pai, meus irmãos souberam imediatamente o que havia de errado comigo e não era que eu estava lutando com uma decisão sobre o meu futuro. — Problemas com uma menina, hein? — Luke disse, meu irmão mais velho, mas foi isso. Eu trabalhei em torno na garagem fazendo bicos, executando tarefas e aprendendo um pouco sobre pintura personalizada, em silêncio, alimentando a minha dor em determinação endurecida. Em seguida, estava de volta ao Camp Pendleton.


Minhas contusões estavam principalmente curadas pelo tempo que cheguei de volta à base, mas o meu CO ainda me chamou. — Vou ouvir sobre algum Fuzileiro quebrando a merda em bares e fazendo com que a Marinha fique mal? — Não, senhor. — É melhor não, — ele pigarreou. — Onde estão seus papéis de realistamento então? — Eu não estou realistando, senhor. CO Dailey pareceu alarmado e depois estreitou os olhos para mim. — É melhor você me dizer o que aconteceu lá fora. — Nada de importante, senhor. — Se isso não é importante, então por que diabos você não está realistando? Se é uma minúscula luta de bar, em seguida, damos-lhe um artigo 15º e encerramos o dia. Com o seu registo, não vai prejudicar você. — Não há necessidade de um castigo não-judicial, senhor. Nada vai refletir negativamente sobre os Fuzileiros, senhor. O CO olhou para mim por um longo tempo esperando eu tossir alguns detalhes, mas estava rigidamente em atenção, dando-lhe nada, além do rosto de pedra que aprendi no boot camp. — Vá em frente, então, saia daqui.


CAPÍTULO VINTE

Samantha

O grupo de Adam veio na noite que voltei da Inglaterra. — Você está bem, — Eve comentou. — Eu? Porque me sinto uma merda. — Ok, estava mentindo para fazer você se sentir melhor. Você parece que ficou bêbada em Reno e ainda está de ressaca, em vez de dez dias de férias na Feliz Inglaterra. — A descrição de Reno é muito parecida com o que sinto. Além de que Inglaterra não é muito ensolarada. Muita chuva. — Espelhou meu humor. — Desculpe se a empurrei sobre o menino soldado. Eu não me incomodei corrigindo-a. Gray não estava mesmo em torno para apreciá-lo. Oh Gray. Que idiota estúpido. Eu o odiava e amava ao mesmo tempo. Um por um, os amigos de Gray vieram até o bar para me dizer o quanto ele sentia minha falta.


— Como é que ele não está aqui me dizendo isso? — Eu disse secamente. — Porque se ele tivesse ficado ao redor até que você voltasse, estaria ausente sem licença, corte marcial e chutado para o meio-fio. — Bo disparou de volta tão bruscamente. Isso me calou, mas não estava interessada em ouvir coisas razoáveis sobre Gray Phillips assim, fiz Eve atendê-los o resto da noite. Eles foram persistentes, no entanto. Bo e Noah apareceram o resto da semana que eu trabalhava e enquanto eles não falavam comigo, eu recebia a mensagem. Gray sentia minha falta e ele estava me mostrando através de seus amigos. E estava funcionando. Mesmo Eve ficou impressionada. — Ele tem bons amigos. Você pode dizer muito sobre um cara pelos seus amigos. Era verdade, mas não estava pronta para perdoá-lo. Eve só queria que eu superasse. Nós não tínhamos feito nenhuma gorjeta extra, porque não queria beijar ninguém, além de Gray, nem mesmo Eve. Quando Bitsy, mamãe e eu voltamos para casa da Inglaterra, fui com elas. Eu não estava pronta para voltar para o apartamento, onde hoje foi preenchido com as minhas memórias de Gray. A princípio, minha mãe queria matar Gray - ou, pelo menos, apresentar um relatório a polícia - mas, em seguida, expliquei que não era ele, mas algum outro cara que me bateu e que eu tinha batido nele primeiro. Ela parou depois disso.


Mas ela franziu a testa quando me viu em sua casa e ao contrário de depois que Will morreu, ela começou a fazer comentários sobre como passarinhos empurrados para fora do ninho devem aprender a sobreviver por conta própria. Seu comentário mais recente foi sobre como irmãs mais velhas deveriam ser bons exemplos para suas irmãs mais novas. — Estou te estragando, Bitsy? — Eu perguntei, me arrastando para fora do meu quarto ao meio-dia, um dia, vestindo macacão vagabundo e não me preocupando em escovar meu cabelo. — Não. Eu aceitei que você é patética e fraca e sou a irmã mais forte, — Bitsy disse alegremente. Eu estremeci, mas ela não estava errada, então calei a boca e comi meu cereal. Cansada de minha melancolia, ela me apontou com o dedo. — Por que vocês se separaram? Deus, o que dizer a Bitsy? — Acho que ele ficou com medo e, em seguida, fiquei com medo de volta. — Porque você não queria se mudar para San Diego? Então você está fazendo-o escolher entre a carreira que ele ama e você? O que é que você está desistindo aqui? Um grupo de tricô? — Bitsy não me deu nenhuma brecha. — A minha família. — Foi um argumento fraco e eu sabia disso. — Você sempre terá a gente. Não é como se a mãe e o pai não iriam pagar para que você possa voar de volta a cada mês, se você quiser. — O que você vai fazer em três anos? — Sim, eu estava mudando de assunto.


— Covarde, — disse ela em voz baixa. — Uma coisa que gostei sobre Gray era que você sorria muito quando ele estava por perto. De qualquer forma, seja um saco triste. Eu não me importo. Estou indo para a escola médica e ser uma cirurgiã de transplante. Salvar vidas. — Ela flexionou os dedos. — Eu pensei que você estava indo para a faculdade de direito? — De jeito nenhum! Cheguei do outro lado da mesa e lhe dei um tapinha no braço. — Isso é incrível, mas mamãe sabe disso? — É claro, — Bitsy disse, irritada. Então eu ri e não conseguia parar. Bitsy se levantou e pisou em torno da cozinha. — O que é tão engraçado? — Oh, Bitsy. Eu te amo. Você é o melhor absoluto. Quaisquer expectativas que as pessoas tinham de Bitsy, ela não se importava. Ela fazia seu próprio caminho. Se a minha irmã de quinze anos de idade, poderia fazer isso, eu não poderia ser corajosa o suficiente?

Voltei para o apartamento. Os lençóis ainda cheiravam a Gray e eu chorei a primeira vez que os lavei como se estivesse limpando-o para fora da minha vida. Eu não conseguia esquecê-lo; ele não me deixou. No início, recebi telefonemas e, em seguida, as mensagens de correio de voz. Eu apaguei a sua entrada de minha lista de chamadas recentes e joguei na lixeira as mensagens. Após uma semana de silêncio, ele


começou a me enviar uma mensagem de texto uma vez por dia, no final do seu dia. Inicialmente, seus textos me deixaram com raiva e apaguei as mensagens, mesmo sem lê-las. Na segunda semana, comecei a lê-las e fiquei surpresa com o quão comum e de conversação que eram. Era como um diário de como ele passou os seus dias. E ele acabava cada ―conversa‖ sempre com a mesma coisa - tarde da noite, logo antes de ir para a cama - com três palavras.

Eu te amo.

Quando julho terminava, comecei a me preparar para as aulas na Central. Quando pensei sobre as fantasias que imaginei sobre Gray e eu juntos no campus, meu coração doía tanto que realmente tive que esfregar meu peito, mas nenhuma quantidade de remédio aliviava a dor. Eu assisti a mais dois almoços dolorosos com Carolyn e David. Tucker veio aos dois; ele foi extra agradável desde o incidente Gray. Eu estava feliz que ele nunca tocou no assunto. Quando as aulas começaram, nenhuma delas me interessou. Fiquei tão entediada e extremamente ocupada. Dezoito horas de crédito eram demais para mim, mesmo depois que parei de ser bartender. Fazer amigos com dezoito/dezenove anos era doloroso. Os sêniores eram as únicas pessoas da minha idade, mas eu não tinha nada em comum com eles também. Em vez de ir beber com eles, ia me encontrar em Gatsby onde Eve ainda trabalhava. Às vezes eu via AnnMarie ou Grace ou Bo ou


Noah em torno do campus, mas os evitava tanto quanto possível. Eu não queria estar perto de lembretes de Gray. Eu sentia falta dele, porém, muito. Perdi o seu corpo junto ao meu. Perdi o seu cheiro. Perdi apenas falar com ele. Eu realmente nunca lhe dei a chance de explicar e à distância de tudo me fez refletir sobre como talvez eu não pudesse acreditar em tudo que Ethan Drake tinha me dito. Afinal de contas, ele ameaçou mentir sobre o que aconteceu entre nós, o que foi um grande e velho nada até que bati nele e ele retornou o favor. Mas sempre que cheguei a esse ponto, me lembrei de Gray se desculpando tão profundamente. O que ele tem que se desculpar se ele não tinha a intenção de me testar? Essa era uma pergunta que só seria respondida se eu falasse com ele. E, como todos os dias se passaram e eu doía tanto por ele, podia sentir

minhas

defesas

enfraquecendo

e

baixando.

Seu

contato

persistente, apesar do meu silêncio teimoso fez meu interior amolecer. Comecei a olhar em seus textos e desejei que ele me enviasse mensagem com mais frequência. Como cinco ou dez vezes por dia. Até o final da terceira semana de aulas, eu fiz minha cabeça. — Ele me mandou uma mensagem de novo, — disse a Eve. — Ele tem mandado desde que voltei de Londres. Todas as noites, dois textos por mais de dois meses. — Eu estava um pouco impressionada com sua dedicação. — O que eles dizem? Com material sexy ou sinto sua falta material? Ou eu sou um grande idiota e coisas de eu sinto muito. Eu balancei a cabeça.


— Tudo isso, mas principalmente textos cotidianos. Hoje recebi ―Hey fui pego cerca de dois passos do comissário durante cores. Merda‖. — Eu li isso do meu telefone, então o guardei e brinquei com a cerveja que Eve me serviu uma hora atrás. Estava quente e um gosto horrível. — O que é que isso significa? — Se você está fora e eles tocarem essa música em particular, você não pode se mover. Você tem que estar na atenção, mas se você estiver dentro de casa, então você pode se mover. — Assim como O Mestre Mandou, só estilo militar. — Mais ou menos. O que você acha que isso significa? — Que os militares gostam de jogar jogos? — Não, não cores, o texto, — eu disse, impaciente. — Não sei. Ele é estranho, lembra? Nós dissemos-lhe para ficar longe dele. — Não, você me disse para persegui-lo e então você me cumprimentou depois que eu disse que experimentei coisa de orgasmos gritados, então você me disse para ficar longe dele. — Sim, eu acho que disse tudo isso, mas sempre mantive que ele era estranho. Seus encontros eram como de uma revista Field & Stream. Caça, pesca? — Não se esqueça do paraquedismo. — Sim, o encontro que terminou com uma experiência de quasemorte seguida de uma corrida com um drogado que te chamou de nomes e bateu em você.


— Eu acho que compartilho muito com você, — murmurei. — Ele é um cara de rebote. É fácil superá-los. — Eve cantarolava ―Summer Lovin‘‖. — Eu não acho que posso. Eu o amo, — admiti. Lágrimas estavam se formando e peguei o guardanapo encharcado de bebida para enxugálas. Seu zumbido parou. — Não. — Sim. — Você é louca. Ele é seu cara rebote. Agora você pode ficar com alguém mais permanente! — Ela gritou. — Por que ele tem que ser o cara rebote? — Porque é assim que funciona. Você sempre tem uma pessoa entre as relações que bate o botão de reiniciar. — O botão de reiniciar o quê? Os meus sentimentos? Minha vagina? Eu acho que depois de dois anos eu fui oficialmente reiniciada. Eve olhou para mim, hesitante por um momento e, em seguida, falou. — Eu tenho este grande cara... — Eu a dispensei. — Eu acho que sou uma espécie de menina de um homem. Eu sei qual é a sensação de estar no verdadeiro amor. Não é apenas o desejo de um corpo ao lado de você, mas seu corpo particular. É o seu cheiro e seu toque que você sente falta. É o seu riso e seu senso de aventura.


— Então você está indo voltar para ele depois que ele fez esse movimento totalmente babaca? — Foi uma jogada babaca. Como no panteão dos retardados mortais, ele estaria pelo menos na corte real. — Então você reconhece isso, mas você ainda vai? — Eve, passei minha vida curta jogando pelo seguro. E ainda me queimei. Eu perdi o meu marido e meu coração atualmente parece que foi pisoteado por um rinoceronte. Eu não posso sofrer assim mais. Então, vou tomar uma chance. Poderia ser a coisa mais estúpida que vou fazer, mas, pelo menos, estou fazendo alguma coisa. Eu não estou esperando que a vida chegue a mim. Vou sair e pular do outro lado da caverna e esperando que alguém esteja lá para me pegar do outro lado. — E se não estiver? — Então caio e volto de novo. Eu saio para San Diego e digo a ele que vou dar-lhe outra chance e se ele foder, em seguida, o deixo. Mas, pelo menos, eu estou me dando uma chance de felicidade. Eve olhou para mim com os olhos tristes e ela balançou a cabeça. — Eu sei que você não concorda comigo, mas qual é a pior coisa que pode acontecer comigo? A pior coisa que já me aconteceu - o perdi. A melhor coisa é que Gray percebe que é um erro que fez e confia em mim. Mas seja o que for, há uma conexão entre nós dois que eu não sentia desde que estava com Will e Deus, sei que cadela de sorte sou de ter essa sensação, de ter essa conexão da alma profunda com alguém e não apenas uma vez, mas duas vezes. Estou indo prosseguir até que ele esteja morto e espancado no chão. Eu poderia ser uma idiota total por dar a Gray outra chance. Mas serei uma tola que esgotou todas as vias


na frente dela e quando olhar para trás neste momento, eu nunca gostaria de ter tentado mais. Nunca vou dizer ―Eu gostaria de ter feito algo diferente‖, que é o que venho dizendo desde que Will morreu. Gostaria de ter me mudado para o Alasca com ele. Eu queria que tivesse casado com ele da primeira vez que ele me perguntou, assim que saímos da escola. Eu desejei que tivesse estado mais entusiasmada com seus sonhos em vez de egoisticamente pensando sobre mim o tempo todo. Vou fazer isso, Eve. Atordoada no silêncio do meu monólogo, ela não disse nada. Então, ela me deu um sorriso triste e um pequeno abraço, de um braço só. — Vá pegá-lo, tigre.


CAPÍTULO VINTE E UM

Gray

De volta à base, os meus dias decorreram em simultâneo conjunto e se recusava a terminar. Toda noite eu ia para casa e trabalhava no afegão, ou BG como o chamava, porque eu era um fuzileiro naval e nós jamais nos referíamos a qualquer coisa pelas suas iniciais. BG ficou por Big Gesture18, mas poderia ser também por Big Garbage 19, uma vez que aquele pedaço de merda parecia um fio que foi mastigado e vomitado por algum grande animal. Espero que, quando mostrasse para ela, que percebesse que isso significava que estava colocando-a pela primeira vez em minha vida e que eu estava confiando-a com o meu coração danificado, o que percebi que usava agora fora do meu corpo, exposto. Eu dormia, comia, exercitava, treinava, trabalhava. Seja qual for à vocação que pensei que tinha, aqui estava faltando. Eu deixei toda a minha ambição e minha alma aos pés de uma menina. Mas ela não

18 Grande gesto 19 Grande Lixo


pisou nele. Eu fui o único a moer tudo o que poderia ter tido na poeira com a minha bota tamanho 45. Ironicamente, eu era mais adequado para servir agora. O medo que eu já tive de vigiar esses caras era nada comparado com o medo que tinha de assistir Sam cair do céu ou o medo que enterrou profundamente nos recessos de trás da minha mente que eu nunca conseguisse reconquistá-la. Eram medos reais. O medo de liderança não estava nem perto. — Fuzileiro, você é um saco triste. — Capitão Dailey olhou para mim por cima do longo nariz beligerante. As grossas sobrancelhas, em forma de besouro estavam franzidas, formando uma longa cobra peluda por cima dos seus olhos. Eu olhei para a linha de peles em fascínio, à espera dela engatinhar para fora. Eu estava de volta ao seu escritório para ouvir mais uma palestra sobre a glória dos Fuzileiros.

— Sim senhor. — Eu quebrei uma saudação afiada. Você diz, ―Senhor, sim senhor‖, mesmo que o seu comandante lhe disse para chupar seu pau. — Eu não vi seus papéis de realistamento. — Acho que ele esqueceu convenientemente que eu já tinha dito a ele que não estava me realistando. — Não, senhor. — Por que isso, Fuzileiro? Você é muito suave para nós agora? — Não, senhor. — Se qualquer coisa, eu era mais duro e determinado do que nunca. Meus objetivos tinham mudado, mas eu não estava revelando isso, para o capitão.


Ele olhou para mim, tentando me desgastar, mas aprendi algumas coisas em meus sete anos de serviço e o mantra que eles nunca devem vê-lo suar foi um dos mais importantes. Mostre uma fraqueza e eles te prendem para sempre, sob o pretexto de fazer-lhe um guerreiro mais forte. Talvez tenha sido como você criou um fuzileiro naval melhor, mas não estava convencido de que a tentativa de encontrar a fraqueza de alguém e explorá-la sempre fazia sentido, mas sabia que não devia dizer ao CO meus pensamentos sobre o assunto. Em vez disso, estava com os meus calcanhares juntos para que ficasse em linha reta como uma árvore e imóvel como um poste de aço. Meus braços estavam colados ao meu lado, com os dedos apontados para baixo. Eu poderia ter sido uma pluma em linha, meu corpo estava tão perfeitamente ereto e em linha reta. Pratiquei esta pose por anos assistindo papai e Pops. Eu ficava na frente do espelho e fazia uma saudação. Eu tinha a melhor saudação em inicialização e até fui elogiado por ele, quando não estavam cuspindo obscenidades em meu rosto e zombando de mim por ser durão. Meu pai nunca me forçou a isso. Eu fiquei feliz que estava indo para realizar os sonhos que ele e Pops tiveram de um dos meninos Phillips exercer a tradição. Eu mesmo tive esses sonhos. De Carrie e eu termos um filho que estaria nos fuzileiros navais. E talvez ele seria um oficial e que seria um momento de orgulho para nós dois onde havíamos sufocado as lágrimas viris. Ser um fuzileiro foi o que queria fazer durante o tempo que me lembro e agora que eu ia desistir dele por uma menina. Mas tudo parecia certo para mim.


Capitão Dailey suspirou e enfiou os dedos pelos cabelos curtos inexistentes. — À vontade, Fuzileiro. Eu deixei meu corpo relaxar, ombros caíram, grato para o descanso. Eu cruzei os braços atrás das costas. — Eu não te entendo, Phillips. Você tem um registro exemplar, uma alta tolerância para besteira e uma história familiar esterlina nos Fuzileiros. Você provavelmente vai fazer sargento de artilharia em tempo recorde. O que há lá fora, no mundo civil que vale a pena jogar isso fora? Esperava que a pergunta fosse retórica, porque eu não tinha uma boa resposta. Se pressionado, estava indo mentir e dizer que era a faculdade, mas eu estava com medo que minha falta de entusiasmo para me sentar em uma sala de aula com um par de centenas de adolescentes com meleca de nariz que pensei que seria engraçado para fazer sons quando entrei, seria evidente demais. Capitão Dailey não precisou de uma resposta. Ele andou na minha frente, durante dez minutos, me dando uma palestra sobre as glórias de ser um fuzileiro naval. — É uma honra ser um fuzileiro naval. Temos o menor número de homens em relação a qualquer outro ramo militar, mas nós somos os primeiros a serem chamados. Nós estamos constantemente prontos e podemos ser enviados em vinte e quatro horas de antecedência, porque o presidente sabe que estamos sempre prontos. Os fuzileiros navais foram chamados primeiro a levar a carga para a batalha. Os fuzileiros navais foram os primeiros a orbitar a Lua. John Glenn foi um fuzileiro


naval. John Wayne queria ser um deles. Os fuzileiros navais estão em primeiro lugar, prontos, nossa força de combate capaz. É tão feroz que os alemães nos chamaram Teufels Hunden. Ele estava realmente excitado usando a palavra alemã para que eu jogasse um osso. — Devil Dogs20, senhor! — Isso é certo. Nós somos o Devil Dogs, o primeiro a ir... — Seu vapor estava se esgotando. Último a saber. Eu terminei o ditado na minha cabeça. Ele deu a volta e caiu pesadamente em sua cadeira. — Precisamos de homens como você, Sargento Phillips. Não apenas por causa de seu registro ou seu legado familiar. Você se preocupa com o que acontece com os outros homens aqui. Você usa sua liderança levemente com aqueles que menos pouco te conhecem. Pense nisso. Há e sempre vai haver espaço no barco para você. — Sim, senhor. — Saudei. — Dispensado. — Ele acenou com a mão cansada para mim. Eu andei o mais rápido que pude, sem fazer parecer que estava correndo. O discurso do capitão Dailey era um que ouvi antes em um milhão de variações, mas ainda me pareceu difícil. Eu gostava dos Fuzileiros. Eu amei, de uma forma não-sentimental, fraternal, os caras que dormia ao lado na areia para os dias sem tomar banho. Eu ainda fiquei perto daqueles homens. Fiquei em contato com Bo e Noah que saíram a dois anos. Sempre voltei aqui para Camp 20 Cães Infernais


Pendleton para checar com velhos amigos. Eu seria um fuzileiro para a vida, mesmo depois que saísse. Ninguém pensaria menos de mim. Eu apenas tive que me convencer disso. Tudo valia a pena. Deixando este movimento para que pudesse estar com Sam. Mais tarde naquela noite, mandei uma mensagem para ela como fazia todas as noites.

Quase mordi a língua para me impedir de rir quando um poolie (nova cara para vocês do Exército) teve o meu escalão errado hoje. Eles deveriam saudar maior a cada indivíduo na hierarquia do que eles, com uma saudação e reconhecimento do ranque. Um lote só usa “bom dia, senhor” não importa que hora do dia é, mas este disse “Bom dia, Sargento”. Foi ao anoitecer. Eu lhe dei um tapinha no ombro, mas podia ouvir um Lance Corporal mastigando-o para fora. Eu não ouvi de volta de você sobre o meu voo para ir te ver. Eu ainda estou trabalhando para conseguir alguns dias de folga.

Eu debati dizer a ela que estava indo, independentemente, mas achei que soava muito ameaçador. Eu estive mandando texto para ela de modo que estava constantemente em seus pensamentos, não para que pudesse arrastá-la para fora. Naturalmente, era possível que ela excluísse meus textos antes mesmo de lê-los. Ou que me bloqueou e eu não sabia disso. Sam poderia fazer isso? Eu grelhei um hambúrguer e lavei-o com uma garrafa de Miller e depois levei outra garrafa em minha pequena sala de estar. Liguei a


televisão ESPN, peguei o livro de instrução que comprei há uma semana e a bagunça de fios e agulhas. Eu estava tentando fazer tricô da seção azul da bandeira com as estrelas em branco - parte que Sam travou somente fazê-lo de modo que as estrelas estavam tricotadas no padrão em vez de adicionados mais tarde. Instaria era o que Sam chamou. Porra de impossível é o que era. Eu tinha começado e arrancado a seção o que parecia ser milhares de vezes. Tinha me levado por semana apenas para descobrir os pontos básicos e como obter a tensão correta. Eu tinha que me lembrar que poderia fazer coisas incríveis com armas e tanques e até mesmo me destacado em tarefas de destreza habilidade motora fina, mas segurar duas agulhas em uma das mãos, enquanto enfiando fio dentro e fora era a porra da coisa mais complicada que já tive que fazer. O que fiz atualmente estava uma bagunça irregular com pontos soltos, criando uma coisa disforme que parecia um teste de geometria errado. Não houve ângulos retos, apenas ondas de bordas tricotadas erradas. Mas neste momento, nunca iria terminar se começasse de novo, então só fui para frente. Seria a parte mais feia da bandeira, mas de alguma forma consegui isso na minha cabeça que se mostrar isso a Sam, ela cairia de joelhos de alegria. Na verdade, sonhei com esse momento mais de uma vez. Em meus sonhos, a coisa estúpida foi perfeitamente criada, mas isso não importava tanto quanto Sam abraçando-o contra o peito e, em seguida, despindo a sua roupa de aniversário e me implorando para levá-la duro. Ou, às vezes eu imaginava que a nossa reunião começaria com o meu rosto entre suas pernas. De qualquer maneira, terminou comigo transando com ela por horas quando engasgava meu nome em meio dos


meus impulsos. Infelizmente, uma vez que era apenas um maldito sonho, acordei com lençóis confusos, um pau duro e um coração dolorido. Estranhamente, tricô realmente me fez sentir mais perto de Sam. Imaginei que ela estava tricotando, ao mesmo tempo em que eu estava. Embora dada a nossa diferença de tempo de duas horas ela estaria dormindo. Ainda assim, sentia algum tipo de parentesco. Eu não posso dizer que entendi por que ela gostava de tricô, mas esperava que o esforço fosse fazê-la entender o quanto eu a amava. Uma batida interrompeu tanto o jogo dos Padres e minhas lutas fúteis com o fio e postes de madeira. Eu prendi aqueles sob a almofada do sofá. Eu não podia ir em uma missão de treinamento. — Diga ae... — A minha saudação morreu na minha garganta enquanto eu olhava para a figura de minha ex-namorada. A única que me traiu com o recrutador local da marinha. Aquele que ela quase passou sua DST, se eu não tivesse a pego no ato. Sim, tinha zero a dizer para ela e deixei a porta fechar. Muito rápido para mim, Carrie entrou por uma abertura estreita e em meu apartamento. Eu precisava entrar em uma daquelas unidades do condomínio que tinha uma porta de segurança na frente, como o de Sam. Eu agarrei a porta e abri-a para que ela estivesse clara sobre onde queria que ela fosse. Fora. — A fofoca em torno da base é que você conheceu alguém. — Saia. Ela me ignorou e começou a andar pela sala. Eu podia ver um pouco de fios dispersos espreitando para fora da parte inferior da


almofada e entrei em pânico. Batendo a porta fechada, caminhei até o sofá e sentei em cima da almofada, esperando que uma das agulhas de madeira não me esfaqueasse na bunda. — O que você quer? Carrie apareceu em volta, colocando as mãos sobre as minhas coisas. Eu queria me levantar e empurrá-la para fora. Era como se ela estivesse tocando coisas e tentando colocar seu selo de propriedade sobre elas. Me deixou com raiva e irritado. As únicas mulheres que já quis neste lugar foram Sam e minha mãe. — Apenas saber o que você estava fazendo. Você não saiu com os caras. — Não sei por que você está de olho em mim. — Cruzei os braços e enganchei um tornozelo sobre o joelho oposto. Era estranho que ela sabia o que eu estava fazendo. — Eu ainda me importo com você. — Carrie sentou-se ao meu lado, tão perto que eu podia sentir o cheiro do perfume e sentir o calor de seu corpo. Ela parecia magérrima. Tentei me afastar, mas fui bloqueado pelo braço do sofá. Essa declaração horrível e sua colocação ao meu lado me fez saltar. Fui até a porta. E se Sam chegasse e visse-a aqui? Foi irracional embora, mas ainda. — Tudo bem, — eu disse e depois fiz uma careta quando vi a ponta de uma agulha de tricô saindo debaixo da almofada. Se Carrie se movesse apenas a sua direita, ela poderia raspar a perna e então oh foda-se. Voltei e me sentei ao lado dela e apertei minha perna nua contra a agulha na esperança de empurrá-la de volta. No movimento o


peso da minha bunda estava impedindo a agulha de deslocar e tudo o que recebi foi uma pontada no músculo da panturrilha. Carrie viu meu galope do sofá para a porta de volta para o sofá novamente em olhos arregalados de espanto, mas não podia olhar para longe da porta, rezando para que Sam não aparecesse de repente. Eu chequei meu telefone. Nada. Eu não sabia se estava aliviado ou chateado que o silêncio de seu final continuou. Mas isso não impediu a aceleração do meu coração. Carrie levou meu reassentamento ao seu lado como um convite e pressionou uma mão atrás do meu pescoço e deslizou a outra em meu peito. Foi um abraço e ela estava me marcando com seu estúpido perfume. Eu tenho que tomar banho e, em seguida, lavar essas roupas. Eu queria pegá-la e levá-la até a porta, mas não estava indo tocá-la novamente. — Eu não sei por que você está aqui ou o que você quer, mas precisa sair. — Eu me segurei duro em seu abraço, para que ela percebesse que não queria que me tocasse, assim como não queria que ela tocasse em nada na minha casa. — Bebê, — ela sussurrou em meu ouvido, seu hálito de menta flutuando pelo meu nariz. — Sinto tanta falta sua. Era isso. Levantei-me, sem me importar com a agulha de tricô e só querendo que ela saísse. — Eu não sinto falta de você e não sinto há algum tempo. Sim, estou vendo outra pessoa e me preocupo com ela muito. Você precisa ir embora agora, — eu repeti.


Ela mudou-se e, em seguida, como previsto, raspou a perna ao longo da agulha. — Aí, o que é isso? — Ela levantou-se e levantou a almofada e encontrou minha bagunça de fios azul escuro embaixo do sofá. — Meu Deus. — Ela esmagou a confusão contra o peito. Merda, eu poderia lavar o fio? Andei a passos largos e puxei-o para fora de suas mãos e lancei em uma cadeira próxima. — Saia, — Eu repeti e apontei para a porta. — Será que o transformei em gay? — Gritou ela. — O quê? — Seguir a linha de raciocínio dela era como tentar manter o controle de um feijão pulando. — Será que eu o transformei em gay? — Ela perguntou de novo, tentando parecer triste, mas o prazer secreto flertou com os cantos de sua boca. Deus, o que sempre achei atraente sobre essa mulher? — Quando eu tinha esse caso com o tenente Maritz, você se virou para gays? Oh meu Deus, Gray, me diga que não é assim! Como se ela pudesse me virar gay. Porra, ela estava louca? Balancei a cabeça em sua presunção. — Você é uma mulher burra, Carrie. Não funciona dessa forma. E adivinha o que? Eu não me importo com o que você pensa que é a minha preferência sexual você vai entender que não é você. Carrie balançava-se de mim, balançando os quadris magros em uma ação que poderia ter me excitado a quatro anos, mas agora apenas parecia que ela tinha um engate estranho em sua caminhada. Eu abri a porta para que ela pudesse tomar essa caminhada diretamente para o


lado de fora, mas ela parou na minha frente. O pátio foi ocupado por algumas pessoas, mas ninguém que se parecia com Sam. Foi provavelmente a primeira vez em meses que estive aliviado em não ter avistado Sam. Cada outra noite em que olhava lá fora, esperava que a veria subir a entrada. Sem dados. Mas com Carrie de pé muito perto de mim, estava feliz que Sam estava a milhares de quilômetros de distância. — Estou contente por ter passado, Gray. Eu tinha essa sensação de que você precisava de mim. Você já esteve em minha mente e quando fui para baixo para o Enlisted Club e não te vi, fiquei preocupada. Estou feliz que segui meus instintos e vim para cá. — Carrie esticou um dedo e correu a ponta para baixo da frente da minha camiseta. O fato triste foi que permiti a Carrie me desligar das mulheres. Comecei a desconfiar de todas elas por causa de seu comportamento estúpido. Parei de pensar em termos de relacionamentos. Eu só pensei que elas eram boas para foder e não muito mais. Se uma estudante de medicina me trata como um doido humano era porque isso era sobre quanta emoção eu colocava. Sam estava certa. Eu estava entristecido e era amargo. Eu precisava deixar tudo ir. — Obrigado por sua oferta, mas não estou interessado. — Quantas vezes tenho que dizer antes de ela sair? Carrie se aproximou ainda mais e o aroma de seu perfume fez meu estômago embrulhar. Eu realmente precisava dela fora e ela claramente não estava indo por sua própria vontade. Colocando a mão em seu peito, parei o progresso dela e comecei a deslizá-la para fora da porta, devagar, para não causar um


machucado. Eu segurei ambos seus bíceps e facilmente a ergui acima do limite. O choque a fez imóvel por um minuto e fui capaz de fechar e, em seguida, trancar a porta. O fio, agulhas e material azul mutilado parecia uma coleção desagradável de fibras. Eu não tinha tempo nem paciência hoje à noite. Carrie bateu na porta, mas a ignorei, deixando mais alta a televisão para abafar seus palavrões. Saí da TV e do tricô e fui para o quarto. Duas cervejas e cinco vídeos de tricô de instrução sobre o iPad mais tarde, fui dormir com a esperança renovada. Um dia mais perto da minha data de Fim de Serviço Ativo e um dia mais perto de estar com Sam.

— Eu realmente preciso ver você. Você pode me encaixar? — Eu implorei. Houve o som de virar as páginas quando Dorothy olhou através de sua agenda. — Você pode estar aqui em 30 minutos? — Perguntou Dorothy. — Sim. — Dei um pulo e comecei a colocar meus apetrechos na minha mochila. — Eu só vou ter um pouco de tempo para ver você. — Alertou. — Vou levar o que você tiver. Eu só preciso ver você. — Desliguei antes que ela pudesse me dizer não. Agarrando minha mochila, olhei duas vezes para ver se havia alguém que conhecesse lá fora e, em seguida, corri para minha caminhonete. A condução para a loja durava trinta minutos. Eu fiz isso em vinte e cinco.


— Sargento Phillips, — um grito encantado cumprimentou-me da mãe de Dorothy. Inclinei-me e abracei a pequena mulher alemã, colocando um beijo em sua pele de pergaminho-fino. — Hey, Sra. Bend, bom te ver. Sra. Bend me arrastou até o sofá no canto de trás e puxou minha mochila. Deixei-a ter. A expressão em seu rosto era de consternação quando ela tirou a bagunça que fiz do fio que comprei há duas semanas na loja de fios de sua filha. — O que você fez, meu rapaz? — Sra. B, desculpe a minha língua, mas essa merda é difícil. — Eu puxei um dos fios dispersos que pendiam fora das agulhas. — Eu posso costurar um patch ou um botão ou mesmo um danado buraco na minha meia, se necessário, mas isso está além de mim. Sra. B virou a bagunça de malha um par de vezes. Sua unha roxa apontou para uma pequena mancha branca no meio. — E isto é? — Perguntou ela. — É a estrela, Sra. B. — Eu me inclinei para trás e passei a mão no meu rosto em frustração. — Eu nunca vou aprender isso. — Agora, agora, não há necessidade para isso. — Ela colocou a bagunça de fios no meu colo. —Embora, terá que desmontá-lo e reiniciar novamente. Deixe-me vê-lo por um tempo para ver se consigo identificar onde você está fazendo errado. Enquanto eu desfazia os fios Sra. B perguntou. — Você tem certeza que quer começar com a técnica de marchetaria? É muito difícil. Eu balancei a cabeça tristemente.


— Você conhece a história, Sra. B. — Eu disse Sra. B e a sua filha Dorothy toda a triste saga do meu relacionamento com Sam e como ferrei tudo. Sra. B deu um tapinha no meu braço. Este foi o meu grande gesto. Eu estava indo tricotar o afegão de Sam e levá-lo para ela da próxima vez que tivesse uma licença de três dias, o que pode não ser antes do meu contrato acabar se meu CO tiver alguma coisa a dizer sobre isso. — Bem, acho que isso é muito doce e se não reconquistá-la, então tenho uma sobrinha-neta maravilhosa em Sausilito. Ela é uma enfermeira e vocês dois se darão muito bem. — Obrigado, Sra. B. — Nunca vai acontecer, pensei, mas só dei a Sra. B um sorriso e tentei descobrir quando era suposto trazer o fio colorido oposto. Porque estava prestando tanta atenção a ela e quase perdi a comoção na frente da loja, que despertei quando Hamilton e Ruiz do meu pelotão irromperam. — O que vocês estão fazendo aqui? — Perguntei, desconfiado. Rapidamente, mudei o material de fios para o lado e fingi que estava simplesmente relaxando. Em um sofá em uma loja de fios. Com Sra. B sentada ao meu lado. — O que você está fazendo aqui? — Hamilton olhou a loja em descrença. — Trata-se de uma loja para velhinhas? — Não, seu imbecil, é uma loja de fios. — Dado que todos os outros na loja tinham provavelmente mais de cinquenta anos, eu podia ver como Hamilton fez esse erro. — O que você está fazendo aqui? — Eu repeti. Levantando-me e olhei para os dois. — Nós seguimos você.


— Que diabos! — Eu praticamente gritei. Sra. B fez um som de cacarejar de decepção. — Desculpe, Sra. B. — Nós ouvimos um boato. — Hamilton baixou a voz, mas ele era um instrutor de treinamento e o baixo da voz de uma IT é o mais bonito tom normal para qualquer outra pessoa. — Você está deixando os Fuzileiros porque quer fazer tricô? Como é que você não pode fazer as duas coisas? — Eu estou supondo que é a fala de Carrie que não vou voltar a assinar outro contrato, porque estar perto de um de vocês e não os ter é muito doloroso para mim. Qual de vocês é o sortudo? Ruiz apontou o polegar para Hamilton. — Eu sou um pacote bastante tentador. — Hamilton passou a mão para baixo de sua camisa. — Eu tendo a conduzir as senhoras selvagemente. É bom saber que o meu magnetismo animal afeta os rapazes em igual medida. Ruiz parecia chateado e perto de arrebentar com algo a dizer. — O que é, Ruiz? — Por que não eu, em vez de Hamilton? Você não acha que sou atraente? Divertido de estar? Nós dois olhamos de boca aberta para Ruiz. Hamilton se recuperou primeiro. — Cara, o quê? Ruiz pareceu ofendido. — Só se perguntando Hamilton?


— Oh Jesus H. Ruiz, realmente? — Passei a mão sobre a minha cabeça recentemente raspada. — Sim, quero dizer que ele não é mais bonito do que eu. — Isso não é o que sua mãe disse ontem à noite, Ruiz, — Hamilton disparou de volta, ofendido que Ruiz pensou que ele era mais bonito. Eu balancei minha cabeça. De todos os comentários que Ruiz poderia fazer. Jogando meu braço em torno do cara menor, eu disse. — Ruiz, você é muito baixo para mim. — E então pensei sobre Sam e seu pequeno corpo, que se encaixava em mim muito bem. — Mas. — Eu deixei cair a minha voz baixa o suficiente para apenas Ruiz e Hamilton poderem ouvir. — Hamilton tem um pau pequeno e sou o único que não se preocupa com isso. — Foda-se, Phillips. Meu pau é bom. Sua irmã... — Eu não tenho uma irmã, idiota, — Eu cortei me esquecendo de onde estávamos. — Seus idiotas. Tricotar tem um caralho de tudo a ver com o sexo. Dorothy veio com uma carranca enorme em seu rosto e me senti horrível. — Desculpe, Dorothy, esqueci onde estávamos. Ela balançou a cabeça e fez um gesto em direção à porta. — Por que você não vai para fora e termina a sua discussão de sexo atado de palavrões lá? — Desculpe. — Envergonhado, comecei a sair pela porta. Eu teria que trazer um grande arranjo de flores ou algo da próxima vez para que Dorothy e sua mãe fossem me deixar voltar para a loja. Ruiz e Hamilton


se arrastaram atrás de mim, murmurando, ―Desculpe senhora‖ a todos quando nós caminhamos para fora. — Não, não os deixe sair, — outra senhora gritou. — Deus, não. Quem se importa com o que eles estão dizendo? Nós não tivemos um colírio para os olhos aqui desde o último show do Leão tronco. — Oh, querida, se você está comprando fio para isso, você precisa sair mais. — Você está certo. Quentes Fuzileiros jovens simplesmente não se comparam com fios de Leão, — a outra mulher retrucou com sarcasmo. Uma vez fora percebi que esqueci o meu tricô. Felizmente Sra. B colocou a cabeça para fora da porta e me entregou minha mochila. — Você está melhorando. Volte na próxima semana e vou ajudá-lo novamente. — Obrigado, Sra. B. — Eu peguei a mochila. — Não se esqueça, o interruptor de cor acontece na parte de trás. Armadilha do fio, querido, na parte de trás. Hamilton e Ruiz começaram a rir. Sra. B nos deu um alegre aceno e fui para minha caminhonete, sem olhar para trás. Podia ouvir os babacas agrupados atrás de mim como se eles estivessem indo em uma marcha. — Na parte de trás. — Hamilton e Ruiz rugiram. Mais tarde naquela noite, Hamilton se aproximou.


— Você não acha que isso é a coisa mais de garota? — Fiz um gesto com as minhas agulhas. Hamilton tomou um longo gole de cerveja e depois assistiu eu me atrapalhar com o fio de algumas linhas. — Talvez se você fosse bom nisso. — Eu acho que os meus dedos são muito grandes. — Isso é o que as senhoras me dizem também. Balançando a cabeça, eu olhava o padrão que Sra. B desenhou para mim vendo quão horrível os próximos poucos centímetros deveriam parecer. Hamilton ofereceu a sua própria avaliação. — Parece um pedaço de merda de cão se ele comesse fio, digeriu e depois cagou. — Obrigado, cara. — Eu joguei-o para baixo. — Foda-se. O que estou fazendo? — Não sei. O que você está fazendo? — Por que nós lutamos, Hamilton? — Para proteger o nosso país, preservar as liberdades, defender a honra dos Fuzileiros. — Mas qual é o ponto de tudo isso? — O acesso regular a bocetas nobres? — Deus. Não. — Eu esfreguei minha cabeça. Mas sinceramente ficou na minha cabeça que Sam me perdoaria se ela pudesse ver o quanto de esforço que estava gastando em seu nome. Será que isso fazia


sentido? Na minha confusa mente fodida, fazia. Suspirando, eu disse, — Perto o suficiente. — Eu peguei as agulhas novamente. — Então, tricô é o mesmo que estar nos fuzileiros? — Perto o suficiente, — murmurei novamente e comecei a trabalhar mais uma vez.

Samantha

Eu fui até a casa dos Andersons. Era uma grande monstruosidade de tijolos. Eu acho que cerca de cinco famílias poderiam se encaixar na casa dos Anderson, mas abrigava apenas duas pessoas agora — David e Carolyn. Eu acho que é por isso que foi tão fácil para eles permanecerem casados, apesar do fato de que eles realmente não se preocupam um com o outro. Eles passavam semanas um sem ver o outro. Eu andava até a porta lateral, a que sempre tinha usado e entrei. Donna, a governanta dos Anderson, estava sentada na ilha de mármore brilhante, uma xícara de café ao seu lado, folheando uma revista. — Hey, Sam, — ela me cumprimentou quando entrei. — Carolyn está por aí?


— Na marquise. — Donna começou a se levantar para pegar alguma coisa para eu comer, mas acenei para ela. — Eu não preciso de nada, Donna. Nem tenho certeza de quanto tempo vou ficar. — Mesmo que tenha planejado meu discurso para Carolyn toda a noite, estava me sentindo nervosa e mal do meu estômago. Desejei que Tucker estivesse aqui ou que David fosse melhor em confortar sua esposa. Preocupada que Carolyn ia precisar de alguém, planejava falar com Tucker logo após. Donna me deu um olhar preocupado, mas eu estava no meio da cozinha e sai pela porta antes que ela pudesse me perguntar o que estava errado. A marquise era um longo alpendre com vista para a piscina. Quando éramos mais jovens, Tucker, Will e eu brincávamos aqui, mas quando meus pais se mudaram para o oeste da cidade e instalaram uma piscina, começamos a gravitar em direção a minha casa. A casa dos Anderson era opressiva. Mesmo que Carolyn tenha tentado decorá-la em brilhantes, tons ensolarados, a infelicidade do seu casamento e da desaprovação que Tucker e Will sofreram porque nunca corresponderam às expectativas de seu pai faziam da casa sombria e inabitável. A marquise, no entanto, tinha sido um lugar de jogos ruidosos e risadas quando nós três ficávamos aqui. Agora Carolyn ficava lá quase todos os dias, com um livro e uma xícara de chá. Eu não sabia se ela lia o livro ou bebia o chá ou se eram apenas adereços para fazer parecer como se ela estivesse ocupada e não revivendo cenas do passado.


— Hey, Carolyn, — Eu chamei da porta, não querendo assustá-la. Um grande sorriso envolveu seu rosto quando ela me viu. — Samantha, que agradável surpresa. — Ela se aproximou e segurou minhas mãos, me puxando para um abraço e um beijo na bochecha. — Estava pensando sobre a festa de formatura que tivemos para Will e você aqui. — Levando-me para o sofá, Carolyn me sentou e me serviu uma xícara fumegante de chá quente. Era sempre quente, não importa que horas do dia ou que a temperatura era lá fora. Eu tomei um gole com cuidado e enfiei um pedaço do meu cabelo atrás da minha cabeça. Eu não a corrigi. A festa de formatura foi realizada em um parque próximo, porque nós co-organizamos com a minha família. Talvez Carolyn estivesse pensando na formatura de Tucker, que foi realizada aqui e que foi uma espécie de loucura, porque acabou com um monte de pessoas totalmente vestidas na piscina. Mais tarde naquela noite, Will pegou alguma erva do esconderijo de seu irmão e tínhamos fumado na casa da piscina e nos agarramos. Mas eu não queria compartilhar isso com Carolyn então mantive minha boca bem fechada. — Tivemos alguns bons momentos aqui, — eu disse. Era verdade. Quando não estávamos aqui estávamos em minha casa, enquanto Will e eu estávamos juntos, foi um bom tempo. Eu levantei a caixa que trouxe comigo. — Carolyn, eu quero que você tenha essas coisas. — Estendi a grande caixa branca para ela. Ela não fez nenhum movimento para pegá-la. Era pesada, então não poderia continuar a segurá-la. Larguei a caixa no meu colo.


Recusando-se a olhar para mim, Carolyn continuou como se eu não tivesse dito uma palavra para ela. — É bom que ele deixasse, o seu amigo, — ela esclareceu. — Ele não parecia se encaixar com a gente. — Quem sabia o que Tucker lhe tinha dito. — Carolyn, —comecei de novo, mas ela só falou por cima de mim. — Como vai o afegão? Eu estive lá no apartamento no outro dia e vi que você o tirou. Será que você terminou? Eu acho que faria um grande presente de Natal para Tucker. Algo que você fez em memória de Will. Eu tinha esquecido que ela tinha as chaves do apartamento e foi um pouco estranho que tenha ido lá sem me dizer. Mas isso também foi parte da minha própria fraqueza. Eu confiei na minha família por muito tempo, não peguei as rédeas da minha própria vida. Isso ia ser tão difícil. Esfregando minha testa, pensei sobre a melhor maneira de tornar claro para ela que quaisquer que sejam os sonhos que ela tinha por mim e Will ou eu e Tucker não foram e nunca iam se tornar realidade. — Eu sou apaixonada por ele, — finalmente disse. — Oh, eu sei. Nós todos o amamos. — Ela disse, deliberadamente em mal-entendido. — Eu acho que é por isso que é tão difícil de ter suas coisas em sua casa, não é? — Ela assentiu com a cabeça em direção ao caixa no meu colo. — Eu só sei que você vai se arrepender se você os dar. — Eu não estou os dando. — Eu disse-lhe em voz baixa. — Estou devolvendo-os para você. Sei que você os valoriza, mas simplesmente não é certo eu ter todas essas coisas.


As bandeiras, medalhas, seus uniformes. Eu não poderia manter as coisas e ir para Gray com um coração aberto. Ele era um bom homem e compreensivo, mas essas coisas estavam em melhor situação com a família de Will. Eu sabia disso e acho que Carolyn sabia disso também, mesmo que ela não queira reconhecer. Eu tinha meus próprios tesouros de Will. O bicho de pelúcia que ele ganhou para mim no carnaval da escola. Os bilhetes para o nosso baile de formatura. Fotos. Essas foram às lembranças de nossas vidas juntas. As medalhas e honrarias representava a vida de Will no Exército e senti que eles estavam em melhor situação com a mãe que comigo. — Eu amo você, Carolyn. Eu amei Will. Ele estará sempre comigo, mas estou pronta para amar de novo. Espero que você entenda isso. Lágrimas silenciosas escorriam pelo seu rosto, mas ela agiu como se nada fosse. — Tucker vem fazendo barulho em voltar para a faculdade de direito. Isso não seria bom? Ele não tinha feito tal coisa, mas menti novamente. — Sim, isso seria bom. — Nunca vai acontecer. — Eu estava pensando no tempo que você e Will distribuíram doces no Halloween. Vocês vestidos como Gomez e Morticia Addams. Eu ri um pouco. — E Tucker foi Lurch. E todas as crianças disseram que eu era muito baixa para ser Morticia. — Você estava tão linda no dia do seu casamento.


A infelicidade de Carolyn estava quebrando meu coração e eu a amava,

como

uma

segunda

mãe.

Por

um

momento,

senti-me

enfraquecer. Seria tão errado ficar aqui e me sentar nesta marquise e falar sobre Will para o resto da minha vida? Mas meu coração estava me puxando na direção da Califórnia. Will era o meu passado e Gray era o meu futuro. Levantei-me, em seguida, deixei a caixa sobre a mesa. Ela nem sequer olhou para mim e a culpa de amar alguém que não fosse Will ameaçou me levar para baixo. Se eu ficasse mais um minuto, a minha determinação poderia quebrar. — Me desculpe, Carolyn. Eu adorava ser um Anderson. Adorava ser a garota de Will. Mas está na hora de todos nós seguirmos em frente. Eu esperei por uma resposta, mas não tive nada. Suspirando vireime e comecei a sair. Suas palavras sussurradas mal me atingiram. — Eu quero que você seja feliz também. — Obrigada, — botei para fora. Ela não disse mais uma palavra, não se virou para mim, então a deixei na marquise, a luz do sol quase não atingindo seu sofá, seu chá intocado. Limpei minhas lágrimas com as palmas das minhas mãos e caminhei em direção à cozinha. Donna estava em pé, seja por algum sexto sentido reconhecendo que algo estava errado ou porque ela tinha estado escutando. Eu não me importava. — Ela vai precisar de alguma coisa.


— Eu sei que coisa, — disse Donna e depois me deu um tapinha no ombro. Puxando-me para um abraço, Donna sussurrou. — Você está fazendo a coisa certa. Esta família vai ficar bem. Talvez fosse e talvez não fosse, mas como minha mãe me disse, a saúde emocional da família Anderson não era minha responsabilidade. A próxima conversa foi com Tucker e isso ia ser cem vezes mais difícil. Eu mandei uma mensagem para Tucker na noite anterior, pedindo-lhe para me encontrar para almoçar. Ele me disse para vir na loja. Eu peguei seu sanduíche favorito - maçã e presunto em um sanduíche gigante - e dois copos de suco de laranja fresco. Seu cabelo estava bagunçado e ele cheirava a suor fresco. Às vezes, o cheiro de Tucker tinha me confundido, porque era muito parecido com o de Will, mas agora percebi que era o cheiro de um amigo. Um bom amigo e um que sentiria falta. Ele me deu um olhar cauteloso, mas não disse nada enquanto eu espalhava as mercadorias em uma das bandejas pratas de ferramentas. — Você vai ter que lavar essa quando terminarmos, — Eu provoquei suavemente. — Ninguém quer migalhas de sanduíche em sua tatuagem. Tucker deu de ombros e comeu metade do sanduíche gigante em uma mordida. — Talvez seja uma coisa nova. Como tatuagens de comida em vez de um memorial de uma.


Eu fiz uma careta. Tatuagens memoriais foram feitas por tatuar cinzas de entes queridos das pessoas em suas peles. — O que é tão importante que não podia esperar? — Eu estou saindo para San Diego, hoje, — admiti. Tucker respirou fundo e segurou as pontas da bandeja entre nós. — Sam, eu nunca te disse isso, porque o tempo não estava certo... — Tucker começou. Eu levantei minha mão e lhe dei um sorriso triste. — Não diga isso, Tucker. — Você não sabe mesmo o que eu ia dizer. — Talvez não saiba, mas quero que você saiba que eu te amo como o irmão que nunca tive e espero que você sempre vá se sentir da mesma forma em relação a mim, — eu respondi. Tucker olhou para mim e, em seguida, olhou para baixo. Eu pisquei algumas lágrimas que surgiram nos meus olhos. — Não diga nada que possa estragar isso, — sussurrei. Eu amava Tucker e sempre iria, mas ele era irmão de Will e meu também. Eu nunca o vi de outra maneira e quebrou meu coração que tinha que machucá-lo. — Então Gray, hein? — Tucker estava brincando com a comida e recusando-se a olhar para mim. — Sim, vai ser Gray contanto que ele vá me ter. — Ser um soldado não é muito seguro. Não tomei o tempo para corrigir o seu uso de ―soldado‖. Respondi.


— Gray adora. Está em seu sangue. Se ficasse aqui, parte dele iria murchar. Ele chuparia ar e preencheria esses espaços, mas ele não seria o mesmo Gray que eu amo. — Não é o verdadeiro amor, se ele se ressente por decisões que tomou para si mesmo, — Tucker argumentou. — Talvez não, mas tenho verdadeiro amor por Gray que significa deixá-lo ir perseguir seus sonhos. — Eu não quero perder você. — Tucker ainda estava evitando meus olhos. Desta vez, as lágrimas não foram contidas por algumas piscadas. Eu as deixei rolar para fora porque elas são parte do processo de se despedir, tanto quanto as palavras. — Eu sempre vou ser parte da família Anderson durante o tempo que vocês me queiram. Tucker respirava pelo nariz e me agarrou. — Nós sempre vamos querer você. Eu o abracei apertado, este homem que seria sempre um irmão em meu coração, mesmo que a linha que nos foi conectada quebrou. Suas mãos me agarraram e por um momento, eu me alegrava com o abraço, me lembrando de como era estar com Will. Mas me afastei de seus braços e ele relutantemente me deixou ir. Cavei no bolso e tirei o anel solitário de ouro e diamantes que tinha sentado no meu dedo esquerdo há mais de dois anos. Tucker engasgou quando o segurei para ele e se afastou. Suas mãos foram para cima como se para me afastar. — De jeito nenhum, porra! De maneira nenhuma. Isso é seu. — Ele olhou para mim.


— Não, Tuck, isto é da sua mãe. Ela deu isso para Will e sim, ela tem um belo anel em troca de seu pai, mas este pertence à família Anderson. Não comigo. Não mais. — Eu avancei para ele e Tucker virou. Eu podia ver que ele estava lutando com isso, mas puxei sua mão e coloque o anel no interior da mesma. Não foi perdido por mim que ele estava lutando. Eu havia me tornado um avatar de Will para sua família e seus amigos. Através de mim, Will ainda estava vivo, de alguma forma. Mas agora isto acabou. Tinha me levado muito tempo para chegar a um acordo com isso, mas era hora de seguir em frente.

Minha família inteira me levou para o aeroporto. Bitsy segurou minha mão no banco de trás todo o caminho. Abraços foram dados ao redor e todos os olhos estavam marejados. Era como se eu não fosse voltar. — Eu posso voltar antes do fim da semana, — brinquei com voz fraca. — Nah, tantas vezes quanto Gray mandou uma mensagem, ele não vai deixá-la fora de sua vista por um bom mês, — disse a mãe. — Você vai ter que voltar e visitar em breve. Parece que eu acabei de sair do avião. — Este era do meu pai. — Te amo. — Eu dei outra rodada de abraços. Voltaria em breve, para uma visita. E então eu estava fora. O voo para San Diego precisava de uma parada em Denver, onde considerava pela centésima vez mandar


mensagens para Gray. Mas não queria enviar mensagens para ele. Eu queria explicar-lhe cara a cara por que estava dando uma chance a nós, e queria ler cada emoção em seu rosto para que eu pudesse tranquilizar-me que era a decisão certa. Em vez disso, passei o tempo terminando os gorros que estava fazendo para a doação para o grupo Warmth for Warriors. No aeroporto de San Diego, fui para o banheiro e sai para fora do short, camiseta e tênis. Eu queria tirar as meias de Gray. Eu retirei o vestido de bolinhas vermelho com o decote que Bitsy me ajudou a encontrar. Sua saia esvoaçante fazia minha cintura parecer pequena e os saltos de cortiça de 7 centímetros me fazia alta o suficiente para que não me sentisse como se eu fosse ser pisoteada. — Pendleton, — Eu disse ao taxista. Eu tinha embalado apenas uma bagagem de mão com este vestido e outra muda de roupa. Bitsy e meu pai disseram que iam enviar tudo para mim, se precisasse. Eu tinha algum dinheiro para comprar algumas roupas novas se fosse ficar mais tempo. Esperava que estivesse pedindo para Bitsy enviar o material imediatamente. Mesmo que tivesse os textos noturnos de Gray, vendo-me poderia ser demais para ele. Eu só não sabia, então fiz uma reserva em um hotel próximo. Eu também tinha uma lista de lojas de tricô que iam fazer a aplicação e se eu não entrasse em uma delas, então tentaria outra coisa. Minha aplicação para FIDM21 foi enviada e esperava que eu poderia começar no semestre de inverno, uma vez que era tarde demais para a admissão de outono. Eu ficaria em San Diego por um tempo. Se não desse certo com 21 Fashion Institute of Design & Merchandising


Gray, então a cidade seria grande o suficiente para eu não o ver e estaria tendo uma aventura, tudo por minha conta. A condução para Camp Pendleton não demorou muito e quando paramos na porta, parei por um momento, me perguntando por que diabos pensei que era uma boa ideia vir para a base. Mas o táxi tinha me deixado antes que pudesse chamá-lo de volta e lá estava eu olhando para a estação do portão. Dois jovens Fuzileiros que equipavam o portão me observavam. Recrutas. Por todo o meu planejamento, não tinha me ocorrido até certo momento que deveria ter esperado até Gray sair do trabalho. Mas eu nem sabia onde ele morava. Só que ele foi posto aqui. Eu fui muito covarde para perguntar a Bo ou a Noah, mas que foi rapidamente se tornando uma ideia mais atraente. Peguei meu telefone quando um fuzileiro naval dirigindo em um jipe parou ao meu lado. — Você se perdeu, senhorita? — Ele questionou. Corri a mão levemente para o lado do meu cabelo levemente ondulado, não querendo estragar tudo, mas me sentindo agitada. — Nós dois sabemos que eu não estou. — Você tem uma turnê planejada? Uma turnê? Eu fui até o site do Camp Pendleton em meu telefone e chequei a informação ao visitante. Um passeio poderia ser préarranjado. — Hum, talvez? — Esse cara vai me ajudar? — Com quem seria? — Sargento Grayson Phillips?


Os olhos do Fuzileiro se arregalaram de reconhecimento. Então ele me olhou profundamente, tão completamente que senti como se estivesse indo pela linha de segurança do aeroporto novamente. — Espere aqui, senhora.


CAPÍTULO VINTE DOIS

Gray

— Há um doce mel fora no portão procurando Sargento Phillips. Ela parece boa demais para uma alistada, — a voz de Hamilton chamou pelo rádio. Meu coração pulou na garganta, mas depois morreu porque não havia nenhuma maneira que fosse Sam. Mas poderia ser Carrie. — A menos que ela for parte de uma turnê ou tem uma dispensa especial acho que ela vai ter que esperar até que eu termine aqui. — Era 30 minutos antes da hora de parar. — Por esse tempo, alguns policiais vão tê-la apanhado. Eu só vou sair e fazer-lhe companhia. — Hamilton cortou a linha. Se fosse Sam... Eu disse ao meu primeiro-sargento que eu tinha que usar o john22 e eu pulei na minha caminhonete e sai em disparada em direção ao portão.

22Banheiro


Quando cheguei perto, meu coração quase pulou para fora da minha boca. Havia uma Sam, parecendo a única água fresca no deserto. Era tudo que eu podia fazer para não correr para ela e ser objeto de intenso trote para o resto do meu tempo. Mas então percebi que eu não me importava! E pulei para fora da caminhonete e corri o mais rápido que pude para encontrá-la. Esses caras que fariam piadas sobre eu ser Forrest Gump ou o Blade Runner ou qualquer outra coisa não dobrariam essa beleza na cama à noite. — Eu sempre admirei isso em você, — disse ela quando cheguei ao portão. — Minha técnica de corrida? As mãos de faca? — Eu levantei minhas mãos perfeitamente em linha reta e ela fechou um conjunto suave dos dedos ao seu redor. — Não, a sua resistência incrível. Nem mesmo sem fôlego. — Seu sorriso, porém, tirou o fôlego e foi o suficiente para que o impertinente guarda do portão começar a engasgar. Eu dei-lhe um olhar sujo e ele me saudou. Otário. Eu faria uma checagem surpresa de suas coisas mais tarde. Talvez pegá-lo para não rotular as meias ou algo assim. Levei-a para longe da portaria e até a caminhonete. Era uma enorme violação dela estar aqui, mas não podia mandá-la embora. — Quando você está de folga? — Perguntou ela. — Dois minutos atrás. — Sério. — Dois minutos atrás.


Ela me deu um olhar e eu cedi. — Ok, deixe-me ir falar com meu CO. Ele vai querer uma introdução, mas não gaste muito tempo apertando a mão dele. Ele nunca tocou nada tão bom quanto você e ele poderia quebrá-la com o seu manuseio. — Eu estou ansiosa para alguma manipulação grosseira hoje à noite. Jesus Maria José. Tesão instantâneo. — Não diga mais nada. Eu acho que o sorriso que eclodiu pode ter esticado claro ao redor do meu rosto. Minha mandíbula doeria por dias após. Eu a levei para o escritório do Capitão Dailey, que foi outra grande quebra, mas não podia deixá-la de pé na estação do portão. Ele poderia me dar uma dúzia de NJPS, mas não importa, porque eu estava saindo. — Sargento Phillips, — Capitão Dailey virou-se para mim quando eu estava dobrando a esquina do corredor com a mão suave de Sam na minha. Nós dois paramos abruptamente, a saia do vestido de Sam girando em torno e enredando com minhas pernas. O farfalhar suave do tecido contra minhas calças intensificou os meus sentimentos de alívio e satisfação. No futuro, cada centímetro de nós estaria enredado. Sam fez uma saudação com a mão errada, mas o inferno, quem se importava. Ela tentou. Eu estava totalmente certo de que ela seria uma ótima esposa da Marinha. Capitão Dailey saudou de volta, porque isso é o que nós fazemos – Saúde as pessoas. Memória muscular não pode ser negada. Parecemos


insensatos, nós três em algum triângulo estranho e Sam em um vestido de bolinhas vermelhas-e-brancas o que faz tudo ao seu redor parecer chato e maçante. Os olhos de Dailey giraram em minha direção, zerou em nossas mãos unidas e, em seguida, me surpreendeu. — Ouvi dizer que você tem 48 horas de licença começando agora, sargento. — O quê? — Eu disse em choque, não tendo certeza que ouvi corretamente. — Quarenta e oito horas. Vá, — Ele gritou. Eu não esperei para ele dizer outra palavra. Eu rachei fora outra saudação e me virei e caminhei rapidamente com Sam em direção à saída. O leve toque de seus saltos contra o chão ladrilhado sinalizou que eu estava indo rápido demais para ela, mas desde que Dailey tinha basicamente me dito para ir para casa e ficar com Sam nos próximos dois dias, eu queria que começasse agora. Não, ontem. Eu meti Sam no lado do passageiro da caminhonete e levei os 16 quilômetros ao meu complexo de apartamentos com as mãos trêmulas. Sam ficou em silêncio também. Meu apartamento de um quarto, enquanto arrumado, não havia muito que olhar. Eu tinha um sofá, uma TV de tela grande, uma pequena mesa, duas cadeiras e, em seguida, a cama no meu quarto. As paredes eram de cor bege. O sofá era marrom. E Sam em pé no meio da sala parecia um suculento pedaço de fruta em uma cesta de merda. — O que há de errado? — Ela perguntou quando estava perto da porta olhando para ela.


Seu rosto estava sereno e não parecia ansiosa em tudo, embora eu não pudesse imaginar o que a levou a vir aqui. — Estou chateado, — admiti. Ela parecia estar se divertindo em vez de perturbada. — Sobre o quê? — Tantas coisas. — Andei em direção a ela. Seus olhos se arregalaram ligeiramente, o humor morrendo. Desejo quente lambeu minha coluna no olhar ardente que ela retornou. — Eu estou com raiva que não cheguei a ir até você. Estou chateado que você tenha que mostrar o seu grande gesto diante de mim. — Eu a circulei, arrastando alguns dedos por cima do ombro nu e em toda a sua parte superior das costas expostas. — Estou chateado porque não consigo descobrir como lamber sua boceta e colocar o meu pau em você ao mesmo tempo. — Você tem um monte de preocupações legítimas, — disse ela, embora sua voz fosse um pouco grossa. — Sim e eu também estou muito dividido porque não posso decidir se quero que você se dobre sobre o sofá e empurre o seu lindo vestido para cima ou arrancar suas roupas e jogá-la em cima da cama. — Um dilema de imensas proporções. Você não tem ideia, pensei, minha calça do uniforme tão apertada que percebi que o zíper empurrando voaria a qualquer momento. — E se eu tirar o meu vestido agora e você pode me agarrar na cama e então vou colocar o vestido de volta e você pode me levar contra o sofá?


Parando na frente dela, puxei seu rosto em minhas mãos e me embebi em sua presença. — Maldição, eu te amo, Samantha Anderson. — Eu também te amo, Grayson Phillips. Eu estava caminhando em direção ao quarto com ela agarrada no meu peito antes de meu último nome passar por seus lábios. O vestido dela saiu e minhas roupas também e então nós estávamos um no outro. Tentei beijar cada parte de seu corpo ao mesmo tempo, mas tinha apenas uma boca. Seu corpo se contorcia na cama debaixo de mim quando fui para os seios, sugando um grande mamilo ereto e depois o outro. Seus suspiros de prazer enquanto eu chupava e mordia e moldava sua carne macia com as minhas mãos reverberou na minha virilha. — Nós temos um monte de sexo perdido para compensar, — informei a ela, descansando meu peso em meus joelhos e antebraços enquanto acariciava-a gentilmente com meu pau ainda duro. Deslizando as pernas para cima nas minhas coxas, ela enganchou os tornozelos na base da minha espinha. — Não vamos perder mais um minuto. Era difícil não entrar em colapso sobre ela como uma besta, mas consegui segurar junto, desde que ela não me tocasse. — Não, baby, —disse, puxando sua mão da minha virilha. — Você vai me fazer explodir muito em breve.


— Tem sido um longo tempo para mim também, — ela sussurrou. As palavras aqueceram meu sangue quase tão poderosas quanto seu toque. — Ok, sem falar também. — Eu levantei-a de modo que sua boca estava na altura da minha e nos beijamos. Era como casa. Cada toque foi feito com admiração, porque eu mal podia acreditar que Sam estava comigo. Estendi a mão para pegar um preservativo, mas ela me parou. Através de seus cílios, olhou para cima e parou meu coração e fez toda a corrida de sangue para o meu pau ao mesmo tempo. — Está tudo bem. DIU. Eu acho que eu tremia como uma virgem quando entrei nela. Era tão bom quanto me lembrava. Ou Cristo, talvez melhor. Tudo o que eu sabia era que meu vocabulário escasso não tinha palavras para descrever a experiência. A embreagem suave de sua carne interior contra o meu solitário pau sensível me fez ofegar com prazer. Eu a senti em todos os lugares, no entanto, não apenas no meu pau. Suas mãos estavam vagando sobre meus ombros e a afiada impressão de seus saltos contra minhas costas só serviu para me fazer empurrar mais e mais rápido. Contra a minha orelha podia ouvir seus pequenos ofegos de desejo. Eu queria ficar assim para sempre, envolvido inteiramente em torno dela, bombeando para dentro dela, amando-a. Eu não durei muito tempo e eu estava tão perdido na minha libertação que não tinha certeza de que ela gozou até que eu estava ofegante em cima dela. Rolando para o meu lado, a senti estremecer, o


que sinalizou que gozado. Obrigado, eu murmurei para qualquer maior divindade vigiando orgasmos femininos. — Você se importa se eu explicar algumas coisas? — Perguntei, lançando os cobertores sobre as nossas pernas, para que ela não ficasse com frio. Sam se aconchegou perto e eu levei o seu silêncio como um sim. — Primeiro, eu quero dizer que sinto muito que você conheceu Ethan Drake. Você não sabe o quão arrependido. Quando saí da tarde, após o fodido skydiving, eu pretendia ter algumas bebidas com Bo e Noah e voltar. Mas uma cerveja transformou-se em uísques, que se transformaram em mim muito bêbado para dirigir de volta para vê-la. — Eu sei, — disse ela. — Você me mandou uma mensagem e foi tudo de bom. — Ethan Drake estava na casa quando cheguei lá. Drake tinha sido expulso do Exército antes de seu contrato de quatro anos terminar pelo uso de cocaína. Ele tinha usado por um tempo, mas desta vez ele ficou preso no banheiro. Isso não poderia ser varrido para debaixo do tapete. Ele era... — Eu pensei por um minuto e estava grato que Sam não me intrometeu. Precisava organizar meus pensamentos, porque o que aconteceu foi culpa minha, não de Ethan Drake. — Ele sempre teve um jeito com as mulheres e era famoso por dormir ao redor. Ninguém gostava muito dele e era por isso que seu uso de cocaína foi finalmente vazado para os superiores. Ele ia muitas vezes no banheiro antes, então desta vez ele foi pego porque alguém estava doente de sua merda. — Talvez um dos membros de seu pelotão o relatou?


— Sim, quem sabe. Fez um favor a todos. Quando o vi, toda a merda que aconteceu com Carrie voltou e eu só fiquei com medo. — Engoli, mas o nó na garganta não iria para baixo. — Então, você pediu-lhe para vir e o quê? — Desta vez eu ouvi a dor em sua voz e me senti eviscerado. — Deus, baby, de jeito nenhum. Eu estava bêbado e jorrando fora merda para Bo. Eu não tinha ideia de que Drake estava lá. Entrei na casa, mandei uma mensagem para você e desmaiei. A próxima coisa que eu sabia, era que estava acordando em uma pilha de baba e Adam estava de pé em cima de mim me dizendo que Drake estava em sua casa. Corri até lá e um cara me deixou entrar. Bati em sua porta, mas... — Eu deixei o resto não dito. — O que aconteceu com Ethan? — Fui para casa e meti a porrada nele. Noah e Bo o chutaram para fora. — Eu não lhe disse que Tucker tinha vindo e me acertado algumas vezes também. — Eu não tinha ideia de que ele bateu em você. Nada. — Ele lhe disse que ele me bateu? O que ele te disse? — Não. — Eu me forcei a não ficar tenso. — Mas posso imaginar que não era bom. Eu fodi tudo, Sam. Não mandei Drake para você, mas não o impedi de ir e não é como se eu não tenha segundos pensamentos. Mas não tenho essas dúvidas agora. — Ele disse que iria dizer-lhe que ele conseguiu. — Ah merda, baby. Eu não teria acreditado. — Quando disse as palavras percebi a verdade. Eu confiava em Sam e nada que Ethan Drake ou qualquer outra pessoa poderia dizer mudaria minha mente.


— Eu sinto muito, também, — disse ela. — Por quê? — Isso me surpreendeu. Ela não tinha nada para se desculpar. — Porque não lhe dei uma chance de explicar. Eu não iria abrir a porta e não iria vê-lo antes de eu sair. — Bebê, você não tem nada para se desculpar. Mas... — Eu hesitei, mas percebi que este era o momento para locomover nossa merda, —... o que te fez mudar de ideia? Ela arrastou o dedo sobre o meu peito, fazendo-me puxar o fôlego e fazendo minha parte inferior do corpo mexer. Eu me afastei um pouco para que não começasse a espetá-la com uma ereção inadequada. — Eu estava cansada de ficar sentada no meu polegar, você sabe? Achei que, se você me dissesse para fazer uma caminhada, eu tinha acabado de conseguir um quarto de hotel e ir atrás do meu negócio. — Que negócio é esse? — Eu segurei minha respiração, não sei se eu queria ouvir algo diferente de ―eu te amo e eu quero ficar na sua cama para sempre‖. Pena que não era um trabalho real. — Eu fiz um teste aplicado no Fashion Institute of Design e Merchandising aqui em San Diego - é uma escola top vinte de arte, você sabe. Eu não sabia disso. — Hum, eu estava indo para a Central e ir para a faculdade com você, — confessei. — Gray Phillips. Você pertence a Marinha. — Ela se sentou, os lençóis caindo até a cintura. Meu tesão era inadequado agora? Eu não


poderia dizer, porque ela estava nua e seus peitos estavam levantando na minha frente e não os vi em dois longos meses, solitários. Inclinei-me para mais perto e beijei a sua clavícula, testando as águas. Quando ela não se afastou, mergulhei para baixo. — Você está me ouvindo? — Bem, eu posso ouvir o que você está dizendo, mas a minha capacidade de processar informações foi desligada. — Minha boca estava agora no topo de seu seio. — Eu já te disse quão linda você é? — Eu não penso assim. Vá em frente. — Encostando-se à cama, a discussão sobre quem estava se movendo, onde, com quem foi posta de lado para que pudesse corretamente adorar o seu corpo. — Seus seios são como... são... pêssegos descascados? Quer dizer, porque eles são uma espécie de pêssego na cor e sabor delicioso. Eu gosto de um bom pêssego. — Eu lambia a ponta de um mamilo e depois o outro, soprando sobre eles para ver o seu tremor em resposta. — Este não é um dos seus melhores esforços de falas sujas, Gray, — disse ela, mas sua falta de ar a entregou. — Ok, que tal, eu não posso esperar até que você esteja montando meu rosto enquanto te como até você ter um orgasmo gritando? — Eu acho que você usou essa comigo antes, — ela brincou. Nós dois rimos. — Só porque é verdade o tempo todo. — Eu não percebi que o sexo poderia ser tão divertido. Eu finalmente deixei-a descansar após a nossa terceira rodada, mas não conseguia dormir. A última vez que estive ao lado dela, a mente zumbindo, estava com medo na minha cabeça por causa de meus


sentimentos por ela. Desta vez, eu ainda estava cheio de emoção, mas eram de alívio, gratidão, puro prazer. Abraçando-a perto de mim, me perguntei como poderia ter sido tão estúpido para permitir que algo se interpusesse entre nós, particularmente eu. E jurei então, que ia fazer tudo em meu poder para fazê-la feliz para o resto de sua vida. Mais tarde Samantha acordou, provavelmente porque ela estava com fome. Seu estômago roncou e eu tomei isso como um sinal. — Chinesa, ok? — Eu perguntei enquanto me dirigia para o telefone para pedir algo. — Claro. Posso usar o chuveiro? — Qualquer coisa que você queira daqui, é seu, bebê. Ela fez um som em retorno - um riso, um bufo - eu não estou certo. E não me importava. Estava tão feliz que ela estava comigo. Eu tinha acabado de fazer a encomenda de cerca de cinco pratos completos fora do menu, porque estava faminto e ela estava obviamente faminta pelo som de seu estômago quando ouvi um grito no chuveiro. Correndo em direção a ela, eu puxei a Colt, a minha peça pessoal, da mesa de cabeceira e abri a porta do banheiro. — Que diabos? — Eu gritei. A mão molhada pingando empurrada para fora da cortina de chuveiro segurando o meu gel de banho. — Tem cheiro de você aqui. Virei-me, coloquei minha arma e voltei. Quando voltei, Sam teve a cabeça para fora da cortina, piscando gotas molhadas de água dos


olhos. Ela parecia um gatinho deixado fora na chuva e eu queria lamber todas aquelas gotas. — Você gritou porque cheira como eu? É tão ruim assim? — Eu me inclinei contra a bancada, os braços cruzados e os tornozelos cruzados, dividido entre a diversão e exasperação. — Eu sempre me perguntei se você usava uma colônia, mas as dicas de um perfume foram sempre tão sutis. Às vezes eu senti o cheiro e outras vezes não. Nunca foi avassalador. Sempre exatamente a quantidade certa aplicada. Às vezes cheirava tão forte no bar, mas você sempre teve a quantidade certa, tentadora. Eu só queria te lamber todo. Minha postura indiferente mudou instantaneamente. Andei para mais perto até que estava a apenas alguns centímetros de distância. — Eu estou comprando uma cortina de chuveiro clara para que possa ver o seu corpo sexy enquanto toma banho. — Por que você não apenas entra aqui? — Não está dolorida? Eu pensei que te trabalhei duro. — Você trabalhou, mas eu ainda quero você. — Seus olhos estavam escuros com promessa sexual. Ela era o amor e tentação em um pacote pequeno, irresistível. Eu removi minhas roupas e fui com ela. Sam esfregou as mãos sobre o meu peito e sorriu para mim. — Você sabe que é a minha aventura. Erguendo-a

em

meus

braços

para

corretamente, eu disse. — E você sabe que vou mantê-la segura.

que

pudesse

beijá-la


Na manhã seguinte eu a levei para a loja de tricô. —

Estou

surpresa

que

deixamos

o

apartamento,

Sam

murmurou em meu ouvido. Ela se inclinou sobre o console da minha caminhonete, tanto quanto o cinto de segurança permitiria. Foi a primeira vez que gostaria de ter bancos corridos, mas, em seguida, talvez fosse uma coisa boa que havia uma barreira entre nós. Eu tive dificuldade em manter as mãos longe dela. — Por mais que eu gostasse de ter uma repetição desta manhã... — Fiz uma pausa, me lembrando da visão de Sam inclinada sobre a mesa da cozinha, seu vestido de bolinhas vermelho empurrado para cima diretamente sobre sua bunda para que eu pudesse penetrá-la por trás. Descendo a mão ajustei meu pau, agora duro. A este ritmo, teria que sentar no carro por pelo menos dez minutos antes que pudesse enfrentar a Sra. Bends e sua filha. — De qualquer forma, eu queria te mostrar uma coisa. Eu arrumei o resto do material de confecção de malhas em um saco e levei para fora da caminhonete, enquanto Sam estava tomando banho. — O que aconteceu com a bandeira que você estava trabalhando? — Oh, eu acabei de terminá-la. Eu só tricotei um fundo azul e, em seguida, tricotei um monte de estrelas e as colei no fundo azul. Um dia desses eu vou descobrir o padrão de estrela e tricotar. Apenas por diversão. — Seus dedos estavam correndo para o lado do meu abdômen, traçando o padrão dos meus músculos. O toque suave estava me distraindo. — E eu dei o afegão ao meu VA local. É tudo o que tenho


trabalhado nesses últimos dois meses. Estou atrás em todos os meus outros projetos. — Ah. — Que diabos? Que ela terminasse seu projeto antes que eu chegasse a ela nunca me ocorreu. Ela não trabalhou nele em mais de dois anos e terminou em apenas dois meses? Eu não planejei isso. Espremendo o volante, me perguntava onde mais poderia levá-la, mas já estávamos lá. — Oh, olhe há uma loja de fios. Suspirando, puxei para Knit Together. — Nós não temos que parar. Eu posso comprar fios a qualquer hora. — Ela sorriu para mim e estendeu os braços, fazendo um esboço interessante em torno de seus seios. — Eu vou ter um monte de tempo em minhas mãos. — O que você quer fazer depois disso? — Provavelmente procurar um lugar para morar. — Pode haver alguém no meu complexo de apartamentos que tem um lugar. Você vai me deixar verificar isso para você? — Claro. — Ela sorriu e eu estava tão emocionado, realmente não podia falar. Desafivelando o cinto de segurança, a puxei para o meu colo e enterrei minha cabeça em seu pescoço. Ela me abraçou, me acalmou e me trouxe de volta à vida. Eu não chorei... exatamente, mas segurei-a com força e esperava que ela percebesse o quão preciosa era para mim. Podíamos ter ficado sentados assim para sempre, se ela não tivesse se afastado e dito.


— Então, mesmo que eu dissesse que você não precisava parar, você se importa de entrar? Estamos no estacionamento. Eu ri e abri a porta. Segurando-a para mim, enquanto saía, a coloquei no chão ao lado da porta da caminhonete. — Espere. — No banco de trás, puxei para fora a mochila e, em seguida, atirei-a por cima do meu ombro. Colocando a mão na parte baixa das costas, eu a levei para a loja. — Sargento Phillips, — Sra. Bend gritou quando estávamos dentro. Sam tinha começado a olhar algumas bolas do fio em um display de mesa da frente, mas logo abandonou a olhar primeiro para a Sra. Bend e depois para mim. Abaixei-me para que a Sra. Bend pudesse me dar um beijo obrigatório em saudação. Estendendo minha mão para Sam, eu a puxei para perto de mim e as apresentei. — Sra. Bend, esta é a minha namorada, Sam, a que eu lhe falei. Sam, esta é a Sra. Bend. Ela e sua filha Dorothy estiveram me ajudando com uma coisa. — Eu deixei a mochila cair no chão e, em seguida, me ajoelhei para tirar o triste tapete de fios que criei. Sra. Bend tinha as mãos na sua boca e eu podia ver fora da periferia de meus olhos que todo mundo na loja se virou para nós. A cabeça de Sam estava inclinada para o lado como se fosse algum inseto estranho que eu encontrei no chão e ela não tinha certeza se ela devia esmagá-lo ou varrê-lo para fora com o lixo. Sentindo-me constrangido com meu esforço, esmaguei o tricô na minha mão e pensei freneticamente em uma maneira de sair dessa. O que eu estava pensando? Comecei a colocá-lo de volta para a mochila de suporte, mas as mãos de Sam me pararam.


— O que é isso? — O carinho em sua voz me fez virar a cabeça. Enquanto estava chateado comigo mesmo por passar tantos anos, evitando relacionamentos por causa do que Carrie fez comigo, eu estava grato também, porque senão não teria conhecido Sam, não teria me apaixonado por ela e não teria o presente de seu amor em troca. Ela fez todos os esforços para me manter em sua vida e tive que mostrar a ela como estava disposto a fazê-la parte da minha vida, para sempre. Retirando o projeto, segurei na mão para ela. Esse é o meu coração em suas mãos, pensei. Ninguém na loja disse uma palavra. Era como se estivéssemos todos segurando a respiração coletiva. E então... então Sam começou a soluçar. — Oh Deus, Sam, me desculpe. Eu sinto muito. — Não sabia o que eu tinha feito, mas estava malditamente me desculpando por isso. Na verdade, fiz tantas coisas de merda que provavelmente não poderia dizer essas palavras o suficiente. Ela permitiu-me embalá-la em meus braços. Som estourou ao nosso redor. Sra. Bend estava tentando explicar quem eu era a um rapaz e Dorothy estava vibrando em torno de lenços. Eu não sabia se deveria levar Sam para a parte de trás, onde havia um sofá ou para a caminhonete. O que sabia era que eu não a estava deixando de lado. Afastando-me um pouco, Sam tomou a decisão por mim. Enxugando as lágrimas com as costas de sua mão, ela segurava o pequeno pedaço de fio azul entre nós. — Você fez isso para mim? Eu balancei a cabeça.


— É a porção de estrelas do seu afegão. Sra. Bend estava tentando me ensinar seu interstício - não, intersia - técnica. Veja. — Eu apontei para uma mancha de branco, — Isso era para ser uma estrela. Ela começou a rir e chorar ao mesmo tempo. — Isto é a coisa mais doce que alguém já fez por mim. — Através de suas lágrimas, ela sorriu para mim. — Você realmente me ama, não é mesmo, Gray Phillips? — Eu realmente amo, Samantha Anderson. Mais do que o mundo tem estrelas, eu te amo. Eu não era um cavalheiro oficial, mas poderia tentar. Apertando Sam em meus braços, a levei para fora da loja Knit Together. — Muito melhor do que o show de fios Leão tronco, Margo.


EPÍLOGO

Samantha

— Se você não estiver pronta no próximo minuto, vou embora sem você, — gritei para o corredor. Minha companheira de quarto Karen ainda estava se ajeitando no banheiro. Nós duas estávamos em nosso caminho para encontrar o barco para baixo no Deck. A namorada de Karen estava na Marinha. A Marinha levou os Fuzileiros a toda parte, ou quase todos os lugares, por isso, se um cara da Marinha vem até a base dos Fuzileiros todos os agradecem pela ―carona‖. Parando na frente do espelho na porta de entrada, verifiquei novamente a minha aparência. Karen usou uma prancha para fazer grandes ondas no meu cabelo e eu tinha delineador, rímel e um pouco de blush aplicado. Eu provavelmente não precisava do blush. Minhas bochechas estavam

vermelhas de

excitação. Sem

batom, Karen

aconselhou, porque Gray comeria tudo isso, nos primeiros cinco segundos ao descer do barco. Isso me deixou mais animada do que provavelmente deveria estar. A separação de seis meses foi difícil porque veio tão cedo, apenas alguns meses depois de eu ter chegado em San Diego. Gray havia realistado e depois foi enviado para as Filipinas. Suas responsabilidades


incluíam beber veneno de cobra com o Exército filipino, pelo menos de acordo com um de seus membros do pelotão. Fora de todos os contos de altura que seus amigos gostavam de fazer piadas, que tinha um que na verdade eu acreditava. A namorada de Karen era uma médica e nos conhecemos quando eu estava à procura de um apartamento para alugar. Gray disse que fazia sentido dividir com alguém para cobrir os custos de apartamentos, especialmente quando eu não estava indo passar muito tempo lá. Os militares desaprovavam homens solteiros em coabitação. Teria sido mais fácil para Karen e sua namorada sobreviverem juntas, mas desde que Rose tinha saído do armário, elas decidiram não empurrar. Fez um conjunto perfeito. Rose passou a maior parte de seu tempo com Karen no nosso apartamento e eu passei a maior parte do meu tempo com Gray no dele. Nenhum de nós estava ―vivendo‖ juntos em violação das regras não escritas dos Fuzileiros, mas não dormi uma noite inteira no meu apartamento. Mesmo com Gray fora, eu gostava de dormir na nossa cama, enrolada em seu perfume, cercada por suas coisas. Foi difícil Gray ter ido. Ele lutou com os seus problemas de ciúme e confiança, então fiz o que pude para acalmar essas preocupações. Assustei em quanto Skype podíamos fazer regularmente, dei-lhe um resumo geral do meu dia, incluindo quem eu poderia ter visto ou encontrado. Ele nunca perguntou uma vez, tentando me mostrar o quanto ele confiava em mim e o quanto cresceu, mas por que atormentá-lo, pensei. Além disso, gostava de compartilhar o que eu estava fazendo. Fez parecermos mais próximos, embora estávamos a quilômetros de distância.


Hoje ele estava voltando para casa e eu queria fazer sua volta para casa especial. Eu encerei, raspei, arranquei e perfumei cada centímetro do meu corpo. Debaixo de seu vestido favorito - o de bolinhas vermelhas e brancas que eu usava quando voltei para ele - eu tinha novas calcinhas e um sutiã de renda de bolinhas vermelhas e brancas. Meus saltos de sete centímetros que tornaria mais fácil para ele me beijar, imaginei. Joguei um pouco do meu perfume favorito citrus nas costas dos meus ouvidos e um pouco no pequeno vale dos meus seios. Acima acrescentei um casaquinho branco. Estava mais frio agora e eu precisava disso. Karen finalmente saiu de seu quarto vestida de calças cinzas de cintura alta marcada e camisa de um vermelho fogo com mangas onduladas. Seu cabelo estava arrumado estilo Katherine Hepburn com ondas suaves moldados perto de sua cabeça. Ela parecia a encarnação de uma atriz glamorosa dos anos 1950. Karen disse que ela sempre sentiu a necessidade de parecer mais bonita do que qualquer outra mulher que estava no ponto da doca, porque Rose, como uma lésbica na Marinha, sentia que ela tinha que fazer e ser melhor do que qualquer outra pessoa apenas para ser percebida como igual. Os tempos estavam mudando embora. Gray não se importou e muitos de seus contemporâneos também não, embora houvesse discordâncias definidas sobre as mulheres no combate de infantaria. Gray reconheceu, depois de uma discussão acalorada com Rose, que eram os homens que precisariam mudar suas atitudes, mas achei que não era algo que poderia ser feito durante a noite ou mesmo durante a vida de Gray. Rose e Gray concordaram em discordar, mas que eles permaneceram amigos foi uma conquista para ambos.


— Você está ótima, — disse Karen, me dando uma checagem. Eu alisei para trás uma mecha de cabelo enrolado e ela golpeou minha mão para baixo. — Não bagunce. Isso é para Gray fazer. — Estou nervosa, —admiti quando dirigi meu Rover para a base. — Eu sinto que nós estamos nos encontrando pela primeira vez. Como se fosse um louco encontro às cegas. — Eu sei, não é ótimo? — Ela riu descontroladamente. — Seu relacionamento nunca pode ficar velho. Ele dá um passo para fora do barco e a sede de sangue surge através de você como se você fosse acertada por um relâmpago. — Não posso esperar. — Era a verdade. Karen e eu tínhamos discutido sobre quem dirigiria e, finalmente, eu disse a ela que se eu não dirigisse, então provavelmente teria Gray despido e em uma posição comprometedora dois minutos depois de ele estar no Rover - e só Gray apreciaria isso. Ela admitiu que talvez a minha necessidade fosse apenas um pouco mais elevada do que a dela. Embora ela me perguntasse se eu me masturbava, como imaginou que Gray vinha fazendo. — Como se isso fosse à mesma coisa. — Zombei. Eu me masturbei em abundância enquanto Gray estava fora. Nós realmente compramos um par de vibradores para eu usar e, enquanto nunca admitiria isso para ninguém - não Eve, não Karen, ninguém - eu usei o vibrador em mim mesma um par de vezes enquanto Gray e eu estávamos no Skype. Gray ficou ali sentado, com os olhos ardendo como louco, fones de ouvido para que ninguém pudesse ouvir aos meus ofegos


e então meus apelos para que ele me tocasse e, finalmente, meus gritos quando gozei. Fizemos apenas duas vezes, porque, durante a segunda vez alguém deve ter interrompido Gray e ele bateu o laptop fechado antes que eu tivesse conseguido me liberar. Aquela noite foi uma merda. Se caras tem bolas azuis, então eu tinha um clitóris azul ou alguma coisa, porque senti que doía por dias mais tarde. Eu me recusei a fazê-lo novamente, não importa o quão doce Gray pediu porque não gostava do sentimento de vazio. Mas a verdade era que ter Gray me assistindo usar o vibrador era melhor do que usá-lo sozinha. Sempre que ele estava comigo, era melhor, mesmo que ele não pudesse me tocar, mesmo que não pudesse usar sua voz para sussurrar todas as coisas imundas que gostaria de fazer comigo. Porque havia apenas raros momentos de privacidade, eu não cheguei a ouvi-lo, embora ele me enviasse por e-mail. Oh menino ele me enviava e-mail. Gostaria de saber se seus superiores liam suas mensagens e esperava que eles não lessem, ou eu não seria capaz de olhar para qualquer um deles nunca mais. — Pensando pensamentos sujos sobre Gray, — Karen brincou, quebrando meu nevoeiro mental. Eu percebi que estávamos quase no Dock. — Não, por quê? — Eu menti e depois corei. Ela riu. — Porque você está se contorcendo como um peixe pescado recentemente. — Visual legal.


— Matou suas pequenas fantasias, certo? Não quero que você estale antes de Gray estar fora do barco. — E você? — Karen parecia estranhamente calma. — Eu cuidei de mim algumas vezes esta manhã, porque Rose vai precisar de muita atenção. Meu rosto caiu. Talvez eu devesse ter feito isso. — Não se preocupe, — ela deu um tapinha no meu ombro. — Gray será feliz que você não pode esperar para saltar em seus ossos. Cada casal é diferente e cada implantação é diferente. Não se preocupe com isso.

Gray

— Eu não vi você animado assim desde que fomos a grande base em Castle Vale, há dois anos, — Hamilton murmurou ao meu lado. — A base não tem nada sobre Sam. — Eu não tinha ninguém, além de meus pais esperando por mim quando chegasse em casa depois de uma turnê. Desta vez pedi que eles ficassem em casa, porque só queria estar com Sam. Que ela estaria lá fora, com as esposas e namoradas me animava mais do que eu poderia imaginar. Sim houve momentos em


que invejava os caras que foram recebidos por suas namoradas, esposas e filhos, mas no segundo seguinte sempre me perguntei qual dos fuzileiros que tivesse ficado em casa foram pegar as esposas e namoradas do implantado. E me parabenizei em ser sábio e único. Agora eu era um daqueles pobres sacos, cujas bolas foram completamente possuídas por uma garota e não poderia estar mais feliz. — Algum dia, Hamilton, vai ser você. — Não, — Hamilton murmurou. — Eu gosto de minhas bolas ligadas ao meu corpo, obrigado. Eu não preciso dar-lhes a alguma pequena mulher de volta para casa, a fim de ser capaz de funcionar. — Você só queria que pudesse cortar suas bolas e deixá-las na mesa de uma garota. — O fato era que Sam não apenas tinhas minhas bolas; tinha a melhor parte de mim com ela. Mas os pensamentos de minhas bolas, naturalmente, levaram a uma Sam nua. Eu tive que parar de pensar sobre o último e-mail que ela enviou de volta. Tinha havido uma imagem de apenas a metade inferior de seu corpo com uma das minhas camisas azuis de exercício drapeada sobre suas coxas, puxada para cima no centro para o topo do seu umbigo. Sua mão segurava a camisa para expor o laço branco de seu short de menino e a outra? Estremeci com a memória. A outra mão estava dentro de seu short e tudo que podia ver eram os solavancos de seus dedos contra o tecido de algodão. Levantei-me imediatamente e fui para o banheiro e me masturbei por cerca de cinco minutos depois daquele visual. Eu não posso esperar para os seus dedos substituírem os meus. Eu poderia bater punheta só de pensar sobre as palavras que vieram com a foto.


— Cinco minutos, queridos e vocês vão finalmente sair do seu cruzeiro de férias. Nós sabemos que vocês têm zero escolha no assunto, por isso agradeço por flutuarem com a gente, — o primeiro-sargento Garcia gritou enquanto ele passava. Deixando o barco com um tesão era inaceitável para um Sargento de Primeiro Escalão. Pensei nas meias sujas de Hamilton, a transmissão de um GTO 1970, a tonelada de merda de papelada que eu teria que apresentar quando chegasse de volta à base. E então estava descendo a rampa, olhos escaneando o cais e, em seguida, parando em um vestido de bolinhas vermelho-e-branco. Ela tinha o cabelo todo feito para mim, parecendo um milhão de dólares. Eu queria arremessar para fora meus braços e circular ao redor, gritando, ―Vê? Ela é minha. Ela vai para casa comigo‖. Em um ataque raro de possessividade, parte de mim queria levá-la ali mesmo, no ponto da doca para marcá-la como minha, para que ninguém sequer olhasse para ela sem ver meu corpo cobrindo o dela. Ela provavelmente roeria as minhas bolas com os dentes se eu fizesse isso, no entanto. Mas agora, olhando para o brilho de emoção, desejo e felicidade pura em seu rosto, talvez não. Podemos ter dito algo como Olá ou eu senti sua falta, mas tudo o que conseguia lembrar era levantar seu corpo suave em meus braços e a pressão de seus lábios contra os meus e, em seguida, finalmente, Deus, a lambida de sua língua dentro da minha boca. Beijei-a de volta com toda a intensidade que armazenei por seis longos meses. O desejo reprimido machucando os lábios enquanto eu a segurava com um braço em volta da cintura e o outro segurando a cabeça na minha.


Eu a amava e não podia esperar para chegar em sua casa. A viagem de volta para o apartamento parecia que era maior do que a viagem do oceano, mas, depois, estávamos no quarto, rasgando as roupas um do outro. Meu uniforme em uma pilha em cima do vestido de bolinhas vermelho e branco dela. — Eu não vou durar cinco minutos, mas prometo fazer as pazes com você. — Eu peguei o seu quadril em uma mão e meu pau na outra. Ela estava encharcada e escorreguei e eu finalmente me senti como se estivesse em casa. Descansei minha testa contra a dela quando nós dois paramos para poder apenas sentir o que era estar unidos de novo - meu pau envolto por sua boceta quente. Ah, perfeito para caralho que poderia morrer aqui e seria um homem feliz. Nos movemos, então, novamente em uníssono, como se nossos corpos

houvessem

tomado

o

controle

e

recordassem

o

ritmo

sincronizado que tínhamos aperfeiçoado antes de eu sair. Enfiei as duas mãos sobre as suas coxas e empurrei-a o mais aberto possível, porque eu queria ir ao fundo dentro dela. As mãos dela vieram para o meu punho e com cada mordida de suas unhas, ela me disse o quanto sentiu minha falta e quanto queria isso também. — Fale comigo, Gray, — ela implorou. — Diga-me o quão duro você esteve. O quanto você sentiu minha falta. Ela só tinha que me fazer ir. Eu acariciava-a com força, sentindo nossos corpos baterem juntos e me deliciava com os sons altos e molhados que estávamos fazendo. O atrito causado quando apertou o cerco contra o meu pau quando eu estava me retirando fez meus olhos


cruzarem. Eu não ia durar muito mais tempo, mas se ela queria as palavras, daria a ela. — Baby, você não faz ideia. Toda noite que fui dormir, pensei sobre estar em sua pequena boceta apertada. Como está sempre molhada para mim. — Lançando uma perna por cima do meu ombro, usei a minha mão agora livre para esfregar os lábios inferiores e dedilhar seu clitóris. — Mmm, sim, — ela gemeu. — Sempre molhada para você. — E esta boceta é toda minha. — Eu espanquei seu clitóris levemente e senti seu corpo curvar de surpresa chocada e erotizada. Inclinando-se para frente, capturei um mamilo empinado em minha boca e a senti convulsionar em torno de mim. — Sim e você é meu também, — declarou ela ferozmente. Eu era completamente e totalmente dela. Ela me tinha, cada parte de mim e esse sentimento me fez sentir mais forte do que aprender a disparar uma arma ou lutar contra os insurgentes ou qualquer coisa que os Fuzileiros me ensinaram. Ela começou a ondular contra mim, seu corpo movendo-se em movimentos bruscos, apanhados na sensação de seu orgasmo iminente. Suas mãos agarraram minha cabeça e me puxaram para um beijo selvagem e implacável. Dentro de sua boca eu provei o querer dela, seu desejo febril e seu intenso amor. Sua perna escorregou do meu ombro e encontrou o seu caminho em torno da minha cintura até que senti o calcanhar do pé empurrando-me para mais perto dela. — Gosto muito de te foder. Eu amo sentir sua bunda cremosa contra meu pau todas as manhãs. Eu amo a porra dos seus seios lindos e seus mamilos surpreendentes. Eu podia chupar eles e nunca me


cansar disso. Eu amo o cheiro da sua boceta e o gosto de seu gozo na minha língua. — O aperto de sua vagina no meu pau era como um vício. — Eu também, — Sam suspirou no meu ouvido. — Eu amo o seu pau na minha boca. Adoro. Amo o seu gosto. Eu apenas amo você, Gray Phillips. E com isso eu estava acabado. Comecei a empurrar nela incontrolavelmente. Qualquer habilidade de formar frases foi embora e eu fui deixado com apenas um pensamento na minha cabeça. — Eu amo você, Sam. Te amo para caramba. — Deslizando uma mão entre nós, eu a esfregava até que senti sua libertação ultrapassar seu corpo e, em seguida, deixei ir, bombeando cada grama de meu gozo em seu corpo, sentindo a maciez de seu orgasmo correspondente até que não poderia me segurar mais e cai contra o seu corpo. No rescaldo, tentei rolar para fora, mas ela não me deixou ir. Seus braços e pernas em volta de mim e me seguraram firme contra ela. — Eu nunca vou deixar você se afastar, — ela sussurrou. E suas palavras me fizeram tremer e não na luxúria, mas da pura felicidade. Nosso amor só cresceu mais forte durante a nossa separação e não mais fraco. Depois que tivemos a nossa celebração no quarto, peguei uma cerveja, coloquei algo no meu bolso e peguei o saco de tricô de Sam. Nós fomos para a piscina aproveitar o sol do fim da tarde. Sam tinha sido aceita no FIDM e começaria no outono. Enquanto isso, com a ajuda da Sra. Bend e Dorothy, Sam conquistou a técnica intarsia e algumas outras técnicas que soavam tão impossíveis, quanto. Eu, felizmente,


desisti do meu novo hobby, contente para apenas saborear uma gelada e assistir Sam. Os cliques rítmicos de suas agulhas eram um som reconfortante e chegou a um ponto que não podia nem mesmo assistir a um jogo sem ela sentada ao meu lado, o estalido de seus pontos de agulha contra o outro formando a batida sólida de nossas vidas. — Você fez o suéter? — Perguntei. O pequeno xale de ombros branco que cobria os ombros dela tinha um monte de costura intrincada que vim a associar com seu trabalho. — Eu fiz, gostou? O lado ruim de San Diego é que não há muitas vezes que se possa usar um suéter. — Eu gosto do meu gorro. — Ela me tricotou cerca de uma dúzia de gorros durante o inverno e eu precisava de todos eles, porque eles continuaram sendo surrupiados. Os caras do meu pelotão foram totalmente a porra de uns descarados sobre isso também, usá-los em torno de mim e não dando uma merda. — E as minhas meias. Você tricota algumas malditamente boas meias. — Aquelas que ela não desfez e tive o cuidado de guardá-las. Sam me fez vários pares de meias, todas elas cuidadosamente construídas para atender especialmente o meu pé, e eu jurei que, se qualquer uma dessas meias desaparecesse, minha bota estaria enfiada na bunda de cada um no meu pelotão, até que fossem devolvidas. — Hamilton me enviou um e-mail sobre suas meias, você sabe. Ele quer um par. — Hamilton pode ir chupar o dedo dele. Sam não respondeu; ela apenas continuou a tricotar. — O que você está trabalhando? — Perguntei.


— Eu tenho outro pedido de enxoval, por isso estou fazendo esta pequena camisola. As botas e gorro estão feitos. Estou recebendo rápido o suficiente para que pudesse quebrar mesmo. — Ela riu. — Talvez um dia eu vá ser capaz de parar de servir mesas para pagar o aluguel. Mudei-me na cadeira, querendo saber se era o momento de trazer à tona um assunto que surgiu na minha cabeça o tempo todo quando eu estava fora. Era um assunto arriscado e não gostava de me colocar lá fora, mas pela primeira vez estava disposto. Ela foi a única a bater em mim primeiro. Ela veio me ver depois do nosso fiasco da escalada. Ela saiu para San Diego. Desta vez, eu queria ser o único a fazer o gesto. — Você poderia casar comigo. O som das agulhas parou abruptamente. Eu estava hesitante em olhar para Sam, um pouco nervoso sobre qual a expressão que ela usaria. Seria espanto? Ou talvez desgosto? Eu inclinei minha cabeça um pouco para que pudesse olhar para ela. Sua boca estava aberta e seu tricô tinha caído despercebido em seu colo. Isso não era bem a resposta que estava esperando. — Gray Phillips, você acabou de propor para mim à beira da piscina na frente de todas essas pessoas? Era como uma pegadinha. Eu tinha que ter certeza que daria a resposta certa. — Sim? — Eu deveria te esfaquear com uma das minhas agulhas. — Essa não é a resposta que estava esperando. — Eu tenho um joelho no chão, na frente dos olhares ávidos dos marinheiros e fuzileiros


navais que viviam neste complexo de apartamentos. Puxando a caixa do anel, abri-o de modo que o sol brilhava sobre o diamante rosa no cenário de platina. Era muito diferente do que o que ela usava antes e eu prendi a respiração à espera de sua resposta. O som de sua risada selvagem, aquela que ela soltou quando fizemos rapel no precipício juntos pela primeira vez, tocou para fora no pátio. Foi pura, alegria não adulterada. Droga, eu a amava. Empurrando o anel em seu dedo, fui buscá-la e girei em torno dela e ao redor até que nós dois estávamos tontos. — Sim, eu vou me casar com você. — Ela colocou uma mão em cada lado do meu rosto e nos beijamos, com fome e com amor e por um longo tempo, mas não a soltei de imediato. Muitas pessoas vieram para olhar o anel, felicitar Sam e eu e, geralmente, dar-nos trabalho - em tom de brincadeira. Mas me senti muito bem. Eu queria que todos soubessem que caí irrevogavelmente apaixonado por esta mulher cuja coragem na vida me surpreendeu.

FIM




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