SINOPSE ....................................................... Erro! Indicador não definido. PARTE UM ........................................................................................................ 9 PARTE DOIS ..................................................................................................74 PARTE TRÊS ............................................................................................... 119 QUARTA PARTE ........................................................................................ 170 PARTE CINCO ............................................................................................ 214 PARTE SEIS ................................................................................................. 378 FIM... .............................................................................................................. 394 NOTA PARA OS LEITORES ................................................................... 395
Copyright © 2015 Ruby Dixon
Duas cavernas acima, ouço o som úmido do sexo e o gemido de uma mulher. — Oh Deus sim, assim mesmo — geme Nora. — Espanqueme assim. Um baque suave ecoa no meu tradutor, e eu gemo e cubro a coisa que odeio com ambas as minhas mãos. Eu tento me virar de lado e empurrá-lo no travesseiro que eu fiz com retalhos, mas tudo o que isso faz é enfiar o tradutor mais fundo no meu canal auditivo, e isso envia uma dor aguda através do meu crânio. Então, eu viro de costas e olho para o teto rochoso da minha caverna de solteira. — Assim mesmo, minha fera grande, forte e sexy —, Nora grita novamente. — Nnnngggghhhh —, diz sua fera grande, forte e sexy (também conhecido como Dagesh). Para piorar as coisas, ouço outra mulher rir,
e depois Stacy e Pashov - que, por causa da multidão, dividem uma caverna com Nora e seu companheiro – rirem também. Gaah Eu odeio esse tradutor. Odeio, odeio, odeio. Eu empurro o travesseiro sobre o meu rosto, ignorando os fiapos de pelo que grudam na minha boca. Não seria tão ruim se todas as conversas acontecessem em canais de áudios, enquanto ele traduz. Ah não. Ele também amplifica tudo. Então eu ouço cada tapa na bunda, cada gemido, cada grunhido, cada beijo ... tudo. E as cavernas das tribos estão cheias de pessoas acasalando ultimamente. Como humanas que caíram aqui, nós acabamos tendo que tomar o que os alienígenas chamam de khui . É um organismo que nos permite viver no planeta sem que a atmosfera nos mate. Claro, um dos efeitos colaterais do khui é que ele decide com quem e quando você acasala, e não há como fugir disso. Considerando que a tribo de homens alienígenas - conhecida como sa-khui - supera em número as mulheres alienígenas, numa proporção de quatro para um, não me surpreende que
tenha acontecido um acasalamento após o outro. Dos doze sobreviventes humanos despejados aqui, seis se acasalaram. Eu não sou uma delas. É difícil não me sentir rejeitada às vezes porque meu khui está em silêncio. Quando você encontra o parceiro perfeito, ele começa a vibrar. É um pouco como ronronar, mas mais como uma canção. Os alienígenas chamam de – ressonância – e um macho só vai ressoar a sua fêmea e vice-versa. E apesar do instinto de acasalamento, todos que se ligaram são muito felizes. Georgie adora seu alienígena, Vektal, que é o líder da tribo. Minha amiga Liz é ferozmente protetora com o seu companheiro, Raahosh. Stacy e Marlene e até a chorona e medrosa Ariana, amam seus homens. E é claro que Nora está muito interessada em seu companheiro, se os sons dos tapas são alguma indicação. Todas as garotas que ‘sobraram’ também conhecidas como ‘não-acasaladas’, são colocadas juntas em uma caverna. Eu tive sorte o suficiente para conseguir um
lugar
no
canto
com
uma
cortina
para
privacidade. Não que isso faça muito para abafar os
sexys
sons. Eu ainda posso ouvir tudo... e também posso ouvir quando alguém sai para visitar um cara, como Claire está fazendo atualmente. Claire é uma das garotas que estavam nos tubos, então eu não a conheço tão bem quanto as outras. Quando nós fomos capturadas por alienígenas, muitas foram mantidas presas em canos na parede, inconscientes de seus arredores. O resto de nós - Liz, Georgie, eu e algumas outras - ficamos espremidas no porão sujo e lotado como animais e vivemos lá por semanas. Você cria laços quando está em uma situação como essa e eu sinto falta delas. Eu não conheço Claire tão bem quanto as conheço. Eu não me liguei a ela durante semanas de abraços para nos manter aquecidas e derretendo a neve apenas para ter algo para beber. De certa forma, quase me ressinto dessas garotas porque elas não tiveram muita dificuldade, enquanto o resto de nós estava tentando sobreviver. Não é culpa delas,
e
elas
estão
tão
chocadas
traumatizadas pela abdução alienígena quanto nós. Nós só sofremos por mais tempo.
e
Eu formo uma imagem mental de Claire para me importar. Ela é bonita, com um cabelo loiro claro, macio, ondulado, cortado em um estilo pixie1, que emoldura perfeitamente seu pequeno rosto. Ela é extremamente quieta e não é propensa a chorar excessivamente como Ariana. E ela não vibrou. Então, por que ela foge para transar com um dos alienígenas, eu não tenho ideia. Eu também não sei quem é, e isso me preocupa. Ela foi pressionada? Levada a acreditar que ela tem que desistir de seu corpo para ter segurança? Os homens solteiros aqui na caverna são diretos demais e as meninas temem afastá-los? Faço uma anotação mental para conversar com ela pela manhã. Eu me sinto responsável por todas as garotas daqui. Eu fui a primeira a ser libertada, então eu sinto como a mais velha. Eu me transformei na mãe das garotas humanas aqui na caverna, mesmo que Georgie seja nossa líder não oficial. E eu me preocupo com alguém se aproveitando
delas. O
fato
é
que,
embora o pessoal de Vektal tenha
1
Cabelo estilo Joãozinho
nos acolhido de braços abertos, ainda somos estranhos para seus costumes e seu mundo. Não faz mal ser cautelosa. Quando o som de mais sexo recomeça, eu aperto o travesseiro contra o meu tradutor para abafar o som e espero que todos caiam no sono.
Não adormeço até tarde e, quando acordo, fico bocejando e mal consigo manter os olhos abertos. O tradutor cirurgicamente implantado ao meu ouvido dói por eu ter pressionado durante toda a noite e estou exausta. Eu me arrasto para fora da cama e vou me sentar perto da fogueira no centro da caverna de solteira. Megan está cutucando o fogo com um pedaço de pau, enquanto Claire está assando pedaços de carne crua. Não há muitos vegetais neste planeta gelado, então nossas refeições consistem em carne, peixe e mais carne. As únicas frutas que temos conhecimento são usadas para limpeza. Há um mingau guardado na dispensa que é armazenado para as viagens e ervas para chás. Fora
isso, é carne, carne, carne. Às vezes crua, às vezes cozida, dependendo do seu paladar. Liz come sua carne crua como os caçadores fazem, mas eu não consigo fazer isso. Eu sou uma covarde. Sento-me ao lado de Claire e coloco minhas pernas para cima. — Bom dia. — Na verdade, tenho certeza que é o começo da tarde —, diz Megan. Ela examina a ponta ardente de seu graveto e depois coloca no fogo novamente. Megan é normalmente é uma pessoa muito positiva, sempre com palavras encorajadoras, não importa o quão sombria a situação. Mas desde que chegamos às cavernas alienígenas, ela tem estado ... afastada. Quieta. Eu também me preocupo com ela. Claire sem palavras me oferece um graveto e depois um grande prato de pedra com pedaços de carne crua. Eu cuidadosamente tiro alguns para o meu café da manhã e, em seguida, seguro-as sobre o fogo. — Você está com fome, Meg? Eu pergunto. — Megan comeu a dela crua —, Claire sussurra.
Megan apenas me dá um pequeno sorriso. — Você tem um estômago mais forte do que eu —, eu digo. Eu não sou uma boa animadora de torcida. — Não tem gosto nenhum quando está cozido, diz Megan, e cutuca o fogo novamente. Ela não está errada. Com o khui em nossos corpos, certas coisas sobre nossa fisiologia estão mudando. Os cheiros são menos fortes - não é uma coisa ruim, já que a caverna é construída em torno de uma fonte termal que cheira a enxofre. O gosto também é menos forte. Todos os sa-khui comem sua carne crua e seus mingaus de viagens bem apimentados. Alguns humanos se adaptaram. Outros não. Eu coloco meu graveto em cima das chamas. — Aehako chega esta manhã, comenta Megan, cutucando um carvão com seu graveto. — Eu não estou interessada em Aehako — , eu digo incisivamente, e depois dou uma mordida em um pedaço do meu café da manhã.
— Ele está interessado em você. — Ela olha para mim. — Se você se acasalasse com ele, você teria sua própria caverna, pelo menos. Eu posso sentir minha testa se franzindo. — Eu não vibrei por ele. — Não significa que você não pode ficar com alguém. — Megan fala seriamente. Estou chocada. — Eu não vou dormir com um cara só porque ele me arranjaria uma caverna. Além disso, para onde iríamos? Não há mais cavernas! — Eu demonstro com um gesto. — As pessoas estão dormindo nas salas de armazenamento do jeito que elas estão. Megan encolhe os ombros. — Não seria ruim ter um cara cuidando de você aqui, como Vektal faz para Georgie. E Aehako é legal. Eu sinto meu rosto corar de vergonha. Aehako é legal. E
bonito,
para
um
alienígena. E
sedutor. E… eu não vibrei por ele, então nada disso importa. Ela acha que Vektal protege Georgie, mas Georgie é muito capaz por conta própria.
E isso não importa porque eles vibraram um para o outro. Agora eles são companheiros e estão presos como cola, e Georgie está grávida. Claire está em silêncio nessa conversa, mas falar sobre homens me dá a abertura que eu preciso. Eu engulo outro pedaço cozido de carne sem gosto e dou a Megan um olhar significativo, pedindo-lhe para sair por alguns momentos. Ela se levanta e volta para o beliche, enrolada nas cobertas e se virando para a parede. Eu vou ter que lidar com isso também, eu acho. Em breve. Em vez disso, eu toco o braço de Claire. — Podemos conversar? Um olhar desconfiado cruza seu rosto de fada. Ela acena com a cabeça. Eu gesticulo para o tradutor saindo do meu ouvido. É um como uma concha de metal que sai do lado da minha cabeça. — Eu disse a você o que isso faz, certo? Mais uma vez, Claire acena. — Eu mencionei que isso também me permite ouvir muitas coisas? Mais do que uma pessoa comum faria? — Como...? Sua voz é um mero sussurro.
Eu me inclino. — Como garotas que não são acasaladas indo visitar homens à noite. Seu rosto fica vermelho e ela se levanta. — Você acha que é minha mãe? — O que? Eu não! Eu só... — Eu sou uma adulta —, diz ela, com os punhos cerrados, e por um momento, acho que ela vai me bater. Estou tão surpresa com a raiva dela que não faço nada além de olhar para ela. — Eu posso fazer sexo por causa do sexo, você sabe. Eu posso fazer o que eu quiser. E me desculpe se eu estou tentando encontrar um pouco de conforto em uma situação ruim! — Claire, por favor. Eu só queria ter certeza de que você estava bem. Que ninguém está coagindo você... — Nem todas nós somos enlouquecidamente puritanas como você —, ela bufa. Ela joga a carne cozida no fogo, sem comer, e então sai violentamente da caverna. Eu fui deixada para trás, com a minha boca aberta por daquela explosão. Uau. Meus sentimentos estão um
pouco feridos, mas fico chocada ao ouvir uma explosão tão violenta de uma pessoa tão pequena e tímida. Nem todos nós somos enlouquecidamente puritanas como você. Ai — Isso correu bem —, comenta Megan, se virando na cama para olhar para mim. — O que há de errado com ela? — A mesma coisa que está errado com todos nós rejeitadas —, diz Megan. — Ela está apenas tentando encontrar um lugar para si mesma. Eu me arrepio um pouco com suas palavras. — Nós não somos rejeitadas. Seus
ombros
encolhem. —
Nós
não
vibramos. Você não pode deixar de se sentir um pouco rejeitada por isso. Eu sinto… mas eu também sabia porque não tinha. — Não desanime, digo a ela. — Se você quer uma família, tenho certeza de que em algum
momento você vai vibrar por alguém. A curandeira disse que às vezes essas coisas levam tempo. — O que também explicava por que eu não tinha vibrado, mas mantenho esse pensamento para mim mesma. Ela bufa suavemente. — Eu sei porque eu não vibrei, Kira. Você não precisa tentar me fazer sentir melhor. — O que você quer dizer? Ela se senta em seu cobertor e, por um momento, a expressão em seu rosto é incrivelmente triste. — Eu estava grávida, lembra? Sua mão toca seu estômago. — Eles tiraram como se não fosse nada. E lembrese, não foi planejado. Apenas uma noite estúpida de bebedeira e sexo num clube. Eu nem sei o sobrenome do cara. Não digo nada. Como posso julgar? A vida que deixamos para trás parece muito distante. — Mas eu ainda penso sobre isso, diz ela em uma voz suave. — Eu ainda me pergunto sobre isso. Ela olha para longe por um momento,
em seguida, pisca
rapidamente. — Mas acho que talvez meu khui saiba que meu corpo ainda não está pronto para outra
criança. Então talvez esteja me dando tempo antes de me colocar de volta na ativa. — Oh. — Eu não sei mais o que dizer. — E Josie tem um DIU —, diz Megan. — Eu acho que é por isso que ela não vibrou. Talvez as outras garotas estejam em algum tipo de controle de natalidade. Estou começando a pensar que todos nós que não vibramos não somos férteis. Ela olha para mim. — Você está no controle? Eu sacudo minha cabeça. — Huh. — Ela encolhe os ombros. — Então, sim. Josie não disse, mas está com medo de que alguém descubra que ela tem um DIU e não pode engravidar, e não sabe como eles vão reagir. Eu realmente não posso culpá-la por tentar se enturmar. Não digo nada. Josie tem se esforçado muito, aprendendo a cozinhar e costurar, e tudo o mais que ela pode pensar. Eu pensei que ela só tinha muita energia nervosa acumulada. Deus. Eu realmente não fazia ideia. Claro que ela está com medo. Todas nós estamos.
Esses alienígenas estão interessados em nós por causa do que representamos. Nós somos ventres. Nós somos uma chance para a família. Se não podemos dar a eles isso... em qual momento eles pararão de nos alimentar? De nos abrigar? De repente, as paredes da caverna parecem muito estreitas e fechadas. Eu respiro com força. — Eu... acho que preciso dar um passeio —, digo a Megan. Eu tenho que sair daqui. Estou começando a me sentir presa novamente. As paredes parecem estar se aproximando de mim. Nós trocamos um cativeiro por outro? O que eles vão fazer quando descobrirem que sou estéril? Que quando meu apêndice estourou quando eu era criança, infectou meus ovários e eu nunca vou ter filhos? O que vai acontecer comigo então?
Vejo a forma pequena de Kira sair depressa das cavernas e automaticamente a sigo, um predador perseguindo sua presa. Ela me fascina desde o começo, essa Kira. Desde que as resgatamos da caverna negra em que elas estavam escondidas, fui atraído para a humana com os olhos melancólicos e o estranho aparelho saindo de sua orelha. Eu pensei que talvez eu iria acasalar com ela, mas meu khui permanece em silêncio. Meu pau, no entanto, presta atenção quando ela está por perto. Ele ganha vida quando passa uma mecha de cabelos castanhos atrás de sua pequena, perfeita orelha, sem adornos. Ele se contorce em resposta quando ela dá um de seus raros sorrisos para as outras mulheres humanas. E quando ela cora e se afasta de mim? Ela inflama o predador dentro de mim. Eu quero encontrá-la e segurá-la contra mim. Empurra-la para a neve e fodê-la até que meu nome esteja em seus lábios. Mas ela resiste a mim. É o jeito humano, talvez. Eu deixei bem claro que estou interessado nessa humana em particular, mas ela
ignora minhas tentativas de chamar sua atenção. Ela raramente está sozinha, sempre se cercando das outras humanas. Esta pode ser a minha única chance de dar a ela o presente de cortejo humano, que sua amiga Leezh sugeriu. Eu corro de volta para o meu beliche para recuperar o item que estive talhando. Eu darei a ela, e ela saberá do meu interesse. Eu quero ver o olhar em seu rosto quando ela perceber isso. Eu quero ver sua pequena boca humana se abrir em surpresa. Eu quero tocar sua suave testa e descobrir os outros lugares que ela também é suave. Eu quero tocar o terceiro mamilo entre as pernas dela que Vektal mencionou que sua companheira tinha. Ele disse que isso a fez gritar. Eu quero fazer Kira gritar e perder aquela expressão cuidadosa e calma que ela sempre usa. Eu sou bom nas cobertas. Eu posso satisfazê-la. Pensar na solene Kira se desfazendo em meus braços fez meu pau endurecer nos meus calções, e eu esfrego uma mão contra ele
através
dos
meus
couros,
acalmando a dor. Eu não tenho uma mulher há um bom tempo, e meu pau responde ansiosamente ao
sei que
pensamento de afundar no calor, quente e enrugado da boceta de uma mulher novamente. — Aí está você, ronrona uma voz. Sufoco um gemido de irritação quando Asha entra na caverna da minha família. Meu beliche é o mais próximo da entrada e oferece pouca privacidade. Certamente não é suficiente para o que Asha pretende. — Estou ocupado no momento, Asha. Meu tom de voz é brusco, na esperança de que ela entenda. Eu escondo o presente para Kira na cintura das minhas calças, porque a última coisa que eu quero é alguém como Asha, vendo o que eu tenho, antes da destinatária do presente ver. — Hemalo está lá fora mostrando a uma das feias meninas humanas como tingir couro, diz ela, e depois se move para frente para colocar a mão no meu peito. — Quer voltar para minha caverna comigo? Eu removo a mão dela da minha túnica. Certa vez, dei as boas-vindas às atenções de Asha. Ela não era acasalada e era sedutora e eu ansiosamente partilhei a cama com ela.
Até que ela vibrou com o modesto Hemalo, um dos curtidores da tribo. Asha não estava satisfeita - na época, ela estava se movendo entre as camas de vários caçadores solteiros, ansiosa para brincar e se divertir. Vibrar significava que ela tinha um companheiro e uma família ... e alguém que ela não queria. A união deles não tinha sido a mais alegre das ocasiões, mas eu realmente desejava o bem para ela. Eu também estou aliviado, porque Asha pode ser irritante quando ela quer que as coisas aconteçam do jeito dela. Fico feliz que ela não seja minha companheira. Mas seu filho morreu poucos dias fora do útero, e ela e seu companheiro brigaram, e agora ela quer voltar aos seus velhos hábitos ... só que eu não estou interessado na companheira de outro macho. E Asha não é mais a única jovem da tribo. Ela se agarra ao meu braço. — Aehako, espere. — Estou ocupado, Asha. Vá buscar seu companheiro se quiser sexo. Ela bufa em irritação e bate no meu braço com uma mão. — Eu não estou interessada nele. Nós não temos filhos juntos. Por que eu deveria estar ligada a ele? — Ela me segue enquanto eu saio da
privacidade da caverna dos meus pais e entro na área principal da tribo. — Você gostou de compartilhar as cobertas comigo antes. — Estou interessado em outra —, digo a ela. Asha engasga e se agarra ao meu braço, me puxando para trás para encará-la. — Não é nenhuma dessas humanas não é? — Quem mais seria? — Eu rio. — Mas elas são tão... feias. Eu reviro meus olhos. — Isso importa? — Eu não as acho feias. Diferente sim. Intrigante? Definitivamente. Elas poderiam ser tão bonitas quanto um “peixe-kas” com suas escamas coloridas, e ela as acharia feias, porque são competição pra ela. A pobre Asha está ameaçada - antes, ela tinha todos os jovens caçadores tribo à sua disposição. Agora ela os observa em pares com suas próprias companheiras e se sente infeliz pela sua própria situação. Ela faz beicinho. — Eu sinto sua falta —, diz ela, tentando outra tática. — Aehako, por favor.
da
Eu dou a ela um olhar de reprovação. Ela está perdendo meu tempo, e enquanto isso, Kira está do lado de fora sozinha. Este é um raro momento que posso passar com ela e não ter outras pessoas espiando por cima dos meus ombros. — Eu tenho que ir —, eu digo a ela com firmeza, e ajusto o presente que eu estou escondendo debaixo da minha roupa. Asha me dá um olhar curioso, mas se afasta. Eu corro para a entrada da caverna, procurando o pequeno corpo de Kira. Os humanos mal chegam ao meu peito e eu nem sou o mais alto dos homens da nossa tribo. Elas são coisas delicadas, e eu me preocupo que Kira não esteja segura aqui fora. Há rastros na neve, e eu os sigo das cavernas para o cume próximo, onde as plantas curativas de Maylak crescem em abundância. Elas estão presas em um pequeno vale, protegido dos ventos. Kira está ali, pegando com raiva as folhas da planta, com uma carranca no rosto. Ela se vira e olha para mim quando me aproximo. Eu sou o destinatário de um pouco da raiva
dela? Eu
sorrio
para
mim
mesmo. Suas
bochechas estão coradas com aquela cor rosa incomum que alguns acham feio em humanos. Eu acho encantadoramente adorável. Ela tem tantas cores interessantes - rosa e marrom, e seus olhos são o vívido azul khui cortesia do organismo. — Olá, minha pequena amiga —, eu grito em saudação. — Não sou sua amiga, ela murmura. — E eu não sou pequena. Eu rio disso. — Você deveria pegar um pouco daquela planta “intisar” —, digo a ela. — É boa para a visão. Ela me lança outro olhar. Eu não me importo. Eu prefiro suas expressões de raiva do que a frequente tristeza em seus olhos. — Eu não preciso de ervas para a minha visão, — ela diz. — Não? — Eu provoco e me movo para o lado dela, então aponto para outro arbusto. — Aquele é para a impotência. Ela me dá um olhar chocado, e o rosa retorna às suas bochechas.
— Eu não preciso disso, é claro, — digo a ela. — Meu pau pode ficar ereto por muitas horas sem amolecer. É principalmente para os idosos ou homens que estiveram doentes por um longo tempo e desejam se acasalar com suas companheiras. Ela faz um barulho sufocado. — Eu não quero ouvir sobre o seu ... pênis. — Ela me lança outro olhar vicioso. — Talvez você devesse ir falar mais sobre isso com a sua amiga. Ela parece interessada — Você está com ciúmes? — Eu pergunto, satisfeito. Eu tentei deixar claro para Kira que estou interessado em cortejá-la, mas ela me rejeitou todas as vezes. Ela mudou de ideia? Eu admiro seu fino cabelo castanho enquanto ele balança no vento e imagino que ele está derramando sobre o meu peito. E então eu tenho que ajustar meus calções novamente. — Com ciúmes? Ha! Por que eu deveria estar com ciúmes? Eu sou feia, lembra? — Ela bate na concha de metal brilhante presa ao ouvido. — Eu ouvi cada palavra da sua conversa!
Eu não posso esconder o sorriso de prazer do meu rosto. Ela me ouviu falando com Asha. E ela está com ciúmes. Isso me agrada muito. Talvez Kira não seja tão indiferente depois de tudo. É hora de mostrar a ela o meu presente de cortejo.
Mas elas são tão feias. E isso importa? As palavras soam nos meus ouvidos enquanto tiro folhas de uma das plantas de inverno. Babaca. Babaca. Babaca. Eu gosto de como ele não se importa com a minha aparência, desde que ele possa transar. — Por que você não vai pra dentro e me deixa sozinha? — Como eu posso deixa-la sozinha? — Aehako ainda tem aquela tom provocante em sua voz que faz meu estômago vibrar... e me faz querer dar um soco nele ao mesmo tempo. Ele coloca a mão sobre a minha. — Você está arrancando todas as folhas desta
planta. Se eu deixar, encontrarei toda a colina descoberta. Maylak ficará muito descontente. Eu olho para ele, mas paro de arrancar o arbusto que estou atacando. Ele está certo - eu peguei mais folhas do que deveria, mas o homem me deixa tão frustrada. — Eu vou parar de fazer isso com a planta. Você está livre para ir agora. Ele não sai, no entanto. Em vez disso, ele estende a mão e toca o tradutor saindo da minha orelha. Seus dedos roçam contra a concha do meu ouvido onde está preso, e eu tenho que lutar contra um arrepio. — Essa coisa machuca você? — Não é uma sensação boa. — Seu toque é, no entanto. Seu dedo parece insanamente quente contra a minha pele, e um arrepio corre pelos meus braços. — É pesado e não consigo dormir confortavelmente. Fica frio também. — Além disso, e eu posso ouvir todas as conversas a um quilômetro de distância. — Você pode tirar isso? Você quer que eu tente? Eu me afasto dele. Uma onda de lembranças horríveis invade minha mente e eu aperto minha pele com mais
força ao redor do meu corpo. — Eles implantaram cirurgicamente. Eu mesma tentei tirar, mas está muito fundo. Eu só vou ter que viver com isso. Poderia ser pior. Eles poderiam ter me estuprado como fizeram com Josie. Eles poderiam ter removido meu bebê como fizeram com Megan. — Eu quero ajudá-la —, diz Aehako suavemente, e toda a provocação se foi de sua voz. Eu dou-lhe um leve sorriso. — Isso é doce e tudo mais, mas estou bem. Realmente. — Eu deixo cair as folhas esmagadas em uma bolsa de couro. Ele está certo que eu estou apertando- os até a morte. Eu nem sei se posso dar isso para Maylak. Elas parecem bem mutiladas. — Você está com raiva de mim, não está, olhos tristes? É algo que eu disse ou fiz? — Ele se aproxima e eu sinto uma lufada do seu cheiro. Ele cheira como as frutas que eles usam
para
fazer
sabão,
e
um
pouquinho de suor que de alguma forma cheira maravilhosamente nele. — Meu objetivo é fazer você sorrir, não trazer mais tristeza ao seu rosto.
— Eu estou bem —, eu digo, apesar de sua conversa anterior com a fêmea sa-khui ainda me incomodar. Para mim, nem importa se ele me acha atraente ou não. Eu sou apenas humana - ha. — Você não está bem. — Sim, então você gosta de apontar isso —, eu respondo automaticamente, então estremeço mentalmente. Ugh. Por que eu fui lá? — Eu não estou entendendo. O que significa estar bem? — Ele inclina a cabeça. — “Bem” é a palavra correta para satisfeita? Raahosh diz que não entende metade do que Liz diz, então eu estou preocupado com a nossa barreira linguística, acho que é pior do que pensávamos. — Não se preocupe com isso —, eu digo rapidamente. Eu me afasto desde que ele está muito perto e isso está me fazendo estremecer. — Eu acho que Maylak precisa de mais folhas de chá. — Eu corro para a próxima planta. — “Bem”, significa... ahhhh. — Ele ri e me segue. — Você ouviu a minha conversa.
Eu encolho meus ombros como uma forma de resposta. — Você ouviu, e seus sentimentos estão feridos porque você acha que eu não a acho atraente. — Não é nada disso —, eu minto, escondendo meu rosto. Eu sinto como se as minhas emoções estivessem pintadas no meu rosto e ele seria capaz de ver através de mim. — Mmm. É assim mesmo? Então olhe no meu rosto, Olhos tristes, e me diga isso. Eu não. Eu arranco algumas folhas da mais nova planta, porque é uma ótima distração. — Olhe para mim, Kira, ele pede novamente. Eu olho para ele. É estranho que eu esteja tão atraída por um alienígena. De volta à terra, meus relacionamentos eram inexistentes. Eu sou o tipo de garota invisível para os caras. Eu não me visto com roupas sexy, eu não flerto e raramente uso maquiagem. Meu
cabelo
é
um
marrom
desinteressante e liso na minha cabeça, e meu rosto é
um pouco longo demais para ser bonito. Eu não sou nem uma grande conversadora. Eu não sou virgem porque estou esperando por casamento. Sou virgem porque sou chata e pouco atraente. Normalmente não me importo. Mas
Aehako? Ele
é
masculino
e
absolutamente
deslumbrante. Ele é um dos poucos sa-khui que mantém seu cabelo cortado curto contra o crânio. É um corte baixo contra o couro cabeludo, que só chama a atenção para seu grande sorriso bonito e os enormes chifres que sobressaem de sua testa. Os sulcos achatados e esburacados em seu rosto também são mais proeminentes, e faz com que seu rosto - especialmente seu nariz - pareça mais grosso do que o da maioria. Mas ele tem um sorriso tão carinhoso que você não pode deixar de achá-lo bonito. Ele é alto e musculoso, densamente construído em vez de magro como o Raahosh de Liz, e seu corpo inteiro é um azul-ardósia pálido, que eu acho intrigante. Dizer que ele mexe comigo é um eufemismo. E eu odeio não fazer o mesmo com ele. Eu olho para longe novamente. — Eu não me importo se você acha que eu seja feia.
— Eu não penso nem um pouco assim —, ele murmura, e eu sinto o calor de seu grande corpo enquanto ele se aproxima de mim novamente. — Eu simplesmente não corrigi Asha porque queria me livrar dela, não continuar uma conversa. Então ele acha que eu sou bonita? Um arrepio feliz corre através de mim. Eu sufoco essa linha de pensamento. Não importa se ele me acha atraente. Dar-lhe esperanças é um erro, e não posso me dar ao luxo de ter meu coração envolvido em problemas. Eu sou estéril. Não tem como ele vibrar por mim. Ele pode flertar o quanto ele quiser, mas um relacionamento comigo é um beco sem saída. — Somos apenas amigos —, eu digo, quando ele se inclina ainda mais perto. — Se somos apenas amigos, por que você se importa tanto? — Eu não me importo —, eu protesto novamente. Eu olho e seu rosto está a centímetros do meu. Fazendo com que aquela estranha vibração comece no meu estômago mais uma vez. — Por que... por que você está tão perto?
Aquele sorriso torto e sexy curva sua boca. — Porque você continua se afastando. — Ele se inclina. — E eu gosto do seu cheiro. — Aehako —, eu digo, minha voz suave. Eu não posso encorajálo. Ele precisa saber que flertar comigo não o levará a lugar nenhum. Ele deve guardar suas atenções para uma mulher que um dia poderá ser sua companheira permanente. — Ouça... — Eu paro, porque ele está puxando algo debaixo de sua túnica. — O que você está fazendo? — Eu estou dando a você um presente de cortejo. — Ele puxa algo longo e grosso e envolto em couro de sua túnica e segura para mim. — Um presente? — Eu pego dele, tocada. Nós, humanos, temos tão pouco e eu já me sinto como uma grande aproveitadora com todas as coisas que as pessoas sa-khui nos deram. Agora ele está me dando um presente? — Um presente de cortejo —, ele enfatiza. — Eu trabalhei muito duro nisso. — Um… presente de cortejo? Isso é uma coisa sa-khui? — Eu vejo. Eu não deveria aceitar, mas tenho que admitir que estou curiosa para saber o que é. Enche minhas mãos e tem cerca de trinta
centímetros de comprimento e é grosso como um taco de beisebol. Eu desdobro devagar… E então olho. Certamente isso não é… — Este é seu, hum, pênis? Ele concorda com orgulho. — É muito semelhante. Eu trabalhei duro para acertar. Claro, os outros acham que sou louco por ficar olhando meu próprio pau por horas enquanto eu talhava. Ele encolhe os ombros. — Você não gostou? É um vibrador. Eu olho para ele em uma mistura de horror e descrença. É feito de osso, e eu estou um pouco apavorada de que tipo de criatura vem os ossos... grossos assim. Oh Deus, estou corando. É muito grosso, no entanto. E longo. Certamente estas não podem ser as dimensões reais de seu pênis. Mas não há dúvidas sobre a coroa pesada no final, e as veias traçando o comprimento de equipamento. É definitivamente um pênis. Há até mesmo cumes ao longo do topo, como os cumes em suas sobrancelhas e em seus grandes braços musculosos. E há até bolas presas, e algo que parece suspeito como um dedo mindinho acima do pênis.
seu
Meu Deus, isso tem que ser o "estímulo" mencionado por Liz. Eu pensei que ela estava tirando sarro de nós. Acontece, mas não muito. Eu empurro a ... coisa ... de volta para ele. — Eu não posso aceitar isso! Por um momento, ele parece arrasado. Seu sorriso desaparece e sua expressão se torna feroz. — É outro? Seu coração já foi reivindicado? Eu balaço a minha cabeça, em negação. — Do que você está falando? — Estou perplexa. Eu empurro o vibrador de volta para ele. Suas sobrancelhas se juntam e suas mãos vão para seus quadris. — Este não é um presente de cortejo apropriado? — Os humanos não fazem presentes de cortejo! — Mas Liz ... Ele para de falar enquanto a realização cruza seu rosto. — Eu vou matá-la, eu digo severamente. Em vez de ficar com raiva, Aehako joga sua grande cabeça com chifres e ruge de rir. Ele agarra seus lados, incrivelmente divertido. Fico feliz que um de nós esteja se divertindo
com essa piada. Não tenho ideia do que devo fazer aqui. — Leve isso de volta, eu digo, empurrando-o para ele. Ele levanta a mão e balança a cabeça, ainda rindo. — Ah, não, foi feito para cortejo, e eu pretendo cortejar você, minha humana de olhos tristes. Guarde-o. — Suas sobrancelhas se mexem. — A menos que você queira ver a coisa verdadeira? — Eu o quê? Não! — Eu engasgo. — Eu não quero ver seu pênis! — Você tem certeza? É bem legal. Veja como é bom o meu presente! —Ele gesticula para o vibrador de osso. — Eu lhe daria muito prazer com isso. Eu sou muito bom nas cobertas. — Eu não quero ouvir sobre suas proezas sexuais —, eu sibilo. Eu embrulho a coisa nos couros novamente porque eu vou ser condenada se eu mostrar um grande vibrador para toda a caverna, e ele não parece disposto a pegar de volta. —
Não?
—
momentaneamente
Ele
parece
frustrado. —
Como homens humanos cortejam as mulheres que eles gostam, então?
— Não com vibradores. Eles dão-lhes flores, chocolates, beijos e coisas. Ele cruza os braços. — Eu pensei que você tinha dito que eles não davam presentes. — Beijos não são presentes! — O que eles são? Eu pisco para ele, perplexa. Ele não sabe o que é um beijo? Ele está brincando? — Isso é um truque, certo? — Eu digo, olhando para ele com desconfiança. — Eu devo tlh dizer o que é um beijo e então você insiste em demonstrar e então a próxima coisa que eu percebo são que nossas línguas estão juntas jogando hóquei. Suas sobrancelhas franzem enquanto eu falo, e está claro que ele não tem ideia do que eu estou falando. — línguas... hó-quei? — Pare já com isso. — Estou irritada com ele e com Liz, já que eles parecem estar conspirando contra mim. — Eu não posso
acreditar que Liz lhe falou sobre vibradores e não sobre beijos. — Então eles são semelhantes? — Um brilho especulativo entra em seus olhos. — Eu cansei desta conversa. — Eu me afasto, aproximando-me dos arbustos. — Você deveria ir. — Por que é tão difícil acreditar que eu gostaria de estar com você, Kira? — Ele se aproxima de mim, sempre determinado, e sua grande mão toca meu ombro. Eu preciso de todas as minhas forças para não me inclinar nesse pequeno toque. Eu estou tão faminta por amor e carinho que eu não confio em mim mesma para não tirar minha calcinha, simplesmente porque ele representa alguma estabilidade nesta estranha nova vida. — Porque nós não vibramos um para o outro —, eu digo, cansada. E nós não vamos, porque meu corpo não vai produzir filhos, não importa o quanto eu queira. Ou o cara de pé ao meu lado. — Não podemos tomar o prazer que nossos corpos nos oferecem? — Ele se inclina para mais perto, e eu sinto o calor de seu corpo contra o meu,
mesmo que eu não olhe para ele. — Não podemos saber a alegria de tocar o outro? — E então o quê? — Eu pergunto. — O que acontece quando você vibrar para outra pessoa, ou se eu vibrar? Ele dá de ombros, seu grande corpo totalmente casual. — Então a vida continua e nós celebramos a nova união. E ninguém tem ressentimentos? Acho difícil acreditar, mas guardo meus pensamentos para mim mesma. Sem ciúmes? Nenhum ressentimento ardente? Nenhuma inveja de alguém que está com o seu amor? Ele pode ser capaz de desligar seus sentimentos com um interruptor, mas sei que não sou assim. Eu sei que quando eu me comprometo, vou querer realmente me comprometer. Ter um relacionamento, não ser apenas um parceiro sexual. Ser amada e amar em troca. Infelizmente para mim, tudo o que Aehako pode oferecer é ser um parceiro sexual.
— Não estou interessada —, eu minto, e dou a ele a minha melhor expressão séria. — Então você pode desistir agora. Ele suspira e balança a cabeça grande. — Nós falaremos novamente, olhos tristes. Eu não vou desistir de você, mesmo que você tenha desistido de si mesma. — Ele estende a mão e passa um dedo pela minha bochecha, depois se afasta. Meu corpo fica formigando daquele pequeno toque e cheio de necessidade dolorosa. Por que eu? Por que eu devo ser a garota mais azarada viva? Porque eu sei que no momento em que eu ceder aos meus desejos e ter um relacionamento com Aehako, esse é o momento em que ele vai vibrar para outra mulher. E eu vou ficar sozinha. Novamente. Não é até que ele esteja no meio do caminho que eu percebo que ainda tenho o vibrador envolto em couro em minhas mãos. — Espere, eu chamo. — Leve isso de volta! Ele me ignora.
Eu permaneço do lado de fora até não aguentar mais o frio. Então, com os dedos gelados, o rosto rachado pelo vento e a bolsa cheia de ervas, finalmente volto para as cavernas. O vibrador é empurrado para dentro do meu saco de ervas, já que não sei mais o que fazer com ele, mas isso causa uma impressão de uma quantidade obscena de ervas. O fato relevante, é enorme. Não tem como o pau de um cara ser tão grande assim. Não que eu seja uma especialista em paus, é claro. Eu pensei brevemente sobre enterrá-lo na neve, mas depois de todo o tempo e esforço que Aehako colocou nele, parece errado. Além disso, eu posso querer observar um pouco mais quando estiver sozinha. Eu vou para dentro e sopro meus dedos para aquecê-los. As luvas são uma prioridade, assim como as raquetes de neve. Na verdade, precisamos de um pouco de tudo, sendo honesta. Sutiãs, calcinhas - e estremeço ao pensar como será quando voltar a menstruar. Ela não
veio no mês passado, mas nunca fui regular. Graças a Deus, porque essas pessoas usam couro, e não faz um bom par de calcinhas. Nossas opções são bastante limitadas, e mendigos certamente não podem escolher. Temos sorte de estarmos aquecidas e alimentadas. A caverna principal é bastante quieta, entretanto eu aceno a algumas pessoas que estão na piscina central. Durante o dia, muitos dos homens saem e caçam as caças pequenas nas proximidades, e os artesãos trabalham. Josie mencionou para mim que o marido de Maylak, Kashrem, tem uma caverna a uma curta distância que ele usa para curtir, já que cheira tão mal que até nossos sentidos enfraquecidos ficam ofendidos. Eu vou para a caverna da curandeira, e bato na parede do lado de fora desde que a cortina de couro é puxada sobre a entrada. — Maylak? — Kay-sah, ela chama. Entre, o tradutor entoa no meu ouvido. Eu
entro
e
ela
sozinha. Megan
está
não
está
deitada
na
esteira em frente ao curandeira, e as mãos de três dedos de Maylak estão bem abertas sobre a
barriga. Seus olhos estão brilhando ferozmente, o que eu aprendi acontece quando ela está profundamente em sua cura. No canto, a menina de Maylak, Esha, brinca com alguns ossos de brinquedo. — Oh. É um momento ruim? — Eu digo em inglês porque ainda não sabemos a língua alienígena. — Tudo bem, diz Megan com um sorriso suave. — Eu estava apenas fazendo Maylak me checar e outras coisas. Para ver se, você sabe ... todas as minhas partes estão funcionando corretamente ou se os Pequenos Homens Verdes danificaram alguma coisa. Quando eles lhe fizeran o aborto? Oh. Eu não tinha sequer considerado isso. Sento-me no final do tapete enquanto Maylak me dá um sorriso tímido e continua seu trabalho, pressionando as mãos suavemente no estômago de Megan. O bebê - ela tem que ter dois anos, no máximo - me vê e dá um gorgolejo feliz. Nenhuma tradução, o tradutor diz. É conversa de bebê. Eu sorrio e estendo minhas mãos para Esha, e ela pula no meu
colo,
destemida. Sua
pequena
mão
azul
imediatamente vai para a minha testa e ela esfrega, sentindo a diferença entre sua testa sulcada e a minha. — Eu estava colhendo ervas e pensei em deixá-las —, digo a título de explicação. — Ela conseguiu encontrar algo errado? Megan dá de ombros, mas não se levanta. — Há um pouco de barreira linguística, mas até agora ela não se apavorou. — Isso é bom —, eu digo, em seguida, sufoco uma risada quando Esha abre meus lábios e examina meus dentes quadrados. As suas são pequenas presas afiadas. — Esha —, Maylak chama e dá uma pequena sacudida de sua cabeça. — Está tudo bem —, eu digo, e balanço o bebê um pouco. — Eu não me importo. — Eu gosto de crianças. Eu sei que Liz reclamou que ela não estava pronta para ser mãe, e Georgie disse que nunca pensou em crianças, mas eu sim. Eu penso sobre elas o tempo todo. Talvez porque eu não possa ter nenhuma. Maylak dá um tapinha no estômago de Megan e o brilho duro em seus olhos suaviza um pouco. —
Terminou
—,
diz
Maylak
em
seu
idioma,
e
o
tradutor
automaticamente acrescenta as palavras. — Ela acabou —, eu ofereço a Megan, que está olhando para mim, esperando. — Estou bem? — Megan pergunta a Maylak, sentando-se. Ela coloca a mão no estômago e, em seguida, move as mãos em um movimento de embalar, indicando um bebê. — Tudo está funcionando corretamente? A curandeira balança a cabeça e solta um jato de palavras da língua alienígena fluida, gesticulando para o estômago de Megan e depois para mim. Todos sabem que posso traduzir. Seu útero foi ferido recentemente, diz Maylak. Havia um bebê lá uma vez, mas não mais. Seu khui está consertando o dano. Está quase pronto e, quando estiver, não deve haver razão para não poder levar uma criança como qualquer outra mulher. Espere um ciclo da lua pequena e veja. Traduzo para Megan e estremeço quando as mãos pequenas de Esha descobrem meu tradutor e o puxam. Eu gentilmente
puxo seus pequenos dedos para fora, sentindo inveja do crescente sorriso de alívio no rosto de Megan. — Estou tão feliz em ouvir isso. — Ela aponta para a curadora, que está olhando para mim. — Você quer que ela olhe você? Ver se há uma razão pela qual você não está vibrando? Eu mordo meu lábio e depois balanço minha cabeça. — Eu sei por que eu não estou. — E o que é? — Seus olhos estão arregalados. Eu hesito. Estou com tanto medo de contar para alguém, mas também sinto a necessidade de compartilhar meu fardo. Eu quero que alguém entenda porque eu estou tão desconfortável. — Meu apêndice estourou quando eu tinha treze anos. Eu quase morri e fiquei no hospital por um longo tempo. Isso fez com que vários dos meus órgãos se infectassem, e quando eu estava melhor, os médicos me disseram que eu seria incapaz de ter filhos. — Eu dou de ombros. — Eu sei que não vou vibrar porque não sou fértil.
O olhar de simpatia nos olhos dela dói. Ela olha para Maylak, que não consegue
entender
nossa
conversa. —
Talvez
ela
possa
olhar. Talvez… Eu balancei minha cabeça e aconcheguei Esha, cuidando dos pequenos chifres que se projetavam de sua cabeça de bebê. Eles estão dobrados contra o crânio dela por enquanto, mas eles crescerão e se projetarão mais tarde. — É o que é. Eu só me preocupo se eles me botarem pra fora assim que descobrirem a verdade. — Eu não vou dizer nada —, diz Megan ferozmente. — Você tem minha palavra. — Obrigada. — Eu dou-lhe um sorriso suave. Ela retorna meu sorriso e então sua expressão muda e fica estranha. Uma risada escapa de sua garganta. — Hum, você tem algo que você quer nos dizer? Estou confusa sobre o que ela está se referindo, e então Maylak ri também. — Esha!
Eu olho para baixo e o bebê encontrou meu presente ... de cortejo e está examinando-o com grande curiosidade. — Oh meu senhor —, eu murmuro e tomo dela, envolvendo-a com couro novamente. — Aehako deu isso para mim. — Uh huh —, diz Megan, com voz provocativa. — Culpe Liz. Ela disse a ele que era o que os homens humanos fazem para cortejar as mulheres. — Ooo —, um romance está florescendo? Ela aperta as mãos. — Isso é tão incrível. Eu sacudo minha cabeça. — Não vai a lugar nenhum. Eu nunca vou vibrar. Como eu sei que ele não vai vibrar com você amanhã? Ou com Josie? Ou Claire? Então eu vou ser abandonada novamente. É a história da
minha vida. Toda
vez que
encontro um cara - uma ocasião bastante rara - e começamos a nos conectar, sinto-me obrigada a dizer que não posso ter filhos. E desde que eu relato isso, o interesse deles morre. Eu não sou uma namorada de longo
prazo. Eu sou um tipo curto, não muito divertido, até que eles encontrem quem eles querem passar o resto de suas vidas. E nunca, nunca sou eu. Desta vez, o olhar simpático de piedade de Megan me incomoda. — É o que é. Aqui —, eu digo, abrindo minha bolsa para terminar a conversa. — Eu trouxe ervas para você, Maylak.
As coisas estão quietas por vários dias. Os humanos se mantêm ocupados o suficiente. Josie decidiu que quer aprender a cozinhar, e Tiffany ainda está tentando fazer com que a lã “dvisti” se transforme em outro tipo de lã. Megan está com Maylak cuidando das plantas herbáceas ao redor das cavernas, e Harlow está raspando as peles. Claire se esconde com seu namorado alienígena e observando as crianças pequenas quando os pais estão ocupados.
Todo mundo está ocupado, inclusive eu. Há sal granulado do 'grande lago de sal' a alguns dias de viagem de distância, e é precioso para todos, então estou tentando descobrir como salgar ou defumar a carne para que ela dure mais tempo. A comida é preciosa, então eu tomo as partes desagradáveis que as pessoas não gostam e uso elas como experimento. Mesmo que isso pareça um desperdício, no entanto. Um dos esconderijos de carne congelada está enterrado sob uma avalanche e a tribo está preocupada que não haverá comida suficiente para alimentar todo mundo quando ficar 'realmente frio', então estamos, todos, no modo de trabalho. Há bocas extras, mulheres grávidas e muitas roupas necessárias, então não há tempo para ficar ocioso. Aehako não tem estado por aqui ultimamente. Ele está caçando também, e é estranho, mas sinto falta do flerte e do seu riso. Eu digo a mim mesma que eu não deveria, mas todo mundo parece estar se misturando muito bem com o grupo... exceto eu. Eu
me
sinto
estranhamente
sozinha. Talvez seja porque meus amigos mais próximos parecem ter encontrado o amor. Eu odeio
sentir inveja quando vejo Vektal alimentando Georgie com pedaços de carne, ou o fato de que Liz e Raahosh preferem ficar no , porque isso significa muito tempo sozinhos para eles. Eu até tenho inveja de Ariana, porque seu companheiro Zolaya se inclina para trás para fazêla sorrir. A única pessoa que eu tenho é Aehako, e eu o espantei. Os caçadores ficaram longe durante toda a semana, e isso torna as cavernas tranquilas. No entanto, quando Aehako retorna de uma viagem de caça com peles extras e uma piscada para mim, é difícil não corar de excitação. Especialmente quando ele insiste em guardar algumas peles para eu fazer uma capa para mim. Ele é tão atencioso. Claro, então eu lembro do vibrador, completo até as veias, e fico toda envergonhada novamente. Naquele dia, Liz e Raahosh pararam com um trenó cheio de carne para a tribo e vão pernoitar. Eles vieram ao mesmo tempo que Cashol, um dos muitos caçadores solteiros do clã sa-khui. Eu abraço Liz, feliz em vê-la. Ela está absolutamente radiante, brilhando com boa saúde e amor por seu companheiro.
— Como está a caça? — Eu pergunto, sorrindo para ela. — Aquele seu companheiro esta mantendo você alimentada? Ela ri e dá um passo para o lado enquanto Cashol joga um dvisti morto por cima do ombro, trazendo-o para as cavernas para a tribo comer. Alguém o direciona para a caverna de solteira, provavelmente porque Tiffany está tentando fazer algo com toda a lã dvisti. Liz ri e chama minha atenção novamente. — Deus, sim. Quando não estamos transando como coelhos, estamos comendo. Tanta comida. — Ela dá um tapinha na barriga. — Raahosh está determinado a me fazer engordar. O alienígena se inclina e dá um beijo no topo da cabeça de sua companheira. — Eu vou cumprimentar meu chefe. — Ele sai na direção de Vektal. Liz o observa com um sorriso possessivo, e então ela se vira para mim. — Como você está? Como está a vida nas cavernas lotadas? — Lotadas —, eu concordo. — Estamos todos pisando um no outro. Eles estão falando
sobre
começar
uma
segunda
caverna
novamente dentro de alguns anos, assim que todos os bebês estiverem aqui. — Eles estão? Eu confirmo. — Aparentemente houve uma segunda menor nas redondezas, mas depois da doença todos preferiram se mudar para apenas uma. — Então por que não abri-la novamente? — Liz coloca o braço em volta da minha cintura enquanto nos dirigimos para as cavernas de solteira para sentar um pouco. — Porque eles não têm certeza se temos suprimentos suficientes para alimentar duas cavernas —, digo a ela. Tem sido um assunto de muita conversa ultimamente. — As cavernas ficam a meio dia de caminhada durante o bom tempo e impossíveis de chegar durante o mau tempo. Eles temem que alguém morra de fome no inverno. Por enquanto, vamos ficar aqui e ver o que acontece. Estou dividida no pensamento de outra caverna. Pode ser bom ter um pouco de privacidade... mas também me preocupo que isso se transformará em uma situação de – mande todos os
rejeitados para esse outro lugar – e também não quero que isso aconteça. — Eu não me importo com a aglomeração —, acrescento depois de um momento. — Eu... Um grito estridente ecoa na caverna. Liz e eu compartilhamos um olhar e então nós duas corremos para a caverna de solteira, de onde veio o grito. Quando chegamos lá, Megan colocou os braços em volta do pescoço de Cashol. Ele a segura contra ele, seu rosto contra ela, e seus pés não estão tocando o chão. Ela ri e grita novamente, e então nós ouvimos o som fraco de ronronar em sinfonia. — Oh merda —, diz Liz, e dá um aplauso feliz. — Vocês dois apenas vibraram? — Nós vibramos —, diz Megan, e pressiona um beijo no rosto aturdido de Cashol. — Você está bem? — Minha companheira —, diz ele com reverência, e depois a gira novamente. — Meu companheiro!
Ela beija o rosto dele repetidas vezes, e então lhe dá um beijo na boca que o deixa confuso. Até agora, há uma multidão se formando na entrada da caverna, mas Megan e Cashol estão alheios. Ela está exalando felicidade em seus olhos e ele não consegue parar de tocá-la. É como se nós nem existíssemos. O ronronar na caverna é alto o suficiente para fazer meu próprio peito silencioso se sentir quieto demais. — Este é um bom dia —, diz Vektal atrás de nós. — Nossa tribo continua a crescer e prosperar. — Você —, diz Liz quando Cashol começa a desfazer os laços em suas calças. Megan é igualmente alheia, agora lambendo sua boca com um entusiasmo que é um pouco obsceno para assistir. — Acho que devemos dar-lhes alguma privacidade. Georgie
avança,
empurrando
todos
os
espectadores, e ela abre as cortinas sobre a entrada da caverna de solteira. — Vamos deixá-los
sozinhos
—,
ela
diz
brilhantemente. — A maioria dos caçadores está de volta e temos boas notícias. Eu diria que isso é uma celebração.
Alguns gritos alegres ecoam no ar, e a conversa começa, abafando o ronronar do casal feliz. Eu me afasto, me sentindo um pouco perdida e solitária. Eu deveria estar feliz por Megan. Eu deveria. Por alguma razão, olho para a borda da caverna e vejo Aehako. Ele está me observando. E meu coração dói um pouco mais porque não posso tê-lo.
Há um chá fermentado chamado sah-sah que o marido de Maylak, Kashrem, é especialista em fazer. Cheira como o traseiro de um bico de foice (pássaro), mas o sabor é agradavelmente quente na língua e solta as inibições. A tribo está quebrando a pele após a pele do sahsah em comemoração, e todos estão festejando, rindo
e
felizes. O
velho
Kemli
e
sua
companheira pegaram seus tambores e flautas, e uma música alegre preenche a caverna,
cobrindo
qualquer
barulhinho que o casal que vibra agora possa fazer quando eles cederem às demandas de seu khui.
A filha de Kemli, Farli - ainda jovem o suficiente para não ser nada além de uma muda - tem suas tintas e desenha símbolos decorativos na pele de qualquer pessoa que se sentar o tempo suficiente para deixá-la. Eu tenho uma queda no meu coração por Farli, então eu sou um dos primeiros a cair para ela implorando, e quando terminei, ela pintou espirais em meus chifres e varreu símbolos em meu rosto e peito. Os anciãos sorriem para isso - era comum as pessoas decorarem seus corpos em comemoração a um acasalamento em seu tempo, e gostam de ver o costume revivido. Os humanos também estão entusiasmados com a pintura, e vejo como Joh-see adquire formas azuis pintadas em sua pele pálida. Kira dos olhos tristes fica por perto, observando. Há um sorriso no rosto dela, mas
não
alcança os olhos
dela. Isso raramente acontece.
Ocasionalmente, ela olha para mim e então rapidamente se afasta. Mesmo entre uma celebração, ela parece sozinha. — Posso pegar isso? — Pergunto a Farli, estendendo a mão para um pote de tintas
avermelhadas. Ela e Joh-see estão rindo com as listras que ela está pintando, e o vermelho não é usado. — Claro —, diz Farli em sa-khui. — Você vai pintar alguém? Eu aceno e gesticulo para Kira. — Ela parece que precisa de um pouco mais de comemoração. Joh-see sorri. Ela não entende nossas palavras, mas sabe de quem eu estou falando. — Tente fazê-la sorrir, por favor? Ela está me deixando pra baixo. — Deixando você para baixo, onde? Joh-see apenas ri novamente. — Deixa pra lá. Humanos estranhos. Eu pego a tinta e uma pele de sah-sah, e antes de ir para o lado de Kira, eu me inclino para Joh-see mais uma vez. — Você sabe o que é um beijo? Ela me dá uma piscada de flerte. — Você está dando em cima de mim, cara grande? Eu rio. — Você é muito difícil para mim.
Ela ri, e está claro que ela está aproveitando o sah-sah há algum tempo. Ela entrega outra cor a Farli e depois enrola uma de suas mangas de pele. — Faça nos meus braços! Espero enquanto Farli gesticula e depois começa a pintar círculos coloridos na pele de Joh-see. — Um beijo —, diz Joh-see, meditando. — Acho que Georgie e Vektal se referiram a eles como encontros de boca. Ah!! Eu vi isso por mim mesmo. Vektal coloca sua boca em sua companheira quando pensa que os outros não estão olhando, e eles se trancam juntos. Até parece que ele enfia a língua na boca dela, o que é interessante. Eu lambi uma boceta antes, mas nunca uma boca, e estou ansioso para experimentar. Eu olho para Kira. Ela se afastou da turbulenta tribo, escondendo-se em um canto para ficar fora do caminho dos dançarinos que estão começando a se mover ao ritmo da bateria. Outro filhote a caminho e outra vibração feliz é sempre motivo de comemoração. Não importa que não haja lugar para o novo casal fazer a sua casa. Há sempre espaço
para mais um, mesmo que tenhamos que dormir empilhados uns sobre os outros. Eu não me importaria de dormir em cima de Kira. Asha passeia na minha frente enquanto ando pela caverna movimentada. — Isso é para mim? — Ela pergunta quando vê a pele de sah-sah na minha mão. — Não. — Eu passo por ela e ignoro o som irritado que ela faz. Eu vou direto para Kira, que se escondeu em um canto. Ela se senta em um travesseiro de pelúcia, e há um lugar vazio ao lado dela. Bom. A humana me dá um olhar frustrado quando eu sento no travesseiro ao lado dela. — Eu não quero companhia. — Você nunca quer, olhos tristes. — Eu ofereço-lhe o chá da pele. — Sorte sua, não sou facilmente dissuadido. Kira cheira a bebida e enruga seu nariz humano minúsculo e engraçado. — O que é isso? — É... — Eu procurei a palavra certa. — Queima na barriga e faz você se sentir bem? Sim?
— Alcoólico —, ela corrige. Ela cheira novamente e oferece para mim. — Você primeiro. Eu tomo um gole saudável do chá e faço uma careta com o gosto afiado, mas o calor me atravessa um momento depois. — Forte. Ela tira a pele de mim e toma. Eu assisto seus pequenos lábios curvarem onde os meus estavam, há apenas um momento e a luxúria dispara em mim. Kira é difícil de perseguir, mas estou determinado. Ela faz uma careta ao sabor, mas toma um segundo gole. — É horrível. — Beba mais. Vai começar a ter um gosto melhor. Ela toma outro gole saudável e depois tosse, limpando a boca. — Eu acho que você está mentindo. — Talvez um ligeiro exagero —, eu digo, e quando ela tenta oferecer de volta para mim, eu recuso. — Fique. Você precisa de um pouco de álcool. — Inebriante —, ela corrige.
— Sua língua é confusa —, digo a ela, e coloco meu dedo no pequeno pote de tinta vermelha. — Suas palavras são bobagens a maior parte do tempo. — Você não está errado. Nós provavelmente devemos aprender sua língua. Voltar para a nave-mãe e conseguir a descarga cerebral que Georgie mencionou. Por – nave-mãe, suponho que ela se refira à caverna dos anciãos, que os humanos juram ser outra nave de onde nossos ancestrais vieram. Eles podem não estar errados, mas ainda é estranho para mim pensar nisso como uma nave. Enquanto ela bebe novamente, seu olhar se desvia para o grupo de dançarinos no centro da caverna. Algumas das mulheres humanas recém-acasaladas estão com seus homens, dançando em volta da piscina aquecida
e
passando
momentos
maravilhosos. Nas proximidades, meu amigo Zolaya está sendo alimentado por sua amada companheira. — Todos eles parecem tão felizes —, diz Kira com uma voz suave. — Eu deveria estar feliz por eles, não deveria?
O chá fermentado deve estar trabalhando rapidamente nela; ela está realmente falando comigo por sua própria vontade. Eu olho para os outros. — Eles não deveriam ser felizes? — Não, eles deveriam. — Ela olha para mim com aqueles olhos tristes e tristes novamente. — Sou eu, esse é o problema. Eu arrasto meu dedo com ponta de tinta pelo seu nariz pequeno, criando uma faixa. — Porque você não está feliz que eles estão felizes? Seus olhos se cruzam e ela observa a faixa. — Por que você está me pintando? — É costume quando comemoramos. Nós mostramos nossa alegria com cor. O olhar triste entra novamente nos olhos dela. — Então talvez você devesse guardar sua tinta para outra pessoa. — Bobagem. Eu aplico um pouco em seu queixo e, em seguida, faço duas mechas coloridas em suas delicadas maçãs
do
rosto. Ela
está
em
silêncio,
me
observando. Eu quero dizer coisas para flertar com
ela, para trazer um sorriso para seu pequeno rosto, mas ela parece tão desamparada que qualquer piada que eu faça parecerá tola. Termino com o rosto dela, estudo minha arte e enfio o dedo no pote de tinta novamente e começo a desenhar linhas nos delicados cordões de seu pescoço. Sua pele é tão macia sob o meu toque que faz meu pau doer instantaneamente. — Você me traz alegria. Isso não conta? Em vez do olhar que eu esperava, ela parece ainda mais triste. — Você deveria desistir de mim, Aehako. Passe suas atenções em uma garota onde você possa chegar a algum lugar com ela. — Chegar... em algum lugar? — Esta é outra frase humana desconcertante. Nós temos as palavras, mas a maneira como esses humanos as usam não faz sentido. Kira apenas suspira e tenta desviar o olhar. Eu pego seu queixo antes que ela possa. — Eu descobri o que é um beijo —, digo a ela, satisfeito comigo mesmo. Isso irá distrair Kira e tirar a tristeza de seus olhos. Espero que ela se encolha, recue e me repreenda por flertar com ela novamente.
Em vez disso, o olhar dela vai para a minha boca. Seus lábios se separam um pouco e ela se inclina. — Oh? Eu conheço um convite quando vejo um. Eu me inclino e escovo minha boca contra a dela. Não tenho certeza sobre os detalhes do beijo, mas tenho certeza de que posso descobrir. Se é algo como lamber uma boceta, eu apenas observo suas dicas. Os lábios de Kira são suaves e flexíveis, e minha mente automaticamente os imagina na minha pele. Meu pau parece pedra dentro de meus calções. Ela pressiona seus pequenos lábios nos meus e eu paro, sem saber onde levar isso. Vektal sempre parece estar devorando sua mulher. Mas então a língua de Kira roça a minha boca, e eu abro para deixá-la entrar. Ela está tomando a liderança no beijo e eu estou fascinado - e excitado. As suas mãos se enroscam na frente da minha túnica e eu a puxo contra mim, sentindo o quão frágil a humana é comparada ao meu corpo robusto e musculoso. Ela não tem chifres, nem cumes revestidos para proteger suas partes moles, e sua vulnerabilidade me assusta.
Então sua língua toca a minha e eu esqueço tudo sobre sua fragilidade. A luxúria ruge através de mim, e eu hesitantemente mexo a minha língua contra a dela. Ela tem gosto de chá fermentado, uma versão mais doce e deliciosa. E sua língua é lisa e escorregadia, ao contrário da minha que tem as cristas texturizadas que todos os sakhui tem. Ela percebe isso e um som suave de surpresa sai de sua boca. Mas ela não se afasta. Sua mão vai para o meu rosto e ela acaricia meu queixo, e continuamos a nos beijar. Minha boca inclina sobre a dela, e eu acaricio suas costas, imitando os movimentos que ela começou. Quando ela não para, continuo, meus movimentos mais fortes e ousados, questionando. Mais e mais, eu a fodo com minha língua. Isso, percebo, o que é excitante para os humanos. Isso é uma provocação com bocas, uma promessa de como será um acasalamento. Parece incrivelmente depravado. Também é uma sensação incrível. Eu não consigo parar de beijá-la. Eu vejo porque os humanos são tão viciados nisso.
Ela se afasta depois de um momento e olha para mim. Há luxúria atordoada em seus olhos também, e suas mãos estão agarradas a mim. — Venha —, murmuro, inclinando-me e passando a língua sobre os lábios
novamente. —
Os
outros
estão
ocupados
comemorando. Minha caverna estará vazia. Teremos tempo para ficar sozinhos. — E estou ansioso para explorar seu corpo humano e descobrir do que ela gosta. Ela pisca rapidamente e depois balança a cabeça. — Não, ainda não. Eu... — Sua voz desaparece e seus olhos ficam vidrados. Sua mão se move para a concha prateada que se projeta de uma orelha. Então, um olhar de horror cruza seu rosto.
Eles estão voltando. Uma pequena parte de mim sempre esperou que nós nunca veríamos a espaçonave deles novamente. Que eles esqueceriam tudo sobre a carga que eles jogaram aqui e nos deixarão viver o resto de nossas vidas aqui em paz com o pessoal de Vektal. Nós nos acomodamos, tiramos o melhor de uma situação estranha e acabamos esquecendo tudo sobre nossos sequestradores iniciais. Uma ilusão, eu acho. Mas quando os tons de passarinho dos Pequenos Homens Verdes penetram no meu fone de ouvido, todo o meu corpo tende com uma lavagem de memórias. De ser puxada do meu apartamento na calada da noite e acordar em uma mesa de exames. Do primeiro encontro horrível com os alienígenas e sua frustração comigo quando eu não conseguia entendê-
los. De ser pressionado enquanto eles forçavam - dolorosamente - o tradutor ao meu ouvido. De semanas passadas aterrorizadas no porão, cheirando a sujeira. De ter medo de fazer o menor som. As condições meteorológicas do planeta não são ideais. A recuperação de equipamentos será atrasada. Essa é a única coisa que acontece, mas é tudo que preciso ouvir. Eles estão voltando para pegar as coisas. E eu ainda tenho um tradutor no meu ouvido. Minha respiração falha, e me agarro aos braços de Aehako. — O que foi? —Ele toca meu queixo. — Kira? Eles vão me encontrar. Eles vão me encontrar e porque o tradutor não vai sair do meu ouvido, eles vão me levar de volta com eles. Oh Deus. Eu engulo um soluço. — Certamente o pensamento de visitar minha caverna não é tão terrível assim? — Sua voz é provocante e doce, e me ancora de volta a este lugar. Eu me agarro a seus braços, apertando-o com força.
Eu não posso contar a ninguém sobre isso. Os outros entrarão em pânico. Minha mente está girando. Se eles estão vindo atrás do tradutor, talvez eu não devesse estar nas cavernas. Meus pensamentos estão tão distantes que quando ele se inclina para me beijar novamente, eu automaticamente me afasto dele. Sua expressão escurece. — Sou eu então? Você não quer minhas atenções? — Eu... é apenas... complicado. — Eu balanço minha cabeça para ele. — Eu acho que vou me sentar perto do fogo, tudo bem? Talvez se eu estiver cercada por todos os outros, suas vozes alegres abafem o medo que flui através de mim.
Algo está errado. Eu vejo quando Kira se levanta
e
se
aproxima
da
fogueira
central. Ela tem um sorriso pálido no rosto para os outros. E mesmo que ela se sente com eles, sinto que seus pensamentos não estão na caverna, ou com alguém em particular. Ela
está distante, olhando para o fogo, e a veia conturbada voltou à sua testa. Talvez seja eu depois de tudo. Talvez minhas tentativas de cortejá-la a perturbem. Frustrado, fico de pé e devolvo a tinta para Farli. A comemoração não tem mais alegria para mim. Eu observo Kira por mais alguns momentos, e mesmo que ela sorria e fale com os outros, está claro para mim que ela está distraída e infeliz. Nunca fui recusado antes por uma mulher que me aproximei. Eu compartilhei as cobertas com as duas mulheres da minha idade, e ambas estavam ansiosas por minhas atenções até que encontrassem seus próprios companheiros. Minha própria mãe se refere a mim como um encantador. No entanto, esta pequena humana com os olhos tristes não pode esperar para se afastar de mim. Incomodado, eu entrego a Farli minha pele de sah-sah e vou para as minhas cobertas. Eu mudei de volta com minha mãe e meu pai e meus irmãos, já que há tão pouco espaço nas cavernas. Eu não me importo - não é como se eu tivesse uma companheira,
apesar de eu ter prazer em encontrar um lugar calmo e compartilhar prazer com Kira. Quando
chego
às
minhas
cobertas,
porém,
elas
já
estão
ocupadas. Asha está lá e enrola um dedo para mim, me incentivando a avançar. Isto não é o que eu precisava hoje à noite. Cansado, eu esfrego meu rosto com a mão, manchando a tinta que Farli trabalhou tão duro. — Por que você está aqui, Asha? — Todo mundo está na festa —, diz ela, sem fôlego. Sua mão acaricia minha cama. — Venha e junte-se a mim. Eu tenho saudade de você. Eu sacudo minha cabeça. — Vá encontrar seu companheiro, Asha. Não quero companhia esta noite. — É mentira, é claro - se Kira aparecesse no momento seguinte, eu a aceitaria de bom grado nas minhas cobertas. Mas Asha tem um companheiro, e eu sou repelido por sua atitude descuidada em relação a ele. — Eu não o quero, — diz ela, fazendo beicinho. — Eu quero você. — Eu não quero você —, eu digo o mais
gentilmente
possível. Asha
é
uma
velha amiga, apesar de estar determinada a me fazer
infeliz agora. — Nossos khuis nunca se unirão, Asha. Pare de procurar o passado. Ela se levanta e endireita o vestido de couro, olhando para mim. — Essa humana não vai ficar você também, Aehako. Melhor levar o seu prazer onde puder. Eu a ignoro quando ela sai. Eu odeio que ela esteja certa.
Na manhã seguinte, observo Kira quando me sento na caverna central e trabalho na minha escultura. Eu estou fazendo um brinquedo para Esha, que está chegando a uma idade em que ela está mexendo em todas as ervas de sua mãe e precisa de algo para distraí-la. Quando Farli era pequena, fiz seus anéis de osso, ligados através de uma escultura cuidadosa, e ela gostou do som de chocalhar. Eu farei o mesmo por Esha. Eu pego um dos longos ossos da coxa e começo a trabalhar nele. Fazendo uma cadeia de chocalhos para um filhote envolve muita
paciência e me permite sentar tranquilamente e assistir os humanos na caverna. Uma em particular sempre tem minha atenção. Kira está sentada perto da fogueira esta manhã. Que ela não está em sua caverna me diz que ela está procurando por alguém. Que ela não se aproxima de mim, machuca, mas estou curioso para ver quem ela está esperando. Ela parece cansada, círculos sob os olhos, e as listras coloridas e divertidas que eu pintei em seu rosto na noite passada se foram. Dois outros humanos sentam com ela, conversando, mas ela está distante. Quando Vektal e Georgie entram na caverna, ela fica alerta. Ah Então ela está esperando pelo chefe. Eu forço meus ouvidos, curioso para ver o que ela vai dizer. Ela cumprimenta Vektal e Georgie com bastante facilidade, e então ela se lança em seu plano. — Eu gostaria de fazer uma viagem para a caverna dos anciãos. — A nave? — Pergunta Georgie, curiosa. — Mesmo? Por quê?
Kira parece desconfortável quando responde. Seu corpo se move e ela toca a concha prateada em seu ouvido. — Eu gostaria de ver se posso remover isso. Se eu puder, precisarei obter o idioma do computador lá. E eu estive pensando. — Ela gesticula para a caverna. — Olhe ao nosso redor. Esta caverna não é uma formação natural. As portas são muito lisas, os tetos são perfeitos demais. Eu acho que quando o pessoal de Vektal chegou aqui, eles devem ter encontrado uma maneira de fazer algum tipo de corte de pedras. Eu gostaria de ver se podemos fazer isso novamente. Talvez possamos usar peças da nave e fazer novos entalhes. Precisamos de mais espaço para todos. Vektal esfrega o queixo. — É uma boa ideia. — Eu só preciso de uma pessoa como guia —, ela continua rapidamente. — Só me mande sair com um dos caçadores e tenho certeza de que posso encontrar o caminho de volta assim que alguém me mostrar o caminho... Eu estou de pé antes que ela possa terminar
sua
sentença,
meus
instintos de proteção tirando o melhor de mim. Eu passo para onde ela está falando com o chefe. Seu
plano é maluco. Os humanos não sabem nada sobre esse lugar. Eles não estão familiarizados com as neves, as criaturas, os perigos. Kira nunca conseguiria voltar se fosse deixada sozinha. Eu não vou deixar isso acontecer. — Vou levar Kira para a caverna dos anciãos. Ela olha para mim surpresa, mas percebo que ela não protesta. Ela simplesmente firma sua pequena boca humana e depois olha para Vektal. Isso me preocupa. Ela quer tanto sair que está disposta a suportar meus flertes? Ela está realmente incomodada com alguma coisa. — Você deveria levar mais, instrui Vektal. — Outros seres humanos precisam da linguagem também. A expressão de Kira fica ainda mais conturbada. — Oh, mas se for uma missão infrutífera, não quero desperdiçar o tempo dos outros. Realmente, tudo bem. — Nós podemos manter o grupo pequeno, eu me comprometo. — Talvez três caçadores e três humanos? Vektal acena com a cabeça. — Quando você vai sair? Eu olho para Kira.
Ela parece frustrada. — Eu gostaria de ir o mais rapidamente possível. — Amanhã então. Primeira luz. Vou perguntar por aí e ver quais caçadores querem ir. — Temos que levar dois humanos? Kira parece infeliz. — Qual é o problema? Georgie pergunta. Kira sacode rapidamente a cabeça e coloca um sorriso falso no rosto. — Eu odeio desperdiçar o tempo de todo mundo. Não é isso. Ela está escondendo alguma coisa, mas o que é, não tenho certeza. Eu pretendo arrancar dela, no entanto.
Depois de ser pressionada, Kira concorda em trazer as duas humanas chamadas Harlow e Claire conosco. Harlow é aquela com cabelo laranja e as manchas cobrindo sua pele. Eu me lembro dela por causa de sua coloração
incomum. De Claire não me lembro de nada, salvo que ela é extremamente quieta. Isso, e ela aparentemente está compartilhando as cobertas com Bek sempre que ela tem uma chance. Bek, claro, imediatamente se oferece para se juntar a nós com nosso grupo de viajantes. Sem dúvida, ele verá isso como tempo para passar com a sua amante humana longe da superlotação da caverna. Eu não o culpo; é por isso que eu sou a sombra de Kira. Além de protegê-la, eu secretamente espero que um dos meus flertes acerte o alvo e ela derreta em meus braços. Estou menos feliz que outros três caçadores estejam se oferecendo para ir conosco. Eles não se importam com o fato de nosso grupo ser pequeno, apenas para terem a oportunidade de passar algum tempo exclusivo com as mulheres humanas solteiras. — Afinal de contas —, diz Harrec. — Não é assim
que
Raahosh
vibrou
para
sua
mulher? Ele a manteve longe até que ela cedeu. — Ele acena para as mulheres preparando
suas
mochilas
nas
proximidades. — Eu não me importaria de ter tempo
sozinho com uma das mulheres. Talvez eu possa convencer seus khuis de que estou pronto para uma companheira. Eu franzi a testa assim que ouvi as palavras dele. — Isso não é sobre o acasalamento das fêmeas. — Não? Diga isso a Bek. Ele acha que a pequenina com a voz suave é sua propriedade, por
mais que eles
não
estão
devidamente
acasalados. Eu vou ficar longe dela, no entanto. — Ele encolhe os ombros. — Qualquer uma das outras está bom por mim. Aquela com a concha no ouvido tem olhos bonitos. Uma onda quente de possessividade passa por mim. — Você pode ir da próxima vez —, eu minto. — Haeden está chegando. — Quando Harrec começa a protestar, eu acrescento: — Ele tem que checar suas armadilhas. — E eu me apressei, furioso porque ele pensa em se aproximar de minha Kira. Ele só quer uma companheira - ele não se importa que os olhos de Kira estejam tristes ou que ela se sinta sozinha. Ele não é certo para ela. Quando os outros dois caçadores perguntam quando estamos saindo, eu lhes dou a mesma desculpa - nossa
festa está cheia. E então me aproximo de Haeden e digo a ele que desejo que ele se junte a nós. Meu amigo rude não está feliz com isso. — Você me ofereceu? — Pergunta ele, afiando a cabeça de sua lança favorita com uma pedra. — Por quê? — Porque você é o único que eu confio não pensar com seu pênis quando se trata das fêmeas humanas. — Eu cruzo meus braços e o observo, tentando manter minha voz casual. Ele grunhe e olha para mim. — Você deseja mantê-los longe da que você escolheu, você quer dizer. Eu rio, porque Haeden sempre foi capaz de ver através de mim. — Possivelmente. Mas você pode me culpar? O olhar que ele me dá é azedo. — Quais fêmeas estão indo? Joh-see? — Não, ela não está. — Bom. — Ele se levanta e sopra a poeira de osso de sua ponta de lança. — Então eu irei.
— Você quer que ela vá? Eu posso falar com Kira ... — Minha voz cai em uma risada na carranca que ele me dá. — Não? Joh-see é inofensiva. — Ela fala incessantemente —, diz ele em voz baixa, colocando uma pequena capa protetora de couro sobre a ponta de sua lança. — Independentemente de estar ou não interessado em ouvir as palavras dela. Divertido. — Talvez se você falasse com ela em vez de ignorá-la, ela perceberia o quão desagradável você é. E talvez devesse dizer a Harrec que mudou de ideia. Eu levanto minhas mãos em rendição. — Não precisa ficar irritado, meu amigo. Você vai se juntar a nós? Saímos pela manhã. Ele me dá um aceno rápido. — Mas se Joh-see aparecer, você vai sem mim.
Enquanto arrumo minha mala, o tradutor no meu ouvido torna impossível não ouvir a conversa de Aehako com Haeden. Um rubor quente
cobre minhas bochechas. Ele está perseguindo os outros caçadores porque quer ser o único a passar o tempo comigo. Fico lisonjeada, apesar de dizer a mim mesma que não deveria estar. Aehako não tem esse direito sobre mim. Eu só… desejo que ele tivesse. Mas agora os alienígenas estão voltando, e acho que é uma coisa boa que estou sozinha. Ao meu lado, Harlow faz uma careta enquanto testa um de seus sapatos de neve que ela fez. — Esse está se partindo, eu acho. A madeira não é verde o suficiente. Ou, rosa? — Ela tira o sapato e examina. É feito de tiras de couro e a madeira das arvores cor de rosa que se agrupam do lado de fora das cavernas. — Eu preciso de um novo ramo. Ela fica de pé e tira a poeira de suas calças de couro macio. — Vocês querem vir comigo? Precisamos fazer um par para Claire de qualquer maneira. Eu me levanto, abandonando meu bando. A parte culpada de mim quer continuar a ouvir a conversa de Aehako, mas eu não
deveria. — Eu vou com você. Eu já tenho sapatos, mas Claire raramente sai da caverna, então ela não tem. — Eu vou ficar dentro —, diz Claire em sua voz pequena, e ela trabalha ativamente em reembalar sua bolsa. Uma rápida olhada ao redor mostra Bek pairando nas proximidades. Ah. Eu dou de ombros com meu manto de pele e um par de luvas, e então pego facas de cabo de osso para mim e Harlow. Nós saímos da caverna para a neve e andamos um pouco mais abaixo no caminho, em direção ao espesso arvoredo das árvores cor-derosa. Eu ouço passos esmagando atrás de nós e sei que um dos caçadores está nos seguindo. Eles são sempre muito cuidadosos em manter as humanas observadas - não por nada negativo, mas simplesmente porque não temos a menor ideia sobre mundo. Eles
não
querem
que
machuquemos. Harlow estuda as árvores. — Eu gostaria que eles tivessem muitos galhos como as árvores em casa. Isso tornaria isso muito mais fácil.
nos
esse
Concordo com a cabeça, entrando na floresta de árvores. Alguns deles têm um ramo dividido no topo, onde se bifurca para fora, mas na maior parte, as árvores são retas no ar, com apenas folhas de plumas que saem da casca. Eles se parecem com um grande cílio coberto por muitos pequenos cílios. — Vamos apenas usar mudas, então? Vai raspar menos. Nossas raquetes de neve são criações simples - são um longo pedaço de madeira torcido em forma de lágrima e amarrados no calcanhar. O couro foi entrecruzado para fazer uma malha para o centro, e eles estão amarrados ao pé. A boa notícia é que eles não exigem muita construção, então devemos ser capazes de cuidar deles facilmente. Harlow e eu escolhemos uma árvore. É um pouco mais curta do que gostaríamos,
mas
se
cortarmos
diretamente
na raiz, deve ser longa o suficiente para o peso leve de Claire. Harlow escolhe uma muda próxima e nós duas começamos a trabalhar cortando a haste. O tempo está mais frio do que o normal hoje, com grandes flocos de neve caindo dos céus cinzentos. Eu me preocupo que eles pensem que o tempo não esteja bom
o suficiente para nós viajarmos e atrasem nossa viagem. Eu preciso ir. Em breve. Quanto antes melhor. Eu cavo a neve com minhas luvas, procurando pela raiz. O chão aqui, uma vez que eu cavo o suficiente para encontrá-lo, tem um curioso tom azulado, e eu o surpreendo. Apenas outro exemplo de como esse lugar é diferente de casa, suponho. Limpo um pouco mais a sujeira, observando ironicamente que eu cavei quase dois metros na neve, e estamos na encosta, o que significa que é menos profundo aqui do que em
outros
lugares.
Um
momento
depois,
descubro
algo
esbranquiçado e começo a cavar. Esta planta não tem uma raiz principal, como eu esperava. Tem um ... bulbo. Como um nabo? Animada, cavo com minha faca e minhas luvas, ignorando minha tarefa original em favor dessa nova. Quando descobri a planta em sua totalidade, encontrei uma raiz parecida com um bulbo, do tamanho de uma bola de praia. Tem cheiro de mata e é de cor esbranquiçada, e quando eu a levo para a neve, Harlow vem para o meu lado para dar uma olhada.
— Isso é uma batata? — Ela pergunta animadamente. — Eu não sei. Você acha que é comestível? — Eles só parecem comer carne por aqui. — Estou disposta a tentar —, diz ela com uma risada. — Eu era vegetariana antes. Isso tem sido difícil para eu me adaptar. Aposto. Nós vimos a haste amadeirada para as raquetes de neve, e eu carrego o próprio tubérculo para dentro, satisfeita. Talvez possamos trazer alguns aspectos da nossa dieta humana para essas pessoas e aumentar a comida de todos. Eu gosto do pensamento de contribuir em vez de apenas tomar constantemente. Naquela noite, comemos fatias de raiz assada junto com nossa carne crua. A própria raiz é declarada comestível por Kemli, uma mulher mais velha que é especialista em plantas da tribo. Ela está confusa porque nós queremos comer,
mas
todo
mundo
experimenta as fatias cozidas e eu vejo as mãos procurando por segundos pedaços. Estou feliz e satisfeita.
Eu fico menos contente quando Aehako me puxa de lado. — Você quer atrasar a viagem? Está ficando mais frio a cada hora. — O que? Não! Não seja ridículo. Está tudo bem. Suas sobrancelhas se juntam e ele acena para a entrada da caverna. — Venha. Eu vou mostrar a você. Eu termino minha mordida na não-batata e vou atrás dele. Uma brisa amarga está vindo da frente da caverna, mas suponho que isso apenas reforçaria sua decisão de ficar se eu pegar minha capa. Então eu engulo, cruzo os braços sobre o peito e o sigo enquanto ele me leva para o ar da noite. Outro pé de neve caiu desde o início da tarde e o ar está definitivamente mais frio. Aehako dá alguns passos para fora e depois se vira para mim. — O vento mudou os padrões, diz ele, apontando para o céu. — Agora está soprando do leste. — Bem, a palavra que ele diz não é o leste, mas é para
isso
que
o
tradutor
a
transforma. — Ele vai bater nas montanhas e depois voltar para cá, o que significa ainda mais neve.
— Então? — Eu digo, tentando parecer indiferente. — Sempre neva. O que isso importa? Ele caminha de volta para mim. Estamos fora da luz quente que vem de dentro da caverna, e é mais escuro aqui do que eu esperava. Eu instintivamente me aproximo da parede da caverna para bloquear a brisa, e não posso dizer que estou triste quando Aehako se move na minha frente, bloqueando ainda mais o vento frio. — Os seres humanos são frágeis —, diz ele. — Eu não quero que você se machuque nesta jornada. — Ele estende a mão e escova uma mecha de cabelo do meu rosto. — Você pode ser feroz em espírito, mas seu corpo é insignificante. — Insignificante? — Eu engasgo e dou um leve puxão no braço dele quando percebo que há um sorriso brincalhão no rosto dele. Ele está me provocando. — Suas mãos já estão como gelo —, diz ele, tomando meus dedos nos dele. — Mesmo o seu khui não consegue acompanhar esse tipo de frio. — Seu aperto irradia calor e ele puxa minha mão para a boca e sopra ar quente sobre ela.
Por alguma razão, isso faz meus mamilos picarem. Seu toque é terno e carinhoso, e o olhar de provocação que ele me dá é totalmente Aehako. — Temos que ir muito em breve —, digo-lhe em voz baixa. — É importante. — Algo incomoda você —, diz ele, colocando minha mão entre as suas e esfregando meus dedos para mantê-los aquecidos. — Você vai compartilhar comigo o que é? Oh Deus, eu realmente quero. Eu me aproximo dele e ofereço a ele a minha outra mão para que ele possa dar o mesmo tratamento, e ele a pega, gentilmente colocando-a nos dedos e esfregando os seus dedos nos meus dedos frios para aquecê-los. Mas se eu contar a ele, ele tentará mobilizar os outros para me salvar? Suas lanças e cordas não farão muito contra a tecnologia alienígena que eu vi. Então eu venho com uma mentira. Ou uma meia mentira, de qualquer forma. — Eu só… me preocupo que os alienígenas voltem. Eu me preocupo que cada dia aqui possa ser o nosso último. Que eu vou acordar
amanhã e me encontrar de volta na nave alienígena, uma prisioneira novamente. Espero que ele me dê palavras reconfortantes. Para me dizer que não é o caso. Que estou segura com ele. Em vez disso, ele sopra suavemente em minhas mãos novamente e diz: — Ninguém pode prever o que vai acontecer amanhã, Kira. Eu posso cair de um penhasco e quebrar meu pescoço. Eu posso pegar uma doença khui. Ou… eu poderia viver para ser velho e grisalho como Kemli e seu companheiro Borran. — Ele encolhe os ombros grandes. — Mas sei que viver com medo do que pode acontecer, nos impede de aproveitar o que temos hoje. Estranhamente, suas palavras me fazem sentir melhor. Eu deslizo um pouco mais pra perto dele, compartilhando seu calor. — não poder desligar minha mente o suficiente para viver o momento. Eu gostaria que pudesse. — Eu posso lhe mostrar como —, ele murmura. Eu olho para sua boca, fascinada pelos flashes de dentes afiados por trás daqueles lábios suaves e
Receio
sorridentes. Eu não deveria beijá-lo. Eu não deveria querer beijálo. Meu tempo aqui é limitado. Os alienígenas maus estão voltando, e eles virão direto para mim, porque eu ainda estou usando esse fone de ouvido estúpido. Mas eu estou tão ridiculamente atraída por Aehako que é insano. Eu quero que ele me toque. Eu quero seus beijos e sua atenção. Eu quero flertar com ele, mesmo que cada grama do meu ser diga que é uma má ideia. Porra, quero flertar para ser uma boa ideia. — A vida pode ser doce, mesmo se você levar um dia de cada vez — , ele murmura, e seus dedos vão para o meu cabelo emaranhado, afastando-o do meu rosto. Eu me inclino para o toque dele. Eu não posso evitar. Eu me senti tão isolada e sozinha desde que fomos levadas. Eu quero
ser
capaz
de
relaxar
em
segurança. Quero que alguém me abrace e me diga que tudo vai ficar bem. — Tenho medo de não ter muitos dias —, confesso a ele. Minha mão cobre a dele e eu seguro na minha bochecha. Ele tem o cuidado de não tocar no odiado tradutor que se projeta do meu
ouvido, mas estou muito consciente disso ali. Mesmo agora, ele canta e fala de dentro da caverna na minha cabeça. Eu odeio que não fique quieto. Eu quero silêncio. Eu quero um fim para toda a preocupação e ansiedade. Aehako se inclina e inclina meu rosto para ele. A intenção está escrita em todas as linhas do seu rosto. Ele vai me beijar. Ele também está se movendo devagar o suficiente para que eu possa detê-lo a qualquer momento, se eu não quiser. Mas eu quero. Então eu pego um dos seus grandes chifres e o puxo para mais perto de mim, fechando a distância entre nós. Sua boca encontra a minha e depois estamos nos beijando avidamente. Sua boca desliza sobre a minha, sua língua busca profundamente em minha própria boca, e por um tempo, eu esqueço tudo alienígenas.
Eu
cirurgicamente
me preso
esqueço ao
do
meu
tradutor ouvido.
Eu esqueço tudo, menos os lábios macios do homem que me beija e seu gosto maravilhoso. Do suave choque de nossos dentes quando nosso beijo fica muito entusiasmado. Do jeito que sua língua persuade
sobre
contra a minha, me encorajando a ser tão agressiva quanto ele. Sua mão desliza para o meu peito e ele me empurra de volta - e para minha surpresa, percebo que estou pressionada contra o penhasco, a rocha lisa dura contra a minha espinha. Sua mão vai para o meu peito, sua boca nunca se levanta da minha. Eu dou um pequeno grito de surpresa contra os lábios dele, quando seu polegar roça meu mamilo. Esse pequeno toque envia raios de prazer por todo o meu corpo, soltando terminações nervosas que eu não percebi que tinha. Meu pulso martela através de mim e eu quero que ele faça isso de novo. Eu quebro nosso beijo e olho para ele, ofegante. — Eu… — É demais? — Ele pergunta, sua voz baixa é rouca é tão sexy que me faz querer derreter na neve. — Você está com muito frio? — Suas juntas levemente traçam um rastro entre meus seios. — entrar? Mais uma vez, ele está me deixando levar. Sou mais arisca que um cervo, insegura e tremendo de uma só vez. Eu sei o que quero, mas brigo com o bom senso.
Vamos
E se eu me deixar me apegar a Aehako e ele vibrar para alguém amanhã? E se os alienígenas me levarem quando eu ceder ao anseio que está passando por mim? Seu polegar roça meu lábio inferior inchado. — Um dia de cada vez —, Kira, ele murmura. É como se ele pudesse ler minha mente. Mesmo se o amanhã for para o inferno, nós temos hoje. Talvez eu precise reivindicar hoje para mim mesma. Talvez eu precise fazer algumas memórias para levar através das coisas ruins que estão pela frente. Então eu pego sua mão na minha e olho para ela. Somos tão diferentes, ele e eu. Minha pele é branco rosado da carne humana não bronzeada; o dele é o azul do seu povo e camurça na sensação. Três grandes dedos e fortes com ponta de unhas azuladas
e
brilhantes
em
quadrados
bruscos. Minha mão parece positivamente minúscula contra a dele, mas não me sinto ameaçada por ele. Sinto-me segura. E então eu pulo. — Sua mão está fria —, digo a ele em voz baixa.
Por um momento, o desapontamento cintila em seus traços normalmente risonhos. Ele começa a se afastar, vendo minha resposta como um declínio de suas atenções. Mas eu aperto a mão dele, não querendo deixar passar. Em vez disso, eu o guio por baixo da minha camisa de couro macio e a coloco contra o meu estômago quente, meu olhar encontrando o dele. Eu estou deixando ele saber que eu quero continuar. Que eu quero mais disso. Mais dele. Que eu estou vivendo hoje. Um gemido baixo ressoa através do meu tradutor, e ele se inclina para frente, pressionando sua testa enrugada contra a minha suave. — Você vai desfazer todas as minhas boas intenções, Kira. — Eu não sabia que você tinha boas intenções —, eu digo a ele, me sentindo
com
falta
de
ar
e
um
pouco
sedutora. Esta não sou eu, para ser uma provocação. Mas eu gosto de pressionar meus limites com ele. E eu amo a resposta dele. Seus dedos acariciam meu estômago sob a minha camisa e sinto cócegas. Eu me contorço um pouco, e
quando o nariz dele cutuca o meu e então sua boca roça nos meus lábios, eu me abro para ele, aceitando seu beijo. Eu quero mostrar a ele que ele não mencionou suas boas intenções, mas de repente elas parecem sem importância. Eu só quero mais carícias. A mão de Aehako passa sobre minhas costelas e então sobe minha camisa, acariciando a esfera do meu peito. Eu respiro fundo, percebendo o quão grande é a mão dele. Meu peito deve ser positivamente pequeno para ele. Eu penso nas mulheres grandes e fortes de sua tribo. Eu ainda sou um pouco frágil por causa das semanas de fome e cativeiro. Meus seios certamente não são o que costumavam ser, e também não eram super impressionantes. Mas, seus dedos traçam a curva de um seio e ele beija meu lábio inferior, sugando-o suavemente. Jesus. Para um homem não sabia como beijar até ontem, ele é muito bom nisso. — Você é linda, Kira. Tão delicada quanto um bico de foice. O elogio me parece estranho, e uma risada nervosa escapa da minha garganta enquanto imagino um tucano assassino. Não
que
é uma imagem mental sexy. — O que é um bico de foice? — Shhh —, diz ele. — Não é importante. Seu polegar roça meu mamilo novamente, e então circula. Eu respiro fundo. Seu toque parece uma perfeição absoluta. Eu fecho meus olhos, minhas pernas fracas contra o ataque de sensações. Eu sinto seu braço grande ao redor da minha cintura, me apoiando mesmo comigo perdendo a firmeza contra a parede. Ele não me deixa cair. Todo o tempo, ele pressiona beijos suaves e atenciosos no meu rosto. — Diga-me se o meu toque for demais —, ele murmura e, em seguida, coloca a sua boca sobre a minha. Nunca é demais. É tão bom que mal consigo pensar direito. Pela primeira vez, a interminável tagarelice no meu fone de ouvido não parece importar. Tudo o que existe é o grande corpo de Aehako pressionando contra o meu, o braço dele segurando minha cintura, e aquele polegar que se arrasta sobre o meu mamilo duro como uma pedra.
— Você é tão suave, Kira, diz Aehako, aninhando no meu ouvido não modificado. Ele morde suavemente meu lóbulo da orelha e isso causa arrepios por todo o meu corpo. Eu me apego a ele, perdida em sensações. — Você é suave em todos os lugares? — Ele reflete. — Se eu explorasse você entre suas pernas, eu acharia você tão suave? Oh Deus. Um protesto suave sobe aos meus lábios e depois permanece não dito. Eu não quero pará-lo. Eu quero que ele descubra tudo de mim e continue me tocando. Eu me toquei antes, mas nunca me senti tão bem quanto suas carícias. Minha respiração está ofegante e irregular enquanto ele gentilmente escova sua boca sobre a minha, e então sua mão vai para o cós das minhas leggings. É um cordão, já que botões e zíperes não foram inventados aqui, e eu pareço desmoronar no momento que o nó se desfaz. Minhas calças deslizam pelos meus quadris alguns centímetros, soltas, e todo o meu corpo está tenso de antecipação. Seus dedos acariciam minha barriga. — Você tem permissão para me tocar, também, olhos tristes —, diz ele em voz baixa e divertida.
em
Oh. Eu pisco meus olhos abertos e percebo que minhas mãos são punhos enrolados contra seu peito, imóveis. É claro que ele gostaria de ser tocado também. Eu sou tão idiota. Eu achato minhas palmas e agarro sua túnica. Há laços na gola e eu me atrevo com elas, sempre consciente de seu olhar no meu rosto e sua mão acariciando a pele macia da minha parte inferior do estômago. Eu não sei como eu espero me concentrar com tudo isso acontecendo. Então eu foco, tentando abafar tudo, menos a tarefa em mãos. Operação: toque em Aehako. Eu puxo os laços de seu colarinho, soltando-os até que eles se abrem e revelam uma extensão de peito azul e musculoso. Minha mão desliza sob o tecido e eu o toco, surpresa por sentir a textura áspera de mais sulcos em seu coração. Eu sempre esqueço que esses alienígenas têm uma pele mais rígida sobre as partes sensíveis do corpo. — Você é duro aqui —, murmuro para ele, deslizando meus dedos sobre o estranho pedaço de pele. — E você é tão suave em todos os lugares, não é? Eu acho fascinante. — Seus dedos mergulham mais baixo e roçam os cachos dos meus pelos pubianos. — Ah… e isso. Eu esqueci disso.
Minhas pernas se apertam automaticamente e eu pego a mão dele em humilhação. Está certo. Os alienígenas não têm pêlos no corpo como os humanos. Nós devemos parecer grosseiros para eles. — Eu, eu, eu ... Não consigo pensar em nada para dizer. Desculpe pelo mato? Não há gilete aqui? Ele ignora minha pressão em seu pulso e arrasta um dedo pelos meus cachos, explorando-os. — É diferente do que o cabelo em sua cabeça, não é? — Ele esfrega a boca sobre a minha longa franja, testando-os com os lábios. — Muito interessante. — Aehako, por favor —, eu sussurro, meu rosto queimando. — Eu só… —
Não
fique
envergonhada. Eu
estou
aprendendo suas diferenças. Eu gosto delas. — Ele se inclina e beija minha boca novamente, em seguida, puxa suavemente meu lábio inferior e chupa. Isso me distrai e me transforma em mingau de novo, e quando ele o solta, ele sussurra: — Vou acrescentar à
minha lista de sensações para pensar quando eu esfregar meu pau. Meus olhos se arregalam. Ele vai pensar no meu pêlo pubiano quando ele se masturbar? Por que isso é tão… excitante? Eu inalo profundamente e olho novamente para o peito grande e largo. Eu poderia
pará-lo,
mas
...
eu
não
quero. Apesar
do
meu
constrangimento, quero que sua mão exploradora vá mais longe, para que ele consiga ainda mais material para sua lista. O que é terrível e malcriado de mim, mas não consigo me importar no momento. Eu deslizo minha mão de lado em seu colarinho, sentindo o seu peitoral grosso. Deus, é como uma laje de pedra. Eu roço contra algo duro e percebo que é seu mamilo. Curiosa, eu arrasto meus dedos sobre ele, explorando. Eu nunca pensei em meus próprios mamilos tão macios até sentir o dele. É tão áspero quanto a pele em seu coração. Tão estranho. — E agora você está adicionando às suas sensações, não é Kira? — Ele respira, seus olhos brilhando quentes. — Então você
pode pensar em mim quando você se toca no seu beliche tarde da noite. Eu posso sentir meu rosto ficando quente com o pensamento de fazer uma coisa dessas. Eu quero protestar que eu não iria, mas ... eu tenho medo que isso seja uma mentira. E ele é arrogante o suficiente para assumir que eu estaria pensando nele. O que também não é mentira. Eu mordo meu lábio e puxo minhas mãos de seu peito, em seguida, movo para sua cintura. Eu quero continuar a tocá-lo, mas no momento em que minhas mãos deixam o calor de suas roupas, o frio do ar livre se arrasta novamente. Eu me movo sob a saia de sua túnica curta e escovo meus dedos sobre suas coxas fortes. Ele usa botas até o joelho, mas tem a pele nua embaixo que me choca. É como um escocês com um kilt, e me pergunto se ele está usando qualquer coisa sob esse kilt. E eu me pergunto se sou corajosa o suficiente para descobrir. Sua respiração sibila quando meus dedos arrastam um músculo da coxa. — Continue me explorando, Kira. Eu não pretendo parar com você. —
E sua boca captura a minha novamente assim que seus dedos se movem para baixo e tocam minhas dobras. Ele geme na minha boca e engole o meu suspiro de surpresa ao toque. Com os dedos dele, posso sentir muitas coisas. Eu posso sentir o quão grande é a mão dele, quão grosso e contundente são os dedos dele. Quão quente sua pele é. Quão muito, muito molhada estou entre as minhas pernas. Eu estou sem calcinha. Não há couro que faça uma boa calcinha extraterrestre, e assim aprendi a ficar sem ela, mesmo que pareça chocantemente nua. Agora mesmo, estou feliz pela falta de calcinha, porque seus dedos acariciam minha umidade e ele geme novamente. — Eu aposto que este gosto é o mais doce néctar. Eu gemo novamente, meus dedos cavando em sua coxa com o pensamento dele saboreando meus sucos. A língua de Aehako bate na minha, enquanto
seus
dedos
exploram
minhas dobras. Eles arrastam sobre meus lábios, encontram a entrada do meu núcleo que me
faz ofegar e enrijecer, e então deslizam de volta para o meu clitóris. Quando ele toca isso, minha respiração explode. — Ahh —, diz ele, e ele parece tão satisfeito consigo mesmo. — Eu encontrei seu terceiro mamilo. Meu o quê? Eu deveria corrigi-lo. Realmente deveria. Mas seus dedos estão deslizando sobre ele como ele fez com o meu peito e é tão incrível que eu grito e me agarro a ele, incapaz de fazer qualquer coisa além de me perder com a sensação. Sua boca captura a minha mais uma vez, enquanto minha perna se prende a sua, e então eu praticamente estou escutando sua mão enquanto ele começa a brincar com meu clitóris, seu polegar esfregando-o para frente e para trás enquanto eu choramingo e mexo contra ele, cheia de desespero e necessidade. Minha língua entra em sua boca e eu estou sem mente com luxúria. Estou tão perto de gozar, e devo dizer a ele para tirar a mão dele.
Mas então ele muda o beijo, passando a língua contra a minha boca e, em seguida, pressiona mais deles no meu queixo, na minha bochecha e se move para o meu ouvido. Ele mordisca meu lóbulo da orelha novamente e depois chupa, mesmo quando as pontas de seus dedos arrastam sobre o meu clitóris. E eu estou quase. Com um gemido baixo, eu gozo. Eu gozo com tanta força que todo o meu corpo estremece com a força do meu orgasmo. O mundo se inclina, e não há nada além do ranger da minha respiração e a sensação do corpo quente e duro pressionado contra mim, e o insistente esfregar dos dedos dele contra o meu clitóris. Um estouro dispara através de mim e eu gozo, e em vez de Aehako se afastar, ele continua a acariciar meu clitóris, me levando a um tom de febre ainda maior. Eu não sei o que pensar. Toda vez que me toquei, no
momento
em
que
gozo,
paro. Tarefa
concluída. Mas ele ainda está me tocando e eu não consigo lidar com isso. Um grito alto escapa da minha garganta quando eu gozo de novo, mais forte, mais afiado, e sua boca cobre a minha para abafar o som. E eu continuo gozando.
No momento em que os tremores secundários rolam pelo meu corpo, eu estou tremendo e sensível, e dou um pequeno protesto quando os dedos dele se afastam do meu clitóris. Eu olho para ele, atordoada, quando Aehako me beija no nariz uma última vez e depois leva seus dedos molhados à boca. Está tão frio lá fora que eles já estão congelando, mas ele lambe o orvalho gelado deles e sua garganta ronca de prazer. E eu apenas olho. O que acabamos de fazer?
As mãos de Kira estão apertando minha bunda, tão perto da minha cauda, que está me deixando nervoso. Eu não sei se ela percebe o que está segurando - a julgar pelo olhar vidrado em seus olhos, eu não sei se ela está muito ciente. E eu estou presunçoso com o pensamento. Eu
gosto
que
completamente sem sentido.
eu
a
fiz
ficar
Ela é minha. Vibrando ou não, Kira é minha mulher, minha companheira, e eu vou desafiar qualquer macho que pense diferente. Eu a seguro possessivamente, observando as expressões se movendo sobre seu pequeno rosto humano. No momento em que ela vem para si mesma, o olhar triste retorna aos seus olhos. Eu não posso deixar isso acontecer. Então eu a cutuco com mais um beijo e depois sussurro: — Suas mãos estão quentes o suficiente? Ela pisca para mim, nebulosa, e então pula para longe como se estivesse queimada quando percebe que está segurando minha bunda. Seu rosto é vermelho cereja, seu nariz do frio e suas bochechas de vergonha. — Nós não deveríamos ter feito isso. O
meu
lado
masculino
possessivo
instantaneamente se torna maior com o pensamento. Por deveríamos? Eu
que vejo
quando
não ela
coloca as calças para trás ao redor de seus quadris e amarra seus laços. — Por que não
deveríamos? Você não se divertiu? Não fiz você estremecer de prazer? Seus dedos pressionam a minha boca para me silenciar, e ela olha em volta para ver se mais alguém está assistindo. Acho isso divertido, considerando que um momento atrás ela estava gostando de seu prazer quando gozou. Quando ela está satisfeita que ninguém mais está por perto, ela olha para mim novamente, reprovando em seus olhos. — Por que não deveríamos fazer isso? Eu questiono novamente. — Estava bom. — Sim, mas não estamos ligados! Com a minha sorte, você poderia acasalar com alguém amanhã. — Ah, eu vejo. — Mas isso é hoje à noite. E eu me inclino para outro beijo e fico frustrado quando ela vira a boca de lado. — Eu sou virgem —, diz ela. — Eu não estou familiarizado com esta palavra.
— Eu nunca fiz sexo com ninguém. — Seu rosto está adoravelmente vermelho novamente. Eu me pergunto se vai ficar assim se ela ficar constrangida o suficiente? — E? — E eu deveria me guardar para um companheiro! Desde que eu tenha um. — Sua expressão fica triste novamente. Estou confuso com essa lógica. — Por que você deveria se guardar? — Ele não vai querer ser o único a me tocar? Eu bufo. — Eu acho que ele prefere que você saiba o que está fazendo. Que tipo de macho usaria sua busca de prazer contra você? Sua sobrancelha sobe, mas uma sugestão de um sorriso curva sua boca. Ela está suavizando para mim. — Esse não é um modo muito humano de pensar. Abro os braços e gesticulo. — Olhe para este macho na sua frente. Ele parece humano para você? Kira me dá outro meio sorriso e depois balança a cabeça. Ela olha para o céu, onde uma neve
mais pesada começa a cair, cobrindo-nos nos flocos pálidos. — Você acha que vai diminuir até amanhã? — Eu acho que não. Ela parece desapontada. — Podemos atrasar a viagem. Um dia ou dois não importa. Mais uma vez, o pânico cruza seu rosto. Ela sacode a cabeça. — Nós não podemos. — Kira —, eu digo, colocando a mão na bochecha dela. Isso não é sobre prazer ou acasalamento. Isso é sobre outra coisa que está errada, e ela vai me dizer o que é. — O que é que você não está compartilhando? Ela pisca para mim e eu posso ver os pensamentos em sua cabeça. Algo a incomoda e ela está apavorada em compartilhá-lo. Seus grandes olhos estão tão tristes que fazem meu peito doer. Eu tiraria essa tristeza dela, se pudesse. Se ela me permitir.
Ela morde o lábio. — Não é nada. — Não, não é nada, e se você não me disser, eu entrarei naquela caverna e contarei a todos o que fizemos juntos. — Não que eles se importem, mas eu sei que a tímida Kira ficará incomodada com o pensamento. Seus lábios se abrem e por um momento, acho que ela quer outro beijo. Mas então sua boca se fecha e ela faz uma careta para mim. — Você não está sendo justo, Aehako. — Eu não estou —, eu digo agradavelmente. Eu não serei justo quando se tratar dela. Ela é minha. Eu toco sua bochecha. — Mas você vai me dizer o que a incomoda, de qualquer maneira. Ela morde o lábio novamente e seus dedos tocam a coisa estranha de metal que projeta de sua orelha. — Se… Se eu disser, você não pode contar a ninguém. Nem a Bek, nem Vektal, nem ninguém. Como se eu dissesse a Bek qualquer coisa. O macho não tem nada além de nevascas entre as orelhas. Mas eu aceno.
Suas mãos se fecham em punhos e, em seguida, ela cruza os braços sobre o peito. Não com raiva, eu percebo, mas... abraçando a si mesma. Protegendo a si mesma. — Os outros estão voltando —, ela sussurra. — Os aliens. E acho que eles podem me encontrar.
— Conte-me tudo. Ela torce suas pequenas mãos humanas e faz exatamente o que eu ordeno. Suas preocupações aumentam - as coisas que ela ouve da estranha concha em seu ouvido e a preocupação de que eles estejam voltando para buscá-la. Enquanto ela fala, eu vejo o terror gritante em seu rosto, e eu sinto que ela estava escondendo isso dentro dela, que Kira sente que é um fardo que ela deve arcar sozinha. Ela não está sozinha, no entanto. Ela é minha. Quando ela termina de falar, ela limpa os cantos dos olhos, afastando as lágrimas antes que elas possam congelar em suas bochechas. — Diga alguma coisa? — Ela me pergunta. — Podemos remover a concha do seu ouvido? Ela sacode a cabeça e passa a mão.
— Eu tentei. Está presa ao meu ouvido, às vezes acho que deveria cortar toda a orelha, mas me preocupo com uma parte que penetra mais fundo na minha cabeça. Ela morde o lábio. — Eu não quero me lobotomizar. Eu não conheço essa palavra, mas eu entendo o que ela está dizendo - ela é sábia para não brincar com coisas que ela não entende. — Então devemos tirar isso de você. Eu acaricio uma mão sobre o cabelo dela. — Eu ainda vou com você —, Kira, mas devemos contar aos outros. Não é certo trazê-los conosco se isso coloca suas vidas em perigo. Seu rosto se contrai um pouco. — Você acha que eu estou colocando-os em perigo? Essa é a última coisa que quero. Eu quero ficar longe da caverna para que ninguém esteja em perigo além de mim.
— Se você acha que eles estão vindo atrás de você. — Eu digo, considerando o dispositivo alienígena preso à sua cabeça. — Então é melhor que não estejamos perto dos outros. Você não concorda? — Você está certo. Eu deveria ter dito algo mais cedo. Kira parece derrotada. — Não há vergonha de ter medo. — digo a ela, e inclino o queixo para cima para que ela olhe para mim. — Eu não vou abandonar você. Não tenha medo. A preocupação enruga sua testa. — Mas não é seguro. — O que neste mundo é seguro? — Eu provoco. — Eu poderia morrer amanhã de uma queda ou comida ruim. — Não diga coisas assim. Os olhos de Kira brilham com mais lágrimas. — Você estaria seguro se não fosse por mim.
— Eu ficaria sozinho e triste se não fosse por você. — digo a ela. — Você acha que não vale a pena um pouco de risco? No silêncio dela, eu continuo: — Eu acho que vale. O sorriso corajoso que ela me dá balança um pouco. — Eu estou assustada. — Devo ir a suas cobertas esta noite e distraí-la até que você não esteja mais com medo? Ela enterra o rosto no meu peito. Apenas sua pequena risada me diz que seu humor se iluminou um pouco ao compartilhar seu fardo. É o suficiente que ela confia em mim com isso. Em breve, ela vai confiar em mim com todos os seus segredos. Então ela não vai mais lutar contra o pensamento de ser minha companheira. Mas primeiro devo ajudá-la a livrar nossos
céus
daqueles
procurariam tirá-la de mim.
que
Eu mentalmente adiciono mais armas aos meus suprimentos de viagem.
A manhã seguinte
Não foi fácil confessar a Vektal e aos outros a verdade sobre o motivo de querer visitar a espaçonave dos anciãos. Eu me sinto envergonhada, como se fosse minha culpa. Eu vejo a preocupação no rosto de Georgie e nos outros, e me sinto responsável. Eu estourei sua bolha feliz e trouxe o medo de volta. Apenas a mão forte de Aehako nas minhas costas me impede de fugir como uma covarde. Eu não entendo porque ele me apoia em tudo isso, mas eu sou grata por isso. Então, muito grata. — Você já ouviu de novo? — Pergunta Georgie. Sua voz é calma, mas há um sulco de preocupação em sua testa. Enquanto observo,
Vektal enlaça a mão em seu cabelo encaracolado, como se para ancorar-se a ele. Eu sacudo minha cabeça. — É melhor prevenir do que remediar, no entanto. Eu quero essa coisa fora do meu ouvido, e que todos os vestígios dela desapareçam. Se a nave dos anciãos puder fazer isso —, vale a pena tentar. — E se não der certo? — A voz de Georgie é gentil, apesar de sua pergunta me perfurar a alma. — Não sei o que farei se não puder removê-la. Eu não posso voltar e ser um perigo para os outros. Eu vou atravessar essa ponte quando chegar lá, suponho. — Ponte? — Vektal pergunta. — Maneira de dizer, amor. Georgie dá um tapinha no ombro. — Não é nada para se preocupar. — Aconteça o que acontecer, eu não vou trazê-los de volta aqui, eu prometo. — eu digo a ela.
— Mesmo sob pena de morte - ou pior, minha própria re-captura, não vou entregar os outros. Eu só espero que os alienígenas vão embora sozinhos. Ela morde o lábio e olha para seu companheiro, o chefe. Então, Georgie olha para mim. — Eu não quero contar aos outros se não precisarmos. Eu não quero preocupá-los com nada. Ariana não está mais chorando e Claire não está se encolhendo quando eu falo com ela. E Megan... — Eu concordo. Megan acabou de acasalar com Cashol. Ela está irradiando felicidade. Eu não posso tirar isso dela. — Vou dizer aos outros que os planos mudaram e que não precisamos mais deles. — Eu ainda estou indo. — diz Aehako, teimoso. — Eu não vou deixar Kira sair do meu lado. Eu vou mantê-la segura. Ele olha para mim, e eu tenho que lutar muito para manter o rubor longe do meu rosto, lembrando o que aconteceu na noite passada.
— Eu suspeito que Haeden irá me acompanhar, se eu pedir. Ele não tem família para arriscar. — Eu posso ir sozinha! — eu protesto. Não gosto de pensar em colocar os outros em risco. — Apenas me aponte para a nave. Aehako franze a testa para mim, me atordoando em silêncio. — Eu não vou permitir isso, diz ele. — Eu vou mantê-la segura. — Tão protetor. — comenta Vektal. — Tem certeza de que não há vibração entre vocês dois? — Se a esperança fosse suficiente para despertar meu khui, meu peito estaria trovejando, meu amigo. — diz Aehako com facilidade. Não digo nada. Eu apenas sento lá e coro. — Eu vou, hum, avisar a Claire e Harlow que os planos mudaram. No olhar preocupado de Georgie, eu corrijo:
— Não se preocupe. Eu não vou dizer a verdade. Eu vou revestir com açúcar. Eu não desejaria o nó de medo no meu estômago em mais ninguém. Nós nos separamos alguns minutos depois e eu vou para a caverna de 'solteira', para conversar com Claire e Harlow. Claire está bem em não ir, especialmente quando eu digo a ela que Bek não está mais indo conosco. Harlow, no entanto, é teimosa. Ela balança a cabeça com a mochila nos seus ombros, seu jeito inalterado. — Eu vou com você. Eu a seguro pelo cotovelo e a conduzo para um canto da sala, onde tenho certeza de que Claire não vai nos ouvir. — Harlow, não é que eu não queira que você vá junto, é que… as coisas podem ser um pouco mais perigosas do que esperávamos inicialmente. É melhor manter o grupo menor.
Ela olha para mim com seu olhar azul brilhante, evidência do khui forte dentro dela. Parece estranho, contra o cabelo ruivo e a pele pálida e sardenta. — A caverna dos anciãos. Você disse que é uma nave espacial, certo? — Bem, sim, mas tem centenas de anos e não voa mais. — eu gaguejo. — O computador dentro dele ainda está funcionando, mas eu não sei muito mais que isso. — Então eu vou. — diz Harlow. — Você não pode realmente me impedir. Eu franzo a testa para ela, frustrada por sua teimosia. — Pode não ser seguro. — enfatizo novamente. — Por causa do tempo? — Por causa de outras coisas. — eu me aproximo. Ela pensa por um momento e depois balança a cabeça.
— Eu ainda estou indo. Eu vou aproveitar minhas chances. Eu preciso ver essa nave. Por um momento, olho fixamente para Harlow. Ela tem um dispositivo de escuta em algum lugar também? Ou alguma outra coisa está acontecendo? — Alguma coisa que você queira? — Não. Ela levanta sua mochila e ajusta a alça contra seu ombro. — Quando partimos? Eu suspiro, derrotada. — Muito em breve. Vamos. Eu recebo minha mochila e Harlow e eu encontramos Aehako e Haeden na frente da caverna. Aehako imediatamente tira um saco de dormir da minha mochila e amarra-o ao dele. — Você está carregando muito. Deixame ajudar. — Eu estou bem. — eu digo, me sentindo um pouco envergonhada.
Haeden não está pairando sobre Harlow como Aehako está comigo. Então, novamente, Harlow e Haeden provavelmente não fizeram o que Aehako e eu fizemos na noite passada. Eu coro muito só de pensar nisso. Eu sei que vinte e dois anos é velha para ser virgem, mas eu nunca dei muita importância até agora. Nunca houve muita oportunidade de fazer sexo com alguém. Agora, parece que a oportunidade está batendo com um alienígena sexy... e o timing não poderia ser pior. Como posso pensar em me envolver com alguém? Claro, para ele pode ser apenas diversão, sexo divertido. Sem importância, exceto por uma noite entre as peles. Mas não é assim que eu fui criada. Eu não posso simplesmente cair na cama com um cara por diversão e não pensar nisso novamente. Eu preciso Aehako ciente disso. Ah não! Um pensamento terrível me ocorre. E se ele está focando tanta atenção em mim simplesmente porque estou disponível para 'diversão'? Talvez seja uma coisa cultural e mulheres que não estão amarradas por um acasalamento de vibração devem ser selvagens e livres com seus corpos? Não há nada de errado com isso... mas não é quem eu sou.
fazer
Eu me sinto culpada por tê-lo levado por tanto tempo. Eu preciso falar com ele. Eu toco seu braço. — Podemos conversar? — Nós deveríamos nos apressar. Precisamos fazer um bom tempo antes que o tempo piore. Vai nos atrasar como está. Eu olho para os outros, esperando por mim, e bato no grande ombro de Aehako. Quando ele arqueia uma sobrancelha para mim, eu suspiro em frustração e indico que ele deve se abaixar para que eu possa sussurrar em seu ouvido. Não é uma tarefa fácil, considerando que ele tem dois metros de altura. Quando ele finalmente se abaixa, lambo meus lábios, de repente, fico nervosa. — Eu acho que eu deveria ir sozinha. — Por quê? Eu pensei que nós já tínhamos resolvido isso. — Eu não quero que você pense, bem, que as coisas são diferentes entre nós. Ele recua e me dá um olhar cauteloso. Então, ele se inclina novamente e me puxa para perto dele.
— Como eu deveria pensar que as coisas estão entre nós, então? Eu torço minhas mãos em um gesto de donzela, mas caramba, estou me sentindo um pouco donzela no momento. — É só que... eu só... — Eu solto um suspiro nervoso. — Então, ontem à noite? O que aconteceu entre nós? Percebo que você é todo divertido, jogos e festas e não pensa no amanhã, mas não é assim que eu sou. Eu não consigo formar um relacionamento casual. Eu não estou preparada para isso. Então eu não quero que você pense que eu estou apenas fazendo sexo por causa do sexo e nada além disso. Eu não acho que posso fazer as coisas que você, você sabe... — Nós não fizemos muito. — ele interrompe, uma nota seca de diversão em sua voz. Eu o ignoro e continuo. — Sem pensar, haverá algo entre nós a longo prazo. E eu não quero que você pense que você tem que se inscrever para um relacionamento comigo.
Puxa, estou ficando toda confusa agora porque ele está apenas olhando para mim. — Só estou dizendo que sou o tipo errado de garota para brincar. E eu não quero levar você para o caminho errado. O grande alienígena olha para mim em silêncio. — Bem? — Eu pergunto. — Você terminou de vomitar desculpas para mim? Meus braços cruzam meu peito. — Isso não são desculpas. — Então você não terminou? — Não, eu terminei... Ele coloca uma mão grande atrás da minha cabeça e me puxa, inclinando-se para a minha altura. Estamos olho a olho e nariz a nariz, e ele está tão perto que eu posso sentir o seu cheiro fraco e respirar o mesmo hálito quente, que parece estranhamente íntimo.
— Ouça-me, Kira. Meu interesse em você não é apenas por sexo. No entanto, eu ficaria feliz em aceitá-lo se você oferecer isso. Eu olho em volta, horrorizada, porque ele não está falando em um sussurro. Ele está falando alto o suficiente para todos na caverna ouvirem. Os dedos levantam meu queixo, forçando-me a olhar de volta, para Aehako. Seu olhar é intenso e não consigo desviar. — Eu estou interessado em você. Toda você. Seus olhos tristes, seus sorrisos suaves, suas lágrimas, sua coragem e suas preocupações. Eu estou ao seu lado agora, e estarei ao seu lado até que você me diga para sair. Eu não preciso de um khui para me dizer quem é a companheira para mim. Você é minha e eu vou aproveitar cada momento com você como um presente. — Mas e sobre... — Se meu khui vibrar para outra pessoa? Eu não vou deixar. — Ele sorri, totalmente confiante. — Meu coração é seu e somente seu. — Não é assim que funciona, Aehako.
— É assim que vai funcionar para mim. — diz ele, sempre teimoso. — E se o seu khui vibrar por outro, eu vou mandar você para os braços dele com alegria pela sua felicidade. Lágrimas quentes picam meus olhos. O nó na minha garganta me impede de falar, mas se eu pudesse, eu provavelmente gorgolejaria algumas palavras insensíveis sobre o quão bom ele é. Porque ele é o melhor. — Você já era minha no momento em que pousou neste planeta, Kira. — diz Aehako. — Não é preciso um khui para me dizer isso. Nem vou deixar ninguém tirá-la de mim. Então, vamos, vamos remover esta concha do seu ouvido e libertá-la da preocupação, e então você vai cair em meus braços e lamber cada centímetro da minha pele, para me mostrar sua apreciação. Uma risada sufocada me escapa. — Assim é melhor, olhos tristes. — diz Aehako. Ele carinhosamente toca minha bochecha.
— Agora, devemos ir. Temos muito chão para andar antes que fique escuro.
Se eu pensava que Haden e Aehako estabeleceriam um ritmo fácil para nós porque somos humanos e um pouco mais frágeis do que eles estão acostumados, eu estava completamente errada. Eles se certificaram de que estamos bem contra os ventos frios, conferiram nossas raquetes de neve e, em seguida, definiram um ritmo vertiginoso pelos cumes e vales da terra coberta de neve. Eu bufo, minha respiração congelando contra o lenço peludo que cobre a metade inferior do meu rosto, e eu estou andando tão rápido que parece que eu estou correndo. Em raquetes de neve. É ridículo, mas até o Harlow está andando mais rápido do que eu, então eu não posso reclamar. Eu apenas faço o meu melhor para acompanhar os outros.
A altura dos alienígenas - juntamente com a composição diferente de seus pés largos e espalhados - significa que eles não precisam usar os sapatos de neve como os seres humanos insignificantes. Eles me atrasam e fazem com que cada passo pareça um esforço. Antes mesmo da caverna desaparecer de vista, Aehako corre de volta para mim, arranca minha mochila das minhas costas, e então me dá palavras de encorajamento para que eu continue. Se bastasse a determinação, eu estaria na frente do bando. Em vez disso, estou na parte de trás, e fica mais difícil à medida que as tempestades aumentam e a neve escorre dos céus cinzentos. Eu abaixo minha cabeça e marcho, severamente determinada a acompanhar os outros. Georgie disse que a nave estava a apenas um dia de distância das cavernas tribais, por isso não pode ser uma longa viagem. Eu só preciso engolir e continuar andando. Nós paramos depois de algumas horas para comer. Haeden matou algum tipo de bicho com sua funda, e os dois homens cortaram pedaços brutos e os ofereceram para nós. Eu
não estou acostumada a comer minha carne ao natural, mas Liz me garantiu que está tudo bem. E novamente, Harlow está comendo em silêncio, então eu sinto que não posso ser a única a exigir uma fogueira. Então eu engulo as calorosas e sangrentas mordidas de comida. É combustível,
eu
me
lembro. Combustível
que
é
desesperadamente necessário, porque eu suspeito que o meu 'tanque' estará vazio antes que o dia acabe. Uma vez que o alimento é comido, nós começamos a andar novamente. Aehako fica ao meu lado e seus passos parecem incrivelmente lentos. — Você está bem? — Eu estou aguentando bem. — eu asseguro a ele. Eu me sinto como uma “merda” por ser tão lenta, com ele carregando minha mochila e a dele, mas eu estou tendo bastante dificuldade, mesmo assim. Ele balança a cabeça e me dá um aperto rápido em meus ombros cobertos de pele, e então avança em seu ritmo regular e rápido.
As horas passam e meu mundo se torna nada mais do que colocar meus pés no caminho que os sapatos de neve de Harlow pisaram à frente dos meus. Eu não estou mais ciente do frio ou da viagem. Pensei que chegar às cavernas tribais na primeira vez foi exaustivo, mas agora estou me lembrando de quanto tempo fomos carregados, muito fracas para andar. Eu meio que queria que alguém estivesse aqui para me carregar agora. A neve continua a derramar dos céus, tornando quase impossível ver mais do que alguns metros à frente. Eu não sei como os caras podem dizer para onde estamos indo, mas parece que estamos indo em linha reta. Isso é encorajador. Eu acho. Uma mão toca meu braço. — Kira? Eu olho para cima e percebo que o lenço sobre a minha boca congelou no meu rosto, e meus dentes estão batendo. — O-o-o quê? É
Aehako,
seu
grande
rosto
preocupado. Ele puxa o capuz para trás de seus
chifres, e ele não parece mais incomodado com o clima, como se fosse uma tempestade e não o apocalipse de neve. — Venha. — diz ele, puxando-me contra ele e envolvendo um braço de apoio em volta da minha cintura. — Estamos perto de uma caverna. Venha. Eu me apoio contra ele e mais ou menos deixo que ele me arraste o resto do caminho até a caverna. Eu não percebi o quanto estava cansada até que ele me tirou do meu transe, e agora parece que toda a força deixou meu corpo. Sinto o tradutor como um bloco de gelo no meu ouvido e eu não sinto os dedos dos pés. Ou meus dedos. Meus dentes estão batendo como se estivessem sapateando, e todo o tempo a neve continua caindo. Talvez devêssemos ter esperado depois de tudo. Eu nem tenho energia para protestar quando Aehako me puxa para seus braços e me carrega até a caverna pelo resto do caminho. Pelo menos haverá calor ali e fogo. Puxa, eu amo fogo.
Mas quando chegamos à caverna, é escuro por dentro. Não há fogo. — Predadores nesta área. — explica Haeden. — É um lugar perigoso para ter uma fogueira. Nós vamos ter que compartilhar o calor do corpo. Eu olho para Harlow, que está tão embrulhada em peles quanto eu. Vai ser uma noite fria. Harlow, no entanto, dá uma olhada para mim quando Aehako gentilmente me coloca para baixo, e então deixa cair sua mochila ao lado de Haeden. Ela desenrola seu saco de dormir e retira sua roupa molhada e coberta de neve e depois se inclina contra ele como uma grande minhoca peluda em um cobertor. O que significa que estou com Aehako. Eu deveria ter percebido isso, eu acho. Eu fico lá como um grande cone de neve enquanto Aehako tira minhas luvas de minhas mãos congeladas e depois sopra nos meus dedos gelados para aquecê-los. — C-como é que a H-Harlow não está com tanto frio quanto eu? Como é que eu estou viajando tão mal?
— Ela não ficou doente por duas semanas como você. — diz Aehako com facilidade. — Você ficará mais forte com o tempo. Harlow boceja e afunda ainda mais em suas peles. — Se isso faz você se sentir melhor, eu também estou com frio e exausta. Não, porque ela não parece estar prestes a cair aos pedaços como eu. Claro, ela está abraçando Haeden, que realmente não é a mais carinhosa das pessoas. Mas eu me sentiria melhor se não fosse a única a lutar. — Durma um pouco. — diz Haeden. — Nós vamos comer de manhã e depois partimos novamente. Aehako me leva até minha última camada de roupa, espalhando as outras para secar. A caverna é pequena, mas não há vento amargo, pelo menos. Eu vejo como Aehako coloca minhas peles e depois as dele, empurrando as
duas juntas. Então ele me guia até a cama e puxa as cobertas para o meu queixo. Não parece nada caloroso. Estou prestes a lamentar sobre isso quando o corpo enorme de Aehako entra nas peles ao meu lado e ele me puxa contra ele, meu rosto pressionando contra seu peito nu. E... oh! Ok. É aqui que entra o calor. Porque dormir com Aehako é como dormir com um aquecedor. Um suave e aveludado com muitos músculos. Tenho certeza que ele está nu também, ou pelo menos com uma cueca. Homem. Agora eu gostaria de ter prestado mais atenção. Meus dentes param de tremer e eu pressiono minhas mãos e pés frios contra sua pele. Ele não protesta, apenas me abraça mais forte. Um calor delicioso escoa por meu corpo, roubado dele, e eu começo a me sentir bem, pela primeira vez desde que deixei as cavernas tribais horas e horas atrás. — Estamos quase lá? — Eu sussurro para Aehako. — Para a caverna dos anciãos?
— Mais ou menos na metade —, diz ele em voz baixa. Seu dedo traça minha orelha e meu queixo, enviando arrepios na minha espinha. — Estamos nos movendo mais devagar do que gostaríamos. A tempestade está dificultando as coisas. A tempestade e o ser humano lento, penso eu, mas não digo em voz alta. Ele sabe que estou fazendo o melhor que posso. Eu me aconchego mais perto dele e esfrego meus dedos em seu estômago. Puxa, é gostoso. Meus dedos deslizam para cima e para baixo no plano do músculo que é sua barriga, e eu o exploro com o meu toque enquanto ele acaricia meu rosto. Eu deveria estar realmente envergonhada que Harlow imediatamente presumiu que eu estava dormindo com Aehako. Mas… eu acho que não posso me importar. Estou feliz. Eu não quero abraça-la, porque ela não é calorosa e deliciosa - e eu com certeza não quero me aconchegar com Haeden. Fico feliz que Aehako e eu estamos debaixo dos cobertores juntos, mesmo que seja apenas por calor. E penso no que ele disse antes. Sobre querer estar comigo, não importa o quê, ondas de calor passam
pelo meu corpo, e mesmo que eu esteja completamente exausta, eu encontro minhas mãos deslizando para baixo para verificar se ele está usando uma cueca, afinal. Meus dedos questionadores não encontram nada além de quadris musculosos e magros. Oh. Então ... tem isso. Não há cós. Sem couro. Não há nada. Apenas eu e grande alienígena nua que eu tenho que cavar para o calor. Puxa, é tão difícil ser eu às vezes. Aehako se inclina e escova os lábios na minha testa. — Seus dedos estão se sentindo brincalhões. Você não está cansada? Sua voz é suave como um sussurro para que os outros não possam ouvir. — Estou exausta. — digo a ele. Ainda estou curiosa, no entanto. Não posso culpar uma garota. Ele é grande, quente e aveludado e eu não consigo parar de acariciá-lo. — Você deveria dormir.
— Eu vou. Em breve. Eu só quero explorá-lo um pouco e continuar tocando você. Eu sou viciada na sensação de sua pele macia sobre todos aqueles músculos duros. Eu continuo acariciando seu estômago, porque eu não sou bastante corajosa para ir mais baixo. Algo aperta meu braço e eu suspiro e recuo, escandalizada. Era esse o seu... — Não seja tímida. Você queria explorar, então explore. Há um desafio em sua voz, junto com diversão. Isso soa muito como um desafio. Estou indignada e fascinada. Eu busco coragem e estendo a mão. Minha mão encontra carne dura e quente. Muito disso. Eu não estou inteiramente certa de que este é um tamanho normal, mas talvez seja normal para alienígenas. Eu aperto seu pênis na minha mão, envolvendo meus dedos ao redor dele. Sua mão imediatamente cobre meu rosto e seu gemido de prazer é tão suave. É só pra mim. E sou um pouco viciada nisso. Por suas respostas. Eu o solto e deslizo meus dedos para cima e para baixo
em seu comprimento, explorando-o com toques. Eu posso sentir veias, e há um conjunto espesso de cumes correndo ao longo do topo que me lembra sua testa. A cabeça parece maior do que o resto e meus dedos encontram algo escorregadio ali — Você deveria estar molhado? — Eu pergunto, um pouco escandalizada. — Minha semente não parece ficar dentro quando você me toca. — ele murmura, e sua boca traça minhas sobrancelhas. — Seu toque é muito excitante. Meu toque? Eu? Eu não acho que alguém já usou a palavra 'excitante' para me descrever, nunca. Eu mordo meu lábio e deslizo minha mão para baixo, procurando na nova anatomia. Bolas. A palavra parece boba. Ele está sem pelos aqui embaixo, a pele ainda mais macia do que eu imaginava. Eu circulo a base grossa de seu pênis e meus dedos encostam ... oh. Isso tem que ser o seu esporão. É uma coisa dura, do tipo chifre, acima do seu pênis, do tamanho do meu dedo mindinho. Uma estranha peça de anatomia. Eu me pergunto como isso vai combinar
com minha anatomia. Suponho que sim, já que nem Georgie nem Liz tiveram reclamações. Eu acaricio com meus dedos e posso senti-lo tenso contra mim. Ooh Uma palpitação excitada começa entre minhas pernas e pressiono minhas coxas juntas. — O que devo fazer? — Eu pergunto a ele. Ele se inclina e beija minha boca suavemente. — Você deveria parar. Isso… não era o que eu queria ouvir. Eu me afasto como se estivesse queimado. — Eu fiz isso errado? — Nem um pouco. Aehako belisca minha boca com os dentes, enviando outra sacudida prazerosa através de mim. — Eu só não tenho ideia de como vou explicar aos outros como minha semente foi espalhada por toda a caverna se você continuar.
Uma risadinha horrorizada irrompe de mim, e a mão de Aehako cobre minha boca. — Calma. — rosna Haeden a poucos metros de distância. Oh senhor! Aehako está certo. Nós deveríamos ficar quietos. Ainda assim, é difícil tirar minhas mãos dele e colocá-las de volta em seu peito seguro e agradável. Ele deve estar se sentindo da mesma maneira, porque ele me beija forte e depois me libera. — Durma. — ele murmura. — Você pode explorar mais quando estivermos sozinhos. Enquanto adormeço, acho que a ideia tem muito mérito. Espero sonhar com pele azul quente e esporas e coisas divertidas como essa.
Levantar-me das cobertas na manhã seguinte é uma provação. Não porque eu esteja cansado, mas porque a forma doce de Kira está enrolada contra mim, seu pequeno corpo flexível está
pressionado contra o meu. Eu acho que nunca quis tanto ficar em um lugar. A outra humana ainda está dormindo, embora as cobertas de Haeden estejam
vazias. Não
há
conexão
entre
eles,
então. Não
é
surpreendente - acho que Haeden é ainda mais remoto que Raahosh. Pelo menos, ele tem sido desde que ele perdeu sua companheira antes que ele pudesse reivindicá-la. Quem pode dizer o que isso fará ao coração de um homem? Eu me solto das cobertas sem acordar Kira, e me visto silenciosamente antes de sair para a boca da caverna. Haeden está próximo, olhando para algo em uma crista nevada. Eu me junto a ele e ele aponta para a neve. — Não estamos sozinhos. — diz ele. Meus arrepios se elevam com a visão das pegadas na neve espessa e imaculada. Elas não são profundas o suficiente para serem minhas ou de Haeden, e a forma e o tamanho são errados para os pés humanos. Mas é claro que durante a noite fomos visitados por alguém.
Ou alguma coisa. Eu me agacho ao lado dele e toco a pegada. A neve está com crosta, o que significa que a pegada foi feita há várias horas. — Eu não reconheço essa criatura. — digo a ele, mantendo minha voz baixa para que as humanas não a ouçam. — O que tem três dedos como este? A faixa em si é o dobro do tamanho do meu próprio pé, moldado em três pontas longas para os dedos dos pés. Eu tenho três dedos, mas não assim. É curioso. Também me deixa furioso e ferozmente protetor, pensando nas frágeis humanas que dormem na caverna. Pensar que algo chegou tão perto me faz sentir impotente. — Você acha que são os alienígenas que Kira mencionou? — Haeden olha para mim. — As trilhas circulam em torno de nossa caverna e desaparecem a uma curta distância, cruzando um riacho. Eu lambo meu polegar e testo o vento. Está contra nós. Se há um rastro de perfume a seguir, já passou há muito tempo. Maldição.
— Se foram os alienígenas, por que eles não atacaram enquanto dormíamos? Sob a capa da tempestade? Kira acha que eles querem sua concha de volta. Se é isso que eles realmente querem, por que não? Eu esfrego minha testa na base dos meus chifres. Eu estou com raiva de mim mesmo - bravo que alguém chegou tão perto de nossa caverna e ameaçou minha mulher. Irritado por não ter colocado um vigia e, em vez disso, deitei-me na cama para partilhar alguns minutos fugazes de prazer. Haeden
encolhe
os
ombros
e
fica
de
pé. Ele
não
está
incomodado. Para ele, esta é apenas outra caçada, outro dia. Às vezes eu gostaria que houvesse algo que tirasse essa inércia de seus olhos. Para acordá-lo e fazê-lo perceber o que está em jogo aqui para mim. Ele coloca as mãos nos quadris e olha para a neve depois para o céu. — Seja qual for a razão pela qual estamos sendo seguidos, devemos nos apressar e levar as mulheres para a caverna dos anciãos antes que o nosso novo amigo retorne.
fresca,
Ele não está errado. Eu aceno e vou acordar as mulheres. Debato se conto-lhes a situação, sem saber como elas reagirão. Kira está assustada o suficiente como está. Quando entro na caverna, porém, Kira está sentada, com um olhar preocupado no rosto. — Estamos sendo seguidos? — Sua voz é suave. Eu olho para a forma ainda dormindo da outra humana. Ela não ouviu nada. Como Kira conversou com Haeden? Como se adivinhasse meus pensamentos, Kira tocou a concha em seu ouvido. — Isso me permite ouvir… muito longe. Eu ouvi você falando com Haeden. Estamos em perigo? Eu considero minimizar o perigo, mas Kira merece saber. Eu abro minhas mãos. — Eu não sei. Algo chegou perto da caverna e saiu, e não sabemos o que era. Mas é melhor nos apressarmos para a caverna dos anciãos.
Ela balança a cabeça e se levanta.
As tempestades de neve de ontem desapareceram e deixaram para trás a luz fraca e fraca dos dois pequenos sóis e um pé extra de neve fresca e quebradiça no chão para atravessar. Meu coração afunda ao vê-lo, mas não há tempo para sentar e esperar que ele derreta. Precisamos chegar à caverna dos anciãos e em breve. Nós acampamos e partimos em um ritmo acelerado. Parece ainda mais rápido do que a rápida caminhada de ontem, mas talvez seja porque estou cansada. Seja o que for, eu luto para continuar mais do que o habitual, a ponto de Aehako ter que vir me buscar algumas vezes. É embaraçoso, mas ninguém me chama porque é óbvio que estou fazendo o melhor que posso. A próxima vez que Aehako corre de volta para onde eu estou atrasada, ele solta as mochilas que ele está carregando. — Venha. — diz ele.
— Eu vou levá-la nas minhas costas o resto do caminho. Suas palavras me fazem engasgar. Carregada? Mesmo? Meu orgulho é insultado, mas essa missão não é realmente sobre orgulho, é? Eu ficaria feliz em despir-me nua e lamber os pés de todos os alienígenas neste planeta, se isso significasse que os pequenos homens verdes não seriam uma ameaça. Então, com um pequeno suspiro, eu aceno. — Tudo bem. Vamos fazer isso. — Tome cuidado com meu rabo. — ele brinca. Assim que ele diz isso, ele me bate nas pernas, como um gato grande e brincalhão. Eu arqueio uma sobrancelha para ele e apenas balanço minha cabeça. Mesmo com todo esse estresse, é difícil não sorrir da cara de Aehako. Eu gostaria de poder ser tão descontraída quanto ele. Mesmo sem as preocupações de todos os sequestros extraterrestres, eu sempre fui um tipo sério. Eu ainda não tenho ideia do que ele vê em mim. Ele se agacha na neve e dá um tapinha na coxa.
— Tire o seu sapato de neve e coloque aquele pé humano insignificante aqui. — Vou colocá-lo em suas bolas. — eu murmuro enquanto tiro meu sapato de neve. — Pobre humano, de fato. A risada de prazer de Aehako me faz sentir melhor, e eu subo em suas costas e coloco meus braços em volta de seu pescoço. Ele levanta minhas coxas em torno de suas costelas e, em seguida, pega nossas malas, uma em cada mão, e joga uma para Haeden enquanto ele corre para alcançar. Ah, claro, faça parecer sem esforço. Haeden se vira e dá a Harlow um olhar azedo. — Você precisa ser carregada também, humana? — Eu estou bem. — diz ela, empurrando sua mochila para ajustá-la. — Eu posso continuar.
Tenho inveja das reservas de força aparentemente infinitas da ruiva. Eu odeio que eu sou a única que tem que ser mimada. Como se sentisse meus pensamentos, Aehako aperta minha coxa e diz, tão baixo que só eu posso ouvir: — Muito provavelmente ela não quer ficar com a personalidade agradável de Haeden por mais tempo. Eu sufoco meu riso. Um ruído de pássaro estranho soa por perto, e eu olho em volta, procurando por pássaros. Atualização do tempo? Meu tradutor entoa. Eu endureço. Isso não foi um ruído de pássaro. Esse foi um dos pequenos homens verdes. Mais ruídos de pássaros ecoa no meu tradutor. As estabilizaram. Devemos
tempestades ser
capazes
encontrar uma área de pouso suficiente muito em breve.
se de
Procure o porão de carga. Se as que estão aqui ainda estiverem lá, podemos recuperá-las. Vamos pousar perto. — O que é isso? Aehako olha para mim por cima do ombro. Demoro um momento para perceber que estou segurando seu pescoço com tanta força que estou praticamente sufocando o homem. Eu relaxo meu aperto, embora minha ansiedade permaneça. — Eles estão vindo. A tempestade se foi e eles querem pousar. — Então temos que nos apressar. — diz Aehako. Ele olha para Haeden e o homem concorda. Antes que Harlow possa protestar, ela está pendurada no ombro dele como
uma mochila,
e
então
ambos
os
alienígenas estão fora, correndo pela neve a uma velocidade mais rápida do que nossas pernas humanas podem se mover.
À medida que mais conversas alienígenas se aproximam, só posso esperar que cheguemos lá antes que percebam que o tradutor não está nem perto do antigo porão de carga e venham me procurar. Eu quero essa coisa fora da minha cabeça agora.
Mesmo que o sa-khui - nossos amigos alienígenas azuis - chamem de Caverna dos Anciões, na verdade é uma nave espacial. Cerca de trezentos anos e meio atrás, eles pousaram aqui muito como fizemos, e com o tempo perderam o uso de sua tecnologia. A nave ainda está lá e o computador funciona. E se eles tiverem a tecnologia avançada para ter uma espaçonave de trabalho uma vez, espero que eles também tenham algum tipo de equipamento médico que possa tirar essa coisa de dentro de mim. Neste ponto? Estou disposto a cortar meu próprio ouvido para me livrar dele. O implante parece uma âncora, pesando-me com preocupação.
Fico aliviada quando a extensão nevada do navio aparece no horizonte. É enorme, como uma colina gigantesca e excessivamente plana. De um lado, vejo a abertura da "caverna". Representa a segurança, mesmo quando ouço outra sequência de chiados alienígenas passar pelo tradutor. — Depressa, por favor! Eu aperto o pescoço de Aehako quando algo brilhante passa pelos céus. Não está indo nessa direção... ainda. Não significa que não vai, no entanto. Aehako pega o ritmo, e comigo agarrada às suas costas, ele se dirige para a entrada da nave em uma arrancada. Haeden segue logo atrás. Quando nos aproximamos, vejo a entrada da porta arredondada. Está gelado e escuro, mas o interior é profundo. A neve ao redor da porta é alta, mascarando qualquer degrau. Corremos para dentro e vejo que, dos lados, há portas que abraçam as paredes arredondadas.
— Podemos fechar as portas? Pergunto freneticamente. — O ruído de pássaro enche meu ouvido ao ponto de fazer minha ansiedade enlouquecer. — Mja se fah-ree. — fala uma voz computadorizada. Sequência de porta iniciada. — o tradutor me diz. — O que está dizendo? — Harlow pergunta, deslizando das costas de Haeden. Aehako me libera gentilmente, tirando uma das facas de ossos do cinto e olhando para o céu. — Diz que está extinguindo as portas. Eu não sei o que isso significa. — Sequenciamento. — eu corrijo. — Isso significa que está prestes a fechá-las. Eu puxo Aehako para trás um ou dois passos, observando. Estou um pouco nervosa porque o computador está nos ouvindo. Teremos que ter cuidado com o que dizemos. Há um gemido pesado de metal e, em seguida, o estalo de gelo. Harlow protege seu rosto e
Aehako, protetoramente, pisa na minha frente enquanto o gelo voa por todos os lados, e então as portas da escotilha fecham. A luz do sol desaparece e estamos em completa escuridão. Em algum lugar no escuro do interior, uma luz vermelha pisca. — Olá? Eu falo. Você pode acender as luzes? Uma grande mão aperta meu ombro, quase me fazendo saltar de medo. — Fique perto, Kira. Nós não sabemos se é seguro... — Inglês norte-americano, Planeta Terra. Este é o idioma padrão que você deseja usar? — Hum, sim, por favor. — Aceito. Eu olho em volta. Talvez o computador seja como uma versão gigante da Siri, do meu iPhone. — Computador, ligue as luzes interiores, por favor.
Algo chia e eu pulo mais perto de Aehako. Uma vibração, e então uma luz fraca vem de cima. — Há uma avaria no que diz respeito à iluminação na baia principal. Por favor, entre em contato com um técnico de serviço. — Computador, por favor, desligue a iluminação com defeito e ligue todas as outras luzes. — eu corrijo. Eu não quero nada pegando fogo. Eu esfrego meus braços, consciente do frio aqui. O controle de temperatura pode ser um pouco demais para esperar. — Estamos seguros com as portas fechadas? — As portas podem ser abertas a pedido. Você deseja iniciar uma sequência de bloqueio? Oh, eu absolutamente quero. — Sim, por favor. — Você preferiria chaves biométricas ou autorização verbal? Aehako olha para mim em confusão na iluminação fraca.
— Eu não entendo nada disso. Harlow se inclina. — Queremos autorização verbal. Uma senha. Ela está certa. Eu concordo. — Algo que será fácil de lembrar. Alguma ideia? Seu sorriso é fraco. — Terra? Eu olho para Haeden e Aehako. Eles parecem desconfortáveis, ambos segurando armas. — Eu não tenho certeza se as coisas ficarem feias, eles vão lembrar de onde viemos. Talvez a gente vá com Georgie? Já que ela é companheira de Vektal e tudo mais. Harlow encolhe os ombros. — Funciona para mim. — Computador! — eu chamo.
— Por favor, trancar todas as portas para o exterior. Ninguém pode entrar ou sair sem a senha de 'Georgie'. — Senha Georgie aceita. Eu me movo para Aehako e aperto sua mão. — Se vocês precisam sair por qualquer motivo, apenas diga o nome dela. Ele balança a cabeça, ainda olhando ao redor com algo parecido com espanto. Sob o gelo que reveste o interior da nave, há luzes, painéis e instrumentos. Isso deve parecer muito estranho para ele. Inferno, é estranho para mim, mas estou começando a me acostumar com coisas estranhas neste momento. Harlow dá alguns passos para a frente e encolhe o sobretudo grosso e peludo. — Você acha que está tudo bem para nós explorarmos? Eu gesticulo no ar. — Pergunte ao computador? — Certo.
Ela me dá um olhar tímido. — Computador, existem outras coisas vivas dentro da nave além de nós? — Realizando bioscan. Por favor, espere. Um zumbido baixo preenche a sala e um raio vermelho pisca de um lado do porão da caverna para o próximo, nos examinando. — Quatro formas de vida detectadas, duas sakhs modificadas e duas humanas modificadas. Humano modificado? Eu toco meu peito, onde meu khui está enrolado no meu coração. — Você quer dizer a gente, correto? — Está correto. — Legal. — diz Harlow. — Eu quero dar uma olhada, se estiver tudo bem com vocês. Eu dou de ombros. Eu certamente não posso pará-la. Ela é sua própria pessoa e esta não é minha nave. Eu tenho minha própria agenda aqui, e
se Harlow não quer falar sobre a dela, isso não me incomoda. Deve ser pessoal. As mãos grandes de Aehako puxam meu manto gelado, me ajudando a tirá-lo. — É seguro construir uma fogueira? — Ele pergunta. — Eu não sei se devemos. Pode não haver uma abertura para a fumaça, e podemos acionar detectores de fumaça no interior. Não sei como a nave responderá a isso. — Fumaça... detectores? — Haeden pergunta, uma carranca no rosto. — Longa história. — eu digo. Outra sequência de ruídos de pássaros de comandos de vôo vem através do meu tradutor, lembrando-me de porque estou aqui. Eu me aproximo de um dos painéis congelados. — Computador, você tem uma baia médica em algum lugar nesta nave? — O compartimento médico está localizado no segundo andar, seção D.
Eu olho para Aehako. — É para onde estou indo. Ele avança. — Não sozinha. Por alguma razão, eu aprecio isso. Eu sorrio para ele, sentindo vergonha. — Tudo bem. Haeden se move em direção ao portal nevado pelo qual nós entramos, agora fechado. Pegadas lamacentas sujam o piso. — Eu vou ficar aqui e guardar a porta. Eu quero dizer a ele que provavelmente estamos a salvo,
mas...
eu
não
sei
se
estamos
realmente. Pelo que sei, o computador pode pensar que estamos em segurança e os alienígenas podem aparecer com uma nova tecnologia que vai abrir as portas. Então eu aceno e vou em frente. Há um corredor escuro ao lado, e Harlow desaparece, sua
mão traçando ao longo da parede enquanto ela explora. Ela é destemida. Eu invejo isso. — Computador... — eu digo. — Você pode me mostrar o caminho mais rápido para chegar à baia médica? A iluminação da pista na borda do piso tremula para um lado. Há uma porta lá, e depois de um rápido comando para abri-la, ela volta e expõe um salão diferente e pouco iluminado do que o que Harlow desceu. Fios expostos pendem de um azulejo faltando no teto, e isso leva à escuridão. Isso parece ... assustador. Eu toco o tradutor no meu ouvido. Não importa se é assustador ou não, eu preciso agir. A mão de Aehako toca minhas costas e esse pequeno gesto reforça minha coragem. Eu entro mais profundamente na nave.
A nave é muito maior do que eu previa inicialmente. Parecia grande do lado de fora, mas percorrendo os corredores vazios me faz perceber o quão vasto é o interior. Os longos corredores serpenteiam e entortam, e eu passo de porta em porta, alguns deles enferrujados, outros com luzes vermelhas piscando em seus painéis. É óbvio que essa nave sofreu um acidente e também é óbvio que foi usada para peças em algum momento. Há painéis removidos e fiação solta aqui e ali, e pilhas de coisas colocadas nos cantos. Pegadas antigas cobrem as grades do piso de lama seca. Há um leve cheiro de mofo no ar. O grande corpo de Aehako está a poucos passos atrás do meu, e cada movimento faz o chão tremer e chocalhar, como se uma centena de placas de metal estivessem viradas a cada passo. Eu me encolho a cada
movimento, preocupado que o chão não vai nos segurar. A iluminação da pista no chão pára na frente de um arco que se abre com uma fenda no meio. Parece que pode ser portas duplas. Parece parte da parede, mas há algum tipo de escrita de um lado e um painel de controle do outro. Uma luz quebrada cintila e depois fica escura. No momento, o chilrear soa no meu fone de ouvido novamente. Relate o que você vê. As cápsulas de hibernação estão intactas? — Por favor, abra-se, eu digo, pressionando minha mão para a porta. — Eu preciso dessa coisa fora de mim! O metal está quente debaixo da minha mão, o que me surpreende. Ele dá um pequeno arrepio e range, e eu entro. — Kira? Aehako pergunta quando eu entro. — Seja cuidadosa. A hora de ter cuidado já passou. Eu só quero que isso desapareça. Eu coloquei a mão no tradutor e entrei na sala, olhando para o meu entorno.
Eu não vou mentir, parece um pouco como um laboratório. Isso é assustador. Há mesas, alguns bancos e uma fileira com espaço como se fosse um berço que se projetam de uma parede à distância. Outra parede não é nada além de telas e monitores. Ao entrar, eles acendem um por um, passando palavras ininteligíveis pelas telas. Eu engulo em seco. Eu não gosto da aparência disso, mas eu nunca fui fã do consultório médico. — Você tem algo que pode remover objetos estranhos, computador? — Há um compartimento de cirurgia auto-assistida, o computador entoa. — Vou ativá-lo. Cirurgia auto-assistida? Não está no topo da lista de coisas que eu quero fazer. Estou ainda mais alarmada quando uma das paredes se abre e cospe uma cama longa. Monitores piscam e dançam com mensagens. — Por favor, entre no compartimento cirúrgico. Eu engulo em seco e ando devagar em direção à cama. Eu posso fazer isso. É como ter uma tomografia em casa, certo? Nada demais. Tenho certeza de que essas pessoas têm - ou
melhor, tiveram - algum tipo de anestesia ou dor, coisa doentia. Mesmo que não, ainda tem que sair. Ainda tenho pesadelos quando os alienígenas implantaram a coisa na minha cabeça. De ser segurado e amarrado a uma mesa, suas vozes chilreando ao meu redor. Do objeto de metal frio colocado contra o meu ouvido ... e então as coisas se enterrando no meu cérebro, enviando uma dor cega pelo meu corpo. Eu tive uma enxaqueca por uma semana depois que ela foi implantada. Não consigo imaginar como será a extração. Com a boca seca, sento-me cautelosamente na beira da cama. — Por favor, deite-se sobre o local indicado. A voz do computador está mudando,
transformando-se
reconfortante. Voz
em
em
modo
uma
de
contraparte
dormir,
talvez. Seja o que for, eu relaxo um pouco e começo a me deitar. Aehako imediatamente aparece ao meu lado e aperta minha mão na dele. — Kira — O que é isso?
suave
e
Ele olha para as paredes, cheias de monitores e luzes piscantes e tecnologia computadorizada que eu não consigo entender. Ele parece ... mais do que um pouco alarmado. Isso deve ser assustador para ele. Sua mão aperta a minha — Você não precisa ter essa coisa removida. Eu protegerei você dos alienígenas com minha vida. Eu dou-lhe um sorriso pálido. — Aehako, eles têm armas laser e tecnologia que você e eu não podemos sequer compreender. Arcos e flechas não farão muito contra eles. Se eles querem me levar, não há nada que eu possa fazer para impedi-los. Estou tentando me livrar dessa coisa porque quero me esconder, não porque acho que você não pode me proteger. Seu rosto largo me observa, e posso ver a preocupação gravada em sua testa sulcada e em sua mandíbula. Ele não gosta disso, nem um pouco. É surpreendente ver isso em alguém
tão
descontraído
quanto
Aehako. — Você pode soltar a minha mão agora, eu provoco, tentando manter minha voz leve.
— Kira —, diz ele, e sua voz é baixa e rouca. Em vez de se afastar, ele se inclina. Ele aperta minha mão com mais força e pressiona contra seu peito. — Seja minha companheira. Eu olho para o seu grande corpo em estado de choque. Era essa… a versão alienígena de uma proposta de casamento? — Sua companheira? Mas achei que tínhamos que vibrar... Ele balança a cabeça, grandes chifres cortando o ar. Minha mão está pressionada contra seu coração batendo, os sulcos duros e cobertos de pêlos cobrindo-a. —
Nós
não
seremos
companheiros
companheiros. — Qual é a diferença? Ele olha para mim, tão sério. Sua outra mão estende, a mão e toca levemente minha mandíbula em uma carícia delicada. — Nós escolhemos nos unir um ao outro até estarmos separados.
de
vibração. Apenas
— Separados? — Pela morte ou pelo khui. Eu não posso decidir se isso é romântico ou doloroso. — Mas se você vibrar para alguém. — Eu não farei. — Mas como você sabe? — Eu não sei. Tudo o que sei é que você é minha companheira e eu não vou ouvir ninguém nem nada - nem mesmo que meu khui - diga o contrário. Sim, e tenho certeza que o recém-chegado companheiro adoraria isso. Ele está olhando para mim, esperando por uma resposta, no entanto. E eu estou ... rasgada. Não porque eu não quero ser sua companheira. O pensamento envia felicidade através de mim. Aehako
e
eu
flertamos
há
semanas, e ele se mostrou carinhoso, engraçado, gentil e maravilhoso. Se eu pudesse
escolher um cara para ser meu companheiro aqui nesta bola de gelo congelada de um planeta? Seria absolutamente ele. Mas eu sou estéril. Eu não posso ter filhos. Nós seríamos apenas companheiros até que seu khui decidisse que era hora de ele adicionar sua genética ao planeta. Então ele vai acasalar com Harlow, ou Claire, ou uma das outras humanas não escolhidas, e eu vou ficar sozinha. Novamente. E não sei se posso aguentar o abandono. Eu não sou forte como Liz ou Georgie. Eu sou fraca e o pensamento de ser posta de lado por uma nova companheira dói ferozmente. E eu vi Aehako em volta dos outros. Ele vem de uma família de bom tamanho. Ele ama sua mãe e pai e seus irmãos mais novos. Eu estaria o roubando de tudo, menos da minha companhia, se eu concordasse em ser sua companheira. Eu não posso ter filhos. Eu nunca vou entrar em ressonância para ele. Se ele coloca suas esperanças em mim algum dia ressoando por ele? Ele está em um despertar rude. É algo que ele merece saber antes de eu tomar uma decisão.
Eu deveria contar a ele. Eu olho para o seu rosto grande e largo. As palavras que saem são: — Você quer filhos? Aehako pisca em surpresa. Eu posso dizer que a pergunta não era uma que ele esperava. Mas vale a pena perguntar. Se ele não quer filhos, vou me sentir melhor como sua companheira. Talvez porque nesse momento, eu saberei que ainda terei um lugar em seu coração, mesmo que seu khui entre em ação e decida que ele deveria ser um pai. Mas suas palavras quebram essa esperança. — Claro que eu quero filhos. — Um sorriso lento curva sua boca. — Que homem não sonha com uma família própria? Eu me sinto tão grande quanto uma formiga. Um pequeno formigueiro esmagou o tapete. Eu solto a mão dele. — Ok, é o que eu queria saber. Obrigada. Ele ri e cobre meu rosto em suas grandes mãos. — Kira, não se preocupe. Eu vi o khui vibrar entre aqueles acasalados por muitos
anos. É como se pudesse sentir o amor entre duas pessoas e decidir uni-las de todas as formas. Ok, certo. Está mais para como se o khui desistisse e dá uma última vibrada apenas para tirar algo do seu hospedeiro. Eu não acho que é tão romântico quanto ele pensa. E isso não aconteceria de qualquer maneira. Eu dou-lhe um sorriso fino. — Nós vamos falar sobre isso quando eu sair, ok? A preocupação obscurece seu olhar expressivo e ele se inclina e me dá um beijo rápido e suave. — Eu irei esperar aqui. Eu escorrego de seu alcance e me deito na cama. — Estou pronta, digo ao computador. A cama imediatamente começa a recuar na parede comigo, e eu vejo o rosto preocupado de Aehako desaparecer de vista. As luzes piscam e depois ficam escuras.
Eu respiro fundo, porque afinal de contas não é como uma tomografia computadorizada - mais como uma placa no necrotério. E se a máquina quebrar e não me deixar sair? Eu começo a respirar rapidamente, cheia de ansiedade. Minha mão toca o painel sobre a minha cabeça. Está a menos de um braço de distância, igual aos lados. As luzes começam a piscar, e eu vejo as paredes ganharem vida com mais cartas escritas e dançantes - provavelmente meus sinais vitais. — Como podemos ajudá-la hoje? — Pergunta a voz suave do computador. — Eu preciso remover um objeto estranho. — Eu aponto para o tradutor no meu ouvido. — Por favor, permaneça quieta. Nossos sistemas irão escanear você para fazer uma determinação de saúde. Eu coloco meu braço para baixo e deito na cama,
com
cuidado
para
não
me
mover. Eu olho em volta, imaginando a tecnologia. Eu sou muito menor do que a cama em si - acho que até mesmo a forma forte de Aehako pode caber aqui - o que me diz que o sa-
khui não mudou muito desde o acidente. Há um descanso para a cabeça - talvez no caso de o paciente ter chifres extremamente grandes - mas é grande demais para o meu pescoço e eu o ignoro, inclinando a cabeça para o lado. — Nossos sensores notaram dois corpos estranhos, o computador me informa agradavelmente. — Você gostaria que nós procedêssemos com a extração de ambos? — D-dois? Eu gaguejo, chocada. — O que você quer dizer? — Nossos sensores indicam um composto não orgânico ligado ao seu órgão sensorial humano. Outras varreduras indicam que você também adquiriu um parasita nativo deste planeta... Oh. O khui. Eu continuo esquecendo que o pessoal de Aehako caiu aqui e teve que tomar o khui, da mesma forma que nós fizemos. Não é de admirar que o computador
os
veja
como
um
objeto
estranho. — Eu quero manter o parasita e me livrar dessa coisa. — Eu bato no tradutor.
— O composto não-orgânico ligado ao meu um, ouvido. — Por favor, vire-se de lado para que possamos examinar o objeto com mais detalhes. Eu rolo e imediatamente, os braços computadorizados brotam da parede e começam a tocar o tradutor. As coisas zumbem e chilreiam, e eu tenho que morder meu lábio para não empurrar cada vez que algo toca no metal, enquanto ele envia feedback pelo meu crânio. — Objeto identificado —, informa o computador. — Sensores indicam que é um screquvi qreiduvp strbde. — O computador recita uma sequência de sons ininteligíveis. — Você gostaria de continuar com a extração? Eu noto que ninguém está oferecendo anestesia ou novocaína ou qualquer tipo de medicação para anestesiar a dor. Eu lambo meus lábios secos. — Vai doer?
Quero dizer, ainda preciso removê-lo de qualquer forma, mas quero saber em que estou indo. — Os sensores indicam que o equipamento está ligado ao tecido neural sensível. Levará algum tempo e esforço para remover sem danos, mas a probabilidade de uma extração bem-sucedida sem a necessidade de cirurgia adicional é de 97%. Isso parece encorajador. — Vamos fazer isso então. A mesa debaixo de mim zumbe e arrepia, e uma algema de metal elegante desliza em volta do meu pescoço. — O que? — Eu grito, empurrando quando outro manguito se prende em torno de um dos meus pulsos, e outro nos meus tornozelos. — Kira —, Aehako grita, e sua voz soa longe, abafada pela máquina. — Por favor, fique parado —, o computador me adverte.
— Você está sendo contido por sua própria segurança. O menor movimento pode afetar a operação. Você ainda deseja que continuemos? — Kira! — Aehako grita novamente, e eu ouço um barulho de equipamentos, e um chiado irritado dos computadores. — Tudo bem —, eu chamo com uma voz pequena e fraca. — Estou bem! Diga-lhe que estou bem, computador. Ele fica em silêncio por um momento, mas eu não ouço mais Aehako gritando, então eu suponho que seja um bom sinal. Eu me forço a relaxar, tentando não pensar no punho em volta do meu pescoço como me sufocando. É como um manguito de pressão arterial. Isso é tudo. Sem problemas. — Por favor, mantenha a calma durante o procedimento. — Ok. — Fecho os olhos para não ver os braços do robô se movendo. Algo pinga e sinto um puxão contra o tradutor, e meu corpo tensiona. —
Sua
pressão
sanguínea
está
anormalmente alta. Vamos fornecer música suave?
A questão me parece absolutamente absurda e engulo minha risada histérica. — Eu vou me acalmar, eu prometo. — Você tem alguma outra pergunta que deseja ter respondida? Meu estômago escolhe aquele momento para roncar, e eu decido fazer uma piada. — Há uma lanchonete por aqui? — Consulta: o que é lanchonete? Oh. Agora tenho que explicar. Eu me sinto um pouco infantil. — Um lugar onde você vai comer. — Esta nave tem três locais para refeições. No entanto, os suprimentos atuais de comida e água estão esgotados. Claro. As
pessoas
que
caíram
provavelmente limparam a despensa. — Quantas pessoas estavam nesta nave?
aqui
— Na hora do desembarque, este navio tinha um piloto e sessenta e dois passageiros. Interessante. Eu ouço os braços do computador zumbindo e a coisa no meu ouvido puxa. Eu aperto meus olhos ainda mais apertados, tentando relaxar. — Então, que tipo de viagem foi? Por que caiu? — A carta para Se Kilahi diz: Uma viagem para eles comungarem com a natureza. Se Kilahi deve ser a nave. Soa bonito. — Comungar com a natureza? Isso era uma… viagem de acampamento? — Em caso afirmativo, eles fizeram uma viagem de acampamento. Talvez eles estivessem de volta ao tipo básico de grupo e isso explicaria porque o pessoal de Aehako passou de tecnologia avançada para couro e caça / coleta ao longo de trezentos anos. — Consulta: o que é uma viagem de acampamento?
— Não importa. Algo puxa meu ouvido novamente e eu faço uma outra pergunta. — Então, como será o clima na próxima semana, Siri? — Consulta: o que é Siri? — Não importa. — Eu sorrio para dentro da minha própria piada. — A atmosfera indica que mais neve retornará ao pôr do sol deste planeta. Yaaay Eu nunca pensei que ficaria tão feliz por neve. Talvez isso impeça os outros alienígenas de pousar. — Você pode dizer se há outra nave na atmosfera aqui? Vale um tiro. — Afirmativo. Os sensores localizaram uma nave alienígena a três drumah de distância. Eu não tenho ideia de quão longe uma drumah é, mas espero que esteja longe. Quantos alienígenas a bordo? — Dezesseis. Ulp. — Você pode dizer que tem dezesseis? Sério?
— Afirmativo. Esta unidade está conectada a um satélite que orbita o planeta e permite que os computadores da nave rastreiem e registrem informações. — Como quantos sa-khui estão aqui? — Afirmativo. Existem trinta e cinco sakh modificados e doze humanos modificados atualmente no planeta. Hã. Eu me pergunto qual é o objetivo de registrar todas as informações. Antes que eu possa perguntar, há um puxão no meu ouvido e eu grito. — Por favor, fique parada enquanto a extração começa, a doce voz do computador me diz. Então, há uma forte dor cegante e quente que parece sacudir diretamente o meu cérebro e o mundo fica negro.
Meu coração para de bater quando a parede
cospe
amarrotada
na
Kira. cama
Ela
está
estranha,
pequena e imóvel, e há bandagens ensangüentadas
sobre sua orelha. Sua estranha casca de metal se foi, mas seu rosto está tão pálido e ela está inconsciente. Com a boca seca, eu toco sua bochecha para despertá-la. Quando ela não se move, eu a pego em meus braços e a levo para longe deste quarto. Eu não confio Eu não confio na caverna dos anciãos, com sua estranha magia e paredes brilhantes e vozes incorpóreas. Eu quero levar Kira de volta para minha caverna e deitá-la em minhas peles— —Bem, não é realmente a minha caverna, mas a caverna da minha família, e seria estranho deitá-la em minhas cobertas e acasalar com ela, com meus irmãos mais novos e meus pais observando. Mas eu encontraria um lugar tranquilo para levá-la e confortá-la. Para abraçála e torná-la minha. Nada
disso
importa,
no
entanto. Kira
está
inconsciente e não está bem. Eu cheiro Haeden em algum lugar próximo e sigo meu nariz até localizá-lo, ainda na entrada da frente, olhando para as estranhas portas de pedra
com
uma
expressão
sombria. Ele fica de pé ao me ver com Kira em meus braços, sua carranca se aprofundando.
— O que tem de errado com ela? — Eles removeram seu tradutor, eu digo. — Mas ela não vai acordar. Ele resmunga. — Ela pode estar cansada. Talvez as paredes tenham cansado seus ouvidos. Eu a embalo mais perto do meu peito. — Elas estão falando com você? Ele concorda. — Ficam me perguntando se eu gostaria de alguma coisa. Desejo silêncio e que as paredes parem de falar comigo. — Pergunte às paredes onde fica a cama. Se Kira vai dormir, vou ficar com ela até ela acordar. Olho em volta. — Onde está a outra humana? Haeden encolhe os ombros.
— Isso importa? Ela tem que passar por aqui para sair. Ele gesticula para a boca fechada da caverna. Meu amigo não tem amor pelos humanos. Ele pode ser o único em nossa tribo que não ficou fora de si com a alegria pela descoberta de tantas mulheres. Eu me viro e olho para as estranhas paredes de pedra com suas luzes piscando e mexendo-se. Eu decido abordar isso. — Onde tem uma caverna? Eu quero levar minha companheira para dormir. Haeden arqueia uma sobrancelha para mim, mas eu ignoro sua pergunta silenciosa. Kira é minha companheira, mesmo que nem meu corpo nem o dela percebam isso ainda. Eles só precisam de tempo. O computador fala na linguagem humana. — Os alojamentos estão na ala sul. — Me guie até lá —, eu exijo. O chão se acende como para Kira, e eu a seguro perto, empurrando meu caminho para as entranhas da caverna. Eu não gosto deste lugar estranho, mas parece estar a salvo de
predadores. As luzes estranhas me levam para outro caminho sinuoso, e param em uma caverna com uma porta entreaberta que treme como se estivesse tentando se fechar. Há uma peça quebrada da parede pendurada no teto que impede que ela se feche, e eu deslizo para dentro da própria caverna. É um compartimento pequeno, muito quadrado, com mais painéis piscantes, mas tenho o prazer de ver que há uma cama quadrada coberta por uma pele de animal macia, mole e estranha. Eu jogo meu manto sobre ela e gentilmente coloco Kira na cama para que eu possa examiná-la novamente. A preocupação faz meu coração bater e eu passo a mão por seus braços, pernas e peito, procurando por feridas escondidas que eu não poderia ter visto antes. Ela parece saudável no corpo. Eu tiro as ataduras de sua orelha. Há buracos avermelhados ao longo do lóbulo dela e sangue seco com crostas no interior do canal auditivo, mas, por outro lado, não vejo problemas. Não há nada a fazer senão esperar que ela acorde. Eu deslizo para a cama ao lado dela e envolvo meus braços ao redor dela. Ela se encaixa contra mim tão
perfeitamente. Eu passo a mão pelo cabelo dela e pressiono minha boca na sua testa estranha e lisa. — Você está segura comigo, Kira —, murmuro em voz baixa e suave. — Ninguém vai machuca-la enquanto você estiver comigo. Eu lutarei até a morte para mantê-la ao meu lado. Inimigos vão olhar para a minha lança e recuar de medo. Eu corro minha mão pelas suas costas pequenas. — Então, você e eu vamos ter uma caverna própria. Não sei como, mas vamos conseguir. E nós vamos montar um ninho de cobertas quentes e grossas para manter aquecido o seu frágil corpo humano, e eu vou pressionar minha boca em cada centímetro de sua pele macia e mostrar o quanto você significa para mim. Meus dedos pastam sobre seu rosto, traçando seu pequeno nariz, suas pequenas sobrancelhas. Ela é estranha em comparação com as mulheres da minha tribo, mas eu tenho um grande apreço por sua testa lisa, rosto pálido e olhos tristes, e sua boca pequena que raramente se curva em um sorriso. Eu decido exatamente naquele
momento que vou agir como um bobo ao redor dela, se isso vai trazer um olhar feliz para o rosto dela. Eu farei qualquer coisa por ela. Sento-me na cama, descrevendo em detalhes como vamos montar nossa caverna. Como minha mãe vai se preocupar com o pensamento de ter uma filha, já que ela tem filhos e nenhum deles acasalou. De como meu pai vai balançar a cabeça para as minhas atitudes, mas não importa, porque é tudo para Kira. — A maior e mais quente cama em todas as cavernas —, eu decido. — Dvisti fur é a mais quente e vou alinhar nosso ninho com ela, e depois pedir a Kashrem - que é o companheiro de Maylak - para criar cobertores macios que sejam mais macios que os dos filhotes, mas quentes o suficiente para agradá-la. Vai custarme muito, mas o Kashrem sempre teve inveja das minhas esculturas, por isso vou criar-lhe algumas
ferramentas
novas,
penso
eu. Talvez algumas bugigangas para seus
filhotes. Eu
pensativo.
considero,
Eu sempre doei minhas esculturas com facilidade, sem me preocupar em receber nada em troca. Agora que tenho uma companheira, terei que considerar as coisas com mais cuidado, para poder fornecer todas as coisas que ela queira. — E vamos precisar de cobertas para a entrada da nossa caverna, digo a ela. — Para abafar seus gritos de prazer quando eu te levar todas as noites. Talvez seja esse o meu orgulho masculino falando. Eu não acho que Kira seja escandalosa. Não como Asha era. Ela será do tipo quieta, do tipo que goza com um alargamento de seus olhos e uma separação dos lábios, e não mais do que isso. Eu imagino, e meu pau fica desconfortavelmente duro. Hora de pensar em outras coisas. Eu acaricio minha mão pelo braço de Kira. — Eu imagino que a primeira temporada brutal com o meu povo será difícil para as humanas. Você luta agora, mas eu farei o meu melhor para garantir que você esteja sempre quente e bem alimentada. E
quando as neves forem muito altas até mesmo para os caçadores saírem, ficaremos em nossas cobertas o dia todo. Estranho, o quanto eu quero a vida que estou imaginando. Meu coração bate forte, pensando em Kira, quente e sorrindo para mim depois de uma longa noite de acasalamento vigoroso. Kira, com sua barriga arredondada com meu filho. Kira, cuidando de um pequeno humano-sa-khui, com uma cauda rosa e chifres atrofiados. Como seria nosso filho? Perdido em pensamentos agradáveis, continuo a falar com minha parceira inconsciente.
Minha cabeça parece um melão rachado. A dor bate no meu cérebro e fico completamente imóvel, esperando que a falta de movimento faça a agonia se dissipar. Quando eu, ouço uma voz suave e baixa. — Eu posso ter que empilhar as costas da nossa caverna com esterco extra para que eu possa manter um fogo aceso para você o tempo todo.
Eu só vou ter que descobrir algo para disfarçar o cheiro. Talvez algumas das ervas de Maylak. E eu sei que você gosta da sua carne cozida, então tenho que considerar. E quando ficar muito frio à noite, podemos aquecer um pouco da neve em uma bexiga de pena-fera. Você pode preservá-los de uma certa maneira e colocá-los a seus pés para manter suas cobertas quentes à noite. De qualquer forma, vou me certificar de que você esteja feliz e confortável. Os grandes dedos de Aehako traçam minha mandíbula. — Mas eu vou cuidar de você. Minha dor de cabeça diminui um pouco ao seu toque suave. Estou embalada contra ele com o rosto pressionado contra o peito e a mão por perto. Seus braços estão em volta de mim, me abraçando contra ele, e parece ... como em casa. Eu mantenho meus olhos fechados, relaxando no tom baixo de sua voz enquanto ele me conta tudo sobre seus planos para 'nossa' caverna e como vamos enfrentar a estação brutal - o inverno - juntos e todos os planos que ele tem para nós. Eu tenho que admitir que ouvi-lo falar sobre seus planos para nós dois juntos me enche com uma quantidade incrível de desejo e alegria. Alegria porque montar uma caverna aconchegante com ele parece incrivelmente
maravilhoso e eu ainda não consigo acreditar em alguém tão divertido e sexy quanto ele está interessado em alguém tão quieta quanto eu. Sinto ânsia porque ele começa a falar de filhotes e quando eu tiver seus filhos. O que nunca vai acontecer, porque ainda sou estéril. Um pequeno suspiro me escapa. Ele me quer e quer uma família, mas ele só pode ter uma dessas coisas. — Kira? — Eu sinto seu grande corpo se mover sob a minha bochecha e minha mão. — Você está acordada? Eu aceno e lambo meus lábios secos. — Minha cabeça está doendo. — A concha se foi —, diz ele, mantendo a voz baixa. Eu alcanço e toco meu ouvido. Ele envia uma nova rodada de dor na minha cabeça, mas
eu também me sinto ... mais leve? Eu tracei meu lóbulo da orelha e senti os novos buracos lá. Isso realmente desapareceu. — Você destruiu? Ele fica tenso contra mim. — Eu devo? — Por favor —, eu sussurro. — Eles podem ser capazes de me rastrear com isso. — Eu vou cuidar disso —, diz ele, levantando-se da cama. — Mas primeiro você deve beber. Eu aceno e consigo me colocar em uma posição sentada. Ele puxa seu cantil com água e o segura na minha boca com cuidado para que eu possa beber, e quando eu termino, ele me ajuda a deitar na cama e então gentilmente enrola os cobertores ao meu redor. Meu
coração
transborda
de
afeição por esse homem gigante e risonho que pode ser tão terno comigo.
Eu odeio que não posso ficar com ele. Que sou falha e nunca serei o que ele quer em uma mulher. Em uma companheira. Eu suspiro suavemente e fecho meus olhos novamente para aliviar minha cabeça latejante. — Descanse, olhos tristes —, ele me diz, e me acaricia mais uma vez antes de ir em direção à porta. — Eu vou lidar com tudo. Eu fecho meus olhos e espero que ele esteja certo.
Quando eu acordo mais tarde, minha dor de cabeça já passou e meu estômago está roncando. Eu me sento na cama, consciente de um grande calor enrolado em volta do meu traseiro. É Aehako novamente, e ele voltou enquanto eu dormi, e nós estamos deitados. Puxa, é difícil ser eu.
A mão grande de Aehako está em volta da minha cintura, me enrolando contra ele. — Kira? — Seu murmúrio sonolento da minha voz soa como mel, e eu posso sentir a ereção bastante ... proeminente que ele está empurrando contra o meu traseiro. — Como está a sua cabeça? — Eu acho que estou bem —, digo a ele. — Eu preciso encontrar algo para comer, no entanto. E um banheiro. — Banheiro? Eu aceno com sono, olhando para o quarto em que estamos. Parece um pequeno beliche particular, talvez o alojamento de alguém. Há um pôster desbotado na parede oposta e não consigo entender o que havia nele. Mais alguns fios pendem do teto e há uma fina camada de poeira sobre tudo. O quarto foi despojado, até a cama que é nada, mas do que um colchão
com
nossas
colocadas em cima dele.
cobertas
Eu balanço minhas pernas para o lado da cama e fico de pé, testando minha força. Eu pareço estar bem, minha enxaqueca induzida pela cirurgia foi embora. Se esta é uma cabine privada, tenho certeza que há um penico por aqui em algum lugar. Ao passar minhas mãos ao longo de algumas aberturas interessantes nas paredes, consigo encontrar o que estou procurando. É um cubículo com uma bacia de aparência estranha que é muito alto para as pernas humanas. De um lado, o que parece ser uma banheira. Deus, eu adoraria um banho. Eu consigo me mexer na privada alienígena um momento antes de me perguntar se está funcionando. — Hum, computador? As instalações estão funcionando? — Consulta: o que é instalações? — Os banheiros e os chuveiros? —
Eu
posso
reativá-los
com
neve
armazenada. Levará vinte e sete segundos para derreter e aquecer. Gostaria de continuar? — Ah, sim! No momento em que termino meu trabalho no banheiro, há água derramando do bico no teto do
chuveiro. No começo, ele mistura uma cor lamacenta, mas depois corre, e eu corro meus dedos sob a água para testar o calor. Está perfeito. Com um pequeno suspiro de prazer, eu tiro meus couros e os atiro para o chão empoeirado, em seguida, entro no chuveiro em si. Algumas coisas são eternas, suponho, porque é quase exatamente o mesmo que um banho humano, e eu limpo meu cabelo molhado do rosto com pura felicidade. Isso é exatamente o que eu preciso. — Kira? — Aehako bate na porta. — Você está bem? — Estou bem —, eu digo. A porta se abre um momento depois. — Então você não vai se importar se eu vier e passar o tempo com você? Eu grito, cobrindo minhas partes íntimas com minhas mãos enquanto ele entra. — O que você está fazendo?
Ele abre os braços. — Não é óbvio? Você se esconde aqui, então eu vou me juntar a você. — Estou tentando tomar banho! — Tomar banho? — Banho! Eu odeio que a linguagem que o sa-khui aprenderam tenha trezentos anos de idade. Muito da nossa linguagem mudou desde então. — Lavando! Seus olhos brilham e ele me olha de cima a baixo. O olhar de Aehako é abrasador. — Eu tenho grãos de sabão na minha bolsa. Ficarei mais do que feliz em ajudá-la a lavar. O rubor nas minhas bochechas parece um inferno. — Estou nua. — Eu notei. — O olhar que ele me dá é grato.
— E suas partes são tão boas quanto eu imaginava. Eu sei que deveria dizer a ele que não, para ir embora. Mas então me bate ... por que eu deveria? Qual é o ponto de ser modesta? Quem está lá para julgar ou me envergonhar? Eu quero que ele venha tomar banho comigo. Eu quero o seu grande corpo esfregando-se contra o meu. Eu gosto quando ele cuida de mim. Isso me faz sentir amada e querida, e essas são duas emoções pelas quais estou totalmente ansiosa. Mas… eu não sei como convidar um homem para uma situação sexy. Não está em mim flertar de volta. Então eu apenas dou a ele um olhar mudo e desamparado. Como se ele sentisse minha agonia, ele hesita. — Você quer que eu vá embora, Kira? Eu olho para ele por um longo momento. No grande macho alienígena de dois metros e meio usando apenas uma tanga que não faz muito pela modéstia. Ele tem chifres e cordilheiras e deve ser assustador. E em vez disso, estou terrivelmente atraído por ele. Então eu açoo minha coragem e balanço minha cabeça. Eu não quero que ele saia
— Pe-pegue o sabão. Ele me mostra um daqueles Aehako rápidos e satisfeitos sorrisos e sai do banheiro alienígena, deixando-me apenas alguns momentos para tentar me fazer, bem, bonita. Eu aliso a mão no meu cabelo molhado e olho para as minhas pernas e braços e meu corpo pálido. Eu não estou no meu melhor. Eu acho que isso não importa. Ele não tem outras humanas para me comparar, exceto aquelas com quem vim aqui. Quando ele volta com sua pequena bolsa de grãos, estou nervosa, mas ... muito animada. Meus mamilos já estão apontando e duros, e eu mostro a ele um rápido e tímido sorriso, esperando que ele me ache bonita. O que é estranho pensar, considerando que ele é azul e com chifres, mas eu ainda quero que ele seja atraído por mim por minha causa, não só porque eu tenho uma vagina. Aehako coloca a bolsa em um balcão próximo e pega alguns grãos. Eu empurro de volta a porta de vidro do chuveiro no exato momento em que ele arranca sua tanga. E ... tudo bem. Então isso parece muito maior do que eu inicialmente "senti". Uma coisa é ver fotos de homens nus e estátuas e coisas do
gênero, e outra é ter um cara totalmente excitado parado bem na sua frente. Com um estímulo. Não consigo esquecer o estímulo. E aqui eu pensei que seu grande "presente" esculpido de seu pênis era ... bem, um exagero. Não parece. Seu pênis parece tanto quanto o meu braço, embora certamente não possa ser. Também é um azul mais escuro que o resto de sua pele. Eu não posso deixar de olhar para ele enquanto ele entra no chuveiro comigo. E então eu tenho que me espremer contra a parede do fundo, porque o corpo grande de Aehako é enorme e o chuveiro claramente não foi construído para dois. Uma risada nervosa me escapa — Devo sair? — Eu posso caber —, diz ele, inclinando-se um pouco para baixo para colocar seus grandes chifres no chuveiro. — Significa apenas que teremos que ficar um pouco mais juntos. — E ele me dá outro olhar de flerte que me faz rir.
— Você está roubando toda a água quente. Ela cai em cascata do seu corpo e de seus chifres, mas parece não me atingir. Ele seria um ótimo guarda-chuva, não um ótimo parceiro de chuveiro. — Roubando? — Tomando, eu corrijo, então pense sobre isso. — Eu provavelmente deveria pegar o tradutor de linguagem enquanto estivermos aqui. Eu quero saber a sua língua. — Isso pode esperar mais um dia —, ele me diz, e esmaga os grãos em seu punho. — Devo esfregar isso em você? Um arrepio se move através de mim, e minha pele se arrepia com a consciência dele. Mesmo encurvado, o tamanho de Aehako é intimidante ... mas eu sei que ele pode ser muito gentil. E se eu me aproximar mais, seu pênis vai estar se esfregando em mim. É
um
pouco
como
sobrecarga
sensorial. Eu quero explorá-lo, e eu quero que ele me explore ... mas eu principalmente quero beijá-lo.
— Aehako —, eu respiro, e levanto meus braços ao redor de seu pescoço. A água imediatamente cai no meu rosto. Eu cuspo e depois limpo meu rosto. — Você vai me beijar? — Você nunca precisa perguntar, olhos tristes. Tudo o que você precisa é virar o rosto para mim. — Seu braço grande me rodeia e me puxa contra ele, e fico assustada com o contato da nossa pele molhada. Parece decadente e estranho e eu quero passar minhas mãos por todo lado e explorá-lo. Mas então sua boca cobre a minha em uma pressão forte e quente, e eu gemo de surpresa e prazer. Sua língua se move contra a minha em convite, e então nós estamos nos beijando descontroladamente, a água caindo sobre nós dois. Lábios fechados, nós nos beijamos repetidamente até que eu estou pressionando contra ele tanto quanto ele está me puxando. Meus mamilos se esfregam contra seu peito e ele envia arrepios pelo meu corpo... então eu faço questão de esfregar nele repetidamente.
— Kira —, ele geme, e depois se afasta, o que me deixa atordoada. Eu quase tropeço sem o seu grande corpo para me segurar. O olhar em seu rosto é sóbrio quando ele indica que eu deveria me virar. — Deixe-me lavar você antes de continuarmos. Eu endureci mesmo quando me virei, minhas costas ficando eretas. — É porque eu estou fedendo? — Não, é porque eu não tenho muitos grãos e eu preciso me lavar também. Oh. Eu fico obediente enquanto ele esfrega o suco dos grãos nas minhas costas e ombros e depois no meu cabelo. Ele esfrega meu cabelo um pouco e depois passa a mão pelo meu braço, lavando minha
pele. É
bom,
como
se
estivesse
sendo
acariciada. Quase como uma massagem. Então, a mão dele vem para frente e cobre meu seio e eu esqueço tudo sobre massagem. A respiração explode de mim e eu ofego em choque e surpreende o prazer. — Você é tão delicada. — Sua mão se move sobre o meu peito, em seguida, desliza para o outro.
— Macia e toda delicada. Eu inclino minha cabeça para trás e fico surpresa quando o outro braço de Aehako passa pela minha cintura, me puxando contra ele novamente. A sensação do seu pênis contra as minhas costas é como uma lança esfaqueando, mas ele me segura contra ele e alisa suas mãos ensaboadas por todo o meu corpo e eu sou incapaz de fazer qualquer coisa além de ficar lá e deixá-lo. Parece bom demais. Sua boca roça no meu pescoço e ele lambe e, em seguida, toca a minha pele, até as duas mãos se moverem para segurar meus seios. Eu gemo de prazer. Eu toquei já meus próprios seios, mas quando ele faz isso, o prazer vai do simples 'bom' para o “sem palavras”. Eu pressiono de volta contra ele e minhas mãos vão para seus braços. Estou desesperada para mostrar a ele que quero mais desse adorável e excitante, mas não sei como mostrar a ele. — Aehako, o que eu faço? — Eu coço minhas unhas sobre os sulcos em seus antebraços. Seu baixo grunhido de prazer me surpreende.
toque
— Qualquer lugar que você me toca é um prazer. Assim como é para mim quando eu a toco. E agora, pretendo tirar todo meu prazer da minha companheira. As palavras apaixonadas de Aehako são como um tapa de água fria no rosto. Sua companheira. Ah não. Eu preciso contar a ele. — Aehako —, eu digo baixinho, e me viro para encará-lo. — Não, Kira. — Ele se inclina e morde minha boca para me silenciar. — Não ouvirei protestos. Você será minha companheira. Não precisamos de khui para nos unir. Você é minha e eu sou seu. Nosso khuis
simplesmente
tarde. Aconteceu acasalamentos. Você
alcançarão em escolhe
eventualmente, o khui escolhe. Eu sacudo minha cabeça. — Ele nunca vai me escolher, Aehako. — Você não sabe disso...
mais
muitos e,
— Eu sei —, eu digo, e antes que eu possa pensar em manter as palavras, eu as cuspo. — Eu sou estéril.
Demoro um momento para digerir a palavra estéril. O visual mental que a tradução me dá é o da terra queimada, sem animais e sem plantas, sem água, sem nada. Então percebo o que ela está me dizendo. — Você não pode ter filhotes? Lágrimas se acumulam em seus olhos tristes e ela concorda. — Quando eu era muito jovem, fiquei doente e quase morri. Eu fiquei no hospital por um longo tempo e quando eu finalmente curei, eles me disseram que meu sistema
reprodutivo
havia
sido
comprometido pela doença e eu nunca teria filhos. — As lágrimas caem por suas bochechas e ela as limpa rapidamente, movimentos com raiva.
— É por isso que não podemos ficar juntos. Porque você quer ter uma família. E eu tenho que dizer que se você me escolher, você nunca terá uma. Eu nunca vou vibrar, porque não posso ter filhos. Eu sinto uma pontada aguda de arrependimento, mas é rapidamente banida. É por isso que ela está tão triste? É por isso que ela afastado quando está claro que ela está desesperada para ser amada? Que ela anseia carinho do jeito que eu anseio por seus sorrisos? Eu toco seu queixo e a forço a olhar para mim. Há tanta sofrimento e desgosto em seus olhos. Ela realmente acha que eu vou deixá-la de lado agora que acho que ela não pode criar vida em sua barriga? — Mais alguma coisa? Um meio soluço se transforma em uma risada e ela enxuga as lágrimas novamente. — Eu acho que é muito, não é? — E se eu lhe disser que não me importa se você pode ter filhotes ou não? Suas franzem.
pequenas
sobrancelhas
— Mas você disse que queria uma família. Eu não privaria você disso. — Não se preocupe em meu nome, olhos tristes. Não há crianças sem vibração, e agora eu não tenho que me preocupar com outro homem tirando você do meu alcance. — Eu acaricio sua bochecha suavemente. — Algumas luas atrás, eu me resignara a uma vida solitária de caça e a única companhia era minha mão. — Minhas palavras grosseiras fazem uma risada pequena e horrorizada irromper dela, e eu continuo. — Agora, eu conheci você e vejo uma vida de riso, carinho e amor à minha frente. Importa para mim que nunca iremos vibrar? Não. Só ter você na minha vida é o suficiente para mim. Você é meu coração, Kira, e você deveria ser minha companheira. Ela começa a chorar de novo. — Eu não quero que você se sinta preso comigo. — Preso? — Eu rio.
— Preso com uma companheira linda, forte e inteligente em minhas cobertas todas as noites? Congratulo-me com essa armadilha. — Mas as crianças. — Se não tivermos filhotes, então sempre teremos nossa caverna para nós mesmos —, digo a ela, puxando-a contra mim. Sua pele molhada gruda na minha e cria um delicioso atrito entre nós. Eu posso sentir os pequenos mamilos de seus seios se esfregando contra o meu abdômen e isso faz meu pau tremer, desesperado por estar dentro dela. — E vamos escandalizar todos os outros, sendo o mais barulhento casal nas cavernas. Uma risadinha horrorizada escapa dela, e estou tão aliviado por tê-la feito sorrir que a apertei com força contra mim. — Se você tem certeza ... — ela diz suavemente. — Eu tive certeza no momento em que vi seu rosto. Ela se afasta, surpresa.
— Você teve? Eu concordo. — Eu vi você e pensei, se alguma vez houve uma fêmea que precisava de um macho para fazê-la sorrir, era você. E que seríamos perfeitos juntos. Kira bate no meu peito, fingindo aborrecimento, mas posso dizer que ela está satisfeita com minhas palavras. Ela está suavizando contra mim e as lágrimas estão secando. — Eu só… eu nunca disse nada. Seu pessoal estava tão empolgado com o fato de podermos vibrar e ter filhos. Eu nunca quis admitir que eu era falha. Eu não sabia o que aconteceria se eu tivesse. Eu seria bem-vinda por mais tempo? — Claro que você seria bem-vinda. Nós não a expulsaríamos simplesmente porque você não pode carregar filhotes. Nós expulsamos Farli? Ela bufa. — Farli é jovem demais para ter filhos. Isso nem é uma comparação justa.
— Então Asha? Cujo filho morreu jovem demais? Ou minha mãe, Sevvah, que agora está velha demais para ter mais filhotes? — Eu toco sua bochecha. — Você traz mais para a tribo do que apenas o seu corpo. — Eu não tenho tanta certeza —, diz ela suavemente. — A única coisa em que eu era boa era traduzir, e acabei removendo isso. — Então você trará novas habilidades e alegria para a tribo. Nós apenas não as vimos ainda. Kira me dá um olhar exasperado. — Você tem uma resposta otimista para tudo? — Sim. — Eu sorrio para ela. — É isso que eu trago para a tribo. Bem, isso e minhas habilidades de escultor. Outra
pequena
risada
escapa,
abafada pela queda das lágrimas. — Sim, eu ainda tenho o presente que você fez para mim.
— Ah. Porque é uma semelhança tão impressionante? Sua risada se transforma em uma bufada e ela enterra o rosto contra o meu peito molhado, seus braços ao meu redor. — Porque eu queria comparar os tamanhos. Eu imaginei que fosse exagerado. — Devo mostrar-lhe como as minhas esculturas são precisas? — Eu deslizo meus dedos por suas costas molhadas, e então pego sua mão e a coloco no meu pênis dolorido. Eu a ouço respirar fundo, mas ela não se afasta. Em vez disso, ela me acaricia e explora. — Seja minha companheira, Kira. Ela olha para mim, há esperança em seus olhos. — Mas os alienígenas... Mais desculpas? — Deixe-os fazer o melhor para nos separar. Eles vão falhar. — Eu toco sua bochecha novamente. — E não vamos prever o destino para o nosso futuro. Vamos viver o hoje, sim?
Eu sempre fui um homem prático. Eu tenho visto muita tristeza para deixar isso guiar minha vida, como Haeden faz. Se isso significa que eu devo sorrir um dia e chorar o próximo, então eu vou aproveitar o dia dos sorrisos muito mais. Eu quero que Kira perceba isso - que a vida é mais doce quando aceitamos o que ela oferece sem preocupações. Ela aperta seus dedos ao redor da base do meu pau e, em seguida, desliza suavemente a mão para cima, acariciando-me. — Hoje —, diz ela em voz baixa, — É realmente um bom dia para estar com o meu companheiro. Meu coração se enche de afeição. — Sim. A água muda a temperatura de um calor delicioso para um gelo frio, e Kira grita ao mesmo tempo que eu. Ela enxágua os grãos do cabelo e, em seguida, salta rapidamente para fora da água, e eu sigo um momento depois.
— Eu acho que ficamos sem água quente, diz ela, com os braços pressionados contra o peito enquanto ela treme e dá um pequeno salto. — Isso não deveria acontecer? — Não! — Ela ri. — Ninguém pode se banhar naquela água fria. Eu dou de ombros. Eu não entendo nada sobre os anciãos. Mas enquanto vejo Kira delicadamente pegar seus couros do chão, tremendo de frio, decido que há outras maneiras de aquecêla. Formas que são tão antigas quanto o tempo. Eu a pego em meus braços e ignoro seu grito de surpresa. — Você está totalmente gelada, minha adorável companheira. Deixe seu homem aquecê-la. Em vez dos tímidos protestos que eu esperava, ela envolve os braços em volta do meu pescoço e se agarra a mim. Meu
pau
parece
pedra
dolorida. Eu queria isso desde que a vi. Eu a levo para
o outro quarto e gentilmente a coloco na cama. Kira olha para mim com olhos confiantes e meu coração se enche de afeto. Essa é minha companheira. Não importa que nossos khuis não tenham escolhido ou que ela não possa carregar filhotes. Ela é minha para reivindicar. Minha para dar prazer. — Você é linda —, digo a ela. Ela é. Seus membros humanos estão orvalhados com água, sua pele brilhando com suavidade. Seus olhos - azuis com khui - parecem grandes e brilhantes em seu rosto, e seu cabelo está penteado para trás contra o crânio, fazendo-a parecer ainda mais frágil que o normal. Seu peito se ergue com nervosismo, e cada respiração curta faz seus seios tremerem sedutoramente. Suas pernas estão enroladas juntas, mas logo vou lamber entre elas e saboreá-la. Kira sorri para mim e estende a mão para a minha. Eu entrelaço meus dedos com os seus, observando novamente nossas diferenças. Ela tem quatro dedos pequenos e um polegar, onde eu tenho três e um polegar. Os dedos dos pés são os mesmos - quatro
pequenos dedos ao lado de um grande pé delgado. Meu próprio pé é mais do que o dobro do dela, e meus dedos - um a menos que ela estão mais espalhados para equilibrar minha forma maior. Não há cumes chapeados em seu corpo para protegê-la, apenas suavidade em todos os lugares. Não posso negar que acho o pensamento de toda essa suavidade incrivelmente excitante. Eu libero minha mão de seu aperto e toco seu peito, ansioso para sentir a pele lisa. O vale entre os seios dela é tão macio quanto o ventre de uma pena-fera. Ela treme ao meu toque, seu olhar em mim, e eu vejo seus mamilos endurecerem em resposta, passando de círculos rosados suaves para pontas pequenas e duras. Eu não os toquei ainda. Eu ainda estou explorando, ainda admirando o corpo da companheira. Esta é a nossa primeira chance de estar verdadeiramente sozinhos e despidos um do outro, e eu gostaria de aproveitar. Sua barriga é plana, com um pequeno mergulho para um umbigo que me faz
querer
beijá-lo. Seus
quadris
se
dilatam
ligeiramente, arredondados e convidativos, e entre
minha
suas coxas há uma cabeleira escura que esconde suas dobras cobertas de mel e seu terceiro mamilo. Está implorando pela minha boca, mas suspeito que minha tímida Kira pularia direto da cama se eu abrisse as pernas e enterrasse meu rosto lá, então eu deveria cortejá-la com beijos e carícias. Eu quero senti-la contra mim, então eu subo na cama e me deito ao lado dela. Meu corpo supera seu menor, e ela se desloca um pouco. Eu inclino meu peso para o lado para que eu não a esmague, e jogo uma perna sobre suas coxas para que ela não possa se afastar de mim. Então, eu me inclino para beijá-la, puxando seu corpo para perto do meu. Ela suspira e se inclina em meu beijo, sua língua batendo
contra
a
minha. Eu
aprofundo
o beijo, tornando mais explícito, mais óbvio quanto eu a quero. Eu fodo sua doce boca com minha língua, e ela responde com suaves gritos e contorções de prazer debaixo de mim. Meu pau dói para reivindicá-la, mas
devo ir devagar. Kira nunca acasalou antes, e ela está nervosa. Eu belisco sua boca, apreciando suas respostas - ruídos de prazer. Minha boca roça em sua mandíbula e então eu lambo seu pescoço, que envia arrepios através de todo o seu corpo. Ela gosta disso. Eu lambo a pele macia lá e mordo suavemente, e seus dedos cravam em meus ombros. — Você gosta da minha boca no seu pescoço? — Eu murmuro. — Ou devo movê-la para outro lugar? — Eu gosto da sua boca em todos os lugares —, diz ela na voz mais suave e ofegante. Isso faz meu pau se contorcer. Vou dar a ela minha boca em todos os lugares, então. Eu lambo e chupo sua suave pele humana, traçando ao longo de sua clavícula. Com cada pressão da minha boca em sua carne, ela dá um gemido baixo, e suas mãos se movem sobre meus ombros e braços. É como se ela não soubesse onde colocá-las, mas quer me tocar. Ela pode me tocar o quanto quiser; terei prazer em aceitá-la. Mas por enquanto, estou me concentrando
nela. Ela teve tanta preocupação em sua mente ultimamente que eu quero fazê-la se desfazer. Além disso? Eu quero ter certeza que ela não tem dúvidas sobre ser minha. Eu me movo sobre seu peito liso e, em seguida, passo meus lábios sobre um dos seios. A ponta está cheia de excitação e eu a lambo sedutoramente, depois espero a reação dela. — Oh —, ela respira, sua voz trêmula. Quando levanto a cabeça, ela cora e parece tímida. — Mostre-me o que você quer, Kira. Suas bochechas estão rosa brilhante quando ela pega meus chifres e me puxa de volta para o peito novamente em um comando silencioso. Não precisou de muito convencimento, e estou feliz que minha companheira esteja gostando das minhas atenções. Ela é tão pequena e delicada, e eu me preocupo como alguém tão grande e brutal quanto eu possa ser assustador para ela. Mas o jeito que ela me direciona me faz achar que
estou pensando demais. Que ela está tão faminta pelo meu toque quanto eu estou pelo dela. Eu capturei seu mamilo na minha boca e agitei com minha língua. Ela engasga quando a minha língua umedece a ponta do mamilo, então eu me certifico de fazer isso repetidas vezes. — Minha Kira —, eu murmuro, apertando seu peito para que eu possa melhor alimentá-lo com a minha boca. — Minha doce companheira. Você tem um gosto tão bom quanto eu imaginei. Ela faz um pequeno gemido suave, e suas mãos deslizam pelos meus braços novamente, seus quadris ondulando na cama debaixo de mim. O cheiro de sua excitação perfuma o ar ao nosso redor, e eu balanço meus quadris contra as cobertas, meu pau desesperado para mergulhar em seu calor. Paciência
é
difícil
quando
sua
companheira está sob você pela primeira vez. Eu não quero nada mais do que me jogar em cima dela e me enterrar dentro dela. Eu quero ver seus lábios se abrindo com admiração quando eu a acaricio.
Em vez disso, deixo minha boca mais para baixo em sua barriga, minha impaciência levando a melhor sobre mim. Eu arrasto meus dentes contra sua pele, aproveitando quando ela treme em resposta. Minha língua circunda seu umbigo, e então eu mergulho mais baixo, para os cachos entre suas pernas que protegem suas dobras de mim. Minha boca está cheia de antecipação. Dizem que nenhum sabor é mais doce que o de uma companheira de vibração na língua de um macho, mas não estamos vibrando. Nós nunca iremos. Eu não acho que ela vai ser menos doce, no entanto. Suas coxas pressionam juntas e suas mãos deslizam sobre meus chifres. — Aehako —, ela murmura. — Eu não sei… — Você já teve um macho lambendo você antes? Seu
rosto
mostra
brilhante. — Só você. Antes.
um
carmesim
Ah sim. É uma boa memória e uma que alimenta minhas fantasias luxuriosas. De minha mão mergulhando entre as pernas de Kira e provocando-a até que ela gozou, então lambendo sua doçura dos meus dedos. — Então eu serei o seu primeiro e último —, digo a ela, e encontro uma quantidade bizarra de prazer nesta declaração ousada. Ela nunca será de mais ninguém além de minha. Sempre. Eu mordisco sua coxa, pedindo que ela se abra para mim. Ela faz um som nervoso e suas pernas tremem. — Abra para mim, minha companheira. Eu quero lamber você toda. — Para provar isso, eu arrasto minha língua pelo osso do seu quadril, até o tufo de cabelo encaracolado. — Separe suas pernas para mim. Eu sinto Kira tremer novamente, mas ela faz. Suas pernas se abrem e eu pego minha mão e as empurro ainda mais, até que ela se espalhe por mim. Eu coloco um joelho sobre o meu ombro para que ela não possa fechar suas coxas novamente. Então eu posso admirar a boceta da minha companheira. As dobras brilham
com a umidade, me fazendo salivar mais uma vez. Suas dobras são bonitas
com
um
rosa
profundamente
corado,
como
suas
bochechas. Eu arrasto um dedo através de sua umidade e meu pau dói quando ela se contorce e faz barulhos suaves de prazer. — Eu vou provar você. Ela pressiona a mão na testa e fecha os olhos. — Oh Deus. Interessante. Ela não está se afastando, então eu me inclino e a exploro com a minha boca. A primeira explosão de seu gosto na minha língua é como nada mais - ela é como sal e almíscar e Kira ... e absolutamente deliciosa. Eu rosno baixo na minha garganta, feroz com a necessidade. — Doce. A respiração de
Kira estremece
em
sua
garganta. Eu aperto as pernas dela e quero mais. Empurrando-as ainda mais, eu a levanto para fora da cama para que ela esteja aberta para mim e a lambo de seu terceiro mamilo até a
entrada de sua boceta. Um gemido baixo escapa, e eu a lambo completamente novamente. Desta vez eu começo com o a entrada do seu traseiro e circulo-a, em seguida, arrasto minha língua até as dobras dela, até o terceiro mamilo. — Oh meu Deus —, ela geme novamente. — Você não fez apenas isso. — Eu posso fazer isso de novo —, digo a ela. Terei prazer em fazer isso. Seu gosto é mais doce do que qualquer coisa que eu já tive. Eu repito a ação, certificando-me de girar minha língua ao redor da entrada de seu traseiro e, em seguida, mover-me lentamente para cima através de suas dobras, revestidas com mel delicioso, e girar novamente ao redor do capuz de seu pequeno mamilo. Quando faço isso, ela grita e seus quadris se sacodem. Aha Repito chicoteando
o
movimento, com
minha
meu
rabo
própria
excitação. Eu amo fazê-la responder ao meu toque, amo que a tímida, contida Kira geme e chora quando eu lambo sua boceta. Eu poderia lambêla por horas e nunca ficaria satisfeito. Eu provoco e
mordisco o mamilo entre suas pernas, e ela aperta a mão na testa novamente e grita. — Mais? — Eu provoco, e chupo o pequeno pedaço de carne. Um grito escapa de sua garganta e sinto seu corpo estremecer debaixo de mim, seu tremor aumentando. Seus quadris balançam contra a minha boca, e assim eu continuo a chupar o ponto sensível até que ela está gemendo e desossada com prazer. — Oh misericórdia —, ela arfa. — Isso foi... outra coisa. Eu lambo meus lábios, provando-a em mim. — Sua boceta tem um gosto mais doce do que eu imaginava. O rubor no rosto dela se torna feroz e ela continua a pressionar a mão na testa. — Sua cabeça está doendo? —
O
que? Oh,
não
—,
ela
diz
rapidamente, e sua mão cai na cama. Uma pequena risada a escapa.
— Eu acho que eu estava apenas... tentando segurar meu cérebro antes que ele caísse. — E ela ri. Palavras estranhas, mas eu também rio. Eu gosto de fazê-la sorrir. Eu pressiono outro beijo na pequena mecha de cabelo e depois a lambo novamente. Kira estremece, sua pele se arrepia com pequenas protuberâncias na minha carícia. Eu pressiono um dedo na entrada da sua boceta para ver se ela está molhada o suficiente para me levar, e ela está encharcada. Minha companheira está mais do que pronta. A feroz necessidade de reivindica-la sobe através de mim, e eu me movo sobre ela, meu corpo maior pressionando-a na cama estranha. Seus braços se envolvem em torno de mim e ela recebe meu beijo, e outro pequeno suspiro de prazer excitado escapa quando eu pego um punhado de cabelo e arqueio o pescoço para trás para que eu possa
lambê-lo
novamente. Eu
mordo
suavemente o arco de sua garganta e deslizo meus quadris entre suas pernas abertas, meu pau descansando contra o berço de seus quadris. E eu esfrego contra ela para que ela possa sentir.
seu
O pequeno suspiro de Kira enquanto eu balanço contra ela é incrivelmente agradável. Suas coxas se espalham um pouco mais, e eu puxo uma ao redor dos meus quadris. Em vez de mergulhar nela, porém, eu a beijo novamente, minha língua dançando ao longo de sua boca, sorvendo os pequenos gemidos que entram em erupção em um fluxo constante. O olhar em seus olhos está aturdido pela necessidade. Eu balanço meu pau através de suas dobras novamente, arrastando para cima e para baixo, molhando meu comprimento com seu mel. Ela geme mais alto, e seus dedos cravam na minha pele. Ela está pronta. Eu aperto meu pau e o seguro na entrada de sua boceta. A coroa espessa pressiona contra seu calor, e suas unhas se enterram mais em minha pele. — Você ... é realmente grande —, diz ela, com uma nota de preocupação em sua voz. — Isso é porque eu sou —, eu provoco, e depois beijo suas preocupações. — Mas você pode me levar. Isso eu prometo. Você está pronta para ser reivindicada pelo seu companheiro?
Ela olha para mim com olhos tão grandes e macios. Sua mão se move para o meu rosto e ela acaricia, e meu coração dói de amor por ela. — Eu sou sua —, ela me diz. — Toda sua. — Minha —, eu concordo, e afundo. Eu sei que vou causar dor a ela ela nunca se acasalou antes e é pequena e apertada, mas é melhor fazêlo rapidamente, como a restauração dos ossos. Seu grito agudo de dor me feriu, e eu a abracei gentilmente. — Shhh — Oh —, ela me diz, e seu punho bate no meu braço. — Isso dói! — É uma dor que logo desaparecerá, eu prometo. Para compensar isso, eu beijo sua boca doce mais e mais, até que ela franze gentilmente e ela começa a responder às minhas
carícias
novamente. Meu
pau parece uma marca latejante, tão firmemente
embainhado em seu calor úmido, mas não ouso me mover até que ela esteja pronta para mim novamente. Quando ela dá um pequeno suspiro no meu último beijo, eu arrasto meu pênis lentamente para fora dela e, em seguida, afago de novo. Ela endurece, mas não menciona a dor. Seu olhar está em mim, seus olhos confiando e meu coração se quebra com a sua beleza. Ela é além de adorável, minha companheira. Adorável, suave e doce. — Você tem meu coração, Kira —, digo a ela novamente, e acaricio sua garganta. Eu acaricio novamente, tomando cuidado para avaliar sua reação, e quando ela permanece relaxada contra mim, eu desloco meu peso para um lado e acaricio seu seio, provocando o pico até que a ponta esteja dura e dolorida, e ela está gemendo e se mexendo contra mim. — Tudo parece tão diferente com você dentro de mim —, diz ela, e ela parece sem fôlego e cheia de admiração. — Ainda machucando?
— Eu não penso assim.— Ela morde o lábio e olha para mim. — Faça alguma coisa e eu vou deixar você saber. Faça alguma coisa? Eu farei tudo com ela. Eu aperto minha mão em seu cabelo novamente, ancorando-a contra mim e penetro profundamente. Ela suspira. — Isso me pareceu... — Seus olhos assustados se movem para os meus. — Bom? — Eu praticamente posso sentir meu peito estufando com orgulho. — Faz de novo? — Sua voz é pequena e tímida, mas ela arqueia as costas, pressionando seu corpo contra mim. Eu faço, e ela ofega novamente. Sua boceta parece apertar em volta de mim, e quando ela treme, eu sinto através de cada extensão de seu corpo. — Eu acho que vou... de novo. — Ela morde o lábio, seu corpo enrijecendo sob o meu.
— Bom —, digo a ela, e afundo profundamente novamente. Seu próximo suspiro é seguido por uma intensa escavação de suas unhas em meus braços, e um definitivo aperto de sua boceta ao redor do meu pau. — Oh Deus! Sim, ela definitivamente vai gozar. Satisfeito com a rapidez com que está minha companheira, eu reivindico sua boca em um beijo brutal e começo a empurrá-la em um ritmo constante, uma e outra vez, afundando profundamente em seu corpo macio. — A saliência —, ela ofega contra a minha boca. — Eu sinto a saliência! E ai, Deus, é esse o seu estímulo? Pode ser. Eu ondulo profundamente de novo e ela empurra contra mim, sua mão deslizando entre nós para ir até sua boceta. — É demais —, diz ela, protegendo suas dobras de mim. — Eu não posso lidar com tudo isso — Então deixe se levar —, eu digo a ela, pegando sua mão
e
empurrando-a
de
volta
para
as
cobertas. Capturo sua boca com a minha e a bombeio de novo, e ela geme, sua mão segurando a minha com força. Quando ela goza de novo, ela grita agudamente, tão alto que ecoa no quarto. Não tão alto quanto o meu próprio grito quando eu gozo, mas quase. Nós vamos ser um par barulhento, eu penso com prazer quando eu caio sobre as cobertas ao lado da minha ofegante companheira. Eles vão ter que nos mudar para uma das cavernas mais distantes para nossas brincadeiras tarde da noite não acordarem todos os filhotes. Eu puxo Kira contra mim e beijo sua testa suada, bem satisfeito com a minha companheira.
Meu cérebro virou mingau. Eu lentamente me arrasto acordada. Aehako tem sua perna sobre a minha e sua mão sobre meu peito. Eu me viro na cama e os movimentos
da
sua
cauda
me
golpeiam, em seguida. — Volte a dormir —, ele murmura.
— Eu preciso me alongar um pouco. Eu ignoro o seu pedido e escorrego para fora da cama, dando alguns passos para o banheiro. Eu me sinto um pouco dolorida entre as minhas pernas. Muito dolorida. Mas é um bom tipo de sensação, e não me importo nem um pouco. Isso só me lembra que eu pertenço a Aehako, e eu entro no banheiro com um sorriso estúpido no meu rosto. A primeira coisa que faço é checar meu ouvido no vidro reflexivo do chuveiro. É estranho não ter mais o tradutor, e eu tenho alguns novos piercings de orelha em lugares estranhos como recordação do dispositivo. No geral, porém, meu ouvido parece estar bem? Ainda há uma dor vaga no fundo, mas imagino que seja porque ainda estou me recuperando. E Aehako disse que ele se livrou do aparelho, mas ... — Computador? — Eu sussurro. — O tradutor que foi removido do meu ouvido ontem foi destruído? Ele apita por um momento e, em seguida, uma pequena voz entra em um alto-falante sobre a pia.
— O dispositivo foi destruído mediante solicitação. Foi desmontado e depois esmagado nos compactadores de lixo. Você deseja recuperação? — Não, tudo bem —, eu digo, aliviada. — Eu estou bem. Um problema a menos. Eu me limpo com a água da pia, faço as minhas necessidades e, em seguida, me visto com as minhas roupas de couro. Talvez seja porque eu dormi muito ontem após a remoção do tradutor, mas estou bem acordada. Eu entro de volta no quarto, mas Aehako ainda está deitado. Eu penso em voltar para a cama com ele, mas me preocupo com Harlow. Não é nenhum segredo que ela e Haeden não estão exatamente se entendendo, e esta é uma nave alienígena ... e eu provavelmente estive inconsciente por cerca de um dia. Eu deveria verificar ela. Eu saio do quarto e desço um corredor, até perceber que não tenho ideia de qual caminho está de volta para a frente. — Computador, você pode me levar para Harlow? — Por favor, siga.
E as luzes que se movem no chão, vão na direção oposta que eu estou indo. Oh. Eu me viro e sigo seu caminho sinuoso pelos corredores cheios de destroços. Vários corredores depois, ouço o som do que parece ser uma furadeira elétrica, e quando entro, vejo Harlow com um par de óculos de proteção de grandes dimensões, perfurando algo junto e olhando para uma tela de computador. — Oi? — Eu chamo. Ela olha para mim e os óculos escorrem pelo rosto. — Oh! Ei! — Ela empurra os óculos de proteção. — Essas coisas estúpidas não se encaixam muito bem em cabeças humanas. Eu sufoco minha risada e me aproximo, olhando para pedaços que ela espalhou em uma mesa de metal. — O que é tudo isso? — Bem —, diz ela, desligando a broca e colocando as mãos nos quadris. — Este é um monte de lixo no momento. Mas estou pedindo
os
ao computador para ler um manual sobre como criar um cortador de pedras. — Um cortador de pedra? — Sim, então, você já notou que a caverna de solteira tem uma parede mais áspera do que todas as outras? Harlow olha para mim e empurra para trás o cabelo ruivo selvagem. Suas sardas se enrugam ao redor dos olhos enquanto passa a mão pela testa e deixa uma marca gordurosa ali. — Hum, você sabe, eu acho que não. Agora eu me sinto um pouco boba. — Está inacabado? — Sim, e eu sempre me perguntei sobre isso. Mas você sabe que a maior parte da caverna é super lisa. Então imaginei que, quando saíssem daqui, provavelmente usariam muitas peças de computadores para fazer cortadores
de
pedras,
e
o
computador me disse que eu estava certa. Eu acho que eles ficaram sem suco quando chegaram à nossa
caverna. Ela encolhe os ombros. — Então, pensei em ver se poderíamos criar alguns novos cortadores para escavar mais algumas cavernas em casa para as pessoas, já que estamos muito lotados." Isso é tão prestativo da parte dela. E aqui estava eu apenas fazendo sexo e pensando em mim mesma. — Você é maravilhosa, Harlow. Você sabe disso? Um sorriso de surpresa cruza o rosto da ruiva. — Obrigada —, ela diz timidamente. — Eu só estava tentando pensar em maneiras que eu poderia ajudar, sabe? Meu pai era mecânico e por isso sei algumas coisas, mas tenho que admitir que tudo isso é desconcertante para mim. Ela abre as mãos e gesticula para o lixo de metal na mesa. — Por sorte, há muitas fotos no computador, então, na maioria das vezes, estou usando disso. — Esperta — eu digo, examinando a mesa. Todas as peças parecem nada que eu já vi antes. Mesmo a broca que Harlow está usando não é exatamente normal.
— Como está sua orelha? — Ela pergunta, pegando um pedaço de metal e segurando-o para dar uma olhada melhor nele. — Melhor. O tradutor já se foi. — Hesito e, em seguida, pergunto: — Você conseguiu o que veio buscar? Harlow me dá um olhar cauteloso. — Mais ou menos. Eu posso dar uma sugestão. Ela claramente ainda não está falando sobre o que quer que seja que ela acompanhou para descobrir. Eu entendo esse tipo de coisa, com a minha infertilidade e tudo. Algumas coisas simplesmente não estão abertas para compartilhar com estranhos, e eu não conheço Harlow, assim como conheço algumas das outras. Sempre tem havido tantas pessoas ao redor que nunca chegamos a nos relacionar. Eu me sinto culpado por isso. — Você precisa de ajuda? — Eu me ofereço.
— Eu não tenho certeza de quanta ajuda eu vou precisar, mas talvez outro par de mãos não possa machucar? — Tem certeza? —, Ela pergunta. — Este não é um trabalho divertido e eu nem sei se vai funcionar no final do dia. Eu dou de ombros. — Aehako ainda está dormindo e será por um tempo, imagino. — Mmmhmm. Sim, eu ouvi vocês no final do corredor. Então você e ele são uma coisa? Meu rosto aquece de vergonha. Nunca me ocorreu que alguém poderia nos ouvir. — Ele decidiu que eu sou sua companheira —, eu digo, me aproximando da mesa. — E eu decidi que ele estava certo. — Se você está feliz —, eu estou feliz, diz Harlow, e passa a mão sobre um monte de pequenos pedaços de metal cor de cobre.
— Estou feliz —, digo a ela, e é verdade. Além da preocupação com os pequenos homens verdes retornando, estou incrivelmente feliz. Meu tradutor se foi e eu tenho ... Aehako. Grande e charmoso Aehako que me trata como se eu fosse a melhor coisa que já aconteceu com ele. Realmente, é o contrário. Ele é a melhor coisa que já aconteceu comigo. Eu acho que mesmo que me oferecessem uma carona para casa de volta à Terra amanhã, eu recusaria, só assim eu poderia ficar com meu grande companheiro alienígena. Talvez isso me faria uma louca. Mas o que eu tenho de volta na Terra? Ninguém que se importe comigo, um emprego de nível básico em finanças e uma montanha de dívidas estudantis. Aqui eu tenho uma tribo inteira de pessoas e Aehako. — Avise-me se você achar uma peça em forma de cruz aparência prateada —, diz Harlow, escolhendo entre as partes. — Do tamanho do seu mindinho. Eu aceno e começo do outro lado da mesa. Meus
dedos
tocam
os
diferentes tipos de metais, e parece haver centenas de
de
pedaços aqui. Harlow se estabeleceu com uma tarefa assustadora... e percebo que ela não teve nenhuma ajuda até agora. — Você viu Haeden? Harlow bufa. — Ele está guardando a entrada. Eu acho que é apenas uma desculpa para ter algum tempo sozinho. Ele não é tão bom com as pessoas. — Eu notei. Aehako mencionou para mim que Haeden tem um passado triste. Eu acho que ele não consegue realmente passar por isso. Eu encontro uma peça em forma de cruz e a ofereço a Harlow. — Isso? — Sim —, diz ela, arrancando-a da minha mão e levando-a para outra mesa. — Deixe-me soldar esse bad boy e podemos seguir em frente.
O tempo com Harlow passa surpreendentemente rápido. Há um esquema projetado em uma das paredes, e se ele piscar de vez em quando, ainda é melhor do que consultar uma versão em papel. Harlow é um gênio com as partes de metal, juntando coisas e soldando, perfurando e basicamente me fazendo sentir como um hack inútil. Para passar o tempo, falamos sobre a nossa antiga vida na terra. O pai de Harlow dirigiu um carro na garagem e consertou uma loja em Minnesota, mas faleceu no ano passado. Nenhuma mãe na foto, e ela recentemente vendeu o negócio e não tinha certeza do que fazer com ela mesma. Acontece que isso não é mais um problema, suponho. — A coisa irônica? — Ela me diz. — Eu queria viajar. Eu acho que agora meu desejo foi realizado, certo? Eu dou um sorriso pálido com isso. Falamos sobre alimentos que sentimos falta e coisas que nos faltam aqui - como xampus comuns e até pratos de porcelana. Em vez de ficar triste, Harlow fica pensativa. — Tenho certeza de que podemos trazer nosso conhecimento para a tribo e talvez melhorar as coisas. E podemos nos limpar por
aqui. Tiffany disse que ela era boa com maquiagem e cabelo lá, então talvez ela pudesse nos fazer sabão. Eu gosto que Harlow não se debruça sobre o passado. Em vez disso, ela está olhando para o futuro, para como podemos melhorar nossa situação aqui versus o luto pelo que perdemos. É uma ótima atitude. Quando fazemos uma pausa, ambos decidimos obter o tradutor de linguagem do computador. Nós nos revezamos e Harlow vai primeiro, e eu tenho que admitir, é muito assustador quando ela desaba e fica inconsciente depois que o feixe de laser a atinge bem no olho. Ela está acordada alguns minutos depois, e eu entrego-lhe a garrafa de água que ela trouxe. Ela bebe, esfrega a testa e me dá um olhar triste. — Eu acho que poderia ser pior. Eles podiam falar várias línguas, certo? Eu rio de suas palavras, mas isso me faz pensar sobre os Pequenos Homens Verdes. Eu deveria aprender isso também? Apenas no caso de? Eu não vou conseguir falar, mas vai ser útil saber. Quando chegar a minha vez, clamo:
— Computador, posso aprender mais de um idioma ao mesmo tempo? — Eu posso inserir até três idiomas em sua memória de uma só vez — o computador me diz. — Quais idiomas você gostaria de baixar? — A língua sakh — digo, o nome do computador para a raça de Aehako. — E... Faço uma pausa, porque não sei o nome da raça dos Pequenos Homens Verdes. — Um ... — O que você está pensando? — Harlow me pergunta, curiosa. Quando explico minha ideia, ela concorda. — Talvez se nós o restringirmos a raças sencientes dentro ou ao redor deste planeta? — Boa ideia. — Vou precisar reduzir um pouco mais. — Eu penso por um momento e depois limpo minha garganta. — Computador? Quantos falantes de idioma existem neste planeta?
O computador calcula por um momento e depois responde. — Os sensores indicam que há trinta e cinco sakh modificados, doze humanos modificados, três szzt e um... o computador faz um som estridente que dá calafrios na espinha. Parece como os Pequenos Homens Verdes. O szzt
deve
ser
seus
guardas. Eu
esfrego
meus
braços,
desconfortável. Talvez eu deva aprender os dois idiomas. — Huh —, diz Harlow ao meu lado. — O que? — Eu pensei que havia trinta e quatro na tribo. — Ela enruga o nariz sardento. — Alguém teve um bebê? — É muito cedo —, digo a ela, mas percebo que ela está certa. Os números não batem. Eu vou para a mesa e mentalmente conto quem mora em cada caverna, usando pedaços da pequena sucata de metal para representar os grandes alienígenas azuis. Quando termino de contar, ainda dá um número menor que o computador.
Como é que estamos perdendo um alienígena? Viro-me para Harlow, prestes a lhe fazer a mesma pergunta, quando um som abrasador corta o céu. Isso me lembra um avião a jato ... exceto que não há nenhum neste planeta invernal. Os outros alienígenas chegaram. Eu volto para o computador, determinação sombria no meu rosto. — Computador, por favor me dê as línguas para o sakh, o szzt e o último que você mencionou. — O...-? Novamente, o chilrear de pássaro que nunca será pronunciável por cordas vocais humanas. — Esse mesmo. — Por favor, segure firme enquanto a informação é transmitida em sua memória. Você pode sentir algum desconforto... A dor cegante corta minha cabeça e essa é a última coisa que me lembro por um bom tempo.
Quando eu acordo, Aehako está na minha cara, uma expressão preocupada desenhando suas sobrancelhas juntas. — Você está bem, olhos tristes? — Eu estou bem —, eu prometo a ele enquanto me sento, sua mão apoiando minhas costas. — Eu estava apenas recebendo algumas línguas, hum, instalando. — Eu olho para Harlow e pressiono a mão na minha testa dolorida. — Há quanto tempo eu desmaiada? — Cerca de uma hora —, diz ela com uma careta. — Três idiomas podem ter sido demais ao mesmo tempo. Minha cabeça lateja em resposta. — Eu acho que você está certa. Com a ajuda de Aehako, eu fico de pé, embora eu esteja
vacilante. Eu me inclino contra Aehako, feliz por sua presença reconfortante. — Mais sinais dos Pequenos Homens Verdes? — Apenas o som da nave sobrevoando —, diz Harlow. Seus braços estão cruzados sobre o peito e está claro que ela está preocupada. — Novamente? — Eu olho para Aehako com preocupação. — Eu acho que os alienígenas sabem que estamos aqui. Ele esfrega a boca e considera. — Como são os pés deles? Essa é uma pergunta estranha. — Pés deles? — Haeden e eu vimos trilhas na neve a caminho daqui. Eu suspiro. — Você não disse nada!
— Não havia sentido em preocupar você, quando já estava com muito medo. — Ele toca minha bochecha, e minha raiva desaparece. — As pegadas não eram familiares para nós. — Ele estende os dedos como se fossem garras. — Três dedos grandes e espetados. Isso combina com seus alienígenas? Eu sacudo minha cabeça, tentando lembrar. Os extraterrestres alaranjados com a pele coberta de pedrinhas tinham dois dedos, e os homenzinhos verdes tinham pés pequenos e finos. — Então, agora temos algo mais com o que nos preocupar? — Uma coisa de cada vez —, diz Aehako. — Nós devemos encontrar Haeden. Quando saímos da baía dos mecânicos, eu me volto para Harlow. — Você acha que ainda existem armas no navio? Ela me dá um olhar chocado. — Isso não era um cruzeiro de lazer?
— Certamente, mesmo assim teriam algum tipo de sistema de defesa? Precisamos de armas se quisermos que nos escutem. — Agora essa é uma frase que eu nunca pensei que diria. Harlow parece preocupada com a minha sugestão. — Eu não sei como disparar uma arma comum, muito menos uma arma alienígena. — Sim, mas os alienígenas não sabem disso —, digo a ela. Se tudo se resume a isso, podemos ter que blefar fora das coisas. — Se parecermos que estamos armados e somos perigosos, talvez usem um pouco de cautela ao se aproximarem de nós. Ela balança a cabeça, embora ela não pareça feliz. Eu não a culpo. Eu também não estou entusiasmada com isso, mas estamos com poucas opções. Tudo o que sei é que não vou voltar com eles. Ponto final. Eu esfrego minha orelha dolorida, pensando em minhas
memórias
de
ser
uma
prisioneira na nave. Harlow não tem as mesmas memórias que eu. Do terror constante. Os estupros. De ser tratado como se você fosse menos que um animal. Que você não importa.
Liz brincou que seu pai tratava seus animais de fazenda melhor do que nós fomos tratados, e ela não estava errada. Para eles, não éramos mais do que carga. Aqui, em Not-Hoth, eu importo. Para Aehako e os outros, eu importo. Então eu limpo minha garganta. — Computador —, mostre-me que armas funcionais ainda estão a bordo desta nave.
Duas horas depois, eu estou mandando em todo mundo e tentando fazer as coisas. Haeden não tem sido de ajuda, então eu o tenho sentado na ponte, encarregado da única arma de defesa que o computador tem, não sei como ainda está funcionando. Ele tem um botão vermelho brilhante que ele pode empurrar se as coisas caírem para o inferno que (esperançosamente) ativará a única arma, desde que ela não tenha enferrujado depois de todo esse tempo e do tempo severo. Há um
punhado de armas alienígenas da segurança do navio, mas apenas uma tem qualquer carga restante. Harlow e eu debatemos sobre quem vai lidar com isso, mas eu ganho o argumento. Eu vou ser a negociadora responsável, porque estou determinada a fazer com que as coisas dêem certo. E se não derem, eu quero que Harlow, Aehako e Haeden fujam. A arma não tem um gatilho como armas humanas regulares. É um tipo de canhão a laser que tem um painel de controle ativado por voz e revela - sem brincadeira - um botão. E aqui eu pensei que um gatilho fosse deselegante. Eu me sentiria melhor com um. — Qual é o status da nave alienígena? — Eu pergunto ao computador enquanto pratico apontando meu canhão de laser. — Ainda está na atmosfera? — Afirmativo —, o computador me diz. — Você gostaria de um visual? — Sim por favor. A tela da sala se ilumina e me mostra as montanhas ao longe, aquelas que parecem gelo roxo. Pairando um
pouco acima do pico de um deles está o disco plano do navio do alienígena, uma mancha negra no céu cinzento — Mudou nas últimas seis horas? — Negativo. Essa visão está me deixando impaciente. — Podemos atrair para a gente de alguma forma? Não quero que volte para os outros. — Eu posso transmitir um sinal de comunicação. Você gostaria de fazer isso? —
Ainda
não
—,
eu
digo
rapidamente, então olho
para
Harlow. Há algumas coisas que tenho que fazer antes de podermos prosseguir com o nosso plano. — Você pode me fazer um favor? A ruiva se vira para mim, curiosa. — Você esta bem? — Você pode ver como o Haeden está indo? Certifique-se de que ele não fique empolgado.
Ela balança a cabeça e sai da sala. Eu imediatamente fecho a porta atrás dela e tranco a fechadura. Eu me viro, descansando minhas costas contra a porta. — Computador? Eu preciso de uma falha segura. — Consulta: o que é falha segura? — Eu preciso de um plano secundário. — Eu lambo meus lábios, pensando. — Uma arma que eu possa contrabandear a bordo da nave alienígena comigo, se eu for capturada. Depois de um momento, eu acrescento: — E eu preciso de uma maneira de conectar seu computador ao deles. A tela do computador pisca com uma variedade de opções, e eu escuto atentamente. Se eles me levarem de volta com eles, eu vou derrubá-los. Se eu não sair disso viva, eles também não vão.
Algum tempo depois que saio do quarto trancado para encontrar os outros. Eu tenho um pacote secreto envolto em um filme de polímero fino enfiado na minha mão e uma nova determinação. Infelizmente, minha determinação vacila quando me deparo com Harlow no corredor. — Eles estão em movimento —, diz Harlow. — Os caras estão na frente. Vamos! Corremos pelos corredores estreitos da nave em direção à entrada. Eu acho que Haeden já abandonou seu posto, porque quando eu chego na entrada gelada, ele está ajoelhado lá no degelo com Aehako. Meu companheiro tem seu ouvido pressionado na porta, escutando do outro lado. Quero salientar que ele não conseguirá ouvir nada através do casco da nave, mas fica de pé no momento em que eu chego. — Aehako —, eu digo. — O que... — A nave deles chegou —, ele me diz. Ele acaricia minha bochecha e me puxa contra
ele. Você e Harlow devem ficar aqui. Haeden e eu vamos sair e falar com eles. Eu me afasto dele. — Não, isso é algo que eu preciso fazer. — Kira, diz ele —, um tom de aviso em sua voz. — Deixe-me proteger você. Você é minha companheira para cuidar. — Isso é doce, Aehako. — Eu alcanço e acaricio sua bochecha. — Mas você é meu companheiro, e eu vou cuidar de você. Eu olho o interruptor que cobre o botão do gatilho no meu canhão laser. — Agora, eu vou sair e conversar com esses bastardos. — Conversar? A risada de Harlow é nervosa. — Está brincando, não é? — Não. Estou cansada de correr com medo. Meu coração dispara uma milha por minuto, mas por dentro, sinto-me calma. É isso. De uma vez por todas, não vou mais ter medo desses desgraçados. Porque se o pior cenário acontecer, não há mais nada a temer.
— Você está falando sério? — A mão de Aehako aperta meu braço. Sua voz é incrédula. — Kira, isso é perigoso. — Eu sei. — Eu olho para ele. — Então me dê um beijo para dar sorte, e torne isso realmente bom. Ele faz um barulho estrangulado em sua garganta. — Eu não quero beijar você agora. Eu quero estrangular você por ser tola. Eu balanço minha cabeça. — Isso não é tolice. Eu tenho tudo sob controle. Eu prometo. O olhar no rosto de Aehako é doloroso e cheio de preocupação. Espero
que
ele
proteste
novamente, para me dizer que não sou a garota certa para o trabalho. Em vez disso, ele me agarra em um forte abraço de urso e me leva até o rosto para um beijo. Seus
lábios
roçam
nos
meus,
surpreendentemente macios. Seu nariz roça no meu. Então ele fecha os olhos e murmura: — Eu vou protege-la com a minha vida, você sabe disso, não é? Estou impressionada com suas doces palavras. Lágrimas quentes ameaçam cair, e eu passo meus braços em volta do seu pescoço e o beijo como deve ser beijado – de forma selvagem e totalmente sem reservas. Este pode ser o último beijo que tenho com ele e deixo-o saber o quanto o amo. Minha língua desliza contra a sua, e eu o beijo tão apaixonadamente e tão fervorosamente que Harlow limpa a garganta atrás de nós. Certo. Eu tenho uma missão. Eu dou a Aehako um último beijo. — Eu amo você, eu sussurro para ele. — Fique em segurança, olhos tristes —, ele me diz. — Não me faça sair para protegê-la. — Eu não vou. — Eu forço um sorriso no meu rosto, como se tudo estivesse bem. Verdade seja
dita, eu tenho um mau pressentimento sobre isso. Eu olho para Harlow e os dois caçadores, os quais estão segurando suas lanças como se fizessem algo contra esses alienígenas. Eles serão abatidos. Eu não posso deixar isso acontecer. Eu me movo em direção a Harlow e a abraço. Ela parece surpresa com meu gesto espontâneo, e seus braços vão ao meu redor lentamente. — Aconteça o que acontecer, fique dentro da nave —, digo a ela em um sussurro baixo. — Se eu não voltar, certifique-se de que Aehako e Haeden voltem para as cavernas, tudo bem? Eles não podem vir atrás de mim. — Eu a solto e sorrio para ela, fingindo que nada está errado. De olhos arregalados, ela acena para mim. Eu arrumo meu canhão de laser sobre o meu ombro
novamente
e
me
aproximo
da
porta. Eu respiro fundo e, furtivamente, deslizo o pequeno pacote em minha boca, encaixando-o entre as gengivas e os dentes. Ninguém vai saber que está lá e mal posso sentir na minha boca. Perfeito.
— Computador, me dê uma visão dos alienígenas, por favor. Um painel de parede ao meu lado se ilumina e exibe o terreno baldio nevado do lado de fora. Só que, em vez de serem desabitadas, há três figuras à distância, indo nessa direção. Dois deles têm cabeças arredondadas e laranja-queimadas que eu me lembro de ter uma pele dura e pedregosa. Aquela no meio é menor, mais fina. Um dos pequenos homens verdes, acompanhado por seus guardacostas. Preciso detê-los antes que eles cheguem mais perto. — Abra a porta —, eu digo resolutamente, em seguida, olho atrás de mim para os três. — Fiquem aí dentro, aconteça o que acontecer, tudo bem? — Isso é loucura —, rosna Haeden, segurando sua lança. Aehako coloca uma mão no peito dele. — Deixe-a fazer isso.
A porta se abre, e dou uma última olhada para o rosto largo e azul de Aehako antes de sair. O ar é fresco, os ventos altos. É um lindo dia em Not-Hoth, ironicamente. Não há tempestades de neve se formando e eu posso ver longe o suficiente à distância que eu posso ver as expressões nos rostos dos alienígenas quando eles me vêem. Eu levanto meu canhão de laser, miro e atiro aos seus pés. — Espere aí —, eu grito em szzt. Eu não posso fazer os sons dos Pequenos Homens Verdes parecidos com pássaros, mas eu posso falar a outra língua bem o suficiente. — Nós temos armas treinadas em você e estamos preparados para atirar. Um pequeno blefe nunca doeu nada. Eu só espero que eles comprem. Se não, bem, eu estou ferrada. Eles param, e eu posso ver o alienígena esguio apontando para os outros. — Abaixe —, eu ordeno. Eles
não
permanecem
obedecem. Mas no
lugar. Eles
eles conferem
por
um
momento e então um dos cabeças de basquete grita:
— Por que você atirou? — Porque eu sei o motivo de você estar aqui —, eu grito de volta. — Você quer sua carga de volta, e nós não vamos voltar. Eu mantenho o meu canhão de laser apontado para eles. Mais conferência. Então, — Você será tratada muito bem se voltar com a gente —, diz o cabeça de basquete. Oh, besteira. Eu sei que eles estão mentindo. — Você não pode nos tirar deste planeta. Fomos infectados com simbiontes nativos e morreremos se formos removidas. Sua carga sumiu de qualquer maneira. — Onde estão as garotas que estavam nos tubos? É bom ver que nós importamos para eles. — Foram infectadas também. Mais sussurros abafados. Então, o guarda alienígena fala, seu tom irritado.
— Meu mestre têm um grande negócio em dinheiro sem nada para mostrar. Você destruiu a propriedade deles. Um suspiro me escapa. — Propriedade? Elas não são propriedade. Elas são pessoas! Você não pode simplesmente levá-las contra a vontade delas! — E a pele de animal que você está usando? O alienígena rosna para mim. — Você pediu permissão? — Isso é diferente. — Eu tenho uma sensação de que estou perdendo esse argumento. — A remessa que meus mestres depositaram aqui foi roubada deles —, ele diz novamente. — Eles estão com muito dinheiro e têm muitos clientes esperando por suas compras. Meus mestres são obrigados a devolver sua propriedade a eles. Eu agarro o canhão laser com mais força, uma sensação de afundamento no estômago. Os
alienígenas me encaram com olhos negros e calculistas. Eu noto que uma das laranjas continua olhando minha arma. — Sua nave é muito antiga —, comenta um deles. Ele dá um passo à frente, sua arma segura casualmente na mão. — Pare ou eu vou atirar — eu digo a ele, minha voz vacilante. — Eu acho que você está mentindo —, diz o guarda, ainda se aproximando. Os outros dois alienígenas observam-no com calma, armas na mão. — Eu acho que a sua nave não está armada. Acho que vamos levá-la e depois nos conduzirá até as outras. — Você não pode! Nós não podemos ser removidas deste planeta —, eu digo desesperadamente. — Olhe nos meus olhos! Nossas simbiontes... — Você mente —, diz, e avança. Eu levanto meu canhão de laser para disparar novamente, assim como o alienígena na distância levanta sua arma. Algo quente zumbe minha mão, e a arma sai voando do meu aperto. Eu estou batido no chão com um golpe forte, o ar bateu para fora dos meus pulmões.
— Kira —, Aehako grita atrás de mim, e eu ouço o som de pés batendo na neve. — Não —, eu suspiro quando um dos alienígenas chuta minha arma para longe. Ele pisa na minha mão ferida, me prendendo no chão. Enquanto observo horrorizada, ele ergue a arma e atira e ouço dois gritos de dor. — Não! Aehako! Ignorando a dor brutal no meu braço —, eu torço para ver. Os dois homens estão no chão. Haeden está deitado em uma poça de sangue, sua túnica de couro queimada. Aehako está virado para baixo e imóvel. Meu peito se contrai com agonia. — Aehako! Não! O pequeno homem verde como um pássaro faz uma pergunta. — Eles estão mortos? A cabeça de basquete inclina a cabeça, e enquanto eu assisto, vejo Aehako se contorcer e levantar o cotovelo, tentando se
levantar do chão. Não há sinal de Harlow. Estou aliviada. Ela está escondida na nave, como eu disse a ela. — Não está morto ainda —, diz o guarda e levanta a arma novamente. — Eu vou consertar isso. — Não, espere! — Eu grito na língua alienígena. — Eu irei com você. Eu vou comduzi-lo até as outras! Apenas deixeos em paz! O guarda abaixa a arma e olha para o seu mestre. Um barulho irritado soa. — Eles não importam. Apenas traga ela. A bota sai da minha mão e um braço forte me puxa do chão.
Eu luto contra a inconsciência enquanto onda após onda de dor se move sobre mim. Os intrusos se moveram tão rápido. Eu mal os vi levantar suas estranhas armas antes que Haeden e eu fôssemos achatados no chão.
Eu ouço o grito de preocupação de Kira e sua tagarelice frenética na língua estranha. Então, silêncio. Eu tento me sentar, mas meu corpo não vai obedecer. É como se uma rede invisível tivesse sido lançada sobre mim. A escuridão contra a qual eu lutei tão duramente me reclama. Um pensamento passa pela minha mente enquanto sucumbo: eles pegaram minha companheira.
— Aehako? — Uma pequena mão fria bate na minha bochecha. — Acorde. Por favor. A dor forte no meu lado. Ainda estou com a face para baixo na neve, e todo o meu corpo dói como se eu tivesse bebido três peles de sah-sah. Com esforço, eu empurro contra a terra e rolo-me de costas, olhando para a luz do sol da tarde.
Um rosto aparece à vista. Pálido, sardento, com uma juba laranjaavermelhada brilhante. Não é Kira. Eu me esforço para sentar e suas mãos humanas frágeis tentam ajudar. — Você está bem? — Ela pergunta com uma voz trêmula. — Eu não estou morto, eu grito —, embora minhas costelas possam reclamar do contrário. Eu corro a mão para o lado e a dor me atravessa novamente. Perfurado com uma de suas armas estranhas, mas não uma ferida fatal. Dói e sangra, mas não vai me matar. — Onde está Kira? Os olhos da garota se enchem de lágrimas e ela respira fundo. — Eles a levaram. Agonia bate no meu peito. Não, não Kira. Não minha
companheira
de
olhos
tristes
e
suave. Estou impotente e cheio de raiva de uma só vez. — Eu devo salvá-la. — Seu amigo ... ele não esta bem.
Eu olho em volta. De um lado, o corpo de Haeden está caído. Há uma mancha escura sob ele que faz meu peito apertar com nova preocupação. — Ele está... — Ele está respirando, mas não consigo acordá-lo e não posso carregá-lo. Ela torce as mãos. — Eu não sei o que fazer. Kira me disse para levar vocês de volta para a caverna ... — Ela o que? — Eu me levanto com grande esforço, enviando outra onda de dor através do meu corpo. A ruiva - Harlow - aperta as mãos novamente e anda. — Ela disse que se eles a levassem, eu deveria levá-lo de volta para a caverna para que você possa ficar em segurança. Ela não quer ninguém indo atrás dela. — Ela é minha companheira! — Eu grito. Eu não vou deixá-la. Vou pegar minha lança, ir atrás da nave e exigir que me devolvam ela. — Eles têm armas! —, Grita Harlow.
— E Haeden está morrendo! Haeden. Meu velho amigo. Meu verdadeiro amigo. Eu cambaleio para o lado dele, segurando meu ferimento, e o rolo de costas. Sua respiração rasa superficialmente em seu peito e a ferida está em seu abdômen. Eu posso ver o branco de suas entranhas em sua ferida e há sangue por toda parte. Ele precisa voltar para o curador logo, ou morrerá. Estou dividido. Eu preciso ir atrás da minha companheira, mas é claro que se eu sair, Haeden vai morrer. Com um grunhido de fúria impotente, me volto para Harlow. — Por que você está apenas parada aí? — Eu não sei o que fazer! —
Pegue
algo
para
amarrar
sua
ferida! Rapidamente! Ou consiga algo para uma maca de emergência! Com uma maca de emergência, talvez até mesmo Harlow possa levá-lo de volta às cavernas. Eu agarro seu braço antes que ela saia.
— Eu devo ir atrás de Kira. Você pode levá-lo de volta para as cavernas tribais se eu fizer uma maca de emergência? Seu rosto está pálido, mas resoluto. Ela acena com a cabeça. — Diga-me o caminho e eu faço isso. Meu coração afunda. Ela não sabe o caminho para as cavernas. Uma ligeira tempestade, uma curva errada, e ela arrastará Haeden para o meio selvagem onde ele morrerá. Eu pressiono a mão na minha testa. O fedor de sangue está em todo lugar. Nós devemos fazer algo em breve, ou os predadores virão atrás dele para investigar. Eu não posso ir atrás de Kira. Não se isso significar deixar esses dois indefesos para morrer. Eu fecho meus olhos. Perdoe-me, minha companheira. Eu irei por você assim que puder. Então me volto para Harlow. — Pegue uma faca e corte dois galhos para uma
maca
de
emergência. Eu
encontrar algo para tampar a ferida de Haeden. — E a nave? Podemos usá-la
vou
Eu balanço minha cabeça. Eu não confio — Nós o levaremos de volta ao curandeiro. Depressa. Ela balança a cabeça e sai correndo.
Um dos guardas de cabeça de basquete assobia para mim enquanto ele me leva até a nave alienígena. — Ande mais rápido. — Estou andando o mais rápido que posso —, murmuro. Na verdade, isso não é verdade. Estou arrastando meus pés deliberadamente. Eu não quero ir na nave. Eu quero correr para as colinas, mas tenho que ser corajosa. Eu sabia que isso estava chegando se não pudéssemos assustá-los. E eu tenho um Plano B, cujo conteúdo ainda está guardado em segurança dentro da minha boca, entre as gengivas e a bochecha. Eu ainda estou apavorada. Nada
está
mais
no
meu
controle. Essas coisas poderiam facilmente voltar se eu
estiver morta. E eu não sei se Aehako está vivo ou morto. Eu não posso pensar sobre isso agora. Se eu fizer, eu vou desmoronar completamente. Eu tenho que pensar sobre o meu plano. Eles me arrastam para o porão da nave, apesar dos meus passos deliberadamente lentos. Em vez de me arremessar em outro porão como antes, sou levada a uma sala branca estéril e despejada em um estrado branco de uma cama. Oh Deus. Isto parece uma sala de cirurgia. O guarda que me tomou como seu refém pessoal paira sobre mim, tocando sua arma. Alguns momentos depois, a porta se abre e outro dos Pequenos Homens Verdes entra. Ele fala, e sua voz tem um timbre diferente dos outros. Este é o infectado que foi mencionado? Ele inclina a cabeça para mim, curioso. — Sim —, diz o guarda em sua linguagem roncando. Eu tento chilrar de volta para isso, para deixar claro que entendo suas palavras. Sua cabeça se inclina novamente. Está tentando falar?
— É estúpido —, diz o guarda, e bate no meu braço com a coronha de sua arma. — Quer que eu mate isso? — Eu não estou infectada —, eu digo na linguagem gutural do szzt. — Eu tenho uma simbiose. Uma criatura vivendo dentro de mim. Mas não pode ser removido sem matar seu hospedeiro. —Um parasita? Muito curioso. Eu me pergunto se posso removê-lo de qualquer maneira. Eu gostaria de estudar isso e ver quanto tempo ele pode sobreviver em um ambiente artificial, se for o caso. Eles querem me matar só para ver o que acontece? Esses caras são idiotas, como Liz diria. —
Você
não
pode
fazer
isso
—,
eu
digo
rapidamente. Quando eles simplesmente olham para mim, busco uma explicação lógica do porquê eles não podem. — Eu valho mais viva do que morta. O pequeno homem verde inclina a cabeça e, em seguida, estende a mão para tocar meu ouvido. Mesmo que eu queira dar um tapa na sua mão,
eu tenho que me forçar a não reagir. — Esta é aquela em que implantamos o tradutor, sim? Sua cavidade auditiva mostra marcas de uma, mas confesso que todas essas coisas são parecidas para mim. — Eu tinha um tradutor —, digo a ele. —Para onde foi? — Eu mandei a nave removê-lo. —A nave na superfície? — A cabeça da criatura se inclina novamente. Se não fosse pelo fato de que minha vida estava em perigo, toda a inclinação da cabeça seria meio hilária. — Não está funcionando. — Não está funcionando completamente. Não voa, mas eu tenho um código secreto, eu blefo. — Eu conheço os códigos de acesso aos computadores. Eu posso lhe dar a nave se você me devolver à superfície, e nunca mais vir atrás de mim e das outras mulheres. A coisa fala repetidamente e, de alguma forma, sei que ele está rindo. — Por que eu iria querer uma nave antiga que não voa?
— Você pode rebocá-la —, digo a ele, olhando para os enormes olhos negros do alienígena com o que espero ser uma expressão confiante. — Tenho certeza que você tem um jeito. E as pessoas sempre pagam um bom dinheiro por... — Eu me esforço para encontrar a palavra alienígena para 'antigo' e me conformo com… coisas
muito
antigas
e
especiais. —Essa
nave
tem
muitos
equipamentos valiosos, além de todos os objetos de valor que seus passageiros deixaram para trás quando ficou preso há centenas de anos. Os alienígenas trocam um olhar. — Podemos simplesmente levá-lo conosco, junto com você —, o único alienígena diz. —Você sabe o que você fala. — Mas se você me tirar daqui —, eu vou morrer. Meu cadáver é de uso muito limitado para você. Seus empregadores não pagarão tanto por uma garota morta quanto por uma viva. Eu sei isso. Eu não sei disso. Estou supondo. Os olhos negros dos pequenos homens verdes piscam devagar. —Vamos discutir isso.
Eu olho para os computadores piscando na parede. — Legal. Você quer que eu apenas espere aqui? — Coloque-a em uma das celas de retenção. O guarda me segura com uma mão brutal, sua pele áspera arranhando meu braço. Eu luto contra ele, mas é só encenação. É o que eu acho que eles esperam que eu faça. Na realidade, uma cela de retenção funcionará tão bem quanto qualquer outra coisa para meus planos. Então eu luto e luto contra o guarda enquanto ele me arrasta para baixo de um dos corredores estreitos e metálicos da nave alienígena, e me arremessa em um abrigo escuro. Desta vez, não há gaiola, apenas o que parece ser uma sala de armazenamento. Bom. Eu derrapo no chão e me aconchego contra a parede, fazendo o meu melhor para parecer assustada. Com certeza, não é tão porque estou com medo de perder a cabeça, mas também estou pensando muito. O guarda olha para mim e enrola o lábio grosso. Ele diz algo para o qual não tenho
tradução,
mas
é
provavelmente um insulto e bate um painel na parede externa. A porta se fecha e estou sozinha no escuro.
difícil
O pânico lateja no meu peito. Eu tenho que me lembrar que isso é uma boa notícia. É isso que eu quero. Eu preciso ficar sozinha. Oh Deus, eu preciso disso para funcionar. Eu corro minha língua ao longo das minhas gengivas, procurando o pequeno pacote que eu empurrei lá. Ainda está lá. Eu puxo para fora e esfrego contra a minha túnica para secá-la, depois a pressiono entre os meus lábios para segurá-la enquanto procuro os filtros de ar nesta sala. Eu notei na nave dos anciãos que tinha respiradouros muito parecidos com o meu antigo apartamento na Terra. Isso me fez pensar em um plano de jogo e o que eu poderia fazer contra os Pequenos Homens Verdes. Eles têm mais tecnologia do que eu. Eles têm armas e eles têm os números, então eu tenho que ser furtiva ... e destemida. Eu encontro um respiradouro perto da borda do chão e corto minhas unhas nele até localizar o que parece ser um tipo de fixação, e então rasgo-o. Eu quebro algumas unhas, mas isso é um pequeno preço a pagar.
Com as mãos trêmulas, retiro a fina camada de plástico do pacote e retiro metade do conteúdo. Uma parte é uma parte de computador, muito parecida com uma unidade USB, que permitirá que a nave dos anciãos tenha acesso a essa nave, desde que eu possa encontrar um slot compatível para conectá-la. A outra parte é um pequeno quadrado de filtro que tirei da nave dos anciãos. Depois de centenas de anos de estar na atmosfera, ela está cheia de nálio concentrado. Eu sei que há um elemento na atmosfera de Not-Hoth que torna impossível que os humanos sobrevivam por muito tempo. Há traços disso na atmosfera e, em uma semana, sucumbimos à doença, nossos corpos enfraquecem e nossas mentes se desorientam. Nosso khui nos adapta e nos permite do lado do planeta. Claro, do lado do planeta, há apenas vestígios de nálio no ar. Mas depois de centenas de anos, os filtros da nave estão cheios do elemento. E se eu o adicionar ao suprimento de ar no meu quarto, eu espero que isso envenene meus guardas.
viver
O computador me garantiu que a pequena quantidade que eu deixar cair no sistema de filtragem de ar é suficiente para fazê-lo, mas o computador também tem trezentos (e poucos) anos de idade. Pode estar errado. Esta nave poderia ser mais autossuficiente do que eu espero. Um milhão de coisas podem dar errado. Tudo o que posso fazer é cruzar meus dedos. Eu troco a tampa do filtro e farejo o ar. Eu não sinto cheiro de nada. O ar não tem um gosto estranho. Não tenho ideia se está funcionando ou não, se o veneno está se infiltrando no ar da minha pequena câmara ou em toda a nave. Eu coloco meu corpo contra a parede e espero.
Horas depois, estou em um frenesi de preocupação. Não há diferença no ar que eu possa dizer, e tudo o que me resta é o pequeno pedaço de computador que eu deveria de alguma
forma interagir com um que é trezentos anos mais jovem. Este é o plano mais idiota de todos os tempos. O desespero ameaça me oprimir. Eu ignoro, porque não há plano C. Isso tem que funcionar. Isso tem que. Uma imagem mental do corpo caído de Aehako pisca diante dos meus olhos, e eu cerro os punhos, determinada a não chorar. Ele não está morto. Ele não está. Eu saberia, não saberia? Mas não estamos conectados pelo khui. Estamos conectados apenas pelo coração, mente e escolha. Nós não temos essa ligação mais profunda. Nós nunca iremos por causa do meu corpo Alguém se atrapalha na porta. Eu me levanto de pé, meus músculos rígidos reclamando.
Meu
corpo
está
instantaneamente em alerta, meu coração martelando decidiram
no
meu
aceitar
peito.
minha
Eles
oferta
afinal? A nave quebrada pela nossa liberdade?
Então, novamente, o que os impede de tomar a nave e nós? Ou pegar a nave e depois voltar e nos pegar mais tarde? Se eles são escravos, não é como se eles fossem pessoas íntegras. Eles não são confiáveis. A porta se abre e o guarda entra. Não, ele cambaleia. Seus passos tropeçam, mas ele consegue se segurar, e ele levanta a arma. — Vamos — diz ele. Suas palavras soam arrastadas. Minhas mãos voam para a minha boca. Oh meu Deus. Funcionou. Ele está doente. Sou imune a isso por causa do meu khui, mas está afetando o guarda. Talvez esteja afetando a todos. A esperança floresce no meu peito. Eu fico de pé. Ele tropeça para frente novamente e eu pulo atrás dele. Ele se torna sonolento e eu chuto a parte de trás do joelho dele. O guarda cai para frente, a arma caindo no chão. Eu agarro e corro para o outro lado da minha cela. Há um lugar para colocar a mão que é semelhante ao meu canhão de
laser, e eu aponto para o meu inimigo e atiro antes que eu possa pensar duas vezes sobre isso. A arma dispara, disparando um raio como chama líquida. Ela corta a cabeça do guarda como manteiga e ele cai no chão, morto. Minha garganta se fecha e minhas narinas se abrem enquanto o cheiro quente de carne carbonizada satura a sala. Eu fiz isso. Eu o matei. Nem sinto muito. Esses monstros não se importam se eu vivo ou morro, então não vou desperdiçar um minuto em arrependimento. Eu passo por ele, segurando a arma, e vou para a porta. Ela se fechou de novo, e nenhuma quantidade de batidas da minha mão no painel irá abri-la. Merda. Isso não foi algo que eu considerei. Eu me viro e olho para o guarda caído. Seu braço está estendido para um lado, a palma da mão áspera para baixo. Oh cara. Engolindo em seco, tranco a arma debaixo do braço, miro e atiro novamente. A mão desmembrada voa pela sala. Ugh.
Eu engulo em seco e me movo para pegá-lo, depois o coloco no painel. A porta se abre um momento depois e eu entro no corredor. Eu estou um passo mais perto da liberdade. Você pode fazer isso, Kira, digo a mim mesma. Basta encontrar a ponte, encontrar um lugar para conectar os dois computadores remotamente, e você estará livre. Há duas portas de um lado desse corredor estreito e uma porta na outra extremidade. Não faço ideia para onde vou, o que significa verificar todas as portas. Eu me movo em silêncio em direção ao primeiro, bato a mão do cara morto no painel e levanto minha arma, pronta para disparar, enquanto a porta se abre. É
uma
pequena
sala
que
parece
um
armazenamento. Claro que é. Respirando um pouco mais fácil, eu pego minha mão extra e desço para a próxima porta. Esta porta leva a um compartimento de carga que me
faz
estremecer
com
más
lembranças. Isso me lembra muito da minha primeira vez aqui.
armário
de
Também está estranhamente vazio. Isso me deixa incrivelmente inquieta. Onde estão todos os alienígenas? A porta no final do corredor leva a outro corredor em forma de um T. Eu me dirijo diretamente ao invés de em frente, porque eu quero diminuir todas as possíveis emboscadas. A última coisa que quero é estar perto da liberdade e depois tirar de mim porque não tomei cuidado. Então eu exploro a outra parte da nave. Encontro novamente a enfermaria médica e resisto à vontade de usar minha arma como um lança-chamas e queimar tudo no chão. Eu também acho o corpo morto de um dos Pequenos Homens Verdes esparramado no chão. Meu veneno está funcionando melhor do que eu pensava. Eu afasto a pontada de tristeza que sinto ao matá-los. Eles não pensariam duas vezes sobre mim e não valem a Duas portas depois, encontro uma sala com quatro pequenas portas estranhas alinhadas em fila. Elas são arredondadas, quase como bolhas
na
parede,
consigo descobrir
o
e que
eu
não
são. Eu
empurro minha mão decepada em um dos painéis ao lado de uma bolha e falo em szzt.
pena.
— Computador, você pode abrir a porta para um desses? O que elas são? — As portas à sua frente são unidades de implantação de emergência. — Unidades de saída? — Eles são métodos alternativos de saída, sim. Devo preparar uma para você? — A voz do computador soa tão agradável quanto a de volta à superfície, apesar dos tons guturais da língua que estou falando. Eu tenho uma ideia maluca. — Prepare todos eles. Os painéis acendem e piscam em verde. — Como faço para abrir? — A unidade pode ser aberta através de um painel interno. Como alternativa, você pode abrir um painel remotamente a partir do painel de controle atrás na parede. Eu me viro para a parede e, com certeza, há um esquema intermitente de quatro cápsulas. A escrita pisca na tela, indicando as várias verificações do sistema. — O que eu empurro para abrir?
O computador me dá as instruções e eu pressiono a sequência com a mão desmembrada do guarda. Uma porta trava na frente de um dos painéis, e eu observo enquanto ela se move para trás por um túnel, então dispara para o ar. A luz do sol vem do lugar onde antes ficava e eu posso ver a neve e as montanhas bem abaixo. Rapidamente, eu uso mais duas cápsulas de fuga até restar apenas uma. Então, eu pego minha mão e minha arma e saio para descobrir como assumir o resto da nave.
Minha aquisição da nave acaba não sendo tão durona assim. Quando encontro a ponte, todos os alienígenas estão inconscientes ou mortos. Há três Pequenos Homens Verdes esparramados no chão e mais dois guardas, e mesmo sendo o inimigo, não consigo encontrar em mim mesma para
colocar
minha
arma
nas
têmporas e matá-los a sangue frio. Então eu passo ao
redor deles e tento descobrir como fazer interface com o chip que eu contrabandeei tão cuidadosamente a bordo. Não funciona, no entanto. Não importa o que eu faça, não consigo descobrir como fazer com que o chip estúpido interfira, e nenhuma quantidade de perguntas que eu faça ao computador parece ajudar. Frustrada, eu bato os painéis com a mão sem corpo que é o meu cartão-chave para acessar a nave. O mundo se inclina. Eu me seguro antes que eu possa cair no chão e olhar para o painel de controle, alarmada. O que eu acertei que fez a nave se mover assim? Através de um pouco de experimentação, acho que um dos painéis é sensível ao toque e funciona como um volante. Eu inclino o navio para baixo e, em seguida, descubro como fazê-lo acelerar em vez de simplesmente ficar suspenso no ar. Então, com uma última batida dos controles, eu o coloco em marcha. A nave geme e avança, e eu vejo quando ela começa a acelerar. Ela não se move muito no início, então
lentamente, ela começa a descer, seguindo um curso intensivo para um dos picos das montanhas distantes. Feito isso, eu pego minha arma e a levo de volta para a última cápsula restante. Eu deslizo para o assento mesmo quando ouço o vento assobiando e queimando. Soa como um avião batendo - exceto que ainda estou na nave. Eu bato o painel ao meu redor, odiando que parece que estou presa em um tubo de ensaio. Eu empurro a mão do alienígena no painel. — Lançamento! Vai! Vai! — Onde você deseja ir? — Pergunta o computador. — Por favor, insira as coordenadas. Como se houvesse alguma pergunta onde eu quero ir. — Leve-me de volta à superfície. — De volta ao meu companheiro e meu novo povo. — Por favor, insira as coordenadas ou acesse os controles manuais. — Hum, me dê os controles manuais, eu acho.
Dois joysticks saem do painel de controle e eu os agarro. No momento em que o faço, o casulo se solta e se lança para trás em alta velocidade, e meus ouvidos estalam um porrada de vezes quando a cápsula se lança na atmosfera, depois paira, esperando. Eu vejo como a nave alienígena se inclina ainda mais, listando a um lado enquanto se dirige para a montanha. Eu estremeço, esperando pela colisão. Não parece que está se movendo tão rápido, mas BOOOOOOM. A montanha e a nave explodem em um inferno de fogo. Eu suspiro pesadamente e um peso parece ter sido tirados dos meus ombros. Esses alienígenas não vão nos incomodar novamente. Além disso, droga. Eu sou uma durona para derrubar os bandidos. Quem diria que a pequena e tímida Kira tinha isso nela, não é?
Eu preciso de dois galhos para uma maca de emergência. Ok. Eu posso fazer isso. As instruções de Aehako passam pela minha cabeça, repetidamente.
Meu
coração
dispara
descontroladamente no meu peito enquanto eu corro através da neve, procurando as finas e róseas árvores deste planeta. Kira se foi e ambos os alienígenas estão feridos. Eles precisam da minha ajuda e eu não posso decepcioná-los. Meus pés afundam na neve, mas eu me arrasto para a frente por uma colina coberta no desvio, e quando vejo árvores à distância, percebo o ritmo. Eu tenho a faca de Haeden, já que ele está muito ferido para usála. Quando chego à primeira árvore, toco na casca e estremeço, porque parece esponjosa e úmida, apesar do frio no ar. Não parece uma árvore dura e amadeirada. Eu não tenho ideia se isso vai funcionar, mas vou dar uma chance. Ajoelhando-me, começo a cortar a base da primeira árvore. A faca afunda com um ruído estridente e a seiva escorre pela neve. Ugh. Eu enrugo nariz e continuo cortando. A neve range nas proximidades e fico de pé, surpresa. Quase parecia como um passo. — Olá? — Eu me viro e olho. — Aehako?
meu
Não há ninguém lá. Eu devo estar imaginando coisas. Ou talvez seja um coelho. Ou… seja qual for o equivalente de coelho neste planeta. Eu não posso ser uma estúpida e enlouquecer a cada pequeno som, no entanto. Eu volto para a árvore e continuo cortando. Eu ouço o barulho da neve novamente, e um momento depois, um pesado baque. Não, não é bem um baque, um ronronar? O que na Terra… Algo bate na parte de trás da minha cabeça, e eu dou um passo para a frente e caio na escuridão. Mesmo lá, o ronronar me segue.
Não há sinal de Harlow. Maldita humana por nos abandonar. Estou carregando um Haeden inconsciente em
uma
improvisado
maca
de
quando
emergência um
som
estridente vem de cima. Eu olho para cima e vejo como uma mancha negra, a nave alienígena se aproximar no
horizonte. Meu coração bate no meu peito enquanto eu a assisto rastejar pelo céu, lentamente. Está indo embora? Levando minha Kira com ela? O medo indefeso queima uma faixa através das minhas entranhas. A nave voadora de formato estranho parece inclinar-se para um lado, continuando
sua
lenta
descida. Ela
voa
para
cima
e
eu
viro, então percebo que está indo diretamente para o lado da montanha mais próxima. — Não! Meu grito rouco ecoa nas planícies solitárias cobertas de neve. Isso não impede que a nave alienígena mergulhe de cabeça na encosta rochosa, ou o choque e explosão de fogo depois. — KIRA! — Eu caio de joelhos em agonia. Não, minha
companheira. Minha
companheira doce e de olhos tristes. A dor da perda é nada que eu já senti antes. Eu sempre fui sortudo, nascido em uma família grande e amorosa. Fomos poupados quando a doença do khui atingiu as cavernas duramente muitos
anos atrás. Eu nunca perdi alguém que amava tão intensamente quanto eu amava Kira. O pensamento de continuar sem ela me abala. Eu caio para frente e pressiono meus punhos contra a neve gelada, tentando conter minha raiva e tristeza. Haeden precisa da minha ajuda, embora eu não queira nada mais do que perseguir aquela preta e fumacenta nave e encontrar vestígios da minha doce Kira. Ela estava com medo quando ela morreu? Ferida? Um soluço duro quebra na minha garganta. Ela merecia algo melhor que isso. Triste, eu olho para a forma inconsciente de Haeden. Seria fácil simplesmente rolar de costas e esperar que meu próprio fim viesse. Para desistir e se juntar a minha Kira na morte. Mas Haeden está aqui, e ele precisa do curador, e por um momento sinto uma onda de ressentimento pelo meu amigo ferido, que ele não me deixa me juntar a ela. Mas isso não significa que eu não possa chorar por ela.
Eu me sento em minhas coxas, ignorando a dor aguda da minha ferida. Eu pego um punhado de neve e começo uma das canções de luto, a de um companheiro. Eu não tenho cinzas para derramar sobre os meus chifres, então deixo a neve escorrer pela minha testa, e dou a minha companheira morta o respeito que ela merece. Eu vou ter uma cerimônia melhor quando Haeden estiver seguro. Eu vou dar aos meus chifres os cortes apropriados, espalhar cinzas na minha testa e cantar músicas do nosso amor antes que eu possa continuar sem ela. Se eu puder continuar sem ela. Neste momento, o pensamento parece incrivelmente cruel. Eu despejo outro punhado de neve sobre a minha testa e chifres, meus cantos de luto cada vez mais altos. Estou tão perdido em minha dor que não ouço o barulho ao meu redor até que uma sombra passe por cima. Então, percebo que há um zumbido espesso no ar, um zumbido não muito diferente da caverna dos anciãos. Limpo a neve dos meus olhos e vejo como uma cápsula, a mesma cor escura da nave alienígena, mas muito, muito menor, pousa delicadamente na neve próxima. Há uma lufada
de ar, e então uma escotilha se abre, como um ovo quebrando. Algo é imediatamente atirado para a neve, e o cheiro de sangue e fumaça toca meu nariz. Parece uma mão decepada. Uma mão alienígena laranja. Então, uma pequena figura sai do casulo e cai de cara na neve. É um ser humano, com cabelo castanho claro, roupas de couro rasgadas e sujas, e os olhos mais bonitos que eu já vi. — Aehako —, Kira engasga. — Minha companheira —, eu rosno, subindo para os meus pés. Eu esqueci minha ferida. Eu esqueço os rituais de luto. Eu esqueço Haeden, deitado inconsciente por perto. Tudo o que me importa é que minha Kira - minha linda e delicada Kira humana - está na minha frente, viva e inteira. Eu cambaleio em direção a ela e a levanto em meus braços, apertando-a contra mim com tanta força que temo que vou esmagá-la. Eu não posso deixá-la ir embora. Ela nunca mais vai deixar minha visão.
— Aehako —, ela soluça novamente, e sua voz é cheia de risos e alegria, assim como lágrimas. Seus braços em volta do meu pescoço são a coisa mais linda que eu já senti, e quando ela agarra meu rosto e começa a pressionar beijos doces na minha boca, eu quase explodo de alegria. — Kira! Kira! Minha companheira! Como isso é possível? — Meus dedos cravam em seu cabelo e antes que ela possa me responder, eu a reivindico em um beijo áspero, minha língua procurando a dela. A necessidade de marcá-la como minha, para levá-la antes que ela possa ser roubada de mim mais uma vez, me domina. Eu quero devorá-la inteira, mesmo que ela nunca mais fique longe de mim. É preciso toda a minha força para parar de beijá-la por tempo suficiente para ela respirar, e quando ela olha para mim com um olhar confuso e faminto no rosto, eu a beijo de novo. Eu vou acasalar com a boca dela por dias a fio agora que ela está de volta em meus braços. Não há parte de Kira que esteja a salvo da
minha
língua
faminta.
adorarei cada pedacinho dela.
Eu
Seus gemidos ofegantes são totalmente inebriantes, e eu quero rasgar minha tanga livre e empurrar meu pênis latejante em sua boceta acolhedora. Eu a pressiono de volta na neve, apenas para ouvi-la ofegar. — Eu sinto o cheiro de sangue, Aehako... — Não é nada, minha companheira —, digo a ela entre beijos ferozes. — Deixe-me acasalar sua boca com a minha língua antes de acasalar com meu pau. Sua mão bate no meu ombro, e seu suspiro indignado ecoa no meu ouvido um momento depois. — Aehako! Você está sangrando! Eu suspiro e simplesmente a abraço, abraçando-a contra mim enquanto suas mãos frenéticas se movem sobre o meu peito. Alguma vez um homem sa-khui foi tão feliz? Eu acaricio o cabelo macio de Kira e inalo seu perfume. Nada mais importa, exceto que minha companheira está viva.
— Você está ferido! — Seu grito de surpresa alto em meus ouvidos. — Aehako, pare! Deixe-me olhar para você! Não consigo parar de sorrir, não consigo parar de tocá-la. — Minhas feridas não importam, Olhos tristes. Onde você esteve? Como você escapou? — Suas feridas são importantes para mim —, ela se agita, e é bom ter as mãos pequenas da minha companheira puxando minha roupa, determinada a cuidar de mim. Eu poderia morrer feliz neste momento. Enquanto ela tira minha túnica de mim e amarra minha ferida, ela me diz como escapou da nave. Seus olhos estão preocupados quando ela pressiona um pedaço grosso de couro na minha ferida. — Eu matei todos eles, Aehako. Eu nem sinto muito sobre isso. Eu continuo pensando no que teria acontecido se voltássemos com eles. Eu não podia deixar isso acontecer.
— Você protegeu seu povo, tão ferozmente como qualquer chefe —, digo a ela, acariciando sua bochecha. — Estou orgulhoso de você. Orgulhoso, e tão completamente fora de mim de alegria que ela está viva. — Eu continuo dizendo a mim mesma que talvez eu deveria ter negociado mais —, diz ela em uma voz suave, envolvendo uma longa faixa de roupas rasgadas em volta do meu peito. — Que talvez eles tivessem escutado a razão e nos deixado aqui. Mas eu não poderia arriscar. Não digo nada. Está claro que ela está trabalhando nisso sozinha. Tudo o que posso fazer é apoiá-la e amá-la duas tarefas fáceis. — E eu apenas pensei... —, seus pensamentos param e ela olha em volta, depois de volta para mim. — Onde está Harlow?
— Eu não sei —, eu digo, incapaz de parar a irritação de inundar minha voz. — Abandonou-nos e fugiu como uma covarde. A sobrancelha de Kira franze a testa. Eu não achava que Harlow fosse uma covarde. Eu me pergunto o que aconteceu? — Ela saiu para pegar os galhos para a maca de emergência e não voltou mais. Ela correu pelas colinas buscando segurança de seus alienígenas. Ela é tola e causou sua própria morte, e possivelmente a de Haeden. — Eu me forço a levantar, embora eu não queira nada mais do que ficar aqui, sentado na neve com minha companheira enquanto ela se agita sobre mim. — Devemos levá-lo ao curador e logo. Não sei se ele vai durar mais uma noite. Os olhos de Kira estão arregalados. — Mas Harlow... — Temos de escolher —, eu digo gentilmente. — Podemos esperar aqui e esperar que ela volte e Haeden quase certamente
morrerá. Ou podemos deixá-la em seu destino e levar Haeden para ser curado. Deixo a escolha para ela. Não é uma escolha minha, porque nunca poderei escolher a volúvel e inconstante Harlow sobre o homem com quem cresci e a quem considero irmão. O olhar de Kira se move para a maca de emergência e depois volta para mim. — Claro que não podemos ficar —, diz ela, sua voz suave com tristeza. — Eu só pensei ... — ela balança a cabeça. — Eu acho que isso não importa. Pobre Harlow. Espero que ela possa encontrar o caminho de volta para as cavernas em algum momento. — Ela se levanta e, em seguida, pressiona a mão para minhas ataduras enquanto me levanto. — Vamos pegar Haeden e o levar de volta em segurança. Se ele morrer, vou me culpar.
— Então não vamos deixá-lo morrer —, digo-lhe em uma voz firme.
O retorno para as cavernas é brutal. Eu me preocupo com Harlow, que desapareceu. Ela é tão reservada, no entanto, eu não sei se ela está bem e apenas se escondendo, ou se alguma outra coisa deu muito errado. Aehako está ferido e Haeden está à beira da morte, então não há tempo para esperar e ver se ela vai voltar. Nós carregamos Haeden na maca de emergência e o puxamos pela neve. Pela primeira vez, o tempo nos abraça, e o dia se transforma em noite com céu limpo e nem um pouco de neve. Nós não paramos nem quando o sol se põe. Nós caminhamos a noite toda, caminhando incessantemente de volta para as cavernas tribais. Aehako esta mais fraco do que ele tenta mostrar; ele tem que fazer pausas e descansar várias vezes. Eu pego as pontas da maca de emergência dele e o arrasto por um tempo para ajudar, embora minha força não seja nem metade dele. Ele beija o topo da
minha cabeça e murmura palavras de agradecimento pelos meus esforços. É uma noite longa e miserável. Eu faço isso simplesmente me concentrando em colocar um pé na frente do outro. Enquanto estiver com Aehako, isso não importa. Nada importa. Eu gostaria de poder segurar sua mão, mas quando ele não tem os bastões da maca, eu faço. Então eu apenas enfio minhas mãos no meu manto de pele e imagino como será a vida quando voltarmos para as cavernas. Porque eu estou indo morar com Aehako. Ele é meu e eu não estou mais esperando para reivindicá-lo, khui ou não. Finalmente, o sol nasce. Meus pés parecem pesados e frios como gelo, mas quando paramos para verificar Haeden, posso dizer que Aehako está preocupado com ele. Ele não precisa dizer nada; É óbvio que Haeden pode não voltar para as cavernas. Eu amarro sua ferida mais apertada, tiro meu manto de pele e envolvo em torno de seu corpo inconsciente, e então continuamos. Estou
completamente
entorpecida
de
exaustão
quando ouço um grito estridente. Soa um pouco como
um pássaro. Eu olho para Aehako e seu rosto se ilumina com alegria. Ele coloca uma mão na boca e repete o grito, acrescentando um estridente yi-yi-yi no final. — Caçadores —, ele me diz. — Raahosh está próximo. Eles vão nos ajudar. — Oh, bom —, eu respiro. Neste momento, eu pegaria um carona nas costas todo o caminho para casa se fosse oferecido. — Lá —, diz Aehako, e aponta para um aumento. Dois corpos cobertos de pele estão correndo em nossa direção, um usando raquetes de neve e um manto de pele grossa, o outro vestido com couros simples e uma tanga. Um chifre se ergue da cabeça, onde deveria haver dois. Com certeza, é Raahosh e Liz. — Marco —, Liz chama, rindo quando se aproximam. Eu quero rir da piada dela, mas estou muito cansada. Eu me inclino contra o braço de Aehako enquanto esperamos por eles. Eu
poderia dormir de pé agora. Na verdade, acho que não durmo há muito tempo. — Ei, moça, você deveria dizer 'Polo'— , diz Liz, pulando para nós antes de jogar seus braços em minha volta. Então, ela pisca, dá uma olhada no meu rosto pálido e na maca de emergência, e depois no Aehako. — O que está errado? O que diabos aconteceu? — Nós estávamos voltando para as cavernas porque vimos a nave alienígena —, Raahosh diz em uma voz sombria. — Sim, mas saiu de novo, então eu pensei que tudo estava bem —, diz Liz. — Não foi embora —, digo a ela. — Eu a fiz bater no lado da montanha. — Podemos dizer-lhe no caminho de volta — , interrompe Aehako. — Mas devemos levar Haeden ao curador antes que seja tarde demais.
Os olhos de Raahosh se estreitam e ele se move para a maca de emergência, arrancando minha capa de pele e descobrindo-o. Um momento depois, ele se levanta, substitui o cobertor e pega os bastões de Aehako. — Eu irei correr até lá. Fique com as mulheres. Aehako dá um tapinha no ombro dele agradecido, e nós observamos enquanto Raahosh decola como um louco, puxando a maca de emergência atrás dele com uma velocidade e energia que me deixam exausta de assistir. — Você está bem, Kira? — Liz pergunta. — Você parece pronta para desmaiar. — Eu estou bem —, eu asseguro a ela, apesar de uma onda de instabilidade em meus pés. — Eu me ofereceria para carregar você, mas meus músculos são meio insignificantes — , diz ela, flexionando um braço. Ela ajusta o arco, pendurada nas costas. — Mas estou feliz em dar-lhe um ombro para se apoiar se você precisar.
— Não há necessidade —, interrompe Aehako, e no momento seguinte, ele me pega em seus braços. — Você está ferido —, eu protesto. — Você não pode me carregar. — Eu tento deslizar para fora do seu aperto, mas Aehako só me segura mais apertado. — Vocês estão bem? — Liz pergunta, preocupada. — Eu estou bem. E você não pesa nada, Kira —, ele diz, e então acaricia minha garganta. — É minha honra e prazer levar minha companheira. — Oh meu Deus. Liz chora e bate a mão na boca. — Vocês dois vibraram? Mesmo? Eu balancei minha cabeça, mas Aehako interrompe. —
Nenhuma
vibração. Nós
escolhemos um ao outro.
— Ahh, isso é romântico, eu acho —, diz Liz, e há uma ruga na testa como se ela não tivesse certeza se deveria estar feliz por nós ou não. Eu sei o que ela está pensando - o que acontece se um de nós vibrar para outra pessoa? Então eu a distraio quando começamos a caminhar, seguindo pelo caminho que Raahosh cortou pela neve. — Você não viu Harlow, não é? — Eu pergunto a ela. — Ela fazia parte do nosso grupo e fugiu, e não podemos encontrá-la em qualquer lugar. — Eita, eu sinto que estou perdendo uma grande parte da história aqui —, diz Liz. — Alguém quer me contar sobre o acidente da nave alienígena, feridas e uma pessoa desaparecida? Nós fazemos, e demora um pouco para contar tudo. Quando a história termina, estamos entrando na boca da caverna, eu nos braços de Aehako, e os colegas de tribo preocupados nos cercam. Eu posso praticamente
sentir o amor e a preocupação no ar, e é uma sensação boa. Pela primeira vez, não me sinto como uma estranha solitária. Talvez seja porque quando Aehako me coloca no chão, mas se recusa a soltar a minha mão e me mantém ao seu lado. Eu gosto disso. Raahosh retorna alguns momentos depois e coloca um braço em volta da cintura de Liz, possessivo. Ele acena para Aehako. — Haeden está com o curador. — Estou feliz que você tenha nos encontrado naquela hora. — Você precisa do curador também —, eu indico. — Você tem uma ferida. — Silêncio —, diz Aehako, e pressiona um beijo em cima da minha cabeça. — Minha mãe vai embalar com ervas e isso vai me segurar até que o curador esteja pronto. Venha. Devemos dizer a ela que ela tem uma filha. Ela sempre quis uma. Liz ri maliciosamente.
— Oh garota —, conhecendo os sogros. Divirta-se com isso. Eu olhei para ela, mas eu não protesto quando Aehako me leva mais fundo nas cavernas. Sua ferida está em primeiro lugar em minha mente, não se sua mãe gosta ou não de mim. — Tem certeza que você está bem? Eu pergunto, apertando sua mão. — Eu estarei bem. Não quero distrair Maylak da cura que está fazendo em Haeden. Ele precisa de toda a atenção dela. — Suas sobrancelhas franzem de preocupação e ele lança um olhar para a caverna da curandeira. — Se ele não viver ... — Ele vai —, eu tranquilizo. E quando ele hesita, eu levo-o gentilmente de volta para sua própria caverna. — Cuide-se primeiro, então você pode ver como ele está. Ele acena e me puxa junto. Eu passo por Tiffany e Josie, que tem um olhar preocupado em seus rostos. A perda de Harlow é uma das que ainda não estou pronta para falar. Eu nem tenho certeza se posso lamentar. Apenas
não parece real ainda. Como podemos ter perdido uma humana? Já há muito poucos de nós. — Meu filho —, uma mulher idosa chora, e vejo Sevvah sair de sua caverna, estendendo os braços para um abraço. — O que é isso que eu ouço sobre uma ferida? — Não é nada, mãe —, diz Aehako, e seu sorriso habitual ressurge. — Você se preocupa muito. — E você não se preocupa o suficiente —, ela se agita, abraçando-o. Minha mão desliza da dele quando ele anda para os braços de sua mãe, e eu permaneço para trás, me sentindo um pouco tímida. Eu conversei com Sevvah muitas vezes antes. Ela é pequena e eu gosto dela. Ela é adorável, com tranças cinzas em volta de seus chifres e o mesmo azul pálido que seu filho é. Ela parece real e há linhas nas bordas de seus olhos do riso, o que é bom. Eu não deveria me sentir estranha em entrar e sentar-me enquanto ela leva seu filho para a caverna deles. Quero dizer, ela me convidou para o chá antes.
É só que a última vez que fui apenas uma das muitas humanas, não uma nora. Uma nora que nunca vibrará. Eu engulo em seco. — Onde você está ferido? — Sevvah se agita. — Oshen, traga meus sacos de erva. Sessah, vá embora. Vá brincar com Farli. Enquanto eu permaneço na boca de sua caverna, Sessah - um garoto que não pode ter mais de dez anos de idade - sai da caverna, rindo. Eu sempre esqueço que Aehako tem um irmão muito mais novo. Eu sei que ele tem um mais velho chamado Rokan, mas a visão do corpo magro de Sessah e chifres como búzios me faz sentir um tipo curiosa de desejo. É assim que os filhos de Aehako se pareceriam? Uma cauda bate na borda da minha visão e enquanto eu assisto, Asha passeia pela caverna de Sevvah como se ela fosse dona. Eu vejo como a mulher sedutora se aproxima de Aehako, e coloca um braço em torno de suas costas. Para seu crédito, Aehako recua e olha para mim.
— Kira? Eu mordo meu lábio e entro, embora eu me sinta uma intrusa. Sevvah está me dando um olhar curioso e Asha está atirando em mim com seu olhar azul. Oh céus. Eu realmente não sou boa com confrontos, e isso parece um confronto. Irônico que eu ignorei os alienígenas sem um pingo de ansiedade, mas me aproximando do homem que me ama enquanto sua exnamorada tenta deslizar no meu território? Enquanto sua mãe observa? Isto é difícil. Humildemente, eu passo ao lado de Aehako e entrelaço meus dedos com os dele novamente. — Segure isso? — Sevvah pergunta, e me entrega uma pequena tigela de ossos cheia de ervas e o que parece ser penugem. — Agora, Aehako, me diga que tipo de coisas você tem feito, seu impertinente. — A voz de sua mãe é amorosa , o tom carinhoso de uma mulher que sabe o quanto seu filho pode ter problemas.
— Você sentiu minha falta? Asha pergunta, abrindo caminho para o outro lado de Aehako como se eu não estivesse lá. Ele franze a testa para ela e balança a cabeça. — Eu não... Enquanto eu assisto, a mão dela desliza para a cauda dele e ela agarra na base. Eu suspiro, porque isso parece incrivelmente sexual. Como essa cadela se atreve a tocar o meu homem? Minha mão deixa a de Aehako e antes que eu possa parar para pensar no que estou fazendo, eu empurro sua mão para longe dele. — Pare de tocar no meu companheiro! As palavras saem antes que eu possa detê-las, e todos na caverna olham para nós. O pai de Aehako, Oshen, sua mãe Sevvah, Asha todos olham para mim como se tivesse crescido uma outra cabeça em mim. Então, Sevvah ofega e um sorriso aparece no rosto dela.
— Meu filho! Você vibrou? E para uma humana, tão adorável! — Ela sorri para mim com um calor matronal. — Sem vibração, mãe —, diz Aehako, e me puxa contra o seu lado, cuidadosamente me afastando de uma Asha boquiaberta. — Eu a escolhi como minha companheira, e ela escolheu ser minha. Eu espero que Sevvah questione isso, mas ela apenas sorri. — Igualmente maravilhoso. — Ela puxa os cadarços da túnica de couro de Aehako, mas está claro que não vai sair assim. Eu saio do abraço de Aehako. — Tire sua camisa para que sua mãe possa ver a ferida. Ele tira a roupa e, em seguida, entrega a túnica para mim com uma piscadela. —
Não
voltou
minha companheira
nem
a
uma
já
hora esta me
despindo. Você entende por que eu a tomei como minha mulher? Ela é exigente. Eu coro.
e
Asha ainda está de pé lá, e eu dou uma olhada para ela. Ela está congelada no lugar, uma expressão ilegível em seu rosto. É claro que ela não pertence aqui, e também está claro que ela não está fazendo nenhuma tentativa para sair. Isto é constrangedor. Eu me sinto mal por ela. Eu sei que ela está se jogando em Aehako, mas é claro que ela é infeliz, tudo graças a um khui que escolheu outra pessoa. Seu olhar passa para mim e eu ofereço a ela um sorriso hesitante. Ela franze a testa para mim e foge. Lá se foi a simpatia. Sevvah sacode a cabeça e pega um punhado de ervas lanosas da tigela que estou segurando. — Aquela tem uma cabeça dura. Talvez agora que você tenha tomado uma companheira, ela vai tirar da cabeça que vocês deveriam ficar juntos. — Pode-se esperar —, diz Aehako secamente. Ele
assobia
quando
Sevvah pressiona as ervas contra a ferida. — Isso deve ser costurado —, Sevvah diz a ele.
— Maylak pode consertar isso. — Maylak estará exausta tentando salvar Haeden —, insiste Sevvah. — Eu não vou deixar você sangrando enquanto espera que ela se recupere. Você tem uma companheira bonita para levar para suas cobertas. A última coisa que você quer é passar o seu tempo gemendo de dor. — Não quando eu prefiro gastar o tempo apenas gemendo, hein? — Aehako brinca. Oh meu Deus, eu não posso acreditar que ele fez aquela piada com sua mãe. Eu olho para ele, horrorizado e incapaz de rir. Como se ela pudesse ler meus pensamentos, Sevvah revira os olhos, bate na bochecha dele com a mão e diz: — Comporte-se, seu idiota. Uma risadinha me escapa, e Sevvah me dá um sorriso. Talvez a coisa toda de sogra não seja tão ruim assim. — Então —, Sevvah diz enquanto fura um pedaço grosso de cordão. Quando ela puxa um
banquinho, seu marido, Oshen, retira uma tigela de uma prateleira sobre a fogueira e leva-a para a frente com as mãos enluvadas. Água quente. Ele coloca-o nas proximidades e Sevvah mergulha um pouco de couro nele, em seguida, enxuga nas bordas da ferida profunda de Aehako. — Onde você e sua nova companheira vão ficar? — O que, você não nos quer aqui, mãe? Estou ferido. Meus olhos se arregalam. Compartilhando uma caverna com a grande família de Aehako? E tentando fazer sexo enquanto faz isso? A ideia é impensável. Mas não há outro lugar para ir também, e Harlow - e qualquer esperança de um lapidário - se foi. Isso é algo que eu nem sequer considerei, e eu dou um olhar preocupado para Aehako. Ele realmente quer que a gente viva aqui? Mas mesmo quando olho, ele pisca. Sevvah bufa. — A última coisa que um par jovem acasalado precisa são dois velhos e dois garotos se aconchegarem nas cobertas próximas. Sua companheira vai querer mais privacidade do que isso. — Ela enxuga a ferida dele novamente, então olha para mim.
— Como há tantos pares recém-acasalados, fala-se em abrir as cavernas ao sul para o inverno e dividir as tribos. — Então nós vamos para lá —, diz Aehako, estremecendo enquanto sua mãe cuida dele. — Kira e eu definitivamente precisamos do nosso próprio espaço. — Ela é barulhenta, não é? — A mais barulhenta —, diz Aehako com orgulho. Eu vou morrer de vergonha.
Eu devo ter adormecido em algum momento, porque a próxima coisa que eu sei é que Aehako está beijando minha testa e me colocando na cama. Eu deveria levantar, mas é tão quente e seguro e eu estou enrolada ao lado dele, então eu apenas me aconchego mais perto e volto a dormir. É o paraíso, puro e simples.
Eu acordo em algum momento porque sinto que alguém está me encarando. Eu aperto um olho aberto e Sessah - irmão muito mais novo de Aehako - está olhando para mim. Sinto-me um pouco desajeitada e tímida sob a sua análise. — Bom dia —, eu digo em sua língua, desde que eu sei agora. As palavras parecem fluidas na minha língua, e percebo que é a primeira vez que posso dizer mais do que apenas “ oi” para os mais novos, que não foram até a nave dos idosos para o tradutor de línguas. Eu decido me mostrar um pouco. — Estou dormindo engraçado? É por isso que você está olhando? — Você é a companheira de Aehako? — Eu sou. — Mas você não vibrou. Como você pode ser companheira? Oh garoto. Eu vou ter que explicar os pássaros e as abelhas para esse garoto? — Bem, ah, às vezes, quando duas pessoas se amam muito, elas querem ficar juntas o
tempo todo, apesar do fato de não poderem ter um bebê. Ele enruga o nariz com o pensamento. — Isso significa que você está se mudando para a nossa caverna? Já está lotada. — Eu não sei. Hum, seu irmão Aehako está por perto? — Ele está com o chefe. — Obrigado —, murmuro, e endireito minhas roupas antes de sair da cama. Eu ainda estou vestida, graças a Deus, mas meus couros cheiram a fumaça e suor e eu meio que gostaria de ter outra coisa que eu pudesse mudar. Roupas tem sido um prêmio com doze novas pessoas para cuidar, no entanto. Talvez alguém tenha extras que eu possa trocar. Eu deslizo para fora das peles, olhando em volta. Eu ainda estou na aconchegante caverna do Sevvah, embora essa parte tenha sido
seccionada
com
um
afloramento
rochoso estratégico e uma grande cesta tecida
para
dar
a
ilusão
de
privacidade. Perto dali, ainda posso ouvir a respiração pesada de outra pessoa dormindo e o murmúrio baixo da voz de Sevvah por perto.
Sessah está certo. A caverna é definitivamente pequena e cheia. Sou grata pela cama, é claro, mas acho que meu apartamento loft na Terra que parecia tão pequeno há dois meses e agora parece um luxo incomparável. Quando os bebês chegarem aqui, nós estaremos caindo um sobre o outro com a aglomeração. Eu… suponho que isso não será um problema para mim e Aehako. Eu sinto uma pontada de culpa pelo pensamento. Foi sua escolha me acasalar apesar de conhecer minhas falhas, então não posso me preocupar com isso. Digo isso a mim mesmo enquanto deslizo em botas macias, dou um tapinha na cabeça de Sessah e, em seguida, saio da caverna particular para o interior principal das cavernas tribais. Eu bocejo enquanto saio para a área principal e percebo ... Eu dormi muito bem. Pela primeira vez no que parece uma eternidade, eu dormi sem ouvir por acaso todos fazendo sexo, os sussurros captados pelo tradutor, tudo. Não é de admirar que eu me sinta tão revigorada. Mesmo agora, a caverna
está
lotada,
mas
não
sobrecarregada de vozes. Em vez disso, é como um murmúrio baixo e agradável de conversa.
Isso é incrível. Claro, uma pequena desvantagem é que eu não tenho idéia de onde está meu companheiro agora. Não consigo acompanhar o som da voz dele através do tradutor. Vou ter que caçá-lo à moda antiga. Perto dali, Tiffany e Josie estão raspando peles esticadas em quadros. Josie dá um grito feliz ao me ver e acena seus braços cobertos de sangue. — Eu abraçaria você, garota, mas eu estou nojenta! Estou tão feliz por você estar de volta! Tiffany é a mais reservada das duas, e ela apenas sorri para mim. — Estou feliz por estar de volta também. — Eu esfrego meu lóbulo da orelha. — Eu me sinto muito melhor sem o tradutor. Eu me pergunto o quanto eles sabem sobre o retorno nave e querendo nos pegar de novo, ou se isso está sendo mantido em segredo. — Eu quase não reconheci você —, diz Josie em uma voz ensolarada, em seguida, volta a raspar sua pele. — Talvez eu deva verificar a velha nave-mãe e ver se ela faz implantes mamários. Estou me sentindo muito
da
inadequada com as damas sa-khui. Ela sacode o pequeno peito para trás e para a frente, tentando fazer o pouco que tem de balançar. — Oh, pare com isso —, Tiffany diz e cutuca Josie com um cotovelo. — Sério. Ninguém vai lhe dar implantes porque você é uma garota branca e magra. Josie estende a língua, e Tiffany retorna o gesto antes de ambos começarem a rir. Sim ... estou pensando que elas não foram informadas sobre a nave. Elas estão inteiramente... felizes. Eu faço um gesto na entrada da caverna do chefe. — Vektal está lá? Tiffany se inclina para olhar a entrada da caverna. — Acho que não? Eu pensei tê-lo visto sair com alguns dos outros antes. Você pode checar com os caçadores se ele não está nas cobertas com Georgie. Ela pisca. Oh sim. A última coisa que quero fazer é me deparar com eles fazendo sexo. Deus sabe que já ouvi o suficiente.
— Hum, talvez eu verifique com os caçadores primeiro. — Boa ideia, Josie gargalha. — Eu vi mais do que queria, uma vez. — Essas pessoas precisam de algumas malditas campainhas —, diz Tiffany, balançando a cabeça. Eu não posso discordar disso. Dou a eles abraços impulsivos, com um braço só, em volta dos ombros, que eles não conseguem devolver por causa das mãos, e depois saio para encontrar Aehako e o chefe. Marlene está cuidando de uma pequena fogueira onde a comida humana cozida é preparada, e me oferece um bolo de raiz - não muito diferente de um bolo marrom - para o café da manhã. Eu mordisco enquanto ando. Se houvesse algum café por aqui, eu diria que esta caverna era absolutamente aconchegante. Eu encontro Aehako e Vektal conversando perto da entrada da caverna. Eles estão em ascensão, longe o suficiente para não serem ouvidos. Georgie agacha-se perto da neve, arquejando quando Vektal acaricia seu cabelo.
Eu encho meu bolo de raiz na minha boca e mastigo rapidamente. Provavelmente, uma má idéia para comer perto de uma mulher grávida com enjôo matinal. Pobre Georgie. Ela está vomitando desde que engravidou. Claro, eu gostaria de trocar de lugar com ela. Eu vomitaria todos os dias durante três anos seguidos se isso significasse que eu poderia ter o filho de Aehako. Meu companheiro olha para aquele momento e me vê se aproximando, e um sorriso cruza seu rosto largo. Eu me aqueço no calor de sua aprovação, tão feliz que eu poderia estourar. Os alienígenas sumiram, meu tradutor foi removido e eu tenho o amor de um alien delicioso e sexy. É tão difícil ser eu. Aehako me beija na boca enquanto eu me movo para o lado dele e então desliza no canto do meu lábio. — Você tem gordura no seu rosto. Eu
esfrego
corando.
minha
bochecha,
— Eu estava tentando comer rápido, para eu não incomodar Georgie. — Eu olho para a minha companheira humana com simpatia. — Como você está hoje? — Nada mal, na verdade —, diz ela, e se levanta, limpando a própria boca. Ela parece pálida e cansada, mas dá a Vektal um pequeno sorriso de agradecimento quando ele lhe entrega um odre de água. Ela enxagua a boca e depois cospe para o lado. Vektal me estuda, braços cruzados. Sua cauda sacode uma vez. — Eu não reconheci você sem a sua concha —, diz ele, e aponta para um ouvido. — Eu consegui remover o tradutor —, digo a ele, sentindo-me desconfortável. Eu
sou
verdadeiramente
tão
esquecível? Mas enquanto eu observo, seu olhar devora Georgie, e meus sentimentos feridos se dissipam. Eu provavelmente sou apenas outra humana para ele, quando Georgie é a única que importa. É claro que Vektal é obcecado e totalmente apaixonado por sua companheira humana. Eu acho bonito, mesmo que ele ainda me intimide um pouco.
Georgie se inclina contra Vektal e seu braço passa pela cintura dela. — Que bom que você chegou —, diz ela. — Nós estávamos apenas discutindo as coisas. — Como está Haeden? — Eu pergunto. — Recuperando —, diz Aehako. Ele pega minha mão na sua e entrelaça seus dedos com os meus. — Maylak se esgotou trabalhando para curá-lo, então eu ficarei ferido por mais algum tempo. — Ele dá um tapinha no abdômen, no local enfaixado. — Eu acho que você terá que ser gentil comigo nas cobertas, meus olhos tristes. Eu vejo que o sedutor Aehako está de volta com força total. Eu bufo e ignoro suas palavras abertas. — E Harlow? Algum sinal dela? Georgie sacode a cabeça. —
Eu
odeio
que
ela
esteja
completamente
desaparecida. Algo sobre isso fede. Ela não me pareceu
o tipo de brincar com sua vida de forma imprudente. — Então, ela está em silêncio de novo, e eu sei que nós dois estamos pensando em Dominique. Dominique foi outra ruiva que foi capturada e jogada no porão com Georgie e eu na espaçonave alienígena. Os guardas a estupraram e isso quebrou alguma coisa na mente de Dominique. Ela sobreviveu ao acidente, mas no momento em que teve a chance, correu para a neve gelada vestindo apenas uma camisola. Ela congelou até a morte. A perda dela continua nos atingindo com força, mesmo depois de tudo que passamos. — Harlow é inteligente —, eu ofereço, pensando em sua mente rápida enquanto ela juntava peças para o cortador de pedras. — Talvez ela encontre o caminho de volta. — Acho que devemos enviar caçadores atrás dela —, diz Georgie. Vektal balança a cabeça. — A estação brutal está chegando rápido, e nós temos doze — Onze, Georgie discretamente corrige.
— Onze novas bocas para alimentar. E várias delas estão tendo filhotes. Nós devemos pensar no bem de toda a tribo, e os caçadores são necessários a cada momento livre. Se eles não estão saindo para caçar comida, não podemos sobrecarregá-los. Ele toca seu estômago. — Eu não vou colocar você e nosso filhote, ou todas as outras novas vidas que estão para nascer - em perigo por uma garota humana tola. Eu não gosto da sua resposta, mas quando olho para Aehako, ele está concordando. Eles sabem o tempo deste lugar melhor do que nós. Se eles estão preocupados em não ter comida suficiente para o inverno, então precisamos nos preocupar também, suponho. Também posso dizer que Georgie não está feliz, mas ela me lança um olhar impotente. — Ela vai aparecer — eu digo, determinada. Nós discutimos a segunda espaçonave e sua morte. Georgie concorda com Vektal sobre isso - eles não querem contar aos outros. Ninguém além de nós - e Liz e Raahosh, que estavam caçando e viram a nave saberão disso. Georgie não quer que os outros entrem em pânico, não quando estão apenas se acomodando.
— E se eles estão todos mortos, não há nada para se preocupar, certo? Ela me dá um aceno determinado. — Certo. O que significa que devemos falar sobre a divisão da tribo. — Divisão? Eu olho para Aehako, preocupada. Ele concorda. — Quando éramos jovens, nossas cavernas transbordavam e tínhamos uma segunda caverna ao sul que também era cheia de famílias. A doença do khui levou tantas vidas que todos nós nos mudamos para esse sistema de cavernas, mas com as novas famílias, sugeri a Vektal que as reabríssemos. — Só porque você não quer dividir uma caverna com outro casal. Brinca Vektal. — Você é como eu e quer sua companheira só para você. Aehako dá seu chefe um sorriso preguiçoso.
— Isso é tão ruim assim? Quero ser capaz de acasalar minha fêmea sem a preocupação de que Asha apareça e exija se juntar a ela? Eu faço um som chocado. — Hum, eu voto para uma nova caverna também. A idéia de Asha assistir - muito menos tentar entrar - é totalmente horripilante. Georgie ri. — Você deveria ver seu rosto, Kira. Meu Deus. — Se houver uma nova caverna, todos as humanas devem permanecer com o curador. — Isso é justo para os outros? Eu pergunto. A última coisa que quero é ter o resto da tribo fique ressentida conosco. — As humanas estão carregando filhotes —, argumenta Vektal. — Se elas ainda não estão, elas estarão. Elas precisam estar com o curador. Eu permaneço em silêncio.
— Eu concordo com Kira —, diz Aehako. — Uma caverna cheia de caçadores idosos e solteiros só produzirá dissidência. É mais justo dividir a tribo de maneira uniforme. — Nós só temos um curador —, rosna Vektal. — Ela vai ficar com Georgie. — Acalme-se, Vektal —, Georgie bate no seu companheiro em seu grande braço. — Tenho certeza de que as coisas podem ser divididas de maneira justa para todos. E se mandarmos os humanos solteiros para a nova caverna e mantermos as grávidas aqui? — E Raahosh e Liz? —Eu pergunto. — Sua punição permanece —, declara Vektal. — Eles continuarão caçando até que Liz esteja muito pesada para fazer isso. Mas eles podem se aproximar de nós quando chegar a hora de Liz ter seu filhote. — Então, quem estará no comando da nova caverna? — Pergunta Aehako. Sua mão aperta a minha.
Por um momento, Vektal parece perplexo. — Eu ia mandar você, mas agora que você se acasalou, isso representa um problema. Kira precisará ficar perto do curandeiro. Eu mordo meu lábio. Eu acho que é hora de falar. — Na verdade. Eu não vibrei. Eu sou estéril. O rosto de Georgie suaviza enquanto Vektal parece confuso. — Ela não pode ter filhos. Nós escolhemos o nosso acasalamento —, declara Aehako, e me abraça contra ele. — Não haverá filhos, mas isso não importa. Tudo o que importa é que ela é minha e eu sou dela. Sua declaração me deixa emocionada. — E se houver vibração para outra depois? — Vektal pergunta. — Então, vamos lidar com isso quando acontecer —, diz Aehako. — Até esse dia chegar - se algum dia vier, eu pertenço a Kira, e ela pertence a mim.
Vektal acena e nos dá um olhar de compreensão. — Eu teria feito o mesmo por Georgie, se ela não tivesse vibrado por mim.
Demora dois dias e noites inteiros antes de podermos ir e visitar o outro sistema de cavernas. Kira passou a chamá-los de cavernas do sul, e o nome também ficou comigo. Nós não dissemos nada para os outros. Se eu quiser ser o líder desse pequeno fragmento da tribo, quero que tudo seja decidido e esculpido em pedra antes que alguém seja movido. Uma vez que estamos nos meses brutais, as visitas entre as cavernas serão poucas e distantes entre si. Equilibrar as tribos é uma questão delicada e que leva muitos dias de discussão entre eu e Vektal, e incluímos nossas companheiras, que são as vozes da razão quando se trata das mulheres equilibrarmos
humanas. Se as
coisas
não com
perfeição, aqueles que se mudarem para as cavernas do sul se sentirão abandonados e inúteis. Mas se
levarmos o nosso mais forte para as cavernas do sul, então prejudicamos a caverna da tribo. Para trás e para frente, discutimos sobre quem deveria ficar e quem deveria ir. Os planos mudam a cada hora, até que eu estou a ponto de arrancar o cabelo se Vektal bater o pé e disser não às minhas sugestões mais uma vez. Ele é o chefe, e ele é meu amigo, mas também é incrivelmente teimoso. Uma dor no rabo, como diz Kira. Eu sou temperamental, eu mesmo. Haeden ainda está se recuperando e Maylak, que está grávida e deve ter cuidado com sua própria saúde, não teve tempo para minha ferida. Dói-me, mas não tanto quanto ser incapaz de dormir com minha Kira e não a acaricia-la. Ela não tem que me dizer que ela está desconfortável dormindo na caverna com a minha família em sua volta. É evidente na rigidez do corpo dela enquanto nos despirmos para dormir. Ou pelo menos eu me despir para dormir. Kira simplesmente tira os sapatos e se deita, completamente vestida e se contorcendo a cada
pequeno som. Todo soluço que Sessah faz, todo suspiro que meu irmão Rokan faz em seu sono, cada murmúrio de meu pai e minha mãe enquanto eles acasalam - Kira ouve tudo isso, e está claro que ela está incomodada. Não haverá acasalamento até que tenhamos nossa própria caverna e privacidade. Muito bem então. Eu só vou ter que apressar as coisas. Minha necessidade de reivindicar minha Kira novamente substitui tudo. Eu tenho fome de provar sua doçura na minha língua, acasalar sua boca com a minha, afundar meu pau profundamente em sua boceta e ouvila gemer de prazer. São esses pensamentos que me levam a sugerir uma viagem às Cavernas do Sul na manhã seguinte. Kira está mordiscando um dos bolos de raiz que ela e as mulheres humanas parecem gostar tanto e conversando com as outras junto ao fogo. Vektal está relaxando na piscina enquanto Georgie trança seu cabelo em mil tranças minúsculas que ficam em linha reta em torno
de
seus
chifres
e
parecem
um
ninho
estranho. Todo mundo está relaxado e se divertindo antes de começar o dia - um momento perfeito para fugir com minha Kira. Quando ela termina de comer, eu a puxo de lado. — Venha comigo hoje. Ela limpou as mãos e assentiu. — Onde estamos indo? — Para ver as Cavernas do Sul. Eu quero dar uma olhada em quantas cavernas nós temos e suas acomodações antes de tomarmos as decisões finais sobre quem deve ficar e quem deve ir. Kira inclina a cabeça e me dá um olhar curioso. — Você não conhece as cavernas? Eu conheço, na verdade. Eu os conheço de coração e tenho ido muitas vezes. Mas estou ansioso para ter um tempo sozinho com minha adorável companheira, e esta é a melhor maneira de fazer isso. — Eu conheço, mas desejo sua opinião.
Um sorriso brilhante cruza seu rosto e meu pau endurece ao vêlo. Nós definitivamente precisamos nos afastar dos outros, ou então todos eles vão assistir enquanto eu reivindico minha adorável companheira, porque eu não vou ser capaz de resistir a tocá-la por muito mais tempo.
— Bem? — Eu pergunto quando ela entra na boca das Cavernas do Sul. — O que você acha? — Estou ansioso para ouvir seus pensamentos. Ela olha para o teto alto. — Tem estalactites. — Eu não conheço essa palavra. — Os pingentes de gelo, — diz ela, e aponta para eles.
— Eles não estão na outra caverna. Acho que Harlow estava certa sobre os anciões terem algum tipo de cortador de pedra quando fizeram sua caverna. Eu admito que estou um pouco consternado que a resposta dela não seja entusiasmada. Se eu estiver no comando desta caverna como Vektal deseja, ela estará comigo. Eu quero que ela goste daqui. Eu quero que ela esteja comigo. — Essas cavernas são muito diferentes —, eu admito. — Não há piscina de banho no centro da caverna, por exemplo. Ela me dá um olhar afetado. — Isso não é exatamente uma coisa ruim. Quanto menos eu vir os corpos de outras pessoas, melhor. Eu rio. Sua modéstia é estranha. Ela vai perdêla, eventualmente, mas por enquanto, eu vou apreciar vê-la corar e se contorcer. —
Você
não
companheiro nu?
deseja
ver
seu
— Eu vejo você nu, o suficiente —, diz ela, e suas bochechas estão rosadas quando ela passa por mim, olhando ao seu redor. — Está mais escuro aqui e mais frio. Eu a sigo. — A outra caverna é aquecida pela nascente subterrânea, por isso permanece agradável mesmo na estação brutal. Aqui, precisaríamos usar mais fogo. — Fogueiras não são ruins —, diz ela, sua expressão pensativa. — Ainda temos muitas pessoas comendo comida cozida. E o teto é alto, então a fumaça não será tão ruim. — Ela se dirige para um dos recantos privados que são os aposentos. Ainda há uma velha tela de couro apoiada na frente da boca da caverna como um sinal de privacidade. E ela engasga. — Meu Deus. É tão grande aqui! — É? Eu sinto uma sugestão de orgulho retornar. — Você gosta disso?
— Enquanto não congelarmos no inverno, acho que há potencial —, diz ela com uma risadinha. Ela entra na caverna particular e olha em volta. Eu a sigo. Tem sido pelo menos quinze ciclos completos das estações desde que esta caverna foi habitada, e não me lembro a quem pertenceu. No centro da sala há uma fogueira escavada com pedras limpas circulando-a. Há uma seção plana de um lado que provavelmente abrigava as peles da cama e algumas cestas murchas que foram mastigadas no fundo. Ela passa por tudo isso, e então me mostra um sorriso e coloca a mão para fora — Mostre-me qual você tinha em mente para nós? Eu devolvo o sorriso dela e pego sua pequena mão na minha. Eu amo a sensação de seus dedos frios entrelaçados entre os meus para o calor, e o desejo de arrastá-la para o chão da caverna e afirmar que ela é quase esmagadora. Eu olho para ela, meu pau endurecendo na minha tanga. — Caverna? — Ela aperta minha mão. — Aehako? Meu nome caindo de seus lábios faz minhas bolas se apertarem. De alguma
forma, eu consigo
me
concentrar e me virar, julgando o labirinto de pequenas cavernas que se ligam ao maior. Enquanto a caverna tribal é construída como um anel, esta é mais parecida com um chifre, onde a entrada é larga e aberta e estreita mais para baixo, para o lado da montanha. As cavernas na frente serão para os caçadores, eu decidi, e as famílias totalmente sa-khui. Os humanos são frágeis e não retêm o calor tão bem, então eles precisam estar na parte de trás da caverna, longe dos ventos nevados. Há uma caverna em particular que eu tenho em mente, e eu a dirijo em direção a ela. É menor que algumas outras, mas tem outros encantos. Há uma tela cobrindo também, símbolos pintados desbotados dançando ao longo do couro. Kemli teve uma irmã uma vez, Koloi, mas ela morreu com a doença do khui. Koloi gostava de pintar, assim como Farli, filha de Kemli, agora faz. E sua antiga caverna ainda tem os restos de seus desígnios fantasiosos. Eu empurro a tela para o lado e me abro para entrar na caverna, puxando Kira para trás de mim. Seu suspiro satisfeito me diz que eu acertei. — Está tão escuro aqui, Aehako. Mas aqueles são...
— Desenhos, sim. A mulher que morava nessa caverna pintou as paredes. Você gosta disso? — É tão bonito. Ela avança, em direção ao poço do fogo, olhando para onde um fio de luz vem de cima. — Buraco pra fumaça? Eu concordo. — Isso é útil. Ela olha em volta novamente e, em seguida, aponta para a parte de trás da caverna. — O que é isso? Eu dou alguns passos para as sombras e reconheço a peça. — É o crânio de um sakohtsk. Não há piscina para banho aqui, então eles cavariam o crânio e o cobririam com peles impermeáveis para fazer uma pequena piscina de banho... Seu grito de excitação ecoa.
— É uma banheira? Eu encolho meus ombros. Eu não conheço a palavra. — Eu suponho? Kira pula no lugar e então se aproxima de mim, agarrando minha mão. — Eu quero essa caverna. Esta é nossa, certo? Sinto uma sensação arrebatadora de orgulho por sua excitação. — Sim. Essa é a que eu escolhi para nós. Seus braços se movem em volta da minha cintura. — Isso é maravilhoso! Pensar que minha Kira ficaria tão animada com um pouco de tinta nas paredes e uma piscina de banho improvisada. Minhas mãos vão para suas costas e deslizam para cima e para baixo em sua espinha. — Estou feliz que você tenha gostado.
— Eu amo isso —, diz ela. — Mal posso esperar para mudar. Tanta privacidade será maravilhosa. Teremos tempo para limpar as coisas e torná-la confortável antes do inverno chegar. O inverno é a palavra dela para a temporada brutal, então eu simplesmente aceno. Ela inclina a cabeça para trás e olha para mim, e há uma sugestão de um sorriso brincando em seus lábios. Estou extasiada com a visão disso — Há uma coisa que este lugar precisa —, ela me diz. — Oh? Ela recua e puxa a bolsa do ombro. Eu sei que ela trouxe um cantil e alguns dos bolos de raiz que os humanos amam para uma refeição, mas estou
curioso
para
saber
por
que
precisaríamos deles agora. Ela vira as costas para mim e se dirige para a parede, em direção ao canto da área de dormir. Há um
pouco de prateleira misturada entre as bordas pontiagudas da caverna, e ela coloca um objeto ali. Eu vejo isso, e uma gargalhada irrompe da minha garganta. É o presente de cortejo que eu dei a ela - a réplica do meu pau, esculpida em osso. Ela trouxe e fez a caverna 'nossa' colocando aqui. Eu rio longa e duramente com a visão, e sua risada feliz se entrelaça com a minha. O som de sua risada despreocupada - sua felicidade - faz meu corpo inteiro reagir, e eu a puxo contra mim. — Minha doce companheira. Murmuro, e arrasto meus dedos pelos cabelos. — Você trouxe isso para que eu pudesse usá-lo em você? Sua expressão muda para timidez e ela evita os olhos. Mas em vez de um protesto, suas mãos deslizam para a frente da minha túnica e ela puxa para ela. Aha. Então minha companheira sente falta do meu corpo tanto quanto eu sinto falta dela. Necessidade surge através de mim. Eu cavo meus dedos nos fios sedosos do seu cabelo e puxo para
trás, expondo seu pescoço. Eu mordisco sobre a curva de sua garganta e, em seguida, arrasto minha língua sobre sua pele. Ela estremece. — Eu senti sua falta, Aehako. Eu sinto que não tivemos um momento a sós por um longo tempo. — Olhe a sua volta, minha companheira. Não há nada além de privacidade aqui. Kira puxa a frente da minha túnica. — Então por que você ainda está vestido? Eu mordisco sua garganta antes de liberá-la. — Tão ansiosa. É bom para o coração de um homem ouvir que sua companheira está tão ansiosa para se juntar a ele. Desprendo os cordões de minha túnica e depois puxo a coisa toda sobre minha cabeça, deixando-me apenas de legging e tanga. Eu abro minha túnica no chão empoeirado para que meu companheiro não tenha que sentar na pedra fria.
Ela imediatamente começa a desfazer os laços de sua capa e eu a paro. — Eu vou despir você. — Oh? Um sorriso brinca nos cantos de sua boca. — Você vai me desembrulhar como um presente? — Como um pouco de carne de órgão se escondendo sob as costelas de uma matança fresca —, eu provoco. Seu nariz enruga. — Isso ... parece horrível. — Ah, mas essas são as partes mais saborosas e suculentas. Eu tiro minha tanga e ela me observa me despir, mastigando o lábio pensativamente. Eu o jogo no chão, depois minhas perneiras e botas macias. Então estou completamente nu na frente dela, meu pênis duro, ansioso por seu corpo. Eu aperto meu pau na minha mão e dou um golpe provocante, só para ver sua expressão.
Ela dá um pequeno suspiro e seu olhar se fecha com o meu. — Você deve me ver me dando prazer? Eu amo como ela olha assustada para a cena, e eu bombeio meu pau novamente, do jeito que eu gosto, arrastando firmemente o meu dedo indicador e polegar da base para a coroa e, em seguida, dando-lhe um pequeno flexionar do pulso. — Eu diria sim em qualquer outro momento. Ela sussurra, incapaz de desviar o olhar dos meus movimentos. — Mas eu realmente quero que você me toque. Isso me faz gananciosa? — Se isso acontecer, então eu sou o homem mais sortudo de ter uma companheira tão gananciosa. Eu digo a ela, e desfaço o fecho de sua capa em sua garganta. Ela
fica
antecipação,
parada, e
seus
tremendo olhos
de
são
enormes enquanto ela olha para mim. Não há medo ou cautela em seu rosto, apenas saudade. Ela é tão bonita
que me faz doer olhar para ela. Eu sou verdadeiramente o homem mais sortudo de todos os tempos. Pressiono minha boca na testa estranha e macia e beijo seu nariz minúsculo e chato demais. Ela é perfeita para mim. Eu me abaixei e toquei seu queixo. Eu inclino a cabeça para trás para que eu possa beijar sua boca, acasalar nossas línguas do jeito liso e decadente que os humanos gostam tanto. Ela se inclina em meu beijo, suas mãos deslizando para os meus lados e, em seguida, descansando em meus quadris, agarrando-me contra ela. Meu pau pressiona contra sua barriga, dura e insistente. Também quer atenção. Em breve, eu me lembro. Esta é a segunda vez que nos acasalamos, e eu ainda devo ter cuidado com ela para ter certeza de que ela está pronta. Então continuo a minha lenta retirada da roupa dela. Eu manto de seus ombros e o coloco no chão, espalhado como um cobertor. Seu vestido é feito do couro mais macio que Kashrem cria, mas a manga está rasgada e a peça é esfarrapada e ainda tem manchas de fuligem na saia de sua captura. Eu franzo a testa ao vêlo, não só porque a lembrança de sua quase perda faz
tiro o
meu coração se apoderar de meu peito, mas ela precisa de roupas quentes e limpas. — Você precisa de um vestido novo. — Eu esqueci de pedir um. Ela encolhe os ombros. — Não é importante. — É importante para mim. Você é minha companheira. Eu quero você vestida calorosamente. — Eu gostaria de fazer minhas próprias roupas —, diz Kira com uma voz tímida. — Eu quero aprender. Eu quero ser capaz. — Eu posso mostrar a você como fazer couro, mas não tão bem quanto o que Kashrem faz. — Eu puxo o vestido dela sobre a cabeça, e no momento que eu faço, ela agarra meu pau em suas pequenas mãos, fazendo o ar escapar dos meus pulmões. — Nós vamos falar sobre roupas agora?
Eu rio. — Tão ansiosa? O tímido aceno da cabeça dela me conta tudo. Eu afundo no chão nas peles e puxo-a para baixo contra mim, puxando-a para o meu colo. Ela se acomoda em uma das minhas coxas, seu traseiro pequeno e sem rabo balançando conforme ela se ajusta. Eu coloco um dos seios dela em minha mão, admirando a suavidade de sua pele e seu suspiro de resposta. — Você é tão suave por toda parte, minha Kira —, murmuro, e me inclino para tomar um mamilo tenso em minha boca. Ela geme e seus quadris balançam, e seus braços vão ao redor do meu pescoço, me agarrando. Eu lambo e chupo seu mamilo, provocando-o com a ponta sulcada da minha língua. Seus gritos suaves me dizem que ela gosta muito disso, e eu posso sentir a umidade entre suas pernas penetrando na minha coxa. Minha outra mão se move lá para sua boceta, para mergulhar em seu doce mel. Ela está quente e encharcada sob os cachos escuros entre as pernas, suas
dobras suculentas e esperando pela minha língua. Minha boca fica seca com o pensamento. E então lembro que ela trouxe o presente de cortejo que fiz para ela. Ela quer tentar? Eu não ouvi falar de tal coisa, mas os humanos são aventureiros e estou ansioso para participar. Eu fiz isso tão grande quanto o meu pau, e mesmo que eu não queira nada mais do que me enterrar entre as pernas dela, fico intrigado com a forma como ela reagiria se eu usasse o presente de cortejo nela. Meus dedos deslizam entre suas dobras escorregadias. Ela está quente e molhada, e seus quadris se movem enquanto eu a acaricio, me encorajando a empurrar nela. Um pequeno gemido escapa quando lambo seu mamilo, e isso me decide. Eu quero mais de seus gemidos, seus gritos, seus lamentos com meu nome. Eu deixá-la louca. Eu alcanço de volta à prateleira e pego o presente de cortejo, e seguro na frente dela. Kira inala bruscamente e seu olhar passa rapidamente pelo meu rosto. — É uma boa réplica, não é?
quero
Eu admiro minha escultura, até as veias traçando ao longo do eixo. — Você não tem ideia de quantas horas eu passei olhando para o meu próprio pau para fazer isso direito. Ela ri baixinho. — E você fez isso só para mim? — Claro. Você é minha mulher e eu queria agradá-la. Ela se inclina para frente e seus braços apertam em volta do meu pescoço, e ela me beija suavemente na boca. — Você sempre me agrada, Aehako. Eu arrasto sobre a sua barriga. — E agora eu quero agradar você com isso —, eu digo a ela entre beijos. Eu a sinto enrijecer e sua respiração se acelera, mas ela não me diz não. Encorajado,
deslizo
para
baixo,
movendo a cabeça para o monte. — Eu acho que, como meu pau, eu preciso ter certeza de que ele está molhado com seus sucos antes de eu deslizá-lo em você.
Um gemido escapa de sua garganta e seus braços se apertam em volta do meu pescoço. — Abra suas pernas para mim, minha companheira —, digo a ela. Ela morde o lábio novamente, mas suas pernas se abrem. Eu posso ver o brilho de umidade em suas coxas, e posso sentir o cheiro quente dela. Isso me deixa louco de necessidade. Um rugido se forma em minha garganta. A necessidade de reivindicá-la é forte, mas minha curiosidade e a excitação do brinquedo - assim como o pensamento de satisfazê-la - me dominam. Eu empurro a cabeça grossa do brinquedo entre suas dobras e pressiono contra seu terceiro mamilo. Kira grita e seus quadris se levantam, seus braços apertando ao redor do meu pescoço. — Oh Deus! O aroma de seu almíscar perfuma o ar ainda mais espesso do que antes. Seu corpo treme. Eu arrasto a cabeça do falso pau através de suas dobras molhadas, ficando escorregadio. Cada movimento faz Kira reagir - ela está saindo do meu colo com sua necessidade,
suas unhas se afundando nos meus ombros. Eu empurro a cabeça do falso pau nela, e ela choraminga. Eu não me movo mais, porque para fazer mais, ela terá que mudar de posição, e eu quero que ela peça por isso. Eu quero saber que ela está se divertindo tanto quanto eu. Meu próprio pau pulsa com negligência, mas por enquanto, é tudo sobre Kira e sua necessidade. Quando não empurro mais fundo, seus gemidos aumentam e seus quadris se elevam, me encorajando. — Aehako. Ela suspira, e suas unhas cravam na minha pele. — Por favor. — Você deseja mais, minha companheira? Eu me inclino e a beijo, e dou um pequeno empurrão no pau falso para lembrá-la de sua presença. Ela faz um som suave e sem palavras e então acena com a cabeça. — Você confia em mim?
Mais uma vez, ela concorda. Seus olhos estão enormes em seu rosto, suas pupilas dilatadas com a necessidade. — Então, deite-se para mim. — Eu puxo o pau falso, e quando ela simplesmente olha para mim, eu lambo a cabeça limpando de seus sucos. Um rosnado baixo escapa da minha garganta. Ela é deliciosa e eu quero a minha língua nela. Kira estremece e depois acena com a cabeça. Para minha surpresa, ela vira a barriga e empurra seu traseiro para o ar, as pernas ligeiramente abertas. Sua barriga pressiona contra a minha coxa, e eu quero corrigila ... mas paro. Seu traseiro é suave, sem um indício de uma cauda para interromper a curva doce. Eu percebo que se eu pressionar o falso pau nela, não há nada que me impeça de afundar todo o caminho dentro dela. Encorajado pelo pensamento, eu empurro meus dedos entre suas coxas para acariciar sua boceta, e ela geme forte, pressionando o rosto contra as peles. Ela está molhada, escorregadia e pronta, e eu removo minha mão e empurro a cabeça do falso pau na entrada de sua boceta. Seu torcer de
encorajamento é lindo de se ver, e eu o pressiono mais profundo, centímetro por centímetro, até que esteja no meio do caminho para ela. Ela geme quando começo a trabalhar devagar, empurrando mais fundo nela a cada golpe. Eu sou fascinado pela visão do pau - meu pau - empurrando dentro dela e meu próprio pau empurra em resposta. — Aehako. Ela geme, e seus quadris se mexem quando eu empurro mais fundo nela. Enquanto eu faço, o esporão pressiona contra o traseiro dela, e ela solta um grito. — O que é que foi isso? — Esse foi o incentivo. — Oh —, ela respira e relaxa novamente. — Oh, Deus, eu não sei como me sinto sobre isso. — É ruim? — Não, e esse é o problema.
Ela geme e empurra seus quadris mais para cima novamente, incentivando-me a dar-lhe mais. Eu empurro dentro dela novamente, mais fundo, cutucando sua bunda com o impulso a cada golpe do pênis. E quando ela grita, uma pontada de inveja passa por mim. Estúpido por invejar de um entalhe, mas eu quero seus gemidos e choro pelo meu pau. Eu quero sua boceta apertando ao meu redor, seus sucos encharcando meu pau, não uma escultura de osso. Eu puxo para fora dela e atiro para o lado, ignorando seus gritos. Mas quando me levanto e ajusto os quadris, levantando-os no ar, seus protestos mudam para sons necessitados, e ela me encoraja com seu corpo. Eu corro minha mão sobre sua bunda lisa, minha cauda sacudindo. Eu nunca percebi que a falta de uma cauda poderia ser tão… completamente erótica. Eu abro suas coxas para mim e afundo dentro dela em um movimento fluido, observando como meu esporão penetra em seu traseiro. O grito de prazer de Kira reverbera na caverna. — Sim!
O grunhido escapa da minha garganta e eu aperto seus quadris. Já faz muito tempo desde que eu toquei minha companheira e a reivindiquei para mim. Eu não posso me segurar. Eu empurro dentro dela novamente, recuando e deslizando profundamente mais uma vez, e Kira grita sua excitação. Ela não pode se conter. Quanto mais eu penetro nela, mais alto ela grita, e geme mais, até que ela está fazendo um longo e alto barulho quando goza. Sua boceta aperta em volta de mim como uma boca, e então fica ainda mais difícil manter meu controle. Empurro mais três vezes antes de derramar dentro dela, todo o meu corpo sentindo como se estivesse esvaziando completamente entre suas coxas. Eu não paro de bombear até que eu esteja completamente vazio, e quando eu puxo meu pau de seu corpo, sinto uma leve sensação de perda. Já quero voltar. Mas ela suspira feliz e desmorona nas peles. — Oh, Aehako. — Mmm. Eu digo e deito ao lado dela, colocando seu corpo menor contra o meu. — Devia ser crime ser tão feliz quanto eu. Eu rio.
— Nós não merecemos um pouco de felicidade? Ela está pensativa enquanto eu puxo a roupa espalhada sobre seu corpo nu para agir como um cobertor. Eu não quero que ela fique com frio. — Eu não sei. Diz Kira depois de um momento. — Eu apenas me preocupo que o outro sapato vai cair. — Você não está usando sapatos. Ela ri. — É uma expressão. Significa que as coisas estão indo tão bem que podem ser o anúncio de algo ruim. Eu beijo seu ombro suavemente. — Você se preocupa muito. Seu sorriso é suave quando ela olha para mim. — Talvez eu me preocupe.
A mudança para a nova caverna não é o que eu espero, suponho. Na minha experiência limitada entre dormitórios e meu próprio apartamento, arrumar as malas envolve prender tudo em um ritmo furioso, e dias de descompactação e colocação de itens em suas novas casas. Mas o povo sa-khui não tem tanto lixo quanto a média de uma garota americana, e uma vez que é decidido quem está se mudando para as novas cavernas, todo mundo está empacotado e pronto para ir naquela tarde. É um pouco chocante, mas também emocionante. Aehako e eu estamos pegando a caverna pintada. Eu tenho que admitir que estou animado para ter minha própria caverna, especialmente uma que já está decorada e vem com uma banheira improvisada. Aehako carrega suas peles, suas ferramentas de caça e seus utensílios de escultura, e ele está pronto para ir. Eu tenho menos que isso. Meu vestido de couro gasto, um par de raquetes de neve e meus cobertores. Eu acho que a mãe de Aehako, Sevvah, tem pena de mim, porque ela
enche os braços dele com alguns cestos e utensílios de sua própria caverna, cacarejando seu filhote, finalmente deixando o ninho. Vindo conosco para a nova caverna é uma mistura do velho e do novo. Maylak e sua família ficarão na caverna principal, já que ela é a curadora. Vektal e Georgie, e todos os casais recém-casados também ficarão com eles, já que ninguém sabe exatamente como uma gravidez de sa-khui / humana vai se desenvolver. O Élder Kemli e seu companheiro Borran e sua jovem filha Farli irão conosco para as novas cavernas. Os anciãos - todos homens - estarão chegando e divididos em duas das cavernas. Tiffany, Josie e Claire se juntarão a nós, junto com vários dos caçadores de solteiros que agora conseguem dividir as grandes e espaçosas cavernas na frente do sistema South Cave. Há um pouco de reclamação porque as Cavernas do Sul estão cheias de solteiros e idosos, mas Vektal quer que os anciãos ensinem aos humanos o caminho da vida aqui, e quem melhor para fazer isso do que alguém que já viveu cem voltas da temporada? E ainda continua forte? O único casal que vem com a gente que Aehako está descontente é Asha e seu companheiro Hemalo. Enquanto eles são um casal
acasalado, eles também não têm uma criança pequena, o que significa que eles são uma escolha natural para vir a nossa caverna, e todas as outras cavernas no complexo tribal agora estão de volta aos seus usos originais. . Uma das cavernas dos caçadores agora é mais uma vez armazenada, e há uma caverna vazia que Vektal quer reservar para o caso da gravidez de Liz progredir mais rápido do que o esperado. É um bom grupo indo para a Caverna do Sul, apesar da presença irritante de Asha. Nós nos abraçamos - apesar de estarmos apenas a algumas horas de caminhada - e depois partimos. Claire está feliz como deveria, agora que ela sabe que Bek também está indo para a Caverna do Sul, e Tiffany está ansiosa para aprender mais artesanato com os anciãos. Josie está conversando animadamente com Kemli e Farli, embora nenhum dos dois possa entendê-la. Haeden está vindo para a nova caverna também, e ele parece bastante irritado com a falação de Josie. Parte de mim acha que a tagarelice de Josie é boa para Haeden, que é completamente autocontido
e
perdido
em
seus
próprios pensamentos na maior parte do tempo.
Quando chegamos às Cavernas do Sul, as pessoas exclamaram com alegria e, pelas próximas horas, há muita ansiedade correndo e explorando, verificando as cavernas umas das outras e se preparando. Uma grande fogueira é construído na área central, para iluminação, bem como para dar à área um ambiente caseiro. É agradável e quentinho para nós humanos, embora eu note que vários dos caçadores se despiram devido ao calor. — Não posso dizer que é um efeito colateral terrível das coisas —, Tiffany murmura para mim enquanto eu fico boquiaberta no peito forte e suado de Aehako enquanto ele varre o chão com um galho, livrando-o de detritos. — Não —, eu digo, distraída quando outro caçador quase nu passa. — Eu não posso dizer que é. Naquele momento, Asha pisa para frente e coloca a mão no meu companheiro. —
Eu
quero
falar
com
você,
Aehako. Eu não gosto da minha nova caverna! É muito pequena. Tiffany revira os olhos.
— Aqui vamos nós. A princesa vai fazer drama por sua caverna, é só você assistir. — Ela se afasta. E ela provavelmente não está errada. Está claro que há muito, muito tempo, ser uma das poucas mulheres solteiras da tribo sa-khui deixou Asha bastante mimada e exigente. Claro, ela está acasalada agora. Claro que também estou. E ela está tocando o braço do meu companheiro e fingindo chorar, e essa visão me irrita. Eu vejo quando Aehako estende a mão e dá um tapinha em seu ombro, tentando confortá-la. — Sua caverna é uma das mais bonitas. Eu prometo. — É pequena —, Asha faz beicinho. Ah, pelo amor de Deus. Ela não tem que compartilhar com ninguém, exceto seu companheiro, o que torna o dobro do tamanho que teria sido se ela tivesse outro casal acasalado espremido em cima dela. Eu suspiro com irritação quando ela pega a mão de Aehako e tenta puxá-lo em direção a sua nova caverna, como se fosse dar a ele uma excursão pessoal. Chega disso.
Eu dou um passo à frente, aproximando-me das costas de Aehako. Enquanto isso, noto que sua expressão muda para horror, enquanto ele olha para Asha. Preocupado, eu acelero meus passos E ouço o impensável. Aehako está vibrando e Asha tem a mão dela na dele. Sapato? Caiu.
Eu não consigo respirar. Meu coração está batendo no meu peito com tanta força que meu sangue está batendo nos meus ouvidos. Aehako apenas vibrou por outra mulher. Eu o perdi. O choque e a tristeza são esmagadores. Eu olho para as mãos unidas deles e olho para o meu companheiro. Ele põe a mão em seu peito e eu posso ouvi-lo vibrar daqui. Ele está vibrando - seu khui está reagindo à presença de sua companheira perfeita. E eu não sou ela. Asha é. — Eu não entendo —, eu digo. Eu mal posso ouvir minha própria voz sobre o rugido de sangue em meus ouvidos. —
Asha
tem
um
companheiro. Você não pode vibrar para ela. Você é meu, não dela.
É muito injusto. Aehako é a melhor coisa que já aconteceu comigo e eu vou perdê-lo tão rapidamente? Um soluço engole minha garganta. Meu coração acelera num ritmo selvagem. Meu companheiro bonito olha para o peito e, em seguida, solta a mão de Asha. — Eu não estou vibrando por ela. — Ele se vira para mim, e seus olhos parecem anormalmente azuis e brilhantes. O batimento cardíaco nos meus ouvidos está mais alto, mais rápido. Continua acelerando E então eu percebo o que é. E eu desmaio de alegria. Um momento depois, os grandes braços de Aehako me rodeiam e ele me embalam no peito. — Kira. Ele murmura, e mantém minha cabeça debaixo do queixo. — Minha Kira. Meu próprio peito reverbera e vibra com vibração. Que batimento que eu estava ouvindo? Não foi meu pulso. Foi meu khui, respondendo ao dele.
Como isso é possível? Mesmo enquanto eu me pergunto, meu corpo muda. Sentimento intenso e necessidade varre-me, como um rubor de corpo inteiro. Um rubor sexual. Eu sinto minhas coxas pressionarem juntas, e a dor a ser preenchida se instala dentro de mim. Meus mamilos parecem super sensíveis, e minha pele dói mesmo quando meu khui canta uma batida de zumbido junto com o de Aehako. Eu me agarro a ele, dividida entre a esperança e o desespero. — Eu ... não entendo. Ele ri e o som é cheio de alegria e maravilha de uma só vez. Sua boca pressiona minha testa e ele me beija enquanto nos sentamos no meio da caverna, desmoronando ao redor um do outro. —
O
que
há
para
entender,
minha
companheira? Seu khui simplesmente precisava de mais convivência. Eu rio e meu riso se transforma em lágrimas. — Mas... eu não posso... — Talvez você possa. — Ele acaricia meu cabelo para trás do meu rosto.
— O khui se adapta a você para morar aqui. Talvez tenha mudado algo em seu corpo? Eu olho para ele maravilhada. Talvez sim. Talvez o khui encontre as partes quebradas em um corpo e as conserte. Tudo o que sei é que sempre me disseram que nunca poderia ter filhos. E, no entanto, aqui estou eu, vibrando para o homem que amo. — Você está quieta. Ele murmura, e seus braços apertam em torno de mim. — Você não está satisfeita? Eu pressiono minha cabeça contra o peito dele, ouvindo o som de seu khui cantando para o meu. É a coisa mais linda que eu já ouvi. — Estou muito mais que feliz. Eu não posso nem... Lágrimas quentes brotam — Eu nunca imaginei ... Mais do que a criança, mais do que tudo ... Aehako é meu para sempre. Ele rosna baixo em sua garganta, e eu sinto a pressão de seu pênis contra o meu quadril. — Vamos para nossa caverna agradar nossos khuis?
Eu sufoco uma risada, me agarrando a ele. — Sim, por favor! Por favor! Aehako fica de pé, e eu imediatamente me sinto desprovida - e necessitada - no momento em que não estou mais pressionando minha pele para a dele. Mas então ele me pega em seus braços, e estou tão cheia de alegria que nada pode quebrar minha felicidade. Nada mesmo. Ele se dirige para a nossa nova caverna e fala por cima do ombro: — Minha companheira e eu estaremos ocupados. Não nos incomode. Eu deveria estar horrorizada que ele disse a todos o que estamos fazendo, mas eu estou muito feliz para me importar. Eu olho por cima do braço dele e olho para os outros na caverna. Tiffany e Josie estão de pé juntas, sussurrando, mas elas têm sorrisos em seus rostos. Asha perdida. Os
parece outros
abandonada
e
caçadores
simplesmente riem e gritam sobre Aehako e suas proezas. Todo o tempo, meu khui canta, canta e canta.
Aehako me leva até a caverna e gentilmente me coloca na pilha de peles que vai ser a nossa cama de casal. Ainda estão enrolados para transporte
pela
mudança.
Nós
estivemos
tão
ocupados
supervisionando os outros que não tivemos tempo de montar nossa própria caverna. — Espere aqui. Ele me diz, e segue até a entrada da nossa caverna particular, prendendo a tela de privacidade esticada de couro na frente da entrada. Todo o tempo, eu assisto sua bunda flexionar sob sua tanga, sua cauda sacudindo loucamente enquanto ele caminha. Um rabo nunca foi tão sexy para mim. Mas agora? Está me deixando louca com necessidade. Oh uau. Eu aperto a mão no meu peito e posso sentir tudo vibrando com a força da música do khui. Isso me faz querer estender a mão e tocar Aehako ... ou eu mesma. Minhas
coxas
pressionam
juntas
firmemente e eu luto contra o desejo real de me jogar de volta nos cobertores e acariciar meu clitóris até gozar. Eu nunca estive tão sexualizada. O khui está tornando impossível pensar em qualquer coisa além de agarrar Aehako e lambê-lo da cabeça aos pés.
Então, é tão difícil ser eu. Tão difícil. Verdadeiramente. Em vez disso, eu alcanço os rolos das peles e trabalho em desfazê-las. Vamos precisar de algo para se deitar. Meus dedos, no entanto, não parecem querer funcionar corretamente. Minhas mãos estão tremendo e estou distraída. Tudo o que posso pensar é Aehako e sexo. Rapaz, eles estavam certos sobre essa coisa khui. É como se alguém tivesse acionado um interruptor secreto dentro de mim e me transformasse em uma ninfeta instantânea. É tão estranho. Mas eu não estou infeliz com isso - nem um pouco. Eu tenho que lutar contra o desejo de não chorar de pura emoção, e meus dedos pegam o nó de couro inutilmente. Eu sinto - ao invés de ver - Aehako vem e senta atrás de mim. Meu khui é extremamente sensível ao dele, e nossos sons
ronronando
combinados
parecem
estranhos e ainda assim tão certos. Suas mãos vêm de trás de mim e ele coloca meus dois seios nas mãos e beija meu pescoço. — Minha companheira. Verdadeiramente minha.
As lágrimas emocionais que eu tenho lutado finalmente se libertaram. Eu agarro as mãos contra os meus seios e soluço. Eu sinto seu corpo grande enrijecer. — Por que você chora, Kira? — Eu apenas n-nunca-pensei isso f-fosse acontecer c-comigo. Eu balbucio. Eu me resignei em ser o único humano entre os outros que não poderia ter um bebê quando ter filhos era tão vitalmente importante para a tribo. E Aehako queria eles. Eu nunca pensei em ter um eu mesma. Não foi até agora que percebi o quanto quero essas coisas. E isso me domina. Eu choro, mesmo quando ele me cala e seu abraço vai de sensual para solidário. Ele acaricia meu cabelo e murmura enquanto eu choro contra seu peito. Eu não estou infeliz. Eu sou o oposto. E eu não tenho idéia do porque eu estou tão chorosa, mas estou feliz e tão cheia de emoção que eu poderia estourar, e eu acho que as lágrimas estão do jeito que está saindo. — Shhh. Ele me diz enquanto acaricia meu cabelo.
— Todo mundo vai pensar que você é infeliz com o pensamento de levar meu filho. Uma risada soluçada me escapa. — É verdade. Ele murmura, e sua mão desliza pelo meu braço, deslizando sobre a minha pele. — Eles vão dizer que ela sente muito que seu khui tenha um gosto tão ruim que acasalar uma garota inteligente e bonita com um tolo como ele. Eu bufo com isso. Ninguém poderia acusar Aehako de ser um tolo. — Não seja ridículo. — Eu não sou. Há o dobro de machos não acasalados a mais que as mulheres humanas. Você não acha que eu seria o macho sortudo que iria vibrar para você? Eu acho. Eu suspiro, minhas lágrimas secam porque ele é tão doce. Eu amo muito esse homem. Ele sempre me viu, mesmo quando ninguém mais o fez. Minhas falhas
nunca importaram para ele - meus sorrisos são a única coisa que importam. — Eu sou a mais sortuda. Eu digo a ele suavemente, e escovo meus dedos sobre a linha de sua mandíbula. Ele é muito lindo, meu companheiro. Estou ficando ainda mais excitada apenas olhando para o grande rosto dele, para os olhos brilhantes e para o sorriso que curva sua boca. Eu me inclino e o beijo, e suas mãos imediatamente apertam minha cintura, me segurando contra ele. — Kira. — diz ele, e ele soa tão sem fôlego quanto eu sinto. Seu nariz cutuca o meu antes de ele tomar meu lábio inferior em sua boca e chupá-lo. Oh Deus, ele é muito bom em beijar agora — Quando eu transar com você desta vez, não serei capaz de me controlar. Teremos longas e macias noites de acasalamento em nosso futuro. Mas eu acho que agora ... se eu não afundar dentro de você, vou perder a cabeça. Ele pressiona a testa enrugada na minha barriga e fecha os olhos. Um tremor corre através dele e percebo o quão perto ele está de perder o controle.
Oh uau. Minha resposta para isso? Eu deslizo minha mão até a frente de suas calças para que eu possa traçar o contorno de seu pênis. Sua respiração sibila de seus pulmões e eu praticamente estou saindo de seu colo no momento seguinte. Tonta com necessidade, espero tê-lo me enfrentando. Em vez disso, observo enquanto ele, selvagemente, arranca as cordas dos cobertores com as próprias mãos, arrancando o couro robusto como se não fosse nada. Ele joga os cobertores no chão da caverna com uma velocidade inimaginável, e então se vira para olhar para mim, os olhos brilhando. Um arrepio passa por mim. Ele é tão ... brutal com sua necessidade. Isso é tão sexy. Então, ele chega até mim e agarra a frente do meu vestido, em seguida, me puxa para frente para um beijo selvagem. Espinhos quentes de necessidade deslizam através de mim e eu gemo contra sua boca, minhas mãos indo para o pescoço dele. — Minha Kira.
Diz ele bruscamente, e então me empurra de costas, para as peles. Ele empurra minhas saias para cima em torno de minhas coxas e a próxima coisa que eu sei, ele está de bruços entre as minhas pernas, sua língua procurando meu clitóris. Um forte suspiro de surpresa me escapa. Ele geme entre minhas coxas e sinto sua língua se mover sobre minha carne sensível novamente. — Você está tão molhada. Ele levanta a cabeça e vejo um brilho feroz em seus olhos enquanto lambe os lábios, brilhando com os meus sucos. Aehako recua e rasga sua tanga. Seu pênis emerge, um azul mais escuro que o resto dele, a coroa brilhando com pré-sêmen. Eu poderia encará-lo por horas, mas tudo que consigo é o mais breve vislumbre antes dele estar em cima de mim, e sua mão se move para o meu cabelo. Sua boca captura a minha E
então
ele
afunda
completamente,
empurrando em mim em um movimento duro. Meu choro é engolido por seus lábios e sua língua em busca. Eu me agarro a ele, porque, oh Deus, a sensação dele dentro de mim está fazendo meu khui
entrar em ação. É como se tudo dentro de mim estivesse vibrando, e isso só faz o pau de Aehako se sentir muito melhor. Eu sinto seu esporão esfregando contra o meu clitóris, e minhas pernas tremem, porque eu já sinto que estou prestes a gozar. — Estou machucando você? Sua voz é um sussurro áspero contra o meu queixo quando ele morde meu queixo. Eu balanço a cabeça sem fôlego para responder. — É bom. Digo a ele. Bom talvez seja um eufemismo, mas não tenho certeza de que meus lábios se formarão em torno da palavra terremoto. Seus quadris se movem e ele empurra profundamente em mim novamente. Um
gemido me escapa e minhas
pernas
novamente. Eu vou gozar com apenas dois impulsos, eu sei disso. Eu levanto minhas pernas e as prendo em torno de seus quadris, logo abaixo da sua cauda. Aehako rosna novamente e empurra mais uma vez, e eu sinto que meu khui atingiu um tom febril com seu zumbido. Tudo que eu posso ouvir é a música entre nós, e então quando ele afunda dentro
tremem
de mim novamente, estrelas explodem atrás dos meus olhos. Eu gozo e gozo, e gozo... e eu não paro. Parece que vou gozar para sempre, quando ele penetra em mim com golpes poderosos e necessitados. Então ele geme meu nome e seu corpo endurece em cima de mim, e ele goza dentro de mim enquanto meu corpo aperta e treme ao redor dele. Aehako cai em cima de mim, ofegante. Ele coloca seu peso sobre os cotovelos para não me esmagar, e me toca com beijos no meu pescoço e mandíbula enquanto tentamos recuperar o fôlego. Quando todo o meu corpo não parece mais estilhaçar-se com puro prazer, eu suspiro pesadamente. — Uau. — Eu tenho certeza que as peles são empurradas para debaixo da minha bunda. Também tenho certeza de que provavelmente foram apenas três minutos ou mais de sexo. Eu não posso me arrepender disso, porque tenho certeza de que gozei mais forte do que nunca. Ele se inclina de lado e aperta a mão entre meus seios. — Seu khui está satisfeito. — É?
Eu coloco minha mão ao lado dele. O zumbido diminuiu um pouco, mas continua forte. Mesmo com esses pequenos toques, meus mamilos endurecem e minhas pernas se agitam, fazendo-me perceber que ele ainda está dentro de mim ... e ainda duro. E eu ainda estou excitada. — Hum. Eu digo, e acaricio uma mão pelo braço dele. — Quanto tempo dura a vibração? — Até eu plantar um filhote dentro de você. Ele beija minha mandíbula. — Pode levar muitos dias. Querido Deus. Eu vou morrer de overdose de prazer. Que caminho a percorrer — Mas eu estou ovulando agora, certo? Por isso vibrei? — O que é ovu-lay... — Não importa —, eu digo. Deve ser isso. Ele
não
seria
capaz
de
me
engravidar de outra forma, e todos os
outros
pareciam
passar
pela
vibração
deles. Destruída, feliz, mas ainda assim inteira.
Seus quadris se movem, e eu sinto seu pênis se arrastar para dentro e para fora de mim novamente, o movimento lento. Eu gemo, arqueando. — Oh Deus, estamos fazendo de novo? — Nós vamos fazer muitas e muitas vezes —, ele me diz com um beijo mordaz. — E então você vai levar o meu filhote. Sua mão vai para a minha barriga. — Isso é meu. Ele murmura. Sua mão desliza para baixo. — E isso é meu. Diz ele, passando a mão onde o esporão roça o meu clitóris. — Sua boceta é minha e só minha, doce Kira. Eu lamento porque parece que estou prestes a gozar. — Toda sua, Aehako. — E então nós vamos voltar para a caverna principal para que você possa estar perto do curador...
Eu balanço minha cabeça enquanto ele pressiona seu polegar no outro lado do meu clitóris, enviando ondas de prazer por mim. — Eu não quero. — Não? Ele parece surpreso. — Não. Eu digo, e estou confiante. Por alguma razão, confio no meu khui. — Eu não preciso do curador. As coisas vão dar certo. E é aqui que estamos destinados a ficar. Olho para as paredes pintadas da minha caverna e sinto uma onda de alegria. — Estamos em casa. — Minha casa é onde você está. — Diz Aehako. Eu toco seu rosto suavemente. — Eu me sinto da mesma forma.
Queridos leitores, Graças a Deus por esta publicação! Eu queria escrever romance de ficção científica por mais tempo. É um gênero que eu adoro, mas eu escrevo para Nova York com outro nome e contratos tendem a me manter ocupada. Ainda assim, em 2010, mais ou menos, eu comecei um manuscrito chamado "The Symbiont" sobre uma raça de pessoas que pousaram em um planeta e tinham que ter um parasita nativo para viver. Parece terrivelmente romântico, certo? Nada sexy o bastante como um parasita. O livro nunca saiu do papel, porque eu tive que deixar isso de lado. Entre contratos, no entanto, eu continuei voltando à história e cutucando, esperando por um milagre. Então, no início deste ano, me senti inspirada para escrever. Era um trabalho e um que eu amo, mas meu indicador de combustível da criatividade estava vazio. Um amigo me desafiou a escrever algo novo e excitante só para mim. Tudo bem então. Eu imediatamente peguei minha história simbionte. Eu me deparei com a minha heroína Georgie decidindo encenar uma fuga da nave alienígena. Eu fiz isso falhar, eu apresentei Vektal e me apaixonei pela história - e pela escrita - tudo de novo.
E descobri que amo meus grandes alienígenas azuis. Os bárbaros do Planeta de Gele foi um trabalho de amor absoluto do começo ao fim. Eu tinha certeza de que era estranho e fora da caixa, mas era o tipo de história que eu queria ler - e escrever - por tanto tempo que adorei cada momento. Eu também queria tentar uma série, e esta parecia ser a oportunidade perfeita. Foi uma exploração da criatividade de minha mente, e fiquei chocada (e satisfeita!) Quando deu certo. Eu não esperava escrever uma sequência. Bem, isso não é inteiramente verdade. Eu já tinha Raahosh e Liz acasalados em minha mente, junto com Aehako e Kira, mas como escritora, você espera o melhor e se prepara para o pior. Eu já tive que parar de escrever uma série antes, e isso dói, então me preparei para isso. Se fosse um livro, seria apenas um livro. Os revisores perguntaram se haveria uma série, e eu respondi honestamente: somente se houvesse demanda por ela. Mas tem havido demanda! De fato, a demanda tem sido incrivelmente excitante. Tão empolgante que comecei imediatamente no segundo livro e depois no terceiro livro entre minhas obrigações já contratadas. Minha agenda para a segunda metade do ano está se esgotando rapidamente, mas espero publicar o livro quatro, BARBARIAN MINE, antes do Natal. Espero que mais cedo! Eu sei que não é muito rápido, mas quero fazer uma boa história. Se demorar um pouco mais ... então terei que descobrir como escrever mais nesse tempo. Uma observação sobre empréstimos (Kindle Unlimited): lamento muito que os livros não estejam
mais disponíveis para empréstimos. Eu realmente me diverti em disponibilizar os livros por partes, e gostei da ideia de os leitores pegarem emprestado cada porção toda semana para ver as novas aventuras. Mas assim que o (Kindle Unlimited) mudou o pagamento, deixou de ser financeiramente inteligente para mim (por mais que eu gostasse de escrever os livros) para continuar disponibilizando desta forma.. Por isso, disponibilizei os livros em todos os lugares e, no futuro, espero continuar com isso. Além disso, eu não sinto que a série vai continuar se forçar os leitores a pagarem US $ 6 por parte de um livro em vez do preço normal, então vou fazer romances completos a partir de agora e vou tirar as partes individuais. Eu fiz os livros por partes como uma maneira de esticar minhas asas, mas é claro que os leitores querem apenas uma história divertida. Então lá vamos nós! Essa é a melhor coisa da publicação por partes: se não estiver funcionando, você pode alterá-la. O próximo livro que estou chamando de BARBARIAN MINE (pelo menos na minha cabeça) e será sobre Harlow e seu misterioso captor. Espero que você esteja animada(o) para ler sobre eles! Também veremos mais sobre as gravidezes, as mulheres humanas e como todos estão se estabelecendo em suas novas vidas. Tem havido muita conversa sobre os bebês e eu amo o feedback. Se você quiser uma resenha em particular, não tenha medo de falar! Seu feedback é inestimável para mim como autora. Por fim, se você gosta dos livros, por favor, deixe um comentário. Diga-me o que você pensa e quem você espera ver nos próximos livros. Diga-me se você
quer mais sobre Georgie e Vektal ou se você quer apenas histórias sobre novos personagens! Eu quero saber seus pensamentos e deixar comentários me ajuda como autora, de muitas maneiras. Eu sinceramente espero que você tenha gostado da história de Kira e Aehako, e estou muito feliz de estar escrevendo mais sobre grandes aliens azuis e seus piolhos (risos). Vamos em frente! - Roo Bárbaros do Planeta de Gelo