The Determined Hero_(Lost Planet #7)- K Webster

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Lost Planet #7


K. Webster & Nicole Blanchard

Disponibilização: Eva Tradução: Revisão:

Naty

Thay Pride

Formatação:

Eva

Novembro/2020

Lost Planet #7


K. Webster & Nicole Blanchard

Nosso mundo é perigoso e foi destruído por nossos ancestrais. Somos um bando de mortarekkings sérios e desajeitados deixados neste planeta miserável, e isso é o suficiente para assustar qualquer mulher alienígena ao acordar e ver nossas cabeças feias.

Mas minha companheira não está assustada. No momento em que ela acorda, eu a reivindico. Como não fazer quando ela é a mulher mais corajosa e bonita que já andou nesta terra? Surpreendentemente, ela está animada por esta nova aventura. Ansiosa para estar ao meu lado. Uma heroína como em todas as histórias que ela reconta com tanto fervor.

Nós podemos até ter o felizes para sempre do qual ela fala. Se pelo menos um exército de Kevins maus, violentos e cruéis não estivessem em nosso caminho. E sou eu em quem todos confiam para salvá-los. Cada solar voa mais rápido que o anterior. É uma corrida para construir uma arma poderosa para explodi-los do céu e conquistar a fêmea mais bonita ao mesmo tempo. Posso fazer isso. Sou um mort de muitos talentos. Sou um herói determinado. Esses Kevins pensam que tirarão nosso final feliz? Rekking, eu acho que não.

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NOTA DA SÉRIE LOST PLANET No início, houve muitos que sobreviveram às explosões iniciais de radiação e dos distúrbios ambientais catastróficos que resultaram disso. Os morts, os únicos habitantes de Mortuus, o Lost Planet ― Planeta Perdido, mudaram com os efeitos da radiação, aprenderam a se adaptar e, mais importante, a sobreviver. Com isso, tornaram-se altamente qualificados e inteligentes, capazes de sobreviver até nas piores condições. O planeta é perigoso e a vida não é fácil, mas os morts tem um ao outro e isso é tudo o que importa. Eles prosperam na estrutura protetora de um prédio abandonado que converteram em alojamentos. Morts receberam incumbências, treinados desde o nascimento para passar conhecimento de geração em geração. Eventualmente, os morts esperavam ampliar a instalação e conquistar o ar livre selvagem e indomável. Então, o desastre aconteceu. O Rades, uma doença contraída por complicações da radiação, começa a infectar sua população cada vez mais. Primeiro, houve

febre,

seguida

de

feridas,

depois,

a

loucura

e,

inevitavelmente, a morte. Colocar em quarentena os infectados ajudou, mas já era tarde demais. Mulheres, crianças e idosos foram os primeiros a partir. Um por um, os morts que contraíram o Rades, morreram. Famílias inteiras foram dissipadas. Até que apenas dez machos restaram.

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K. Webster & Nicole Blanchard A salvação veio anos depois, quando os morts descobriram uma nave cheia de mulheres alienígenas. Sabendo ser sua única chance de sobreviver, eles entraram na nave e levaram as mulheres para casa para estudar, e procriar. Era sua única chance de sobrevivência. Quatro mulheres foram reivindicadas. Resta uma. Os morts não acasalados nunca pensaram que teriam uma companheira própria. Mas a descoberta de uma prisão cheia de mulheres do outro lado de Mortuus muda tudo. Agora, a esperança é tudo o que eles têm.

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GLOSSÁRIO

• Cachos Verdes = Plantas de folhas amargas (como salada), às vezes a única coisa que eles têm para comer • Câmara Criostática = Onde as humanas adormecidas são mantidas •

Cela de Reforma = Cela de prisão dentro da Instalação

Cemitério = Terras desertas fora da Instalação

Ciclo Solar = Uma semana

• Criotubo = Tubo grande onde as fêmeas humanas são mantidas adormecidas, emite uma luz azul suave •

Código Biológico = DNA

• Doce de Raiz Dourada = Balas feitas de raiz dourada que tem gosto de caramelo •

Flora = Droga artificial do planeta humano

Facção = O grupo de morts (e mais tarde inclui humanos)

• Perfume Feminino = Os hormônios femininos e secreções são mais potentes quando a implantação é um sucesso. Aumenta cada solar à medida que ela cresce para acomodar o mortling. Torna-se mais potente se eles não acasalam continuamente porque o sêmen é bom para o útero. Mantém-no protegido. Os aromas aumentados são um mecanismo de alerta para dizer as meninas morts / alienígenas de que precisam fazer sexo (como versão mort de vitaminas pré-natais). • Ghan = Raízes rochosas encontradas nos poços subsolos que podem ser moídas em pó e usadas para certas doenças. Como repelir dores de garganta.

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Hagbud = Planta venenosa e espinhosa e preta.

Hipervelocidade = Velocidade da luz

Instalação = Os últimos edifícios restantes onde os Morts

vivem • Jackaws = Eles não gostam muito de comer, mas são divertidos de assistir e ouvir quando voam cantando músicas que enchem sua alma. Parecidos com Gaio-Azul. • Kevins = Quando um mort tem aquele brilho de abuso em seus olhos • Lilabushes = Flores cor de rosa e aveludadas que crescem em um arbusto que não é comestível tem outros usos para as pétalas que caem das flores. Eles são perfumados e Galen tem feito sabonetes como Aria os chama com as pétalas. • Livro Alienígena da Subfacção = Livro que Sayer começou em um esforço para ajudar os morts a entender as fêmeas alienígenas melhor. Os morts devem preencher o livro conforme aprendem coisas sobre elas. •

Magknife = Faca afiada

Magnastrike = Raio

Metal Zuta = Metal

Mettalengths = Quilômetros de distância

Micro-revolução = Um mês

Micro-visualizador = Microscópio

Microbôs = Nanotecnologia que cura

Migalhas de Sodiumchloridus = Sal dos morts

• Minnasuit = Uniforme emborrachado. Protege sua pele.

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que

é

cinza

carvão

e


K. Webster & Nicole Blanchard •

Mortania = Termo carinhoso que significa bela moça

Mortarekking = Filho da puta

Morts = Homens

Mortyoung / Mortling = Bebê Mort

• Níveis R = Níveis de radiação (os níveis letais são oito pontos positivo e acima) • morrem

Os Eternos = Para onde pensam que irão quando

• Opasita = Similar aos germes. São parasitas cinzentos que infectam e se espalham. Toxica tem um biogene dentro a que os opasitas reagem negativamente. Calix criou um super biogênico para imunizar contra ele. • Planta Fernus Pegajosa = Planta pegajosa que entrou Pulmões de Belin • • calcário

Perapa = Semelhante ao jalepeño Reforço de Eletrólitos = Comprimido ou tablete de

Rekking = Porra

Revolução = Um ano

Rogshite = Merda

• Rogcow = Animais raros que caçam para carne. Tem gostos semelhante à carne. •

Rogstud = Rogcow macho.

• Sabrevipe = A cabeça tem o tamanho de cinco pessoas cabeças juntas. Três olhos azuis claros, o meio leitoso e nublado. Narinas que são planas contra a cabeça e tão grandes quanto meu punho. Bigodes longos que se movem por conta própria, provando

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K. Webster & Nicole Blanchard o ar pelo cheiro de sua presa. Coisa mais assustadora sobre sabrevipes são os dentes. •

Solar = Um dia

Sub-ossos = Ossos no pescoço de morts (28)

Subfacção = Grupo de humanos dentro da facção

• Traje Zu = Uniformes grossos capazes de proteger contra níveis R leves a médios •

Toxica = Agente paralisante no esperma dos morts

Uvie = Moça do Computador

• gravidez

Wegloscan = Scanner que eles usam para detectar

Zenotablet = Como um iPad ou computador de mão

Zonnoblaster = Arma que dispara lasers

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PRÓLOGO OZIAS

Quatorze solares restantes.

Não consigo parar de pensar nisso. É como se tivéssemos uma data marcada para o extermínio. Afinal, é isso que é. Quando eles trouxerem sua “chuva”, todos seremos enviados para os Eternos. Pelo menos é o que Julie diz. “Nós poderíamos construir mais naves.” Digo. “Mas tenho tempo suficiente para criar uma e depois

fazer outras?

Provavelmente não.” Recostando-me na cadeira, giro o botão do projeto em que estou trabalhando. Ele gira e zumbe. “Naves não irão parar centenas ou milhares. Julie não tem certeza de quantos eles enviarão.” Paro e pergunto o que ela nunca responde. “Quantos você acha que eles enviarão?” Espero. Ela nunca responde, mas sempre dou-lhe tempo para responder. “Um rekking grupo. Concordo.” Digo com um suspiro. “Hum.” Galen entra na área médica e balança a cabeça. “Você nunca se cansa de falar com alguém que nunca responde? Pensei que

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K. Webster & Nicole Blanchard estava ‘namorando online’ como Molly chama. O que? Todas as mulheres da prisão não estão tentando escapar para acasalar com você? Estou tão surpreso.” Seu tom seco indica que ele está tudo menos surpreso. Reviro

os

olhos

para

ele

enquanto

empurro

minha

ferramenta na lateral do dispositivo e torço. “Eu falo com Sussuro porque ela é uma boa ouvinte.” “Sussurro? E isso é porque ela está a meio caminho dos Eternos.” Olho para ele. “Retire o que disse.” “O que? Como ela não está mais no criotubo, tenho que vir encher esses sacos o dia inteiro com nutrientes. Sem eles, ela perecerá. É triste, realmente. Ninguém deveria continuar existindo dessa maneira. Se Breccan deixasse, eu simplesmente cessaria a alimentação...” “Fora!” Rosno, meus sub-ossos estalando violentamente. “Ela pode ouvir você.” Ele se encolhe com as minhas palavras, mas troca seus sacos de alimentação. “Peço desculpas. Foi cruel. Eu apenas estou...” Ele para com um suspiro. “Impaciente e agitado.” Não estamos todos? Galen é um mort imprevisível. Ao contrário de Breccan ou Draven, que exibem seu mal-humor do lado de fora, Galen o segura por dentro. Ele apenas o alimenta e alimenta até que se

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K. Webster & Nicole Blanchard torne algo incontrolável. Ele simplesmente explode um solar sem aviso, furioso e rugindo, exigindo vários morts para acalmá-lo. “Você está perdoado por mim.” Digo. “Mas precisará bajular um pouco mais minha companheira.” Ele faz uma pausa. “Sua o quê?” “O que?” “Você acabou de chamá-la de sua companheira.” Sorrio porque certamente não o fiz. “Você precisa dormir, Galen. Não chamei Sussurro de minha companheira.” Ele fica boquiaberto comigo. “Oz, eu sei o que ouvi.” Ignorando-o, cutuco meu dispositivo mais algumas vezes e depois o levanto para mostrar a ele. “O que acha?” Suas narinas se abrem quando o ignoro, mas ele inspeciona a engenhoca de metal zuta. “O que é isso?” “O que seca a chuva?” Pergunto, sorrindo. “O sol.” “Os humanos estão trazendo a chuva...” Eu o lembro, odiando como ele se encolhe. Todos estão preocupados. Tenho um plano, no entanto. “Está vendo isso aqui?” Galen assente. “Ele usa um scanner térmico especial para localizar as áreas mais quentes do sol e absorvê-lo.” “Dentro desta coisa minúscula?” Ele pergunta, surpreso.

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K. Webster & Nicole Blanchard “Não, isso é uma réplica. Julie explicou um projeto baseado em alguns desenhos da tecnologia da Terra II. O que irei construir será maior. Muito maior.” Ele inclina a cabeça para o lado. “Então o que?” “Irei explodi-los no rekking céu com o calor de mil sóis. Cada um deles.” Sorrio largamente. “Jareth e eu começaremos a construí-lo esta noite.” Galen sorri. “É melhor isso funcionar.” “Funcionará.” Digo a ele com confiança. “Agora diga a Sussurro que você está arrependido novamente.” Ele ri. “Peço desculpas, Sussurro. Isso foi impensado da minha parte. Prometo que não pararei de te alimentar. Por favor, não conte a Molly. Ela irá me chicotear.” Nós dois rimos conforme ele sai. Olho de volta para o meu jato térmico em miniatura. Tenho certeza de que posso construir um e, se puder conseguir os detalhes de Julie, provavelmente poderia levar Theron e Hadrian a construir um também. Isso tem que funcionar. Isso irá funcionar. “Não se preocupe, Sussurro.” Digo a minha companheira. “Não deixarei que eles te machuquem.” É então que eu congelo. Pensei nela como minha companheira. Galen não ouviu errado.

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K. Webster & Nicole Blanchard Rekking, estou enlouquecendo. Você não pode querer acasalar com alguém que nunca conheceu ou com quem falou. Sussurro é uma bela adormecida, assim como a história que Emery contou a Hophalix, um solar quando eu estava por perto. Dormindo e esperando seu príncipe salvá-la. A história meio que ressoou comigo, mas não sou um príncipe. Sou um mort apaixonado por máquinas. “Você acha que alguma vez encontrarei uma companheira?” Pergunto a Sussurro enquanto movo-me. “Talvez uma das amigas de Willow no Exilium? Eu só estava brincando quando disse que poderia ter múltiplas.” Solto um suspiro pesado. “Eu só quero uma. Eu derrubaria todos os Kevins do universo apenas para ter um futuro com uma.” “Acho que encontrará uma.” Sussurro murmura. “Obrigado.” Começo e então quase derrubo minha réplica do jato térmico. “Sussurro?” Movo os olhos para os dela, esperando vê-los fechados. Em vez disso, olhos azuis brilhantes como as águas cristalinas nos poços subterrâneos me encaram. Estou preso em seu olhar. “Você está acordada.” “Eu, uh, estou há algum tempo.” Ela morde o lábio inferior, as sobrancelhas franzindo. “Eu precisava ter certeza de que você não me machucaria.” O pensamento de machucá-la faz meu estômago revirar. “Você ouviu o que Galen e eu estávamos falando?”

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K. Webster & Nicole Blanchard Ela engole e assente. “Eu ouvi tudo. Ou pelo menos tenho feito por vários dias. Fingi dormir porque estava com medo.” Abaixo minha engenhoca para pegar sua mão minúscula nas minhas oleosas e calejadas, cheias de cortes do metal zuta constantemente em minha pele. “Então você sabe que os humanos são adorados aqui? Que nunca te machucaríamos, Sussurro? “Eu sou Quinn.” Ela diz. “E pelo que ouvi, vocês são muito melhores do que os de onde viemos.” Não solto sua mão que parece certa em meu aperto. Ela não é minha companheira, mas é minha alguma coisa. Já sinto isso há algum tempo, atraído para a área médica onde ela dorme, ou, no caso dela, finge, por vários solar. “Ozias.” Digo a ela. “Oz, para abreviar. Nós não somos Kevins. Somos matadores de Kevin.” Ela franze o nariz em confusão. Rekking se meu pau não reage. “Kevins?” “Julie os chama de guardas. Aria os chama de estupradores. Zoe os chama de idiotas. Molly os chama de porcos.” “Ahh, homens humanos.” “Correto, comp...” Corto a palavra no meio da frase. Quase a chamei de companheira. Estou com sérios problemas. “Quinn.” “Eles estão vindo atrás de nós?” Ela sussurra, dando vida ao nome que dei a ela.

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K. Webster & Nicole Blanchard Aperto sua mão. “Eles estão, mas estaremos rekking prontos para isso.” Eu a ajudo a sentar, admirando os cachos castanhos escuros de seus cabelos que saltam com o movimento. “Diga-me, alienígena dorminhoca, o que você sabe sobre o sol?” Um sorriso lento curva seus lábios. Meu pau está duro no minnasuit, enquanto imagino coisas terrivelmente inapropriadas para fazer com a boca dela, ideias que rekking Jareth implantou na minha cabeça. “Apenas tudo.” Ela suspira. “Bem, do espaço também. Ah, e aracnídeos. Eu amo aracnídeos.” Estreito meus olhos. “Você é uma cientista como Grace?” Ela balança a cabeça, seus cachos saltando loucamente. “Melhor.” É claro que minha companheira seria melhor do que a de Jareth e Sawyer. Mal posso esperar para esfregar isso na cara feia de Jareth. Espere... ela não é minha companheira. “Melhor?” “Eu sou uma bibliotecária.” Não sei o que é uma bibliotecária, mas a maneira como ela diz a palavra num sussurro ofegante tem um poder sobre mim que não consigo descrever.

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K. Webster & Nicole Blanchard “Definitivamente melhor.” Concordo, minha voz rouca. “Construiremos um jato térmico e salvaremos o mundo, Sussurro.” Ela olha para mim como se eu fosse a coisa mais interessante que já viu na vida. Isso me faz querer mostrar minhas presas duplas que são as mais afiadas que de todos os morts, mesmo as de Jareth. Os machos fazem as coisas mais estranhas por suas companheiras. Ela não é minha companheira. “Vamos fazer isso, Oz.” Oh, nós vamos fazer isso. Isso e muitas coisas mais. Mesmo que tudo o que temos sejam escassos treze solares. Eu sou um mort inteligente. Posso fazer muito em treze solares. Um milhão de coisas.

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CAPÍTULO UM QUINN

Ele está aqui novamente. Ou pelo menos, acho que está. Meus óculos não devem ter vindo comigo onde quer que eu pousei, então mal consigo ver a pequena janela na minha frente, quanto mais qualquer coisa do outro lado. A princípio, fico aterrorizada. Quer dizer, quem não ficaria? A última boa lembrança que tenho antes da cápsula é ficar até tarde na biblioteca, classificando um novo carregamento de livros. Sem dúvida o momento mais feliz da minha vida. Tudo o que sempre quis é passar a vida cercada de livros. Segurá-los, organizá-los, compartilhá-los com outras pessoas que reconhecem sua magia especial. Conseguir a posição de bibliotecária da minha cidade ... não há palavras para descrever o que isso significou para mim. E gosto de pensar que tenho muitas palavras no meu vocabulário. Trabalhei lá por três meses. Três meses de céu. Até que acordei no inferno. Então ouvi a voz dele. Pensei que estava sonhando no começo, um dos meus sonhos românticos fantasiosos. Costumava tê-los durante a

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K. Webster & Nicole Blanchard faculdade, quando a solidão parecia uma entidade tangível. Deixei isso me afastar do pânico crescente para um lugar de paz. Estive dentro e fora nos primeiros dias, trazida à consciência pelo som de sua voz. Há outros por perto, não sei quantos, mas ele, eu reconheço instantaneamente. Uma voz inteligente, talvez um pouco malandra, considerando a frequência com que ele discute com os outros. Pelo que aprendi nos meus dois dias de observação, o planeta em que estou é a Terra – ou pelo menos a Terra depois de destruída pela radiação. As

pessoas que cuidam de mim são

os

remanescentes daqueles que foram deixados para trás. Mutações, eu acho, mas não tenho certeza. Eles nunca estão perto o suficiente para eu dar uma boa olhada. Eu teria que estar a centímetros de distância para ver claramente sem meus óculos. Muita leitura, minha mãe adotiva costumava dizer. Nunca pode haver muita leitura, eu respondia. Bem, isto não é um livro. As figuras sombreadas na minha frente são claramente reais. Está acontecendo. Fui sequestrada por alienígenas. Quão malditamente legal é isso? Uma vez que o medo desaparece enquanto ouço meus visitantes diários, começo a aprender mais sobre os alienígenas que cuidam de mim. Acho que eles se chamam rekkings. E eles têm outras mulheres e companheiras humanas com quem se

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K. Webster & Nicole Blanchard reproduziram. Posso jurar que ouvi um bebê chorar em algum ponto. Imagino como isso funciona. Eles são anatomicamente semelhantes aos humanos? Eles põem ovos como meus amados aracnídeos? Por um tempo, quando eles estão fora fazendo ... o que quer que façam fora do meu quartinho, imagino se posso lidar com botar ovos num ninho e um amante alienígena. Depois de um tempo, volto à consciência. Não sei por que estou acordada e eles não parecem cientes. Talvez haja algo errado com o que eles estão fazendo comigo. Talvez eu esteja sonhando. No meu sonho, ouço dois dos rekkings conversando. Eles podem estar discutindo. É difícil dizer. Então o outro sai e meu aracnídeo fala apenas comigo. A névoa no meu cérebro se dissipa e me pego respondendo. Ah merda, ah merda, o que estou pensando? Estou segura dentro do meu quartinho, como me sinto segura atrás dos meus óculos ou dos meus livros. Quanto mais falo com Oz, como aprendi que ele é chamado, mais percebo que talvez eu não esteja totalmente segura com ele.

***

“Você disse que esteve acordada por alguns solares?” Oz pergunta informalmente.

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K. Webster & Nicole Blanchard Tento me lembrar de respirar. Talvez eu não consiga ver todos eles, mas o quarto além da minha pequena cama se enche rapidamente quando Oz corre para contar aos outros rekkings a notícia de que estou acordada. “Solares significa dias? Então sim, está certo.” “Talvez tenha sido outro problema de funcionamento, como na cápsula de Molly.” Alguém diz em um tipo de walkie-talkie. “Você não a examinou antes de sair?” Oz exige, suas palavras pontuadas por um som alto de estalar. Espero que ele não tenha quebrado algo. “Claro que sim.” Aquele do outro lado do walkie-talkie é um rekking que eles chamam de Avrell. Suponho que ele seja algum tipo de médico, porque depois que Oz percebeu que eu estava acordada, ele chamou os outros, que insistiram em ligar para Avrell e verificar meus sinais vitais. “Ela estava estável quando saí. Dei a ela uma injeção de microbôs para ver se resolveria o problema dela não acordar da hibernação. Era isso ou não fazer nada. O que estava errado com ela deve ter sido consertado. Na verdade, é um milagre que ela sequer acordou.” “Microbôs?” Pergunto horrorizada. “Robôs?” “Microbôs.” Diz uma das mulheres humanas que eles chamam de Aria. “Nós os usamos para curar ferimentos. Não conseguimos acordá-la quando decidimos acordar as outras. Avrell é o nosso médico. Ele está fora das instalações no momento ajudando outros em nossa facção na prisão.”

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K. Webster & Nicole Blanchard Engulo em seco. “Prisão?” Não vejo sua expressão, mas, por sua resposta, imagino que seja encorajadora. “Não se preocupe. Ninguém aqui ou lá irá te machucar. Eles estão apenas fazendo esse exame como precaução para garantir que não há mais nada de errado com você.” “Sabemos que isso é muito esmagador, querida, mas explicaremos tudo quando Oz e Avrell te examinarem melhor.” Assinto e tento me lembrar de respirar. Tudo parecia tão fácil quando era apenas Oz de fala mansa no quarto comigo. Então ele chamou alguém chamado You Vee e convocaram os outros. Quatro tipos de aracnídeos e três de suas companheiras. Mal há espaço suficiente, do pouco que posso ver, para caber todos no quarto de hospital onde estive dormindo. “Tudo bem.” Sussurro. Posso estar errada, mas acho que Oz olha para mim. Oh, como gostaria de poder ver seu rosto para saber o que ele está pensando. Faz-me sentir terrivelmente nua não poder ver tudo ao meu redor. Já é ruim o suficiente ler dicas sociais, e eu se eu estiver me fazendo de boba? Então imagino se sou mentalmente doente porque uma pessoa normal estaria enlouquecendo com o pensamento de ser sequestrada por alienígenas. Eu deveria estar mais chateada! “O ritmo cardíaco dela disparou.” Oz murmura para Avrell. “Mas isso pode ser porque todos esses mortarekkings estão aqui olhando-a como se ela fosse algum tipo de experimento.”

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K. Webster & Nicole Blanchard Aria – eu já estou começando a combinar as vozes com os nomes – diz: “Oz está certo. Deveríamos dar-lhes algum espaço. Oz, por que não a leva para a Baía de Navegação depois que ela se acalmar, para que possamos lhe dar um quarto, um pouco de comida e uma introdução adequada sem toda a loucura? Breccan e eu queremos uma atualização sobre o estado dela quando terminar.” “Sim, Senhora Comandante, é claro.” Oz responde, embora seu tom não pareça muito respeitoso. Esse é o patife que conheço. Ele finge ser muito educado por fora, mas se o leio corretamente, ele tem um lado travesso por baixo. “Mal podemos esperar para conhecê-la oficialmente.” Diz a voz trêmula de antes. Ela me disse seu nome, mas já esqueci. Geralmente sou muito boa em lembrar as coisas. “Você está sentindo alguma dor ou dificuldade para respirar?” Avrell pergunta no walkie-talkie. “Talvez um pouco de ansiedade.” Admito. “Isso é de se esperar.” Avrell responde, todo negócios. “De acordo com as informações coletadas por Ozias num rápido exame físico, não parece que você sofreu efeitos negativos das cápsulas de hibernação. O que quer que te mantinha em coma se resolveu. Desde que ela não demonstre dificuldade em respirar, problemas de cognição ou mal-estar geral, atesto sua saúde. Agora, se isso é tudo, devo retornar aos meus pacientes aqui antes que essa rekking mulher os leve ao túmulo.” Com um clique, a linha desliga

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K. Webster & Nicole Blanchard antes que eu possa agradecer seu tempo ou fazer qualquer pergunta. “Pronta para sair deste lugar, Sussurro?” Oz pergunta. “Posso te dar um tour pelas instalações, se quiser.” “Pode apostar. Hum, a única coisa é que precisarei de algumas roupas, se não se importar.” Imagino se ele pode ouvir o tremor na minha voz. Estive segura dentro deste quarto, pelo menos relativamente segura. Sair significaria que não há volta. “Tenho um minnasuit aqui para você vestir. Vou lhe dar privacidade, eu prometo.” Eu assinto. “Ok.” Digo suavemente. Ele coloca um traje feito de um material que nunca vi antes ao meu lado na cama, depois respeitosamente me dá as costas – o pouco que posso ver delas. Realmente nunca amaldiçoei minha visão terrível até este momento. Sempre tive óculos para atenuar essa falha. Ou lentes de contato, quando podia usá-las. Gostaria de tê-los para que poder ver como ele é, mesmo que seja apenas suas costas. Colocar um rosto no nome, na voz que conheço, mesmo depois de pouco tempo. Mas tudo o que vejo é um corpo alto e elegante, com ombros magros envoltos num traje justo. Seus cabelos na altura dos ombros se enrolam em volta do pescoço num borrão escura e imagino enquanto coloco meu próprio traje se talvez ele me deixaria tocá-lo para ver como é. Demora um pouco, mas consigo me apertar no traje. Meu cabelo cai ao redor do rosto em cachos desordenados, mas tateio

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K. Webster & Nicole Blanchard em volta da mesa ao meu lado e encontro algum tipo de instrumento de escrita. Com um hábito mais arraigado em mim do que respirar, torço o cabelo num coque e uso a fina forma cilíndrica para segurá-lo. Só isso me faz sentir mais como eu, mesmo que meu rosto pareça nu. “Você pode se virar agora.” Ele o faz e limpa a garganta quando me vê. “Siga-me.” Ele diz. “Espere, espere um segundo.” Ele pára. “Há algo errado? Você está machucada?” Balanço a cabeça. “Não, não é isso.” Mordo o lábio, trocando o peso de pé. “Eu simplesmente não consigo ver.” “Você é cega, meu Sussurro?” Ele levanta a mão como se fosse tocar meu rosto, depois a deixa cair de lado. “Não importa. A companheira de Calix, Emery, tinha problemas nos pulmões. Encontrarei uma maneira de consertar seus olhos problemáticos.” “Eu não sou cega.” Digo e tento me ordenar para não corar com a forma como ele me chamou de dele. “Simplesmente não consigo ver muito bem. Receio que, se você começar a se afastar, posso me perder. Talvez isso seja uma má ideia. Posso ir ao lugar de que as mulheres falavam antes. Não quero atrapalhar ninguém.” Oz se aproxima e noto seu cheiro. Como o cheiro de metal com graxa e um almíscar masculino. Que aracnídeo com cheiro adorável ele é. Ele levanta a mão para mim e oferece o cotovelo.

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K. Webster & Nicole Blanchard “Pegue meu braço.” Ele diz, e é difícil não lembrar dos cavaleiros dos contos de fadas, mesmo que ele pareça mais uma besta. Não que eu saiba. “Garantirei que você não se perca.” Eu o seguro, e espero não estar errada em desfrutar da sensação de tê-lo como uma âncora.

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CAPÍTULO DOIS OZIAS

Treze solares restantes...

Sua pequena mão segurando meu braço faz calor deslizar por minhas veias. Quinn é a alienígena mais bonita que já vi. Há algo nela que é diferente do resto. Força silenciosa. Determinação oculta. Um pulso sob sua superfície que quero tocar. São sempre os mais quietos. É o que Molly disse uma vez quando se deparou com minha caixa especial de engenhocas, chamando minha área de trabalho de Pequena Loja dos Horrores. As ferramentas que ela encontrou foram projetadas para o prazer de um mort. É rekking solitário quando você não tem uma companheira, e sua mão não é mais excitante. Não sinto vergonha de ser criativo. Uma mão robótica? Uma circunferência projetada para se ajustar à seu pênis, cheia de óleo? Um grampo para seu saco para prolongar a liberação de sua semente? Definitivamente mantém as coisas novas a esse respeito. Jareth, o imundo mortarekking, invadiu minhas coisas em mais

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K. Webster & Nicole Blanchard de uma ocasião. Ele também é conhecido por ter novas ideias e me fazer construí-las. “Você pode ver cores?” Pergunto, olhando para a bela alienígena. Seu sorriso é tímido. “Sim. Só não consigo ver nada com clareza.” “Calix usa óculos que pertenceram ao pai. Acho que poderíamos replicá-los para você.” “Oh, Oz, eu ficaria muito grata.” Incho meu peito, já me sentindo como um companheiro decente para minha fêmea. “Quer que eu mostre tudo?” Sayer pergunta, aparecendo no canto. “Sei que está trabalhando na arma e provavelmente gostaria de voltar a isso.” Irrito-me com a ideia de outro mort lidar com Quinn. O pensamento deles tocando-a me irrita. “Será breve e então ela irá me ajudar.” Sayer levanta uma sobrancelha, um brilho de conhecimento em seus olhos escuros. “Eu vejo. Alguma coisa com a qual eu posso ajudar?” “Na verdade...” Digo, parando na frente dele. “Preciso de vários itens. Você pode reuni-los e colocá-los na minha sala?” Ele pega um tablet e começa a anotar tudo o que peço. Um sorriso puxa seus lábios quando peço roupas de cama extras e

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K. Webster & Nicole Blanchard roupas para Quinn. Claro que ela ficará comigo. É o lugar mais seguro para ela. “Entendi. Estará lá quando terminar.” Ele me assegura. Aceno para ele e depois mostro a Quinn os vários setores da instalação. Sou breve, sabendo que ela não pode vê-los de qualquer maneira. “Vamos lá.” Digo, guiando-a até a porta que leva aos poços subterrâneos. “Tenho uma ideia que servirá a dois propósitos.” “O que estamos fazendo?” “Iremos nadar. Mas não conte ao nosso comandante, Breccan. É proibido.” Suas bochechas ficam rosadas. “Nós teremos problemas?” “Ninguém descobrirá, Sussurro.” Pisco para ela e a conduzo escada abaixo. “E se descobrirem, negaremos tudo.” Ela solta uma risada ofegante que faz meu pau se contorcer no minnasuit. “Parece que você está acostumado a se safar das coisas.” “Há outros morts por aqui que fazem um bom trabalho em atrair a atenção para si mesmos. Simplesmente mantenho meu problema nas sombras, onde ninguém pode ver.” “O que há nessa porta?” Ela pergunta, parando e estreitando os olhos. “Celas de reforma. Elas não têm muito uso.” Eu a puxo comigo. “Vamos. Quero que você veja algo.”

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K. Webster & Nicole Blanchard O sorriso dela cai, fazendo meu coração cair com ele. “Espero que eu possa.” Chegamos à porta que leva aos poços subterrâneos. Assim que entramos, o ar frio na área cavernosa desliza ao nosso redor. Quinn estremece e se inclina contra meu braço. “O que é este lugar?” “É de onde nossa água potável é retirada. Nós a higienizamos e filtramos, mas Breccan ainda não quer que nademos nela.” Eu me afasto dela e abro meu minnasuit. “Mas preciso de algo do fundo. Você sabe nadar?” “Sei. Eu quero ajudar. O que pegaremos?” “Haxagranules.” “Haxa o que?” “É difícil de explicar, mas é abundante no fundo.” Retiro meu traje e o deixo pendurado na cintura. Pego uma lata que às vezes usamos para coletar criaturas comestíveis da parede e depois pego outra para Quinn. “Vamos nadar até onde eles estão, enchê-las e trazê-las para o topo.” “Nadaremos pelados?” Ela morde o lábio inferior, as bochechas queimando carmesim enquanto olha para meu peito nu. Inclino a cabeça para o lado enquanto coloco as latas aos nossos pés. “Não conheço esse termo.” “Nadar nus.”

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K. Webster & Nicole Blanchard Um gemido passa por meus lábios. “Você pode manter seu traje, mas eu nado melhor sem o meu.” “Eu também.” Ela suspira, estreitando os olhos para mim. Estendendo a mão, puxando um de seus cachos, observo-o saltar alegremente. “Verei tudo de você.” Digo num tom baixo e rouco. “E você não verá nada de mim.” “Não há muito para ver.” “Discordo, Quinn. De onde estou, não há tempo suficiente para olhar tudo o que quero ver. Treze solares podem ser tudo o que tenho. É muito pouco.” Seus lábios rosados e cheios se separam e depois se curvam num sorriso. “Você pode se aproximar?” Dou um passo até que nossos peitos se tocam, baixando minha cabeça perto da dela. Ela timidamente toca minhas bochechas, correndo as mãos sobre elas. Quando mostro minhas presas, ela engasga e depois solta uma risadinha. Uma risadinha! “Minhas presas duplas são espetaculares, Sussurro. Não divertidas.” Não posso deixar de sorrir para ela. “Não sinto que você esteja impressionada.” “Ah, estou impressionada.” Ela murmura. “Você é o meu aracnídeo favorito. Aranhas. Tão peludas e fofas.” Coço a cabeça. “Você acha que sou peludo?” “E fofo.”

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K. Webster & Nicole Blanchard “Mas você não pode me ver.” Seus polegares roçam minha mandíbula e meus lábios. “Eu já vi o suficiente.” Mordo de brincadeira seus polegares com minhas presas duplas. “Suas aranhas mordem?” “Sim. Algumas são venenosas. Elas injetam veneno em suas vítimas através das presas.” “Injetamos o nosso através de nossos paus.” Ela ri. “O que?” “Aria às vezes chama de veneno vodu, mas é realmente chamado de toxica.” Seguro seus pulsos em minhas mãos, adorando o quão delicados seus ossos são. “Isso paralisa a fêmea. O homem pode fazer o que quiser.” “Oh.” “Mas nós não somos Kevins.” Murmuro, meus olhos presos nos

seus

azuis

brilhantes.

“Nós

cuidamos

de

nossas

companheiras, nunca tiramos vantagem delas.” “Isso dói?” “Segundo os outros, não.” Solto suas mãos e me afasto para não fazer algo insano como despi-la e reivindicá-la agora. Virando as costas para que ela não veja meu pau esticando, retiro o minnasuit e pego uma das latas. Olho para ela, esperando que ela esteja me olhando com inquietação, como todas as outras mulheres quando acordaram.

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K. Webster & Nicole Blanchard Não minha alienígena. Minha alienígena abre seu minnasuit e puxa a ferramenta de metal zuta de seus cabelos, fazendo seus cachos caóticos saltarem sobre os seios cheios. Não olhe. Não rekking olhe. Mas como alguém deve se afastar da coisa mais linda que já viu? É impossível. Suas curvas imploram para serem tocadas. Anseio correr as pontas dos dedos com garras sobre sua pele e morder as partes macias com minhas presas duplas. Cada parte masculina grita para separar suas adoráveis coxas e inalar suas doces partes femininas. Foco, Oz. Dever primeiro. Atrair a fêmea para seu pau depois. “As criaturas são inofensivas.” Explico, minha voz rouca. “Pegue essa lata e mergulharemos.” Ela pega a lata e agarra minha mão estendida. Eu a acompanho até a parte rasa da água. Descemos por várias pedras antes de cair nas profundezas de azul cristalino. “Está quente.” Ela diz, ofegante. “Esperava que estivesse congelando.”

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K. Webster & Nicole Blanchard “Hadrian costumava ser castigado por Breccan por nadar aqui quando não deveria.” Sorrio enquanto a acompanho até a beira da última pedra. Seus cabelos escuros flutuam ao nosso redor e espio seus seios adoráveis sob a superfície. “Eu o conheci? Há muitos nomes para acompanhar.” “Não, ele está na prisão com alguns dos outros.” “Eles também são rekkings?” Bufo. “Mais como mortarekkings. Está pronta?” “Sim.” Respirando fundo, eu a solto e depois mergulho nas profundezas cristalinas da água. Pequenas criaturas nadam para longe, assustadas com minha presença. Nado em direção ao fundo que cintila e brilha. Olhando por cima do ombro, estou surpreso ao ver a bela alienígena nadando em minha direção. Meu pau está duro e agradeço por ela não poder ver o estado de excitação em que estou. Quando ela se aproxima, faço um sinal para que ela me siga. No fundo, há uma fenda na parede de pedra. Nado no buraco através de um canal curto que se abre para um pequeno espaço com uma bolsa de ar. Aqui é ainda mais fundo, então a bolsa de ar é útil. Pego sua mão, levando-a para a bolsa do ar. Apenas alto o suficiente para que nossas cabeças entrem. Nós dois respiramos pesadamente, aspirando um pouco de ar muito necessário enquanto atravessamos a água. Ela é

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K. Webster & Nicole Blanchard especialmente bonita, com os cabelos escuros jogados para trás e gotas de água pontilhando o rosto. “Você está bem?” Pergunto, estendendo a mão para segurar uma pedra baixa que se projeta como um braço para que eu não precise nadar. Ela segue meu exemplo e agarra uma pedra semelhante. Nossos corpos estão tão pertos, seus seios roçam meu peito. “Você é corajosa, pequena alienígena.” Orgulho vibra através de mim. Claro que minha companheira seria a mais corajosa e a mais bonita. Coisas boas acontecem para quem espera, como Molly sempre diz. “Sempre quis ser corajosa.” Ela diz, seus lábios franzindo. “Como as heroínas em todas as histórias que li. Não é tão fácil.” “Você está nadando com uma besta assustadora de duas presas como eu.” Digo, sorrindo. “Nua. Bem ciente do fato de que meu pau está cheio de veneno vodu. E você está sorrindo. Corajosa, Sussurro. Tão corajosa.” “Num dos livros que li, a besta era o herói.” Ela bate seus cílios molhados. “E a heroína adorava livros.” “Parece um bom conto.” “Um dos meus favoritos.” “Lamento dizer que os únicos livros que temos aqui são manuais de instruções. E...” Luto com um sorriso. “Outros.”

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K. Webster & Nicole Blanchard “Quais outros?” “Bem, um em particular.” “É sobre o que?” “Acasalamento.” Meu pau pulsa, roçando contra sua coxa. “Acho que gostaria de lê-lo.” Ela suspira. “Se pudermos conseguir um óculos. Talvez você tenha que lê-lo para mim.” Se continuarmos conversando, não proporei leitura para ela. Irei sugerir uma instrução individual de cada rekking coisa que aprendi naquele livro. Uma que requer o uso de não uma, mas todas as engenhocas que Jareth pensou. “Cuidaremos de uma coisa de cada vez.” Murmuro. “Prenda a respiração novamente. É fundo aqui.” Nós dois respiramos e então descemos. Está escuro, mas conforme nos aproximamos do fundo, é iluminado pelos haxagranules. Assim que os alcançamos, mostro a Quinn como colocá-los na lata. Enchemos rapidamente os recipientes e voltamos para a bolsa de ar. Seu peito sobe e desce, atraindo meus olhos para seus seios enquanto ela recupera o fôlego. “Precisaremos de muito disso para o que planejei.” Digo a ela. “Levará várias viagens.” “Posso fazer isso.” Ela me garante, os olhos azuis brilhando com determinação. “Não tenho dúvidas.”

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K. Webster & Nicole Blanchard São necessárias onze viagens até que eu esteja satisfeito com a pilha de haxagranules ao lado dos poços subterrâneos. Eles brilham intensamente. Quinn e eu estamos cansados da atividade extenuante. “O que fará com tudo isso?” Ela pergunta, acenando para a pilha. “Irei derretê-lo e criar um condutor grande o suficiente para aproveitar a potência dos raios do sol, para que eu possa direcioná-los para o inimigo.” Faço um movimento explosivo com as mãos, cheio de efeitos sonoros. “Isso é inteligente.” Ela elogia. “Não sou cientista, mas li livros sobre essa ideia. Vale a tentativa.” Para mim, não é ciência, mas lógica. Faz sentido na minha cabeça, e estou ansioso para implementá-lo. “Funcionará.” Asseguro a ela. “Você verá.” Ela sorri para mim, seus olhos azuis estreitos como se ela tentasse me ver. Deslizo para mais perto até que nossas coxas se tocam. Inclino-me, pressionando a cabeça contra a dela para que nossos olhos estejam próximos. “Melhor?” “Sim. Posso ver você agora.” Gosto dela tão perto porque posso cheirá-la. A água não afasta seu doce aroma. Minha boca enche d’água para prová-la. Seus lábios se separam, e acho que não confundo o pedido tácito de um beijo. Sei tudo sobre os beijos que as humanas tanto

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K. Webster & Nicole Blanchard gostam. Estou prestes a presenteá-la com o beijo de que só ouço falar. Chocalho-Chocalho-Chocalho. Legaloct. “Fique aqui.” Ordeno, saindo da água como se estivesse caçando um sabrevipe. Furtivo. Quieto. Rápido. Pego a ferramenta de metal zuta que ela usou para prender os cabelos, satisfeito ao ver a ponta da lâmina e rondando em direção à fera. Imito o som estridente que ele faz, na esperança de atraí-lo à vista. Quando vejo um lampejo de amarelo, vou atrás. Água espirra atrás de mim e passos suaves se aproximam. “O que é isso?” “Um legaloct. Uma boa comida. Shhh.” Pontas delicadas de dedos percorrem minha espinha, me distraindo da caçada. “Não o mate, Oz.” E assim, ela poupa a vida da criatura inútil. “Está machucado de qualquer maneira.” Digo, notando que uma de suas pernas finas está faltando. “Provavelmente tem gosto de rogshite.” “É venenoso?” “Não.” “Posso segurá-lo?”

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K. Webster & Nicole Blanchard Prefiro comê-lo, mas ela parece tão esperançosa e feliz. A mesma expressão que Molly tem quando olha para seu rekking rogcow. Como se fosse um “animal de estimação”. Os seres humanos têm os costumes mais estranhos. Manter alimento como companhia e chamá-lo de animal de estimação é um deles. “Vamos colocar nossos trajes e então você pode me ajudar a pegá-lo.”

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K. Webster & Nicole Blanchard

CAPÍTULO TRÊS QUINN

Doze solares restantes...

“Puta merda, querida, o que diabos é isso?” Molly grita na manhã seguinte conforme entro na cafeteria com a intenção de tomar café da manhã. Estive tão sobrecarregada no dia anterior que não tive estômago para comer nada depois de nadar. Baixo meu queixo para olhar a criatura contente sentada no meu ombro. Ele não é muito bonito, mas nos conhecemos nas últimas doze horas e já me sinto melhor com minha decisão de encarar essa mudança na minha vida com uma atitude positiva. “O nome dele é Legolas. Ele é como uma aranha alienígena, exceto que ele só tem sete patas. Ele não é adorável?” Pego minha bandeja de comida e, ando devagar para não esbarrar em nada, sentando ao lado das meninas, decidida a conhecê-las e entender melhor minhas novas circunstâncias. “Adorável não é exatamente a palavra que eu usaria.” Diz a mulher ao lado de Molly. Emery, acho que é seu nome. Ela está acasalada com o que eles chamam de Calix. Ozias explicou tudo para mim ontem, mas foi uma sobrecarga de informações, mesmo para mim.

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K. Webster & Nicole Blanchard Enquanto as meninas conversam sobre Legolas entre si, tento lembrar o que Oz me contou sobre os habitantes da instalação. O comandante, mais ou menos como o líder, é o maior mort de todos e seu nome é Breccan. Ele é um pouco intimidador, nada como o meu Oz travesso. A companheira dele é Aria. Ela é uma espécie da versão feminina de um líder. Eu me lembro dela da Terra II. Ela era famosa antes de ser enviada para a prisão. Seu rosto costumava estar em TVs e outdoors. Foi um choque acordar e encontrá-la aqui. Eles até mesmo têm um bebêzinho, um meio humano meio alienígena chamado Sokko. Ele tem mais ou menos a idade em que tenta colocar tudo na boca. Não engatinhando, mas em breve. Aparentemente, bebês alienígenas crescem rapidamente. Depois, há Emery e Calix. Eles são muito gentis em comparação com Breccan e Aria. Calix estuda doenças e Emery ajuda nas estufas. O filho deles é Hophalix. “Como esperança.” Emery explicou. “Porque é a coisa mais importante hoje em dia.” O mais assustador de todos os morts é Draven, o hulk cheio de cicatrizes, tenente de Breccan. Não entendo como ele está acasalado com uma mulher tão doce e borbulhante quanto Molly, mas faz apenas um dia. Nem comecei a entender as idiossincrasias de um grupo tão diverso. Molly não parece o tipo de mulher que deixaria alguém controlá-la, mesmo uma fera como Draven. Parece que ela está prestes a aparecer com seu próprio pequeno mortling, acho que é como os chamam.

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K. Webster & Nicole Blanchard Ainda mais curioso é Grace e seus... dois companheiros. Atualmente, ela está na cafeteria com eles e sua bebê chamada Sareth. Eu os vi quando entrei. Sayer é o especialista em comunicação e linguística e Jareth é o melhor amigo de Oz. Ele trabalha com metal, construindo coisas, eu acho. Provavelmente por isso ele e Oz se dão tão bem. Imagino como funciona ter dois morts num relacionamento com uma mulher... Os morts não acasalados aqui são Galen e Oz. Há outros três morts na prisão, Theron, Hadrian e Avrell. Mas não os conheço também. Sem mencionar todas as mulheres que encontraram na prisão. Como disse, é esmagador. “Você tem certeza de que é seguro manter essa coisa como animal de estimação?” Molly pergunta, afastando-se alguns centímetros quando Legolas estremece e começa a esfregar as patas no meu ombro. Emery bufa enquanto verifica seu bebê, que está cochilando no que acho ser uma cestinha, mas feita de metal em vez do material tradicional. Eu precisaria olhar mais de perto, no entanto, para ter certeza. “Quem é você para falar? Você tem uma vaca de estimação!” “Você tem uma vaca de estimação?” Pergunto com interesse. Imagino como seria uma vaca alienígena. Então imagino se podem comê-las, mas não expresso esse pensamento em voz alta. Se Molly a mantém como animal de estimação, provavelmente não

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K. Webster & Nicole Blanchard está

interessada

em

transformá-las

em

hambúrgueres

alienígenas. “Ela se chama Eileen. Eles são chamados de rogcows aqui, mas não se parecem em nada com as de casa. Eles têm oito patas, duas caudas e um grande olho.” Emery me diz como se contasse um segredo. Ela estremece um pouco em horror fingido. “Você se acostuma depois de um tempo. Embora se você mantém aranhas como animais de estimação, os rogcows podem não assustá-la tanto.” “Legolas não vai te machucar mais do que Eileen faria. Passei a maior parte da noite observando seu comportamento e é notavelmente o mesmo que nossos aracnídeos. A única diferença, além de sua aparência física, que é de se esperar, considerando a radiação que causou as mutações nos morts e nos animais, é como ele prende sua presa. Uma aranha tradicional prenderia sua presa numa teia. Legolas constrói uma teia, mas ele a usa principalmente para abrigo e não para ataque. Quando sua presa se aproxima, ele a ataca cuspindo uma teia para prender a vítima e puxá-la, como um sapo faria. É fascinante.” Emery e Molly fazem sons de nojo, mas não me ofendo. Nem todo mundo pode ver a beleza dessas criaturas. Aria sai da fila de distribuição de comida e vem para nossa mesa. “Ei, pessoal.” Ela diz. “Sobre o que estamos conversando? Oh meu Deus, isso é o que acho que é?” Ela pergunta quando vê Legolas no meu ombro. Seu filho Sokko, geme alegremente de dentro de uma tira de tecido em volta de seus ombros e peito.

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K. Webster & Nicole Blanchard “Ele não te machucará.” Reitero. “Desde que ele não rasteje em mim, acho que é meio fofo.” Aria diz, e sorrio enquanto ela pega algo verde e estranho. Estreito os olhos para ver se consigo dizer o que é, mas não ajuda. Faço uma anotação mental para Emery me mostrar as estufas. A vida vegetal aqui deve ser fascinante. O que me lembra... “Vocês têm uma biblioteca?” “Eu queria que sim.” Molly diz e esfrega sua barriga protuberante com uma pontada de desconforto. “Poderia usar algo para me manter ocupada. Draven paira sobre mim quando tento sair da cama e um limite de sono que um corpo pode ter. Um livro seria o ideal.” “Pelo que Sayer diz, eles conseguiram recuperar alguma literatura dos antigos sistemas de computadores antes do Rades... bem, você sabe.” O Rades, como me disseram, é uma doença mortal que matou a maioria dos morts. Eles estavam à beira da extinção quando encontraram a nave que levava nós cinco para a prisão. É por isso que Avrell, Theron e Hadrian estão lá, ajudando a tratar as mulheres afetadas pelo Rades e tentando descobrir uma cura de uma vez por todas. “Bem, onde diabos ele está escondendo isso então?” Molly pergunta com interesse mal disfarçado.

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K. Webster & Nicole Blanchard “Se bem me lembro, Uvie a armazena em sua central. Talvez ele e Oz possam montar algum tipo de tablet com os livros?” Aria pergunta. Emocionada com a ideia, eu me levanto. Legolas chilra ao meu lado, agitando as pernas com um som de clique para mostrar sua irritação com o movimento rápido. “Verei Oz agora. Perguntarei a ele e as informarei.” Não tenho certeza porque, dã, estou sem óculos, mas acho que todas compartilham um olhar. Não coro porque, claro, também irei vê-lo porque já faz quase um dia desde que estivemos nas cavernas. Passei a maior parte do tempo neste planeta com ele e parece estranho não tê-lo por perto. Navegar pelas instalações é tedioso e demorado, enquanto desvio pela Baía de Nutrição para a Baía de Mecânica, onde estão os laboratórios de Oz. Ele deve estar lá, passando a maior parte do dia trabalhando na arma para a invasão, mas aposto minha vida que ele não fez uma pausa para comer, então peguei um prato do que estávamos comendo para levar para ele. Enquanto ele come, posso mencionar meus óculos e o tablet, mas apenas se ele tiver tempo. A arma é muito, muito mais importante. O som me ajuda a encontrar o caminho para a oficina de Oz. Posso ouvi-lo batendo e isso ecoa por todo o corredor. Seria difícil não ouvir. Algum tipo de música soa a todo vapor e imagino se eles têm esses arquivos armazenados na mesma central que os livros. Seria uma maneira divertida de passar o tempo analisando tudo o

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K. Webster & Nicole Blanchard que eles têm antes do fim do mundo para ver se podemos criar nossa biblioteca. Já penso neste lugar em termos de ‘nosso’ e ‘meu’. Este planeta alienígena se sente mais como casa do que a Terra II. Bato na porta por hábito, mas ele não me ouve, então entro. É estranho entrar quando tudo o que posso ver são manchas de cor. Há um lampejo de movimento no que Oz está trabalhando no outro lado da sala. Eu me movo o mais cuidadosamente possível em sua direção, com as mãos estendidas para me impedir de bater em algo importante. Manobrando ao redor de mesas e máquinas, consigo chegar a poucos metros dele. Os sons estridentes param, então ele deve estar dando uma pausa. Com uma mão o alcanço e congelo quando entro em contato com seu ombro. Seu ombro nu. Seu ombro nu e suado. Engulo, achando difícil de engolir. Minha pele arrepia com o calor saindo dele. Ou sou eu? Meu sentido de tato está intensificado para compensar a falta de visão. A música para abruptamente, enchendo meus ouvidos com o som do meu próprio batimento cardíaco. Não afasto a mão. Parcialmente porque tenho medo se tirá-la e tropeçar e parcialmente porque ele é muito gostoso e não quero parar de tocá-lo. Jamais.

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K. Webster & Nicole Blanchard “Sussurro.” Ele diz. Apenas o apelido que ele me deu. Sinto isso em todo lugar. Gostaria de poder vê-lo mais claramente para saber como meu nome move seus lábios. Afasto a mão com relutância. “Desculpe interromper. Pensei que estivesse com fome.” Estendo a bandeja de comida, tentando me lembrar do porquê vim aqui. “Obrigado, estou morrendo de fome. Estive trabalhando nessa rekking coisa a manhã toda.” Paro, confusa. “O que significa rekking? Antes pensei que era o nome que tinham para sua raça, mas você também o usa como adjetivo. As outras mulheres os chamam de morts.” O som do riso de Oz é abafado, mas não sei dizer por quê. “Doce Sussurro. Rekking é, de acordo com Aria, como sua palavra alienígena para porra.” Agora eu coro, ouvindo tanta sujeira em sua língua. Sua voz é rouca, sombria e deliciosa. Como coisas carnais e segredos. Imagino o que tenho que fazer para que ele diga palavras mais indecentes do que essa. Rekking, porra. Rekking, foda-se. Mortarekking, filho da puta. Quantas vezes os chamei de mortarekkings? Nem quero pensar. “Como está indo a construção das armas?” Pergunto para esconder meu constrangimento.

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K. Webster & Nicole Blanchard “Não está.” Ele diz, sua voz abafada pela comida. “Mas é assim. Será uma merda até eu conseguir que o protótipo funcione.” “Você conseguirá.” Digo com confiança. “Claro que sim, meu Sussurro. Mas eu te prometi óculos. Se você sentar comigo, trabalharei em alguma coisa.” “Não quero interromper.” Protesto. “Você não interrompe. Preciso me afastar um pouco e fazer outra coisa antes de lançar essa catástrofe no espaço sideral.” Eu o ouço se levantar e colocar a bandeja numa bancada. Ele deve ser um comedor rápido, ou estava com mais fome do que pensei. Oz bobinho. Ele provavelmente fica tão distraído trabalhando em seus projetos quanto eu lendo um livro. Às vezes, posso passar dias inteiros esquecendo de comer quando leio algo bom. “Desde que eu não te incomode. Meus olhos não são tão importantes quanto o que está fazendo.” “Você nunca poderia me incomodar.”

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K. Webster & Nicole Blanchard

CAPÍTULO QUATRO OZIAS

Doze solares restantes...

Quinn é uma distração bem-vinda. Sinto a pressão de Breccan para conseguir algo que possamos usar, mas quando ela entra na sala, não posso deixar de colocar tudo em espera. Meu foco está nela. Seus lindos olhos azuis estão fora de foco e ela estreita os olhos. Incomoda-me que ela não possa ver nada, e me sinto rekking terrível por não fazer algo sobre isso. Os alienígenas invadirão em breve, e toda a nossa facção está confiando em mim para construir esta arma, mas estou mais preocupado com o fato de Quinn não ver para onde está indo. A arma pode esperar. “Fiz as lentes mais cedo, mas ainda não tive chance de fazer as molduras.” Digo a ela, puxando os discos transparentes de uma bolsa. “Isso ajuda?” Eu as seguro na palma da mão, satisfeito quando ela se aproxima, seus dedos gentis acariciando minha pele. Ela segura uma no olho esquerdo e olha através dela.

Lost Planet #7


K. Webster & Nicole Blanchard “Oh.” Ela diz. “Ohhh. Oh meu Deus.” Legolas, seu novo animal de estimação, segura seus cachos quando ela começa a pular no lugar. “Ohhhh.” “E a outra?” Pergunto, inclinando a cabeça para ela, tentando lê-la. Ela leva a outra até o olho direito e me olha, um sorriso bobo no rosto. “Ohhhhhh.” “Isso é um monte de ohhs e não são palavras suficientes.” Resmungo. “Preciso começar de novo?” Seus olhos azuis parecem muito maiores atrás das lentes, mostrando linhas mais escuras de azul que os fazem parecer jóias únicas. “Rekking não.” Ela diz e depois ri. “Isso é incrível. Oz... você é...” Ela morde o lábio inferior. “O que?” Suas bochechas foram com vermelho. “Obrigada.” “Ainda não terminei, Sussurro.” Ela entrega as lentes e pego uma longa faixa de metal zuta. Com facilidade rápida e prática, torço e dobro o metal zuta ao meu gosto. Algumas batidas e tenho um par de molduras que são como as de Calix, mas menores. Encaixo as lentes em cada buraco e as fixo com minúsculos pontos de metal zuta que derreto com meu evverburner. Ela fica quieta o tempo todo que trabalho, com um sorriso ansioso no rosto. Sopro o metal zuta quente até ele esfriar. “Pronta?” Pergunto.

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K. Webster & Nicole Blanchard “Mais que pronta.” Ela se inclina para frente, com o rosto a centímetros do meu. Eu poderia deixá-la colocá-los, mas quero ser o único a fazer isso por ela. Delicadamente, com a ponta dos dedos com garras, afasto um cacho rebelde do rosto dela, colocando-o atrás da orelha. O sorriso dela é tão doce que faz meu coração falhar no peito. Legolas faz um som estridente, me observando com interesse. “Nós podemos ajustá-los, então deixe-me saber se alguma coisa te cutuca.” Instruo enquanto os deslizo em seu rosto. “O que acha?” Seus olhos azuis se enchem de lágrimas e uma escorre por sua bochecha rosa. “Oz...” Seguro seu queixo, acariciando meu polegar ao longo da umidade. “Hum?” “Eu consigo ver. Perfeitamente.” Ela se inclina para frente. “Obrigada.” Seus lábios pressionam os meus num beijo suave. Estou chocado que ela esteja me beijando, mas não sou um mort que desperdiça uma oportunidade. Deslizo a mão em seus cachos, tirando Legolas do caminho e a puxo para mais perto. Seus lábios se separam com um suspiro. Minha boca devora a dela, ansiosa para provar minha pequena alienígena. Ela tem um gosto diferente de tudo que já provei. Estou viciado, no entanto. Quero puxá-la para meu colo e passar os próximos doze solares beijando-a. Podemos nos beijar no caminho para os Eternos. Seria um ótimo jeito de morrer.

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K. Webster & Nicole Blanchard Ou, eu poderia fazer essa rekking arma funcionar, salvar Mortuus e passar o resto da minha existência beijando-a. Mordisco seu lábio inferior antes de me afastar. Seus lábios estão inchados e molhados por nosso beijo. Ainda separados e necessitados. Estou duro no meu minnasuit, ansioso para beijála em todos os lugares. “Desculpe.” Ela diz. “Eu só queria te agradecer.” “Estou feliz que fez isso.” Digo, piscando para ela. “Isso me faz querer fazer muitas coisas para você, então me agradecerá assim toda vez.” Ela ri. “Bem, na verdade, eu tive uma ideia, mas sei que você está ocupado. Podemos pensar nisso para mais tarde. Você sabe, depois de salvar o mundo e todas essas trivialidades.” Levanto uma sobrancelha. “Sou um mort inteligente. Posso ser multitarefas. Você fala e eu faço.” Enquanto ela conversa sobre recriar uma biblioteca, mas com nossos arquivos e usando um tablet, desmonto um dos componentes do meu thermablaster. Ela explica como a biblioteca em que trabalhava funcionava e soa muito ordenada. Quando ela termina sua explicação, chamo Uvie. “Uvie, preciso de você e Sayer.” “Sayer foi chamado. Com o que posso ajudá-lo, Oz?” Uvie pergunta com sua voz digitalizada. “Quero que trabalhe com Quinn para localizar os arquivos que ela precisa. Ela está trabalhando num projeto especial.”

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K. Webster & Nicole Blanchard Caminho até uma das minhas caixas e vasculho até encontrar o que estou procurando. “Dê a ela acesso ao que precisa.” Puxo a parte traseira do dispositivo, ajusto alguns controles e, em seguida, recomponho-a antes de ligar. “Certamente.” Uvie concorda. “Quinn, do que precisa?” “Primeiro, eu preciso de um...” Ela começa, mas é interrompida quando lhe entrego um tablet. “Isso. Preciso disso.” Seu sorriso é amplo e seus olhos azuis ainda maiores atrás dos óculos. “Você é realmente bom em fazer as coisas acontecerem.” Dou de ombros, dando um sorriso arrogante antes de voltar para o thermablaster. Braços finos me abraçam por trás. “Eu nunca pertenci a lugar nenhum, exceto a biblioteca.” Quinn diz, sua respiração quente contra minhas costas nuas. “Mas aqui... parece certo. Todo mundo é legal. Ninguém tenta te machucar. É uma casa.” Orgulho preenche meu ser. “Você está em casa, Sussurro. Aqui sempre será sua casa.” Ela começa a dizer outra coisa quando alguém limpa a garganta. “Estou interrompendo um ritual de acasalamento que envolve um legaloct e um thermablaster?” Sayer pergunta, humor em seu tom. “Não dê mais ideias a Jareth. A cabeça dele já está corrompida com suas criações, o que significa que ele nos viola com elas.” Ele ri, claramente concordando em ser violado com meus dispositivos de metal que Jareth usa nele e em Grace.

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K. Webster & Nicole Blanchard Quinn se afasta, seu sorriso feliz ainda no lugar. “Olha! Eu consigo ver!” Sayer sorri para ela. “Isso é ótimo, Quinn. Nós somos morts feios, né?” “Acho que todos são meio fofos.” Ela diz, seu pescoço ficando manchado de vermelho. Seus olhos azuis disparam na minha direção. “Alguns mais bonitos que outros.” Calor desce até meu pau. O desejo de puxá-la de costas para mim e reivindicá-la como minha companheira é quase esmagador. Se Galen estivesse aqui, meus sub-ossos estalariam com a necessidade de afirmar a reivindicação. Mas Sayer está ocupado com dois companheiros que ama. Ele deixará a minha em paz. Minha companheira. Minha. “Você e Uvie podem ajudar Quinn em sua busca para criar uma biblioteca?” Sayer

assente.

“Certamente.

Como

está

indo

o

thermablaster?” “Rekking chegando lá.” Resmungo. “Jareth está andando como um louco.” Sayer revela. “Ele está preocupado com a invasão alienígena. Se pudesse usar as mãos extras, isso o distrairia de aborrecer Grace.”

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K. Webster & Nicole Blanchard “Precisarei de ajuda para levantar essa coisa de qualquer maneira para conectá-la à fonte de energia principal. Mande-o entrar. Irei distraí-lo com algumas ideias de braçadeiras que tive.” Sayer estremece. “Ouso perguntar onde os grampos vão?” “É melhor não ousar.” Sorrio para ele e dou de ombros. “Acabei de criar os objetos. Não é minha culpa que Jareth goste de brincar com eles.” Ele revira os olhos – algo que me lembra Hadrian – e volta para a porta. “Quinn, encontre-me na Baía de Navegação. Buscarei Jareth e o enviarei aqui.” Ele sai sem outra palavra. Eu me aproximo de Quinn e levanto seu queixo com o dedo. “O que é?” Ela sussurra. “Eu só queria olhar para você de perto.” “É isso? Só olhar?” Arrasto meu polegar com garras sobre seu lábio inferior, adorando o jeito que ele move sua pele rosa suave. “Quero fazer mais do que olhar, Sussurro. Muito mais do que olhar. Simplesmente não tenho tempo.” Seus cílios tremulam. “Depois de pegar aqueles bastardos sujos que estão tentando arruinar nossa casa, teremos muito tempo.” Eu a encaro por um longo momento enquanto memorizo todos os detalhes de seu rosto. Assim como fiz ontem à noite, quando ela adormeceu, mexendo com o legaloct. Na minha

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K. Webster & Nicole Blanchard rekking cama. Dos meus cobertores no chão, a observei dormir como tantos solares antes. “Provavelmente esquecerei de comer novamente.” Murmuro. “Na próxima refeição, se vier me ver, a compartilharei com você. Talvez te leve para a Torre para ver mais de Mortuus.” “Gostaria disso. É um encontro.” Ela sorri, grande e lindo. Sei tudo sobre esses encontros. Minha companheira não é resistente como as outras. Minha companheira gosta de mim. E eu insistiria nesse fato se não fosse por toda a destruição iminente com um limite de tempo pairando sobre minha cabeça. “E então te observarei dormir.” Digo, finalmente a liberando. “Isso deveria parecer assustador, mas não mentirei, Oz.” Ela encolhe os ombros. “Eu gosto.” Com essas palavras atrevidas, ela se vira, saindo da sala, seus cachos escuros saltando com o movimento. É preciso cada grama de autocontrole para não segui-la.

***

“Não, seu pedaço de rogshite.” Jareth resmunga. “Preste atenção.” Hadrian joga a mão no ar em frustração. “Estou prestando. Estou tentando administrar este lugar enquanto também tomo

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K. Webster & Nicole Blanchard notas de como replicar essa coisa.” Ele aponta através da tela para o thermablaster. “Como estão as fêmeas?” Pergunto, colocando minha ferramenta no chão. “Estão bem?” Hadrian suspira, passando a mão pelo cabelo, fazendo-o parar em várias direções. “Você ainda quer acasalar com elas? Nesse caso, guarde-o para depois de salvar Mortuus.” Irritável. “Não, mortling.” Resmungo. “Eu tenho uma companheira. Quero saber como elas estão. Elas viverão...” “Volte.” Hadrian grita. “Você tem uma companheira? Desde rekking quando?” “Eu não disse...” Começo. Jareth me interrompe com uma risada. “Você disse.” “Eu disse?” “Você disse.” Hadrian concorda. “Quem é a alienígena sortuda? É Eileen?” Mostro-lhe o dedo, como Aria me ensinou. Isso o faz bufar, cortando a tensão ao meio. “Ele acasalou com Quinn.” Jareth tagarela. “Você deveria ver como se olham.” Ele começa a imitar um ato sexual. Jogo minha ferramenta nele e quase o atinge na cabeça. “Não fale sobre minha companheira.”

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K. Webster & Nicole Blanchard “Ha!” Jareth provoca. “Você nem nega.” “O que há para negar?” Resmungo. “Se eu não tivesse que fazer todo o rekking trabalho por aqui, eu teria aquela linda alienígena nua e na minha cama, meio grávida até agora.” “Ela sabe disso?” Hadrian pergunta, sorrindo. Ele ganha o dedo novamente. “É fofo quando os monstros brincam.” Zoe diz, aparecendo na tela atrás de Hadrian. “Como garotinhos no parquinho exibindo seus paus para ver quem tem o maior.” “Meu pau...” Hadrian começa e é interrompido por Lyric. “Não está em discussão.” Lyric resmunga. “Sério. Deixo você com uma tarefa. Uma tarefa e você de alguma forma a transforma em falar de mulheres nuas. Só você, Hadrian.” Julie também surge, golpeando Hadrian. “Fora da minha cadeira, garotão. Estou assumindo. Sua falta de conhecimento tático está me dando coceiras.” “Talvez Avrell possa ajudá-la com essas coceiras.” Zoe diz num tom doce. “Desde que ele sabe fodidamente tudo.” “Oh Deus.” Lyric resmunga. “Aqui vamos nós de novo.” “O que?” Zoe grita. “Ele está cutucando meu último nervo. Meu nervo reserva. Você sabia que ele realmente teve a audácia de sugerir que eu fosse ajudar na cozinha? Como se fosse a porra da Idade da Pedra!”

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K. Webster & Nicole Blanchard Jareth e eu sorrimos um para o outro. Hadrian ri. Todas as três garotas o golpeiam. Agradeço a rekking por estar a quatro solares de viagem. “Onde está Theron?” Pergunto. “Ele e Willow levaram a Mayvina ao oceano para procurar alguns haxagranules para que possamos fazer nossas lentes.” Julie

me

diz.

“Embora

esteja

levando

um

tempo

extraordinariamente longo.” Hadrian encolhe os ombros com um olhar diabólico no rosto. Enquanto ouço as meninas reclamar com Hadrian por encorajar seu comportamento, paro para olhar cada uma delas. Desde que as fêmeas chegaram, nossas vidas melhoraram notavelmente. Todos estão felizes. Sempre rindo. Criando um futuro. Os Kevins estão vindo em nossa direção, ameaçando nos tirar tudo. Absolutamente não pode acontecer. Em doze solares, quero ouvir Zoe reclamar sobre Avrell. Provocar Sokko sobre feder como seu pai. Beijar Quinn até que ela esteja sem fôlego. Ainda há muita coisa que quero antes de ir para os Eternos. Não estou pronto para desistir de tudo isso. Talvez uma revolução atrás, eu tivesse uma resposta diferente. Não agora. Os alienígenas invadirão, mas não os deixarei destruir minha casa ou aqueles que vivem nela.

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K. Webster & Nicole Blanchard “Hadrian, Julie.” Grito. “O metal zuta precisa ter uma espessura precisa. Anotem tudo exatamente como eu digo.” Todos ficam sérios e voltam ao trabalho. Juntos. Nós teremos sucesso.

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K. Webster & Nicole Blanchard

CAPÍTULO CINCO QUINN

Onze solares restantes...

Calor me tira do aconchego do sono. Não é desagradável, por si só, apenas diferente do frescor que permeia a instalação se você prestar muita atenção. Movo-me na cama de Oz enquanto a névoa na minha cabeça lentamente desaparece. Passei a maior parte da noite navegando pelas páginas e páginas de informações que Uvie transferiu para meu tablet. Não vou mentir, não foi nenhuma dificuldade. Perder-me num livro, ou mesmo em dados, como é o caso, é o meu lugar feliz. Os morts conseguiram se apropriar de uma vasta quantidade de literatura desde os dias anteriores a Mortuus ser um lugar. Eles devem ter sido muito engenhosos. Não consigo imaginar estar abandonado num planeta moribundo, vendo sua salvação sumir enquanto você é deixado para enfrentar a morte certa. Nasci na Terra II, então nunca conheci nada diferente. O povo de Oz passou por horrores inimagináveis para sobreviver. O fato de ainda estarem aqui é incrível por si só. O pensamento de Oz afasta o resto do sono. Abro meus olhos e o vejo deitado em sua cama ao meu lado, seu grande corpo embalando o meu. Não é à toa que está ficando quente. Seu braço

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K. Webster & Nicole Blanchard está em volta das minhas costas e suas pernas estão emaranhadas nas minhas. Ele está com a cabeça apoiada na mão livre e me observa, como se pensasse profundamente. “Ei.” Digo um pouco sem fôlego. Estou muito distraída por tê-lo tão perto. É difícil pensar com clareza quando isso se junta ao sono remanescente. “Dormiu bem?” Ele pergunta, sua voz um pouco rouca. Seus olhos negros não mostram a vermelhidão como os meus, mas há algo sobre o brilho neles que me faz pensar que ele está cansado. Talvez suas profundidades escuras sejam mais sombrias do que o normal ou talvez seja a tensão nos pequenos músculos em seu rosto. Com certeza, os hematomas sob os olhos e as cavidades das bochechas são um sinal de que ele está trabalhando muito... Mas como digo para ele parar quando sei quanta responsabilidade está em seus ombros? “Bem o suficiente.” Respondo e relaxo em tê-lo ao meu redor. Antes de eu acordar na instalação, não consigo lembrar da última vez que alguém me segurou, muito menos me tocou. A classe de serviço, e era isso que eu era considerada na Terra II, porque tinha que trabalhar para sobreviver, não era permitido tais luxos. Trabalhamos até morrer. Fim. Não é exatamente a história mais feliz. Esta é minha chance de reescrever meu final e não a deixarei passar.

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K. Webster & Nicole Blanchard “Parece que deveria dormir um pouco.” Digo quando sua mão livre se move para meus cabelos. Nos últimos dias, descobri que ele tem uma obsessão por tocar e saborear. Como se estivesse me memorizando com as mãos. “Você dormiu a noite toda?” Eu me afasto o suficiente para vê-lo levantar um ombro num movimento casual. Franzindo a testa, digo: “Isso não é resposta.” Seus lábios se curvam num sorriso provocador. “Minha Sussurro é mal-humorada.” Posso ouvi-lo me chamando de dele para sempre. “Oz. Você precisa dormir. Você trabalha no laboratório durante o dia e a noite toda na arma e mal faz pausas. Não é seguro. Você se machucará se não descansar um pouco.” “Eu descansei. Olhe, estou descansando agora.” Ele acena para nossos corpos emaranhados. Abafando uma risada, digo: “Isso não conta. Você não está dormindo. Esteve assim a noite toda?” “Gosto de te ver dormir. É por isso que gostava de conversar com você enquanto estava na Baía Médica. Você estava tão em paz. Faz-me sentir em paz observá-la.” “Uau.” Suspiro, minhas bochechas queimando. Quão doce ele é? “Bem, fico feliz em ouvir isso, Oz, mas ainda não muda o fato de estar se desgastando. Esse ritmo não é saúdavel. Sei o quanto tem que trabalhar, mas não fará bem a ninguém se você se esgotar.”

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K. Webster & Nicole Blanchard “Ficarei bem. Depois de ter um protótipo funcional, já não precisarei trabalhar tanto. Descansarei então. Não sei quanto tempo terei com você. Não quero perder um momento, caso seja o último.” “Que tal você dormir quando estiver aqui à noite? Não irei a lugar nenhum.” Eu insisto. “Você promete?” “Prometo o que?” Levanto meus olhos para os dele, sentindome presa pela intensidade de seu olhar. “Promete que não irá a lugar nenhum?” Penso nos outros morts que têm suas famílias para ir ver, depois Oz, que não tem ninguém além de mim. Ele e Galen, o outro mort não acasalado, devem se sentir tão sozinhos às vezes por não ter família, quando tudo o que eles têm é um ao outro há tanto tempo. Talvez essa seja a parte de mim que é tão atraída e confortada por ele. Por um longo tempo, eu também não tive ninguém. Sempre fui eu e meus livros. Não achei que precisasse de mais ninguém. Talvez eu não precise de Oz, mas o quero. A questão é... conseguirei mantê-lo? “Prometo que não pretendo ir a lugar algum.” Respondo, mas nós dois sabemos que o destino pode ter outros planos. Com a ameaça do ataque da Terra II pairando, tudo o que posso fazer é segurar Oz enquanto o tenho. Segura-lo e ser grata

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K. Webster & Nicole Blanchard pelo pouco tempo que nos resta. Não sei se ele dorme, mas logo volto aos sonhos, confortada por seu calor e proximidade. Quando acordo novamente, uma luz vermelha brilhante entra pela vidraça, ele se foi, o espaço ao meu lado há muito tempo esfriou.

***

“Você pode usar essa sala.” Aria diz, me guiando para uma seção um pouco vazia da instalação. Breccan oficialmente me autorizou a usar qualquer sala que servisse ao nosso propósito de iniciar uma biblioteca. “Não é muito, mas está

limpa.

Relativamente.” Com a crescente população de morts e as mulheres da prisão, é imperativo ter livros. Livros são vida, na minha humilde opinião. São uma necessidade para viver. Talvez nunca tenhamos o campus em expansão que meu antigo emprego se vangloriava, mas

isso

funcionará.

Os

pequenos

mortlings

crescerão

conhecendo e amando as aventuras contidas entre as páginas. Irei me certificar disso. “É perfeito.” Digo, girando num círculo lento para examinar a área. Foi uma vez um escritório de algum tipo, eu acho. Uma grande mesa coberta por um pano grosso no centro da sala. Um computador antigo encaixotado e abandonado num canto. Minha mente já corre com ideias para decorações e programas. “Breccan

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K. Webster & Nicole Blanchard mencionou se existem algumas estantes e mesas que podemos usar?” Aria assente e balança o pequeno Sokko em seus braços quando ele começa a se agitar. Ele deve ter alguns meses. O pequeno Sokko tem a pele mais clara que a mãe, mas mais parecida com a humana do que a dos morts. Ele ostenta um par de presas e cabelos pretos como seu pai também. Estranho, mas também estranhamente humano. “Um dos caras as entregarão assim que puder arrancá-los da sala de guerra.” “Não há pressa, realmente. Terei minhas mãos cheias por um tempo vasculhando os arquivos que Uvie me deu.” Levanto o tablet para dar ênfase. “Definitivamente, não é uma prioridade no momento.” “Não seja boba. Acho que é uma ótima ideia o que planejou aqui. Temos que pensar na vida após o ataque. É a única maneira de sobrevivermos. Se aprendemos uma coisa é que não podemos viver sem esperança por aqui. E coisas assim, planejar um futuro, são do tipo que dá a todos a sensação de esperança de que precisamos para superar tudo o que está por vir.” Posso ver por que ela e Breccan acasalaram. Ele é a figura autoritária, aquele que te faz se sentir seguro, porque ele tem tudo resolvido, e ela é o complemento perfeito, estando lá para te tranquilizar quando tem dúvidas. Não é de admirar que eles guiaram seu povo nesses tempos tumultuados, e ouvi dizer que houve alguns problemas. Desde a chegada original de todas nós

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K. Webster & Nicole Blanchard da nave até a descoberta da prisão e o Rades. Essas pessoas precisam de líderes fortes e Aria e Breccan são exatamente isso. “Estou feliz em ajudar da maneira que puder.” Digo a ela, agradecida por ter um lugar, qualquer lugar, em sua família. Sokko começa a chorar e ela faz uma careta. “Deixe-me levar este aqui para um cochilo e encontrar alguns corpos fortes para trazer os móveis. Faça Uvie entrar em contato comigo, se precisar de algo mais.” “Sim.” Asseguro a ela. Com um último olhar tranquilizador, ela sai, e tomo um momento para me apoiar contra a mesa e respirar. Meu mundo mudou completamente, mas de alguma forma me sinto em casa. Começo a trabalhar, reorganizando a mesa ao lado da sala. Servirá como minha base e seção de referência. O computador pode estar velho e funcionar com tecnologia estranha, mas consigo inicializá-lo novamente com Uvie atualizando os sistemas operacionais. Acho que posso ter ela e Sayer, talvez, me ajudando a criar algum tipo de catálogo... quando tudo acabar, é isso. Enquanto trabalho, Legolas investiga todos os cantos da sala. Ele constrói uma teia num canto e cochila, apenas acordando para fugir e trazer o almoço da estufa. Ele deve ser parcialmente vegetariano, porque reconheço algumas das coisas verdes de nossas refeições no outro dia.

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K. Webster & Nicole Blanchard Sayer, Jareth e Grace passam no final da tarde com um carrinho cheio de estantes que eles construíram ou armazenavam da instalação. “Entrega.” Grace diz alegremente. “Uau, isso já parece incrível. Mal posso esperar para ver o que mais você fará. Estava morrendo de vontade de olhar os livros deles, mas não tive a chance.” Ela faz uma careta para os dois morts carregando os móveis. “Alguém me mantém ocupada.” “Se por alguém você quer dizer Jareth, então concordamos.” Sayer diz, sem fôlego. “Onde quer isso?” Ele pergunta. Aponto na frente da mesa. “Se puder colocá-las em fileiras ali seria ótimo, mas eu mesma posso fazer se for muito trabalho.” Ele me dispensa e os dois fazem um rápido trabalho ao descarregar. Grace e eu conversamos sobre os livros que encontrei no tablet até agora. Sua mente inquisitiva e ágil me intriga. Sei que ela é uma cientista em treinamento, e mal posso esperar para conhecer mais de seu cérebro. “O que fará com todo o espaço?” Ela pergunta. “Um dia, gostaria de imprimir esses livros e fazê-los encher as prateleiras como uma biblioteca tradicional. Os tablets são maravilhosos para armazenamento e muito convenientes, mas nada se compara ao peso e ao toque de um livro real em suas mãos.” “Eu nunca teria pensado nisso. Acho que nunca segurei um. Na Terra II, eles nunca teriam aprovado essa despesa.”

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K. Webster & Nicole Blanchard “Entendo. A biblioteca onde eu costumava trabalhar era uma das três em toda a estação. Tinha cópias de alguns dos livros mais raros que trouxeram antes de deixarem a Terra original.” “Nunca estive em uma delas. Estava sempre tão ocupada estudando. Deve ter sido o paraíso estar rodeada de toda essa história o dia inteiro.” Não perco o brilho curioso nos olhos dela. Ela está imaginando o que fiz para terminar na nave indo em direção à prisão, porque apenas um criminoso teria conseguido esse lugar. “Era. Ser bibliotecária era tudo o que sempre quis.” Ela pausa como se estivesse esperando eu continuar, mas não estou pronta. Ainda não. Além disso, eu me sentiria... errada em não contar a Oz primeiro. Há uma conexão aí que não consigo explicar, uma lealdade que exigiria que ele fosse o primeiro a saber. “Isso eu posso entender. Eu me senti da mesma maneira em ser cientista.” Ela se vira e gesticula para os meninos, que se movem ao seu comando. Eles compartilham um olhar ardente que traz

calor

às

minhas

bochechas

por

estar

apenas

nas

proximidades. Não sei como eles fazem isso funcionar, mas, de alguma forma, posso ver que funciona. Eles são como três partes do mesmo coração. “Mal posso esperar para ver o que você fará com o lugar.” Ela para na porta, me dando um olhar intenso que não consigo ler direito. “Acho que você se encaixará bem aqui. Estou feliz por estar aqui.” “Obrigada.” Digo a ela.

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K. Webster & Nicole Blanchard Ela assente e se vira. SĂł espero que, quando lhe disser a verdade, ela nĂŁo pense menos de mim.

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K. Webster & Nicole Blanchard

CAPÍTULO SEIS OZIAS

Dez solares restantes...

Preciso limpar minha rekking cabeça. Quebrei as lentes e quase enlouqueci de raiva. Uma pequena variação nos meus cálculos que resultou em muito calor, quebrando minha peça principal. Antes que pudesse destruir meu laboratório, Jareth me empurrou para fora, dizendo-me para dar uma volta e prometeu que ele e Sayer teriam mais haxagranules para fazer outra lente. Cansaço atormenta minha consciência e meus olhos lacrimejam. Desejo minha cama e dormir por muitos solares, mas não posso. Não até construir esse thermablaster e atirar naqueles Kevins do céu. Em vez de ir para meu quarto para dormir um pouco, o que é extremamente necessário, exploro as instalações até localizá-la. Minha. Quinn. Minha companheira. Ela está na Baía de Navegação, tendo conquistado um espaço para si. Em pouco tempo, ela se transformou em algo adorável e útil. Orgulho surge por mim, sabendo que, ao contrário das outras

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K. Webster & Nicole Blanchard mulheres, minha companheira não brigou. É como se ela adorasse aqui. Como se ela soubesse que pertence a nós. Eu me inclino contra a moldura da porta, observando-a enquanto ela trabalha. Seu cabelo está bagunçado e mal contido pela caneta do tablet. Legolas criou uma teia e está sentado alegremente no meio, observando Quinn com seus muitos olhos. Ela está cantarolando algo bonito enquanto percorre o tablet. “Parece que não sou o único que se prende ao trabalho e esquece de comer.” Digo, fazendo-a saltar. Ela se vira, os cachos escuros saltando e sorri para mim. Rekking, seus óculos aumentam os olhos azuis, e ela é tão fofa. “Ei.” Ela diz enquanto solta o tablet. “Gosta das minhas alterações?” Caminho até ela e seguro suas mãos nas minhas. “Você realmente faz parecer agradável. Mal posso esperar para ver tudo o que fez.” Suspiro pesadamente. “Depois.” Ela levanta nossas mãos unidas e inspeciona as minhas. “Oh, Oz, você está sangrando.” “Apenas um corte.” “A ferida está aberta. Você está pingando sangue por toda a biblioteca.” Olho para o corte. Ótimo. “Avrell não está aqui.” “Mas o outro cara está. Calix. Ele veio mais cedo e conversamos sobre esqueletos. Isso não é emocionante?”

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K. Webster & Nicole Blanchard “Como os ossos dentro de um sabrevipe?” “E você. E eu. E todo ser vivo à nossa volta.” Ela sorri. “Não sou cientista, mas foi fascinante comparar a estrutura óssea humana com a dos morts.” “Você fez amizade? Com Calix?” “Por que isso é tão difícil de acreditar?” “Calix é singularmente focado. Ele não passa muito tempo fazendo amigos.” “Talvez ninguém tenha algo que valesse a pena dizer a ele.” Ela encolhe os ombros. “Ele também é um pai e marido muito orgulhoso. Conversamos sobre as anotações de seu pai. Irei adicioná-las à seção de referência histórica da biblioteca.” Eu deveria estar chocado que Quinn faz amizade com Calix, mas então lembro que ela é tão adorável, doce e é difícil não amála. “Cheguei bem a tempo.” Uma voz diz atrás de mim. “Parece que você está prestes a sair.” Ao ouvir a voz de Galen, meus sub-ossos começam a estalar. Mantenho um aperto firme nas mãos de Quinn, virando-me para encará-lo. Ainda estou bravo com ele por tentar matar minha companheira de fome. “Trouxe alguns nomatoes.” Ele segura uma cesta cheia de frutas azuis brilhantes do tamanho de um punho. “Nomatoes?” Pergunto confuso.

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K. Webster & Nicole Blanchard Galen ri. “Emery cultivou. Ela diz que são como tomates na Terra II, mas não exatamente. Ela os chamou de nomatoes. Eles são suculentos e têm a mistura perfeita de doce e picante.” Ele dá um passo à frente para entregar-lhe a cesta e eu rosno. Suas feições escurecem. “Obrigada.” Quinn diz. “Basta colocá-los sobre a mesa e mais tarde os comerei.” Os olhos de Galen se estreitam para mim, depois olham para nossas mãos unidas e seus sub-ossos começam a estalar. Acho que rekking não! “Minha.” Rosno, afirmando minha reivindicação. Galen coloca a cesta no chão antes de se virar, suas presas duplas à mostra. “Você não pode simplesmente reivindicá-la!” “Meninos.” Quinn grita, sua voz tremendo de nervosismo. “Acalmem-se agora.” “Tudo o que você está tentando fazer...” Digo para Galen. “Termina agora. Quinn é minha companheira, não sua.” Ela não discute, simplesmente aperta minhas mãos. Os ombros dele se curvam. “Preciso voltar ao trabalho. Aviseme se gostar deles, Quinn.” Sem esperar por uma resposta, ele sai em disparada. “Isso foi estranho.” Ela murmura. “Eu não... certamente não lhe dei a ideia errada.” Ela morde o lábio inferior, voltando seus grandes olhos em minha direção. “Eu me sinto mal.”

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K. Webster & Nicole Blanchard “O mundo pode estar ameaçando acabar e talvez eu não tenha muito tempo para passar com você, mas não o deixarei levar minha companheira.” Inclino-me para frente e pressiono um beijo nos lábios dela. “Você é minha, Sussurro.” Ela me dá um sorriso bobo que faz meu coração derreter. “Meu herói.” “Seu herói, hein? Como nos livros de histórias?” “Normalmente não leio sobre heróis com presas.” Ela diz com uma risada. “Geralmente, as criaturas com presas são os vilões.” “Geralmente…” “Mas não desta vez.” “O herói tem presas, é incrivelmente bonito e salvará o mundo?” Ela ri. “E é meu.” Eu a beijo novamente, desta vez tendo tempo para provar sua língua doce. Meu pau está duro no meu traje, ansioso para fazêla oficialmente minha. Se ao menos houvesse mais tempo. “Se eu sou o herói, o que isso faz de você? A princesa?” Pergunto, meus lábios roçando os dela. “Emery conta muitas histórias sobre princesas.” “Eu sou a heroína.” “O que a heroína faz se o herói está ocupado salvando o mundo?”

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K. Webster & Nicole Blanchard “Heróis nem sempre precisam fazer algo grandioso e mudar vidas.” Suas sobrancelhas franzem e ela afasta os olhos dos meus. “Às vezes é algo pequeno. Como salvar uma criança de alguém tentando machucá-la.” Tensiono com o tom sombrio dela. E quem rekking iria querer machucar uma pessoa pequena? “Ou criar mundos mágicos construindo uma biblioteca!” Ela exclama, mais uma vez sorrindo. Ela aperta minhas mãos, me fazendo estremecer. “Ah, merda. Precisamos ver sua mão. Pare de me distrair com beijos.” Eu me inclino para frente, trazendo minha boca para sua orelha. Mordo-a, amando como sua respiração acelera. “O que posso dizer? Sou um herói determinado.”

***

Calix franze a testa o tempo todo enquanto me conserta. Não consigo parar de bocejar, mas me distraio comendo outro dos nomatoes que Quinn trouxe conosco. É suculento e delicioso. “Vai curar.” Asseguro-lhe. Calix estuda meu rosto. “Não é com sua mão que estou preocupado.” Endureço e prendo-o com um olhar. “O que está errado?” “Você está dormindo?”

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K. Webster & Nicole Blanchard “Estou meio ocupado construindo uma máquina para destruir todos os Kevins.” Resmungo, limpando o líquido do meu queixo. “Eu poderia te dar algo. Para ajudá-lo a dormir.” “Não tenho tempo e sabe disso.” As portas se abrem e Quinn entra, segurando duas bandejas. Eu a enviei para buscar uma refeição adequada enquanto Calix me cura. “O que está errado?” Ela pergunta, seu sorriso caindo ao ver nossos rostos sombrios. “Acho que Ozias precisa...” Calix começa, mas o interrompo. “Preciso tirar uma noite para descansar. Importa-se em aconchegar cedo comigo?” Eu lhe dou um sorriso travesso que faz suas bochechas queimarem com vermelho. Calix suspira. “Cuide para que Oz não apenas descanse, mas também feche os olhos.” E perder a maneira fofa que Sussurro separa seus lábios cheios enquanto dorme? Isso não acontecerá. “Farei meu melhor.” Quinn assegura-lhe. Quinn e eu saímos, carregando nossa refeição para meu quarto. Coloco a comida na mesa e nos sentamos. É natural tê-la aqui comigo. Como se houvesse algo faltando, mas finalmente encontrei. “Sayer me mostrou o livro.” Ela diz suavemente.

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K. Webster & Nicole Blanchard “Que livro?” “O livro.” Ela enfia um pedaço de carne de sabrevipe na boca, graças à recente caçada de Draven. Bocejo e coço a cabeça com uma garra. “Qual é o livro?” Suas bochechas ficam rosadas. “O que vocês fizeram de suas,er, experiências.” “Ah.” Digo com uma risada. “Aquele livro.” “Você sabia que Jareth adicionou uma seção inteira dedicada às suas... hum, criações?” Bufo. “Uma seção inteira?” “Havia muito.” “Sou criativo e gosto de construir coisas. O que posso dizer?” Ela cutuca algo rosa em seu prato antes de olhar para mim. “Como sabe o que todas as coisas fazem quando nunca fez isso antes?” “O que é isso?” Provoco, amando como o pescoço dela fica manchado de vermelho. “Sexo.” “Sou imaginativo. Sou um bom ouvinte quando Jareth está tagarelando. Li as anotações que todos fazem. Isso coloca uma imagem muito decente na minha cabeça.” Pisco para ela antes de devorar o resto da comida na minha bandeja. “É melhor você comer e se limpar para poder dormir. A biblioteca não se construirá sozinha.”

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K. Webster & Nicole Blanchard “Nós, Oz. É melhor você dormir hoje à noite ou então.” Levanto uma sobrancelha. “Defina o ou então.” “Se eu acordar e te pegar me olhando mais uma noite, não serei mais paciente. Farei o que faz todo homem dormir.” “E o que é isso, Sussurro?” Seus olhos azuis brilham com travessuras. “Acho que você descobrirá.” Meu olhar percorre sua pele impecável, ao longo do nariz empinado e pousa em seus lábios carnudos. “Essa ameaça parece estranhamente atraente.” “Você sempre é um mort tão ousado?” “Sempre.” Sua brincadeira desaparece quando ela se levanta. “Por favor, durma esta noite, Oz. Você precisa.” “Vou tentar.” Apenas um de nós percebe que é mentira. O tempo está escorrendo entre minhas mãos. Não me permitirei perder preciosos momentos da noite em que posso olhála ininterruptamente. “Oz.” Ela sussurra. “Até os heróis precisam fechar os olhos e se recuperar.” A única coisa que esse herói precisa é observar sua bela princesa dormir.

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CAPÍTULO SETE QUINN

Nove solares restantes...

A biblioteca está quase completa. Mal posso acreditar. Nunca trabalhei tanto na vida e minha antiga biblioteca era uma dúzia de vezes maior que a da instalação e atendia centenas, senão milhares, de pessoas. Eu tinha assistentes, no entanto, e a maior parte do trabalho duro, a catalogação, organização e construção foram feitas antes de eu ser nomeada. Não assumi a responsabilidade exclusiva de selecionar materiais desde o início ou imprimir os livros e meticulosamente uni-los. Traz um significado totalmente novo ao termo amante de livros, com certeza. “Você esteve aqui o dia todo?” Emery não se incomoda mais em bater. Ela traz Hophalix na maioria dos dias para observar. Tanto que abri um pequeno espaço perto da janela para servir como área de recreação para os bebês. Alguns ainda são jovens demais, como o de Molly quando nascer, para usá-lo, mas outros como o de Emery adoram. Vasculhei a instalação em busca de um tapete e encontrei um azul em um armário. Usando uma das facas de Oz, marquei as bordas em forma de meia-lua. Grace, que é a

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K. Webster & Nicole Blanchard mais habilidosa com uma agulha, costurou grandes pufes e almofadas, que espalhei pelo tapete. Jareth entendeu o que eu estava fazendo e mexeu até que produziu vários brinquedos com os quais os mortlings podem brincar. Eu os arrumei numa prateleira contra a parede. “Quando não estou aqui?” Digo e afasto alguns cachos soltos do rosto. “Você está ficando tão ruim quanto Oz.” O pensamento cria uma careta. Ele se foi quando acordei esta manhã e tenho quase certeza de que ele dormiu pouco, se dormiu em tudo. “Não acho que alguém possa ser tão ruim quanto Oz. Você o viu hoje?” Ela balança a cabeça enquanto deita Hophalix no tapete com um dos brinquedos de Jareth. “Pedi a Calix para verificá-lo, mas ele diz que Oz não o ouviria para fazer uma pausa.” Sua expressão fica tensa. “Estou preocupada com ele.” “Você e eu. É como se ele não fosse parar até ter a arma aperfeiçoada. Quero dizer, eu entendo, mas ele não ajudará ninguém se ficar totalmente esgotado.” “E tenho certeza que ele não ouvirá a razão.” “Definitivamente não.” Emery dá um sorriso irônico. “Pergunta estúpida. Morts são como machos alfa loucos.” “Vezes dois.” Brinco, e compartilhamos uma risada. “Tentei falar com ele, mas às vezes é como conversar com uma parede de

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K. Webster & Nicole Blanchard tijolos. Ele está determinado a terminar. Receio que ele sinta que, se falhar, está basicamente enviando todos os outros para o matadouro quando a Terra II atacar. Não sei como argumentar com ele.” Ela assente enquanto balança um dos brinquedos na frente de Hophalix, que murmura alegremente. Atinge-me novamente quanta responsabilidade Oz deve estar sentindo. Existem apenas alguns morts contra toda a força da Terra II, o que é formidável. Seu domínio totalitário sobre seus cidadãos é horrível e absoluto, porque sua prioridade ao deixar a Terra era garantir a sobrevivência não apenas da elite da raça humana, mas de seus militares. Se a arma de Oz não funcionar, os morts serão simplesmente exterminados. “Ele não pode continuar assim, no entanto. Ele se machucará se não ficar doente de exaustão. Calix disse que o pegou dormindo em pé ontem.” Ela diz a última parte num sussurro. Eu suspiro. “Não sei o que fazer. Ele não ouve nada do que digo. Ele trabalha dia e noite nesta arma e, quando consigo convencê-lo a ir para a cama, ele não dorme porque diz que não quer perder um momento comigo.” Os ombros de Emery caem e ela suspira. “Bem, maldição, ele parece ser tão doce. Acho que isso significa que vocês dois...” Minha pele está tão pálida que sei que estou corando num tom de vermelho brilhante. Sei que é uma pequena comunidade aqui e todos sabem praticamente tudo um sobre o outro, mas sempre fui um pouco socialmente nervosa e introvertida – pelo

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K. Webster & Nicole Blanchard menos quando se trata de algo que não seja livros. A única pessoa com quem sou eu mesma é Oz. Os namorados que tive na Terra II eram poucos e distantes entre si, tão sem importância que nem sequer entram na equação. Definitivamente não há heróis no grupo. Os morts os descreveriam como Kevins, isso é certo. “Realmente não houve tempo para muito. O máximo que fazemos é dormir juntos. Bem, eu durmo, e ele não.” “Não pretendo te forçar ou algo assim. Estou apenas curiosa... e intrometida.” Compartilhamos uma risadinha. Não me lembro de rir com outra pessoa na minha vida. “Não me importo. Honestamente, é bom ter uma amiga.” Digo a última parte como uma pergunta e uma enorme dose de hesitação. Acho que nunca tive uma amiga que não fosse personagem de um livro. Ela me alcança sobre arrulhar Hophalix e aperta minha mão. “Estamos tão felizes em ter você aqui, Quinn. Somos todas suas amigas. E a melhor coisa é que todas estivemos exatamente onde você está, então não há julgamento e estou sempre aqui se tiver alguma dúvida. Sei como tudo pode ser confuso e insano.” “Totalmente. Sinto que fui dormir e minha vida mudou. Às vezes parece um sonho.” Ou um conto de fadas, mas não digo isso em voz alta. “Pode levar algum tempo para se acostumar. Você está indo bem, no entanto.”

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K. Webster & Nicole Blanchard “Bem, eu não tinha muita vida na Terra II fora da biblioteca, pelo menos não onde eu sentia que pertencia. Isso faz sentido?” “Você não tem ideia.” Ela responde. “Você não tinha família?” Balanço a cabeça. “A minha morreu quando eu era jovem. Eles ficaram doentes e não tinham dinheiro para ir ao médico. Não havia mais ninguém.” Ela assente com simpatia e, sentindo uma explosão de bravura, continuo. “Este lugar parece mais um lar para mim do que a Terra II. Não fiquei chateada quando acordei aqui... fiquei feliz. Isso me torna louca?” Emery sorri. “Não mais do que o resto de nós.”

***

Depois que Emery sai, termino de encadernar o papelão grosso que encontrei e planejei usar para fazer livros para os bebês quando eles forem um pouco mais velhos. Há algumas histórias infantis que lembro de cor e acho que seria divertido criar uma biblioteca infantil. Faço uma anotação mental para perguntar se alguém na instalação é um bom artista, porque desenhar não é meu forte. Olho a biblioteca uma última vez antes de encerrar a noite. As prateleiras não estão cheias e provavelmente não estarão por um tempo. Existem algumas deles numa fila organizada. Um dia terão centenas de livros nas prateleiras. Situados no lado esquerdo da sala. No fundo, está a pequena mesa que uso para

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K. Webster & Nicole Blanchard me manter organizada. À direita está a janela e a área infantil. O próximo passo da minha lista é fazer uma mesa com os tablets para verificar todos os livros carregados neles. Já emprestei um para Molly enquanto ela descansa na cama pelo resto da gravidez. Ela quase chorou quando o levei. Era o que eu mais amava em ser bibliotecária na minha outra vida. Não havia nada como trazer alegria a alguém através de um amor compartilhado pela palavra escrita. Fechando a porta, mudo meu foco do trabalho para meu outro trabalho de... algo como o amor: Oz. Ele dormirá esta noite nem que seja a última coisa que faço. E tenho um plano infalível. Primeiro, vou à Baía de Nutrição e carrego uma bandeja cheia de todas as suas coisas favoritas. Meus antebraços se contraem quando termino. Tudo o que ele não comer servirá como meu jantar. Aceno para os outros morts e suas companheiras e sigo para a oficina de Oz. Tornou-se rotina levar comida para ele à noite porque, caso contrário, ele simplesmente esquece de comer. Posso me identificar porque às vezes é assim que fico quando leio um bom livro. Os dias podem passar e ao terminar percebo que não como ou vou ao banheiro há muito mais tempo do que gostaria de admitir. Encontro-o xingando uma pilha de metal mutilada à sua frente, ou pelo menos acho que está xingando – ainda não decodifiquei completamente a língua Mortuuan. Ele retirou a metade superior do traje novamente e sua pele branca pálida brilha com suor. Quase engulo minha língua e esqueço como

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K. Webster & Nicole Blanchard converter oxigênio em dióxido de carbono. Só me lembro de me mexer porque Legolas, que está sentado em sua posição habitual no meu ombro, se contorce. Ao me ver, Oz desliga uma máquina e a coloca de volta em sua mesa de trabalho. Não sei dizer por causa da palidez de sua pele, mas acho que ele tem sombras debaixo dos olhos. Suas bochechas estão fundas de fome e, embora o conheço há pouco tempo, ele parece menor. Como se estivesse definhando diante dos meus olhos. De alguma forma, seus olhos são brilhantes, apesar de estarem pretos como breu. Ele vem até mim e pega a bandeja das minhas mãos, colocando-a de lado. Legolas desliza por meu braço, pula para o chão e corre para a pequena teia que construiu num canto. “Sussurro. Aí está você. Acho que estou perto. Os cálculos parecem precisos, mas não saberei até que os primeiros testes sejam concluídos. Precisarei de mais haxagranules para ter certeza, mas estou perto. Tenho que estar.” Quero dizer a ele para desacelerar, que mal consigo entender o que ele está dizendo porque fala rápido demais, mas então ele está me levando para a mesa de trabalho e apontando para várias engenhocas. “Isso estava errado na concepção inicial. Errado como rogshite, hahaha. Mas recalculei, recalibrei e funcionará desta vez. Isso tem que funcionar. Tem que funcionar.”

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K. Webster & Nicole Blanchard Ele parece esquecer que estou lá e coloca os óculos de volta no rosto. Eles devem ser algum tipo de lente de aumento, porque a peça que ele levanta para observar é do tamanho de um inseto pequeno. “É isso. É isso. Explodiremos aqueles mortarekkings no céu.” “Oz.” Digo. “Oz, querido, talvez você precisa comer. Venha comigo.” Falo com ele como se fosse um animal ferido. Não acho que ele me machucaria, mas ele não parece estar em sã consciência. “Vamos comer um pouco. Você se sentirá melhor depois disso.” “Sem tempo.” Ele murmura. “Sem tempo.” Pego seu braço e ele me afasta reflexivamente. O movimento é tão rápido que me pega desprevenida e tropeço em meus pés, caindo com força no chão com um “Oof”. A porta de sua oficina se abre e Galen aparece. Meu estômago afunda. Este não é o momento para eles terem uma daquelas estranhas discussões de reivindicação. Com Oz no estado em que está, isso terminará mal. Os olhos de Galen vão para mim no chão e endurecem, seguidos pelo som popopopop que significa seu temperamento alterando. “O que rekking ele fez?” Ele pergunta, mais como rosnados. Eu me levanto, tentando esconder o estremecimento na minha bunda dolorida. “Nada. Ele não quis fazer isso.” “Ele te machucou?”

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K. Webster & Nicole Blanchard “Ha! Veja isso...” Oz diz, chamando a atenção de Galen e a minha. Oz parece não se lembrar de que estou lá e não percebe a chegada de Galen. “Está funcionando.” O pequeno módulo em sua mão acende, embora não sei o que significa ou o que estou olhando. “Oz!” Galen diz bruscamente e respiro fundo, esperando Oz gritar. “Pare com isso.” Digo. “Ele não sabe o que está fazendo. Ele precisa comer e descansar. Não o provoque.” “Ele é tão burro quanto um rogcow.” Galen vocifera. “Ele deveria ser sedado... depois que eu dar um soco na cara dele por colocar a mão numa alienígena.” “Você não fará nada. Eu cuido disso.” Ele me lança um olhar que diz que não acredita em mim, o que ignoro. “Deixe-me cuidar disso.” Galen apenas cruza os braços e se inclina contra a mesa de trabalho. Bem. Se ele quer perder seu tempo, o que me importa? “Oz?” Eu me arrisco, furiosa com a nota trêmula na minha voz. Não tenho medo dele. Ele nunca me machucaria intencionalmente. Não meu Oz feroz e doce. Ele não é um vilão. “Oz? Está na hora de fazer uma pausa. Vamos lá, eu tenho comida.” “Não posso fazer uma pausa.” Ele diz baixinho e esfrega os olhos com os punhos antes de piscar furiosamente. “Não posso. Quase lá. Estou quase lá.”

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K. Webster & Nicole Blanchard “Eu sei, querido, mas você está extremamente cansado. Vamos pegar um pouco de comida e nos deitar juntos. Você não gostaria disso?” Não quero surpreendê-lo novamente, então me certifico de que estou na sua linha de visão quando me movo para seu lado. Hesitante, levanto uma mão para apertar seu ombro, como se ele fosse uma aranha assustada. Desta vez, ele mal parece me notar e perco o fôlego. “Oz?” Com minha voz ele gira em minha direção, seus olhos um pouco selvagens e ele oscila. Nossos olhos se cruzam, depois rolam para trás em sua cabeça enquanto ele cai no chão.

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K. Webster & Nicole Blanchard

CAPÍTULO OITO OZIAS

Nove solares restantes...

Acordo com um grunhido. Alto, familiar e rabugento. Galen. Reconheceria a voz dele em qualquer lugar. “Deixe-me em paz.” Murmuro, mal conseguindo abrir os olhos. “Confie em mim.” Galen rosna. “Seria uma tarefa mais prazerosa. Infelizmente, a alienígena me pediu um favor. Eu nunca decepcionaria uma fêmea, especialmente uma tão bonita...” Fecho meus olhos a tempo de meus sub-ossos estalarem. “Minha.” Galen sorri para mim, batendo de brincadeira na minha bochecha. “Sabia que isso iria acordá-lo tempo suficiente para você andar para o quarto.” Ele me ajuda a ficar de pé e me firma quando balanço. “Eu preciso...” Paro, tentando piscar o peso das pálpebras. “Você precisa descansar, querido.” A voz de Quinn me atinge. “Por favor? Por mim?”

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K. Webster & Nicole Blanchard Ela pede tão docemente que não posso negar. “Tudo bem.” Quinn sorri aliviada. “Bom. Vamos continuar então.” Cegamente, com os corredores passando, caminho atrás de Quinn, Galen quase me carregando. Quando chegamos ao meu quarto, Quinn corre, preparando as coisas. Bocejo, meus olhos se fechando por um longo momento. “Ajude-o a ir para a cama.” Sua voz mais uma vez faz meus olhos tremularem. Caio na cama com um gemido. Quinn puxa um cobertor sobre mim, mas depois começa a sair. Seguro seu braço, puxandoa suavemente. “Por favor, fique.” “Ficarei. Apenas deixe-me pegar seu jantar. Você pode comer algo e depois dormir. Estarei bem ao seu lado.” Ela promete. Com medo de perdê-la, eu a acompanho com os olhos. Ela é tão bonita com seus cachos saltitantes e óculos que deixam seus olhos tão grandes. Sua pele macia pede que a marque e prove. Meu pau endurece no traje, mas o ignoro enquanto me concentro em seu traseiro fofo. Quando ela me pega olhando, suas bochechas brilham e ela ri. Galen, no entanto, não se diverte. Ele fica na porta observando minha companheira. “Minha.” Rosno. “Não preciso de um rekking lembrete.” Ele rosna irritado. “Você diz isso a cada sete segundos. Como eu poderia esquecer?”

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K. Webster & Nicole Blanchard “Ei.” Quinn murmura. “Ele está cansado. Dê-lhe uma folga.” Ela sorri para Galen. “Obrigada por ajudar a trazê-lo aqui. Por favor, avise os outros para não nos incomodar até que ele tenha uma boa noite de descanso.” Galen me olha por um momento mais antes de desviar o olhar. Ele se vira e sai sem outra palavra. Quinn carrega um prato com um pouco de comida e depois se senta na beira da cama. “Coma.” Ela instrui num tom ofegante. “Por favor.” Dou um meio sorriso para ela antes de abrir a boca para a fatia oferecida de sabrevipe. Ela suspira quando mordo seu dedo de brincadeira. “Você deveria comer e depois descansar.” Ela repreende. “Não flertar.” Sei tudo sobre flertar. Molly me contou todas as maneiras do mundo alienígena. Flertar faz parte do ritual de acasalamento. Definitivamente, estou flertando com minha companheira. “Eu me comportaria se você estivesse nua.” Digo, sorrindo para ela. Ela solta uma risadinha. “Você é uma bagunça. Coma e veremos o que posso fazer sobre isso.” Meu sorriso cai quando percebo que ela fala sério. Ela quer ficar nua comigo? Meu pau dói conforme se estica contra o minnasuit. Calor inunda todo meu sistema enquanto imagino o corpo nu da minha companheira escorregadio de suor enquanto ela desliza para cima e para baixo em meu pau.

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K. Webster & Nicole Blanchard “Você come tão rápido.” Ela suspira em choque. “Hum?” Pergunto, fixo na maneira bonita como seus lábios se movem quando ela fala. “O prato inteiro. Quem imaginaria que posso oferecer nudez para conseguir o que quero?” “Se ficar nua, eu farei qualquer coisa que peça, Sussurro.” “Até dormir?” “Claro.” “Isso não é convincente.” Ela bufa enquanto se levanta. Ela deixa o prato e depois tira a blusa, mostrando seus seios para mim. “E se eu aumentar a aposta?” Não sei o que isso quer dizer, mas concordo porque acho que significa que ela mostrará mais pele. “Se prometer dormir depois, podemos nos divertir um pouco.” Ela morde o lábio inferior cheio, fazendo meu pau tremer. “Mas preciso que seja mais convincente. Preciso da sua promessa.” Estou dividido entre querer acasalar com ela e querer vê-la dormir. “Oz.” Ela murmura, movendo seu traseiro. “Estou nua. Eu posso ser sua. Apenas me dê sua palavra.” Memorizo sua bela forma. Seios cheios. Quadris curvilíneos. Fios escuros de cabelo encaracolado entre as coxas que praticamente salivo para enterrar o nariz. “Hum.” Murmuro. “Sim,

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K. Webster & Nicole Blanchard minha companheira. Tudo o que pede é seu. Agora venha até mim e deixe-me te provar.” Ela se aproxima de mim, um brilho vitorioso nos olhos. “Tire sua calça, Oz.” Suas mãos se apoiam em meus ombros enquanto ela monta minha cintura. “A menos que queira que eu a tire para você.” Deslizo os dedos em seus cabelos, segurando-a com força e a

puxo

para

minha

boca

para

que

possa

reivindicá-la

adequadamente. Ela geme quando nossos lábios se encontram, me dando acesso à sua língua saborosa. Devoro minha doce companheira enquanto as pontas dos meus dedos arranham seu traseiro. Enquanto nos beijamos, guio seu corpo para se mover sobre meu pau duro. O tecido é um incômodo, mas é bom tê-la contra mim. “Oz...” Eu a deito de costas e sento para desabotoar minha calça. Minhas garras praticamente rasgam o material num esforço para me tirar da roupa. Finalmente, consigo me livrar do minnasuit ofensivo e sentir seu corpo nu. “Provarei cada parte de você, Sussurro.” “Depois.” Ela ronrona. “Agora, eu quero sentir você. Quero você dentro de mim. Estou pronta.” Ela agarra minha mão, guiando-a entre suas coxas. Sua buceta está escorregadia de excitação. Preparada e pronta para levar meu pau grosso. “Agora, Oz.”

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K. Webster & Nicole Blanchard Gemo enquanto devoro sua boca mais uma vez. Ela tem o gosto da coisa mais doce que já provei – a coisa mais doce que terei. Nossas línguas duelam enquanto deslizo meu pau ao longo de suas dobras escorregadias. Seus gemidos são minha ruína quando empurro a ponta contra sua abertura. Sem aviso, empurro nela com um impulso forte dos meus quadris que a faz gritar. Prazer explode por meu corpo, fazendo-me quase desmaiar. Nunca senti algo tão indescritivelmente maravilhoso. Meu corpo inteiro treme com a necessidade de gozar. Diminuo meu movimento para poder desfrutar da sensação de sua buceta segurando meu pau. “O que acha disso, minha companheira?” “Muito bom.” Ela sussurra. “Você pode mover os quadris, querido.” Sorrio contra sua boca, empurrando com força novamente. Ela geme, suas unhas inúteis agarrando minha pele, mas não a perfurando. “Eu li o livro.” Ela suspira, seus dedos deslizando no meu cabelo. “Sei o que acontece quando você goza.” Meus quadris se movem com mais força enquanto tento devorar suas palavras com meus beijos. “Hum?” Ela vira a cabeça, me oferecendo seu pescoço doce. “Sim, hum. E quero estar no topo quando acontecer.” Os desejos da minha companheira são um comando. Rolo de costas para que ela fique por cima. Agarrando sua garganta delicada, eu a puxo para mim para que possamos nos beijar

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K. Webster & Nicole Blanchard novamente. Seu pulso salta no pescoço. Esfrego meu polegar contra ele, excitado pelo jeito que ela geme tão docemente com meu toque. “É isso, Sussurro. Faça todos os sons que deseja. Você é minha e todos precisam saber disso.” Ela balança contra mim, gemendo com minhas palavras. “Sua.” “Encherei você com minha semente. Colocarei um mortling neste belo corpo. Farei de você minha família.” Mordo seu lábio inferior. “O que acha disso?” “Parece um felizes para sempre.” “Toda heroína bonita e destemida merece um, especialmente a minha.” Ela estremece, sua buceta tremendo ao redor do meu pau. Alcanço entre suas pernas, procurando o lugar de prazer que eles chamam de clitóris. No momento em que a toco, apenas um simples toque de minhas garras, ela detona como o thermablaster. Grande. Explosivo. Belo. Uma série de figuras brilha em minha mente quando percebo meu erro enquanto trabalhava na máquina. Eu me sentiria inclinado a parar o que estou fazendo, consertar o dispositivo e salvar nosso mundo...

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K. Webster & Nicole Blanchard Se não houvesse uma alienígena bonita montando meu pau. Infelizmente, minha situação é que eu realmente tenho uma alienígena bonita montando meu pau. Salvar o mundo terá que esperar. Sou o herói dela neste momento e é isso que importa. Movo meus quadris com força, ganhando um gemido alto. Minhas bolas apertam por um segundo antes de minha libertação inundá-la. No momento em que a toxica atinge seu sistema, ela cai graciosamente nos meus braços a espera. Como seu companheiro, é meu dever segurá-la e protegê-la. Mantê-la segura enquanto seu corpo a torna inútil para que ela possa guardar minha semente. Acaricio meus dedos através dos cachos selvagens e beijo sua cabeça. “Pronto, pronto.” Murmuro. “Eu tenho você, companheira.” Eu pisco, pisco, pisco, lutando contra o cansaço que me atormenta. Ela quer que eu durma. Prometi a ela que dormiria. Mas agora não. Não enquanto ela está vulnerável. Gentilmente, a afasto do meu pau e a coloco na cama ao meu lado. Deito e passo minhas garras por seu cabelo, afastando-o do rosto. Quando seus olhos cheios de lágrimas me prendem, sei que errei. Ela não pode falar, mas eu não preciso de palavras. Eu devo dormir. Prometi que dormiria.

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K. Webster & Nicole Blanchard Tenho certeza de que, de alguma forma, ela pensou que estar no topo me manteria na cama e me convenceria a dormir. Ela não precisa me prender, no entanto. É muito mais simples que isso. Eu fiz uma promessa. “Eu sei.” Murmuro, aconchegando-me e puxando os cobertores sobre nós. “Você disse para eu dormir. Tentarei o máximo possível, Sussurro.” Ela pisca várias vezes, alívio em seu rosto. “Antes de eu dormir...” Digo com um bocejo. “Apenas saiba que você é a melhor coisa que já aconteceu comigo. O que eu sinto...” Pisco para abrir meus olhos que devem ter fechado. “O que sinto por você é... é tão intenso, Quinn. Não consigo ter o suficiente.” Pisco para abrir os olhos novamente. Ela se foi. Um rugido de pânico enche meus pulmões, mas é acalmado quando um pano quente limpa meu pau. “Shh, Oz.” Ela murmura. “Você tem que dormir por mais de trinta minutos.” Trinta? Dormi por trinta minutos?

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K. Webster & Nicole Blanchard Meu pau estremece, ansioso por mais uma rodada, mas mal consigo manter os olhos abertos. Percebo vagamente que ela está apagando as luzes, nos escondendo na escuridão. Seu corpo ainda está nu quando ela volta para a cama comigo. Eu a puxo para mim, aconchegando meu nariz em seus cachos. “Minha.” Murmuro. “Sua. Agora durma antes de eu nocauteá-lo como se fazia com os homens das cavernas.” “Homens das cavernas? Eles batiam em seus machos?” “Não, mas deveriam quando agiam como grandes idiotas.” Ela diz, num tom brincalhão. “Se vivêssemos na época dos homens das cavernas, eu teria lhe dado um golpe na cabeça e o arrastado de volta à minha caverna.” “Minha companheira é feroz e corajosa.” Digo com um sorriso. “Sua companheira se importa profundamente com você.” Suas unhas inúteis traçam círculos suaves sobre meu peito. É a sensação mais relaxante. Quero ficar acordado, memorizando a maneira como cada terminação nervosa ganha vida com seu toque. Infelizmente, seus truques alienígenas são muito poderosos. Estou dormindo no próximo suspiro. Desta vez, eu não acordo.

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K. Webster & Nicole Blanchard

CAPÍTULO NOVE QUINN

Oito solares restantes...

Ele está dormindo. Finalmente. Acho que não foi tão difícil, afinal. Bem, algumas coisas não. Coro, mesmo que não haja ninguém me vendo. Ninguém acordado de qualquer maneira. Estudo Oz, meu companheiro, como costumava fazer antes de deixar todos saberem que eu estava acordada. Volto para quando éramos nós dois e mais ninguém. Nenhuma ameaça iminente ou armas para construir. Neste momento, o universo encolhe para somente nós dois. E percebo que, desde que sejamos nós dois contra o mundo, podemos conquistar qualquer coisa. Até o fim. Enquanto ele descansa, memorizo cada parte. Não é à toa que ele passa noites me olhando. Estou tentada a fazer o mesmo. Começando com o cabelo longo e liso afastada de seu rosto. Durante o dia, ele o puxa para trás no rabo de cavalo mais sexy. Às vezes, quero desamarrá-lo e passar as mãos por ele para ver se é tão macio quanto parece. Deve ser suave. O traçado escuro das

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K. Webster & Nicole Blanchard veias forma um mapa sob sua pele, com a menor sombra azul escuro. Marcas de graxa mancham sua sobrancelha perfeita e as maçãs do rosto altas e definidas. Ele sempre parece estar coberto de graxa pelo trabalho, não importa quantos banhos tome. É como eu que sempre tenho uma caneta atrás da orelha ou enrolada no cabelo ou uma aranha apoiada no ombro. Comida e descanso apagam algumas das linhas finas das cavidades em suas bochechas. Adoraria mantê-lo na cama por mais alguns dias, realmente dando-lhe tempo para se restaurar e recuperar, mas sei que não temos esse tempo. Oito solares, pouco mais de uma semana. Um pouco mais de uma semana até que eu poder perder tudo o que ganhei. Não deixaremos isso acontecer. Não podemos. Ignorando esses pensamentos, me concentro novamente em Oz. Minhas mãos traçam seu peito musculoso e ele se move sob meu toque, virando para mim, mesmo dormindo. Adoro como ele precisa de mim, me querendo tanto quanto eu o quero. Talvez mais. É um conceito novo, com o qual posso me acostumar. A partir do peito, minha mão se move para seu abdômen, acariciando os músculos firmes sob sua pele impecável.

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K. Webster & Nicole Blanchard “Não que eu esteja reclamando...” Diz sua voz rouca do sono. “Mas se está tentando me acariciar para eu dormir, está tendo o efeito oposto.” Olho para baixo, minha garganta ficando seca. Seu pau está duro, a meros centímetros da minha mão. Esse não era o objetivo, mas não reclamarei. Não quando é tão bom tê-lo dentro de mim. “Como está se sentindo?” Pergunto, tentando me concentrar e fazendo um trabalho terrível. Minha mão agarra seu pau por vontade própria. “No momento, estou me sentindo rekking ótimo.” “Como dormiu?” Essas perguntas são importantes. Ele estava praticamente delirando ontem à noite, mas não consigo parar de tocá-lo. É muito gostoso. “Bem o bastante. Não penso em dormir agora, Sussurro.” Engulo em seco quando ele me vira na cama e me prende. Este não é o acasalamento desesperadamente doce da noite anterior, é selvagem e intenso. Sem palavras, abraçando seu peito, aceito o impulso vital de seu pau num movimento rápido. Ele me segura lá enquanto pega algo na borda da janela acima da cama. Não notei antes, mas existem várias engenhocas lá. Percebo que provavelmente são os brinquedos sexuais sobre os quais tanto ouvi falar. Minha barriga treme com antecipação. O medo que sinto se mistura com excitação. Não sei o que ele fará, mas estou ansiosa.

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K. Webster & Nicole Blanchard Ele gira o dispositivo num movimento hábil de pulso, e o divide em duas partes. Ligados no centro, eles se abrem quando ele aplica pressão e percebo com uma lança de calor diretamente no meu núcleo que são como grampos. Minha mente considera todos os lugares em que ele pode usar isso. “Bonita e doce Quinn. Vai me deixar brincar com você?” Este é o Oz que se esconde sob a superfície desse rosto travesso. Aquele que precisa se soltar para liberar toda a tensão acumulada. E ele é meu. Consigo apenas assentir. Seu sorriso de resposta é devastador. Farei qualquer coisa para ter a oportunidade de fazê-lo sorrir assim novamente. O que ele quiser. Ele traça meus lábios abertos com o grampo na mão direita, ao longo da minha garganta e ao redor dos mamilos. Eu me contorço embaixo dele, precisando do atrito, mas ele está contente em se concentrar no meu corpo, ele encara-me como se olhasse para a arma que tenta construir, como se fascinado por mim e determinado a me dobrar à sua vontade. Com um brilho perverso nos olhos, ele lambe meus mamilos, lubrificando-os até que brilham por sua boca e endurecem pela atenção dolorosa. O primeiro grampo me faz saltar. O segundo me faz gemer. Estou certa de que posso ser ouvida em toda a instalação, os sons que saem do meu peito são animalescos e

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K. Webster & Nicole Blanchard indomáveis. Movo-me para cobrir a boca com a mão livre, mas Oz as coloca acima da minha cabeça e segura contra o estrado da cama com outra engenhoca tão rápido que não tenho chance para detê-lo. Seu olhar encontra o meu e ele inclina a cabeça em questão. Aceno para ele continuar. Nesse ponto, provavelmente o mataria se ele parasse. Ele pega um terceiro e um quarto grampo. Começo a suar, meu peito arfando com cada respiração. O movimento faz com que as pinças dos meus mamilos se mexam para frente e para trás, provocando faíscas quentes de sensação que não posso fazer nada para saciar. Oz se afasta e diz: “Você me avisa se ficar desconfortável.” Com minha concordância, ele continua descendo até que esteja entre minhas pernas abertas. “Terei que fazer outro conjunto dessas restrições. Nunca pensei nisso antes, mas gostaria de ver suas pernas contidas na próxima vez, toda espalhada para mim.” “Ok.” Suspiro. O que mais há a dizer? Quero isso também. A imagem é queimada no meu cérebro quando a boca de Oz toma meu clitóris. Ele chupa e lambe até eu me contorcer debaixo dele. Ele me leva à beira do orgasmo, depois fixa o terceiro grampo num dos lábios da minha buceta. Grito em uma combinação de choque e dor. A sensação é intensa, não necessariamente desagradável, mas chocante. Sua boca volta ao espaço entre as minhas pernas até eu gritar de novo, então ele faz o mesmo do outro lado com o grampo restante.

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K. Webster & Nicole Blanchard A essa altura, estou ofegando loucamente. Meus mamilos pegam fogo com a necessidade de gozar. Os grampos são posicionados de tal maneira que, quando ele me monta novamente, eles não atrapalham. Na verdade, eles quase chamam toda a atenção para a área, fazendo de onde ele me fode uma grande piscina pulsante de necessidade. Então ele pega um vibrador. Acho que uma parte de mim morrerá. “Se isso...” Ofego. “É o que...” Respiro fundo. “Você tem aqui...” Suspiro. “Então o que diabos está em sua...” Outro suspiro. “Masmorra sexual?!” Ele coloca o vibrador contra meu clitóris e sorri. “Se chegarmos ao próximo solar, talvez eu mostre a você.”

***

“Uvie, localize Emery.” Digo mais tarde naquele dia. “Localizando Emery.” A voz computadorizada repete. Eu posso me acostumar a ter um assistente digital. Ela realmente é útil. “Emery está no Centro de Comando.” “Obrigada.” Mandei Oz embora depois de outra soneca com ordens estritas de trabalhar até a meia-noite, no mais tardar. Levo o almoço e jantar, mas não fico por lá porque, embora queira que

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K. Webster & Nicole Blanchard ele vá com calma, também entendo o quanto o trabalho é importante. Ele não precisa de distrações, desde que esteja cuidando de si mesmo. Além disso, prometi usar as engenhocas dele hoje à noite se ele voltar a dormir quando terminar o trabalho do dia, o que parece motivá-lo. Seguindo meu mapa mental, navego para o Centro de Comando, onde encontro Emery, Calix, Breccan e Aria diante de uma tela grande com outros morts e humanas que não reconheço. Eles devem as pessoas da prisão. Curiosa, entro silenciosamente para não incomodá-los. “Como está minha mãe?” Uma mulher bonita com cabelos ruivos da mesma cor que Molly pergunta. “Ela já teve o bebê?” “Ainda não.” Emery responde. “Estou surpreso que não possa ouvi-la berrar claramente através de Mortuus.” Calix diz. Aria sorri com tristeza. “Ela não está muito satisfeita com o repouso.” A mulher sorri. Ela não parece jovem o suficiente para ser filha de Molly. Se eu tivesse que adivinhar, as colocaria na mesma idade. Então, novamente, isso não seria a coisa mais estranha que aprendi desde que acordei aqui. “Posso imaginar. Ela está bem, além disso?” “Tão bem como pode estar carregando o mortling gigante de Draven. Se esse bebê não sair duas vezes o tamanho de um

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K. Webster & Nicole Blanchard mortling normal, eu ficaria surpreso.” Breccan diz. Depois de uma risada, ele acrescenta: “Não se preocupe, Willow, estamos cuidando bem dela. Ligaremos assim que o mortling chegar, para que você possa conhecer seu novo irmão ou irmã.” “Mal posso esperar para encontrá-los de verdade.” “Logo.” Lyric diz. O olhar de Breccan se volta para o corpo ao lado de Lyric. Seu companheiro Hadrian. Ele é o “filho” não oficial de Breccan, que ficou órfão pelo surto original do Rades. “Como está o progresso de Avrell? Todos precisamos estar juntos quando Oz terminar sua arma. Não quero nossa família separada quando os Kevins atacarem.” “Devagar, mas eles estão trabalhando o máximo que podem.” Hadrian responde, envolvendo um braço ao redor de Lyric. “Eles podem brigar, mas achamos que estão perto de uma cura. Confie em mim, comandante, todos queremos voltar para casa o mais rápido possível.” “Houve mais perdas de vidas?” Calix pergunta. “Não desde a última.” Willow responde. “A propagação da doença parece ter se estabilizado. Aqueles que estavam doentes não pioraram, o que é um bom sinal.” “Como está o seu progresso com o Matador de Kevin?” Hadrian pergunta a Breccan. “Oz terminou sua arma?” Com isso, todos se viram para mim. Ansiedade começa a arranhar minha garganta, mas me forço a dar um passo à frente

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K. Webster & Nicole Blanchard e sorrir hesitante. “Hum, oi. Sou a companheira de Oz. Ele está perto de terminar o protótipo para teste. Ele espera terminar no dia seguinte... quero dizer um solar ou dois.” “Quinn, certo?” Willow pergunta. Ao meu aceno, ela diz: “Ouvimos muito sobre você. Mal posso esperar para ver sua biblioteca.” Eu já gosto dela. “Obrigada. Vocês virão para a instalação em breve?” “Assim que Zoe e Av pararem de lutar por tempo suficiente para garantir que não infectemos todos.” Hadrian responde. “Não será num momento tão cedo. Se eles não pararem, alimentarei os vermes com os dois.” “Amanhã

nesta

mesma

hora

para

uma

atualização,

Hadrian.” “Vejo você então.” Ele responde. Quando os morts e suas companheiras começam a sair, eu me junto a Emery. “Quantas pessoas estão na prisão?” “Não temos certeza depois do Rades. Talvez duas dúzias.” “Este lugar pode abrigar tantas pessoas?” Eu me pergunto em voz alta. “Pode ser necessário.” Calix envolve um braço em Emery. “Existem mais salas na instalação em outros níveis. Nós as fechamos depois do pior do Rades, porque não eram necessárias com tão poucas pessoas. Se e quando as pessoas da prisão

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K. Webster & Nicole Blanchard chegarem, abriremos espaço. Faremos o que for necessário para garantir que todos sobrevivam.” “Seria estranho da minha parte dizer que sinto falta daqueles caras? Parece quieto demais sem Hadrian, Theron e Avrell aqui.” Como que para contradizer sua afirmação, todos ouvimos um BOOM alto de algum lugar dentro da instalação.

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K. Webster & Nicole Blanchard

CAPÍTULO DEZ OZIAS

Oito solares restantes...

“Você destruiu metade da parede.” Breccan reclama, espiando pelo buraco. Jareth surge do outro lado do buraco. “Ninguém está ferido, mas Sayer não está satisfeito por você ter acertado uma fileira de suas prateleiras.” Draven faz uma careta da entrada, desaprovação escrita em todo seu rosto feio. “Pequeno erro nos cálculos.” Digo, acenando para eles. “Não acontecerá de novo.” Breccan suspira. “Oz, isso não pode acontecer novamente. Não permitirei que exploda esse rekking lugar antes que os Kevins tenham a chance.” Ignorando-o, agacho e inspeciono o thermablaster. Além do buraco gigante na parede, ele fez o que deveria. Bem, quase. Tentei aproveitar o pequeno teste, mas os cálculos estavam fora da força que o arnês aguentaria. Meu thermablaster é muito poderoso, o que significa que precisarei testar a céu aberto, longe de morts, humanas e das rekking prateleiras de Sayer.

Lost Planet #7


K. Webster & Nicole Blanchard “Quem me ajudará a transportar isso para o convés da nave?” Levanto e inclino a cabeça. Breccan geme. “Você acabou de dizer que seus cálculos estavam errados. Não está pronto para um teste.” “Não.” Argumento. “O problema é que o testei em pequena escala, na tentativa de mantê-lo contido em meios gerenciáveis, porque estamos dentro de casa.” Balanço um braço, sorrindo para os três. “Mas sem trabalhar numa instalação cheia de pessoas com quem me preocupo, sou livre para testar todos os recursos do dispositivo.” “Há uma tempestade sobre nós.” Draven resmunga. “Não é sábio.” Molly geme de algum lugar próximo e o som dos sub-ossos de Draven ecoando nas paredes é a única evidência de que ele estava aqui conversando conosco. Isso e os buracos que agora decoram o batente da porta. “Ela está bem?” Pergunto, olhando para Jareth. “Ela está gritando o dia todo. É normal tão tarde na gravidez.” Breccan não parece preocupado, então não me incomodo. Além disso, tenho assuntos mais prementes. “Draven se foi, então parece que vocês dois mortarekkings foram nomeados para a tarefa.”

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K. Webster & Nicole Blanchard Breccan geme, mas não discute. “Bem, vamos lá. E antes que Aria saiba. Ela não gostará da ideia de sairmos à beira desta tempestade.” “Não caçamos há um tempo.” Jareth diz com um encolher de ombros. “Nós poderíamos matar dois grandes pássaros com uma cajadada.” “Molly diz que é 'matar dois coelhos com uma cajadada'.” Breccan afirma. “Mas eles são grandes pássaros.” Eu e Jareth dizemos ao mesmo tempo. “Eu sei mas...” “Nós realmente sabemos se eles são tão grandes assim?” Jareth reflete em voz alta, interrompendo Breccan. “Hadrian exagera. Muito.” “Lembra daquela vez que ele disse que seu pau era muito grande?” Faço um ótimo show, imitando Hadrian. Breccan bufa. “Esse pequeno mortling não sabe de nada.” “O pau de ninguém é tão grande quanto o meu.” Jareth diz com um sorriso presunçoso. “Desculpe, Breccan.” “E nenhum é tão mutilado quanto o seu. Como Grace o chama mesmo?” Breccan me pergunta. “Aberração do caralho.” Digo com uma risada. “É muito estranho querer atravessar metal na ponta do seu pau.”

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K. Webster & Nicole Blanchard Breccan se encolhe. “Vamos. Chega desse assunto. Nesse ponto, prefiro ser comido vivo por sabrevipes do que imaginar o pau de metal de Jareth.” “Sayer e Grace gostam bastante do meu pau de metal.” Jareth argumenta. “Realmente foram necessários dois companheiros para disputar seu rabo rebelde, hum?” Breccan diz, olhando-o de lado. “O que posso dizer? Sou um grande mort com grandes necessidades. Muito para lidar.” “Ok, seu grande rogcow.” Resmungo. “Pegue a ponta do thermablaster

e

me

ajude

a

carregá-lo

até

a

baía

de

descontaminação.”

***

“Quem roubou seu doce?” Quinn pergunta alegremente, seus olhos azuis brilhando atrás dos óculos. Bato no vidro do meu quarto. “Está ruim lá fora. Preciso que os magnastrikes parem.” “Por quê?” Ela pergunta lentamente enquanto entra no quarto. “Por que precisa ir lá fora?” Abandono meu lugar onde estou olhando pela janela há mais ou menos uma hora e caminho até ela. “Estive tentando conter o

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K. Webster & Nicole Blanchard poder do thermablaster para testá-lo. Mas acho que posso testálo sem danos e conseguir melhores resultados.” Ela engole. “Lá fora? Com as tempestades ruins e as coisas sabre assustadoras?” Legolas espia através da cortina de cabelo escuro que paira sobre um ombro. Estendo a mão e abro a palma para que ele suba. Ele corre em minha palma, aconchegando sua cabeça peluda contra mim. Puxando-o para meu peito, dou de ombros. “Posso liberar todo seu poder.” Explico enquanto acaricio a cabeça do nosso animal de estimação. “Melhor explodir terras áridas por aí do que continuar queimando paredes aqui dentro.” “Não gosto dessa ideia.” Ela diz, franzindo as sobrancelhas. “Parece perigoso.” “Você e Aria. Aria está gritando com Breccan desde que descobriu.” “Esta é a única maneira de testá-lo?” “A única maneira, Sussurro.” Ela solta um suspiro pesado. “Ok. Promete que voltará para mim inteiro?” Coloco Legolas na mesa perto de nós e a puxo para meus braços. “Eu prometo.” Seus lábios se erguem de um lado. Quinn tem uma doçura que nenhuma das outras fêmeas humanas têm. É quase infantil.

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K. Webster & Nicole Blanchard Isso me faz querer segurá-la e protegê-la com todas as fibras do meu ser. Aria tem acessos de raiva. Emery guarda segredos. Molly é ardente. Grace é apenas má. Entendo por que aquelas mulheres podem ter acabado na prisão. Mas Quinn? Deve ter sido um erro. “Como acabou naquela nave, minha doce companheira?” O sorriso dela cai e pânico brilha em seus olhos ampliados pelas lentes. “Eu, uh...” Ela começa a dar um passo para trás, mas agarro seus quadris, puxando-a para mais perto. “Não tenha medo, Sussurro. Você pode me dizer que plantava Kevins e eu ainda te amaria.” A boca dela se separa. “Você me ama?” Estou surpreso por deixar essas palavras escaparem, mas certamente não quero retirá-las. Parece certo com Quinn. Como se me apaixonei por ela no momento em que olhei sua forma adormecida. “Sim. Agora, como Molly diz, 'Desista das mercadorias'.” Ela ri. “De todos os morts, juro que você se tornou o pequeno papagaio dela. Você seria um ótimo garoto do sul.” “Ah, sim?” Pergunto, sorrindo para ela. “Como um menino rogcow?” “Nós os chamamos de caubóis, mas sim.” “Os caubóis têm corda. Molly me disse isso.” Mostro minhas presas duplas para ela. “Eu poderia amarrá-la, pequena rogcow.”

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K. Webster & Nicole Blanchard Ela ri. “Você me chamou de vaca!” Faço cócegas em suas costelas, porque sempre a faz rir. Suas risadas são o que me faz querer salvar o mundo inteiro – salvar todos os mundos se isso a faz feliz. “Ronk! Ronk! Minha adorável rogcow!” Nossa brincadeira brusca faz Legolas guinchar e correr para um canto para se esconder. Caio na cama com minha doce companheira, puxando-a para cima de mim. Nós dois respiramos pesadamente, nossos olhos fixos um no outro. Gentilmente, acaricio meus dedos por seus cachos encaracolados. “Eu também te amo.” Ela sussurra. “Nos livros da biblioteca, eles chamam isso de amor à primeira vista.” Ela faz uma careta. “As pessoas tiram sarro disso, no entanto. Como se não fosse real.” Enrosco os dedos em seus cabelos, puxando-a para meus lábios. “Parece bastante real para mim, companheira.” Seus lábios se separam e ela me beija docemente. Deslizo a palma por sua espinha, parando-a em seu traseiro. “Sempre fui fã dessas histórias.” Ela me diz. “O herói tem que se esforçar mais e ser mais forte que os outros. Ele tem que estar determinado a manter sua heroína segura e ao seu lado.” “Isso soa como a nossa história.” Penso em voz alta. “Acho que a nossa história é um pouco de todos os contos.” Nós nos beijamos novamente, mas ela se afasta com uma expressão triste.

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K. Webster & Nicole Blanchard “Eu matei um homem, Oz.” Minha companheira corajosa e forte. “Um Kevin?” Ela assente. “Um Kevin horrível.” “Estou tão orgulhoso de você. Minha pequena matadora de Kevin. Assim como nas histórias que me contou.” “Não acredito que está me elogiando por tirar a vida daquele homem. Você nem sabe a história. Você apenas confia que tive uma razão para fazê-lo.” “Na sua história, você nunca é a vilã, Quinn. Nunca.” Suas bochechas coram. “Estou feliz que você é meu companheiro. Você é o melhor de todos os morts.” “Você valeu a espera, Sussurro.” Beijo seu nariz. “Agora me diga o que aquele Kevin fez para merecer a ira de uma bibliotecária que nem sequer levanta a voz.” Ela faz uma careta. “Você se lembra de quando tinha sete ou oito anos – an, revoluções?” “Uma coisa pequenina que sempre se metia em problemas por desmontar as coisas.” “Inocente e tão cheio de aventura. Imagine se alguém tentasse amortecer seu espírito. Pior ainda, destruí-lo.” “Por que alguém iria querer fazer isso com um pequeno?”

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K. Webster & Nicole Blanchard “Kevins podem ser cruéis assim.” Ela explica, chorando. “Às vezes eles, hum, tocam em mulheres em lugares que não querem ser tocadas.” Um rosnado retumba no meu peito. “E às vezes, eles fazem o mesmo com as pequenas.” Meus sub-ossos começam a estalar furiosamente, minha mente dispara sobre como proteger esses seres inocentes dos monstros. “Eu vi algo terrível, Oz. Algo tão horrível que não consegui controlar a raiva. Tudo o que conseguia pensar era em proteger a pequena.” Ela soluça, lágrimas escorrendo por seu rosto. “Peguei uma cadeira e bati na cabeça dele com ela. A criança fugiu e continuei batendo. Repetidas vezes.” Ela engole. “Eles me encontraram encharcada com seu sangue, sentada ao lado do corpo sem vida, lendo um livro sobre conservas de quiabo e outros vegetais da fazenda.” “Ele mereceu cada golpe doloroso que deu. Você não deve se sentir culpada.” Seus olhos azuis endurecem. “Eu não me sinto culpada. Quando eles vieram atrás de mim, olhei para o corpo do gerente da biblioteca e cuspi nele. Disse que ele merecia. E então voltei a ler meu livro de conservas.” Minha companheira forte e feroz. “E o que aconteceu depois?” Pergunto.

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K. Webster & Nicole Blanchard “Eles arrancaram o livro das minhas mãos e me levaram direto para a cadeia. Depois de uma rápida audiência, onde continuei sem demonstrar remorso por minhas ações, eles me baniram para a nave que estava vindo para cá.” Ela encolhe os ombros. “Antes de eu sair, a pequena entrou sorrateiramente e me encontrou. Ela pegou minhas mãos através das barras e as beijou. Eu a observei fugir, livre do monstro, e sorri. Sorri quando a cápsula fechou e eles me colocaram em hibernação.” “Essa história teve um final feliz porque trouxe você para seu companheiro.” Digo, acariciando seu nariz rosa com o meu. “Trouxe você para mim.” Pressiono os lábios nos dela num beijo, que rapidamente se torna quente e intenso. Estou apenas começando a tirar a blusa dela quando alguém entra no meu quarto. “Você tem exatamente três horas para testar o thermablaster antes...” Galen para, seus olhos fixos no estado parcial de nudez da minha companheira. “Er, encontre-me no corredor quando estiver decente.” Gemo, mas é então que percebo que os magnastrikes pararam. Tempo é essencial. Rapidamente, ajudo Quinn a se vestir e ficar em pé, colocando-a ao meu lado. Dou-lhe um beijo rápido. “Voltarei antes que perceba.” Ela abraça meu pescoço com força. “Volte para mim.”

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K. Webster & Nicole Blanchard “Sempre voltarei para você. Mesmo que apenas para abraçála quando entrarmos juntos nos Eternos.” Eu me afasto, indo para a porta. “Você é um poeta, Oz.” Ela diz, sorrindo. “Um verdadeiro romântico.” “Como isso é romântico? Quando conseguirmos sair disso vivos, fingirei que sou apenas um caubói e você pode ser minha pequena rogcow. Irei amarrá-la e te foder de todas maneiras possíveis.” “Apresse-se, companheiro! Estou ansiosa por esse encontro!” Com isso, deixo-a com um sorriso no rosto, um baque extra no coração e uma imaginação cheia de maneiras de dar a minha companheira o máximo de orgasmos que puder. Voltarei porque nossa história ainda não acabou. Estamos apenas começando a parte boa.

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K. Webster & Nicole Blanchard

CAPÍTULO ONZE QUINN

Oito solares restantes...

Espero até ter certeza de que Oz saiu dos corredores para deixar nossos quartos, porque sei que se não o fizer, implorarei para que ele fique comigo onde é seguro. Do meu ponto de vista na janela, posso ver a parede de nuvens vermelhas chegando ainda mais perto. Riscadas com brilhantes lampejos de luz, seus estrondos sacodem o alicerce da instalação. Segundo Calix, as tempestades são mais graves devido a mudanças na atmosfera causadas pela radiação. Parece que não há um lugar neste planeta que não seja tocado pela destruição do homem. Se a arma de Oz não funcionar, essa destruição estará completa. Só espero que isso não custe a vida dele. “Vamos, Legolas, vamos encontrar algo para nos manter ocupados.” Ele faz um ninho no meu cabelo e esfrego seu cefalotórax e ele bate as pinças alegremente. Vou para o corredor e sou recebida pelo som de um lamento estridente vindo de outro quarto. Molly. Ou ela está brava o

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K. Webster & Nicole Blanchard suficiente para gritar ou com dor suficiente para não poder cobrila com seu charme. Ou uma combinação de ambos. Batendo no quarto dela, espero sua resposta antes de entrar. “Molly?” Digo hesitante enquanto passo pelas portas deslizantes. “Você está bem?” Seu quarto está fortemente coberto de sombras, então é difícil distinguir sua forma na cama. Quando meus olhos se ajustam à escuridão, vejo Molly num ninho de cobertores, com o rosto vermelho e os olhos abertos. Seus quartos são idênticos ao meu e de Oz, com uma cama debaixo de uma pequena janela e uma porta que leva ao banheiro. Devido à familiaridade, sou capaz de andar com facilidade até ela. “Eu-eu-eu estou tão cansada.” Ela diz, sua voz beirando a histeria. “Não posso ficar confortável. Tento adormecer, mas estou com tanta dor que nada parece certo e depois fico cansada demais para dormir, o que só piora as coisas.” Molly está deitada de lado, com a barriga inchada e saliente na frente dela. Uma de suas mãos esfrega sua superfície como se tentasse acalmar o pequeno lá dentro. “Onde está Draven?” Ela acena com a mão impaciente. “Ele f-foi buscar Calix, que está lá fora com Oz. Provavelmente ficou preso pela tempestade, conhecendo minha sorte. Enfim, ele está preocupado e não aguenta me ver com dor. Calix supostamente tem algum remédio que aliviará um pouco.”

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K. Webster & Nicole Blanchard “Como posso ajudar?” Pergunto e me sento ao lado dela. Seu cabelo vermelho está emaranhado de suor contra a testa. Pegando uma espécie de pente da estante na parede que serve como mesa de cabeceira, gentilmente escovo seus cabelos para longe do rosto. “Fica comigo por um tempo?” Ela pergunta, já começando a se acalmar. “Eu não queria incomodar Draven porque sei o quão ocupados os morts estão e quão duro trabalham, mas não quero mais ficar sozinha. Estou acostumada a me movimentar e fazer as coisas. Sou o tipo de garota responsável, não a que espera para ver.” Ela quebra em soluços suaves mais uma vez e seguro sua mão enquanto lágrimas escorrem por suas bochechas. Ela faz uma pausa de vez em quando para agarrar o estômago como se a dor fosse tão intensa que ela sente profundamente em sua alma. Leva mais tempo do que eu gostaria de admitir para perceber o que isso significa. Ocorre-me quando ela para de chorar para se concentrar no ar, respirando profundamente pelo nariz e soltando pela boca. “Hum.” Digo, quando a percepção se instala. “Molly, você tem certeza que está bem?” Com o rosto vermelho e com um olhar de pura concentração, ela diz: “Calix diz que são contrações de prática. Prática minha bunda, elas com certeza parecem reais.” “Molly, odeio dizer isso, mas acho que são reais.” Ela afasta o cabelo e sorri, o que não é a reação que eu esperava. “Docinho, acho que eu saberia se fosse a hora. Estou

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K. Webster & Nicole Blanchard esperando há semanas para ter esse bebê. Eu não... quero dizer, acho que eu...” Seu sorriso desliza do rosto e ela murmura para si mesma: “Eu saberia se estivesse em trabalho de parto. “ “Há quanto tempo elas estão assim?” Sobrancelhas suadas se unem e Molly diz: “Vem e vai a noite toda, eu acho. Parei de acompanhar quando Calix me disse essas coisas sobre ser um trabalho de parto falso.” Ela bufa um pouco. “Elas pioraram esta manhã, eu acho. Não tenho dormido bem, então dia e noite se misturaram.” “Porque não acompanhamos algumas, apenas para ter certeza. Avise-me quando tiver a próxima.” “Claro, querida, mas acho que está seguindo o caminho errado, porque eu não estou...” Sua expressão contorce de dor e seus olhos se fecham quando ela aguenta a contração. Em voz baixa, digo a Uvie que anote o horário e chame Draven, que foi com Oz e os outros para observar os testes da arma. A contração dura cerca de um minuto ou mais e, quando acaba, o corpo de Molly relaxa. Não há como elas serem falsas. Ela mal consegue falar durante a dor. Pelo que li sobre o assunto, elas ficam mais longas e mais fortes. O descanso deveria atenuar o trabalho de parto falso e não deixar Molly mais cansada. Este bebê está vindo, estejamos prontas ou não. Quando a contração termina, pego a mão dela na minha. “Odeio dizer isso, Molly, mas acho que está errada.”

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K. Webster & Nicole Blanchard “Não, eu não posso... de jeito nenhum.” Ela respira profundamente como se estivesse se afogando. Ela faz isso até que outra contração roube suas palavras. Espero até a onda de dor passar e encontro seu olhar. “Você pode e está. Uvie já avisou Draven. Ele está ajudando Oz a preparar os testes. Vamos te deixar confortável.” Molly gira enquanto troco os lençóis e pego um copo de água na pia. Ela bebe avidamente. “Por favor, me diga que já fez um parto antes?” Ela pergunta, esperançosa. “Ou pelo menos sabe o que está fazendo.” “Não temos exatamente muitas mulheres grávidas na biblioteca. Mas li alguns livros sobre o assunto.” Ao seu olhar de horror crescente, corro para acrescentar: “Não se preocupe, tudo ficará bem. Calix e Draven estarão aqui em breve e, segundo o que li, mães de primeira viagem ficam em trabalho de parto por várias horas. Talvez até dias!” Se a histeria em minha voz aumenta nessa última parte, só espero que Molly não perceba. Felizmente, ela está muito distraída com outra contração para prestar atenção em mim. Eu a coloco na cama depois que os lençóis estão trocados. Uvie anuncia em sua voz computadorizada: “De acordo com meus dados, suas contrações acontecem a cada quatro minutos e duram cinquenta segundos.” “Tenho certeza do que isso significa, garota.” “Puta merda. Não sei se estou animada ou aterrorizada.”

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K. Webster & Nicole Blanchard “Acho que é suficiente.” Minhas mãos tremem enquanto pressiono um pano frio na cabeça dela e fico feliz que ela não possa vê-las.

***

Sete solares restantes...

“Os sistemas de comunicação estão inoperantes.” Uvie relata. “A tempestade que afeta a instalação está interferindo na minha capacidade de entrar em contato com Draven e Calix. Devo continuar tentando?” “Ainda há morts dentro do prédio?” Afasto uma mecha de cabelo do meu rosto. “Atualmente não.” “Continue tentando. Talvez a tempestade cesse.” Molly, que está em trabalho de parto há nove horas, bufa na cama. Ela está se movendo de uma posição para outra buscando ficar confortável – não que isso seja possível. Pensei em enviar uma das mulheres para avisar Calix e Draven, mas não quero assustálas ou distrair Oz mais do que preciso. Esta pode ser sua única chance de testar a arma antes que o exército da Terra II chegue. Tenho que ser forte por ele, por Molly, por todos eles. “Não posso fazer isso.” Molly geme na cama.

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K. Webster & Nicole Blanchard “Sim, você pode. Está quase lá.” “Não, quero dizer isso. Não posso. Não posso fazer isso sem Draven. Onde ele está?” Eu não vou entrar em pânico. Eu posso fazer isso. Quem diria que a vida real pode ser tão emocionante quanto meus livros? “Ele está com os outros. Uvie está tentando passar pela interferência da tempestade para avisá-lo. Ele estará aqui o mais rápido que puder, eu prometo. Você quer que eu chame mais alguém? Aria?” “Eu só quero Draven. Ele deveria estar aqui.” “Eu sei, sinto muito, eu sei.” Eu a deixo apertar minha mão até meus ossos rangem no início de outra contração. Elas estão vindo quase uma em cima da outra agora. Ela tem que estar perto. Eu não a verifiquei ou algo assim, porque A, acho que Draven morderia minha cabeça e B, eu nem sei o que procurar. Ela suspira e deixa a cabeça cair. “Não se desculpe, estou feliz que esteja aqui.” “Sério?” “Todo o seu tagarelar me distrai.” Coro um pouco, mas também me encho de orgulho. Para nos manter ocupadas nessas últimas longas horas, recitei meus trabalhos favoritos de memória. É verdade que muitos são textos picantes de antes do êxodo para a Terra II, como The Wild, de K Webster, e Toxic, de Nicole Blanchard, mas são estimulantes e sugestivos, o que impede Molly de se concentrar demais na dor.

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K. Webster & Nicole Blanchard Eles também são cheios de muito sexo, o que só a faz dizer que nunca mais transará. “Aceitarei isso como um elogio.” “Isso... foi... um.” As contrações estão cada vez mais próximas agora. Não deve demorar. Bem, pelo menos de acordo com o que li. Uvie ajuda a acompanhar o tempo e a medir a temperatura, frequência cardíaca e pressão arterial de Molly. Tudo parece normal, felizmente, e Molly está lidando com isso da melhor maneira possível. O que a faz exatamente uma de nós. “Oh, acho que estou empurrando.” Diz Molly e interrompe meus pensamentos cada vez mais em pânico. A porta se abre e Draven entra. Seu rosto está coberto de suor e seus olhos estão brilhantes com exaustão febril e desespero. “Estou atrasado? Perdi tudo?” “Draven, você está aqui.” Ele vai para o lado dela, onde ela está encostada na cabeceira da cama. “Tentei vir mais cedo, mas a rekking tempestade está violenta. Mas eu voltei para você. Sempre voltarei para você.” “Nosso bebê está chegando.” Molly diz e então empurra novamente. Calix segue logo atrás, e me misturo as sombras enquanto deixo os três fazerem seu trabalho. Não estou nem de longe tão cansada quanto Molly deve estar e estou cheia adrenalina neste

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K. Webster & Nicole Blanchard momento, para sentar em uma das cadeiras. Em vez disso, permaneço junto à parede e tento dar-lhes espaço para realizar seu trabalho. Ela empurra por um curto período de tempo com Draven segurando sua mão e murmurando encorajamentos. Em pouco tempo, ouço um rugido de triunfo, seguido pelo choro de um bebê descontente. Cubro minha boca com uma mão enquanto lágrimas enchem meus olhos. Gostaria que Oz estivesse aqui para ver isso. Talvez algum dia em breve eu faça isso de novo, exceto que trarei nosso filho ao mundo. Eles estão aconchegando o bebê entre eles, enquanto Calix inspeciona Molly quando ela grita de dor. Alguns minutos depois, ela faz de novo. “O que é isso? Ele está te machucando? “Não, grandalhão, não é isso. Acho... acho que estou tendo outro bebê.” Com essa declaração, há um estrondo momentâneo de trovão e um raio ofuscante que ilumina todo quarto. Então, a instalação estremece sob nossos pés e tudo fica escuro.

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K. Webster & Nicole Blanchard

CAPÍTULO DOZE OZIAS

Sete solares restantes...

Não consigo rekking ver. A chuva cai fortemente e os magnastrikes estão por toda parte. Estou surpreso que Breccan não tenha acabado com isso. Ele não irá. Porque estamos ficando sem tempo. Ele sabe. Eu sei. Todos sabemos. Tempestade ou não, temos que preparar esta arma. Os Kevins estarão aqui em breve e não podemos nos permitir não estar prontos. “Mantenha-o firme.” Grito pela comunicação. Breccan e Jareth grunhem quando apertam os arreios, mantendo o thermablaster imóvel. “Temos problemas.” Sayer avisa. “Lá. Na frente daquela montanha.”

Lost Planet #7


K. Webster & Nicole Blanchard Não enxergo por causa da chuva, mas vejo as manchas vermelhas em seu scapescanner. Galen resmunga conforme tira a trava de seu zonnoblaster. “Vermes?” Breccan pergunta. “Sabrevipes.” Galen responde, seguindo em frente, seu zonnoblaster apontado para o bando. “Draven seria realmente útil agora.” Jareth provoca Galen um pouco, mas ignoro a discussão deles enquanto mexo na minha máquina. Depois de ter certeza de que está pronta, ligo o botão radial. Seu clique alto pode ser ouvido entre os estalos dos magnastrikes. Uma vez que a amarra está firme, pronta para absorver a energia térmica do sol além das nuvens vermelhas escuras, aponto a arma na direção do bando de sabrevipe. “Três, dois, um...” Minhas palavras são cortadas por um alto impacto magnético que atinge a terra nas proximidades. Um zumbido pode ser sentido enquanto a energia magnética ondula através de cada partícula nas proximidades. As luzes que vem da instalação piscam e o thermablaster faz um som de assobio. Isso tem que funcionar. O thermablaster zumbe cada vez mais alto quando estalos azuis de eletricidade vêm do ar carregado, aparentemente se ligando ao thermablaster. O metal zuta brilha.

Lost Planet #7


K. Webster & Nicole Blanchard “Não solte as tiras.” Aviso Breccan e Jareth no momento em que me afasto. KA-BOOM! Todos somos jogados para trás, aterrissando com força na terra. Estou atordoado com o impacto. Meus ouvidos zumbem com a explosão. “Todos estão bem?” Breccan grita. Eu me levanto e deslizo o olhar para os outros morts que também se levantam. Sayer tem seu scapescanner apontado para o bando de sabrevipes. “Nós os acertamos?” Jareth pergunta. Sayer assente. “Sim. E a montanha também.” Breccan corre para Sayer e inspeciona o dispositivo. “A montanha? Onde está?” Sayer ri. “Pergunte a Oz.” “Se meus cálculos estão corretos, a energia absorvida pelo terma...” Começo, mas Jareth me interrompe, dando um tapa no meu ombro. “Você destruiu toda a rekking montanha! Funcionou, Oz! Rekking funcionou! Explodiremos aqueles Kevins no céu!” “Agora não é hora de comemorar.” Breccan rebate. “Essa tempestade

está

fora

de

controle.

Precisamos

thermablaster de volta para onde é seguro. Vamos.”

Lost Planet #7

arrastar

o


K. Webster & Nicole Blanchard Lutando contra o vento, revezamo-nos ajudando a arrastar o thermablaster de volta para a instalação. Quando chegamos à porta e Sayer digita o código, nada acontece. “Estamos sem energia.” Sayer afirma. “Como vamos entrar?” Galen resmunga. “Bater e esperar até que alguém rekking abra?” “Teremos que entrar pela caverna.” Breccan resmunga. “Estejam atento aos vermes. Eles gostam de se esconder lá durante as tempestades.” É terrível transportar o thermablaster do lado da montanha até a entrada da caverna, e isso leva uma rekking eternidade, mas conseguimos. Uma vez lá dentro, e não mais atacados pelos elementos, abrimos caminho pelos túneis seguindo a liderança de Breccan. Não encontramos nenhum verme, o que é bom porque todos gastamos nossa energia lá fora. Ninguém se incomoda em continuar conversando. Apenas morts grunhindo e reclamando baixinho. Descemos profundamente pela montanha, viajando através de uma série de portas que não são computadorizadas, nossas lanternas de mão guiando o caminho. Quando alcançamos a que leva a um dos níveis não utilizados da instalação, somos forçados a usar um zonnoblaster para abrir a fechadura. “Fique à frente e sele esta área. Vamos nos descontaminar e depois subimos.” Breccan diz a Sayer e Galen. “Ficaremos para trás, prenderemos a arma e consertaremos a porta.”

Lost Planet #7


K. Webster & Nicole Blanchard Demora muito tempo, porque precisamos ser cuidadosos em nossos esforços para manter a instalação livre de contágios, mas finalmente criamos uma Baía de Descontaminação improvisada. Sayer retira algumas latas de spray e começa o rigoroso processo de limpeza em nós, um por um. Fazemos várias leituras dos níveis R e, quando estamos satisfeitos, deixamos a arma e entramos na instalação por outra porta. “O que é este lugar?” Pergunto, olhando ao redor da sala desconhecida, minha luz da lanterna manual refletindo nos objetos.

Suprimentos

enchem

as

prateleiras,

todos

ordenadamente guardados em caixas. Se eu não estivesse tão ansioso para voltar para Quinn, procuraria para ver que tipo de itens posso encontrar. “Reservas.” Breccan afirma. “Para emergências.” “Aquela vez que quase morremos de fome, não foi uma emergência?” Galen rosna, pegando uma enorme jarra de vidro cheia de um líquido verde escuro. “Lidamos com isso.” Breccan retruca. “Nós sempre lidamos com isso. Esses suprimentos são para quando não pudermos lidar.” Estou curioso sobre esse suprimento oculto. Galen, no entanto, está perdendo a calma a cada segundo, mexendo nas caixas e começando a se enfurecer.

Lost Planet #7


K. Webster & Nicole Blanchard “Nós poderíamos ter usado essas mudas!” Ele ruge, jogando um punhado de pacotes em Breccan. “Você nos deixou em dificuldades quando poderíamos ter tudo isso.” “Basta.” Breccan grita. “Eu não deixaria ninguém morrer de fome, mas se soubessem que tudo isso estava aqui, poderíamos ter consumido. Precisávamos das reservas caso as bestas parassem de vagar ou as plantas parassem de crescer. Não responderei a mais nenhuma acusação, Galen. Lembre-se do seu lugar.” Galen sai em disparada. “Mais alguma pergunta?” Breccan pergunta, olhando o resto de nós. “Acho que as mulheres gostariam de visitar a sala de reservas.” Digo a ele. “Talvez elas precisem de algo para os mortlings.” Breccan faz uma careta. “Aria rekking me matará.” Com isso, Jareth bufa. “Nosso comandante destemido está tremendo nas botas, porque sua companheira pode ficar com raiva por ele guardar o maior segredo de todos os tempos?” “Seja gentil.” Sayer diz, cutucando Jareth. “Se Grace descobrisse que estamos escondendo tudo isso, como acha que ela reagiria?” O sorriso de Jareth é perverso. “Ela gritaria e jogaria coisas até que nós dois a subjugássemos enchendo-a com nossos paus.” Uma risada sai de mim enquanto Breccan geme.

Lost Planet #7


K. Webster & Nicole Blanchard “Ninguém quer ouvir sobre isso.” Breccan diz, balançando a cabeça. “Estou curioso.” Solto. “Talvez possa escrever sobre essa dinâmica. Para a biblioteca de Quinn.” Sayer esfrega a palma da mão sobre o rosto. “Grace realmente nos estrangulará se escrevermos sobre esse aspecto de nosso acasalamento num livro para que todos possam ler.” “Seria para o bem da raça mort.” Argumento, sabendo que Quinn adoraria isso em sua biblioteca. “Se Breccan contar a Aria sobre esse lugar e viver para contar a história, talvez consideremos isso.” Sayer diz, nos ignorando. “Agora vamos sair daqui e ver se podemos restaurar a energia.”

***

Estou exausto no momento em que entramos nas partes familiares da instalação. Galen não está em lugar nenhum, provavelmente meditando em algum lugar. Conversas animadas enchem o prédio escuro. Lanternas de mão iluminam a Baía Médica. Vamos nessa direção para ver do que se trata a comoção. Antes de chegarmos à porta, uma sombra escura ocupa o espaço, sub-ossos estalando alto. “Estão todos bem?” Breccan pergunta, ignorando a posição ameaçadora de Draven.

Lost Planet #7


K. Webster & Nicole Blanchard Draven parece relaxar, percebendo que somos nós. “Além de estarmos sem energia, todos estão bem.” Seus dentes brilham brancos e ameaçadores nas sombras. “Molly deu à luz.” É então que noto o embrulho em seus braços. Nós todos ansiosamente nos aglomeramos ao redor dele para ver o mortling. Com uma mão enorme, ele puxa o cobertor, revelando seu pequeno para nós. “Por que ele tem duas cabeças?” Jareth pergunta. Draven resmunga. “Há dois mortlings aí. Ela teve dois.” “Dois?” Breccan pergunta, surpreso. “Como? Uma mutação?” “Não sei bem.” Draven rosna. “Tudo o que sei é que são meus. Pare de olhar boquiaberto ou arranco seus olhos para alimentar meus filhos.” “Draven!” Molly chama. “Vá devagar, caubói. Eles não são vilões, são seus amigos. Não quero que ensine o canibalismo aos gêmeos antes que eles tenham presas.” “Mas canibalismo está bem quando as presas aparecerem?” Quinn pergunta. “Interessante.” Molly ri. “Já tive comentários suficientes da família. Faça uma

pausa, Quinn, querida. Você certamente merece e,

francamente, estou falando do seu estranho senso de humor.” Quinn caminha até a porta onde Draven ainda a está bloqueando. Ele se afasta para que Quinn possa olhar os mortlings.

Lost Planet #7


K. Webster & Nicole Blanchard “Qual é Quinlan mesmo?” Ela pergunta, sorrindo. “A fêmea.” Draven resmunga. “O macho é...” “Não.” Molly grita. “Não diga isso.” “Vendar.” Draven sussurra. “Uma variação do meu nome. Ele é pelo menos três vezes maior que sua companheira de ventre.” “Eca, não diga assim.” Molly geme. “Apenas chame-os de gêmeos. Ou irmãos. Não, companheiros de nada. Não é legal, Draven.” “Vendar é o protetor dela.” Ele nos explica. “E à medida que crescer, ele também protegerá sua mãe no caso de eu não conseguir.” “O nome dele não é Vendar.” Molly diz. “Eu gosto de Thomas como meu pai.” “O que é um Thomas?” Pergunto. “Uma boa versão de um Kevin?” “Ele não é nenhuma versão de um Kevin.” Draven rosna. “E é por isso que ele é Vendar.” “Oh, doce Jesus, nós realmente nos divorciaremos pelo nome de nosso filho?” Molly resmunga. “Vendar parece algo de Star Wars!” “Quinn me disse que Star Wars é uma história vintage de alienígenas heróis no espaço.” Draven resmunga. “Vendar soa como Vader!” “Você prefere se o chamarmos de Vader?”

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K. Webster & Nicole Blanchard “Ouça, amor...” Molly diz, exasperada. “Você tem sorte de ser tão fofo, porque está realmente começando a me aborrecer.” “Espere? Draven... fofo?” Jareth inclina a cabeça para o lado. “Estamos falando do mesmo Draven?” Os sub-ossos de Draven começam a estalar novamente. “E com isso...” Digo com uma risada enquanto agarro a mão de Quinn. “Vamos sair daqui.” É uma caminhada na escuridão para meu quarto, mas uma vez que tenho Quinn dentro e fecho a porta, eu a ataco. O lanterna de mão cai do meu punho e rola pelo chão. Não preciso de luz para despi-la. Além disso, os magnastrikes iluminam o quarto a cada poucos minutos, dando-me luz suficiente para ver o que preciso. Uma vez que estamos nus, corro as mãos pelo traseiro da minha companheira e a levanto. Seus dedos agarram meu cabelo enquanto a deslizo em meu pau. Nós dois gememos com a sensação. Então, a prendo na parede, fodendo-a com força, precisando enchê-la até a borda com minha semente. “Você está frenético.” Quinn observa, sua voz sem fôlego. “Fale comigo, Oz.” Capturo seus lábios com os meus, passando minha língua pela dela e devorando seus gemidos. Ela me beija ansiosamente em troca. Meu corpo bate contra dela enquanto me aproximo cada vez mais do esquecimento. Quando chego perto, paro nosso beijo para sorrir contra seus lábios.

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K. Webster & Nicole Blanchard “Nós conseguimos.” Digo a ela. “Fizemos uma arma e ela nos protegerá. Nós temos um futuro, Quinn.” Seguro seu traseiro com força o suficiente para minhas garras perfurarem sua pele. O cheiro de seu doce sangue metálico permeia o ar, fazendo meu pau se contorcer com a necessidade de gozar. Ela força os calcanhares no meu traseiro, roçando contra mim, certificando-se de que todos os bons pontos sejam tocados da maneira certa. No momento em que ela joga a cabeça para trás, gritando quando o orgasmo a atinge, mordo sua garganta, tirando sangue também. Gozo profundamente dentro dela, reivindicandoa como minha. Nunca me cansarei dessa sensação. “Você fez isso, Oz. Você. Meu herói determinado.” Enquanto seu corpo relaxa, a puxo para mim, impedindo-a de se machucar. Gentilmente, a carrego até a cama e a deito. Uma vez que ela está limpa, deito ao lado dela, inclinando seu corpo para que ela possa assistir a tempestade lá fora. “Sussurro.” Murmuro contra sua orelha. “Eu te amo. Estou tão feliz que você é minha.” Suas sensações começam a voltar e ela avidamente me abraça. Eu a fodo novamente, mas desta vez, gentilmente fazemos amor. De novo, de novo e de novo. Porque, agora, parece que temos todo o tempo do mundo. É um sentimento com o qual posso me acostumar.

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CAPÍTULO TREZE QUINN

Seis solares restantes...

Jareth e Oz religam a energia nesta manhã e o clima na instalação é jubiloso, para dizer o mínimo. Agora temos uma chance de sobreviver por causa de Oz e dos outros. O Exército da Terra II está vindo, e ainda é perigoso e mais poderoso do que podemos imaginar, mas somos guerreiros e conseguiremos. E eu terei um herói ao meu lado. Oz vira e envolve um braço na minha cintura. Mesmo dormindo, ele precisa de mim por perto. Nunca tive ninguém que precisasse de mim antes. Tenho que dizer que acho que nunca cansarei disso. “Breccan nos quer no Centro de Comando à primeira luz para uma atualização com a prisão.” “Já desenvolveram café aqui? Porque se vamos acordar tão cedo, precisarei de muita cafeína.” “Não que eu saiba, mas tenho certeza que podemos encontrar um equivalente.” Relaxo

contra

ele.

“Estou

apenas

brincando.

preocupações mais importantes no momento.”

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Temos


K. Webster & Nicole Blanchard Ele pressiona sua ereção crescente contra meu estômago. “Certamente sim.” Gemendo, eu o deixo se esfregar contra mim por um longo momento. “Oz, não podemos. Você acabou de dizer que temos uma reunião com Breccan. E se você começar, eu continuarei e não vou querer parar.” “Isso não parece um problema para mim.” Não parece um problema para mim, também. Chegamos atrasados na reunião. “Agora que estamos todos aqui.” Breccan diz com um olhar aguçado em nossa direção. “Sayer abrirá uma linha com a prisão.” “Já está pronta.” Sayer diz e gira em sua cadeira para acariciar Grace, que está ao seu lado. Jareth está atrás deles com seu bebê, um sorriso esquisito nos lábios, mostrando que ele gosta de observá-los. Uma tela no painel de controle zumbe com estática para mostrar

uma

visão

semelhante

à

nossa:

uma

sala

de

computadores e eletrônicos cheia de seres – tanto morts quanto humanos. “Ouvi que temos um Matador de Kevin.” Hadrian diz. Sei que ele não é parente direto de Breccan, mas eles têm os mesmos maneirismos, e se não usasse meus novos óculos e não visse claramente, poderia jurar que ele até parece um pouco com Breccan. “Bom trabalho, Oz.”

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K. Webster & Nicole Blanchard Oz apenas sorri e esconde o rosto no meu pescoço. Espero que eles não possam ver o sangue enchendo minhas bochechas pela tela. Envolvendo os braços protetoramente em torno de Oz, mal contendo meu orgulho. Seu trabalho duro salvará todas essas pessoas com quem vim a me importar. “Você está certo, nós temos.” Breccan diz e bate a mão no ombro de Oz. “Graças a esse mortarekking louco. Estaremos preparados para o que os Kevins trouxerem.” “Essas são notícias maravilhosas.” Diz a companheira de Hadrian, Lyric. Breccan inclina a cabeça, sua expressão ficando séria. “Temos apenas alguns solares até os Kevins atacarem e quero nosso povo junto, aconteça o que acontecer. Podemos nos preparar para acomodar todas na instalação.” Percebo que Aria estende a mão para pegar a de Breccan enquanto ele fala. Hadrian e Lyric trocam um olhar. “Diremos isso para as pessoas aqui. Quando Avrell terminar de projetar uma cura para o Rades, faremos os arranjos para a viagem.” Breccan assente. Como se lesse sua mente, Aria diz: “E como está Avrell com a cura?” “Fodástico.” Diz uma voz feminina cortante. Uma mulher com cabelos ondulados escuros e olhos cinza claros aparece. Seu cabelo está preso num coque bagunçado e esses olhos brilham com um temperamento que posso sentir através da tela. “Ele está testando todas as eventualidades, gastando seu tempo com as

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K. Webster & Nicole Blanchard proporções químicas perfeitas e mantendo distância de nós, humildes camponeses.” “Agora não é a hora, Zoe.” Lyric diz. Tenho a sensação de isso é muito dito a Zoe. Não sei ao certo porque a resolução na tela não é ótima, mas tenho certeza de que ela revira os olhos. “A menos que eu esteja enganada, agora é precisamente a hora. Temos dias, dias, até que a Terra II desencadeie uma força infernal como nunca vimos, e seu precioso médico está indo em seu doce ritmo aperfeiçoando a cura.” Uma nova voz interrompe fora da tela. “Se por levar meu doce ritmo você quer dizer que estou tentando salvar sua vida e a vida de todos com quem você se importa, então sim, estou absolutamente seguindo meu ritmo. Melhor fazer isso do que perder pessoas que eu posso salvar.” “Não sobrará ninguém para salvar se todos estiverem mortos.” Zoe retruca. “Chega.” Hadrian interrompe. “Vocês dois farão seu trabalho sem brigar ou os deixaremos aqui para se defender dos Kevins juntos.” Breccan olha para Hadrian com orgulho, como se olhasse para um filho que acaba de se tornar homem. “Hadrian está certo. Não temos tempo para brigas entre nós. Devemos permanecer fortes para lutar contra os Kevins. Avrell, você pode realizar esta tarefa? Eu tenho fé, mas preciso perguntar.”

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K. Webster & Nicole Blanchard “Podemos e iremos.” Avrell diz com um olhar aguçado para Zoe, que o evita. Hum, bem, definitivamente há algo acontecendo aí. Sua conversa se resume em detalhes sobre os protocolos de Avrell para o tratamento do Rades. Por mais que eu queira ouvir e anotar as informações, me distraio quando Oz começa a puxar meu braço. “O que?” Pergunto, um pouco impaciente. Legolas estremece com indignação. “Venha comigo. Quero te mostrar uma coisa.” “Mas não temos que estar aqui pelo resto da transmissão?” Sussurro de volta. “Eles cobriram as coisas mais importantes. Além disso, não temos nada com que nos preocupar agora, meu Sussurro. Ficaremos bem.” Como posso me preocupar quando o tenho ao meu lado? O som dos morts e suas companheiras desaparece conforme ele me puxa por um corredor, depois alguns lances de escada. “Onde estamos indo?” Pergunto. Ele levanta um dispositivo que se parece com o que eu imaginaria se um lampião e uma lanterna acasalassem e tivessem um bebê. A luz nos rodeia e ele gesticula para a frente. “As reservas. Breccan nos mostrou este lugar que ele manteve em segredo após o teste do thermablaster. Ele tem todo tipo de coisas legais aqui e quero ver o que está escondendo de nós.”

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K. Webster & Nicole Blanchard Atraída pela perspectiva de uma missão saqueadora como um pirata, fico perto dele. Legolas pula do meu ombro e cai agilmente na parede cavernosa. De lá, ele corre alegremente chilreando. “Que tipo de coisas legais?” “Não vi muito, mas Galen encontrou uma tonelada de mudas em uma das caixas. Não acho que ele perdoará Breccan tão cedo. Nós quase morremos de fome depois que o Rades matou a maioria do nosso povo e Galen quase teve um colapso por não ser capaz de fornecer mais opções para nós quando precisamos. Talvez eu deva um pedido de desculpas ao mortarekking. Ele sabe tão bem quanto eu a pressão que pode ser.” “Mudas?” Penso, imaginando que variedades podem existir. Ainda há plantas utilizáveis da antiga Terra? Coisas que podem ser semelhantes a como eram antes de serem destruídas pela radiação? “Deve estar aqui em cima.” Oz diz, passando por uma porta final. A sala é iluminada por uma única fila de lâmpadas, a maioria das quais explodiu. Prateleiras empilhadas com caixas enchem as paredes, cuidadosamente etiquetadas e organizadas em diferentes grupos. Perto de mim, vejo rótulos como: medicamentos, produtos de limpeza, utensílios, ferramentas, organização, diversos e produtos de higiene pessoal. Conforme me aproximo da prateleira, Oz vai para o outro lado da sala. Dentro

de

uma

caixa,

encontro

itens

que

são

assustadoramente semelhantes aos itens da Terra II. Incluindo

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K. Webster & Nicole Blanchard bolas de algodão e cotonetes, fio dental ou algo idêntico, o que acho que seja cera de vela, algum tipo de fita e braçadeiras, e materiais de costura. Em outra, encontro comprimidos para purificação de água, higienizador de mãos, substituto de alvejante, sacos de lixo e um tipo menor de saco plástico. De repente percebo. Esses rekkings estão preparados para o juízo final! Fecho a caixa e vou para onde Oz está vasculhando. Ele está sentado de pernas cruzadas no chão e me junto a ele, alegremente puxando outra caixa e abrindo, ansiosamente e investigando seu conteúdo. Legolas corre pela sala, usando as caixas e prateleiras como seu parquinho. Dentro da caixa, encontro uma mina de ouro. Um suspiro de prazer escapa dos meus lábios enquanto puxo volumes grossos com texto estrangeiro nas capas. Não acho que seja uma língua alienígena. Talvez algo de antes. Havia centenas de idiomas na Terra antes que a radiação matasse seus falantes. Mal posso esperar para levá-los à biblioteca e analisá-los com Uvie. Abro suas capas duras e corro os dedos pelas palavras desconhecidas. Livros que se salvaram devem ter reconhecidos por seu significado. Não há outra razão pela qual eles teriam se apegado a eles por tanto tempo. Uma lágrima cai pela pessoa que salvou os livros há tanto tempo e agradeço-lhe mentalmente.

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K. Webster & Nicole Blanchard Oz endurece ao meu lado e ouço seus ossos estalarem como Draven quando fica chateado. Colocando os livros na caixa, me aproximo de Oz. “O que está errado?” Pergunto. Ele me oferece um pedaço de papel em resposta, e o pego. Numa inspeção mais detalhada, descubro que não é um pedaço de papel, mas uma foto. Uma foto de um mort. Nem sabia que eles tinham fotos. Oz pega uma pilha inteira delas. Se ele já não fosse branco, imagino que o sangue teria sumido de seu rosto. Atordoado, ele as olha. “Essa é sua família?” Pergunto timidamente. “Al...” Sua voz falha. “Alguns deles. Eu nem sabia que tínhamos fotos.” Ele diz com voz rouca. “Sayer não programou Uvie até que a maioria dos nossos números desapareceu, então ela não as registrou.” Ele rosna. “Matarei Breccan por esconder isso de nós. Poderíamos aproveitar a esperança que ver isso traria.” “Talvez ele tenha pensado que faria mais mal do que bem. Se você não soubesse que as coisas melhorariam, talvez as fotos o enchessem de desespero.” Isso parece tocá-lo porque ele cai num silêncio contemplativo enquanto encara cada foto. Eu o deixo com seus pensamentos, mas mantenho a mão em sua coxa enquanto vasculho caixas cheias de livros. Além dos livros em outros idiomas, existem muitos nos meus. Da ficção à manuais e até estórias. Eles serão adições fantásticas à nossa biblioteca.

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K. Webster & Nicole Blanchard “Devemos deixar isso aqui.” Ele decide depois de um longo tempo. “Até depois da batalha com os Kevins. Eles estão fundos o suficiente no subsolo para não serem danificados.” “Você está certo. Mesmo que eles consigam danificar a instalação, devemos proteger isso. Talvez seja inteligente trazer outras coisas importantes para as cavernas também, só por precaução.” “Falarei com Breccan.” Oz diz, se levantando. “Há muitas coisas importantes que devemos manter nessas cavernas.” Não gosto do olhar dele, mas não comento. Oz teve o suficiente por um dia. Ele coloca as fotos de volta na caixa com reverência e estala a língua para chamar Legolas, que pula em seu ombro. “Obrigada por compartilhar isso comigo.” Digo e aperto sua mão. “Eu nunca esconderei nada de você, Sussurro. Somos você e eu nisso até nosso final feliz.”

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K. Webster & Nicole Blanchard

CAPÍTULO QUATORZE OZIAS

Um solar restante...

“Não posso comer isso.” O nariz de Quinn franze de maneira fofa. “É…” Toda fofura desaparece quando seu rosto assume um tom de verde pálido. Frenético com sua mudança repentina, jogo o saboroso pedaço de sabrevipe de uma caçada recente sobre a mesa e a conduzo para fora do nosso quarto. “Você está doente, minha companheira?” Ela treme nos meus braços. “Não me sinto bem nos últimos dias.” “Vamos ver Calix.” Afirmo enquanto a acompanho até a Baía Médica. “Ele está ocupado checando todos os bebês, tenho certeza.” Ela diz com um suspiro cansado. “Ficarei bem. Só não me force a comer... aquilo.” Ela engasga e Legolas chia em seu ombro. Veja, o problema é que Quinn adora sabrevipe. Bem, ela adorava até que tentei alimentá-la a pouco.

Lost Planet #7


K. Webster & Nicole Blanchard “Se estiver doente, precisamos te deixar melhor. Você acha que algum dos medicamentos que encontrou nas Reservas ajudará?” Ela balança a cabeça. “Enquanto eu não pensar em comida, estou bem.” Minha companheira precisa comer, então isso é um problema. Superado pela urgência, apresso-a para a Baía Médica. Felizmente, Calix está lá com Emery e Hophalix. O rosto verde de Quinn se ilumina quando vê o mortling deles. “O que está errado?” Calix exige, deixando sua família para correr até nós. “Apenas me sentindo enjoada, isso é tudo.” Quinn murmura. “Nada demais.” Calix franze a testa enquanto aponta para a mesa. “Deite-se.” Ela se senta trêmula e depois deita. Fico ao lado dela, pegando sua mão na minha. Está fria e úmida. Pânico toma conta de mim, dificultando a respiração. “É o Rades?” Pergunto, minha voz rouca. “O que acha?” As sobrancelhas de Quinn franzem. “Pensei que o Rades estivesse contido na prisão.” “Não acho que seja o Rades. Verificarei uma coisa primeiro.” Calix entrega a ela um comprimido rosa que ela coloca na língua. “Isso aumentará seus eletrólitos. Ela começará a se sentir um

Lost Planet #7


K. Webster & Nicole Blanchard pouco melhor.” Então, para ela, ele diz: “Usarei o wegloscan. Você pode levantar sua camisa?” Ela assente, afastando o material, revelando a pele pálida. Tenho o desejo de cobrir sua nudez com a palma da mão, mas isso não a ajudará neste momento. Ela precisa de atenção médica e não ficarei no caminho. “Provavelmente é muito cedo para dizer, mas será melhor, pelo menos, descartar isso.” Calix diz, as sobrancelhas franzidas com concentração. Ele aponta o wegloscan sobre o estômago dela, observando as luzes quando elas ficam verdes. “Ahhhh.” “Isso soa como um bom ‘ahhh’.” Quinn diz. “Isso é bom?” Calix sorri quando Emery, que se aproxima, olhando os resultados do Wegloscan. “Você ama esse mort sujo de graxa?” Emery pergunta a Quinn, gesticulando para mim. Quinn assente, me dando um lindo sorriso. “Sim.” “Eu também te amo.” Digo a ela. “Bom, então você amará o bebê a caminho.” Emery diz, descansando a cabeça no ombro de Calix. Ele sorri para nós. “Parabéns.” Leva um momento para Quinn e eu processarmos suas palavras. “Bebê?” Quinn ofega enquanto eu engasgo. “Teremos um mortling?”

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K. Webster & Nicole Blanchard “Pelos dados que Avrell coletou dos humanos, é incomum que detectar a gravidez tão cedo. Algo no nosso esperma progride consideravelmente o ciclo de gestação.” “Como cachorrinhos.” Emery diz. “Pelo menos é o que Molly sempre diz.” “O que são cachorrinhos?” Pergunto confuso. “É uma doença?” Quinn ri. “Cachorrinhos são bichinhos de estimação adoráveis. Como Legolas, mas rechonchudos e peludos.” “Hmph.” Digo, tentando entender o que são cachorrinhos. Hophalix começa a chorar, claramente faminto, e Emery se desculpa. Calix faz outros testes enquanto Quinn e eu sorrimos um para o outro, de mãos dadas. Um mortling. Teremos um mortling. Quando os Kevins aparecerem, os explodiremos do céu e manteremos nossa casa segura para nossa futura família. Orgulho me domina. Não deixarei que um único Kevin ameace meu feliz para sempre. Eles podem ser os vilões da nossa história, mas sou um herói determinado. Lutarei com minhas próprias mãos, arrancando a cabeça de cada um deles, se isso significa voltar para minha companheira e nosso mortling.

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K. Webster & Nicole Blanchard “Eu te darei quantos mortlings quiser.” Digo a Quinn. “E se eu quiser cinquenta?” Ela desafia com provocação em sua voz. “Então você terá cinquenta.” Calix bufa. “Não temos recursos para cinquenta mortlings adicionais. Por favor, evite superpovoar a instalação.” Penso nas Reservas e que tipo de futuro nos aguarda. “Esta é a nossa história.” Digo a ele com um sorriso arrogante. “Nós decidimos como será.”

***

Fico colado ao lado de Sayer enquanto observamos o motor da Mayvina se aproximar da instalação. Quase aqui. Isso é surreal. Em breve, nossa família receberá uma horda inteira de humanos. Hadrian. Theron. Avrell. Sinto falta dos meus irmãos. Estou especialmente emocionado por Avrell retornar. Calix é mais do que capaz, mas quero que o médico mais experiente cuide da minha Quinn enquanto ela aumenta com nosso mortling no ventre. Ele será capaz de cuidar de nosso mortling. Já estou cheio de perguntas para ele.

Lost Planet #7


K. Webster & Nicole Blanchard Todos se movem enquanto nos preparamos para a chegada do resto de nossa facção. Molly está de mãos atadas aos seus dois mortlings, mas é ótima em dar ordens a Draven, que as cumpre rapidamente. A antiga Baía de Navegação que foi transformada no setor humano foi preparada com mais camas e assentos para acomodar outras humanas. Galen e Emery estiveram ocupados na Baía de Nutrição preparando comida, enquanto Breccan anda pelos corredores perto da Baía de Descontaminação. Sei que ele está mais ansioso para ver Hadrian. Aria e Quinn estão cuidando de detalhes de última hora, enquanto Grace cuida dos outros mortlings. Todos estão boiando, como Molly diz. Ou é remando? “O Grande Pássaro pousou.” Sayer diz, suspirando. “Vamos cumprimentar nossos amigos.” Eu o sigo para fora, ansioso para fazer a Theron um milhão de perguntas sobre a ameaça iminente e seus pensamentos sobre isso. Nas próximas horas, observamos através do vidro enquanto Breccan e Draven meticulosamente encaminham cada corpo trajado num rigoroso processo de limpeza. Uma vez que as humanas estão limpas, entram no salão onde são recebidas por Calix. Ele as avalia rapidamente antes de apontá-las para Sayer, que mostra onde Aria está, para que ela possa fazer o grande tour. Antes, eu esperava um harém inteiro de fêmeas. A ideia parece boba agora, quando tudo o que me interessa é uma. Uma fêmea é melhor do que todas as fêmeas juntas.

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K. Webster & Nicole Blanchard Reconheço Theron e Hadrian na retaguarda. Breccan abraça Hadrian por um longo tempo. Theron passa por eles correndo e então salta para o corredor com um sorriso largo. “Senti falta de todos vocês, mortarekkings!” Todos o abraçamos, mas sou o primeiro a me afastar e desviar o olhar para Hadrian e Breccan. “Onde está Avrell?” Exijo. Theron solta um suspiro. “Sobre isso...” O rugido furioso de Breccan sacode as janelas de dentro da Baía de Descontaminação. Hadrian abaixa a cabeça enquanto Breccan se enfurece. “Ele está... Ele foi para os Eternos?” Murmuro. Theron bufa. “Não, mas...” “Dê um tempo.” Diz Willow, seu sorriso largo enquanto agarra a mão de Theron na dela. “Zoe irá mandá-lo para lá se ele não aprender a calar a boca perto dela.” A brincadeira deles me irrita. “Chega.” Grito. “Por que eles não estão aqui?” Theron se arrepia, seus sub-ossos estalando. “Não grite com minha companheira.” “Eu ainda não comecei a gritar.” Retruco, me aproximando dele para cutucar seu peito. “Mas se eu não descobrir por que minha companheira está tendo o atendimento médico adequado durante a gravidez, começarei a gritar.”

Lost Planet #7


K. Webster & Nicole Blanchard “Eu

sou

perfeitamente

capaz.”

Calix

resmunga

nas

proximidades. “Vamos lá.” Willow diz para Theron. “Você pode gritar com seu amigo mais tarde. Vamos ver mamãe. Esperei uma vida inteira por isso.” Eles compartilham um olhar doce antes que ele a arraste para o quarto de Molly e Draven. A porta se abre e Breccan entra, Hadrian logo atrás. Ambos têm a mesma expressão. Irritação. Raiva. Medo. “Avrell e Zoe tomaram a decisão de ficar contra o comando de Hadrian.” Breccan rosna. “Na primeira oportunidade, Theron, você preparará a Mayvina. Eu irei pegá-los, se for preciso.” “Por quê?” Exijo. Lyric aparece, parada ao lado de seu companheiro, Hadrian, e brilhando com autoridade. “Porque foi necessário.” Ela vira o olhar para Breccan. “Eles não queriam arriscar uma infecção. Todos que viajaram para a instalação estiveram em quarentena médica rigorosa e estão saudáveis. Avrell e Zoe ficaram com os infectados. Não podíamos deixá-los morrer sozinhos.” Breccan treme de fúria, mas Aria fica ao lado de sua irmã, ligando o braço ao dela. “Eles estão nos protegendo.” Aria diz numa voz calma. “Se pedissem permissão, isso seria negado e você sabe.” Breccan mostra as presas para ela, mas Aria não se encolhe.

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K. Webster & Nicole Blanchard “Terminou?” Aria pergunta. “Seria ótimo ter uma reunião, cumprimentar as novas convidadas, mas se ainda estiver com sua birra, pedirei a Hadrian que faça isso.” Hadrian começa a avançar, mas Breccan o impede com um aperto suave no ombro. “Não.” Breccan resmunga. “Convocarei a reunião na Baía da Nutrição. Mas quero um resumo completo da situação no centro de comando assim que isso acabar.”

***

Quatorze fêmeas não acasaladas. Quatorze. Isso é tudo o que resta. Havia muitas na prisão e agora são poucas. Posso ver culpa no olhar de Breccan. Como se ele de alguma forma se sentisse responsável por essas humanas terem vindo a Mortuus, infectadas com o Rades e mortas pela rekking doença. As que chegaram à instalação – todas as quatorze – são sobreviventes. Ou elas parecem ser imunes à doença ou sobreviveram a ela e não são mais contagiosas. Durante a saudação de Breccan, todas parecem ansiosas e felizes por estarem aqui. Calix está ansioso para estudá-las, mas não temos tempo para isso. Não com os Kevins chegando amanhã.

Lost Planet #7


K. Webster & Nicole Blanchard “A condição de Julie está melhorando.” Avrell diz ao longo das comunicações. Depois que Breccan falou com o grupo e Galen as alimentou, vários de nós vão ao centro de comando fazer contato com Avrell. “Ela nos deu um susto.” Zoe diz, as sobrancelhas franzidas com preocupação. “Quantos restam?” Breccan resmunga. Zoe olha para o colo e os ombros de Avrell se encolhem. “Havia doze quando saímos há quatro solares.” Hadrian diz da cadeira ao meu lado. “Ainda temos doze doentes?” Zoe se levanta abruptamente e sai correndo. Avrell faz uma careta enquanto passa a mão sobre o cabelo bagunçado que geralmente está arrumado. Noto que ele não está mais usando seu traje de proteção. Sua pele é pálida e ele parece cansado. “Treze.” Breccan bate com o punho na mesa, criando um alto eco. “Zoe?” Avrell coça o braço. “Não importa. Vamos lidar com isso.” “O rekking que vão!” Breccan ruge. “Você está doente. É você. É por isso que você não está usando seu traje. O que você fez?” “Eu precisava testar a doença em mim mesmo para ver...” Os rugidos de Breccan abafam o que mais Avrell diz. Calix simplesmente olha para a tela enquanto medo toma conta de mim. Hadrian esconde o rosto nas mãos.

Lost Planet #7


K. Webster & Nicole Blanchard “A única maneira de criar uma inoculação que atenda tanto aos seres humanos quanto aos morts.” Avrell finaliza. “Eu diria que sinto muito, mas não sinto. Isso é necessário para a sobrevivência de todos. Nós podemos sobreviver agora, mas e o futuro? Seus mortlings? Os mortlings deles. É absolutamente necessário, Breccan, e estou perto. Dê-me tempo.” “Os Kevins estarão aqui em breve. Pelo que sabemos, eles aparecerão na prisão procurando por seu povo.” Breccan resmunga, derrotado. “Você estará em menor número. Não temos tempo suficiente para enviar Theron e outros até você. Você está sozinho e não há nada que eu rekking possa fazer sobre isso.” Eu levanto e coloco minhas mãos na mesa. “Não há nada que você possa fazer, Breccan, porque você é um mort. Juntos, somos uma família. Como Molly sempre diz: “família fica unida’. Os Kevins estão chegando e nós temos uma arma. Quando eles mostram seus rostos feios, nós os explodiremos do céu antes que tenham a chance de tocar nosso povo na prisão. Se alguém pode desenvolver uma cura, é Avrell. Todo mundo tem uma função. Vocês só precisam parar de potaria e fazer sua parte.” Hadrian bufa. “Não é potaria.” “Tenho certeza que é.” Argumento. “Não. Lyric diz isso para mim o tempo todo. É putaria. ‘Pare com a sua putaria’.” “Não, isso parece algo que um mortarekking cabeça oca como você inventaria.” Digo, apontando para ele. “Não cairei dessa vez.”

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K. Webster & Nicole Blanchard “Estou dizendo a verdade.” Hadrian diz, sufocando uma risada, o que implica no contrário. Cresci com esse rogshite sujo. Sei quando ele está mentindo. “Chega.” Breccan resmunga, mas está sorrindo. Finalmente. “Oz está certo. Avrell, certifique-se de que seu pessoal esteja seguro e corra para encontrar uma cura. Garantiremos que estejam protegidos o máximo que pudermos.” Theron gira em sua cadeira, soltando um grito alto. “Jareth, você está pronto para matar alguns Kevins?” Jareth abre um de seus sorrisos malignos, como Quinn chama. “Nasci apenas para essa tarefa.” “Não morra.” Sayer diz do canto, sua mortling dormindo em seu peito. “Como se você não quisesse matar alguns Kevins também.” Jareth o desafia. “Quer dizer... parece divertido.” Sayer concorda com uma risada. “Digo que nós os capturemos.” Draven rosna. “Trazê-los para as celas de reforma. Dê-me alguns solares com eles.” O olhar sombrio e sinistro em seu rosto faz os sub-ossos de todos estalar de uma só vez. “Vocês irão comparar paus a noite toda ou o quê?” Lyric diz da porta. “Se terminaram de brincar de 'Eu sou o monstro maior e mais malvado’, então criaremos um plano. Estou pronta para matar aqueles filhos da puta.”

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K. Webster & Nicole Blanchard Aria, Emery e Quinn espiam dentro. Willow ainda deve estar agarrada a Molly. Pisco para Quinn, amando como seu rosto fica vermelho. Depois de seu mal estar esta manhã, ela está se sentindo melhor. “Na verdade...” Breccan anuncia, sua voz enchendo o ar com autoridade. “Vocês todas vão para o subterrâneo junto com as Reservas.” “O quê?” Aria pergunta. “Por quê?” Breccan endurece. “É seguro lá em baixo. Existem rações.” “Que rações?” Aria exige, invadindo a sala. “Do que está falando?” Galen, que está parado contra a parede e franzindo o cenho, passa por nós em direção à porta. “Seu companheiro achou que era uma ótima ideia nos deixar morrer de fome em mais de uma ocasião, mesmo que ele tivesse uma caverna inteira cheia de suprimentos. Está completamente envolta em pedra. Ele quer mantê-las seguras lá.” Ele lança um olhar irritado para Breccan. “Mas cuidado. Ele pode esquecer que está lá embaixo. Ou pior ainda, decidir manter você em segredo para sempre.” Com essas palavras, ele sai da sala. Breccan solta um bufo furioso. “Galen!” Galen está com raiva demais para responder e vai embora antes que Breccan possa detê-lo. “Eu não vou para lá.” Aria argumenta, cruzando os braços sobre o peito. “Você não pode me obrigar.”

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K. Webster & Nicole Blanchard “O rekking que não posso.” Breccan rosna. “Farei o que for preciso para manter você e nosso mortling a salvo. Mesmo que isso signifique trancar você numa cela de reforma.” Ela vai atacá-lo, para grande choque de todos, mas ele a impede com um aperto firme no pulso. Ele mostra suas presas duplas para ela, o que não faz nada para fazê-la se encolher ou se curvar. Aria parece a segundos de rasgar a garganta dele com seus dentes inúteis. “Reúna seu povo, Senhora Comandante.” Breccan rosna. “Elas irão para o subterrâneo. Minha palavra é lei. Eu não cederei nisso. Eu. Não. Cederei.” Com um puxão, ela solta o braço e lhe mostra o dedo médio. “Nós não terminamos de discutir isso.” Ela sai do centro de comando com Lyric, que está falando muita potaria, bem atrás dela. Minha companheira não é irracional, no entanto. Ela corre para mim e se senta no meu colo. “É seguro lá em baixo.” Ela murmura. “Tudo o que precisamos está lá.” Seguro seu rosto e beijo seus lábios. “Todos devem fazer suas partes pela causa maior. Enquanto lutamos contra eles, preciso que ajude a manter as fêmeas e os mortlings seguros.” “Você pode contar comigo, Oz. Eu também sou uma heroína.” Nós nos beijamos até sermos os únicos restantes na sala.

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CAPÍTULO QUINZE QUINN

Nenhum solar restante...

Hoje é o dia. Não resta tempo na minha contagem regressiva mental para o dia em que o exército da Terra II deve chegar. Não sei como lidar com isso. Tudo o que sei é que queria que Oz estivesse ao meu lado. “Aqueles filhos da puta estúpidos.” Aria reclama enquanto descemos até as Reservas. Seu filho faz um som lamentável em protesto. “Matarei Breccan se os Kevins não fizerem isso por mim.” “Calma, Senhora Comandante.” Emery diz, carregando Hophalix em seus braços. “Eles estão apenas fazendo o que acham melhor.” “Dane-se isso. Não são eles contra o mundo. É nós contra o mundo. Não sei quem eles pensam que são, mas não os deixarei enfrentar isso sozinhos.” Ignoro a discussão delas enquanto recito passagens de meus livros favoritos de memória. Atrás de nós, as prisioneiras libertadas

que vieram com Hadrian e os outros andam

silenciosamente. Algumas com expressões de medo e dúvida,

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K. Webster & Nicole Blanchard enquanto outras parecem divertidas com a discussão. Quatorze mulheres que devemos proteger, além de nossas famílias. Este é nosso povo. Na minha maneira de pensar, não importa onde luto na batalha que se aproxima, contanto que eu faça parte dela. Nunca mais serei uma vítima. “Acho que é aqui.” Lyric anuncia e abre a porta. Há suspiros de surpresa quando entramos uma por uma. Mesmo que já vim aqui, estou maravilhada com a visão. Só espero que tudo o que eles salvaram não seja destruído na próxima batalha. Eu não permitirei. A sala é cavernosa. Mais do que grande o suficiente para as companheiras, seus filhos e as recém-chegadas da prisão. Aria e Sokko, Emery e Hophalix, Molly e seus dois novos bebês Quinlan e Vendar Thomas (ela finalmente cedeu a Draven, o que não foi nenhuma surpresa), Grace e Sareth, Lyric, Willow e as prisioneiras. Tenho que aprender os nomes delas. Chamá-las de prisioneiras parece tão estranho. Todas nós nos reunimos no centro da sala. Molly e Willow se amontoam, Willow com Vendar nos braços e Molly com Quinlan. “Odeio que nos encontramos novamente assim. Queria que fosse especial.” Ela tem lágrimas nos olhos e a pequena Quinlan deve sentir seu desconforto, porque começa a se agitar. “Shhh.” Molly diz para ela. Willow envolve um braço na cintura da mãe. Ainda é enlouquecedor pensar que ela é filha de Molly quando têm quase a mesma idade. A hibernação não foi brincadeira. “Não importa

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K. Webster & Nicole Blanchard como nos encontramos. A única coisa que importa é que estamos juntas novamente. Pelo menos cheguei a tempo de conhecer meu novo irmão e irmã. Eles são tão pequenos!” “Eles se parecem com você quando nasceu.” Molly diz carinhosamente. “Temos muito o que recuperar.” “Nós superaremos isso. Eu prometo. E teremos o resto de nossas vidas para criar novas memórias. Todas nós.” Aria coloca a mão no ombro de Molly. “Você está certa. Superaremos isso e todas teremos o futuro que merecemos.” “Mas não podemos sentar e esperar enquanto nossos homens morrem. Eu não irei.” Lyric interrompe. “Não cheguei até aqui para perder tudo o com o que me importo.” As duas parecem e agem de maneira semelhante, não é surpresa serem irmãs. “Nós não iremos.” Isso interrompe o discurso de Lyric e ela olha para Aria. “Nós não iremos?” “Não. Breccan e os outros morts podem pensar que estão nos protegendo, mas devemos isso a eles fazer o que pudermos para salvar nosso planeta. Mortuus não pertence à Terra II e nem nós.” Há gritos retumbantes de companheiras e prisioneiras. Ninguém tem que ficar sozinha. Nós temos uma as outras. “O que tem em mente, docinho?” Molly pergunta.

***

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As cavernas sob a instalação parecem não ter fim. Caminhos para Deus sabe onde bifurcam-se em todas as direções. Se não conseguirmos sobreviver ao ataque, talvez um último plano seja todos se esconderem nas cavernas até a Terra II perder o interesse. Embora se eles descobrirem que Mortuus é habitável novamente depois de todo esse tempo... É um pensamento que não posso suportar. Tudo o que eles sabem fazer é tomar e tomar. Não dessa vez. Eles não terão nossa casa. “Acha que isso funcionará?” Aria pergunta. “Você está me perguntando, Senhora Comandante?” Minha respiração sai em pequenos bufos entre cada palavra. Estamos subindo a colina há um tempo e embora não estou fora de forma, nosso ritmo é vigoroso. “Ei, foi ideia sua, não minha.” “Pelo que Oz me disse, os animais deste planeta são abundantes e mortais. Não pode machucar.” “Breccan me matará quando descobrir.” “Vamos esperar que eles estejam ocupados demais para perceber até que seja tarde demais. Além disso, é apenas um plano. Se tudo correr bem com o thermablaster, nem precisaremos do plano B.”

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K. Webster & Nicole Blanchard “Certo. Breccan só terá que aceitar. Como se eu ficaria presa como uma mulher indefesa, enquanto eles estão lá em cima lutando? Se sobrevivermos a isso, talvez eu nunca o perdoe.” “Sobreviveremos a isso antes de você puni-lo.” Chegamos a uma sala cavernosa quase do tamanho da própria instalação. “Uau.” Aria diz. “Eu nem sabia que algo assim existia. Ainda há muita coisa que não sabemos sobre este planeta.” Sua voz ecoa nas paredes brilhando com cristais. Estreito os olhos por trás dos óculos. Não, não cristais. Olhos. Centenas, não, milhares de olhos. “Diga-me que está vendo isso.” Ela diz em pânico. “Estou vendo.” Respondo igualmente. “As paredes estão se movendo.” “Algo nas paredes está se movendo.” Ela pega minha mão. “Que diabo é isso?” Eles se movem como uma grande onda em nossa direção. Congelada no lugar, faço um rápido desejo. Por favor, não deixe nada acontecer com nosso bebê. Legolas começa a enlouquecer no meu ombro, pulando e estalando as pinças. A onda começa a desacelerar conforme se aproxima e Legolas pula do meu ombro para ficar na nossa frente como um pequeno protetor. “Oh, pelas estrelas, eles são legalocts.” Minha voz se eleva num murmúrio. “Não são todos fofos?” “Fofos!” Aria exclama. “Como pode chamar um monte de aranhas de fofas?”

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K. Webster & Nicole Blanchard Legolas une as duas patas da frente num movimento rápido. “Espere, acho que ele está conversando com eles.” “Bem, não sei o que ele está dizendo, mas nunca fiquei tão feliz que ele seja seu animal de estimação.” Tudo o que Legolas diz a massa de criaturas parecidas com aranhas as manda para as paredes da caverna. Quando a última se vai, ele sobe de novo na minha perna e se acomoda em meu ombro. Acaricio seu abdômen como agradecimento. “Meu herói.” Digo a ele. “Não quero ser rude, mas você é estranha.” Aria ri. “Vamos, vamos sair daqui antes que eles mudem de ideia e decidam nos jantar.” “Aceitarei isso como um elogio.” “Era para ser.” Com mais meia hora de escalada, o túnel começa a se estreitar e logo estamos rastejando de joelhos. Quando as paredes começam a nos pressionar sou grata por não ser especialmente claustrofóbica. O túnel, de acordo com alguns dos mapas que encontramos nas Reservas de Breccan, deve levar a uma espécie de campo um pouco distante da instalação. Isso deve nos dar distância suficiente para nosso plano funcionar. As tropas que atacam em terra se enclausurarão em torno da parte externa da instalação e chegaremos atrás delas. O plano é atrair o maior número possível de Pássaros Grandes, vermes e sabrevipes exatamente onde a maioria dos soldados da Terra II se

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K. Webster & Nicole Blanchard concentrará. É arriscado e tem tantas chances de ser mortal tanto para nós quanto para eles, mas faremos qualquer coisa para manter nossos homens seguros. Usando trajes que encontramos armazenados nas caixas – Breccan realmente pensou em tudo – que colocamos como proteção. “Seremos rápidas nisso. Não quero deixar Sokko por muito tempo.” Aria diz enquanto nos esprememos para fora da pequena abertura do túnel e saímos no campo. Felizmente, um pequeno rebanho de algo que parece um cruzamento entre um peru e um ouriço está pastando na nossa frente. Usando as armas pequenas que roubamos das Reservas, atiramos pelo menos metade delas. O cheiro de seu sangue verdepreto é pungente no calor e muito forte. Atrairá predadores em pouco tempo, agora que a tempestade começou a diminuir. “Bom tiro.” Digo a Aria, que sorri para mim. Ela passa a mão no rosto suado e bate no prato de vidro da máscara. Suspirando, ela diz: “Vamos sair daqui antes que eles apareçam e nos comam no almoço.” Aria volta para o túnel e estou esperando minha vez, já com medo da lenta descida, quando percebo um movimento pelo canto do olho. Olho para cima, esperando ver um dos monstros vindo direto para mim para um lanche, mas não é um verme ou um sabrevipe. É uma das portas externas da instalação. Noto o movimento dela se abrindo.

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K. Webster & Nicole Blanchard Ela já está no túnel bem à minha frente, mas não consigo desviar o olhar da vista de um mort num traje saindo da abertura. Ele cai no chão ao correr e não há como confundir seu traje. Está sempre coberto de pó e sujeira de seus experimentos. É Galen. Grito para ele instintivamente, mas é claro que ele não pode me ouvir de tão longe sem um comunicador. “Onde rekking ele está indo?” Digo para ninguém. Ele está abandonando os outros morts para tentar se salvar? Penso em Oz e no quão duro ele trabalhou. Eles precisam de todos para sobreviver ao ataque que se aproxima. O que pode ser tão importante que forçaria Galen a deixar sua família? Um rugido alto me faz cair de joelhos e deslizar de volta para dentro do túnel. Mas não são as feras. É o som de um motor. Tenho espaço suficiente no túnel para olhar o espaço azul acima de mim. Um exército de Kevins enche o céu.

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EPÍLOGO AVRELL

Exilium, muitos solares atrás...

Eles não estão fazendo nada para impedir a propagação dos Rades. Rekking nada. É um choque que todos aqui não o pegaram. Talvez sim, mas não apresentam sintomas. Há muito o que explorar agora que estou aqui. Várias fêmeas me observam cautelosamente enquanto passo. Decidi permanecer sempre vestido até poder criar um ambiente estéril e livre de contágio. Será impossível eu tratar os doentes se eu também adoecer. Estou mentalmente fazendo listas. Listas e listas. Os doentes. Os recuperados. Os aparentemente imunes. Precisarei de listas para os três. Suprimentos. Localizações. Medicamentos e ferramentas. Listas para isso também. Tanta coisa para colocar em ordem antes que eu possa sequer começar. Mas não tenho tempo para desperdiçar. Esta doença se move rapidamente e é muito cruel. Precisarei utilizar

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K. Webster & Nicole Blanchard algumas das alienígenas aqui para ajudar, além de colocar Theron e Hadrian para trabalhar. Todos que forem capazes terão um papel em me ajudar nos esforços para erradicar esta doença. Encontrar uma inoculação que impeça qualquer outra pessoa de pegar o Rades é da maior importância. Existem mortlings sendo trazidos ao mundo, e eles serão enviados para os Eternos, se não formos agressivos no combate a esta doença. Quando chego à pobre imitação de uma Área Médica, já fiz muitas listas mentalmente. Começarei a dividir deveres tanto para os morts quanto para os seres humanos assim que nos encontrarmos. Por enquanto, preciso ver o médico responsável. Irritação já me toma no momento em que vejo seus cabelos escuros. Ela está de costas para mim enquanto se inclina sobre uma cama, cuidando de um dos doentes. Uma varredura da Área Médica, e a vejo extremamente carente em todas as áreas. Sou grato por ter trazido meus suprimentos para poder pular direto para o que preciso fazer. Mas primeiro, preciso lidar com ela. Zoe. A fêmea mais desagradável deste rekking planeta. Minha rival. Nem sequer reconhecerei o fato de que a acho incrivelmente atraente. Sou um macho. Ela é uma fêmea. Não vemos muitos delas, então é natural que eu me sinta assim. Se ela mantivesse os lábios fechados, eu poderia tolerá-la.

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K. Webster & Nicole Blanchard Mas ela não pode. Não irá. Recusa. No momento em que ela abre a boca, estou pronto para estrangulá-la. Juro, a mulher vive para me atormentar. Discute com tudo o que digo. Desafia todas as minhas palavras. É enlouquecedor. E durante as comunicações, quando ela já teve o suficiente, ela simplesmente desliga o canal. Agora que estou aqui, ela não pode me desligar. Eu não irei embora. Ela aprenderá isso rapidamente. “Precisarei de um relatório completo sobre os doentes. Seria benéfico se pudesse categorizar cada paciente com base no estágio da doença.” Ordeno. “Agora, fêmea.” Ela se vira, seus cabelos escuros e ondulados voando ao redor como os ventos violentos de uma tempestade. Olhos cinzaclaros quase brilham como um magnastrike, prontos para dividir a terra onde estou, se ela fosse capaz. Para uma coisa tão pequena, ela irradia poder. Muito. Poder. “Chegou para salvar o dia, Doutor?” Ela zomba, seus lábios se curvando num sorriso malicioso. Eu deveria estar irritado por suas palavras provocadoras, mas meu pau dá um pulo no traje, aparentemente satisfeito com o quão bonitos seus lábios são. E eles são lindos.

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K. Webster & Nicole Blanchard Brilhantes. Aposto que têm um sabor doce também. Rekking. “Alguém precisa fazer isso.” Digo, passando por ela para examinar a fêmea na cama que está pálida e tremendo. “Como sua cura funcionou, hum?” “Ela irá.” Ela mente. Eu a respeito, adorando o jeito que ela treme de raiva. Ela ficou chateada quando explodi por ela testar em si mesma. É surpreendente que ela nunca contraiu a doença, mas ela não tem meios para transformar essas informações em algo útil. Como uma inoculação. É aí que eu entro. “Precisarei de oito amostras de seu sangue. Agora. Também precisarei de uma amostra do sangue dessa paciente. Quando eu tiver uma lista adequada de todos os infectados, irei...” “Devagar, idiota.” Ela resmunga. “Este é o meu hospital. Minhas regras. Meus pacientes. Você veio aqui para encontrar uma cura, mas não assumirá nada. Trabalhei duro para ajudar essas pessoas.” “Quieta, mulher.” Ela fica quieta com meu pedido rosnado. Seus lábios rosados e carnudos se separam por um momento, e um silêncio adorável enche o ar. Quem diria que essas palavras realmente funcionariam nessa fêmea? Começo a fazer

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K. Webster & Nicole Blanchard outra lista – uma para Zoe – quando um grito sai de seus lábios. Seu rosto muda de vermelho para roxo. E então ela está atacando como um sabrevipe faminto e eu sou um rogcow. Ela está louca. O Rades finalmente a atingiu. Whap! Ela me bate com um de seus punhos inúteis. Atinge meu peito duro e ela geme antes de segurar a mão. Seu lindo rosto se contorce numa expressão de dor. “Essa porra doeu!” “Então por que fez?” Ela grita novamente. “Porque você me disse para calar a porra da boca!” “Menos palavras, mas a mesma intenção, eu concordo. Não entendo por que escolheu se machucar por causa disso.” Sua boca é mais uma vez silenciada por minhas palavras. Palavras que sei que a irritarão, mas falo de qualquer maneira. A verdade é que sei que estou com tempo curto, mas sinto uma grande satisfação em cutucá-la. Uma coisa é ela falar através de uma tela. É outra diferente na minha presença. “Você está fodendo comigo.” Sua sobrancelha escura sobe no rosto. Sobrancelhas não deveriam ser lindas, mas admito que as dela são bastante atraentes.

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K. Webster & Nicole Blanchard “Talvez.” Sorrio para ela com o sorriso amigável que dou aos meus pacientes. Isso parece enfurecê-la ainda mais. “Ah, porra, não. Você pode agir de maneira agradável, mas tem esse brilho maligno em seus olhos. Eu vejo, Doutor. Você é um verdadeiro Dr. Jekyll e Sr. Hyde, não é? Aposto que é um sádico que secretamente adora ver seus pacientes com dor.” Eu me aproximo dela, agarrando seu queixo delicado com minha mão enluvada. Gentilmente, aperto sua mandíbula e levanto sua cabeça. Sua respiração falha e suas narinas se abrem. “Só quero que meus pacientes sejam curados e saudáveis. Nunca presuma que sabe como me sinto, tempestade.” Ela olha para mim, tentando me afastar sem sucesso. Sou mais forte que ela. Estou no comando agora. Ela aprenderá em breve. “No entanto...” Digo humildemente, para que a paciente na cama não ouça. “Não pensarei duas vezes em lidar com sua falta de educação como meu pai me fez uma vez.” Seus olhos cinzentos ardem com intensidade. Ela tenta rosnar algumas palavras, mas meu aperto aumenta, efetivamente a silenciando. “Não tenho certeza de como as coisas são na sua miserável Terra II, mas aqui, colocamos os travessos em cima do joelho e damos uma palmada firme no traseiro.” Mostro a ela meu educado

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K. Webster & Nicole Blanchard sorriso médico. “Não pensarei duas vezes antes de fazer o mesmo por você.” Eu a solto e começo a me afastar. “Seu filho da puta.” Ela sibila. “Toque-me de novo e cortarei suas bolas!” “Coloque na lista.” Digo a ela num tom entediado. “Temos problemas mais prementes.” “Está tudo bem aqui?” Hadrian pergunta atrás de mim. “Não!” Zoe grita enquanto digo: “Perfeitamente bem.” Os passos em retirada de Hadrian podem ser ouvidos enquanto ele me deixa para enfrentar a mulher com fogo nos olhos. “Onde estávamos?” Pergunto. “Ah, está certo. Você deveria pegar um tablet e começar a tomar notas, fêmea. Tempo é essencial.” “Eu vou te matar.” Movo o olhar por sua forma minúscula. Seios bonitos e saltitantes. Quadris levemente largos. Pernas delgadas. Tudo nela é tão adorável. Além de sua língua cruel, ela é aparentemente inofensiva. “Hmm.” Digo, não convencido. “Prefiro não. Tenho trabalho a fazer. Trabalho para o qual precisarei de sua ajuda.” Ela anda em minha direção e me cutuca bem no estômago. “Nós somos colegas de trabalho. Não sou sua enfermeira,

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K. Webster & Nicole Blanchard assistente ou sua porra de peão. Você é meu igual e tem sorte que estou lhe dando isso. Se quer que as coisas sejam feitas, então terão que passar por mim primeiro. Serei amaldiçoada se você entrar aqui e assumir o controle como o idiota arrogante que é!” Ela me cutuca de novo. “E você nunca irá me bater. Entendeu, Doutor? Nunca.” “Hum.” Passo por ela e começo a vasculhar uma gaveta para ver que tipo de suprimentos há nesta sala. “Hum? É isso que diz quando acaba de falar?” Ela bufa. “Eu não terminei, idiota.” “Não tenho tempo para discutir com você, mulher. Preciso de um espaço para trabalhar. Preciso de suprimentos. Preciso de um sistema. Preciso de rekking listas.” A paciente em cima da mesa começa a tossir. Observo Zoe se transformar de tempestade violenta em brisa delicada enquanto ela corre para a mesa, tocando na paciente com cuidado. Seu sorriso é genuíno quando diz à mulher que tudo ficará bem. Que o médico veio para salvá-la. Ela fala sobre mim. Zoe pode me odiar com todas as fibras de seu ser, mas ela não pode esconder a esperança. Eu a ouço nessas poucas palavras. Prendo-me a elas. Uso-as para me abastecer e dar força. Caminho até Zoe e gentilmente coloco minha palma enluvada nas costas dela, enquanto comprimento a paciente. “Eu sou Avrell.” Digo a ela. “Nós te curaremos. Juntos.”

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K. Webster & Nicole Blanchard Zoe endurece sob meu toque, mas não se afasta. Gosto que minhas pontas dos dedos parecem vibrar com uma corrente de poder que pulsa dessa pequena mulher, ligando-a a mim. É incomum e fascinante. Isso me faz querer refletir sobre essa conexão por horas, tentando entender todas as facetas. Se ao menos houvesse mais tempo. “Aguente, Fawna.” Zoe diz, sua voz gentil e suave. “Tente descansar.” Digo para Fawna e depois guio Zoe para longe da mesa. Ela se afasta de mim, cruzando os braços sobre o peito. Suas bochechas estão levemente rosadas e ela não me olha. Ela gostou do meu toque? Acho que posso fazer uma lista para poder entendê-la como se tentasse entender a doença e como curá-la. Listo todas as coisas que compõem Zoe em minha cabeça. Todas as coisas que sei que ela é. Violenta. Forte em espírito. De tirar o fôlego. Inteligente. Indisciplinada. Lábios flexíveis. Brava.

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K. Webster & Nicole Blanchard Lampejos de vulnerabilidade sob seu exterior duro. Fácil de provocar. Minha. “Você está me ouvindo?” Ela exige, seus olhos cinzentos brilhando de fúria. Observo seus lábios cheios se moverem, mas estou preso a uma coisa sobre ela que de repente não consigo entender. Minha. Como? Por quê? Impossível. Mas ela é. De repente, sinto isso apertando meu coração. Apertado. Tão apertado. Implacável. Sufocante. Enlouquecedor. Minha. Minha. Minha. “Desculpe-me.” Digo, incapaz de tirar o olhar de seus lábios. “Não estava ouvindo uma única palavra que diz.” “Meu Deus. Um homem típico. Inacreditável.” Ela solta um bufo irônico. “Acho que você pode ser pior que Theron.” Theron. Um imaturo como Molly sempre diz. “Hmmm.” Resmungo, abrindo um armário para verificar os suprimentos lá também.

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K. Webster & Nicole Blanchard “Eu disse...” Ela resmunga, irritada com minha dispensa. “Vá encontrar Hadrian e ele lhe mostrará seu quarto. Você pode fazer suas listas idiotas como seu coração deseja e então podemos nos ver mais tarde.” “Descansarei mais tarde.” Digo a ela distraidamente. “Avaliar o estado desta Área Médica e começar é minha prioridade.” Ela aparece entre mim e o armário, empurrando um tablet no meu peito. Não há muito espaço entre nós, e quando ela tenta me empurrar para trás, meu corpo permanece imóvel. A eletricidade. Pulsa mais uma vez entre nós. Necessidade. Necessidade. Necessidade. Minha. Movo o olhar de sua mão delicada, ao longo de seu braço fino, para sua garganta e de volta aos lábios. Ela lambe-os, fazendo meu pau pulsar como se fosse atingido por um magnastrike. “Zoe.” Resmungo, olhando diretamente para seus olhos cinzentos agora. Suas sobrancelhas adoráveis estão unidas, confusão em seus olhos. “Que tipo de magia vodu estranha está fazendo? Você está me assustando, cara.” Ahh, então minha companheira também sente. E, no entanto, ela não afasta a mão de mim. Interessante.

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K. Webster & Nicole Blanchard Seguro seu pulso delicado na minha mão enluvada e o afasto. Pego o tablet da mão dela, mas não solto seu pulso. Ela ofega quando avanço, prendendo-a. “O que é essa magia vodu de que fala?” Murmuro, puxando o pulso para meu rosto para poder observar a veia sob a pele pulsar erraticamente. “Não conheço essas palavras.” “Isso significa que você me tocando fode com minha cabeça. Eu te odeio, cara. Você é um idiota arrogante.” E ainda… Dou a ela um sorriso enquanto aperto um botão no tablet. “Colocaremos isso na lista também.” Afastando-me, continuo meu exame do espaço, tomando notas mentais até o tablet ligar. “O que é isso?” Ela exige. Nós. Nós. Nós. Minha. “Isso é entender por que seu pulso acelera e seus lábios se abrem quando você me olha.” Olho por cima do ombro e sorrio. “E como seus olhos seguem todos os meus movimentos. É interessante.” E como meu pau não ficou completamente suave desde que entrei na Área Médica com ela. “Não é interessante.” Ela resmunga, mas perdeu um pouco do fogo. “Hum.”

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K. Webster & Nicole Blanchard “Juro pela porra, se disser isso mais uma vez...” “Chega de conversa sem sentido, tempestade.” Rosno. “Vamos analisar isso mais tarde. É hora de trabalhar.” Se olhares pudessem matar, eu estaria feliz em saltar para os Eternos agora. Suponho que existem maneiras piores de morrer.

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