Almanaque Imigrante n°12

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2011 ANO HOLANDA-BRASIL

05 de Dezembro de 2010

Fascículo

Nº 12

Almanaque Imigrantes é uma publicação do Programa de Patrimônio Cultural do Parque Histórico de Carambeí

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FALANDO DE HISTÓRIAS H A série de encontros “Falando de Histórias”, que tem como objetivo fazer com que a comunidade de Carambeí participe no desenvolvimento do acervo do Parque Histórico da cidade, já está acontecendo. Duas reuniões foram realizadas na Casa da Memória, a primeira no dia 5 de novembro e a segunda no dia 29. Nas oportunidades, foram reunidos moradores do município e os pesquisadores

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que trabalham na produção da Coleção Imigrantes, uma série de livros sobre a imigração, que discutiram alguns dos tópicos dos próximos volumes. Os encontros serão realizados a cada quinze dias, durante a produção das obras e, após isso, terão periodicidade mensal. • Veja mais informações e fotos no site: www.parquehistoricodecarambei.com.br


CASA DA MEMÓRIA O primeiro piso da Casa da Memória é uma área com diversas funções. Além de comportar parte do acervo do museu do Parque, é o local onde se realizam os eventos e reuniões. Nas áreas anexas à Casa, estão o Museu do Trator, a loja de lembranças e o escritório.

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2 1 MUSEU DO TRATOR

1 CONFEITARIA

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Localizado em um dos anexos da Casa, abriga as máquinas que foram indispensáveis para o cultivo da região. A força holandesa na agricultura é reconhecida nacionalmente, tendo sido os imigrantes pioneiros no cooperativismo no Brasil e inovadores em técnicas agrícolas, como o plantio direto. O Museu do Trator preserva algumas das máquinas que ajudaram os holandeses a serem referência na agricultura.

O projeto de manter as tradições não poderia deixar de fora as iguarias da culinária holandesa. Na confeitaria do parque é possí-

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vel saborear deliciosas tortas e tomar um cafezinho.

MAQUETE

Contém elementos da comunidade de Carambeí no início da colonização, que também será retratada na Vila Histórica, ala do

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Parque que será inaugurada em abril de 2011.

MUSEU DO LEITE

Preserva os maquinários utilizados pelos colonos na fabricação de produtos derivados do leite, que fizeram a marca da cooperati-

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va fundada pelos imigrantes ser reconhecida nacionalmente.

LOJA

Para quem gosta de presentear, ou mesmo guardar recordações, a loja disponibiliza para o visitante diversos produtos de lembran-

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ça do Parque Histórico e da cultura holandesa em geral.

REALIZAÇÃO:

PATROCÍNIO INSTITUCIONAL:

APOIO INSTITUCIONAL:

APOIO:

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11 • Veja mais fotos da Casa no site do Parque:

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COLEÇÃO MOBILIÁRIO AVULSO

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COLEÇÃO ESTABELECIMENTO COMERCIAL

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O piso superior da Casa da Memória concentra cinco alas temáticas, além dos objetos que não compõem uma ala estabelecida.

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O acervo que não se enquadra nas características das outras coleções é catalogado como mobiliário avulso, o que não significa que os objetos tenham menor importância histórica. Nesta coleção estão mesas, malas, TVs, rádios, móveis e utensílios de um dos primeiros escritórios da cooperativa Batavo, o que nos permite viajar no tempo para conhecer os aparelhos de gerações atrás.

Esta ala retrata a venda Sorgenfrei, de propriedade do senhor Leonardo Los, que era o local onde os habitantes de Carambeí nos anos 30 realizavam suas compras.

COLEÇÃO ESCOLA E TEMPLO

COLEÇÃO RESIDÊNCIA IMIGRANTE

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Preserva objetos domésticos da população da época. Através deles é possível aprender sobre seus hábitos e imaginar um pouco da sua rotina.

COLEÇÃO FAZENDA CARAMBEY

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Se a colônia holandesa obteve grande prosperidade ao longo do período de colonização, esse desenvolvimento foi ocasionado em grande parte pela boa educação e pela disciplina religiosa dos imigrantes. Os objetos desta ala remontam como eram os espaços de estudo e oração daquela época.

A coleção Fazenda Carambei apresenta objetos e roupas utilizados por alguns dos primeiros colonos holandeses, além de bonecos representando as diversas regiões da Holanda.

COLEÇÃO ARQUEOLÓGICA

Esta coleção reúne objetos dos habitantes dos Campos Gerais no período pré-colonial, os povos indígenas, e também fósseis da região.

PATROCÍNIO:

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BOAS PRÁTICAS • A Prática dos 5R – Reutilizar H

A prática da reutilização consiste em aproveitar algo mais de uma vez, independente se é na sua função original ou não. A reutilização tem uma contribuição muito importante, já que usufrui de bens que seriam acondicionados em aterros ou queimados, e diminui a necessidade de exploração em busca de matéria prima que seria necessária para a produção de novos produtos, poupando recursos naturais. Existem dois tipos de reutilização: a industrial e a doméstica. As indústrias reaproveitam os resí-

duos de seus processos produtivos, a fim de lhes dar destinação mais útil e ecologicamente correta, do que enviálos ao aterro. Porém, a maioria acaba esbarrando em leis que dificultam a reutilização dos materiais, em razão de conceitos extrativistas ainda arraigados nos processos produtivos. Quando se trata de reutilização doméstica, o que mais conta é a criatividade: é preciso refletir sobre como transformar determinado objeto no que precisamos e/ou queremos. Desde a reutilização em arte, como é o caso dos

artistas plásticos Hélio Leites, Naná Hayne, Jason Mecier e Vik Muniz. Mas não é necessário ser um artista para contribuir, já que a lista do que podemos fazer em casa é enorme: vai desde transformar frascos em vasos de plantas, usar pilhas recarregáveis, até separar o lixo de forma adequada.

PERSONAGEM

tão com 21 anos de idade, foi motivado pelo relato sobre Carambeí de Jan Verschoor, que emigrara para o Brasil em 1909. Devido a uma plantação que tinha perdido em uma enchente, o jovem de Geus ficou entusiasmado com a ideia de plantar acima do nível do mar. Imediatamente ele gostou de Carambeí e do Brasil e convenceu seu pai e sua família a também emigrarem, o que aconteceu em 1913.

produção do Brasil. Ele ocupou diversos cargos dentro da organização, chegando a ser seu presidente entre 1941 e 1959, quando o nome da empresa já era Cooperativa Mixta Batavo Ltda. Como era um dos poucos dirigentes que falava razoavelmente bem a língua portuguesa, era ele quem viajava para Castro, Ponta Grossa e Curitiba para os necessários contatos com autoridades e órgãos públicos.

LEENDERT DE GEUS

Leedert de Geus emigrou para o Brasil em 1911, junto com o seu irmão mais velho Arie. Eles foram os primeiros imigrantes que vieram a Carambeí diretamente da Holanda. Leendert, en-

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Em 1914, Leendert se casou com uma das filhas de Jan Vershcoor, em um dos primeiros casamentos realizados em Carambeí. Desta união surgiram 15 filhos, no decorrer das décadas seguintes. Leendert foi um dos fundadores da Cooperativa Hollandeza de Laticínios, em 1925, a primeira cooperativa de

• Fontes: www.fiesp.com.br/agencianoticias/2006/06/12/7308.ntc www.reutilizacaosolidaria.no.comunidades.net/ index.php?pagina=1795744569

Sua casa, construída em 1934, foi a primeira construção em alvenaria e também a primeira a ter telefone, em Carambeí. Era nesta casa que aconteciam as reuniões importantes da colônia e onde as visitas ilustres eram recebidas. O senhor Leendert de Geus faleceu em 1960, com a idade de 70 anos, após muito contribuir para a construção de Carambeí.

LEITURA H

Os grandes desafios do desenvolvimento passam pelo conhecimento. É fundamental para que todas as pessoas possam, em seu cotidiano, tomar decisões de consumo conscientes de seus impactos ambientais e sociais. É nesta linha de pensamento que o jornalista com pós-graduação em Gestão Ambiental, professor e criador do curso de Jornalismo Ambiental da PUC/RJ apresenta seu livro Mundo Sustentável. Quando o exemplo de André Trigueiro - que incorpora em seu trabalho todas as vertentes da sustentabilidade - for seguido por todos teremos uma sociedade mais capaz de decidir qual o futuro que deseja para si e para as futuras gerações. Trigueiro, André - Mundo Sustentável: abrindo espaço na mídia para um planeta em transformação / André Trigueiro – São Paulo: Ed. Globo, 2005. F H

EXPEDIENTE

APHC - Associação do Parque Histórico de Carambeí Presidente: Dick Carlos de Geus Vice-Presidente: Franke Dijkstra Secretário: Gaspar João de Geus Curadoria Executiva:

Fábio André Chedid Silvestre - Núcleo de Mídia e Conhecimento Guilherme Klopffleisch - Mind Promo Business Almanaque Imigrantes: Realização: APHC - Associação do Parque Histórico de Carambeí Mind Promo Business Núcleo de Mídia e Conhecimento

Editores: Fábio A. Chedid Silvestre - Núcleo de Mídia e Conhecimento Tarás Antônio Dilay - Núcleo de Mídia e Conhecimento Revisão: Núcleo de Mídia e Conhecimento Estúdio Texto - Cláudia Fonseca Colaboração: Luciano Tonon - Assessoria Cooperativa Agroindustria Batavo Assessoria de Comunicação Prefeitura Municipal de Carambeí Projeto Gráfico: Núcleo de Mídia e Conhecimento Arte e Um Pouco Mais Estúdio Gráfico Jornalista Responsável: Tarás Antônio Dilay - MT 22787

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Periodicidade: Quinzenal - Distribuição 1800 alunos “Projeto Vamos Ler” na rede estadual de ensino em Carambeí 3200 exemplares - Distribuição dirigida - 10.000 exemplares Região dos Campos Gerais na Edição de Domingo do Jornal da Manhã - Na WEB www.parquehistoricodecarambei.com.br e em redes sociais. ERRATAS NO SITE.

NÃO POLUA. COLECIONE

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