Exposição Memória Italiana no Paraná

Page 1

APOIO

REALIZAÇÃO

INCENTIVO

Projeto aprovado no Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura | PROFICE da Secretaria de Estado da Comunicação Social e da Cultura | Governo do Estado do Paraná.

Esta publicação de caráter patrimonial é um material de apoio à visitação ao Palácio Garibaldi, iniciada em 07 de junho de 2019, durante a 1ª Festa da Itália. O seu objetivo é promover e difundir o patrimônio cultural mútuo entre a Itália e o Brasil.

CAPA

Gravura de Seto. História de Curitiba em Quadrinhos, 1993.

Curadoria

Fábio André Chedid Silvestre (Núcleo de Mídia e Conhecimento)

Assistente de curadoria

Fernanda Cheffer Moreira (FC Comunicação)

Projeto Gráfico Luiz Gustavo Schmoekel (Güs Strategic Design)

Pesquisa e Acervo

Biblioteca Pública do Paraná, Casa da Memória, Fernanda Cheffer Moreira, Leticia Wichinieski, Odir Taborda Correia Junior, Paulo César Pereira (Associação dos Detentores Particulares de Patrimônio Cultural em Curitiba) e Sociedade Giuseppe Garibaldi.

Impérios, reinados e papados, a história do território italiano é antiga, rica e diversa culturalmente.

A Itália exerce influências culturais, artísticas, sociais, gastronômicas e religiosas no mundo todo, mas o seu mapa nem sempre foi como o conhecemos hoje. Foi na primeira metade do século XIX que a Península Itálica deu indícios que uma Itália unificada nasceria, a partir de revoltas nacionalistas inspiradas por um forte sentimento de nacionalismo.

Mediterrâneo

A unificação italiana, que ocorreu entre 1848 e 1860, concretizando-se por volta de 1870, caracteriza-se por um processo de união entre o vários reinos que constituíam a península itálica, a expulsão dos austríacos e a constituição do atual território da Itália. As três principais correntes que buscavam a unificação italiana foram: de base carbonária, que defendia um Estado unitário e laico; o segundo, apoiado pelo papado e pela Áustria; por fim a base vitoriosa, o Reino de Piemonte que buscou a instauração de uma monarquia constitucional laica, a partir de uma aliança com a França.

Nesse processo de unificação, um personagem importante foi Giuseppe Garibaldi, que defendia a unificação do território italiano por meio das lutas populares, como por exemplo, o movimento de esquerda dos "camisas vermelhas". Esse movimento, liderado por Garibaldi, garantiu a anexação de diversos territórios que contribuíram para Itália que conhecemos atualmente.

vermelhas". Esse movimento, liderado por Garibaldi, garantiu a anexação de

A Itália

CHAMBERY ESTADOS PAPAIS REP. DE SIENA REP. DE GÊNOVA REP. DE VENEZA DUCADO DE SAVOIA DUCADO DE MILÃO DUC. DE MODENA
DE RAGUSA
REP.
REINO DE NÁPOLES
REP. DE FLORENÇA SUÍÇA ÁUSTRIA HUNGRIA IMPÉRIO OTOMANO
OTOMANO FRANÇA Mar Adriático Mar Tirreno Mar Jônico Mar
REINO DA SICÍLIA
IMPÉRIO

Na Itália, de 1880 a 1910, período de fluxo expressivo de imigração da Itália para o Brasil, a situação da população era precária, agravada pela exaustão econômica causada em prol da unificação do território, conflitos e a Revolução Industrial. O desemprego assolava a Itália e outros países europeus, e os trabalhadores rurais eram os mais prejudicados. Os homens que trabalhavam nas fábricas e indústrias recebiam muito pouco, enquanto a mão de obra das mulheres e crianças era remunerada apenas com refeições.

Já o Governo Imperial do Brasil buscava ocupar seus territórios ociosos e produzir nestes, assim como estimular o emprego de mão de obra para suprir a lacuna deixada pelos negros escravizados, que desde 1850 estavam sendo libertados de forma gradual, primeiramente com a Lei do Ventre Livre (1871) e posteriormente com a Lei Áurea (1888). Assim, inicia-se em territórios europeus, em feiras e eventos selecionados, propagandas alardeando sobre as possibilidades de trabalho e vida nova no Brasil.

A Imigração italiana no Brasil

Os alemães e suíços representam os primeiros grupos étnicos que foram convidados a ocupar as terras brasileiras. As dificuldades econômicas e diferenças de cultivos levaram muitos desses imigrantes a desistir da vida no campo e partir para os centros urbanos. Nesse contexto, os italianos foram o próximo grupo étnico a chegar ao Brasil, a fim de substituir no campo a mão de obra dos negros, alemães e suíços. Aqueles que não se adaptaram às condições do campo somaram forças aos trabalhadores das cidades, atuando principalmente nas fábricas. Aliados, o desenrolar de tais fatores contribuíram para a chegada de aproximadamente 1.513.151 milhões de italianos ao Brasil até o ano de 1947.

“Partenza Degli Emigranti”, Angelo Tomasi, 1896 (Óleo sobre tela).

Colônias Italianas no Paraná

Colônia Assungui

Formada por ingleses, alemães, suíços e italianos.

Atual Cerro Azul. 1875

Colônia Santa Maria do Novo Tirol Fundada por 261 italianos. Atual município de São José dos Pinhais.

Colônia Orleans De natureza mista, foi fundada por imigrantes poloneses, suíços, franceses, ingleses e italianos em Curitiba. 1878

Colônia Alfredo Chaves Fundada por 40 famílias italianas, naturais do Vêneto. Atual município de Colombo. 1877

Colônia Alexandra Composta por 50 famílias naturais do Vêneto, na região de Paranaguá. Fundada pelo italiano Sabino Tripoti.

Colônia Nova Itália

Localizada em Morretes, abrigou grupos italianos recém-chegados e os que evadiram da Colônia Alexandra.

Colônia Santa Gabriela Fundada por 180 imigrantes italianos e poloneses. Atual bairro de Almirante Tamandaré.

Colônia Eufrázio Correia

Fundada por 198 imigrantes italianos. Atual bairro do Capivari, em Bocaiúva do Sul.

Colônia Santa Felicidade Fundada por 15 famílias italianas, naturais de Gênova. Deu origem ao bairro homônimo, em Curitiba.

Colônia Antônio Rebouças Fundada por 27 famílias italianas, a maioria natural do Vêneto. Deu origem ao município de Campo Largo.

Colônia Senador Dantas Fundada por 166 italianos. Atual região do bairro curitibano Água Verde.

Colônia Umbará

Imigrantes italianos e poloneses compraram terras na região e fundaram a Colônia Umbará. Atual bairro homônimo de Curitiba.

Colônia Presidente Faria

Fundada por aproximadamente 450 imigrantes italianos. Atual bairro de Colombo.

Colônia Maria José Fundada por 13 famílias italianas, aproximadamente 78 pessoas. Atual região do município de Quatro Barras.

Colônia Cecília Fundada pelo italiano Giovanni Rossi e aproximadamente 150 colonos. Atual região do município de Palmeira.

1860
1880
1888
1886
1887
1890

O Palácio Garibaldi

Fundação

Imigrantes italianos instalados em Curitiba e região fundaram, em 1° de julho de 1883, a Societá Giuseppe Garibaldi, com o objetivo de atender demandas pontuais dos trabalhadores e homenagear o líder Giuseppe Garibaldi, personagem fundamental para a unificação dos territórios italianos.

Para a nova associação, foram convidados membros da população geral, não sendo um fator determinante para a participação a descendência italiana. Devido a relevância dos colonos italianos para o cenário paranaense, a Câmara Municipal doou um terreno para a construção da sede da Societá, local onde se encontra até os dias atuais.

Assim, em 24 de julho de 1887 foi realizada uma cerimônia para o lançamento da pedra fundamental da construção do Palácio Garibaldi. Deste evento, participaram importantes nomes da história do Paraná, como o engenheiro e agente consular da Itália Ernesto

Guaita, o Dr. Generoso Marques dos Santos, os Comendadores Ildefonso Pereira Correia (futuro Barão do Serro Azul) e Antônio Alves de Araújo, o poeta Leôncio Corrêa e o Padre João Evangelista, responsável pela benção.

O projeto de construção do Palácio Garibaldi foi desenvolvido por Ernesto Guaita. A realização foi uma tarefa hercúlea, que demandou grandes esforços dos seus associados. Aqueles que não podiam contribuir financeiramente com o projeto, dedicavam sábados e domingos nos quais atuavam diretamente nas obras.

Finalmente, em 1904, o Palácio foi inaugurado. A escadaria de pedra bruta foi uma obra à parte, realizada por artistas e mestres italianos, concluída em 1918, juntamente com os muros.

Em 1932, a fachada recebeu uma intervenção com projeto do italiano João de Mio , expoente da arquitetura paranaense, ganhando então os traços que perduram até os dias de hoje.

Em mais de um século de história, a Sociedade Giuseppe Garibaldi nunca se absteve em momentos de tensão, exercendo participação cívica e social em diversos movimentos determinantes para a história do Brasil e do Paraná, como a causa abolicionista, a proclamação da República, arrecadação de fundos para a Cruz Vermelha durante a 1° Guerra Mundial e outros. Ainda que a origem de sua constituição seja italiana, a Sociedade se tornou cada vez mais mista, agregando ao seu quadro de associados descendentes e imigrantes de outras etnias, assim como brasileiros.

A ocupação do Palácio

Os contornos da 2° Guerra Mundial levaram o Brasil, em janeiro de 1942, a romper relações com a Alemanha, Japão e Itália, os chamados países do eixo. A tensão do conflito chegou a Sociedade Giuseppe Garibaldi, assim como a outras associações de origem italiana e alemã, sendo alvo de depredação e furtos.

Em março de 1942, o chefe de Polícia do Paraná, o Dr. Fausto Bittencourt, publicou a Portaria n° 90, que decretou a ocupação do Palácio Garibaldi, do Clube Concórdia e da Sociedade Rio Branco. A portaria atribuiu a quais organizações cada um dos prédios seria entregue e tornou ilegal que as diretorias destas utilizassem os imóveis, assim como os demais membros associados.

Dia da devolução do prédio da Sociedade Garibaldi aos associados (1962).

Durante os anos de ocupação, as diretorias foram autorizadas a realizar apenas atividades beneficentes. Na fachada de seu prédio, o Palácio Garibaldi ganhou o dístico ‘Casa de Olavo Bilac’.

Foram tempos complicados, que exigiram resiliência e determinação. Em 1942, a diretoria da Sociedade Garibaldi foi aconselhada a alterar a sua nomenclatura, passando a ser conhecida como ‘Sociedade Beneficente Presidente Faria’. Em 1943, a sede foi desapropriada formalmente, tornando-se sede do Tribunal de Justiça do Paraná.

Apenas em 1962, após duas décadas de esforço empregado em processos judiciais e políticos, o Palácio Garibaldi foi devolvido à sua sociedade de origem. Durante os 20 anos em que ficou sob a tutela do Governo estadual, o patrimônio e mobiliário do prédio diminuiu consideravelmente, com o desaparecimento de pinturas, lustres, porcelanas e depredação de sua estrutura física.

Aspecto do Palácio Garibaldi, em 1940.

Tombamento

A relevância arquitetônica do Palácio Giuseppe Garibaldi, de estilo neoclássico, foi reconhecida pelo Governo do Paraná em 29 de janeiro de 1988, quando foi inscrito no Livro do Tombo Estadual, sob o n° 88. Além disso, é reconhecido como Unidade de Interesse de Preservação (UIP) pela Municipalidade de Curitiba. Guardando tais valores de preservação patrimonial e cultural, necessitava então ser recuperado, após longos anos de ocupação intensa.

Construir, edificar sempre. Preparar os caminhos da liberdade e exaltar a solidariedade entre os povos foi sempre o lema maior desta sociedade.

Discurso de reinauguração, em 12 de dezembro de 1996, promovido pelo presidente Wladimir Olympio Trombini.

Restauro

Sob a gestão de Wladimir Olympio Trombini, o Palácio Garibaldi passou por uma restauração, realizada a partir de 1993 e reinaugurada no dia da emancipação política do Paraná (12 de dezembro), em 1996. A intervenção foi uma medida providencial para o uso do Palácio, que na época encontrava-se em situação precária de conservação e segurança, havendo riscos de desabamento do telhado.

As obras contaram com o apoio da Prefeitura de Curitiba, que permitiu a negociação do potencial construtivo para custear as obras. Além das dificuldades de autorizações públicas para a realização da obra, o presidente Wladimir também precisou encontrar formas de aumentar o quadro social, que encontrava-se severamente reduzido desde a ocupação pública da sede.

Foi então que surgiu a ideia de alugar determinados espaços do Palácio Garibaldi, a fim de tornar a ideia do uso possível à comunidade geral e ao poder público, assim como contribuir para a arrecadação de verbas destinadas à manutenção e preservação do prédio.

Intervenção de recuperação foi do telhado ao piso.

Página do Livro do Tombo.

O Palácio Giuseppe

Garibaldi, como um patrimônio histórico e cultural, faz parte de uma paisagem urbana, e para além, compõe uma paisagem histórica, pois se localiza no Setor Histórico de Curitiba.

O Centro Histórico

Este espaço de memórias é composto por construções de diversas épocas e estilos, começando pelo Largo da Ordem, com a casa Romário Martins, a Igreja da Ordem e o bebedouro, subindo até a Praça Garibaldi, onde se encontram a Fonte da Memória, o Relógio das Flores e o Palácio Garibaldi, e finalizando no Alto do São Francisco, com as Ruínas de São Francisco e o Belvedere.

Como qualquer paisagem cultural, ela se modificou desde a fundação da cidade de Curitiba em 1693, cujo marco zero está no centro histórico, localizado na Praça Tiradentes.

A região foi utilizada inicialmente como ponto de parada dos tropeiros e, com os anos, tornou-se um importante centro comercial, no qual muitos imigrantes chegavam em suas carroças para comercializar a produção das colônias. É o caso dos italianos que vinham de Santa Felicidade comercializar seus produtos no Largo da Ordem, contribuindo para a pluralidade étnica cultural.

Com a mudança progressiva do centro comercial para perto da praça Generoso Marques, no início do século XX, a região perdeu sua visibilidade. Em 1960, inicia-se um novo plano urbanístico para a capital, com a ideia de criação de um Setor Histórico começa a ser delimitada e, em 1970, é oficialmente efetivada. Hoje, o recorte urbanístico, que ganhou uma função histórica, abriga diversas construções com fins culturais e de preservação da memória por meio das edificações, compondo assim a paisagem.

Vista panorâmica do Centro Histórico de Curitiba, tomada da residência de Julio Garmatter (atual sede do Museu Paranaense), em 1928. Vista atual do Centro Histórico, com o Palácio Garibaldi em destaque. Década de 60. Década de 40.

Heróis de dois mundos

A trajetória de Giuseppe e Anita Garibaldi

Giuseppe Garibaldi na Sicília.

Nascido em Nice, em 1807, a vida de Giuseppe Garibaldi foi permeada por lutas em prol da liberdade e da justiça. Ao chegar ao Brasil, em 1834, ele já era um refugiado político devido a sua participação em grupos revolucionários na Península Itálica. Ao tomar conhecimento da Revolução Farroupilha (1835 a 1845), movimento com valores republicanos que se iniciou no sul do Brasil, Giuseppe decide juntar-se a luta, tornando-se um corsário.

A partir de então, Garibaldi dedica-se a conquista de novos territórios para a instauração de uma república em nome da causa farroupilha. Em 1839, ao tomar a cidade de Laguna (RS), ele conhece a jovem Ana Maria de Jesus Ribeiro, que se tornaria Anita Garibaldi. Presa em um casamento fracassado e infeliz, Anita decide seguir Giuseppe. Em 20 de outubro do mesmo ano, eles lutam juntos pela primeira vez, em uma batalha naval travada em Laguna, para a qual Anita transportou munições em uma barca.

Em 1840, nasce o primogênito do casal, Menotti. Os dois participaram ainda de diversos conflitos em nome da causa farroupilha, até Giuseppe receber a dispensa por Bento Gonçalves, em 1841. A família segue então para Montevidéu, onde Giuseppe e Anita trocam votos de matrimônio em 26 de março de 1842. No mesmo ano, Giuseppe passa a comandar as frotas uruguaias.

O retorno à Itália ocorre apenas em 1847, ano em que Anita e os filhos do casal partem para Gênova, seguidos, alguns meses depois, pelo marido. Já na terra natal, Giuseppe e Anita ingressam na principal causa de suas vidas: a unificação da Itália. Em 4 de agosto de 1849, durante um conturbado conflito na cidade de Roma, que encontrava-se tomada por franceses, Anita Garibaldi vem a falecer devido a doenças e complicações de sua quinta gestação.

Apesar da perda da companheira de vida e de luta, Giuseppe manteve-se firme na causa até o seu encerramento em 1860, porém, muitos territórios foram anexados à Itália após essa data. Na Itália, ele lutou ainda pelo direito do povo de escolher os seus governantes, entre outras pautas republicanas.

Giuseppe faleceu na ilha italiana de Caprera, em 1882.

Na Itália, no Brasil e no Uruguai é possível encontrar diversos monumentos, museus e outros elementos que celebram o casal Anita e Giuseppe Garibaldi, considerados heróis de dois mundos, pois lutaram pela liberdade em dois continentes distintos. pois lutaram pela liberdade em dois

Monumento no túmulo de Anita Garibaldi em Roma. Primeiro encontro de Giuseppe e Anita Garibaldi. Gravura de Eduardo Matania.

O idioma italiano e seus dialetos

Línguas românicas

Línguas germânicas

Línguas eslavas

Outras

A tardia unificação dos territórios da Itália contribuiu para sua extensa riqueza cultural e explica as diferenças entre suas regiões, especialmente o norte e o sul. Ainda que hoje se fale o italiano em todo o país, há distinções culturais que contribuíram para a formação de idiomas secundários e expressões que são falados apenas em determinadas regiões.

Para o Brasil, os imigrantes italianos do século XIX e início do XX trouxeram na bagagem os costumes, gastronomia, práticas e a língua de seu local de origem. Assim, cada colônia italiana fundada em solo brasileiro nutriu e preservou um idioma italiano, com base nas referências da sua terra natal.

A diminuição da prática diária e o contato com o português deram origem ao dialeto talian, uma versão abrasileirada do idioma vêneto. Este dialeto é o mais expressivo em Curitiba e região metropolitana, onde houve grande concentração de imigrantes naturais do norte da península itálica.

Curiosità Sull’Italia

Curiosidades sobre a Itália

verde,

• As cores verde, branco e vermelho da bandeira italiana representam, respectivamente, esperança, fé e caridade.

• O mapa da Itália possui o formato de uma bota que aparenta estar ‘chutando’ a Ilha de Sicília.

• Por coincidência, ou não, o futebol é o esporte favorito da população italiana, só que lá é conhecido como Calcio.

• Os três únicos vulcões ativos da Europa estão em território italiano, são eles: Stromboli e Etna, localizados na região da Sicília, e Vesúvio, em Nápoles.

• A Itália detém 70% do patrimônio cultural, arquitetônico e histórico da humanidade, de acordo com a Unesco. Ao todo, são mais de 50 lugares listados como Patrimônio da Humanidade, que vão desde vulcões até cidades inteiras.

• Um desses patrimônios é a Fonte de Trevi, ou Fontana de Trevi, em Roma. Turistas do mundo todo ficam de costas para o monumento e, com a mão direita, atiram moedas na fonte, uma antiga tradição. Por ano, são recolhidos aproximadamente 1,5 milhão de euros, que são doados pela Igreja Católica para obras de caridade.

• A Itália foi o berço e o cenário de grandes movimentos artísticos, entre eles o Renascimento (séculos XIV a XVI), que consagrou artistas como Michelangelo, Botticelli, Donatello, Rafael e Leonardo da Vinci.

• A gastronomia italiana é referência no mundo todo, especialmente suas pizzas, massas, gelatos e sorbets.

• Os italianos criaram diversos tipos de queijo. Os mais famosos são o parmesão, gorgonzola, mozzarella (muçarela), provolone e a ricota.

• Falando em comida, os italianos também são famosos por seus vinhos, cuja qualidade elevada se deve, principalmente, por conta de fatores geográficos e do clima mediterrâneo.

• A efervescência cultural da Itália perdura até os dias atuais, com grandes marcas italianas, nos mais diversos setores, que são referência mundial, como: Gucci, Ferrari, Tim, Nutella, Barilla, Fiat, Prada, Ferrero Rocher e outros.

CRUCIVERBA Alimenti

PESCE, PIZZA, POLLO, RISO, SALSA, SALSICCIA,

RISPOSTE ACQUA, ARROSTO, BURRO, CAFFÉ, CARNE, CONTORNO, FORMAGGIO, FRUTTA, GELATI, LATTE, MANZO, PANE, PASTA,

B A O A A Z O F O P A O W I S E B I Y T L U N R Z E G S F Q C O A C L S R P Z I E S I I P A F Z O C O A I P L T A C H R R N P N T I P P A A D T J E O N S X N A K S T S L T R E A R E Y O Z H M I L N E F O E C R H C I H C C U S A U P T N Q U C A F F E A S A L S A O I U B D L J J O I K S P F A K T A L L B L O I G G A M R O F A A O R E O H Q E N D A U A I T A N T Y J T I E H S W T R T A I I O A R R O S T O P T E T P Q V G W H H A C C E S A V O U H P
PATATINE,

A lenda da Befana La leggenda della Befana

Era uma vez uma senhora, muito velhinha e um pouco bruxa, que foi abordada pelos três Reis Magos (Melchior, Baltazar e Gaspar), que buscavam informações sobre qual caminho levava à Belém, pois desejavam encontrar o Menino Jesus, que acabara de nascer. Os Reis contaram que levavam presentes para o recém-nascido e convidaram a senhora, que se chamava Befana, para acompanhá-los, mas ela preferiu ficar em casa e deu a eles as indicações do caminho para Belém.

Algum tempo depois que os Três Reis Magos partiram, Befana arrependeu-se, subiu em sua vassoura e, voando, foi em busca do Menino Jesus. Depois de um tempo, ela percebeu que seria muito difícil encontrálo e, sentindo-se culpada, decidiu parar nas casas que encontrasse pelo caminho para presentear as crianças. De acordo com a lenda, a Befana desce pela chaminé das casas e deixa frutas secas e pequenos brinquedos para as crianças bondosas, já as que não se comportaram recebem carvão.

A lenda da Befana é parte do folclore italiano e comemora-se o seu dia em 06 de janeiro. Por lá, a bruxa bondosa é celebrada com grandes festas e as crianças italianas esperam ansiosamente a sua chegada, assim como as brasileiras aguardam o Papai Noel. Para receber os seus presentes, os pequenos deixam uma meia vazia pendurada na chaminé ou perto de uma janela aberta.

“La Befana vien di notte con le scarpe tutte rotte col cappello alla romana viva viva la Befana!”

“A Befana vem de noite com os sapatos todos quebrados com o chapéu à moda romana viva viva a Befana!”

posters_festa_palacio.pdf 1 22/05/2019 14:18:53
REALIZAÇÃO INCENTIVO
APOIO
Projeto aprovado no Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura | PROFICE da Secretaria de Estado da Comunicação Social e da Cultura | Governo do Estado do Paraná.

Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.