Faro Obreiro nº8

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Vozeiro da Assembleia Comarcal de NÓS-Unidade Popular de Vigo

NÚMERO 8 · OUTUBRO - NOVEMBRO - DEZEMBRO DE 2013

SUMÁRIO

Entrevista Helena Embade Conversamos sobre a actividade da Plataforma Galega polo Direito ao Aborto. Página 2

Nacionalizaçom do setor naval A Unidade Popular concentra-se a favor de nacionalizar este ramo estratégico. Página 3

Vigo bate recorde histórico de desemprego.

Temos que derrotá-los!! A finais de setembro fôrom divulgados os novos dados de desemprego na Galiza. Cifras que após o verao aumentárom de maneira significativa. A dia de hoje, só na comarca de Vigo existem 46.021 desempregadas e desempregados. É a primeira vez na história que superamos a barreira psicológica das 45.000 desempregadas. É sem duvida a crise mais dura da história da nossa comarca. Em nengum outro período anterior, na reconversom do naval ou a crise do petróleo, padecemos umha quantidade similar de desemprego. Som dezenas de milhares de famílias em estado crítico, com muitas dificuldades, que estám a padecer diariamente as consequências mais ferozes do capitalismo, o sofrimento derivado deste sistema putrefato governado por políticos corruptos, incapazes e sem escrúpulos. A crise capitalista está afetando de maneira despiedada a cidade mais industrializada do país. O grande tecido industrial de Vigo vê-se condenado a um colapso permanente, sem que os partidos políticos burgueses ou as centrais sindicais pactuantes espanholas movam um dedo para solucioná-lo. A comarca está a sofrer os abusos com os que o capital internacional sacode, sem trégua, nas costas dos trabalhadores e das trabalhadoras, sem capacidade para poder fazer-lhe frente. Nos últimos anos assistimos ao desmantelamento massivo dos setores estratégicos da economia do nosso país. Pescanova, NovaGaliciaBanco, Barreras... som três exemplos

desse desmantelamento e entrega ao capital estrangeiro mediante venda a preço de saldo, provocando que milhares de trabalhadores e trabalhadoras fiquem no desemprego. A história castigará e sancionará as políticas vende-pátrias que o Partido Popular está a desenvolver, e sairám à luz os obscenos lucros obtidos pola burguesia. Oligarcas e banqueiros como Fernandes de Sousa, Fernández Gayoso, Mauro Varela, Garcia Costas... e políticos como Caballero, Feijó, Almúnia ou Rajói, som os grandes responsáveis desta situaçom, polo que temos que sinalá-los como tais, e obrigar-lhes a demitir ou meté-los em prisom.

ras, Cardama, Armom... estám no desemprego por culpa dum governo e um regime que nom duvida em privatizar, destruir empresas e setores produtivos em troques de facilitar resgates para salvar a banca privada estafadora. A dia de hoje, já som centenares os trabalhadores e trabalhadoras viguesas que se vém na obriga de emigrar aos países nórdicos ou a Holanda, para trabalhar nos estaleiros construindo barcos para poder alimentar as suas famílias, sem que PP e PSOE fagam algo por reverter a situaçom. Nom queremos emigrar, queremos trabalhar na nossa terra.

As mulheres viguesas também tenhem a duvidosa honra de conseguir um novo recorde na comarca. Som mais de 25.000 mulheres desempregadas, sendo a franja de mulheres maiores de 45 anos a mais castigada.

O futuro de Vigo é incerto, mas é incerto porque continuamos a confiar nestes políticos corruptos. Levamos mais de dous anos aguardando pola construçom dos barcos de PEMEX no estaleiro Barreras, prometidos na campanha eleitoral do narcopresidente Feijó, o mesmo que facilitou a sua venda a umha empresa mexicana a um preço ridículo. E continuamos sem ter notícias, sem exigir compromissos, sem derrotá-los, sem derrubá-los. Cada vez somos mais vigueses e viguesas quem já nom confiamos nas suas mentiras, mas nom podemos ficar à expectativa, aguardando acontecimentos. Temos que nos erguer e começar a construir o nosso futuro.

Em quanto ao proletariado do naval, já som mais de 10.000, umha quarta parte do desemprego da comarca que está estreitamente ligada a este setor. Ex-trabalhadores/as de Freire, Vulcano, Metalships, Barre-

A soluçom nom passa com mal-vender as empresas ao capital estrangeiro. Temos capacidade para poder trabalhar em todos os setores em que somos potência: a construçom de barcos, a fabricaçom de automó-

A juventude, as mulheres e o proletariado do metal som os setores mais castigados em Vigo por esta crise. A metade da nossa juventude nom tem emprego, nom atopa saídas e vê-se forçada à emigraçom. Só neste ano, 1.736 jovens viguesas emigrárom na procura dum futuro melhor, animados e parabenizados polas políticas de Feijó.

veis, a pesca... mas simplesmente nom há vontade política para poder fazê-lo, e nós carecemos de soberania nacional para poder tomar a melhor decisom para o nosso futuro. Mas toda esta informaçom sobre o desemprego nom sai nas televisons, rádios ou jornais. Aos meios de comunicaçom burgueses nom lhes interessa falar desta realidade, dos problemas em que vive boa parte do povo trabalhador de Vigo. Preferem escrever sobre a importáncia de ter um aeroporto mais grande e com melhores conexons, quando a maior parte de nós nom podemos permitir-nos colher nengum voo. Estes ineptos políticos e jornalistas continuam a criar cortinas de fumo para tentar manipular a opiniom dos trabalhadores e trabalhadoras, para que confiem e acreditem nas ilusons dum futuro melhor. Mas esse futuro melhor nom vai chegar por si só, nem por eles. Somos nós os que temos que luitar por construí-lo no dia-a-dia. É nas nossas costas onde tem que recair o futuro, somos nós quem temos que resolver e solucionar os problemas à margem de Madrid ou Bruxelas. Esse é o caminho. O futuro do naval e o de Vigo passa por nós, pola imensa força popular A classe trabalhadora está farta de tantas mentiras, promessas ou falsas esperanças. Nom podemos deixar-nos enganar mais, nom podemos relaxar-nos, nom som tempos para baixar os braços e cair na resignaçom. É tempo de agir, organizar-se e derrotá-los.

ERE em Freiremar Um novo feche empresarial enmascarado ameaça os postos de trabalho, nesta ocasiom em Freiremar. Página 3

Vitrasa anuncia mais cortes A concesionária do transporto urbano pretende mais umha vez aumentar os seus já imensos ganhos piorando as condiçons do serviço. Página 3

Comuneiras/os rejeitam Porto Cabral A votaçom celebrada em 10 de novembro salda-se com um rotundo “nom” à construçom do centro comercial. Página 3

Barreras vendida a Pemex Patronato apresenta como umha vitória a venda dumha das principais empresas do naval ao capital mexicano. Página 3

A luita em Povisa deve continuar A sindicalista Chus Neira, integrante do Comité de Empresa deste centro hospitalário, achega-nos ao conflito laboral que enfrenta a empresa e trabalhadoras/es. Página 4


FARO OBREIRO · NÚMERO 8 · OUTUBRO - NOVEMBRO - DEZEMBRO 2013

ENTREVISTA

“O feminismo vai tomando as ruas e somos conscientes de que as nossas reivindicaçons estám calando cada dia em mais mulheres” Faro Obreiro entrevista Helena Embade, ativista da Plataforma Galega polo Direito ao Aborto e atualmente umha das suas porta-vozes em Vigo. 1. Que é a Plataforma Galega polo Direito ao Aborto e como se formou? Trata-se dum espaço amplo e plural em que estám integrados perto de 60 coletivos feministas e organizaçons juvenis políticas e sindicais galegas, além de mulheres a título individual. A ideia surge no ano 2012 para dar resposta aos constantes ataques que o governo do Partido Popular lança contra os nossos direitos sexuais e reprodutivos. Desde a sua criaçom convocamos duas manifestaçons nacionais em Compostela (junho e setembro), e várias localidades do país trabalham ativamente, entre elas Vigo, onde já organizamos vários atos. 2. Que principais mudanças supóm a reforma proposta polo ministro de justiça espanhol Alberto Ruiz-Gallardón? A reforma promovida por Gallardón supom um retrocesso sem precedentes em matéria de direitos sexuais e reprodutivos. Entre outras cousas implica umha volta a um modelo similar ao que havia no ano 1985 e a um sistema de supostos, eliminando a possibilidade de abortar por malformaçons fetais e tendo que justificar os riscos para a saúde mental e física da mulher. Também quer regular a objeçom de consciência e nom permite às jovens abortar sem contarem com o consentimento materno ou paterno. Em definitivo, trata-se dumha reforma que podemos tachar abertamente de denigrativa, que nom conta com o apoio da maioria social, mas que nos querem impor a base de falácias que nom tenhem justificaçom nengumha. A sua teima por controlar as nossas vidas e as nossas decisons nom tem limite, e ademais esta reforma vem acompanhada dum discurso hipócrita, oportunista e que mostra total desconhecimento da realidade. 3. Quais som as vossas reivindicaçons? Achas que som assumptíveis por setores da populaçom menos conscienciados com o feminismo?

Desde a Plataforma defendemos que a maternidade é umha escolha, umha decisom que compete exclusivamente às mulheres. Da mesma maneira, entendemos a interrupçom da gravidez como umha alternativa que se tem que oferecer de maneira gratuita na sanidade pública, sem maior justificaçom que a própria vontade da mulher. É evidente que esta reforma nom vai fazer que diminuam os abortos; ao contrário, vai conseguir que aumentem os abortos clandestinos realizados em condiçons deploráveis e que suponhem um grave risco para a saúde das mulheres.

“Esta reforma nom vai fazer que diminuam os abortos; ao contrário, vai conseguir que aumentem os abortos clandestinos” Por outra parte, é importante insistirmos na importância da educaçom sexual e afetiva. O labor que se tem que levar a cabo desde os centros de ensino é quiçá o aspeto mais importante em que se deve incidir, mas o Partido Popular semelha nom ter em conta esta questom, cousa que se evidência com a sua intençom de suprimir a já de por si insuficiente presença que a dia de hoje tinha a educaçom sexual e afetiva no sistema educativo. Denunciamos também que, como aconteceu recentemente, o governo da Junta da Galiza conceda 60.000 euros a “Red Madre”. Simplesmente nom se podem entender os selvagens cortes em serviços sociais e educaçom quando ao mesmo tempo se mantém o financiamento a todo este tipo de entidades integristas

que promovem a imposiçom da maternidade. Também é dificilmente defendível a mudança na lei de dependência, por todas as consequências que arrasta para as mulheres nom contar com ajudas, perder independência económica e ter que assumir um papel de cuidadoras, que a fim de contas é o que o Partido Popular quer para nós. 4. A aprovaçom da lei semelha iminente, mas desde o seu anuncio passou bastante tempo. Que achas que pode estar acontecendo? É possível que a pressom social condicione a sua aprovaçom? É umha ameaça constante. Todas as semanas circulam rumores sobre a aprovaçom, mas a dia de hoje (17 de novembro) ainda nom se fijo efetiva nem temos pistas fiáveis sobre umha data aproximada. As últimas informaçons apontam que será aprovada antes de que acabe 2013, mas como digo nom é nada confirmado nem que vaia condicionar a nossa atividade. Se algo temos claro as mulheres que formamos parte da Plataforma é que nom vam jogar com nós, e que continuaremos a denunciar todos e cada um dos seus ataques. O mais importante é conseguir que nengumha mulher se relaxe e estar sempre preparadas para dar umha resposta ao que poda vir. Dentro de todo o mau, resulta motivante comprovar que o feminismo vai tomando as ruas e somos conscientes de que as nossas reivindicaçons estám calando cada dia em mais mulheres que sem dúvida serám determinantes à hora de acadarmos os nossos objetivos. Porém, acho que nom é a pressom social o que faria recuar ao governo à hora de aprovar a Lei. Som os seus próprios interesses ideológicos os que movem as suas políticas misóginas, e como já nos tenhem mais do que demonstrado, as mulheres somos sempre o último na sua lista de prioridades. E no caso de sermos o primeiro na lista, é unicamente para atentar contra os nossos interesses como mulheres e para relegar-nos cada vez mais a um lugar onde nom nos corresponde estar.

5. Alguns meios recolhérom há umhas semanas umha açom levada a cabo pola Plataforma no pleno do Concelho de Vigo. Como se manifesta a vossa presença nas ruas? Que tipo de atividades levades a cabo? Nos últimos meses realizamos atividades bastante diferentes: um flashmob, um ato simbólico rodeando o prédio da Junta da Galiza… além de realizar labores informativos e participar em diversas concentraçons locais com propaganda própria, como por exemplo nas mobilizaçons em defesa da sanidade pública, nas quais a nossa presença é fundamental por todo o que supom para as mulheres os cortes e a privatizaçom da sanidade. Pareceu-nos boa ideia aproveitar o pleno municipal para levarmos a cabo umha açom. Foi assim que uns dias antes solicitamos ao Concelho um minuto de silêncio perante os cortes de direitos que sofremos as mulheres, e aproveitamos as circunstâncias para fazer-nos ouvir. A notícia foi recolhida por diversos meios alternativos e também algum do sistema, mas segundo a minha perspetiva, o tratamento da notícia deixou bastante que desejar, como infelizmente adoita acontecer à hora de transmitir informaçons sobre a luita das mulheres, sempre de forma condicionada, estereotipada e sem a mais absoluta perspetiva de género. 6. Tedes programada algumha outra atividade a curto ou meio praço em Vigo? A ideia é que nos mantenhamos o

mais ativas possíveis, pois entendemos que a luita feminista tem que ser dinámica e visível, e que se deve levar a cabo desde múltiplos ámbitos. O dia que se anuncie a reforma da lei do aborto ativaremos a conhecida nas redes sociais como #AlertaFeminista, e haverá concentraçons simultáneas às 19h em várias vilas e cidades do país. No caso de Vigo será diante do MARCO, e posteriormente também haverá um ato simbólico-reivindicativo. Também temos na nossa agenda, entre outras cousas, a realizaçom dum ato público de debate sobre o aborto e os direitos sexuais e reprodutivos, que decorrerá no dia 22 de janeiro na Casa Galega da Cultura. Na atualidade queremos intensificar a nossa presença na rua e estamos perfilando outras atividades de diferente caráter para levarmos a cabo ao longo das próximas semanas. 7. Por último, como podem as nossas leitoras receber informaçom e colaborar com a Plataforma Galega polo Direito ao Aborto? As mulheres interessadas em fazer trabalho com nós podem atopar-nos nas redes sociais ou contatar através da nossa página web: http:// feminismo.eu/PlataformaAborto; ou bem no correio eletrónico: plataformadereitoabortovigo@gmail.com. Achamos mui importante dar máxima difusom ao nosso material e às nossas açons e atividades para chegar a um maior número de mulheres e somar forças na nossa luita.


FARO OBREIRO · NÚMERO 8 · OUTUBRO - NOVEMBRO - DEZEMBRO 2013

NÓS-UP solicitou nacionalizaçom do naval 26 de setembro, militantes de NÓS-Unidade Popular realizárom um ato reivindicativo no cruzamento da rua Corunha com Beiramar, ao carom dos estaleiros que levam sofrendo nos últimos meses os ataques do capitalismo espanhol e europeu. Sob a lendenda “Polo futuro de Vigo: nacionalizaçom do naval” escrito numha grande faixa, exigimos esta medida como única alternativa viável à crise que vive um dos setores mais importantes do nosso tecido produtivo, e que Espanha e a UE insistem em destroçar. Único caminho para recuperar os quase 10.000 postos

de trabalho perdidos e rendibilizar os recursos entre a classe obreira. À faixa principal acompanhavam bandeiras vermelhas e da Pátria que portavam os militantes da organizaçom da esquerda independentista, que nom cessárom na denúncia da situaçom nem duvidárom em sinalar os culpáveis mediante distintas palavras de ordem: “O amigo de Marcial afunde o naval”, “Almúnia escuita, Vigo está em luita”, “Rajói e feijó demissom”, “Nacionalizar o setor naval”, “A luita é o único caminho” ou “Espanha é a nossa ruina”. Todo isto contando com o apoio que de manei-

ra ativa manifestavam trabalhadores e trabalhadoras que circulavam pola zona. O ato finalizou com a leitura do manifesto por parte do trabalhador do naval em desemprego Telmo Varela em representaçom da Direçom Comarcal de NÓS-UP, deixando claro que a política desindustrializadora de Espanha e a UE é a culpável do desemprego e a consequente miséria do povo trabalhador viguês, ligando a alternativa da recuperaçom económica à cada vez mais necessária independência e soberania nacional.

Solidariedade com o proletariado de Freiremar Nos últimos tempos de forma geral, nas empresas estám-se aprovando “Expedientes de Regularizaçom de Emprego” continuamente. A situaçom é gravíssima e nom tem precedentes. Cada dia afetam a mais e mais empresas, em muitos casos enmascarando o feche da empresa, como é o caso de Freiremar. É certo que os EREs tecnicamente estám destinados a cobrir situaçons conjunturais de crises numha determinada empresa. Mas nom é menos certo que a utilizaçom de ditos procedimentos laborais massivos, na maioria dos casos sem justificar, estám destinados a emascarar a flexibilidade laboral. Nesta fase histórica do capitalismo, o patronato nom quer trabalhadores e trabalhadoras com direitos, quer escravos dispostos a trabalhar polo caldo, quando, como e onde queira.

Votaçom popular pom freio a Porto Cabral

No dia 10 de novembro decorria a consulta popular ao respeito do projeto de centro comercial que a empresa británica Eurofund pretendia estabelecer no monte de Linheirinhos. A proposta, que conta com o beneplácito do alcalde “socialista” Abel Callero foi rechaçada pola maioria dos comuneiros e comuneiras. Concretamente, dos 740 comuneiros/as que estavam chamados a votar, 344 manifestárom o seu rejeitamento à tranformaçom do monte que trabalham em coletividade, frente aos 297 favoráveis à instalaçom dum centro comercial para benefício

Os EREs nom som nengúm favor aos trabalhadores e trabalhadoras. O patronato está a utilizar-nos para desmantelar o emprego sem que haja mobilizaçons contundentes, pois sabe bem que se utiliza a fórmula do despedimento massivo terá resposta, como passou finalmente en Freiremar. Nom podemos deixar-nos enganar,

a imprensa do sistema deixou bem claro en dias passados que o governo espanhol do PP está disposto a aplicar a Reforma Laboral até as últimas consequências.

da minoria burguesa. Abel Caballero e Luís Rodriguez, responsáveis de dar luz verde ao projeto de Eurofund, nom conseguírom os seus objetivos. Após umha digna e exemplar luita vicinal e social, da que NÓS-Unidade Popular – mediante umha campanha agitativa em prol do rechaço a Porto Cabral – apoiou desde o princípio frente a interesses capitalistas, os comuneiros e comuneiras conseguírom umha pequena vitória mas que sem dúvida demonstra que a organizaçom e a luita som os únicos caminhos para frear as ofensivas contra os nossos direitos.

NÓS-UP contrária à venda de Barreras à mexicana Pemex

Porque vamos acreditar que depois de aplicar o ERE van mudar as cousas? Tempos virám que dirám. O proletariado de Freiremar já o está a viver na própria pele.

NÓS-Unidade Popular participou na concentraçom solidária com as presas e presos independentististas Militantes de NÓS-UP participárom 3 de dezembro na concentraçom solidária convocada pola plataforma Que voltem para casa! diante das portas do Concelho para reclamar o traslado à Galiza dos presos independentistas galegos.

A iniciativa, promovida em mais cidades do país, reivindicou na nossa cidade o fim da dispersom para Roberto Fiagelha “Teto” e Xurxo Rodrigues, vizinhos dos bairros vigueses de Balaídos e Lavadores respetivamente.

Vitrasa pretende incrementar benefícios mediante cortes no transporte público A empresa encargada do transporte público viguês acaba de apresentar um plano ao Concelho de Vigo em que aposta polos cortes de frequências em determinados horários e ajustamentos de linhas para incrementar os seus ganhos perante à perda que asseguram ter, derivada da crise económica. Nom nos deixemos enganar, já há poucas linhas para as paróquias e haverá menos, há demasiados autocarros no centro e por isso afetam o tránsito e, sobretodo, Vitrasa nom tem perdas. Vitrasa obtém menos ganhos devido à sua política de preços e a

sua ineficácia no transporte, mas seguem sendo multimilionários. Daí que podamos afirmar que enquanto aumenta o desemprego e a miséria derivada da crise, Vitrasa pretende incrementar os seus lucros a consta de piorar ainda mais um serviço tam básico e importante como o transporte público.E perante isto nom há outra soluçom. NÓS-Unidade Popular volta insistir na necessidade da municipalizaçom do transporte público, para que se aumentem a freqüência de autocarros nas zonas mais afastadas, para que eliminem os preços abusivos e se favoreça ao estudantado, desempregados/as e pessoas idosas e para que os trabalhadores/ as tenham condiçons dignas.

Amplo eco tivo nos meios de comunicaçom burgueses a venda de Barreras a Pemex. Corrérom rios de tinta destacando as virtudes do acordo, dando a entender que com esse facto já se vai superar a crise do naval e que por obra de Deus vam-se criar milhares de postos de trabalho. Ocultando que a realidade é bem distinta. Até o de agora, o único que fijo Pemex foi comprar a maioria das açons de Barreras para apropriar-se da tecnologia, os projetos e a engenharia acumulada durante muitos anos de experiência. Isso é o que quere Pemex e isso é o que conseguiu ao

converter-se no maior acionista de Barreras. Nom estamos falando de carteira de trabalho, nem de contrataçom de novos barcos, nem de futuros postos de trabalho. O que aqui ocorreu foi a venda dum estaleiro galego ao capital mexicano. Isso e só isso. Podemos afirmar que a situaçom no setor naval da comarca de Vigo é dramática. Nunca antes o panorama foi tam desolador. Se nom nos organizamos, se nom nos mobilizamos, se nom pelejamos com unhas e dentes, o naval ficará reduzido à mínima expressom.


// Vozeiro da Assembleia Comarcal de Vigo de NÓS-Unidade Popular // Correio eletrónico: vigo@nosgaliza.org Web: www.nosgaliza.org // Twitter: @nosgaliza // Facebook: http://www.facebook.com/pages/NÓS-Unidade-Popular/254570641316 Sede Comarcal: Rouxinol 16, rés-do-chao (36205 - VIGO) // Telefone: 637 18 78 51 // Encerramento da ediçom: 10 de dezembro de 2013 // Depósito legal: FARO OBREIRO e NÓS-Unidade Popular nom partilham necessariamente a opiniom dos artigos assinados // Permite-se a reproduçom total ou parcial dos artigos

A luita em Povisa deve continuar CHUS NEIRA // Membro do Comité de Empresa de Povisa pola CIG

O convénio coletivo do Hospital Povisa rematou 31 de dezembro do 2010, mais um ano de prorroga. Para o novo convénia, as as negociaçons empezárom no ano 2012 sem acordo e sempre com a ameaça por parte da empresa de impor o convénio provincial do 8 de julho marcado pola reforma laboral. Em março de 2013 solicitou-se a mediaçom, através da Conselharia de Trabalho, para tratar de negociar o nosso convénio. Mas as posturas estivérom sempre mui distantes. A empresa nunca quijo partir do anteprojeto de convénio aprovado na assembleia de trabalhadores, senom dum convénio que anulava totalmente a nossa proposta e incluia alguns artigos que empioravam o convénio provincial. Devido à impossibilida-

de de chegar a acordos, dá-se por finalizada a mediaçom e a empresa comunica por escrito a todas as trabalhadoras e trabalhadores, assim como ao comité de empresa - com data de 24 de julho de 2013 – que decai o nosso convénio e entra em vigor o provincial. Dadas as circunstâncias, aprova-se em assembleia de trabalhadores e trabalhadoras umha greve de caráter indefinido que começaria 19 de agosto e remataria 1 de setembro. Esta greve foi convocada pola execuçom do convénio provincial, que supunha umha perda econômica entre 40% e 50% dos nossos salários e praticamente significava a anulaçom do resto dos artigos específicos do nosso convénio.

Passado o juízo, sai a sentença o 30 de agosto a favor nossa. Deste jeito, a empresa tem que volver restabelecer o nosso convénio coletivo, já que nele temos um artigo que manifesta que até que se assine um novo convénio, o nosso permanecerá vigente na sua totalidade. A sentença foi recorrida pola empresa no Tribunal Superior da Galiza.

1 de setembro desconvoca-se a greve dado que já nom existem motivos umha vez que o julgado sentenciou em prol dos nossos interesses. O seguimento da greve polo quadro pessoal de Povisa foi um sucesso. Esta foi secundada entre 75%-80% das trabalhadoras e trabalhadores apesar de que a empresa incumpriu

os serviços mínimos e tivemos que chamar a Inspeçom. Depois de todo isto, as cousas nom melhorárom em Povisa. Seguimos com o nosso convénio, mas a empresa nega-se a negociar um novo até que nom saia a sentença do Tribunal Superior.

Além da realizaçom da greve, estabelecimos assembleias todos os dias de mobilizaçons, realizamos feches na sede da Junta em Vigo, na sede do PP, no Sergas, e pugemos umha denúncia no julgado pola imposiçom do convénio provincial.

Sempre com independência, VII Assembleia Nacional de NÓS-UP

Programa Tático para a Rebeliom Popular As 502 medidas concretas do Programa Tático para a Rebeliom Popular (PTRP) http://nosgaliza.org/ prova2/wp-content/uploads/2013/05/ PTRP-WEB-FINAL1.pdf som o contributo para transformar a resignaçom e a indignaçom numha alternativa de governo que supere a crença nas falsas esperanças numha saída eleitoral à crise capitalista e à multicrise da Espanha do desemprego, da corrupçom e da repressom.

Militáncia da esquerda independentista ratificou umha linha política que visa continuar a vertebrar um espaço próprio, claramente autónomo e independente, alternativo ao que o BNG e AGE representam, pois nunca tivemos, nem temos, vocaçom de ser apêndice de ninguém. Só umha esquerda independentista e socialista com projeçom e apoio de massas poderá fazer frente ao incremento da dependência e do atraso que o capitalismo espanhol historicamente nos tem atribuído na

divisom internacional do trabalho. A VII Assembleia Nacional ordinária de NÓS-UP, realizada sábado 30 de novembro, também reafirmou o princípio da auto-organizaçom do povo trabalhador galego como condiçom sine qua non para resolver os problemas da Galiza e das suas maiorias sociais. Reafirmou igualmente a aposta em aprofundar e alargar a unidade de açom do soberanismo de esquerda e a necessidade de reforçar as es-

truturas amplas de luita e mobilizaçom em prol da República Galega, em clara referência a Galiza pola Soberania (GPS), pois é a mais sólida iniciativa suprapartidária para fazer crecer a consciência nacional da Galiza.

Vigo realizou ruada pola Soberania

Rebeca Bravo reeleita porta-voz nacional VII Assembleia Nacional ratificou a companheira Rebeca Bravo como porta-voz nacional. 6 de dezembro, dia onde Espanha festeja a sua constituiçom que nós nega como naçom, militantes de NÓS-Unidade Popular participamos na Ruada pola Soberania convocada pola plataforma social GPS (Galiza Pola Soberania) da qual participamos de forma ativa. Já podes assinar o manifesto da GpS em http://galizapolasoberania.org Umha marcha pola rua de Príncipe

até a Praça da Vila, ao som da música tradicional e portando a nossa bandeira nacional, exigiu a urgente e necessária soberania para o nosso país. Num ambiente festivo e reivindicativo foi manifestado o rechaço a umha constituiçom que garante o crescente endurecimento da opressom que padecemos por parte de Espanha, o capitalismo e o patriarcado num contexto de crise e miséria para o nosso povo trabalhador.


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