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abril 2018 PTDC/ATP-EUR/1180/2014
NoVOID
Um dos estudos de caso de nível micro: a antiga Fábrica do Gás da Matinha, onde a natureza se entrelaça com legados industriais, como as estruturas dos velhos gasómetros. (fotografia: E. Brito-Henriques)
Balanço do segundo ano de atividade do Projeto NoVOID Os estudos de caso de nível micro
O Projeto NoVOID cumpriu já dois terços do seu horizonte de vida. Ao longo do último ano, decorreram as Task 3 e Task 4 do Projeto, que envolveram aturado trabalho de campo em locais selecionados para estudos de caso de nível micro. Foram realizados inventários botânicos em 20 locais das quatro cidades em estudo, destinados a conhecer os neoecossistemas dos espaços urbanos abandonados, e estudados, com base em métodos etnográficos e de etnoarqueologia, 18 locais das quatro cidades em estudo com o objetivo de conhecer as apropriações, práticas e ressignificações associadas a esses espaços. Os resultados desta investigação, com forte compo-
Instituição de Investigação Principal
nente de recolha direta de dados no terreno e registo fotográfico, videográfico e fonográfico, estão presentemente a ser tratados e vão começar brevemente a dar origem a outputs do Projeto, na forma de comunicações a congressos e de artigos a submeter a jornais científicos. Resultados provisórios desta Etapa 2 do Projeto serão apresentados proximamente no 2º Seminário Intermédio NoVOID, a realizar em Guimarães no próximo mês de Junho (mais informação na última página desta Newsletter).
A Etapa 3 do Projeto NoVOID
Entretanto, arrancou já a Etapa 3 do Projeto NoVOID, cujo objetivo é discutir e ensaiar propostas de planeamento alternativo para os espaços urbanos abandonados. O arranque desta etapa terminal do Projeto foi marcada pela realização de dois Workshops, um em cada uma das escolas de arquitetura que integram o consórcio NoVOID. Nesta Newsletter, dá-se conta, desenvolvidamente, da organizaInstituições Participantes
ção e dos resultados preliminares desse trabalho colaborativo, que envolveu membros da Equipa NoVOID, estudantes de pós-graduação das várias áreas disciplinares relacionadas com o Projeto, assim como stakeholders e outros especialistas.
é o acrónimo de ’Ruínas e terrenos vagos nas cidades portuguesas: explorando a vida obscura dos espaços urbanos abandonados e propostas de planeamento alternativo para a cidade perfurada’ (referência PTDC/ATP-EUR/1180/2014, financiando por fundos nacionais através da FCT). O acrónimo sintetiza duas ideias. NoVOID (no void = não vazio) porque é nosso entendimento que os espaços urbanos abandonados não são 'espaços em branco' na cidade, mas sim partes integrantes dela, com vida e memória. NoVOID (no void = no vazio) porque nos interessa investigar e queremos perceber que espaços são estes, que coisas decorrem e se produzem neles, e que valia podem ter para a cidade. A Newsletter NoVOID, de que este é o quarto número, pretende dar conta, a cada semestre, dos progressos e das iniciativas do projeto. Para que a investigação seja útil é funda mental comunicá-la, dentro e fora da comunidade científica. A missão desta newsletter é ser uma ponte de comunicação da Equipa NoVOID para a sociedade, funcionando como um instrumento de divulgação direto, simples e ágil do trabalho que estamos a fazer.
Estimular a discussão na sociedade e disseminar os resultados do Neste número Projeto damos-lhe a conhecer as ações Neste segundo ano de atividade, uma das prioridades do Projeto NoVOID foi ensaiar formas inovadoras de comunicação dos resultados de investigação e de diálogo com a sociedade. A realização de uma série de Podcast NoVOID, divulgados nas redes sociais, inserese neste propósito. O Projeto associou-se à rede PechaKucha 20x20, iniciada no Japão, para realizar duas sessões em espaços públicos, levando assim o debate a uma audiência nãoacadémica. Outras tertúlias serão organizadas proximamente em Vizela e no Barreiro com o mesmo espírito.
de comunicação da ciência que a Equipa NoVOID dinamizou. Descrevemos também as experiências de envolvimento das comunidades estudantis e dos stakeholders locais na discussão de soluções de planeamento alternativo para os espaços em estudo. Finalmente, pode ficar a conhecer um dos casos de estudo envolvidos na Task 4.
Saiba mais sobre o Projeto em
http://www.ceg.ulisboa.pt/ novoid/
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