Computerworld 553

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carreira: sAIbA quAIs hAbIlIdAdes os cIos estão buscANdo pArA decIdIr coNtrAtAções em 2013

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www.computerworld.com.br | deZembro de 2012/JANeIro de 2013 | ANo XIX | No 553 | r$ 14,95

o portA-voZ do mercAdo de tecNologIA dA INformAção e comuNIcAção

inclui

negócios • tecnologia • liderança

tecnologias que serão alvo das empresas no próximo ano Patentes

Empresas aceleram corrida para registrar ideias inovadoras em TI e obter vantagem competitiva RecRutamento

É hora de reeditar estratégias profissionais. Analisar atividades da área pode ser a saída rumo ao sucesso

o que vem por aí Nuvem coNquIstA t mercAdo brAsIleIro, tA bYod gANhA mAIs Adeptos e bIg dAt AtA At tA torNA-se reAlIdAde



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dezembro de 2012 / janeiro de 2013

Índice 12 CAPA

tecnologias que serão alvo das empresas no próximo ano

CARREIRA

8 Quem os CIOs querem? Profissionais devem se preparar para oportunidades que vão acontecer em 2013 e mudar o rumo da carreira. Visão de negócios está no topo da lista de habilidades exigidas

CAPACITAÇÃO

19 Escola online Programas virtuais de MBA derrubam as barreiras para executivos que não têm horário na agenda para aprimorar o currículo

MOBILIDADE

22 Desenvolvedor móvel No mundo móvel, esse profissional ganha cada dia mais as atenções das companhias. Vale a pena investir para o próximo ano

Empresas buscam patentes para proteger avanços da TI

Há uma corrida de ouro em curso para registrar ideias inovadores na área de Tecnologia da Informação que tragam vantagens competitivas para os negócios

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SALÁRIO

26 Valorização Desenvolvedor de aplicações móveis e engenheiros de rede wireless estão entre os cargos que terão os maiores reajustes

negócios • tecnologia • liderança

Nuvem conquista mercado brasileiro, BYOD ganha mais adeptos e Big Data torna-se realidade. Essas são algumas das previsões para 2013, que promete ainda ser o ano de soluções como analytics e mobilidade

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editorial | Solange Calvo

2013 digital

PRESIDENTE Silvia Bassi VICE-PRESIDENTE-EXECUTIVO Ademar de Abreu

www.COmPUTERw UTER ORlD.COm.bR UTERw REDAÇÃO PUBLISHER Silvia Bassi silviabassi@nowdigital.com.br EDITOR AT LARGE Cristina De Luca cristina.deluca@nowdigital.com.br EDITORA-ExEcUTIvA v vA Solange Calvo solange.calvo@nowdigital.com.br EDITORAS-ASSISTEnTES Déborah Oliveira deborah.oliveira@nowdigital.com.br Edileuza Soares edileuza.soares@nowdigital.com.br ARTE Ricardo Alves de Souza (editor) e Gerson Martins (designer)

Solange Calvo é editora-executiva solange.calvo@nowdigital.com.br

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ecentemente, li um artigo interessante do jornalista Fabio Steinberg, falando do Natal Digital, que fecharia 2012 sinalizando que o mundo realmente mudou por conta da febre da mobilidade. Antes, enfeitada com bolas e bonecas, as árvores natalinas ganhariam novos personagens: tablets e smatphones. A figura do bom velhinho Noel “provavelmente” ficaria reduzida a um ícone, ele diz,

COmERCIAl ImPRESSOS ExEcUTIvO DE nEGÓcIOS Wilson Trindade wa@nowdigital.com.br OnLInE GESTOR Wagner Kojo wagner.kojo@nowdigital.com.br ExEcUTIvO DE nEGÓcIOS Gustavo Bittencourt gustavo.bittencourt@nowdigital.com.br EvEnTOS ExEcUTIvA vA DE nEGÓcIOS vA Sara Noronha sara.noronha@nowdigital.com.br AUDIêNCIA SUPERvISORA Paula Campelo paula.campelo@nowdigital.com.br CENTRAl DE AT A ENDImENTO

Para assinar ou resolver dúvidas sobre assinaturas, entrega de exemplares ou compras avulsas: 11 – 3049-2039 - Grande São Paulo 0800-7710 029 demais regiões, e-mail: falaassinante@nowdigital.com.br O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 18h00 Publicidade Para anunciar na Computerworld impressa, nos nossos sites e discutir a criação de uma estratégia de marketing para seu produto ou serviço, ligue para (11) 3049-2079 ou envie um e-mail: comercial@nowdigital.com.br Redação computerworld: Tel.: (11) 3049-2000 na internet Acesse o site Computerworld: www.computerworld.com.br

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ImPRESSÃO NeoBand DISTRIbUIÇÃO Door To Door

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que ao ser clicado, apresenta templates de e-mails para pedidos. Noel manteria todas as informações na nuvem, usaria tecnologias para ajudar a classificar a montanha de pedidos (Big Data) por região, idade, sexo etc. Um Papai Noel, de fato, reeditado, moderno e globalizado. O artigo nada mais é do que o sinal dos tempos. O Natal das empresas também aponta para um mundo puramente digital, conectado e móvel, pronto para atender às expectativas do mercado em 2013. Mobilidade, BYOD, serviços de cloud, Big Data, entre outros conceitos e tecnologias estarão ajudando a movimentar os negócios no próximo ano. Consultores acreditam que será um período promissor para o amadurecimento de tecnologias que estavam na pauta dos CIOs de empresas de diferentes portes e ramos de atuação. Confira isso e muito mais em O que vem por aí aí, nossa reportagem principal do especial. Ainda nesse clima de passar a limpo 2012 e traçar a rota do sucesso para o próximo ano, esse é o momento de revigorar a carreira. Tirar o pó do currículo e reavaliar os caminhos a serem tomados. Mas, antes de tudo, o pulo do gato é verificar quais habilidades serão foco de quem está recrutando.

Em Quem os CIOs querem contratar você irá saber as qualificações que serão mais cobiçadas pelos gestores de TI em 2013 e as características do perfil do profissional que pretendem levar para suas empresas. Quem está pensando em investir em desenvolvimento de aplicativos móveis, a hora é essa. Será uma das competências mais procuradas. Para ter uma ideia, no mercado norteamericano, a remuneração desse profissional sofrerá um aumento de 9% em 2013, em relação ao ano anterior, segundo a Robert Half. A faixa salarial estará entre 92,75 mil dólares a 133, 5 mil dólares/ano. No Brasil, um desenvolvedor de Java Senior poderá ganhar entre 7 mil reais e 10 mil reais/mês. Não deixe de avaliar as tabelas de remuneração nos Estados Unidos, por função, divulgada pela Robert Half, e no Brasil, pela Michael Page, ambas consultorias especializadas em Recursos Humanos e recrutamento. E mire nas mais rentáveis. Neste especial, você irá encontrar bons ingredientes que o ajudarão a desenhar um cenário positivo para enfrentar velhos e novos desafios que certamente farão parte do dia a dia de 2013. Boa leitura!

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FEEDBACK O ponto de encontro dos leitores da COMPUTERwORLD

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4G

“3G vai servir a população por muito tempo.” Claro que sim. Em cidades com menos de 500 mil pessoas, a tecnologia não vai chegar até 2016. Talvez ela chegue em 2030. No meu caso, moro em uma cidade com menos de 40 mil pessoas e 3G nem existe. Leitor: Vando Neves Reportagem: Redes 4G entram em operação antes da Copa, confirma ministro

BYOD x COPE

A proposta do BYOD é sedutora (...). Mas é claro, ao meu ver, é mais uma disfarçada armadilha que, ao final, beneficiará apenas as empresas, dando-lhes economia na aquisição e na manutenção de seus equipamentos, reduzindo o passivo imobilizado, aumentando o controle sobre a produtividade de seus recursos a custos infinitamente menores. Por último, mas não menos importante, levando a um número de horas trabalhadas

por dia bem maior do que as oito horas. Colegas, cuidado, não embarquem nessa canoa furada! Leitor: Paulo Góes Reportagem: Mobilidade: você sabe o que é COPE?

Consultoria em TI

Nos meus vinte anos como consultor, nunca conheci uma empresa que tivesse metodologia e as utilizasse para medir e acompanhar os resultados de serviços de terceiros. Como terceiro, cheguei a controlar os serviços de outros terceiros e seus contratos. Na vida real, são raras as empresas que seguem normativas; geralmente as utilizam apenas como marketing. Leitor: Ed Reportagem: 7 pontos para considerar ao contratar um consultor de TI

Big Data

As empresas brasileiras nunca se preocuparam com a qualificação de seus contratados. Só querem saber se a pessoa tem experiência

ou não (...). Se você tem a qualificação, mas não experiência, eles não querem você. Ninguém nasce sabendo nem os empresários. Para chegar lá, eles tiveram de aprender muito. Isso tudo é resquício de um regime educacional que foi definhando durante os tempos passados. Leitor: Edson Felipe Forzley Reportagem: Brasil precisa formar profissionais para Big Data, diz Gartner

Google+

É complicado a Google criticar o Facebook sobre os anúncios que eles jogam o tempo todo sobre os usuários, sendo que ela sobrevive com eles, e de todos serviços que utilizo da Google, o tempo todo sou bombardeado com anúncios irritantes. A Google só está chateada por que sua rede social não deu em nada e não quer admitir isso. Reportagem: “Facebook é ultrapassado”, diz vice-presidente da Google Leitor: Bruno Alves

O qUe vOCê Só enCOnTra nO SiTe Da COmpUTerWOrlD

O que é necessário para conquistar um emprego em Big Data?

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avalanche de dados produzida por redes sociais, sensores, redes de abastecimento e todos os tipos de dispositivos está criando novos empregos. O Gartner estima que Big Data exigirá a contratação de um exército de 4,4 milhões profissionais em todo o mundo até 2015. Em solo nacional, cerca de 500 mil vagas serão abertas nesse mercado, de acordo com o instituto de pesquisas. Segundo um relatório do McKinsey Global Institute, de maio de 2011, intitulado “Big Data: The next frontier for innovation, competition, and productivity”, há escassez de talentos para as organizações iniciarem suas estratégias em Big Data. Acredita-se que essa lacuna seja o maior bloqueio para a adoção em massa da tecnologia pela indústria. Michael Rappa viu essa tendência emergente em 2007 e tornou-se o diretorfundador do Instituto de Análise Avançada da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Ele criou um mestrado no programa de Analytics, o primeiro curso www.computerworld.com.br

acadêmico dedicado à análise de dados. Agora, universidades nos Estados Unidos estão criando programas semelhantes, iniciativas que devem ser replicadas no Brasil. Com a rápida evolução desse mercado, Rappa afirma que, hoje, há um déficit de talentos na área. “Precisamos fazer mais para alinhar as ofertas educativas com as necessidades de rápida evolução do mercado”, avalia. Ele afirma que no Instituto de Análise Avançada da Universidade da Carolina do Norte o número

de vagas para profissionais interessados em especialização de Big Data dobrou do último ano para cá. “Se existissem mais dez institutos como esse, seriam 200 profissionais se formando ao ano. Ainda assim, isso representaria cerca de 1% do número de alunos matriculados em programas de MBA nos Estados Unidos”, destaca. No Brasil, lembra Fernando Belfort, analista da Frost & Sullivan, não há certificações focadas no tema. “Esse profissional tem de ser criado pelas empresas e pela indústria a partir de uma necessidade”, ensina. “Fabricantes já começam a mapear o ecossistema para impulsionar o desenvolvimento da carreira de cientista de dados. Até porque, não se pode vender uma tecnologia sem ter quem operá-la. É como um barco sem comandante”, completa. Eliminando as barreiras de falta de talento e especialização, o analista da Frost acredita que cada vez mais o mercado brasileiro vai diminuir a distância e o tempo de adoção da tecnologia em comparação com geografias mais maduros. “É uma evolução natural”, finaliza.


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carreira

Quem os CIOs querem

contratar? Prepare-se para as oportunidades que poderão acontecer em 2013 e mudar o rumo da sua carreira Solange Calvo

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número de empresas que planeja contratar profissionais de tecnologia continua crescendo. É o que revela a pesquisa Previsões para 2013, realizada pela COMPUTERWORLD nos Estados Unidos, com 334 executivos de TI. Mais de 30% deles (33%) disseram que planejam aumentar seus quadros nos próximos 12 meses. Este é o terceiro ano consecutivo que a percentagem de respondentes com planos de contratação aumenta. Em 2012, o incremento foi de 29%, 23% em 2010 e 20% em 2009. Todos comparados aos anos anteriores. O mercado está aquecido também no Brasil, em razão da expansão de muitas empresas, especialmente impulsionada pela proximidade dos megaeventos esportivos que serão sediados em solo nacional [Mundial de futebol e Olimpíadas]. Cenário, portanto, favorável para quem busca uma oportunidade. Mas as chances não são para todos. É necessário ter as habilidades corretas, que estão na mira de CIOs e executivos de TI. Segundo Mariana Horno, gerente sênior da

divisão de Legal, RH e TI, da Robert Half no Brasil, consultoria especializada no recrutamento de talentos, por aqui os profissionais de TI devem apresentar conhecimento técnico aprofundado e certificações correlatas a esse conhecimento específico. “Além disso, o perfil comportamental tem sido importantíssimo. É necessário, na maior parte das vezes, boa comunicação, ser mão na massa e dedicado”, garante. A executiva diz perceber atualmente uma movimentação corriqueira, demandando profissionais no segmento de meios de pagamento, e-commerce e indústria farmacêutica. “O primeiro trimestre do ano costuma ser mais moroso no processo de contratação, por conta das férias de verão e do Carnaval. Porém, é bom buscar oportunidades e a possibilidade de conseguir um emprego é alta”, relata, acrescentando que é preciso ter paciência, pois pode ser que o tempo de processo demore um pouco mais por conta do número reduzido de dias úteis no período. “Hoje, temos, em média, entre 20 e 25 vagas de TI por mês. Esse número é

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9 um pouco variável, pois há algumas em andamento e outras que chegam durante a semana”, avisa. De acordo com Cristiani Martins, diretora comercial da Atlantic Solutions, consultoria da área de TI, percebe-se hoje forte demanda por profissionais especializados em web. “Os chamados desenvolvedores Java cloud estão em alta”, afirma e destaca que para o crescimento na carreira, hoje é necessário ter capacidade para gerenciar projetos, conhecimento de processos (ITIL) e, especialmente, visão de negócios. “Treinamos muitos profissionais e eles costumam buscar especialização em governança de TI e em Java Mobile.” “Quando você olha para qualquer tendência de pesquisa ou de mercado, TI é sempre um dos dois primeiros ou três tópicos mencionados como ponto brilhante no mercado de trabalho, e é muito simples o motivo”, diz John Reed, gerente-executivo sênior da Robert Half nos Estados Unidos. Segundo ele, é porque ela define os rumos da empresa, visto que melhora a produtividade e acelera a realização de melhores decisões de negócios. “Portanto, as empresas estão investindo nisso, e você tem de ter pessoas experientes nessa tarefa”, recomenda. Para o diretor de TI do Grupo Fleury, Claudio Laudeauzer, quando se fala em habilidades de profissionais de TI no grupo, leva-se muito em conta a paixão pelo que faz, trabalho em equipe, simplicidade de ações, criatividade e visão ampliada. “Damos preferência a quem possui MBA, porque tem visão focada em business. Além da técnica, teve a oportunidade de trocar ideias e experiências com os colegas”, destaca. “Aqui, a tecnologia não é por tecnologia.” Laudeauzer diz que, no atual mundo digital, são necessários profissionais antenados com tendências como aplicativos móveis e mídias sociais, que tragam oportunidades para o Fleury. “O mundo está mudando e precisamos fazer o melhor para o cliente e surpreendê-lo.”

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O Grupo Fleury planeja fortalecer a equipe em 2013 e conhecimentos em mobilidade e segurança da informação são algumas das exigências. “Mas teremos de treinar esses colaboradores para o novo cenário, contudo, dentro da corporação. Não adianta impor regras, temos de educar”, ensina. E alerta: “Temos de transmitir a paixão pelo trabalho. O ambiente estará seguro com a conscientização.” Para as contratações no próximo ano, o executivo diz que as competências técnicas vão depender das necessidades internas, mas existe demanda para profissionais especializados em BI, BA, CRM, e tudo o que aprimore o relacionamento com o cliente. “É preciso ter capacidade de transformar dados em informação. Em qualquer tipo de negócio.” O momento na Spaipa, fabricante e distribuidora Coca-Cola, também é de crescimento. Por isso, há busca por talentos, segundo Claudio Antonio Fontes, Cio da companhia. “O perfil técnico passa por algumas áreas. Mas recrutamos profissionais especializados em diferentes tecnologias para bancos de dados e ERP, por exemplo. Isso porque a ideia é abrimos o leque para conhecimento em outras plataformas, incluindo sistemas operacionais”, revela. Fontes destaca que o profissional deve ter formação técnica muito forte e conhecimento profundo nos diversos níveis. “De júnior a

Mariana Horno, da Robert Half, conhecimento técnico faz a diferença

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10 carreira sênior, tem de ser bom no escopo que ocupa, compondo as habilidades necessárias para cada uma das funções”, diz. Inglês e espanhol são requisitos padrão no setor, segundo Fontes. “Alguns colegas já pedem também o alemão”, relata, acrescentando que preferencialmente busca candidatos em polos de formação como universidades federais e estaduais e particulares de maior reconhecimento nacional. “Estamos de olho no profissional disposto a fazer trabalhos colaborativos. Quanto mais ele estiver preocupado com o outro, nos interessa bastante”, revela, brincando que está à procura dos “arquitetos” de “alguma coisa”. “Virou a palavra da moda.” Ele afirma que busca perfis que se alinhem aos projetos eletrônicos da empresa, que envolvem portabilidade ou mobilidade. “Eles têm de ter conhecimento de processos, um mix de analista funcional, com conhecimento técnico e das ferramentas aplicáveis a eles, para facilitar as tomadas de decisão, além de capacidade para gerenciar projetos”, aponta. “E, claro, com visão de negócios.” Com estratégia diferenciada e de tradição, o Bradesco colhe seus frutos na Fundação Bradesco, sintetiza Aurélio Boni, vice-

As top 10 habilidades em TI nos EUA para 2013 1. Programação e desenvolvimento de aplicativos 2. Gerenciamento de projetos 3. Help desk/Suporte técnico 4. Segurança 5. Business Intelligence/Analytics 6. Nuvem/SaaS 7. Virtualização 8. Networking 9. Aplicativos móveis e gerenciamento de dispositivos 10. Data center Fonte: COMPUTERWORLD/EUA

presidente-executivo de TI do Bradesco. “Nosso sistema de carreira é bem fechado e a fundação forma nossos profissionais.” Segundo ele, a unidade recebe não somente parentes dos funcionários do banco, mas também reserva uma parte para o público externo. “Lá, é possível começar bem cedo. Meus dois filhos ingressaram na Fundação com quatro anos de idade, formaram-se e tiveram a oportunidade de trabalhar na instituição”, conta. Boni afirma que o perfil que o Bradesco quer hoje de seus profissionais da área de TI é bastante moderno e reúne habilidades que possibilitem perfeito entendimento e desenvolvimento em um mundo dependente de aplicativos móveis. “Porque essas tecnologias são facilitadoras de atendimento ao cliente. Hoje, são uma exigência”, alerta. Ele engrossa o coro unânime dos CIOs sobre a visão de negócios, que considera vital no atual cenário. “E isso não se aprende da noite para o dia. Ter conhecimento do negócio facilita a conversa com o gestor, fica mais fácil até mesmo direcionar os projetos”, relata. Ele revela que com essa habilidade, é possível o gestor endereçar cada tipo de projeto para um profissional específico. “Promove mais segurança ao chefe da equipe, na certeza de que o trabalho será entregue. Gera confiança. É preciso ainda trabalhar em colaboração e, fundamentalmente, ter visão globalizada e muito clara do negócio”, categoriza. Para Tania Nossa, CIO da Alcoa, atuante na área de minério de ferro, a empresa busca nos profissionais características como pensamento ilimitado, preferência pelo risco, inovação, determinação, capacidade de aprendizado, orientação para mudanças, foco em resultados e entusiasmo pelo trabalho. “E, além disso, saber compartilhar dos valores da Alcoa”, destaca a executiva que também se prepara para os novos desafios que surgirão com a chegada do novo ano e a prática de tudo o que está planejado para acontecer. n

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12 CAPA

O que vem por aí

tecnologias que serão alvo das empresas no próximo ano Nuvem amadurece em solo brasileiro, BYOD ganha mais adeptos e Big Data torna-se realidade. Essas são apenas algumas previsões para a TI nos próximos 12 meses Déborah Oliveira www.computerworld.com.br

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obilidade, Big Data, cloud computing e redes sociais estiveram entre os tópicos mais comentados de 2012. Agora, esses temas saem do papel e passam a permear estratégias de empresas dos mais variados setores. O interesse por essas tecnologias não é à toa. Elas contribuem para o crescimento dos negócios e garantem vantagem competitiva. TI tornou-se, de fato, o coração das operações. Os líderes de tecnologia da informação (TI) já enxergam esses benefícios e apontam em seus caderninhos projetos para 2013 que incluem tendências como BYOD, internet das coisas e até mesmo a nuvem, que agora figura em solo brasileiro, nobre e soberana. “O uso efetivo de tecnologia continua a ser o principal diferenciador entre as organizações que têm sucesso e as que falham”, sentencia Ray Wang, principal analista e CEO do instituto de pesquisa norte-americano Constellation Research. “TI não é vista como a área que somente mantém as luzes acesas”, completa. Segundo ele, os gastos com tecnologia em 2013 vão saltar de 15% a 17% em todo o mundo. O instituto de pesquisas Gartner prevê que as organizações brasileiras investirão 133,9 bilhões de dólares em TI em 2013, aumento de 6% em comparação com os gastos de 126,3 bilhões de dólares, estimados para 2012. As quatro forças que estiveram na pauta das empresas, cloud computing, rede social, mobilidade e Big Data, continuarão na lista de prioridades, segundo o instituto de pesquisas. Veja a seguir as dez tecnologias mais estratégicas que estarão em alta em 2013 e como elas vão impactar nos negócios, segundo diferentes consultorias.

1. Mobilidade e dispositivos móveis Mobilidade reina absoluta entre as empresas. Estudo recente do The State of the

Internet, promovido pelo site Business Insider, afirma que a venda de smartphones em todo o mundo ultrapassou a de computadores em 2011. Foram mais de 400 milhões de unidades de smartphones contra cerca de 350 milhões de PCs. Esse cenário tem feito com que a mobilidade ganhe força no mercado corporativo. A Forrester Research diz que a popularidade do iPad entre os usuários deverá acelerar a introdução dos tablets nas empresas. De acordo com a consultoria, 81% das companhias pretendem estabelecer estratégias para a adoção de tablets. E em 2016, 250 milhões desses dispositivos serão usados para fins profissionais. Muitos departamentos de TI já suportam dispositivos nos negócios por meio de dois movimentos sem volta nas companhias: consumerização e BYOD. Consumerização definitivamente entrou para a agenda das empresas, diz Fernando Belfort, líder de Pesquisas & Consultoria na América Latina da Frost & Sullivan. O desejo e a pressão para usar dispositivos móveis têm aumentado. O cabo de guerra entre TI e colaborador está sendo puxado com força para o lado do funcionário. “Organizações vão encontrar várias formas de lidar com o mar de dispositivos, seja por meio da adoção de soluções de MDM, virtualização de desktop, antivírus ou infraestrutura de escritório para Wi-Fi”, opina Belfort. O Gartner acredita que BYOD vai saltar em 2013. Para o instituto de pesquisas, os dispositivos móveis devem suplantar os PCs como ferramentas de acesso mais comum à internet. Para a Nucleus Research, BYOD diminuirá em 2013 à medida que a estratégia de mobilidade empresarial crescer. Na opinião da consultoria, o movimento atingiu o ápice de aceitação de mercado em 2012. A Rhodia, empresa do Grupo Solvay, que atua no setor químico, vai reforçar a segurança em 2013 para utilizar dispositivos de uso pessoal no ambiente corporativo. “Permitimos o BYOD, mas ainda está em fase inicial. Não temos

Fernando Birman, da Rhodia: 2013 será o ano do BYOD para a empresa

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Fernando Wanderley, da Ancar: nuvem vai chegar com força total na administradora de shoppings

estimulado de forma agressiva. Em 2013, com as mudanças na proteção do ambiente, vamos impulsionar o movimento”, relata Fernando Birman, diretor de Sistemas de Informação para América Latina da Rhodia. “Investimento em mobilidade é uma das mais importantes iniciativas da estratégia global de TI da Alcoa”, afirma Tania Nossa, CIO da América Latina & Caribe da Alcoa, atuante na área de minério de ferro. “É inevitável o fator do anywhere, anytime e agora do from any device”, assinala. A área de TI da Alcoa está trabalhando para adaptar os aplicativos da companhia para esses aparelhos, com o objetivo de proporcionar mais flexibilidade, acessibilidade e rapidez nas tomadas de decisão. “Não é tendência, já é realidade”, indica. A Carbocloro, que atua no fornecimento de cloro para tratamento de água e matériasprimas para a indústria, também vai mergulhar nesse universo. “Adquirimos o SAP Afaria para gerenciar dispositivos móveis e com isso pretendemos ampliar a onda do BYOD, que já se faz presente aqui”, comenta José Carlos Padilha, CIO da empresa. O acesso a sistemas corporativos também é permitido por meio de dispositivos pessoais, garante Padilha. “Temos criptografia e acesso via VPN para atestar a segurança. Tudo é controlado”, assinala.

2. Cloud acomoda-se em solo nacional Para Belfort, cloud passou por uma onda de entendimento nos últimos dois anos e em 2013 veremos grandes projetos na área. Segundo ele, toda tecnologia tem sua fase natural de maturidade e cloud entra na fase adulta. A nuvem mudou a forma de comprar e prover serviços, avalia Sandro Melo, coordenador do curso de Rede de Computadores da BandTec, entidade educacional que oferece cursos na área de

TI. “O modelo privado é o que mais vai despontar”, acredita. A Ancar Ivanhoe Shopping Centers, administradora de mais de 20 shoppings centers no País, tem grandes planos para 2013 em torno da nuvem. A empresa quer simplificar a operação e passar, aos poucos, todo o data center para a cloud. “Iniciamos esse processo e adotamos o Google Drive”, comenta Fernando Wanderley, gerente-geral de TI da Ancar. A meta da companhia é crescer quatro vezes em três anos e Wanderley acredita que a nuvem será vital para conquistar esse objetivo, já que empunha as bandeiras de flexibilidade, escalabilidade e agilidade. A Carbocloro ainda tem alguns receios em relação ao modelo e por isso vai adiar os planos. “Nossa única exceção é o CRM”, pontua. “O restante ficará dentro de casa até termos definições claras sobre privacidade e questões legais”, completa. Cloud computing é uma das prioridades da estratégia de TI da Alcoa, que tem como objetivo ganho de escala, produtividade e otimização de recursos tecnológicos. A companhia possui soluções de software como serviço (SaaS) globalmente em vários processos de negócios e no momento conclui consolidações globais em um único data center nos EUA de e-mails, portais de colaboração e ERP, partindo para o conceito de nuvem privada, o que viabilizará, no futuro, a adoção de plataforma como serviço (PaaS) e infraestrutura como serviço (IaaS).

3. Nuvem pessoal substitui o conceito de computador pessoal Hoje, já é comum um usuário ter um mix de tecnologias como computador pessoal, notebook, iPad e Android. Sincronizar esses dispositivos passou a ser um desafio. “A nuvem vem para facilitar e dar mais segurança a esse processo”, opina Tania. “Percebo que as pessoas têm forte apego e confiança em relação ao computador pessoal. Mudar isso

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15 exige tempo, lembrando que o tempo a que eu me refiro é o de tecnologia, bem diferente do cronológico”, constata. Diante desse quadro, a Alcoa conta com uma rede, batizada de AA Mobile, para que os executivos possam acessar suas “personal clouds” sem impactar na rede corporativa. O Gartner acredita que a nuvem vai abrigar todos os aspectos da vida de uma pessoa. Por ser um modelo tão vasto e capaz de empacotar recursos infinitos “nenhuma plataforma, tecnologia ou vendedor vai dominá-lo”, indica o instituto de pesquisas.

4. Big Data será compreendido Belfort constata que Big Data está hoje no mesmo estágio que se encontrava cloud há dois anos. “Algumas empresas ainda não compreendem o modelo e como ele pode ser aplicado nos negócios”, diz. Ele lembra que, hoje, muitas organizações já contam com área de BI e os profissionais do setor vão evoluir seu perfil para, em vez olhar para dados do passado, verificar tendências futuras. Em 2012, Amazon.com, Petrobras, Lojas Renner e Serasa Experian já experimentaram os benefícios do modelo que transforma montanhas de dados em informações valiosas, comenta Belfort. Levantamento da Frost & Sullivan indica que o mercado brasileiro representa quase metade da receita de Big Data da América Latina. Ele deve crescer 71% de 2012 para 2013, totalizando 576 milhões em solo nacional, e 33% de 2013 para 2014. Projetos de Big Data estão-se tornando mais econômicos para as empresas, graças, em parte, aos servidores e CPUs de baixo custo, afirma o Gartner. Big Data estratégico, acredita o instituto de pesquisas, fará com que usuários executem projetos não mais isolados. Companhias vão incorporar a análise da grande massa de dados em mais atividades que desempenham.

5. Analytics Analytics acionável é, em alguns aspectos, um desdobramento de Big Data, aponta o Gartner. A maioria das análises hoje concentra-se em olhar para dados históricos, o próximo passo é prever o que pode acontecer. A Amcham ouviu, em parceria com o Ibope, 214 altos executivos de empresas de variados portes em diversas regiões do País, e constatou que em 2013 os aportes em ferramentas de TI serão voltados especialmente para Business Intelligence (BI). Entre os entrevistados, 58% disseram que essa era a principal prioridade. Melhorar as capacidades analíticas é também um dos focos da Rhodia para os próximos meses. “Sempre aprimoramos nossa solução de BI porque as necessidades mudam e as métricas precisam evoluir para acompanhar as demandas dos negócios”, comenta Birman. Tania indica que na Alcoa o momento atual também inclui a simplificação e a consolidação dos warehouses de Business Intelligence Services (BIS) para levar mais inteligência aos negócios.

José Cralos Padilha, da Carbocloro: por enquanto, computação em memória está distante

6. Computação in-memory Com o crescimento de análises, aquece também, de acordo com o Gartner, o interesse por soluções em memória, que agilizam a busca por dados. Elas permitem que atividades que consomem horas sejam executadas em minutos. O Gartner acredita que computação em memória vai-se tornar uma plataforma dominante no próximo ano ou dois. Para Padilha, computação em memória está distante. “Vamos adotar, mas não agora”, adianta. Segundo ele, a ideia é prover análises mais detalhadas para as áreas de negócios e possibilitar eficiência. A Alcoa está em processo de atualização da ferramenta de Enterprise Resource Planning (ERP) e apostou no Oracle Exadata Database www.computerworld.com.br

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16 CAPA Machine para aprimorar as capacidades analíticas. A solução conta com recursos em memória, explica Tania.

7. Comunicação máquina a máquina

Tania Nossa, da Alcoa: empresa quer levar mais inteligência ao negócio com consolidação dos data warehouses

Tudo vai conectar-se à internet, incluindo câmeras, realidade aumentada, edifícios e sensores. “Começamos a ver as conexões entre máquinas em modelos simples. Teremos de esperar mais três anos para que essa tendência se torne realidade”, completa Wang. Atualmente, a Alcoa tem pilotos de “Smart Manufacturing”. “Os softwares integram-se aos equipamentos de processos e, dependendo dos parâmetros de temperatura e pressão, por exemplo, os Programmable Logic Controllers (PLCs) comandam uma determinada ação. Tudo integrado à mobilidade e conectado à internet”, detalha Tania. A Ancar executou em 2012 um piloto com realidade aumentada. O projeto envolveu a criação de um aplicativo para Android e iOS batizado de Primavera. Ao entrar em um dos shoppings centers da rede, a pessoa participava de um desafio para completar uma flor e ganhar um brinde. A flor era projetada a partir do smartphone e movia-se. “Estudamos ampliar a iniciativa em 2013”, comenta Wanderley.

8. Aplicativos em HTML5 O Gartner observa que os aplicativos nativos tradicionais não vão desaparecer e “sempre oferecerão a melhor experiência ao usuário com recursos sofisticados.” HTML 5, tecnologia multiplataforma que torna a presença na web mais simples e uniforme, seja qual for o aparelho do usuário, vai despontar nesse cenário. “Utilizamos HTML5 para aplicações que necessitam ser multiplataformas (mobile, desktop, tablets). Para soluções exclusivas, direcionadas

a dispositivos móveis, optamos por desenvolver aplicações nativas, que dispõem de recursos mais ricos e sofisticados para o usuário, utilizando e distribuindo via solução MDM”, diz Tania. A Rhodia desenvolve dentro de casa suas aplicações e os próximos trabalhos, relata Birman, serão executados em HTML5. A Carbocloro faz o caminho inverso: desenvolve com ajuda de parceiros e está atenta ao tema para modernizar ou criar aplicativos no próximo ano.

9. Lojas corporativas de aplicativos O Gartner acredita que lojas empresariais de aplicativos vão transformar os departamentos de TI, proporcionando governança. Elas serão o espaço para encontrar tudo o que o usuário precisa para aprimorar o trabalho da área. A CIO da Alcoa explica que a empresa está em linha. “A adoção do MDM trará mais segurança e flexibilidade, possibilitando a implementação do conceito “Alcoa Store”, uma loja corporativa de aplicativos”, comenta.

10. Gamification O gamification, técnica digital que aplica ao meio corporativo características lúdicas e lógicas que são também encontradas em jogos de videogames, vai invadir as empresas. “Organizações podem usar o modelo dos jogos para orientar o comportamento dos funcionários e promover a transferência de conhecimentos, programas de vendas e colaboração”, reflete Wang. O Gartner prevê, no entanto, que, até 2014, 80% das atuais aplicações de gamification não vão conseguir cumprir os objetivos de negócios, principalmente por causa do design defasado. “O desafio para os gerentes de projetos e responsáveis por iniciativas de gamification é a falta de talento de design de jogos para desenvolver trabalhos na área”, avalia Brian Burke, vice-presidente de Pesquisa do Gartner.

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Como serão os orçamentos de TI em 2013? Executivos da área estão cuidadosamente desenhando suas estratégias focando em redução de custos e crescimento dos negócios Eric Lindgren, CIO da PerkinElmer, empresa de tecnologia, serviços e soluções para monitoramento ambiental e segurança alimentar, vai passar os próximos 12 meses, como muitos de seus pares, em busca de poupanças que podem ser realocadas para iniciativas de tecnologia de alto impacto, como mobilidade e análises. Como parte desse esforço, a TI vai continuar a racionalizar o portfólio de aplicativos, mudando investimentos fixos para variáveis por meio de uma nuvem privada. Lindgren também projetou seu orçamento de forma que ele possa reduzir ou ampliar os investimentos, dependendo de como a economia global caminha. Na mesma direção, está a TI da Rhodia, que opera no Brasil com duas unidades de negócios, a de produtos químicos e a de fibras. Fernando Birman, diretor de Sistemas de Informação para América Latina da Rhodia, afirma que o orçamento global de TI em 2012, de 120 milhões de euros, será mantido. “Sempre começamos o ano de forma conservadora e depois mudamos o ritmo dos investimentos em sintonia com a situação econômica”, detalha. Do total, a maior parte do dinheiro será direcionada para manter a operação do dia a dia e importante fatia será investida na integração da Rhodia com o Grupo Solvay. “Também faremos upgrades de hardware e software e vamos atualizar o parque de cerca de 3 mil equipamentos na América Latina para Windows 7”, explica. Reportagem publicada por Mary Brandel, na COMPUTERWORLD norteamericana, afirma que as lições deixadas pela recessão estão deixando os CIOs com os pés no chão. Segundo pesquisa realizada pela revista, o perfil do orçamento para 2013 mostra que há um senso de otimismo cauteloso em relação ao bugdet. Dos 334 entrevistados, 43% disseram que vão aumentar seus orçamentos, contra 36% no ano passado. Outros 64% indicaram que planejam realizar grandes aquisições em TI nos próximos 12 meses. Em 2011, 60% afirmaram o mesmo. Segundo Ray Wang, principal analista e CEO do instituto de pesquisa norte-americano Constellation Research, o orçamento em 2013 terá uma pequena queda de 2% a 3%. A provedora de serviços de gestão, Booz Allen, tem ampliado seus gastos com tecnologia nos últimos três anos, mas seu orçamento ficará estável nos próximos 12 meses, segundo Joe Mahaffee, vice-presidenteexecutivo e chefe de Segurança da Informação da empresa. Entre as prioridades da companhia para 2013 estão sete iniciativas estratégicas que deverão contribuir para reduzir custos e fortalecer os negócios. “Fazer mais com menos é o lema”, diz Mahaffee. Na direção oposta, está a Ancar Ivanhoe Shopping Centers, administradora de mais de 20 shoppings centers no País. Fernando Wanderley, gerente-geral de TI da Ancar, comenta que em 2013 o orçamento da área será maior do que em 2012. “TI tem papel cada vez mais importante na empresa”, justifica.

Aurélio Boni, vice-presidente-executivo de TI do Bradesco

Segundo ele, a maior parte do budget, que não foi divulgado, será direcionada para a atualização de versão do ERP e para melhorias de segurança de borda em razão da mobilidade. A Western & Southern Financial Group, companhia de serviços financeiros, reorganizou nos últimos meses sua unidade de TI para dedicar mais recursos a tecnologias emergentes. Entre elas, mobilidade e mídias sociais. “Um profissional de serviços financeiros que usa um tablet impressiona mais do que um laptop”, assinala Doug Ross, vice-presidente e CTO da Western & Southern. Na Carbocloro, que atua no fornecimento de cloro para tratamento de água e matérias-primas para a indústria, os olhares também estão voltados para mobilidade, mas boa parte do tempo da TI será consumida para substituição dos sistemas legados, desenvolvidos internamente, por tecnologias de mercado para possibilitar confiabilidade, controle e eficiência, afirma José Carlos Padilha, CIO da empresa. O orçamento para 2013 triplicou, ficando em torno de 12 bilhões de reais. “Esse valor será usado ainda para adquirir hardware e melhorias no data center”, completa. Aurélio Boni, vice-presidente-executivo de TI do Bradesco, indica que a área vai investir em seis tecnologias-chave: fortalecimento do CRM, ferramentas de análise como BI e BA, mobilidade, fortalecimento da segurança da informação, ferramentas para análise de crédito e teleconferência. De acordo com Andrew Horne, diretor da Corporate Executive Board, a TI em 2013 movimenta-se para pavimentar o seguinte caminho: projetos de mídia social, aplicações web, Business Intelligence (BI), analytics e colaboração. O analista da Forrester Research Craig Symons também vê os gastos caminhando nessa direção, ele cita aplicativos móveis, middleware móvel, BI e análise como categorias de investimento. “Com esses tipos de projetos em suas carteiras, as empresas podem ser mais ágeis”, observa. Qualquer que seja a trilha que os CIOs seguirão no próximo ano, fazer escolhas inteligentes e em linha com os objetivos de negócios é mandatório. Afinal, qualquer passo errado pode significar investimento jogado no lixo e perdas financeiras. Não há mais espaço para tentativas e erros. (D.O.) n

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OPINIÃO

Pág.

Dicas para contratar profissionais estratégicos

GESTÃO

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Colaboração pode fazer toda a diferença

OPINIÃO

03 04 Pág.

CIOs devem fortalecer diálogo com CMOs

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negócios • tecnologia • liderança

A corrida pelas

PATENTES

dez 2012 - jan 2013 cio.com.br

EMprEsAs MOvIME MEntA t M-sE tA p rA rEgIstr pA trAr IDEIAs InOvA v DOrA vA As DA árEA DE tECnOlOgIA quE trAgAM vA vAntA t gEM tA COMpEttItIvA v pA vA p rA Os n nEgóCIOs


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P h i l Sch n ei d er m e y er , CI O / US A*

opinião

dicas para contratar profissionais de TI em linha com a estratégia

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Uma escolha malfeita pode desestruturar uma boa equipe. Por isso, é preciso priorizar a avaliação de algumas habilidades na busca por talentos

N

athan Brown faz parte da lista de CIOs que acumulam passagens por empresas de diferentes segmentos. Sua trajetória inclui atuações na área comercial, no governo e em entidades sem fins lucrativos. Hoje, o executivo ocupa a liderança de TI da Care.com, empresa norte-americana que ajuda pessoas a localizarem babás e cuidadores de idosos. Antes, foi diretor sênior de TI da Year Up, desenvolvedora de um programa de força de trabalho de TI para jovens adultos. Também foi CIO da Harvard Law School. Independentemente do setor de atuação, Brown segue seis regras na construção de uma equipe.

1. Não contratar por desespero 2. Nunca ignorar uma bandeira vermelha 3. Ajustar questões de personalidade 4. Conjuntos de habilidades são, por vezes, menos importantes 5. Envolver os líderes no processo de contratação 6. Entrevistar todos os profissionais internos interessados na oportunidade antes de uma oferta externa.

Segundo Brown, para muitos, a contratação de talentos em uma instituição sem fins lucrativos não é muito diferente de uma empresa com fins lucrativos. No entanto, geralmente, os salários são menores e não há opções de cargos. Devido a isso, é preciso focar na busca de profissionais com uma paixão para a missão. Ao ocupar essa posição, Nathan teve cuidado para não exagerar em habilidades. Ele observou pessoas com potencial para crescer naquele papel. Ele encarava como algo negativo alguém dizer que era a pessoa adequada porque sabia executar todas as tarefas da função. Desse cenário tirou uma lição. Se os candidatos não estão olhando para o crescimento e o desafio, então eles provavelmente não têm a motivação buscada. Se o profissional altamente capaz tecnologicamente tem uma personalidade perigosa, ele pode destruir a equipe. Inclua o time no processo de entrevista para minimizar esse risco, ensina Nathan. Ao envolver o grupo e ele identificar que aquela não é a pessoa certa, os profissionais preferem esperar encontrar o perfil adequado a escolher o errado. Uma equipe que realmente gosta de trabalhar em conjunto é altamente produtiva e tem um turnover menor. CIO * Phil Schneidermeyer é parceiro do Heidrick & Struggles, empresa especializada no recrutamento de líderes de tecnologia em todos os setores da economia. www.cio.com.br

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Como

gestão

colaboração pode fazer a diferença nos negócios

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Ferramentas de comunicação unificada ajudaram um laboratório farmacêutico norte-americano a elevar vendas e a recuperar clientes Stephanie Overby, CIO/EUA

P

ergunte a maioria dos CIOs sobre os motivos que levam a implementação de um projeto de Unified Communications (UC) ou comunicações unificadas. Provavelmente, eles responderão que a iniciativa é para reduzir custos ou gerar economia, substituindo a telefonia tradicional por Voz sobre IP (VoIP) e mensagens instantâneas. Mas o valor real da UC, que é a melhoria das comunicações entre os funcionários e clientes, raramente é traduzido em reais. Quando Richard Buss, vice-presidente de TI do laboratório farmacêutico norte-americano EMSL Analytical, começou a explorar UC em 2010, seus objetivos eram simplificar a infraestrutura de telecomunicações, reduzir custos, reforçar a rede e aumentar a redudância. Na época, Buss iniciou um amplo projeto para gerenciar uma miscelânea de sistemas de telefone espalhada pelos 43 sites da companhia. Ao analisar toda essa infraestrutura com as

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necessidades do laboratório, Buss descobriu que não era apenas a tecnologia de UC que precisava ser articulada. “Não tinha percebido como a comunicação unificada beneficiava a iteração com funcionários e toda nossa cadeia de valor”, afirma. A equipe do laboratório percebeu que desperdiçou tempo, atendendo a telefonemas, sem organizar as chamadas deles. As informações estavam espalhadas pelas diversas bases de dados. Os clientes enfrentaram transferências frequentes para ramais ou eram desviados para correio de voz. Muitos não eram atendidos porque não encontravam as pessoas que estavam procurando. “Não era essa experiência que os nossos clientes estavam procurando”, explica Buss. A EMSL conta com compradores como a Agência de Proteção Ambiental e o Porto de Nova York e perdeu negócios por falha na comunicação com clientes, segundo o líder de TI. A EMSL tem uma rede de parceiros especialistas como microbiologistas, cientistas de alimentos, geólogos e químicos. Porém, clientes e funcionários internos não conseguiam se falar...

Mapa da comunicação

Durante a implementacão do projeto de UC na EMSL, que levou um ano, a fornecedora da solução Alteva colaborou para mapear fluxos de chamadas, com a criação de grupos de trabalho virtuais espalhados por toda a empresa. O Alteva Anywhere criou serviços como “siga-me e encontre-me”, para encaminhamento de chamadas para os celulares dos funcionários. Esse modelo foi a receita de sucesso da EMSL na avaliação de Buss. “As vendas estão aumentando. Conquistamos novos clientes e ganhamos de volta os que perdemos ao longo do tempo”, contabiliza o executivo. Buss avalia ainda que a economia com o projeto foi maior do que o esperado. Os gastos com telecomunicações, por exemplo, caíram para um terço ao ano. Houve ainda aumento das vendas e redução da rotatividade de clientes. A TI teve um papel estratégico nesse processo. “Até então, ninguém sabia

5 o quanto era grave o problema de comunicação com os clientes”, relata Buss. Ele considera que a TI vê os problemas de negócio com outra óptica e busca alternativas. O vice-presidente de TI da EMSL admite que não foi fácil a implementação do projeto de UC. Houve oposição do usuário, que se sentia perseguido, como acontece no Big Brother. Ele passou a ser monitorado pelas ferramentas do sistema de comunicação unificada e tinha resistência para usar a tecnologia. “Agora, podemos encontrá-lo. Dizemos que é melhor que ele esteja disponível para atender ao telefone”, diz Buss. “Agora, essas pessoas estão vendo os benefícios de UC. Temos maior capacidade para monitorar o ciclo inteiro das chamadas e descobrir o que nossos clientes querem.” A EMSL emprega 600 pessoas e com UC também se beneficiou com recuperação de desastres na comunicação como perda de sinal e linha ocupada. A chamada é desviada para outra rota sem problemas. “Eu não tinha percebido o quanto esse processo é poderoso”, comemora Buss. Naturalmente, a confiabilidade da VoIP é um problema. Buss consdidera que a disponibilidade de 99,999 prometida soa bem, mas isso não é o mesmo que o que tem recebido das empresas de telefonia tradicionais, que ainda derrapam na entrega de alguns serviços. CIO www.cio.com.br

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Empresas buscam

patentes

para proteger avanços de TI 6

Há uma corrida pelo ouro com processos em andamento para registrar ideias inovadoras da área de tecnologia que tragam vantagens competitivas para os negócios Kim S. NaSh, CIO/EUA

C

omo parte do esforço das empresas para recuperar o terreno perdido para a recessão econômica nos Estados Unidos e Europa, CEOs estão falando mais sobre inovação. Alguns até decretaram que uma porcentagem da receita deverá vir a cada ano de novos produtos e serviços. A exigência dos CEOs obriga os CIOs a correrem atrás de patentes não apenas para as invenções que suportam as operações de TI, mas também para processos criativos de fazer negócios, usando novas tecnologias. A convergência entre redes sociais, mobilidade e tecnologias de análises de dados tornou-se mandatória para as operações das companhias. Assim, muitas organizações têm recorrido aos escritórios de marcas e patentes para tentar bloquear a posse de novas formas de fazer negócios e interagir com os clientes. “É uma nova corrida pelo ouro”, avalia John Lanza, sócio

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do escritório de advocacia norte-americano Foley & Lardner LLP, especializado em propriedade intelectual. Lembre-se do boom das pontocom, quando praticamente nada na internet estava maduro para patentear e que muitas lojas de e-commerce se movimentaram para delimitar seus terrenos e tecnologias de venda online. A corrida de hoje envolve mais empresas em mais indústrias em busca de registro de suas invenções. Na década de 1990, estavam nessa disputa principalmente as empresas de serviços financeiros e startups ansiosas para fazer negócios de e-commerce. Hoje, a busca por patentes inclui ricos e organizações poderosas de diversos segmentos da economia, que estão utilizando a TI para transformar seus modelos de negócios como é o caso de companhias dos setores de Saúde, Automotivo, Varejo, Aviação, Seguros e Consultoria. A seguradora Allstate Insurance, que tem mais de cem patentes pendentes, considera o registro de invenções uma arma poderosa. A empresa, que fatura 28 bilhões de dólares com apólices de seguros, está em busca de novas ideias para personalizar seus serviços. Seu portfólio de patentes dobrou nos últimos três anos, informa a empresa. “As patentes são inestimáveis para manter a companhia à frente da concorrência”, diz seu porta-voz. As patentes podem, de fato, trazer vantagem competitiva considerável. Uma empresa pode, naturalmente, incorporar novas invenções a produtos ou serviços que os clientes nunca viram. Mas mesmo que essa criação se torne viável para o mercado, o titular da patente pode impedir que outras pessoas façam a mesma coisa. “O monopólio concedido por uma patente vai ajudar a estabelecer e dar forma a um mercado”, afirma Lanza. Quem não quer isso? Nos últimos dois anos, o Bank of America tem investido em patentes de sistemas que criou para alterar o estado emocional dos clientes. São tecnologias que trazem informações dos dados financeiros e que são importantes na hora de atraí-los para novas ofertas. A General Motors desenvolveu um sistema em que os motoristas podem

mandar mensagem de texto de seus carros, enquanto dirigem. A Humana, companhia de seguro de vida, patenteou uma aplicação que prevê as condições futuras de saúde dos clientes com base em seus dados médicos e consumo de medicamentos nas farmácia. Já a Equifax registrou uma tecnologia que monitora crianças e evita o roubo de dados de sua identidade e informações financeiras dos pais, enquanto o Wal-Mart inventou um software para permitir que os consumidores solicitem cartões de crédito em postos de gasolina. Em alguns mercados, a crise econômica acirrou o movimento por pedido de patentes pelas organizações, principalmente para garantir a propriedade de aplicações móveis, rede social e análise de dados. Nos Estados Unidos, por exemplo, essa onda ganhou apoio do governo Obama, que aprovou em setembro novas leis para acelerar o processo dos pedidos de patentes. A atual legislação reduz a burocracia do US Patent and Trademark Office, Escritório de Patentes e Marcas Comerciais dos Estados Unidos, na análise de processos para registro de novas invenções. Na corrida anterior das empresas de web por patentes, os tribunais contestaram muitos dos registros solicitados pelas pontocom. Os sites de viagens Priceline e Expedia entraram em embate jurídico por várias vezes, defendendo direitos de suas patentes. Houve também a polêmica envolvendo a Amazon, que desafiou as leis de patentes quando brigou na justiça em 2009 para registrar a ideia não de um produto, mas de um processo para vendas online chamado “One Click”. Trata-se de um caminho que permite aos consumidores efetuar compras com um único clique, já que as informaçoes do cliente estão armazenadas no banco de dados do varejista. Algumas patentes podem ser aprovadas e outras não, desafiando os CIOs. Eles precisam traçar estratégias agressivas na hora de solicitar registro de ideias que tragam competitividade para os negócios, ensina Teresa Lunt, vice-presidente e diretora do laboratório de ciências da computação Palo Alto Research Center (PARC), braço de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Xerox e que

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CALENDÁRIO Eventos Now!Digital 2013 Encontros decisivos para quem investe em networking, inovação, liderança e tecnologia PConteúdo de alto nível e atualizado PCrescimento contínuo da participação dos líderes em função de investimento pesado em P&D PIncontáveis oportunidades de negócios PExpertise comprovada e marca líder mundialmente reconhecida entre a audiência


Calendário de Eventos - 2013 Mes

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evento

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cio GLobaL suMMit

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cio GLobaL suMMit

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it LeaDers conFerence

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aGosto

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seteMbro 26

IT LEADERS CONFERENCE

IT LEADERS 2012

noveMbro 06

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atende a outras companhias. Teresa destaca que é importante que os líderes de TI sejam ágeis na hora de registrar as invenções que transformam os negócios.

Por que buscar patentes?

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O principal motivo para busca de uma patente é alcançar os objetivos de negócios da companhia, sejam estratégicos, financeiros ou competivos, explica Brian LeClaire, CIO e diretor-chefe da Humana, que gerencia uma carteira de 36,8 bilhões de dólares de seguros de saúde. “A propriedade intelectual tornou-se um diferencial para fazer com que a companhia seja mais competitiva”, avalia o executivo. A Humana registrou este ano oito patentes. Uma delas é um jogo para equipe de fitness, que se tornou um novo produto da companhia. Outro é um jogo online que avalia a saúde dos clientes e que ainda não está disponível para o mercado. Os métodos de previsão de saúde da seguradora, aplicados atualmente para avaliar as condições futuras dos clientes, levaram seis anos para serem aprovados. As patentes foram concedidas em 2010 e as tecnologias são agora usadas internamente como parte dos

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Nos EUA, os direitos para explorar uma patente com exclusividade são de 20 anos, a partir da data da sua aplicação serviços oferecidos aos segurados. Nos Estados Unidos, os direitos para explorar uma patente com exclusividade são de 20 anos, contados a partir da data de sua aplicação. Em média, o escritório de patentes consome cerca de três anos para tomar uma decisão definitiva sobre o pedido. Assim, o tempo de proteção da invenção é de 17 anos. Depois disso, qualquer pessoa pode usar os conceitos patenteados. A proteção por 17 anos pode ser considerada um avanço, mas o mercado pode mudar rapidamente nesse período. Um exemplo disso foi o projeto que a seguradora Aetna apresentou em 2006. A

empresa lançou um cartão de crédito do Bank of America, que financeiramente recompensava os clientes de seus seguros quando era efetuada a transação da cobrança de serviços de saúde, incluindo tratamentos médicos. A companhia de seguros e o banco compartilharam alguns dados dos clientes e consideraram o cartão de vida saudável inovador. Em 2007, a Aetna entrou com um pedido de propriedade do invento. Em 2009, as empresas interromperam o uso do cartão porque foram acusadas de violar as leis de privacidade, conta um porta-voz. Em 2010, a seguradora finalmente conseguiu registrar o invento. Nos EUA, os pedidos de patentes podem obter exame “acelerado”, com decisão no prazo de 12 meses. O investimento nesse processo varia de 2,4 mil de dólares a 4,8 mil dólares, dependendo do tamanho da empresa que vai colocar a ideia em prática. As taxas básicas vão de 190 dólares a 380 dólares. “Você tem de fazer o seu melhor palpite no momento da apresentação em relação ao tempo estimado para oferecer o produto ou o serviço em questão”, recomenda Lanza, do escritório de advocacia Foley & Lardner LLP. “Quando as circunstâncias mudam, as empresas têm de voltar atrás e dizer: ‘Achávamos que teríamos um produto fantástico por muitos anos, mas estávamos errados’”. Entretanto, o que hoje parece ser uma patente inútil, pode se tornar algo valioso para o negócio no futuro. As leis podem mudar ou a empresa entrar em um setor diferente e usar uma variação da ideia. Assim, o proprietário da patente pode licenciá-la e cobrar royalties pelo seu uso, orienta Teresa do laboratório Parc. Além disso, a empresa pode desenvolver mais tarde tecnologias relacionadas ao invento patenteado ou métodos de negócios que utilizam o material original da ideia, aconselha LeClaire. A patente inicial pode ser como uma espécie de semente que brota em uma árvore com muitos ramos patenteadas, acrescenta o CIO. “A semente original pode não ter valor final, mas é a genealogia de um conceito que traz retorno.” Para as empresas que querem ser conhecidas pelo seu pioneirismo, a busca por novas patentes pode contribuir com esse

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processo. A transportadora United Parcel Service (UPS), por exemplo, considerada uma das mais inovadoras na área de entregas rápidas, alcançou 313 patentes nos Estados Unidos, 69 delas desde 2010. A UPS investiu 53,1 bilhões dólares em patentes de novas tecnologias para permitir que seus clientes rastreiem encomendas por meio de dispositivos móveis sem ter de informar o código de acompanhamento completo de 18 dígitos. O invento também redireciona entregas sensíveis para evitar dados pelas condições ambientais, como o extremo frio ou calor. As patentes são parte integrante da estratégia de negócios da UPS. Dave Barnes, CIO da companhia, que gerencia 1 bilhão de dólares que a empresa investe em tecnologias como essas e outras a cada ano, evita comentar sobre estratégias. Ele diz apenas: “Somos muito ativos nessa área e usamos extensivamente a inovação tecnológica para impulsionar nosso crescimento empresarial”. A Equifax, empresa que fatura 2 bilhões de dólares, espera melhorar sua reputação em inovação. Para isso, instituiu um índice de inovação de produto, lançado há três anos com objetivo de aumentar em 10% o faturamento anual de cada uma das cinco unidades de negócios da companhia. Como resultado, a Equifax recebeu nove patentes nos últimos dois anos. Outras duas estão em processo de análise. Sua tecnologia patenteada para detectar o roubo de identidades de crianças é parte de uma família de produtos de monitoramento de crédito, lançada em março último. As patentes trazem benefícios que vão além da criação de produtos para venda. Elas têm valor financeiro e são um ativo importante no balanço da companhia. Para Lanza, as ideias registradas também reforçam a marca da empresa e por vezes até ajudam a elevar o preço da ação. Segundo ele, uma invenção patenteada deixa de ser apenas um produto na mesa. É algo que traz valor para os negócios.

Como criar uma estratégia

Avaliar o potencial da propriedade intelectual (PI) não é uma tarefa apenas

do CIO, mesmo quando a ideia é baseada em TI. Na seguradora Humana, relata o CIO LeClaire, discussões sobre esse assunto envolveram os departamentos de TI, Jurídico, Desenvolvimento de Produtos, Inovação e outros grupos para esclarecer como a empresa persegue proteções legais. Infomações sobre o patrimônio intelectual da companhia despertam muito interesse no mercado. Por isso, funcionários da Humana passaram por treinos para entender a propriedade intelectual e as proteções legais que podem receber para que não revelem inadvertidamente informações sensíveis. A seguradora Allstate também adotou estratégia semelhante. Tornar público processos de patentes pode influenciar as decisões sobre a possibilidade de buscar proteção, adverte Rich Adduci, CIO da Boston Scientific. Uma vez apresentado o pedido, as informações normalmente são conhecidas. Adduci afirma que as pessoas podem aproveitar esse processo para criar inovações juntas. O CIO é considerado pai de duas invenções patenteadas em 2008, quando atuou como consultor da Accenture. Ele destaca que em determinadas situações as patentes têm de ser mantidas em segredo para que não sejam divulgadas informações importantes. “Você tem de ser seletivo”, alerta. Para proteger ainda mais suas ideias, Allstate entrou com uma solicitação pública chamada “nonpublication”, que pede ao escritório de patentes que não publique a grande maioria dos seus cem pedidos pendentes, informa o porta-voz da empresa. Não há cobrança de taxa para esse procedimento nos Estados Unidos, mas a companhia corre o risco de perder a proteção do seu invento em outros mercados. O tempo e as despesas para pedido de uma patente podem, por vezes, gerar desperdicio. Uma empresa pode inventar um sistema único ou método, mas ele está tão enterrado em um processo que seria incapaz de dizer se alguém está violando a propriedade intelectual. Fica difícil fazer essa descoberta com as informações disponíveis, segundo Lanza.

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A American Airlines ganhou uma patente este ano para uma tecnologia que envia dados para dispositivos móveis dos passageiros enquanto eles estão a bordo de um avião. Lanza questiona se essa ideia não é um exemplo de inovação ultrapassada. “Se a informação está em um servidor, localizado em um centro de dados em algum lugar do mundo, como a companhia aérea saberá se sua patente foi ou não violada?”, indaga Lanza. A American recusa-se a comentar sobre essa invenção. A CIO da companhia aérea, Maya Leibman, argumenta apenas que as patentes geralmente são parte da vantagem competitiva da empresa. “Estamos aproveitando o capital intelectual interno para chegar a soluções de negócios que forneçam a melhor experiência possível para os nossos clientes”, justifica ela. Uma estratégia eficaz de patentes também deve incluir monitoramento do que os rivais estão fazendo. A American Airlines, por exemplo, informou em um memorando recente que vem investindo para ganhar mais patentes do que qualquer outra companhia aérea. O CIO LeClaire da seguradora Humana ensina que observar os movimentos do

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Uma estratégia eficaz de patentes também deve incluir monitoramento do que os rivais estão fazendo capital intelectual de seus concorrentes é fundamental para manter-se à frente do mercado. Ele acredita que esse conhecimento influencia ideias para novos produtos, lançamentos e aquisições em potencial. A estratégia da patente “permeia as varreduras amplas do que fazemos como empresas”. Lanza compara as decisões de patentes como um jogo de xadrez. “Você está tentando descobrir o que o seu concorrente está fazendo, como contornar isso e, se no final a sua invenção ainda tem valor para a empresa.” Algumas das invenções parecem ser óbvias, mas no reino das nuances da lei de patentes, elas são diferentes o suficiente para merecer proteção. A seguradaora Allstate recebeu

recentemente uma família de três patentes para o seguro personalizdo, cada uma das quais abrange aspectos relacionados, mas diferentes do presente invento. Registrar uma família de invenções traz mais proteção do que obter uma patente única, afirma Teresa Lunt, que ajuda o Parc a formular estratégia dos pedidos de propriedade intelectual. O Parc presta serviços para clientes como a Procter & Gamble e a Basf no desenvolvimento de invenções que podem ser patenteados e também licenciados por outras empresas. Ela diz que possuir uma família de patentes “faz com que seja mais difícil para alguém descascar um pedaço da tecnologia e bloqueá-lo de alguma aplicação de sua ideia”. Registrar ou defender uma patente pode ser caro e perturbador. O custo médio para combater um caso típico da violação de um invento no tribunal é de 2,5 milhões de dólares, de acordo com a Associação de Direito de Propriedade Intelectual dos Estados Unidos. O tempo para julgamento do processo é de aproximadamente dois a dois anos e meio. A Allstate não se abala com esse tipo de proceso. Em maio deste ano, a seguradora ajuizou ação contra a Nationwide Mutual Insurance, acusando a rival de infringir sua primeira patente de seguros personalizados, concedida há um ano. A concorrente ainda não apresentou uma resposta e continua a vender o produto semelhante. “Pretendemos defender vigorosamente a nossa posição”, disse um porta-voz da Nationwide. Um dos grandes fatores na formulação da estratégia de patentes, segundo Adduci, é determinar se o aumento da concorrência sobrepõe à carga de trabalho e investimentos em uma invenção. Ele considerou esse item ao buscar recentemente patentes para desenvolvimento de software para um projeto iPad na Boston Scientific, fabricante de dispositivos médicos com faturamento anual de 7,6 bilhões de dólares. O trabalho, que ele se recusa a detalhar, é inovador o suficiente para patentear. Mas uma patente não iria trazer nenhum retorno para a Boston Scientific. “Nós não somos uma empresa de software comercial,

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então não vou trazê-lo ao mercado”, diz ele. “Pensamos sobre isso, mas sinceramente não há custo-benefício.”

Caminho para o futuro

Uma década atrás, os métodos de negócios baseados na web que as empresas buscaram para patentear, eventualmente, forçaram o escritório de patentes a criar regras para o exame de tais invenções. Mas eles permanecem controversos. Os novos regulamentos que entraram em vigor em setembro nos Estados Unidos já permitem que empresas e pessoas acusadas de violação contestem a validade de algumas patentes sem precisar ir a tribunal. Segundo os especialistas, a lei é estreita e facilita o registro de novas ideias apenas para automação de serviços financeiros. Ainda assim, os candidatos podem solicitar que o escritório de patentes tenha outro olhar, na esperança de ter seu pedido revogado. Hoje, muitas das patentes interessantes não são dos métodos de negócios, mas sobre o uso de tecnologia para tornar a companhia cada vez mais perto do cliente. Manipular o comportamento do consumidor tem sido um dos principais alvos das recentes invenções. São tecnologias de análises que integram dispositivos móveis com redes sociais para analisar hábitos das pessoas. O Bank of America apresentou em 2010 um pedido de patente chamado “Consumer Behavior Modification Tool”, ou seja, uma ferramenta que modifica o comportamento do consumidor. A tecnologia permite aos clientes reduzir gastos ou aumentar sua poupança, avaliando suas despesas quando compram desde um simples café até uma roupa de grife. A instituição financeira justifica em sua aplicação que os consumidores podem ter luxos, sabendo que seus gastos terão um efeito grave em sua saúde financeira. A seguradora Humana, por sua vez, acha que os jogos online vão induzir os clientes a mudar hábitos insalubres. “Eles conseguem por meio de um game saber que devem comer alimentos saudáveis, fazer mais exercício e escolher outras atividades que garantam qualidade de vida”, diz o CIO da companhia LeClaire. “Gamification pode ser um diferencial valioso.”

A seguradora, que fatura 25,4 bilhões de dólares ao ano, quer reduzir os riscos dos seus clientes durante as viagens. Para isso, tem patentes de sistemas para medir a qualidade dos serviços de transporte. Os dados medem o quanto o cliente expõe sua vida cotidiana ao risco. Estratégias para induzir os consumidores a mudar suas rotinas também estão no coração de uma patente recente conquistada pela Amazon.com. A empresa de comércio eletrônico, que fatura 48,1 bilhões dólares, criou um sistema que leva os clientes a interagir informações com outros consumidores por meio de links personalizados. A tecnologia funciona como feromônios depositados por formigas para atrair outras formigas É difícil dizer se alguma ou todas essas ideias patenteadas irão tornar-se produtos ou serviços comerciais, avalia Teresa, do Parc, considerando esses inventos como boas estratégias que estáo à frente do mercado. Mais recentemente, o Parc patenteou a tecnologia móvel para os viajantes que detecta quando eles mudam de percurso. “É um sistema que será muito valioso, mas somente quando as pessoas partilharem informações sobre seus passeios”, informa Teresa. “Nós gostaríamos de licenciá-lo.” Algumas patentes podem parecer hoje inviáveis como produtos comerciais, mas serão úteis no futuro, de acordo com Teresa. Não sabemos ainda como as rivais vão agir com a nova safra de patentes. A briga entre a Allstate e a Nationwide pode acelerar o surgimento de apólices de seguros realmente diferentes, criadas por análise de dados. Talvez o jogo de saúde online da Humana não passe despercebido pelas suas concorrentes. Mas à medida que as novas ideias começam a permear modelos de negócios em muitas indústrias, as empresas vão-se sentir pressionadas a proteger qualquer vantagem que podem ganhar, acredita o advogado Lanza, especialista em propriedade intelectual. “Assim, as companhias que tiverm estratégias de patentes vibrantes e vigorosas são as que vão ganhar reputação para a inovação”, diz. “E a inovação é uma barreira fantástica para a concorrência”, finaliza. CIO

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M i ch a el Fr i ed en b erg, CI O / EUA*

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opinião

CIOs, fortaleçam o relacionamento com CMOs! A lacuna entre esses profissionais ainda existe. Uma parceria estreita é fundamental para ambos e para os negócios

H

á quase dois anos, em um artigo como esse, previ grandes mudanças no relacionamento entre o CIO e o CMO. Eu estava certo. CIOs e líderes de marketing caminhavam para superar seus conflitos, encontrar um terreno comum e aprender a colaborar mais estreitamente em prol dos clientes. Infelizmente, não estou vendo isso ainda. No entanto, no atual ambiente de negócios, é difícil encontrar dois papéis [CIO e CMO] que estão em plena mudança. O pessoal de marketing sabe que seu sucesso depende de encontrar o equilíbrio adequado entre arte e ciência. Mas suas origens profundas na arte do marketing não podem satisfazer as exigências de negócios de hoje para usar a ciência da tecnologia nos esforços da área. O mundo dos CMOs tornou-se técnico. De repente, eles têm de lidar com automação de marketing, inteligência de negócios e análises, ferramentas sociais e desenvolvimento web. E uma vez que a maioria das pessoas de marketing não tem conhecimento técnico, deve ficar claro que o aumento da colaboração com CIOs se reverte em um ganho pessoal, e não em uma ameaça profissional. Enquanto isso, o universo do CIO gira em torno de entregar valor aos negócios. E isso significa ir além da eficiência de custos e da otimização de processos. Agora, eles

precisam aumentar a velocidade de colocação de um produto ou serviço no mercado e inserir inteligência nas atividades. A parceria com CMOs ajuda os líderes de TI a expandir suas habilidades de comunicação e a se conectar diretamente com o business. É possível fortalecer e moldar as decisões-chave de marketing a partir da análise de grande quantidade de dados, por exemplo. Você pode influenciar os planos de desenvolvimento de produtos e ainda melhorar seu valor no mercado. Em eventos recentes para CIOs, tivemos algumas discussões fascinantes sobre a aliança entre CIO e CMO que demonstram claramente os benefícios de uma relação mais forte para ambos os lados. IBM e Forrester Research também têm pregado a criticidade dessa relação em alguns de seus eventos. O Gartner prevê que o CMO vai gastar mais em tecnologia do que os próprios CIOs em 2017. O que acho exagero. Mas eu acredito que há uma oportunidade impressionante para CIOs que entendem o valor inerente de trabalhar com vendas e líderes de marketing. E, você, o que está esperando? Vá em frente e faça esse casamento dar certo. CIO * Michael Friedenberg é CEO e presidente do IDG Enterprise, que desenvolve estratégia de mídia e serviços de consultoria para o IDG.

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REVISTA

Conheça os 16 eleITo 36 serviços

s 56 Indústria de alimentos e

lisias lauretti serasa experian

Cláudio antônio Fontes bebidas spaipa

agronegócio e mineraçã inclu40 o i Tania nossa

58 Indústria automobilística

Alcoa Alumínio

42

márcio poças Novartis brasil

Fernando birman rhodia

50 energia

66 saúde

Vanderlei Ferreira eDp energias do brasil

Claudio laudeauzer Grupo Fleury

52 Finanças

68 seguradoras

54 Governo

70 Transporte e logística

Italo Flammia porto seguro

diogo Tupinambá swissport brasil

Janeiro

Patentes

pmes

28 aTuação esTraT

Cardoso

Tema em destaque

éGICa

10 Capa

o re do líder teTr cnaT oloog

ias que serão alvo das empresas no próximo an o

A 12a edição do prêm io revela o novo perfil do líder de TI no Brasil, mais próximo do board, estratégico, alinh ado à de mãos dadas com equipe e a inovação rankInG

30 os desTaques de

2012

homenaGem

72 exCelênCIa proFIssIonal

edição do IT Leader homenageia Laércio s Albino Cezar Cezar, ex-vice-presidente-exe cutivo do Bradesco, com prêmio especial. Como legado, transfo rmou a TI em mais estratég ica

David Nascimento

o que vem por aí

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cos podem É hora de reed des itartruir os estratégias negócios profissionais. Processos ultrapassados e falha preju s que funcionários e clien Analisar atividdicam tes podem mata ades a empresa. Para da área poderser eliminá-los, lídere s de TI lançam mão a saída rumo da inovação ao sucesso

Página

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Nuvem coNquIstA bYod gANhA mAIs Adep mercAdo brAsIleIro, tos e bIg dAtA torNA-se reAlIdAde

Capa da edição de Dez 2012/Jan 2013

Calendário editorial de 2013 Edição

ão e comuNIcA ção

62 Indústria Farmacêutica 64 Indústria de manufatura

sérgio roberto santi Associação Franciscan senhor bom Jesus a de ensino

RecRutamento

de tecNologIA dA INformAç

Claudio palombo whirlpool

48 educação

Empresas TI Verde 22 responsabIlIdade aceleram corri ambIen daTal para registrar ideias inovador as em TI eAldo Zuquin obte r i Júnior, vantagem competitiva

Índice

de 2013worLD.C www.CoIro | ANo XIX | N o 553 | r$ 14,95 mpUter om.br

60 Indústria de bens de Consumo

Comércio ney santos Grupo pão de Açúcar negócios • tecnolo 46 Construção Civil e engenharia gia •marcos lideran ça pasian bueno Netto Construçõ es

andré drumond polícia Civil do rio de

pÁg.: 8

| deZembro de 2012/JANe

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11/fev

20/fev

Eventos

CW (554) Big Data/Storage Fev/Março CIO

State of the CIO O novo perfil do líder de TI no Brasil e nos EUA

(PE)

CW (555) Gestão/ERP e o novo ambiente analítico Abril

Maio

CIO

CEM – Customer Experience Management – É hora de investir em analytics

CW (556) Data Center em expansão CIO

Social Business

14/mar

25/mar (MG)

19/abr

26/abr

20/mai

27/mai

IT LEADERS CONFERENCE

CW (557) Mobilidade Junho

Julho

Agosto Setembro Outubro

Novembro

Dez/Jan

CIO

O desafio do “mobile first” – consumerizaçao e apps corporativas

CW (558) 100 Melhores Empresas de TI e Telecom para trabalhar – GPTW CIO

Estratégias e Tendências para TI – os cases de liderança

CW (559) Serviços de Cloud/Virtualização CIO

Enterprise Software/Aplicações

CW (560) Edição Especial – Prêmio IT leaders CIO

IT Leaders – Perfil do CIO

CW (561) Infraestrutura de Telecom CIO

Cloud/SaaS – Data Centers

CW (562) A empresa virtual – Cloud, Consumerização, Social Enterprise CIO

Para anunciar:

9/jul

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9/set

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11/out

5/nov

13/nov

Segurança da Informação

CW (563) Segurança CIO

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Uma publicação:


capacitação 19

Sem tempo? Tecnologia leva o conhecimento até você Programas virtuais derrubam as barreiras para profissionais que não têm horário na agenda para aprimorar a carreira

F

azer MBA para dar um upgrade na carreira é o sonho de muitos profissionais de TI, mas alguns não conseguem realizá-lo por causa dos horários complicados do trabalho que executam. Com ajuda da internet e novas tecnologias como iPad plugado em 3G ou Wi-Fi, é possível investir em um programa de desenvolvimento profissional e frequentar aulas virtuais onde quer que esteja e em universidades de qualquer lugar do mundo. De acordo com consultores em RH, MBA no currículo pode gerar retorno entre 20% e 30%, dependendo do selo da instituição. Para os profissionais de TI, esse tipo de programa tem até um peso maior por causa do aumento da pressão do mercado para que sejam menos técnicos e mais estratégicos. Os que têm domínio de tecnologia e visão de negócios são diferenciados. Para esses talentos, o ensino a distância (EAD) derrubou as barreiras de tempo e de localização geográfica. Eles podem usar a web para aprimorar conhecimentos e buscar cursos de negócios, gestão e

Edileuza Soares administração em instituições nacionais como Universidade de São Paulo (USP), Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), entre outras. A internet também torna acessível aos profissionais brasileiros MBAs oferecidos por universidades internacionais famosas no mundo dos negócios, como é o caso de Harvard, Stanford e Massachusetts Institute of Technology (MIT). É possível matricularse em cursos de extensão ministrados nos Estados Unidos e

Vladmir Gonçalves, Ibmec: alunos têm de ter disciplinas e dedicar cerca de duas horas a estudos diários www.computerworld.com.br

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Os alunos não precisam se deslocar. E podem estudar no horário que quiserem. Até de madrugada Genesini, da Abed

Harvard e MIT sem sair do Brasil Já é possível estudar gratuitamente em Harvard ou MIT sem ter de viajar para os Estados Unidos. As duas instituições fecharam uma parceria para oferecer cursos por e-learning a alunos que estejam em qualquer lugar, desde que tenham acesso banda larga. Juntas, elas criaram uma plataforma de e-learning baseada em código aberto que recebeu investimento de 60 milhões de dólares. O projeto foi batizado de edX e funcionará como uma organização sem fins lucrativos para entregar conteúdo pela web, controlado por Harvard e MIT. A tecnologia escolhida é uma plataforma de ensino a distância (EAD) criada pelo MIT chamada MITx. A edX oferecerá inicialmente cursos específicos ministrados por Harvard e MIT. Com o tempo, a organização espera incluir cursos de outras universidades, permitindo que outras instituições adicionem recursos à plataforma, já que se trata de uma tecnologia aberta. O reitor de Harvard Alan Garber afirma que vai levar para web cursos virtuais já ministrados pela HarvardX. Ao final do curso, as pessoas receberão um certificado de conclusão de edX. Porém, o diploma não leva o selo de Harvard nem do MIT. As duas ainda vão definir quais cursos serão oferecidos pela edX. Harvard prevê faculdade de saúde pública, direito, artes, ciências, entre outras. (Por Fred O’Connor, IDG News Service)

Europa com programas 100% online. Porém, no Brasil, o Ministério de Educação (MEC) determina que os cursos tenham uma parte da carga horária presencial. “O MEC não estabeleceu uma porcentagem, mas provas e apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) têm de ser em unidade física”, explica Vladimir Gonçalves, coordenador acadêmico de Educação a Distância do Ibmec. Em algumas instituições, as aulas presenciais variam entre 20% a 30%. O formato online tem a vantagem de ser flexível, permitindo que o estudante faça o curso de acordo com sua disponibilidade. Algumas atividades acontecem com horário marcado, que são as aulas ministradas em tempo real. Caso o aluno não consiga participar, ele tem a opção de assistir ao conteúdo gravado e acessível na web. “Os alunos não precisam se deslocar. Existem grades fixas, mas eles podem, se quiserem, até estudar de madrugada”, afirma o professor André Genesini, especialista em EAD e que participa da Associação Brasileira de Ensino a Distância (Abed). Os cursos virtuais custam cerca de 50% menos do que os tradicionais por serem ministrados em larga escala. Entretanto, os especialistas recomendam programas de instituições conceituadas e credenciadas pelo MEC. Analisar a metodologia oferecida pela instituição também é importante. Com as novas ferramentas tecnológicas, as aulas precisam ser dinâmicas e apoiarem-se em várias mídias para reforçar o aprendizado.

Dicas para a escolha certa Apesar de ainda não ser muito popular no Brasil, os especialistas defendem que o MBA online é mais eficaz do que o tradicional. Os alunos também são mais focados, segundo avalia o professor Alberto Borges Matias, que coordena os cursos de MBA online da Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia

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21 (Fundace), órgão de apoio institucional à Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FEA-RP-USP). Como professor dos dois formatos, Matias percebe que os que estudam pela web precisam correr atrás do seu programa e são mais proativos, enquando os que estão nas salas de aula físicas recebem muito material pronto e se esforçam menos. “No curso presencial, o aluno abre o Facebook e não está nem aí para o que o professor está falando. Por isso, Matias afirma que o indíce de evasão nos MBA online da USP é 25% e nos programas presenciais a desistência chega a 40% dos matriculados.

Ter disciplina é essencial para levar um MBA online até o final do curso, que varia de um a dois anos e meio. Nem todos têm perfil para curso virtual. Para os que precisam sempre de alguém fazendo pressão para que cumpra suas tarefas, o EAD pode não funcionar. “Tem executivo que é brilhante, mas se não for organizado, vai perder tempo no curso online”, chama atenção Genesini. “O MBA online exige compromisso e muita dedicação”, acrescenta Gonçalves do Ibmec, que recomenda que os profissionais estudem cerca de duas horas diariamente. “Os que acham que o curso é flexível e deixa as atividades para o final de semana, correm o risco de não acompanhar as aulas. Eles vão perder a motivação e desistir.” n

Língua afiada O britânico Larry North, fundador Nortech Software, dedica semanalmente cerca de cinco horas de seu tempo ensinando gratuitamente brasileiros a vencer as barreiras da língua inglesa. Em troca, exige aulas de português, idioma que estuda há dois anos. Dessa experiência, nasceu o site Talk English Now, previsto para entrar no ar em março de 2013 e que tem o Brasil como um dos públicos-alvo. North hoje dá aula para cinco brasileiros que conheceu nas redes sociais MyLanguageExchange e iTalk, que reúne nativos de diversos países do mundo dispostos a compartilhar conhecimentos sobre sua língua mãe gratuitamente em troca de aulas no idioma que deseja evoluir. Ele diz que se apoia no intercâmbio online com nativos e em diversas ferramentas na internet para aprimorar também o seu português. Hoje, há uma infinidade de recursos na internet para prática e manutenção de idiomas. As opções vão desde o intercâmbio linguístico para conversas com nativos em tempo real até sites que se propõem a substituir os cursos tradicionais. Outros têm a proposta de aumentar o contato dos brasileiros com inglês, como é o caso dos serviços que estão surgindo pelo celular, aproveitando que esse dispositivo está com as pessoas praticamente o tempo todo. As operadoras Claro, Vivo, TIM estão explorando serviços de idiomas, com envios de mensagem de texto (SMS) e acesso a aplicações na internet,

com cobrança de tarifa que vai de 0,99 centavos de reais até 9,90 reais pelo pacote semanal. Esse é um novo nicho de mercado descoberto pelas companhias de celular e que tem o objetivo de auxiliar os assinantes com informações sobre gramática, pronúncia e tradução.

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22 profissão

Desenvolvedor de aplicativo móvel está em alta.

O que é preciso para ser um deles Para atuar na área, é necessário conhecer os conceitos de usabilidade, confiabilidade e escalabilidade Danilo Bordini, da Microsoft

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No mundo móvel, esse profissional ganha a cada dia as atenções dos recrutadores. Vale a pena investir para o próximo ano

S

martphones e tablets invadiram as vidas pessoal e profissional e tornaram-se o vício do século. O uso desses dispositivos impulsionou a criação de lojas de aplicativos que oferecem de jogos a soluções corporativas. Somente para aparelhos que rodam Android e iOS são mais de 700 mil produtos disponíveis. E essa marca tende a aumentar. O mercado de pequenas polegadas está fazendo uma carreira emergente decolar: a de desenvolvedor de aplicativos móveis. Esse profissional está em alta em razão do aumento acelerado da base de celulares e deverá ser um dos mais requisitados em 2013. Somente no primeiro trimestre de 2012, nos Estados Unidos, o site de carreiras Elance.com

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23 registrou salto de 52% no número de vagas para desenvolvedores móveis. Oportunidades na área estão crescendo duas vezes mais rápido do que o mercado global de trabalho. A tendência está abrindo portas também no Brasil e a temporada de caça por pessoas no setor já começou. “Empresas querem talentos com forte conhecimento técnico e habilidade para pensar na tecnologia em linha com a demanda”, afirma Jairo Okret, sócio-sênior da Korn/Ferry, provedora global de soluções para a gestão de talentos. Mas o desafio por aqui é encontrar esses profissionais. O que é preciso para ingressar nesse universo? Como o assunto é novo, muitas organizações apostam na capacitação dentro de casa, ou incentivam o autodesenvolvimento. A Resource IT Solutions, especialista em soluções para TI, tem mais de mil desenvolvedores. Atualmente, mais de 50 deles possuem foco em mobilidade. À frente desse time está André Nascimento, gerente-executivo de Operações, responsável pela área de Delivery de Projetos e Desenvolvimento de Sistemas da Resource. Segundo ele, para ser um desenvolvedor móvel de sucesso é preciso, em primeiro lugar, ter um bom raciocínio lógico, boa formação técnica e entender a evolução tecnológica das plataformas. Também é necessário ficar de olho no lançamento de aparelhos. O executivo percebe que os jovens desenvolvedores tentam entender um pouco de cada linguagem de programação, como C++, Java, .NET e HTML5, e pecam por não dominar nenhuma. “Conheça todas, mas foque em uma”, ensina. “Embora existam muitas soluções, ele tem de saber o conceito, o que é orientação a objetos, padrões, engenharia de software etc”, detalha. “Há muito material na internet que pode ajudar nessa tarefa”, completa. Na Resource, a estratégia adotada foi buscar os melhores profissionais internamente e incentivá-los a ler sobre o

Hoje, o principal fator de sucesso de uma aplicação é o grau de maturidade da interface Ivan Mirisola, da SAP

tema, participar de eventos e cursos. Nesse segmento, é preciso aprender sozinho, diz. “É uma área dinâmica e todos estão no mesmo momento de busca de conhecimento.” “Não adianta ficar sentado. Tem de ser antenado, multidiscplinar, interessado, generalista e ao mesmo tempo especialista”, lista Marcelo Vieira, coordenador de desenvolvimento da célula SAP da Resource. Outro item de atenção é o conhecimento dos aplicativos móveis disponíveis. “Perguntamos se o candidato a uma vaga na Resource usa Instagram, WhatsApp entre outros”, comenta Nascimento. Como a literatura no segmento é, em sua maioria, em inglês, ele afirma que a fluência na língua é vital para esse talento. Comunicação é habilidade que vale ouro. “A forma de falar e de se posicionar faz toda a diferença”, acredita Bruno Pina, responsável pela área de Pré-Vendas da Resource. www.computerworld.com.br

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24 profissão

O desafio da área é o pioneirismo, trabalhar com tecnologias que não temos referência no mercado Rafael Siqueira, da MapLink

Desenvolvedor há 15 anos, Rafael Siqueira, diretor de TI da MapLink, enxergou oportunidade na área quando ainda era estudante. Abandonou o curso de Engenharia Mecatrônica na Escola Politécnica da USP no último ano para fundar o Apontador, empresa de serviços de mapas e rotas na web. Desde 2000, ele cria soluções para operadoras de celular. “Sempre estive ligado ao mundo móvel de alguma forma”, relata. Siqueira é autodidata. “Encontro muito material de referência na internet para começar”, afirma. “O desafio é o pioneirismo, trabalhar com tecnologias que não temos referência no mercado”, completa. Recentemente, ele e sua equipe foram responsáveis pelo desenvolvimento de um aplicativo móvel do MapLink para o Windows 8. O aplicativo informa a condição das principais rotas, trecho a trecho, além de

agregar notícias e alertar sobre incidentes ao longo do percurso. Danilo Bordini, gerente de Novas Tecnologias da Microsoft, acredita que o desenvolvedor nunca teve tantas oportunidades quanto agora. Ele diz que para atuar na área, é preciso conhecer os conceitos de usabilidade, confiabilidade e escalabilidade. “Com dedicação, é possível aprender. É necessário ter uma base, mas a lógica de programação é aplicada da mesma forma no mundo móvel”, sintetiza. Para ele, a questão agora é se preocupar com alguns detalhes que não existiam antes: tela menor, interface, layout, experiência do usuário, cloud etc. Ivan Mirisola, consultor sênior de Mobilidade na SAP Brasil, concorda que, hoje, o principal fator de sucesso de uma aplicação é o grau de maturidade da interface. “Essa fase é crítica para o desenvolvedor”, diz. Não só as oportunidades têm fisgado os profissionais, mas o salário também. Um desenvolvedor de soluções móveis pode receber de 3,5 mil reais até 10 mil reais, de acordo com profissionais do mercado. Vieira, da Resource, diz que em sua equipe há um funcionário que aos 23 anos ganha 10 mil reais. “Como há escassez, esses talentos vão custar 30% a 40% a mais para a empresa”, completa Nascimento.

Capacitação Bordini aconselha que o desenvolvedor móvel participe de cursos e estabeleça uma rede de contatos para trocar ideias e tirar dúvidas. “Iniciamos uma série de treinamentos. O MSDN, por exemplo, tem o objetivo de criar uma comunidade para desenvolvimento de Windows 8, soluções web, nuvem ou mobilidade e troca de informações”, relata. No MSDN, há um cardápio com uma série de materiais disponíveis em português para interessados no tema. Além de academias que oferecem certificados para os participantes e cursos online (leia mais no quadro da página 25).

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A SAP também possui um centro de apoio e suporte aos desenvolvedores. “O SAP Community Network traz alguns benefícios para esse profissional. Ele pode, por exemplo, conhecer nossa plataforma móvel por 30 dias e

realizar testes com ela”, afirma Fabian Valverde, gerente de Soluções de Mobilidade da SAP Brasil. Os treinamentos na área, prossegue, vão desde a administração da plataforma até a modificação de aplicações. (D.O.) n

Equipe Resource, empresa incentivou funcionários a desenvolverem capacidades móveis

Para aprimorar a carreira A indústria, em linha com a demanda, criou especializações para profissionais interessados em desenvolver soluções móveis. Veja alguns deles.

Microsoft

• Na página www.microsoft.com/brasil/apps, há diversos links para quem quiser desenvolver apps online e ainda um passo a passo para iniciar a criação. Ao final, os aplicativos podem ser publicados no Marketplace do Windows Phone. • O site www.microsoftvirtualacademy.com também reúne treinamentos e capacitações em diversas tecnologias, incluindo Windows 8. Há aulas presenciais por meio do Microsoft Innovation Center. Consulte http://www.microsoft.com/pt-br/default.aspx para mais detalhes.

SAP

• No site http://scn.sap.com/community/mobile, é possível encontrar tutoriais sobre a solução de desenvolvimento móvel da SAP, a Sybase Unwired Platform (SUP). O espaço também reúne guias e projetos de exemplo, além de blogs que descrevem a experiência dos desenvolvedores. Requer registro. • No www.sapmobileappspartnercenter.com , o profissional tem acesso aos passos para criar apps usando a plataforma de mobilidade da SAP, bem como ter acesso ao calendário de treinamentos.

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26 salários

Os salários das

valorizadas 15mais em 2013

profissões

Desenvolvedores de aplicações móveis e engenheiros de redes wireless estão entre os cargos que terão os maiores reajustes no próximo ano

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A

lguns cargos de TI estarão em alta em 2013 e terão reconhecimento das empresas, segundo projeções da Robert Half, consultoria em RH, especializada em TI. Entre os que terão os maiores reajustes salariais estão os desenvolvedores de aplicativos móveis e engenheiros de rede sem fio, que podem esperar um aumento de 9% e 7,9% nos ganhos, respectivamente. Estudo da Robert Half analisou 70 posições para o seu guia anual com os salários do setor nos EUA. No geral, a remuneração base para os profissionais de TI deve crescer uma média de 5,3% no ano que vem. Veja nos quadros a seguir as 15 profissiões que vão acumular os maiores reajustes entre 2012 e 2013. Os valores são para ganhos anuais.

Remuneração nos Estados Unidos cArgo

1 Desenvolvedor de aplicativos móveis 2 Engenheiro de rede sem fio 3 Engenheiro de rede 4 Modelador de dados 5 Administrador de portal 6 Gerente de data warehouse 7 Analista de inteligência de negócios 8 Desenvolvedor sênior de web 9 Desenvolvedor web 10 Arquiteto de rede 11 Gerente de rede 12 Arquiteto de dados 13 Analista segurança de dados 14 Engenheiro de software 15 Administrador de rede

(salário anual)

fAixA sAlAriAl - 2012 (Us$)

fAixA sAlAriAl - 2013 AUmento (Us$)

85.000 - 122.500 22.500

92.750 - 133.500 33.500

9%

79.250 - 108.500 8.500

85.500 - 117.000 17.000

7,9%

75.000 - 107.750 7.750

80.750 - 116.250 16.250

7,8%

85,500 - 117,750

92.000 - 126.750 26.750

7,6%

80.500 - 106.500 6.500

86.500 - 114.500 14.500

7,5%

101.250 - 135.750 35.750

108.750 - 145.750 45.750

7,4%

87.750 - 123.500 23.500

94.250 - 132.500 32.500

7,3%

85.750 - 118.500 18.500

92.000 - 127.250 27.250

7,3%

61.250 - 99.250 9.250

65.750 - 106.500 6.500

7,3%

95.500 - 137.000 37.000

102.250 - 146.500 46.500

7%

82.750 - 114.500 14.500

88.500 - 122.500 22.500

7%

97.500 - 134.250 34.250

104.250 - 143.500 43.500

6,9%

89.000 - 121.500 21.500

95.000 - 129.750 29.750

6,8%

78.250 - 119.500 19.500

83.500 - 127.750 27.750

6,8%

58.750 - 87.250 7.250

62.750 - 93.250 3.250

6,8% Fonte: Robert Half


28 salários

Remuneração paga pelo Brasil

(salário mensal)

cargo

porte

Menor e Maior região sul

Administrador Sênior de Banco de Dados DBA

P-M G

7.000 - 8.500 8.000 - 10.000

77.000 - 9.000 9.000 - 11.000

77.000 - 9.000 9.000 - 11.000

Analista Sênior de Negócios - Business Partner

P-M G

6.500 - 7.500 6.500 - 8.000

77.000 - 9.000 7 - 9.000 7.000

77.000 - 9.000 7 - 9.000 7.000

Analista Sênior de Qualidade de Software

P-M G

6.500 - 7.000 6.500 - 7.500

7 - 8.000 7.000 77.000 - 8.500

7 - 8.000 7.000 77.000 - 8.500

Analista Sênior de Segurança

P-M G

6.500 - 8.000 6.500 - 8.000

7 - 9.000 7.500 8.000 - 9.000

7.500 - 9.000 8.000 - 9.000

Analista Sênior de Sistemas

P-M G

6.500 - 8.000 6.500 - 8.000

77.500 - 10.000 8.000 - 10.000

77.500 - 10.000 8.000 - 10.000

Arquiteto Sênior (Infra & Sistemas)

P-M G

7.000 - 11.000 7.000 - 12.000

8.500 - 12.500 9.000 - 14.500

8.500 - 12.500 9.000 - 14.500

Consultor Sênior JDE

P-M G

6.500 - 7.000 6.500 - 10.000

77.000 - 8.500 7 - 9.000 7.000

77.000 - 8.500 7 - 9.000 7.000

Consultor Sênior Oracle ERP

P-M G

6.500 - 8.000 6.500 - 10.000

8.000 - 10.000 8.000 - 15.000

8.000 - 10.000 8.000 - 15.000

Consultor Sênior RM ou Microsiga ou Datasul

P-M G

6.500 - 7.000 6.500 - 8.000

77.000 - 9.000 7 - 10.000 7.000

77.000 - 9.000 7 - 10.000 7.000

77.000 - 9.000 9.000 - 11.000

77.000 - 9.000 9.000 - 11.000

8.000 -12.000 8.000 - 14.000

8.000 -12.000 8.000 - 14.000

77.000 - 10.000 9.000 - 13.000

77.000 - 10.000 9.000 - 13.000

77.000 - 10.000 9.000 - 13.000

77.000 - 10.000 9.000 - 13.000

8.000 - 13.000 8.000 - 13.000

8.000 - 13.000 8.000 - 13.000

77.000 - 10.000 9.000 - 13.000

77.000 - 10.000 9.000 - 13.000

77.000 - 10.000 9.000 - 13.000

77.000 - 10.000 9.000 - 13.000

8.000 - 12.000 8.000 - 14.000

8.000 - 12.000 8.000 - 14.000

77.000 - 9.000 7 - 10.000 7.000

77.000 - 9.000 7 - 10.000 7.000

77.000 - 9.000 7 - 10.000 7.000

77.000 - 9.000 7 - 10.000 7.000

15.000 - 22.000 18.000 - 30.000

15.000 - 22.000 18.000 - 30.000

Consultor Sênior SAP Basis Consultor Sênior SAP BW Consultor Sênior SAP CO Consultor Sênior SAP FI Consultor Sênior SAP HR Consultor Sênior SAP MM Consultor Sênior SAP SD Consultor Sênior SAP WM Desenvolvedor Sênior Java Desenvolvedor Sênior . NET Diretor de Infraestrutura Diretor de Operações

Empresa 7.000 - 9.000 Consultoria 6.500 - 12.000 Empresa 6.500 - 10.000 Consultoria 6.500 - 12.000 Empresa 6.500 - 9.000 Consultoria 6.500 - 11.000 Empresa 6.500 - 10.000 Consultoria 6.500 - 11.000 Empresa 6.500 - 10.000 Consultoria 6.500 - 11.000 Empresa 6.500 - 10.000 Consultoria 6.500 - 11.000 Empresa 6.500 - 9.000 Consultoria 6.500 - 11.000 Empresa 6.500 - 10.000 Consultoria 6.500 - 12.000 P-M 6.500 - 9.000 G 6.500 - 10.000 P-M 6.500 - 8.000 G 6.500 - 9.000 P-M 13.000 - 20.000 G 15.000 - 25.000 P-M 15.000 - 22.000 G 22.000 - 32.000

Menor e Maior rio de janeiro

Menor e Maior são paulo

18.000 - 25.000 18.000 - 25.000 25.000 - 35.000 25.000 - 35.000 Fonte: Michael Page

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Os valores apurados pela Robert Half levam em consideração apenas os salários base. Fatores como experiência de mercado, bônus, benefícios, gratificações e planos de aposentadoria não foram incluídos na pesquisa.

Mercado brasileiro No Brasil, a falta de mão de obra especializada continuará contribuindo para supervalorização dos bons talentos. Entretanto, em 2013 os aumentos serão bem menos generosos do que os índices registrados entre 2010 e 2011, quando os salários de TI foram inflacionados e tiveram reajustes acima de 10%. Para 2013, as consultorias preveem reajustes para TI entre 6% e 7%, de acordo com a inflação. Entre os cargos que serão mais valorizados estão os especialistas em internet, os arquitetos de sistemas e os profissionais com domínio em infraestrutura. Lucas Toledo, gerente de TI da Michael Page, consultoria em RH, destaca que o crescimento de e-commerce no Brasil aumentou a demanda das empresas por talentos com habilidade em internet. As companhias têm buscando arquitetos de sistemas, especialistas em marketing digital, web designer e também profissionais com conhecimento em cloud computing e virtualização. Esses talentos aparecem entre os mais valorizados e acordo com o “Estudo de Remuneração 2012/2013” realizado pela Michael Page no Brasil. Foram avaliados os salários de profissionais de diversos


29

segmentos, incluindo a área de TI. O levantamento traz a remuneração de 42 cargos do setor, levando em consideração a média de salários pagos por empresas pequenas (que faturam até 100 milhões de reais), médias (com receita entre 100 milhões de reais e 500 milhões de reais) e grandes (com movimento acima de 500 milhões de reais). Além das remunerações na região Sul e nos mercados de São Paulo e Rio de Janeiro, o estudo da Michael Page constatou que o Brasil é o que paga os melhores salários na América Latina por conta da economia favorável e por ser um dos mercados emergentes que mais atraem negócios no momento atual. No caso do CIO, o executivo brasileiro recebe entre 9 mil reais e 20 mil reais, dependendo da sua experiência e porte da empresa onde trabalha. No México, o profissional que ocupa o mesmo posto recebe entre 8 mil reais e 15 mil reais. O mercado argentino paga para esse cargo entre 6,5 mil reais e 8,5 mil reais; enquanto que no Chile esse talento tem remuneração entre 8 mil reais e 14 mil reais. Na comparação dos ganhos do analista sênior de sistemas, os salários são os seguintes: Brasil paga entre 3,5 mil reais e 6 mil reais; México entre 6 mil reais e 9 mil reais; Argentina entre 4,5 mil reais e 5,5 mil reais; Chile entre 4,5 mil reais e 7,5 mil reais. Veja nos quadros como estão os salários dos 42 cargos analisados pela Michael Page no Brasil, levando em consideração as projeções para 2013. (E.S.) n

Remuneração paga pelo Brasil

(salário mensal) Menor e Maior região sul

Menor e Maior rio de janeiro

Menor e Maior são paulo

cargo

porte

Diretor de Projetos

P-M G

14.000 - 19.000 17.000 - 25.000

15.000 - 22.000 15.000 - 22.000 20.000 - 30.000 20.000 - 30.000

Diretor de Sistemas

P-M G

15.000 - 20.000 20.000 - 30.000

18.000 - 25.000 18.000 - 25.000 20.000 - 35.000 20.000 - 35.000

Diretor de Tecnologia (CIO)

P-M G

15.000 - 22.000 21.000 - 35.000

18.000 - 24.000 18.000 - 24.000 23.000 - 40.000 23.000 - 40.000

Diretor de Tecnologia e Operações (COO)

P-M G

15.000 - 22.000 22.000 - 38.000

18.000 - 25.000 18.000 - 25.000 25.000 - 45.000 25.000 - 45.000

Especialista de Business Intelligence ou CRM

P-M G

Especialista de Infraestrutura ou Telecom

P-M G

6.500 - 9.000 6.500 - 9.000 6.500 - 9.500 6.500 - 9.500

77.500 - 9.500 8.500 - 12.000 77.000 - 8.500 77.500 - 10.000

77.500 - 9.500 8.500 - 12.000 77.000 - 8.500 77.500 - 10.000

Especialista de Pré-vendas

P-M G

7.000 - 9.000 8.000 -10.000

77.000 - 9.500 8.500 -15.000

77.000 - 9.500 8.500 -15.000

Gerente de Auditoria em TI

P-M G

7.500 - 10.000 8.000 - 11.000

8.500 - 11.000 8.500 - 13.000

8.500 - 11.000 8.500 - 13.000

Gerente de Business Intelligence ou CRM

P-M G

10.000 - 13.000 12.000 - 15.000

12.000 - 14.000 14.000 - 17.000

12.000 - 14.000 14.000 - 17.000

Gerente de Fábrica de Software

P-M G

10.000 - 13.000 12.000 - 15.000

11.000 - 14.000 13.000 - 16.000

11.000 - 14.000 13.000 - 16.000

Gerente de Infraestrutura

P-M G

11.000 - 16.000 14.000 - 18.000

12.000 - 18.000 16.000 - 25.000

12.000 - 18.000 16.000 - 25.000

Gerente de Internet

P-M G

10.000 - 12.000 10.000 - 15.000

10.000 - 13.000 11.000 - 18.000

10.000 - 13.000 11.000 - 18.000

Gerente de Operação & Produção (Datacenter)

P-M G

11.000 - 15.000 12.000 - 20.000

12.000 - 16.000 14.000 - 18.000

12.000 - 16.000 14.000 - 18.000

Gerente de Pré-vendas

P-M G

11.000 - 16.000 14.000 - 22.000

12.000 - 18.000 12.000 - 18.000 16.000 - 25.000 16.000 - 25.000

Gerente de Projetos (PMP)

P-M G

8.000 - 14.000 12.000 - 20.000

10.000 - 15.000 12.000 - 18.000

10.000 - 15.000 12.000 - 18.000

Gerente de Qualidade de Software

P-M G

10.000 - 12.000 11.000 - 14.000

11.000 - 14.000 13.000 - 15.000

11.000 - 14.000 13.000 - 15.000

Gerente de Segurança

P-M G

7.000 - 10.000 8.000 - 11.000

8.500 - 11.000 9.000 - 15.000

8.500 - 11.000 9.000 - 15.000

Gerente de Sistemas

P-M G

10.000 - 13.000 13.000 - 17.000

12.000 - 15.000 14.000 - 18.000

12.000 - 15.000 14.000 - 18.000

Gerente de Tecnologia

P-M G

10.000 - 16.000 14.000 - 20.000

10.000 - 16.000 12.000 - 18.000 15.000 - 22.000 15.000 - 24.000

Gerente Executivo de Tecnologia

P-M G

13.000 - 19.000 16.000 - 24.000

14.000 - 19.000 14.000 - 22.000 17.000 - 23.000 17.000 - 26.000

Supervisor ou Coordenador de Tecnologia

P-M G

7.000 - 9.000 9.000 - 12.000

77.000 - 9.000 8.000 - 11.000

8.000 - 11.500 10.000 - 15.000 Fonte: Michael Page

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32 Dicas

É hora de reeditar estratégias

profissionais

analisar as atividades ligadas à sua área pode ser a saída rumo ao sucesso sarah E. NEEDlEmaN, computErworlD/Eua

D

a mesma forma como pode ser útil arrumar o armário de tempos em tempos para verificar o que ainda é possível manter ou o que precisa ser descartado, analisar a carreira periodicamente pode ser uma maneira interessante de impulsioná-la. Isso porque revisitar as atividades inerentes à profissão ou ao emprego pode resultar, inclusive, em uma melhor organização, mais energia mental e melhor rendimento.

Elimine o que pode trazer distração Identifique as tarefas que você pode descartar. “Analisar a carreira tem tudo a ver com garantir que ações que você toma no dia a dia vão ajudar em sua prioridade número 1”, diz John McKee, fundador e presidente da BusinessSuccessCoach.net, consultoria profissional baseada nos Estados Unidos. Comece definindo suas metas, projetando onde você quer estar em cinco anos, como em uma alta posição executiva ou em uma nova companhia, ressalta. Inclua também suas aspirações pessoais. Posteriormente, estabeleça objetivos anuais para atingir sua meta e

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esboce passos para alcançá-los nesse período. Se as tarefas pelas quais você é responsável não suportam seus objetivos pessoais, fale com seu gerente sobre como delegá-las ou, eventualmente, solicitar uma troca de papéis.

Aprenda a lidar com conflitos Evitar um colega ou um projeto difícil pode comprometer sua eficiência no trabalho, afirma Daniel Markovitz, fundador e presidente da TimeBack Management. “A melhor forma não é virando as costas. As coisas vão ficar ainda piores”, enfatiza. Coloque uma tarefa não muito agradável no topo de sua lista de afazeres e fragmente-a em vários pedaços pequenos, alerta Markovitz. “Imagine que eu lhe dê um salame de 60 metros e diga: bom apetite. Mas, e se eu fatiá-lo em porções saborosas? Repentinamente, ele parecerá totalmente gerenciável”, ressalta. Se você está evitando uma situação desagradável, considere o alívio que você terá depois de tê-la resolvido, conclui.

Gerencie melhor o e-mail Uma caixa de e-mail entupida de mensagens pode dar a impressão de que você tem mais para fazer do que realmente existe. E-mails que não necessitam de uma resposta

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33 imediata podem ser armazenados em uma pasta específica enquanto você responde mensagens mais urgentes. Para tirá-las do caminho, envie uma resposta rápida e padrão como “Obrigado pela mensagem. Retornarei assim que possível”, ensina Markovitz. Posteriormente, armazene o e-mail em uma pasta chamada “não-lidas”, com um lembrete para analisá-las posteriormente. Uma forma de reduzir o fluxo de e-mail é analisar newsletters, listas de discussão e outras correspondências eletrônicas que não fazem tanta diferença em sua carreira. “Em alguns casos, essas pessoas concluem que esse tipo de correspondência não é tão interessante ou relevante quanto pareciam”, diz.

Prime pela produtividade e menos pela conversa Bater papo é comum no ambiente de trabalho, mas socializar em excesso pode ser um empecilho quando você está tentando terminar alguma atividade. Para escapar educadamente de uma situação como essa, diga que você tem um prazo a cumprir e se ofereça para conversar em algum outro momento, como na hora do almoço, indica Ariane Benefit, fundadora da consultoria de carreira Agile Life Design. Não “cortar” um colega que se engaja em seções repetitivas de bate-papo pode deter a produtividade. Isso envolve inclusive evitar até mesmo passar perto daquele que já tem uma atração extra por um papo. “Às vezes você tem literalmente de evitar passar perto daquele espaço”, relata a executiva. Quando for impossível desviar dessas pessoas, especialmente quando elas fazem um bocado de reclamações, tente enfatizar o lado positivo da situação. “Se você sempre trouxer algo pelo lado positivo, elas vão se cansar de vir até você porque não vão se satisfazer com aquela resposta”, complementa. Mas de forma geral, pode-se dizer que essas são apenas algumas dicas extras para turbinar a carreira. Os consultores continuam enfatizando

a necessidade de reciclagem profissional e o máximo de qualificação possível, elementos que devidamente combinados com um aproveitamento satisfatório das oportunidades são o caminho para o sucesso. A seguir, as ações fundamentais para um líder de TI crescer o mais rápido possível na empresa, de acordo com os membros do CIO Executive Council. 1. Entenda a estratégia da corporação e como o seu departamento pode se alinhar a ela. 2 . Comunique suas metas, objetivos e estilo de liderança à sua equipe. 3. Identifique os fatores-chave do sucesso para TI a partir das perspectivas do negócio como um todo. 4. Estruture seus dias e semanas para ter tempo de aprender mais, sempre elaborando planos de longo prazo sem ignorar os valores criados de imediato. 5. Trabalhe com cada grupo de seu departamento para sentir a dinâmica entre eles e as peculiaridades de cada um dos funcionários. 6. Estabeleça relações interpessoais com pessoas influentes. 7. Entenda o histórico e as relações correntes entre o departamento de TI e cada unidade de negócio da corporação. 8. Procure acertar o mais rapidamente possível os alvos pretendidos por seu chefe. 9. Identifique as redes de contato informais na organização. Quem é o braço direito do chefe? Em quem da linha de frente confiar? Qual exemplo seguir? 10 . Converse com seu chefe e, com perguntas sutis, procure entender o que ele considera sucesso e o que espera do seu desempenho.

Como tornar-se mais influente? O primeiro passo é expandir o que, para aqueles em TI, é uma compreensão limitada do que é influência, de acordo com Paul Glen, CEO da Leading Geeks. A www.computerworld.com.br

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34 Dicas

Analisar a carreira tem tudo a ver com garantir que ações que você toma no dia a dia vão ajudar em sua prioridade número 1 John McKee, fundador e presidente da BusinessSuccessCoach.net (EUA)

seguir, ele dá dicas em artigo publicado na Computerworld/EUA. “Recentemente, me envolvi em uma conversa entre um grupo de CIOs que coletivamente parecia estar confuso e ferido por sua própria falta de influência dentro de suas organizações. “Dou o que eles querem, mas quando se trata de grandes decisões, não consigo um lugar à mesa”. A frase sintetiza o pensamento coletivo. Então, como se tornar mais influente? A opinião geral era que os CIOs têm de melhorar a divulgação dos sucessos obtidos pelo departamento de TI e trabalhar mais para construir relacionamentos com os demais executivos de negócios. Não há nada de errado com essas medidas, exceto que elas são necessárias, mas não são suficientes. Nós em TI temos uma compreensão limitada do que é ser influente. Na sua forma mais pura, a influência é a nossa própria capacidade de afetar as opiniões, emoções e comportamentos dos outros. Mas não é o suficiente para influenciar as decisões que são tomadas. Para afetar a agenda e a direção da organização, o CIO precisa influenciar as perguntas a serem feitas. Em grande medida, a TI não é influente porque confunde influência com participação. Acreditamos que os decisores devem consultar-nos por causa do valor inerente de nosso conhecimento. Ficamos confusos quando isso não acontece, não percebendo que os executivos raramente procuram ser influenciados. Eles esperam ser pressionados. Se continuarmos esperando passivamente para compartilhar informações, outros estarão impulsionando a agenda. E mesmo quando somos consultados, a nossa participação pode não ser influente, porque nós não entendemos bem como as decisões são tomadas. Acreditamos que as decisões devam basear-se em um processo puramente analítico. Amontoamos dados na mesa, achando termos feito a nossa parte

apresentando os fatos como realmente são. Mas as decisões não acontecem apenas com base nesse amontoado de dados. A tomada de decisão é um processo fundamentalmente interior, que mistura emoções, intuição e informações. Como geeks, não gostamos de abusar da experiência de outras pessoas e, muito menos, da realidade subjetiva, componentes do reino das emoções. Não gostamos de falar e pensar sobre elas ou tentar fazer com que os outros as sintam. Planejar estratégias para fazer alguém se sentir de uma determinada maneira nos parece errado. Mas não podemos influenciar nossos parceiros de negócios, sem compreender suas experiências interiores. Geeks tornaramse razoavelmente bons na compreensão de processos de negócios, mas raramente consideram a experiência humana que habita esses processos. Sem isso, adeus esperança de ganhar influência. Para começar a tornar a TI mais influente, devemos começar levando em conta dois pontos: 1. Superar nossa resistência à natureza emocional de tomada de decisão e definição de agenda, tornando-nos fluentes no idioma dos sentimentos. 2. Tornar as relações influentes parte do trabalho de todos. Influência se dá em todos os níveis da organização, a partir da sala de reuniões até a ajuda para a secretária. Todo mundo em TI tem uma influência sobre a forma como nossos parceiros de negócios experimentam a tecnologia que fornecemos ou gerimos. Para fazer com que nossas organizações deem valor às nossas contribuições, nosso conhecimento e nossos produtos, devemos procurar tornarmo-nos influentes, e não esperar que o poder de influência nos seja concedido. Nossas organizações precisam de nós para acelerar seu desempenho. Mesmo que não tenhamos a ambição de sermos influentes. Ser influente é parte da nossa obrigação.” n

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