Panorama 44 abr 2013

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Informativo da Paróquia N. Sra. do Perpétuo Socorro / Praia da Costa - Vila Velha

Ano 5 - Nº 44 - Abril de 2013

facebook/nsperpetuosocorro

Os três

Franciscos Ano da Fé

Palavra do Pe. Pedro Camilo

O Batismo de Jesus

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Foto: Pintura da artista plástica Maria Imaculada S. Gorza

editorial

Padre Pedro Camilo

cotidiano

Comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro Av. São Paulo, s/nº

Comunidade Santo Antônio Rua Rio Branco, nº 37

Comunidade Santa Luzia Rua Santa Leocádia, Prainha do Ribeiro

Este número do Panorama reúne muitas fotos dos marcantes eventos da Semana Santa em nossa Paróquia. Importante o registro fotográfico nas mídias digitais ou tradicionais; porém mais do que isso é guardamos em nossos corações o fato de que nos reunimos no nome do Senhor como sua Igreja, una e santa. As fotos fazem memória da nossa fé pessoal e coletiva no Deus da vida. Assim, obedecemos à ordem do Senhor Jesus de celebrar a Eucaristia em sua memória. Para o cristão, o fazer memória não se limita a ver somente os acontecimentos históricos que jazem no passado, mas torná-los presentes ao celebrar como Igreja os acontecimentos principais de nossa redenção: a paixão, a morte e a ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

A liturgia, de forma especial na Semana Santa, quando vista pelos olhos da fé nos faz reviver os passos do Senhor e nos dá a graça de transpor para nossas vidas o que representa: a vida cristã necessariamente passa pela cruz e pelo dom de si, culminando na ressurreição e na vida eterna. O santo deste mês é um santo muito próximo de nós. O beato Papa João Paulo II pisou nosso solo capixaba em evento presenciado por muitos de nós na praça que leva o seu nome. Convidamos nossos leitores mais jovens a conhecerem melhor a vida impressionante daquele que, para nós mais vividos, sempre será João de Deus. Mauro Ottoboni Equipe do Panorama

Secretaria Paroquial: atendimento ao público de segunda a sexta, das 9h às 12h e das 13h às 18h, ou pelo telefone 3329-4282. Atendimento do Padre na Paróquia: terças - 14h30 às 17h30 e sextas - 8h às 12h.

Informativo da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro informativopanorama@gmail.com / facebook/nsperpetuosocorro Pároco: Padre Pedro Camilo Secretárias Paroquiais: Cássia Regina Menezes Ferreira, Hilda de Jesus Cardoso Equipe Responsável: Edson Vilela, Gabriel Soares, JPaulo, Leide Fassarella, Maria Claudia Pinho, Marta Cristina Ribeiro Oliveira Arpini, Mauro Ottoboni Pinho, Marcela Endlich, Ronaldo Amaral, Tatiana Maria Oliveira da Costa, Tariza Campos e Wanda Tavares. Jornalista Responsável: Angèle Murad - MTB/ES 442/89 Projeto Gráfico e Editoração: Comunicação Impressa - Tel.: (27) 3319-9062 Impressão: Gráfica GSA - Tel.: (27) 3232-1266 - Quantidade de exemplares: 1.700

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Terço dos Homens: Segundas-feiras 20h


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Sábado

Bazar dos Vicentinos

Bazar dos Vicentinos, boa ação mensal.

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Quarta

Treinamento da Campanha da Fraternidade A CF deste ano trouxe como tema “Fraternidade e Juventude” e como lema “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6, 8).

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Domingo

CANTINA DOS MINISTROS

Ministros em serviço.

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Sexta

VIA-SACRA COM AS CRIANÇAS O grito das nossas crianças

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Sábado

Projeto Em Foco: Vingança x Justiça A segunda edição do projeto, organizado pelos jovens da Paróquia, abordou o tema Vingança x Justiça e contou com a participação de Isabel Borges, da Comunidade Santa Luzia e da Pastoral Carcerária. Isabel Borges é detentora de prêmios e homenagens em reconhecimento ao seu trabalho como defensora dos direitos humanos às dificuldades enfrentadas.

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Sábado

RETIRO DOS MINISTROS Ministros são chamados a fazer um programa de vida com Jesus Cristo: caminhar, edificar e testemunhar. Adoração ao Santíssimo – Matriz: Segundas-feiras 19h

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Sábado

Subida ao Morro do Moreno Jovens em Via-Sacra no Morro do Moreno

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Domingo

PROCISSÃO DE RAMOS A Paróquia comemorou a majestade simples de Cristo

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Terça

VIA-SACRA COM OS JOVENS Grandeza e humildade dos jovens

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Quarta

PROCISSÃO DO ENCONTRO Encontro do Nosso Senhor dos Passos com Nossa Senhora das Dores

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Quinta

MISSA DA CEIA DO SENHOR (LAVA-PÉS) Atualização da Ceia do Senhor

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Sexta

CELEBRAÇÃO DA PAIXÃO DO SENHOR Dia solene de jejum e abstinência

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Adoração ao Santíssimo – Santo Antônio: Sextas-feiras 15h


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Sexta

CELEBRAÇÃO DO SENHOR MORTO “Há a lembrança, por parte dos fiéis, do sofrimento de Cristo ao ser crucificado. Vale lembrar que esse foi o maior gesto de bondade de toda a História. Jesus morreu por todos nós e temos de ser eternamente gratos a Ele”. (Artigos religiosos)

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Sábado

MISSA DA VIGÍLIA PASCAL A Vigília Pascal é o cume do ano litúrgico

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Domingo

AS FAMÍLIAS NA SEMANA SANTA Famílias: berço da Igreja

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Domingo

MISSA DE DOMINGO DE PÁSCOA - RESSURREIÇÃO DO SENHOR Celebrando Cristo vivo

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Terça

SEMINÁRIO DE VIDA NO ESPÍRITO SANTO Com muita alegria, O Seminário de Vida no Espírito Santo vem sendo realizado pelos grupos de oração Amor e Vida e Sagrada Família, da Paróquia. As atividades serão concluídas em maio: no dia 25, haverá a nona pregação, com o tema “Vida em comunidade e Amor entre os irmãos”, e nos dias 25 e 26/05/2013, a grande festa, que é a Experiência de Oração.

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Sexta

aniversários: pe. pedro camilo e pe. arthur santos A equipe de ministros louva a vida do nosso pároco. Parabéns, Padre Pedro Camilo! Que Deus continue abençoando seu Ministério e suas profundas palavras. Pe. Arthur, nosso missionário e homem de Deus, parabéns! Que possamos ter, permanentemente , o amor da sua presença e de Cristo na nossa Paróquia.

Adoração ao Santíssimo – Santa Luzia: Quintas-feiras 15h

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atualidades

Os três

Franciscos

A eleição do novo Sumo Pontífice, que aderiu ao nome de Francisco, e os seus primeiros pronunciamentos, fizeram-nos lembrar de outros dois Franciscos que marcaram a história da nossa Igreja Católica: São Francisco de Assis e São Francisco Xavier. Recordemo-nos de alguns fatos importantes na vida desses fieis seguidores de Cristo.

São Francisco de Assis Giovanni di Pietro di Bernadone nasceu em Assis, Itália, em dia 5 de julho de 1182. Era filho de uma família católica e seus pais eram comerciantes e muito ricos. Como a maioria dos jovens, era muito irrequieto e amava os prazeres do mundo, até mergulhar numa vida religiosa. Mesmo indo contra a vontade do pai, abriu mão de toda a riqueza da família. Num gesto de renúncia, despiu-se em plena praça da Assis, assumindo sua missão e uma vida de pobreza. Fundou uma ordem mendicante dos Frades Menores, a qual conhecemos hoje como Franciscanos. Numa época em que o mundo era visto como essencialmente mau, Francisco afirmou a bondade e as maravilhas da criação, dedicando sua vida aos mais pobres dos pobres. Destacou-se também na missão de “restaurar a Igreja”, numa época de muita turbulência para a Igreja, não muito diferente do que vive hoje. São Francisco foi canonizado em 1228, dois anos após o seu falecimento. Interessante notar que ainda em vida era reconhecido por todos como um santo. Três máximas de São Francisco: – Comece fazendo o necessário, depois o que é possível e de repente você estará fazendo o impossível. – Todos os seres são iguais, pela sua origem, seus direitos naturais e divinos. – O que temer? Nada. A quem temer? Ninguém. Por quê? Porque aqueles que se unem a Deus obtêm três grandes privilégios: 1º - Onipotência sem poder 2º - Embriaguez sem vinho 3º - Vida sem morte. Senhor, fazei-me instrumento de vossa Paz.

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Missa com Novena – Matriz: Quintas-feiras 19h30


São Francisco Xavier São Francisco Xavier foi o primeiro co-fundador da Companhia de Jesus. Exerceu sua missão no Oriente, especialmente no Japão e na índia. Foi beatificado pelo Papa João Paulo V em 25/10/1619 e canonizado pelo Papa Gregório XV em 12/03/1622, juntamente com Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus. É o patrono dos missionários, pois levou o cristianismo aonde não havia chegado ainda, como na índia, China e Japão. Encontrou muita resistência e desconfiança daqueles povos, como ainda existe ainda hoje. Porém, não se intimidou e levou à frente a sua missão com muito carinho e dedicação, tanto que recebeu o epíteto de “Apóstolo do Oriente”. Em 1541 São Francisco Xavier e mais quatro colegas fundaram a Companhia de Jesus, congregação religiosa destinada ao ensino à conversão e à caridade. Todos eles, a exemplo de São Francisco de Assis, fizeram votos de pobreza e pediram ao Santo Padre que reconhecesse oficialmente a Ordem. Francisco Xavier foi ordenado padre em 24/06/1537. Faleceu em 3/12/1552, numa humilde esteira de vime, abraçado ao velho crucifixo que ganhara de Santo Inácio de Loyola.

Papa Francisco O cardeal Jorge Mário Bergoglio, de origem Italiana, nasceu na Argentina em 17/12/1936. Pertence a ordem dos Jesuítas, tendo sido ordenado em 19/12/1969 arcebispo de Buenos Aires. Eleito Papa Francisco, é o primeiro papa da América Latina e primeiro jesuíta que conseguiu galgar o ponto mais alto da hierarquia da Igreja Católica Apostólica Romana. Escolheu o nome de Francisco. Por que logo Francisco é o que nos perguntamos. Na busca da resposta, levamos em consideração uma aproximação do novo papa com os perfis de São Francisco de Assis e São Francisco Xavier, que foram e continuam sendo dois santos do povo de Deus, que eram amantes da natureza e viveram profundamente a opção pelos pobres mais pobres. Há um ditado que diz que a primeira impressão é a que fica. O Papa Francisco, ao saudar a multidão na Praça de São Pedro, exclamou: “Parece que os cardeais foram me buscar no fim do mundo”. Depois pede que rezem por ele e pede que o abençoe; só depois dá a benção Urbi ET Orbem. Quanta simplicidade! Ao dizer aos fieis para quem não tenham medo de anunciar Jesus Cristo a todos os povos, o papa mostra a força de um verdadeiro profeta. Nós brasileiros somos uma nação privilegiada, pois receberemos a visita de Sua Santidade em julho, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude. Que Deus abençoe o Santo Padre e dê a ele forças para conduzir a nossa igreja, no amor, na paz, na justiça e na fraternidade. Obs: Antes de se tornar Arcebispo de Buenos Aires, estudou Farmácia, e ensinou Literatura, Filosofia e Teologia, tornou-se Arcebispo em 1998 e cardeal em 2001. Deus abençoe o Santo Padre! Acolitato João Tozzi Sobrinho

Missa com Bênção dos Pães – Santo Antônio: Terças-feiras 19h

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santo do mês

Bem-Aventurado Papa João Paulo II: Santo Súbito! No dia 2 de abril de 2005, na Praça de São Pedro, no Vaticano, a multidão clamava aos gritos pela santificação imediata de João Paulo II, após a notícia de sua morte. Estamos em pleno “Ano da Fé”, proclamado pelo papa emérito Bento XVI. Teremos a realização, no Rio de Janeiro, da Jornada Mundial da Juventude, instituída pelo papa João Paulo II. O evento, em julho, contará com a presença do atual Papa Francisco. João Paulo II dedicou-se, especialmente, aos jovens e deixou-nos um texto inesquecível: “Precisamos de santos de calça jeans...” Karol Józef Wojtyła nasceu em Vadowice, Polônia, em 18 de maio de 1920. Filho mais novo do casal Karol Wojtyla e Emilia Kaczorowska, teve dois irmãos: Olga e Edmund. Aos 21 anos de idade já estava só; haviam morrido todos seus familiares diretos, tendo assim escrito: “Sei que sou pequeno/ Mas há outros ainda menores que eu/ Ele me escolheu, Ele me lança nas cinzas/ Ele pode fazer isso - mas por quê?/ Por que fazer isso comigo?/ Ele é o provedor”. Karol era um entusiasta das artes e usava o pseudônimo de Andrzej Jawien para escrever poesias e peças teatrais. Naquele tempo, já deixava clara também a sua dedicação a diferentes esportes. Quando jogava futebol entre católicos e judeus, por muitas vezes, era escalado no time dos judeus. Sofreu grandes traumas: a segunda guerra mundial sob o domínio nazista - Karol ajudou a proteger muitos judeus poloneses dos nazistas, segundo afirma a organização judaica B’nai B’rith - e a ocupação comunista dos soviéticos - sucedida pelo regime comunista do governo polonês -, ambas com suas perseguições religiosas. Trabalhou em várias funções como operário. Estudou filosofia e línguas, tornou-se um poliglota em 12 línguas diferentes. Quando sentiu a vocação

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pelo sacerdócio teve de se esconder, participando do seminário clandestino comandado pelo arcebispo de Cracóvia, Adam Stefan Sapieha, que lhe ordenaria padre em 1º de novembro de 1946, Dia de Todos os Santos. Doutorou-se em Teologia na Pontifícia Universidade Santo Tomás de Aquino, em Roma. João Paulo II foi reconhecido como um dos líderes mais influentes do século XX. Teve um papel fundamental para o fim do comunismo na Polônia e em toda a Europa. O “papa peregrino”, como muitos o chamavam, seguindo sua missão apostólica, viajou a 129 países de diversas culturas e religiões. Seu gesto de beijar o chão dos lugares que visitou ficou eternizado como sua marca pessoal. No Brasil esteve por três vezes. Foi homenageado com o seguinte hino: “A bênção, João de Deus/Nosso povo te abraça/Tu vens em missão de paz/ Sê bem-vindo/E abençoa esse povo que te ama”. “O Mensageiro da Paz e do Amor” levava a cada povo uma mensagem de amor, fé e esperança. Sempre buscou a aproximação e o diálogo religioso com anglicanos, ortodoxos, luteranos, judeus, muçulmanos, budistas, entre outros. Em 13 de maio de 1981 sofreu um atentado, foi baleado. Confirmou-se o que a Igreja anunciou da revelação do terceiro mistério de Nossa Senhora aos três pastorinhos em Fátima, Portugal. Referindo-se à proteção de Maria, disse assim: “Mas em tudo o que aconteceu comigo naquele mesmo dia, senti que a proteção extraordinária maternal e

cuidadosa, acabou por ser mais forte do que a bala mortal.” Sua atitude de humildade e grandeza espiritual o levou a perdoar seu agressor. Deixou “Totus Tuus Mariae” (Todo Teu Maria), legado do seu amor a Virgem Maria e uma grande e vigorosa mensagem para todos os tempos. Sua devoção a Nossa Senhora, por meio da reza do Santo Terço, levou-o editar a Carta Apostólica “Rosarium Virginis Mariae”, acrescentando os mistérios luminosos, sugerindo a todo o clero sua propagação, principalmente, em família: “Família que reza unida, permanece unida”. Sua exortação apostólica sobre a família afirma: “A família é o santuário doméstico da Igreja”. Em maio de 2000, instituiu a Festa da Divina Misericórdia, celebrada no segundo Domingo da Páscoa, o Domingo da Divina Misericórdia, conforme Jesus havia dito em suas aparições a Santa Faustina: “Neste dia, estão abertas as entranhas da minha misericórdia. Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da minha misericórdia”. Participou ativamente do Concilio Vaticano II, contribuindo com importantes e históricos resultados: Constituição Dogmática “Lumen Gentium” e a Constituição Pastoral “Gaudium et Spes”. Deixou-nos 14 encíclicas com seus estudos atualizados espiritualmente para o mundo em que vivemos. De suma importância, promulgou o Catecismo da Igreja Católica, transformando-se num instrumento de fortalecimento de nossa fé e de conversão de muitos. Bem-Aventurado, Papa João Paulo II, rogai por nós! Ronaldo Amaral

Grupo de Oração – Matriz: Quartas-feiras 19h


Ano da Fé

A profissão da fé Creio em Deus, Pai todo-poderoso, Criador do Céu e da Terra Símbolo dos Apóstolos, a oração do Credo é a que mais frequentemente é utilizada na liturgia como profissão de fé do Povo de Deus (cf. CIC 187). A profissão, ou seja, a reafirmação de nossa adesão a Deus e ao que Ele nos revelou é feita a partir do nosso coração e se expressa pelos nossos lábios: “É acreditando de coração que se obtém a justiça, e é confessando com a boca que se chega à salvação”. (Romanos 10,10) “Creio em Deus: é esta a primeira afirmação da profissão de fé e também a mais fundamental. Todo o símbolo fala de Deus; ao falar também do homem e do mundo, fá-lo em relação a Deus” (CIC 199). O fato de expressarmos nossa fé, tanto individualmente quanto em comunidade, é uma maneira de responder a esse dom precioso de Deus; um modo de expressar nossa adesão a Ele próprio como Senhor de nossas vidas. É dizer ao mundo que existe um Deus de amor que criou todas as coisas (cf. CIC 150). “O ato de fé só é possível pela graça e pelos auxílios interiores do Espírito Santo. Mas não é menos verdade que crer é um ato autenticamente humano. Não é contrário nem à liberdade nem à inteligência do homem confiar em Deus e aderir às verdades por Ele reveladas. Mesmo nas relações humanas, não é contrário à nossa própria dignidade acreditar no que outras pessoas nos dizem acerca de si próprias e das suas intenções e con-

fiar nas suas promessas. Ocorre, por exemplo, quando um homem e uma mulher se casam para assim entrarem em mútua comunhão. Por isso, é ainda menos contrário à nossa dignidade “prestar, pela fé, submissão plena da nossa inteligência e da nossa vontade a Deus revelador» e entrar assim em comunhão íntima com Ele” (CIC 154). Existe, portanto, um diálogo contínuo entre o dom gratuito de Deus e a nossa livre adesão; entre a Palavra revelada por Deus e nossa resposta de gratidão; entre seus mandamentos e nossa obediência; entre seu chamado e nossa vida de fé. A fé não é cega; o fato de Jesus ter chamado de bem-aventurados os que creram sem terem visto (cf. João 20, 29) não quer dizer que não temos razões para crer. Ele quer dizer que não dependemos dos olhos do corpo para confiar em Deus: “Feliz é o homem que confia em Javé! Ele não se volta para os soberbos, nem para os seguidores da mentira” (Salmo 40, 5). Portanto, a fé está reservada aos humildes, pois o orgulho, a soberba e a autossuficiência não dão espaço para Deus. São Pedro já chamava atenção dos jovens de seu tempo para esse tipo de perigos que ameaçam a verdade da fé: “Igualmente, vocês jovens, obedeçam aos mais velhos. E todos vocês revistam-se de humildade no relacionamento mútuo, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá a graça aos humildes. Abaixem-se diante da poderosa mão

de Deus, a fim de que no momento certo ele os levante. Resistam ao diabo, permanecendo firmes na fé, pois vocês sabem que essa mesma espécie de sofrimento atinge os seus irmãos que estão espalhados pelo mundo. Depois de sofrerem um pouco, o Deus de toda graça, aquele que os chamou em Cristo para a sua glória eterna, ele os restabelecerá, firmará e fortalecerá, e fará com que vocês sejam inabaláveis” (I Pedro 5, 5-6; 9-10). Apesar de crermos em Deus sem tê-lo visto, podemos ver a criação e por meio dela enxergar pelos olhos transcendentes da fé um Deus da bondade e da beleza: “E Santo Agostinho interroga a beleza da terra, interroga a beleza do mar, interroga a beleza do ar que se dilata e difunde, interroga a beleza do céu... interroga todas estas realidades. Todas elas te respondem: olha-nos, somos belas. Sua beleza é um hino de louvor. Essas belezas sujeitas à mudança, quem as fez senão o Belo, não sujeito à mudança?” (CIC 32) Portanto, o santo nos diz que, mesmo sendo bela, a criação é passageira. Só Deus é eterno e pode nos chamar à eternidade. Como Pai de misericórdia, Ele nos revelou a sua vontade de fazer de nós não simples criaturas finitas tristemente destinadas ao pó, mas nos chama a participar de sua vida sem fim como seus filhos amados. Mauro Ottoboni

Catequese

Pais, catequizandos e catequistas da Comunidade Santo Antônio ajudaram a Associação Amor e Vida, em Cariacica, a Fraternidade de Oração, na Barra do Jucu (Vila Velha), e a 12 crianças de Marechal Floriano, doando sacolinhas de bombons, preparadas com muito carinho, para proporcionar a alegria da garotada na Páscoa. Foram distribuídas 178 sacolas. Agradecemos a todos que participaram dessa campanha com o intuito de desenvolver e aprimorar a solidariedade humana. Wanda Tavares

Grupo de Oração – Santo Antônio: Segundas-feiras 19h

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equipe

Jovens em Ação Concurso Panorama: Jovens para as mães Ser jovem em um mundo violento “Eu vim para que todos tenham vida” (cf.Jo 10,10) Somos jovens, intrépidos, corajosos, somos infinitos em um mundo finito, temos pressa e audácia, queremos fazer, crescer e aparecer. Queremos ser protagonistas. Queremos abraçar e carregar nossas vidas com apenas um passo: um passo de esperança e de amor, um passo grande, majestoso e forte, carregado de incertezas e doações. O mundo violento nos tira os sonhos e a vida, bem supremo, milagre e dádiva inegociável de Deus. Violência, drogas, balas perdidas, acidentes de trânsito coexistem como rotina na vida dos jovens. A vida de jovem é uma centelha do amor do Pai. Uma vida tirada de um jovem é o fogo fracassado e esmaecido. Quantos fogos serão apagados? Quantos fogos que não nasceram ou não nascerão? Ser jovem em mundo violento e desigual é ser brasa em oceano frio. Ser jovem é conquistar asas, ser jovem no mundo atual é perder as asas e o amor para o fogo da violência. As asas dos jovens são queimadas e violentadas por todos nós, pelo fogo do silêncio, pelo fogo da neutralidade, pelo fogo da apatia e indiferença. A exemplo do “Massacre dos Inocentes”, em que a família de Jesus foi obrigada a fugir para o Egito para escapar da ira de Herodes , hoje repete-se o fato, com os jovens. A sociedade é o Herodes moderno, que ceifa vidas e numa simplicidade “angelical” mostra e demonstra as estatísticas de guerra inconsequente. Jovem, não perca a esperança, assuma Cristo no coração , Maria nas mãos e a luz do Espírito Santo no seu caminho. Edson Vilela

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Se você é jovem e tem a partir de 15 anos, seja protagonista e participe do concurso promovido pelo Panorama. Basta elaborar um texto de no máximo 500 palavras sobre o Dia das Mães. O texto deve ser enviado até 30 de abril para o e-mail jpaulo_821@hotmail.com. A comissão julgadora avaliará os textos quanto à originalidade, ao domínio da língua portuguesa e à coerência. Uma imagem da Sagrada Família e a participação como colaborador do Panorama na página dos jovens constitui o prêmio, a ser entregue no dia 12 de maio – Dia das Mães – na missa das 19h30 na Perpétuo Socorro. Seu texto pode ser o presente que a sua mãe espera. Abra seu coração e, como Maria, a senhora das alegrias, faça que sua mãe dê mais um sorriso. Participe!

O Testemunho de um Peregrino Apaixonado Eu pessoalmente sou apaixonado pela Jornada Mundial da Juventude. Desde o ano de 2011, fiquei na expectativa para que a próxima edição fosse no Brasil. A cada dia o meu coração, e eu sei muito bem por que, bate muito feliz pelas lindas manifestações à presença, no Espírito Santo, dos símbolos da jornada nos dias 11 a 14 de março de 2013, pela Semana Missionária, que será em julho, e pela nossa querida, amada e apaixonada #JMJRIO2013, que tem a maior torcida do mundo, como veiculada na fan page no Facebook. Não guardo nenhum ciúme por ser flamenguista, pois, meus amigos, torço pelo Flamengo, mas o time que eu jogo se chama Jornada Mundial da Juventude. Desejo que todos os jovens de nossa Paróquia estejam presentes para que a juventude grite esperança, paz e amor para todo o mundo, gerando bons frutos no Brasil, pois as sementes já estão sendo plantadas. Ao escrever aqui na Prainha, lembro-me da Cruz Peregrina e do Ícone de Nossa Senhora, momento que presenciei na Catedral e, em seguida, estive no Convento da Penha para acompanhar a Via-Sacra com o padre Anderson Gomes. Na

preparação para que os símbolos da jornada fossem levados ao Convento, recebemos a notícia do novo Papa e, durante a Via-Sacra, ficamos ansiosos para saber o seu nome. Quando os símbolos chegaram ao Campinho foi anunciado na televisão o nome do novo Papa - Francisco – e estávamos exatamente em um convento franciscano! É uma grande graça o que presenciei no Convento da Penha, justamente referente à Jornada Mundial da Juventude pela qual sou tão apaixonado. Espero que o Papa Francisco visite o nosso amado Convento e saiba que essa história está registrada na imprensa local e guardada em nossa memória. A nossa Paróquia está se preparando para a Semana Missionária. Se antes nós brasileiros íamos para a Jornada Mundial da Juventude e parávamos na casa de família de uma cidade próxima à cidade-sede, agora é a nossa vez de receber jovens do mundo inteiro em nossas casas. Em breve, haverá uma campanha para sermos voluntários e recebermos os jovens da melhor forma possível. Jovens, não esqueçam: após a Semana Missionária, Rio! Fábio Chamon

Missa da Saúde – Santo Antônio: 3ª Sexta-feira do mês 16h


espaço do pároco

Amados irmãos em Cristo Jesus! Uma das características deste tempo, o tempo da modernidade ou pós-modernidade, é a busca da comunicação inteligível. Embora cresçam as tecnologias nessa área e vivamos em um mundo globalizado - onde o que acontece na Índia, do outro lado do planeta em minutos se sabe aqui no Brasil -, podemos apontar um paradoxo na comunicação moderna: aumenta a sofisticação tecnológica, mas não existe entendimento, evidenciando a cada dia uma lacuna entre o locutor e o ouvinte, com “ruídos” na comunicação. Constato isso não somente fora da Igreja, mas também dentro dela, nas nossas comunidades e até mesmo na liturgia! Quem preside ao comunicar o Evangelho não é bem entendido. Muitas vezes eu mesmo ao pregar a Palavra me pergunto: Será que estão me entendendo? A comunicação é um desafio dentro e fora da Igreja. Em nossas famílias existe uma Babel: casais não se entendem, filhos não se entendem com os seus pais. Esse desconforto se dá por uma comunicação truncada. Um dito popular revela muito bem esse conflito: “Diz-se alho e se entende bugalho”. A fala, a comunicação, demanda um mapa mental do locutor e do ouvinte e esse mapa mental nem sempre é harmônico; daí a confusão. Cada um desenvolve um mapa mental para se comunicar e, embora a neurociência nos ajude a ter uma ideia de como surge a fala, no fundo a mente humana permanece um mistério. No entanto,

devemos lembrar que a comunicação envolve pensamento, raciocínio, emoção, fala e postura corporal. Sim, o nosso corpo fala, e o ditado de “quem vê cara não vê coração” nem sempre é verdadeiro. O rosto, o corpo, de uma maneira geral, fala o que somos. Mas como somos cristãos e guiados pelo Espírito Santo, devemos voltar o nosso olhar para o maior comunicador do Pai-Eterno, Jesus Cristo. Ele nos ensina como comunicar a verdade que liberta e salva. Sabemos que a regra de ouro na comunicação do projeto do Pai para a humanidade está no Amor. Deixando-nos seduzir por esse amor poderemos nos transformar em bons comunicadores da verdade e da paz neste mundo marcado pela violência no campo e na cidade, por vidas ceifadas de inocentes e jovens. Neste tempo em que vivemos o Ano da Fé, somos chamados como cristãos a aprender com o mestre da comunicação, a contemplar e a nos inspirar nos santos do presente e do passado, especialmente Paulo de Tarso, exemplos de comunicadores das coisas do

Novo horário: Missa com novena na Matriz 19h30

alto, da esperança, da verdade, da paz e da justiça. Por isso, queremos fortalecer a nossa comunicação por meio deste informativo que retomamos com alegria e entusiasmo, fazendo uma rede saudável de comunicação que nasce da Eucaristia, perpassa pelo nosso ser e se torna visível nesse veículo de comunicação evangelizador. Este informativo vem somar à comunicação do nosso site. É nosso desejo evangelizar nas redes sociais: Facebook, Twitter, entre outros. Queremos anunciar o senhorio de Jesus por muitos outros meios de evangelização presente na nossa Paróquia e na nossa Arquidiocese. A boa comunicação proporciona a comunhão. Repito: evitemos os ruídos na comunicação, assim o desamor, o desconforto entre nós será minimizado. Elevem esta prece comigo em voz alta e clara: “Deus Pai! Jesus é a plena comunicação do vosso projeto de vida para todos. Ajuda-nos a sair da Babilônia que gera tanta violência, tanta exclusão, e a entrar no Pentecostes, que respeita a diversidade na comunhão. Envia sobre mim, minha família e minha comunidade eclesial o Espírito santificador, para que, renovados neste tempo pascal, sejamos instrumentos de evangelização nas mãos de Vosso Filho que vive e reina para sempre na unidade do Espírito Santo. Amém”. Deus os abençoe. Pe. Pedro Camilo

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O Batismo de Jesus

liturgia

Contam os Evangelhos que Jesus sai da Galileia e vai ao Rio Jordão a fim de ser batizado por João. Este episódio marcará o início da vida pública de Jesus, ou seja, de sua vida conhecida e relatada pelos evangelistas. João Batista espanta-se com o pedido de Jesus, pois sabia quem Ele era. Jesus não precisava ser batizado para conversão de seus pecados, porque Nele não habitava o mal. Mas quis ser batizado para mostrar que estava junto com o povo peregrino e sofredor. Quis estabelecer, desde já, um vínculo de proximidade com aquela gente infinitamente amada por Ele. Ao povo é revelado naquele momento que Jesus Cristo é alguém totalmente inserido na vida divina: o próprio Deus revelará quem Jesus é e fará descer sobre Ele o Espírito Santo que O acompanhará em Sua pregação. E o povo saberá, então, que é Ele sobre quem o profeta Isaías havia dito: “Eis o meu servo – eu o recebo; eis o meu eleito – nele se compraz minha alma; pus meu espírito sobre ele, ele promoverá o julgamento das nações. Ele não clama nem levanta a voz, nem se faz ouvir pelas ruas. Não quebra uma cana rachada nem apaga um pavio que ainda fumega; mas promoverá o julgamento para obter a verdade. E abrirá os olhos dos cegos, tirará os cativos da prisão e livrará do cárcere os que vivem nas trevas” (Is 42, 1-3,7).

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Celebrar o batismo de Jesus nos convida a fazer memória do nosso próprio Batismo. Como o compreendemos? Como o testemunhamos? Podemos dizer que hoje, em nós, o Espírito de Deus faz morada? Podemos dizer que vivemos plenamente o desejo de Deus em habitar em nossos corações? Testemunhamos um Batismo vivo ou apenas um preceito social ou religioso? São perguntas que nos devemos fazer se queremos nos afirmar cristãos. Jesus marca o início de sua vida pública com o batismo de João. Nossa entrada na Igreja também se dá com sacramento do Batismo. E a partir dele? Ensinamos nossos filhos a viver em plenitude a fé? Somos, nós mesmos, exemplos de pessoas que concretizam sua experiência de Deus, como Jesus Cristo a concretizou? Ser batizado é ser inexoravelmente responsável pela construção do Reino de Deus. É uma marca que jamais sairá de nossas vidas e corações. Pelo Batismo nos tornamos membros da Igreja de Deus, fiéis aos Seus ensinamentos, desejosos de estabelecer vínculos com o criador e a Ele testemunhar com nossas vidas. Cabe, pois, a cada um procurar viver concretamente o seu Batismo. Só assim poderemos mostrar com a nossa vida a face amorosa de Deus.

Celebração da Palavra – Matriz: Quartas-feiras 7h


Textos bíblicos sobre o assunto: Is 42, 1-4.6-7 Mc 1, 9-11 At 10, 34-38 Lc 3, 21-22 Mt 3, 13-17 Jo 1, 29-34 Todos os três Evangelhos sinóticos descrevem o Batismo de Jesus por João Batista. Esse evento é descrito pelos eruditos bíblicos como o início do ministério público de Jesus. De acordo com as fontes canônicas, Jesus foi para o Rio Jordão onde João Batista estava pregando e batizando as pessoas. Mateus descreve que João estava hesitante em atender ao pedido de Jesus para ser batizado, alegando que ele é quem deveria ser batizado por Jesus. Mas Jesus insistiu: “Consente agora; porque assim nos convém cumprir toda a justiça” (Mt 3, 15). Depois que Jesus foi batizado e saiu da água, Marcos afirma que Jesus “viu os céus se abrirem, e o Espírito, qual pomba, a descer sobre ele. E ouviu-se dos céus esta voz: ‘Tu és meu Filho amado; em ti me comprazo’” (Mc 1, 10-11). O Evangelho de João não descreve o Batismo e nem se refere a João como “Batista”, mas atesta que Jesus é aquele sobre quem João tinha pregado — o Filho de Deus.

Após o seu Batismo, Jesus foi levado para o deserto por Deus, onde jejuou durante 40 dias e 40 noites. Durante esse tempo, o diabo lhe apareceu e o tentou por três vezes. Em cada uma das vezes, Jesus rejeitou as tentações respondendo com uma citação das escrituras. Em seguida o diabo se foi e os anjos vieram para cuidar de Jesus. Muitas vezes Deus fez uso da água como linha divisória. Nos dias de Noé, a água do dilúvio separava o mundo pecaminoso da nova vida num mundo purificado (cf Gn, 6-8). No Êxodo, a água do Mar Vermelho era a linha divisória entre a escravidão e a liberdade (cf Ex, 12-15). Nos dias de Naamã, a água do Rio Jordão era a linha divisória entre a lepra e a purificação (cf 2 Reis, 5). Nos dias do cego, a água do Tanque de Siloé era a linha divisória entre a cegueira e a capacidade de ver (João 9). Por que Deus usou a água nesses casos, nós não sabemos. Mas, sem dúvida, não nos deve parecer estranho que Deus tenha feito a água no Novo Testamento ser a linha divisória entre a velha vida de pecado e a nova vida em Cristo. O Batismo não é o único requisito para a salvação hoje, mas não podemos ser salvos sem ele. “Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus” (João 3:5).

JPaulo Fontes pesquisadas: Bíblia Ave Maria e artigos religiosos Continua na próxima edição: O Ministério de Jesus.

Celebração da Palavra – Santa Luzia: Quartas-feiras 19h30

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igreja hoje

Ecologia e igreja A Bíblia, no livro do Gênesis ( Gn 2;2-3), ensina, de forma alegórica, que Deus criou o mundo em seis dias e no sétimo descansou. Aí começa a noção de sustentabilidade. Nada deve ser condenado a produzir freneticamente. Tudo precisa descansar. Depois, o livro do Levítico (Lev 25,1-7) traz o preceito do ano sabático. A terra produziria durante seis anos e no sétimo deveria repousar, como garantia de fertilidade futura. Nasce a certeza de que a terra se esgotará, se for utilizada de forma irracional. É a sustentabilidade em sua forma mais primitiva, aplicada a uma das poucas atividades econômicas existentes, à época, a agricultura. O homem é a obra-prima da criação, porém não é a única criatura chamada à vida, pois no livro do Gênesis está escrito que “Deus viu tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom” (Gn 1,31). Importa destacar que somente após criar todas as coisas, Deus criou o homem. Assim, quando o homem chegou à vida já encontrou outras criaturas que lhe tornaram possível a existência. A ciência nos diz que a terra foi criada tão antes do ser humano que, se a terra tivesse 24 horas, o homem teria chegado às 23h59, quer dizer, no finalzinho do dia. Assim, não é possível a pretensão de que a terra é feita para o homem. O homem faz parte da terra. Quando chegou, já encontrou tudo pronto. Pela fé compreendemos que somos parte da criação e devemos conservar aquilo que Deus admirou e achou bom. Deus deu ao homem primazia so-

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bre os demais seres viventes, mediante a ordem: “Dominai a terra”. Porém não se há que entender a ordem como salvo conduto para subjugar os demais seres. O texto base da Campanha da Fraternidade de 2011 bem explica o significado do verbo dominar: “(..) 106. O verbo submeter, em hebraico, kabash, no contexto da cultura semita tem como foco principal a terra e o seu cultivo, e o verbo dominar é tradução do hebraico radah, que possui o sentido de cultivar, organizar e cuidar. Assim, não é concedida ao ser humano, a posse em termos de senhorio em relação aos outros seres criados, pois a consideração destes verbos indica precisamente atitudes de cultivo, zelo e cuidado, próprias de um pastor que conduz suas ovelhas protegendo-as dos iminentes perigos. O livro do Gênesis é claro quanto a isso ao afirmar que Deus colocou o ser humano no jardim para o cultivar e guardar (Gn 2, 15). “ A partir de 1970, com o papa Paulo VI, os documentos da igreja passaram a fazer menção ao cuidado com a preservação da natureza. O documento de Aparecida (V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe), editado em maio de 2007, por sua modernidade, foi bastante contundente: “(..) Junto com os povos originários da América, louvamos ao Senhor que criou o universo como espaço para a

vida e a convivência de todos os seus filhos e filhas e no-los deixou como sinal de sua bondade e de sua beleza. A criação também é manifestação do amor providente de Deus; foi-nos entregue para que cuidemos dela e a transformemos em fonte de vida digna para todos. Ainda que hoje se tenha generalizado maior valorização da natureza, percebemos claramente de quantas maneiras o homem ameaça e inclusive destrói seu ‘hábitat’. “Nossa irmã a mãe terra” é nossa casa comum e o lugar da aliança de Deus com os seres humanos e com toda a criação. Desatender as mútuas relações e o equilíbrio que o próprio Deus estabeleceu entre as realidades criadas é uma ofensa ao Criador, um atentado contra a biodiversidade e, definitivamente, contra a vida. O discípulo missionário, a quem Deus confiou a criação, deve contemplá-la, cuidar dela e utilizá-la, respeitando sempre a ordem dada pelo Criador.” Cada um de nós, por amor ao Criador deve fazer todo o possível para preservar ao máximo a natureza e fazer tudo o que está ao nosso alcance para evitar a poluição e o esgotamento do planeta. Pequenos gestos como reduzir o consumo de energia e de água, separar o lixo, andar mais a pé são também imperativos de fé atitudes de obediência ao Criador. Maria José Oliveira Lima Roque (Catequese e Fraternidade e Vida no Planeta)

Novo Horário – Missa da 1ª Sexta-feira do mês na Matriz 8h


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Já estamos trabalhando na preparação do próximo Encontro de Casais com Cristo. Será o V ECC de nossa Paróquia e acontecerá nos dias 6, 7 e 8 de setembro. Mais informações serão dadas oportunamente. Ricardo e Angela

Por volta das 19 horas de quarta-feira, 13 de março, na Capela Sistina ressoou uma vez mais o tradicional “Accepto”, fórmula mediante a qual aquele que até aquele momento era o cardeal Jorge Mario Bergoglio, arcebispo de Buenos Aires (Argentina), acolheu a vontade manifestada pelos coirmãos, que acabavam de elegê-lo como novo papa. Iniciou-se assim o 266º pontificado da história da Igreja, o mais inesperado e surpreendente, a partir do nome que escolheu: Francisco. Em poucos minutos, mediante gestos significativos e palavras simples, papa Francisco conquistou o mundo inteiro. Mas quem é esse papa “buscado praticamente no fim do mundo”? Quais são suas origens, a sua história, o seu pensamento? Por que o nome Francisco? A essas e a outras perguntas responde este volume de Saverio Gaeta, um dos escritores mais importantes e seguidos sobre temas da Igreja. Além disso, o livro apresenta uma síntese dos principais desafios que papa Francisco terá de enfrentar: dos escândalos à reforma da Cúria, do diálogo inter-religioso à nova evangelização.

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Confissões com Pe. Pedro Camilo – Terças: 14h30 às 17h30 / Sextas: 8 às 12h

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aniversariantes / abril Comunidade PERPÉTUO SOCORRO

Comunidade SANTO ANTÔNIO 02 02 03 04 04 05 05 06 06 06 08 09 09 10 11 12 12 13 14 15 17 18 18 20 20 21 22 22 23 24 24 25 25 25 25 25 26 26 26 27 27 29

Maria Heloísa Lacerda Souza Barros José Olavo Médici Macedo Jussara Teresa Sepulcri Rosalém Maria do Rosário Elias Vilela Mônica Oliveira Vetis Musatyc Dias Nascimento Adalgisa Braga Magalhães Vitinha Vieira de Oliveira Norman Boynard de Oliveira Maria Trancoso Daniel Bruno Ferreira de Almeida Ramon Pereira dos Santos Ana Claudi Vieira Lopes Ricardo Almokdile Lopes Liene Maria Zorzaneli Orlando Fontenelle de Albuquerque Jonas Mesquita Rosângela Aguiar Siqueira Ederson Antônio Possati Matheus Henrique de Oliveira Arpini Felipe Antônio Aon Moysés Diego Zava Zanotele Lúcia Aparecida Lopes Bazzarella Jovelina Lurdes Schaffeln da Silva Tamea Aparecida Linhares Possa José Mauro Sterza José Benjamim Bortolini de Matos Caroline Vescovi de Freitas Vítor Montenegro Sabbagh Rita Cléa de Almeida Teixeira Lucca Campos Portes Maria Lúcia Sterza Terezinha Z. L. Messina José Antônio Ferreira Marconi Bezerra Leite Aura Stella Azevedo Klumb Oliveira José Aderirton Neves Ayr Rueda Therezinha Stefanon Bittencourt Marcelina Maria Cardoso de Freitas Siqueira Manoel Costa Arruda Calasense Beatriz Santos Pela

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Elza Savergnini Castello Guiomar Bonino Gasparini Fraga Giovana Antunes França Maria Inez Ribeiro Zambrano Giuliano Valladares Nader José Augusto Forreque Dario Giestas Soares Fabrícia Ferreira da Silva Yone Ludolf Paixão Caio Gabriel Nunes Jovacyr Barcelos da Silva Mônica Oliveira Vetis Joel Nunes de Menezes Júnior Hilda de Jesus Cardoso Élcia Britto dos Reis Viana Luiza Marchesini Peixoto Marcos Curcio Zanetti Zenilda Maria Soares João Elias Borloti da Silva Sérgio Morelli Lima Maria Trancoso Daniel (Mara) José Eraldo Altafim Ângela Cristina Sartório Lovatti Waldete Duarte de Abreu Renata Carminati Amarantes Rita de Cassia da Motta Oliveira Edmea Bessa Soares Maria das Graças Brunelli Goldner Daniel Martins de Souza Sueli Bastos Medeiros Sandro Moraes Modenese Carmencita Henz Geller Heloiza Menezes da Silva Fassarella Rodrigo Calmon Rodrigues Franklin Augusto Fernandes Mágilo Antônio Cozer Darlene Elizabete Zanoni Cleuza da Paixão Costa Geny Zucolotto Ana Maria Guedes Waiandt Creuza Simer Marçal Miguel Batista Filho Nilda Bonfim Tardin Emília Bastos da Silva Marinete Vieira Norma Helena da Silva Agrizzi Werther Spindola de Mattos Coutinho Mariana Corrêa Borchio Luciana Cavalcante Ribeiro Lenita Batista da Silva

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Jó Vieira Pinto Mônica Cristina V. M. Kandler Cristina Mendonça Faria Ribeiro Alcides Cassani Gisela Maria Colnago Calhau Jussara Maria Barros da Costa Maria da Penha Costa Arinna da Silva Vital Luciana Maria Dellaparte Rodrigo Morais Addum Maria da Penha Gonçalves Nunes Maria Rosalina Macedo Gomes Cristiane Ramos Castro Rosemary Feliz da Silveira Gustavo Vital de Mendonça Maria Bernadete Rosa Cretella Eduardo Vieira Melo Silvana Rossi da Rocha Bresciane Zenilda Pimentel de Almeida Arlete Giesen Nunes Andre Luiz Ramos Donatelli Beatriz Wadchalowski

Comunidade SANTA LUZIA 01 02 03 03 03 08 10 13 14 14 17 18 19 21 23 23 23 25 25

Luiz César Maretto Coura Joelma Salles Cordeiro Ângelo Villaschi Filho Pedro Henrique Andrade Gomes André Bringhenti Corrêa Rosa Edésio Kuss Maria Luzia Arrivabene Cinira de Freitas Vairo Leila Miranda Damasceno Alexsandro Rosa Onofre Lorenza Cosme Gomes Celi Cardoso Frisso Tobias Barreto Louis Debbanê Sandra Rocha Vitor Montenegro de Oliveira Sabbagh Dair Passini Dias Ângelo Ventorin Neto Aladir Mendes Oliveira Roldi

horários das missas e/ou celebrações Paróquia N. Sra. do Perpétuo Socorro / Praia da Costa - Vila Velha - ES Terças-feiras Quartas-feiras Quintas-feiras 1ª Sexta-feira do mês 3ª Sexta-feira do mês Sábado

OBS: As Missas e/ou Celebrações poderão ser alternadas, conforme necessidade do Pároco.

Domingo

19h30 07h 19h30 19h30 08h 11h30 10h 17h30 19h 08h30 09h 09h 11h 18h 18h 19h30

Santo Antônio N. Sra. do Perpétuo Socorro Santa Luzia N. Sra. do Perpétuo Socorro N. Sra. do Perpétuo Socorro N. Sra. do Perpétuo Socorro Santo Antônio N. Sra. do Perpétuo Socorro Santo Antônio N. Sra. do Perpétuo Socorro Santo Antônio Santa Luzia N. Sra. do Perpétuo Socorro Santo Antônio Santa Luzia N. Sra. do Perpétuo Socorro

MISSA CELEBRAÇÃO DA PALAVRA CELEBRAÇÃO DA PALAVRA MISSA COM NOVENA MISSA DO APOSTOLADO DE ORAÇÃO - ADORAÇÃO BENÇÃO DO SANTÍSSIMO MISSA DOS ENFERMOS MISSA MISSA MISSA E/OU CELEBRAÇÃO DA PALAVRA MISSA E/OU CELEBRAÇÃO DA PALAVRA MISSA E/OU CELEBRAÇÃO DA PALAVRA MISSA MISSA E/OU CELEBRAÇÃO DA PALAVRA MISSA E/OU CELEBRAÇÃO DA PALAVRA MISSA


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