JORNAL PIF PAF | ANO 1 | N° 6 | SETEMBRO/OUTUBRO DE 2008 40
anos
Jornal da
PIF PAF Que venham mais 40,
e mais 40,
e mais 40... Pif Paf completou quatro décadas em agosto deste ano. Nesse período, construiu uma trajetória marcada pela criatividade estratégica, que possibilitou à empresa vencer crises e crescer com olhos para o futuro
Supply Chain
Educação
Expansão
Novos centros de distribuição
Curso Técnico de Alimentos foi inaugurado
Pif Paf em pleno crescimento
Editorial Quarenta anos e tudo de novo Olá, Está é uma edição especialíssima do Jornal da Pif Paf. Afinal, não é sempre que uma empresa se torna quarentona, não é mesmo? Quarenta anos representa muito mais do que 14,6 mil dias, nove presidentes ou 10 copas do mundo. Esse período não deve ser medido em números. Os quase 30 mil profissionais que passaram pela Pif Paf desde 1968 construíram suas próprias histórias e ajudaram a fazer essa grande empresa que conhecemos hoje. A Pif Paf é repleta de boas histórias, de gente que visa sempre o próximo passo sem jamais esquecer o caminho já trilhado. Nesta edição, você conhecerá algumas dessas histórias, contadas por Avelino Costa e seu filho, Luiz Carlos. Não foi difícil perceber, durante as entrevistas, o orgulho que ambos sentem pela empresa e o respeito que possuem pelos profissionais que ajudaram a Pif Paf a chegar tão longe. E como a Pif Paf não pára de crescer, não poderíamos deixar de falar sobre os investimentos atuais em produção, logística e educação. Investimentos que, junto ao complexo de Goiás, ajudarão a empresa a alcançar o faturamento de R$1 bilhão de reais em 2010. Não será fácil, mas estamos no caminho certo. Que venham mais 40, e mais 40, e mais 40... Francisco Veiga Salgado Editor do Jornal da Pif Paf
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Edição 40 anos
3a7 Expansão
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Supply Chain
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Educação
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Expediente Publicação mensal destinada aos profissionais da Pif Paf Alimentos Sede: Avenida Raja Gabáglia 4091 / Santa Lúcia – Belo Horizonte (MG) e-mail: comunicacao@pifpaf.com.br Coordenação e edição: Francisco Veiga Salgado Execução Editorial: BH Press Comunicação (bhpress@bhpress.com.br) Jornalista Responsável: Ana Amélia Gouvêa (MT 4843-MG) Reportagem e redação: Bruno Sales (MG10607JP) Projeto Gráfico e editoração: AVI Design Foto de capa: Bruno Magalhães/Agência Nitro Impressão: TCS Editorial Tiragem: 3.000 exemplares www.pifpaf.com.br
Capa
40 anos
NA FLOR DA IDADE Alexandra Simões
Pif Paf faz 40 anos e, mesmo em meio à crise econômica mundial, está em plena fase de crescimento
Em agosto de 2008, a Pif Paf comemorou 40 anos de muito trabalho e grandes conquistas. De sua inauguração até os dias de hoje, a empresa enfrentou crises, contou com a sorte, cresceu no segmento, foi inovadora, superou os mais variados obstáculos, mostrou-se extremamente criativa e resistente. Nesta edição especial de 40 anos, o Jornal da Pif Paf relembra fatos históricos, registrados em entrevistas com o presidente Avelino Costa e o superintendente Luiz Carlos Mendes Costa.
Avelino Costa: “Trabalho com avicultura há 49 anos. Comecei em 1959, com um varejo e dois anos depois estava com quatro varejos. Entre 1962 e 1968, passei a ser o maior atacadista de galinha viva da cidade do Rio de Janeiro. O meu maior orgulho é ter construído minha família: filhos, filha, nora, genro e netos... Esse é o meu maior bem.”
Arquivo Pif Paf
“PIF PAF. TAÍ, GOSTEI DO NOME.” Essa foi a frase dita por Avelino Costa em 1968, quando decidiu comprar um modesto abatedouro de aves e outros pequenos animais na cidade do Rio de Janeiro. Pif Paf era o nome fantasia do abatedouro, que estava falido e tinha sete empregados a espera do acerto de contas. “Gostei tanto do nome que se tornou o jurídico: Abatedouro Pif Paf Ltda. Assumi os sete empregados da antiga empresa, acertei tudo com eles e iniciamos o trabalho. Naquela época, as coisas eram bem diferentes”, lembra Avelino, que previa o fim do mercado para aves vivas. “O futuro apontava para o crescimento do consumo de aves abatidas”, acertou Avelino, em 1968. Hoje, a Pif Paf é a maior empresa do ramo em Minas Gerais e está entre as dez maiores do Brasil.
Primeira instalação do Abatedouro Pif Paf, no Rio de Janeiro, 1968
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Fotos: Arquvo Pif Paf
Capa
VISCONDE DO RIO BRANCO ALAVANCA CRESCIMENTO A maioria das aves vendidas pela Pif Paf era comprada na Zona da Mata, em Minas Gerais. Por ser próxima ao estado do Rio de Janeiro e contar com vários granjeiros, a região era perfeita para um passo a mais: a construção de um abatedouro próprio, com escala industrial. Em 1972, a Pif Paf foi transferida para Visconde do Rio Branco (MG), unidade que, naquela época, tinha capacidade para abater 12 mil aves por dia. Hoje, a unidade abate 170 mil aves diariamente.
Avelino inaugura, em 1972, abatedouro em Visconde do Rio Branco (MG)
PARA GANHAR O MUNDO Em 1975, o Brasil viveu uma ‘enchente’ de frango. “Todo mundo estava criando frango nos quintais. O mercado interno ficou saturado”, lembra Avelino. O cenário era assustador; vários comerciantes do segmento faliram. “Não podíamos nos enfraquecer. Precisávamos pensar, planejar e criar soluções”, diz Avelino, que já tinha uma carta na manga para driblar a crise: “Ora, se o mercado interno estava ruim, só nos restava exportar”.
Primeira exportação, para Kuwait, mudou o foco da Pif Paf. A empresa passou a exportar 95% da produção, estratégia que durou até meados de 80
O AMIGO CERTO, NA HORA CERTA No mesmo ano, a empresa fechou o primeiro contrato de exportação de frango assinado no Brasil. O Líbano era o destino. Era. Quando o navio estava prestes a embarcar, em novembro de 1975, o país comprador entrou em guerra: cristãos versus palestinos, palestinos versus muçulmanos... “Fiquei desesperado: o navio atracado, com toda a minha mercadoria lá dentro. Poderia perder toneladas e toneladas de alimentos, logo na primeira exportação. Seria o fim”, conta Avelino. Foi aí que ele recebeu uma ‘mãozinha’ de um amigo. “Liguei para ele e expliquei todo o drama. Ele acionou a Braspetro [agência da Petrobras que negociava as exportações] e me retornou dizendo que a exportação estava
garantida, porém para o Kuwait”. Com um sorriso no canto do rosto, Avelino revela que esse amigo era Ernesto Geisel, então presidente da República Federativa do Brasil. No fim de janeiro de 1976 o navio chegava ao Kuwait, abastecendo de produtos Pif Paf o mercado do Oriente Médio. E quem estava lá para receber os produtos? O próprio Avelino Costa. O dono da empresa foi até o Kuwait para fiscalizar se os produtos haviam chegado com qualidade e no prazo firmado. “Para ficar no mercado, temos que ter convicção de que o nosso produto é bom”, explica. Já na década de 1980, os produtos da Pif Paf estavam alastrados por todo o Oriente Médio, em países como Arábia Saudita, Iran, Egito e Iraque.
“Toda a minha vida profissional se fez na Pif Paf. Entrei como auxiliar administrativo, há 26 anos, e hoje tenho a honra de exercer o cargo de gerente da unidade. Quando entrei aqui, nem existia computador. Fazíamos tudo à mão e depois passávamos para as máquinas de escrever. Quando chegou o primeiro computador, ficamos até com medo dele... Hoje sinto um imenso orgulho em trabalhar nessa empresa que possui o poder de reverter situações críticas por meio do intenso trabalho criativo de seus profissionais.” Maria Aparecida Barreto Serigheli, mais conhecida como ‘Paré’, gerente da Fábrica de Ração em Visconde do Rio Branco
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Capa
CRESCER PARA SUPERAR A CRISE Em 1983, o Brasil viveu um sério problema de falta de milho. “Nós tínhamos dinheiro para comprar, mas não existia milho para vender”, relata Avelino. A empresa precisou importar milho dos Estados Unidos, que era de péssima qualidade. Como resultado, a Pif Paf pediu concordata em 1984. “Muita gente na época pensava que era preciso atrofiar para sair da crise. Eu tomei a decisão contrária. Entrei em contato com o Banco do Brasil e o BDMG, fiz um empréstimo e pedi um bom prazo. A minha idéia era crescer para depois pagar as dívidas”, lembra Avelino. E funcionou. O primeiro passo foi a aquisição da Granja Pitangui, em Pará de Minas (MG). A idéia era sair da situação de compradores de pintinhos para produtores. Daí, a empresa começou a trabalhar com granjeiros integrados em várias cidades mineiras, como Rio Pomba, Visconde do Rio Branco, Viçosa, Vista Alegre e Matias Barbosa. Nessa época, a empresa já abatia 56 mil aves por dia. Em 1985, o filho de Avelino, Luiz Carlos Mendes Costa, assumiu a diretoria da empresa. “Eu disse a ele: cuide da empresa que eu cuido da dívida”, conta Avelino. A tarefa de Luiz Carlos não era fácil. Com a concordata, a empresa não podia mais exportar. Então, o desafio foi atacar o mercado interno. “Fizemos uma reestruturação da área comercial e começamos a bater de porta em porta, oferecendo nossos produtos. Adotamos a estratégia de pulverizar nosso mercado, pois ninguém fazia isso na época. Foi a nossa grande saída”, comenta Luiz Carlos, à frente da empresa até hoje.
HORA DE INVESTIR E MODERNIZAR Outra inovação trazida por Luiz Carlos foi inserir os cortes de frango no mercado nacional. Na época, a empresa não tinha uma sala de corte industrial para isso. Então, a sala de máquinas da unidade de Visconde do Rio Branco foi redesenhada para o trabalho, que começou manual. “Estava valendo a pena. Como fomos a primeira empresa a oferecer esse produto; vendemos bastante”, conta Luiz Carlos. Com essa estratégia, a empresa conseguiu sair da concordata e a marca Pif Paf passou a ser bastante conhecida. Não havia melhor hora para investir na modernização do processo industrial. Em 1986, a empresa montou uma unidade industrial em Viçosa (MG), e passou a vender produtos embutidos. A diversificação deu outro impulso no crescimento da Pif Paf. No fim da década de 80 e início da década de 1990, a importação foi facilitada pela ‘Era Collor’. Com isso, a empresa investiu mais de US$ 405 mil em equipamentos, dando um salto para a industrialização. “Nessa época, compramos uma máquina francesa de fazer espetinhos de frango. Foi o maior sucesso”, recorda Luiz. Hambúrguer, mortadela e salsicha entraram para a carta de produtos da empresa. Em 1993, a empresa investiu mais US$ 1 milhão em tecnologia para projetos ambientais. Washington Alves
“São nove anos e sete meses na Pif Paf. Entrei na empresa trabalhando na recepção de suínos, passando pelo abate, pela linha de corte, pelo corredor. Nesse tempo sempre tive oportunidades para crescer e atingir novas posições, tendo meu trabalho reconhecido e valorizado pelos meus chefes. Após a experiência de atuar na linha de corte, meu coordenador me promoveu a operador, cargo que ocupei por três anos. Com o tempo, surgiu uma vaga para líder, para a qual fui indicado. Sou grato à Pif Paf pelas oportunidades que tive e que tenho. Hoje sou coordenador e supervisiono uma equipe de 53 pessoas. Adoro meu trabalho e quero permanecer aqui por, no mínimo, mais dez, 15, 20 anos.” Luciano Pereira do Carmo, coordenador do setor de Miúdos da unidade de Patrocínio (MG), mais conhecido como ‘Chicletinho’
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Capa Arquvo Pif Paf
EUROPA E ÁSIA FICAM LOGO ALI O abate de aves alcançou 170 mil por dia em 1997. No ano seguinte, 1998, a empresa lança outra novidade para o mercado. “Desenvolvemos um frango desfiado que até hoje é um diferencial no mercado. É como se desfiássemos, à mão, o peito de frango cozido, já temperado com água e sal. É muito diferente de simplesmente moer a carne”, se orgulha Luiz Carlos. Em 1999, a empresa conquistou a certificação ISO 9002, que atesta a qualidade de seus produtos. Com investimentos na ordem de R$ 19 milhões, a Pif Paf inaugurou, em Patrocínio (MG), no Alto Paranaíba, mais um frigorífico, com capacidade para abater 2,4 mil suínos por dia. Diversos produtos, como presunto e bacon da Pif Paf, aparecem no mercado.
NOVOS DESAFIOS Ainda em 1999, a empresa retomou as exportações, dessa vez para Hong Kong, na China. Em 2000, ao mesmo tempo em que comemorava sua primeira exportação para a Rússia, a Pif Paf foi considerada a segunda melhor empresa do setor pelo ranking de ‘Melhores Empresas’ da Fundação Getúlio Vargas. Em 2004 foi inaugurada a fábrica de massas em Itabirito (MG). “A concorrência já tinha entrado nesse ramo, por isso fomos resistentes a princípio. Depois de vários estudos de viabilidade, concluímos que era possível”, explica Luiz Carlos. Em 2005, em mais uma manobra surpreendente, a empresa incorporou a fábrica de sucos Tial, localizada também em Visconde do Rio Branco. “Tivemos que aprender a lidar com esse produto, que exige um trabalho de marketing mais agressivo. Está sendo uma escola”, relata Luiz Carlos. Hoje, a Tial é uma das líderes do setor em Minas Gerais, com meta de dois milhões de litros por mês, prevista para 2009.
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Capa “Para mim, trabalhar na Pif Paf há 19 anos já é uma experiência marcante. Aqui foi o meu primeiro emprego e desde então a empresa me proporcionou ótimos momentos, como quando fui convidada para trabalhar no RH [Recursos Humanos], e também quando iniciamos o trabalho com portadores de necessidades especiais. É uma função muito rica, em que se aprende muito. Eu nunca trabalhei em outra empresa e, enquanto estiver aqui, quero sempre vestir a camisa da Pif Paf. Agradeço aos colegas com quem tanto cresço, aos gerentes, aos amigos. E parabéns à Pif Paf!” Cláudia Aparecida Santos Silva, analista de Recursos Humanos em Pará de Minas (MG)
PARA ANDAR COM PASSOS LARGOS O ano de 2005 também foi marcado pela decisão de inaugurar mais um complexo industrial. As obras começaram em 2007, e o resultado será a geração de dois mil empregos diretos, seis mil indiretos, inauguração de três modernas plantas industriais com tecnologia de ponta, divididas entre duas cidades do interior de Goiás: Palmeiras de Goiás e Paraúna. O início da operação das unidades está marcado para o primeiro semestre de 2009. Momento em que a empresa verá sua produção e faturamento aumentarem em 42% e fará dobrar a sua exportação, passando dos atuais 10% para 20% ou 30%, em relação ao volume total de produção. Tudo isso faz parte da estratégia da empresa de ampliar seu faturamento, que hoje é de R$ 600 milhões anuais, para R$ 1 bilhão até 2010. “O dia que São Pedro me chamar eu vou feliz, pois sei que a empresa vai ficar por outros tantos 40 anos”. Com essa frase, Avelino Costa encerrou entrevista.
“Trabalho há 33 anos na Pif Paf. Nesse tempo passei por vários setores, participei da implementação de projetos e acompanhei boa parte da trajetória da empresa. A implantação do Setor de Integração Avícola foi iniciativa minha e hoje temos mais de 10 milhões de frangos integrados. A Pif Paf, que antes tinha o foco apenas no mercado externo, avançou internamente e tive a honra de desenvolver este trabalho. Prosperamos muito também com as crises. Uma empresa tem seu crescimento consolidado quando atinge maturidade para superar momentos difíceis. Trabalhar aqui é uma honra e é como ter a sensação do dever cumprido, de crescer junto.” Luiz Fábio Antonucci, Gerente de Suprimentos - Agronegócio, Corporativo, sediado em Visconde do Rio Branco (MG)
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Expansão
Fábrica de pizzas em Leopoldina comemorou a primeira exportação de pizzas para Angola, África
O FUTURO COMEÇA HOJE Empresa investe em estrutura, pessoal e tecnologia para embasar o planejamento de longo prazo Para sustentar a sua estratégia de crescimento, além de construir um novo complexo industrial em Goiás, a Pif Paf está modernizando suas plantas, contratando e capacitando pessoal, e ampliando e diversificando seu portifólio de produtos. Também não é para menos: a empresa registrou faturamento de R$ 603 milhões em 2007, tem previsão de fechar 2008 com R$ 760 milhões e pretende chegar ao primeiro R$ 1 bilhão até 2010. A unidade de Visconde do Rio Branco, por exemplo, vai contratar mais 300 profissionais até janeiro de 2009. De acordo com Moacir Balbinot, diretor industrial, a planta vai operar seis dias na semana, em vez de cinco, para aumentar sua produção em 20%, ampliando os ganhos de escala. Atualmente a unidade abate 170 mil aves por dia. ”Esta empresa é feita de pessoas, por isso estamos investindo em capital humano. Os treinamentos tornam-se cada vez mais importantes”, garante Moacir. O crescimento da empresa também fica claro com a ampliação da produção de pizzas, na unidade de Leopoldina (MG). A Pif Paf começou a produzir as pizzas em 2007. Os investimentos que a empresa fez durante este ano permitiram dobrar a capacidade produtiva da unidade. Com novos fornos, cilindros e túneis de congelamento, a Pif Paf pôde comemorar a primeira exportação de pizzas para Angola, no continente africano. Atualmente, a unidade conta com 147 profissionais, número que subirá para 310 até julho de 2009.
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Moacir Balbinot: “Esta empresa é feita de pessoas, por isso estamos investindo em capital humano. Os treinamentos tornam-se cada vez mais importantes”
Expansão “Falar dos 40 anos da Pif Paf é falar também de mim. Nossa história se mistura ao longo do tempo. Eu era uma menina quando a Pif Paf nasceu. Juntas, crescemos e aprendemos. Dificuldades existiram, mas foram superadas. As conquistas foram muitas. Entre sorrisos e lágrimas, sobrevivemos. Agora, no auge de nosso amadurecimento, estamos fortalecidas e preparadas. E, juntas, estamos prontas para novos desafios. São 28 anos de casa. Quando completei 25, recebi uma homenagem muito marcante que nunca me sairá da memória.” Fátima Ferraz, gerente Financeira, em Belo Horizonte (MG)
Jairo Gomes: “Vendemos carne dentro dos melhores padrões do mercado”
SUÍNOS EM ALTA No dia 20 de outubro de 2008, foi inaugurada, em Patrocínio (MG), a nova fábrica de ração. Com capacidade para produzir 30 toneladas por hora, ela foi concebida para sustentar a expansão da unidade, que vem para consolidar o projeto de integração dos suínos. Atualmente, a unidade possui 3,8 mil matrizes, número que chegará a 17 mil até 2010. De acordo com Jairo Gomes da Fonseca Júnior, diretor de Produção de Aves e Suínos, a empresa investiu pesado, tanto para produzir mais, quanto para aprimorar sua tecnologia nutricional. “Vendemos carne dentro dos melhores padrões do mercado”, afirma Jairo. A Pif Paf adquiriu um terreno para a construção dessa fábrica, que foi projetada com todas as condições para expandir. “Precisamos alimentar o frigorífico, que atualmente abate 10 mil suínos por semana”, explica Jairo. De lá saem produtos como o bacon, o presunto, o apresuntado e as lingüiças para churrasco.
“Em 2009 farei 20 anos de Pif Paf. Iniciei como representante no Norte de Minas. Quatro anos mais tarde, passei a exercer a função de supervisor, na filial em Belo Horizonte. Durante todo esse tempo, a minha trajetória se mistura à da empresa. Participei de muitos desafios, em muitos momentos assumindo riscos e investindo pesado. Hoje, a Pif Paf é uma empresa muito respeitada e tem seu espaço muito bem definido. E olha que os concorrentes são grandes! Nosso diferencial é a positivação porta a porta, a consolidação do melhor desempenho no varejo.” Sílvio Santos, gerente Comercial da unidade de Belo Horizonte (MG)
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Supply Chain
A IDÉIA É PULVERIZAR Empresa inicia operações em dois novos centros de distribuição, em São Paulo e Vitória. O objetivo é entregar os produtos com mais rapidez e qualidade
As carretas transportam produtos Pif Paf até os centros de distribuição, que reduziram o tempo para o abastecimento das revendas
“Entrei na Pif Paf em abril de 1977, como técnico de Segurança do Trabalho. Naquela época, percebi um grande desafio: implantar a cultura da utilização dos equipamentos de proteção individual (EPIs) e do cuidado com as questões de segurança. Aqui, todos me conhecem como Jorge Cipa, justamente por ter sido minha a iniciativa de implantação da Comissão em Visconde do Rio Branco. Nestes 31 anos de empresa, eu tenho muito o que agradecer. Até hoje me sinto um novo profissional da empresa, com disposição para ficar por mais 30 anos, pelo menos”. Jorge Ribeiro, gerente de Segurança Patrimonial da Unidade Industrial de Visconde do Rio Branco (MG)
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Supply Chain Arquivo Pif Paf
A Pif Paf comercializa algo em torno de 15 mil toneladas por mês. A maior parte de seus negócios está concentrada nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo. Para abastecer as capitais e várias cidades do interior, a empresa conta com um sistema de logística, denominado Supply Chain. Com essa nova gestão de Logística, a empresa passou a operar, em outubro, dois outros centros de distribuição: um em Indaiatuba, no interior de São Paulo, e outro em Vitória, capital do Espírito Santo. Fruto de mais de seis meses de estudos de viabilidade, os novos pontos foram escolhidos por estarem em posições geográficas estratégicas. “Estamos trabalhando para pulverizar as vendas no interior de São Paulo e atender melhor o Espírito Santo”, conta Rui dos Santos Vieira Júnior, diretor de Supply Chain. Atualmente, a empresa atende uma pequena parte do mercado paulista, mas, segundo Rui, o objetivo é atender 100% do estado até junho de 2009, quando o complexo industrial de Goiás será inaugurado. Antes do novo centro de distribuição, o mercado capixaba era abastecido pelo sistema batizado de Cross Docking, ou seja, os produtos eram transportados de Visconde do Rio Branco (MG) até Vitória (ES) por carretas, conforme a demanda. Chegando ao destino eram fracionados para os supermercados e armazéns. Essa operação durava em torno de 72 horas. “Com o centro de distribuição, e com a possibilidade de estoque, a entrega é feita em apenas 24 horas”, comemora Rui, ressaltando que o prazo é apenas uma das vantagens: “Nosso produto terá mais qualidade e maior tempo de validade”, conclui.
Raio-X da Logística Do carregador de caminhões até a diretoria, a Logística da Pif Paf conta com mais de 400 profissionais, sem contar os fornecedores. “Estamos ampliando e atendendo melhor a uma carteira de clientes que só cresce. Isso é resultado de um trabalho em sinergia; e todos os envolvidos são fundamentais nesse processo”, diz Rui.
Rui dos Santos: “Estamos trabalhando para pulverizar as vendas no interior de São Paulo e atender melhor o Espírito Santo
Supply Chain Management é uma ferramenta que utiliza a Tecnologia da Informação para possibilitar à empresa a gestão da cadeia de suprimentos com maior eficácia. O sistema inclui processos de logística que abrangem desde a entrada de pedidos de clientes até a entrega do produto no seu destino final, com a administração de documentos, matérias-primas, equipamentos, informações, insumos, pessoas, meios de transporte e prazos.
“Em janeiro, completarei uma década na Pif Paf. Entrei na empresa como auxiliar de Produção, na área de abate, e hoje estou como supervisor Industrial. Tive muitas oportunidades aqui e, com muita paciência, degrau por degrau, me envolvi no processo, sempre vislumbrando o crescimento. Visto a camisa da empresa e defendo-a onde estiver. Faço parte dos 40 anos e me sinto parte de todo o desenvolvimento que a Pif Paf teve ao longo do tempo”. Flavioney Ferreira dos Santos, supervisor Industrial da área de Cortes e Abates da unidade de Patrocínio (MG)
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Educação
PARA ALIMENTAR O CURRÍCULO Arquivo Pif Paf
“Tenho muito o que agradecer nestes 11 anos de Pif Paf. Passei por vários setores, fui promovida e adquiri muita experiência. Fui funcionária-destaque em 2003 e participei por três vezes da Cipa. Ao longo do tempo, fiz vários amigos aqui na empresa e sei que posso contar com muitos deles. Adoro o que eu faço e tenho muita expectativa em poder continuar contribuindo para o crescimento da empresa e dos colegas também, já que fazemos parte desta história”. Eva Maria de Jesus, líder Industrial do setor de Beneficiamento de tripas da unidade de Patrocínio (MG) Cerca de 30 alunos estão se capacitando pelo Curso Técnico de Alimentos, parceria da Pif Paf com o Senai
Pif Paf inaugura Curso Técnico de Alimentos, em Visconde do Rio Branco O processo seletivo foi disputado, afinal de contas mais de 300 pessoas concorreram às 35 vagas do Curso Técnico de Alimentos, inaugurado pela Pif Paf no dia 20 de agosto, em Visconde do Rio Branco (MG). A cidade, por sua vez, recebeu a notícia de braços abertos, ciente de que, como esse, só existem mais dois cursos no Brasil. “As aulas são voltadas para o processamento de alimentos, trazendo conceitos da tecnologia de derivados do leite, massas, carne e vegetais”, explica Lenir Loures, analista de Recursos Humanos. De acordo com ela, a oferta do curso – que é gratuito – é boa para a comunidade e para a empresa. “As pessoas se capacitam e se tornam mais atraentes para o mercado e a empresa sabe que poderá contar com mão-de-obra de alto nível”, analisa. A Pif Paf arcou com o desenvolvimento do curso: material didático e professores. O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) é responsável pela metodologia e cedeu a sala de aula, que fica no prédio da entidade (avenida São João Batista, 65). O curso terá duração de dois anos e as vagas foram disponibilizadas tanto para empregados quanto para moradores de Visconde do Rio Branco.
Aula inaugural Para oficializar o início do curso, a Pif Paf realizou a aula inaugural, em 20 de setembro. Na solenidade, estiveram presentes o presidente Avelino Costa, o superintendente Luiz Carlos Mendes Costa, além de autoridades de Visconde do Rio Branco e região. Para encerrar, um almoço especial foi servido a todos no Clube dos 50, no centro da cidade.
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“Estou na Pif Paf há 14 anos e amo trabalhar aqui. Eu me sinto jovem e valorizada. Somos de uma mesma família. A conseqüência disso acaba sendo o nosso comprometimento em fazermos o melhor possível. Um fato que me marcou muito ocorreu quando me recuperava de uma cirurgia, em casa. Era Natal e o Sr. Avelino me convidou para celebrar a festa em sua casa, já que a minha família estava longe. Só não fui porque minha irmã veio de Vitória (ES) para minha casa. Nunca mais me esquecerei disso. A minha vida se mistura à vida da Pif Paf e eu, com 47 anos de carteira assinada, me sinto como no primeiro dia de trabalho, ao me levantar da cama para vir à Pif Paf.” Maria Sé, analista Administrativa da unidade de Patrocínio (MG)