O Mirante de Olinda Edição nº 07

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O Mirante

de Olinda

ROTEIRO MENSAL DE CULTURA E TURISMO

Olinda, fevereiro de 2012 - ano 02 nº 07

Find here the best places in Olinda

Distribuição GRATUITA/DIRIGIDA

Perfil

Alceu Valença “O artista é o espelho do que a sociedade quer fazer, sobretudo quando ele está no palco”. Pág. 7, 8 e 9

Historiando

Historiador Marcelo Lins Tempo de Praia. Pág. 3

Artesanato

Oficina de Máscaras

A oficina é voltada a artistas plásticos, estudantes e ao público em geral. Pág. 4

ICEI Brasil

Olinda - Patrimônio Cotidiano Oficinas temáticas sobre cultura popular para jovens. Pág. 14

Exposição

Bajado

A exposição intitulada “Viva o Meu Carnaval”, homenageia cem anos do artista. Pág. 16


Editorial

Daniela Câmara

danielacamara_omirantedeolinda@hotmail.com

“Minha Olinda sem igual, salve o teu carnaval ! ”

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esde tempos adolescentes eu esperava a chegada do carnaval, mais especificamente o carnaval de Olinda. Em Janeiro começava a produção das fantasias. Essa espera tornava o carnaval ainda mais saudável e romântico. Sim romântico. Aprendíamos a brincar nas ladeiras com todo o amor e alegria que havia dentro da gente. Eram poros em chamas celebrando a jovialidade de todas as idades e pessoas presentes no carnaval, minha festa mais querida. O nosso frisson incendiava as ruas trazendo-nos um fôlego invencível, que começava na semana pré, imendava com o Sábado de Zé Pereira e ia até depois do período momesco, com as póstumas carnavalescas as quais assim nomeei. As figuras fantasiadas eram as mais inusitadas. Dentre as fantasias que confeccionei, estavam o Don Ruán de Barco, que aprontamos para vestir nosso amigo Petró. Ana Luiza minha amiga, saiu de máquina de xerox. Minha irmã certa vez observou um grupo nas virgens de Olinda, que vestia uma fantasia coletiva intitulada “As Patricinhas de Beverlly Rio Doce”. Na época em que explodia o Movimento Mangue, saí no bloco “Legalize o Bob”, tema da música da Banda Querosene Jacaré, a qual era Ortinho o vocalista. Todos estavam juntos nessa manhã. Roger (Soparia), Glaubinho (Soparia), Manu Leão, Tonca e Helinho (Galera Impregnada), Mazinho (Mestre Ambrósio), Clesinho e Márica (Período Fértil), Bidú, dentre tantos outros ícones de um movimento que tinha a cara da nossa geração. O Legalize, foi um bloco que só saiu uma vez. Na verdade, foi um tiro de alegria e palhaçada, principalmente quando procuramos o estandarte que não tinha, mas tinha meu vestido com o nome escrito. O estandarte fui eu mesma, com a cabeça cheia de pentes e beliros fincados, reforçados pela perfformance engraçada, fruto de um curso de mímica que eu tinha feito na época, com Ricardo Bandeira, um dos maiores mímicos do Brasil. Olinda conserva e permite ainda, essa característica de brincadeira de rua, de liberdade e de extrema criatividade em sua brincadeira. Tudo que envolve arte e manifestação popular, explode a céu aberto. Hoje meu carnaval vem recheado de trabalho, onde de cima dos palcos, admiro uma festa que perpetuou-se nessa cidade e no imaginário popular, uma festa que traz gente de todo o planeta. Olinda é cenário de despojamento, criatividade e muita folia. É inexplicável esse sentimento tão pernambucano, que é o prazer de ouvir o toque dos clarins, provar o sabor da tapioca e respirar o cheiro de cerveja, que canta conosco nas ladeiras os hinos olindenses. “Minha Olinda sem igual, salve o teu carnaval” !

Igreja de São Pedro

Foto: Saulo de Tarso


Historiando Olinda, fevereiro de 2012

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proveitando a temporada do verão e a brisa do mar, deixamos, um pouco, o período duartino e adiantamos o calendário alguns séculos. Desde o final do século XVIII, e principalmente nas primeiras décadas do século XIX, estabeleceu-se entre a elite urbana o costume de passar o período mais quente do ano nos povoados ribeirinhos dos rios Capibaribe e Beberibe. Fugindo do calor citadino, as famílias dirigiam-se ao campo em busca de tranquilidade e dos refrescantes banhos de rio, animando, durante o período de festas de fim ano, os arrabaldes do Poço da Panela, Caxangá, Benfica, Madalena, Ponte d’Uchoa, Beberibe. Até meados do século XIX, apenas alguns poucos destemidos e estrangeiros mais afeitos ao uso dos banhos salgados, já bem difundidos na Europa, aventuravam-se nas águas do mar. Em 1837, o naturalista inglês George Gardner, durante sua estadia em Pernambuco, justifica que “nos climas quentes dá-se preferência às águas dos rios, para evitar a grande irritação produzida pela cristalização do sal sobre a pele”¹. Só a partir dos anos de 1840, surgem os primeiros defensores dos banhos salgados, com ênfase nas suas qua-

Marcelo Lins

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Tempo de Praia lidades medicinais. No ano de 1843, Manoel Pereira Teixeira, membro da Sociedade de Medicina de Pernambuco, recomendava o uso frequente “dos banhos frios, e em particular dos de mar, durante a estação do verão [...] e por meio deles talvez diminuíssem muitas das moléstias horrorosas, que tão frequentes são aqui. [...] isto será de proveito público, ficaremos na obrigação de aconselhar esses meios”². O Dicionário de Medicina Popular de Pedro Luiz Napoleão Chernoviz, listava os benefícios do banho de mar para a salubridade e bem estar físico e mental. Em sua edição de 1901, o Almanach de Pernambuco trás em suas páginas elogios à água do mar, “uma verdadeira água mineral, riquíssima de princípios salinos; uma fonte de vitalidade onde os fracos, os doentes de toda espécie podem encontrar lenitivo para seus sofrimentos. A própria aragem do mar purifica”. Mas, o texto também aponta as mudanças ope-

radas nos costumes da sociedade pernambucana ao longo da segunda metade do século XIX, quando “as lindas praias de Olinda, Brum, Boa Viagem e Piedade, na estação calmosa são procuradas pela elite da nossa sociedade”. Já nos anos de 1840 surgem na imprensa anúncios de aluguel de casas nas praias de Olinda para as temporadas de verão. O Diario de Pernambuco de 20 de fevereiro de 1847, divulgava uma casa na rua da Praia de São Francisco cuja proximidade do mar permitia “o uso dos banhos salgados”. Em 1854, a conclusão da ponte da Tacaruna, facilitou a ligação entre Recife e Olinda com a inauguração do serviço de ônibus para Olinda em meados de 1855. Na sua edição de 3 de janeiro de 1866, o Diário de Pernambuco já reflete os novos tempos, em versos que declamam em loas a alegre temporada praieira olindense.

Banhos salgados em Olinda, Hoje é ordem do dia; [...]

Os trilhos da maxambomba chegam a Olinda em 24 de junho de 1870. Neste dia duas mil pessoas circularam nos trens que ligavam o Recife à estação do Varadouro, e no verão daquele ano o aumento da demanda obrigava a Companhia de Trilhos Urbanos a ampliar o horário e número de viagens. A partir desta década a prática dos banhos salgados difunde-se, indo além do pequeno grupo social da elite e classe média, abrangendo as categorias menos abastadas. Olinda como centro balneário em ascensão recebia a maior parte do fluxo de “veranistas” que corriam às praias do Carmo, Milagres e São Francisco, ao romper da madrugada, antes do raiar do dia até as sete horas da manhã, como era costume se tomar os banhos de mar em fins do século XIX e primeiras décadas da centúria seguinte.

Inda o dia não é claro, já lá vão por Carmo fora, Pai, mãe, sobrinho, nora, [...] Vê-se pisando sestrosas Sinhazinhas nas areias Sem botinas e sem meias, Correndo de quando em quando Das ondas que vem rolando³.

¹ Citado em ARAUJO, Rita de Cássia Barbosa de. As praias e os dias: história social das praias do Recife e Olinda. Recife: Fundação de Cultura da Cidade do Recife, 2007; p. 86. ² TEIXEIRA Manoel Pereira, “Memória sobre as causas prováveis da frequência do hidrocele nesta Cidade do Recife”. In Annaes da Medicina Pernambucana. Recife, ano I, n. II, fev 1843; in Annaes da Medicina Pernambucana (1841-1844). Recife: Secretaria de Educação e Cultura, 1977. ³ ARAUJO, Rita de Cássia Barbosa de. As praias e os dias: história social das praias do Recife e Olinda. Recife: Fundação de Cultura da Cidade do Recife, 2007; p. 253-254.


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Poesia e Cordel

MATUTO BELEZA

Misael Godoy

misaelgodoy_omirantedeolinda@ hotmail.com

Mãiçava no Sábado Zé Pereira O Galo mãiçou, mas pra lá num vô Sexta-feira que é Gorda, me matou Me arriei no boteco do Peneira Vim pulando, descendo da Ribeira No compasso dum frevo bem rasgado Nem lembrei do forró e do xaxado Esqueci-me também do meu baião Da turista roubei o coração Sou o “Matuto Beleza” apaixonado

Vou no passo do frevo, suba ou desça No calor de um beijo bem molhado Pra que a linda menina nunca esqueça O “Matuto Beleza” apaixonado...

O poeta, às vezes, saca do pensamento e... puxa lá uma doidice. Imagineime matuto sertanejo largando o chapéu de couro e gibão, batendo a poeira seca das terras sertanejas e... caindo no frevo do carnaval de Olinda. É o Matuto Beleza, chegando pra encapetar o pegapra-capar!

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Sou o cabra que veio do roçado Pra gastar nas ladeira as alpercata Nó que deu nos meus pés, aqui desata No calor de um beijo bem molhado Fico doido, feliz, desleriado Pau-do-Índio quebrando na cabeça Não há doido no mundo que se esqueça Dos sininhos tocando nos ouvidos Confundindo o sentido dos sentidos Não se vê nesse mundo o que pareça Vou no passo do frevo, suba ou desça No calor de um beijo bem molhado Pra que a linda menina nunca esqueça O “Matuto Beleza” apaixonado... Vou no passo do frevo, suba ou desça Me desfiz do calor do meu gibão Camiseta por cima de um calção Fico elétrico e chego até a terça Sou o “Matuto Beleza”, não esqueça Diabo Louro do Alceu, levo ao Batata Uma loira fogosa assim me mata Varo a quarta de cinzas; chego à noite E no Bicho Maluco eu dou açoite Só na quinta cedinho o nó desata. Vou no passo do frevo, suba ou desça No calor de um beijo bem molhado Pra que a linda menina nunca esqueça O “Matuto Beleza” apaixonado...

Olinda, fevereiro de 2012

OFICINA DE MÁSCARAS CARNAVALESCAS

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contece nas duas primeiras semanas de fevereiro em Olinda, a oficina de máscaras de carnaval em papel machê. A facilitadora da oficina é a bonequeira e arte - educadora Leila Gibson Leal, que é também a fundadora do teatro de bonecos “Quero Mais”. A oficina é voltada a artistas plásticos, estudantes e ao público em geral. As datas das aulas estão marcadas para os dias 01 à 03 de fevereiro e 08 à 10. São duas turmas para cada um desses períodos. As oficinas serão realizadas sempre das quartas às sextas feiras, das 14:30 às 17 horas, na Rua Henrique Dias, 151 Varadouro. O investimento é de R$ 150,00 e as inscrições podem ser feitas pelo fone: 98981348 ou através do e-mail: claraclarice@hotmail.com


Contos e Crônicas

VIVA O MEU CARNAVAL! Por Célia Labanca

MULHERES DESTEMIDAS

Célia Labanca é escritora e diretora do Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco - MAC

Gillberto Marques

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neném regalado curtia, no abraço gostoso, o colo materno e o balanço da cadeira. Ao pé da mãe, duas pequenas brincavam, a maior com dois anos, um aninho para a outra e dois meses para o gulosinho do colo. Em dois anos e oito meses a prole se formara. A lua de mel recheada de paixão enchia Joce de alegria, toda hora, todo dia. O marido, poeta virtuoso, dava espaço à esperança do bem viver. A mulher, em regozijo, pensava nele com ternura enquanto amamentava. Nos braços do homem querido, sua vida mudava para melhor, a cada gesto. Realidade e sonho se entrelaçavam ali. Na viuvez de ambos o reencontro com o amor. Osvaldo cheio de filhos ela com uma menina a tira colo. Quem diria um recomeço ! Rodeada pela turma, sentia o aconchego de ser mãe, a pompa de ser mulher, a segurança de ser amada. Batem a porta no meio do enlevo silente. O portador falava da tragédia – notícia ruim chega depressa. Jazer sem vida estava fora de cogitação. A gente nunca pensa que vai morrer. Não vale à pena. Perder um ente querido, o dono do amor maior, nem de longe pensar. Crispou a face, conteve o choro, olhou em volta. Puxou para si os três e pensou: “não posso morrer”. Cumpriu a promessa e só descansou aos 85. Lutou sozinha eram quatro para comer, vestir, morar, estudar e tanta coisa mais. Foi pai e mãe. Na memória o verso de Ademar Paiva: “quem tem saudade, não está sozinho tem o carinho da recordação”. Nos traços vindos no corpo dos filhos cresciam lembranças com cheiro de Alecrim – o patronímico. Vez por outra o choro mansinho no travesseiro, noite adentro.

Ninguém via, ninguém sabia. O lugar na cama jamais foi preenchido. Dormiu só todas as noites que se seguiram. Jocelina viveu para a família. Teve netas e bisnetos. Não capitulou na missão de enfrentar adversidades. Velhinha já foi visitada por um tal de Dr. Alzenheimer e outras mazelas que acometem os vulneráveis do tempo. Continuou na rinha. Lutou o quanto pôde. Minguando devagarinho murchou como uma rosa na penumbra. O compromisso de viver acompanhou-a até a derradeira visita da saúde. Dormiu silente sem dizer que ia. Descansou afinal fazendo história, dando exemplos e muita saudade. Do outro lado da cidade fenecia D. Flávia Miranda, amiga de priscas eras. Mulher garbosa e firme, proba e corajosa. Leitora fiel e crônica dos meus escritos. Conversa boa, inteligente sem papas na língua. Fundadora do PT saiu no Mensalão. Certa vez um amigo comum, deputado das esquerdas, me presenteou com puros cubanos. De bate pronto acendi um. O doador fez careta, quis espirrar. Irreverente e mal agradecido afirmei provocador: “nunca vi você fazer pantim com o charuto de Lula ou do Dr. Arraes”. Ela quase morreu de rir. Continuei baforando na sala do escritório particular. Vou sentir falta da minha grande amiga. Janeiro chegou com sol e calor, mas trouxe o adeus frio levando as duas. Que pena. Fevereiro vem no compasso do carnaval. O brilho da vida de D. Flávia e Jocelina Alecrim lembra lantejoulas e serpentinas, colombina, pierrô e arlequins próprios da alegria do carnaval. “Quando eu morrer não quero choro nem vela, quero uma fita amarela grafada com o nome dela”.

Anualmente,

como agora, vivemos o maior movimento de resistência cultural de que se tem notícia na história: o carnaval. – Resistência própria de um povo que vem lutando há pelo menos quinhentos anos para sobreviver a portugueses, holandeses, e outros que tais; a todas as demais intempéries políticas, climáticas, econômicas e sociais; e ainda, de quem nos guarda a cultura, e manifestações da arte popular. A luta tem sido grande pela sobrevivência. Por isso, até passamos por decorações que conseguem transformar as cidades do Recife e de Olinda em episódios de composição de cores, localização, e significados dos ícones, à condição fronteiriça de quem os cria, acolhe e lhes paga, normalmente em detrimento de outros eventos culturais de excelente nível ao longo do ano, possivelmente a serem produzidos pelos equipamentos de cultura designados para tal. É preciso que os responsáveis entendam que a cultura vem do costume, da manutenção das tradições, do guardar, respeitar e valorizar o documento e o patrimônio, quaisquer que sejam eles, e que a manifestação popular, ou erudita, advindas da vontade, da criatividade, da ação e da atitude do povo. – Que ambas devessem fazer pensar, além de apenas serem consumidas sem qualquer consciência, em detrimento da preservação da crítica, do humor, e das músicas que caracterizam e são pe-

culiares ao nosso carnaval. Já festejamos os cem anos do frevo que é pernambucano, e patrimônio cultural imaterial do país. O que temos tido, vindas das camadas mais populares é a imensa, bela e única riqueza cultural a partir das manifestações dos blocos, blocos de sujos, caboclinhos e maracatus. Imagine-se que o nosso carnaval, sem um sentido plausível, cujo reinado e alegria do frevo acontecem somente por quatro dias durante o ano, há muito que impuseram os demais ritmos brasileiros e os repertórios de música alienistas ao período. Para quê? E a que preços? O que tem estes tais repertórios e ritmos a verem com o frevo, ou com o Bloco da Saudade, com o Lili, com o Vassourinhas, com o Galo, o Nós Sofre, o Siri, o Guaiamum, a Porta; com os Tambores Silenciosos, o Bloco do Nada, o Homem da Meia Noite, a Mulher do Dia, Elefante, Pitombeira? E com os Maracatus, os Caboclinhos, os de Lança, os Papangús? O que será do nosso carnaval pernambucano com seus frevos de bloco, de rua e de salão; seus clarins, seus metais, e seus tambores daqui a uma geração? Visitem no MAC a Exposição Coletiva “Viva o Meu Carnaval” em homenagem aos 100 Anos de Bajado, “um artista de Olinda”, com quadros da coleção particular do Senhor Eliezer Barros, e as pinturas naifs de Rosa Rendall, e Jorge Perdigão, que estarão à mostra até o dia 04 de março.

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6 O Mirante de Olinda

Empresarial

Olinda, fevereiro de 2012

Impactus Representações

Sua autorizada Volkswagen em Olinda

A

Impactus Representações vem batendo metas desafiadoras de vendas por três meses consecutivos. Diante deste fato, resolvemos fazer um bate-papo com seus gestores. O Mirante: A que se deve esse sucesso de vendas de consórcios de veículos? Impactus Representações: Principalmente, a três importantes fatores: gestão equilibrada, trabalho com foco no cliente e uma equipe de consultores de vendas capacitados, bem remunerados e motivados. OM: Por que o consórcio é mais viável que o financiamento? IR: Porque não tem taxa de adesão, não tem entrada e não cobra os juros altíssimos que são cobrados quando se compra um veículo financiado. OM: Vocês pensam em expandir as atividades da empresa? IR: Sim. A expansão é vital para qualquer negócio. No próximo mês, abriremos uma base no município de Caruaru e em junho outra em Pesqueira. Assim, cobriremos o agreste, zonas da mata norte e sul e região metropolitana. Tudo de Consórcio acordo com o plano de negócios que traçamos com muito Nacional cuidado e estudo. Volkswagen: OM: A equipe de vendas das investimento, novas bases sairá de Olinda? IR: Não. Daqui irá o supervipoupança e sor de vendas, porém a equipe a certeza de será composta por membros de cada município. Nossa inseu sonho tenção é gerar emprego e renrealizado. da em cada município no qual Adquira já o atuarmos. OM: Qual é a meta da Impacseu. Agende, tus para 2012 ? agora, uma IR: Para este ano, considerando o crescimento de emprego visita com um e renda da população do nosde nossos so Estado, projetamos uma meta arrojada: 4.000 (quatro consultores de mil) cotas de consórcio e 4.000 vendas. (quatro mil) clientes satisfeitos.

Consulte o regulamento dos planos: Mais leve e Leve.

Imagens meramente ilustrativas - Preços válidos para consórcio Volkswagem, sujeitos a alteração conforme tabela de fábrica.


Perfil

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Daniela Câmara

Alceu Valença

“O Frevo da Lua está na roda pra quem quiser baixar de graça. É o hit que trago para o verão e o carnaval”.

Era

uma da tarde quando cheguei à casa da Rua de São Bento, onde mora Alceu Valença. De mesa posta e em pleno almoço, sentamos e ele contou-me coisa a coisa, tempo a tempo, a sua trajetória de vida. E que vida ! Um verdadeiro turbilhão cultural permeou a infância desse artista falante e perspicaz. Talvez não caiba aqui em nossas linhas, mas boa parte ponho em pauta. Nascido em São Bento do Una, agreste meridional pernambucano, o menino da cidade de 5 mil habitantes, ouvia o canto dos aboiadores em dias de feira.O avô paterno tocava viola e bombardino, enquanto que seus tios eram seresteiros. Do lado da mãe, o outro avô tocava bandolim, a tia Leonor piano e a prima Lica, tocava órgão na igreja. Os sons da igreja, inclusive dos sinos, já chamavam a atenção do pequeno Alceu. Tio Getúlio fazia teatro e o sonho de criança do cantor, era fugir num circo, quando o circo Nerino esteve por lá. Foi o maior de todos que chegou em São Bento do Una, inclusive os circos mambembes daquela época. Outra lembrança do cantor era da banda de música que tocava frevo na sua cidade. Alceu queria tocar clarinete, porque um dos seus tios tocava na banda de lá. Também costumava ouvir de perto os sons do saraus e das serestas, mas ainda não tinha idade para participar desses eventos. O avô escrevia poesia e junto ao tio de Alceu, já brincavam de cordelistas. A avó materna era chegada à literatura.

Já o seu pai Décio de Souza, não era muito musical. “Meu pai não sendo musical, não me deixava de uma certa maneira, participar daqueles saraus”. O pai de Alceu foi deputado estadual, mas largou a legislatura, porque não

gostava de fechar questões. Preservava sua ideologia política e não gostava de atender aos pedidos do partido, se o pedido não concordava com seus princípios éticos. Fez concurso para promotor e foi aprovado. A família seguiu então para Garanhuns,

onde o músico estudou no Diocesano, colégio tradicional daquela cidade. O diretor da escola era primo de Alceu. Chamava-se Padre Adelmar da Costa Valença. Após todo esse tempo no interior, finalmente Alceu valença chega ao Recife, aos 9 anos de

idade. A partir daí começa a absorção da cultura carnavalesca pernambucana. Em sua rua formava-se uma rota de passagem de maracatus, orquestras de frevo e outras manifestações populares.


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O Mirante de Olinda

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efronte a sua casa, morava o poeta do azul, Carlos Pena Filho. De um lado, o maestro Nelson Ferreira e do lado oposto, a cantora lírica e ao mesmo tempo popular, Maria Parísio. “Ela era cantora lírica para casamentos grã - finos, mas tornava-se popular quando cantava nos programas de rádio. Ela me levava para o programa Variedades de Fernando Castelão”. Na Rádio Tamandaré, ele ouvia muita música brasileira: Ataulfo Alves, Núbia Lafayette, dentre outros. “Na rádio eu vi Genival Lacerda várias vezes. Eu adorava”! Mas foi lá em São Bento do Una, onde ele absorveu a maior parte da sua cultura musical. Na radiola do tio, ouvia de Orlando Silva a Luiz Gonzaga. “Eu canto ad liptum. Canto Juazeiro sem ritmo, sem nada, como os vaqueiros cantavam. Eu canto a toada como ela é na raiz e por trás, coloco sons de guitarras como se fossem rabecas. O Rock em minha vida foi en passant. A base mais forte vem da cultura da minha terra”. Em sua terra natal, o cantor teve oportunidade de soltar a voz pela primeira vez. Foi no concurso no cinema Rex de São Bento, que Alceu cantou “É Frevo meu Bem”, de Capiba. Acontece que Miguelito, o prodígio da cidade e seu concorrente, disparou a cantar Granada em espanhol e Alceu perdeu o páreo. Intuitivamente subiu ao palco, encantado com as luzes da ribalta e danou-se a dar cambalhotas por trás dele, sem saber direito o que estava fazendo. “Foi a primeira vez que eu vi uma luz colorida em cima de mim. Eu gostei daquilo. Parecia o céu em cima de mim. O céu deve ser assim”. Quando adulto, estudou direito. Seu pai, com medo que ele se tornasse artista, nunca comprou uma radiola, nem um violão, nada que remetesse à música, para que o filho não fosse influenciado e viesse a ser cantor. A relação com Olinda começou quando na época em que a cidade era balneário, Alceu vinha passar as férias na casa da sua tia Adeilda, que era irmã da sua mãe. Ela morava na Rua do Sol. A casa ficava perto do fortim, onde por lá havia uma casa de banho. Nesse mesmo tempo, ele gostava de ouvir os cantos gregorianos quando ia à missa. Ele diz que sua re-

lação com Olinda é uma relação afetiva quase carnal. E que sempre repetia para si que um dia moraria na cidade patrimônio. Nos tempos em que trabalhou na área de jornalismo, Alceu chegou a trabalhar como jornalista no JB e na revista Bloch, mas não podia ter carteira assinada pelo curto tempo de serviço. Era formado em direito, mas desde cedo percebeu que não seguiria carreira. Ficou então desempregado. Nesse período começou a vida na música, sua verdadeira profissão. Alceu seguiu viagem aos EUA, onde fez um curso de verão em Harvard. Era o tempo do movimento Hippie e da guerra do Vietnã. Quando perguntavam qual o tipo de música que ele tocava, respondia de pronto: Protest Song (música de protesto). Logo após essa declaração ele foi surpreendido por uma manchete de um jornal americano que o chamava de Bob Dylan brasileiro. Ele contou esse fato com uma boa risada. Nessa época ele detestava a ditadura e se juntava aos Hippies para tocar coco e cantar aboio, além das músicas de Luiz Gonzaga. Colocou 3 músicas no Festival Internacional da Canção. Daí em diante passou a concorrer em diversos festivais estudantis, que era a febre do momento, experimentando os diversos ritmos locais como baião, choro e ciranda. Depois de todas essas descobertas, a pretensão agora era ser um intelectual. Intelectual este, muito parecido com o galã de cinema sessentista Jean Paul Beaumondo, sendo que numa versão melhorada, já que Valença não tinha o nariz achatado. Era a época da famosa Nouvelle Vague. O cinéfilo Valença, passou a fazer sucesso nas sessões de arte do cinema São Luís. Paralelo a esse fator, Alceu passa a vir mais na cidade patrimônio e passa a conhecer os artistas, a arquitetura local e a história da cidade antiga. Ele foi habituée da feirinha da Praça da Preguiça. Todas essas idas à Olinda, eram feitas de ônibus, onde no coletivo, ele aprendeu a paquerar e a namorar. Na década de 70, seu porto foi o Rio de Janeiro. Em 1979 vai à Paris e em 1980, muda-se definitivamente para Olinda.

“Eu sou como o vento que varre a cidade, você m cavalo de troia, sou cobra jiboia e Saci Pererê. U comete pecado, que bebe cerveja e cospe no ch no presente, sonhou no passado,


me conhece e não pode me ver, presente de grego, Um anjo de fogo endemoniado, que vai ao cinema, hão. Um anjo caolho que olhou os dois lados, dormiu olhou pro futuro e me disse que não”.

Olinda, fevereiro de 2012 Casou-se pela primeira vez aos 22 anos e teve seu filho mais velho Ceceu. No segundo casamento teve Juliano, no terceiro Clarinha, e no quarto, foi pai de Rafael, filho de sua atual esposa Yane Montenegro, a qual está há 13 anos. “Rafael, meu mel, Juliano que eu amo, Ceceu que é meu e Clarinha que é minha”. Pedi que me falasse sobre a diferença entre arte e entretenimento. Ele diz que estamos vivendo a época da burrice pelo dinheiro. Tudo é negócio. A arte começa a ser uma coisa relacionada ao mercantilismo. Ele diz que em primeiro lugar a arte virou um negócio frio e disvirtuou-se, chegando a ser a lógica que não é a do pensamento criativo. É a lógica da venda. No entando, o ponto de vista do artista é o ponto de vista do sonho, da imaginação, é o mergulho na criação.E o que tem acontecido é a descaracterização da arte e a coisificação do produto cultural. “A minha música resiste. Pode tirar ela de circuito, que mesmo assim ela resiste”. Ele afirma que é a indústria do entretenimento quem está com o meio. Ela apodera-se da arte e impõe a seu modo aqueles produtos à sociedade. As rádios tocam o som das bandas delas e o público, através da repetição, absorve o que esse mercado impõe. Se o público ouve a boa música ele sabe apreciar. O problema é que só se oferece a música comercial e mastigada por uma mídia que favorece o negócio e não a boa qualidade artística daquele produto. A indústria do entretenimento está com o meio, que está se apoderando da arte. Então essa indústria impõe aquele produto frio à sociedade. “O disco cavalo de pau vendeu um milhão e 500 mil cópias em um ano. A música Morena Tropicana por exemplo é próxima sem sê-lo, mas está à altura da poesia de João Cabral de Mello Neto, da poesia de Carlos Pena Filho. Essa música tocou em todo o País. Até em aldeia indígena. A matéria foi veiculada no Jornal Nacional”. Alceu também afirma que muita gente tem vergonha da sua origem e que isso vem de uma cultura de baixa estima, cercada de preconceitos. “Ainda bem que isso está sendo derrubado. O Brasil tem

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resolvido alguns problemas sociais graves e isso tem melhorado um pouco a estima da população. Então eu pergunto: Porque é que a todo tempo temos que estar favorecendo a cultura alheia? Eu não consigo entender. Só uma revolução cultural pra resolver isso. O que ocorre é que isso é muito ruim para o artista que tem uma personalidade e ainda não fez seu nome. Aí perde para aquele que não tem personalidade e faz esse produto cultural voltado para a venda em massa. Esse aí tem que seguir o modelo que o empresário dele determina. Então a força não é mais da arte. É a força do empresariado”. Alceu é um dos homenageados do carnaval do Recife esse ano. Questionei sobre que personagem irá encarnar. Ele diz que seu personagem é o mesmo de sempre: um Dom Quixote da resistência, um guerreiro de uma luta desigual, a qual sua defesa é em prol do som local e dos ritmos do Nordeste. “Esse Dom Quixote é o que eu sempre usei. Sou um Viramundo, Mateus, Malazarte. E o artista é o espelho de tudo o que a sociedade quer fazer, sobretudo quando ele está no palco. Tem que haver o sofrimento, porque é triste por um lado, pois o artista carrega as dores do mundo, mas mesmo triste, ele promove alegria. É cruel muitas vezes ter que entrar no palco, mas logo que entramos, esquecemos a tristeza e as dores. Lá em cima temos a liberdade de expressão”. Falei da sua presença de palco, que chega a ser imponente. “Quando você é o cara que faz o show, que domina o improviso,você se comporta do jeito você quer. Eu nunca tive diretor de espetáculos. O artista é como o palhaço. Depois que a gente entra no palco vai embora o cansaço. Por mais cansativo que seja, eu dou pulos e cambalhotas, assim como os dei no palco do Cine Rex, em São Bento do Una”. Quanto a sua mais recente criação musical para o verão deste ano, ele deu a dica: “O Frevo da Lua tá na roda pra quem quiser baixar de graça. É o hit que trago para o verão e o carnaval”. A agenda de shows de Alceu Valença no carnaval, encontrase na contra-capa desta edição.


Roteiro Olindense

Find here the best places in Olinda

P

Olinda is for those who like to dance, listen to MPB, taste of haute cuisine, or simply stroll along the seashore, or historic site. In this tour, tourists find the best options.

Walking along the shoreline have a wide range of options. For those who want to enjoy dating in front of the ocean while tasting a fresh seafood, we started the tour with the Marisqueira Restaurant, which has an excellent cuisine going beyond the sea food. In the Piaui’s Reastaurant, the couple can enjoy a pork chop or a delicious “Carne de Sol”, among

PROGRAMAÇÃO

Olinda é para quem gosta de dançar, ouvir MPB, degustar da alta gastronomia, ou passear descompromissadamente pela orla ou pelo sítio histórico. Neste roteiro, o turista encontra as melhores opções.

ercorrendo a orla marítima temos um leque de opções. Para quem quer curtir um namoro à beira-mar degustando dos seus frutos fresquinhos, começamos o passeio pelo Marisqueira, que tem uma excelente cozinha e está para além das comidas marítimas. No restaurante do empresário Piauí, o casal pode apreciar uma costela de porco ou carne de sol, dentre tantas outras delícias. O interessante é que lá podemos pedir que o garçon ponha a mesa à beira-mar, de onde se vê o quebrar das ondas, degustando um bom vinho.

many other delights. Interestingly, there we can ask the waiter to set the table by the seaside, where you see the breaking waves, enjoying a good wine. Ainda à beira-mar de Olinda, encontramos o Hotel Costeiro. Esse hotel tem 79 partamentos climatizados e cozinha internacional. O hóspede desfruta de banho de piscina, enquanto pode solicitar um drink a sua borda. Além dessas características, fica próximo ao Centro de Convenções, Veneza Water Park, Chevrolet Hall, shoppings centers, bancos e sítio histórico, o que torna ainda mais favorável a estada do turista. Still on the ocean front, we find the Hotel Costeiro. This hotel has 79 air-conditioned suites and international cuisine. There you can enjoy a swimming pool, while sipping on your favorite drink. Besides these features, it’s near the Conventional Center, Veneza

Olinda, fevereiro de 2012 Water Park, Chevrolet Hall, shopping malls, banks and historical sites. Adiante, na altura do Fortim do Queijo, A Fábrica Bar tem promoções todas as terças-feiras com clone de cerveja e nas quintas, de whisky. Tem espaço para se dançar, além de poder escutar MPB. Os proprietários da casa, Robson e Gustavo, cuidam da programação cultural. A Fábrica Bar tem um público fiel e “habituée”. Os frequentadores dos clubes não deixam de dar aquela passada semanal na casa. Soon after, next to the Fortim do Queijo we’ll find the Fábrica Bar with its famous Tuesdays Special buy one and get one free beer and on Thursdays buy one get one free whisky. It has space for dancing, in addition to being able to listen to MPB. The owners, Gustavo and Robson are in charge of the cultural program. The Factory bar has a loyal and “habitué” clientele.

SEGUNDA - CLONE de CERVEJA por R$ 4,00 + MPB ao vivo as 19h TERÇA - TERÇA do VINIL com DJ 440 as 20h QUARTA - STAND UP COMEDY + MPB ao vivo as 20h QUINTA - CLONE de WHISKY e CAIPIROSCA + EMERSON COLLOR as 20h SEXTA - RODA DE SAMBA (abertura SANDRO LIMA) as 19h SÁBADO - POP ROCK BRASIL (Banda CADILLAC '65) + MPB ao vivo as 19h DOMINGO - SANDRO LIMA & BANDA as 18h

Travessa Municipal, nº 09 / Carmo, Olinda-PE Fone: (81) 3439.6755


O Mirante de Olinda Descendo pela Rua de São Bento, encontramos os sabores ibéricos trazidos pelo chef Jaime, que é português e serve desde a cozinha de sua terra até os sabores da Espanha, França e Itália. Além desse cardápio especial, come-se um almoço bem preparado e saboroso a preços módicos. O carro-chefe da casa é o tradicional bolinho de bacalhau e a sobremesa, o pastel de Belém. Enquanto sai o almoço, um papo com o chef faz o ambiente ainda mais especial. Down the street of São Bento, we find the Iberian flavors brought by Chef James, who is Portuguese and serves from the Portuguese cuisine to the flavors of Spain, France and Italy. Besides this special menu, you can eat a well prepared and tasty lunch at affordable prices. The specialty of the house is the traditional Portuguese codfish cakes and for dessert “pastel de Belém”. While waiting for your lunch, a chat with the chef makes

the atmosphere even more special. No Alto da Sé comese bem, bebe-se das melhores cachaças do país e vê-se a mais linda paisagem de Olinda, além da boa música de Pernambuco. O bar também serve um excelente churrasco. Para quem gosta de frutos do mar, o Olinda Art & Grill tem também diversas opções e para a sobremesa, peça uma cartola tropical, que é servida com abacaxi e mel de engenho. Ao lado, na cachaçaria, o turista pode levar na bagagem o melhor do artesanato regional e das mais famosas “Branquinhas” da região Nordeste. At Alto da Sé we can eat well, drink the better “cachaça” of this country, see the most beautiful landscape of Olinda and listen the good music of Pernambuco as well. The bar also serves an excellent barbecue. For who likes of seafood, the Olinda Art & Grill also have

11 several options and to dessert, ask for a “cartola tropical”, which is served with pineapple and honey wit. Next, at Cachaçaria, the tourist may take in your baggage the better of regional handicraft and the most famous “branquinhas” of northeast. Muito interessante também é conhecer o Bar Estação Maxambomba, que tem cenário retrô e está localizado em frente ao prédio dos correios na orla olindense. O prédio antigo era uma antiga estação ferroviária. Lá o cliente conhece a harmonização de cervejas e petiscos. It is also interesting to know the Maxambomba Bar Station, which has retro setting and is located opposite the post office building on the edge of Olinda, the old building was an old railway station. There the client knows the harmonization of beers and snacks.

Lá podemos pedir que o garçon ponha a mesa à beira-mar, de onde se vê o quebrar das ondas.


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Roteiro Olindense

O caldinho do Dogão também é um badalado point da orla marítima. Com música ao vivo e boas promoções, a casa está sempre cheia. The soup of the Dogão is also a pop point of the coastline. With live music and good deals, the house is always full. O Sargação é uma ótima opção para quem quer fazer um lanche antes ou depois da diversão. A lanchonete abre no começo da noite e vai até a madrugada. São diversas opções em sanduíches e sucos e fica no Carmo em Olinda. The Sargação is a great option for anyone looking to make a snack before or after the fun. The coffee shop opens in the evening and goes until dawn. There are several options on sandwiches and juices and is located in Carmo in Olinda. Há mais de 40 anos, o Bar e Restaurante Cantinho da Sé, mantém a tradição da comedoria regional. No cardápio caldinhos deliciosos, regados a uma cerveja geladíssima, além de uma vista do mais belo cenário da cida-

de alta. For over 40 years, the Corner Bar e Restaurante See, maintains the tradition of regional eater. The menu delicious broth, washed down with an ice-cold beer, and a view of the most beautiful scenery of the upper city. São inúmeras as opções. Nas sextas-feiras ainda pode-se caminhar pelas ladeiras de Olinda, ao som de uma típica seresta, que nos remete aos tempos de outrora. There are a wide range of options. On Fridays you can still walk the hills of Olinda, enjoying the sound of a typical songs, which takes us back in time. Um lugar agradável para o turista visitar e comprar lembranças é a Galeria São Salvador, que fica no Alto da Sé e tem os artesanatos mais engraçados e interessantes, além de poder conhecer as melhores cachaças brasileiras. A nice place for tourists to visit and buy souvenirs is the Gallery São Salvador, located in the Alto da Sé and has the funniest and interes-

Find here the best places in Olinda ting crafts, also you can learn the best Brazilian cachaça. Para o turista que quer hospedar-se em Olinda a preços mais econômicos, o lugar indicado é o Flat do empresário João Cavalcante que fica tanto próximo do sítio histórico, quanto da orla olindense. Os quartos são novos e confortáveis. For those tourists who wants to stay in Olinda with the most economical price, the right place is the Flat of the businessman John Cavalcante, that is so close to the historic site, on the shore of Olinda. The rooms are new and comfortable. Um bom almoço regional pode ser saboreado no Cangaço 34. A comida é maravilhosa e o espaço é amplo e agradável. Fica ao lado do Mercado da Ribeira. O restaurante está com uma programação carnavalesca interessante e atrativa, porque oferece camarotes para quem quiser curtir a folia olindense, em um dos mais badalados lugares do sítio histórico.

A good regional lunch can be enjoyed in Cangaço 34. The food is wonderful and the space is ample and pleasant. Situated next Mercado da Ribeira. The restaurant is planning a carnival interesting and attractive, because it offers cabins for those who want to enjoy the revelry of Olinda, in one of the hottest places in the historic site.


Tribuna Sabores Ibéricos

13 A Fábrica Bar comentou seu próprio link.

Chef Jaime Alves

Q

www.tribunabarerestaurante.blogspot.com

ueremos informar aos nossos clientes e amigos, que todas as sextas-feiras estaremos apresentando Morena Rosa, que após sua turnê por Moçambique, volta à Olinda e vem mostrar todo seu talento com voz e violão, cantando o melhor da MPB e músicas de sua autoria.

Morena Rosa cantando o melhor da MPB e músicas de sua autoria.

Aproveitamos a oportunidade para comunicar algumas novidades de nosso novo cardápio como a PAELLA DE CARNE, CALDO VERDE, BACALHAU COM NATAS, MEXILHÕES GRATINADOS, CREPES e muito mais. Nossa equipe de cozinha foi reforçada com uma cozinheira espanhola, vinda de Sevilha. Estaremos abertos de terça a domingo, a partir das 11 horas sem intervalo até 0:00horas. Um abraço e compareçam para tomarmos juntos a nossa tradicional sangria. O Tribuna Sabores Ibéricos fica localizado na Rua de São Bento, 210, Varadouro - Olinda (próx. ao prédio da prefeitura). Maiores informações pelo telefone (81) 3439.1577

“A Fábrica Bar, localizado no melhor ponto da Praça do Fortim, oferece conforto e segurança aos foliões que vão assistir aos shows do palco montado pela Prefeitura de Olinda.

O Pólo Fortim trará diversas atrações, sempre a partir das 17h., mesmo horário em que inicia o atendimento do bar. Após os shows na Praça, a Fábrica terá apresentações exclusivas, com variações que vão do samba ao pop rock, discotecagem em vinil e etc.” A Fábrica Bar fica localizado na Praça do Fortim, 09 / Carmo, Olinda-PE Maiores informações pelo telefone: (81) 3439.6755


INTERVENÇÃO EM HOMENAGEM AO MARACATU

NOITE PARA OS TAMBORES SILENCIOSOS O som dos tambores de matrizes africanas e suas diversas nações, conhecidas em território brasileiro como irmandades, nas segundas-feiras que antecedem anualmente o carnaval (que esse ano acontece no dia 13 de fevereiro), pedem licença aos ancestrais e seus tambores, que já silenciaram, para que sejam tocados os batuques que sempreacompanharam a história dos negros da África que vieram trabalhar no Brasil, celebrando assim, a Noite Para os Tambores Silenciosos. Em Olinda, no ano de 1621, foi construída a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. Cem anos após erguer o templo, foi fundada a Irmandade de mesmo nome (também conhecida como Confraria), local para onde os escravos ou livres, iam receber certos benefícios espirituais dados pelos padres, além de poderem circular in-

ternamente segredos e histórias, transmitindo valores religiosos, trazendo o conforto de suas tradições originais. Além disso, outros benefícios materiais também eram garantidos pela Irmandade, como o atendimento à velhice, enterro cristão e possibilidade de compra de cartas de alforria. A Noite Para os Tambores Silenciosos, também celebrada no Recife, reuniu os maracatus de fundamento em 2005 na cidade de Olinda, no solo sagrado do Largo da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, situado no bairro do Bonsucesso, para sua primeira noite, marcando daquele momento em diante, uma fase de constante luta de inserção de uma festa brasileira e patrimônio imaterial, mesclando duas culturas religiosas numa noite de celebração.

Ensaios e Programação dos Maracatus para o Carnaval 2012 1. Maracatu Nação Pernambuco

(04 e 11 de Fevereiro) Onde: Ensaio no Mercado Eufrásio Barbosa Horário: 15:00 Saída: 17:00 pelas ladeiras de Olinda com a escola Pernambucongo, congobloco e Embaixada Pernambucongo. (19 de Fevereiro) Onde: Mercado Ensaio no Mercado Eufrásio Barbosa Horário: 09:00 Saída: 10:00 (20 de Fevereiro) Onde: Alto da Sé Horário: 10:00 com a Embaixada Real do Maracatu Nação Pernambuco na Embaixada dos Bonecos Gigantes. Onde: Mercado Eufrásio Barbosa Horário: 14 horas Saída: 16:00 Saida Oficial do Cortejo Real do Maracatu Nação Pernambuco Onde: Praça do Asenal da Marinha, Recife. Horário: 20:00 Apresentação do Congobloco (21 de Fevereiro) Onde: Praça do Arsenal da Marinha, Recife, Horário: 16:30

2. Maracatu Nação Badia

Ensaios todos os sábados até o carnaval na Praça do Carmo, em Olinda, às 16 horas. Aos domingos o ensaio acontece em frente a FOCCA no mesmo horário com desfile pelas ladeiras.

3. Maracatu Nação de Luanda

4 de Fevereiro – Praça do Arsenal da Marinha, no Recife, às 19 horas. 19 de Fevereiro – Apresentação na Avenida do Forte (próx. a CHESF), no bairro do Bongi, Recife. 20 de Fevereiro – Noite para os Tambores Silenciosos do Recife. Pátio do Terço, às 20 horas.

4. Maracatu Nação Maracambuco

Ensaio todas as quintas-feiras durante o ano inteiro na Avenida Presidente Kennedy, 1228, Peixinhos, às 16 horas.

5. Maracatu Nação Camaleão

Ensaio todas as quintas-feiras, às 19 horas, no Mer-

cado Eufrásio Barbosa. Ensaio todos os Sábados, às 19 horas, na rua da Boa Hora, Varadouro, 165. Ensaio aos domingos, às 17 horas, na rua da Boa Hora, Varadouro, 165.

6. Maracatu Nação Estrela de Olinda

Ensaio todas as quintas e sextas e sábados, às 19 horas, na rua Honorato do Espírito Santo, Guadalupe, 30.

7. Maracatu Nação Axé da Lua

Até o fechamento da edição não conseguimos contato com a organização do Maracatu Nação Axé da Lua

8 Maracatu Nação Leão Coroado

Ensaio todos os domingos, às 16 horas, até o carnaval. Rua Nelson de Melo Paes Barreto, 233, Águas Compridas.

No muro da casa situada em frente à Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, o coletivo “3DETINTA”, em parceria com o ICEI (Instituto Cooperação Econômica Internacional, o professor Luis Ivo Botelho Silva, realizará uma intervenção artística, aprovada pelo IPHAN, no estilo grafite/stencil em homenagem aos Maracatus que compõem a AMO (Associação dos Maracatus de Olinda) e a Confraria de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, celebrando a sua história e importância na identidade cultural e social da comunidade do Rosário de hoje. A ação faz parte da iniciativa “Olinda, Patrimônio Cotidiano”, que está sendo realizada pelo ICEI, no âmbito do projeto Turismo da Gente que celebra 30 anos de cidade Patrimônio Histórico da Humanidade, concedido pela UNESCO, através da valorização da cultura popular, preservando sua identidade histórica e social através de novas formas de arte. Amaro Branco – No final de 2011, durante a III Mostra Municipal de Turismo Sustentável, o “Coco da Turma do Pneu”, no bairro do Amaro Branco, recebeu pela primeira vez esse tipo de intervenção, onde foram pintados no formato stencil o rosto dos coquistas do bairro, no beco, onde a festa é realizada no último sábado de cada mês.


O Mirante de Olinda

Empresarial

Olinda, fevereiro de 2012

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O Mirante de Olinda

Anuncie aqui

Fone: (81) 3083.2588 / 8787.0020 / 9116.6144

Expediente

Edição / Diagramação: Emanuel Sacramento Editoria / Redação: Daniela Câmara Desenvolvimento / Arte: Saulo de Tarso

Colaboradores

Fotografia: Saulo de Tarso Historiador: Marcelo Lins Cronistas: Gilberto Marques, Célia Labanca, Sivaldo Venerando Cordelista: Misael Godoy, Jessier Quirino, Alberto Oliveira Tradutor: Gabriel Sacramento Revisão: Rubens Sacramento

Agenciadores

Cassius Sacramento 9116.6144 / 9654.9845 Lane Moraes 9297.9419 / 9630.4512

Pontos de distribuição (Olinda): EMPETUR / Secretarias de Turismo e Cultura da Prefeitura de Olinda / Pontos de Informação Turística da Praça do Carmo e dos Quatro Cantos / Lojas Moto Mais Honda de Olinda e Abreu e Lima

Bibliotecas:

Biblioteca Pública de Olinda / Biblioteca da Facotur

Museus:

MAC / Museu do Mamulengo - Espaço Tiridá

Bares, restaurantes e pousadas:

Marisqueira, Blues Bar, Tribuna Bar e Restaurante, A Fábrica Bar, Restaurante Flor do Coco, Dogão, Estação Maxambomba, Sargação, Olinda Art e Grill, Gomes Cachaçaria e Artesanato, Pousada do Amparo, Pousada D’Olinda, Hotel Costeiro dentre outros.

Bancas de Revista:

Banca Visão Comercial / Av. Gov. Carlos de Lima Cavalcante, 236 (Bairro

Novo / Olinda) - Banca Ler e Lazer / Av. Gov. Carlos de Lima Cavalcante, 667 “A” (Bairro Novo / Olinda) - Banca Olinda Revistas / Av. Gov. Carlos de Lima Cavalcante, 667 (Bairro Novo / Olinda) - Banca Circular / Av. Getúlio Vargas, 166 (ao lado da Sorveteria Bacana / Olinda) - Banca Varadouro / Largo do Varadouro, 35 (Varadouro / Olinda) - dentre outras.

Pontos de distribuição (Recife):

AABB / Aeroporto Gilberto Freyre / Casa da Cultura Recife Antigo / Livraria Jaqueira / Passadisco


Exposição

O Mirante de Olinda

da Lua Bajado é homenageado em Coco apresenta: exposição no no MAC

O grupo Sagaranna tem sua história na confluência da diversidade sonora e musical do Recife e de Olinda. Liderado por Thiago Martins (poeta cordelista, rabequeiro, cantor e compositor), o estilo musical da Sagaranna é autoral, singular e caracteristicamente pernambucano. Além da rabeca, as melodias são conduzidas por Uana Mahin, Juliana Valença, Rodrigo Felix e Frank Sósthenes. O grupo apresenta um espetáculo músical, incrementado pelas linguagens da dança, da poesia e do teatro. A iniciativa dos produtores Diego Ferreira, Chico Simões, Katarina Barbosa, Olivia Ugarte, Fernanda Limão, e Eliberto borba, tem sido um sucesso e a cada vez mais atrai o público de Olinda e cidades vizinhas.

Bajado

Rua Joaquim Cavalcante 204, ao lado da Igreja da Boa Hora

Breve em Olinda

ClassificArte

Os quadros: “O Pescador” e “Homem da Meia Noite”, são algumas das obras que fazem parte da mostra.

Os artigos assinados ou declarações aqui veiculadas, não refletem necessariamente a opinião do informativo.

Fones: (81)

3083.2588 9810.2822 8787.0020

Com a finalidade de estimular e publicizar as atividades dos artistas de Olinda, além de facilitar o acesso aos artistas que não podem anunciar seus produtos culturais, o Mirante destaca em caderno de classificados voltado para a área, pequenos espaços para a propaganda de ateliers, serviços e venda de CNPJ 13.992.630/0001-31

é um dos maiores ícones da arte olindense. Nascido em Maraial, o artista ainda criança mudou-se para Catende, onde começou a pintar cartazes cinematográficos. Na década de 30 chega à Olinda e continua seu trabalho com as pinturas dos cartazes, passando em seguida a pintar telas, assinando-as como “Bajado, um artista de Olinda”, onde fixou residência até sua morte. A marca registrada do artista, foram os quadros em que retrata as imagens de diversas manifestações populares a exemplo da ciranda, o frevo, dentre outros ritmos do carnaval pernambucano. A exposição intitulada “Viva o Meu Carnaval”, homenagem aos cem anos do artista, está no MAC (Museu de Arte Contemporânea), de 02 de fevereiro até 04 de Março. As telas pertecem a coleção particular do Senhor Eliezer Barros, amigo do pintor.

Agenda

Olinda, fevereiro de 2012

ALCEU VALENÇA

Escola de Samba

ÍCONE DOCARNAVAL 2012

Agenda de shows do cantor Alceu Valença no carnaval 2012 Alceu Valença é o homenageado musical da prefeitura do Recife no Carnaval 2012. Como foi perfil do Mirante esse mês, resolvemos repassar a agenda do cantor que se apresenta no Baile Municipal (sexta, dia 11), no Galo da Madrugada (sábado, 18), nos pólos de Ibura (domingo, 19) e Chão de Estrelas (segunda, 20), antes do encerramento dos festejos no Marco Zero (terça, 21). Na sexta, dia 17, Alceu Valença será interpretado no Marco Zero por artistas como Ney Matogrosso, Lenine, Otto, Seu Jorge, Lirinha, Karina Buhr e Criolo. Além dos shows no Recife, Alceu se apresenta no Fortim de Olinda (quinta, 16) e em mais quatro cidades do Estado, a serem definidas nas próximas semanas. obras de arte e artesanato. O jornal que está em circulação desde o ano passado, tem feito sucesso na cidade de Olinda. Além do caderno classificarte, o jornal também lança mês que vem, o caderno de classificados para pequenos e médios comerciantes, que querem um custo menor para fazer sua propaganda. Outra novidade do impresso é a venda de assinaturas através do site: www.

4 CANTOS Um empreendimento da

COMUNICAÇÃO & ARTE

Preto Velho Fundada em 24/12/1974, a Escola de Samba Preto Velho é presidida por Clóvis Barbosa e tem como produtor artístico Artur Jansen. A escola é formada por artesãos, funcionários públicos, advogados, dentre outros. Em sua sede no Alto da Sé, nasceram outras agremiações famosas no Carnaval de Olinda, tais como as troças Assanhadas da Sé, A Jaula e o Maracatu Movido a Álcool.

Alguns fundadores não devem deixar de ser citados: Jorge Lobo, Antônio Gonçalves, Edson Lobo, Alcides Lobo, Hélio Lobo, Rui Severino, José Silveira, Mário Moreno, Elizabete Lobo, Célia Lobo entre outros. Para quem quiser ocntratar o show da escola é só ligar para os telefones abaixo: (81) 86907662 / 88986878 / 97142358.

omirantedeolinda.com.br é só acessar a página e fazer a compra de assinatura on-line no link Bazar O Mirante. Apesar dos leitores terem acesso virtual ao tabloide cultural, muitos têm interesse em receber seu exemplar em casa. Mais informações pelos telefones: 8787.0020 / 9979.4724

Reservamo-nos o direito de não aceitar publicações que, ao nosso critério, julguemos inadequadas ou inconvenientes.


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