Revista Obras & Dicas - Edição 43

Page 1

Distribuição Gratuita

Outubro - Novembro de 2014 - Ano VII - nº 43 www.obrasedicas.com.br

cIDADES DO FUTURO 1


2


3


4


5


EXPEDIENTE

EDITORIAL

Diretor-Geral Donizeti Batista

“O futuro não é um lugar para onde estamos indo, mas um lugar que estamos criando. O caminho para ele não é encontrado, mas construído e o ato de fazê-lo muda tanto o realizador quanto o destino.” Antoine de Saint-Exupéry

Diretora Editorial Arquiteta Denise Farina

A

penúltima edição do ano da nossa revista traz temas diferentes. Desde construções com alvenaria estrutural (em ESTRUTURA), a matérias sobre como o rio-pretense prefere imóveis cada vez menores (em ESPECIAL) e a Bienal de Arquitetura de Veneza. Traz também matérias sobre design sustentável, conservação de Patrimônio Histórico e escassez de água. Mas, esta edição tem como destaque as cidades e seu futuro. Há que se parar para pensar: o que estamos criando? Qual será o destino de cidades que se preocupam tanto com a especulação imobiliária, que se esquece de plantar árvores e mais árvores e que derruba

Jornalista responsável Cris Oliveira - Mtb 35.158 Projeto Gráfico / Editoração Marcelo Arede Dep. Financeiro Bruna Lubre Sugestões contato@obrasedicas.com.br Vendas: Had Captações e Propaganda Ltda-ME 17 3033-3030 - 3353-2556 revistaobrasedicas@hotmail.com contato@obrasedicas.com.br www.obrasedicas.com.br

Outubro - Novembro / 2014 Nº 43 - Ano VII Foto: Denise Farina

Distribuição Gratuita. Dirigida aos setores relacionados à Construção Civil - São José do Rio Preto e Região. 6

Foto: Arquivo pessoal

revista obras e dicas

Denise Farina Diretora Editorial

denisefarina@denisefarina.com.br

as que possuem décadas de existência? Qual será o destino de cidades cujos moradores lavam sem piedade, calçadas e carros, desperdiçando uma água que nos é cada vez mais cara, e não só no sentido literal da palavra? Ou das cidades que privilegiam carros a pedestres? Já passa da hora de nos preocuparmos somente com nosso atual umbigo. É da nossa responsabilidade o futuro que deixaremos aos nossos semelhantes, sejam filhos, netos ou desconhecidos. Porque somos, absolutamente, todos iguais e donos do nosso destino. Boa leitura; boa reflexão!


7


ÍNDICE ESTRUTURA Alvenaria Estrutural

10

SUSTENTABILIDADE Lâmpadas Led

14

PAPO DE OBRAS Reservatório

16

PAINEL DE NEGÓCIOS

Silva & Silva materiais para construção

18

CAPA - CIDADES DO FUTURO Cidades precisam de mudanças sociais para se desenvolver com qualidade

22

VIAGEM ESPECIAL

Bienal de Arquitetura 2014

30

PROJETO

Arquiteta Joia Bergamo - Casa no Guarujá

38

PATRIMONIO HISTÓRICO Restauração em Mirassol

44

CASA COR Mato Grosso

46

SOCIAL

Por Ilda Vilela

8

56


9


ESTRUTURA

Foto: Divulgação

alvenaria estrutural

O

s projetos de alvenaria estrutural estão ganhando cada vez mais espaço. Uma das suas principais característica é usar as próprias paredes como elemento de sustentação dos edifícios, por isso é necessário redobrar os cuidados para garantir a precisão no prumo e no alinhamento das paredes. “A alvenaria estrutural pode ser utilizada em qualquer tipo de empreendimento, pois permite a integração entre projeto e execução, levando a uma economia que pode chegar a uma redução de até 20% do custo total da obra, em comparação aos sistemas convencionais. Em imóveis residenciais, a alvenaria

10

estrutural pode ser usada tanto para fazer casas isoladas, conjuntos habitacionais de sobrados e prédios de três a 20 pavimentos. No tocante aos imóveis comerciais, é usada em prédios de escritórios, consultórios, escolas, hospitais e salões comerciais de vários tamanhos”, explica Roberto Cardoso de Andrade, diretor da RCA pré-moldados. Os blocos de alvenaria estrutural podem ser em concreto ou cerâmica, e sempre vazados na vertical. Na execução das paredes utiliza-se o meio-bloco para fazer as amarrações. As paredes são paginadas e no momento da execução devem seguir rigorosamente

o projeto, especialmente nos encontros de paredes e cantos. “Disponibilizamos toda a linha de bloco estrutural com resistência de 4,5 mpa (unidade de pressão) até 12 mpa e a linha de bloco vedação 2,5 mpa”, pontua Roberto. Para ele, a durabilidade e manutenção da edificação de alvenaria estrutural pode ser até superior a da alvenaria comum. “Isso porque na alvenaria estrutural é usado material com qualidade e controle tecnológico, obedecendo as normas de resistência da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)”, conclui.


11


ESTRUTURA

Vantagens - Diminuição no tempo da construção; - Economia no custo da obra; - Menor gasto com revestimento; - Flexibilidade e versatilidade da construção; - Resultados esteticamente modernos; - Fácil coordenação e controle; - Menor diversidade de materiais e mão de obra; - Técnica executiva simplificada; - Integração com os sistemas de instalações elétricas e hidrossanitárias; - Redução nas formas, consumo de aço e concreto.

Desvantagens - Restrições de possibilidades de mudanças não planejadas; - Dificuldade de improvisações; - Limitação de grandes vãos e balanços; - Condiciona a arquitetura (devido à paginação de acordo com o tamanho dos blocos); - Inibe a mudança do uso dos edifícios (exemplo: de uso residencial para uso comercial). 12

Foto: Divulgação


13


SUSTENTABILIDADE

Lâmpadas de LED

Fotos: Divulgação

um investimento que vale a pena

Q

uem mora na região de São José do Rio Preto sentiu, no bolso, o reajuste na conta de energia elétrica no mês de abril, quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o aumento médio de 17,23 % nas tarifas de energia da CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz). Uma dica para quem deseja amenizar os custos é, além apagar as luzes sempre que necessário, e manter os aparelhos desligados quando possível, investir em tecnologias que consumam menos energia, como as lâmpadas LED. “A lâmpada incandescente usa 95% da energia consumida para emitir calor, somente 5% para iluminar. Já o LED tem uma proporção muito mais eficiente no consumo de energia e no que é aproveitado, sendo até 90% mais econômico, conforme o modelo”, afirma Leandro de Barros, consultor em iluminação da Lâmpadas Golden. O retorno de investimento para o modelo A60 de 10W é de até 5 meses, comparado com uma lâmpada incandescente de 60W. Cada ponto de luz com uma incandescente de 60W consome R$ 8,64 por mês, enquanto o modelo LED de 10W consome R$ 1,44 no mesmo período, uma economia no consumo de energia de 83% por mês por ponto (considerando o uso de 12hs/dia com kw/h de R$0,40). Também é interessante levar em consideração a relação do LED com outras lâmpadas: a fluorescente tubular de 40 W pode ser substituída por luminária LED de 12 W com economia de 28 W/hora; e a dicroica 50 W pode ser substituída pela luminária LED de 3 W com economia de 47 W/hora. O que pode parecer um fator negativo é o LED ter um custo mais alto, quando comparado a outros modelos, porém, o investimento se paga, pois além de consumirem menos, duram muito mais. Além disso, traz vantagens por não emitirem raios infravermelhos e ultravioletas; e não há necessidade de um descarte especial. Serviço: Lampadas Golden

14


15


PAPO DE OBRA

Fotos: Divulgação

Escassez de água faz consumidor optar por reservatórios maiores

O

período de seca, aliado ao mal uso de um dos recursos naturais mais importantes para nossa sobrevivência, tem preocupado a população de várias partes do país. Não é nada agradável abrir a torneira e constatar que ela está seca. Em algumas cidades, para evitar que a água falte, optou-se pelo racionamento e rodízio, e com isso o abastecimento acontece em dias e horários determinados. Diante da situação, muitas pessoas têm optado por reservatórios de maior capacidade, para garantir a presença de água mesmo em momentos em que ela não estiver liberada. De acordo com o coordenador de produtos da linha de reservatórios da Fortlev, Helberth Coutinho, a procura tem sido crescente ao longo dos últimos anos. Devido à diminuição nos reservatórios de água das grandes

Água da chuva

cidades, os consumidores têm procurado aumentar a capacidade de armazenamento em suas residências, como forma de garantir a reserva adequada ao consumo e evitar contratempos. Na hora de comprar a caixa d’água, muitos têm dúvidas sobre como escolher a que melhor atenda suas necessidades. Basicamente, a definição da capacidade (volume) ideal de caixa d’água diz respeito à quantidade de água consumida na edificação, que dependerá da natureza do local (tipo de construção), de sua taxa de ocupação e da quantidade de dias de reserva, que corresponde ao período em que a água armazenada no reservatório atenderá a residência em caso de falhas de abastecimento. Baseado na referência média do consumo residencial de água no Brasil, por pessoa, que

é de 150 litros por dia, para calcular qual a caixa d’água ideal basta multiplicar esse valor (150 litros/dia) pelo número de pessoas na residência e, em seguida, multiplicar pelo número de dias de reserva de água (dois dias, por exemplo). O resultado final determinará o volume ideal do reservatório. Assim, como exemplo, o cálculo para definir a caixa d’água ideal de uma residência em que habitam cinco pessoas, já considerando eventual falta de abastecimento, será: 150 litros/dia; vezes cinco pessoas; vezes dois dias de reserva, que é igual a 1.500. Ou seja, o reservatório ideal para essa residência será de 1.500 litros. Em regiões onde a falta de água é comum, é interessante prever, ao invés de dois dias, até quatro ou cinco dias de reserva. Serviço: Fortlev

Outra dica é a captação de água da chuva, que deve ser armazenada em cisternas. O aproveitamento, nesse caso, é indicado para a rega de jardins, limpeza de calçadas e lavagem de carros (gastos que representam cerca de 50% do consumo de água nas cidades), além de descarga em banheiros. A iniciativa é muito válida, já que com o reuso, evitamos o desperdício de água tratada.

16


17


PAINEL DE NEGÓCIOS

Fotos: Donizeti Batista

Construindo edificações e sonhos A

Silva&Silva Materiais para Construção abriu suas portas em São José do Rio Preto, em 1987. Para o sócio-proprietário da empresa, José Augusto Silva, o segredo do sucesso é “respeito e honestidade com os clientes, colaboradores e fornecedores. Isso fez com que a empresa atravessasse essas quase três décadas, no mercado da construção civil”. A empresa oferece materiais para construção, do básico ao fino acabamento. E hoje é tida como uma referência, não apenas na região norte da cidade, onde está sua sede, mas em toda Rio Preto, bem como em outras cidades da região noroeste paulista. “Existem vários fatores que diferenciam a

Equipe Silva & Silva 18

Silva&Silva de outras lojas do ramo: temos o espaço arquiteto, com profissionais para paginação em 3D, assessorando os clientes na escolha dos acabamentos e dando suporte no pós-venda; primamos pela entrega rápida com frota própria e sem custo; disponibilizamos de grande variedade de produtos em estoque; temos preços e condições de pagamentos especiais, oferecendo atendimento personalizado aos nossos clientes; e contamos com o sistema tintométrico Lukscolor, com mais de três mil opções de cores”, explica José Augusto. A busca constante em oferecer sempre o melhor para seus clientes fez com o que a empresa se transformasse numa referência, ganhando assim cada vez mais prestígio e cre-

dibilidade. Seus esforços também se direcionaram para preparação dos seus colaboradores, oferecendo constantes treinamentos, muitos deles ministrados por técnicos das empresas parceiras e fornecedoras, transformando atendentes em consultores de venda, capazes de orientar os clientes diante de dúvidas quanto aos materiais oferecidos. O reconhecimento pelo empreendedorismo veio também por parte da ACIRP (Associação Comercial e Industrial de Rio Preto), em 2009, quando a Silva&Silva, foi agraciada como destaque. E assim a empresa segue, focada em fazer com que seus clientes construam não apenas edificações, mas também sonhos.


19


ESPECIAL

Rio-pretense prefere imóveis econômicos O

Secovi-SP divulgou recentemente um estudo sobre o mercado imobiliário na cidade de São José do Rio Preto. O levantamento mostra que, em 12 meses foram lançadas 2.972 unidades; e de maio de 2011 a maio de 2014, foram 6.590 unidades. No mesmo período, 4.724 foram vendidas. Das unidades lançadas 45,5%, o equivalente a 2.990 imóveis corresponde ao segmento de dois dormitórios econômicos (os que se encaixam no programa Minha Casa, Minha Vida) com valor de até R$ 145 mil. Já o segmento de dois dormitórios tradicionais representa 26,3% do total, com 1.734 unidades lançadas. A preferência por esse tipo de imóvel é apontada, pelo Secovi-SP, como uma característica comum às cidades do interior do Estado, estando ligada à composição econômica dos municípios. As unidades de três dormitórios participaram da pesquisa com 16,2% dos lançamentos, 1.068 imóveis, e foram lançadas 512 unidades de um dormitório tradicional, e 286 de um dormitório econômico. Outra característica apontada pela pesquisa é que, em Rio Preto, é mais fácil comercializar apartamentos pequenos e com valor mais baixo, tanto que, mais de 40% do que foi vendido no período, custa até R$ 145 mil. A cidade também possui um dos menores preços por metro quadrado entre as regiões pesquisadas, tendo como valor médio R$ 3.859; seguido por Sorocaba com R$ 4.144. O metro quadrado mais caro é em Campinas, R$ 7.178. No tocando aos projetos horizontais, entre maio de 2011 e maio de 2014, o estudo aponta que foram lançadas 501 unidades de dois dormitórios econômicos, sendo que 499 foram vendidas. O preço médio do metro quadrado, nesse segmento, é um pouco mais baixo, R$ 2.651. E o preço médio do imóvel segue o perfil dos apartamentos, R$145 mil.

20


21


CAPA

AS Cidades do futuro Cidades precisam de mudanรงas sociais para se desenvolver com qualidade

22


Ilustração: Future City por Kevin Richter

23


CAPA

E

m recente palestra feita em São José do Rio Preto, que teve como tema “Cidades do Futuro” o presidente do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), Claudio Bernardes, destacou que os grandes desafios urbanos envolvem questões climáticas, globalização da economia, desenvolvimento tecnológico, envelhecimento populacional, insegurança no abastecimento de energia, água e alimentos. “Não é possível pensar a cidade somente como ocupação geográfica. Ela requer elaborado sistema de fluxo de informações e infraestrutura (água, esgoto). E a sustentabilidade será a base para esse modelo de desenvolvimento”, declarou. Redução de gastos com energia e água; uso de medidores reversíveis na produção de energia; e priorização dos deslocamentos menos poluentes, por bicicleta e caminhada, serão fundamentais para o desenvolvimento urbano com qualidade. “Em 2050, a população mundial será de, aproximadamente, 10 bilhões de pessoas, das quais 7,5 bilhões nas cidades. No Brasil, 85% da população já está concentrada nas cidades, que representam 0,5% da área de todo o País”. Para Bernardes, as mudanças sociais serão tão ou mais importantes que as inovações tecnológicas. “Temos de pensar em modelos alternativos de transporte. Automóveis serão caros e ineficientes. Carros elétricos serão boas alternativas e o transporte entre as cidades será em cápsulas pressurizadas, a 900 km por hora.” Os espaços urbanos terão de ser reestruturados, para que o novo conviva com o velho. Viadutos serão transformados em parques suspensos e lineares. Plantas que brilham no escuro, resultado de alteração em seus DNAs, iluminarão as cidades. Sistema de baixo custo de operação com uso da geotermia ajudará a conter o desperdício da água. Os pavimentos serão feitos a base de borracha de pneu e haverá transporte com emissão zero de carbono. “No futuro, os edifícios serão dinâmicos, com andares independentes, que poderão até mesmo girar para privilegiar a iluminação solar. Teremos mais arte e menos pichação. Haverá fazendas urbanas para a produção de alimentos em alta escala. Por fim, teremos líderes políticos que investirão em saúde, educação, e não haverá corrupção. Não custa nada sonhar”, concluiu Bernardes.

Transporte entre cidades

Ciclovias

Foto divulgação: Ebrard Delgado.

24


Fotos: Divulgação

Fazendas urbanas

Edificações sustentáveis

Foto: Divulgação/Prefeitura de Fukuoka

25


CAPA

o rio e a revitalização R

O RIO Cheonggyecheon se tornou um exemplo PARA O MUNDO TODO

evitalizar é possível, basta um pouco de boa vontade do poder público, em parceria ou não com a iniciativa privada. Através desse tipo de projeto realidades são mudadas, para melhor, e todos saem ganhando. Um ótimo exemplo vem da cidade de Seul, na Coreia do Sul, um lugar que ficou mundialmente conhecida ao sediar os jogos olímpicos em 1988. É lá que está o rio Cheonggyecheon, um verdadeiro complexo verde, que atravessa a cidade, enchendo de vida um agitado centro urbano, onde vivem cerca de 10 milhões de pessoas. Mas nem sempre foi assim. Até 2003 o lugar abrigava um viaduto, por onde passavam cerca de 160 mil carros por dia. O então prefeito, e hoje presidente da Coréia do Sul, Lee Myung Bak, abraçou

26

a causa e mobilizou forças para despoluir o canal, demolir o viaduto e criar os atuais parques lineares. O urbanista Kee Yeon Hwang foi o responsável por desenvolver o projeto, e fez questão de consultar à população, além de fazer uma série de estudos para encontrar alternativas que viabilizassem o tráfego nas proximidades. Foram dois anos até o projeto de restauração do Cheonggyecheon ficar pronto e um investimento de 380 milhões de dólares. O concreto do viaduto derrubado, aproximadamente 620 mil toneladas, foi reciclado para outras obras, e hoje o que se vê são cerca de 400 hectares de área pública totalmente arborizada, distribuídas por oito quilômetros, que muitos usam para os momentos de lazer. Quem passa pelo local tem contato direto

com água cristalina, muito verde, e parques, que tornaram o local um verdadeiro cartão postal, que serve de bom exemplo para o mundo todo. Outro impacto causado pelo projeto, que merece destaque, é no tocante a temperatura. No local, ela chega a ser até 3,6 graus abaixo do restante da cidade. E o acesso das pessoas e veículos foi facilitado com pontes e um sistema de transporte coletivo ampliado e interligado, o que também colaborou para a diminuição de veículos circulando pelo local. Hoje o que se vê é um espaço urbano humanizado, que por si só já ajudaria muito a melhorar a qualidade de vida das pessoas, mas como pontua acima, os benefícios foram muito maiores, e poderia ser seguido em várias outras metrópoles.


Fotos: Divulgação - By Exploringkorea

ANTES DA REVITALIZAÇÃO

DEPOIS DA REVITALIZAÇÃO

27


CAPA

Fotos: Divulgação

AS CIDADES DO FUTURO Por Delcimar Teodózio e Luciano Alvarenga Arquiteta e urbanista, doutora em Arquitetura e Urbanismo pela USP. Sociólogo, mestre em Economia pela UNESP.

P

rédios inteligentes, apartamentos mutantes, bairros de usos mistos para reduzir deslocamentos, carros elétricos dobráveis que ocupam menos espaço do que um carro convencional, conexões à internet através de relógios, smartphones, bicicletas e carros para saber em tempo real o congestionamento das ruas, a poluição, a umidade relativa do ar e a temperatura, aplicativos para celulares que informam se o semáforo vai abrir ou fechar, indicam vagas de estacionamento ou o melhor preço de combustível. Esses são projetos inovadores de institutos de tecnologia do primeiro mundo para tornar, no futuro, as cidades mais inteligentes, chamadas de smart cities. Mas as cidades são do futuro? Não, as cidades são do presente. Pensar a cidade do futuro é discutir e solucionar hoje problemas ambientais e de sustentabilidade que transcendem sua geografia, mas que tem nela, a cidade, as mais graves consequências. A cidade é o lócus de uma na-

28

tureza com prazo de validade vencido, que se transformou em um negócio lucrativo, através da exploração, manipulação e comércio de seus bens, dentre eles, a água e solo. A sede dá lucro. Estima-se que 70% de todos os recursos hídricos urbano do mundo estão em propriedade de 5 ou 6 empresas. A falta dramática de água em São Paulo, sabida desde 2012 e onde nada foi feito, é uma entre tantas questões que evidenciam a importância de se tratar a cidade e suas realidades como algo do agora. Os rebatimentos negativos da exploração e ingerência da água afetarão as cidades de forma nefasta. O automóvel também dá lucro, pois com ele caminham indústrias que estimulam o asfalto e o transporte individual. As cidades que tem modelo rodoviarista, tendem a encarecer o solo urbano e a reduzir a mobilidade de seus habitantes. Exemplo disso, recentemente, com as linhas exclusivas criadas para transporte coletivo, o trânsito de São Paulo melhorou sensivelmente, conseguindo alcançar a velo-

cidade de uma galinha (a ave tem velocidade máxima de 15 km/h). O solo urbano dá lucro. A cidade como negócio promove condomínios de todos os tamanhos e padrões. A contrapartida disso é a morte do espaço público, cada vez mais associado ao crime, a feiura, ao degradado, ao lugar que é usado por quem não tem como usar outro ou que está impossibilitado disso. Com o mapa urbano desenhado de acordo com a renda da população, observa-se o empobrecimento da criatividade da vida urbana decorrentes de serviços sociais comunitários privatizados, quase sempre ligados ao consumo. No entanto, a vida não é um negócio. A função social da cidade, onde a vida acontece e se desdobra, também não pode sê-lo. A cidade precisa ser pensada e gerida, a partir de agora, considerando outros paradigmas; a partir da ideia de que não a é riqueza que precisa ser distribuída, a riqueza precisa parar de ser produzida.


29


VIAGEM ESPECIAL

Foto: Denise Farina

BIENAL DE ARQUITETURA 2014 A arquiteta Denise Farina esteve em Veneza, sede da Bienal Internacional de Arquitetura 2014

30


31


VIAGEM ESPECIAL

T

enho medo de, um dia, voltar a Veneza. Com seus palácios bizantinos flutuantes e um pôr-do-sol inigualável, a cidade dá ao sensível visitante a ideia de que está morto e em outro mundo. Mas, um mundo lindo, simplesmente inacreditável. Pelas ruelas e pontes, no meio de lojinhas charmosas e italianos sempre galanteadores, surge, de repente, uma praça, um pátio ou uma gôndola que, embora de apelo brega, enche de romantismo os ares desta que foi a Nova Iorque do século XII. Pois é no meio de “barbacanes” de madeira e paredes descascadas pelo tempo que se instala a Mostra Internazionale di Architettura – Bienalle di Venezia (de 06/06 a 23/11). Uma grata surpresa, moderna e contemporânea, a se chocar delicadamente às milenares edificações da cidade italiana. A curadoria é do arquiteto holandês Rem Koolhaas, laureado com o Prêmio Pritzker, o mais importante da categoria, em 2000. Seu tema -“ FUNDAMENTALS”- orientou os pavilhões nacionais participantes (66 países) para uma reflexão sobre como a cultura de cada país absorveu a modernidade, combinando referências universais e tradicionais. Em resumo, e para mim, o que cada país tinha a apresentar do melhor de sua arquitetura nos últimos 100 anos. Claro que foi impossível visitar toda a Mostra, que se estendia, paralelamente, por vários edifícios da cidade (como o Palácio Mora, ele só um encantamento...) e tinha seus principais pavilhões espalhados por dois espaços próximos, Giardini e Arsenale. Mas foi possível para o meu olhar de arquiteta se encantar com obras como as “bolinhas”, na verdade Form-ContraForm, de Bekkering Adams Architecten, uma reflexão sobre a percepção humana e conceitual do espaço e, não importa se você entendeu isso ou não, ...era surpreendente! E, por acaso, arte e arquitetura não devem surpreender sempre? E assim foi toda a Mostra. Desde Elements of Architeture, que investigou diversos componentes estruturais e técnicos, como, por exemplo, pisos, paredes, portas, banheiros, etc, até desenhos e poemas (Daniel Libeskind) questionando o futuro da arquitetura. Uma das suas perguntas era “Como chegamos aqui, o que podemos fazer e para onde vamos?” Bem, como arquiteta, ainda me questiono; como visitante, digo que, se Veneza significa o fim, é para lá que eu vou. Assim seja.

32

Fotos: Denise Farina


33


VIAGEM ESPECIAL

34

Fotos: Denise Farina


35


VIAGEM ESPECIAL

MODERNIDADE COMO TRADIÇÃO Com curadoria geral de André Aranha Corrêa do Lago, diplomata e crítico de arquitetura, o Pavilhão do Brasil, teve como subtema proposto ABSORBING MODERNITY, um convite aos participantes a refletir e levantar questões sobre como o país se relaciona com o pensamento e prática da modernidade. Explorando a singularidade do Brasil como um país cuja identidade nacional foi construída sobre as bases da modernidade, o curador da exposição evidencia o moderno como fundamental para a história da arquitetura nacional. Com fotos de arquitetos modernistas – de Oscar Niemeyer a Ruy Othake, o pavilhão sensibilizou mais por ser feito e composto por arquitetos conterrâneos, do que pelo apelo visual. Embora extremamente ilustrativo e didático, o espaço não tinha muito para chamar a atenção de estrangeiros. Uma pena, pois mostrava desde as construções indígenas, passando pelo barroco, neoclássico, vernacular e eclético, explodindo no modernismo de 1946, até os dias atuais. Destaque para os vídeos em homenagem a João Filgueiras Lima, o Lelé, morto este ano, aos 82 anos. Emocionante pela grandiosa mostra do grande e querido arquiteto e emocionante , sobretudo, por estar dentro de um pedaço do Brasil, numa mostra em terra estrangeira.

36


37


PROJETO

38


Fotos – Martin Szmick

Casa em Guarujá

arquiteta joia bergamo 39


PROJETO

conforto e beleza na praia de Acapulco

C

om um living deliciosamente banhado por luz natural e totalmente integrado com a área externa, esta casa, localizada na Praia de Acapulco, Guarujá, litoral sul de São Paulo, contempla em perfeita harmonia o minimalismo elegante de formas limpas e cores claras, com os elementos estruturais que criam cantos acolhedores. Construída recentemente, a residência tem o projeto de design de interiores assinado por Joia Bergamo, que buscou em linhas retas e espaços fluidos sua concepção contemporânea da casa de praia. O living é totalmente aberto para a área da piscina. Nos dias chuvosos, a sala pode ser

Living

40

protegida por toldos verticais, do tipo rolo. O porcelanato claro é um elemento comum entre as duas áreas. Na social foi usado um modelo polido com emendas perceptíveis e no jardim, placas antiderrapantes. Para criar aconchego, parte dos muros foi revestida com tábuas de madeiras tratadas, cuidado que as preserva das intempéries. Funcional e aconchegante, a casa é para os momentos de lazer, e projetada para receber muitas visitas. Fica em um terreno de dois mil m², com 800m² de área útil. Foi equipada com móveis que replicam a linguagem limpa da arquitetura - as peças exibem uma delicada paleta de brancos com pinceladas de nuances neutras muito pontuais.


Fotos – Martin Szmick

Piscina e sauna

41


PROJETO

Área de convivência

Sala de jantar

42

Fotos – Martin Szmick


43


PATRIMÔNIO HISTÓRICO

HISTÓRIA PRESERVADA A

história de Mirassol confunde-se com a trajetória do Sr. João Pedro, que, nascido na Síria em 1867, fez da pequena cidade do interior paulista, a morada de sua família, no início do século XX Lavrador, negociante de café e cereais e dono de inúmeras propriedades, João Pedro foi um comerciante dos mais abastados e respeitados da região. Não havia, em Mirassol, ninguém que não tivesse estima por este velho bandeirante, lutador que fez do trabalho um sacerdócio, e da honestidade um prin-

44

cípio tão rígido e imperturbável como a sua coragem. Pois agora, em 2014, a antiga casa e comércio do antigo proprietário foi transformada em farmácia. Farmácia São Pedro. O arquiteto Carlos Eduardo Thomé adaptou o antigo sobrado, parcialmente modificado, mas ainda com suas belas formas ecléticas, às novas necessidades do atual do comércio. Lá estão o rendilhado do antigo gradil, os frontões e as platibandas originais do casarão.

Um novo uso para uma edificação que teve seus dias de glória e segue imponente sobre o centro de Mirassol. Felizmente, o imóvel não foi derrubado por proprietários e arquiteto sensíveis, que respeitam o passado e sabem que ele fica, justamente para contar a história formada por um povo que permitiu construí-la. Gente assim como o Sr. José Pedro, que tem seu brasão preservado no alto do edifício, como uma referência orgulhosa e marcante para as gerações futuras.


45


CASA COR

Fotos: Divulgação

2014

casa cor mato grosso

E

m sua terceira edição, a Casa Cor MS de 2014 teve início no dia 2 de agosto, com 32 ambientes no novo prédio do Hospital de Câncer de Campo Grande- Alfredo Abrão. A mostra, além de trazer as últimas tendências de decoração e arquitetura, transformou o olhar da sociedade para a instituição. Entre as contribuições da Casa Cor está a doação de ambientes que ficam integralmente para o hospital; Brinquedoteca e Estúdio da Criança. Além disso, as instalações elétricas, de gesso e piso também permanecem nos dois pavimentos onde a mostra funciona. Para a diretora de comunicação da Casa Cor MS, Dilma Bernardes, “Participar dessa edição histórica é um enriquecimento para a carreira e para a vida. Com certeza cada um deles sairão transformados após essa Casa Cor”, reforça. Chapada dos Guimarães O ambiente Varanda com Churrasqueira, de 38,20 m², foi totalmente inspirado no aconchego e tranquilidade da cidade mística de Chapada dos Guimarães. Numa miscelânea entre o rústico e o sofisticado, o espaço apresenta elementos que remetem à natureza, como horta vertical, cascata e rede suspensa para contemplação Para contribuir com a sensação de acolhimento, foi utilizado no teto um pergolado de madeira com tecido, além de peças de decoração, que humanizam o espaço. As arquitetas Karen Matsumoto e Raísa De Felice dedicam o ambiente ao convívio familiar e à contemplação da natureza, integrando em um único local a churrasqueira, o espaço gourmet e o lounge.

46

Varanda com Churrasqueira - Kareme Raissa


47


CASA COR

Fotos: Divulgação

Lounge Gourmet O espaço mostra um novo conceito de morar bem. No ambiente da designer Sônia Nasrala, sai de cena a cozinha para dar lugar ao Lounge Gourmet, uma integração entre sala de estar, sala de jantar e cozinha. Com essa proposta, Sônia assumiu o desafio de traduzir no espaço de 53m², na forma como queremos viver e receber nossos amigos.

Lounge Gourmet - Sonia Nasrala

Home Office O espaço de 25 m2, de autoria do arquiteto Ivã Guimarães, teve como inspiração as poesias e reflexões cantadas pela banda cuiabana Vanguart, mais especificamente, pelo vocalista Hélio Flanders. Destaque para as obras dos artistas plásticos Adir Sodré e Lara Matana Loft do universitário Um cenário para que um universitário encontre força para concluir suas aspirações e vocações. O designer Roberto Gomes buscou composições para que tudo acontecesse com muito conforto. Com 45m², o ambiente possui piso de porcelanato tipo régua imitando o Jacarandá da Bahia.

Home Office - Iva Guimaraes

Loft do Universario - Roberto Gomes

Home Theater Os arquitetos Álvaro Côrtes e Bárbara Côrtes, criaram em 2014 o ambiente Home Theater-High End. Com 70 m², para os profissionais, “é um espaço lúdico e experimental, comemorado pelas nuances dos 27 tons de azuis, que são inseridos nos pergolados orgânicos 3D que absorvem a dimensão do áudio”. Stúdio do Piloto Conceito inspirado na figura do publicitário, apresentador do Programa Auto + e piloto da Fórmula GT Brasil, Marcelo Sant’Anna, o ambiente de 40 m2 é repleto de referências do mundo automobilístico. O ambiente foi assinado pela arquiteta Roberta Bertazzo. Escritório Construído pelos arquitetos Marcel Saad, Brunna Guelis e Kaike Rachid, o espaço conta com 22m² e foi elaborado para profissionais liberais e empresários. Destaque para as imagens do fotógrafo Felipe Barros e Izan Petterle, da revista Nacional Geographic, que reside em Chapada dos Guimarães.

48


49


CASA COR

Fotos: Divulgação

Home Theater - Alvaro e Barbara

Estudio Piloto - Roberta Bertazzo

50

Escritorio - Marcel, Bruna e Kaike


51


DESIGN

SIMPLES E INOVADOR

S

e há alguma coisa que Ricardo Rodrigues tem de sobra é audácia. Audacioso nos projetos de arquitetura e mais audacioso ainda na criação de seus móveis e objetos de design, rapidamente o arquiteto ganhou o mercado internacional. Há 18 anos ele vende suas criações para mais de 50 lojistas no Brasil e Estados Unidos. Merecidamente reconhecido na área em

52

que atua (possui publicações nas revistas Casa Cláudia, Vogue, Lush, além da presença de suas peças no programa DECORA, do canal a cabo GNT) e atendendo às inúmeras solicitações de amigos e clientes, Ricardo resolveu abrir um SHOWROOM da fábrica no Shopping Iguatemi , de Rio Preto. Com um design contemporâneo, suas peças encantam tanto pelo colorido, como pela

simplicidade. Fabricadas em Bady Bassit (SP), toda a mão de obra e fornecedores são da cidade e entorno, numa atitude que valoriza e se preocupa com o futuro da região. Recheada de móveis e objetos de design, a loja encanta e surpreende pelo preço acessível, pois são peças exclusivas e delicadas. Almas sensíveis se apaixonarão.


53


*Os profissionais citados neste guia são indicados por Empresas, Arquitetos e Engenheiros e não pagam por esta divulgação.

GUIA DE PROFISSIONAIS 54 54

APLICADOR DE IMPERMEABILIZAÇÃO Marcos R. Decrescenzo...........98103-2765 ASSENTADORES DE PEDRAS DECORATIVAS Celso...................................... 99775-0945 Luiz (Bico)............................... 99613-8613 Vitor Malta.............................. 99617-8300 Sebastião Carlos..................... 99147-1685 ASSENTADORES DE PISOS E REVESTIMENTOS Acir......................................... 99158-6994 Berto...................................... 99175-8575 José M. Da Silva Filho.............. 99132-8968 José Roberto........................... 99615-4549 Luiz........................................ 99116-3111 Luis Antonio............................ 99614-6600 José Ferreira Jr......................... 3 2 1 9 - 1 9 2 2 Moisés.................................... 99614-5585 Osmar Donizeti...................... 99107-9204 Roberto.................................. 99201-2110 Sigmar.................................... 99156-4957 ASSENTADORES DE PORTAS José Maria............................... 99603-7312 Joãozinho............................... 99722-9628 Luiz Leoral.............................. 99722-9628 Luiz Roberto ......................... 3 2 2 2 - 2 4 9 5 Laércio Rodr. Da Silva ............ 99165-5342 Marcelo.................................. 3 0 1 3 - 3 2 3 4 CARPINTEIROS Claudinho............................... 99701-9702 Clóvis..................................... 3 2 2 4 - 7 5 4 2 Jair.......................................... 3 0 1 2 - 9 5 6 0 José Bigode............................. 3 2 1 9 - 2 8 9 2 Lupércio................................. 3 2 3 7 - 3 3 8 7 Rubão..................................... 99712-9405 Rubens................................... 99703-7744 Samuel................................... 3 0 1 1 - 4 6 3 7 Sebastião................................ 99608-5645 Zequinha................................ 3 2 0 6 - 5 3 5 1 CONSTRUTORES Ademir O. Colombo............... 99112-4237 Adriano Ap. Ferreira................ 99751-4939 Alcindo Batista Santos ............ 99135-0134 Alipio F. Rodello...................... 99175-3072 Amilton Vieira......................... 99117-4001 Antonio A. Bonil...................... 3 0 1 6 - 8 9 0 7 Antônio C. Scrignoli................ 99112-5264 Arnando Lois.......................... 98811 2423 Carlos Jorge Galdino .............. 99187-8048 Celio Campanhole.................. 99157-4785 Claudemir Rodrigues............... 3 2 1 6 - 7 3 7 7 Djalma Ap. Troestrof............... 99739-1954 Djalma Dias ........................... 99103-5644 Ednaldo A. Silva...................... 99166-7396 Ernesto R. Neto...................... 99755-3711 Genilton Gomes..................... 99703-1291 Gilberto M. Sales.................... 99182-8167 Ildo Borges Leal...................... 99124-4296 João C. Piovani....................... 99115-6167

José Campanhola......................99619-1835 José Carlos Gagliardi.................99702-2110 José Felício................................98816-7148 José Roberto Pessoa................ 99771 -3501 Leonilda S. Roberto..................99601-8819 Leonildo José (Zé)....................99607-9538 Luis Antônio..............................99614-6600 Luis Ant. De Lima......................3012-1527 Luis C. Fr. Gonçalves ................99774-7124 Marcelo Roberto de Assis..........99106-7696 Marcio Renato C. da Silva.........99722-0040 Miguel E. Vetorasso....................3224-7070 Nilvaldo Antonio Calbo.............99100-2764 Oderdam P. da Silva..................99160-3744 Paulo Manoel Da Silva...............99103-6073 Roberto D. Oliveira...................3013-1265 Roberto R. De Moura...............99161-6713 Roberto Pereira Joles................99201-2110 Santana Construções ................99106-0267 Sebastiao Ap. Carvalho.............99732-4048 Sebastião Venancio....................99118-2352 ELETRICISTAS Antônio D. Marques.................99128-4595 Anderson..................................99726-5729 Chicão......................................99791-3464 Delmondes................................3011-9897 Eletromaser...............................3013-0434 Eletrificação Regiane .................99107-7292 Jair Delamura.............................3014-0729 H-luz.........................................3222-3631 Leandro P. Da Silva.....................3014-6320 Nei...........................................99154-1189 Elletrisa (Ricardo)......................99232-4507 Toninho....................................99716-2235 Valdir Lino.................................99722-1191 Volts (Davi)...............................99196-9137 ENCANADORES Antônio A Da Silva....................99114-4273 Carlos Alberto...........................3011-1338 Ismael R Da Silva........................3014-7105 Joaquim R. Da Silva ..................99784-6546 Luciano A. Ferreira....................99167-0716 Pedro Osmar............................99605-1927 PINTORES Adão M. de Moraes................ 99104-0121 Augusto.................................. 99713-4718 Benedito................................. 99164-2102 Caticilene Ap. Tavares............. 98161-2506 Dito........................................ 99100-2700 Edilson.................................... 99736-7639 Edmar..................................... 99101-4610 Elson (Branco) ....................... 9 9 7 2 8 2 6 8 6 Januário (Gê).......................... 3 2 2 4 - 2 0 1 6 Jamil....................................... 99113-8278 João Candido.......................... 99702-8467 Lúcio Ol. Silva......................... 99116-0487 Moisés Antoniassi.................... 99112-3869 Marcos R. da Silva................... 99117-7019 Marcos................................... 99706-4839 Márcio Carvalho..................... 99101-8280 Mister Solução ....................... 98106-5039 Nicão..................................... 99791-2299 Reis........................................ 99116-9780


55


SOCIAL

EM RIO PRETO

A

lmoço de aniversário da ACOMAC, coquetel da TRIMACH e posse no COMDEPHACT, foram alguns dos eventos que reuniram profissionais ligados a arquitetura e construção.

01 - Roberto Cardoso e Edivanil De Fatima 02 - Janete Duarte 03 - Bia e Rodrigo Gadia 04 Luciana Ogawa ,Andre Fonseca, Rose Guanieri e Lima Bueno

01

05

06

02

03

07

10 - Rafael Morozini, Gabriela Lemos e Jorge Machado 11 Suzie Marcelo Campos e Rose Guarnieri - 12 - Maria Inês F. Musa e Sandra Bergo 13 - Kedson Barbero

10

14 56

11

12

15


Ilda Vilela Por

Fotos: Divulgação - Donizeti Batista

04 05 - Cesar Teixeira e Gislaine Sinhorini 06 - José Luis Genari e Dacio Bernades- 07 - Juliana P. Cedeira, José Cedeira Pardo e Ivanete Pradela - 08 - Norma Vilar - 09 - Cleuza Idalgo

08

09

13

12

14 - Diretores ACOMAC 15 Mariana Guarezini, Claudia Carvalho Ralha e Donizeti Batista 16 - Romildo Sant´Anna, Denise Farina e Alexandre Costa.

16 57


58


59


60


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.