Obras & dicas 39 - Fevereiro - Março 2014

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Distribuição Gratuita

Fevereiro - Março 2014 - Ano 7 - nº 39 www.obrasedicas.com.br

INHOTIM ESPECIAL ARTE, ARQUITETURA E NATUREZA EM HARMONIA ARQUITETOS E ENGENHEIROS

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EXPEDIENTE

EDITORIAL

Diretor-Geral Donizeti Batista

O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.

Diretora Editorial Arquiteta Denise Farina Executiva de Vendas: Mariana Guarezimi

João Guimarães Rosa in Grande Sertão:Veredas

Jornalista responsável Cris Oliveira - Mtb 35.158

vida nos reserva surpresas, mas...desesperar, jamais! É preciso seguir em frente, buscar a coragem entranhada, reinventar-se...pois não é assim que tem que ser? A revista Obras e Dicas renova-se também. Nova logo, novas colunas, uma diagramação mais suave e limpa, mas com o foco de sempre, na informação e nas novidades do mercado, para quem vai ou está construindo ou reformando. E falando em coragem, dedicamos essa edição às mulheres, que têm em março o seu dia, mas que, a meu ver, deveria ser comemorado o ano INTEIRO, dada a bravura dessas criaturas! Elas estão à frente de seus negócios, de suas casas, dirigindo empresas, coordenando equipes, levantando associações de classe , e pondo, literalmente, a mão na massa, como mostramos nas colunas MULHERES, PAINEL DE NEGÓCIOS e PAPO DE OBRA. Nossa CAPA traz Inhotim, o maior museu

Projeto Gráfico / Editoração Marcelo Arede Dep. Financeiro Bruna Lubre Sugestões contato@obrasedicas.com.br Had Captações e Propaganda Ltda-ME 17 3033-3030 - 3353-2556 revistaobrasedicas@hotmail.com contato@obrasedicas.com.br www.obrasedicas.com.br

revistaobras&dicas

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a céu aberto da América Latina, que fica em Minas Gerais. Vale a pena ler o depoimento de três arquitetas que lá estiveram, em épocas diferentes. A vontade de conhecer o lugar é imediata! E lugares diferentes há no mundo todo, mas, na nova coluna VIAGEM, que inauguramos com o arquiteto Ricardo Zammarian, vamos lançar novo olhar para São Paulo, que está tão perto da gente: a Vila Madalena e seus encantos arquitetônicos. Em todas as edições traremos um olhar de arquitetos sobre todos os cantos do mundo. Em PROJETO, uma residência ousada do arquiteto Paulo Bispo e, em REFORMA, o projeto delicado de Denise Gazeta e Lígia Córdova. Já em ESTRUTURA, o engenheiro Roberto Ramos fala de um assunto sério: a resistência do concreto, que pode comprometer toda a estrutura da edificação. Enfim, aí está a nova Obras e Dicas : coragem é mesmo o que não falta. Espero que vocês gostem.

Foto: FotoM

Boa leitura e FELIZ 2014 para todos nós!

Denise Farina Diretora Editorial

Fevereiro - Março / 2014 Nº 39 - Ano 7 São José do Rio Preto - SP Foto: EEckenfels Instituto Cultural Inhotim Pavillion Adriana Varejão Distribuição Gratuita. Dirigida a profissionais da área e obras de S. J. do Rio Preto e região. 6

denisefarina@obrasedicas.com.br


Viagem para o resort

Iberostar Bahia Hotel

Eder Brandão Chaim

Roberta de Salles Guarnieri

São José do Rio Preto (Ganhador da Viagem)

São José do Rio Preto (Ganhadora da Viagem)

Claudio Roberto Truzi Mirassol

(Ganhador da Moto)

João Ricardo Sgarbosa São José do Rio Preto (Ganhador do Carro)

S. J. do Rio Preto - SP - Av. Murchid Homsi, 1535 - Mansour Daud - 17 3215 9000 Catanduva - SP - Loja I - Av. Eng. José Nelson Machado, 1489 - Vl. Celso Mouad - 17 3524 9999 Catanduva - SP - Loja II - Rua 7 de Setembro, 525 - Higienópolis - 17 3531 4500

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ÍNDICE

DÚVIDAS

As dúvidas da sua e nossas soluções

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ESTRUTURA

O que fazer quando o concreto não atinge a resistência?

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CIDADES

Conheça Rio Preto

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PAPO DE OBRA

Mulheres no canteiro de obra

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PAINEL DE NEGÓCIOS

NR Iluminação

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MERCADO IMOBILIÁRIO O que esperar para 2014

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PROJETO

Paulo Bispo Arquitetura

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CAPA

Instituto Inhotim

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MULHERES

Elas dominam a cena empresarial

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VIAGEM

Vila Madalena por Ricardo Zammarian

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REFORMA

Cordóva e Gazeta

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SOCIAL

Por Ilda Vilela

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DÚVIDAS

Fotos: Divulgação

PARA AS DÚVIDAS DE SUA OBRA: NOSSAS SOLUÇÕES! VÁLVULA OU CAIXA ACOPLADA? Para quem vai começar a construir, a bacia com caixa acoplada torna-se a opção mais barata, apesar do custo da louça ser mais caro. Isso porque os materiais que envolvem sua instalação acabam dando menos gastos, como por exemplo a bitola dos canos, que é menor, de ½’ em comparação com a de válvula, de ¾. A economia de água é outra fator, já que o fluxo da mesma é limitado , diferentemente das válvula de parede, que pode ser acionada diversas vezes sem que trave. A manutenção da bacia com caixa acoplada também é mais fácil, já que a descarga é externa, sem necessidade de quebra de alvenaria para manutenção.

PISO SOBRE PISO Se a ideia é utilizar o piso antigo como contrapiso para assentar outro por cima ou mesmo revestir com cimento queimado, é preciso muito cuidado. O piso antigo deve estar bem assentado, não ter trincas, ocos ou desníveis. O bom seria criar ranhuras no antigo para que dê mais resistência à massa, mas em áreas externas isso pode não funcionar bem, já que o material pode estufar e se desprender. Lembre-se que mesmo o cimento queimado, que é uma alternativa barata também exige esses cuidados, pois a camada é de cerca de 4 mm e as juntas de dilatação devem ser feitas a cada 90 cm.

SEM BARULHO EXTERNO Se o barulho do exterior tira seu sono, na próxima reforma invista em esquadrias antirruídos. As esquadrias de PVC podem ter vidro duplo ou não e além de segurar o som externo, propiciam conforto térmico, diminuindo o calor. Isso garantirá uma redução mínima de 60 decibéis de ruído, o que na prática significa até 90% a menos de barulho. A construção de muros externos também cria uma boa barreira física para o som.

Envie suas dúvidas para: contato@obrasedicas.com.br 10


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ESTRUTURA

Fotos: divulgação

O QUE FAZER QUANDO O

CONCRETO NÃO ATINGE A RESISTÊNCIA? N o dia-a-dia do desenvolvimento de projetos de estruturas de concreto, o engenheiro estrutural, em função da durabilidade requerida e dos esforços atuantes na estrutura, adota um determinado valor de resistência do concreto, chamada de “resistência característica à compressão”, o fck. Apesar da adoção de um determinado valor de fck ser simples, por trás há uma pesada teoria sobre segurança das estruturas, que envolve desde características inerentes ao concreto e seu processo de produção, passando por conceitos de probabilidade e estatística. Tudo para que os futuros usuários da estrutura tenham segurança. Assim, no momento da execução da estrutura, o responsável pela obra solicita à empresa de concretagem, o fornecimento do concreto que atenda as características necessárias de trabalhabilidade para o estado fresco, e o respectivo valor do fck especificado em projeto. Entretanto, vez ou outra, constata-se através dos ensaios de ruptura dos corpos-de-

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-prova, que o concreto fornecido não atingiu a resistência especificada. É neste momento que vem a pergunta: o que fazer? Reforçar a estrutura ou demolir? Nesses casos, apenas a realização do ensaio de extração e ruptura de testemunhos, é quem pode balizar a decisão. Estes procedimentos são normatizados pela NBR 7680/2007, que padroniza a retirada de amostras do concreto endurecido, objeto da análise, dos referidos elementos estruturais em questão. Para a retirada, deve-se fazer o mapeamento da armadura presente em seu interior, utilizando o pacômetro. O mapeamento é necessário por dois motivos: praticamente não se permite a presença de armaduras no interior, ou incrustadas nas amostras extraídas; e o corte de uma determinada barra de aço do elemento estrutural, pode comprometer ainda mais a situação, considerando que o concreto já está sob julgamento. Após a retirada, os testemunhos são preparados para posterior ruptura.

Em grandes obras, ou em situações de maior complexidade, a presença de um engenheiro especialista em tecnologia do concreto é fundamental, por ele ser conhecedor das propriedades do concreto tanto no estado fresco, como endurecido. Com os resultados dos testemunhos em mãos, o engenheiro estrutural deve fazer uma análise para a determinação da resistência característica do concreto presente na estrutura, para que se tenha o mesmo significado físico-estatístico que o valor do fck adotado no início do projeto. Sendo o valor de fck obtido de uma amostra do concreto presente na estrutura, a norma de projeto de estruturas de concreto, NBR 6118/2007, permite uma pequena diminuição no coeficiente de segurança referente à minoração da resistência do concreto, no momento da análise estrutural. Ao final da análise será possível dizer o que deve ser feito com relação à estrutura. Se será necessário a execução de um reforço es-


trutural, ou não. A análise deve prever todo o comportamento da estrutura (fissuras, deformação, vibração e durabilidade), e não apenas se a armadura presente no interior da peça concretada, atende ao necessário. Caso haja necessidade de reforço estrutural, sua elaboração deverá ser balizada em conjunto com todos os profissionais envolvidos, arquiteto, engenheiro estrutural e de execução. Deve-se ressaltar que, a extração de testemunhos da estrutura, além de permitir uma adequada análise da segurança, também possui o intuito de produzir provas para um possível litígio entre proprietário e empresa de concretagem, visto que esta situação é mais uma da várias relações de consumo, presentes nas obras diariamente, pautadas pelo Código de Defesa do Consumidor. SERVIÇO: ROBERTO RAMOS DE FREITAS, engenheiro; doutor em Ciências e Engenharia dos Materiais, pela EESC/USP; e docente nas Faculdades Integradas D. Pedro II; e na Universidade Paulista.

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CIDADES

VOCÊ CONHECE SUA CIDADE?

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ão José do Rio Preto completa 162 anos no dia 19 de março, e a cidade, tida como centro financeiro de uma das regiões mais promissoras do estado de São Paulo, atrai muitos investidores, bem como pessoas que esperam encontrar aqui a oportunidade de um futuro promissor e é por isso que a população aumenta gradativamente, e o espaço urbano vai sendo ocupado. E você, que nasceu ou escolheu a cidade para viver, conhece a terra em que habita, e que passa por transformações constantes? Para ajudá-lo nessa tarefa conversamos com o engenheiro civil Avilson Ferreira de Almeida, presidente da Associação de Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de São José do Rio Preto. Acompanhe os principais tópicos:

LIMITES DO MUNICÍPIO

Segundo dados da Conjuntura Economica 2013 a área urbana de Rio Preto corresponde a aproximadamente 30% de sua área total, isto significa que há muito ainda a ser ocupado. No entanto, a área urbana não fica totalmente unificada, mas ocorre dispersão, provocando o aparecimento de vazios e algumas regiões são ocupadas aproximando a área urbana dos limites dos municípios vizinhos, que é o que ocorre com o limite com Mirassol. O mais grave é a inclusão de áreas no perímetro urbano, que vem sendo feita sem um planejamento adequado e sem se pensar na cidade do futuro e no futuro da cidade. Nosso Plano Diretor teve sua última revisão em 2006 e temos necessidade urgente de uma revisão deste, com a participação de profissionais das áreas tecnológicas, de maneira a analisarmos estas tendências de crescimento e adequá-las à cidade que queremos para nossos filhos e netos.

MAIOR CRESCIMENTO

Tem havido um crescimento muito forte da cidade na zona norte, a população daquela região corresponde a mais de um terço da população total de Rio Preto. Este crescimento se deve ao número de novos loteamentos naquela região e também ao programa “Minha Casa, Minha Vida”. Nas outras regiões temos a implantação de muitos condomínios fechados e infelizmente novos loteamentos na região, a montante dos córregos que chegam ao Rio Preto.

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INFRAESTRUTURA

Os novos loteamentos devem vir com rede de água, esgoto e energia elétrica pelo menos, isto é obrigação do loteador, e cabe a Prefeitura fiscalizar, para que a infraestrutura seja atendida. Quanto a TV a cabo, telefone, etc, nem sempre a nova área é beneficiada de imediato com estes equipamentos. No caso do telefone, mesmo os celulares, nem sempre tem boa recepção em loteamentos mais distantes.

COLAPSO

Se não pensarmos a cidade com planejamento adequado e nos prepararmos para o futuro, corremos o risco de um colapso. Veja aí a questão da água e da coleta de esgoto. Nestes dois itens, hoje estamos com nossa capacidade de abastecimento e coleta praticamente tomada. O Semae vem buscando se antecipar à demanda, mas os custos são elevados e necessitamos de recursos que nem sempre são facilmente obtidos, e também toda ação demanda tempo. Logo, se quisermos não ter problemas no futuro, temos que nos preparar no presente, daí a urgência de um estudo profundo e uma reavaliação de nosso Plano Diretor de Desenvolvimento.

INVESTIMENTOS PRÓSPEROS

A zona norte tem tido uma expansão muito forte, do comércio e serviços, nos últimos anos, e grande parte de nossa população reside naquela região. As dificuldades da mobilidade urbana, que todas as grandes cidades vêm sentindo, também estão acontecendo em Rio Preto e a proximidade do comércio e

serviços com o consumidor, passa a ser uma necessidade. Daí a entendermos que aquela região terá uma prosperidade muito grande nos próximos anos.

CRESCIMENTO COM QUALIDADE

Para que o crescimento seja com qualidade é preciso estudar as tendências de desenvolvimento da cidade, analisar e planejar o Plano Diretor de Desenvolvimento Participativo, que possibilite buscar recursos e executar ações que nos levem aos objetivos traçados.

REGULAMENTAÇÃO

A regularização dos loteamentos é uma necessidade, o que não se pode é permitir a sua existência.

INCLUSÃO DE ÁREAS

Um dos mais graves problemas existentes hoje são os vazios criados pela inclusão de áreas no perímetro urbano, sem planejamento e sem que se estipulasse prazo para que o loteador entregasse o empreendimento. A partir de 2013, a inclusão de novas áreas passou a ser de competência do Executivo e existe toda uma análise para liberação da inclusão, e também prazo para sua consecução.

CONHEÇA A CIDADE

Para conhecer a cidade devemos visitar todas as regiões, indistintamente. Verificar o que cada uma oferece em todos os aspectos, para isso consulte também os informativos existentes na Prefeitura, Acirp e nas entidades que fazem análises econômicas e de empreendimentos.


REGIÃO ADMINISTRATIVA

POPULAÇÃO RENDIMENTO MEDIO POR DOMICÍLIO (EM R$)

1- Centro 6.211 3.535,00 2 - Imperial 5.686 3.500,00 3- Redentora 2.921 5.000,00 4 - Santa Cruz 1.837 2.900,00 5 - Bom Jesus 2.862 2.000,00 6 - Ercília-Diniz 4.997 2.000,00 7 - Mançor Daud 3.397 3.000,00 8 - Vila Elvira 4.185 2.200,00 9 - Jardim Soraia 5.785 1.822,50 10 - Romano Calil 4.359 1.810,00 11 - Cristo Rei 4.667 1.980,00 12 - Cidade Jardim 6.667 2.400,00 13 - Qta Paineiras 5.454 2.500,00 14 - Vila Sinibaldi 10.705 2.000,00 15 - Pq Estoril 8.018 2.385,00 16 - Higienópolis 6.657 2.650,00 17 - São Francisco 8.322 2.000,00 18 - Nova Redentora1.135 19 - 4.000,00 19- Vivendas 3.220 6.520,00 20 - São Manoel 6.114 2.510,00

REGIÃO ADMINISTRATIVA

POPULAÇÃO RENDIMENTO MEDIO POR DOMICÍLIO (EM R$)

21 - Moisés Haddad 22 - Quinta Golfe 23 - Tarraf II 24 - D. Industrial 25 - Aeroporto 26 - Alto Rio Preto 27 - Boa Vista 28 - Pq Industrial 29 - Esplanada 30 - Palestra 31 - Vetorazzo 32 - Eldorado 33 - Nato Vetorasso 34 - Etemp – Gisete 35 - Solo Sagrado 36 - Colorado 37 - Antunes 38 - Arroyo 39 - Pq Cidadania 40 - Santo Antônio

1.432 9.000,00 775 10.000,00 5.441 4.100,00 1.865 2.200,00 2.216 2.800,00 5.859 4.000,00 11.973 2.150,00 8.386 1.700,00 7.703 1.560,00 574 7.755,00 12.996 2.100,00 22.712 1.600,00 10.742 1.800,00 5.588 2.040,00 21.844 1.499,00 948 1.800,00 15.755 1.500,00 2.893 1.500,00 4.610 1.210,00 10.272 1.360,00

REGIÃO ADMINISTRATIVA

POPULAÇÃO RENDIMENTO MEDIO POR DOMICÍLIO (EM R$)

41 - Itapema 42 - D. Lafayete 43 - Nunes 45 - Maceno 44 - Simões 46 - Anchieta 47 - Nazareth 48 - Jaguaré 49 - João Paulo II 50 - Felicidade 51 - Belvedere 52 - S. Deocleciano 53 - Gaivota 54 - Dahma 55 - Pq Pássaros 56 - Auferville 57 - Vila Toninho 59 - Res. Lago 60 - Eng. Schmitt 61 - Talhado TOTAL

8.509 1.625,00 9.774 1.800,00 6.404 1.750,00 14.693 1.621,50 6.453 2.000,00 9.339 1.800,00 12.049 2.200,00 7.810 1.800,00 12.818 1.567,50 4.039 1.900,00 5.519 3.300,00 7.089 2.000,00 3.627 3.700,00 4.767 10.000,00 378 2.500,00 67 1.000,00 8.768 1.500,00 512 3.500,00 2.369 1.900,00 882 1.406,50

408.528 2.000,00

Fonte : Livro São José do Rio Preto –Desenvolvimento e Negócios –Acirp – S. J. Rio Preto e Secretaria Municipal de Planejamento Estratégico, Ciência, Tecnologia e Inovação

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PAPO DE OBRA

LUGAR DE MULHER É NO J

á faz alguns anos que os canteiros de obras têm contado com a presença feminina. E elas estão ocupando cada vez mais espaço e destaque. Segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho e Emprego, o número de mulheres na construção civil aumentou 65% na ultima década. Até julho de 2012 eram 239 mil trabalhadoras no segmento. Algumas entidades do setor estão de olho nesse novo perfil de profissional, e se mobilizam para que os colegas de profissão sejam conscientes do papel da mulher, e que aja condições de igualdade entre elas e os homens. E se quase metade da população economicamente ativa é de mulheres, por que não buscarem vagas também na construção civil? Na nossa região, o número de mulheres nos canteiros ainda é pouco significativo, mas elas têm buscando espaço, e o principal, qualificação, afinal querem concorrer no mercado, de igual para igual.

AZULEJISTA E MESTRE DEOBRAS

Karina Cândido viu sua vida mudar, há pouco mais de um ano, quando deixou a cidade de São Paulo. Com 33 anos, resolveu investir em outra profissão. “Como sempre gostei de mexer com ferramentas e, desde criança, eu consertava as coisas em casa, como trocar chuveiro, torneiras, e cheguei a fazer reboco para uma parede do quintal, e notei que o mercado estava aquecido, resolvi

CARPINTEIRA

Maria Rita dos Santos integra um grupo de mulheres que não teme arregaçar as mangas, carregar peso e fazer muito esforço físico. Com 52 anos, há quase 30 atua como carpinteira. Seu cotidiano é subir e descer 20

apostar minha vida nisso”, relata. Ela buscou uma instituição para se capacitar. Depois foi falar com a família. “Demorei uns cinco meses para contar aos meus pais, pois sabia que meu pai teria certa resistência, uma vez que nossa cultura, infelizmente, ainda é machista e muito preconceituosa. Foi unanimidade a estranheza e indignação das pessoas quando souberam que eu estava indo para a obra, pegado na enxada. Mas foram aceitando e hoje me respeitam como profissional”, comemora a futura mestre de obras. Ela já concluiu os cursos de cadista e assentador de alvenaria, e está finalizando o de mestre de obras. E pretende continuar se aperfeiçoando, para progredir na área. “Ainda vejo muita resistência na construção civil e para mim é sempre um desafio. Primeiro porque sou mulher. Segundo porque subestimam minha capacidade física, intelectual e profissional. Tenho que me desdobrar para mostrar que sei fazer certo. Tenho consciência de que sou mais fraca fisicamente, que os

homens. Mas nada disso impede que eu execute uma tarefa. Hoje há várias ferramentas e possibilidades, que nos permite executar uma ação de igual para igual, destaca Karina. Por ser, ainda, uma área predominantemente masculina, causa curiosidade nas pessoas. A azulejista conta que “várias vezes os homens param e ficam olhando eu bater massa, empurrar carriola. Sinto que eles temem perder o emprego, já o pessoal da terceira idade elogia.” Ela também enfrentou os ciúmes de algumas esposas, depois que os maridos lhe deram oportunidade de trabalho. “Toda mulher que busca uma nova oportunidade no mercado, deve pensar nesse segmento, que carece de bons profissionais. As mulheres são mais organizadas e limpas. Meu intuito é montar uma equipe feminina, mas está difícil, pois a mulherada também tem muito receio de atuar sem estar na dependência de um homem. Além do quê, é uma área que está aquecida e por isso paga-se muito bem”, finaliza Karina.

escada e ficar em cima de telhados, mas ela garante que gosta. “Tudo começou quando eu era doméstica, mas meu marido já trabalhava como carpinteiro. Daí teve um fim de semana que ele pediu para eu ajudar, e acabei gostando muito”, explica ela, que não pensou duas vezes para mudar de profissão. No começou, a surpresa de chegar uma mulher para executar esse tipo de serviço era grande e sempre causava curiosidade, mas hoje ela acredita que as pessoas já se acostumaram. “Até hoje, nas madeireiras só tem homens, mas como muitos me conhecem, porque faz tempo que trabalho na área, hoje se tornou uma convivência normal. Além disso, eu e meu marido trabalhamos juntos, e a

qualidade do nosso serviço é muito respeitada, tudo isso faz com que as pessoas não se assustem mais”, conta a carpinteira. Quando iniciou no setor, aprendeu o ofício com os ensinamentos do marido, no dia a dia. Depois de um tempo foi chamada para prestar serviços pontuais para algumas empresas, coisa que faz até hoje, e surgiu a oportunidade de realizar cursos de aprimoramento, coisa que ela aceitou imediatamente. “Eu adoro o que faço. E quero continuar carpinteira. Para outras mulheres que tem vontade de ingressar na área, eu digo que é uma profissão pesada, porque não é fácil carregar madeira. Mas também é uma profissão ótima”, finaliza Rita.


CANTEIRO DE OBRA PINTORA Caticilene Aparecida Tavares conhece bem a realidade desse novo mercado. Com 45 anos, faz 19 que atua como pintora residencial e comercial. “Eu me identifiquei com a área, além disso é muito gratificante quando se termina a pintura, poder ver que o seu trabalho deu vida, cor e harmonia a algo que, antes, era tão grosseiro”, pontua. Quando ela escolheu exercer essa função sentiu certa resistência, e até mesmo preconceito por parte de algumas pessoas, mas a família sempre a apoiou. “Eles sabiam da minha capacidade”, conta a pintora. Ela aprendeu o ofício com um amigo pintor, na ocasião foi para ajudá-lo em um trabalho, mas gostou tanto que resolveu ficar na área. Porém, a busca por atualização é constante. “Essa é uma área em que, todos os dias, surgem novas técnicas e produtos. Me atualizo pela internet, cursos, palestras e também pela prática diária”, conta Caticilene. E durante todo esse tempo, a profissional já se deparou várias vezes com uma situação curiosa. “Muitas vezes a pintura é combinada com o arquiteto da obra, e quando o cliente chega e pergunta quem é o pintor, e se depara com uma pintora e o serviço feito, fica assustado e até duvida que o trabalho foi feito por uma mulher.” Caticilene apoia outras mulheres a entrarem no segmento. “Mas tem que gostar muito, para que se faça bem feito. Além disso, o pintor é o ultimo profissional de uma obra, e às vezes tem que corrigir o serviço dos que passaram antes”, conclui ela, aos risos.

SERVIÇO Karina Cândido - 17 98102-0594 Maria de Rita dos Santos - 17 99172-9286 Caticilene Tavares - 17 98168-2506

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PAINEL DE NEGÓCIOS

E FEZ-SE A LUZ E TUDO PARA SUA ILUMINAÇÃO A NR Iluminação está em São José do Rio Preto há 17 anos, mas o grupo NR oferece serviços no segmento de iluminação há mais de 30 anos. A história dessa empresa de sucesso teve início pelas mãos de Nivaldo dos Reis, que representava fabricantes artesanais e, aos poucos, foi expandindo seus negócios, tornou-se distribuidor e, posteriormente, fabricante, ainda na década de 80. A empresa ganhou destaque na fabricação de lustres de cristal, usando o metal nobre, latão, e pedras importadas pela Laskani, da Áustria. A primeira loja abriu suas portas em São Paulo, no ano de 1992. Em busca de qualidade de vida, a família viu em Rio Preto uma cidade promissora, que tinha necessidade de uma loja que disponibilizasse a variedade de produtos que a NR tinha para oferecer, e aliada a uma vida saudável e tranquila que a capital paulista já não oferecia mais. E foi assim que a empresa se estabeleceu por aqui, em 1997. “Na época eram apenas três lojas que se dedicavam a iluminação, hoje, duas delas encerraram suas atividades, mas outros empresários foram atraídos pela cidade ou pelo boom da construção. Isso é muito positivo, pois confirma nosso acerto ao virmos para cá. Sempre acreditamos que a concorrência é salutar, já que dinamiza o mercado e atrai um maior numero de clientes”, ressalta Rosane Cattozatto, sócia-diretora do Grupo NR, responsável pela loja de banheiras Riolax em Araçatuba e o financeiro da NR Lustres de Rio Preto. Ela conta que, hoje, em função da experiência como fabricantes, eles fazem reformas em peças antigas e desenvolvem peças exclusivas para espaços específicos, sob orientação de arquitetos. “Desenvolvemos projetos luminotécnicos atendendo especificações do cliente. Através das plantas, ou de visitas sem custos para o cliente. Trabalhamos com diversos fornecedores e contamos com toda a

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gama de produtos de iluminação residencial, comercial e industrial, de lâmpadas e reatores, assim como os mais sofisticados lustres e arrojadas luminárias futurista.” Na NR Iluminação também se encontram lâmpadas diversas como as halógenas, fluorescentes e o LED, para uso adequado nos diversos ambientes além de outras tecnologias, que aliam conforto ambiental e preservação do meio ambiente. “Nossa política é manter um relacionamento pessoal com o cliente, tornando-o nosso parceiro, e até mesmo, ouso dizer, nosso amigo. Essa característica sempre nos distinguiu no mercado. É por isso que nossos clientes, em sua maioria, retornam. Essa é uma fidelidade conquistada pela ética, bom atendimento, seriedade, responsabilidade e simpatia”, explica Rosane, ao falar sobre o segredo

do sucesso do negócio. Para ela, o sucesso vem de uma situação polemica, que é o fato de serem uma empresa familiar, peculiaridade que, em muitos casos, trás dificuldades de continuidade ou de permanência no mercado. “Aqui isso é superado pela equidade de poder entre os sócios. Após a morte de nosso fundador, Nivaldo dos Reis, a dor serviu para nos unir, e temos certeza que o bem-estar da empresa é uma forma não só de homenageá-lo, como de manter sua memória, através do fruto que é o trabalho”, finaliza a empresária. Hoje a NR é dirigida por Leandro dos Reis, Gabriela Cattozatto, Marília Cattozatto Reis, e a própria Rosane. Serviço: NR Iluminação - Fone: 17 3233-6458


Rosane e Gabriela Cattozatto

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MERCADO IMOBILIÁRIO

Foto: Donizeti Batista

O QUE ESPERAR PARA O MERCADO

IMOBILIÁRIO EM 2014?

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cada novo ano que se inicia vem junto a dúvida de como o mercado imobiliário irá se comportar. A escalada dos preços parece não ter fim, e muita gente que esperou para comprar um imóvel, acredita que está cada vez mais difícil fazer a aquisição. Em 2013 o preço médio dos anúncios de imóveis, em 16 das principais cidades do Brasil, subiu 13,7%, o que representa o dobro da expectativa para a inflação oficial do país, no mesmo período. De acordo com os índices da Fipe/Zap as maiores altas foram nas seguintes capitais: Curitiba – 37.3%; Florianópolis – 17,9%; Rio de Janeiro – 15,2%; Fortaleza – 14,1%; e São Paulo – 13,9%.

Porém os preços de venda cresceram mais que os de aluguéis. De 2008 a 2013, no Rio de Janeiro, os preços de venda aumentaram 234%, e os de aluguéis 131%. Em São Paulo, para venda, o aumento foi de 192%, e aluguel 93%, para o mesmo período. O que mostra que hoje, comprar um imóvel para depois alugar e gerar renda, pode não ser o melhor negócio. Uma pesquisa do Secovi (Sindicato da Habitação) aponta que, de janeiro a outubro do ano passado, e em comparação com igual período de 2012, as vendas de imóveis residenciais na cidade de São Paulo cresceram 31%, sendo que os lançamentos tiveram alta de 24% e o valor geral de vendas foi 41,4% maior.

“Quanto às perspectivas, 2014 é um ano complicado para avaliações. Copa do Mundo e eleições criam um ambiente diferente daqueles aos quais estamos acostumados. Diante disso, poderíamos apostar em mais um ano de crescimento para a indústria imobiliária, talvez entre 5% e 10%, o que será positivo não só para o nosso mercado, mas para a economia brasileira”, explica o presidente do Secovi-SP, Cláudio Bernardes. Para ele, “é preciso ter sempre em mente que a demanda é ampla, e assim também é a gama de produtos a ser colocados no mercado, que devem se adequar aos regramentos legais, aos anseios da população e às necessidades da cidade”, pontua.

OUTRA REALIDADE

J

á em Brasília os números mostram outra realidade. Os preços dos imóveis lançados na capital federal apresentaram forte queda em 2013, com redução de 35,5% na comparação com os valores cobrados em 2012, segundo dados da Geoimovel. Além de enfrentar um número alto de

lançamentos, que acarretou um excesso de estoque nos últimos dois anos, a cidade teve um problema pontual, onde uma parcela significativa das unidades foi vendida a investidores, que almejavam lucrar com a valorização e não conseguiram o retorno esperado.

BOLHA

O

economista Luís Carlos Ewald, afirmou ao InfoMoney, que uma bolha imobiliária ia estourar no Brasil ainda no primeiro semestre de 2014. “Não se vende nada e tem muita oferta. Quem comprou, não consegue vender. Está desesperador.” Outros especialistas do setor também apontam o tal estouro da bolha. O reflexo pode ser visto em muitos classificados de grandes jornais, onde o número de imóveis para vender é muito maior que os anúncios de imóveis para alugar. Se você acompanha esse tipo de publicação, fique atento, pois pode surgir um bom negócio. Embora em São José do Rio Preto, até agora, isso parece não acontecer, pode ser que as coisas mudem. Então a dica é que, se você tem interesse em adquiri um imóvel, acompanhe o mercado, porque a oportunidade que espera pode aparecer a qualquer momento. 27


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PROJETO PAULO BISPO ARQUITETURA

Residência em Mendonça -SP

OUSADIA NA CONCEPÇÃO

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ste projeto de residência unifamiliar foi desenvolvido com o objetivo de satisfazer um programa de necessidades voltado para o lazer familiar às margens do Rio Barra Mansa aos finais de semanas. A escolha da linguagem moderna da casa foi solicitada pelos proprietários, o que resultou em grandes vãos envidraçados permitindo uma bela e agradável vista para o rio além de possibilitar uma entrada significante de ventilação e luminosidade.

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1 - Fachada frontal 2 - Fachada fundos 3 - Fachada fundos

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PROJETO PAULO BISPO ARQUITETURA

Corte

Planta pavimento térreo

01 - HALL DE ACESSO 02 - GARAGEM 03 - HALL INTERNO 04 - SALA DE ESTAR / TV 05 - LAVABO 06 - COZINHA 07 - AREA DE SERVIÇO 08 - DEPÓSITO 09 - APARTAMENTO 10 - VESTIÁRIO / MASC. 11 - VESTIÁRIO / FEM. 12 - VARANDA 13 - PISCINA 14 - PRAINHA 15 - SPA 16 - SOLÁRIO 17 - PAISAGISMO 18 - ACESSO DE GARAGEM 19 - WC 20 - WC 21 - APARTAMENTO 22 - CIRCULAÇÃO 23 - BANHEIRO 24 - APARTAMENTO 25 - SALA INTIMA 26 - VAZIO 27 - TERRAÇO 28 - SUÍTE 29 - BANHEIRO DADOS DA OBRA ÁREA DO TERRENO 776,38 m² ÁREA DE CONSTRUÇÃO 410,32 m² ARQUITETURA: PAULO BISPO SERVIÇO: 17 3238-3813

Professor da UNIRP arquiteto Paulo Bispo e Daniel Bispo, estágiario

Planta pavimento superior 32


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CAPA

Fotos: Daniela Poliello

INHOTIM

O MAIOR CENTRO DE ARTE AO AR LIVRE DA AMÉRICA LATINA

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Brasil é tão rico em particularidades que, muitas vezes, tem verdadeiros tesouros desconhecidos, mas que estão ao alcance de todos. Um exemplo clássico é o Instituto Inhotim, considerado o maior centro de arte ao ar livre da América Latina. Ele fica em Brumadinho, uma cidade pequena localizada a 60 quilômetros de Belo Horizonte, Minas Gerais. O acesso de carro é relativamente fácil, mas também existem passeios turísticos que saem na capital mineira, basta se informar sobre o que se encaixa melhor em seu roteiro. O Instituto começou a ser idealizado na década de 1980, pelo empresário Bernardo de Mello Paz. Porém, sua fundação aconteceu em 2002, como uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público. E desde 2006 o local foi aberto ao público em dias regulares sem necessidade de agendamento prévio.

No local é possível encontrar um complexo museológico com uma série de pavilhões e galerias com obras de arte e esculturas expostas ao ar livre. O espectador é convidado a percorrer jardins, paisagens de florestas e ambientes rurais, perdendo-se entre lagos, trilhas, montanhas e vales, estabelecendo uma vivência ativa do espaço. A área de visitação é de 110 hectares, além de uma área de Reserva Particular do Patrimônio Natural, de 145 hectares, situada no domínio da mata atlântica, onde são encontradas mais de mil espécies de plantas vasculares, uma vasta diversidade florística e, ainda, três nascentes. Os jardins do Inhotim são singulares, com uma beleza rara e um paisagismo que explora todas as possibilidades estéticas da coleção botânica. Eles são campo para estudos, disponibilizando um acervo de quase cinco mil espécies.

Pavilhão do artista Tunga e sua obra True Rouge

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Uma curiosidade é que o Instituto é o único lugar da América Latina que possui um exemplar da flor-cadáver, uma espécie nativa da Indonésia conhecida como a maior flor do mundo, e que floresce a cada dois anos. Já a Inhotim Escola é uma plataforma de atividades voltadas à formação em arte e meio ambiente, promovendo conhecimento aberto e não seriado aos mais diversos públicos, em um contexto de valorização da educação e da inclusão e cidadania. Serviço – www.inhotim.org.br

ELAS ESTIVERAM LÁ

Em epócas diferentes, mas com o mesmo olhar cuidadoso e delicado, três arquitetas de Rio Preto estiveram em Inhotim e nos dão seus depoimentos e impressões. Acompanhem nas páginas a seguir.


Detalhe da obra True Rouge

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CAPA

Fotos: Ricardo Mallaco

SOM DA TERRA

“I

nhotim não parece Brasil, tamanha organização, limpeza e qualidade dos serviços. Sem falar no valor cultural inigualável e no paisagismo deslumbrante. Ela tem o maior acervo de palmeiras do mundo. Tudo é bom, da recepção à comida. Se for para descrever Inhotim com uma única palavra será: magnífico. É necessário pelo menos três dias, para conhecer grande parte do acervo que se encontra lá, dos mais renomados artistas do mundo. Sem falar na arquitetura, um primor, uma qualidade, bom gosto e cuidado extremos com sua execução. Uma dica valiosa é contratar um guia para falar sobre a história do local e as obras de arte. Tivemos a sorte de contratar um mestre, que tirou o véu do desconhecido dos nossos olhos e passamos a entender a arte contemporânea, e ter a oportunidade de realmente apreciarmos o que vimos, além de fazer a ponte com o cenário cultural mundial. Para apreciar Inhotim, vá com todos os sentidos abertos. O seu ‘encontro’ com a arte passará pelo olfato, tato... A dimensão do lugar, a relação das obras com o espaço, fazem a experiência única. E entre uma obra e outra você tem tempo de se perder no maravilhoso paisagismo que o local oferece. O que mais me impressionou foram os novos pavilhões, cujos artistas interferiram também na concepção da arquitetura, juntamente com os arquitetos. Uma obra inesquecível é o Som da Terra. Dentro de uma construção redonda, totalmente de vidro onde tem-se a visão de todo exterior em 360 graus, foi feito um buraco de 200 metros de profundidade, que capta sons amplificados das profundezas do planeta. Ele muda a todo instante e parece que a Terra fala. A arte contemporânea extrapola os limites do conhecimento, da consciência. Para visitar o local, esteja apto a absorver ideias e mergulhe na concepção das obras, na loucura dos artistas... Você vai descobrir que pode ir a lugares que sua imaginação nunca antes nem sonhou.” Renata Cristina Domarco Servo, arquiteta e designer de interiores, esteve em Inhotim em setembro de 2012 - Fone: 17 3214-3505

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Uma das árvores que fazem parte dos 110 hectares da área florestal


Fotos: Vanessa Fontes

TODOS OS SENTIDOS À PROVA...

“E

stive em Inhotim, talvez com um olhar mais técnico ou menos romântico e fiquei realmente maravilhada com o que vi. Considerado o maior centro de arte contemporânea ao ar livre da América Latina, reúne uma quantidade considerável de plantas, entre elas a maior coleção de palmeiras do mundo. O empresário Bernardo Paz, como o grande idealizador do museu, tinha também o

interesse de preservar a mata atlântica que o circundava. Ato este que acabou trazendo o reconhecimento pelo Ministério do Meio Ambiente, em 2011, dando a classificação ao espaço de ‘Jardim Botânico’. Formado por vários pavilhões com obras de artes e cercado por uma paisagem maravilhosa, Inhotim põem a prova todos os sentidos. O espaço dispõem de restaurantes muito aprazíveis capazes de agradar qualquer paladar, obras de arte que instigam o olhar, o

tato e a audição, trazendo diversas sensações a cada expectador... Algumas obras são permanentemente expostas, outras inovadoras trazem sempre novos olhares. O museu recebe milhões de visitas de toda parte do mundo entre crianças, jovens e adultos. É possível perceber a integração daqueles que ali visitam.” Sarita Feltrini, arquiteta paisagística e urbanista, esteve em Inhotim em maio de 2013 Fone: 17 3308-3321

Detalhes dos exuberantes jardins do Instituto Inhotim

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CAPA

Fotos: Daniela Paoliello

UM MOMENTO LÚDICO

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inham me indicado ficar ali perto mas eu tive uma conversa com o próprio Bernardo Paz, que encontramos por acaso durante o almoço e, na verdade, a estrutura em volta de Brumadino não estava toda pronta, não tinha aeroporto, a estrutura hoteleira não era uma coisa que compensava tanto, então optamos por ficar em Belo Horizonte, e íamos para lá. É um deslocamento de cerca de uma hora. Fiquei muito surpresa com a estrutura toda, o tamanho de estacionamento é super dimensionado. Eles estão muito preparados para receber um movimento grande. É tudo muito bonito, projetado. O paisagismo é muito cuidado. É uma coisa assim, que infelizmente, te dá a impressão que você está fora do Brasil. É o que eu imagino que seja uma Disney para adulto, embora eu tenha visto muita criança lá. Tem várias obras que você interage, tem duas obras que você pode até entrar na piscina. E mesmo que você entre com uma cabeça menos receptiva, acaba se soltando lá dentro, porque vive um momento lúdico. É possível fazer a visita andando, que para mim é mais interessante, até pelo contato com o paisagismo, os detalhes e surpre-

Galeria Lygia Pape

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sas que você vai encontrando pelo caminho. E tem a opção de fazer a visita usando um desses carrinhos de golfe. É um parque com várias instalações. Para fazer a pé foram dois dias inteiros. Chegávamos cedo e saíamos na hora que ia fechar, no final do dia. Tem toda a estrutura para passar o dia, e é tudo muito bonito. Logo que você chega, já tem um mapa que te localiza tudo. É uma estrutura pensada, projetada. Eu fiquei maravilhada com o pavilhão da Adriana Varejão. E os pavilhões não são apenas o que tem dentro, mas também toda a estrutura externa. É muito legal, mesmo que seja um leigo, que chegue ao local e diga que não gosta de arte moderna, de arte contemporânea, surgem coisas que te surpreende, que te joga lá na infância. Eu penso que a iniciativa do Bernardo Paz foi coisa de visionário. Foi uma loucura que deu certo, mas porque depois dele algumas outras grandes empresas de iniciativa privada, ou não, acabaram encampando aquilo. É o retrato de que, quando existe uma disponibilidade, a cultura acontece.” Vanessa Paiva, arquiteta urbanista, esteve em Inhotim em junho de 2013 - Fone: 17 3235-2618

Detalhe da obra T-teia na Galeria Lygia Pape


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MULHERES

AH, ESSAS MULHERES!

Quando falamos do setor de construção civil, é cada vez mais comum vermos mulheres desempenhando variadas funções. Para ilustrar esta edição, que circula no mês dedicado a elas, vamos contar a história de algumas, que por escolha, acaso ou capricho do destino, foram parar em cargos administrativos de empresas que atuam ligadas ao segmento.

FLÁVIA SEIXAS

bons, pois trabalha com amor. O ruim é ter que assistir, pessoas desqualificadas e sem escrúpulos, interferindo na natureza, sem medir as consequências. “Nessa área, a maioria das vezes o erro que se comete hoje só mostra seus efeitos tempos depois, podendo se tornar incorrigível, com consequências graves para fauna, flora e principalmente, para o ser humano”, conclui Flávia.

Foto: Doni Batista

CARMEM TRICCA

embora. “Eu já ‘respirava’ construção. Pois escutava meu marido, um apaixonado pela profissão, contar como foi seu dia. E comecei a trabalhar com engenheiros, construtoras, e arquitetos”, pontua. Ela explica que com o passar do tempo foi vendo que, a cada dia, gosta mais do que faz. “Não consigo me desligar da loja por muitos dias. Apesar de ter uma equipe que supre todas as necessidades. Mas como gosto do que faço, quero sempre estar por perto. E depois da opção feita, e de ter deixado a psicologia, onde havia atuado por 10 anos, nunca mais pensei em mudar de área, nem mesmo quando perdi meu grande amigo e sócio, meu pai.”

Foto: Doni Batista

CARLA COCENZA

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uando falamos em paisagismo, logo lembramos de Flávia Seixas, que é proprietária e responsável pela área de projetos da Verdeplan. Ela, que atua na área desde 1979, nunca pensou em partir para outro segmento. “Sou engenheira agrônoma, de uma família sempre ligada a agronegócios e envolvida com meio ambiente e preservação da natureza. Paisagismo sempre foi um sonho de criança, agronomia uma vocação que veio como herança, e uma paixão que se concretizou com meu casamento, com um também engenheiro agrônomo, apaixonado pelo verde”, conta. Com isso, a abertura da Verdeplan foi natural. “A empresa foi criada quando as ideias do ecologicamente correto e as necessidades de se preservar e aumentar as áreas verdes, para se ter qualidade de vida, ainda estavam se iniciando”, completa. Para ela, todos os lados da profissão são

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ormada psicóloga, Carmem Tricca viu sua vida profissional mudar, há 20 anos. A hoje proprietária da Pro-Imp Materiais de Construção e Impermeabilizantes, aceitou o desafio feito ao seu marido, engenheiro. Eles moraram em São Paulo, quando surgiu a oportunidade de representar uma empresa de impermeabilizantes em Rio Preto. Devido aos compromissos do marido, ela topou cuidar do novo negócio. Pegou os filhos e veio

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arla Cocenza é a gerente comercial da Via Light Iluminação. Ela trabalha na área há 15 anos, e já chegou a mudar de segmento, mas também atuava administrativamente. “Agora me identifiquei


totalmente com o que faço, e procuro sempre dar apoio a minha equipe e clientes, da melhor maneira possível”, declara. Ela ressalta que entrar para o setor foi um verdadeiro desafio, pois sua área de atuação era totalmente diferente. Mas logo veio a identificação com iluminação e projetos luminotecnicos, que valorizam muito uma obra. “Nós também pensamos em levar economia para o cliente, então investimos em novas tecnologias e design, sempre antenados com o que há de lançamentos. Isso mantém a equipe atualizada e motivada, e aumentou meu interesse para o mundo da iluminação.” Sua integração com o setor é tão grande, que Carla garante não haver nada que a desestimule. Já o fato da iluminação estar em constante evolução, torna seu trabalho cada vez mais gratificante.

setor”, declara. Ela acredita que o lado bom da sua profissão é poder acompanhar as obras desde o início da construção, e ao finalizar saber que conseguiram atender, com excelência, as necessidades dos clientes. O lado ruim é que, por atenderem uma região muito extensa, acabam tendo que fazer muitas viagens. Mas o fato dos produtos que representam serem diferenciados, é um fator muito gratificante para Leandra. “As esquadrias aliam tecnologia de ponta, beleza, sofisticação e segurança.”

RITA GENARI

LEANDRA DAMASCENO

Foto: Divulgação

KEYLA POLIZELLO

cia do marketing, onde estou até hoje. Essa área é minha paixão, amo meu trabalho e o exerço todos os dias com a maior satisfação do mundo”, comemora. A paixão pela função que desenvolve é tanta, que ela garante nunca ter pensado em mudar de segmento. Além disso, faz questão de ressaltar que “Se você gosta realmente do que faz, existem muito mais coisas boas do que ruins. Problemas acontecem em qualquer área de trabalho, basta você ter sabedoria e excelência naquilo que faz, para enfrentar da melhor maneira. No caso do meu trabalho tento ter, todos os dias, o maior empenho e dedicação a tudo que faço. Então existem mais coisas positivas do que negativas.”

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eyla Polizello é diretora de marketing na Kelly Metais, onde atua há quatro anos. Formada em jornalismo e publicidade e propaganda, Keyla foi contratada para trabalhar na área de cobrança da empresa, até que um ano mais tarde, surgiu uma vaga para assistente do marketing. “Recebi o convite e fui para a minha área de formação. Passou mais um ano e meio, e acabei assumindo a geren-

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az 10 anos que Leandra Paula de Mauro Damasceno atua na área de construção civil. Ela é proprietária da Ideale Portas e Janelas em PVC Claris Tigre. Formada em administração de empresas e casada com um engenheiro civil, iniciou no segmento trabalhando junto com o marido, sempre vendendo portas e janelas em Rio Preto e região. “Não pensamos em mudar de área, porque acreditamos na qualidade do produto que comercializamos e temos conhecimento técnico e experiência neste

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ita de Cássia Moreno Genari é a responsável pela área administrativa e financeira da Elétrica Bel Materiais Elétricos. Ela atua no setor faz 25 anos, e adora. “Nunca pensei em mudar de área, me identifico. Números exercitam a mente e exigem concentração, isso é bom”, sentencia. Formada em administração, a sua integração com a empresa, onde ela divide a responsabilidade com seu marido e sócio, aconteceu de forma natural. “Tivemos que dividir as tarefas e tomadas de decisões, até formarmos uma boa equipe. Genari ficou com todo o segmento comercial da empresa e eu com 41


MULHERES

o setor administrativo. Hoje temos uma equipe de trabalho formada e continuamos com esta divisão, pois em time que esta ganhando não se mexe”, acredita Rita. Para ela, o lado bom do seu trabalho é poder verificar o crescimento da empresa, sua solidez no mercado e a parceria com os clientes, que ganham em atendimento especializado e produtos das melhores marcas. O que considera um ponto desagradável é ver a quantidade de tributos que se paga para manter uma empresa no mercado.

“O lado bom da minha profissão é que se trata de um mundo cheio de criação artística, inovação, de contato com gente interessante e sou muito respeitada no meu ambiente de trabalho. O lado ruim é que dependo das empresas que nos fornecem o material, que na maior parte é feito com exclusividade para o cliente, envolve artista, não entregam no prazo, e o cliente muitas vezes não entende”, conclui Cleide.

miro as mulheres que colocam seus sonhos em prática, e mesmo sem bens materiais lutam e acreditam, e junto da família desenvolvem seus objetivos com muito trabalho, para conquistar o sucesso desejado”, pontua Maria.

VANDREA ROSÁRIO

MARIA FRANCESCHI

CLEIDE SILVA

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az 18 anos que Cleide Silva integra a equipe da CJô Decorações, onde ocupa o cargo de gerente. Ela trabalhava no administrativo de uma loja de decoração, quando soube que a CJô precisava de funcionária. Durante a entrevista com a proprietária Josélia Francisco Alves, foi objetiva ao dizer que só deixaria seu outro emprego se a contratação fosse certa. “Quando terminei de falar a dona Jô disse: está contratada. O que ela comenta é que foi uma fala muito grande para um corpo tão pequeno”, conta Cleide. Mesmo já tendo recebido várias propostas para mudar de segmento, ela sempre recusou, porque acha muito difícil deixar o conhecido pelo desconhecido.

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u tinha o sonho de criar uma empresa na área da construção civil, e assim comecei a desenvolver essa ideia, junto dos meus filhos e marido. Criamos uma empresa familiar. Seu nome, dado por mim, achei que seria ideal para nosso comércio, onde unimos o amor ao trabalho, dedicação, humildade e luta ao desejo de vencer”, relata Maria Aparecida Gentine Franceschi, que é sócia e gerente da Riomat Materiais para Construção, função que desempenha faz 28 anos. Ela conta que com o tempo eles conquistaram credibilidade entre fornecedores e fregueses, e conseguiram montar uma boa equipe de colaboradores, e que tudo isso fez com que conseguissem um bom espaço na cidade e região. “É claro que, nem tudo são flores. Tivemos muitos imprevistos, mas quando se ama o que se faz, nada nos tira o desejo de lutar. Ad-

A

rotina da diretora comercial da Refrigeração Araçatuba, Vandrea Rosário, consiste em ir até as obras, diariamente. “Gosto deste contato, assim me dá uma visão exclusiva do que o profissional me passa, junto com o cliente. Acredito que dessa forma fica mais fácil orientar as equipes. Adoro obras, e tenho uma grande satisfação na entrega dos trabalhos”, relata. Ela destaca que o melhor do seu trabalho, onde atua faz mais de 28 anos, é ver os clientes satisfeitos, quando eles ligam para dizer que gostaram do resultado final. Mas a falta de mão de obra qualificada, em seu segmento de atuação, é um fator que ainda dificulta. A empresa existe desde 1967, mas faz aproximadamente 16 anos que Vandrea começou a ver um novo nicho de mercado implantando, direto com clientes e arquitetos da época, um conceito novo de geladeira na varanda. “Não foi fácil, eles perguntavam se funcionava. E aos poucos fomos desenvolvendo os balcões de acordo com os projetos. Nos especializamos nas coifas gourmet,


churrasqueiras e fogões. E aos poucos, mudamos toda fábrica, ferramentaria, frota, para direcionar o balcão refrigerado e coifas em áreas de churrasqueiras e este novo conceito de gourmet”, finaliza.

VILMA JAQUETTO PEREIRA

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empresária Vilma Jaquetto Pereira é sócia-proprietária da Jozan Móveis Rústicos. Faz 10 anos que ela trabalha na área, e tudo começou por causa de uma relação de amizade. “Fui convidada para trabalhar nesta loja. Com os anos, passei a dirigi-la, pois o casal proprietário havia se mudado para São Paulo, por motivos pessoais. Em 2006 tive a oportunidade de adquirir a loja, que estava para fechar e quase sem móveis. Tomamos uma decisão na família, nos apertamos e fizemos a loucura. Assim continuamos o negócio, até hoje. E não tenho interesse em mudar de área”, explica sobre sua entrada e permanência no segmento. Para ela, o lado bom de sua profissão é atender o cliente e vê-lo satisfeito com a mercadoria. Saber que ele é feliz com o móvel adquirido. O lado ruim é ter que lutar com a concorrência desleal, que fornece material de qualidade duvidosa aos clientes, prejudicando o mercado. “É uma atividade trabalhosa, porém, o contato com móveis de madeira que são sinônimo de natureza e emanam uma energia boa, nos dá um grande prazer ao final do dia trabalhado”, pontua Vilma. 43


VIAGEM

VILA MADALENA

Novos espaços e novas edificações transformam São Paulo em outra cidade a cada dia. Nesta matéria, que inaugura a nova coluna VIAGEM, propusemos a Ricardo Zammarian que descobrisse, com seu astuto olhar de arquiteto , novas paisagens da maior metrópole brasileira.

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UM OLHAR DIFERENTE SOBRE SÃO PAULO

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adrenalina da descoberta, do encontro com o novo ou simplesmente o diferente, vale o preço de qualquer passagem. Para estrear esta coluna, vamos falar de um lugar próximo e rico em possibilidades: a Vila Madalena, em São Paulo. Cultural e artisticamente efervescente, o bairro concentra também alguns dos empreendimentos que se destacam pela contemporaneidade e atitude. Especialmente dos incorporadores. (foto 03) A arquitetura original e de qualidade, marca dos projetos implantados ali, impacta o en-

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torno de forma positiva e valoriza os imóveis. Como este prédio, que contrasta e compõe a paisagem da “Vila”. Isto é inegável: ganha a cidade, ganha o cidadão. Usos mistos para os edifícios, recuos generosos, calçadas mais largas e abertas como pequenas praças para o público. O módulo Fidalga, (fotos 01 e 04) do mesmo empreendedor, é um mix de estúdios de empresas que lidam com arte visual, cinema e vídeo. Existe, é possível e paga-se muito por isto. Uma pequena fortuna. Em destaque uma proposta de edificação:

uma ‘Vila’ - pequeno agrupamento de casas - que, embora tradicional em Rio Preto - temos alguns exemplos ainda no centro - foi banida das possibilidades de uso de nosso solo urbano. Para se repensar. Veja este exemplo, sofisticado, “Vila Aspicuelta”, (fotos 02 e 05) na vila Madalena também, foi destaque em publicações recentes e mostra como pensar diferente vale a pena. Se você ainda não é freguês, visite a Vila Madalena, o cenário vale a pena... rimou! Serviço: Ricardo Zammarian - Fone 3212-1850

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REFORMA

Fotos depois: Donizeti Batista

Denise Gazeta e Lígia Córdova

Sutil transformação I

nstalada numa da mais movimentadas ruas de São José do Rio Preto, a tradicional gráfica merecia uma reforma que a destacasse de maneira rápida e limpa. As arquitetas Denise Gazeta e Lígia Cordova souberam valorizar a edificação de forma moderna e sutil. SERVIÇO: Córdova e Gazeta - Fone: 17 3216-5786

Antes

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SOCIAL

ENCONTRO

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mês de dezembro movimentou e promoveu encontros entre arquitetos e decoradores. Os dias do engenheiro e arquiteto, comemorados respectivamente dia 11 e 15 de dezembro, juntou profissionais do setor de São José do Rio Preto e Região na Casa dos Construtores, uma das maiores lojas de material de construção do Interior Paulista.

01 - Monique Shiota, Daniela Abudi, Ricardo Zammarian 02 - Oswaldo Polizio e Fábio Shiota 03 - Edna Jorge Estevan, Heleninha, Juliana, Neusa, Marilda, Liciane, Daniela, Neiriane 04 - Sérgio Florido

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10 - Susi e Marcelo Campos 11 - Leader Ferreira 12 - José Alberto Sant´Anna e Daniele Fazzini 13 - Cláudio Boscaino, Sandra Bergo e Denise Farina 14 - Beta Bozzane e Marcelo Fonseca 15 - Eremar Garcia e Karina Winter

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Ilda Vilela Por

Fotos: Foto M

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05 - Karina Vaz de Oliveira e Maísa Ramos 06 - Helena Bergamo Fonseca 07 - Ary Rodrigues Alves Neto, Andréia Colares, Diego Carmona, Fabiana Munhoz e Cláudia Rinaldi 08 - Saulo Correa 09 - Janaína de Souza, Nelsi Rodrigues, Sueli Ferreira, Maísa da Mata, Katia Bacchi e Mariana Lia

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16 - Airan, Marco e diretor da Atlas, José Aloisio Ricciard 17 - José Paulo Servo e Renata Domarco 18 - Fernanda Capatti, José Luis Batista, Kátia Bacchi e Alexandre Lima 19 - Ângelo Matos e Sandra Moura 20 - Antonio Alberto Cortêz 21 - Marcelo e Airton Fonseca e Paulo da Cerâmica Portinari

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SOCIAL 22 - LeandroMadi e filho 23 - Marcela Fratantonio e Flávia Borges 24 - Emerson da Silva e Carolina Brandi

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28 - Camila Lisboa 29 - Sâmia, Beta Bozzani e Patrícia Fiaschi 30 - Monique Shiota e Janaína de Souza

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30 31 - Marcelo Fonseca e Márcio Rufino de Araújo 32 - Representantes do escritório Cláudia Togni 33 - Oswalte José Bovone

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34 - Rogério e Sérgio, da Cia Interativa 35 - João Luis Vita, Meire e Rose.

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