Revista Obras & dicas - Ed. 42 Agosto - Setembro 2014

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Distribuição Gratuita

Agosto - Setembro de 2014 - Ano 7 - nº 42 www.obrasedicas.com.br

ESPECIAL

SUSTENTABILIDADE 1


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EXPEDIENTE

EDITORIAL

DESISTIR? JAMAIS! A

Diretor-Geral Donizeti Batista Diretora Editorial Arquiteta Denise Farina

cada ano, em nossa edição sobre sustentabilidade, a equipe toda se surpreende com a quantidade de produtos sustentáveis presentes no mercado. Desde tintas à base de cacos de telha, a revestimentos feitos com cabos de vassoura, a variedade e criatividade impressionam! Agora, impressionante mesmo são as atitudes sustentáveis, começando por projetos relativamente simples de serem executados, como o telhado verde proposto pela arquiteta Martha Alves, até planejamento de parques, praças e bairros voltados a estas questões. Atitudes que pessoas do bem levam a sério,

Executiva de Vendas: Mariana Guarezimi Jornalista responsável Cris Oliveira - Mtb 35.158 Projeto Gráfico / Editoração Marcelo Arede Dep. Financeiro Bruna Lubre Sugestões contato@obrasedicas.com.br Had Captações e Propaganda Ltda-ME 17 3033-3030 - 3353-2556 revistaobrasedicas@hotmail.com contato@obrasedicas.com.br www.obrasedicas.com.br

Agosto - Setembro / 2014 Nº 42 - Ano 7 Foto: Divulgação

Distribuição Gratuita. Dirigida aos setores relacionados à Construção Civil - São José do Rio Preto e Região. 6

Foto: Arquivo pessoal

revistaobras&dicas

Denise Farina Diretora Editorial

denisefarina@denisefarina.com.br

como o Sr. Valdemar Marques, que resolveu aproveitar a madeira do entulho da própria obra, para fazer, ele mesmo, um deck maravilhoso! Ou do arquiteto e designer Ricardo Rodrigues, que nos conta um pouco de sua viagem aos Estados Unidos, para onde exporta suas peças feitas com material totalmente reaproveitado. Tudo isso, e muito mais, está em nossa matéria de capa, que norteia praticamente toda a revista, com reportagens que têm, em comum, o fato de mostrar que, apesar de tudo, há gente que não desiste e acredita num mundo melhor, justo e autossuficiente!


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ÍNDICE ESTRUTURA

Madeira volta a ganhar espaço nas estruturas

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PAPO DE OBRA Pisos Ecológicos

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PAINEL DE NEGÓCIOS Tradição em fundição e serralheria artística

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ESPECIAL

Produtos da Tarkett

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ESPECIAL SUSTENTABILIDADE Um direito do planeta e um dever de todos

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VITRINE

Objetos de desejos Casa Cor 2014

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PROJETO

Silvia Scali - Criatividade e aconchego

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VIAGEM

Fort Lauderdale, FL, USA

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ESPECIAL

Lelé: o Arquiteto que eu gostaria de ter sido

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SOCIAL

Por Ilda Vilela

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ESTRUTURA

Foto: Divulgação

MADEIRA VOLTA A GANHAR ESPAÇO NAS ESTRUTURAS A madeira é um dos materiais mais utilizados nas construções, especialmente nas antigas, sendo que o metal apenas ganhou espaço com a revolução industrial. E com a chegada do concreto armado, a madeira foi deixada em segundo plano nas estruturas, por muitos, mas na atualidade isso tem mudando consideravelmente. Para a arquiteta urbanista Silvia Scali, as vantagens de investir em estruturas de madeira são “ter uma obra mais rápida e limpa, gerar menos entulho e a madeira de reflorestamento ser renovável”. A arquiteta Solange Cálio

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completa destacando também “o aconchego, apelo visual e a valorização do ambiente”. Além disso, apresenta bom isolamento térmico e acústico, exige baixa demanda de energia para produção, pode ser reutilizada várias vezes, tem custo relativamente baixo e não oxida como o metal, que quando é levado à altas temperaturas pela ocorrência de fogo deforma-se, perdendo a função estrutural. Entre as desvantagens está a de requerer maior manutenção. “A madeira tem pequenas dilatações que acontecem entre a alvenaria e a madeira, que se tomados os devidos

cuidados não ficarão tão aparentes. Tenha cuidado ao comprar a madeira, saiba a espécie para não adquirir uma inadequada ao uso que ficará sujeita ao apodrecimento”, aconselha Silvia. “Toda madeira utilizada deve receber tratamento com produtos específicos, que garantam uma maior durabilidade. Uma das opções usadas é o autoclave, um cilindro que suporta pressão, onde a madeira é introduzida e produtos químicos são injetados, tornando-a mais resistente à ação de fungos e insetos (brocas e cupins), principalmente se


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ESTRUTURA

a madeira ficar em contato direto com a água ou o solo. Existem outros produtos químicos específicos para cada madeira. As madeiras mais macias são mais vulneráveis às pragas, do que as duras”, ensina Solange. “A madeira tratada (usada em praticamente 80% das construções) já vem assim da usina e, portanto, totalmente imune a ataques de insetos e pragas. Reaplicar, a cada três anos, o stain (impregnante que oferece alta repelência a água, e realça o relevo da madeira) ajuda a manter a aparência mais nova. Um preconceito comum com a madeira é por conta do uso do verniz. Isso acontece porque com um ano ele craquela e descasca, e para sua reaplicação é necessário lixar tudo. Com stain as aplicações penetram na madeira e não é necessária a remoção, além de durar mais e não descascar como o verniz”, destaca Silvia. Em geral, todo tipo de edificação pode ter estrutura de madeira. Nos terrenos em aclive e declive esse tipo de estrutura é uma opção menos agressiva ao meio, por interferir menos na topografia do terreno. Condomínios e terrenos com bastante verde, geralmente pedem uma construção mais aconchegante, que só a madeira pode proporcionar. As espécies mais utilizadas em estruturas no Brasil são: peroba rosa, eucalipto, pinho, jatobá, maçaranduba, garapa, aroeira e itaúba. “Quase todas as obras que executo são com eucalipto tratado em autoclave (rolião ou aparelhado), mas ainda temos procura por estruturas de jatobá, garapeira, madeiras mais nobres, porém, muito mais caras. A durabilidade do eucalipto tratado é igual a estas madeiras”, conclui Silvia Scali. Como a madeira tem muitas variações, devido às suas espécies apresentarem propriedades distintas, é importante que o profissional contratado tenha conhecimento das características para o melhor aproveitamento do material. Também é importante estar atento para que a madeira seja certificada e de reflorestamento. Por isso, procure comprar de fornecedores que possuem a certificação, para garantir não só a espécie, mas a procedência da mesma. Lembrando que o eucalipto não necessita de certificação. “A madeira certificada vem com carimbo e anotações na Nota Fiscal. Procure, sempre, empresas idôneas”, finaliza Solange Cálio. 12

Foto: Divulgação


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PAPO DE OBRA

PISOS ECOLÓGICOS A ÁGUA DE VOLTA AOS LENÇÓIS FREÁTICOS

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s pisos ecologicamente corretos, não precisam passar por fornos, são apenas colocados em uma câmara de cura, alimentada com energia solar. Com isso, não há gasto de energia elétrica e emissão de gases poluentes. Portanto, sua fabricação é ecológica. Sua função também é ecológica por drenar a água das chuvas e devolvê-la ao lençol freático imediatamente, evitando enchentes e preservando a qualidade do solo em áreas construídas”, explica William Seraphim proprietário da Pec Pisos. “Os pisos intertravados são considerados ecológicos, pois, como ele é só intertravado um ao outro, sem juntas, ele faz com que a água penetre no solo. No caso do intertravado drenante este índice de absorção aumenta, o que o torna mais ecológico ainda. E os que mais têm funções ecológicas são os pisogramas, que tem espaços para plantar grama entre eles, mantendo o verde presente. O único inconveniente é que o pisograma não tem a resistência de um intertravado”, pontua Ítalo Garisto Conte, engenheiro civil e proprietário da Conte Pisos Intertravados. Os pisos intertravados têm conseguido cada vez mais espaços, e vem substituindo os sistemas de pavimentação existentes (asfalto, paralelepípedo, concreto lixado). Também é crescente a procura por pisos drenantes, que absorvem muito mais água, por ser inteiro furado e deixar a água correr dentro da peça. Ambos têm a mesma função, a diferença é que os intertravados são de concreto pré-fabricado, com grande resistência ao trafego pesado, enquanto os drenantes são porosos, devido a sua permeabilidade e absorção da água. “Os pisos drenantes absorvem a água e reduzem o risco de enchentes, pois escoam quase completamente a água (até 80%) com muita rapidez, impedindo o acumulo do líquido. Para espaços públicos, garante uma drenagem ideal nas calçadas, não deixando poças. Por sua qualidade antiderrapante, também aumenta a segurança das calçadas

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PAPO DE OBRA

ou dos entorno de piscinas, pois evita acidentes como quedas e escorregões”, destaca William Seraphim. Esse segmento de pisos pode ser usado em calcadas, jardins, praças, áreas de lazer, garagens, margem de piscina, espaços gourmet, indústrias, residências, ruas, pátios, enfim se adapta a muitos projetos.

VANTAGENS

Veja algumas vantagens de investir em pisos intertravados: - durabilidade superior aos pisos comuns; - dispensa o uso de argamassa ou contra piso na instalação, podendo ser colocado em cima da areia ou pó de pedra; - pode ser reutilizado em reformas ou projetos futuros, basta destravar todo o piso, fazer as intervenções e reformas e reinstala-lo; - conforto térmico: sua temperatura é mais baixa, se comparado aos demais, pois, por ser de cor clara e conter juntas entre as peças, dissipa o calor absorvido com mais facilidade; - resistência: por ser feito em prensa hidráulica e cimento ARI, possui uma resistência indicada para qualquer pavimento, desde residências até rodovias e portos. Isso tudo sem falar no custo. “Hoje, pelo processo produtivo em larga escala, ele se tornou mais barato que muitos pisos. Outro fato importante desse baixo custo é que não utiliza cimento para seu assentamento, é somente colocado lado a lado, e ficam intertravados, como o próprio nome já diz. E por ser facilmente assentados, a sua mão de obra se torna mais barata (utiliza poucos equipamentos), o que no custo final traz um grande beneficio”, finaliza Ítalo Conte. 16

Fotos: Divulgação


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PAINEL DE NEGÓCIOS

Fotos: Divulgação

TRADIÇÃO EM FUNDIÇÃO E SERRALHERIA ARTÍSTICA

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Art-Placas Metais abriu suas portas, em São José do Rio Preto, em fevereiro de 1975. Na cidade, mantêm uma indústria no primeiro distrito industrial, e uma loja, na região central. Outra loja está na cidade de Presidente Prudente, responsável por atender aquela região do estado de São Paulo, há 35 anos. Com uma história de sucesso, a empresa se estruturou oferecendo aos seus clientes o que há de melhor em fundição artística, ferramentaria e serralheria artística. “O que diferencia a Art-Placas Metais de outras empresas do ramo é a diversidade de produtos que fabrica. Notadamente, nos tornamos referência quando se exige maior co-

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nhecimento técnico, tanto nos produtos mecânicos quanto nas peças artísticas, visto que a empresa domina, com muita competência, a fabricação de matrizes para os mais diferentes tipos de metais fundidos, bem como os metais forjados (ferreiros, modeladores, fundidores, designers), fatores que a coloca em grande vantagem quando se procura produtos diferenciados e com qualidade”, explica David Neves. A empresa iniciou suas atividades por extensão da experiência adquirida na fabricação de bustos, sinos, imagens, entre outros. Hoje, na sua extensa linha de fabricação, tem o seguimento da construção civil como foco, tendo se especializado na fabricação de es-

cadas metálicas (alto padrão), guarda-corpo, corrimão (desde os mais simples aos mais sofisticados), portas de alto padrão e vários outros produtos que podem ser apreciados no seu showroom, que fica anexo à indústria. “Acredito que o sucesso se deve ao fato de reunir pessoas com extremo amor à arte. Muitos dos nossos colaboradores estão na empresa, praticamente, desde a sua fundação. É uma equipe comprometida com a satisfação dos clientes, e consciente de suas responsabilidades. Para a Art-Placas, é um verdadeiro prêmio saber da satisfação de milhares de clientes com o nosso trabalho, ao longo de todos esses anos”, conclui David Neves.


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ESPECIAL

Fotos: Leandro Marcato

FOCO NA SUSTENTABILIDADE

REGIÃO JÁ CONTA COM PRODUTOS DA TARKETT

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Ecori disponibiliza, há três anos, para seus clientes de São José do Rio Preto e região, os pisos vinílicos da Tarkett. A empresa é líder mundial no setor de piso vinílico, com 37 fábricas no mundo, dispondo de uma gama enorme de cores e modelos, para atender a todos os gostos. Além disso, possui farto estoque de todos os produtos.

“Na Ecori estão disponíveis 15 linhas de produtos da Tarkett, nos sistemas de réguas, placas e mantas, com centenas de cores diferentes. Eles apresentam várias funcionalidades, podendo ser aplicados nos setores residencial, comercial, de saúde, educação, hotelaria, corporativo e esportivo”, destaca Marcelo von Gal, diretor comercial da Ecori.

Os pisos ainda têm a vantagem de serem considerados como produtos sustentáveis, pois a Tarkett possui o ISO 14.001 e utiliza produtos reciclados para a produção de seus pisos. Ecori - Soluções em pisos e revestimentos 17 3222-2196 - 99777-2196

SAIBA MAIS O Grupo Tarkett produz anualmente mais de 400 milhões de metros quadrados de pisos e revestimentos. É líder mundial em produção de vinílicos e oferece a mais ampla gama de soluções e acessórios para pisos, revestimentos e superfícies desportivas. As soluções de alto desempenho da Tarkett incluem uma grande variedade de materiais e cores, que podem ser personalizados para combinar perfeitamente com qualquer ambiente.

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CAPA

SUS TEN TABILI DADE

UM DIREITO DO PLANETA E UM

DEVER DE TODOS 22


A

sustentabilidade na construção civil é crescente. Chamada por alguns de construção verde, as soluções ambientais têm ido além do interesse de profissionais, sendo uma exigência dos clientes. E como uma coisa alavanca a outra, hoje o mercado oferece uma infinidade de produtos e soluções que ajudam a viabilizar esse tipo de projeto. Considera-se sustentável a obra que, desde o início do projeto até sua conclusão, busca meios para fazer o melhor uso dos recursos naturais, investe em sistemas e tecnologias que possibilitam a redução de gastos de água e energia, além de criar a coleta seletiva para que o lixo produzido pelos moradores possa ser descartado de maneira correta. Alguns exemplos do que tem sido empregado nos projetos deste seguimento são: reutilização da água da chuva ou do chuveiro, valorização da luz natural, aquecimento solar, torneiras com temporizadores, lâmpadas e luminárias de LED, sensores de presença para acionamento de iluminação, vasos sanitários com baixo consumo de água, madeira certificada, tintas à base de água e uma variedade de produtos para a construção seca. Outra preocupação está relacionada ao entulho produzido. Para sanar o desperdício, a

primeira coisa a ser levada em consideração é o consumo consciente, ou seja, nada de desperdiçar material. Também é importante fazer o acondicionamento correto de tudo que não terá mais serventia, e destinar para a reciclagem. Felizmente, muitas cidades já mantêm projetos deste tipo, que ajudam o meio ambiente e geram renda. De olho na tendência atual, várias construtoras e incorporadoras têm demonstrado preocupação com o tema e, na hora de mostrar seus empreendimentos aos compradores, fazem questão de destacar tudo que o projeto tem de sustentável, e o quanto isso pode ser interessante para evitar desperdícios, gerando economia também nas contas do mês. Um exemplo vem das construtoras Camargo Corrêa, Odebrecht, OAS e Andrade Gutierrez, que, através de uma parceria com o Instituto Ethos, lançaram o Guia Metodológico para Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) na Engenharia e Construção. Algumas pessoas ainda se perguntam se investir nesse tipo de construção realmente vale a pena. A resposta é: sim. Se por um lado alguns materiais podem ser um pouco mais caros que os comuns, por outro, a curto, médio e longo prazo, a economia é visível. Esses materiais levam maior vida útil para a construção e menores custos de manutenção. E tem mais, uma construção sustentável é beneficia até para a saúde dos moradores, pois conta com materiais mais saudáveis. E para os que ainda não se convenceram, pense como será a vida dos seus filhos e netos, se as providências não forem tomadas desde já. 23


CAPA

PRAÇA VICTOR CIVITA

MUSEU ABERTO DA SUSTENTABILIDADE

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projeto da Praça Victor Civita se tornou realidade através de uma parceria público-privada. Ele venceu o VII Grande Prêmio de Arquitetura Corporativa e do IAB 2008. Trata-se da recuperação de um espaço público contaminado, localizado em Pinheiros, São Paulo, através da implementação de um museu a céu aberto com 13,6 mil m². A arquiteta urbanista Adriana Levisky é quem assina o projeto. A praça tem como objetivo proporcionar, para a população, uma reflexão sobre conceitos de cidadania, sustentabilidade, responsabilidade social e cultural, transformando um espaço antes contaminado, em uma área de lazer para a população.

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Um grande deck de madeira certificada pousa sobre o terreno, sustentado por estrutura metálica, de modo a impedir o contato com o solo contaminado. O deck se estende na diagonal do terreno, propondo um percurso que enfatiza a perspectiva natural do espaço e convida o usuário a percorrer os caminhos da Praça. Como o casco de um grande barco, o deck se desdobra do plano horizontal ao vertical com formas curvilíneas, criando ambientes que se delimitam pela tridimensionalidade da forma, grandes “salas urbanas” que diversificam e incentivam o uso público do espaço. Idealizada para ser um Museu da Sustentabilidade, a Praça Victor Civita ganha novas

vocações, voltadas à música experimental, ao cinema noturno, musica instrumental que acabaram por recepcionar eventos e atividades com algumas milhares de pessoas. Junto a essas experiências, o usuário tem acesso a outros programas, como: deck de madeira e deck de piso de concreto: percurso consciente; laboratório de plantas (sistema de reuso de águas + biocombustíveis); Museu da Reabilitação Ambiental – Edifício Incinerador; praça de paralelepípedos; centro da terceira idade; arena, arquibancada para 240 pessoas; sanitários, depósitos, cabine de som; camarins; oficina de educação ambiental; bosque; jardins verticais; e alagados construídos (reuso de águas).


Fotos: Divulgação

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CAPA

Fotos: Divulgação

BAIRRO PLANEJADO ATENDE POPULAÇÃO COM ÁREAS VERDES

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Cidade Jardim é um bairro planejado no Rio de Janeiro, que ocupa uma área de 512 mil m², sendo que cerca de 150 mil m², ou 30% de todo o terreno, comporta áreas verdes de acesso público, entre parques lineares, cinturões verdes e alamedas. Para uso dos moradores: vias de acesso, calçadas e ciclovias, todos arborizados. Já os dois parques são abertos também à população. “Isto mostra a necessidade de planejamento urbano dotado de áreas verdes que conectem as diversas atividades do cotidiano. Os parques permitem a evidente me-

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lhora na qualidade ambiental com a utilização de vegetação nativa, frutíferas e floríferas para atrair a avifauna, promover sombreamentos para os deslocamentos/atividades e um ganho em conforto térmico. Todos estes aspectos contribuem para uma tendência urbana de promover um contato maior com a natureza”, destaca o arquiteto paisagista Benedito Abbud, responsável pela arquitetura paisagística do empreendimento. Para a garantia de uma ocupação mais equilibrada com preservação estética e ambiental, as redes de telefonia, eletricidade, água, es-

goto e iluminação pública são subterrâneas. O projeto contempla ainda espaço esportivo com equipamentos para todas as idades, orquidário, área para atividades físicas (agility), destinada aos cães, e lago. No bairro, todo o calçamento é em piso intertravado, de fácil manutenção, que auxilia na drenagem da água da chuva e é acessível em termos de largura e inclinação. Possui também rampa para vencer desníveis entre a calçada e a rua, de modo confortável para pedestres e bicicletas, além de iluminação que privilegia também a calçada.


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CAPA

Fotos: Rubens Campo

PARQUE CELSO DANIEL GANHA “BANHO DE LUZ” REVITALIZAÇÃO DE PARQUE EM SANTO ANDRÉ INCLUI SISTEMA DE ILUMINAÇÃO LED

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pós nove meses de obras, o Parque Celso Daniel em Santo André (SP) ganhou nova iluminação no mês de abril. Parte do projeto de remodelação do Parque envolvendo melhorias estruturais, adequações e criação de novas áreas para lazer, inclui o sistema de iluminação LED que é considerado um marco pela gestão local, porque inaugura o programa municipal de investimento em qualidade e economia de energia. Denominado de “Banho de Luz”, o programa visa atingir o máximo de investimento na cidade, com tecnologia LED. As lâmpadas Vapor de Sódio de 150W e Vapor de Mercúrio 150W que estavam no local, foram substituídas por 253 luminárias LED. Além da depreciação luminosa, após 14 anos de uso sem retrofit das tecnologias usadas, não atendiam mais as demandas dos usuários do parque, pois o baixo Índice de Reprodução de Cor (IRC) do sistema com Vapor de Sódios contribuía para um aumento 28

da sensação de insegurança. O nível de iluminação existente possuía baixos níveis com pouca uniformidade e, após a remodelação, passou para 34 lux de média, com uniformidade de 0,49, o que garante um sistema de iluminação excelente. As lentes ópticas da luminária LED proporcionam uniformidade na distribuição da luz, cuja temperatura de cor branca contribui para aumentar efetivamente a luminosidade, sem danos à fauna e à flora. Do ponto visto de gestão de recursos públicos, as lâmpadas, com aproximadamente 14 anos de uso, tinham um elevado consumo e pouca eficiência. “Devido à precariedade do sistema anterior, é difícil dizer com precisão qual o nível de consumo existente, mas com o novo projeto pode-se afirmar que a economia de energia está em torno de 76%”, afirma Ricardo Longarço das Lâmpadas Golden, empresa fornecedora. Outra vantagem do “Banho de Luz”, que

o parque recebeu é a redução dos custos de manutenção em decorrência da maior longevidade dos produtos LED. No sistema convencional trocava-se lâmpadas a cada dois anos e meio e com as novas luminárias, ocorrerá somente daqui 11 anos. Além de trocas de postes e luminárias, foram adicionados mais pontos de iluminação para melhorar o resultado do projeto. No total, o espaço recebeu 720 pontos de Iluminação, sendo 84 lâmpadas convencionais (brancas) e 636 de LED. Também foram instalados 200 balizadores com tecnologia LED para demarcação da pista de corrida. Com 67.500 m² de área e uma média de 25mil usuários por mês, o Parque Celso Daniel é um espaço urbano para uso público dos mais importantes de Santo André, reunindo em um único local pista de cooper, campos de futebol, quadra de tênis, espaço para leitura, estacionamento, redário, lagos, área para academia e brinquedoteca.


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CAPA

“Gaia, mãe de todos nós, canto-te, a mais antiga das deusas, De alicerces firmes, tu que alimentas todas as criaturas que vivem na Terra, Tantas como as que se movem na terra iluminada, nadam no mar E voam no ar – a todas elas alimentas com generosidade. Senhora, de ti vem nossos filhos e as colheitas abundantes, Tu és o poder que cria vidas mortais e as leva consigo.” J. Donald Hughes

TELHADO VERDE

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abemos, que toda interferência na paisagem natural provoca um impacto ambiental e que os recursos naturais do Planeta são finitos. Por isso, existe um um movimento, dentre os profissionais que atuam na transformação dos ambientes naturais, na direção de projetos sustentáveis, que tem como base, o mínimo impacto ambiental, uso e renovação de recursos naturais e geração de energia. Pensar as intervenções inseridas no contexto atual, de escassez ou de distribuição de recursos energéticos e naturais desequilibrados, quebra o paradigma do final do século XIX, da produção em série e em massa para atender as necessidades de sobrevivência do ser humano, sem a preocupação com a qualidade de vida futura. O Planeta tem seus ciclos e sistemas, e fazemos parte dele como todos os outros seres. Um arquiteto, um designer, tem que pensar soluções que atendam não só as necessidades dos humanos no uso dos espaços, mas também observar os ciclos e sistemas da Terra, para minimizar os impactos dessa construção em toda sua vida útil, bem como saber

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o que fazer, quando deixar de ser útil. Pensar na devolução, para o ambiente, desse espaço construído, que convive com outros espaços construídos e naturais. Em 1987 a ONU definiu sustentabilidade como: “atendimento das necessidades das gerações atuais, sem comprometer a possibilidade de satisfação do atendimento das necessidades das gerações futuras.” Em 1993 foi criado, nos Estados Unidos, o “United States Green Building Concil” (USGBC), Conselho Americano de Construções Sustentáveis. Esse Conselho estabeleceu critérios e pontuação para controlar e certificar as novas construções e renovações, divididas em categorias, o chamado “Leadership in Energy and Environmental Design” (LEED), Liderança Energia e Projeto Ambiental. Os critérios são: o uso racional da água, eficiência energética, redução, reutilização e reciclagem de materiais e recursos, qualidade dos ambientes internos da edificação, espaço sustentável, inovação e tecnologia e atendimento as necessidades locais. Também na preservação, conservação, restauração, retrofit e reformas. Evitando as

demolições e a produção de entulhos e lixo, adequando as edificações existentes segundo os critérios de sustentabilidade. Sendo que muitas delas foram erguidas de acordo com técnicas construtivas antigas, planejadas de acordo com as condições climáticas e geográficas, com utilização de recursos naturais, tanto na escolha de materiais tirados da própria natureza, que são reabsorvidos pelo ambiente sem causar danos, assim como os recursos técnicos de boa ventilação, iluminação e orientação. Além de se basear nos preceitos de sustentabilidade, mantém a referência afetiva e de identidade do lugar. Mas isso não depende só da vontade e entendimento dos arquitetos e designers, depende também do cliente, seja público ou privado. Quando somos contratados para fazer um projeto temos obrigação, sim, de propor e mostrar a importância e necessidade de uma construção em harmonia com o meio ambiente. Essa possibilidade existe, mas o entendimento é que leva a sua concretização. Muitos profissionais têm buscado esses conhecimentos e aplicado em seus projetos e construções.


Fotos: Martha Alves

PASSO A PASSO Essa casa que foi construída em Tanabi, atende parte dos critérios estabelecidos. E só foi construída, graças a proposta do arquiteto Ivo Giroto em parceria comigo, a arquiteta Martha Alves, e do entendimento da cliente Sila Scrocchio, dessa necessidade. Podemos ver soluções simples, como o armazenamento e utilização de toda a água da chuva, inclusive a excedente que cai no telhado verde. Ela é captada e levada através de dutos para um poço previamente construído, e depois utilizada para rega do jardim e lavagem de calçada. Temos também placa de aquecimento solar, para aquecimento da água, sem a necessidade de utilização de energia elétrica. Investimos em iluminação e ventilação natural, através de aberturas generosas e estrategicamente colocadas para a circulação de ar e

entrada de luz, evitando o uso de ar condicionado e diminuindo o uso de energia elétrica, proveniente da iluminação artificial. Na implantação, as áreas externas permeáveis com vegetação, jardim interno, e a construção do telhado verde, colaboram para manter a umidade do ar e temperatura ambiente confortáveis, interna e externamente, estendendo assim esses benefícios para a cidade onde esta inserida, produzindo bem-estar e qualidade de vida, no habitar e usar o espaço. Assim respeitamos o ambiente no qual vivemos, tendo como inspiração, a própria mãe Gaia em sua generosidade. Martha Alves Ferreira, arquiteta e sócia no escritório “1922” especializado em retrofit e restauração

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CAPA

Fotos: Divulgação

O PRIMEIRO ECOCOMMERCIAL BUILDING DA AMÉRICA LATINA

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ão Paulo ganhou, em 2014, o primeiro EcoCommercial Building (ECB) da América Latina. A iniciativa é comandada pela Bayer Material Science. O edifício foi criado para conscientizar o mercado da construção civil sobre os diferentes materiais e tecnologias disponíveis em prol da sustentabilidade. O ECB funciona como espaço de convivência dos dois mil colaboradores da unidade, além de ser aberto para visitação, treinamentos e eventos em construção sustentável. O projeto reúne o que há de mais moderno em tecnologias, sistemas e materiais. Isso torna possível, por exemplo, transferir a energia solar não utilizada no edifício para outros prédios localizados dentro da sede da empresa. Todas as particularidades do local onde o edifício foi erguido foram levadas em consideração. Desta forma, houve uma queda significativa no custo de operação do prédio, que consome muito menos energia e água, além de ter uma maior durabilidade para uso, em função dos materiais utilizados. “Essas características, somadas a materiais altamente tecnológicos, resultaram em um prédio com alta eficiência energética e 98% de insumos produzidos por empresas locais”, comenta Fernando Resende, Head do EcoCommercial Building no Brasil. Para viabilizar a construção do ECB e de prédios sustentáveis para o mercado de construção em geral no Brasil, a Bayer conta com o apoio de 13 empresas parceiras: Thermopol (isolamento térmico em spray de secagem rápida); Schneider Electric (automação); Bosch (aquecimento de água solar e a gás); Andaluz Acessibilidade e Acesso; NS Brazil; Aquabrasilis (tratamento da água da chuva utilizada no espelho d’água localizado no edifício e bacias sanitárias); Command Commissioning e Cushman&Wakefield (responsável pelo processo de certificação LEED); TÜV Rheiland; Loeb Capote; Bayer Material Science; Artecola; Grupo FCC; e Henkel.

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CAPA

Fotos: Denise Farina

O LIXO QUE VIROU DECK

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aposentado Antonio Waldemar Marques é um exemplo de que, com um pouco de criatividade, observação e esforço conjunto, é possível aproveitar o que parecia lixo, para embelezar e levar conforto, unindo o útil ao agradável. Durante a construção do projeto da sua casa, feito pela arquiteta Denise Farina, viu que parte da madeira de caibro comprada, para ser utilizada na estrutura, acabava sendo descartada, e junto à arquiteta, resolveram dar a ela uma nova função. “Percebemos que se perde muito desse material, e então tivemos a ideia de fazer algo diferente. Sempre fui muito observador, e me ocorreu usar essas sobras do caibro para fazer um deck. Como não tenho as ferramentas adequadas, chamei um marceneiro para tornar realidade o que eu estava pensando. E deu certo, ficou como eu imaginava e a Denise adorou! Agora é cuidar da manutenção. Acho que morar em um lugar e poder ver algo que você idealizou é muito gratificante”, conta Marques. Além de economizar no bolso, o aposentado ainda fez uma boa ação ambiental, já que o material seria descartado, e pode ter uma destinação útil e limpa.

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Fotos: Rafael Renzo - Casa Cor 2014

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CAPA

PENSE VERDE - GADIA HOUSE O Conceito básico da arquitetura na atualidade é a sustentabilidade. Por meio da aplicação de conceitos de eficiência energética, aproveitamento de águas pluviais, sistema construtivo visando à sustentabilidade, incorporando conceitos que promovem a diminuição de impactos ambientais, e com a verificação de seu potencial através do monitoramento ambiental e de consumo. A sustentabilidade baseia-se no desenvolvimento, de acordo com as necessidades do presente, sem comprometer a capacidade das gerações futuras, de satisfazer suas próprias necessidades. Portanto, um projeto realmente sustentável deve considerar seu impacto sobre as gerações futuras, onde os principais aspectos a serem considerados no ambiente construído são o uso da energia, água, materiais, emissão de poluentes e transporte. Abaixo, estão algumas soluções, materiais e sistemas, que estão sendo implantados em minha residência e pensados nos projetos atuais:

•Energia Renovável Fotovoltaica; Os sistemas fotovoltaicos são capazes de gerar energia elétrica, através das chamadas células fotovoltaicas. As células fotovoltaicas são feitas de materiais capazes de transformar a radiação solar, diretamente, em energia elétrica, através do chamado “efeito fotovoltaico”. Hoje, o material mais difundido para este uso é o silício. O custo do sistema fotovoltaico depende do seu tamanho e equipamentos selecionados, que por sua vez dependem da quantidade de energia necessária e de características do local da instalação. Um sistema comple36

to e instalado custa aproximadamente de $ 15mil a $ 30mil. Um sistema fotovoltaico conectado à rede tem uma vida útil de 30 a 40 anos, sendo que a maioria dos painéis fotovoltaicos tem garantia de 25 anos, para produção de pelo menos 80% da potência nominal. O sistema joga a energia excedente na rede e o relógio registra esse excedente como crédito, que será compensado pelo consumo durante a noite, dias nublados ou até mesmo nos meses subsequentes. Para isso, a concessionária trocará o relógio comum por um bidirecional. É como se a rede pública fosse sua

“bateria”, recebendo a energia para o uso em outro momento O sistema funciona de forma integrada com a rede elétrica e o consumidor pode trocar energia com esta rede, pagando apenas a diferença entre seu consumo e a produção própria de energia. •Aquecimento solar de água através de painéis coletores; •Equipamentos eletroeletrônicos eficientes: pelo menos 80% dos equipamentos devem atender o nível A da etiqueta Procel;


37


CAPA

FECHAMENTO EM EPS

N

28.93 0.15

15.35

1.50

9.40

7.90

VIDRO REFLETIVO (49% PROTEÇÃO SOLAR)

3,69

J9

1,98

7,57

COLETA SELETIVA

P4 1,50

6,85

1,50

0,99

3,43

7,15

J4

29.96

1,10

P24

1,30

P3 J5

AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL

2,76 2,50

J4

3,43

2,75 2,53

2,50

1,50

J6

P25 P2 J2 3,70

10.45

P3

3,85

0,95 0,50 3,63

3,70

J1 5.50

1,43

1,50

J7

1,70 1,70

3,00

P4

1,50

1,80

14.60

P3 P5

1,70

1,30

6,23

3,35

3,00

P4

1,60

30.00

1,57

1,00

7,15

0.15

3,35

1,98

3,67

4.00

0,99

10,35

3,63

1,50

1,50

18.50

1.50

2,12

3,20

P1 2,50

1,50

5.00

5.00

CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA

21.00

6.00 27.00

TÉRREO

4/8

ESCALA 1:125

Térreo

•Uso racional de água com medição e gerenciamento do consumo de água fria. (medição setorizada); •Projeto luminotécnico calculado com mais de 70% de lâmpadas LED, lâmpadas de baixo consumo e automatizadas; •Instalações hidráulicas utilizando dispositivos economizadores; •Aproveitamento de água pluvial; Reduzir a conta mensal de água e contribuir para a sustentabilidade do planeta, são as vantagens de se instalar um sistema de captação de água da chuva em residências. Já usados em larga escala por condomínios, indústrias e prédios comerciais, os sistemas de captação estão cada vez mais acessíveis para as residências. O investimento inicial vai de R$ 1,5 mil a R$ 8 mil e acaba sendo pago alguns 38

anos após a instalação do equipamento, isso porque a economia proporcionada reduzirá a conta de água em torno de 30%, mas pode ser ainda maior. Para quem está construindo uma casa, a vantagem de incluir o sistema de captação no projeto é que o processo fica mais prático e rápido, mas o custo é praticamente o mesmo para instalar o sistema em residências já construídas. “O ideal é pensar na captação de água, desde o projeto com telhado e calhas, para recolher a chuva e ainda prever a construção do reservatório subterrâneo”, conta a arquiteta Paula Mattar. “O sistema deve ter um filtro para retirar partes suspensas, que podem estar na água vinda do telhado, como folhas e insetos.” A tendência de usar água da chuva é cada vez maior, para finalidades não potáveis como: regar jardim, lavar o carro e o quintal, entre outras, pois a necessidade de preserva-

ção desse recurso natural é irreversível. •Sistema construtivo em EPS, oferecendo condições de resistência ao envelhecimento, a química, a mecânica e a umidade, isolamento térmico, acústico, amortização do Impacto, versatilidade e facilidade de formatação, e de manipulação, leveza e 100% reciclável; •Teto jardim: facilitando a drenagem, fornecendo isolamento térmico e acústico, produzindo um diferencial estético e ambiental à edificação, e compensando parcialmente a área impermeável que foi ocupada no térreo da edificação; •Jardim vertical; •Esquadrias com vidros de 70% a 90% de proteção solar;


TETO JARDIM

N

28.93

9.08

3.35

3.84

7.74

1.50

5.20

1.50

9.40

PANÉIS FOTOVOLTAICOS

4,05

J11

5,80

J10 J12

J13

TELHA TERMOACÚSTICA NA COR BRANCA

3,03

13.30

3,78

4,21

6,15

1,70

2,63 1,30

1,00

29.96

1,30

12,65

30.00

2,73

2,82

12.95

ESQUADRIAS EM PVC

1,50

2

2,

96

P2

4, 3,85

60

3,78

3

P2 10 1,00

0,50

5.50

2, 8,77

2,50

5.00

6.65

PLACAS DE AQUECIMENTO SOLAR

10.58

3.55

6.87

6.00

27.00

PAV. SUPERIOR ESCALA 1:125

5/8

Pav. Superior

39


CAPA

Placas Fotovoltaicas.

PLATIBANDA h :1,20m

Placas Fotovoltaicas. LAJE

0.70

Pedra Natural da Região.

na Cor Clara.

TELHA TERMOACÚSTICA

i: 20%

1.00

Placas de captação solar .

Telha Termoacústica na Cor Branca.

INCLIN

ADA

1.90

1.00 LAJE

INCLIN

ADA

i: 20%

1.00

1.50

LAJE

1.20

INCLIN

ADA

2.00

2.79

CHURRASQUEIRA

JARDIM

1.50

1.00

6.05

2.00

2.00

3.50

3.00

3.00

ESCALA 1:100

3.00

FORRO EM GESSO

CORTE BB DORMITÓRIO 1

DORMITÓRIO 2

DORMITÓRIO VISITA

CORTE BB ESCALA 1:100

•50% de área minima permeável; •Controle de pragas e doenças sem produtos tóxicos;

•Paisagismo: não utilização de plantas invasoras, e o uso de espécies nativas da Mata Atlântica, em vias de extinção e de espécies frutíferas. Uso da vegetação para criação de micro clima local e plantas que apresentam baixo consumo de água. •Sistema deirrigação automatizada;

•Implantação do projeto com base na carta solar; •Envoltória eficiente: transmitância térmica, ventilação e iluminação natural;

Eletrodomésticos ecológicos com selo Procel (80%).

6/8

COZINHA

6/8

Corte BB •Redução de ilha de calor nas áreas de pisos e calçadas;

Espaço Garantido para separação de lixo reciclável.

JARDIM SUSPENSO

3.00

0.85 0.15

LAJE PRÉ MOLDADA

COZINHA

0.15

DORMITÓRIO VISITA LAJE PRÉ MOLDADA

0.85

DORMITÓRIO 2

Eletrodomésticos ecológicos com selo Procel (80%). Churrasqueira à gás.

3.50

2.00 3.00

3.00

3.003.00

4.96

3.00

PLATIBANDA h :1,20m

6.05

LAJE PRÉ MOLDADA

FORRO EM GESSO LAJE PRÉ MOLDADA

LAJE PRÉ MOLDADA

TELHA TERMOACÚSTICA

JARDIM SUSPENSO

6,79

ADA

3.00

1.48

0.85 0.15

INCLIN

0.15

LAJE

LAJE PRÉ MOLDADA

GUARDA CORPO

0.50

Churrasqueira à gás. Captação de água da chuva, que será utilizada na Espaço Garantido para descarga de bacias separação de lixo reciclável. sanitárias.

2.79

Esquadrias em PVC com vidro Refletivo Champanhe (49% Proteção Solar).

1.20

6,79

2.00 3.00

4.96 0.50

1.00

3.00

3.00 0.73

1.48 3.00

i: 20%

TELHA TERMOACÚSTICA

PLATIBANDA h :1,20m

TELHA TERMOACÚSTICA

PERGOLADO

LAJE PRÉ MOLDADA

PLATIBANDA h:1,00m

Captação de água da chuva, que será utilizada na descarga de bacias sanitárias.

CHURRASQUEIRA

DORMITÓRIO 1 DEQUE DE MADEIRA

Lâmpadas automatizadas e Captação água da chuva, 70% LEDde e econômicas. que será utilizada na descarga de bacias sanitárias. Piso Interno na Cor Clara.

Piso Interno na Cor Clara.

1.10 i: 20%

ADA

PLATIBANDA h :1,20m

DEQUE DE MADEIRA

LAJE PRÉ MOLDADA

PLATIBANDA h:1,00m

Lâmpadas automatizadas e 70% LED e econômicas.

JARDIM

DORMITÓRIO CASAL

40

TELHA TERMOACÚSTICA

1.90

1.90 0.90 0.20 INCLIN

LAJE PRÉ MOLDADA

1.20

Deck Ecológico (madeira plástica).

LAJE PRÉ MOLDADA

3.00

3.00

3.35 0.90 0.20

i: 5%

GARAGEM

LAJE PRÉ MOLDADA

1.00

2.00

3.88

4.29 3.00

1.20 PERGOLADO

DORMITÓRIO CASAL

Piso externo drenante.

GARAGEM

Esquadrias em PVC com vidro Refletivo Champanhe (49% Proteção Solar).

i: 20%

LAJE

LAJE PRÉ MOLDADA

Lâmpadas de alta eficiência energética, 70% lâmpadas LED de baixo consumo e automatizadas.

3.35 1.90

0.60

4.70

2.10 1.00 0.50 0.50

2.10

TELHA TERMOACÚSTICA

ESCALA 1:100

Piso externo Teto Jardim. drenante.

i = 5%

HALL

PLATIBANDA h :1,20m

CORTE AA

Brises em EPS. Lâmpadas de alta eficiência energética, 70% lâmpadas LED de baixo consumo e Otimização das aberturas. automatizadas.

PERGOLADO

0.15 2.15

3.00

2.00

HOME THEATER

CLOSET

Deck Ecológico (madeira plástica).

GUARDA CORPO

TELHA TERMOACÚSTICA

LAJE PRÉ MOLDADA

ESCALA 1:100

AA Automação Residencial. Caixa D'água secundáriaCorte para

Otimização das aberturas. Caixa D'água secundária para armazenar a água coletada da chuva, usada nas bacias sanitárias. Teto Jardim.

MEZANINO

3.00

CORTE AA

Brises em EPS.

HALL

LAJE PRÉ MOLDADA

0.85

LAJE PRÉ MOLDADA

armazenar a água coletada da chuva, usada nas bacias sanitárias.

i: 5%

1.00

0.70

HOME THEATER

ACADEMIA

0.15 0.85

PERGOLADO

i = 5%

LAJE PRÉ MOLDADA

3.70

0.15

DEQUE DE MADEIRA CLOSET

PERGOLADO

ADA

0.60

Automação Piso Residencial. externo drenante.

1.00 0.50 0.50

1.00

2.00

2.15

3.00

Móveis ecológicos feito com materiais naturais renováveis reutilizados.

Telha Termoacústica na Cor Branca.

MEZANINO

INCLIN

LAJE PRÉ MOLDADA

2.85

0.85

LAJE PRÉ MOLDADA

LAJE

PERGOLADO

0.15

0.15 0.85

ACADEMIA

Captação de água da chuva, que será utilizada na descarga de bacias sanitárias.

na Cor Clara.

TELHA TERMOACÚSTICA

i: 20%

DEQUE DE MADEIRA

PERGOLADO

PLATIBANDA h :1,20m

1.10

Placas Fotovoltaicas.

Piso externo drenante. Pedra Natural da Região.

3.88

4.29

2.85

Placas Fotovoltaicas.

0.73 0.85

Móveis ecológicos feito com materiais naturais renováveis reutilizados. Placas de captação solar .

3.70

4.70

0.15

PERGOLADO

•Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção e Operação; •Madeira legalizada e preferência por materiais certificados e ambientalmente preferí-

veis: materiais de reuso, materiais regionais, materiais e produtos com conteúdo reciclado pré e pós-consumo, materiais de rápida renovação e materiais recicláveis; •Controle de materiais contaminantes: não utilização de uréia formaldeído, controle de compostos orgânicos voláveis (COV) para tintas, vernizes, adesivos e selantes, dentro dos limites estabelecidos, não utilização de metais pesados como o chumbo, cádmio e mercúrio, não utilização de halogênios como o bromo e cloro;


41


CAPA

TELHA TERMOACÚSTICA

na Cor Clara. Telha Termoacústica na naCor CorClara. Branca. Telha Termoacústica na Cor Branca.

Placas Fotovoltaicas.

PLATIBANDA h :1,20m

3,57

1.50 1.07

3,57

1.00 1.50

3.57 3.57

Área externa permeável e vegetada. Área externa permeável e vegetada.

1.00 1.00

2.50

1.50

2.50

1.50 1.00

0.40

2.00

Piso externo drenante. Piso externo drenante.

FORRO DE GESSO

1.00

0.40

7.57

JARDIM SUSPENSO

1.00

7.57

JARDIM SUSPENSO

2.00

0.50

1.00

PLATIBANDA h:1,00m

1.00

Áreas internas sociais amplas, bem iluminadas com ventilação cruzada e luz Áreas internas sociais natural. amplas, bem iluminadas com ventilação cruzada e luz natural. Piso Interno na Cor Clara. Piso Interno na Cor Clara.

0.40

1.00 0.40

TELHA TERMOACÚSTICA

PLATIBANDA h:1,00m TELHA TERMOACÚSTICA

Placas de captação solar .

1.07

0.15 1.00

2.57

2.57

Área externa permeável e vegetada. Área externa permeável e vegetada.

Placas Fotovoltaicas. Placas de captação solar .

2.59

2.59

2.44

PLATIBANDA h :1,20m

2.44 0.15

1.20

TELHA TERMOACÚSTICA

1.20

Captação de água da chuva, que será utilizada na descarga Captação de de bacias água da chuva, sanitárias. que será utilizada na descarga de bacias sanitárias.

HALL

3.00

2.00

3.00

3.00

3.00

3.60 3.60

SALA DE ESTAR

SALA DE TV

2.00

SALA DE ESTAR

3.00

HALL

3.00

3.00

2.50

3.00

2.50 0.50

FORRO DE GESSO

SALA DE TV

Sistema de Irrigação Automatizado. Sistema de Irrigação Automatizado.

CORTE CC

ESCALA 1:100 Corte CCCC CORTE ESCALA 1:100

Lâmpadas automatizadas e 70% LED e econômicas. Lâmpadas automatizadas e 70% LED e econômicas.

Brises em EPS

1.70 1.00

Brises em EPS

4.70 4.70

Teto Jardim.

Piso externo drenante.

Cobertura verde. Cobertura verde.

Automação Residencial. Automação Residencial.

2.85

Teto Jardim.

Piso externo drenante.

1.70 2.85 0.15 0.70 0.15 0.70 1.00

Área externa permeável e vegetada. Área externa permeável e vegetada.

Deck em madeira Plástica. Caixa para armazenamento da agua de chuva. Caixa para armazenamento da agua de chuva.

Deck em madeira Plástica. Piso externo drenante. Piso externo drenante. Irrigação Automatizada. HOME THEATER

Irrigação Automatizada. HOME THEATER

Paisagismo com plantas que apresentam baixo consumo de água. Paisagismo com plantas que apresentam baixo consumo de água.

7/8 7/8

Corte DD

•Plano de Gerenciamento de Resíduos na Construção: Cálculo do volume e destino dos resíduos de obra •Exaustão localizada - automatizada; •Filtragem de ar exterior - otimizada; •Controle de emissão de gases de combustão; •Acessibilidade Universal: um banheiro e um dormitório acessíveis. •Boas práticas sociais para o projeto e obra: educação para a gestão de resíduos de Construção (RDC), Desenvolvimento pessoal dos empregados através de cursos, pales42

tras e capacitação profissional. •Manual do usuário: Ao final da obra, deverá ser entregue ao proprietário, um guia de operação e manutenção de todos os equipamentos instalados na residência, bem como informações gerais sobre o uso eficiente da água, energia e recursos naturais. Na concepção desses projetos, busca-se o equilíbrio entre a tecnologia e o meio ambiente, adotando-se critérios coerentes com a sustentabilidade na escolha dos materiais construtivos e nas técnicas de aproveitamento dos condicionantes naturais. Ao final, a arquitetura se integra a paisagem, a natureza envolve-se ao projeto, e o clima fará com que os proprietários e/ou ocupan-

tes, tenham uma intensa vida exterior. Um objeto de contemplação, como tal deve ser uma manifestação de beleza, emoção, poesia, imaginação, que foi projetado e pensado em conjunto com a cidade, seu entorno e meio ambiente. Conclui-se que é possível construir uma edificação, seja ela qual for, com menor impacto ambiental e de desempenho termo-energético eficiente, fazendo uso de materiais convencionais e técnicas já disseminadas no mercado da construção civil. Juntos, por um mundo melhor. Bia Gadia - Arquiteta, Urbanista & Design 17 98127-2727


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VITRINE

Fotos: Divulgação

ELES SÃO SUSTENTÁVEIS...

D

e tijolos à peças de mobiliário, acompanhe algumas das incríveis novidades de apelo ecológico.

LEPRI ATLAS

Pastilhas Linha Suprema Produto final com 65% de massa reaproveitada. Para piscinas, cozinhas, banheiros e churrasqueiras Formato: 2,5 x 2,5 cm

BRILIA

Bulbo Filamento Ideal para substituir as tradicionais lâmpadas incandescentes em luminárias decorativas, como lustres, pendentes, abajures e arandelas.

44

Piso drenante da linha Toscano, um lançamento da empresa que é indicado para pisos de áreas externas, principalmente por não precisar de argamassa nem rejunte.


Fotos: Divulgação

LIGNE ROSET

Vasos decorativos Asira Produzidos com filtro de lã cortado e trançados à mão, em oficina de promoção social, os vasos utilizam sobras de tecido “Divina”, da marca Kvadrat, que é 100% lã.

NDT BRAZIL

Horta Estante Produzida em alumínio reciclado com pintura eletrostática, um dos mais avançados sistemas de revestimento e jardiniras em madeira certificada, acompanhadas de jardineiras plásticas com prato corta-pingos. Largura 65cm x altura 130cm x profundidade 30cm.

45


VITRINE

Fotos: Divulgação

MOSARTE

PAIOL RENDA A Coleção Campagna retoma as origens da vida no campo, reutiliza pedaços de madeira, mármore e ardósia, Tamanho: 49,1 x 39,9 cm.

NDT BRAZIL

Moringa Fabricada em alumínio reciclado, a peça possui pintura eletrostática que garante maior qualidade e durabilidade de sua cor, conferindo ainda um toque de charme para seu visual. De design exclusivo, é indicada principalmente para servir água, mas pode ser utilizada em qualquer ocasião devido a sua praticidade. Capacidade 700 mL

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BRANNO TINTAS

Texturas produzidas com a utilização de resíduos de marmorarias e mineradoras, como granitos e pedras semi preciosas. Sem adição de corantes artificiais, a tonalidade da cor é garantida por muito mais tempo. Além disso traz a energia, o aconchego e a luminosidade das pedras para as paredes.

MOSARTE

Linha Bioplant Cerne Decape é feito de pedaços de cabo de vassoura. A madeira passa por um sistema de secagem e tratamento que fixa elementos que a conservam por mais tempo, prevenindo sua deterioração e tornando-a resistente à ação de fungos e insetos.

TRONCO NATIVA

Mesa de centro Acará Feita a partir da utilização de produtos descartados pelo setor produtivo, que se encontram em processo de decomposição.

47


48


49


PROJETO

Fotos: Divulgação

CRIATIVIDADE E ACONCHEGO

O

entorno, com natureza exuberante, pedia um projeto compatível com a tranquilidade do lugar. Para valorizar a paisagem, a arquiteta Silvia Scali planejou

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uma casa com grandes aberturas e espaços que se integram. Sem agredir a natureza, a estrutura de eucalipto citriodora tratado em auto clave, foi

fator preponderante para a agilidade da obra, assim como a contratação de mão de obra local. Fresca no verão, a casa também fica agra-


51


PROJETO

dável no inverno, graças à proteção solar e à manta térmica aplicada sob o telhado, que reforça o conforto térmico. Piso de cimento queimado garantiu economia e a madeira no pavimento superior, aconchego. 52

Fotos: Divulgação

Ainda estão previstas as construções da piscina e garagem, a serem executadas na próxima etapa. Interessante foi o que a arquiteta ouviu dos proprietários, ao final da obra: que o resul-

tado estava ótimo e que havia superado as expectativas! Serviço: Silvia Scali, arquiteta e urbanista, especializada em projetos com madeira. www.scali.com.br


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VIAGEM

Foto: D RameyLogan - Divulgação

FORT LAUDERDALE O arquiteto Ricardo Rodrigues conta um pouco de sua viagem à Florida, EUA

54


55


VIAGEM

Fotos: Doug Castanedo - Divulgação

MUDANDO A ROTINA: FORT LAUDERDALE, FL, USA

N

o segundo semestre de 2013 fui convidado para participar da Miami Design, uma exposição de design e arte que se realiza durante a Art Basel de Miami, EUA. Fiquei muito orgulhoso do convite e tentado a aproveitá-lo da melhor forma possível. Então decidi ir à exposição, e esticar minha estada em terras americanas, para ver como eles vivem, como consomem e quem sabe poder projetar algo para eles. Mas em qual cidade do sul da Florida deveria ficar? Queria algo deferente, longe do burburinho de Miami e do Mickey. Através de uma pesquisa rápida achei Fort Lauderdale, uma cidade a 60 milhas de Miami, mas com características únicas. Em 30 de novembro peguei minha família, Carla e Rafael, e com um inglês digno de um apache fui para Fort Lauderdale, FL. Aluguei um apartamento por 35 dias, em um complexo de apartamentos a margem do Gran Canal! Fort Lauderdale é considerada a Veneza americana, e a maioria das casas possuem um acesso a um canal, onde normalmente guardam suas lanchas ou equipamentos náu-

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ticos e de onde saem para passear em mar aberto. Outra peculiaridade da cidade é ter a maior concentração de lanchas e iates por habitante, nos Estados Unidos. Tem um clima propicio para se velejar e manter uma ligação muito bacana com o mar. A cidade tem um sistema viário invejável, avenidas limpas e sem buracos, o que facilita o trânsito dos grandes carrões, que também existem ali. Confesso não ser adepto do padrão projetual das casas e edifícios que predominam por lá. Trata-se de um estilo rancheiro, misturado com Art Deco e Vitoriano, que já está virando febre por aqui também. Mas existem alguns bons projetos, onde se destacam grandes edifícios contemporâneos, com projetos impecáveis e suas docas recheadas de grandes embarcações. Passando a primeira semana de adaptação e deslumbre, começamos a viver o cotidiano do povo local, como se comportam, como consomem e mesmo sendo um critico aos Estados Unidos, acabei me rendendo ao povo e ao local em que estava. A cultura do design é ensinada na escola primária, bem como as

noções de civilidade e educação. As pessoas cultuam a arte, móveis e objetos de design tem valor significativo e comerciável, muito alem dos nossos aqui no Brasil. Design e arte... Os primeiros rabiscos começaram a sair e, quando me dei conta, já tinha criado um novo rumo para minhas criações, vários moveis e objetos, tudo muito prático, confortável e acessível a todos os bolsos. Tive em Fort Lauderdale um dos períodos mais criativos de minha carreira. Foi preciso sair de minha rotina e viver em outro local para enxergar detalhes, cores e formas que esquecemos em nosso dia a dia, criei um vinculo afetivo com aquela atmosfera. Conheci pessoas boas e criei muito. Voltei para o Brasil em dezembro, com o mesmo inglês apache que fui, mas renovado, com grandes projetos e a certeza que preciso ajudar muito mais as pessoas através da minha arte, o design. Ricardo Rodrigues, arquiteto, design e um ilustre “birolo” de Bady Bassitt


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CAU

Fotos: Donizetti Batista

CAU INAUGURA SEDE REGIONAL U

m convênio entre a Sociedade dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de São José do Rio Preto e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo foi firmado no dia 21 de julho, na presença do presidente do CAU-SP, o arquiteto Afonso Bueno Monteiro e o presidente da Associação, o engenheiro Avilson Ferreira de Almeida. Através dele foi firmada a locação de um espaço para instalação da subsede regional do CAU-SP, na atual sede da Associação. No local haverá uma equipe formada pelo subgerente regional, fiscal e assessor administrativo, com o objetivo de melhor atendimento aos arquitetos das regiões de São José do

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Rio Preto, Araçatuba e Barretos, e fortalecer ainda mais a instituição. O CAU irá fornecer toda assistência, orientação e fiscalização necessária, para melhor exercício profissional, o que antes só era possível fazer através da sede na cidade de São Paulo, e agora está disponível nas 10 regionais do Estado. As cidades que foram contempladas pelas sedes regionais são: Rio Preto, Ribeirão Preto, Bauru, Presidente Prudente, Sorocaba, Campinas, região do ABC Paulista, Mogi das Cruzes, São José dos Campos e Santos. “O interior de São Paulo merece a existência destas novas 10 regionais, mesmo porque, temos 56 mil profissionais de arquitetura

e urbanismo no Estado, sendo que 50% destes estão no interior”, declara Afonso. Na sede regional também estarão presentes outras instituições de grande relevância para a melhor atuação do Conselho, são elas: SASP - Sindicato dos Arquitetos do estado de São Paulo; IAB - Instituto de Arquitetos do Brasil (núcleo de Rio Preto); e Arquitetos Ponto Com Ação (associação de escritórios de arquitetura), responsável pela realização de palestras e eventos voltados para os profissionais de arquitetura. A Regional o CAU está instalada na rua Dr. Raul Silva, 1417 - Nova Redentora.


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ESPECIAL

LELÉ O ARQUITETO QUE EU GOSTARIA DE TER SIDO

A

O arquiteto Lelé em frente ao auditório do Hospital Sarah Kubitschek - RJ

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frase que dá título a esta matéria, não é minha. Quem disse isso foi ninguém menos que o saudoso professor Lúcio Costa, arquiteto autor do Plano Piloto de Brasília. Conheci pessoalmente Lelé há cerca de 12 anos, quando fui convidado a proferir uma palestra na Universidade Paulista de Ribeirão Preto numa “semana de arquitetura”. Cheguei um pouco antes do horário combinado e fiquei esperando o palestrante anterior terminar sua fala. Era um senhor de cabelos brancos que, com uma simplicidade ímpar, mostrava aos estudantes, a sua maneira de ver e conceber a arquitetura. “Esse cara é o Lelé em pessoa”, pensei com meus botões. E era. Quando terminou sua palestra, fui correndo me apresentar a ele e dizer-lhe o quanto eu o admirava. Lelé (nascido João Filgueiras Lima há 82 anos) estava temporariamente em Ribeirão Preto a convite da prefeitura local, para projetar e construir várias creches municipais. O resultado dessa minha tietagem foi o agendamento de uma visita à fábrica de elementos pré-moldados que ele implantou na cidade, para fazer as creches. Dias depois, fui com meus alunos de arqui-


Foto divulação: 2008 Moskow/ Resvista Au

tetura e urbanismo das Faculdades D. Pedro II de São José do Rio Preto conhecer o trabalho de Lelé em Ribeirão. Chegamos lá por volta de 9 horas, e mais que depressa ele subiu no nosso ônibus. Juntos fomos fazer um “tour” pelas suas obras. Com o brilho nos olhos de um menino que acabou de construir seu primeiro carrinho de rolimã, ele nos mostrou cada um de seus projetos, cada uma de suas obras, cada uma de suas peças de pré-moldado que ele concebeu para erguer seus inventos. Carioca de origem humilde, então recém formado em arquitetura e urbanismo, Lelé foi a Brasília no início da década de 60, trabalhar com Niemeyer. Foi lá na capital federal que ele desenvolveu o gosto pelas estruturas pré-moldadas de concreto, tecnologia largamente utilizada na Europa para reconstruir as cidades devastadas pela segunda grande guerra. Pesquisou largamente os sistemas construtivos, as estruturas metálicas, a argamassa armada. Colocou poesia na “dureza” da arquitetura de escala industrial. Semeou hospitais da Rede Sarah Kubtscheck pelos quatro cantos do país. Humanizou a arquitetura hospitalar mesmo lançando mão de alta tecnologia. Projetou, de passarelas, pontos de ônibus

e bancos de jardim, a centros administrativos, escolas e igrejas, sempre com inovação, pesquisando novos materiais, novas tecnologias, sem perder a magia das formas aprendidas com seu mestre Oscar Niemeyer. Lelé foi um arquiteto completo, do sonho do projeto ao canteiro de obras. Deixou um legado arquitetônico enorme e uma grande lição de vida a todos nós, brasileiros. Foi um lutador. Lutou em prol da arquitetura brasileira e também contra um câncer que contraiu bem antes daquela palestra na Unip de Ribeirão Preto. Infelizmente a doença venceu a luta no ultimo dia 21 de maio. Prefiro acreditar que Lelé não morreu. Quero crer que Deus o contratou para projetar alguma grande obra “lá em cima”, juntamente com Niemeyer e com meu caro amigo arquiteto Miguel Pereira, outro ícone da arquitetura brasileira que também nos deixou no mês de maio. Por tudo isso eu volto a parafrasear o mestre Lúcio Costa: “Léle é o arquiteto que todos nós, arquitetos, gostaríamos de ter sido”. Afonso Celso Bueno Monteiro Arquiteto e Urbanista Presidente do CAU/SP

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SOCIAL

NOVIDADES

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rofissionais do setor da construção civil estiveram reunidos em coquetéis, para conhecer novidades do setor, que poderão ser usadas em próximos projetos. A chegada da sede do CAU em São José do Rio Preto, também foi responsável por levar um clima de confraternização e conquista, aos arquitetos e urbanistas.

01 - Gustavo Melo, Patricia Verissimo, Afonso C.B. Monteiro, Kedson Barbeiro e Eder Silva 02 - Regiane Zanetti, Sol Belline, Carla Bonfim 03 - Carla Monteiro, Tattiane Narvaes e Tayna Farath 04 -Karina Vaz Oliveira, Antonio Alberto Cortêz e Maisa Ramos 05 -Paulo Jordão e Felicio Siqueira Filho 06 -Flavia Borges e Marcella Fratantonio

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07 12 - Donizeti Batista e Afonso Celso C. B.Monteiro 13 - Josiane Sabino 14 - Anderson R. de Oliveira e Regiane de Oliveira 15 - Daniella Zancaner, Susi Campos, Claudia Passarini, Daniela Abud, Vanessa Paiva, Flávia Seixas e Ana Carolina 16 - Mirian Ferreira e Carlos Moreira 17 - Bruno Mamoru e Karina 18 - Fabian, Denise Farina e Martha Alves

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Ilda Vilela Por

Fotos: Luiz テ「reo - Donizeti Batista

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07 - Mara de Faria, Afonso Celso C. B. Monteiro, Vilma Monteiro e Ricardo Zamarian 08 - Marcos Torturelo - 09 - Luiza Mariani, Oswaldo Polizio, Gilson Rocha e Neto Polizio 10 - Ana Paula, Ivan Lopes, Ivete Lopes, Edson Pereira Souza e Patricia Bonfim 11 - Renata Domarco

18 19 - Diego Carmona, Fabiana Mazza e Jose Edson Ristum 20 - Marcos Antonio Miceli 21 Flavia Seixas e Beta Bozzani 22 - Juliane Affini e Thティlio Pedrosa 23 - Thais Bueno - Aline Gino 24 - Sandra Bergo 25 - Rosana, Guilherme Fabiano e Maria Augusta

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*Os profissionais citados neste guia são indicados por Empresas, Arquitetos e Engenheiros e não pagam por esta divulgação.

GUIA DE PROFISSIONAIS 64

APLICADOR DE IMPERMEABILIZAÇÃO Marcos R. Decrescenzo...........98103-2765 ASSENTADORES DE PEDRAS DECORATIVAS Celso...................................... 99775-0945 Luiz (Bico)............................... 99613-8613 Vitor Malta.............................. 99617-8300 Sebastião Carlos..................... 99147-1685 ASSENTADORES DE PISOS E REVESTIMENTOS Acir......................................... 99158-6994 Berto...................................... 99175-8575 José M. Da Silva Filho.............. 99132-8968 José Roberto........................... 99615-4549 Luiz........................................ 99116-3111 Luis Antonio............................ 99614-6600 José Ferreira Jr......................... 3 2 1 9 - 1 9 2 2 Moisés.................................... 99614-5585 Osmar Donizeti...................... 99107-9204 Roberto.................................. 99201-2110 Sigmar.................................... 99156-4957 ASSENTADORES DE PORTAS José Maria............................... 99603-7312 Joãozinho............................... 99722-9628 Luiz Leoral.............................. 99722-9628 Luiz Roberto ......................... 3 2 2 2 - 2 4 9 5 Laércio Rodr. Da Silva ............ 99165-5342 Marcelo.................................. 3 0 1 3 - 3 2 3 4 CARPINTEIROS Claudinho............................... 99701-9702 Clóvis..................................... 3 2 2 4 - 7 5 4 2 Jair.......................................... 3 0 1 2 - 9 5 6 0 José Bigode............................. 3 2 1 9 - 2 8 9 2 Lupércio................................. 3 2 3 7 - 3 3 8 7 Rubão..................................... 99712-9405 Rubens................................... 99703-7744 Samuel................................... 3 0 1 1 - 4 6 3 7 Sebastião................................ 99608-5645 Zequinha................................ 3 2 0 6 - 5 3 5 1 CONSTRUTORES Ademir O. Colombo............... 99112-4237 Adriano Ap. Ferreira................ 99751-4939 Alcindo Batista Santos ............ 99135-0134 Alipio F. Rodello...................... 99175-3072 Amilton Vieira......................... 99117-4001 Antonio A. Bonil...................... 3 0 1 6 - 8 9 0 7 Antônio C. Scrignoli................ 99112-5264 Arnando Lois.......................... 98811 2423 Carlos Jorge Galdino .............. 99187-8048 Celio Campanhole.................. 99157-4785 Claudemir Rodrigues............... 3 2 1 6 - 7 3 7 7 Djalma Ap. Troestrof............... 99739-1954 Djalma Dias ........................... 99103-5644 Ednaldo A. Silva...................... 99166-7396 Ernesto R. Neto...................... 99755-3711 Genilton Gomes..................... 99703-1291 Gilberto M. Sales.................... 99182-8167 Ildo Borges Leal...................... 99124-4296 João C. Piovani....................... 99115-6167

José Campanhola......................99619-1835 José Carlos Gagliardi.................99702-2110 José Felício................................98816-7148 José Roberto Pessoa................ 99771 -3501 Leonilda S. Roberto..................99601-8819 Leonildo José (Zé)....................99607-9538 Luis Antônio..............................99614-6600 Luis Ant. De Lima......................3012-1527 Luis C. Fr. Gonçalves ................99774-7124 Marcelo Roberto de Assis..........99106-7696 Marcio Renato C. da Silva.........99722-0040 Miguel E. Vetorasso....................3224-7070 Nilvaldo Antonio Calbo.............99100-2764 Oderdam P. da Silva..................99160-3744 Paulo Manoel Da Silva...............99103-6073 Roberto D. Oliveira...................3013-1265 Roberto R. De Moura...............99161-6713 Roberto Pereira Joles................99201-2110 Santana Construções ................99106-0267 Sebastiao Ap. Carvalho.............99732-4048 Sebastião Venancio....................99118-2352 ELETRICISTAS Antônio D. Marques.................99128-4595 Anderson..................................99726-5729 Chicão......................................99791-3464 Delmondes................................3011-9897 Eletromaser...............................3013-0434 Eletrificação Regiane .................99107-7292 Jair Delamura.............................3014-0729 H-luz.........................................3222-3631 Leandro P. Da Silva.....................3014-6320 Nei...........................................99154-1189 Elletrisa (Ricardo)......................99232-4507 Toninho....................................99716-2235 Valdir Lino.................................99722-1191 Volts (Davi)...............................99196-9137 ENCANADORES Antônio A Da Silva....................99114-4273 Carlos Alberto...........................3011-1338 Ismael R Da Silva........................3014-7105 Joaquim R. Da Silva ..................99784-6546 Luciano A. Ferreira....................99167-0716 Pedro Osmar............................99605-1927 PINTORES Adão M. de Moraes................ 99104-0121 Augusto.................................. 99713-4718 Benedito................................. 99164-2102 Caticilene Ap. Tavares............. 98161-2506 Dito........................................ 99100-2700 Edilson.................................... 99736-7639 Edmar..................................... 99101-4610 Elson (Branco) ....................... 9 9 7 2 8 2 6 8 6 Januário (Gê).......................... 3 2 2 4 - 2 0 1 6 Jamil....................................... 99113-8278 João Candido.......................... 99702-8467 Lúcio Ol. Silva......................... 99116-0487 Moisés Antoniassi.................... 99112-3869 Marcos R. da Silva................... 99117-7019 Marcos................................... 99706-4839 Márcio Carvalho..................... 99101-8280 Mister Solução ....................... 98106-5039 Nicão..................................... 99791-2299 Reis........................................ 99116-9780


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OPINIÃO

Fotos: Divulgação

MANANCIAIS E REPRESSÃO DA BELEZA

Por Marisa Murta Arquiteta e urbanista

A

s questões levantadas pelas leis de proteção dos mananciais têm um efeito paralisante, em termos de discussão. De um lado, a necessidade técnica e premente da desocupação de 50 metros de APPs (Áreas de Preservação Permanente), visando à produção de água para todos, inclusive para quem, no momento, ocupa essa área. De outro, a sensação de injustiça social de mover famílias, que mesmo habitando a área em condições miseráveis e inóspitas, têm ali o seu grupo social, suas relações emocionais, sua identidade. Os técnicos mais pragmáticos defendem a desocupação imediata, como um custo social necessário, para que um grupo muito maior de pessoas possa se beneficiar dessa medida. Os agentes sociais, estando mais próximos dessas comunidades, defendem que novamente eles - os menos favorecidos - serão injustiçados. De uma forma ou de outra essas comunidades são removidas e enviadas para conjuntos populares feitos às pressas, projetados 66

baseados num mínimo de habitabilidade e nenhum adorno, nada do que é considerado supérfluo. Um desafio para arquitetos e administradores públicos realmente criativos. E se fôssemos capazes de projetar um condomínio popular “belo”, em termos de arquitetura e planejamento urbano? E se ele fosse belo o suficiente para encantar os moradores das APPs, a ponto de quererem se mudar tão logo fosse possível habitá-lo, a mesma urgência que acomete a classe média assim que um edifício recém-construído se exiba em folders, com decoração assinada pelo arquiteto da moda, mostrando as tendências que deverão ser copiadas ou reinventadas ao gosto de cada um? E se cada empreendimento desses se tornasse um concurso nacional no qual arquitetos jovens, ou experientes, exercitassem a criatividade em busca de, primeiro identificar e depois projetar, o desejo de consumo arquitetônico dessas comunidades? Arquitetos que projetam para as classes mais altas conhecem esse sistema: escutar

com sensibilidade os desejos (até os mais tolos) do cliente e projetar soluções técnicas que os inclua, recebendo em troca os honorários e elogios pela sua criação. Nós tratamos a beleza com preciosismo elitista. A ideia de uma arquitetura popular “bela” é considerada apenas para descartá-la como tola e ingênua. Reservamos às populações mais carentes a aridez e insensatez de um Cingapura, as dimensões insuficientes e localização “no meio do nada” dos conjuntos habitacionais. Depois nos surpreendemos com a falta de cuidado por parte da comunidade para com esses espaços, com a venda ou o abandono deles e o retorno para as regiões de origem. A única certeza sobre esse assunto, é que essa é uma grande discussão que se inicia. Antes de descartarmos e reprimirmos o fator da beleza nos projetos habitacionais populares, precisamos nos lembrar de que o jeito usual, que privilegia o “feio”, não tem dado lá muito certo.


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