Distribuiテァテ」o Gratuita
Abril - Maio de 2014 - Ano 7 - nツコ 40 www.obrasedicas.com.br
FEIRAS ESPECIAL
REVESTIR - Sテグ PAULO ARQUITETOSEE FEICON ENGENHEIROS 1
muito além de iluminar.
vialight.com.br são josé do rio preto | sp r. general glicério, 3841 tel. 17 3211 2999
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araçatuba | sp r. bandeirantes, 852 tel. 18 3609 2066
londrina | pr r. santos, 1005 - loja 7 tel. 43 3339 3403
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EXPEDIENTE
EDITORIAL
Diretor-Geral Donizeti Batista
VARIAÇÕES SOBRE O MESMO TEMA?
Diretora Editorial Arquiteta Denise Farina
O
Executiva de Vendas: Mariana Guarezimi Jornalista responsável Cris Oliveira - Mtb 35.158 Projeto Gráfico / Editoração Marcelo Arede Dep. Financeiro Bruna Lubre Sugestões contato@obrasedicas.com.br Had Captações e Propaganda Ltda-ME 17 3033-3030 - 3353-2556 revistaobrasedicas@hotmail.com contato@obrasedicas.com.br www.obrasedicas.com.br
mercado da construção civil não para de produzir novidades. Se alguns produtos são variações sobre o mesmo tema ou não, o certo é que, ano a ano, muitos deles chegam para facilitar a vida do consumidor. FEICON e REVESTIR, as feiras do setor que são realizadas na capital paulista, trazem, anualmente, centenas de novos produtos. Confira alguns deles nesta edição de Obras e Dicas. Como a luz deixou de ter a função única de iluminar ambientes, nossa seção DECORAÇÃO mostra que, hoje em dia, ela é complemento indispensável na composição de ambientes, capaz de criar diversos cenários. Nem por isso, no entanto, é necessário um gasto excessivo; se houver um projeto bem elaborado, com o tipo de lâmpada adequada, estes cenários se tornarão extremamente aconchegantes e, o melhor, executados com economia. Veja em PAPO DE OBRA. Um passeio pela charmosa Sevilha, na Espanha, sob o olhar atento do casal de arquitetos Poliana Risso e Guilherme Ueda, está
Boa leitura!
Foto: FotoM
revistaobras&dicas
Denise Farina Diretora Editorial
Abril - Maio / 2014 Nº 40 - Ano 7 São José do Rio Preto - SP Foto: Donizeti Batista Ponte Estaiada Octavio Frias, São Paulo, SP Distribuição Gratuita. Dirigida a profissionais da área e obras de S. J. do Rio Preto e região. 6
em VIAGEM; o profissionalismo da arquiteta Denise Monteiro é mostrado em ENTREVISTA e o envidraçamento de sacadas, cada vez mais utilizado, tanto para a obtenção de mais espaço como para facilitar a climatização de ambientes, está presente em ESPECIAL. Importante ressaltar a matéria que a coluna MERCADO IMOBILÁRIO traz: a atenção à carga carga de impostos sobre transações imobiliárias. Finalmente, na seção INFORMAÇÃO, temos o privilégio, mais uma vez, de publicar um artigo do arquiteto Afonso Celso Bueno, presidente do CAU-São Paulo, sobre plágio na arquitetura. Afonso discorre sobre essa forma perversa de usurpar a propriedade alheia e as providências que o Conselho de Arquitetura e Urbanismo está tomando nesse sentido. Afinal, e voltando ao título deste editorial, variações sobre o mesmo tema em projetos, muito mais do que modismos repetidos à exaustão, podem se tornar uma atividade ilícita, ou seja, ilegal e criminosa.
denisefarina@obrasedicas.com.br
Pela 12ª vez, eleita a melhor loja de revestimentos cerâmicos do interior e litoral paulista.
www.casadosconstrutores.com.br
Você faz parte desta conquista*
São José do Rio Preto Av. Murchid Homsi, 1535 17 3215 9000 Catanduva Loja I Av. Eng. José Nelson Machado, 1489 17 3524 9999 Catanduva Loja II Rua 7 de Setembro, 525 17 3531 4500
* PRÊMIO REVISTA ANAMACO DE 2014 E DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS FABRICANTES DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS E LOUÇAS SANITÁRIAS.
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ÍNDICE
ESTRUTURA
Sua obra na medida certa
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MERCADO IMOBILIÁRIO
Diminua o IR sobre transações imobiliárias
DECORAÇÃO
Ambientes são valorizados com o16 auxílio da iluminação
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PAPO DE OBRA
Acerte na hora de comprar as lâmpadas
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PAINEL DE NEGÓCIOS
Design e tecnologia a serviço da iluminação
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INFORMAÇÃO Plágio na arquitetura
ESPECIAL
Envidraçamento de sacada 28
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CAPA
Feicon e Revestir 2014
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VIAGEM Sevilha
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ENTREVISTA Denise Monteiro
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REFORMA
Novaora arquitetura
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SOCIAL
Por Ilda Vilela
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DÚVIDAS
Fotos: Divulgação
PARA AS DÚVIDAS DE SUA OBRA: NOSSAS SOLUÇÕES! O QUE SÃO RADIERS? Utilizado principalmente na construção de casas térreas e sobrados, o radier é um tipo de fundação superficial ou direta que distribui toda a carga da edificação de maneira uniforme no terreno. É uma laje contínua e maciça de concreto que se apresenta como alternativa vantajosa, em muitos casos, às fundações profundas. É uma solução aplicada à maioria dos tipos de solos e como há distribuição uniforme de carga, o radier admite um solo com menor resistência do que aquela necessária para fundação em estaca. Dependendo das características e da escala do projeto, os radiers podem ser executados em concreto armado, em concreto reforçado com fibras ou em concreto protendido.
PARA CONSTRUIR ESCADAS O piso (ou pisada) da escada, ou seja, onde colocamos os pés, pode variar de 25 cm até 30 cm e a altura (ou espelho) pode variar de de 17 cm até 19 cm e a largura deve ter no mínimo 75 cm. Se a escada for de alvenaria, as ferragens devem estar apoiadas em uma parede ou pilares de sustentação. Já as escadas metálicas podem ser vazadas ou não Para a pisada, mármore, granito, cerâmica ou acabamento natural, com o próprio material q foi utilizado na estrutura.
VIDRO LAMINADO E TEMPERADO Diferenças entre vidro A vantagem do vidro laminado é que ele funciona como um sanduíche, formado por duas ou mais placas de vidro e uma película de segurança no miolo. Caso estilhace, esse filme retém os pedaços, impedindo que se soltem. Já o vidro temperado sofre um choque térmico durante a fabricação (etapa chamada de têmpera), tornando-se cinco vezes mais resistente que o vidro comum, ou seja, se quebrar, não forma cacos pontiagudos, pois os fragmentos são menores e arredondados. Quem determina o uso de cada tipo é a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), por meio da norma NBR 7199: laminado para pisos, degraus, coberturas e guarda-corpos; temperado para boxes de banheiros, fogões, portas, janelas e divisórias. Envie suas dúvidas para: contato@obrasedicas.com.br 10
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ESTRUTURA
Foto: Caetano Greco Junior
PROFISSIONAL
CALCULISTA
Sua obra na medida certa O
volume de obras vem aumentando nos últimos anos, e cada vez mais conseguimos enxergar que o mercado da construção civil precisa de profissionais capacitados e qualificados para esse volumoso número de construções, em todo o país. O principal profissional dessa área é o engenheiro calculista, que desenvolve projetos com os cálculos e dimensionamentos que gera total confiança na hora de construir, pois esses projetos são à base de uma obra bem executada, sem desperdícios na compra correta do material, o que visa à racionalização dos custos da obra. Um bom projeto de estruturas sempre oferece, ao cliente, a tranquilidade e a facilidade de ter os materiais corretos a serem usados, e com os quantitativos que facilitam na hora dos orçamentos e na compra desses materiais. Quando o cliente opta em construir sem um profissional calculista isso gera um desconforto muito grande a todos, até mesmo para o construtor, que terá que prever pela sua “experiência” um material sem quantitati-
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vos, que na maioria das vezes vem em excesso e/ou em falta. Construções com esse tipo de ideias acabam ficando com os custos da obra bem mais elevados, pois não se sabe os gastos em uma edificação sem o dimensionamento correto das estruturas. Muitos ainda preferem profissionais que apenas emitem à ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) para não terem problemas com as fiscalizações, mas essa atitude tem mudado e sendo amadurecida ao passar dos tempos, pois muitos já enxergam que um projeto custa menos de 1% (um) do valor da obra e com o projeto em mãos fica fácil à execução, a responsabilidade de um empreendimento sem rachaduras ou problemas maiores no futuro. Minha dica fica para os que querem uma obra perfeita, contrate um profissional calculista e tenha seu empreendimento com segurança, qualidade e economia. Júnior Amaro, engenheiro civil Fone 3012-4799
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MERCADO IMOBILIÁRIO
DIMINUA O IR SOBRE TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS E
stamos em período da declaração anual de imposto de renda da pessoa física, e logo vem à declaração para pessoas jurídicas. E antes de comprar ou vender um imóvel fique atento, pois a carga de impostos incidente sobre transações imobiliárias pode inviabilizar um negócio. Quem vive da renda de aluguéis t a m b é m deve estar atento. Antes de decidir, consulte um contador de sua confiança, que poderá orientá-lo sobre a melhor forma de proceder, e suas particularidades. Conversamos com especialistas e, de forma geral, destacamos pontos que poderão ajudá-lo. Sobre a carga de impostos incidente “ela pode inviabilizar o negócio em qualquer situação. No geral, quem vive da renda de aluguéis sofre a incidência da tabela progressiva do imposto de renda. Já quem vende um imóvel precisa pagar 15% de IR sobre o lucro da operação (preço de venda menos preço de compra). Mas a própria legislação tributária prevê diversas situações em que é possível reduzir o valor pago nessas operações. O mais importante é se preparar com antecedência, e fazer um planejamento tributário para reduzir este valor de imposto a pagar”, alerta a empresária contábil Flávia Augusto. O consultor tributário Marcos Apóstolo completa pontuando que “o ganho de capital é tributado em 15%, o vendedor é que tem que saber se é viável ou não a venda. Pois se não for beneficiado pela isenção na venda, o contribuinte vai ficar com um valor menor do que o da venda, ou seja, 15% do ganho de capital, e nesse casos, as vezes, não dá para ele comprar o imóvel desejado, portando deve analisar o porquê da venda e saber que, pagando o imposto não ficará com 100% do valor da venda.”
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MERCADO IMOBILIÁRIO
ISENÇÃO A legislação diz que, se a pessoa tiver um único imóvel residencial, e este for vendido por até R$ 440 mil, é isento de IR. Mas e se esse mesmo valor for dividido em dois ou três imóveis? Flávia esclarece que “de acordo com o Art. 39 da Lei 11.196/05 §3º, no caso de aquisição de mais de um imóvel, a isenção aplicar-se-á ao ganho de capital, correspondente apenas à parcela empregada na aquisição de imóveis residenciais.” Mário Shingaki, autor do livro Gestão de Impostos, aponta outras isenções: - total de IR na venda de imóveis comprados até 1969, mesmo que ele não seja seu único imóvel; - parcial na venda de imóveis comprados entre 1970 e 1988, a lei permite descontar um percentual sobre o lucro da transação; - em caso de aplicação de recursos na compra de imóvel: se alguém vendeu um imóvel e aplicar todo o dinheiro na compra de outra residência em até 180 dias, não precisará pagar IR sobre o lucro da venda; e - não é preciso pagar IR sobre o lucro de imóveis vendidos por até R$ 35 mil.
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ALUGUÉIS Quem vive da renda de aluguéis, entra na mesma tabela de IR que os demais contribuintes. Se tiver outros rendimentos, eles deverão ser somados para ver a aplicação da tabela progressiva. Os rendimentos oriundos do aluguel de imóveis são tributados normalmente, sendo que as alíquotas aplicadas variam de zero a 27,5%. “Relativamente aos rendimentos de aluguéis, o valor é isento, até o limite da tabela a seguir: * base de cálculo menor que R$ 1.787,78 - isento; * base de cálculo mensal de R$ 1.787,78 até R$ 2.679,29 - alíquota de 7,5% - parcela a deduzir do imposto R$ 134,08; * base de cálculo mensal de R$ 2.679,30 até R$ 3.572,43 - alíquota de 15% - parcela a deduzir do imposto R$ 335,03; * base de cálculo mensal de R$ 3.572,44 até R$ 4.463,81 - alíquota de 22,5% parcela a deduzir do imposto R$ 602,96; e * base de cálculo mensal acima de R$ 4.463,81 - alíquota de 27% - parcela a deduzir do imposto R$ 826,15”, exemplifica Marcos.
Para quem tem imóveis alugados, talvez seja a hora de abrir uma administradora imobiliária, para gerir sua carteira. “A tributação na pessoa jurídica costuma ser mais barata, mas isso depende de um planejamento tributário, pois a abertura de uma empresa e sua manutenção tem custos, que devem ser levados em consideração. O ideal é conversar com seu contador e fazer um planejamento, pois cada caso é um caso, mas de forma genérica, se a pessoa tem rendimentos acima de R$ 5 mil mensais de aluguel, já pode pensar nessa opção de pessoa jurídica. E se a pessoa for explorar comercialmente estes imóveis pode não ser tão rentável assim”, pontua Flávia Augusto. Outra dica para diminuir o valor do imposto de renda é somar o valor da corretagem paga, em casos de venda de imóveis. Mas para isso é preciso ter em mãos a nota fiscal do corretor. “Na venda de imóvel há a incidência do imposto de renda sobre o ganho de capital, na alíquota de 15% do valor de tal ganho. Se computar o valor pago a título de ‘corretagem’ no custo, automaticamente haverá um desconto de 15% de tal valor, abatendo o valor do imposto a pagar”, conclui Marcos Apóstolo.
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DECORAÇÃO
AMBIENTES SÃO VALORIZADOS COM O AUXÍLIO DA ILUMINAÇÃO
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luz deixou de ter a função exclusiva de iluminar ambientes, hoje podemos vê-la como um complemento da decoração, podendo ser usada como recurso para criar cenários aconchegantes e sofisticados. Um exemplo dessa tendência é o projeto luminotécnico desenvolvido pela arquiteta Simone Yared. Ela criou uma iluminação diferenciada para os espaços lounge, living e jantar, das arquitetas Silvia Franzoni e Fernanda Cassou; e Fernanda Moura Borio e Luciana Moura, respectivamente, durante a ultima edição da Casa Cor Paraná. Simone alia sua intenção cênica com o uso das lâmpadas LED como projeto eco sustentável.
LOUNGE O espaço é composto por lounge na parte interna e hall externo com jardim. No lounge, o mobiliário contemporâneo e o uso de obras de arte foram valorizados pela aplicação escultural da luz através do uso de 22 metros fitas LED na soltura do gesso, resultando numa iluminação indireta que dá aconchego ao ambiente. No total foram usadas 10 dicroicas modelo GU 10 da Golden, cujo facho concentrado e luz suave, de 2700 K, foi escolhida para destacar quadros e móveis. Como não produz calor, não emite raio ultravioleta nem infravermelho, e não deteriora os objetos expostos. Além disso, com 6,5 W de potência, o produto é uma alternativa econômica frente à halógena de 50 W, proporcionando uma economia de energia de até 90% e durabilidade 15 vezes maior. O predomínio de tons amadeirados é contrastado pela combinação de uso de espelhos e luz, que dão maior proporção e claridade ao ambiente. Para complementar ailuminação, também foram usadas 11 mini dicroicas Extreme LED de 3W da Golden, para dar destaque ao revestimento da lareira e a alguns objetos decorativos. Para complementar a iluminação de destaque, também foi usada a AR70. Este conjunto de soluções cria uma atmosfera de requinte e bem-estar ao usuário, valorizando pontos que despertam o olhar. Na área externa foram utilizados seis uplights, embutidos no piso, que valorizam a parede de madeira, e spots PAR 20 para iluminar uma escultura. 18
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DECORAÇÃO
LIVING E JANTAR No ambiente integrado que reúne jantar e living, a luz valoriza as linhas assimétricas e cria o contraste. O destaque da iluminação fica por conta das solturas de luz assimétricas nos painéis desenhados na parede e nichos, através de 58 metros de fitas de LED. Os painéis contrastam com o fundo de madeira e a luz lhes dá uma profundidade. Os quadros foram valorizados com a aplicação da dicróica GU 10 de 6,5W da Linha Extreme LED da Gol-
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den, tendo o mesmo tipo de lâmpada sido usado também para dar destaque à parede coberta de plantas. Nas prateleiras foram aplicadas mini dicróicas de 3W da linha Extreme LED, que possuem baixa geração de calor e não deterioram os objetos iluminados, além da AR 70 para iluminar os nichos dos copos e mesa de centro.
Na sala de jantar a iluminação decorativa foi aplicada para dar um ar mais intimista, através de pendentes da linha Pressed Glass Light do renomado design britânico Tom Dixon. A escolha das fontes de luz LED na temperatura de cor 2700K, e sua luz com cor quente, contribuem para deixar o ambiente ainda mais aconchegante.
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PAPO DE OBRA
ACERTE NA HORA DE COMPRAR AS LÂMPADAS
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omprar uma lâmpada pode parecer tarefa fácil, afinal, basta saber o tipo da instalação que temos, depois optamos pelas mais econômicas, informação que vem na própria embalagem, e pronto. Mas na verdade não é tão simples assim, e ter a orientação de um profissional que indique a melhor opção, é o que realmente faz diferença. Caso não tenha um consultor específico, abaixo temos algumas informações que podem ser bastante úteis.
COR Quando falamos de cor, a primeira coisa que temos que saber é que, a cor da luz é diferente da cor da lâmpada. A cor da luz pode ser branca ou amarela, servindo para distinguir um branco mais intenso do mais suave. As lâmpadas com temperatura de cor branca são indicadas para cozinhas, banheiros e áreas de serviço, que precisam de maior claridade. Também devem ser usadas em ambientes de trabalho e leitura, como escritórios. As amarelas são mais indicadas para ambientes aconchegantes, como salas e quartos. “Para comprar a cor da lâmpada correta22
mente, é preciso identificar na embalagem a temperatura de cor, medida em Kelvin (K). Essa informação tem destaque na frente da embalagem. A escala de temperatura de cor é bem grande, mas, em geral, a lâmpada branca tem temperatura de cor de aproximadamente 6500K e a amarela de 2700K”, explica o especialista em iluminação, Leandro de Barros. Os objetos podem mudar de cor de acordo com a fonte de luz. Isso acontece porque ela possui um índice de reprodução de cor (IRC), que mostra a fidelidade da cor do objeto ilu-
minado. Um exemplo é a necessidade que temos de enxergar as cores dos alimentos, por isso a luz é primordial no supermercado. A informação vem em uma escala de 0 a 100, sendo que 100 é o melhor índice, comparável ao da luz do sol, livre de interferência climática, ao meio-dia. Para a iluminação artificial, os mesmos valores são atribuídos, sendo considerada como boa iluminação índice acima de 70. A maioria das lâmpadas fluorescentes compactas possui fator de 80, enquanto as halógenas, apesar de consumirem mais energia e esquentarem mais, têm o valor 100.
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PAPO DE OBRA
POTÊNCIA X TENSÃO Uma confusão comum envolve a diferença entre tensão (Volts) e potência (Watts). Tensão (V) é o que alimenta a lâmpada, que pode ser de 127V e 220V – e somente esses valores, no caso de corrente alternada residencial. No caso de corrente contínua (bateria ou energia solar), essa tensão é de 12V ou 24V. Se ligar uma lâmpada de 127V em 220V, ela queimará. Já uma lâmpada de 220V quando colocada em soquete 127V, acenderá, mas ficará bem fraca. Já a potência (watts) da lâmpada indica o 24
FLUXO LUMINOSO consumo de energia, o quanto ela gasta. Quanto maior a potência da lâmpada, mais energia ela gasta. “Com menor potência, a lâmpada fluorescente reduz seu consumo de energia em até cinco vezes, com uma economia mensal de R$ 2,70 em sua conta de luz por lâmpada (considerando o Kw/h a R$0,40 com 5 horas de uso ao dia). Com a economia financeira gerada nesta substituição, o investimento inicial feito na compra da lâmpada se paga em até três meses”, pontua Leandro.
O fluxo luminoso é a quantidade de luz total emitida em todas as direções por uma fonte luminosa, expressa em lumen (lm). É esse índice que diz o quanto uma lâmpada ilumina. Essa informação está presente na embalagem da lâmpada. A lógica dessa conta de equivalência funciona da seguinte forma: uma lâmpada incandescente de 100W tem 1500 lm de fluxo luminoso, que é proporcional a uma lâmpada fluorescente compacta de 25W, com também 1500 lm.
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PAINEL DE NEGÓCIOS
DESIGN E TECNOLOGIA A A
ViaLight Iluminação abriu suas portas em São José do Rio Preto em 1982. Além da indústria e loja na cidade, também tem lojas em Araçatuba e Londrina. Fabrica e disponibiliza os mais diversos tipos de luminárias, atendendo aos segmentos de iluminação residencial, comercial e hotelaria. Seu principal diferencial em relação a outras empresas do segmento é “a excelência em qualidade da matéria-prima e inovações constantes em design e tecnologia. Buscamos sempre desenvolver produtos que aliem a beleza do design com a funcionalidade”, ressalta a gerente comercial Carla Cocenza. A empresa foi a primeira no Brasil a obter a UL (Underwriters Laboratories Inc.) para luminárias fluorescentes, que é uma certificação americana que atesta a qualidade e a segurança do produto, permitindo a venda nos mercados dos Estados Unidos e Canadá. “A ViaLight conquistou o mercado ao desenvolver peças que conciliam beleza, design e funcionalidade, utilizando materiais nobres de uma maneira racional e eficiente. A grande variedade de modelos, que agradam até os mais exigentes consumidores, a excelência no atendimento e pontualidade em todos os serviços prestados também foram diferenciais que solidificaram o nome da indústria no mercado”, pontua Carla, ao falar sobre o segredo do sucesso da empresa.
Nova Parceria
A LEDS-C4 é a nova parceira da ViaLight. Trata-se de uma das mais tradicionais empresas de luminárias, referência mundial e presente no mercado há mais de 40 anos. “Fomos a Barcelona, na Espanha, para concretizarmos a parceira, conhecer o processo fabril e já estamos comercializando as luminárias nas lojas ViaLight”, conta Carla Cocenza.
Design
A ViaLight Design é uma outra parte da empresa voltada aos projetos diferenciados. Ela firmou parcerias com profissionais de sucesso, no Brasil e no mundo, para criação de peças exclusivas, que tem o design como 26
ponto alto. Entre esses nomes estão: André Cruz - titular do escritório homônimo em São Paulo, desenha o que não pode ser riscado e brinca com o que não é tangível; o egípcio Karim Rashid - morando nos Estados Unidos desenha para grandes empresas no mundo, foi o primeiro parceiro da empresa neste segmento e desenvolveu as linhas exclusivas Ikon, Kross e Kontour que foram fabricadas pela ViaLight e comercializadas no Brasil e no exterior; Harry Allen - criador das luminárias Eclipse, premiadas por todo o Brasil; e Brunno Jahara - brasileiro com larga experiência no exterior, criou a luminária Batucada, tam-
bém bastante premiada, a peça foi desenvolvida dentro do conceito do eco-design.
Prêmios
Durante esses anos de trabalho e dedicação ao mercado da iluminação, a Via Light conquistou vários prêmios de reconhecimento. Destacamos alguns deles: * 2013 - a luminária Pendente Eclipse II, assinada por Harry Allen para a ViaLight Design, foi premiada no Salão Design, na Modalidade Indústria, para a categoria Iluminação. * 2013 - Troféu Fornecedor Destaque da Hotelaria como o melhor fornecedor de luminárias do segmento. Concedido pela Revista Hotéis.
SERVIÇO DA ILUMINAÇÃO * 2012 - três medalhas de ouro do Prêmio Abilux, da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação. A luminária Batucada, do designer Brunno Jahara, conquistou o 1º lugar na categoria “Residencial para Mesa”; o pendente Eclipse I, de Harry Allen, ganhou na categoria “Comercial para Lojas, Shopping, etc.”; e
a luminária Árvore, do designer André Cruz, levou o 1º lugar na categoria “Linha de Produtos”. * 2010 - duas luminárias da coleção de André Cruz, lançadas pela ViaLight foram premiadas em São Paulo com o bronze no Prêmio Senai-SP Excellence Design, são elas:
Origami e Alet . * 2006 - um plafon produzido pela empresa ficou entre os três premiados no Abilux Empresarial de Design na categoria “Comercial para Bancos, Escritórios, etc.” Serviço: Via Light - www.vialight.com.br
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INFORMAÇÃO
O
plágio de uma forma geral é uma atividade ilícita que permeia todas as áreas do conhecimento científico, intelectual e artístico desde a antiguidade, e é uma forma perversa de usurpação da propriedade alheia. Ele viola os direitos resultantes da obra originalmente criada. Para iniciarmos uma discussão a esse respeito, faz-se necessário conceituar as formas de direitos autorais que a legislação federal nos coloca. São eles: os direitos autorais morais e os direitos autorais patrimoniais. Os direitos autorais morais são inalienáveis e perpétuos. Eles não se extinguem com o tempo. Eles são a essência do direito que o arquiteto tem sobre o seu trabalho intelectual e artístico. Já os direitos autorais patrimoniais são transmissíveis e prescritíveis. Eles perduram (conforme a lei federal 9.610/98) por 70 anos, contados a partir do dia 01 de janeiro do ano subsequente ao do falecimento do autor da obra intelectual protegida. Falando mais precisamente no âmbito da arquitetura, do urbanismo e do paisagismo, o plágio sempre foi um pouco mais complicado de se detectar. Conforme sabemos, nós arquitetos temos um compromisso social,
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ambiental e formal, que as demais obras intelectuais e artísticas nem sempre possuem. Sabemos também que a essência do projeto arquitetônico não reside nos seus ornatos, nos seus revestimentos, nas suas cores, mas sim nos espaços criados a partir da correta articulação da composição arquitetônica, através de elementos construtivos tais como paredes, lajes e coberturas. Isso faz com que os espaços ordenados plasticamente, traduzam o que o mestre Lúcio Costa disse: “arquitetura é a construção com intenção plástica”. Conforme a Resolução 67 do CAU/BR recentemente aprovada e posta em vigor, para se detectar o plágio de uma obra de arquitetura, é necessário que se identifique semelhanças em pelo menos dois dos seguintes tópicos: - Partido Topológico e Estrutural; - Distribuição Funcional; e - Forma Volumétrica e Espacial Interna ou Externa.
na antiguidade, e que empresta seu nome a um conhecido site de arquitetura de mesmo nome, se notabilizou muito mais por catalogar e analisar obras de outros arquitetos, do que por suas próprias obras. Ele costumava dizer que a arquitetura se apoiava num “tripé” denominado: Firmitas, Utilitas e Venustas, que nada mais são, do que os tópicos citados na Resolução 67. Isso mesmo: Firmitas (estabilidade, partido estrutural); Utilitas (funcionalidade, distribuição funcional); e Venustas (beleza, forma, volumetria). A partir de agora, temos mais um instrumento de defesa de nossas criações, que deverá inibir a ação inescrupulosa de pessoas físicas e jurídicas que, não raro, usurpam nossa propriedade intelectual. É de fundamental importância, visando à valorização e o aprimoramento de nossa profissão, que divulguemos a autoria de nossos projetos, a fim de que a sociedade se conscientize de que arquitetura é atribuição de arquiteto, e que o autor do projeto é a pessoa física criadora da obra de arquitetura.
Isso nada mais é do que a tríade vitruviana. Voltando um pouco na história da arquitetura para refrescarmos nossa memória, o arquiteto grego Vitruvius, que viveu na Grécia
Afonso Celso Bueno Monteiro, arquiteto e urbanista Professor da Unirp, Unip e Faculdades D. Pedro II Presidente do CAU/SP
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ESPECIAL
ENVIDRAÇAMENTO DE SACADA
GANHE EM CONFORTO E SEGURANÇA
A
s sacadas mudaram muito nos últimos anos, ganharam em espaço e status. Hoje, em vários edifícios modernos, elas se transformaram em mais um cômodo, que serve como área de lazer e socialização. Em alguns casos, as sacadas abrigam os chamados espaços gourmet, com churrasqueiras, mesas, sistemas de som, televisores e demais itens para o conforto de moradores e visitantes. E para que tudo isso não fique desprotegido das intempéries climáticas, muitos proprietários de apartamentos estão investindo no sistema de envidraçamento. Porém, antes de iniciar a obra é importante saber se o condomínio permite esse tipo de instalação, pois em alguns casos, essa adaptação pode ser considerada como mudança de
fachada do prédio. Se autorizado, busque a indicação de empresas sérias, para fazer o orçamento e um projeto personalizado. Esteja atento para que elas contem com profissionais qualificados, que possam avaliar se a varanda foi projetada para receber um sistema de envidraçamento, que levará uma carga de peso contínua sobre a estrutura. A mão de obra deve ser capacitada, sendo importante o fornecimento de ART (Anotação de Responsabilidade Técnica). Também esteja atento para a resistência do vidro utilizado e qualidade das esquadrias. Não esqueça que a quebra de um vidro pode causar sérios acidentes. Para ter essa proteção quanto às chuvas, barulhos da rua, e até mesmo da luz direta,
hoje o que mais se usa é sistema de envidraçamento com fechamento retrátil. Com ele o ambiente fica fechado, mas pode ser aberto sempre que se quiser o espaço mais arejado. Em um único trilho é possível juntar todos os vidros, que podem ser laminados ou temperados. Ambos suportam as intempéries da natureza, mas o temperado, se quebrado, estilhaça, porém o problema pode ser resolvido com a aplicação de uma película. Um profissional qualificado pode ajudá-lo a decidir qual o mais indicado para o seu ambiente. Na hora da limpeza, o sistema que possibilita que os painéis sejam recolhidos para a área interna, facilita bastante o trabalho. Também esteja atendo para que o fechamento tenha travas de segurança, assim evita-se que crianças possam manusear e causar qualquer acidente.
Norma Técnica
A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) publicou, em 16 de janeiro, a Norma 16259 – para sistemas de envidraçamento de sacadas. Nela, que entrou em vigor em fevereiro de 2014, fica estabelecido requisitos e métodos de ensaio que asseguram o desempenho dos sistemas de envidraçamento de sacadas, em edificações de uso público ou privado. Quem ganha com isso são os bons profissionais e o consumidor, pois terão em mãos parâmetros de qualidade e segurança para selecionar seu fornecedor de acordo com os quesitos aprovados. Entre os procedimentos fundamentais da norma estão: fixação, ancoragem e resistência do sistema de envidraçamento de sacadas. Outra questão importante é que o cliente deve exigir da empresa que fornece o serviço, um certificado aprovando o equipamento de acordo com a norma. Ao longo do processo foram realizados testes de reforços verticais e de manuseio, em laboratórios especializados, que remeteram os parâmetros para o ensaio da norma. 30
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CAPA
Fotos: Divulgação
FEICON 2014 NOVIDADES E TECNOLOGIAS PARA A CONSTRUÇÃO
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20ª edição da Feicon Batimat – Salão Internacional da Construção, que aconteceu na capital paulista entre os dias 18 e 22 de março, superou as expectativas. Nos 85 mil m² de feira estiveram presentes 1.050 marcas. A estrutura recebeu 130 mil visitantes, além dos congressistas, que assistiram 50 apresentações de especialistas nos painéis oferecidos por entidades apoiadoras do evento. “Recebemos a visita de cerca de 56 mil lojistas do setor, das mais diversas partes do Brasil, gerando em torno de R$ 430 milhões em negócios e batendo todos os recordes já registrados na feira”, declarou Cláudio Conz, presidente da Anamaco. Casa dos Portugueses A Casa dos Portugueses fez sua primeira exposição internacional durante a Feicon. O espaço abrigou 25 empresas portuguesas, que apresentaram ao público lançamentos e outros produtos que deverão aumentar sua presença no mercado brasileiro nos próximos anos. O estande simulava um espaço habitacional real onde era demonstrado a utilização dos produtos expostos. Alguns deles já estão disponíveis no Brasil, e seus fabricantes pretendem ampliar consideravelmente sua presença no país, mas a maior parte só foi conhecida agora. “Acredito que Portugal esteja passando por uma crise desnecessária visto que fabricamos produtos de altíssima qualidade e exploramos pouco as exportações. A expectativa de todas as empresas que participam deste projeto é muito grande e acreditamos que os brasileiros vão gostar do que temos a oferecer”, destaca Bruno Moreira, organizador do projeto Italianos Um grupo de 18 empresas italianas esteve presente na Feicon, onde mostrou novidades e tecnologias para a indústria da construção civil. No pavilhão foram apresentados acessórios em madeira e laminados; artigos e tintas para pinturas decorativas; vernizes, colantes e adesivos para assoalhos e madeiras; sistemas de isolamento térmico e acústico; sistemas de segurança; portas e janelas em madeira, alumínio e PVC; pistolas, acessórios e equipamentos para ar comprimido; tubulações para instalações hidrossanitárias e serviços para comercialização; distribuição de máquinas, materiais e acessórios para a construção. Robôs O Winbot, robô apresentado ao mercado brasileiro pela Ecovacs, permite a limpeza de vidros com moldura em qualquer espessura, de forma automática. Basta que o usuário aperte um botão e o robô se desloca por toda extensão do vidro, removendo qualquer sujeira, especialmente nas partes externas de fachadas de edifícios. Outro produto ajuda a varrer o ambiente. O Deebot é um robô-aspirador automático de limpeza, dotado de um sensor que permite à máquina andar por todo mobiliário e limpar locais de difícil acesso, driblando todos os obstáculos. Já limpar o fundo e as bordas das piscina é tarefa para o Robot XT5, apresentado pela Sibrape. E o melhor, assim que estiver tudo limpo o equipamento desliga sozinho, o que o torna mais econômico e eficiente. Ele também consegue integrar o funcionamento de outras funções da piscina, como controle de queda d’água, luzes, entre outras, através do smartphone do dono da casa. Térmicas e Acústicas Nos grandes centros urbanos, uma das reclamações mais frequentes é o barulho. E nos últimos meses, outro problema que atingiu a população foi o calor, levando a uma necessidade ainda maior de se ter um controle térmico dos ambientes. De olho nesse mercado, os fabricantes levaram novidades para a Feicon. O mercado já disponibiliza soluções que proporcionam conforto térmico e acústico, de maneira integrada. Um exemplo vem da empresa Bazze, que protege o ambiente com o uso estruturado do PVC em esquadrias, o que aumenta a proteção térmica e acústica das portas, janelas, persianas e forros. Durante a Feira eles lançaram um sistema construtivo, que permite ter um ambiente com isolamento em menos de uma semana. Novas tecnologias em janelas e portas que primam pelo conforto térmico e acústico também ganharam espaço no evento. Os fabricantes ressaltam que, para serem eficientes, é importante não apenas o produto, mas uma instalação adequada e um acompanhamento próximo.
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CAPA
KELLY METAIS
Ducha Higiênica: 167 ½ C-71 com flexível em Inox, tem 1,2 m de comprimento e gatilho em metal.
ATLAS
Linha Onix: para fachadas internas e externas, a linha de revestimento cerâmico chega ao mercado em cinco tons de cinza. A escolha das cores foi inspirada na tendência do uso do cinza no mercado de decoração de interiores.
BOSCH
GLM 30: menor trena a laser do mercado com conexão para smartphones e tablets. De fácil manuseio, toda a operação para obtenção e transferência dos dados pode ser feita em apenas quatro passos: 34
MONDIALLE
Banheira Ímola: banheira retangular dupla de 1,90m por 1,60m, que acomoda individualmente 2 pessoas com total conforto. Pode ser feita em acrílico ou fibra de vidro e tem um divisor para ser usada de modo individual.
LORENZETTI
Duo Shower Quadra: com quatro modelos, a linha apresenta design inovador, unindo linhas retas com espalhador slim, além das funções de chuveiro e ducha em único produto 35
CAPA
AMATOOLS
Perna Mecânica Perna Mecânica para uso na Construção Civil (pinturas, aplicação de gessos, drywall, instalações elétricas, manutenções e outros), pomares e jardinagens, etc.
ROCA
Linha Marical Olympic: cubas de apoio com ilustrações do design espanhol Javier Mariscal, inspiradas em esportes como tênis, futebol, natação e corrida.
ÁGUIA METAIS
Misturador lavatório Quadrat
SIBRAPE
Robot XT5: o robô trabalha na limpeza da piscina enquanto seu tempo na piscina fica exclusivo para diversão.
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DOCOL
Linha Presence: torneira alta para ser instalada diretamente no piso.
DECA
Hydralux Duo: válvula de descarga inteligente, acionado por sensor de ausência.
MWM
Churrasqueira a Gás 4+2 Gas Gril Tampa Dupla: com quatros queimadores principais essa churraqueira móvel garante limpeza e praticidade. 37
CAPA
Fotos: Divulgação
REVESTIR 2014 MESCLA DE NOVIDADES QUE VÃO MUITO ALÉM DOS REVESTIMENTOS
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Expo Revestir teve sua 12ª edição, atraindo para a capital paulista um público estimado de 51 mil visitantes. O evento foi ambientado no Transamérica Expo Center, e contou com a participação de 250 expositores nacionais e 50 expositores estrangeiros vindos da Itália, Espanha, Argentina, Portugal, Suíça, Alemanha e Israel. Paralelamente foi realizado o Forum Internacional de Arquitetura e Construção, que contou com a participação de 3200 profissionais do setor, e vários outros eventos, como a exposição “Impressões By Laufen”, onde arquitetos renomados foram convidados para desenvolver criações em torno da cuba Living City. E como este é o ano da Copa no Brasil, foi organizado o “V Fórum Arquitetura da Copa”, que reuniu para um debate os arquitetos dos estádios da Copa do Mundo 2014, que contaram histórias de bastidores e curiosidades sobre os projetos realizados para o maior evento do futebol mundial. E entre o leque de atividades teve ainda a premiação do “10º Ranking ITC” - Inteligência Empresarial da Construção - que acompanha a evolução 38
do setor e teve como objetivo eleger as 100 maiores construtoras de 2013. LANÇAMENTOS Como não poderia deixar de ser, a Feira reúne, em um mesmo espaço, uma série de novidades em revestimentos, pisos, e acabamentos, que agora ganham o mercado e aos poucos conquistam os profissionais do setor, bem como representantes lojistas e o consumidor em geral. Entre eles encontramos porcelanatos que reproduzem desenhos pintados à mão; as impressões de estamparia para pisos de bambu; e linhas que trazem o estilo rústico, com elegância, para a área externa. Um dos diferenciais é a qualidade de impressão digital Full HD nos revestimentos e ladrilhos hidráulicos, que vem com relevo que simula o rejunte entre os desenhos. Inspiradas nas placas de aço corten ou aço patinável, tem um porcelanato com impressão que se aproxima ao máximo do efeito metal. Outros revestimentos diferenciados trazem aparência de tronco cortado, com veios que
lembram a textura da madeira Pau-ferro; e tem o de mármores selecionados e pedra cortada em formato de tijolo. BANHO Os banheiros ganharam espaço e status, e hoje os espaços podem ser chamados de salas de banho. Aliás, essa é a parte da casa que mais foi contemplada durante a Revestir. Muitos lançamentos são para ela. A alemã Hansgrohe apresentou o conceito de experiência sensorial na hora do banho, mostrando um chuveiro-luminária com design arrojado e que possui uma lâmpada na área central. E disponibilizou também uma tecnologia capaz de modular os diferentes pontos de água em um único controle. Já a Laufen propõe o formato de uma arquitetura integrada, um ecossistema interligado em que lavatórios, bacias sanitárias, torneiras e acessórios, duchas, banheiras e acessórios interagem com máxima flexibilidade. A Obras&Dicas visitou a Feira e, entre tantas novidades, selecionou algumas. Acompanhe nas próximas páginas.
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CAPA PORTINARI
Coleção Grafismo: composta por azulejos 20x20cm em tons de grafite com a arte do grafismo em sua superfície.
LAUFEN
Kartell by Laufen: lavatório freestanding com coluna integrada.
VIAROSA
Porcelanato 54x54cm: com impressão digital full HD e relevos que simula rejuntes, as linhas Bistro e Porto têm aparência de ladrilhos hidraúlicos e azulejos portugueses.
LANZI
Coleção Brasília: com formato 30 x 60cm, em acabamento retificado, chega nas cores azul, ocre e grafite para revestir paredes internas.
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SOLARIUM
Linha Corner: com design contemporâneo, a peça tem elevação diagonal partindo de um dos cantos e diferenças de espessura que mudam o visual do revestimento apenas com a rotação das placas, criando inúmeras possibilidades de paginação.
DECA
Linha Deca Gold Matte: misturadores numa interpretação moderna do dourado, mas com o acabamento suave ao toque, que remete aos materiais mais naturais.
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CAPA
DOCOL
Linha de metais ONI: inovadora em vários aspectos, foi inspirada nos grandes nomes da arquitetura contemporânea como Zaha Hadid e Oscar Niemeyer.
ELIANE
Linha patchwork-geometrico: com 20x20cm seus delicados desenhos têm inspiração retrô.
PORTO FERREIRA - COLEÇÃO PARA ÁREAS GOURMET
A linha é composta por revestimentos decorados impressos em matrizes digitais de alta resolução (200 giga pixel/m2). Indicado para paredes de áreas gourmet, internas e externas, os itens apresentam desenhos reais que reproduzem com perfeição fotos de alimentos e bebidas. Produzidos em cerâmica com base monoporosa e disponível no formato 33 x 45 cm.
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ELIANE
Linha Sampa: monocromático e ideal para grandes áreas residenciais e comerciais, as peças têm o inédito formato de 60x90cm, elegante e longe da proporção convencional. Nas cores alfalto, coke,concreto e off white.
SOLARIUM
Linha Cobogó Sensation: criação do arquiteto Décio de Lima Beck, o circúlo vazado foi valorizado com elipses, diferenciando-o das formas convencionais.
PORTINARI
Coleção New Cotto: um retorno dos produtos naturais e étnicos com muita tecnologia, resultando em materiais inovadores e carregados de história. 43
VIAGEM
SEVILHA
Os arquitetos Poliana Risso e Guilherme Ueda estiveram na Espanha e nos conta um pouco das inĂşmeras belezas de Sevilha, a maior cidade da regiĂŁo de Andaluzia.
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CHARME E RIQUEZA DE HISTÓRIA
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evilha é uma dessas cidades da Europa cujo centro histórico oferece inúmeras oportunidades de se perder. Ruelas estreitas e charmosas, repletas de lojinhas das mais variadas, compõem esta região cheia de vida, da quarta maior cidade da Espanha e a maior da região da Andaluzia. É surpreendente encontrar, no meio deste labirinto, uma grande praça coberta por seis enormes cogumelos de madeira. Considerada a maior estrutura de madeira do mundo, com 26 metros de altura e 150 por 70 metros de extensão, o Metropol Parasol ou “os cogumelos da Encarnación”, como é conhecido localmente, abriga em seu subsolo um museu destinado aos vestígios arqueológicos encontrados durante as primeiras etapas da obra, um mercado público no nível térreo, uma praça pública logo acima, e ainda um mirante, incluindo um restaurante, acima da estrutura. Rodeado por construções de épocas e estilos variados, o Metropol Parasol contrasta com o entorno, dando-lhe nova vida. A praça é local de diversos eventos públicos como concertos, encontros públicos, manifestações culturais e artísticas. Lá no topo, onde se chega por um elevador embutido em uma das duas únicas colunas de concreto, encontra-se uma passarela serpenteante de 250 metros
de comprimento, de onde se tem uma vista panorâmica da cidade. A sensação é de caminhar sobre as nuvens. Concebido de forma a renovar o centro histórico e substituir o antigo mercado, datado do século XIX, o projeto é do escritório alemão J. Mayer H., e foi concluído em 2011. Foi escolhido entre inúmeras propostas através de um concurso internacional, assim como tantas outras obras públicas importantes no continente europeu. Sevilha oferece ainda muitas outras obras arquitetônicas interessantes, de todas as épocas. A catedral da cidade é a maior catedral em estilo gótico e a terceira maior igreja do mundo. Suas origens remontam ao século XII, quando a cidade estava sob o domínio dos mouros, e algumas partes, como o pátio e a torre do campanário foram construídas nesta época. O restante foi sendo feito ao longo dos séculos, resultando em uma interessante mistura de estilos, embora o gótico seja predominante. Uma das atrações mais famosas da cidade é a Praça da Espanha, situada no Parque Maria Luísa, concebido na década de 1920 para abrigar a primeira das duas exposições mundiais ocorridas na cidade. O estilo é uma mistura de Art-Déco com o Neomudejar, que
remete ao estilo típico da Espanha, utilizado entre os séculos XII e XIV. O parque abriga, hoje, a prefeitura e outros edifícios governamentais, além de diversos museus. Em 1992 ocorreu na cidade a Exposição Universal de Sevilha, quando pavilhões de mais de cem países foram construídos em uma área de 215 hectares. Muitos destes ainda existem e foram sendo ocupados por empresas, faculdades ou outras instituições. Apesar de apresentar sinais de abandono, ainda existem edifícios interessantes para serem vistos. A área é ligada à cidade por uma ponte projetada pelo arquiteto espanhol Calatrava, e para quem conhece suas obras é fácil identificar sua “assinatura”. Sevilha pede alguns dias para ser conhecida. Entre uma caminhada pelo centro histórico e outra, os tapas dos bares locais, os churros com chocolate quente ou os sanduíches conhecidos como serranitos, os edifícios da cidade, históricos ou novos, merecem ser apreciados com calma. Ali, os edifícios possuem mais do que uma bela arquitetura, exibem em cada um de seus traços a riqueza da história. Poliana Risso e Guilherme Ueda, arquitetos e urbanistas.
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ENTREVISTA
PROJETOS SÃO SONHOS E REALIZAÇÕES 46
Fotos: Divulgação
DENISE MONTEIRO
A
arquiteta Denise Monteiro atua faz mais de 20 anos nas áreas de arquitetura e decoração residencial, corporativa e promocional. Seu nome é presença frequente nas mais importantes mostras e eventos de arquitetura e decoração, como a Casa Cor São Paulo, Casa Hotel e La Una. Formada pela Universidade de Brasília (UnB), estabeleceu sua carreira no eixo Rio de Janeiro / São Paulo / Brasília. Harmonia, conforto e funcionalidade são os pilares do seu trabalho. Os projetos assinados por ela, e sua equipe, estão em condomínios de luxo e grandes empreendimentos imobiliários. Denise conversou com a Obra&Dicas. Acompanhe. Obras&Dicas - Entre as suas áreas de atuação está a arquitetura promocional. Como funciona esse trabalho? Denise Monteiro - Atualmente o ramo de stand é promissor e necessita de profissionais qualificados e criativos. O mundo da arquitetura promocional é rápido e prático, e para desenvolvê-lo seguimos da mesma forma que elaboramos os projetos de interiores. Adequamos o espaço às necessidades da empresa. Você já assinou espaços em várias mostras do setor. Como avalia a importância desses eventos? Existe sempre uma troca visual e criativa, tanto para os profissionais quanto para os visitantes.
Qual o grande desafio da arquitetura, para os dias de hoje? Unir conforto e praticidade. O que um bom projeto arquitetônico pode fazer por uma pessoa? Ele transforma a vida, facilita o dia a dia, oferece conforto, bem-estar e alegria. A arquitetura tem a função de tornar os espaços habitáveis, mas também realizar sonhos. Como é trabalhar para realizar os sonhos dos outros? Primeiramente procuramos respeitar o estilo de vida do cliente ou da família, não esquecendo, sempre de uma maneira “terapêutica”, de deixar que a funcionalidade perca o sentido no meio de tantas exigências e expectativas do cliente.
Sala de estar, casa em São Paulo no bairro Morumbi 47
ENTREVISTA
E os seus sonhos arquitetônicos quais são? Já os realizou? Cada projeto é um sonho e uma realização. Já recebeu algum pedido estranho/ exótico de seus clientes? O exótico pode ser uma característica do cliente em que não costumamos julgar. O que faz para exercitar a criatividade? Viver em São Paulo já é exercício criativo. A tendência são casas e apartamentos cada vez menores. O que exige mais habilidade e criatividade, o excesso ou a falta de espaço? Os dois exigem criatividade e habilidade, cada um com as suas particularidades. Uma de suas dicas é o uso de espelhos. Mesmo para ambientes amplos eles são uma boa opção? Espelhos sempre enriquecem uma decoração, seja em qualquer espaço, desde que bem colocados. “Um espelho bem coloca-
Living, apartamento em São Paulo no bairro Moema
do traz sensação de amplitude ao ambiente. Desde que respeite o estilo e a decoração, ele pode ser usado como revestimento de móveis, em paredes de hall, portas... A tendência do espelho é única: ser cada vez mais usado”.
Casa em Indaiatuba
A casa ocupa um terreno em declive, e foi projetada para ser prática e iluminada, com ambientes que fossem, de fato, funcionais e
utilizados. A área construída foi dividida em dois níveis, ligados internamente por uma escada de madeira, que foi cuidadosamente planejada, para que não ficasse inclinada. Na sala de estar é possível ver a influencia da luz natural, que vem do jardim. Ela passa por um painel em tecido francês cortado a laser, que garante ao ambiente um estilo único e muito aconchegante. De acordo com a arquiteta “o jardim fica praticamente dentro do espaço.” Foto: Sérgio Israel
Sala de estar, casa em Indaiatuba 48
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REFORMA
Fotos depois: Donizeti Batista
Novaora Arquitetura
Técnica e conforto
O
projeto desta clínica, elaborado por Novaora Arquitetura, segue os mais avancados conceitos : ambientes e materiais de acabamentos adequados ao uso e ao desempenho das atividades medicas, visando a segurança da equipe e dos pacientes. Os espaços recebem pacientes com qualquer restrição de mobilidade. Novaora Arquitetura - Fone 17 3235-5165
Antes
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PROJETO FLÁVIA BONADIO ARQUITETURA
Clínica Médica em São José do Rio Preto - SP
TRAÇOS CONTEMPORÂNEOS
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or se tratar de áreas de atendimento diferentes em padrões e necessidades (oncologia e pediatria), o projeto foi desenvolvido de modo a separá-las. Baseado na humanização dos espaços, foram criadas salas de espera independentes com pátios externos ligados a cada uma delas, desmistificando a idéia de “reclusão” das esperas convencionais; amplas, contam com a iluminação natural através de grandes aberturas protegidas. A fachada é lúdica e séria ao mesmo tempo. Traz o contraste do transparente e do denso e transmite a confiabilidade de uma estrutura sólida, com traços contemporâneos e fortes. 02
1 - Fachada frontal noturna 2 - Fachada frontal diurna 3 - Fachada frontal diurna
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PROJETO FLÁVIA BONADIO ARQUITETURA
01 - RECEPÇÃO 02 - ESPERA ONCOLOGIA 03 - ESPERA PEDIATRIA 04 - ADMINISTRAÇÃO 05 - CONSULTÓRIOS 06 - ARQUIVOS 07 - BANHEIROS 08 - BANHEIROS ADAPTADOS (PNE) 09 - ELEVADORES Corte
Pavimento térreo
DADOS DA OBRA ÁREA DO TERRENO 498 m² ÁREA DE CONSTRUÇÃO 438 m² ARQUITETURA: Flávia Bonadio 17 3364.5009 | 17 99111.5021
Pavimento superior 54
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SOCIAL
FEIRAS
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eja Revestir ou Feicon, o mês de março levou muita gente de São José do Rio Preto a São Paulo, para conferir as novidades e instigantes tecnologias no setor da Construção Civil. Foram centenas de standes, sendo muitos deles de nossa região como Kelly Metais, MWM Importações, Ramassol, Cozimax, entre outros.
01 - Monique Shiota, Juliana Góes 02 - José C. Pardo 03 Ricardo, Marcelo e Helena Fonseca 04 - Profissionais enviados à Revestir pela Casa dos Construtores
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10 - Érica Albano 11 - Marcelo Arede, Donizeti Batista, Mariana Guarezimi e Maria Inês 12 - Ricardo Zammarian, Kym Hashimoto, Rafael Sinhorini e Gislaine Oda 13 - Aline e Rita de Cassia e Adilson 14 - José Augusto, Juliana Mendonça e Walter de Lacerda.
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Ilda Vilela Por
Fotos: Foto M
04 05 - Marcio Pierre, Vanessa Alves, Faisa Marques e Chico Mendes 06 - Fabiano Pinesso, Sheila Katia e Valmir Moreira 07 - Adalberto Souza Barros 09 - José Carlos, Larissa Lopes, André Gustavo e Marcelo Napolitano. 08
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SUSTENTABILIDADE
Fotos: Brightsource Energy
ENERGIA SOLAR: MAIOR USINA DO MUNDO É INAUGURADA
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maior instalação solar térmica do mundo foi oficialmente inaugura no mês de fevereiro, na Califórnia, Estados Unidos. A usina Ivanpah Solar Electric Generating System pode gerar 392 megawatts de energia, que é suficiente para alimentar 140 mil casas do estado. Segundo comunicado oficial, ao passar a utilizar energia limpa, esses domicílios deixaram de gerar 400 mil toneladas métricas de CO2 por ano, o que equivale a
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remover 72 mil veículos das ruas. Ela foi construída através de uma parceria entre as empresas Google, NRG Energy e Bright Source Energy. Em um terreno de 13 km² no deserto de Mojave, a usina abriga três torres de captação, com 350 mil espelhos para coletar a luz do sol e sua capacidade bruta de produção é quase quatro vezes mais que a da usina Shams 1, em Abu Dhabi (Emirados Árabes), que até então era a maior do
segmento. A usina Ivanpah levou três anos para ser construída e seu funcionamento é todo baseado no uso de helióstatos e de turbinas movidas a vapor. A luz refletida é concentrada nos painéis de captação no topo das torres, gerando calor suficiente para esquentar tanques de água e gerar vapor que, por sua vez, gira as turbinas que geram energia.
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SUSTENTABILIDADE
Fotos: Brightsource Energy
CONTROVÉRSIA De acordo com o Wall Street Journal, a construção de Ivanpah gerou discussões a respeito dos custos e do impacto ambiental causado. Segundo especialistas, seu custo de 2,2 bilhões de dólares é aproximadamente o dobro de fontes convencionais de geração de energia e, além do custo, biólogos alegam que a obra está causando mortes de pássaros da região, devido ao calor gerado próximo às torres, que pode chegar a temperaturas acima dos 500ºC. Agentes reguladores do governo norte-americano estão prevendo um estudo de dois anos, sobre o impacto das instalações nos pássaros. Outro ponto negativo diz respeito ao local onde a usina foi instalada, pois segundo a revista How It Works, sua construção “estragou” um ecossistema, no qual viviam mais de 200 tartarugas-do-deserto. Uma curiosidade é que, foi preciso investir US$ 55 mil para realocar cada bichinho.
COMO FUNCIONA Acompanhe o passo a passo do funcionamento e geração de energia da Ivanpah:
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softwares especiais controlam os painéis solares e modificam o posicionamento deles, para que fiquem em um ângulo preciso que possibilite refletir a luz solar no topo da torre;
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acima da torre, há uma caldeira que aproveita o calor dos raios solares para esquentar a água e transformá-la em vapor; o vapor gerado é direcionado para turbinas que vão gerar a energia;
a energia é direcionada para a rede elétrica, sendo que qualquer excesso é armazenado em grandes tanques de reserva; e a energia é distribuída para as residências.
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CRÔNICA
O KM 422
Por Denise Farina Arquiteta e urbanista
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izem que a nossa casa é como o útero materno: é para lá que a gente volta no final do dia, se aconchega, se sente protegido, relaxa e dorme em paz. Pois, para meu amigo, assim é o km 422. Aonde quer que ele vá de carro, pela Whashington Luís, seja em férias, a passeio ou a trabalho, a volta e a subida, logo após a polícia rodoviária, e a primeira visão de Rio Preto são um alívio, um aplacar de saudade da terra natal. Para ele, o km 422 é a hora do sorriso aberto. De dia, o verde abundante a circundar a cidade, parecendo protegê-la; à noite, o tremelicar das suas luzes, como a formar um colar de diamantes, atraindo-o como uma amante saudosa. Ele sabe, então, que, mais um pouco e a cidade amada o espera de braços abertos. Meu amigo é rio-pretense da gema. Eu não sou. Meu amigo conheceu as calçadas da cidade amada, quando ainda se colocavam cadeiras
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e se jogava conversa fora com os vizinhos, enquanto as crianças brincavam no meio-fio. E subia a Silva Jardim encantado com os casarões antigos. Eu não. Meu amigo frequentava as brincadeiras dançantes na Boa Vista, nas garagens dos amigos, regadas a discos de vinil e emoções adolescentes à flor da pele. E esperava, pacientemente, pelo presente de Natal que vinha das vitrines da Casa Rignani. Eu não. Meu amigo “pulava” carnaval no Automóvel Clube, com fantasia feita pela costureira da Santa Cruz, cheirava lança perfume e tomava canja nas madrugadas sossegadas protegidas pelo Momo... Eu não. Meu amigo conheceu uma Rio Preto que não me pertence. Uma cidade rica em história pessoal que o faz quase chorar à simples visão do seu contorno distante. E eu quase o invejo... Não fui estudar em São Paulo nos GM Coach da Cometa, não peguei trem de passageiros na Estação Ferroviária, nem vi o Andaló mudar o destino da cidade. Não me
deliciava com as tortas da Paganelli, nem comia pizza na Salada Paulista... Não nasci aqui e não tenho histórias nostálgicas da cidade para contar... No entanto, tenho por esta cidade um amor desmesurado, desses que os filhos têm pelas mães... Tenho essa saudade da terra que me acolheu, tenho carinho e ódio por esse clima quente e frutífero, como tenho preocupação extremada com os rumos que a cidade toma, com seu trânsito pesado a lhe fustigar as ruas e com o distanciamento da população em bairros distantes. Eu amo essa terra e entendo meu amigo. O km 422 está lá, anunciando Rio Preto, como a me receber de braços abertos, com o mesmo carinho de mãe que pariu ou adotou. E meu sorriso também aflora sempre a essa visão, porque Rio Preto é o útero que me recebe a cada retorno. Um dia, em outra vida, ainda renasço aqui, só para poder responder, à boca cheia : “Eu? Sou de São José do Rio Preto!”
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