OD Distribuição Gratuita
REVISTA OBRAS & DICAS
Fevereiro - Março de 2015 - Ano 8 - nº 45 w w w. o b r a s e d i c a s . c o m . b r
BRASÍLIA PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE 1
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EXPEDIENTE
EDITORIAL
O TOM DA DELICADEZA
Diretor-Geral Donizeti Batista Diretora Editorial Arquiteta Denise Farina
“Construções com espaço calculado para as nuvens”
Clarice Lispector, sobre Brasília
Jornalista responsável Cris Oliveira - Mtb 35.158
N
Projeto Gráfico / Editoração Marcelo Arede
o final de 2014 as notícias sobre escândalos de corrupção caíram vergonhosamente sobre o Brasil e nossa capital se tornou alvo de olhares mais atentos do que nunca. Não é de hoje que Brasília carrega o fardo pesado da promiscuidade e constrangimento. Há anos a cidade expõe o núcleo vergonhoso de governantes que colocamos no poder e que fazem o país ser motivo de piada no resto do mundo. Mas, apesar de ser o estandarte do nosso disparate político, a cidade ainda é aquela da delicadeza dos traços de Lúcio Costa e Niemeyer. Nesta edição, mostramos um pouco dessa joia do cerrado. Linda, elegante, sinuosa, Brasília surge na paisagem do Planalto Central
Dep. Financeiro Bruna Lubre Sugestões contato@obrasedicas.com.br Vendas: Had Captações e Propaganda Ltda-ME 17 3033-3030 - 3353-2556 revistaobrasedicas@hotmail.com contato@obrasedicas.com.br www.obrasedicas.com.br
revista obras e dicas
OD Distribuição Gratuita
REVISTA OBRAS & DICAS
Fevereiro - Março de 2015 - Ano 8 - nº 45 w w w. o b r a s e d i c a s . c o m . b r
BRASÍLIA PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE
Catedral de Brasília Foto: sxc.hu
Distribuição Gratuita. Dirigida aos setores relacionados à Construção Civil - São José do Rio Preto e Região. 6
Foto: Arquivo pessoal
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Fevereiro - Março / 2015 Nº 45 - Ano 8
Denise Farina Diretora Editorial
denisefarina@denisefarina.com.br
como a lhe dizer que surgiu para abraçá-la; nunca, jamais, para brigar com seu entorno. Majestosa, paira mesmo no meio do país como uma rainha elegante, que humildemente tem paciência para carregar as mazelas a ela infligidas... Elegante e não menos genial, é a arquitetura de Lina Bo Bardi, arquiteta que, se hoje viva, teria 100 anos. Italiana e apaixonada pelo nosso pais, Lina imprimiu força, delicadeza, técnica e simplicidade em seus projetos, lutando por espaços tão igualitários quanto belos. E há melhor forma de se homenagear as mulheres em seu mês? Pois não somos todas, de formas diferentes, evidentemente belas e fortes? Boa leitura!
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ÍNDICE PAPO DE OBRAS Pós-obra
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PAINEL DE NEGÓCIOS
Acessibilidade e elevadores garantem o direito de ir e vir
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EMPREENDIMENTOS
Novidades movimentam o setor imobiliário de Rio Preto
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SUSTENTABILIDADE Sigor abrange Rio Preto a partir de 2015
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CAPA
BRASÍLIA
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ESPECIAL DIA DA MULHER O centenário da arquiteta Lina Bo Bardi
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CASA COR RIO DE JANEIRO
conceito cosmopolita e multiuso
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SOCIAL
Por Ilda Vilela
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PLANEJAMENTO
Acertar é humano, planejar é uma arte
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LUZ PARA SEUS PROJETOS. Rua General Glicério, 4706 São José do Rio Preto/São Paulo Tel.: 17 3233.6458 www.nriluminacao.com.br www.facebook.com/iluminacaoNR
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PAPO DE OBRA
PÓS-OBRA
COM LIMPEZA PROFISSIONAL EVITA PREJUÍZOS E DANOS AO IMÓVEL
A
construção ou reforma acabou, mas para a edificação ficar perfeita precisa de uma limpeza adequada. Sempre sobra resíduo de tinta, cimento, gesso, excesso de rejunte, cola, entre outros materiais, e ter uma equipe especializada em deixar o ambiente pronto para ser utilizado é uma necessidade. É comum que a pessoa, depois de já ter feito um alto investimento no imóvel, queira economizar na hora da limpeza, mas a contratação de uma equipe especializada com profissionais treinados, que saibam usar os produtos certos e equipamentos adequados, é a melhor opção. Isso porque o sistema é diferenciado do que acontece em uma limpeza doméstica, de manutenção diária. 10
O pós-obra especializado retira os resíduos e a sujeira de maneira adequada, sem o risco de danificar o patrimônio, prejudicando um acabamento que acaba de ser feito. Tudo graças a identificação dos diferentes tipos de acabamento, utilizando os produtos corretos para a manutenção de cada um, aumentando sua vida útil e seu aspecto novo. O uso de produtos inadequados pode, por exemplo, queimar a superfície dos pisos, além de causar manchas que muitas vezes não podem ser removidas, sendo necessária uma troca de pisos. “O porcelanato requer produto especial, bem como equipamentos adequados, para não ter possibilidade de risco e manchas no mesmo. Na hora de contratar esse tipo de
serviço é preciso levar em consideração se a empresa tem mão de obra plenamente capacitada e responsável, e esteja apta a usar produtos técnicos adequados ao trabalho a ser realizado”, explica Jocelaine Junqueira, gestora empresarial da Climpi Serviços de Limpeza Especializada. Empresas conceituadas do setor trabalham com produtos biodegradáveis, que exigem pouco volume de água. Elas também fazem diagnóstico prévio, para um melhor planejamento. A limpeza acontece em três etapas distintas: a seco - recolhe a sujeira mais grossa; limpeza - com o auxílio dos produtos e técnicas específicas; e o acabamento final - dando brilho nos metais, espelhos e vidros.
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PAINEL DE NEGÓCIOS
Fotos: Donizeti Batista
ACESSIBILIDADE E ELEVADORES GARANTEM O DIREITO DE IR E VIR
E
m tempos de inclusão social, a acessibilidade torna-se primordial e a Delta Rio, atenta a este seguimento e extremamente capacitada para atendê-lo oferece plataformas de acessibilidade comerciais e residenciais bem como elevadores, realizando também modernizações e manutenções, vendas e montagens de monta pratos e monta cargas para restaurantes, hotéis e indústrias. Em 2015 completa 21 anos no mercado, e o departamento de projetos e produção dos seus equipamentos acontece em São José do Rio Preto, além de manter escritórios de vendas nas cidades de Ribeirão Preto (SP), Campo Grande (MS) e Primavera do Leste (GO). “Nosso maior prêmio é a satisfação dos nossos clientes, é saber que pessoas estão indo e vindo também graças aos nossos produtos. Na nossa história já são mais de 400 equipamentos instalados e funcionando em perfeito estado. Para este ano a estimativa é superar os 25% do crescimento dos anos anteriores e a perspectiva é muito grande, pois mal o ano começou e já temos 23 equipamentos para instalar. Neste momento de estagnação mundial da economia, crescer neste patamar significa sucesso”, explica o engenheiro elétrico Carmino N. Sobrinho. A Delta Rio é pioneira na região de São José do Rio Preto quando o assunto é acessibilidade. Essa experiência profissional somada à capacidade de inovação é seu maior diferencial. A empresa veio pelas mãos do próprio Carmino, depois do mesmo ter trabalhado por uma década em empresas de alto nível do segmento, adquirindo assim o conhecimento e experiência necessários. Para o engenheiro elétrico Carmino, o segredo para atingir o sucesso nos negócios é oferecer produtos de qualidade, através de um serviço responsável. “Quando montamos um elevador, ou um equipamento para acessibilidade, estamos lidando com vidas. Montamos como se o mesmo estivesse sendo montado em nossa casa. Buscamos produzir e entregar o que de melhor existe no mercado. É isso que nos mantém há 20 anos em franca ascensão”, completa.
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EMPREENDIMENTOS
NOVIDADES MOVIMENTAM O SETOR IMOBILIÁRIO DE RIO PRETO “Rio Preto vive um momento de expansão imobiliária e transformação econômica, o que tem estimulado o surgimento de empreendimentos de alto padrão. A cidade tem recebido cada vez mais lojistas, empresas e condomínios residenciais de alto padrão como o Integrato e o Madison, que além de uma tendência de conceito de moradia - com toda infraestrutura de lazer, conforto e segurança integrados -, são uma ótima opção de investimento. A Rodobens Negócios imobiliários atua em Rio Preto há mais de 23 anos e acreditamos no potencial de desenvolvimento da região”, afirma Amilton Nery Júnior diretor de marketing e vendas da empresa. No Madson Residense, o valor médio de cada unidade é de R$ 600 mil. Com apartamentos de dois e três dormitórios, conta com três torres e 252 unidades. O empreendimento conta ainda com 25 itens de lazer. A
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entrega está prevista para o segundo semestre de 2016. Já as unidades do Integrato variam de R$ 585 mil a R$ 1,25 milhão. São três torres residenciais com apartamentos de alto padrão, integradas ao Shopping Iguatemi. O empreendimento terá VGV (valor geral de vendas) total superior a R$ 110 milhões, além de gerar um valor total de impostos de aproximadamente R$ 4,3 milhões. “O empreendimento trará um novo conceito de qualidade de vida para Rio Preto, aliando comodidade, lazer, fácil acesso e segurança”, comenta Amilton. A previsão de entrega é o início de 2017. Também integra o completo, com shopping e unidades residenciais, o Iguatemi Business, uma torre comercial com 20 andares, tomada por salas comerciais de 35 a 66 m² e com preços a partir de R$ 7,8 mil o m². A inauguração está prevista para o final do
primeiro semestre de 2016. O projeto é da BKO Incorporadora. Plaza O Plaza Avenida Shopping está passando por uma expansão, e a previsão é que a primeira fase seja concluída no primeiro semestre de 2015. Foram colocados à locação espaços para lojas âncoras, mega lojas, lojas satélites, restaurantes e fast foods. O complexo também contará com uma torre comercial de 21 andares, com 320 salas que serão comercializadas em breve. O local terá ainda um hotel da rede internacional Ramada, com nove andares e 214 quartos. O público alvo são investidores locais, regionais e nacionais que buscam trazer seus negócios e franquias para a região. “São José do Rio Preto é uma das cidades que mais atraem investimentos hoje no estado de São Pau-
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EMPREENDIMENTOS
lo. Atraídas por menores custos de operação, infraestrutura logística, oferta de mão de obra qualificada, muitas empresas têm procurado o interior para se instalar, e a cidade reúne tudo isso e outros requisitos”, pontua Carlos Madureira, gerente geral do Plaza Avenida Shopping, ao falar da importância do investimento. Georgina Com investimento aproximado de R$ 500 milhões, a HDauff Empreendimentos Imobiliários é a responsável pelo Georgina Business Park. Na primeira etapa serão entregues 308 unidades comerciais, distribuídas por três torres. Os escritórios variam de 44 a 588m² e permitem a junção de acordo com as características do negócio. As obras já foram iniciadas e têm previsão de entrega em novembro de 2016. O complexo todo é formado por 12 torres comerciais, 74 apartamentos residenciais (com área útil de 57 a 112 m²) e um hotel com 134 apartamentos da bandeira Hilton Garden Inn. Todo o empreendimento ocupará 130 mil m², com mais de 2.600 vagas para estacionamento. Uma Praça Central (Central Square) integrará lojas, apartamentos, academia, hotel e centro de convenções, trazendo facilidade para quem mora, trabalha ou frequenta o local. Um diferencial do centro de negócios será o heliponto. Quinta do Golfe O Quinta do Golfe é um loteamento que abriu suas portas em Rio Preto em 2008. A velocidade de comercialização foi um recorde, e hoje, mais de 100 famílias já moram no local. O espaço prima pelo respeito à natureza, tem dois milhões de m² de área preservada e não para de crescer. Certa do potencial, a HDauff Empreendimentos Imobiliários lançou, no final de 2013 três novos espaços de loteamento: Jardins, com 518 lotes de 450 a 1.270 m²; Reserva, com 44 lotes de 500 a 800 m², e o Horizontes, com 22 lotes de 1,5 mil a 3 mil m². Como o próprio nome sugere, o espaço tem um amplo campo de golfe, que já abrigou vários torneiros e é aberto ao público. A previsão de entrega dos três condomínios é 2015. Os empresários já investiram mais de R$ 400 milhões. 16
Foto: Donizetti Batista
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SUSTENTABILIDADE
Fotos: Divulgação
SIGOR ABRANGE RIO PRETO A PARTIR DE 2015 S ão José do Rio Preto terá a partir de 2015 o Sigor – Sistema de Gerenciamento Online de Resíduos. Ele tem por objetivo auxiliar o gerenciamento de resíduos no Estado de São Paulo. O sistema é uma ferramenta que auxilia no monitoramento da gestão dos resíduos sólidos desde sua geração até sua destinação final, incluindo o transporte e destinações intermediárias e permite o gerenciamento das informações referentes aos fluxos de resíduos sólidos. Sua correta utilização assegura que os resíduos gerados sejam transportados por empresas legalizadas e destinados a locais devidamente licenciados, permitindo, assim,
SAIBA MAIS
que os resíduos tenham destinos ambientalmente adequados. O projeto é resultado do convênio firmado entre o Estado de São Paulo por meio da Secretaria de Meio Ambiente, SindusCon-SP (Sindicato da Construção Civil do Estado de São Paulo) e Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). Com a promessa de diminuir a burocratização a plataforma eletrônica do Sigor, hospedada do site da Cetesb (www.cetesb. sp.gov.br/sigor), permite a elaboração dos Planos de Gerenciamento de Resíduos por parte dos geradores e a emissão de CTRs (Controles de Transporte de Resíduos), do-
cumento que acompanha as cargas transportadas. Caberá aos transportadores aceitar as CTRs e transportar os resíduos às áreas de destinação indicadas. Estas áreas poderão ser de transbordo e triagem, de reciclagem, aterros de resíduos classe A e aterros de rejeitos. As áreas de destino que receberem os resíduos deverão aceitar os CTRs. O sistema permitirá a emissão de relatórios, entre eles o Sistema Declaratório Anual, uma das exigências da Política Nacional e da Política Estadual de Resíduos, além de agilizar o fluxo de informações e facilitar o gerenciamento e a fiscalização por parte dos municípios e do Estado.
O Sigor foi instituído no dia 05 de junho de 2014, através do Decreto Estadual 60.520/2014. Seu primeiro módulo, referente a resíduos de construção civil, foi estabelecido pela Resolução SMA nº 81, de 06 de outubro de 2014, ano em que esteve em fase de teste no município de Santos. Em 2015 chega também às cidades de: Campinas, Sorocaba, São José dos Campos, Ribeirão Preto, Presidente Prudente, Bauru e Santo André. A partir de 2016 será disponibilizado gradualmente para todo o Estado. 18
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CAPA
Palรกcio do Itamaraty
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Foto: OS2Warp - Obra do próprio. Licenciado sob Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0, via Wikimedia Commons
BRASÍLIA
PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL, A CIDADE TEM A MAIOR ÁREA TOMBADA DO MUNDO 21
CAPA
B
rasília, a capital do País. Uma cidade que foi criada do zero e inaugurada em abril de 1960. Tida como um marco na história do planejamento urbano, foi desenvolvida pelo urbanista Lúcio Costa e o arquiteto Oscar Niemeyer. Devido ao seu conjunto arquitetônico e urbanístico a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) passou a considerar, desde 1987, o Plano Piloto de Brasília como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade. Assim, tornou-se a única cidade do mundo, construída no século 20, que recebeu a honraria. Sendo também a detentora da maior área tombada do mundo, com 112,25 km². Monumentos, edifícios e sítios que tenham valor histórico, estético, arqueológico, cientí-
Fotos: Divulgação
fico, etnológico ou antropológico, compõem o Patrimônio Cultural de Brasília. Com isso, se torna evidente a necessidade de assegurar a proteção de tal patrimônio. Para tanto, as recomendações feitas pela Unesco visam assegurar as características originais do projeto urbanístico e proibir construções em áreas verdes. Ao falar sobre a criação dos elementos centrais da cidade, o urbanista Lúcio Costa explicou que, “nasceu do gesto primário de quem assinala um lugar ou dele toma posse: dois eixos cruzando-se em ângulo reto, ou seja, o próprio sinal da cruz”. A Convenção do Patrimônio Mundial foi criada para incentivar a preservação de bens culturais e naturais considerados significativos para a humanidade. O Brasil possui 19 bens
inscritos na Lista do Patrimônio Mundial, sendo 12 Patrimônios Culturais e sete Naturais. PLANO PILOTO O Plano Piloto chama a atenção por suas particularidades. Coisa que, provavelmente, só foi possível pela maneira diferenciada como a cidade foi projetada. Um exemplo da aplicação do urbanismo moderno é o traçado original, organizado em quatro escalas: monumental, residencial, gregária e bucólica. Uma das peculiaridades de Brasília está no fato das construções serem distribuídas por setor de atividade: comercial, bancário, hoteleiro, diversão, entre outros. Tudo está projetado em dois eixos que se abraçam pelo lago Paranoá, que também faz parte da concepção, não sendo algo que a
Museu Nacional do Complexo Cultural da Republica 22
Pรกlacio do Planalto e Monumento Candangos 23
CAPA
Fotos: Divulgação
natureza colocou ali, e sim as mãos humanas. Como o clima na região é bastante seco, o lago tem por objetivo deixar o ambiente mais agradável. Um dos eixos é o Monumental, onde estão as principais construções da cidade: Praça dos Três Poderes (onde estão as sedes dos poderes Executivo - Palácio do Planalto; Legislativo - Congresso Nacional; e Judiciário - Supremo Tribunal Federal); Esplanada dos Ministérios, Catedral Metropolitana e a sede do Governo do Distrito Federal (na Praça do Buriti). O outro eixo é o Rodoviário. Nele estão as Asas Sul e Norte, com superquadras residenciais entremeadas por áreas comerciais. No cruzamento destes dois eixos está a rodoviária do Plano Piloto. Além das construções já citadas, também merecem destaque: Teatro Nacional Cláudio Santoro (projetado por Oscar Niemeyer com trabalho do artista plástico Athos Bulcão, que desenhou os blocos que cobrem as fachadas laterais); Complexo Cultural da República (com museu e biblioteca projetados por Oscar Niemeyer); Torre de Televisão; Palácio do Itamaraty (sede do Ministério das Relações Exteriores); e Palácio da Alvorada (residência presidencial que traz as colunas que se tornaram o símbolo da cidade).
Senado Federal
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Esculturas no interior da Catedral de Brasília
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CAPA
MINHAS IMPRESSÕES SOBRE BRASÍLIA -DF
D
ifícil para mim, arquiteto e urbanista, apaixonado por arquitetura Modernista e os discípulos de Le Corbusier, falar das minhas impressões sobre a capital do País, Brasília! Brasília está entre as maiores referências arquitetônicas do mundo. Disputou em 2007, através da Unesco, o concurso que definiu as “Sete Maravilhas do Mundo Moderno”. Bom, mas isso não vem ao caso, preciso expressar minhas impressões sobre a cidade! Em primeiro lugar, Brasília é a maior referência em urbanismo do Brasil. Cidade que saiu do zero, onde a única referência no meio do serrado brasileiro era o rio Paranoá. O projeto urbano de Lúcio Costa colocou nosso país como a maior referência de planejamento urbano do mundo na sua época. Naquele momento, não havia questionamento do certo ou errado, mas do belo e do novo! Em segundo lugar, coloco o ponto geográfico. Brasília é o centro do país. Isso favoreceu o encontro de várias culturas de todas as regiões: norte, sul, leste e oeste. Este povo foi responsável por transformar os traços futuristas de Oscar Niemeyer em realidade.
Em terceiro lugar, denomino o “espaço”. Brasília é a cidade onde cada edifício arquitetônico tem vida própria, ou seja, tem espaço de sobra ao seu redor, para se apreciar cada elemento que acaba por transformar qualquer prédio em uma obra de arte. Desejo implícito de qualquer arquiteto, ver sua obra como um marco ou referência arquitetônica. Como sabemos, as obras arquitetônicas falam por si só. Cada detalhe de concreto exala a veia artística dos brasileiros. Brasília, com seus mais de 50 anos, se mostra uma cidade jovem e moderna. Sua população aprendeu a explorar cada elemento urbanístico presente no plano piloto, como praças, parques, lago, entre outros. Aliás, temuma frota de barcos tão grande quanto a presente no Rio de Janeiro. Olhar as pontes que cruzam o lago Paranoá é apaixonante. O mesmo digo, das praticas esportivas como iatismo, windsurf, vela, caiaque, canoagem, entre tantos outros. Sensação de estar no litoral! Esta sincronicidade de concreto, que já foi a maior referência de progresso e desenvolvimento no mundo, idealizada por Juscelino Kubstichek, também tem seus pontos negati-
vos: Brasília é uma cidade muito árida, pouco arborizada e não pensada para pedestres. Trânsito caótico coloca em cheque a cidade “planejada”, apesar de a mobilidade urbana ser o cerne dos problemas das grandes metrópoles do mundo atual. Cidade nascida do semiárido brasileiro, região de pouca chuva e altas temperaturas. Cidade que contrasta com seu entorno predominantemente agropecuário, ou seja, quilômetros de estradas desérticas com agriculturas de subsistência, onde aflora um “Oasis” de arranha céus, concreto e poder! Mas Brasília é uma cidade apaixonante, convidativa, de população sorridente, vários sotaques e culturas. Cidade da arte, da economia e da política. Seus edifícios de concreto ou envidraçados, brancos ou coloridos, leves ou pesados, modernos ou contemporâneos, reforçam a energia mística que existe neste lugar contagiante. Riqueza e pobreza, lado a lado... Retrato fiel do Brasil. Kedson Barbero, Arquiteto e Urbanista Proprietário da empresa Kedson Barbero – soluções em arquitetura. Gerente Regional do CAU/SP
Palácio da Alvorada
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Fotos: Kedson Barbero
Palรกcio do Itamaraty
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ESPECIAL MULHER
O centenรกrio da arquiteta
Fotos: Denise Farina
Lina Bo Bardi Vรฃo livre do MASP
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Fotos: Divulgação
Há um gosto de vitória e encanto na condição de ser simples. Não é preciso muito para ser muito. Lina Bo Bardi
A
chillina Bo, ou Lina Bo Bardi, nasceu na Itália em 1914. Formada na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Roma em 1940, ela também é reconhecida como designer, cenógrafa, editora e ilustradora. Chegou ao Brasil em 1946, já casada com o crítico de arte Pietro Maria Bardi. Deixou a Itália depois de alguns traumas sofridos durante a Segunda Guerra Mundial. Naquele país foi do Partido Comunista e chegou a ter seu escritório bombardeado em 1943. Lina naturalizou-se brasileira em 1951, e sobre a nova pátria disse: “quando a gente nasce, não escolhe nada, nasce por acaso. Eu não nasci aqui, escolhi este lugar para viver. Por isso o Brasil é meu país duas vezes, é minha ‘Pátria de Escolha’, e eu me sinto cidadã de todas as cidades, desde o Cariri, ao Triângulo Mineiro, às cidades do interior e às da fronteira.” No Brasil, Lina desenvolve uma imensa admiração pela cultura popular, sendo esta uma das principais influências de seu trabalho. Ela mostrava uma verdadeira aversão à futilida-
de. Certa vez declarou: “eu tenho projetado algumas casas, mas só para pessoas que eu conheço. Tenho horror em projetar casas para madames, onde entra aquela conversa insípida em torno da discussão de como vai ser a piscina, as cortinas. Gostaria muito de fazer casas populares.” Entre suas obras, talvez a mais conhecida, especialmente do grande público, seja mesmo o Masp - Museu de Arte de São Paulo (1958). Outras que merecem destaque são: Instituto Pietro Maria Bardi, São Paulo, 1951 originalmente a residência do casal, o edifício é conhecido como a Casa de Vidro; Casa da Cultura de Pernambuco, Recife, 1963; Igreja do Espírito Santo do Cerrado, Uberlândia Minas Gerais, 1976; Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador; Teatro Oficina, São Paulo, 1990; Sesc Pompéia - Fábrica , São Paulo, 1990; Reforma do Palácio das Indústrias, São Paulo, 1992; Reforma do Teatro Politeama, Jundiaí, 1986. Em Salvador, também fez o projeto de recuperação do Solar do Unhão, um conjunto arquitetônico do século XVI
tombado na década de 1940 pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan). Como era seu desejo, Lina morreu (1992) em plena atividade, deixando inacabado o projeto de reforma da Prefeitura de São Paulo. * Os especialistas apontam o Masp como um dos projetos museográficos mais inovadores da história. Originalmente, a Pinacoteca contava com pinturas instaladas em cavaletes de vidro espalhados pelo vasto piso aberto do museu. Assim o público encontrava as obras de maneira mais livre. Com sua morte e o afastamento de seu marido Pietro Maria Bardi do Masp, em 1996, os cavaletes foram substituídos por painéis convencionais. * O Sesc Pompeia foi criado em uma área originalmente industrial, onde funciona uma fábrica de tambores metálicos. Lina manteve a estrutura dos galpões, com seus espaços abertos que possibilitavam a convivência do público e a realização de diferentes atividades. Elementos lúdicos como a grande lareira e o rio São Francisco estão no pavilhão multiuso. 29
ESPECIAL MULHER
Fotos: Denise Farina
HOMENAGENS
Rio São Francisco -SESC Pompéia
Grande lareira no pavilhão multiuso -SESC Pompéia 30
Lina Bo Bardi teria completado cem anos em dezembro de 2014 e seu centenário não foi esquecido pelos admiradores da arquitetura moderna. Para tanto, o Instituto Bardi apoiou quatro exposições, que abrangem diferentes vertentes da artista, como arquitetura, ilustração, desenho e design. Duas dessas exposições tiveram como palco o Sesc Pompeia: “A Arquitetura Política de Lina Bo Bardi” focou a arquitetura de Lina, através de três grandes projetos: Solar do Unhão (Salvador), Masp e o próprio Sesc Pompeia. Quem visitou o local teve acesso a desenhos originais, plantas, projetos, fotografias e documentos relacionados a cada uma das três obras, além do ‘antes e depois’ das construções. Um verdadeiro deleite para quem admira os bastidores da criação. A vertente artística de Lina também esteve no Sesc, com “Lina Gráfica”. A exposição inédita reuniu aproximadamente 100 peças, incluindo desenhos feitos em bico de pena na juventude, quando cursou o Liceu Artístico de Roma. Há ainda trabalhos como ilustradora de revistas italianas, e a brasileira ‘Habitat’. Também foram expostos ilustrações, desenhos originais, cartazes e outros tipos de desenhos não arquitetônicos, produzidos entre 1940 e 1980, na Itália e no Brasil. Na Casa de Vidro aconteceu “O Mobiliário de Lina Bo Bardi: Tempos Pioneiros”, que teve como base o mobiliário desenvolvido pela artista. Quem passou pelo local pode ver móveis, quadros e objetos colecionados por Lina e seu marido. O Museu da Casa Brasileira abrigou “Maneiras de expor: arquitetura expositiva de Lina Bo Bardi”. Fotos de exposições, cavaletes de vidro criados pela arquiteta, vídeos e desenhos revelaram as influências da cultura popular brasileira na obra de Lina. No dia 05 de dezembro o Google fez uma homenagem para Lina. Ela ganhou um Doodle. No Brasil, o buscador mostrou na sua página inicial uma ilustração do MASP, uma de suas principais obras. Outras homenagens estão programadas para acontecerem até julho de 2015, com exposições internacionais nas cidades de Zurique (Suíça), Nova York (EUA), Roma (Itália) e Munique (Alemanha).
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ESPECIAL MULHER
Solar do Unhão - Salvador - BA
Conjunto poliesportivo - SESC Pompéia
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Escadaria Solar do Unhão
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CASA COR RIO DE JANEIRO
2014
CASA COR RIO DE JANEIRO
CONCEITO COSMOPOLITA E MULTIUSO
A
Casa Cor Rio 2014 realizou sua 24ª edição entre outubro e dezembro, retratando uma nova forma de morar que podemos ver em grandes metrópoles. Em foco apartamentos menores, com espaços integrados que trazem mais conforto e tecnologia para facilitar a vida de quem mora sozinho ou das famílias, que hoje estão menores. A mostra se hospedou em uma expansão do Casa Shopping, um prédio com fachada de pele de vidro e andares com cinco metros de pé direito. Um dos ambientes mais comentados, tanto por profissionais do setor, como pelo público apreciador da boa arquitetura é o Grou, assinado pelo arquiteto Duda Porto. O espaço também levou o prêmio “O Globo Casa Cor”. Uma verdadeira casa migratória e sustentável feita em módulos que chegam prontos da fábrica e podem ser instalados (e transportados) em qualquer lugar. Em sua execução foram usados quatro módulos – metálicos, revestidos em madeira –, criando uma casa de 450 m², com suíte, living, área gourmet aberta, SPA com sauna e um pátio integrando todos os ambientes. É totalmente automatizado através de energia solar e as cores predominantes são o cinza e o azul. “Imagina você, um terreno vazio recebendo uma casa já pronta, como se fos34
Fotos: André Nazareth
GROU - Duda Porto
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CASA CASA COR COR RIO DE JANEIRO
se um móvel, e ainda poder ampliá-la com o tempo e de acordo com as suas necessidades. Imaginou? É a arquitetura se adequando aos novos tempos”, diz Duda. Verde Paola Ribeiro levou o prêmio na categoria integração de ambiente, com a natureza presente no espaço O Loft foi o que mais chamou a atenção. Nada como ter uma coluna verde e viva no meio da sala. Com pé direito altíssimo e 100 m², O Loft tem salas de estar e jantar, cozinha e suíte. Todo aberto, tem apenas duas divisórias. “Minha ideia foi mostrar uma forma cosmopolita de morar, um ambiente integrado, bonito, confortável e funcional. Um projeto real e possível, que fazemos no dia-a-dia do escritório para os nossos clientes”, diz Paola Ribeiro. A coluna toda forrada de plantas é um projeto da paisagista Anna Luiza Roitier, e dá um charme a mais ao ambiente. Espaços Multiuso Projetos que contemplem espaços multiusos fizeram parte das tendências da Casa Cor Rio. Um dos destaques foi o Estúdio PN para Lina Bo Bardi, de Paula Neder. “Quando entrei no espaço vazio o que logo me veio à mente foi a Casa de Vidro da Lina Bo Bardi, que é uma referência modernista muito importante e que adoro. A partir daí, tomei a decisão de que o estúdio seria um ambiente multiuso, com áreas para trabalhar, dormir e receber os amigos, além de uma cozinha. Cada canto com sua função e personalidade próprias”, descreve a arquiteta.
STUDIO PARA LINA BO BARDI - Paula Neder 36
LOFT DO ANTÔNIO - Mônica Penaguião
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CASA COR RIO DE JANEIRO
LOFT - COLUNA DE PLANTAS Anna Luiza Hoitier
LOFT - Paola Ribeiro 38
Fotos: André Nazareth
SAIBA MAIS Conheça outros espaços que também foram destaque durante a edição 2014 da Casa Cor no Rio de Janeiro. * Monica Penaguião projetou o espaço dos seus sonhos, o Loft do Antonio. “Criei pensando em mim, um arquiteto viajante que valoriza arte e design e tem um lifestyle contemporâneo, descontraído e confortável”, descreve. O projeto segue o conceito dos lofts londrinos e novaiorquinos, em que o imóvel não recebe altos investimentos em acabamento, mas apresenta uma coleção de peças assinadas por importantes designers. * Durante pesquisa, Patrícia Fiúza descobriu que o nome do bairro do Joá se originou de um de seus primeiros moradores, um viajante francês. Então veio a inspiração para o Loft Joá: um lugar no Rio de Janeiro onde um casal balzaquiano, bem-sucedido e sem filhos, vive por temporada. “Pensei em um ambiente que remetesse a qualquer grande cidade do mundo, trazendo um olhar urbano e moderno, com referências internacionais e contemporâneas”.
* O Estúdio do jovem executivo, de Alexandre Magno, é um ambiente projetado para uma pessoa prática, moderna, de hábitos simples e conectada com o mundo e suas tecnologias. Seguindo a tendência de open space, os espaços íntimo e social foram integrados. * Em sua Cozinha Gourmet, Alexandre Lobo e Fábio Cardoso aproveitaram o espaço vazio e abriram sete vãos de janelas, duas espessuras de piso e dois níveis de teto, aproveitando o pé direito altíssimo. A ilha em silestone tem rangetop e bancada de apoio, com uma mesa para seis pessoas, em madeira maciça, da Velha Bahia. * “Tudo aqui é voltado para o relax e a contemplação da natureza”, conta o arquiteto Dado Castello Branco sobre o Pavilhão da Piscina – um espaço de 102 m² que privilegia o lado bom da vida: uma sala de convivência para reunião com a família e os amigos, bater papo e jogar, de frente para uma vista paradisíaca.
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CASA COR RIO DE JANEIRO
STUDIO PARA LINA BO BARDI - Paula Neder 40
Fotos: Divulgação
CASA COR
Fotos: Divulgação
STÚDIO DO JOVEM EXECUTIVO - Alexandre Magno
PAVILHÃO DA PISCINA - Dado Castelo Branco 41
CASA COR RIO DE JANEIRO
COZINHA GOURMET - Alexandre Lobo e Fabio Cardoso 42
Fotos: André Nazareth
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SOCIAL
EM DEZEMBRO A
Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos de São José do Rio Preto homenageou profissionais que se destacaram no ano de 2014; e o Arq Music Day reuniu arquitetos e designers de interiores, no dia 15, em um encontro regado à música boa e gastronomia de primeira.
01 Denise Farina e Avilson Ferreira - 02 Donizeti Batista, Claudia Passarini, Juliano Reis, Denise Farina, Susi Campos, Daniela Abudi, Marcelo Campos, Kedson Barbero e Roberto Magalhães - 03 Jorge Abdanur, Marcos Domingues Ferreira, Geraldo Pansiera Junior, Denise Farina, Ricardo Scandiuzzi e Gilmar Luiz Martins.
04 09 Fabiano e Tânia Hayasaki, Eli Bazzetti e Giseli Toledo 10 Regina Galante, Valquiria e Janaina - 11 Thais Manfrin, Giovanna Scrivante, Tatiana Bazzetti, Ligia B. Braga,Caroline Amaro, Fernando Pavanelli, Luciana Papareli, Guilherme Imamura - 13 Leandro Madi, Thélio Pedrosa e José P. Servo.
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Ilda Vilela Por
Fotos: Divulgação e Foto Garcia
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04 Juliano Reis Roberto Magalhães, Marcelo e Susi Campos - 05 Ligia Braga, Carol Amaro e Anne Maduro - 06 Denise Gazeta, Solange Cálio e Sandra Bergo - 07 Anne Maduro, Regina Galante, Henyla Rodrigues - 8 Roberto Magalhães, Eli Bazeetti e Kedson Barbero
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13 Francisco, Andresa e Welson Borges, Tatiana, Gisele Toledo, Renata e Rodrigo Borges - 14 Carlos Moreira, Miriam Ferreira e Douglas Soler - 15 Renata Domarco, Lígia Córdova - 15 Renata Domarco, Lígia Córdova - 16 Juliana Affini e Flávia Verdi.
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PLANEJAMENTO
Foto: Denise Farina
ACERTAR É HUMANO, PLANEJAR É UMA ARTE
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Homem por sua natureza é um investigador incansável e um realizador impertinente. Sua busca: inventar, criar técnicas, conseguir recursos, tornar a ciência uma prática para viver mais e melhor. Constrói e organiza a sociedade. A sua índole é transformar. Então..., alguém pode me explicar qual a razão e os motivos para que, conversas e iniciativas sobre planejamento, sejam tão avessas a esse ser decidido a realizar? Acredito que não encontraremos respostas tão imediatas para essa pergunta, só nos resta puxar esse assunto mais uma vez, iniciando por sua importância. O Planejamento está diretamente relacionado à crença que os profissionais e as empresas têm em sua capacidade de acertar. Muitas vezes não se valoriza a capacidade de análise de cenário e as circunstâncias que envolvem o trabalho, com receio de que o que pode ser identificado poderá ser medido, se medido será cobrado, se cobrado se transformará em meta, se houver metas haverá disciplina!Neste momento todos já abandonam a possibilidade de planejar e esquecem que esse conjunto de fatores é que trarão o acerto e, logo junto, o sucesso. Há que se conversar para entender. O Planejamento torna explícito o objetivo, o processo e a realização, não precisamos temê-lo, mas sim desafiá-lo. Desta maneira estaremos agindo como pede nossa essência criadora e transformadora. Vamos dividir para somar: o Planejamento acontece em três instâncias da organização e do trabalho. A primeira se dirige as rotinas do dia a dia, a segunda a planos operacionais e de
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curto prazo e a terceira a planos estratégicos de médio e longo prazo, e estão intrinsecamente relacionados. A primeira dificuldade em se planejar aparece quando quero pensar no futuro, porém o meu presente não me traz informações claras. A segunda é querer pular etapas e desejar separar o trabalho do planejamento, como se fosse possível. Como fazer? Acertar é humano número um: estabeleça um plano de trabalho que organize a rotina do dia a dia, administre a agenda individual e do conjunto da equipe (não administre ou tenha pretensão de administrar o tempo, ele é o mesmo para todos – 24 horas por dia – por isso foco na agenda); identifique os processos (eles já existem, precisam ser identificados, corrigidos ou melhorados); utilize reuniões de trabalho organizadas por pauta e por prioridades (quebre o paradigma de que reuniões não funcionam bem, quando organizadas são ferramentas de integração do trabalho e de redução de custos). Crie uma agenda compartilhada e a vista, indicando resultados esperados. Estas pequenas providências já trarão benefícios e tempo para os próximos passos. Coloque em prova a capacidade de pensar e de organizar o pensamento e ideias que gerem planos de médio e longo prazo. Defina objetivos que correspondam a expectativa de resultados, baseados naquilo que seu negócio, que sua empresa, faz de melhor. A inspiração para essa etapa encontra-se na análise dos dados obtidos pela organização da rotina do dia a dia. Selecione os projetos e produtos que apresentem maior rentabilidade e menor custo de energia para a produção e utilize-os como núcleo criativo: a partir desse elemento
de força quais serão as oportunidades para os próximos 05 ou 10 anos? Acertar é humano número dois: liste todas as ações, defina prioridades, delegue e dirija para resultados considerando necessidades e resultados esperados para uma empresa comprometida com: finanças (o quanto de dinheiro aplico na operação e o quanto de lucro é necessário para a saúde do negócio); tecnologia (o quanto a minha operação está atualizada em termos de hardware, software e em conhecimento sobre o negócio); capital humano (o quanto as pessoas estão preparadas, com competência adequada e comprometidas com o acerto e com os resultados); marketing (o quanto existe de compreensão das tendências do mercado, da expectativa e desejo dos clientes influenciando os produtos e as ações para sua maior competitividade). Acertar é humano número três: adote o planejamento como política de ação de sua empresa; estabeleça lucro, faz parte do negócio; analise constantemente e sistematicamente os resultados obtidos, bons ou ruins e aprenda sempre com eles; avalie as possibilidades de novos produtos ou serviços a serem incorporados; avalie os resultados financeiros obtidos e sua projeção; avalie o cenário global e suas tendências e mantenha-se alinhado com os resultados esperados; avalie constantemente o mercado para aproveitar melhor e se necessário corrigir rotas. Uma boa sugestão? Pois bem, faça! Bom trabalho e sucesso. Luiz Fernando Garcia, Executive Coach, consultor em planejamento extratégico, orientador de equipes e liderança.
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