Distribuição Gratuita
Ano 6 / Edição nº 32 / 2012
ESPECIAL
ARQUITETOS E ENGENHEIROS
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“Um galo sozinho não tece uma manhã...”
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elendo alguns editoriais passados, fico orgulhosa ao ver que a revista Obras e Dicas manteve o foco naquilo a que se propôs: ser uma publicação de referência em qualidade e credibilidade no setor da Construção Civil de nossa região e objeto de reflexão e conhecimento para diversos públicos. Chegamos ao ano 6 e, na edição comemorativa de aniversário, escolhi para ilustrar a capa uma obra que, tenho certeza, ganha a preferência de muitos colegas também : o Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC).Projetado por Oscar Niemeyer sobre o mirante Boa Viagem, cinco anos foram necessários para que sua estrutura de quatro pavimentos fosse erguida, com 300 operários se revezando em três turnos! Mesmo com um acervo de mais de mil obras, por si só, prédio já vale a visita. Niemeyer é, em minha opinião, o profissional de todos os séculos. E, na mão da singularidade desta edição, fazemos uma homenagem ao dia do arquiteto e engenheiro, reunindo alguns dos mais expressivos nomes da região – profissionais que ao longo da nossa existência, colaboraram conosco de forma espontânea, presenteando-nos ora com projetos, ora com artigos ou críticas, numa clara demonstração de crédito em nosso trabalho. Mais do que prestar essa homenagem, fica aqui meu MUITO OBRIGADA! É um orgulho para mim, que sou arquiteta, ver tantos colegas corroborando as mesmas ideias, os mesmos ideais! Engenheiros, arquitetos, alguns paisagistas, outros designers; alguns jovens, outros nem tanto, mas me lembram todos o poema de João Cabral: como os galos, tecendo a manhã, estes profissionais têm, como ponto em comum,a certeza de que há espaço para todos aqueles que, de forma ética, vão tecendo uma cidade mais bonita e mais humana. Feliz 2013! Denise Farina Diretora Editorial
denisefarina@obrasedicas.com.br
Novembro - Dezembro / 2012 Nº 32 - Ano 6 Foto: Sxc.hu Local: Museu de Arte de Niteroi - RJ Aquiteto: Oscar Niemeyer
Diretor-Geral: Donizeti Batista Diretora Editorial: Arquiteta Denise Farina Executiva de Vendas: Mariana Guarezimi Jornalistas responsáveis: Stella Coeli – Mtb: 61.460 Carol Soler – Mtb: 32.583 Editor de Arte/Diagramação: Marcelo Arede Sugestões: redacao@obrasedicas.com.br Had Captações e Propaganda Ltda-ME Vendas: 17 3033-3030 donizeti@obrasedicas.com.br www.obrasedicas.com.br revistaobras&dicas
Distribuição Gratuita. Dirigida a profissionais da área e obras de S. J. do Rio Preto e região.
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DÚVIDAS
Para as dúvidas de sua obra: nossas Telha Térmica O que é telha térmica e qual o melhor tipo para se usar? Telha térmica é quase um mito. Existem fatores muito mais importantes do que o material que é feito a telha. Muitos estudos já foram feitos para desenvolver uma telha que segure o calor emitido pelo sol, principalmente numa região extremamente quente como a nossa. A conclusão que se chegou é que telhas de fibrocimento, barro, concreto, zinco, galvanizadas, fibra vegetal, PVC, etc., acabam emitindo o mesmo calor. Para não dizer que é exatamente igual, há uma diferença muito pequena para que possamos sentir a variação da temperatura. O que percebemos de diferença de temperatura entre uma telha de fibrocimento e uma telha de barro, principalmente, deve-se muito mais à instalação. Enquanto a telha de barro necessita de uma alta inclinação, cria um bolsão de ar (quente, já que este é mais leve que o ar frio) e as telhas de fibrocimento, galvanizadas, fibra vegetal, PVC, etc, não precisam desta alta inclinação e assim deixam o ar quente mais próximo das pessoas, onde gera este incômodo pelo calor. Assim, podemos concluir que, se você quiser tornar um ambiente bastante confortável termicamente, deve se preocupar muito mais com o projeto (altura, ventilação
etc.) que com o material da sua cobertura. Ou você pode escolher uma telha “sanduíche” com poliuretano no meio, mas o custo é bastante alto. Acredito que fica mais barato e bonito se preocupar com as características do projeto e, aí sim, escolher uma telha que deixe o ambiente estanque e muito agradável. Marcelo Dela Torre Napolitano Eter-rio - Cobertura e Hidráulica (17) 3202-1990 / (17) 9111-1809
Impermeabilizante Com a grande variedade de impermeabilizantes no mercado, qual o melhor para se utilizar? Existe uma imensa variedade de impermeabilizantes no mercado. Porém, cada sistema é recomendado para uma situação. As características dos impermeabilizantes são fundamentais para que seja definido qual produto utilizar. Existem os rígidos e os flexíveis. Os rígidos não suportam movimentações da estrutura, o que já é contrário aos flexíveis, que suportam pequenas movimentações. Outro fator importante é analisar o tipo de pressão que atua sobre a estrutura. Se ela for positiva, utilize produtos de base asfáltica, que apresentam excelente elasticidade e desempenho. Já os produtos de base cimentícia podem ser utilizados em pressões negativas, não sendo recomendados para áreas sujeitas a fissuração.
Dennis Cabello Vedashop Impermeabilizantes - Tudo para Vedação (17) 3353-3010 / 3353-3040
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soluções! Piso de granito
Como assentar pisos de granito? Limpar os pisos na sua parte rústica com escova de nylon para retirar partículas de pó. A parte polida e laterais deverão ser limpas com pano umedecidos com água limpa, com cuidado para não danificar as peças durante o manuseio das mesmas. Depois de limpos e secos, devem ser aplicados três demãos de impermeabilizante K-154 Hidrex ou similares incolores na parte polida. Na parte rústica (nas costas e laterais) impermeabilizar o granito com Intergard 999 ou similares, dando 2 demão, esperar secar para aplicar cada demão. Antes de realizar o assentamento dos pisos deve-se aplicar duas ou três demãos de Vedax Plus ou similares na superfície do contra piso da obra em aproximadamente 15 cm de altura das paredes de cada cômodo da obra. Esta providência tem o objetivo de eliminar o máximo possível a passagem de umidade do solo para as peças de granito. Os pisos devem ser assentados com espaço entre um a dois milímetros, para que o rejunte obtenha boa aderência e, para que haja uma evaporizarão da umidade do solo, o rejunte poderá ser aplicado após a secagem completa da massa ou argamassa de assentamento, fato que ocorre normalmente após seis ou sete dias do assentamento. Lola Marmoraria Monte Aprazível (17) 3223-1100
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PAPO DE OBRA
Fotos: Donizeitti Batista
Ponto de energia elétrica, internet Não é de hoje que os projetos arquitetônicos privilegiam os pontos de telefone e luz e, recentemente, passaram a incluir os pontos de Internet na sala, no escritório e até mesmo nos quartos de adultos e crianças. Mas, e o ponto de água?
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o planejamento de casas ou escritórios, muitos pontos são essenciais, mas um deles merece atenção especial de engenheiros e arquitetos: o ponto de água, geralmente instalado nas cozinhas de casas, apartamentos e recepções de escritórios e clínicas. Flavio Aliende, distribuidor dos purificadores de água Europa, afirma que é muito frequente, no momento da instalação de um filtro, o técnico não encontrar o ponto de água. “Quando vamos instalar um filtro em uma recepção,
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“ponto de água”?
ou uma sala de reunião, uma churrasqueira, e até mesmo em cozinhas, é muito comum não encontrarmos um ponto de água nos locais que os clientes querem que instale os produtos. Muitas vezes nossa equipe técnica resolve; em outras, o cliente tem que quebrar novamente”. Na casa de Júlia Oliveira, o ponto de água foi instalado durante a obra e não deu nenhuma “dor de cabeça” para ela. “Já estava no projeto. Quando nos mudamos, já estava até instalado. Fiz isso depois que uma de minhas amigas precisou quebrar a parede de sua casa para instalar o ponto de água. Não quis passar por esse desgaste”, conta. No projeto ou até mesmo durante a obra, o importante é ter orientação correta para definir os locais ideais. “Oferecemos orientações técnicas para definições dos locais, posição da energia, entrada da água, dreno, altura, produto ideal de acordo com o fluxo de pessoas, tipo de filtragem apropriada para o local, filtro de entrada, entre outros”, explica Aliende. No mercado, os filtros estão cada vez mais ocupando o espaço dos galões de água por levar mais praticidade, estética, economia e segurança para as residências e empresas. Os projetos que contemplarem os pontos de água estarão proporcionando aos clientes uma nova opção em saúde e qualidade de vida. 14
e telefone.
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Filtros de Entrada • Retêm sedimentos, lodo, limo, grãos de areia e resíduos de encanamentos, evitando entupimento das tubulações, corrosão em máquinas e equipamentos, amarelicimento em tecido, papéis e outros, aumentando a vida útil das maquinas de lavar roupas, maquinas de lavar louças, chuveiros, etc. • Indicados para indústrias, hotéis, lavanderias, residências, condomínios, bares, restaurantes, escolas...
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ESTRUTURA
Modernidade, economia
e zero de desperdício
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Projeto Racional apresentado por Samuel Camillo, tecnólogo, formado em Alvenaria Estrutural Armada e Tecnologia da Construção Civil, é uma inovação para o mercado. Imagine uma obra que não tenha armadura, não se use madeira e não exista desperdício de tijolos? Assim é o projeto que apresentamos nesta edição para você. Confira o passo a passo para uma casa diferente, moderna, econômica e ecológica.
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Fotos: Donizeti Bastista
Blocos cerâmicos O concreto retém calor, frio e é pesado. A cerâmica esquenta rápido, mas esfria rápido também. Argamassa Argamassa já vem pronta. Um saco de 25 kg dá para assentar 2 metros quadrados e pede apenas 12 litros de água. Não é preciso betoneira, bate-se a argamassa na obra e depois, pode-se doar os sacos de argamassa vazios para reciclagem. Concreto O concreto que será colocado na caneleira chama-se grout, que é um microconcreto. Ele também vem em sacos de 25 kg e é comprado pré-dosado. Basta acrescentar água e uma parte de pedrisco. Esse concreto gelatinoso é colocado no furo das ferragens e dispensa o uso do vibrador, pois é auto-densável. Tubulação A tubulação elétrica, hidráulica e lógica (computador, antenas, alarme etc.) é passada dentro do furo do tijolo durante a elevação da parede. Neste projeto, não é preciso cortar a parece para chumbar o tubo. “Quando chegase à altura da laje, já está tudo pronto. Aí, é só começar a revestir”, explica Camillo. Tipos de fundação Existe a fundação normal (convencional) onde são utilizadas estacas, blocos e vigas baldrame. Mas também pode ser utilizada a laje radier ( como na casa em destaque) ou sapata corrida. “Tudo fica limpo, não há sujeira de barro. Dizem que a radier é mais utilizada em casas da população de baixa renda e, por isso, perde valor. Mas, o que muitos não sabem é que esse tipo de laje é muito superior porque se adapta facilmente a qualquer tipo de solo. Pode-se construir uma casa aqui, ou na praia, num brejo, numa baixada de rio. Ela se adapta perfeitamente a qualquer clima e condição. É perfeita, não passa umidade”, conta Camillo. Neste projeto, o tijolo não é assentado, é colado. Como se usa bem pouco a argamassa, ela vira uma cola. “Mas, para tudo isso dar certo, é preciso um projeto específico. Quando a obra termina, é preciso ir até a Receita
Federal para acertar os impostos e emitir o Habite-se e o Alvará. Nesse momento, são cobrados os impostos federais para depois ser feita a escritura. O que muitos não sabem é que o imposto federal pode sofrer um abatimento caso o produto utilizado na obra tenha sido manufaturado por uma empresa que já tenha recolhido impostos”. Revestimento A obra pode receber vários tipos de revestimento. Como todos os produtos utilizados têm qualidade, você consegue um prumo bom, sem retração na peça. Na parte interna geralmente aplica-se gesso corrido e por fora, por ser chapiscado (revestimento arenoso para aumentar a resistência), pode-se rebocar ou aplicar o grafiato. Velocidade Uma obra normal de uma casa de 250 metros quadrados, do começo à entrega das chaves, leva em torno de 6 a 7 meses (cerca de 210 dias). Você pode fazer a mesma casa em 70 dias com essa técnica. A mão de obra também pode ser reduzida a 1/3. A única desvantagem, explica Camillo, é que por conta do sistema modulado com painéis, pode ser que seja difícil retirar paredes. Economia Segundo Camillo, uma das grandes vantagens desse tipo de técnica é a economia. “O projeto correto, junto da técnica e ferramentas corretas, reduzem em até 30% o valor do preço final da obra, com a mesma característica e qualidade muitas vezes superior. Outro aspecto em que se reduz muito é o entulho. Gasta-se apenas 5% do que uma obra comum gastaria. Uma obra de 250 metros quadrados, com essa técnica, utilizou somente 4 caçambas para retirada de vegetação, embalagens vazias e descartes de blocos que sofreram danos durante a obra. Numa obra convencional, são utilizadas cerca de 17 caçambas. Chamo de projeto racional porque tudo é muito bem pensado. Os produtos utilizados, a forma e a maneira com que o financeiro é tratado. Tudo é extremamente racional. E fácil de se lidar também. É uma espécie de jogo Lego gigante”, comenta Camillo. 19
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O BARATO DA CONSTRUÇÃO
Planeta mais consciente com um toque
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á 25 anos, a empresa Elétrica Bel, no ramo de materiais elétricos, é comandada pelos empreendedores José Luis Genari e Rita de Cássia Moreno Genari. Eles compartilham com rio-pretenses e região essa magia que a luz proporciona. Com foco no cliente, a Elétrica Bel atua no segmento de materiais elétricos tanto para residência, quanto para comércio e indústria. Para Genari, são produtos imprescindíveis na vida moderna. “A indústria lança novidades periodicamente e o consumidor muda suas necessidades e desejos todos os dias, tendo o próprio mercado seguindo tendências e ditando as regras do jogo”, afirma ele. Com um faturamento de R$ 3,7 bilhões no ano passado, o setor brasileiro de iluminação fecha o ano com um crescimento de 7% segundo o presidente da Abilux (Associação Brasileira da Indústria de Iluminação), Carlos Eduardo Uchôa Fagundes. A cada dia é preciso ter mais consciência e responsabilidades sustentáveis com o planeta. Ficam aí as dicas de um mundo melhor por José Luis Genari:
Com apenas um toque a luz acende e muda o cenário: simples assim.
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Cabos e Fios sustentáveis: não propagam fogo e não poluem o meio ambiente. Com isolação em plástico de origem vegetal (biopolietileno), protegem o ambiente contra a fumaça e gases tóxicos. Protetor contra raios: pratico e versátil, permite a proteção de aparelhos eletrônicos ligados simultaneamente à rede elétrica, bem como a antena de TV ou a linha de internet via cable modem. Fitas de LED: indicada para áreas internas e externas, de baixo consumo de energia e disponíveis em varias cores ou em RGB, (que altera as cores simultaneamente). Além de ecológicas, econômicas é modernas. Ducha eletrônica flex: funciona tanto como ducha elétrica de alto desempenho, quanto como aparelho complementar para qualquer tipo de aquecedor solar, elétrico e a gás automaticamente. Proporciona um banho confortável com toda a tranqüilidade da regulagem eletrônica de temperatura. Lâmpada de LED: é a bola da vez, proporcionam diversas composições, criações e usos com baixo consumo de energia.
José Luis Genari, da Elétrica Bel
Curiosidade
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o longo de um ano, economia na conta de luz de uma família pode chegar a R$ 25,00 por lâmpada; vida útil é critério a ser considerado na escolha. A substituição das lâmpadas incandescentes por outros modelos será gradativa até 2016, quando elas devem ser retiradas do mercado, segundo uma portaria interministerial de Minas Energia, Ciência e Tecnologia, Indústria e Comércio, criada em dezembro de 2010. Desde o dia 30 de junho deste ano, os modelos de lâmpadas incandescentes de 150W e 200W não podem mais ser produzidas ou importadas. Em julho de 2013 será a vez das lâmpadas de 100W e 75W e no ano seguinte deixam de ser comercializadas as de 60W. As últimas a deixarem o mercado serão as de 40W e 25W.A simples escolha do tipo de lâmpada a ser usada na sua residência pode significar uma economia significativa na conta de luz no final do mês. Por isso, antes de optar, é importante comparar as características dos modelos. “Há pelo menos um critério básico que ajuda o consumidor a fazer essa
comparação: a relação entre a vida útil da lâmpada e o preço”, afirma Alexandre Cricci, presidente da Abilumi (Associação Brasileira de Importadores de Produtos de Iluminação). Para exemplificar, vamos considerar os dois tipos de lâmpadas mais vendidos do mercado: as incandescentes e as fluorescentes (tubulares ou compactas).As incandescentes hoje representam 40% das vendas de lâmpadas do País, em razão do seu preço atraente, em média 5 vezes menor que uma fluorescente. Por outro lado, ela se caracteriza por converter a energia em luz e calor, o que faz com que consuma mais. Já as fluorescentes, sejam tubulares ou compactas, são 80% mais econômicas e duram quase 10 vezes mais que as incandescentes. “A redução nos gastos com a conta de luz impacta diretamente no orçamento doméstico. A eletricidade consumida pela iluminação representa de 10% a 20% dos gastos de uma família. Ao longo de um ano, a economia pode chegar a R$ 25,00 por lâmpada substituída”, calcula Cricci, da Abilumi. 23
PRODUTO
Foto: Arquivo Pessoal
Pedra é arte
D Pedras São Tomé
Pedras São Tomé de 10x10 aos cacos 24
esde sempre, a pedra embeleza, alegra o ambiente interno e externo de uma casa e é arte. A comparação da Pedregal, empresa de referência no ramo de pedras decorativas com os Fliststones, não é mera coincidência. A cidade progressista de Bedrock, da famosa série de televisão Os Flintstones, animada e produzida pela Hanna-Barbera, retrata o cotidiano de duas famílias carismáticas da Idade da Pedra. E, em São José do Rio Preto, terra de oportunidades, a família do Zé da Pedra vive aqui e aqui construiu sua história. José Altivo Campos, Márcia, Thiago José, Marcelo, Josiane e Carolina entendem bem de pedras e o que a vida proporciona a cada um deles. “Nunca saímos da Idade da Pedra”, garante Marcelo, um dos filhos do Zé da Pedra. Há 32 anos, a Família do Zé da Pedra e mais 10 colaboradores caminham por essa longa estrada composta por pessoas que pensam em pedras e em suas construções. Nesta edição, Marcelo Campos dá dicas da Pedra de São Tomé para os que pensam em qualidade e sustentabilidade. Da arte de revestir com tamanhos 10x 10 aos cacos espalhados pelos jardins.
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PAINEL DE NEGÓCIOS
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO É TERRA DE OPORTUNIDADES
MAKFIL É MODELO DE EMPRESA ORGANIZADA
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empreendedor César Teixeira chegou a Rio Preto, em 1986, como gerente de uma empresa do ramo de locação de andaimes, o mesmo segmento que ele atua até hoje. Quando a empresa que trabalhou mudou de segmento em Rio Preto, ele, já decidido a ficar na cidade, abriu seu próprio negócio em 1994: a Makfil, com grande variedade de produtos para a construção civil, manutenção de obras e industrial, com a missão de contribuir com soluções eficazes para construção em geral, fornecendo equipamentos seguros e de qualidade, proporcionando ao cliente total satisfação. Atualmente, César é diretor regional da ALEC (Associação Brasileira de Empresas Locadoras de Bens Móveis para Construção Civil) e representa a região noroeste do Estado de São Paulo. “A Makfil cresceu tanto que já tem até um braço em Sorocaba. Quatro anos atrás, comer uma pizza terminou nessa parceria de sucesso. A 3A, como o próprio nome diz, faz jus a três amigos que estavam a trabalho em Recife, e saíram para comer uma pizza. Nesta noite, resolvemos nos unir e abrir uma nova empresa. Fizemos uma pesquisa para decidir o local e rapidamente abrimos em Sorocaba, onde a pesquisa indicou o nicho”, conta César. E não para por aí. “Em setembro deste ano abrimos o primeiro braço da 3A, em Jundiaí”, completa ele. As empresas que se uniram para originar a 3ª são: Lokan, de Bauru, Andaimes Modular, de Marília, e a Makfil, de Rio Preto, que seguem unidas e alugando solução. Com essa parceria veio também a questão de comprar de forma cooperativa, que beneficia o cliente. É uma luta sobreviver. “Quando cheguei, a cidade passava por obras, principalmente no centro, onde era o ‘boom’ do desenvolvimento na época. Conversava com pessoas que estavam prestando serviços em obras e mostrava o meu produto, que era inovador e, muitas vezes, substituía gratuitamente os andaimes montados com madeiras pelos andaimes tubulares para poder mostrar a qualidade do meu equipamento. Não foi fácil”, conta ele.
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Há 25 anos na estrada e com a Makfil há 18, ele afirma que o mercado cresceu muito, a visão empresarial também e o Brasil vive um momento de crescimento no segmento. “Embora em 2005 a Europa e EUA tenham passado por momentos difíceis com a crise econômico-financeira, os países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) mantêm bons índices de crescimento. Em 2009, o Brasil sofreu algum impacto desse cenário, mas continua a crescer, porém a taxas mais sustentáveis. Isso deve se manter em 2013, impulsionado pela demanda na construção civil”, afirma Cesar. A Makfil tem a visão de ser a locadora número um em empresa organizada e com o compromisso com a qualidade, ética, responsabilidade e atendimento eficiente. Para isso, a Makfil está sempre inovando. Para agregar ao seu portfólio e também para ampliar o leque de produtos, ela introduz no mercado equipamentos como a vedete da casa: a plataforma elevatória, que permite o trabalho em locais de difícil acesso com segurança. As plataformas para trabalho em altura (PTA) possuem até 15 metros. Segundo Cesar, cada plataforma equivale a 200 peças de andaime, reduzindo tempo e custo operativos. Ele diz também que também investe em capacitação porque acredita ser um fator importantíssimo na política de qualidade, ética e gestão sustentável da empresa. Para o empreendedor, traduzindo tudo isso: é preciso unir forças e conhecimentos para inovar e crescer.
TRABALHO NAS ALTURAS: andaime multidirecional chega a Rio Preto
Cesar na Plataforma Elevatória
A plataforma pode ser alugada para reforma, pintura, instalações elétricas, limpeza de fachadas, colocação de forros, instalação de painéis e outros, atendendo desde o pequeno construtor às grandes construtoras, indústrias, usinas e prestadores de serviços em geral.
Anjo da guarda do trabalhador Trabalhar nas alturas exige o cumprimento de regrinhas como: não se deve jamais trabalhar em andaimes sem os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual). Eles reduzem muito a chance de acidentes. Para proteger-se, movimentar-se de maneira segura em um
andaime, devem ser usados os seguintes equipamentos: cinto de segurança tipo paraquedista, com duplo talabarte (tira dupla); capacete; cinto portas-objeto; botas; óculos de proteção; protetores auriculares; luvas e outros dependendo do serviço executado. 29
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MERCADO IMOBILIÁRIO
Cadê o meu apê?
Valorizado e superaquecido. Assim é o mercado da construção civil, que sofre hoje com um problema clássico: a demanda é muito maior do que a oferta.
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lton Soares estava procurando uma casa para comprar. Ele vendeu a sua por R$ 150 mil e procurava outra para comprar, na mesma base de valor, em um bairro próximo à casa de sua mãe. “Minha única exigência era de que a casa tinha de ter três quartos”, conta. Após dois meses de procura, Elton se decepcionou. “Não consegui encontrar uma casa dentro deste valor. Tudo que eu gostei, passou dos R$ 300 mil. Apliquei o dinheiro e estou morando de aluguel agora até achar algo de que goste e possa pagar”. Histórias como essa são comuns em todo o Brasil. Recente estudo realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), da Universidade de São Paulo, cruzou dados sobre rendimento familiar, condições de financiamento e valorização dos imóveis nos dois maiores mercados imobiliários: São Paulo e Rio de Janeiro. A conclusão trouxe à luz o dilema de Soares: nos últimos três anos, o preço dos imóveis subiu bem mais do que a renda da população. Se em 2008 os paulistanos precisavam trabalhar cerca de três meses para comprar 1 metro quadrado de um imóvel usado, hoje são necessários seis meses. Enquanto a renda dos moradores de São Paulo subiu 5%, o valor médio do metro quadrado avançou 80%. O aumento, porém, fica bem longe da especulação imobiliária. O que acontece é simples: a demanda interna está crescendo a passos largos. Em 2002, o aumento de contratos de financiamento imobiliário em todo o Brasil estava na casa dos 27 mil. Em 2011, esse número passou para quase meio milhão. Um aumento estrondoso. Em São José do Rio Preto, o número de alvarás de construção aprovados, tanto residencial, quanto comercial no ano passado foi de 3.299 no total, ante 2.694 em 2007, um
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aumento de cerca de 20%. Em metros quadrados, isso representa um total de 1.176.796,01. Em 2010, o total foi de pouco mais de 600 mil. Ano passado, foram ainda concedidos mais de dois mil Habitese, correspondendo a uma área de 627.422 metros quadrados. O empresário da Imobiliária Gurupi, Marcelo Mansano, é enfático ao confirmar que o que as construtoras estão produzindo está bem longe de suprir a demanda. “A procura está maior do que a oferta. A valorização imobiliária acontece justamente por conta disso. Não estamos vivenciando um “boom” da construção civil, como muitos imaginam. Estamos, sim, em desvantagem em relação à demanda”, explica. Somente São José do Rio Preto cresce cerca de 5 mil pessoas por ano. São 2.600 casamentos e 1.300 separações anuais. Isso oficialmente. “Vamos precisar de, pelo menos, 2.500 imóveis para atender esse público que vem de fora todos os anos. Na década de 80 tínhamos uma população de 188 mil habitantes. Hoje, são 408 mil, sendo a maior parte concentrada entre 20 e 54 anos. Crescemos a passos largos. E a construção civil não está conseguindo acompanhar”, afirma Mansano. De acordo com a Conjuntura Econômica de 2012, a projeção para 2020 é de que o município tenha uma população de 464 mil pessoas, em sua maioria com idade entre 29 e 49 anos.
Economia aquecida A economia aquecida colabora para esse quadro. Nunca o Brasil esteve tão favorável a todas as classes sociais. A Classe C, por exemplo, vem crescendo espantosamente. No Brasil, esta faixa já responde por 54% da população, agregando mais de 103 milhões de famílias brasileiras. No período de 2002 a 2011, 40 milhões de brasileiros migraram das classes D e E para a C. Somente no ano passado, foram três milhões. De acordo com o Ibope Inteligência, diante deste cenário as projeções indicam o inevitável: o consumo das famílias vai crescer 13,5% em 2012 e os gastos nacionais devem totalizar R$ 1,3 trilhão até o final do ano. O número de pobres em ascensão sobe numa velocidade inédita e a elite brasileira vem ganhando uma proporção singular na trajetória da economia brasileira. A oferta de empregos formais aumentou, a renda aumentou, o crédito se tornou mais fácil e a confiança se apoderou das famílias brasileiras. Pesquisa global da Nielsen mostrou que o consumidor brasileiro é o quinto mais otimista do mundo, ou seja, o quinto com maior predisposição ao consumo, na frente da China e atrás apenas da Índia, Filipinas, Indonésia e Arábia Saudita. Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) – IBGE mostrou que 35% do salário dos brasileiros tem destino certo: habitação. Para se ter uma ideia, isso é o dobro do que é gasto com alimentação e transporte, e quase 5 vezes mais o que se gasta com saúde. Programas do Governo como o Minha Casa Minha Vida e a baixa dos juros para financiamento contribuíram para este cenário aquecido e valorizado. E põe aquecido nisso. Somente no período de janeiro a outubro de 2012, a superintendência da Caixa Econômica Federal liberou R$ 1,2 bilhão em créditos imobiliários na região de São José do Rio Preto, compreendendo 136 municípios. Este valor já superou todo o ano de 2011. Quem quiser, também pode utilizar o FGTS para comprar material de construção. Já entraram em vigor as novas regras para este
tipo de financiamento utilizando recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). O prazo para pagamento é de 10 anos, com taxas de juros de 10,66% ao ano. Segundo o Ministério das Cidades, o programa conta com R$ 300 milhões para o exercício em 2012, e o limite máximo para execução da obra é de 24 meses. A região sudeste é que a ficará com a maior parte dos recursos (42,5%), dado o déficit habitacional urbano estimado pelo IBGE por meio de sua Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. O Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (SindusCon-SP) mostrou que a indústria da Construção Civil continuará crescendo acima do Produto Interno Bruto (PIB) até o final do ano. Mesmo diante de algumas quedas, Sergio Watanabe, presidente SindusCon-SP, afirmou que o setor vai crescer cerca de 4% em 2012, enquanto a economia como um todo deve aumentar até 2% em relação ao ano passado. O setor de materiais de construção civil manterá o mesmo ritmo e seguirá aquecido até o final do ano. Watanabe afirma que previsão é de que a compra de materiais tenha um crescimento entre 2,5% e 2,7%. O nível de emprego no setor também é positivo. Em 12 meses encerrados em agosto, o índice acumulado aumentou cerca de 6%. Estudo exclusivo da corretora Lopes para a revista Exame (edição 1026, de 17/10/2012) com 1.200 moradores da região metropolitana de São Paulo em junho e julho de 2012 mostra que os brasileiros compram, em média, 1,8 imóvel ao longo da vida. Das famílias com renda inferior a R$ 10 mil, 75% ainda não possuem imóvel. Das que recebem mais de R$ 10 mil por mês, 20% possuem 3 imóveis ou mais, sendo que a grande maioria dos entrevistados (56%) está comprando seu primeiro imóvel com a principal finalidade de moradia. Revista Exame edição 1026 – ano 46 – nº 20 / Revista Isto É – ano 36 – nº 2210/ Revista Exame edição 995 – ano 45 – nº 12/ Revista Exame edição 1007 – ano 45 – nº 25/ SindusCon-SP/Conjuntura Econômica 2012
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EVENTOS
Setor de Construção Civil ganha Núcleo
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Núcleo de Lojas de Material de Construção foi criado para suprir necessidades específicas dos empresários da região. Participaram do lançamento, no dia 08 de novembro, o presidente nacional da Anamaco, Cláudio Conz, o presidente da Fecomac-SP, Fábio Moscardini, o consultor do Sebrae de São José do Rio Preto, Antonio Jorge Zanesco Junior, o presidente regional da Acomac, Marcos Napolitano, a diretora do setor de Construção Civil da Acirp, Denise Farina, e cerca de 200 convidados. A partir de janeiro, os comerciantes da construção civil em São José do Rio Preto terão acesso a um programa especial de capacitação, oferecido pelo Sebrae-SP e pela Acirp. Já estão abertas as inscrições para o primeiro grupo, de 30 empresários, cujas atividades começarão nos próximos meses. Talvez pela “facilidade” do mercado, a maioria dos empresários não está devidamente preparada para uma boa gestão de suas lojas
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de materiais de construção, como afirma o presidente regional da Acomac, Marcos Napolitano. “Ainda precisamos melhorar, e muito, a gestão de nossos associados”, disse ele. “A programação que preparamos para o Núcleo visa atingir os principais problemas apontados pelos próprios empresários, através da Acomac”, afirmou o consultor do Sebrae de Rio Preto, An¬tonio Jorge Zanesco Junior. O Programa inclui ações em grupo, como palestras, workshops e visitas técnicas a feiras, mas oferece também consultorias individuais, realizadas na própria empresa, com tratamento diferenciado para a realidade dela. Para Claudio Conz, um dos fatores que podem aumentar consideravelmente o mercado de materiais de construção é o programa Minha Casa, Minha Vida, um passo muito importante para a redução do déficit habitacional brasileiro, que hoje atinge 6 milhões de moradias. Marcos Napolitano está otimista com os resultados que a parceria pode trazer para o setor. “A maioria das lojas de material para construção civil pode ter uma gestão melhor, já que pouco empresários conhecem e praticam, a fundo, áreas básicas como fluxo de caixa e composição de custo, e quase todos precisam conhecer melhor os detalhes do sistema tributário, que gera muita perda por falta de informação.” Para Denise Farina, o núcleo é certeza de sucesso. “O setor está estabilizado e, nos próximos anos, teremos um aumento promissor. A ideia é fortalecer o associativismo para irmos ainda mais longe”.
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PROJETO Habitat
Trabalho e lazer Residência em Mendonça -SP
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E 1 - Fachada frontal 2 - Vista piscina 3 - Espaço Gourmet
ste projeto em Mendonça -SP, foi concebido para que o casal pudesse se sentir tanto em sua casa na cidade, quanto numa casa de veraneio.Uma grande área avarandada, com espaço gourmet, elimina a cozinha interna e a área externa pode ser isolada do exterior através do fechamento da varanda.A área intima, com 04 suítes, ficou totalmente isolada do restante da casa, tendo em vista que ficam voltadas para o sol da manhã. A circulação possui uma vista direta para área de lazer e piscina.
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Corte longitudinal
1 - GARAGEM 2 - ÁREA DE SERVIÇO 3 - BANHEIRO 02 4 - BANHEIRO 01 5 - VARANDA 6 - HALL ENTRADA 7 - SALA DE TV 8 - LAVABO 9 - QUARTO 03 10 - BANHEIRO 03 11 - BANHEIRO 04 12 - QUARTO 13 - CIRCULAÇÃO 14 - QUARTO 01 15 - BANHEIRO 05 16 - BANHEIRO 06 17 - CLOSET 18 - SUÍTE CASAL 19 - PISCINA
Corte longitudinal
DADOS DA OBRA
ÁREA DO TERRENO 850,00 m² ÁREA DE CONSTRUÇÃO 340,00 m² ARQUITETURA Habitat
Pavimento Térreo 42
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E SE...
Fotos: Donizetti Batista
Que tal um mergulho?
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Q
“Vem chegando o verão, o calor no coração... Essa magia colorida, são coisas da vida...”
uem é da turma das antigas, conhece bem essa música da cantora Marina Lima, sucesso nos anos 90 e que traduz da forma calorosa a que faz jus, essa estação do ano tipicamente brasileira. Verão rima com biquíni e piscina. É inquestionável a combinação desta dupla pra lá de perfeita. E tem para todo mundo, de todos os gostos, projetos, desejos. Vinil ou fibra? Com estampa ou sem? Que formato? Colorida ou tradicional? Nesta edição, mostramos as diferenças entre piscinas de vinil e de fibra e as vantagens de cada uma para que você possa escolher qual combina mais com o seu cantinho. Colaboração: Vailde Pena – Departamento Comercial e Vendas Acqua Rio Piscinas e Automação
Piscinas em vinil
As maiores vantagens das piscinas de vinil são liberdade de escolha e criação. Você pode projetar uma piscina com o formato pré-definido e escolher entre as mais de 30 estampas ou criar sua própria.
Vantagens
• É possível executar em qualquer lugar e em qualquer formato e medidas;
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É possível criar projetos com spa, bancos, bar, piscina entrando pela casa na sauna, etc.;
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Diversas cores e estampas, sendo possível estampar logotipos, nomes, brasões etc.;
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A possibilidade de vazamento é mínima – suporta fissuras da estrutura sem apresentar vazamentos;
• Rápida execução; • Preço baixo. Piscinas em fibra
As piscinas em fibra possuem modelos prédefinidos de fábrica. De rápida instalação, são ideais para ranchos e chácaras de aluguel.
Vantagens
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Superfície lisa, sem emenda e pontos para acúmulo de sujeira, fungos e bactérias;
• Alta resistência mecânica; • Grande durabilidade; • Não rasga e não enruga; •Não tem emendas nem rejuntamento;
costura
ou
• A possibilidade de ocorrer vazamento é nula; • Rapidez na instalação. 45
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ENTREVISTA
Fotos: Divulgação
Por Cris Oliveira
O
designer e arquiteto rio-pretense Ricardo Rodrigues começou a se envolver com construção civil aos 13 anos, já que sua família atua na área. Formado nos dois segmentos que atua, primeiro fez Design no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, em 1993. Depois cursou Arquitetura no Centro Universitário de Rio Preto. Em conversa com a Obras&Dicas Ricardo contou um pouco sobre sua atuação no mercado, e fatores limitantes que tem atingido os segmentos atualmente. E mais, sua nova empreitada, que são os projetos de aeronaves. Além, é claro, de falar de sua criações dentro da NDT Brazil. Acompanhe os principais tópicos.
A arte de ser
arquiteto e designer 48
NDT Brazil Partimos do princípio que todas as peças são sustentáveis. A coleção “Coloque Onde Quiser” é toda feita de pinos de reflorestamento, e a parte interna é de compensado ecológico e alumínio reciclável. Ela tem esse nome porque no mesmo móbile conseguimos colocar diversos usos, seja um bar, espaço office, livreiro ou gaveteiro. E temos também as hortas indoor, que são de estrutura de aço reciclado e tem prateleiras de pinos de reflorestamento. Os caxipos são móveis, o que torna possível encaixar vasinhos, sem te que plantar as mudas. Como tem rodinhas pode ser utilizado dentro de apartamentos/casas, na varanda, sacadas ou espaços gourmet. Quando eu abri a Nó da Terra (hoje NDT Brazil) ela servia para atender meus projetos de arquitetura. Depois fui abrindo outros leques, e descobri que eu gosto muito de projetar móveis. Mitos Hoje em dia existem dois pontos que são mitos dentro do mercado de mobiliário: as pessoas acham que as peças de design, ou de design autoral são muito mais caras, do que peças convencionais, de linguagem mais popular. Na verdade isso é um mito, e na NDT Brazil investimos em design para atingir todos os nichos de mercado, não para elitizar o produto, mas para deixá-lo com uma característica mais agradável e humana. A segunda coisa é que o produto sustentável realmente já foi mais caro, porque era uma matéria-prima escassa no Brasil. Hoje é possível encontrar bons produtos sustentáveis no Brasil, com o mesmo preço, ou pouca diferença, do produto convencional utilizado nas grandes indústrias. Aviões Hoje meu foco é a arquitetura corporativa e o design. Nós estamos abrindo outra vertente. Eu estive nos Estados Unidos (no início do segundo semestre), e fechei um contrato com uma empresa brasileira que tem um hangar lá, para fazer a personalização interna de aeronaves. Inclusive vou abrir um escritório no país, no início de 2013. A personalização do avião é exatamente o que víamos na novela (Cheias de Charme). A questão é que o trabalho tem que ser muito minucioso quanto ao projeto, porque existem normas técnicas da própria construtora do
avião e dos órgãos regulamentadores, por questão de segurança. O público que consome luxo, e tem um avião, quer um projeto que seja a sua cara, por isso a necessidade de ter um profissional. As reformas dessas aeronaves são feitas em um hangar em Sorocaba. O primeiro avião que projetei é um Viper de quatro lugares. Arte e Trabalho Na realidade, arquitetura e design é arte, e arte é dor, é sofrimento, é trabalho. Você tem que trabalhar muito, sofrer, aprender sempre, para conseguir atingir um status bacana. A grande vilã dessa história é a pessoa achar que a profissão vai levar seu nome lá para cima. Que ela vai ficar famosa, rica. A verdade é o contrário, a grande maioria dos arquitetos, uns 80%, ganham menos que o pedreiro que está lá nas suas obras. E o designer eu acredito que ainda ganha um pouco menos. Mão de obra A classe operária do Brasil está sendo extinta. Porque os jovens estão buscando carreiras voltadas à tecnologia. Então a mão de obra básica começa a ficar escassa, e onerar demais. Hoje em dia um pedreiro ganha R$ 150 por dia trabalhado. Ficou caro, e quem se dispõe a fazer esse tipo de trabalho acaba não tendo qualificação. Isso acontece na indústria moveleira e na construção civil. Por outro lado, como temos esses altos salários, alguns jovens estão procurando esse tipo de serviço, mas até conseguirmos uma equalização salarial, e com quantidade de profissionais, ainda vai mais alguns anos. Em Rio Preto temos uma escola de construção, que foi aberta há pouco tempo, e acho que isso pode ser que capacite realmente. Existem também alguns outros cursos, e isso pode fazer o cenário mudar. Mas ainda a procura pela qualificação é menor que a demanda. No segmento de marcenaria, você ainda consegue achar profissionais. O Senac tem uma escola de marcenaria em Mirassol. Já existe déficit, mas acredito que será sanado nos próximos anos. Mas também é uma mão de obra cara e dispendiosa. Mas como estamos em uma região que é pólo moveleiro, eu consigo viabilizar a produção das minhas peças. 49
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Não seria possível realizar sonhos sem ideias geniais. :
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SUCESSÃO
Tudo a ver: verde e vida D esde criança, Flávia Seixas convive com a natureza, e foi esse amor sustentável que a levou a fazer agronomia/paisagismo. O destino quis, ela deu uma forçinha e, no ano de 1979, abriu a Verdeplan, empresa especialista em paisagismo, com uma equipe técnica composta por engenheiros agrônomos, engenheiro florestal, arquitetos, técnicos em jardinagem e uma equipe experiente de jardineiros. A empresa tem uma grande proporção da produção, que é própria. A Verdeplan atende um mercado atacadista, no Box do CEASA, e na loja, com uma imensa coleção de espécies vegetais ornamentais nativas e exóticas, árvores frutíferas, vasos, bancos, fontes, cachepô e objetos decorativos. “Está no meu sangue, faz parte de mim, um não vive sem o outro. Eu faria tudo de novo”. É assim que Flávia Seixas se vê. O filho André Luis já está no negócio e, para ela, as empresas familiares formam uma parcela grande da estrutura empresarial que é responsável pelo crescimento social e econômico. “As empresas familiares possuem expressiva participação no cenário mundial, tanto economicamente, com grande participação do PIB, quanto socialmente, por gerarem milhões de empregos diretos”, afirma. André Luis Seixas, também agrônomo, segue os passos da mãe e é um orgulho para Flávia. A outra filha Beatriz Seixas é advogada. “Estou pronto, amo o que faço e já nasci nesse cinturão verde das plantas ladeado pelos meus pais”, diz André, que se vê preparado para o aprendizado da competente mãe. Afirma ele que atualmente cuida da produção e execução. Para a mãe, ele está chegando devagarzinho para eternizar a Verdeplan. Segundo Flávia, sua empresa é exemplo para empresas familiares. O profissionalismo está à frente dos negócios e deve ser parte fundamental do projeto de expansão deste tipo de empresas. “Todas as empresas nascem, crescem e se perpetuam a partir de uma iniciativa de algum membro de uma família que, vislumbrando uma oportunidade, inicia o seu próprio negócio e depois é caminhar pelas longas estradas da vida”, afirma a empresária, que confia no filho André Luis e isso lhe dá tranquilidade para fazer a sucessão.
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No Brasil, de acordo com estatísticas do SEBRAE, a quantidade de empresas familiares está em torno de 85%, sendo responsável pela grande concentração de mão de obra, geração de empregos, sustentação da economia e aquecimento do mercado do país. Para Flávia, o mercado em Rio Preto é competitivo, muito bom e a construção civil impulsiona também. Ela confia no mercado brasileiro de flores, que deve crescer 15% na comparação com 2011 e, na contramão de setores que foram pressionados pela crise internacional, tem se expandido a cada ano. O Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor) confirma os dados do setor que, desde 2006, o tem registrado taxas de crescimento entre 15% e 17% e emprega, atualmente, 194 mil pessoas, movimentando R$ 4,5 bilhões. O Natal está aí. Levar uma planta para completar a celebração da data é, no mínimo, fazer parte da estatística da Ibraflor, que mostra que consumo per/capta é de R$ 20,00 por habitante. E a Verdeplan garante que cada jardim, cada plantinha, tem a ver com estilo de vida. E ela está pronta para celebrar as festas com muitas inovações.
Em números: no Brasil Cerca de 9 mil produtores; Área Cultivada: cerca de 12,0 mil hectares; Tamanho médio da propriedade: 1,5 hectares; Mão de Obra contratada: 81,3%; Mão de Obra Familiar: 18,7%; Centrais de atacado: 40; Empresas atacadistas: 600; Pontos de venda no varejo: 25.000; Feiras e exposições: + de 30; Consumo per/ capta: R$ 20,00 por habitante Fonte: Ibraflor
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Lições da Arquitetura Para Oscar Niemeyer No ombro do planeta (em Caracas) Oscar depositou para sempre uma ave uma flor (ele não faz de pedra nossas casas: faz de asa) No coração de Argel sofrida fez aterrizar uma tarde uma nave estelar e linda como ainda há de ser a vida (com seu traço futuro Oscar nos ensina que o sonho é popular) Nos ensina a sonhar mesmo se lidamos com matéria dura: o ferro o cimento a fome da humana arquitetura nos ensina a viver no que ele transfigura: no açúcar da pedra no sonho do ovo na argila da aurora na pluma da neve na alvura do novo Oscar nos ensina que a beleza é leve
Ferreira Gullar
Museu de Arte Moderna de Caracas, Oscar Niemeyer (1954)
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ESPECIAL
11 de dezembro DIA DO ARQUITETO E
DO ENGENHEIRO
Oscar Niemeyer - ícone de gerações, referência na arquitetura mundial, incansável profissional e exemplo de luta na defesa dos seus ideais, o arquiteto é símbolo máximo quando se fala em arquitetura brasileira. A ele, e através dele, Obras e Dicas homenageia os arquitetos e engenheiros com este Especial. Acompanhe a seguir o trabalho de alguns dos mais expressivos profissionais que se dedicam a tornar a região noroeste de São Paulo, uma das mais bonitas do Estado. 57
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ASSENTADORES DE PEDRAS DECORATIVAS Celso 9775-0945 Luiz (Bico) 9613-8613 Vitor Malta 9617-8300 Sebastião Carlos 9147-1685
GUIA DE PROFISSIONAIS
*Os profissionais citados neste guia são indicados por Empresas, Arquitetos e Engenheiros e não pagam por esta divilgação.
ASSENTADORES DE PISOS E REVESTIMENTOS Acir 9158-6994 Berto 9175-8575 José M. Da Silva Filho 9132-8968 José Roberto 9615-4549 Luiz 9116-3111 Luis Antonio 9614-6600 José Ferreira Jr. 3219-1922 Moisés 9614-5585 Osmar Donizeti 9107-9204 Roberto 9201-2110 Sigmar 9156-4957
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ASSENTADORES DE PORTAS José Maria 9603-7312 Joãozinho 9722-9628 Luiz Leoral 9722-9628 Luiz Roberto (personal portas)3222-2495 Laércio Rodr. Da Silva 9165-5342 Marcelo 3013-3234 CARPINTEIROS Claudinho 9701-9702 Clóvis 3224-7542 Jair 3012-9560 José Bigode 3219-2892 Lupércio 3237-3387 Rubão 9712-9405 Rubens 9703-7744 Samuel 3011-4637 Sebastião 9608-5645 Zequinha 3206-5351 CONSTRUTORES Ademir O. Colombo 9112-4237 Adriano Ap. Ferreira 9751-4939 Alcindo Batista Santos 9135-0134 Alipio F. Rodello 9175-3072 Amilton Vieira 9117-4001 Antonio A. Bonil 3016-8907 Antônio C. Scrignoli 9112-5264 Carlos Jorge Galdino 9187-8048 Celio Campanhole 9157 - 4785 Claudemir Rodrigues 3216-7377 Djalma Ap. Troestrof 9739-1954 Djalma Dias 9103-5644 Ednaldo A. Silva 9166-7396 Eduardo M. Sales 9791-4430 Ernesto R. Neto 9755-3711 Genilton Gomes 9703-1291 Gilberto M. Sales 9182-8167 Ildo Borges Leal 9124-4296 João C. Piovani 9115-6167 José Campanhola 9619-1835
José Carlos Gagliardi 9702-2110 José Felício 8816-7148 José Roberto Pessoa 9771 -3501 Leonilda S. Roberto 9601-8819 Leonildo José (Zé) 9607-9538 Luis Antônio 9614-6600 Luis Ant. De Lima 3012-1527 Luis C. Fr. Gonçalves 9774-7124 Marcelo Roberto de Assis 9106-7696 Marcio Renato C. da Silva 9722-0040 Miguel E. Vetorasso 3224-7070 Nilvaldo Antonio Calbo 9100-2764 Oderdam P. da Silva 9160-3744 aulo Manoel Da Silva 9103-6073 Roberto D. Oliveira 3013-1265 Roberto R. De Moura 9161-6713 Roberto Pereira Joles 9201-2110 Rui Carlos Giorgi 3226-7500 Sebastião Venancio 9118-2352 Walter Dos Santos 9791-3024 ELETRICISTAS Antônio D. Marques 9128-4595 Anderson 9726-5729 Chicão 9791-3464 Delmondes 3011-9897 Eletromaser 3013-0434 Eletrificação Regiane 9107-7292 Jair Delamura 3014-0729 H-luz 3222-3631 Leandro P. Da Silva 3014-6320 Nei 9154-1189 Toninho 9716-2235 Valdir Lino 9722-1191 ENCANADORES Antônio A Da Silva 9114-4273 Carlos Alberto 3011-1338 Ismael R Da Silva 3014-7105 Joaquim R. Da Silva 9784-6546 Luciano A. Ferreira 9167-0716 Pedro Osmar 9605-1927 PINTORES Adão M. de Moraes Augusto Benedito Dito Edilson Edmar Elson (Branco) Januário (Gê) Jamil João Candido Lúcio Ol. Silva Moisés Antoniassi Marcos R. da Silva Marcos Márcio Carvalho Mister Solução Nicão Reis
9104-0121 9713-4718 9164-2102 9100-2700 9736-7639 9101-4610 97282686 3224-2016 9113-8278 9702-8467 9116-0487 9112-3869 9117-7019 9706-4839 9101-8280 8106-5039 9791-2299 9116-9780
Feliz Natal! Feliz 2013! 79
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