O DIA ALAGOAS

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O DIA ALAGOAS l 21 a 27 de dezembro I 2014

EXPRESSÃO

redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br

Um trago diplomático A

r e a p r o ximação diplomática entre Estados Unidos e Cuba, ensaiada na última quinta-feira, 18, e que se configura como o último capítulo da Guerra Fria, com efeito, tem, neste momento, um impacto muito mais prático no que se refere à economia do que qualquer mudança mais profunda do ponto de vista ideológico. É que, no tocante à política estatal moldada no controle do Estado sobre os cidadãos ainda em voga na ilha caribenha, pouca coisa muda – motivo das críticas feitas principalmente por dissidentes do regime erradicados nos EUA. No entanto, embora de forma ainda tímida,

já estão sendo plantadas as bases de mudanças políticas para a ilha. Se ainda não há um efeito na questão política, o mesmo não se pode afirmar no aspecto econômico. É que as medidas tomadas neste acordo contemplam a suspensão das restrições das viagens de americanos à ilha e da remessa de dinheiro para seus familiares. Isso por si só já deverá incrementar em milhões de dólares a economia de Cuba. Perspectiva muito boa para o regime dos Castros, principalmente, neste ano em que o crescimento econômico cubano registra os piores índices. Desde o início do governo de Raúl Castro, 2014 se consolida como o mais fraco cres-

cimento do Produto Interno Bruto (PIB). A economia da ilha deve avançar apenas 1,3%. Este índice é muito inferior à expansão média de 2,7% registrada nos anos anteriores. Os dados são da Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (Cepal), instituição da ONU. Os registros foram divulgados na última quinta-feira pelo jornal Folha de S.Paulo. Já que, em tese, a paupérrima população da ilha terá acesso aos dólares enviados de familiares residentes nos EUA, um novo cenário econômico se desenha para os cubanos. Essa nova realidade, materializada no aumento de renda da população, deve impactar positivamente a economia, com atração

de investimentos estrangeiros e novas fontes de financiamento para o setor privado. Mais dinheiro circulando e os pequenos negócios, por exemplo, serão incrementados. Aqui, fica claro que os interesses econômicos se sobrepõem a conceitos ideológicos, pois esse acordo surge em um momento em que o regime cubano não pode confiar na ajuda “ideológica” da Venezuela, que, devido aos baixos preços do petróleo no mercado internacional e ao elevado custo dos programas sociais, já não apresenta muito fôlego para socorrer a ilha. No entanto, em longo prazo, essas ações de entendimento entre os dois países terão como efeito a reaproximação dos mais de

1, 5 milhões de cubanos que residem nos Estado Unidos com seus familiares na ilha. Reforçando, assim, os laços familiares, o fim das restrições impostas pela Casa Branca a Cuba inevitavelmente deverá ampliar o discurso em torno dos princípios dos Direitos Humanos. Assim, neste primeiro momento, começar a se desenhar o fim do embargo comercial que tantos prejuízos trouxe ao povo cubano sem alcançar o objetivo idealizado pelo governo norte americano, de sufocar o regime, como reconheceu seu presidente Barack Obama. Quem sabe assim também se traçam as bases para uma abertura total do regime.

A importância da exportação para os Arranjos Produtivos Locais - APL Andreia Rodrigues F. Baro: professora do curso de Administração Pública - Campus Arapiraca. E-mail: andreiabaro@hotmail.com

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setor de agronegócios está entre os principais geradores de emprego, renda e desenvolvimento econômico em diversas regiões do Brasil, proporcionando às regiões a criação de inúmeros postos de trabalho. Segundo análise da Cepea/ Esalq (2014) a renda do agronegócio estimada para 2014 foi de R$ 1,17 trilhão, destes aproximadamente 69% resultam da agricultura. Em relação a empregos no setor, estima-se que foram criados aproximadamente 760 mil empregos formais. Percebe-se ainda que a estiagem em algumas regiões possibilitou a valorização da arroba bovina, contribuindo com o crescimento da indústria de abate e fortalecendo

também o avanço de carnes concorrentes, como é o caso da suína e de frango (Cepea/Esalq 2014). Verifica-se, ainda, que o agronegócio é o segmento que demanda mão de obra intensiva e cada vez mais qualificada para o manejo de máquinas e equipamentos envolvidos no processo de cultura, e cada vez mais as políticas de incentivo à agricultura familiar e pequenos produtores têm como foco a redução do êxodo rural estimulando o desenvolvimento das regiões agrícolas. Com isso, destaca-se a potencialidade da produção em pequenas e médias propriedades, favorecendo a possibilidade de que famílias do campo possam atingir maiores níveis de qualidade de vida e possam explo-

Para anunciar, ligue 3023.2092 CNPJ 07.847.607/0001-50

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rar comercialmente este setor, principalmente se houver um agrupamento e organização das mesmas em forma de arranjos produtivos locais. O APL, além de representar a viabilidade de desenvolvimento para uma determinada localidade, constitui-se em potenciais arranjos exportadores, capazes de produzir produtos especializados e direcionados para ao mercado internacional. Diante disso, a cooperação entre empresas se mostra como alternativa para enfrentar os desafios da globalização, além de ser uma estratégia de sobrevivência e crescimento. A formação de redes de negócios para os produtores torna-se uma vantagem competitiva, pois cada empresa passa a apre-

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sentar melhores condições de sobrevivência e colaborando com o desenvolvimento regional. Podemos destacar ainda que a criação de vantagem competitiva pode possibilitar o crescimento e especialização do agronegócio, permitindo o escoamento da produção nacional para o mercado externo. Alguns dos principais motivos para a busca pela internacionalização é a necessidade de captação de novas tecnologias, em produtos e processos, ter acesso a determinados recursos materiais, e acesso a novos mercados visando diversificação de mercados fornecedores e consumidores com o propósito de reduzir o risco a possíveis perdas, agregar e desenvolver novas

competências de forma a obter maior competitividade. Para ter sucesso no mercado internacional, é necessária a implantação de cláusulas de sustentabilidade e preservação ambiental, de segurança alimentar, segurança do trabalho e viabilidade econômica em todo o processo exportador; mediante a implantação de tecnologias não invasivas ao meio ambiente e ao homem. Desta forma, é importante que as pequenas e médias propriedades possam enxergar nos APLs uma maneira para ganhar espaço num comércio com dinâmica e exigências diferentes e também como forma de agregar valor ao que produzem, através da busca pela especialização da produção.

Eliane Pereira Diretora-Executiva

Deraldo Francisco Editor-Geral

Flávio Nobre Diretor Comercial

Regenes Melo Jr. Gerente Comercial

Conselho Editorial

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José Alberto Costa

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