O DIA ALAGOAS - Ano 1 - nº 002

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NO CRB PRESIDENTES DO CLUBE E DO CONSELHO DELIBERATIVO TROCAM ACUSAÇÕES

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HOMENAGEM

Mulheres que integram a segurança pública no Estado

Na “garagem” do barraco de tábua, fica o Pálio/2010 do líder

Caminhonete Hliux é vista constantemente parada no acampamento

Veículo Escort esportivo é camuflado nas ramas de maracujá

TRABALHADORES sem-terra do MTL fazem “puxadinhos” no acampamento em Messias para guardar os seus carros

INFILTRADOS Fotos: Igor Pereira

Líderes dos movimentos confirmam que muitos acampados “não são da luta”

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O acampamento Borragato fica às margens da BR-104, em Messias, onde algumas pessoas que não se identificam com a luta pela terra se infiltraram para serem beneficiadas pelo Incra

ENTREVISTA Defensor público acredita que TJ/AL vai anular júri do Caso Fábio Acioli O defensor público Ryldson Martins conversou com O DIA e contou sobre os argumentos que apresentou ao TJ/ AL para conseguir a anulação no Caso Fábio Acioli. 3

INSIDE

Izabel Pinheiro conta sua trajetória de sucesso

Alagoas l 10 a 16 de março I ano 01 I número 002 l 2013

NILTON DE OLIVEIRA

O DIA faz festa na entrega de medalha O lançamento do semanário O DIA ALAGOAS foi marcado por uma grande festa na Associação Comercial. O ponto alto do evento foi a

entrega da Medalha Jornalista Nilton de Oliveira, fundador de jornais em Alagoas. Cinco pessoas foram agraciadas com o título durante a festa.

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COM A PALAVRA...

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CASO FÁBIO Acioli deve ter desdobramentos nos próximos dias; pedido para anular júri está com o Ministério Público

Um júri para ser anulado Deraldo Francisco Repórter

A

opinião pública foi decisiva para a condenação dos acusados nos crimes de sequestro e morte do universitário Fábio Acioli, crimes ocorridos em agosto de 2009. A pressão popular [e da imprensa] e a pressa da polícia em esclarecer o caso podem ter concorrido para a decisão do Conselho de Sentença que condenou Carlos Eduardo Souza e Wanderley Nascimento Ferreira a 26 anos de prisão como os autores materiais deste crime brutal. Um recurso que corre em segredo, no Tribunal de Justiça, pode definir [ou não] a anulação do julgamento. O processo está com o Minis-

tério Público para o oferecimento das contrarrazões. Após o julgamento em que foram condenados como autores materiais deste crime, Carlos Eduardo Souza e Wanderley Nascimento Ferreira, ficou a sensação de que alguma coisa estava errada. Nem mesmo os familiares de Fábio Acioli acreditam no envolvimento dos acusados, hoje condenados. A declaração de Paulo Medeiros, pai de Fábio Acioli, de que “eu não acredito na culpa de vocês” serviu como combustível para as pretensões de anular o julgamento. O defensor público Ryldson Martins Ferreira, que atua na defesa dos acusados, ingressou no Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) com um pedido formal de anulação do julgamento. O advogado público alega que a ausência de duas testemunhas da defesa prejudicou os réus. Além

Por que os seus clientes foram condenados, então? Neste caso específico, houve uma pressão social muito grande. O emocional pesou muito na decisão dos jurados. As imagens que o representante do Ministério Público mostrou na sessão de julgamento foram muito fortes. Isso acabou tirando o foco do verdadeiro sentido do julgamento que era encontrar provas que justificassem a condenação ou absolvição dos acusados. Em que fase o senhor identificou falhas: no inquérito ou no processo? Não pretendo julgar nem acusar nenhuma autoridade. Mas trabalho com a questão técnica e não vejo nenhuma relação entre os dois rapazes que foram condenados, o Cícero Rafael [que estava com Fábio Acioli no dia do crime] e o próprio Fábio ou então o mandante deste crime, que nunca apareceu. É natural que o Judiciário e o Ministério Público adotem os indícios identificados pela polícia. Então, se houve falhas, isso aconteceu na fase do inquérito policial. O que aconteceu neste caso? Após avaliar os autos e ouvir testemunhas, considero que houve um assalto mal-

Eduardo Leite

O senhor acredita na anulação deste julgamento? Acredito, tanto que ingressei com o pedido. Nos autos não há prova nenhuma contra os meus clientes que foram condenados. Sem contar que a decisão do Conselho de Sentença contrariou todas as provas técnicas existentes nos autos.

disso, para Ryldson Martins, as provas produzidas nos autos - principalmente laudos periciais - não foram levadas em consideração. No último caso, o defensor público vai tentar a redução da pena, principalmente porque considera que não foi observado o princípio da individualização da pena. Para Ryldson Martins, não há mistérios no Caso Fábio Acioli. “Para mim, o caso envolve um assalto onde os criminosos [que não são os condenados] perderam o controle da situação e cometeram uma sucessão de erros, culminando com o atentado brutal que resultou na morte do rapaz de boa família, bons antecedentes e que foi parar nas mãos de criminosos covardes”, disse o advogado. O DIA ALAGOAS foi em busca de mais informações sobre o assunto com o defensor público Ryldson Martins:

-sucedido onde os criminosos perderam o controle da situação, sequestraram, espancaram e atearam fogo na vítima e a abandonaram num canavial. Depois disso, fugiram com o carro da vítima e atearam fogo no veículo. Isso não é coisa de matador profissional, como as especulações criaram em Alagoas. Quanto às provas contra os acusados... Elas são muito frágeis. São depoimentos que se perdem ao longo do processo. Um depoente desmente o outro. No meio da investigação apareceu um garçom [Marco Aurélio] que disse ter visto praticamente tudo do crime. O homem é um ator e está se perdendo por aqui. A ex-namorada dele foi ouvida nos autos e confirmou que ele é um grande mentiroso. Ele saiu acusando muita gente, inventando histórias, contando que reconheceu os

“ Os jurados contrariaram as provas e condenaram os réus

meus clientes como autores do crime e depois desapareceu. Vale salientar que essa é a principal acusação que a polícia conseguiu obter contra os meus clientes. A polícia nunca provou que o Fábio Acioli estivesse extorquindo

dinheiro de ninguém. Nem de “gente grande” nem de “gente pequena” em Alagoas. O rapaz era íntegro, de boa família, bem relacionado com os amigos. Dificilmente uma pessoa com essas características tem um inimigo que decida em acabar com a sua vida da forma brutal como aconteceu. E sobre as provas em benefício dos seus clientes? Estas são mais confiáveis. Por exemplo, confirmamos que, no dia do crime eles estavam no Sertão de Alagoas vendendo perfumes. Quando f o r a m p r e s o s , e s t a va m morando num barraco onde nem cama tinha para dormir. Os dois dormiam no chão. É pouco provável que quem recebe um grande dinheiro para matar alguém fique no local do crime ou então viva em condições precárias. Um laudo da Perícia Técnica desmentiu as informações prestadas pelo

Cícero Rafael e pelo garçom quanto ao reconhecimento que eles fizeram dos meus clientes. Os peritos constataram que não havia condições de identificar ninguém na região onde ocorreu o sequestro e nas circunstâncias que tudo aconteceu. Tudo isso depõe a favor do Carlos Eduardo e do Wanderley. O senhor acredita em “gente grande” envolvida neste crime? De maneira nenhuma. Na exploração que a polícia fez sobre a vida do Fábio Acioli o máximo que encontrou foi uma tendência à homossexualidade. Desde quando isso é crime? Falo sobre este assunto não por mera especulação, mas pelo que observei nos autos onde essa suspeita restou provada. O Fábio Acioli não era inimigo de ninguém, Não estava extorquindo dinheiro de ninguém. Tentou-se buscar um mandante para este crime, mas ele nunca foi encontrado porque ele não existe. Caso o julgamento seja anulado, o senhor pretende convocar o pai de Fábio Acioli [Paulo Medeiros] como testemunha de defesa? Não. Não tenho essa intenção. Mesmo sabendo que ele não acredita no envolvimento dos meus clientes neste crime. Se o senhor não conseguir a anulação do julgamento, qual será a estratégia? Pelo menos reduzir a pena. Considero 26 anos uma pena muito alta para a inexistência de provas contra os acusados. Além disso, também vou insistir na aplicabilidade do princípio da individualização da pena.


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EXPRESSÃO

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Informações que ferem A

s informações dando conta de que Alagoas lidera o ranking nacional de todo tipo de homicídio não são boas para o estado nem para o povo alagoano. Principalmente num momento desses em que Maceió dá seqüência à temporada de cruzeiros. A notícia deve sim ser divulgada, mas com precisão e correção. Existe um período analisado e neste item pouco ou quase não se fala, dando a entender que a crise é neste momento. Muito embora no

quesito violência Alagoas não esteja longe de uma situação fora de controle. Estão previstos mais de dez mil turistas a bordo de navios. Muito dificilmente essas pessoas não serão informadas dessa situação. É claro que, como os pacotes para este tipo de turismo são fechados antecipadamente, as pessoas não vão desistir diante da pressão da mídia. À imprensa dos grandes centros urbanos e de roteiros turísticos no Nordeste [que perdem para Maceió na preferência dos turis-

tas] interessa divulgar até em 3D, se for possível, a situação da violência na capital alagoana. Assim, tenta-se eliminar um excelente roteiro turístico. E não é “teoria da conspiração”, não. É fato concreto. A quem interessa essa exploração toda do caos? Quem, no Brasil, não já ouviu essa notícia? Então, porque a repetição, a reincidência na divulgação da informação? Todo mundo, principalmente os organismos estaduais de segurança, já foram informados da situação lamentável

de Alagoas na questão da violência. Nossos jovens estão sendo assassinados em via pública. Muitos são executados dentro de casa, no quarto, dormindo. Outros são mostos nos pés da mãe ou do pai. Para isso, basta ter um pequeno débito com o tráfico de drogas. O tráfico não perdoa, mata. Há traficantes que dispensam débitos de usuários caso eles matem outros drogaditos com dívidas maiores. Depois, esse que matou o colega de vício também é morto.

Entre os nossos jovens assassinados, boa parte é formada por negros e pobres. Os institutos de pesquisa já revelaram isso dezenas de vezes. Esses números depõem contra o Estado e atrasam o desenvolvimento do povo alagoano. Isso não interessa a quem nasceu aqui, viveu aqui e cria seus filhos aqui. Alagoas é muito mais do que apenas números negativos sobre a violência, o analfabetismo. Há algo de bom a ser falado sobre Alagoas. Falta um pouco de boa vontade.

Como cadenciar o ritmo da vida em tempos de fluidez? Pastor Társis Wallace

N

ão tem sido fácil viver no tempo desafiador da crescente fluidez. Da velocidade que nos inquieta nessa “estrada do futuro” (Bill Gates) onde o virtual ri do real como se este estivesse às tontas, perdido enquanto tenta encontrar a via da realidade. Sonhos e pesadelos se confundem na tentativa de não se perder o ritmo de um tempo sem tempo. É como se o fluxo da vida houvesse chegado a uma situação de perda do controle. Às vezes, temos a impressão de que estamos sendo desafiados a reinventar a forma de viver. E estamos ! E mais: não há como retroceder.

Todavia, a sabedoria que emerge das tramas cotidianas do encontro de gente com gente, de povo com povo, de cultura com cultura emite o sinal de alerta surgido de tempos imemoriais. E afirma com autoridade insuspeita de uma vivência real que “a pressa é inimiga da perfeição”. O que significa que máquinas são máquinas e seres humanos precisam continuar humanos, tanto em termos de sensibilidade social como de consciência existencial de seus limites. Ou seja, a finitude não está na esquina, está onde estamos. Somos seres finitos e por mais que apressemos o “apressuramento” do século

Para anunciar, ligue 3023.2092 CNPJ 07.847.607/0001-50

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XX, continuamos seres humanos do século XXI. Li há alguns meses um livro interessante de Charles E. Hummel, “A Tirania da Urgência” onde ele denuncia o absurdo de estarmos vivendo num ritmo que nos adoece e mata. Neste contexto é bom evocarmos duas lembranças, uma mais antiga e outra mais recente. A mais antiga vem do grande intelectual cristão inglês C.S. Lewis: “Ponha as primeiras coisas em primeiro lugar e teremos as segundas a seguir; ponha as segundas coisas em primeiro lugar e perderemos ambas”. Quantas mortes prematuras por se inverter este valor ! Alerta do século

EXPEDIENTE

passado que encontra eco na denúncia do século presente quando Frank Partnoy, entrevistado pela revista “Isto É” de 23/01/2013, afirma que “a tecnologia está nos transformando em animais”. No seu recente livro “Blink, a Decisão Num Piscar de Olhos”, ele explica como temos nos equivocado no uso da arte de procrastinar construtivamente. Claro, ela é ruim num sentido, mas nas questões mais complexas da vida onde o tempo de maturação é essencial para se tomar decisões importantes, correr pode ser suicídio. Na arte de viver, inverter valores é mais do que desvalorizar a vida, é abrir brechas para tornar seu

fim prematuro. Do frenesi do nosso tempo vem o diagnóstico preocupante de como estamos no século XXI: “mundo em descontrole” (Anthony Giddens); “sociedade desorientada” (Giles Lipovetsky/ Jean Ferroy); “medo líquido” (Zygmunt Bauman);”o mundo em desajuste” (Amin Maalouf) etc. Talvez seja interessante lembrar o que disse Gotthold Ephraim Lessing: “O homem lento, mas que não perde de vista seu objetivo, é muito mais veloz do que aquele que vaga sem mirar num ponto fixo”. Correr a fim de “fazer prá ontem” pode significar perda do ar essencial para respirar no amanhã.

Eliane Pereira Diretora-Executiva

Jobson Pedrosa Diretor de Redação

Deraldo Francisco Editor-Geral

Regenes Melo Jr. Gerente Comercial

Conselho Editorial

Aldo Ivo

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Av. Com. Francisco Amorim Leão, 364, Sala 202 - Farol - Maceió - Alagoas - E-mail: redacao@odia-al.com.br - Fone: 3023.2092


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PODER

DIAgnóstico Roberto Vilanova diagnostico@odia-al.com.br

Coisas de Alagoas A primeira etapa do Canal do Sertão, que a presidente Dilma vem inaugurar na terça-feira, 12, é parte de um projeto que se arrasta desde 1994 quando foi iniciado pelo então governador Geraldo Bulhões. São quase 20 anos. Basta lembrar que em menos de 10 anos o governo de Sergipe implantou e ampliou o Projeto Califórnia, que leva água do rio São Francisco para irrigar o semi-árido sergipano em Canindé e Poço Redondo. Em Alagoas, onde tudo parece só acontecer muito depois, o Canal do Sertão foi paralisado irresponsavelmente em 1995 causando um prejuízo que elevou o custo inicial do projeto em mais de 500%, além de estender o tempo de conclusão da obra para só Deus sabe quando.

Trato

Quer

O deputado federal Renan Filho e o ex-prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa, têm um trato: se Renan Filho disputar o governo do Estado em 2014, Luciano ocupa a vaga dele na Câmara Federal. E se não disputar, cede a vez a Luciano.

O desejo manifestado pelo ex-governador Ronaldo Lessa de disputar o governo do Estado foi recebido como um recado. Na verdade, Lessa quer garantir mesmo é uma vaga na Câmara Federal e está se sentindo “esquecido”.

No papo

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GESTORES ficam impossibilitados de celebrar convênios federais

CAUC desabilita 95 municípios Candice Almeida Estágiaria

R

ecentemente a Confederação Nacional dos Municípios publicou levantamento que concluiu que mais de 90% dos municípios alagoanos estavam inscritos no CAUC, por pendências administrativas, financeiras e previdenciárias, o que os impossibilita de celebrar novos convênios com o Governo Federal, engessando as possibilidades de gestão da municipalidade. A principal fonte de renda dos municípios brasileiros, principalmente os pequenos, é o Fundo de Participação dos Municípios. O FPM é uma transferência constitucional da União para os municípios e compõe-se de 22,5% da arrecadação do Imposto de Renda

(IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). O montante destinado a cada cidade varia de acordo com o número de habitantes. Entretanto, os benefícios concedidos pelo governo federal de redução do IPI para incentivar o consumo e a economia brasileira influenciaram na arrecadação e, consequentemente, o valor do repasse diminuiu. Assim, os novos prefeitos têm estudado com maior interesse os convênios oferecidos pelo governo federal e que podem beneficiar os munícipes com políticas públicas. Para tanto é necessário que o município não tenha pendências junto ao governo federal, o que se atesta pela não inclusão do município no CAUC. O CAUC é um Serviço Auxiliar de Informações para Transferências Voluntárias,

que reúne dados sobre os mais diversos entes públicos e as transações com as transferências voluntárias, facilitando o acompanhamento do cidadão e da gestão pública, através da transparência. Apesar da importância da regularização da situação dos estados e municípios junto ao CAUC para a inscrição em convênios federais, recentemente a Confederação Nacional dos Municípios publicou pesquisa que constatou que mais de 80% dos municípios brasileiros encontravam-se com restrições no CAUC. Só em Alagoas são 95 municípios. Mais de 93% das cidades alagoanas não podem celebrar convênios com o governo federal e assim investir em políticas públicas a partir de programas federais estabelecidos de forma a facilitar sua implantação pelas prefeituras.

O ex-prefeito Cícero Almeida garante ter a “simpatia” da justiça e não será condenado, o que lhe impediria de se candidatar. Ele acha que vai acontecer o mesmo que aconteceu com os deputados Paulão e Chico Tenório – que a justiça teve dois anos para julgar e não julgou.

Fora Mas, o problema de Lessa não é o esquecimento e sim os processos na justiça – que desde 2006 têm inviabilizado a sua candidatura. “É (Lessa) um bom nome, mas a gente nunca sabe se ele vai poder ser candidato ou não” – disse à coluna um petista federal.

Sobre

Fotocópia

O senador Fernando Collor promete estender o debate sobre o seu projeto para fixar mandatos de 15 anos para os futuros ministros do Supremo Tribunal Federal, ou seja, acabando com a vitaliciedade do cargo.

-“Não vou ser outro Ronaldo Lessa!” – garante Cícero Almeida, que está com o sigilo bancário e fiscal sendo esmiuçado pelo Ministério Público, que tem faro de dobermann.

Claquete O jornalista e cineasta alagoano, radicado em Brasília, Jorge Oliveira, embarcou na terça-feira, 5, para o Rio de Janeiro. Vai começar a filmagem de um documentário sobre a psiquiatra Nise da Silveira – a alagoana discriminada na terra natal, mas festejada no mundo inteiro.

Em off

De pé

O recadastramento dos servidores da Câmara de Vereadores de Maceió, que começa dia 25, será feito sob “segredo de justiça”. Isto quer dizer que o resultado sobre a existência de servidores fantasmas e supersalários não será divulgado para o grande público.

A vereadora Heloísa Helena é candidata a senadora pelo Psol, embora esteja alinhada com a ex-senadora Marina Silva – que está criando um novo partido. A campanha não começou, mas HH já atacou o governador Téo e o senador Collor – seus dois adversários mais fortes.

Olho

O peso

Heloísa torce para que a disputa entre Téo e Collor se torne renhida e se polarize. Na condição de “terceira via”, Heloísa fez as contas e concluiu que se colocar os pés na estrada, comer poeira e investir no corpo a corpo, se elege senadora.

Apesar de nenhuma autoridade estadual se manifestar, o delegado federal Polybio Brandão decidiu levar adiante o inquérito contra o tal de Luciano Manfredini, que chamou Alagoas de “antro de ladrões”. Manfredini será enquadrado no artigo 20 da lei 9.459/97.

Consultores apresentam opções para os prefeitos de municípios inscritos no CAUC, durante reunião na AMA

AMA auxilia recuperação de municípios Diante do alto número de municípios com pendências junto ao CAUC, a Associação dos Municípios Alagoanos realizou uma reunião para apresentar aos prefeitos as possibilidades para a regularização da situação. Especialistas, como Helena Moreira, apresentaram recomendações, dentre elas, a capacitação do funcionalismo municipal para que eles prestem contas aos Tribunais de Contas da União e do Estado de forma apropriada, regularizando erros simples. Sabendo que a regularização da situação de muitos municípios pode levar tempo, especialistas indicaram aos municípios inscrição no Programa de Aceleração do Crescimento 2 assegurando verbas para obras estruturantes. “A bancada federal pode contribuir muito com o acesso ao PAC 2, e deve ser procurada”, disse Helena.

Helena acredita, que os Senadores Collor e Calheiros poderão contribuir muito para o PAC 2 nos municípios alagoanos por causa de suas posições hoje no Senado Federal. Collor é o presidente da Comissão de Serviços de Infraestrutura e Renan é o presidente do Senado. Outra preocupação é o débito previdenciário, para eles, recomendou-se a adesão à Medida Provisória 589 até o fim de março, parcelando os débitos vencidos até 31 de outubro de 2012. É possível denunciar o gestor anterior e, se o TCU instaurar a tomada de contas especial, a suspensão da inadimplência será autorizada. Em consulta, constatou-se queArapiraca, Delmiro Gouveia, MarechalDeodoro,OuroBranco, Paripueira e Quebrangulo são os municípios em situação regular.

MP substitui Refis e prejudica gestores Historicamente as inscrições no CAUC, se não eram casos simples de regularização de documentos, podiam ser resolvidos por meio do Refis, mas não houve reedição de lei ou MP autorizativa. Sendo que a ultima edição (2009) autorizava o refinanciamento das dívidas vencidas até novembro de 2008. A MP 589 foi uma alternativa concedida aos municípios com débitos previdenciários vencidos até outubro de 2012. O Refinanciamento proporcionado pelo governo federal desde os anos 2000 teve fim em 2009. A partir de então várias são as discussões e os projetos de lei apresentados tentando uma nova edição do refinanciamento, o que beneficiaria muito os municípios brasileiros.


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COTIDIANO

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EM MESSIAS Movimento Terra,Trabalho e Liberdade mantém pessoas que não são identificadas com a luta pela terra

Sem-terra sim, mas com um carro na “garagem” Q

uem passa pelo acampamento do Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL) que fica às margens da rodovia BR-104, em Messias, conhecido como o “Borragato”, se surpreende com a quantidade de veículos estacionados no local. E o que mais chama a atenção é o fato de que os carros não estão simplesmente parados, como se fossem de visitantes, mas devidamente estacionados. Isso mesmo, os acampados fizeram ‘puxadinhos’ dos barracos de madeira e lona e montaram estacionamentos anexos às moradias, formando as garagens. Os trabalhadores rurais estão acampados precariamente, morando às margens de uma rodovia, sem infra-estrutura adequada como água encanada, energia elétrica e sistema de esgoto. Subentende-se que estão ali porque não têm outro lugar para morar nem recursos suficientes para montar um negó-

cio, como uma cooperativa, por exemplo. A pergunta é: “Como esses trabalhadores conseguiram juntar dinheiro para comprar os veículos?” Mais: “Por que ao invés de carros de passeio não usaram os recursos para adquirir automóveis que ajudassem a transportar os produtos produzidos por eles para as feiras em Messias, Rio Largo e cidades vizinhas?” C o n ve r s a n d o c o m o s trabalhadores rurais, a reportagem de O DIA ALAGOAS fez uma primeira descoberta: o carro mais novo que estava estacionado num dos ‘puxadinhos’, um Pálio vermelho modelo 2010, pertence ao líder do acampamento, Antônio Alves, conhecido como Antônio Salame. Ele é descrito assim: “O Antônio Salame era empreiteiro e gostava muito de comer salame, daí o apelido. Ele é nosso líder, é quem manda aqui e mora em Flexeiras”, explica o trabalhador rural Mário José da Silva, que mora no assentamento há três

Temos pessoas rejeitadas pelo mercado de trabalho e que viram alternativa na agricultura anos e oito meses na companhia da esposa. Diferente do líder, Mário José nasceu e foi criado na roça, em Messias, e planta macaxeira, batata, feijão, milho, inhame, fava, abóbora,

amendoim, banana, maracujá e mamão. Ele revela que no tempo da colheita chega a conseguir apurar R$ 600 a R$ 800 por mês. “Todos os nossos produtos são orgânicos. Vendemos em Messias, Rio Largo e em Maceió, mas não tem colheita o ano todo e por causa da estiagem este ano ainda não conseguimos plantar. Estamos esperando para colher mamão, maracujá e banana porque estas não foram afetadas pela falta de chuva”, afirma o trabalhador rural. Como a colheita de maracujá foi pequena, três frutos são vendidos pelos acampados do MTL pelo valor de R$ 2. A macaxeira é comercializada por R$ 5, o quilo. Para fazer seu cultivo, ele e a esposa, Isa Maria da Conceição, precisam se arriscar trabalhando embaixo das linhas de transmissão de energia. “É engraçado que estamos embaixo da linha de transmissão, mas não temos energia no acampamento. Um vizinho

tentou a energia pelo vento [eólica], mas não conseguiu. O catavento virou enfeite. Nos arriscamos todo dia com esses fios que passam por cima da plantação. As tubulações de água que seguem para abastecer Messias passa por trás do acampamento, mexemos nos canos e por isso temos água, mas não é encanada”, admite Mário José. Isa Maria conta que os fazendeiros locais querem tirar os trabalhadores da área onde estão acampados. “Só saio daqui se me derem outro lugar. Nasci e me criei na roça, trabalhando e criando galinhas. Não temos para onde ir, assim como outras famílias que moram aqui”, avalia. Um homem jovem lavava um Uno preto, com placa de Rio Largo, dentro de uma das ‘garagens’ quando a reportagem do O DIA ALAGOAS chegou. O rapaz não revelou seu nome, dizendo que não morava ali e que estava no acampamento apenas para lavar o carro.

Nem todos “acampados” são agricultores

Santana Quantum é um dos carros antigos vistos no acampamento “Borragato”, às margens da BR-104

O líder do MTL em Alagoas, Rafael Simão Carlos, afirma que os moradores do acampamento “Borragato” são trabalhadores rurais e que os veículos encontrados no local são dos coordenadores ou de parentes de acampados. “Alguns acampados têm carros, mas são bem antigos, que não têm mais valor de mercado, sucateados. Mas hoje qualquer pessoa pode ter um carro financiado. Carro não é mais luxo”, sentencia Rafael. Questionado se todos os

integrantes do MTL são trabalhadores rurais, inicialmente ele defendeu que todos eram homens do campo, mas depois emendou: “A maioria dos coordenadores são trabalhadores braçais, da área canavieira. Temos pessoas de outras áreas, como pedreiros, motoristas, carpinteiros, profissionais que são rejeitados pelo mercado de trabalho por causa da idade e baixa escolaridade e encontraram como alternativa ir para o campo, para a agricultura familiar, deixando as periferias”, defende.

Acampado denuncia a presença de infiltrados Um trabalhador rural, que pediu para não ser identificado, revelou que, apesar de muitas famílias do acampamento ser constituídas de agricultores, que não têm realmente outro lugar para morar e sobrevivem do cultivo de frutas, verduras e hortaliças, há entre eles, sendo contadas entre as 28 famílias da base do MTL em Messias, grupos que não são do ramo, ou seja, pessoas que estão em postos

de liderança sem, no entanto, ter nenhuma intimidade com a lida no campo. São pessoas infiltradas no movimento. “Tem muitos que dizem fazer parte do movimento que não moram aqui, vivem em Maceió, Flexeiras, Rio Largo, Messias, Satuba, e aparecem somente no final de semana para conferir o que está acontecendo por aqui. Eles participam das mobilizações, caminhadas, protes-

tos, ocupações, têm até um barraco aqui, mas não vivem no acampamento, não estão aqui no dia-a-dia”, explica. “São pessoas que querem um lote, mesmo não sendo do ramo e tendo suas ocupações em outras cidades. Se o Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária] vier fazer uma visita ou avaliação, alguém avisa e eles chegam aqui para participar”, denuncia o trabalhador rural.

Chevette fica abrigado em ‘puxadinho’ , que serve como uma garagem


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COTIDIANO

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“Falta identificação com a terra”, diz líder José Roberto da Silva, líder do Movimento Sem-Terra (MST) em Alagoas - movimento social de reforma agrária mais antigo do país - admite que pode haver pessoas que não são identificadas com a causa da agricultura familiar e reforma agrária nos acampamentos, mas que esta seria “a extrema minoria, que não chega a 3% dos militantes e não macula os mais de 4 milhões de sem-terras no Brasil”. Ele afirma que há cerca de 95 mil famílias vivendo em barracas de lona às margens das rodovias federais em todo o Brasil. Em Alagoas são mais de 8 mil famílias acampadas, ou seja, cerca de 24 mil pessoas em barracos de lona. “Não acredito que tenha gente do MST sofrendo embaixo de um barraco e que não precisa de terra. Quando as lideranças identificam alguém que não tem a ver com o movimento, trata de tirá-lo do nosso meio. O Incra só cadastra quem tem ligação com a terra, ele tem seus critérios que são obedecidos à risca para que alguém que se declara sem-terra seja aceito no cadastro. Concordamos com os critérios estabelecidos”, garante José Roberto. Acerca de acampados que possuem carros novos, o líder do MST lembra que os

LM

Zé Roberto, do MST,: indignação

veículos não foram encontrados num acampamento do seu movimento, mas acredita que às vezes, em alguns casos isolados, alguns sem-terra conseguem um emprego na cidade e, ao serem dispensados, compram um veículo com o valor da indenização. “Não tendo para onde ir, já que não conseguem bancar os aluguéis na cidade, acabam retornando para o campo e não sabem até quando vão conseguir ‘bancar’ os veículos. Tem também gente que nunca foi do campo, que está desempregada e vai para os acampamentos com seus pertences, entre eles carros, como uma alternativa para ganhar um pedaço de terra para fazer uma casa, estas não devem ser aceitas, porque não têm identificação com a terra”, opina o líder.

Movimentos fazem mobilização em Alagoas Neste mês de março os movimentos sociais de reforma agrária realizam várias mobilizações antecedendo a lembrança dos 17 anos do massacre de Eldorado dos Carajás, um confronto com a Polícia do Pará que resultou na morte de 19 dos mais de 1,5 mil integrantes do Movimento Sem Terra (MST) que participavam de uma mobilização pró-desapropriação de terras. Durante toda a semana passada, sem-terras de todas as partes do Estado fizeram protestos, bloqueios de rodovias e mobilizações contra os mandados de reintegração de posse de terrenos ocupados por trabalhadores rurais e pela forma truculenta com que as forças de segurança tratam os movimentos sociais. De acordo com o coordenador nacional do Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST), o baiano radicado em Alagoas Josival Oliveira, os trabalhadores rurais estão em estado constante de mobilização. “As faixas de domínio do DER [Departamento de Estradas de Rodagens] são usadas há décadas pelas usinas para plantar cana, ampliando seus hectares, mas os trabalhadores rurais não podem ocupar a faixa para cultivo de alimentos para suas famílias e

INFORMAÇÕES: 3032-0929, 8162-8817, 8847-6524

CONSULT

Josival reivindica a ocupa da faixa de domínimo do DER pelo sem-terra

para vender. Estamos sendo expulsos das faixas de domínio, sem outra área para ficarmos. Os governos perderam a visão social da real necessidade. Com a reforma agrária não precisamos de programas sociais”, defende. Questionado sobre a ostentação de riquezas em alguns acampamentos de movimentos sociais, incompatíveis com o poder financeiro dos trabalhadores rurais, Josival Oliveira disparou: “Tem gente boa e ruim em todos os lugares. Nós que fazemos parte da liderança temos que ter o compro-

misso de ter nos movimentos sociais apenas gente com perfil e identidade com o campo. Os movimentos estão buscando isso”. “Há os oportunistas e, se dissesse que não, estaria mentindo. Lutamos pela terra e cada movimento precisa ter em vista que as pessoas que sejam beneficiadas tenham essa identidade e a necessidade dessa terra para plantar e manter sua família, mesmo porque, quem não tem essa ligação com a terra não se envolve legitimamente com a luta”, avalia Oliveira.

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COTIDIANO

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EM ALAGOAS mães de famílias deixaram a jornada de cuidar da casa para mandar muito “cabra safado” para a cadeia

Mulheres se destacam na Segurança Pública Láyra Santa Rosa Repórter

H

ouve um t e m p o onde as mulheres nasciam destinadas para cuidar dos filhos, casa e marido. Submissas, elas viviam para a família. Hoje, o

cuidado com a vida pessoal e familiar continua, mas passou a somar com o trabalho. Cada vez mais, as mulheres ocupam profissões e cargos que eram apenas destinados aos homens. Com desenvoltura e talento, elas demonstram sua capacidade de liderança e valor no mercado de trabalho.

Em Alagoas, muitas profissionais têm quebrado paradigmas, assumindo cargos de chefia, ocupando diretamente o comando de homens. Para homenagear a passagem do Dia Internacional da Mulher, O DIA ALAGOAS conversou com algumas desbravadoras da Segurança Pública do

Estado. Mulheres que chegaram à Polícia Civil, Militar e ao Corpo de Bombeiros num tempo onde existia preconceito e muito receio com a presença feminina. Graças a essas mulheres a Polícia Civil tem hoje em seu efetivo 26 delegadas, 77 escrivães e 263 agentes; a

Polícia Militar num universo de 17.300 militares, 715 são mulheres; e no Corpo de Bombeiros, elas são 193, entre praças e oficiais. O número ainda um pouco tímido, mas que deve crescer ao longo dos anos com a desmistificação dessas profissões como sendo apenas para homens.

Uma vida inteira dedicada à Polícia Civil Trinta e sete anos na Polícia Civil. É esse o tempo que a delegada Maria Aparecida de Araújo, hoje titular do 6º Distrito Policial, vem combatendo o crime em Alagoas. Considerada uma profissional linha dura, ela já trabalhou para desvendar casos emblemáticos, combater o tráfico de drogas e colocou muito bandido na cadeia. Apesar de todo o jeito durão, o fato de ser mulher traz a sensibilidade e o jeito fraterno para dentro da sua delegacia. Maria Aparecida é a única delegada de seu tempo que permanece trabalhando, e é considerada uma das delegadas mais respeitadas por colegas de ‘batente’ e pela sociedade em geral. “Já era para ter me aposentado. Em 2014 faço 40 anos de polícia, como deixei de tirar algumas

licenças especiais e férias já podia ter deixado, mas não sei se quero fazer isso. Gosto muito da profissão que escolhi”, afirmou. Ela lembra que quando ingressou na Polícia Civil existia uma grande desvalorização das mulheres. Para exercer o trabalho na área de segurança pública ela ingressou como agente de nível I. “Era o cargo equivalente a carcereiro. Tinha muito preconceito e desvalorização por ser mulher. Não podíamos nos equiparar a agente. Era um tempo difícil. Para chegar à realidade de hoje foram necessárias muitas lutas pelo movimento feminista, quando não aceitamos essa posição machista”, relatou. De acordo com a delegada, o sonho de trabalhar na Segurança Pública surgiu quando ainda era criança.

Carreira militar era um sonho de criança O sonho de se tornar policial militar surgiu quando a tenente-coronel Valdenize Ferreira Lima tinha apenas dois anos de idade. Há 25 anos na corporação, ela fez parte da primeira turma de praças. Para alcançar o sucesso na profissão escolhida, até então ocupada apenas pelo sexo oposto, ela precisou quebrar muitas barreiras e até enfrentar o Código Militar para hoje coordenar o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd). “Meu pai é militar, meu irmão é militar, meus tios são militares, e comigo não podia ser diferente. Desde criança sempre amei essa profissão e sabia que era isso que eu queria ser”, disse a militar. “Foram momentos difíceis. Quando entrei na corporação existia muito preconceito, mas as barreiras foram quebradas e esse sentimento ocupado pela

admiração de todos”. O concurso para policial foi feito em 1988. Valdenize lembra que o processo de seleção foi muito concorrido, mas existiam apenas três vagas. “Meu pai sempre me apoiou na escolha, minha mãe é que não queria a princípio, até porque eu tinha outra profissão. Porém, a vontade e o sonho falaram mais altos e consegui chegar onde estou”. Para a militar, a corporação que ela integra é sua segunda família. “Minha amada PM; passei por muita coisa dentro dela, ficando internada no quartel durante o treinamento por um ano. Os oficiais colocavam cadeados nos nossos alojamentos e todas as mulheres não podiam casar, ter filhos e tinham que cortar o cabelo igual ao dos homens. Mas tudo mudou. Junto ao movimento feminista não precisei cortar os cabelos”, relembra.

Com 37 anos dedicados à Polícia Civil de Alagoas, a delegada Maria Aparecida, se considera uma desbravadora

No Bombeiros, oficial quebrou paradigmas No Corpo de Bombeiros a turma das primeiras “fem’s” de praças, como são chamados os bombeiros do sexo feminino, só surgiu na década de 90. O concurso de seleção levou milhares de jovens a se inscreverem, mas apenas 50 mulheres ingressaram na tropa, entre elas a tenente Márcia Timóteo de Melo, 39. Vindadeumafamíliademilitares, ela resolveu quebrar paradigmas e ingressar na Corporação. “Sempre achei a profissão militar muito bonita, achava que era uma coisa diferente e resolvi tentar, então fiz o concurso em 1994 e estou no Corpo de Bombeiros até hoje. Essa é, sem dúvida, uma das profissões mais diferentes e especiais”, afirmou a militar. A tenente relembra que durante as ocorrências a presença feminina sempre chamou a atenção. “As pessoas paravam para ver a gente atendendo durante as ocorrências. Trabalhei na rua por mais de quinze anos, e isso

Ten. Márcia: “ser militar é diferente”

me faz sentir orgulho. Por muito tempo o trabalho de bombeiro foi considerado masculino, mas chegamos para quebrar esse preconceito. Nunca me arrependi”. COMANDAR HOMENS Na turma das oficiais, a corporação tem outros exemplos de mulheres bem ativas. A capitã Viviane Suzuki não foi da primeira turma, mas tem desbra-

vado vários caminhos no militarismo. “Comandar homens como oficial é um grande desafio, mas existe um grande respeito por parte das pessoas que trabalham comigo e até mesmo um certo cuidado. Eles entendem que existem”. “Essa coisa de dizer que militar é coisa de homem não existe mais, é fato do passado. As mulheres estão ganhando cada vez mais espaço e se tornando exemplos de superação e admiração”, refletiu. Suzuki comenta ainda, que apesar da farda e de uma série de regras, é possível manter a feminilidade. “Um batom, o cabelo preso no coque e sempre bem cuidado, as unhas feitas e pintadas com cores claras, o corte diferente no uniforme operacional são algumas coisas que fazemos e é permitido, que garantem manter o jeito feminino. É possível sim estar no quartel e manter a vaidade feminina”, completou.


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COTIDIANO

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DIA a Dia

Deraldo Francisco - diaadia@odia-al.com.br Eduardo Leite

Regras para a cinquentinha

A partir de julho, o fluxo das famigeradas “cinquentinhas” será disciplinado em Maceió. Isso mesmo, conforme a SMTT, os condutores destes veículos barulhentos devem ter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) categoria A. Neste caso, o condutor deve passar pelos mesmos procedimentos como se fosse um motociclista. Danou-se. Os custos com a documentação de condutor e veículo vão ficar bem perto do preço da “cinquentinha”. Até junho, os meninos da SMTT vão fazer abordagens e avisar da necessidade de se adquirir a documentação. Depois disso, é só multa.

Os agentes de trânsito da SMTT estão reivindicando gratificação por conduta do profissional e assiduidade ao trabalho. Ou seja, a gratificação, como está, parece que vai corrigir atos de corrupção no órgão e forçar que os servidores cumpram o horário direitinho, o que já é uma obrigação. Cerca de 40 agentes de trânsito fizeram a pressão em cima dos vereadores de Maceió exigindo um posicionamento deles em relação à situação de “pindaíba” em que trabalham. A Câmara já sinalizou positivamente para os agentes. Como o futuro a Deus pertence não se sabe o que vai acontecer lá na frente.

As palmeiras morreram

As chuvas que caíram em Maceió nos últimos dias deram uma cor verde ao canteiro da Avenida Pierre Chalita, no São Jorge. A grama do tipo esmeralda até deu uma melhorada, mas não teve jeito para recuperar as palmeiras, que morreram diante das altas temperaturas dos últimos meses e porque também não foram regadas pelo pessoal da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Outras plantas de canteiros morreram em Maceió, mas no caso das palmeiras, a situação foi de total abandono mesmo.

Delegacias mudam de endereço

Ciclovia sinalizada

A coluna avisa a quem precisar de ajuda da Polícia Civil que algumas delegacias vão mudar de endereço nos próximos dias em Maceió. A Central de Polícia passará a funcionar na Avenida Fernandes Lima, no Farol, no prédio onde funcionaram a Delegacia de Repressão ao Narcotráfico (DRN), o 4º Distrito de Polícia e a Casa de Custódia II. A DRN vai funcionar no 22º DP, no Pontal da Barra.Onde hoje é a Central de Polícia vão funcionar o 22º DP e a Delegacia de Acidentes. Já o 4º DP passará a funcionar na Rua Pedro de Oliveira Rocha, no Farol, onde funcionou a Delegacia de Acidentes. O prédio onde hoje está a Central, no bairro do Prado, vai receber o 22º Distrito e a Delegacia de Acidentes.

Na semana passada, a coluna trouxe aqui, neste espaço, uma situação absurda na ciclovia da orla de Cruz das Almas. No final, no finalzinho mesmo da pista para bicicleta, a trilha desaparece e dá lugar a um buraco onde “passa” um córrego de águas fétidas. A Secretaria Municipal de Infraestrutura enviou um técnico ao local que fará o levantamento da forma como aquele trecho será sinalizado. Nos próximos oito dias, a Seminfra deve resolver aquele problema.

Uma semana sem energia

De domingo (10) até sábado que vem, dia 16, Maceió vai ficar com boa parte dos seus bairros sem energia elétrica. A suspensão no fornecimento será por conta dos trabalhos para manutenção da rede por técnicos da Eletrobrás Distribuição. Ficarão sem energia:

Trânsito prejudicado

A coluna chama a atenção para uma situação que está acontecendo nas ruas do Farol e do Pinheiro. De uma hora à outra, as auto-escolas resolveram aplicar suas aulas práticas nas ruas destes dois bairros. Durante o dia inteiro, os instrutores levam os futuros motoristas para as ruas, comprometendo o trânsito a qualquer hora do dia ou da noite. Dezenas de carros de auto-escolas invadem o trânsito, deixando-o ainda mais lento.

Agentes querem gratificação

l Domingo: Jatiúca, Centro, Poço, Tabuleiro, Bebedouro e Jaraguá. l Segunda-feira: Benedito Bentes, Jatiúca e Tabuleiro;

D

Buraco em Bebedouro

urante três dias, este buraco foi um “deus-nos-acuda” para os motoristas, na Avenida Cônego Costa, em Bebedouro. O trânsito ficou prá lá de caótico. Aliás, por ali, a situação já é complicada e, com o buraco, ficou mais difícil ainda. Mas, felizmente, no meio da semana, uma equipe contratada pela Casal esteve lá e resolveu o problema. Tratava-se de um vazamento no cano-mestre da rede de distribuição de água. O asfalto estourou e a água vazou inundando a avenida e prejudicando o trânsito.

l Terça-feira: Benedito Bentes, Tabuleiro, l Quarta-feira: Trapiche, Antares, Clima Bom, Tabuleiro e Santa Amélia l Quinta-feira: Clima Bom, Jardim Petrópolis e Tabuleiro l Sexta-feira: Cleto Marques Luz, Jardim Petrópolis, Prado e Tabuleiro l Sábado: Cidade Universitária.


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MERCADO

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ESTABILIDADE ainda é o grande atrativo para a carreira pública, mesmo com tantas reclamações por melhores salários

Concurso público

Iracema Ferro Pedro Barros Repórteres

M

obilização por melhores salários e condições de trabalho. Esses temas são recorrentes quando o assunto é serviço público. Insatisfeitas, as diversas categorias de servidores públicos, nas três esferas do poder, constantemente ocupam a mídia com suas reivindicações. Apesar desse quadro aparentemente desalentador, num primeiro momento, o desejo de ingressar no serviço público ainda é acalentado por milhares de brasileiros. Este cenário configura um verdadeiro paradoxo: de um

lado a pretensão de milhares de concorrentes a um cargo público e, de outro, esses servidores que reclamam dos salários e das condições de trabalho. Contrariando ou talvez ignorando essa situação, os pretendentes, ou melhor, os concurseiros, investem dinheiro e muito tempo na preparação para concorrer a uma vaga no serviço público. Vários concursos estão com inscrições abertas e outros tantos para serem liberados, tendo como principal atrativo a estabilidade, é o que destaca Mônica Camerino, coordenadora do MC Cursos. “Embora os servidores públicos estejam sempre na batalha por melhores salários, a categoria ainda goza

“ Candidatos querem um cargo público; servidores reclamam de salários

de privilégios que outros trabalhadores não têm acesso como, por exemplo, a estabilidade (garantia do emprego e da renda)”, assinala. Ser aprovado num concurso público é consequência de esforço pessoal e planejamento, afirma a especialista, desmistificando a percepção ainda muito forte de que somente os privilegiados intelectualmente seriam aptos à façanha. Mônica Camerino afirma que o perfil do vencedor apresenta algumas características consideradas básicas como determinação e principalmente foco nos estudos. Ela destaca ainda, apesar das reclamações, as vantagens salariais de muitas funções no serviço público.

São necessárias preparação e dedicação Nem sempre o prazo do edital se concretiza no tempo previsto e, por isso, o candidato precisa estar preparado para saber aproveitar eventuais atrasos a seu favor, aprofundando o estudo. Neste caso, como em quase tudo na vida, a qualidade do estudo se sobrepõe à quantidade de horas estudadas. Segundo os especialistas o prazo vai depender logicamente do objetivo do candidato. Concursos com um

Polícias e promotores aguardam nomeações

número maior de disciplinas vai exigir mais dedicação por parte do aluno. Concursos com essa característica pode exigir de 1 ano e meio a 2 anos de preparação. Outros menos complexos, de três a seis meses de estudo o candidato pode garantir sua aprovação. Os especialistas lembram ainda que a preparação não se resume apenas à parte intelectual e destacam a necessidade dos candidatos estarem bem condicionados fisicamente.

Dicas úteis para concorrer a cargos públicos Livros e sites especializados em concursos dão inúmeras dicas para quem deseja se preparar com qualidade para concorrer a uma vaga no serviço público. O mais importante nesse trajeto, aconselham os professores especializados, é que o candidato saiba focar o seu objetivo. É importante, nesse caso, direcionar os estudos para uma área específica, uma vez

que a maioria das disciplinas são comuns a cargos diferentes e o candidato cria um lastro maior de conhecimento. Ficar atirando para todos os lados não é uma boa estratégia. Seguir os editais anteriores é uma ótima dica. A resolução de provas, também, é uma ótima opção enquanto ferramenta para enfrentar a batalha do concurso público.

Como há muitos certames previstos para 2013, ele está se configurando como o ano dos concursos públicos. Tanto em Alagoas quanto nas esferas federal e municipal, como revela a matéria de O DIA ALAGOAS, o leitor terá oportunidades para se preparar e concorrer a uma das milhares de vagas disponibilizadas por esses concursos. São pelo menos 85 certames anunciados para todo o país e mais de 80 mil vagas, algumas delas, natural mente, serão para Alagoas. Todos esses aspectos – salário e estabilidade - são de fato os maiores atrativos, o que pode ser comprovado pelo grande número de alunos matriculados nos cursinhos.

Mônica Camerino diz que perfil envolve determinação e foco nos estudos

Ainda este ano estão previstas as nomeações de 28 novos promotores que participaram do certame iniciado no ano passado, o salário inicial será de R$ 17.581,75. De acordo com a Secretaria de Gestão Pública (Segesp), ainda este ano devem ser nomeados os soldados combatentes aprovados no concurso da Polícia Militar realizado no ano passado. O certame previa 1.040 vagas e teve um total de 35.678 inscritos. A corporação tem necessidade urgente de contratação desses profissionais, dada a grande quantidade de baixas na PM ao longo dos últimos anos, o que deixou o efetivo bastante defasado. Também é esperado para este ano a nomeação de aprovados no concurso da Polícia Civil, que ofertou 240 vagas para agente de Polícia, 40 para delegado e 120 para escrivão. A seleção começou no ano passado e já está na etapa final.

Dezenas já tomaram posse em Arapiraca No mês passado, 83 aprovados no concurso público de 2011, em Arapiraca, tomaram posse na última semana no auditório do Centro de Referência Integrado e Assistência em Saúde de Arapiraca (Cria), ao lado do Centro Administrativo Municipal. São professores, assistentes administrativos educacionais, secretários escolares, arquiteto, assistentes sociais,

enfermeiros, fisioterapeuta, técnicos de enfermagem, terapeuta ocupacional, nutricionista, fonoaudiólogo e procurador municipal que estarão de emprego novo já no primeiro trimestre de 2013. Estes são os remanescentes que aguardavam serem “chamados” para o trabalho. Nos últimos meses outros 349 aprovados no certame foram nomeados.

Para o coronel Luiz Antônio, o ideal seria mais mil bombeiros, quantitativo que daria para equipar unidades


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MERCADO Concursos em Alagoas PARICONHA e ÁGUA BRANCA A prefeitura de Pariconha lançou edital para 66 vagas e as provas foram realizadas pela Fapec (Fundação Alagoana de Pesquisa, Educação e Cultura) no último dia 27. Já a prefeitura fez concurso público na semana passada, também pela Fapec, para 265 vagas, sendo 176 para nível fundamental e médio e 99 para nível superior. A expectativa é de preenchimento das vagas já no primeiro semestre deste ano. SANTANA DO IPANEMA A Coordenadoria Permanente de Vestibular (Copeve) realizou, até o último dia 28, as inscrições para o concurso da prefeitura de Santana do Ipanema. São 402 vagas em cargos efetivos de níveis superior, médio, técnico e fundamental e os salários chegam a R$ 2.200. As provas acontecem no dia 7 de abril. CORPO DE BOMBEIROS O governo do Estado anuncia, em breve, um concurso público para soldado do Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBMAL) com 500 vagas. O comandante da corporação, coronel Luiz Antônio admite que as novas praças suprem apenas 50% da carência de efetivo. “O ideal seria termos mais mil bombeiros, quantitativo que daria para equipar melhor as unidades no interior, mas o governo só autorizou 500. O edital já passou pela Segesp [Secretaria de Estado de Gestão Pública] e agora está na mão do Dário César [secretário de Defesa Social] para levar ao governador”, explica. Atualmente o Corpo de Bombeiros tem 1,3 mil militares, divididos entre as unidades da capital e seis unidades no interior: Arapiraca, Palmeira dos Índios, Delmiro Gouveia, Santana do Ipanema, Maragogi e Penedo. Já a seleção de novos oficiais deve acontecer apenas em 2014. PERÍCIA OFICIAL Quem quer fazer parte do quadro da Perícia Oficial pode começar a se preparar: está previsto para este ano a abertura do concurso público. De acordo com a Segesp, os documentos para o certame estão em fase de análise pela Comissão de Concursos Públicos. Serão ofertadas vagas para legista, perito criminal, papiloscopista e auxiliar de necropsia. EDUCAÇÃO A assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (SEEE) informou que o concurso para a contratação de novos servidores efetivos deve ser realizado até maio próximo. O edital está em análise na Procuradoria Geral do Estado (PGE). Serão contratados 3.472 novos servidores, sendo 3.447 professores e 150 para profissionais da área administrativa. ARAPIRACA Arapiraca deve realizar um novo concurso público, com edital lançado até o final de agosto deste ano, pelo menos é o que prevê o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado na semana passada pela prefeita Célia Rocha no Ministério Público (MP). O documento prevê um estudo dos cargos efetivos e comissionados, suas atribuições e salários, e, com base nestes dados, encaminhar projeto para o Legislativo Municipal criando os cargos necessários, juntamente com estudo de impactos financeiro e orçamentário. O concurso servirá para substituir os servidores contratados de forma irregular, bem como atender à reserva de vagas para portadores de necessidades especiais.

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Concursos no Brasil Nacionalmente há vários concursos com inscrições abertas ou com editais lançados e que começam a inscrever nos próximos dias. Confira abaixo algumas oportunidades. A Defensoria Pública da União já lançou edital de concurso público de nível superior, para o cargo de defensor, com 789 vagas. O Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) já anunciou edital com 2,3 mil vagas para analista de seguro, todas para portadores de diploma de nível superior. Os salários iniciais são de R$ 5,8 mil. O Ministério do Trabalho e Emprego oferece 1,6 mil vagas para agente administrativo, nível médio. Já quem tem nível superior há 600 para auditor fiscal, 64 para técnicos de assuntos educacionais, 60 para assistente social, 60 para contador, sete para técnico em comunicação social, três para bibliotecário, três para economista e um para sociólogo. Os vencimentos variam de R$ 2,5 mil até R$ 14 mil. Foi lançado, na última quarta-feira, o edital do concurso público do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), empresa do Ministério da Fazenda. Serão oferecidas 360 vagas, além de formação de cadastro de reserva para futuras convocações. Do total de oportunidades, 147 serão para o cargo de técnico (nível médio ou médio/técnico) e 213 para analista (formação superior, em diversas especialidades). A remuneração para os cargos de nível médio é de R$ 2.339,11. Para o cargo de nível médio/técnico o salário é de 2.601,95, e os analistas recebem R$ 5.203,90. Os contratados receberão ainda auxílios-alimentação e creche, plano de saúde, entre outros. Os profissionais serão contratados pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). As inscrições serão abertas no próximo dia 7 e vão até 27 deste mês, no site do Cespe/ UnB, organizador da seleção. A taxa de inscrição será de R$60 (técnico) e R$95 (analista). O Instituto Científico Educacional de

Assistência aos Municípios está com inscrições abertas até o dia 22. São ofertadas 432 vagas, incluindo cadastro de reserva, e os salários chegam a R$ 3.051 para todos os níveis de instrução e há vagas para todo o país. Segundo a organização, ainda não há quantidade de vagas para cada Estado e não há a possibilidade do candidato ser lotado num Estado diferente do qual fez a prova. As provas acontecem na capital de cada unidade da federação. Quem está disposto a sair do Estado tem inúmeros concursos com editais lançados e inscrições abertas em breve, a exemplo de vagas no Exército, Marinha e Aeronáutica, com vencimentos superiores a R$ 9,4 mil para os cargos de nível superior. Também para quem tem planos de sair de Alagoas, a ministra interina de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, Eva Maria Chiavon assinou no mês passado portarias autorizando três concursos públicos para preenchimento de um total de 535 vagas na administração pública federal. O primeiro é destinado ao provimento de 347 cargos de nível superior do Plano Especial de Cargos do Ministério da Fazenda. Serão 300 vagas para Analista Técnico-Administrativo e 47 vagas para Contador. O segundo é para provimento de 66 cargos de Professor de Magistério Superior, do Quadro de Pessoal do Comando da Marinha. O terceiro será para preenchimento de 122 cargos pertencentes ao quadro de pessoal efetivo do Ministério da Integração Nacional. Neste caso, serão 32 vagas para Assistente Técnico-Administrativo; 71 vagas para Analista Técnico-Administrativo; 10 vagas para Administrador e nove para Engenheiro. Para os dois primeiros, o prazo para a publicação do edital de abertura do concurso público será de seis meses. Já para o terceiro, o prazo será de até três meses. As portarias foram publicadas no Diário Oficial da União.

Aguardando edital Outra carreira muito procurada é a de policial federal. Em junho do ano passado foi publicado um edital para 150 vagas de delegado, 100 de perito e 350 de escrivão, mas acabou suspenso judicialmente no último dia de inscrições porque não previa vagas para portadores de necessidades especiais. A PF, em todo o Brasil, precisa de novos servidores com urgência para atender as demandas de segurança, agravadas pela proximidade dos eventos internacionais, como a Copa do Mundo de Futebol, no ano que vem, e as Olimpíadas, em 2016. O edital deve passar por novas retificações, uma vez que a Polícia Federal já anunciou que o concurso terá 328 vagas para agente administrativo (nível médio), 600 vagas para agente, 450 para escrivão e 150 para delegado (nível superior). Os salários são de R$ 3,2 mil para agente administrativo, R$ 7,8 mil para agente e escrivão e R$ 13,6 mil para delegado. Quem já vinha estudando deve manter o ritmo, porque o concurso vai sair e a quantidade de disciplinas é grande. O conteúdo também tem boa parte em comum com outro certame que já foi anunciado, mas ainda não tem edital publicado: da Polícia Rodoviária Federal. Foram anunciadas 260 vagas de nível médio na área administrativa e 1,5 mil vagas para policial rodoviário federal (nível superior em qualquer área) para todo o país, como salário de R$ 6 mil para policial.

A PRF está com defasagem de pessoal, tendo em vista que o concurso de 2009 enfrentou alguns problemas, foi retomado e só agora está na fase final para colocar em atividade os novos policiais. Ainda assim, a carência de efetivo ainda é grande para assegurar a segurança das fronteiras. Este concurso é essencial e precisa ser realizado em 2013 pelos mesmos motivos que o da PF. Também está sendo esperado o edital do concurso dos Correios. Em 2011 foram oferecidas 9.190 vagas, houve mais de 13 mil contratações, mas a empresa ainda precisa de mais pessoal. Por isso, está previsto um novo edital ainda neste trimestre. Assim como no concurso de 2011, as disciplinas cobradas são português, matemática e informática. Quem quer ser carteiro ou operador de triagem e transbordo precisa iniciar logo a preparação física, tendo em vista que o teste físico elimina o candidato que for considerado inapto. Além dos relacionados acima, muitos outros concursos acontecerão. Advocacia Geral da União, Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) e Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) são alguns dos concursos que acontecem periodicamente e estão com previsão de edital ainda este ano.


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CONSTRUIR

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IMÓVEIS DO Minha Casa Minha Vida também podem ter o próprio seguro; especialistas dão as dicas necessárias

Seguro só pode ser feito após sair a garantia legal Fotos: Éder Patriota

Éder Patriota Repórter

A

pesar de ser o segundo estado com maior número de construções de imóveis Minha Casa Minha Vida, (MCMV), Alagoas tem cerca de 90% das residências sem nenhum tipo de seguro, após o período da garantia legal, ou seja, depois dos cinco anos previstos pela lei. E isso ainda não se tornou um hábito pela maioria da população alagoana. Conforme Djaildo Almeida - diretor do Sindicato dos Corretores de Seguros no Estado de Alagoas, (Sincor) -, não existe obrigatoriedade de realizar o seguro residencial. “É ilícita a venda casada, mas existem instituições bancárias que realizam esse tipo de serviço. O Sincor orienta a quem deseja fazer um seguro residencial a

Diretor do Sincor, Dijaildo Almeida fala sobre a proibição da “venda casada”

procurar um corretor habilitado e cobrar dele que identifique o produto que se encaixe melhor com as suas necessidades”, ressaltou. Sobre os tipos de seguro, Almeida disse que existem as seguintes modalidades: cobertura básica (incêndio, raio e explosão). “Sugiro ao futuro adquirente que verifique o valor do imóvel e consulte um corretor

de seguro. Exemplo: se o imóvel vale cem mil reais, fazer seguro de cinqüenta mil de conteúdo eletrodomésticos e utensílios de uma residência”, explicou. DANOS A TERCEIROS Cobertura intermediária ou complementar garante danos causados a terceiros pelo segurado, cônjuge, filhos sob sua

responsabilidade, empregados domésticos e danos corporais causados por animais domésticos, entre outros. O automobilístico - garante ao assegurado os danos causados pelo automóvel. Vendaval, furacão, ciclone, quebra de granizo. Dano elétrico - garante o dano causado a aparelhos e instalações, ocasionados por curto-circuito, variação de tensão e queda de raio. Subtração de bens - garante aos bens assegurados, em uma tentativa de roubo ou furto qualificado. Escritório e residência - garante danos causados existentes nesses ambientes, gerados por incêndio, explosão, queda de raio ou dano elétrico. Sobre a procura pelo seguro, Almeida disse que as pessoas vêm procurando o serviço, mas

de forma tímida. “Os brasileiros só buscam se prevenir após ocorrer um sério problema e o custo médio anual do seguro é R$ 200 - sendo que o Sincor ainda não possui parceria com as construtoras locais, visando desenvolver esse diferenciado serviço”, explicou. Almeida enfatizou para quem deseja ter esse serviço, procurar um corretor de seguros habilitado. “Tenha certeza de que esse serviço não pesará em seu orçamento, pois se trata de um importante investimento. Além disso, a proteção do seu imóvel existirá sob todos os aspectos - seja sobre as características do bem ou a proteção dos danos causados a terceiros”. Almeida diz que o valor do seguro depende do valor do imóvel e é possível definir se há necessidades de incluir demais coberturas.

O que diz um dirigente da Ademi e do Sinduscon Para Osman Ramires, diretor da Associação das Empresas do Empresas do Mercado Imobiliário de Alagoas, (ADEMI), os imóveis de baixo valor, ou Minha Casa Minha Vida, (MCMV), possuem inúmeros problemas para serem viabilizados. “Hoje está muito difícil encontrar terreno na via urbana de acordo com as necessidades básicas exigidas pela lei. Além disso, os preços estão inviáveis - graças à elevada demanda e procura,. Por isso as construtoras estão procurando áreas na região metropolitana, como é o caso de Rio Largo e Marechal Deodoro. Geralmente nessas áreas existem poucas vias de acesso, transporte coletivo precário e infra-estrutura inexistente, contudo muitas vezes realizamos diversas obras, como a construção de estação de tratamento de esgoto, captação e tratamento de água, creches e unidades de saúde em parcerias com os municípios e estado. Não estamos enfrentando problemas com o processo construtivo, porém temos dificuldades de encontrar pessoas que adquiram os nossos produtos - em virtude da grande quantidade de oferta de produtos existentes e pela

Osman: “Temos dois tipos de seguro”

concorrência acirrada. Já em relação aos seguros dos imóveis construídos pela Telesil Engenharia, Ramires foi enfático: “Possuímos dois tipos de seguro: um para o risco de engenharia - o qual garante a solução de qualquer tipo de patologia construtiva que venha ocorrer e outro após o término da obra - caso ocorra qualquer problema financeiro com a construtora, a Caixa Econômica Federal se responsabilizará pela obra. Por fim, Ramires afirmou que é favorável aos seguros adicionais para um imóvel. ”Isso protege o nosso cliente e de outras construtoras de quaisquer problemas futuros”.

Para o Vice-Presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Alagoas, (Sinduscon), Paulo Malgueiro, o Programa Minha Casa Minha Vida possui uma manutenção barata e precisa ser constante, contudo o comportamento de boa parte dos seus adquirentes vai de encontro ao projeto original e normalmente realizam algum tipo de modificação. ”Acredito que a responsabilidade do construtor sobre o imóvel é eterna, pois o adquirente deve fazer sua parte e não prejudicar a sua segurança em nenhum sentido como mexer na estrutura de um edifício”, destacou. Já em relação a seguros adicionais além do previsto pela lei, Malgueiro afirmou que a sua construtora não os tem. ”Muitos problemas surgem pela má utilização do espaço sobre o imóvel, como por exemplo, a não manutenção da caixa de gordura”, citou. A assistente social Regina Menezes disse que já ouviu falar em seguro de imóveis. “O imóvel que eu comprei está em fase final de obras e quando recebê-lo deverei fazer um seguro, caso o preço seja acessível. Mas antes disso observarei as vantagens para realizar tal transação”, explicou.

Flávio Moura recomenda a quem tem um imóvel que faça o seguro dele

O que diz um advogado imobiliário Segundo o advogado Flávio Moura, é natural que havendo aumento da demanda, você ter maiores problemas de todos os tipos e conseqüências positivas. “Acredito que a evolução seja desproporcional ao mercado alagoano e isso não justifica a grande quantidade de unidades habitacionais disponíveis. Um exemplo disso é o freio nos investimentos de muitas construtoras que lançaram diversos empreendimentos e não conseguiram zerar os seus estoques, por isso acabaram dando automóvel para quem

adquirisse uma unidade residencial”, afirmou. Além disso, a grande quantidade de construções gera problemas na execução e na qualidade, mas isso não é generalizado no setor. “Preocupa-me a grande quantidade de empreendimentos Minha Casa Minha Vida, pois sua margem de lucro é bastante reduzida e em algumas situações vem se percebendo vícios construtivos”, destacou. Por fim Moura, afirmou que recomenda a qualquer pessoa que tenha um imóvel fazer um seguro dele.


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REGIONAIS

DIA no Interior Roberto Baía dianointerior@odia-al.com.br

Agressão em Taquarana

A servidora Socorro Eleotério da Silva entrou com ação na Justiça contra o prefeito da cidade de Taquarana, Bastinho Anacleto, a quem acusa de tê-la agredido verbalmente, usando palavras de baixo calão. O fato teria ocorrido no interior da Unidade Mista de Saúde Nossa Senhora de Fátima, onde ela trabalha.

Constrangimento

Indignada com a atitude do prefeito, ela afirma que passou um grande constrangimento e chegou a temer por sua vida, em virtude da agressividade de Bastinho, como é mais conhecido o gestor público naquele município.

Intervenção

De acordo com relato da servidora, o prefeito só não a agrediu fisicamente devido à intervenção de colegas de trabalho. “Parecia um louco enfurecido e me atacou moralmente, com palavrões de toda natureza. Foi horrível”, disse Socorro Eleotério, para revelar que contratou o advogado Reudo Heleno para entrar com uma representação contra o gestor público.

Perseguição

Socorro Eleotério explicou que as agressões contra ela ocorreram no dia 24 de fevereiro e para a sua surpresa foi transferida, dois dias depois, por determinação da secretária Municipal de Saúde, Joelma Ricardo da Silva Santos, para exercer a função de auxiliar de serviços gerais no Centro de Referência Municipal.“Fui destratada e atacada moralmente e ainda sofro perseguição por parte do senhor prefeito. Que mundo é esse?”, protesta à servidora.

Sem motivo

A servidora municipal acredita que foi agredida por perseguição política já que não votou no prefeito Bastinho Anacleto. Ela contou que no dia que sofreu as agressões verbais chegou para trabalhar por volta das 7h da manhã. “Era um dia de domingo e os colegas de plantão disseram que tinha corrido um acidente no povoado Pau do Descanso, onde um homem fraturou algumas costelas depois de bater com sua motocicleta em uma vaca”, contou Socorro.

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CNTA FAZ 1ª Conferência do Secretariado Nacional da Alimentação

Definindo estratégias de organização nacional A

Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA) realizou nos dias 4, 5 e 6 de março, a 1ª Conferência do Secretariado Nacional da Alimentação, em Recife, no Golden Tulip Recife Palace Hotel. O objetivo do evento foi integrar os setores da categoria para definir estratégias de organização e fortalecer a mobilização de aproximadamente 1,6 milhão de trabalhadores no país. A iniciativa prevê a busca de melhores condições de trabalho e salários para a categoria, com destaque para o setor frigorífico, com o maior número de trabalhadores com ocorrências de doenças e acidentes ocupacionais. Na conferência, houve a posse dos representantes para as 12 secretarias setoriais, cria-

das em novembro passado. Cerca de 300 pessoas, entre dirigentes sindicais filiados, assessores jurídicos, do Dieese, especialistas em Saúde e Segurança do Trabalho, além da presença do representante da União Internacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Agricultura (UITA), Enildo Iglesias. Segundo o presidente da CNTA Afins, Artur Bueno de Camargo, a nova ferramenta de mobilização e fortalecimento dos trabalhadores “funcionará como órgãos auxiliares das entidades nos Estados e será fundamental para ampliar a consciência política dos representantes sindicais, além de subsidiar a categoria para a conquista de resultados positivos e que atendam às necessidades dos trabalhadores, por exemplo, nas negociações coletivas”, diz.

RECONHECIMENTO INTERNACIONAL Para Gerardo Iglesias, presidente da UITA para a América Latina, a descentralização dos trabalhos desenvolvidos pelas entidades da categoria, significa abrir espaços concretos para reflexões e ações sindicais. “Essas secretarias irão ajudar a incrementar a participação da mulher e da juventude, por isso, parabenizamos a CNTA e vamos contribuir e ser muito solidários para com este empreendimento.”, afirmou Iglesias, que na ocasião da criação das secretarias, em novembro de 2012, durante a 3ª Conferência Nacional da CNTA Afins, destacou o importante papel desempenhado pela Confederação na elaboração da Norma Regulamentadora dos Frigoríficos, com previsão de publicação em março deste ano pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Assédio moral

“Mandaram um carro do PSF para socorrer a vítima e a família tinha reclamado porque não foi uma ambulância. Alguém da Unidade Mista de Saúde ligou para o prefeito para fazer “fuxico” e disse que eu estava zombando dele porque era ligada ao ex-prefeito Alay. O prefeito ligou pra mim e disse coisas terríveis, não se contentou e foi ao meu local de trabalho, onde me expulsou aos gritos, afirmando que quem mandava “naquela febre do rato” era ele. Chamou-me de tudo que não presta. Foi assédio moral, vou processá-lo”, promete à servidora Socorro.

Outro lado

Como manda o bom jornalismo, a coluna abre espaço para o prefeito manifestar-se sobre a denúncia da servidora Socorro Eleotério. Com a palavra, o prefeito de Taqurana.

Fora de hora

E o vice-prefeito de Girau do Ponciano, que tem o estranho apelido de Severino do Chapéu, chamou o Governador Teotonio Vilela de “preguiçoso”. Seu gesto, no entanto, não foi bem digerido pelo jovem prefeito Fabinho Aurélio que desde o início da sua gestão anda em sintonia com o governador, inclusive o acompanhando em visitas oficiais aos municípios alagoanos, como foi o caso de Delmiro Gouveia e Girau do Ponciano.

Dias contados

Mas como em se tratando de política até boi voa, a dupla Fabinho Aurélio e Severino do Chapéu parece que está com os dias contados. Até porque quem manda no pedaço é o ex-prefeito Zé Aurélio, pai do prefeito, que de bobo não tem absolutamente nada.

“Língua de molho”

Trocando em miúdos: ou Chapéu pula do barco, sem direito as benesses da administração municipal, como empregos e “otras cositas mas”, ou coloca definitivamente a sua “língua de molho”.

Luto no rádio

A imprensa alagoana está de luto. Morreu na madrugada de quinta-feira (dia 7), o radialista Silvio Sarmento, diretor da rádio Comunitária Zumbi FM, de União dos Palmares. De acordo com colegas de profissão, Silvio dedicou a sua vida ao radialismo. Ele já trabalhou nas rádios Progresso AM, Gazeta, Difusora de Alagoas e Rádio Quilombo de União. Além de radialista, Silvio também era proprietário de uma famosa pizzaria no centro de União. Era um grande profissional. Fez o dever de casa e partiu. Infelizmente, a vida é assim. À família, os nossos sentimentos.

Jackson Lima Neto representa Alagoas na diretoria da CNTA; Conferência aconteceu nos dias 4, 5 e 6, no Recife

Impacto nas regiões Norte e Nordeste De acordo com o presidente da Federação Interestadual dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação das regiões Norte e Nordeste, Paulo Marinho Spínola, a realização do evento no Estado de Pernambuco, com cerca de 46 mil trabalhadores da categoria da Alimentação, é também uma forma de chamar a atenção de empresários e autoridades do governo para situações críticas de trabalho enfrentadas em alguns setores na região: “podemos citar a Agricultura para a industrialização, a Pesca, porque o poder Público não tem políticas definidas tanto para preservar o seguimento como também para manter o mercado competitivo”, avalia. “É Imprescindível a criação dessas Secretarias, individua-

lizando os segmentos dos setores da alimentação, porque descentraliza e regionaliza cada aspecto de trabalho e situações sociais fornecendo dados reais por segmentos, proporcionando políticas tanto no aspecto trabalhista como diretrizes que direcione o poder público em aplicações de políticas que visem sanear falhas do segmento.”, conclui Spínola. SECRETARIAS NACIONAIS Cada secretaria será composta por dois representantes eleitos em cada Estado, atendendo os setores de Açúcar e Derivados; Bebidas e Derivados; Laticínios e Derivados; Carnes, Frios e Derivados; Trigo, Panificação, Confeitaria e Derivados; Rações e Concentrados; e Plúrimo (que abrange

os setores de Água, Arroz, Doces, Castanhas, Conservas Mandioca, Milho, Pesca, Soja e outros não contemplados nas demais secretarias). Além disto, as secretarias da Mulher; da Criança e da Juventude; dos Profissionais do Direito; de Gestão Pública e dos Aposentados e Pensionistas da Previdência Social, prometem intensificar e ampliar discussões específicas em nível nacional. Segundo o regimento prévio das Secretarias Nacionais dos Setores da Categoria Profissional da Alimentação, que será aprovado durante o encontro, os representantes deverão ter profundo conhecimento dos setores abrangidos pela Secretaria que irão representar e disponibilidade de tempo para dedicação aos trabalhos.


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ARAPIRACA

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Superlotada

CASA DE CUSTÓDIA tem capacidade para 90 detentos e está com 165; “cadeião” de Arapiraca é um barril de pólvora

A

superlotação na Casa de Custódia de Arapiraca é um problema recorrente desde que foi inaugurada há quase três anos. Com capacidade para 90 detentos, há 165 homens em 11 celas, algumas delas com até 24 pessoas amontoadas em pequenos espaços divididos com lençóis. Até a sexta-feira, pelo

menos cinco seriam liberados, de acordo com autorização do Poder Judiciário, um deles motivado por questões de saúde mental. Na quarta-feira (dia 6), o juiz da 8ª Vara Criminal de Arapiraca, João Luiz Azevedo Lessa, enviou um ofício comunicando à coordenação da Casa de Custódia sobre a determinação para não receber mais detentos, até que a quantidade fique num nível aceitável. Segundo o coordenador, Jorge Samuel de

Presos ficam até as 21h passeando no pátio As visitas acontecem sempre às quintas-feiras. Os presos podem receber mães e esposas. Visitas de homens não são permitidas. A reportagem de O DIA ALAGOAS esteve na Casa de Custódia na última quinta-feira (7) e constatou a movimentação de visitantes. Bastante nervosa, uma delas se identificou como tia de um custodiado e não quis ter o nome divulgado. Segundo ela, o sobrinho [Paulo Sérgio Natalício Amâncio, de 22 anos], sofre de distúrbios mentais e foi preso na cidade de Coité do Nóia, após ser flagrado pela polícia empurrando uma moto roubada, na companhia de outro jovem que também foi detido, mas já em liberdade. “Ele não tem condições de ficar aqui. Não se alimenta e

faz as necessidades fisiológicas na roupa. Os colegas de cela são quem o ajudam”, disse Jorge Samuel. Outro risco na Casa de Custódia é o tempo em que os detentos ficam no pátio. O correto seria que eles voltassem para as celas às 17h, mas o retorno só acontece às 21h, “porque é uma tortura ficar em uma cela com mais 20 pessoas durante tanto tempo”. “Então nós nos arriscamos mais com esse tipo de medida, mas não podemos fazer o contrário”, justificou. Mesmo com a superlotação, os presos ainda se mobilizam para minimizar os problemas. Numa das celas, eles se cotizaram para comprar um novo vaso sanitário e piso cerâmico para substituição do existente no local. “Eles também já fizeram a pintura das paredes da cela”, falou Samuel. C.A.J.

Presídio fica sem espaço e sem água Segundo Jorge Samuel, o maior problema, após a superlotação, é a falta de água. “Já chegamos a ficar doze dias sem água. A situação ficou tão séria que quase houve uma rebelião, mas os presos viram nosso empenho em resolver o caso. É mais uma situação recorrente aqui. Isso aqui vira um inferno quando falta água. Viro-me com um e com outro para conseguir um carro-pipa. No entanto, a prefeitura de Arapiraca está colaborando com o envio de carros-pipas, porém não é o suficiente, dada à quantidade de homens no local. A esposa de um detento, preso há cerca de um ano e dois meses, em decorrência de homicídio, afirmou que a Casa de Custódia não tem estrutura para as visitas. “Não podemos

conversar direito por falta de privacidade e até de um lugar para sentar. Além disso, o calor é sufocante e a falta de água é outro tormento para quem está no local”, salientou a mulher que também não quis ser identificada pela reportagem. Sobre uma possível rebelião dos presos, Oliveira disse que “não há possibilidade por conta do trabalho feito, sempre com muitodiálogo”.“ACasadeCustódia deArapiraca deu certo. Nunca tivemos fugas, não temos mortes e nem rebeliões. Nossa política de ressocialização, o incentivo à prática religiosa, ensino e um tratamento mais humanizado. Nossos detentos não são tratados com desumanidade. Aqui eles encontram o respeito que não tiveram com suas vítimas”, pontuou Samuel. C.A.J.

Oliveira, os presos em operações policiais estão sendo levados para a Central de Polícia da cidade. “Nossa situação fica ainda mais complicada porque, além de Arapiraca, recebemos presos de outras oito cidades da região. Porém, o lado bom é que a superlotação é decorrente do trabalho das polícias. Nunca se prendeu tanto nessa região. Nossos policiais estão trabalhando como nunca no combate à criminalidade. Posso dizer

que o excesso de presos também é conseqüência do crescimento da cidade.”, frisou Jorge Samuel. O coordenador disse que para a unidade retornar à normalidade foi preciso um trabalho conjunto, que contou com a ajuda do delegado-geral de Polícia Civil, Paulo Cerqueira. “Ele ficou muito sensível com a nossa situação e se prontificou a colaborar conosco”, afirmou o coordenador. Entre as melhorias, Jorge Samuel destacou

mudanças na parte elétrica, hidráulica e na segurança. Jorge Samuel lembrou que a Casa de Custódia foi criada para esvaziar as delegacias da região, já que a unidade recebe presos de nove municípios do Agreste alagoano. Ele explicou ainda que a Central de Polícia da cidade não tem carceragem, pois serve apenas para manter os detidos de forma temporária. Já o presídio Desembargador Luiz de Oliveira Sousa também está superlotado.

Carlos Alberto Jr.

Carlos Alberto Jr. Repórter

Na Casa de Custódia, os presos estão vivendo sob pressão, sem água e sem espaço para o convívio na cadeia pública

Novo presídio terá capacidade para 800 presos O novo presídio de Alagoas tem capacidade para 789 detentos e ficará em Craíbas, no Agreste. A entrega da penitenciária está prevista para o próximo dia 15 de julho, conforme anúncio feito em sessão no Conselho Estadual de Segurança Pública, no Fórum Estadual de Arapiraca. No novo presídio, há 16 alas e a previsão é de oito presos por cela. Segundo o Governo do Estado, as obras vão custar mais de R$ 35 milhões e os recursos seriam próprios. Além das celas, o presídio terá as seguintes estruturas: seis oficinas de trabalho; um bloco para visitas íntimas com salão polivalente e brinquedoteca; um módulo de saúde; um módulo de triagem ou inclusão;

além de cozinha e lavanderia. “As estruturas pré-moldadas apresentam alta resistência, pois têm em sua composição uma mistura feita de concreto e fibra de vidro. Além disso, são práticas porque já vêm equipadas com chuveiro, sanitário e cama”, explicou Marcos Glimm, engenheiro da empresa Verdi, responsável pela obra. A nova unidade prisional tem como finalidade ampliar o número de vagas no sistema penitenciário alagoano, diminuir o déficit carcerário do Estado e possibilitar o acolhimento dos reeducandos do presídio de Arapiraca, além de atender à demanda das delegacias do interior do Estado. O processo de terraplanagem já foi concluído e as

primeiras celas já estão instaladas. Também já foram perfurados quatro poços artesianos, cada um com vazão de seis mil litros de água por hora. Será construído, ainda, um reservatório com capacidade para 300 mil litros para garantir o abastecimento quando o presídio estiver funcionando. A área de apoio administrativo também começou a ser construída. As instalações contam ainda com um canil para onze cães, bloco administrativo, bloco de revista, recepção e local para visitas. Na parte externa ficam as guaritas, quatro torres de controle, depósito de lixo, subestação de gerador, área para armazenagem de gás de cozinha, reservatório e estação de tratamento de esgoto. C.A.J.


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ESPORTES

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VENDA DO BEER CRB e do estádio da Pajuçara provoca “guerra” entre Diretoria Executiva e Conselho Deliberativo

Tudo por dinheiro Luciano Milano Repórter

D

emorou, mas a ‘guerra fria’ entre o presidente executivo do CRB, Marcos Barbosa, e o presidente e o vice do Conselho Deliberativo, Enaldo Marques e Kenenddy Calheiros, respectivamente, além dos conselheiros Toroca e Carlos Rubens, saiu dos bastidores e tem dominado o noticiário esportivo recente. Na última quinta-feira (7), Marcos Barbosa concedeu coletiva na Pajuçara e reiterou o que havia dito anteriormente: “Enaldo Marques, Kennedy Calheiros e Carlos Rubens querem destruir o CRB”. E foi mais além. “Nunca vi esse conselheiro Carlos Rubens em reunião do Conselho Deliberativo. Mas,

de forma estranha, ele entrou no negócio da venda do estádio Severiano Gomes Filho, na Pajuçara, e ganhou R$ 1 milhão. Se ele é tão bom assim como diz, convoco minha torcida apaixonada do Galo a chamá-lo pra doar o dinheiro que ele ganhou com a corretagem do estádio”, provocou Marcos Barbosa, que não poupou o presidente do Conselho, Enaldo Marques. “Eles dizem que ajo pela emoção, e ajo assim. Mas não sou acostumado a tomar decisão por conta de um copo de bebida, como o Enaldo Marques”. A confusão se deu porque, há duas semanas, o Conselho se reuniu e tentou destituir do cargo Marcos Barbosa. Não conseguiu porque não havia quórum para tal. A alegação dos conselheiros para tirar

Barbosa do comando alvirrubro é que o presidente executivo teria ‘rasgado’ o Estatuto do clube ao negociar o Beer, sem aprovação de 2/3 dos membros do Conselho. Detalhe é que o imóvel ainda é alvo de discussão jurídica entre o clube e os herdeiros da antiga proprietária Emérita Perez, alegam ter levado calote do CRB. A argumentação é que o CRB teria pago apenas parte do valor da compra. Já o clube afirma que quitou todo o débito da compra que aconteceu há pelo menos três décadas, mas os documentos se perderam. REVELIA O CRB, inclusive, perdeu a posse do Beer porque a ação contra o clube correu à revelia e foi confirmada no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Tribunal de Justiça de Alagoas

(TJ). Marcos Barbosa fechou o negócio em R$ 3.300,00 com o clube tendo obrigações a cumprir, o que diminuiria ainda mais o valor da negociação. “Houve uma Assembléia Extraordinária do Conselho, em 6 de julho de 2011, com objetivo de negociarmos o Beer e fazer acordo com a família, com a quantia de R$ 3,300.00 para o CRB, mas sem ônus. Entretanto, o presidente executivo do CRB autorizou a negociação em 18 de abril de 2011, sem autorização do Conselho, pelo mesmo valor, mas com o clube tendo obrigações financeiras outras que diminuíram o montante para o clube. O contrato assinado pelo presidente executivo do CRB, com a Uchôa Omena e Resulta Investimentos LTDA não consta o valor a receber pelo clube.

Pelo contrário, o documento diz que o CRB teria que pagar R$ 500 mil à família de antiga proprietária”, explica a nota publicada pelo Conselho na última quinta-feira (7). Marcos Barbosa contra-atacou afirmando que teria sido orientado a assinar dois documentos pela venda do estádio Severiano Gomes Filho, na Pajuçara, nos valores de R$ 16 milhões e R$ 20 milhões. “Depois o Enaldo (presidente do Conselho) afirmou que tinha havido erro de digitação. Na verdade, além de humilhar o CRB e sua torcida, eles querem acabar com o clube. O Enaldo havia me prometido que seriam disponibilizados R$ 30 mil para o futebol profissional, o que nunca aconteceu”, disparou.

Homens fortes do CRB se acusam de tentar prejudicar o Galo

Enaldo Marques reage e diz que Marcos Barbosa “é covarde” O DIA ALAGOAS conversou por telefone com o presidente do Conselho Deliberativo, Enaldo Marques. Irritado com as declarações de Marcos Barbosa, o dirigente afirmou que é um empresário e confirmou que a venda do Beer está irregular e que uma ação para embargar o negócio foi feita por intermédio do escritório ALNPP, do advogado Fernando Paiva. Segundo Enaldo, Marcos Barbosa tinha procuração para negociar, mas não tinha para vender o Beer. “Ele sabe que para isso, era necessário 2/3 de assinatura dos conselheiros. O

contrato de venda, inclusive, só tem a assinatura de Marcos Barbosa, e isso não tem legalidade nenhuma. Depois que ele nos acusou dizendo que queremos prejudicar o CRB, enviamos toda a documentação para o Ministério Público analisar. Também tentamos mostrar os papéis para o próprio Marcos Barbosa, mas ele é tão covarde que não quis ver. Acionamos o Fernando Paiva [advogado] e já temos ação para embargar a negociação. Ele que resolva com a Resulta Investimentos, que pagou a ele”, declarou Enaldo Marques, que no próximo dia 15 deixa o cargo de presidente

do Conselho, já que nessa data se encerra a gestão dele à frente do clube. Enaldo Marques explicou a acusação feita por Marcos Barbosa, que ele e seu vice, Kennedy Calheiros, teriam tentado fazer com que o presidente executivo assinasse dois contratos com valores diferentes, um de R$ 16 milhões e outro de R$ 20 milhões. “Pois é! Sou um empresário estabelecido em Alagoas e no Nordeste e nunca na vida fui chamado de ladrão. E tive que ouvir meu filho chorando por conta das declarações do Marcos Barbosa, que foram parar na internet. Mas eu

explico: antes de vendermos o estádio Severiano Gomes Filho, na Pajuçara, recebemos muitas propostas, entre elas de R$ 16 milhões e R$ 20 milhões. Fechamos em seguida com a Serconsult, que é uma multinacional, e nunca permitiria que houvesse qualquer esquema. Mas o Marcos Barbosa não entende o que acontece. Ele se acha o intocável, a pessoa que não pode ser citada, ainda que esteja errada”, disse. Segundo o presidente do Conselho Deliberativo, Marcos Barbosa se sentiu ofendido porque o Conselho o autorizou a negociar a venda,

mas não a vender, o que motivou toda a confusão. “Ele não gostou porque se acha acima de qualquer coisa. Saiu com essa história de que não seria desmoralizado e não era nossa intenção. O CRB tem estatuto e ele o rasgou quando fez um negócio sem assinatura de pelo menos 2/3 dos conselheiros, como falei anteriormente”. Enaldo Marques afirmou que ele, Kennedy Calheiros, Toroca e Carlos Rubens, citados na entrevista de Barbosa na quinta-feira (7), estão ouvindo o áudio do que foi dito para saber se há motivos para um processo judicial contra o presidente do CRB.


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ESPORTES

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COPA 2014 Segundo Fifa, Brasil precisa entregar os estádios prontos até o próximo mês para não prejuficar programação

Maracanã está atrasado O

estádio do Maracanã é a principal preocupação da Fifa para a Copa das Confederações em junho deste ano. Após visita ao estádio Arena Pernambuco, em Recife, na terça-feira (5), o secretário-geral da entidade Jérôme Valcke disse não sair de sua cabeça. “A cidade para onde eu vou daqui dois dias é a que está preocupando mais a FIFA”, disse Valcke, que visitou o Maracanã na última quinta-feira (7) A Fifa já declarou que os seis estádios que receberão os jogos da Copa das Confederações devem estar prontos na metade de abril. “A data de entrega é muito importante para que possamos testar as arenas antes do início da competição. Maio já é muito tarde e poderia causar problemas à Fifa para a Copa do Mundo no Brasil”, explicou o secretário. O Maracanã deveria ter as obras completas em dezembro do ano passado, mas teve a data adiada para fevereiro deste ano. A expectativa agora é que a arena fique pronta em meados de abril, data limite estabelecida pela Fifa, mas a entrega à entidade que controla o futebol mundial para eventos-teste antes da utilização na Copa das Confederações está programada para maio. No dia 2 de junho, o Brasil vai enfrentar em amistoso a seleção da Inglaterra, em jogo que marcará a reabertura do estádio depois de pesadas obras de remodelagem que começaram em 2010. A obra está orçada em cerca de 900 milhões de reais. ALERTA Na segunda-feira, o diretor técnico da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Virgílio Elísio, fez um alerta sobre o andamento das obras, dizendo que está preocupado com o cumprimento do prazo de meados de abril e que os operários terão que acelerar bastante o ritmo da obra. Ele visitou o estádio a convite do Comitê Organizador da Copa do Mundo (COL) e deixou o canteiro de obras sem a certeza de que o prazo firmado com a Fifa será cumprido. O vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, rebateu dizendo que vai mostrar em reunião esta semana “através de números” que o estádio será entregue em abril e que 87% da obra foi concluída.


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CULTURA Eduardo Leite

redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Luiz Araújo comanda a loja Mausoléu Rock Store, a única especializada em diversos produtos ligados à música em Alagoas

SEMPRE REINVENTADO, o Rock and Roll foi além da sua sonoridade marcante, criando um estilo de vida que permanece vivo

Atitude Rock’n’Roll Francisco Ribeiro Repórter

E

m meados das décadas de 1950 e 1960, o convívio entre negros e brancos no sul dos Estados Unidos – região marcada pela intensa segregação racial – provocou a fusão entre rhythm & blues e o country. Desse choque surgiu um novo ritmo que iria conquistar o mundo: o Rock and Roll. Conforme narra o jornalista Ayrton Mugnaini Jr., em seu livro Breve História do Rock, para que esse novo estilo musical adquirisse uma identidade própria, ele recebeu orginalmente influências do blues, passando pela improvisação do jazz, e se apropriando até mesmo das sutilezas rítmicas da rumba e do baião. O resultado dessa mistura foi o nascimento do principal gênero de música do século 20, e que permanece conquistando multidões, produzindo heróis, alterando o status quo, e, sobretudo, fazendo a cabeça de muita gente. O “mistério” que faz o rock continuar tão presente nos dias atuais, após quase 60 anos desde o seu aparecimento, reside no fato de não estar restrito a apenas um tipo especial de música, de compasso ou de ritmo. E como toda cidade que se prese, Maceió gerou seus irreverentes discípulos do rock’n´roll que precisam consumir discos, roupas, acessórios, com o propósito de traduzir a sua paixão pelo gênero musical. “Geralmente, o que faz as pessoas gostarem do rock é, primeiramente, o som. Mas, o impacto visual provocado pela forma como os músicos

Fã de Rock’n Roll, Thales Harrysson comenta: “Temos essa vontade de apoiar a cena o musical comprando os produtos”

se vestem e agem quando sobem ao palco também é muito forte”, diz Luiz Araújo, 44, um dos sócios da loja Mausoléu Rock Store, a única especializada em produtos do gênero em Alagoas. E sentencia: “O rock não é somente um tipo de música: ele é uma maneira de ser”. Criada em maio do ano passado, a loja se tornou um lugar de encontro para os fãs alagoanos desse gênero musical, que aproveitam o espaço para comentar os lançamentos e as descobertas de novas bandas. A quantidade de itens a venda no local chega a mais 2 mil - um verdadeiro oásis no deserto do comércio musical no Estado. “Hoje você tem tudo para incorporar no seu dia. Seja uma camiseta, uma caneca, um adesivo o u u m p e n - d r i ve . Tu d o evoluiu muito. De 10 anos pra cá, com o advento da internet, a coisa deu um salto absurdo. O cara pode conhecer uma banda que está estourando no outro lado do mundo pelo computador e vir procurar o CD aqui na loja ou comprar

uma camiseta do grupo, por exemplo”, diz. A comunidade do Mausoléu Rock Store no Facebook já conta com mais de 6 mil “curtis” – número que indica a quantidade de pessoas que gostam e acompanham as atualizações da página. Apesar do sucesso que o empreendimento faz dentro e fora da internet, Juliano conta que para alcançá-lo foram realizadas tentativas anteriores. TERCEIRA LOJA “Na verdade, essa é a terceira loja que eu tenho em Maceió. A primeira foi em 87, algo bem amador, pois eu era mais novo. Na época, tinha uns 17, 18 anos. Sempre tive essa vontade de trabalhar com o comércio. Essa atividade era como um hobbie. Eu viajava para o sul do país e comprava produtos, para depois revendê-los aqui. Era uma coisa que eu fazia por prazer. Porque gostava bastante do som. Nesse período havia a extinta Eletrodisco, a única loja que

vendia alguma coisa pra esse público. Quando a gente queria alguma coisa diferenciada, tinha que buscar lá fora. Em 95, abri outra loja, a CD Planet, que durou até 99. Mas os problemas econômicos sofridos pelo Estado no governo Divaldo Suruagy trouxe muitas dificuldades para o comércio. Afinal, eu oferecia mercadorias que numa crise financeira as pessoas deixam de comprar. A gente teve que fechar as portas. Aí eu fui cuidar da minha vida, estudar direito, trabalhar com advocacia”, rememora ele. Em 2011, Luiz propôs aos seus três irmãos mais novos – Marcos, Juliano e Kleber – se tornarem sócios de um novo negócio no mesmo ramo. Deu certo. E um ano depois abria a loja Mausoléu Rock Store, no Centro. “A nossa proposta é agregar o rock, com a pop art... Tudo o que estiver ligado com a temática musical. Ela é destinada especialmente para o público que é aficionado por Rock’n’Roll, Heavy Metal, Punk Rock e também

para quem gosta de cultura alternativa, como quadrinhos, animes e mangás. A loja é quase como um shopping, que traz um pouco de tudo.” A estudante de Direito Antonielle Ferreira, 21, faz parte do grupo de jovens alagoanos que mantêm o hábito de frequentar a Rock Store – seja para comprar acessórios ou simplesmente para conferir as novidades. Para ela, adquirir os objetos que fazem referências das suas bandas favoritas é uma forma de se diferenciar, um estilo de vida. “Eu acho que a minha identidade pessoal se confunde com o estilo sim, até por conta dos gostos pessoais serem peculiares. A minha identidade se confunde com o estilo de rock gótico, que eu nem sabia o que era, vim descobrir com meus 15 anos, mas percebi depois de muito refletir que era da minha essência e que isso já me acompanhava de bastante tempo”, conta. Os irmãos Thales Harrysson, 26, e Thiago Hebert, 28, também compartilham da mesma opinião da jovem. “O público do rock tem essa vontade de apoiar a cena musical comprando os produtos. Comecei a ir atrás de produtos, de conhecer novas bandas a partir dos 13 anos, quando conheci um pessoal do colégio que curtia esse gênero musical. Mas desde pequeno, segundo minha mãe conta, eu não podia ouvir uma guitarra tocando que ia para perto do rádio ouvir melhor. Mas eu comecei a gostar mesmo foi ao ouvir o álbum Back in Black, da banda AC/DC. E pensei: Esse é o tipo de música que eu quero ouvir. Depois disso eu fui correr atrás”, diz Thales.


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CULTURA

redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br

Movimento traduziu anseios na geração ao redor do planeta Quando os quatro jovens ingleses – os Beatles – desembarcaram pela primeira vez nos EUA desencadearam a segunda era da revolução Rock and Roll. A música foi adotada como a principal arma de contestação e subversão. Os alvos a serem combatidos eram a guerra do Vietnã (1965-75) e o crescimento do poder do Estado sobre o indivíduo, especialmente, durante o governo do presidente norte-americano Nixon (1968-1974). E ao longo de três dias, a utopia pareceu se concretizar numa fazenda no vilarejo de Woodstock, que recebeu mais de 1 milhão de pessoas para o maior de todos os festivais de rock da história da música mundial. Segundo o autor do livro O que é Rock? Paulo Chacon foi nesse cenário que o rock legitimou o seu papel de catalizador e unificador de vontades individuais, que precisam de um veículo de massa para ter um comportamento de massa. “Seria importante que todos estivessem juntos, mas que cada um soubesse por que estava. Mas por que não combater o capitalismo com o socialismo? Os anos 60 em particular revisaram tal ideia porque viram nela uma fórmula desgastada pela prática soviética, com seu Estado autoritário e imperialista. Se a invasão da Hungria (1956) deixara dúvidas a respeito, a invasão da Tcheco-Eslováquia (1968) as eliminou. Para contestar era necessário dar espaço ao homem enquanto indivíduo, enquanto ser criador. No limite se poderia imaginar um

socialismo mais humano, mais democrático, menos coletivista e que estará presente nas mentes utópicas de 68, assim como na Primavera de Praga, na Revolução Cultural Chinesa e nas guerrilhas do Terceiro Mundo”, analisa o autor. Surgido na década de 1960, o movimento da contracultura traduziu tais anseios dessa geração ao redor de todo o planeta. Nesse período, também ganhou notoriedade o estilo de vida conhecido como “hippie”. Seus adeptos opunham-se as guerras e defendiam o “amor livre”. Eles podiam ser facilmente reconhecidos com suas roupas coloridas, túnicas, sandálias e cabelos compridos. O desprendimento dos bens matérias era outra característica marcante. No entanto, aos poucos a contracultura foi perdendo a sua força – mas a sua relevância marcou para sempre a história do rock. A partir da década de 1980, nasce uma geração de superastros da música, como Michael Jackson, Madonna, Prince e Bruce Springsteen, os quais agora se unem ao poder da televisão. Com o surgimento da MTV e da cultura do videoclipe a música vira imagem, uma mercadoria para exportação, de demanda com lucro milionário. “Hoje o cara não usa rock pra extravasar, como forma de rebeldia, de contestação. O rock, a meu ver, perdeu essa razão. Porque ficou pop. Pegaram uma coisa que era alternativa, difícil de achar, e a transformaram em comércio. Isso matou a essência da

Cena do espetáculo Rock-me, dirigido por Lael Correa, que mostra a influência do Rock and Roll para os demais gêneros artísticos

música. A indústria pegou o rock e transformou em sabão em pó. A indústria o domou e o comercializou. Hoje, não há nada de anormal ou estranho no filho que goste de ouvir esse gênero musical. Diga-se de passagem, é um público que consome muito, tem cartão de crédito, e que tem uma mentalidade diferente da minha geração. São conscientes, fazem sexo seguro, trabalham, estudam e sabem o que querem da vida”, avalia com certo tom saudosista Luiz Araújo, que é fã de rock desde a adolescência. Pa r a o p r o f e s s o r d o Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco (Ufpe) Jeder Janotti Jr., o rock

deve ser encarado como uma mercadoria, portanto, está inserido no modo de produção capitalista. “Se você olhar para a história do Rock and Roll, verá que ele sempre foi comercial. Por exemplo, o primeiro grande ícone do gênero, Elvis Presley, é um grande achado mercadológico. Tanto é que o seu empresário tem uma famosa frase que diz: ‘Se eu achar um branco que cante como negro, eu farei muito dinheiro’. Não podemos deixar de lembrar que às vezes há uma simbiose entre a indústria fonográfica e a cinematográfica. Boa parte do modo como o rock se espalhou pelo mundo e foi consumido através do consumo cinematográfico, de filmes como Rock

Around the Clock, Sementes da Violência entre outros. Agora, claro, o rock historicamente teve um momento para demarcar uma ruptura comportamental, em termos sexuais e de expectativas do que os pais projetavam nos jovens. Mas não podemos esquecer que ele é um produto mercadológico. Eu não conheço nenhuma história do rock que o trate fora da indústria fonográfica”, observa Janotti Jr., 44, que realiza pesquisas na área de comunicação e música. A relação entre o rock e a construção de identidades, através do consumo de produtos nem sempre ligados apenas à música, também é comentada pelo professor universitário. “Eu não acho que isso só aconteça com o rock. Por exemplo, eu já vi pessoas que gostam das divas cantoras como Madonna, Lady Gaga e têm esse mesmo apreço em adquirir objetos que rementem a elas. Eu acho que no fundo, passa por uma tentativa de se diferenciar, pela questão de identidade. Ou seja, afirmar-se como alguém que dedica atenção especial à música, e que a considera como também cultural diferenciado. F.R.

Serviço O quê: Mausóleu Rock Store Onde: Rua da Praia, Galeria Miramar, Loja 46-D, Centro. Horário de funcionamento: de seg. à sex., das 8 às 18h. Sábado, das 8h às 15h. Mais informações: (82) 32218342 e www.mausoleurockstore. com

“Rock também é discurso, poesia e estética” O caráter contestador inerente ao rock transpôs os limites da própria música e passou a refletir nos demais gêneros artísticos, a exemplo da literatura, do cinema e do teatro. O dramaturgo e teatrólogo alagoano Lael Correa levou para os palcos do teatro Linda Mascarenhas, o espetáculo Rock-me, numa temporada realizada o ano passado. A peça se apropriou das preciosidades musicais de artistas como Elvis Presley (1935-1977) e Little Richard (1932- ), com o intuito de celebrar e louvar o rock. “Pois sem ele seria impossível contar a história da segunda metade do século XX”, pontua Leal. “O rock, mais que qualquer outro gênero musical, influenciou a sociedade nos mais amplos aspectos do comportamento – das roupas às ideias, dos cabelos à sexualidade. Para a arte isso é muito valioso. E o rock exerceu fortes influências em

todas as artes – no mundo dos espetáculos, nas artes plásticas, no cinema, na poesia, na literatura”, observa. Para ele, o rock não se limita apenas à música. Mas também se apresenta como discurso, poesia, estética, prazer, protesto e brincadeira. “Continuando esse raciocínio, de que o rock não é apenas música, é importante sacar que nem sempre o que está embalado com capa de Rock and Roll merece esse selo. E isso acontece em todas as áreas artísticas: nem tudo que chamam de espetáculo teatral merece atenção, muitas vezes é apenas alienação ou lixo cultural. Da mesma maneira, nem tudo o que está exposto em galeria é obra de arte e nem toda banda que tem guitarra, baixo e bateria produz rock’n’roll. Num tempo de franco-atiradores, como é esse começo de século, o rock sente a barra - a maioria está mais preocupada com o seu papel de celebridade

do que com o papel da música na sociedade atual. Mas, no Brasil o rock não é exatamente um produto de consumo - feliz e infelizmente é quase um luxo -, exige inteligência com sensibilidade poética. Não é como o funk ou o brega, sempre tão fáceis e alienantes. O rock só consegue ser chato quando vira rockinho-da-classe-média-entediada. Aliás, esse é o grande perigo para os roqueiros desses dias: deixar de ter aquela ‘cara de bandido’ pra se tornar aquele ‘moço fino de camisa pólo listrada’. De resto, todos nós corremos o mesmo perigo quando paramos de usar a mente e o coração para investir no fácil-fútil-fugaz de um mundo cada vez mais fake - e onde as identidades individuais se tornam cada vez mais ‘líquidas’”, observa ele, que considera o rock fundamental por “colaborar com o equilíbrio das coisas nesse mundo”. F.R.


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NO LANÇAMENTO semanário faz homenagem a um fundador de jornais

GUIA CULTURAL SEGUNDA EXPOSIÇÃO JOGOS DE ARMAR MISTÉRIOS. Espaço Cultural Linda Mascarenhas. (Av. Fernandes Lima, 1047, Farol. / 33159927 / 9955-2464). Visitação: até 30 de abril, de seg. a sex., das 08 às 12h e das 14h às 18h. Entrada franca. Reunindo telas assinadas pelo artista plástico alagoano Paulo Caldas, a exposição que tem curadoria do teatrólogo e dramaturgo Lael Correa aposta

TERÇA PAPEL NO VARAL – POESIA DE MULHER. Maikai Showbar e Choparia (Rua Eng. Paulo Brandão Nogueira, s/n, Jatiúca / 8135-5990). No dia 12 de março, a partir das 20h. Entrada franca. O projeto volta ao seu formato tradicional: uma seleção eclética de poemas impressos e pendurados num varal. Pegando carona no Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, a próxima edição do evento, que será realizada

QUINTA ACENDA UMA VELA 2013. Praia de Riacho Doce (Maceió / 9934-4539 e www. ideario.org.br). No dia 14 de março, sempre às 19h. Entrada franca. Criado com propósito de democratizar o acesso ao audiovisual que está fora do circuito comercial, o projeto Acenda uma Vela exibe filmes nas velas das embarcações locais, em uma espécie de

PREPARE-SE M I LT O N N A S C I M E N T O – U M A TRAVESSIA. Teatro Gustavo Leite (Centro Cultural e de Exposições. Rua Celso Piatti, s/n, Jaraguá. / 3235-5301 e 9928-8675). No dia 06 de abril, às 21h. Ingressos: de R$ 60 a R$ 250. Ponto de venda: estande Sue Chamusca (Maceió Shopping). O cantor e compositor Milton Nascimento traz a Maceió, no dia 06 de abril, o show da turnê Milton Nascimento – Uma Travessia. No espetáculo, o músico revisita sucessos dos 50 anos de carreira, como a que dá nome à turnê, “Caçador de Mim”, “Canção da América”, “Maria Maria” e clássicos do disco “Clube da Esquina” (1972). RAIMUNDOS – CLÁSSICOS DO VINIL. Vox Room (Av.Ind. Cícero Toledo, s/n, Jaraguá / 3034-8171 e 3034-3282). Dia 23 de março, a partir das 22h. Ingressos: R$ 35 (pista), R$ 60 (front stage), R$ 80 (camarote, open bar). Ponto de vendas: stands Folia Brasil (GBarbosa Stella Maris) e Viva Alagoas (Maceió Shopping). Uma das bandas de rock mais consagradas do País, a Raimundos, apresenta na casa de shows Vox Room, no dia 23 de março, o show Clássicos do Vinil. Digão (vocal e guitarrista) e Canisso (baixista) - os dois únicos integrantes originais ainda na formação -, junto com Marquim (guitarrista) e Caio (baterista) devem tocar hits antigos, como “Mulher de Fases” e “Me Lambe”, além de hits dos mais recentes trabalhos.

e-mail redacao@odia-al.com.br

na sobreposição de símbolos característicos da região, como peixes, rendas, coqueirais, piracemas, luas, pássaros, jangadas, pérolas de sururu. Caldas flutua nos traços do lirismo e nas tonalidades do sonho, produzindo obras marcadas, sobretudo, pelo surrealismo (movimento artístico iniciado na Europa na década de 1920). A mostra faz parte do Projeto Linda de Música e Artes Visuais, promovido pelo Instituto Zumbi dos Palmares (IZP). nesta terça-feira (12), a partir das 20h, no Maikar Showbar, homenageará a contribuição das mulheres à poesia. As poetisas Emily Dickinson, Elisabeth Bishop, Anilda Leão, Cecília Meireles, Vera Romariz, Arriete Vilela terão seus versos recitados na noite, que contará com a participação da cantora Irina Costa, e dos músicos Willbert Fialho (violão) e Jiuliano Gomes (teclado). Os ingressos podem ser retirados, gratuitamente, nas farmácias da rede Pharmacêutico (R. Jangadeiros Alagoanos, 875, Pajuçara). cinema itinerante. Após passar pelas cidades de Piaçabuçu, Barra de Santo Antônio e Paripueira, chega à vez de Maceió (14.03 e 06.04), São Miguel dos Milagres (16.03), Coqueiro Seco (21.03) e Marechal Deodoro (23.03) receber a sexta edição dessa ação cultural. A iniciativa é uma promoção da ONG Ideário, e conta com o apoio da Algás e o patrocínio do Programa de Cultura BNB, do Banco do Nordeste do Brasil. BANDA SCRACHO. Loop Lounge Club (Rua Maria Ester da Costa Barros, 320, Stella Maris / 3327-8700). Dia 23 de março, a partir das 23h. Ingressos: R$ 30,00. Ponto de vendas: Folia Brasil (Gbarbosa Stella Maris). A banda carioca Scracho conhecida por tocar clássicos musicais com novos arranjos se apresenta pela primeira vez em Maceió, na Boate Loop Lounge Club, no dia 23 de março, a partir das 23h. No currículo, o grupo traz os sucessos de “A Grande Bola Azul” (CD independente de estréia) e o DVD MTV Apresenta Scracho. O show de abertura ficará por conta das bandas alagoanas Além de Nós e Dof Láfá. ALCIONE. Musique (Rua Engenheiro P. B. Nogueira, s/n, Stella Maris / 3032-5210 e 9601-2828). No dia 27 de abril, às 21h. Ingressos: R$ 100 (mezanino), R$ 40 (pista) e R$ 960 (mesa para seis pessoas). Ponto de venda: Casa das Tintas (Farol e Ponta Verde). Uma das cantoras mais famosas do país, Alcione irá comemorar 40 anos de carreira do jeito que mais gosta: cantando para os fãs na sua turnê nacional “Duas Faces”. A empreitada é fruto dos trabalhos da Marrom nos DVDs Duas Faces – Jam Session e Duas Faces – Ao Vivo, na Mangueira que acabam de sair do forno e que será lançado, oficialmente, no show. Ela, claro, não deixará de cantar seus clássicos, como Poder da Criação (João Nogueira e Paulo César Pinheiro), Capim (Djavan), Meu Ébano (Nenéo e Paulinho Rezende) e Nem Morta (Michael Sullivan e Paulo Massadas).

O DIA entrega a Medalha Jornalista Nilton de Oliveira

A

solenidade de inauguração do semanário O DIA ALAGOAS aconteceu na sexta-feira à noite, dia 1º, no Salão Nobre da Associação Comercial, no Jaraguá. Todos os colaboradores do novo jornal prestigiaram o evento que homenageou o jornalista Nilton de Oliveira – o fundador de jornais – com a criação da medalha que leva o seu nome. A Medalha Jornalista Nilton de Oliveira entra na história de O DIA. A intenção dos seus diretores é fazer a entrega do título sempre no mês de março, que coincide com o aniversário do semanário. O jornalista Nilton de Oliveira foi um dos maiores fundadores de jornais em

Alagoas. Mal fechava um, já estava pensando em formar uma nova equipe para abrir outro. Foi a perseverança que lhe deu forças para continuar abrindo postos de trabalho. E foi o seu coração bondoso que lhe fez pensar muito mais como amigo do que como empresário que fez sucumbir alguns projetos. Fica deste jornalista, com o misto de amigo em empresário, o exemplo de que o céu é o limite. Nilton de Oliveira morreu em fevereiro de 1999 e seu filho, Everton de Oliveira, segue o seu caminho. Além de Veto Oliveira, mais dois filhos dele, as noras e a viúva de Nilton de Oliveira participaram do evento na Associação Comercial. “Foi uma homenagem que nos surpreendeu, mas que reconhece-

Jobson Pedrosa, diretor de redação de O DIA, entrega medalha ao jornalista Aldo Ivo

do projeto Multishow ao Vivo e que resultou num CD/DVD, a cantora Maria Gadú está de volta à cidade, dessa vez, com o show de divulgação do seu novo trabalho Mais uma Página. Canções como “Estranho Natural” e “Oração ao Tempo” e outras mais antigas como “Shimbalaiê”, “Tudo Diferente” e “Bela Flor” vão constar no seu repertório.

Veto Oliveira, filho de Nilton de Oliveira, entrega a medalha a Antônio Nóya

Mande um e-mail para redacao@odia-al.com.br e divulgue seu evento

Jobson Pedrosa entrega medalha ao sindicalista Jackson de Lima Neto

PARCEIROS A diretoria do semanário O DIA ALAGOAS agradece a parceria com o cerimonial de Fabiane Carvalho; decorador Aldo Rodrigues; DJ Léo Ramos; diretora da Associação Comercial, Carminha; Buffet Neuman Rocha e portais de eventos Maceió 40 Graus e Espalha Aí.

Os agraciados com a Medalha Jornalista Nilton de Oliveira Foram agraciados com a Medalha Jornalista Nilton de Oliveira pessoas que, na sua função ou cargo que ocupam (ocuparam) contribuíram para o crescimento de Alagoas. A escolha dos nomes foi feita pelos diretores 1 - Jornalista Aldo Ivo, com mais de 60 anos na profissão de jornalista. Amigo de Nilton de Oliveira, Aldo Ivo cumpriu pautas juntamente com o companheiro. Aldo Ivo destacou a importância da instituição da medalha e a iniciativa de O DIA ALAGOAS. 2 - Doutor Humberto Gomes de Melo – Provedor da Santa Casa de Misericórdia – que esteve no evento representado pelo assessor de Comunicação e da Provedoria, Antônio Noya. Doutor Humberto tinha compromisso agendado para o mesmo horário.

Eliane Pereira, diretora executiva de O DIA, faz entrega da medalha à Fátima Rodrigues

MARIA GADÚ. Musique (Rua Engenheiro P. B. Nogueira, s/n, Stella Maris / 3032-5210 e 9601-2828). No dia 05 de abril, às 22h. Ingressos: R$ 60 (mezanino), R$ 40 (pista) e R$ 80 (frontstage). Ponto de venda: estandes Folia Brasil (Gbarbosa Stella Maris) e Viva Alagoas (Maceió Shopping). Após se apresentar em Maceió, com o show que nasceu

mos que Nilton de Oliveira merece tudo isso. Agradeço, em nome da minha família, aos fundadores do jornal O DIA pela homenagem”, disse o jornalista Veto Oliveira, que representou a família. Na solenidade foram entregues os primeiros exemplares da primeira edição de O DIA ALAGOAS aos convidados, agraciados e familiares do jornalista Nilton de Oliveira.

3 - Fátima Rodrigues – ex-coordenadora do Programa DST/AIDS da Secretaria de Estado da Saúde. Trabalhou 26 anos no atendimento às pessoas infectadas com a doença. Fátima agradeceu a homenagem, destacou o nome de Nilton de Oliveira e desejou sucesso à equipe de O DIA ALAGOAS. 4 Jackson de Lima Neto – presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Açúcar, representante, portanto da maior categoria de trabalhadores em Alagoas. Jackson Lima foi escolhido pelo trabalho sério que desenvolve à frente do sindicato há 16 anos. A vereadora Heloísa Helena também foi homenageada com a Medalha Jornalista Nilton de Oliveira. Ela havia confirmado presença à solenidade, mas, por conta do falecimento de uma pessoa próxima à vereadora, ela ficou impossibilitada. A medalha da vereadora Heloísa Helena, homenageada pela sua postura na carreira política, está na redação e será entregue brevemente.


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TELEVISÃO

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Zuada da MíDIA VOCÊ VIU? NEGÓCIOS O TNH1 TV (canal 26, na NET), canal fechado do Pajuçara Sistema de Comunicação (Pscom), ganhou no último sábado (2), 10h da manhã, mais uma atração. Trata-se do programa Gestão AL, apresentado pelo empresário alagoano Luciano Rocha. Com abordagens direcionadas ao mundo dos negócios, o Gestão AL é um programa voltado para pessoas interessadas em abrir sua própria empresa, jovens empreendedores e gestores do poder público e privado do Estado. Saiba mais em: www. cumbucado.com.br

Márcio Anastácio - marcio-jornalismo@hotmail.com

PRA VOCÊ

-lo. Segundo fontes, o ex-apresentador do Fique Alerta havia, pelo menos, sondado o site com esse propósito. O fato é que Jeferson Moraes fechou negócio com o Emergência 190. Ele se tornou proprietário de 50% do site, no qual pretende apresentar reportagens para a internet - um dos carros chefes do Emergência. A outra metade pertence à Wadson Regis, nome que assina várias matérias no portal. Afinal, será que Jeferson está migrando de vez da tevê para a internet?

A produção do programa Feito pra Você, da TV Pajuçara (canal 11), vem trabalhando na criação de um novo cenário. A revista eletrônica, que está sempre apostando em novidades para agradar o público, agora quer um espaço mais amplo e moderno. Comandado pela jornalista e apresentadora Fabíola Aguiar, a atração já conta com um ambiente bastante agradável. O projeto está em fase de andamento e tem sido acompanhado de perto por Fabíola.

TENDÊNCIA

MUDANÇAS

Ana Cecília da Silva será uma das apresentadoras do programa Elas por Elas, que será exibido pela TV Maceió A TV Maceió (canal 22, na NET) está produzindo novas atrações com o propósito de diversificar a sua grade de programação. Uma delas é o programa “Elas por Elas”, que será apresentado pelas jovens jornalistas Ana Cecília da Silva e Ana Carla Vieira. O programa entrevistará mulheres alagoanas, sejam elas, anônimas e conhecidas, além de apresentar aos telespectadores editais e eventos culturais. Com a exibição prevista para ainda este mês, o “Elas por Elas” deve ser transmitido também pela internet, através do site da tevê.

O Cada Minuto está promovendo algumas mudanças no layout do site. Segundo fontes, se tudo der certo, até esta semana um dos portais de notícias mais acessados pelos alagoanos já estará de cara nova.

REPERCUSSÃO E a zuada não foi pouca. Na última edição, noticiamos sobre o possível interesse do deputado estadual Jeferson Morais (DEM) em adquirir o portal de notícias Cada Minuto. Carlos Melo, dono do veículo, afirmou no seu perfil no site Facebook, que não existiu nenhuma negociação, além de não possuir interesse de vendê-

TERÇA

QUARTA

QUINTA

SEXTA

Esse Sal, hein? O #vidaloka manda um monte de indireta pra Lia, que fica boladona. Cuidado, marrentinha! E ela tem que abrir o olho mesmo porque a Luana não tá namorando o Sal, mas num tá morta não! A nerd de BSB dá mó mole pro Vitinho. É claro que o fofo num tá nem aí, né? AFF...esse Sal num é mole! O cara já arranjou treta com TODO mundo! Agora Fatinha (DE NOVO) vai ter uma fight com o sem noção. VISH! A Marcela vai descobrir que o Axel é seu stalker.

Tá uma prensa nele, Olavo! O advogado do Vitinho vai tentar tem um papo sério com o Sal sobre o inquérito do Vitinho. Mas o #vidaloka é esperto e vai nem vai dar bola pro pai da Ju. Ih, vai dar treta! O Orelha vai mostrar pro Vitor o vídeo da Luana contando que o motoqueiro vai ser preso. VISH! Aí Vitinho vai querer ter um papo com a Luana e a Lia vai ficar boladona achando que é outra coisa. Se declara logo, marrentinha! Já deu pra perceber que é ciúmes! Ih, Bruno, o negócio tá feio pro seu lado!

VISH! Vai dar treta! O Bruno e o Sal vai discurtir na frente do hostel por causa da Fatinha...A fofoca já se espalhou! O Gil vai mostrar pra Lia o Tv Orelha Especial Vitor preso. Tenso! AAAAWWWWNNN <3 Brutinha vai ficar de boa!!! Ih...toma cuidado, Orelha! O Sal descobre que o nerd fez um Tv Orelha contando pra todo mundo que o Vitinho foi preso e vai ficar MUITO bolado! AI QUE LINDOS! A Marcela vai chamar o Lorenzo pra morar com ela PRA SEMPRE! E o Gil vai ficar de boa <3 Ih! Vai rolar esporro!

Não há exibição.

MALHAÇÃO

Que mara! A Ju e a Lia tem uma DR e ficam de boa de novo! #JuLia é TDB, NE glr? Vish, será que a Lia tem que ficar de olho? O Vitinho vai ter um papo com a Dona Rosa e vai contar que deixou uma namorada lá em BSB (uma tal de Luana). Será que ele tá com saudades? Papo torto, hein? Ownnn que fofos esse dois! GiLia é só amor de irmão, glr! Os fofos tem um papo sério e Gil diz que gosta de Lia como a irmãzinha dele! Um fofo <3 Ih... vai dar treta! Olha a nova do Bruno: Fatinha tá vetada do happy hour do estágio dele.

FLOR DO CARIBE

Lindaura ajuda Samuel, que se sente mal ao ouvir o ruído do avião de caça, pilotado por Cassiano, Ciro, Rodrigo e Amadeu. Alberto não aceita o cargo de presidente do Grupo Albuquerque, deixando frustrado seu avô Dionísio. Cassiano, Ester e Alberto se encontram e relembram o tempo em que eram crianças. Alberto aceita o convite de Olívia para almoçar. Cassiano diz a Alberto que Ester é a mulher de sua vida. Chico não gosta da presença de Alberto em sua casa, e diz a Olívia que ele tem o sangue ruim do avô.

Dionísio não gosta de saber que Alberto deu o anel da avó para Ester. Alberto avisa ao avô que quando chegar a hora vai acabar com o noivado de Ester e Cassiano. Alberto é surpreendido com a greve dos salineiros. Ester esconde de Samuel o anel dado por Alberto. Samuel presenteia Ester com uma aliança de noivado. Ester conta a Lindaura que ficou noiva de Cassiano. Lindaura estranha o fato de Alberto ter dado o anel para Ester. Dom Rafael exige que Alberto entregue os diamantes que ele encomendou a Dionísio.

Alberto coloca os cristais de diamante junto com os cristais de sal, para disfarçar. Dionísio diz que o saco de diamantes deve ser colocado numa pasta, protegida por um código numérico, a ser revelado somente para Dom Rafael. Chico desconfia das intenções de Alberto. Bibiana mostra a camionete que ela comprou aos filhos. Veridiana conta aos netos que pediu a uma Associação de São Paulo que descubra o paradeiro de Maria Adília.

Cassiano parte para a propriedade de Dom Rafael para conferir os diamantes. Donato e Juliano comemoram a boa pesca do dia. Cassiano assume o comando do voo e faz uma aterrissagem forçada em uma área deserta. Juliano avisa a Quirino que Doralice está interessada nele. Zuleika incentiva Doralice a se declarar para Quirino. Ester devolve o anel que era de Helga para Dionísio. Alberto presenteia Ester com duas passagens aéreas para a lua de mel dela e Cassiano no Caribe.

Cassiano se desespera quando Duque lhe diz que está em um presídio de segurança máxima. Ester tenta falar com Cassiano, mas não consegue. Alberto finge para Dom Rafael que está surpreso com a presença de cristais de sal no saco dos diamantes. Ester mente para Olívia, diz que Cassiano ligou e está bem. Cristal demonstra interesse por Cassiano. Dom Rafael mente para Cristal, dizendo que Cassiano é um marginal e está preso na delegacia.

Dom Rafael orienta Duque. Alberto engana Dionísio e diz ao avô que os diamantes foram entregues a Dom Rafael. Cassiano tenta fugir, mas é pego pelos capangas de Dom Rafael. Lino pede a Veridiana sigilo sobre sua costura. Dionísio expulsa Candinho de sua casa. Hélio e Donato discutem. Hélio confessa a Juliano que não quer ser pescador como seu pai. Chico confronta Alberto e afirma que não acredita nele. Donato descobre que Hélio saiu de carro sem sua permissão e vai atrás do filho.

GUERRA DOS SEXOS

Roberta fica aflita com a confirmação de que a Positano foi vendida. Vânia pede para Roberta não entregar a fábrica. Juliana fica perturbada ao ver Nando sem camisa. Dominguinhos vai à loja à noite e o vigia o confunde com Otávio. Charlô acredita que Dominguinhos é um disfarce de Otávio. Nieta usa indiretas para que Semíramis se interesse por Dino. Ronaldo tenta convencer Isadora a trabalhar como Vicky. Ulisses não deixa Frô entrar em casa. Nando expulsa Juliana de sua casa.

Charlô não consegue atingir a meta estipulada na aposta. Lucilene confunde Dominguinhos com Otávio. Nando conta para Roberta que Veruska o beijou. Roberta não acredita que Nando não teve nada com Veruska. Charlô se recusa a aceitar o resultado da aposta. Dino comenta com Vânia que Roberta pode tentar abrir outro negócio, antes de entregar a Positano para Felipe.Veruska e Nenê conhecem Moysés, amigo de Vitório e Otávio. Carolina escuta a conversa que Charlô tem com sua equipe na biblioteca.

Nando conta para Roberta o que aconteceu entre ele e Juliana. Fábio fica chocado com o que Frô afirma que houve entre Juliana e Nando. Felipe tem uma alucinação com a mãe. Roberta tenta encontrar o irmão. Moysés afirma a Nenê e Veruska que não sabe onde Vitório colocou os diamantes que comprou. A empregada comenta com Moysés que Vitório saiu da casa com os diamantes dentro de uma boneca russa. Montanha avisa a Ulisses que ele lutará novamente.

Charlô descobre que Dominguinhos é um primo que mora em Portugal. Zenon fica decepcionado com o desprezo de Analú. Roberta insiste para que Veruska conte onde está o dinheiro da venda da Positano. Nieta se preocupa com a irmã. Veruska avisa a Nenê que Roberta está à sua procura. Felipe marca a data de seu casamento com Carolina. Frô devolve o vestido de Juliana e Vânia implica com ela. Zenon ouve que Carolina viu Kiko descartar o spray usado para sabotar o desfile e decide falar para Charlô.

Roberta afirma a Felipe que Vitório não podia vender as ações da Positano sem o seu consentimento. Juliana discute com Carolina. Felipe fala para Roberta que Vitório apresentou uma procuração em seu nome, autorizando a venda das ações. Veruska confunde Dominguinhos com Otávio. Charlô afirma a Juliana que vai se entender com Carolina. Kiko pede para Nando deixá-lo jogar futebol com ele. Analú tem uma ideia para impedir o casamento de Nando.

Kiko decide deixar a boneca russa com Ulisses. Veruska se informa sobre o valor dos diamantes que Vitório escondeu. Roberta afirma a Felipe que sua assinatura na procuração é falsa. Nando perdoa Kiko. Roberta fica perturbada com um toque de Felipe em sua mão. Carolina afirma que se vingará de Charlô. Felipe e Roberta conversam como amigos. Dalete afirma a Frô que ela gosta de Kiko. Ulisses e Vânia se beijam em um provador de roupas. Frô se desespera ao constatar que pode estar apaixonada por Kiko.

SALVE JORGE

Lívia conta para Wanda o que descobriu no escritório de Stenio. Russo obriga Demir a sair com uma das moças. Wanda é fotografada por um informante da Polícia Federal. Berna se prepara para se encontrar com Wanda. Demir conta para Morena que Waleska foi para a Holanda. Helô conversa com Jô sobre o trabalho que irá fazer. Mustafa estranha que Berna vá se encontrar com Wanda. Creusa avisa a Stenio que Ricardo esteve com Helô de madrugada.

Berna conta para Helô que Adalgisa é Wanda e que ela está envolvida no sequestro de Aisha. Théo enfrenta Lívia. Haroldo fala para Stenio que Drika quer voltar com Pepeu da Turquia. Rosângela fala com uma menina na praia com más intenções. Helô busca Aisha no aeroporto. Mustafa sente falta das joias de Berna e a questiona. Passam-se dois meses. Théo e Érica reatam e decidem morar juntos. Morena conta para Tamar onde morava no Brasil. Esma cobra de Ayla um filho para Zyah.

Waleska esconde o telefone e Demir vai embora. Morena conta para Ekran a história de São Jorge. Irina vê Waleska se afastar e avisa a Russo. Áurea fala de Morena durante o café da manhã e Érica se aborrece. Berna vê Lívia e Wanda juntas e se esconde para não ser vista. Demir avisa a Morena que entregou o telefone a Waleska. Maitê implica com Bianca por querer se aproximar de Zyah. Berna conta para Lívia que denunciou Wanda. Antonia fala para Raissa que fechou sua empresa e recebe o carinho da filha.

Russo flagra Waleska ao telefone. Rosângela fala para Irina que não está interessada em seu cargo. Helô e Ricardo vão à boate onde Waleska disse ter trabalhado. Lívia pensa em Théo. Érica fala para Théo tomar cuidado com Élcio na competição. Berna diz a Helô que viu Lívia e Wanda juntas. Aisha se recusa a ir com Mustafa ao Alemão. Drika e Pepeu pensam em como podem ser deportados. Helô conversa com Barros sobre o envolvimento entre Lívia e Wanda.

Helô faz Morena prometer que não contará a ninguém que está viva e avisa a Stenio que vai para a Turquia. Cyla afirma a Demir que descobrirá quem é o pai do filho de Morena. Bianca conta para Maitê que armou um encontro com Zyah no mesmo cenário em que se conheceram. Helô arruma as malas e estranha não ver as flores que Stenio costuma lhe mandar. Rosângela descobre que Antonia não é a chefe da organização. Wanda implica com Lívia por se importar demais com Théo.

Almir impede Morena de sair do carro e ir ao encontro de Lívia. Zyah não vai ao encontro com Bianca. Ayla se queixa da ida do marido para Istambul. Tartan fala para Cyla que acredita que o filho de Morena seja de Mustafa. Lívia decide modificar as atividades da boate. Élcio chega com Rachel à Turquia. Almir não deixa Zyah sair do quarto e o guia se enfurece. Drika se surpreende com a chegada de Helô. Pepeu tenta roubar um carro. Berna resolve contar para Deborah como adotou Aisha.

Eduardo se desespera e afirma que eles devem se proteger. O advogado mostra o lugar de onde vieram os tiros para os policiais, que seguem em disparada. Norberto vibra ao saber da morte de Paulo. Lígia pergunta como Fabiana conseguiu o emprego de secretária de Norberto. A mulher finge que deseja apenas espionar o vilão, e Lígia acredita. Depois de descobrir sobre o amor de Vinagre por Vitor/Violeta, Hilda fica inconformada com a possibilidade de seu filho se tornar alegre.

Arnaud mira em Tais e pede a permissão de Norberto para matá-la, mas o vilão proíbe. Dóris conta para Diva sobre a visita de Mirela e Isabel, mas não revela o pedido da arquiteta. André afirma que Danilo está tentando ser um homem melhor para Catarina. A modelo brinca com a situação e recebe Lucas. Apavorada com a possibilidade de Norberto estar vivo, Diva pensa em maneiras de avisá-lo que é sua aliada. Dóris conta que depôs contra Norberto na polícia.

Isabel e Eduardo têm sua primeira noite de amor. Vicente nota a tristeza de Gabriela, que alega estar com saudades da mãe. Magno sofre por não ser capaz de se adaptar à rotina de Celina e teme um novo atentado. Patrick se anima ao ver o anúncio do Got Talent Brasil e Breno apoia sua inscrição. André pede que Catarina não comente com ninguém sobre seu beijo com Luiza. Eduardo aconselha Isabel a deixar o apartamento. Lígia fica mexida com a declaração de Adamastor, mas pede para o amigo ir embora.

Catarina confessa a André que está se sentindo culpada por sair com Lucas e Arthur ao mesmo tempo. Eduardo decide contratar seguranças para acompanhar Taís, Álvaro e Isabel. Ele garante que Norberto está esperando o momento certo para se vingar. Plínio implora para retomar o namoro com Violeta e agarra a moça. Danilo se empolga com a possibilidade de publicar seu livro. Fabiana chora com a viagem forçada de Vitória e Norberto a ameaça.

Norberto segura Fabiana com brutali- Não há exibição. dade. Mirela se ofende com as imposições de Celina e a manda tomar cuidado para não perder o respeito dos filhos. Diva não gosta da presença de Magno em seu apartamento e pede que Dóris os deixe a sós. Osório/Deodoro aproveita um momento de descuido de Cremilda e finge que vai se barbear. Em entrevista à tevê, Danilo é instigado sobre a possibilidade de Norberto estar vivo e resolve mandar um recado para o vilão, que reage furioso.

Record

Globo

Globo

Globo

Globo

SEGUNDA Que mara! A Ju e a Lia tem uma DR e ficam de boa de novo! #JuLia é TDB, NE glr? Vish, será que a Lia tem que ficar de olho? O Vitinho vai ter um papo com a Dona Rosa e vai contar que deixou uma namorada lá em BSB (uma tal de Luana). Será que ele tá com saudades? Papo torto, hein? Ownnn que fofos esse dois! GiLia é só amor de irmão, glr! Os fofos tem um papo sério e Gil diz que gosta de Lia como a irmãzinha dele! Um fofo <3 Ih... vai dar treta! Olha a nova do Bruno: Fatinha tá vetada do happy hour do estágio dele.

BALACOBACO

RESUMO DAS NOVELAS SÁBADO


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O DIA ALAGOAS l 10 a 16 de março I 2013

INSIDE

redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br

Igor Pereira

MARCOS LEÃO com Elisana Tenório - inside@odia-al.com.br

Baianidade Festança das mais badaladas do verão de Salvador desembarca em Maceió

VIP Ana Loureiro agita a vida das fashionistas da cidade e elege sua musa alagoana

Hello, fashionistas! Rede fashion predileta das bem-nascidas tupiniquins de olho no mercado de moda alagoano

ARTE DE RECEBER Alice Vilela: a mais nova empresária do ramo gastronômico da seara cresce e aparece

A força de Izabel Pinheiro Aos 15 anos, ela decidiu que o mundo seria seu


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INSIDE -

Bons frutos

Baianidade

No final de abril, a orla da Ponta Verde ganha uma hotdogueria gourmet. A gente explica: Patrícia Maia, que morou por anos nos Estados Unidos, onde o ‘dogão’ é ‘ídolo’,traz para Maceió a Patys Hot Dog Gourmet, uma casa especializada no sanduba depão e salsicha com molhos especiais. O espaço terá capacidade para 55 pessoas e o projeto é da arquiteta Eduarda Linhares. Que tal?

Bem que a gente disse que o Sarau du Brown iria ganhar uma edição alagoana. A festa, comandada por Carlinhos Brown e que é sucesso absoluto no verão da Bahia, será em julho, mas ainda sem local definido. E assim como na versão baiana, Brown também terá convidados em Maceió. A turma da produção tenta nomes como Lenine e Marcelo Falcão para dividir o palco com o cara do Candeal. Uiuiui...

Ação! Maceió ta bem na fita. O motivo? O Grupo TE2, líder em entretenimento noturno do Rio Grande do Sul, sob o comando do gaúcho Tiago Escher, junto com os sócios Giuseppe Neto (Brasserie des Arts), Ale Wawelberg (Louis), Zizo Ramos, Marcos Paulo Magalhães e Márcio Escher, pretendem trazer para a cidade a Provocateur – uma das casas noturnas mais disputados de Nova York. É esperar pra ver!

A fim de expandir os negócios pelo Brasil, a Daslu vai abrir a sua primeira loja no Nordeste, em maio. O local escolhido? O shopping Rio Mar, no Recife. E depois da terra do frevo, a poderosa rede fashion pretende investir em julho pesado em Maceió. E o melhor: os executivos do grupo já estão de olho em um terreno de 510m² na Jatiúca. Estamos de olho!

VIP EM CENA | Bela por natureza, a designer Lúcia Bastos conquistando novas fronteiras como as chiques do eixo Rio – São Paulo

Galeria que desfila conceito, a Victoria Place, sofreu uma senhora intervenção urbana nesta quinta, 7, durante o lançamento oficial do inverno da Arezzo por lá. Um verdadeiro aparato envolvendo efeitos de iluminação cinética foi montado no local, embalando toda extensão da loja da Ponta Verde onde a empresária Ana Loureiro recebeu a turma fashionistas da cidade, com direito a muita champa gelada, DJ Peixe e comidinhas do Buffet de Flávia Soares. Ah, detalhe: Ana escolheu para ser a embaixadora do inverno da sua marca a linda Carol Gaia. A cara da riqueza!

Arte de receber

Classe A Para celebrar o dia ‘D’ das mulheres, Andrea e Moacira Cunha prepararam na última sexta,8, uma cena pra lá de especial na sua Casa Moa, com direito ao evento Corporeum Day. Além de conferir em primeira mão a coleção outono-inverno da disputada grife, as lulus das mais chiques foram recebidas com comidinhas de Flávia Soares e muito espumante – tudo embalado pelo som do Dj Peixe.Luxo, não?

e-mail inside@odia-al.com.br

Hello, fashionistas!

Acervo Com o objetivo de contribuir para a memória do Estado de Alagoas, o historiador Geraldo de Majella doou um acervo pessoal para o Museu da Imagem e do Som de Alagoas(Misa), localizado na Praça Dois Leões, em Jaraguá. O material doado é composto por 32 vídeos em VHS que relatam períodos da política alagoana, cartões postais e slides russos, além de livros sobre temas diversos. Vale a pena conferir!

redação 82 3023.2092

GENTE

FASHIONISTA | Mostrando finesse por onde passa, Carol Gaia fez sucesso no lançamento da coleção inverno da Arezzo, na última quinta

Alice Vilela não veio ao mundo para passar despercebida. E a moça anda provando isso não só para o seu papi Teotônio Vilela, como também para a sociedade alagoana. Isso porque ela se transformou em uma das mais eficientes empresárias do ramo gastronômico da cidade, com o seu 29.11 Café & Bistrô, point predileto dos ricos da Ponta Verde. E como a grande maioria de sua clientela é do sexo feminino, Alice armou na última sexta, um dia especialíssimo para as lulus, em celebração ao Dia Internacional da Mulher. Ponto para ela!

CELEBRAÇÃO | Em total sintonia com as alegrias da vida, Izabelle Alcântara Pereira festejando idade nova, hoje, muito bem acompanhada de seu amado Joãozinho Pereira e seu herdeiro João Neto

Cofre Claudia Leitte se deu bem. A gente explica: a produtora da cantora carioca (mas de alma baiana) conseguiu autorização do Ministério da Cultura para captar R$ 5,9 milhões para a nova turnê de Claudinha. O incentivo será concedido via Lei Rouanet e vai dar ‘uma força’ em 12 shows, que passarão pelo Norte, Nordeste e Centro-Oeste entre maio e julho desse ano. Maceió está incluída na rota da diva. O rio só corre para o mar mesmo...

Roteiro Quem estiver de mochila pronta para Pipa na Semana Santa é bom ir disposto, porque nem só de Pipa Beats (sexta 29, com o DJ Kaskad,Lemon3, Tiago de Renor e Pinteiro) vai viver o balneário no feriadão. O roteiro da vida noturna por lá começa na quinta (28), na boate Calangos, que vai receber a turistada com a e-music de Ask2Quit. No sábado (30), tem mais eletro na casa com os DJs internacionais Ananda Shake (Israel) e Ilay Lazutkin (Russia). E para quem já tiver ‘dado sua cota’ de música eletrônica, vai rolar Aviões do Forró na mesma arena do Pipa Beats, também no sábado, em esquema de sunset, às 17h.

Paraíso Jay Kay, do Jamiroquai, terminou sua turnê pela América Latina há algumas semanas, com passagem, inclusive, por Jurerê Internacional, e já tem volta marcada para o Brasil: o vocalista vai curtir uns dias de descanso pelo país na companhia do empresário carioca Roger Rodrigues. No roteiro da dupla, Amazonas, Fernando de Noronha e São Miguel dos Milagres, aqui, em Alagoas. A trip será toda feita no jato de Jay, que também não dispensa tours gastronômicos.

On the run Um ano se passou e Paul McCartney já vai voltar ao Brasil. Ao menos é o que diz a nota publicada no Portal da Copa do Mundo mantido pelo Governo Brasileiro. O ex-Beatle apresenta no dia 3 de maio, no Novo Mineirão, em Belo Horizonte, o show da turnê On the Run. Outras datas podem ser confirmadas no Brasil. Especulam-se novos shows no Rio de Janeiro, São Paulo e Fortaleza, mas nada no papel ainda.

Vida política

TODO ELE | Em flash de Jô Carnaúba, o empresário Newdson Moura será um dos homenageados desta terça,12, do troféu Destaque Alagoano

Vida de deputada federal não é uma missão tão fácil assim. Quem pode afirmar sobre o assunto é a queridíssima Rosinha da Adefal, que não para um só minuto. E na última quarta, 6, ela esteve em Brasília, unindo f orças com o governador Teotônio Vilela no gabinete da ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República Maria do Rosário, para juntos implantarem o Plano Viver sem Limites em Alagoas. Para quem não sabe, o plano prevê ações que preparam a infraestrutura urbana para garantir acessibilidade. Boa!

INAUGURAÇÃO | Sebastião Soares (tesoureiro); Argemiro Soares (secretário); Gibson Buarque (dir. trabalhista); Edivaldo de Lima (dir. Previdenciário) Jackson de Lima Neto (presidente), na inauguração do Clube Social do Trabalhador na Indústria do Açúcar


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INSIDE - CAPA

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EMPRESÁRIA IZABEL PINHEIRO conta detalhes de sua trajetória, que a consagrou como a melhor em tudo que faz

Com licença: eu vou à luta apostou todas as fichas nos deliciosos biscoitos de nata e maisena e nas rosquinhas de coco, que já eram tão apreciados entre familiares e amigos. E foram os familiares e amigos que se tornaram seus clientes em potencial. Vencida essa etapa, Izabel convenceu sua irmã mais nova a vender brigadeiros para os colegas e professores do Colégio Nossa Senhora do Amparo, onde estudava. Claro que a receptividade foi muito boa, mas o melhor estava por vir. Foi a partir daí que Izabel conseguiu fidelizar seu primeiro cliente: o empresário Valter Ananias começou a encomendar salgados e abriu uma nova etapa na vida da jovem, que entrou com tudo nesse segmento. Aos 20 anos, Izabel estava casada e se virando como podia para dar conta da casa, da filha que tinha acabado de nascer e da produção e venda de doces e salgados. Ela ficou particularmente feliz quando conseguiu ter direito a uma barraquinha, na tradicional Feirinha da Pajuçara, onde

passou comercializar iguarias todos os domingos. “Foi preciso muita determinação e força de vontade para vencer tantos obstáculos. Lembro que enfrentava um ônibus lotado, segurando um bebê de um lado e as sacolas com os salgados em outro”, recordou. Os domingos não diferentes da rotina da semana: trabalho dur e pouquíssimo descanso.Todas as tardes, ela se deslocava ao prédio do Ipaseal, no Centro da capital, para vender doces e salgados de sala em sala. Algum tempo depois, Izabel Pinheiro se tornou funcionária pública e passou a prestar serviço à extinta Cobel. No outro horário, porém, ela distribuía seus famosos doces e salgados em várias lanchonetes de Maceió. Foi nessa época que Pinheiro deu mais um passo em direção ao sucesso. “Não precisava ir vender, pois já tinha encomendas em várias lanchonetes”, disse. E assim se passaram três anos... Izabel mudou-se para

uma casa de porte grande. “Gostava de ter minha casa sempre cheia. E daí, surgiu a ideia de montar uma Casa de Chá para recebê-los”, contou. A tal casa de chá foi criada e vários eventos relativos a datas comemorativas foram celebrados. Em paralelo, as encomendas continuavam a todo vapor. Para se ter ideia, em épocas de Páscoa, Izabel chegava a derreter 550 quilos de chocolate para transformá-los em deliciosos ovos. “Na época, meu marido dizia: ‘isso não vai dar certo’. Aí eu rebatia na mesma hora: se não der certo, eu choro e como tudinho. Mas isso, graças a Deus, nunca aconteceu”, afirmou. Por falta de tradição na cidade, a casa de chá não deu certo. Foi quando Izabel teve a ideia de montar um buffet. Daí para o sucesso foi tudo muito rápido... Um mês depois, a amiga Fátima Maia se tornou a primeira cliente do buffet. “Ela disse que tinha chegado o momento de elaborar minha primeira festa e me contratou

para fazer o casamento de seu filho, que teve 350 convidados”. Do primeiro evento para hoje se passaram 18 anos. Atualmente, o Buffet Izabel Pinheiro tornou-se referência em Alagoas. Localizado em uma ampla área no bairro da Serraria, é o único que possui uma cozinha com capacidade para receber eventos de grande porte. No empreendimento há maquinários específicos para esta finalidade. “Quando o Centro de Convenções de Maceió foi i n a u g u r a d o , i n ve s t i m o s muito. Adquirimos, por exemplo, frigoríficos e lavanderias com essa finalidade. Nesse sentido, somos únicos no Estado”, declarou. De janeiro a janeiro, o calendário de eventos do buffet permanece em alta. Ao todo são 25 funcionários diretos, mas tem dias que esse exército se multiplica para 300 pessoas, dependendo do leque de encomendas. “Já cheguei a fazer dez eventos em um único dia”, conta a empresária.

Fotos: Igor Pereira

A

cor rosa que simboliza o sexo feminino deve ser misturada a um tom mais picante, do tipo pinck ou rosa choque, para caracterizar o universo particular da empresária Maria Izabel Lins Pinheiro, 49. A proprietária do Buffet Izabel Pinheiro, um dos mais arrojados de Alagoas, descobriu sua vocação ainda menina, focou metas, traçou planos e executou ações. O resultado é o reconhecimento da sociedade, que a consagrou como a melhor em tudo que faz. Mas para alcançar esse patamar, foi preciso muita disposição para o trabalho, muito empenho em focar objetivos, muita coragem para enfrentar e vencer obstáculos e, claro, muita competência para fazer docinhos e salgados tão gostosos, que sempre foi sua marca registrada. Tudo começou quando Izabel, com 15 anos, decidiu fazer biscoitos caseiros para conquistar independência financeira. Consciente de sua vocação para a culinária, ela

Pratos finos são servidos na tortaria e o bom gosto dá um toque especial

Negócios em expansão Recentemente, a mais nova aquisição foi a Tortaria Izabel Pinheiro, localizada no The Square Park Office, na Jatiúca, onde são servidos, além dos tradicionais doces e salgados, os mais finos e elaborados pratos de almoço. A Tortaria, contudo, foi um presente de mãe para a filha. A nutricionista Adriana Pinheiro, sua caçula, é quem administra o espaço com o mesmo zelo e determinação da mãe. “Ela é meu grande exemplo, meu espelho de vida. Diariamente, me inspiro em sua personalidade – como pessoa e como profissional. Somos muito companheiras”, declarou. O resultado de tanta competência também chegou na forma de homenagem. Foram muitas e muitas... Só para citar algumas: Prêmio Sebrae Mulher (focado nas empreendedoras que gerenciam negócios de grande

volume); Medalha do Pacificador, que o Exército entrega aos grandes brasileiros – para às Forças Armadas, acima dessa homenagem, apenas os que são ou foram presidentes da República; Título de Comendadeira e títulos de cidadã honorária de Maceió, Joaquim Gomes e Murici. LADO DO BEM Além de determinada, Izabel é religiosa. Acredita que com fé tudo é possível e aposta na caridade para se conquistar um mundo melhor. “Aprendi com a dona Marli, uma boleira muito conhecida em Maceió, a não receber presentes no meu aniversário, e sim doações”, revelou. Atualmente, são várias ações filantrópicas que a empresária desenvolve. É ela quem mantém a alimentação da Creche Madre Leônia, em Murici, onde são assistidas 190

crianças de dois a quatro anos. Também é ela quem auxilia na alimentação do Centro de Recuperação do Estado Nutricional da Criança, com 130 assistidos, em Maceió. LADO MULHER Divorciada há três anos, Izabel também traçou novas metas para sua vida pessoal. Mudou a imagem, investiu no visual, passou a sorrir mais, ficou mais leve e, claro, tornou-se fisicamente mais jovem. “A separação me rejuvenesceu porque passei a ver a vida de forma diferente e, ao reconstruir a imagem, de dentro para fora, me vi mais alegre e de bem com a vida. “E por tudo, o INside escolheu Maria Izabel Lins Pinheiro para simbolizar o sexo feminino nessa semana em que se comemorou o Dia Internacional da Mulher. E salve elas!!!!!!!!!!

Izabel Pinheiro ensina no dia a dia as receitas do sucesso para a sua filha Adriana


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