MARROQUIM LANÇA CANDIDATURA À PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DELIBERATIVO DO CRB
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JOVENS CINEASTAS Igor Leite
Estudantes de Comunicação fazem filmes e pensam alto 18
FORAGIDOS
JUSTIÇA MANDA prender ex-prefeitos e ex-secretários denunciados por crimes contra a administração pública
Gecoc e 17ª Vara Criminal não dão trégua a ex-gestores suspeitos CRIME AMBIENTAL Fotos: Eduardo Leite
FARINHA BOA...MAS CARA!
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No mercado de Maceió, vender farinha está sendo um negócio rentável
Farinha está mais cara que o feijão Os efeitos da seca não ficam só no Sertão ou em municípios próximos à região. No lito-
ral, na beira do mar, sente-se o reflexo da seca, principalmente no preço da farinha 10
ESCASSEZ
ARAPIRACA
Indústria de cerâmica não atende demanda
Zona Azul deve ser implantada na cidade
O setor imobiliário em Alagoas está se queixando da falta de produção da cerâmica branca no Estado. 12
A SMTT de Arapiraca garante para ainda este ano a instalação da Zona Azul no centro da cidade. 14 Por se tratar também de uma questão social, trabalhadores exploram a rocha alheios ao crime ambiental que cometem
Plantações estão irrigadas no Sertão
Pedreiras irregulares estão na mira do IMA
Agricultores já utilizam a água do Canal do Sertão para irrigar as plantações de forra-
As pedreiras clandestinas que ficam na Área de Proteção Ambiental (APA) de Murici
SOB SOL FORTE
gens que servem para alimentar os animais. O perímetro irrigado está em expansão. 13
Alagoas l 17 a 23 de março I ano 01 I número 003 l 2013
estão sendo exploradas por pessoas que alegam não ter onde trabalhar. O caso envolve
um crime ambiental e o IMA deve se manifestar nos próximos dias sobre o caso. 7
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O DIA ALAGOAS l 17 a 23 de março I 2013
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O DIA ALAGOAS l 17 a 23 de março I 2013
COM A PALAVRA...
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SECRETÁRIO de Administração de Maceió conta como o município está organizando os servidores para tocar a máquina
Arrumando a “máquina” Deraldo Francisco Repórter
E
Quantos são e onde estão os servidores públicos de Maceió? Há em Maceió cerca de 15 mil servidores públicos em atividade. Ainda não fizemos o levantamento sobre os inativos. Também não sabemos onde esses servidores estão lotados, mas posso garantir que a Educação e a Semed, nesta ordem, são as pastas que têm a maior quantidade de servidores. Quanto à reapresentação dos servidores, como está a situação? Houve uma adesão grande no início e muita gente se apresentou, mas precisamos fazer alguns ajustes no processo, principalmente no calendário. A principal carga de servidores das secretarias já se reapresentou. O término da reapresentação estava previsto para o dia 28 de fevereiro, mas precisamos prorrogar por mais 60 dias e agora o prazo final é 30 de abril. É necessário mesmo fazer isso? O prefeito precisa saber onde os servidores estão lotados e o que eles estão fazendo. Para isso, é necessário que haja essa espécie de recadastramento por secretaria e órgão público municipal, a partir da reapresentação. Neste processo, houve muitos pedidos para que o senhor desse um jeitinho em algumas situações? Inúmeros. Mas não atendi a nenhum. Já estão me chamando de secretário que não atende a pedidos. Quando o pedido chega ao meu gabinete, digo ao solicitante que se ele reunir todos os critérios técnicos não há o que temer porque tudo vai ser resolvido. Mas se o processo dele depender de um empurrãozinho meu, ele pode esquecer e procurar outros meios porque eu não vou resolver a situação. Como está a relação com os
de que essa gestão não é responsável por eventuais pendências do passado. Do lado dos servidores, fica a alternativa de discutir o reajuste de 9% que o prefeito Rui Palmeira concedeu a todos os servidores do município. Formado em Administração, professor, palestrante sobre gestão pública. O DIA ALAGOAS teve uma conversa com o secretário Jaelson Gomes de quem obteve um relatório verbal de como anda a situação dos servidores municipais de Maceió.
Igor Pereira
le foi um dos primeiros secretários a arregaçar as mangas no Governo Rui Palmeira. E não podia ser diferente. É do trabalho organizado e criterioso do secretário de Administração (Recursos Humanos e Patrimônio) Jaelson Gomes Ferreira que as outras pastas, inclusive o gabinete do prefeito, começa a funcionar. É
uma espécie de arrumação da casa. Ou seja, Jaelson Gomes teve a missão de identificar o efetivo de servidores ativos, onde eles estavam e, imediatamente, providenciar a reapresentação deles ao seu órgão de origem. Organizada e superada esta missão, ele já assumiu outra bem mais espinhosa: tratar com a pressão dos sindicatos. Do lado do secretário, o argumento de que está começando a trabalhar e que, por isso, precisará de um fôlego para “tomar pé” da situação e
“
Vamos buscar sempre o bom diálogo, aberto, técnico e respeitoso com todas as categorias de servidores
sindicatos? Estamos conversando com todos. Posso dizer que temos, no momento, uma situação de equilíbrio. Não há tensão em nenhuma parte do processo. Isso não nos interessa. O prefeito Rui Palmeira fez uma grande reunião com todos os dirigentes sindicais, falou da sua intenção de atender a todos, mas deixou claro que tudo será atendido observando-se os critérios técnicos. Também foi criada a “mesa de negociação permanente”. Qual o objetivo desta “mesa”? Manter sempre o diálogo aberto. A ordem do prefeito é para que busquemos sempre o diálogo com os servidores em busca do entendimento. Não interessa a ninguém uma paralisação dos serviços. Nem à população que depende desses serviços, nem aos gestores, nem aos dirigentes sindicais nem aos servido-
res. Vamos buscar sempre o bom diálogo, aberto, técnico e respeitoso com todas as categorias de servidores. Há situações mais ou menos complicadas entre os servidores? Sim. Cada categoria tem a sua peculiaridade e sua pauta de reivindicação. Não se pode fugir do que está previsto em lei. Serão feitas propostas pulverizadas em todas as categorias. Há pendências em várias categorias e estamos trabalhando com muita habilidade para resolver cada situação da melhor maneira. Existe possibilidade de greve neste semestre? Mesmo não sendo representante de nenhum sindicato, descarto essa possibilidade. Na situação em que as conversas estão não há espaços para greve. Foi concedido o aumento na ordem de 9% para todos os servidores
com aplicação em abril e efeito retroativo a janeiro. Algumas categorias já aceitaram o reajuste, mas há situações peculiares de algumas categorias de servidores e isso está sendo discutido em busca de um entendimento. Como está a situação da folha? Por enquanto, admitimos a possibilidade de uma auditoria na folha. Essa auditoria é algo iminente. Procuramos o cumprimento da legalidade. O que estiver errado será corrigido. E por falar em folha, como será o pagamento dos servidores? Já está sendo dentro do mês trabalhado. A gestão está se organizando para que isso seja uma realidade durante a administração do prefeito Rui Palmeira. Este mês, por exemplo, todos os servidores do município vão receber até o dia 28, antes da Semana Santa.
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EXPRESSÃO
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Os prefeitos e o caos D
ezenas de prefeitos estão trabalhando de verdade para honrar os compromissos deixados pelos seus antecessores. Em alguns municípios alagoanos, há dívidas consideradas impagáveis. A alegação dos prefeitos que assumiram recentemente é: “se pagarmos, não temos como administrar a cidade”. Em boa parte dos casos [e eles são diferentes], o argumento é cem por cento verdadeiro. Em outros, nem tanto assim. Fica sempre a suspeita.
Não que prefeito não trabalhe muito, mas há momentos na administração em que o gestor apenas conduz os destinos dos recursos, dá uma ordem aqui, outra ali e isso não lhe consome tanta energia assim. O segredo disso também é formar um bom secretariado. Indicar parentes ou amigos é imoral e ilegal. E ainda complica a vida do gestor. Muitos prefeitos estão respondendo a inquéritos policiais ou a processos devido a ações fraudulentas cometidas por secretários. É bem verdade que a alegação de que “eu não
sabia” não funciona mais. E se funcionar, ainda fica aquela desconfiança. Será mesmo? Boa parte destes gestores está queimando os neurônios para pagar dívidas altas com recursos baixos e ainda manter a cidade limpa, pagar os salários dos servidores e manter uma relação perfeita com a Câmara de Vereadores. O atraso no repasse do duodécimo do Poder Legislativo pode representar até mesmo uma cassação. Vale lembrar que o prefeito briga com o padre da cidade, com o dele-
gado, com o juiz, com o promotor, mas não quer encrenca com os vereadores. Às vezes, a briga fica desleal. Para se ter uma ideia da situação em que algumas cidades foram deixadas pelos ex-prefeitos, o município de Chã Preta teve os telefones cortados e só depois que o atual prefeito negociou o débito, parcelou as contas e pagou a primeira parcela é que a operadora de telefonia liberou as linhas. Mas este não foi um “privilégio” de Chã Preta. Dezenas
de outros municípios tiveram o fornecimento de energia ou de água cortado por falta de pagamento. Numa cidade alagoana o novo prefeito teve que arrombar a porta da prefeitura porque o seu antecessor não devolveu as chaves. Por conta desses desmandos, muitos ex-prefeitos foram acionados na Justiça. As denúncias renderam inquéritos policiais e, em seguida, processos e decretos de prisão. Isso justifica o fato de alguns ex-prefeitos e ex-secretários estarem na condição de foragidos da Justiça.
Precisamos educar nossas crianças sem culpa: dizer NÃO é tão importante quanto dizer SIM. Não tenha medo de ser mau José Romero Nobre de Carvalho
P
arece extenso o título deste artigo e é mesmo muito longo, mas ele destaca minha ansiedade para abordar a questão da “Educação sem culpa” que devemos ministrar aos nossos filhos. Neste ensaio, quero muito levá-los a entender que dizer NÃO, disciplinar e “parecer mau” na avaliação de terceiros não nos podem causar o sentimento de culpa. Só nós sabemos exatamente a “dose” de disciplina de que nossos filhos estão precisando. Não tenhamos medo de educar e não sintamos culpa por ensinar nossos filhos a serem pessoas melhores no presente e, principalmente, no futuro. Sei que muitas vezes queremos negar uma coisa aos nossos filhos, mas logo aparece uma amiga ou um parente que nos critica ou opina contrariamente à nossa atitude. Isso acaba nos inibindo, fazendo-nos sentir culpa. Mas, na verdade, a questão é: quem é que leva essa criança para casa? Quem convive com ela no dia a dia? Sinceramente, amigos e parentes
não deveriam interferir em nosso modelo de educar. Ao me dirigir a você quero salientar a importância de se ter segurança, metas educacionais e clareza de objetivos para que tenhamos a convicção de que estamos no caminho certo na educação de nossas crianças. É importante a clareza de que hoje em dia as famílias sentem dificuldade na criação de filhos, o que nos move a ter que repetir várias vezes alguns comandos e orientações, pois parece haver pouco interesse dos filhos em nos atender e em obedecer, como dizem os avós. Mas precisamos insistir com segurança! Sabemos que a geração de pais atuais tem alguma dificuldade na ação educativa, receando ser vista pelos outros como retrógrada. Ora, ora, quem é retrógrado? Aquele pai ou mãe que deseja ver o filho educado? Será que os pais jovens terão o eterno medo de educar o filho ou filha ao perceber uma atitude inadequada? Não tenhamos medo de parecer, agora, maus. Não tenhamos medo de educar!
Para anunciar, ligue 3023.2092
Em maior ou menor grau, todo ser humano se importa com a opinião do grupo a que pertence, sente necessidade de aprovação, de estar integrado a um modelo aceito por todos, ainda que externamente apenas, e isso, aliado à insegurança sobre o que é “certo” e “errado” em educação hoje, tem levado os pais muitas vezes a retraírem-se. O pior é que a criança, percebendo isso, passa a ter o controle da situação. Adquirir segurança do que se quer na educação dos filhos é fundamental para que a missão de educar atinja os seus objetivos. Precisamos saber exatamente o que queremos de nossos filhos e termos a consciência da hora certa de dizer NÃO, quando necessário. Não podemos desenvolver o sentimento de culpa, se educamos com mais rigor, por uma situação ou outra. Temos que fazer com que os nossos filhos saibam que estamos no controle de situação. Por isso, precisamos mesmo ter certeza de nossa “atitude educativa”, mantendo-nos alheios às críticas
EXPEDIENTE
dos outros. Sei que não é fácil, mas temos que assumir que somos os pais de nossos filhos e, através de nosso amor e de nossas orientações, buscamos o melhor para eles. Por isso, as nossas decisões devem ser tomadas sempre com o objetivo de transformarmos em realidade nossa meta de ver nossas crianças felizes e bem aceitas na sociedade. Portanto, vamos definir para nós mesmos como queremos conduzir a educação de nossos filhos, conscientes de que, a cada momento, surgirá um novo problema e que, se estivermos preparados, saberemos lidar melhor com essas situações. Mas, para isso, é preciso agir, conforme os princípios em que acreditamos, sem perder de vista nosso amor e compromisso com nossos filhos. Como sempre tenho dito, educar filhos não é mesmo uma tarefa fácil. Quando temos mais de um [eu tenho três], aí é que a exigência aumenta. Certamente são crianças diferentes e possuem demandas diversas no campo emocional e tudo mais. O que nos
valerá aqui é o respeito às diferenças de cada um, mas a manutenção de nossa conduta e princípios não pode ter critérios de escolha. A regra tem que ser para todos. O que vale para um, tem que valer para os outros. Não podemos ter critérios diferentes, pois, se assim o fizermos, estamos certamente dando margens para surgir o “filho predileto”, e isso não é nada bom! Então, o que devemos fazer? A dica é só uma: vamos nos orientar na ação educativa de nossos filhos, seguindo nossos valores, nossa ética e os princípios que recebemos de nossos pais. Se assim o fizermos, tenho certeza de que ganharemos o respeito deles, por terem entendido a coerência de nossas ações. E se um dia você, pai/mãe/responsável, entender que “pesou na tinta”, acalme-se e, logo em seguida, retome a relação afetiva com a criança, mas jamais peça perdão. Perdão se pede quando se tem culpa e não podemos tê-la, se estamos educando nossos filhos para a vida. Que sejamos felizes!
Eliane Pereira Diretora-Executiva
Jobson Pedrosa Diretor de Redação
Deraldo Francisco Editor-Geral
Regenes Melo Jr. Gerente Comercial
Conselho Editorial
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CNPJ 07.847.607/0001-50 l Av. Com. Francisco Amorim Leão, 364, Sala 202 - Farol - CEP 57051-780 - Maceió - Alagoas - E-mail: redacao@odia-al.com.br - Fone: 3023.2092
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O DIA ALAGOAS l 17 a 23 de março I 2013
PODER
DIAgnóstico Roberto Vilanova diagnostico@odia-al.com.br
Começou A eleição de 2014 está distante mais de um ano, mas é impossível deter a campanha camuflada. A legislação proíbe, mas há várias maneiras de disfarçar e nesse particular só está excluído, por enquanto, a disputa pelo governo do Estado. Já para o Senado, onde só existe uma vaga e pelo menos três fortes pretendentes, a disputa pelo voto já começou. Até mesmo a vereadora Heloísa Helena já colocou o bloco na rua, embora de forma mais comedida. Quem vão se engalfinhar daqui por diante, e cada vez mais acirradamente à medida que 2014 se aproxima, são o governador Téo Vilela e o senador Fernando Collor.
Sobre
O lado
E por falar no senador Fernando Collor, ele promete esta semana retomar a discussão sobre a reforma do Poder Judiciário. O projeto dele é para que o ministro do Supremo Tribunal Federal tenha mandato e não cargo vitalício. O mandato seria de 15 anos, improrrogável.
Para se contrapor ao discurso com crítica negativa ao governo Téo Vilela, pelo índice alto de violência em Alagoas e que foi proferido pelo senador Fernando Collor, o senador Benedito de Lira preferiu falar sobre o crescimento do turismo no Estado.
Lição
redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br
EX-PREFEITOS e ex-secretários são acusados de desvio de dinheiro público
Ex-gestores na mira da polícia Candice Almeida Estagiária
O
povo alagoano já está habituado às constantes operações policiais para desbaratar organizações criminosas acusadas de se apoderarem de prefeituras para desviar dinheiro público e valer-se de influência para mascarar os desmandos e os crimes contra a sociedade. É muito comum alguma cidade do interior amanhecer cercada pela Polícia Federal em operações para cumprir mandados
de prisão contra gestores ou ex-gestores. No rol entram ex-prefeitos, ex-secretários e empresários. Pelo menos dois ex-prefeitos de cidades alagoanas estão com a situação complicada com a polícia e com a justiça. Marcos Madeira (ex-prefeito de Maragogi) e Márcio Fidelson Menezes Gomes (ex-prefeito de Maravilha) podem ser presos a qualquer momento, caso não se apresentem espontaneamente à polícia, ou à Justiça. Até a última sexta-feira (15) havia mandados de prisão contra eles.
Outros ex-prefeitos e até prefeitos eleitos, também complicados com a Justiça, já foram presos, recorreram e ganharam a liberdade. O Ministério Público não tem relaxado nas operações e os promotores que integram o Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) estão trabalhando sem descanso para, em conjunto com os juízes da 17ª Vara Criminal da Capital, prenderem todos os acusados em denúncias de desvio de dinheiro público em Alagoas.
Desembargador critica condição dos foragidos
O senador Renan Calheiros sente o peso de ter assumido a presidência do Senado no momento da discussão de projetos polêmicos, como o que trata da distribuição dos royalties do pré-Sal. Na condição de senador, ele defende a distribuição equânime entre os 27 estados.
Conter
Falta
Mas, na condição de presidente do Congresso Nacional o senador Renan teve que se conter. E foi elogiado pela condução da sessão que derrubou o veto da presidente Dilma. “O petróleo está no mar e o mar é de todos os brasileiros”, diz o senador Renan.
Não adianta insistir porque o secretário da Educação, Adriano Soares, não vê sinceridade no movimento dos grevistas. Os que estão fazendo piquetes, na opinião do secretário Adriano Soares, não pertencem à verdadeira classe do magistério.
Não dá -“O Sinteal (Sindicato dos Trabalhadores na Educação) precisa se reciclar. Esse discurso ultrapassado e essas mesmas caras (líderes) não dá mais para suportar” – desabafou o secretário, depois de desmarcar a audiência com os grevistas.
Na fita
Livre
O ex-prefeito Luciano Barbosa deve assumir um cargo federal, mas não será um cargo qualquer. Se fosse um cargo qualquer ele já teria sido nomeado. Pelo que se tem falado em Brasília, Barbosa deve ir para a Chesf ou o Banco do Nordeste.
Derrotado na eleição para prefeito de Arapiraca, Rogério Teófilo se sente agora livre dos compromissos para pleitear uma vaga na Câmara Federal em 2014. Aliás, seria a sua volta à Câmara e, desta vez, sem acordo com a atual prefeita Célia Rocha.
Dois E por falar na eleição para a Câmara Federal em 2014, os especialistas já fazem previsões de renovação drástica. E alguns arriscam até a dizer que, dos nove atuais deputados, apenas dois têm volta certa: Renan Filho e Givaldo Carimbão. Os demais balançam.
Bom A ex-prefeita Renilde Bulhões ficou satisfeita com a devolução do processo contra ela, que é acusada de participação no assassinato de um radialista em Santana do Ipanema, para a Comarca da terra onde foi prefeita.
Marcos Madeira está foragido e segundo seu advogado, não vai se apresentar
Ex-prefeito de Maragogi some como fumaça Em dezembro passado, o então prefeito de Maragogi, Marcos José Dias Viana, conhecido como Marcos Madeira, teve a prisão decretada pelo desembargador Otávio Praxedes, atendendo a pedido do procurador-geral da Justiça, também após investigação realizada pelo Gecoc. Ele é acusado do desvio de mais de R$ 2,5 milhões dos cofres públicos e até hoje não foi encontrado pela polícia e nem se apresentou espontaneamente. O Tribunal de Justiça decidiu, no mês passado, manter a ordem de prisão preventiva contra o ex-prefeito de Mara-
gogi, Marcos Madeira, que continua foragido. O desembargador-relator Edvaldo Bandeira Rios entendeu que os juízes da 17ª Vara Criminal têm razão no argumento de que o ex-prefeito ainda possui influência sobre a administração municipal, podendo interferir na produção de provas. A defesa alegou como fundamento para o habeas Corpus impetrado, que o término do mandato afastaria possíveis reiterações criminosas, assim como utilização de seu poder político e de seu prestígio pessoal para auferir lucro frente aos cofres públicos. C.A.
O desembargador Edvaldo Bandeira Rios criticou a condição de foragidos dos acusados, ressaltando que demonstra desrespeito ao poder soberano estatal e às decisões das autoridades públicas, tornando a prisão preventiva medida útil. O advogado de Marcos Madeira, Thiago Mota, informou que já pediu a reconsideração da negativa do pedido de liminar no habeas corpus ao desembargador Bandeira Rios e alegou que o pedido de prisão de Madeira teve a mesma justificativa do pedido de prisão do prefeito de Palestina, Júnior Alcântara, o qual teve seu mandado de prisão revogado pelo desembargador-presidente do TJ/AL, José Carlos Malta Marques. Mota entende que a decisão do desembargador-presidente pode ser aplicada também a seu cliente, já que Madeira não pode utilizar-se do Executivo para continuar as supostas ações delitivas “mesmo que ele quisesse não poderia”, salientando que seu cliente não cometeu os crimes que o MP lhe imputa. “A situação dos dois é juridicamente idêntica, então se espera tratamento idêntico”, disse Thiago Mota. Sobre a situação de foragido, Mota ressalta que há entendimento nos tribunais superiores de que se o acusado acredita estar diante de uma prisão manifestamente ilegal, e age apontando a ilegalidade, não é considerado foragido, pois buscou a tutela jurisdicional. Ele afirmou que enquanto for possível recorrer em favor da liberdade de seu cliente, Marcos Madeira não se apresentará e aguardará que a decisão de prisão seja definitiva. C.A.
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O DIA ALAGOAS l 17 a 23 de março I 2013
PODER
Em Maravilha, Gecoc e Polícia Civil tentam prender acusados Na segunda-feira (dia 11), o Gecoc e a Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic) deflagraram uma operação policial para prender onze acusados de envolvimento em crimes contra a administração pública da Prefeitura de Maravilha, inclusive o ex-prefeito Márcio Fidelson Menezes Gomes. Todos são acusados pelo Ministério Público Estadual, através do Gecoc, da prática dos crimes de fraude em licitação, apropriação de bens ou renda pública ou desvio em proveito próprio ou alheio, falsificação de documento público, falsidade ideológica e formação de quadrilha. O Gecoc ofereceu denúncia, no dia 8, contra doze acusados, sendo que foram solicitadas onze prisões, decretadas pela 17ª Vara. Seis acusados foram presos: Everaldo Joaquim dos Santos (ex-secretário municipal de Obras e Urbanismo); Audeny Santos Menezes, (ex-secretário de Finanças); Gílson Alves Ramalho (integrante da Comissão Permanente de Licitação); a empresária Karleanny dos Anjos Silva (sócia da Clara Construções Ltda); Daniel Ramos Pinto (suposto intermediário do esquema criminoso envolvendo as empresas BR, Catingueira e Orion Construtora), e José Carlos Alves de Melo (ex-controlador interno da Prefeitura de Maravilha). Além do ex-prefeito Márcio Fidelson Menezes Gomes, a denúncia também foi ofertada contra Renato Aparecido da Silva, Mauro F. Rodrigues Júnior e Cláudia Adriane Rocha Silva, (da Comissão Permanente de Licitação); Simone Andréa das Chagas (sócia da Construtora Mano Chagas); José Tadeu Batista Brunet (proprietário das empresas BR e Construtora Catingueira, além de representante legal da Orion Construtora). Este último não teve pedido de prisão por ter colaborado com as investigações. As investigações empreendidas pelo Gecoc na documentação referente aos anos de 2009 a 2012 apontaram indícios de irregularidades que podem atingir o montante de R$ 2 milhões e atribuem a liderança criminosa ao ex-prefeito Márcio Fidelson. O ex-prefeito é acusado: por 14 vezes, do crime de fraude em licitação; 54 vezes de ter se apropriado de bens ou renda pública ou de ter desviado em proveito próprio ou alheio; três vezes do ilícito de falsificação de documento público; 70 vezes de falsidade ideológica, 70 vezes pelo uso de documento falso e ainda por formação de quadrilha. C.A.
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Advogado quer “habeas corpus” para foragidos O advogado Dagoberto Omena, defensor de três dos presos, informou, na quinta-feira (dia 14), que deve impetrar habeas corpus em favor dos ex-secretários de finanças e de obras e urbanismo, Audeny Santos Menezes e Everaldo Joaquim dos Santos, e do ex-controlador interno do município, José Carlos Alves de Melo, pois só tomou conhecimento das acusações naquela tarde, mais de 48h após a prisão, quando a 17ª Vara
Criminal publicou a decisão. Omena esclareceu que parte das acusações aponta para a não execução das obras que foram licitadas, entretanto, assegura que no momento apropriado provará que as obras foram concluídas. “Até a tarde de hoje [14], o ex-prefeito Márcio Fidelson ainda não tinha se entregado, mas sequer sabe quais as acusações lhe são imputadas; após a análise da decisão [de decreto de prisão] será possível que a
defesa aja e, provavelmente, em breve ele se apresente”, disse o advogado, que deverá assumir a defesa também do ex-prefeito. O Gecoc justificou o pedido de prisão dos acusados afirmando que “uma vez que, sem restrição da liberdade de locomoção, os denunciados serão capazes de subverterem o conjunto probatório, de intimidarem testemunhas, os familiares das testemunhas ou qualquer outra pessoa que se
disponha a ofertar informações sobre eles, sobre a organização criminosa a que pertencem ou a respeito dos fatos que também a eles são imputados”. Esta operação desencadeada pelo Gecoc em conjunto com a Deic foi resultado da apuração do material apreendido em dezembro de 2012, no mesmo dia em que policiais realizaram buscas em Maragogi para cumprir o mandado de prisão expedido contra o ex-prefeito Marcos Madeira. C.A.
Situação de Estrela de Alagoas e de Palestina Outros ex-prefeitos também foram alvo de mandados de prisão, recentemente, em operações policiais capitaneadas pelo Gecoc, mas seguem respondendo em liberdade, são eles: José Júnior Alcântara, de Palestina, e Arlindo Garrote, de Estrela de Alagoas. “Junior Alcântara”, ex-prefeito de Palestina, sequer foi preso, o mandado de prisão expedido pela 17ª Vara Criminal no início deste ano não foi cumprido porque Alcântara foragiu. Além do ex-prefeito, foram indiciadas mais 15 pessoas, todas acusadas de integrar uma organização criminosa que teria praticado os crimes de apropriação de verbas públicas, fraudes em
licitações, peculato furto, falsificação de documento particular, falsidade ideológica, uso de documento falso e formação de quadrilha. O valor que teria sido desviado ultrapassa os R$ 762 mil. O Tribunal de Justiça, através do presidente José Carlos Malta Marques, revogou a prisão preventiva do ex-prefeito de Palestina. Malta entendeu que a decisão que decretou sua prisão não mostrava de forma cabal a necessidade de manter Alcântara preso, e que o fato de já não ser mais prefeito de Palestina impossibilita-o de valer-se do cargo para a continuidade da prática de crimes. O Ministério Público Estadual atribui a Alcântara a
prática, por 100 vezes consecutivas, do ilícito de apropriação de bens ou rendas públicas ou desvio de dinheiro em proveito próprio ou alheio; por 31 vezes, o crime de falsificação de documento particular; por 33, o uso de documento falso e; por 6, a falsidade ideológica. Diante de todas essas imputações, recebeu ainda a acusação de chefiar o esquema criminoso. A situação de Arlindo Garrote é ainda mais complicada. Preso em janeiro deste ano, recém-eleito prefeito de Estrela de Alagoas, sob a acusação de chefiar uma quadrilha que cometeu os crimes de peculato, peculato furto, falsidade ideológica, falsificação de documento particular,
falsificação de documentos públicos, uso de documento falso e formação de quadrilha, teve seu afastamento do cargo decretado pela Justiça. Enquanto ainda estava preso, o MP ingressou com Ação Civil Pública por ato de improbidade administrativa pedindo o afastamento do prefeito de suas funções, a fim de resguardar a produção de provas e a própria sociedade. Garrote está respondendo em liberdade desde que o desembargador Bandeira Rios concedeu Alvará de Soltura, por entender que seu afastamento da chefia do poder executivo municipal o impossibilita de influenciar a produção de provas. C.A.
Ações para apurar denúncias começaram no ano passado As investigações que culminaram com as operações desencadeadas nas cidades de Maravilha e Palestina tiveram início há cerca de um ano e em dezembro passado motivaram a expedição de uma série de mandados de busca e apreensão em diversos municípios alagoanos. Por pedidos do MP/ AL, através do Gecoc, mandados foram cumpridos nas prefeituras de União dos Palmares, Estrela de Alagoas, Piranhas, Maribondo e Campo Alegre, além de Maravilha e Palestina, e na Câmara de Vereadores de Santana do Ipanema. À medida que a documentação colhida é analisada, o MP/AL, através do Gecoc, adota as providências necessárias junto ao Judiciário, em especial à 17ª Vara Criminal. As prefeituras de Estrela de Alagoas e Palestina foram as primeiras, agora Maravilha. C.A.
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COTIDIANO
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COM MARRETAS E EXPLOSIVOS trabalhadores agridem a natureza nas pedreiras existentes em área de proteção ambiental
Láyra Santa Rosa Repórter
C
rateras recortadas nas silhuetas de morros mostram em vários trechos da rodovia BR-104 a paisagem acinzentada das pedreiras. Na cidade de Murici, distante cerca de 51km da capital alagoana, elas tem sido responsáveis pela degradação ambiental da Área de Proteção Ambiental (APA) que leva o mesmo nome do município. Sem licença, o tipo de granito é extraído de forma irregular, afetando o meio ambiente e colocando em risco a saúde do homem. Em Murici, dentro ou próximo da APA, existe em média 15 pedreiras, todas sem o licenciamento ambiental, autorização do Exército e muito menos do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Nas grandes ou nas pequenas pedreiras, a situação é a mesma: homens trabalhando sem nenhuma orientação, de forma artesanal e sem nenhum equipamento de segurança, fato que já motivou uma ação civil pública ingressada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que tenta regularizar pelo menos situação trabalhista para essa prática. Na última semana, a reportagem do jornal O DIA esteve na cidade onde encontrou o trabalho nas jazidas fervilhando. Com olhares desconfiados, fomos recebidos pelos donos de duas pedreiras, que explicaram e mostraram como funciona a exploração do minério. In loco pode ser visto a forma primitiva de trabalho, que é realizado sem nenhum cuidado com a preservação do meio ambiente. É na terra da APA do Murici que surgem britas e paralelepípedos tão utilizados na construção civil. No rosto de homens e garotos pode ser vista a expressão do cansaço pelo esforço físico. Com marretas, pixotes, martelos e machados eles vão moldando a pedra. Em algumas mãos faltam dedos e em outras pode se encontrar cicatrizes, todas provocadas durante algum descuido na exploração das pedras, ou seja, em acidentes de trabalho. Essa realidade dura e ilegal faz parte da vida de muitos alagoanos.
Eduardo Leite
Na APA de Murici, meio ambiente é “espancado”
Às margens da BR-104, em Murici, há cerca de 15 pedreiras funcionando sem licença ambiental; em Alagoas, o crime está sendo combatido na região Norte
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“Acampamento” é desmontado em segundos A desconfiança pode ser vista nos olhos dos trabalhadores. Um carro estranho chegando próximo ao ambiente de exploração pode ser sinal de algo errado. Instruídos pelos ‘chefes’ e com medo de uma ação da Polícia Ambiental, as barracas que dão sombra durante o trabalho são logo desarmadas e os instrumentos para a retirada da pedra deixados de lado. Foi esse o cenário encontrado na pedreira localizada na Fazenda Bota Velha, terra da antiga Usina São Simeão, às margens da BR-104. De médio porte, a área explorada mede cerca de 200 metros em sua totalidade e já teve uma grande fatia de morro, terra e árvores arrancadas para que a exploração do solo continuasse. Logo na pista de acesso, a reportagem abordou um jovem de aparentemente 18 anos para saber como chegar à pedreira. Sem timidez ele perguntou, mostrando sua desconfiança: “Vocês são polícia, IMA ou jornalista? A gente está sabendo que fecharam umas pedreiras em Matriz do Camaragibe e podem vir para cá. Mais eu não sei de nada, procure saber nas casas”, falou, apontando para a residência do proprietário da pedreira. Foi o próprio administrador do espaço quem nos mostrou a área que está sendo
Na área de proteção ambiental há 15 pedreiras exploradas ilegalmente
explorada. Porém, em contrapartida, pediu que não fosse divulgado seu nome. “Já tem tanta gente querendo acabar com nosso trabalho que prefiro não me identificar”, disse ele, que tem em suas mãos a prova da falta das condições mínimas de segurança para o trabalho de exploração. Faltam os dedos da mão direita, amputados após um acidente com explosivos no trabalho em pedreira. “Isso aqui foi num acidente de
trabalho. Foi culpa minha que não prestei a atenção e o colorado – tipo de explosivo - atingiu meus dedos”. Com um discurso pronto e na ponta da língua, o responsável pela pedreira relata que trabalha no local há dois anos. “Escolhi a área pela qualidade da pedra, fora que fica perto de casa. Dessa pedreira sobrevivem vinte e seis homens e suas famílias. Já tivemos momentos bons, mas de uns tempos para cá estamos sem vender as pedras porque a fiscalização apertou o cerco”. Ao falar da fiscalização, o dono da pedreira se refere a uma ação civil pública impetrada pelo Ministério Público do Trabalho determinando que o município de Murici regulamente essa situação. Enquanto isso não é feito, fica proibida a compra de pedras de extração irregular. “Estamos vivendo um momento difícil, onde a pedra está sobrando. Não sei como vou pagar os homens que trabalham sem vender. Cada milheiro de pedra vale cerca de quatrocentos reais. A gente tenta fazer o melhor, ganhar nosso dinheiro e ajudar o outro, mas desse jeito está difícil”, disse. Apesar de todo o discurso social, o homem admite saber da necessidade do licenciamento e da regulamentação
da trabalhista, mas argumenta não ter capital para isso. “Não sou rico e não enriquecei com isso. O dinheiro que tiramos do trabalho é pouco, se formos pagar licenciamento o gasto vai ser ainda maior. A gente sabe que está errado, que existe fiscalização, mas não temos opção, ou trabalhamos ou morremos de fome. Tenho interesse de regularizar, mas como fazer isso?”, questiona. Segundo o minerador eles têm uma reunião marcada para o próximo mês, que deve tentar resolver a situação pelo menos no que diz respeito às normas trabalhistas. “Estão tentando regularizar a situação da pedreira, mas não sei como será isso. A gente espera que as taxas sejam reduzidas e que a gente possa se ajustar, mas nunca fizemos isso por não ter capital. Aqui tem muita gente que vive da exploração há anos, mas não tem outra opção”, explica. O dono da pedreira nega e garante que não existem trabalhadores menores de 18 anos. Porém, o rosto infantil mostra o contrário. “Não temos menores trabalhando. O último menor completou dezoito anos semana passada. É aquele ali”, aponta para se justificar. O jovem acaba confirmando, talvez por medo de perder o emprego ou mesmo por ser verdade. L.S.R.
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Explosões mutilam trabalhadores Não é difícil de encontrar vítimas de acidentes em pedreiras em Murici. Próximo à área explorada na Fazenda Bota Velha, um homem de 79 anos, também guarda em seu corpo o descuido no trabalho. Há 15 anos, ele perdeu os dedos de uma das mãos, após se acidentar “carregando fogo” para explodir as pedras e facilitar a retirada dos minerais. “ F o i h o r r í ve l a q u e l e acidente. Tínhamos que explodir a parte da área para separar a pedra. Coloquei os explosivos e parte dele acabou detonando em minhas mãos. Queimei os dedos e tive que amputá-los. Foi uma dor enorme por dias”, lembra o
aposentado Manoel Pedro Santos. “Mas não sou único por aqui. Teve muita gente que morreu nessa exploração. Quem trabalha com pedreira sabe desse risco, é preciso atenção e cuidado”. Mas para o aposentado, a dor maior foi ter visto o filho se acidentar. “Ele começou a trabalhar comigo criança, tinha doze anos. Tentei tirar ele desse ramo, mas ele não quis. Um tempo depois, quando ele estava adulto se acidentou como eu e perdeu os dedos. Não pude fazer nada, ele queria trabalhar e arcou com o prejuízo”, lamenta Manoel Pedro, que é pai do administrador da pedreira em Bota Velha. L.S.R.
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redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Eduardo Leite
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Nas pedreiras da APA de Murici, trabalhadores usam marretas e fortes cargas de explosivos para quebrar as rochas
Exploração revela que falta fiscalização
Na região Norte, pedreiras são interditadas Justiça do trabalho
Num raio de menos de cinco quilômetros, uma pedreira maior também está em pleno funcionamento. A área na Fazenda Piri-piri é arrendada por José Humberto Costa Filho. No local as marcas da utilização de pólvora podem ser vistas pelas arranhaduras das pedras. “Realizamos explosões a cada quinze dias. Como a comercialização da baixa, o trabalho acaba sendo reduzido. Hoje utilizamos pólvora, que é vendida aqui na pista por um atravessador. Antigamente usávamos dinamite, mas como tem muito assalto a banco a venda ficou restrita e não existe mais”, contou o arrendador. A explosão é simples: a pedra é furada por uma máquina que deixa o espaço para que a pólvora seja socada. Depois de instalada a pólvora, o pavio é aceso ocorrendo a detonação, que leva parte da jazida abaixo. Neste momento, cada trabalhador separa seu pedaço e inicia a lapidação. “Usamos cerca de sessenta quilos de pólvora por detonação. Não existe nenhuma fiscalização sobre o comércio”, comenta. De acordo com o explorador, em quatro anos de trabalho, ele nunca recebeu visita de órgãos ambientais para fiscalizar a ação ou orientar. “A única coisa que sabemos é que o trabalho precisa ser regularizado e o pagamento custa alto. Como nunca houve fiscalização, a gente foi trabalhando, extraindo e vendendo”. José Humberto comenta que tem interesse em regularizar a situação, mas não sabe se terá recursos financeiros suficientes para isso. “Essas pedreiras são a fonte de renda de inúmeras famílias. Na cidade os homens trabalham na exploração ou no corte da cana. Como esse último está defasado eles correrem para as
Mas essa exploração ilegal não é apenas recorrente no município da Zona da Mata: em várias partes do Estado existem jazidas de minérios que são exploradas irregularmente e tem causado graves danos ambientais. Recentemente, quatro pedreiras foram fechadas em Matriz do Camaragibe, durante uma operação do Batalhão Ambiental, por estarem realizando a atividade ilegal. De acordo com o Instituto do Meio Ambiente (IMA) o solo alagoano é bastante rico em minérios, mas pouco fiscalizado. Para o presidente do órgão, Adriano Augusto o combate a essa prática precisa ser feito de forma educativa, fiscalizatória e punitiva. “Estamos tratando de um problema social, já que é base do sustento de várias famílias, mas também da degradação do meio ambiente. São necessárias ações e parcerias para que a situação dessas pedreiras sejam regularizadas e o dano ambiental reduzido”. Os danos ambientais da exploração desordenada do solo são diversos e imensuráveis. Para serem descobertos é preciso um estudo detalhado para avaliar a quantidade de
Trabalhadores usam até 60kg de pólvora para detonação nas pedreiras pedreiras. Se fecharmos, será muita gente desempregada e passando fome”, comenta. Assim como o dono da outra pedreira, José Humberto também está bastante apreensivo com a reunião que irá ocorrer em abril. “Esperamos que seja decidido pelo melhor e que a burocracia e taxas sejam revistas”. O trabalhador Mário Lourenço da Silva confirma essa informação e lamenta a baixa na oferta de trabalho no mercado de Murici. “A minha vida inteira trabalho em pedreiras. Tenho quatro filhos que também fazem a mesma atividade. Se isso fechar ficará difícil para todos nós. Isso já é um trabalho tradicional, que gera a sobrevivência de várias famílias”, disse. A atividade de extração em pedreiras, da forma artesanal como é feita, é insalubre e chega a ser desumana. Por isso, uma das saídas sugeridas pelo MPT para resolver a situação degradante em que se encontram muitos trabalhadores é viabilizar a formação de cooperativas nas comunidades onde existam pedreiras clandestinas. L.S.R.
vegetação que foi suprimida para dar espaço às pedreiras; danos aos animais que vivem no ecossistema. “Não temos como mensurar os danos, mas sabemos que todo tipo de exploração desordenada causa grandes impactos ambientais, não só a extração, como também o transporte dos materiais transformados, a sobrecarga dos caminhos, os impactos que tem a ver com ruídos, além da explosão realizada nessas áreas. Como se trata de uma área de proteção ambiental é preciso ainda mais atenção”, disse Adriano Augusto. O presidente do IMA explica que para regularizar essa situação e minimizar os efeitos causados pela exploração da pedra, é necessário trabalhar o licenciamento das pedreiras. “A medida mais significativa para que essa exploração seja minimizada é o licenciamento, que deve ser feito pelo DNPR ou pelo IMA. Com esse licenciamento ambiental será vista qual a melhor forma de extrair com menos impactos ambientais. Outra questão, é o Plano de Recuperação da Área Degradada (PRCA), que irá determinar o que deve ser feito no final da exploração”, explicou. L.S.R.
IMA estuda licenciamento na região A Área de Preservação Ambiental de Murici, cuja exploração já é de conhecimento do IMA, está sendo alvo de um levantamento da diretoria de licenciamento. “A área final da APA de Murici é a rodovia BR-104, não temos ideia de quantas pedreiras estão dentro dessa área, mas já sabemos que existem algumas. Fizemos algumas fiscalizações, notificamos alguns donos de pedreira, mas é preciso uma ação mais firme, que será feita a partir do levantamento para poder abordar”, explicaram Alex Nazário diretor das Unidades de Conservação do
IMA e Ycson Teotônio, chefe da APA de Murici. De acordo com o diretor das Unidades de Conservação é possível utilizar as pedreiras e forma sustentável. “A APA de Murici é uma área que permite a utilização dela, mas renovando os recursos e avaliando os danos ao meio ambiente. O que ocorre de errado hoje, é essa exploração desordenada. É preciso uma mudança, que deve acontecer a partir do licenciamento, onde a retirada de pedra vai acontecer de forma ordenada e agredindo menos o ecossistema”, disse. L.S.R.
exige regularização das atividades No mês passado, a Justiça do Trabalho resolveu reagir e através de uma liminar determinou o cumprimento de uma série de recomendações relacionadas ao trabalho nas pedreiras de Murici. A ação quer mudar a maneira como o trabalho é executado, que atualmente não tem o mínimo de segurança do trabalho, sem registro em carteira e com diárias em valor inferior ao mínimo legal. O Ministério Público do Trabalho teria realizado uma série de inspeções, constando in loco as irregularidades. Um dos fatos que mais chamou a atenção do órgão foi o fato de que os trabalhadores utilizavam explosivos sem qualquer treinamento ou uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), o que já ocasionou acidentes e até mortes. Para tentar organizar a situação, o MPT chamou os órgãos ambientais para a responsabilidade, pedindo que IMA, IBAMA e o Departamento Nacional de Produção Mineral para se manifestarem sobre a situação. Para a prefeitura de Murici, uma liminar exige a apresentação de um levantamento de todas as pedreiras, regulares e clandestinas, existentes nos limites do município. Ainda como ação, a prefeitura fica impedida de comprar materiais provenientes de pedreiras irregulares, bem como terá de fiscalizar, regularizar ou encerrar o funcionamento de pedreiras clandestinas, sem constituição jurídica, ou seja, que não estejam inscritas no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). A prefeitura poderá pagar uma multa no valor de cinco mil reais por obrigação descumprida. L.S.R.
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DIA a Dia Igor Pereira
Valor do silêncio A coluna foi informada de uma situação grave. A informação dá conta de que um líder comunitário do Benedito Bentes agiu com esperteza quando era discutida a instalação do aterro sanitário no bairro. Pois bem, a notícia chegada à coluna diz que o espertinho exigiu o pagamento de R$ 5.000,00 por mês para evitar a realização de protestos no bairro. Isso mesmo, o líder comunitário teria, então, vendido o seu silêncio à empresa que iria implantar o aterro sanitário. A coluna sabe que, de uma hora para outra, os protestos pararam e o processo para instalação do aterro sanitário no Benedito Bentes “andou”. A coluna está tentando confirmar os nomes dos envolvidos.
Deraldo Francisco - diaadia@odia-al.com.br
Na calçada do shopping... O nome da empresa de segurança de valores é Prossegur. Assim mesmo, com essas lestras. Pois bem, coluna conta aqui um fato ocorrido por estes dias, na saída das Lojas Americanas, no Shopping Cidade, no Farol. Três rapazes conversavam na calçada do estabelecimento quando, de repente, ouve-se o barulho de um “golpe” dado numa espingarda 12. Pronto, depois disso é só apertar o gatilho que o cartucho sai pegando fogo e derrubando tudo pela frente. Os três rapazes ficaram na mira de um vigilante da Prossegur que escoltava o “fiel”, aquele vigilante que sai com o malote.
...perto das Americanas A atitude do vigilante foi a de que os rapazes estavam na condição de suspeitos. Só que nenhum deles sabia que, ao invés de sair pela porta da Caixa, os vigilantes saem pelo shopping, fortemente armados, com muito dinheiro e como se estivessem passeando, olhando as promoções das lojas. O carro-forte, todo errado, estava parado na Avenida Fernandes Lima, esperando a equipe com o dinheiro e o armamento. Tenha jeito, sujeito! Faça a coisa certa e deixe de colocar em risco a vida de inocentes!
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Um buraco no Pinheiro
urante a semana, os motoristas que precisaram passar pela Rua Manoel Menezes, no Pinheiro, foram prejudicados por este buraco. Os moradores e comerciantes que
ficam próximos ao local tentaram resolver o problema colocando metralha no buraco. Mas não adiantou muito. O buraco incomodou durante a semana toda. A coluna chama a
atenção do pessoal da Seminfra para resolver este problema lá no Pinheiro. É coisa simples, umas quatro ou cinco pás de asfalto quente resolvem a situação e todo mundo fica feliz.
Blecaute em Maceió Esta semana será de “blecaute” em Maceió.A maioria dos bairros da cidade vai ficar sem energia. A coluna levantou que mais de 20 bairros serão atingidos
com a suspensão momentânea do fornecimento durante a semana. Isso vai acontecer por conta dos reparos da manutenção programada. A falta
l Domingo (17): Cruz das Almas, Tabuleiro do Martins, Cambona, Bom Parto, Levada, Farol, Poço e Ponta da Terra.
Tapando os buracos de energia vai acontecer nos dois períodos, sendo um de cada vez, por bairro. A coluna lista a seguir os bairros que ficarão sem energia conforme os dias:
l Quarta-feira (20): Barro Duro, Feitosa, Tabuleiro, Santa Amélia e Prado. l Quinta-feira (21): Ponta Verde, Jatiúca, Tabuleiro e Farol.
l Segunda-feira (18): Benedito Bentes, São Jorge, Tabuleiro, Clima Bom, Trapiche da Barra, Pontal da Barra e Loteamento Acauã.
l Sexta-feira (22): Ponta Verde, Centro, Clima Bom II, Ipioca, Jacintinho, Santa Amélia, Bebedouro, Tabuleiro e Clima Bom.
l Terça-feira (19): Farol, Tabuleiro e Benedito Bentes l Sábado (23): Ponta Verde, Ipioca e Tabuleiro.
A coluna observou por estes dias que o pessoal da Seminfra está trabalhando firme na Ladeira Passos de Miranda, mais conhecida como Ladeira do Calmon, em Bebedouro. Um monte de buraco estava sendo tapado com asfalto novinho em folha e quentinho. Aliás, aquela ladeira é castigada o ano inteiro, de inverno a verão. Como o movimento de carros subindo e descendo na ladeira é grande, a buraqueira cresce todos os dias. A coluna lembra ao pessoal da Seminfra que não se canse porque há muitos buracos para tapar em Maceió.
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MERCADO
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ESTIAGEM reduz produção do tubérculo em Alagoas e casas de farinha trazem matéria-prima do Centro-Oeste e Sudeste
Preços da macaxeira e da farinha disparam A
macaxeira e sua farinha são a base da alimentação do nordestino, em especial em Alagoas, conhecida pela boa qualidade do produto de suas casas de farinha. Mas tem sido cada vez mais difícil manter este hábito alimentar: os preços da macaxeira e da farinha subiram vertiginosamente nos últimos três
meses, ultrapassando os 100%. A macaxeira, que costumava ser comercializada nas ruas da capital por R$ 3 o quilo, chegando a R$ 5 dois quilos, hoje é vendida por R$ 5 um quilo na parte baixa da cidade, Jacintinho, Barro Duro, Farol, Gruta de Lourdes, Serraria e suas imediações. Geovane Salustiano da Silva vende macaxeira na entrada da Grota do Cigano, em Mangabeiras. “A macaxeira vem de Matriz do Camaragibe. Sempre
Quilo da farinha chega a custar R$ 7,50 No Mercado da Produção não é muito diferente, embora o preço da farinha temperada seja um pouco menor: o produto é comercializado entre R$ 6 e R$ 7,50. O cerealista João Paulo dos Santos confirma o aumento nos preços do produto. “A mandioca está vindo de São Paulo. O problema é o frete que as casas de farinha precisam pagar. O preço da farinha comum agora é de R$ 4,50 e da quebradinha R$ 5”, explica. José Miranda da Silva comercializa goma de mandioca utilizada para fazer tapioca. “Há dois meses o quilo da goma custava R$ 4, mas agora não dá para vender por menos de R$ 5,50”, admite o vendedor. Nete Rodrigues, da Rodrigues Cereais, acreditava que o preço da farinha ia baixar nesta semana, depois do anúncio do fim dos impostos para os itens da cesta básica, mas qual não foi sua surpresa quando o produto chegou ainda mais caro de seu fornecedor. “Há mais ou menos um mês a farinha temperada custa R$ 7, antes era R$ 3,80. Se eu aumentar, ninguém compra. O jeito é reduzir a margem de lucro. A farinha amarela era R$ 2 e agora está por R$ 6,50; já a quebradinha vendíamos por R$ 1,65 agora está por R$ 5”, revela a comerciante. Ela afirma que o produto mais caro alterou o comportamento dos clientes. “Com esta alta, é claro que o movimento está pequeno, tanto que estamos fechando a loja mais cedo. Há uns dois meses vários clientes faziam feira e gastavam entre R$ 200 e R$ 300 em qualquer dia da semana.
Agora só feiras de no máximo R$ 60 ou R$ 70 de segunda a sexta-feira e no máximo de R$ 130 no final de semana. Antes os clientes compravam dois ou três quilos, hoje tem gente que vem para comprar meio quilo de farinha”, lamenta. Nos supermercados da capital a situação não é diferente: o preço das farinhas está compatível com os mercados públicos, mas a diferença é grande entre uma loja e outra. A reportagem do O DIA ALAGOAS esteve em três estabelecimentos e conferiu os preços. A farinha mais barata no Extra é da marca Tio Neco e sai por R$ 5,69, seguida pela KFarinha, por R$ 6,79, a Farinha de Mandioca Vitória custa R$ 7,95 e a mais cara é a Farinha de Mandioca Especial Vitória (amarela) R$ 8,35. A surpresa foi o preço da macaxeira: R$ 2,79, quase a metade do preço praticado nas ruas. No G Barbosa as farinhas mais baratas são das marcas São Miguel e Tio Neco, ambas por R$ 4,79 o quilo, seguidas pela Canaã por R$ 4,95, Delícia que custa R$ 5,49, a farinha amarela Turquesa por R$ 6,39, e a Turquesa branca que sai por R$ 6,99. No Bompreço é encontrada a farinha de mandioca mais barata, a Farinha do João que custa R$ 4,18, seja ela branca ou amarela. A segunda mais em conta é a quebradinha Zé de Lima por R$ 4,79, seguida pela Canaã, que tanto a branca quanto a amarela saem por R$ 4,98, mesmo preço da Líder. A mais cara é a Atalaia, que sai por R$ 5,38 o quilo. No G Barbosa e no Bompreço não havia macaxeira à venda. I.F.
vendi muito, mas agora que o preço subiu os clientes sumiram. O saco com 50 quilos custava entre R$ 70 e R$ 80 e eu vendia o quilo por R$ 3. Há três meses o preço vem subindo e agora o saco de macaxeira chega para mim por R$ 140 e eu vendo o quilo por R$ 5”, conta. “Não comprava macaxeira há quase um mês. Na semana passada um vendedor passou pela minha rua. Pedi dois quilos e quando fui pagar tive um susto danado: R$ 10. Contei
para minha mãe e ela me confirmou que o aumento aconteceu há dois meses”, explica a professora Laís Ferreira, que mora na Jatiúca. Já no Tabuleiro do Martins e bairros circunvizinhos, o tubérculo chega a ser vendido a R$ 6 o quilo. A dona de casa Cláudia Farias mora próximo à Feirinha do Tabuleiro e diz que a macaxeira tem pesado em seu orçamento. “Eu comprava dois quilos de macaxeira por
R$ 5, agora um quilo custa R$ 6. Reduzimos o consumo de macaxeira em nossa casa, assim como da farinha, que está caríssima. A farinha sergipana, que custava R$ 4,99 agora custa R$ 7; a farinha amarela, não chegava a custar R$ 3, de dois meses para cá passou para R$ 5,90”, reclama. Ela lembra que algumas variedades de farinha temperada chegam a ser vendidas por R$ 9 o quilo no Mercado Público do Tabuleiro.
Igor Pereira
Iracema Ferro Repórter
João Paulo dos Santos mostra a farinha mais vendida, a quebradinha, hoje vendida por R$ 5 o quilo
Tapioqueiras repassaram parte do prejuízo O aumento no preço da macaxeira e da farinha refletiu também, mas em menor escala, no preço das tapiocas, vendidas em boxes e barracas na orla e em vários outros pontos da cidade. No Box Salvador & Cia, na orla de Jatiúca, as tapiocas subiram R$ 0,50. A tradicional passou de R$ 3,50 para R$ 4.
“As vendas continuam aquecidas, mesmo estando na baixa temporada. Nossa barraca é a que está mais em conta”, garante Erivânia do Nascimento. Ariana Maria da Silva, da tapioca mais tradicional de Alagoas, a Maria Bonita, afirma que apesar do produto
ter aumentado em R$ 1, “o movimento se manteve normal para o período de baixa temporada”. A tapioca básica (massa de goma de mandioca e manteiga) saiu dos R$ 3,50 para R$ 4,50 e a tradicional (massa de goma de mandioca, manteiga e coco ralado). I.F.
Seca e demanda aquecida motivaram a alta Por que a macaxeira, a farinha e a tapioca estão mais caras, mesmo depois de a presidenta Dilma Rousseff ter anunciado a desoneração da cesta básica (e a farinha é item essencial na cesta básica do alagoano)? O economista Cícero Péricles explica. “A seca vem desde 2010, o que impacta com a quebra das safras de milho, feijão, arroz, hortaliças e, claro, macaxeira. Além das safras, a seca prejudica as ofertas de carne e leite. Paralelamente houve o
aumento da renda das famílias. Estes dois fatores aliados são determinantes para o aumento dos preços”, defende. Como os nordestinos não podem ficar sem a farinha, a macaxeira nem os outros grãos, e não há produção suficiente para atender a demanda local, os produtos estão sendo trazidos do Centro-Oeste, Sudeste e até do Paraná, o que implica num preço muito mais alto. “Ter que trazer a macaxeira e os grãos de outros Estados afeta diretamente o bolso do
consumidor. Há a expectativa este ano de safra recorde de 185 milhões de toneladas de grãos no Brasil. Por enquanto, vivemos um momento de alta nos preços. De março do ano passado para cá a cesta básica subiu duas vezes mais no Nordeste do que no Sudeste.”, explica o economista. “Em Alagoas não há outra alternativa imediata para resolver a alta dos preços que não seja a chuva. Mas o homem não tem nenhum controle sobre isso”, lamenta. I.F.
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MERCADO Momento Econômico Dicas de economia para o dia a dia do consumidor Jair Pimentel jornalista.jairpimentel@gmail.com
Fuja dos juros Em momentos de crise econômica mundial, seus reflexos já são sentidos no Brasil - apesar de o governo alegar o contrário - com o aumento dos preços de alimentos, o que consequentemente vai gerar mais inflação e aumento nas taxas de juros. O Produto Interno Bruto (soma de tudo que o país produz durante um ano) foi um dos mais baixos dos últimos anos), gerado exatamente pela queda nas exportações e aumento das importações. Se os países compradores de produtos brasileiros compram menos, claro que é o reflexo da crise que estão atravessando e influindo por aqui. Diante de tudo isso, que já vem ocorrendo na Europa há cinco anos, só resta ao consumidor, economizar ao máximo em seu orçamento doméstico, mais principalmente evitar os juros cobrados em emprétimos, no comércio, em cartão de crédito e cheque especial. Procure comprar sempre à vista, pesquisando muito os preços, conversando com os vendedores, pedindo descontos e tendo certeza de que fez uma boa economia. A tentação é grande, principalmente para quem possui cartão de crédito e cheque especial. Essas duas modalidades de crédito são as que cobram as mais elevadas taxas de juros do mercado. Fuja delas!
Longo prazo Absurdo mesmo é o consumidor que faz um empréstimo para pagar em 60 meses (cinco anos), com juros baixos, que as financeiras anunciam a prestação no valor que pode “caber no bolso”. Tem até aposentado e trabalhador ganhando um salário mínimo que entra nessa “propaganda enganosa”. O valor triplica no final do prazo, quando o dinheiro tomado emprestado já foi gasto logo no início, e tem que ir pagando até a quitação total. Podem ocorrer vários problemas nesse longo período: desemprego, doença na familia, acúmulo de dívidas com outras prestações, etc.
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PROJETO INCLUI formação de grupo de trabalho e plano de ação conjunta
Proposta da Desenvolve incentiva a produção de alimentos em Alagoas A
Desenvolve – Agência de Fomento de Alagoas - apresentou proposta para fortalecer a produção de alimentos em Alagoas e reduzir o número de produtos importados de outros estados. A alternativa proposta é fruto de um diagnóstico realizado junto ao Instituto de Desenvolvimento Rural e Abastecimento de Alagoas (Ideral) e será aprimorada com formação de um grupo de trabalho. O grupo contará, além da Desenvolve e do Ideral, com a participação das Secretarias de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande) e da Agricultura (Seagri), da Central de Abaste-
cimento (Ceasa), do Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas (Emater) e do Sebrae Alagoas. Segundo o diretor de Desenvolvimento e Projetos da Desenvolve, Fábio Leão, a formação de um grupo de trabalho é fundamental, pois une forças em prol do desenvolvimento da produção local. “Começar um trabalho com ações isoladas não iria levar o projeto para frente; por isso estamos sugerindo a formação deste grupo para que as atividades sejam executadas em conjunto”, enfatizou. Durante o primeiro encontro do grupo, o diretor da Agência de Fomento de
Alagoas apresentou as ações da Desenvolve, que foram elaboradas visando a organização da produção e da demanda, e que podem servir de modelo para este novo projeto. Entre elas, estão as ações do Programa de Fortalecimento da Agricultura Periurbana, no Litoral Norte, e o Projeto de Apoio às Feiras Livres de Maceió. Para o superintendente de Fortalecimento da Agricultura Familiar da Seagri, Luciano Barros, o importante é “unificar projetos e ideias em comum visando a sistematização do projeto com atividades em andamento, acelerando o processo de fortalecimento da produção”.
Pesquisando sempre Na hora das compras de supermercado, procure um dia livre para essa tarefa, sem pressa, dando condições de visitar todas as prateleiras, levando uma lista do que precisa realmente, observando os preços, as marcas e a qualidade. Siga tudo isso à risca, jamais com impulso consumista, colocando no carrinho produtos supérfluos e que não constam da lista, só porque estão em promoção. Troque de marca. Muitas vezes você consome uma marca de sabão em pó e verifica que tem um similar de outra marca com um valor menor. Não conte conversa, leve para casa. Vai fazer uma boa economia.
Proposta da Desenvolve para reduzir a importação de alimentos em Alagoas foi apresentada durante encontro com representantes dos órgãos que vão integrar o grupo de trabalho
Seu orçamento Uma família com renda dupla pode e deve elaborar seu orçamento doméstico anual, com receita e despesa divididas entre os dois. Anota tudo que entra e sai do bolso, até mesmo as despesas do dia a dia, na padaria, por exemplo. É um exercício salutar, mas só pode ser feito mesmo pelo casal que não briga por causa de dinheiro. É uma maneira de saber quem está economizando mais. Tudo civilizadamente.
Seus direitos O nosso Código de Defesa do Consumidor já tem 18 anos de vigência e é um dos mais modernos do mundo.É cumprido e você pode constatar isso denunciando algum abuso por parte de comerciantes, prestadores de serviços, etc., desde que sejam pessoas jurídicas (camelô, prestamista e agiota, não valem) e você tenha a Nota Fiscal para denunciar no Procon. Faça isso. Não fique no prejuízo.
Feira Frequentar uma feira livre, mesmo com o tumulto, o calor sufocante, a gritaria dos vendedores, é uma boa maneira de economizar, principalmente em se tratando de hortifrutigranjeiros. Pode pechinchar com o vendedor, que é o proprietário da banca (ao contrário do supermercado) e levar para casa um produto que sai diretamente da roça para sua mesa. Nesse caso, quando se trata mais especificamente de produtos sem agrotóxicos, como os vendidos a cada sexta-feira na Feira Ecológica, ao lado do Mercado de Jaraguá.
Prestador de serviço Esse é um profissional que não tem qualquer tipo de controle de mercado. Dita seu preço e vai depender do consumidor aceitar ou não. Procure vários e vá barganhando, até encontrar aquele que realmente cobra menos e só pague quando o serviço for concluído e você aprovar a qualidade. Se for um eletrodoméstico que já foi outras vezes consertado, prefira comprar um novo. Muitas vezes o valor cobrado para conserto é superior ao que é vendido na loja.
Na Ceasa só 20% dos alimentos são de AL O diagnóstico, elaborado pela Desenvolve com dados fornecidos pelo Ideral, apresenta as estatísticas de comercialização de alimentos e produtos na Ceasa. Dentro do estudo, pode ser analisada a quantidade da produção local, a importação vinda de outros estados, bem como a demanda e variedade do mercado. Os dados apontam que dentro da média total de 7 mil toneladas de frutas comercializadas no Ceasa, apenas 20% é produzida em Alagoas e o restante vem de estados vizinhos, principalmente de Pernambuco. De acordo com o técnico do
N
Ideral, Artur César Nogueira, as frutas importadas de outros estados são: acerola, pêra, melancia e morango. “Mais de 95% dessas frutas que são comercializadas na Ceasa são produzidas em outros estados”, destacou. PLANEJAMENTO SIMPLIFICADO Dentro da proposta feita pela Desenvolve, estão inclusos um planejamento e cronograma das ações sugeridas para cada órgão envolvido, que, conforme tratado em reunião, terão apenas que direcionar suas atividades já em curso para o projeto. De início ficou definido que
a Desenvolve será a responsável pela elaboração dos estudos, a publicação das informações, a criação de um crédito sob medida e a elaboração de um projeto piloto de acesso ao mercado. O Sebrae será o responsável pela capacitação, consultorias e gestão dos negócios. A Emater e a Seagri serão as responsáveis pelo auxílio e assistência técnica e acesso e distribuição de sementes e grãos. A Seplande ficará responsável por uma possível articulação voltada para o associativismo e cooperativismo. Já o Ideral, responsável pelo repasse das informações atualizadas quinzenalmente.
Hapvida está entre os 300 melhores fornecedores para RH
a 6ª edição da pesquisa “100 Melhores Fornecedores para RH”, realizada anualmente pela Revista Gestão RH, da Gestão & RHEditora, o Sistema Hapvida Saúde é apontado como uma das melhores empresas prestadoras de serviços para a área de Recursos Humanos no País. A pesquisa visa valorizar o trabalho dos fornecedores de RH, com uma metodologia que se baseia em análises quantitativas e qualitativas. As empresas são avaliadas nos
segmentos Benefício, Talentos, Tecnologia e Gestão do Negócio. Em uma primeira etapa da pesquisa, divulgada na edição especial de 21 anos da Revista, de novembro/ dezembro de 2012, o Hapvida aparece entre os “300 Melhores Fornecedores para RH 2013”. A Revista, que é um verdadeiro guia de serviços para a área de RH, divulgará o resultado final, com os “100 melhores fornecedores para RH 2013”, ainda este ano.
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CONSTRUIR
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MERCADO IMOBILIÁRIO de Alagoas precisa buscar produtos em Santa Catarina e na Bahia para concluir as obras
Indústria ceramista não atende à demanda local Fotos: Igor Pereira
Éder Patriota Repórter
C
onsiderado como um dos principais itens de qualquer empreendimento, a cerâmica alagoana não vem conseguindo atender às inúmeras exigências das construtoras locais e à grande demanda existente no mercado imobiliário local, que aumentou de forma substancial o número de imóveis construídos a partir do ano de 2009, quando foi lançado o Programa Minha Casa Minha Vida, (MCMV), e em empreendimentos financiados pelo Sistema Financeiro de Habitação, (SFH), que são construídos em larga escala na capital.
Gondim atesta que a maior produção local é de cerâmica vermelha
Engenheira diz que falta cerâmica de acabamento Segundo a engenheira de obra da Sampaio Soriano, Rosa Lobão, no estado não existe fornecedor de cerâmica de acabamento (revestimento cerâmico: piso e parede), que é a principal utilizada nos empreendimentos imobiliários. “Toda construtora utiliza cerâmica de acabamento em
sua obra, sendo que em nosso estado não existe empresa que fabrica isso e assim nós somos obrigados a comprar produtos de empresas de fora, nos estados de Santa Catarina e Bahia”, citou. Já em relação aos fabricantes de tijolos e telhas locais, Rosa Lobão foi taxativa: “Os fabri-
cantes locais não têm preço nem quantidade suficiente para vender e qualidade no produto que é um dos mais importantes itens para a construção de um empreendimento. Além disso, as cerâmicas locais só atendem à demanda dos municípios e muitas vezes a nossa solicitação não é atendida”, salientou. E.P.
Gondim se queixa da concorrência “desleal” Em resposta às críticas feitas pela engenheira Rosa Lobão, o presidente do Sindicato da Indústria da Cerâmica do Estado de Alagoas (Sindcer), Frederico Gondim afirmou que o setor em Alagoas só produz produtos com base na cerâmica vermelha, ou seja, telhas e tijolos, sendo que atualmente está atendendo à 45% do mercado imobiliário local. “A base da indústria ceramista local é a cerâmica vermelha, que fabrica tijolos, telhas e lajotas, sendo que só possuímos uma única fábrica de telhas no estado e há 15 anos 17 empresas do setor faliram num período de dois anos, em virtude da falta de incentivo do governo, ao contrário dos estados de Pernambuco e Sergipe que estavam fortalecendo esse setor. Além disso, nossas
empresas não conseguiram manter os seus preços competitivos, pois a concorrência das empresas instaladas nos territórios sergipano e pernambucano é desleal até os dias atuais, contudo, no governo atual, o setor ceramista local vem se recuperando graças a alguns incentivos concedidos, por isso alguns empresários de fora estão vindo se instalar em nosso estado e empresários já instalados aqui estão ampliando os seus negócios”, justificou. Sobre a concorrência com empresas de outros estados, Gondim disse que ela é bastante desleal - sendo que muitas sonegam impostos em nossas fronteiras, como a carga acima do valor permitido e isso prejudica a arrecadação de tributos estaduais, como o
ICMS. “Aos poucos estamos superando as dificuldades existentes em nosso território, como é o caso da falta de combustível - em virtude de não possuirmos plantações de eucalipto e de caatinga, as quais ajudam na fabricação dos nossos produtos, entretanto o governo estadual está começando a nos ajudar doando mudas de eucalipto e biomassa renovável. No entanto, o empresariado ceramista vem se mobilizando e investindo para solucionar este problema - creio que nos próximos quatro ou cinco anos atenderemos 80% do mercado, pois todos os nossos associados atendem às normas ambientais e às da ABNT, além de serem beneficiados pelos convênios que possuímos com o Sistema S”, explicou. E.P.
SETOR CERAMISTA EMPREGA Conforme dados do Sindcer, as 34 empresas existentes no estado, sendo 31 associadas à entidade e mais seis se
encontram em construção, estão gerando 1.800 empregos diretos e 1.200 indiretos.
Engenheira Rosa Lobão criticou a falta de oferta da cerâmica branca no Estado
“Falta estimular o segmento em Alagoas” Para Marcos Calheiros presidente do Sindicato dos Economistas no Estado de Alagoas, (Sindecon), o setor só evoluirá se o estado fortalecer mecanismos fiscais e tributários, para estimular esse importante segmento. “Sugiro que dentro dos trâmites legais existentes, seja estimulada a compra dos produtos produzidos pelo setor
ceramista local”, afirmou. Calheiros disse que se deve levar em consideração a qualidade dos produtos produzidos aqui em Alagoas. “Se os preços forem competitivos não tem porque não comprar aqui e em alguns casos, quando a compra é realizada em grande volume, parte do valor é pago em imóvel”, contou. E.P.
Cerâmica vermelha é o trunfo do mercado Gondim afirmou que algumas empresas do setor possuem tecnologia superior, em relação às concorrentes dos estados vizinhos. “A cerâmica vermelha é bastante utilizada no mercado local, principalmente o tijolo, que tem preço para concorrer com os fornecedores de outras unidades federativas”, destacou. Em relação ao crescimento do setor, Gondim acredita que será elevado. “Creio que
esse ano a indústria ceramista local crescerá em torno de 20%, por estarmos investindo maciçamente em mão-de-obra qualificada e em tecnologia de ponta”, reforçou. Por fim, Gondim disse que para quem pretende investir no setor em Alagoas, o Sindcer dá total apoio. “O Sindcer possui técnicos capazes de ajudar na elaboração do projeto em todas as suas etapas e esse auxílio é gratuito”, salientou. E.P.
Produção de tijolos, lajotas e telhas Conforme o gestor técnico da Solo Incorporações, Carlos Gomes Filho, a empresa compra materiais de insumo do setor ceramista local. “Compramos tijolos, lajotas e telhas”, contou. Em relação, às vantagens de comprar nas indústrias locais, Gomes afirma que são as seguintes: rapidez na entrega da encomenda, menor preço em virtude da proximidade com o cliente,
facilidade na substituição dos produtos defeituosos e o atendimento às normas de qualidade do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat, (PBQPH). Já sobre a desvantagem existente no setor ceramista, Gomes diz que a existência de um único fabricante de telha cerâmica dificulta a negociação de um preço melhor para o futuro cliente dela. E.P.
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REGIONAIS
DIA no Interior Roberto Baía dianointerior@odia-al.com.br
Os 65 anos da Chesf
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EM OLHO D´ÁGUA do Casado produção agrícola mostra benefícios
Água do Canal já irriga plantação no semiárido de AL U
O vereador de Delmiro Gouveia, Edvaldo Nascimento (PCdoB), enalteceu, em discurso na Câmara Municipal, os 65 anos de fundação da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (CHESF), ocorrida na sexta-fera (dia 15). Edvaldo destacou a trajetória da empresa desde a sua fundação e fez alusão ao do decreto assinado pelo então presidente Getúlio Vargas, autorizando a organização da companhia.
Geradora de energia O parlamentar relembrou a importância da empresa como geradora de energia elétrica para o Nordeste. “Esta empresa, que completa 65 anos, é um marco na impulsão econômica do Nordeste. Hoje todas as sedes municipais desta região estão servidas pelo sistema da Chesf e os programas estaduais e federais, como o Luz para Todos, levam energia para quase 50 milhões de nordestinos”, disse.
Redução de tarifas Porém Edvaldo contrapôs o discurso de homenagem à realidade enfrentada pela empresa através da MP 579/Lei 12.783, que prevê a redução das tarifas. A medida está levando a Chesf a extinguir os investimentos em projetos sociais, ações que ela realiza ao longo dos anos e que beneficiam centenas de municípios onde está instalada.
Papel social “Ao parabenizar a Chesf estou parabenizando a capacidade do povo nordestino. E não podemos negar a importância e o papel social que ela desenvolve nos municípios da região Nordeste, incentivando projetos nas mais diversas áreas. Esta MP trará graves consequências para as comunidades.”
Seminário Nascimento propôs uma moção de congratulação à Companhia e a realização de um seminário com os vereadores dos municípios da região dos lagos de Xingó para discutir os efeitos da MP e propor garantias de investimentos para a região como compensação pela energia gerada pela Chesf.
Compromisso social “Os 65 anos de geração e transmissão de energia se somam à necessidade de manter o compromisso social da empresa com o povo dos seus reservatórios e isto precisa ser cobrado da empresa. A Chesf é uma empresa sonhada por Delmiro Gouveia e construída por nós nordestinos, que tem uma identidade cultural com a nossa história e nossa alma. Que os nordestinos se unam para defender esta empresa construída com o dinheiro e o suor do povo brasileiro”, completou o vereador.
ma área de meio hectare para produção de forragens irrigadas com água do Canal do Sertão, no Sítio Poços Salgados, em Olho D’Água do Casado, tornou-se modelo para os demais produtores rurais da região semiárida. A unidade, instalada pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), na propriedade do agricultor Cícero de Souza, foi citada pelo governador Teotônio Vilela e pela presidenta Dilma Roussef, na inauguração do primeiro trecho do Canal, na última terça-feira (dia 12). No local, são produzidos capim, sorgo, cana-de-açúcar e palma, que serão utilizados para alimentar os animais, como bovinos, ovinos e caprinos, principais atividades dos sertanejos da região. “A criação desses animais, bem como o plantio de grãos para alimentação humana, são as principais culturas dos agricultores do semiárido. Dessa forma, vamos instalar, com recursos já garantidos pelo Governo do Estado, outras 50 unidades irrigadas, cada uma com cerca de um hectare”, salientou o secretário de Estado da Agri-
Vilela esteve na plantação e anunciou a instalação de mais 50 unidades irrigadas
cultura e do Desenvolvimento Agrário, José Marinho Júnior. Ainda de acordo com ele, a Seagri vai coordenar a implantação de uma área contínua, de cerca de 50 hectares, para produção de forragens, que vão atender às demandas de associações e cooperativas do Sertão e da Bacia Leiteira do Estado. “Queremos garantir alimento para o gado o ano inteiro, principalmente para a pecuária de leite, que é a atividade que mais gera renda para o agricultor familiar”, emendou Marinho. “Para isso, contamos com a parceria da Codevasf, que
vai garantir a infraestrutura de irrigação dos perímetros de Pariconha e Delmiro Gouveia, numa área superior a 6 mil hectares”, salientou. De acordo com o secretário, a irrigação será feita com respeito às condições naturais da região, principalmente tipo de solo, e à vocação dos agricultores. “As organizações sociais e cooperativas, entre elas a Fetag, a Faeal, a CPLA e a Coopaz, trabalham conosco no planejamento agrícola e no fomento à produção no semiárido”, finalizou o secretário José Marinho Júnior.
Agricultura irrigada ganha novos incentivos O Governo do Estado firmou parcerias com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) para incentivar a agricultura irrigada no entorno do Canal do Sertão, cujo primeiro trecho, de 65 quilômetros, foi inaugurado na última terça-feira (12) pela presidenta Dilma Rousseff. Para tratar das parcerias e discutir os primeiros perímetros irrigados, o secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, José Marinho Júnior, e o diretor de Planejamento e Projetos de Irrigação da Seagri, Sílvio Romero, reuniram-se no início deste mês, em Brasília, com o diretor de Desenvolvimento Integrado e Infraestrutura da Codevasf, Guilherme Gonçal-
ves, e técnicos da instituição. “A Codevasf vai garantir investimentos em infraestrutura hídrica para irrigação em alguns perímetros, enquanto o Governo do Estado vai apoiar os produtores com insumos, sementes, máquinas, ferramentas de plantio, aração do solo, assistência técnica e apoio para comercialização”, explicou o secretário José Marinho Júnior. Com o apoio da Codevasf, serão implantados 3.100 hectares irrigados no perímetro de Pariconha e 3.200 em Delmiro Gouveia. A entidade vai realizar as obras e já estão em andamento os estudos necessários para implantação dos projetos. “Os perímetros irrigados serão inclusivos, ou seja, terão a participação dos agricultores, que serão
beneficiados para produzir e comercializar”, destacou o secretário. Segundo ele, já estão confirmadas, com recursos próprios do Estado, por determinação do governador Teotônio Vilela, 50 unidades de irrigação, de um hectare cada uma, sendo 20 unidades com irrigação por gotejamento e 30 por miniaspersão. “As unidades de irrigação serão implantadas nas propriedades dos agricultores familiares que vivem no entorno do Canal”, comentou o secretário. Também será implantada uma área contínua, com cerca de 50 hectares, para produção de forrageiras irrigadas, que são usadas na alimentação dos animais, principalmente o gado de leite, ovinos e caprinos.
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ARAPIRACA
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ZONA AZUL DE ARAPIRACA deverá ser implantada no Centro ainda este ano; medida divide opiniões entre motoristas
Para organizar o trânsito Carlos Alberto Jr. Repórter
O
Parqueamento Rotativo de Arapiraca, a Zona Azul, deverá ser implantado no Centro ainda este ano. O plano não é uma novidade para os motoristas, já que é avaliado e discutido pelo Governo Municipal e pela sociedade há quase quatro anos. O projeto foi aprovado pelos vereadores em 2011. Na semana passada, a polêmica envolvendo o assunto voltou às discussões pelo novo superintendente de Transportes e Trânsito do município, Ricardo Teófilo.
tamento de quantas vagas existem no Centro e quais são os locais indicados para a implantação da Zona Azul. Com as mudanças que faremos no trânsito, a Zona Azul poderá ser implantada ainda este ano”, afirmou Teófilo. O superintendente afirmou à reportagem de O DIA ALAGOAS, através da sua assessoria de imprensa, que o estudo técnico deverá ser finalizado até o final deste semestre. “Os locais serão quantificados e demarcados. A determinação da prefeita [Célia Rocha] é de que seja feita a análise e a implantação da Zona Azul o mais rápido possível”, informou a assesso-
Ele afirmou que um novo estudo técnico, com a finalidade de levantar os principais pontos e vagas para o estacionamento rotativo, está em fase de execução. O projeto consiste na implantação de um sistema rotativo de trânsito, para dinamizar a mobilidade dos veículos, principalmente no Centro, viabilizando maior fluidez no trânsito. Ricardo Teófilo disse que a equipe de tráfego do órgão já tem um estudo binário de mudanças das principais vias do Centro, que proporcionará maior fluidez ao trânsito de Arapiraca em toda a área central da cidade. “Nossa equipe está fazendo o levan-
ria da SMTT. Ricardo Teófilo segundo a assessoria de imprensa da SMTT afirmou em entrevista à Rádio Novo Nordeste, na terça-feira (dia 12), que o trânsito é um desafio diário e uma preocupação das autoridades em todo o país. Na cidade, ele ressaltou a importância de se trabalhar dentro da legalidade, baseado no Código de Trânsito Brasileiro e conscientizar a população com ações voltadas para a educação no trânsito. A FROTA Atualmente, Arapiraca possui uma frota de mais de 70 mil veículos, contando apenas com placas da cidade.
Zona Azul é “faca de dois gumes”, diz empresário implantação da Zona Azul é uma “faca de dois gumes”. “Isso porque, na maioria das vezes, procuramos lugar para estacionar nas ruas do Centro e não encontramos. Há comerciantes que estacionam numa vaga pela manhã e só tiram pela noite. Com a implantação da Zona Azul, quanto mais demorar, mais vai pagar. O fato ruim, é ter que pagar para estacionar em via pública”, lembrou. Por outro lado, o contador
administrativa, Luana Régia de Souza, as pessoas desistem de fazer compras no Centro e se dirigem a outros bairros em busca de local para estacionar. “Acabei criando outros hábitos, como por exemplo, pagar algumas contas pela Internet. Quando não dá, eu me dirijo a algum caixa eletrônico ou casa lotérica. Acabo economizando o dinheiro do estacionamento”, pontuou. Já o empresário Edson José, afirmou à reportagem que a
Amarildo Feitosa dos Santos não concorda com a implantação da Zona Azul. “Já pagamos tantos impostos à prefeitura, ao Estado e à União e querem colocar mais um. Acho um absurdo isso. O problema no trânsito de Arapiraca não vem de hoje. Deixaram a situação crescer, até chegar a esse ponto e nós quem deveremos pagar pela falta de ação dos antigos gestores? Não aceito, mas não teremos opção, pelo visto”, desabafou. C.A.J.
Fotos: Carlos Alberto Jr.
Com o crescimento da frota de veículos na cidade, o número de estacionamentos disponíveis no Centro acabou ficando insuficiente para a demanda, realidade que não vem de hoje, por sinal. É comum encontrar motoristas que desistem de ir até o centro comercial de Arapiraca para efetuar compras ou pagamento de contas, por exemplo, sob a alegação dos custos com estacionamento. De acordo com a assistente
Os carros parados nos cantos na Rua do Sol deixam um beco para o trânsito
Dayanny Soares destaca a segurança para os carros nos estacionamentos
Rua do Sol, o eterno problema do trânsito local Um dos principais problemas do trânsito no Centro de Arapiraca tem nome, Rua do Sol, onde diversos estabelecimentos que vendem mercadorias em grosso e varejo estão instalados. Por isso, a circulação de veículos, principalmente os pesados, é intensa o dia inteiro. Ao longo da rua cada centímetro é disputado. Lado a lado estão motocicletas, bicicletas, carros para frete e até carrinhos para transporte de pequenas compras. Isso sem contar os trabalhadores de carga e descarga.
Na última sexta-feira (dia 15), a reportagem de O DIA ALAGOAS flagrou, em plena manhã, no cruzamento com a Rua São Francisco, um veículo de transporte de cargas estacionado exatamente ao lado de uma placa de proibido estacionar. O motorista não quis explicar o motivo da irregularidade. Ao mesmo tempo, as duas laterais da rua estavam ocupadas com veículos de passeio, vans, caminhões de carga, sem contar os carrinhos de mão ocupando a
faixa central, impedindo o trânsito de veículos. A nova gestão da SMTT afirmou que já iniciou conversas com os comerciantes para encontrar melhor solução para a fluidez no trânsito. De acordo com o superintendente da SMTT, a ideia é propor aos comerciantes que o horário para o chamado descarregamento de mercadorias, aconteça entre 19 e 7 horas da manhã do dia seguinte. Há alguns anos, no entanto, a SMTT firmou um acordo com os comerciantes
instalados no local, para minimizar os constantes congestionamentos pela Rua do sol. No entanto, o acerto nunca foi cumprido. A alegação dos comerciantes é de que, trabalhando durante a noite, os trabalhadores teriam que receber adicional noturno pelos serviços, o que acabaria onerando os preços dos produtos comercializados. “Temos que conversar bem sobre esse assunto, porque o que não queremos é penalizar o consumidor”, disse um comerciante. C.A.J.
Se a esse número forem somados os veículos de municípios vizinhos, a quantidade subirá para 90 mil veículos. Com uma população de pouco mais de 200 mil habitantes, Arapiraca tem hoje um veículo para três pessoas, segundo dados divulgados pela SMTT, no final de 2012. Com uma frota dividida, pelo menos metade dos veículos que trafegam pela cidade é composta por motos e a outra metade composta por carros, a Zona Azul prevê “bolsões para motos”. Ou seja, os espaços de carros e motos serão alocados em lugares diferentes, mas com o mesmo preço: R$ 1,50 para duas horas.
Por enquanto, os estacionamentos faturam alto Hoje, estacionar veículo em estacionamento privado no centro de Arapiraca, durante o horário comercial, custa entre R$ 3 e R$ 6, o período que é variável. Se não houver reajuste, o valor do estacionamento na Zona Azul será de R$ 1,50 a hora. Já a gerente de um estacionamento localizado na Rua Professor Domingos Rodrigues, em sua parte central, Dayanny Soares, afirma ser favorável à implantação da Zona Azul. Segundo ela, o valor cobrado pelo período inteiro, de R$ 3 para cada veículo, é pequeno, mas a maioria dos motoristas e proprietários prefere circular à procura de uma vaga gratuita. “Aqui nós temos segurança, na rua não. Se sumir algo ou o veículo for danificado nós temos a responsabilidade de cobrir a despesa. Às vezes nós vemos estacionamentos e gente brigando por vaga na rua. Parte dos nossos clientes só nos procura após receber multa. E tem gente que acha o valor caro e ainda quer sair sem pagar”, revelou. Instalado no local há cerca de três anos e meio, o estacionamento tem disponibilidade para receber 80 veículos, entre carros e motos, ao mesmo tempo. De acordo com a gerente do estabelecimento, a implantação da Zona Azul vai ajudar, também, a disciplinar o trânsito no centro da cidade. “É comum a gente ver veículos estacionados ao lado das faixas amarelas e bem embaixo de placas de proibido estacionar”, afirmou. C.A.J.
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OS ‘LOUCOS’ colocam a razão de lado e defendem as cores do seu clube do coração em situações para lá de inusitadas
Loucuras por futebol Luciano Milano Repórter
G
andula-torcedor entra em campo e salva o que seria o gol do time adversário. Dirigente invade as quatro linhas
para tomar satisfação da arbitragem pelo que ele acha prejuízo do apitador contra seu clube. A bibliografia do jornalismo esportivo é recheada dessas passagens pelo mundo afora. Em Alagoas, a história mais emblemática é, sem dúvida, até agora, a
do ex-massagista do CSA Cícero Lopes de Araújo - o Castanha. Desesperado, Castanha entrou no gramado e evitou o que seria o segundo gol do rival CRB (jogo estava empatado por 1x1), em decisão de turno do Estadual de
1976. Ele foi expulso pelo então árbitro Pedro Rufino. A confusão no Clássico das Multidões se tornou generalizada. Nesta terceira edição, O DIA ALAGOAS traz duas histórias que contam as ‘loucuras pelo futebol’
protagonizadas por personagens do futebol alagoano, por amor às cores do seu clube e em momentos que, provavelmente, não pararam para racionalizar as atitudes. Ambos asseveram que estavam certos. Hoje, eles relembram os episódios.
Narrador invade campo para ‘pegar’ árbitro O ano ele não se recorda bem, mas lembra que foi no começo da década de 1980. Já reconhecido na carreira como narrador esportivo, sergipano radicado em Arapiraca há mais de 30 anos, Nelson Santos Filho, 55, ‘o locutor explosão’ conta que foi trabalhar ao lado do então repórter de pista e hoje também narrador José Silva Rocha, 55, no segundo jogo entre Itabuna x ASA pela antiga Taça de Prata – atual Campeonato Brasileiro. Apontado por colegas e torcedores de clubes adversários do ASA como narrador-torcedor, Nelson Filho fez jus ao título que ele rejeita. Depois de vencer o clube baiano por 2x0 em Arapiraca, o Alvinegro foi para Itabuna podendo perder por um gol de diferença para seguir na competição. Melhor que isso, o time arapiraquense ampliou a vantagem fazendo 1x0 no campo do adversário. Mas Nelson conta que tudo estava tramado para o Itabuna vencer o jogo e ficar com a vaga. E ele não aguentou ver o ASA sendo prejudicado. “ Te n h o 3 7 a n o s d e carreira, dos quais acompanhei o ASA sempre. Nesse tempo todo, vi o clube sendo roubado por arbitragens vergonhosas. Naquele dia, perdi a paciência quando vi que um jogador do Itabuna agrediu o do ASA e o árbitro nada fez. Depois, marcou pênalti, deixou de dar impedimento contra os caras e eu entreguei o microfone ao Erivaldo Silva (técnica) e desci para tomar satisfação com o árbitro. Eu ia pegá-lo. Quando cheguei lá embaixo, o Erivaldo Silva tentava explicar ao José Rocha parar no canal off, mas com o barulho o Rocha não ouviu e levou o maior susto quando me viu perto dele. Para disfarçar, pedi o microfone dele e ia perguntar ao árbitro se ele não tinha vergo-
nha do que estava fazendo. Mas acho que era só uma desculpa porque eu queria pegá-lo mesmo. Ainda bem que o Rocha foi sensato e me mostrou que aquilo poderia causar um problema para toda equipe”, relembra rindo da atitude que tomou. PÊNALTIS “No final da partida, o Itabuna fez um resultado que levou o jogo para decisão dos pênaltis, mas os atletas do Alvinegro estavam tão perturbados com a roubalheira que perderam quase todas as penalidades. Mexeu com o emocional de todo mundo”, conta Nelson Filho, o sergipano que chegou em Arapiraca em 1977 e nunca mais saiu. Sua ligação com o clube é tão grande que, em 2007, quando Conselho Deliberativo e Presidência Executiva renunciaram, ele foi um presidente-tampão por quase um mês. Temperamental, Nelson Filho, que hoje é diretor de programação da rádio Novo Nordeste e comanda o jornalístico Comando Geral da Novo Nordeste AM, diz que aquele episódio da década de 1980 não foi o único que ele perdeu o controle em virtude do que chama de arbitragem que prejudicou o ASA. “Sempre fui muito emocional. Nunca gostei de levar desaforo para casa. E isso me acompanhou nos jogos que faço. Não é só porque o ASA é o clube de Arapiraca, onde vivo e amo. Não admito injustiças. E vi muitas contra o clube e, quando não consegui segurar, usei o microfone para discutir com dirigentes de clubes adversários, diretores de federação e por aí vai. Como falei antes, vi muitas vezes o ASA ser roubado e o microfone foi arma para mostrar que o clube não estava só”, avalia. L.M.
Nelson Filho rememora partida entre ASA e Itabuna, quando perdeu o controle e foi tirar satisfações com a arbitragem
Amigo tentou dissuadir locutor de discussão Por telefone, o narrador e companheiro de jornada de Nelson Filho na partida do ASA contra o Itabuna conversou com O DIA ALAGOAS e se divertiu em relembrar o susto que levou ao ver Nelson lhe pedindo o microfone para dizer desaforos ao árbitro do jogo pela Taça de Prata. “Essa história é boa. Lembro que o ASA foi jogar em Itabuna, venceu em Arapiraca por 2x0 e fez um gol logo no primeiro tempo na Bahia. Mas aí o árbitro começou a
demonstrar que estava tudo armado para que o Itabuna passasse de fase na Taça de Prata. E não deu outra. O roubo foi grande e eles venceram por 3x1, levando o jogo para os pênatis. Os alvinegros perderam a concentração com tudo que houve no jogo e perderam as penalidades. No intervalo, vi o Nelson perto de mim na pista do estádio e levei o maior susto”, onta José Rocha, que hoje é narrador da rádio Pajuçara FM. “Perguntei o que ele estava
fazendo ali. Como o conhecia bem, sabia que algo errado acontecia naquele momento. E ele me pediu o microfone para entrevistar o árbitro. Não sei se ele agrediria fisicamente o apitador, mas nunca se sabe. Depois de muita conversa, o convenci de que qualquer coisa que ele fizesse poderia resultar em confusão e colocaria a equipe toda em risco porque estávamos fora de Alagoas. Ele me ouviu e voltou para narrar o segundo tempo”, c ompleta. L.M.
Dirigente rasga Código em plenário de Tribunal Euclides Mello está afastado do futebol, do CSA e do Mutange. Segundo o próprio ex-dirigente, a parcela de contribuição dele foi dada ao clube, sobretudo pelos tetracampeonato que conquistou pelo Azulão em 1996, 19977, 1988 e 1999. “Vencemos tudo. Infelizmente, o pentacampeonato não foi possível”, conta Mello. Em confronto contra o Vasco pela Copa do Brasil de 2002, o CSA venceu os cariocas em Maceió por 2x1 e saiu para o Rio de Janeiro em vantagem de poder empatar ou até perder por um gol para enfrentar o São Paulo nas quartas-de-final. Na partida em Maceió, o
Vasco utilizou o zagueiro João Carlos de forma irregular. No jogo em São Januário, o Azulão foi goleado por 4x0 e foi desclassificado. O CSA recorreu ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para ficar com a vaga. Depois de um empate por dois votos, o caso foi decidido pelo presidente da época do STJD, Paulo Salomão. Indignado com a decisão, Mello entrou para a história do STJD e do futebol brasileiro como o único dirigente a rasgar Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Isso mesmo: rasgou e jogou em cima da mesa dos auditores do Tribunal. Segundo Euclides, a força
de Eurico Miranda prevaleceu. Mesmo reconhecendo o erro do Vasco em utilizar o jogador irregular, o CBJD ainda não previa eliminação de clubes nesse contexto em competições mata-mata. O caso CSA/Vasco e a atitude de Euclides inauguraram nova fase na justiça desportiva porque o CBJD foi reformulado, admitindo eliminação em mata-mata. “Não sei se foi loucura por futebol. Mas rasguei e rasgaria outra vez porque o CSA foi vergonhosamente roubado, prejudicado porque era um time de Alagoas contra um poderoso do Rio de Janeiro. Esquema e imoralidade foram feitos naquele dia”, relembra. L.M.
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MÁRIO MARROQUIM anuncia a sua candidatura à presidência do Conselho Deliberativo e defende o entendimento no clube
Um bom Conselho Igor Pereira
Deraldo Francisco Repórter
A
eleição para presidente do Conselho Deliberativo do CRB promete ser uma das mais diferentes na história do clube. Nos últimos anos, não houve votação, mas aclamação por um nome de consenso. Desta vez, a polêmica sobre a venda do Beer CRB vai dar o tom da disputa. Um nome foi lançado pelo próprio candidato. Conselheiro há nove anos, o empresário Mário Marroquim lançou-se candidato no peito e na raça. Ele conta que não integra nenhum grupo, mas que depois que lançou o seu nome, recebeu apoio de vários conselheiros. A eleição ainda não está marcada, mas deve acontecer nos próximos 15 dias. Surgiu a informação de que um nome deva ser indicado pelo presidente Marcos Barbosa para concorrer às eleições do Conselho Deliberativo. Por que o senhor quer ser presidente do Conselho do CRB? Primeiro, para ajudar o CRB, que é o time do meu coração. Só torço para o CRB e tenho por este time um carinho enorme. Meu coração é só CRB. É um sonho ser presidente do Conselho. Mas o senhor não já fazia isso como conselheiro? Fazia, mas senti que em alguns momentos o Conselho foi omisso no seu mister e eu me incluo neste rol de omissão. Durante esse tempo, estivemos todos juntos (Executivo e Conselho) para ajudar o CRB diante das dificuldades. O papel do
Conselho é fiscalizar as ações do Executivo, bem como criar leis para que o Executivo funcione perfeitamente. Não é interessante que o Conselho e o Executivo andem em rota de colisão. Eles devem andar no mesmo sentido, mas cada um com a sua função específica. Eleito, qual será a primeira ação no Conselho? Mudar o Estatuto. O CRB precisa de um Estatuto moderno e mais justo. Da forma como está, o Estatuto não tem funcionado. E a relação com o presidente? Quando lancei a minha candi-
datura, telefonei para ele e disse, inclusive, que queria o voto dele à minha candidatura. Não quero entrar em rota de colisão com o presidente. Se existir grupos antagônicos no CRB, a minha missão é unir todos. Eu sou um conselheiro que pretende agregar todos que pensam no CRB. E o impasse com o presidente do clube? Eu pretendo trabalhar muito para acabar com esse impasse. Mostrar que todos têm o interesse de tornar o CRB um time forte e que numa briga interna o maior perdedor é o clube.
Qual a sua principal bandeira para a campanha? A minha bandeira é nas cores vermelha e branca. Sou CRB em todos os momentos. Vou aos jogos, participo das discussões que interessam ao clube. Tenho uma perfeita identificação com a torcida. Participei da criação da ONG CRB Acima de Tudo. Assisto o jogo da arquibancada. Quem vai à tribuna pode muito bem reverter esse dinheiro para ajudar ainda mais o clube. Sou um candidato ao Conselho comprometido com o clube. O senhor está pronto para entrar no olho desse furacão? -
Veja bem, vou trabalhar com a seriedade que conduzo os meus negócios. Observando que sou apaixonado pelo CRB. Considerando que o time é maior que todos nós e que a paixão deve ser preservada e alimentada com boas ações. Não vou tolerar o erro. Diante de tudo isso o senhor é candidato? - Mas não tenha a menor dúvida. Sou candidato para ganhar a eleição, se não for aclamação, e conduzir os destinos do Conselho Deliberativo do CRB com respeito ao time, ao torcedor e, principalmente, ao Estatuto.
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CULTURA
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JOVENS CINEASTAS vindos da universidade usam modelo coletivo para produzir filmes e ambicionam rodar longa-metragem
Agora por eles mesmos Francisco Ribeiro Repórter
“O
cinema é uma a r t e coletiva”. A frase pode soar como clichê, mas ainda é a que melhor traduz a essência do trabalho de quem se propõe a ser um realizador audiovisual. E é esse espírito colaborativo entre diretores, roteiristas, produtores e outros profissionais da área, que se tornou um dos principais responsáveis por impulsionar o atual período do efervescência que o cinema alagoano vivencia. “Nós estamos produzindo
curtas metragens, sobretudo, por conta da união entre os amigos”, diz Paulo Silver, 20, sentado próximo ao bloco de Comunicação Social (COS), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), ponto de encontros dos jovens universitários que se descobriram cineastas. O resultado de uma dessas parcerias já rendeu três frutos. Foram os curtas Lixo, de Paulo Silver; Menina, de Amanda Duarte e Maysa Reis; e 12:40, de Dário Jr. Esse último, vencedor do prêmio Velho Chico de Cinema Alagoano, na segunda edição do Festival de Cinema Universitário de
Penedo, promovido pela Ufal, o ano passado. A estudante de jornalismo pela Ufal Amanda conta como tudo começou. “Sempre quis fazer algo relacionado ao audiovisual, mas não tinha a oportunidade por conta da falta de recursos e equipamentos no COS. Mas a partir da oficina Da Lauda ao Filme pude aprender mais sobre a técnica e amadurecer bastante minhas ideias para a construção fílmica”. Ministrada pelo professor dos cursos de Comunicação Social da Ufal e cineasta Almir Guilhermino, a oficina que visou apresentar os
vários aspectos que compõe a linguagem cinematográfica, é considerada por esses universitários como um divisor de água nas suas vidas. “A oficina na verdade aconteceu em função da minha indignação com o sucateamento do COS, especificamente, do nosso estúdio de vídeo. Diante dessa situação me questionei: Qual sentido vai ter daqui para frente se eu sempre procurei conciliar a teoria e a prática? Sempre me considerei mais uma pessoa de cinema do que um professor”, afirma Guilhermino, diretor do curta Tana’s Take (1986).
Inconformado com os rumos que o curso tomava, ele buscou parceria com a Pró-Reitoria de Extensão da Ufal visando apoio financeiro para a produção de dois filmes, os produtos finais da oficina Da Lauda ao Filme, realizada em março do ano anterior. “A proposta foi aceita pela Vice-reitora Rachel Rocha e recebemos uma verba de mais de sete mil reais”, lembra. Com esse valor foram produzidos os curtas 12:40, de Dário Jr., e Menina, de Amanda Duarte e Maysa Reis. Esse último já está gravado e encontra-se em fase de montagem.
‘Terra de Cego’ pode ser o segundo longa gravado em Alagoas
Equipe do curso de Comunicação Social gravando imagens para novas produções no Espaço Cultural da Universidade Federal de Alagoas, na Praça Sinimbu
Arte ousada e engajada já rende boas críticas, prêmios e espaço Seja em filmes com verbas minúsculas ou em produções maiores, o cinema produzido por Paulo e Amanda ao lado dos colegas de curso Isis Silva, Maysa Reis, Viviane Araújo, e Dário Jr., é marcado pela criação coletiva e o caráter independente. O resultado dessa empreitada são filmes ousados que têm obtido boas críticas, prêmios e espaço em festivais em outros estados, a exemplo de 12:40 que foi exibido no 23º Festival Internacional de curtas-metragens de São Paulo.
“Dessa experiência de fazer audiovisual o que mais me marcou foi à coletividade. Quando eu pude perceber a entrega de cada uma das pessoas que se envolveram, principalmente com o 12:40 e a oficina. Eles se desprenderam de tudo para embarcar nessa. A galera não pensou duas vezes”, conta Dário Jr., 40, estudante de Jornalismo pela Ufal. Após a produção dos curtas metragens 12:40 e Menina, o grupo agora se debruça para a realização de filmes sem nenhum apoio ou patrocínio. Filmado em fevereiro, com
apenas R$ 400 no caixa, a mais recente produção dos jovens cineastas é intitulada Lixo. A história narra um dia na vida de dois personagens – um catador de lixo e um jovem ‘playboy’ – que vivem na mesma cidade, mas habitam universos diferentes; para com base nessa premissa questionar o que realmente o lixo representa para cada um deles. O roteiro e a direção são assinados por Paulo, que já atuou como assistente de direção e na produção dos curtas anteriores. O rodízio na equipe e a falta de hierarquia é a marca
dessa espécie de “coletivo audiovisual”. Como orientador desse grupo, Guilhermino pontua: “O meu trabalho foi deixar os meninos mais a vontade e permitir que eles dirigissem seus próprios filmes. E isso foi uma experiência muito gratificante, porque o Dário Jr., que foi diretor de 12:40, trabalhou no filme da Amanda como assistente de direção. E assim foi indo. Eles trocaram painéis. Então foi uma experiência recompensadora porque eles puderam ocupar outras funções no cinema.” F.R.
Artista dotado de uma alma inquieta e questionadora Almir Guilhermino não cogita em parar por aí. Ele pretende dar continuidade a oficina iniciada em 2012 e produzir, com apoio financeiro da Ufal, mais 4 curtas metragens, ainda neste ano. Cada filme será dirigido por alunos diferentes, dando certa independência narrativa e estética. No entanto, a trama que os unirá vai compartilhar do mesmo um fio condutor: “a impunidade, a incapacidade do alagoano de gritar, de contestar, e sempre aceitando as coisas como elas estão”. “Em março, eu espero finalizar todos os roteiros e começar a produção. Vamos gravar os primeiros filmes em maio, para que em agosto termos quatro filmes prontos a tempo de participarem das mostras de cinema que ocorrem em Alagoas, como o Festival de Cinema Universitário de Penedo”, programa-se. O projeto intitulado Terra de Cego pode se tornar o segundo longa-metragem gravado em Alagoas. “O único longa que foi rodado aqui foi A Volta Pela Estrada da Violência, em 1971, por Wanderley José Lopés, da Caeté Filmes. De lá pra cá, não foi feito mais nenhum. E enquanto o Estado não tiver um longa, não se poderá dizer que ele faz cinema, pois realizar apenas curtas ainda é muito pouco, já que não possuem os espaços de circulação limitados, como, por exemplo, entrar numa sala de exibição. Quando tivermos um longa alagoano, eu poderei afirmar: Bem, agora a gente também faz cinema”, diz. F.R.
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A seguir, você confere breves perfis e depoimentos de cada um dos seis jovens cineastas e do orientador Almir Guilhermino Almir Guilhermino é cineasta e trabalha como professor dos Cursos de Comunicação Social há 31 anos. “Existe, de certa forma, um pensamento individual nas pessoas que fazem cinema aqui. Eles querem fazer sozinhos e não estão a fim de partilhar ou pelo menos juntar outros curtas metragens para montar um longa de
ficção. Ninguém quer e sabe o que eu digo? Eu vou fazer com a minha turma da faculdade, porque o sucesso não subiu a cabeça. Existe a humildade de trabalhar 24 horas por dia no cinema e de poder discutir sua ideia numa oficina, submetê-la a críticas. Mas isso é um problema que não é só do cinema, mas da cultura alago-
ana em geral. Do artista que não quer dividir a espacialidade da tela com outra pessoa e acha que está fazendo cinema coletivo na medida em que contrata profissionais para fazer um filme. Quem ganha o reconhecimento não sou eu isoladamente, ou Dário, ou Maysa, e é isso que as pessoas que produzem filmes aqui não se tocaram. Elas vão para a Mostra Sururu torcendo para que o concorrente não tenha feito um filme melhor que o seu”, alfineta.
Amanda Duarte, 24, estudante de Jornalismo pela Ufal, co-diretora e co-roteirista do curta Menina. “Fazia tempo que eu queria fazer algo na área do audiovisual, mas não tinha dito oportunidade
por conta da falta de recursos e equipamentos no Curso de Comunicação Social. Com a oficina pude aprender a parte técnica, mas também amadureci bastante minhas ideias para a construção fílmica. Uma experiência ótima,
onde realmente aprendemos a trabalhar com o cinema, e que deve permanecer na universidade. O nosso curso estava muito carente da possibilidade de ir a campo, praticar. Contamos com o apoio da produtora Panan Filmes, em especial, do Henrique Oliveira. O que deu um resultado final mais profissional pra coisa”, destaca.
Dário Jr., 40, estudante de Jornalismo pela Ufal Diretor e roteirista do curta 12:40. “Dessa experiência de fazer audiovisual o que mais me marcou foi à coletividade. Em especial, quando eu pude perceber a entrega de cada uma das pessoas que se envol-
veram, principalmente, com o 12:40 e a oficina da Lauda ao Roteiro. Eles se desprenderam de tudo para embarcar nessa. A galera não pensou duas vezes”, observa ele. “Quando eu entrei na universidade logo comecei a me envolver com trabalhos relacionados
com o cinema. Fiz junto com a Viviane um pequeno documentário no primeiro período do curso. Aí eu fui me envolvendo cada vez mais. Quando surgiu a oportunidade de participar da oficia, eu topei. Mas eu nunca me imaginei entrar na área cinematográfica”, releva o diretor, cujo primeiro trabalho recebeu o prêmio Velho Chico de Cinema Alagoano, na segunda edição do Festival de Cinema Universitário de Penedo.
Isis Silva, 21, estudante de Relações Públicas pela Ufal, atuou como continuísta em três curtas: 12:40, Menina e Lixo. Nesse último, também foi assistente de direção. “Por eu ter pagado a
disciplina Laboratório de Imagem, o professor Almir me convidou para participar da oficina da Lauda ao Roteiro que deu origem a todas essas produções. E através da oficina que esse grupo de conheceu”, lembra ela;
e emenda: “Cada um trabalha no filme do outro. Ou seja, o Dário foi o diretor no 12:40, enquanto no curta da Maysa e da Amanda trabalhou como assistente de direção. A partir do momento que você trabalha num filme você quer mais e vai aprendendo mais. No filme Lixo, por exemplo, todo mundo atuou em várias funções.”
Amanda comentar sobre uma pesquisa feita por um professor de sociologia, na qual relatava a sua experiência ao se vestir de gari e trabalhar no bloco onde lecionava, o que o fez não ser mais reconhecido pelos alunos, amigos e colegas de trabalho. Ela viu nesse estudo uma abordagem muito
interessante. E mudamos o foco do filme. Reescrevemos o roteiro baseado na invisibilidade social. Nele contamos a história de uma auxiliar de serviços gerais, que não interage com ninguém do trabalho, exceto pelos bilhetinhos de papel trocados pelos alunos em sala de aula, que ela lê depois do expediente. Ela faz isso para se sentir inserida, pertencente a algo. Tratamos de uma questão social, por meio de uma perspectiva diferente”, observa.
Paulo Silver, 20, estudante de Jornalismo pela Ufal, diretor e roteirista do curta Lixo. Foi assistente de direção e produtor em 12:40 e Menina, respectivamente. “Esse curta fala sobre dois personagens que vivem na mesma cidade, mas que
habitam universos diferentes. O primeiro é um jovem ‘playboy’ que num final de semana chega numa festa para beber cerveja com os amigos. E o outro personagem é um catador de lixo, que vive numa parte abandonada da cidade. O filme questiona o que realmente é o lixo para cada um. No
total, onze pessoas trabalharam na sua produção. Foi um trabalho onde todo mundo se ajudou,assim como é o cinema que a gente tem feito. Por exemplo, o Dário além de assumir a direção de arte, interpretou o papel do catador de lixo. A gente tem conseguido desenvolver projetos audiovisuais por conta dessa união do grupo”, afirma ele, pontuando que o curta encontra-se em fase de montagem.
Viviane Araújo, 21, estudante de Jornalismo pela Ufal, produtora nos curtas Lixo, Menina e 12:40. “O que marcou mesmo dessa experiência foi a
correria das gravações. Atuei como produtora executiva e produtora do set. São mundos completamente diferentes. Meu primeiro contato teórico com o
cinema foi a partir da oficina. Antes disso, nunca me imaginei trabalhando no cinema. Posso afirmar que foi com o 12:40 que eu me descobri como produtora. Eu vi que essa função me completava”, confessa.
Maysa Reis, 21, estudante de Relações Públicas pela Ufal, co-diretora e co-roteirista do curta Menina. Atuou como assistente de direção em Lixo e 12:40. “Inicialmente, o tema tratado no curta Menina tinha um forte apelo sexual. Mas após uma amiga da
GUIA CULTURAL SEGUNDA EXPOSIÇÃO JOGOS DE ARMAR MISTÉRIOS. Espaço Cultural Linda Mascarenhas (Av. Fernandes Lima, 1047, Farol. / 3315-9927 / 99552464). Visitação: até 31 de abril, de seg. a sex., das 08 às 12h e das 14h às 18h. Entrada franca. Reunindo telas assinadas pelo artista plástico alagoano Paulo Caldas, a exposição que tem curadoria do teatrólogo e dramaturgo
QUINTA ACENDA UMA VELA 2013. Coqueiro Seco (9934-4539 e www.ideario.org. br). No dia 21 de março, sempre às 19h. Entrada franca. Criado com propósito de democratizar o acesso ao audiovisual que está fora do circuito comercial, o projeto Acenda uma Vela exibe filmes nas velas das embarcações locais, em uma espécie de
SÁBADO RAIMUNDOS – CLÁSSICOS DO VINIL. Vox Room (Av.Ind. Cícero Toledo, s/n, Jaraguá / 3034-8171 e 30343282). Dia 23 de março, a partir das 22h. Ingressos: R$ 35 (pista), R$ 60 (front stage), R$ 80 (camarote, open bar). Ponto de vendas: stands Folia Brasil (GBarbosa Stella Maris) e Viva Alagoas (Maceió Shopping). Uma das bandas de rock mais consagradas do País, a Raimundos, apresenta na casa de shows Vox Room, no dia 23 de março, o show Clássicos do Vinil. Digão (vocal e guitarrista) e Canisso (baixista) - os dois únicos integrantes originais ainda na formação -, junto com Marquim (guitarrista) e Caio (baterista) devem tocar hits antigos, como
PREPARE-SE
Lael Correa aposta na sobreposição de símbolos característicos da região, como peixes, rendas, coqueirais, piracemas, luas, pássaros, jangadas, pérolas de sururu. Caldas flutua nos traços do lirismo e nas tonalidades do sonho, produzindo obras marcadas, sobretudo, pelo surrealismo (movimento artístico iniciado na Europa na década de 1920). A mostra faz parte do Projeto Linda de Música e Artes Visuais, promovido pelo Instituto Zumbi dos Palmares (IZP). cinema itinerante. Após passar pelas cidades de Piaçabuçu, Barra de Santo Antônio e Paripueira, Maceió, São Miguel dos Milagres, chega à vez de Coqueiro Seco (21.03) e Marechal Deodoro (23.03) receber a sexta edição dessa ação cultural. A iniciativa é uma promoção da ONG Ideário, e conta com o apoio da Algás e o patrocínio do Programa de Cultura BNB, do Banco do Nordeste do Brasil. “Mulher de Fases” e “Me Lambe”, além de hits dos mais recentes trabalhos. BANDA SCRACHO. Loop Lounge Club (Rua Maria Ester da Costa Barros, 320, Stella Maris / 3327-8700). Dia 23 de março, a partir das 23h. Ingressos: R$ 30,00. Ponto de vendas: estande Folia Brasil (Gbarbosa Stella Maris). A banda carioca Scracho conhecida por tocar clássicos musicais com novos arranjos se apresenta pela primeira vez em Maceió, na Boate Loop Lounge Club, no dia 23 de março, a partir das 23h. No currículo, o grupo traz os sucessos de “A Grande Bola Azul” (CD independente de estréia) e o DVD MTV Apresenta Scracho. O show de abertura ficará por conta das bandas alagoanas Além de Nós e Dof Láfá.
MILTON NASCIMENTO – UMA TRAVESSIA. Teatro Gustavo Leite (Centro Cultural e de Exposições. Rua Celso Piatti, s/n, Jaraguá. / 3235-5301 e 9928-8675). No dia 06 de abril, às 21h. Ingressos: de R$ 60 a R$ 250. Ponto de venda: estande Sue Chamusca (Maceió Shopping). O cantor e compositor Milton Nascimento traz a Maceió, no dia 06 de abril, o show da turnê Milton Nascimento – Uma Travessia. No espetáculo, o músico revisita sucessos dos 50 anos de carreira, como a que dá nome à turnê, “Caçador de Mim”, “Canção da América”, “Maria Maria” e clássicos do disco “Clube da Esquina” (1972).
MARIA GADÚ. Musique (Rua Engenheiro P. B. Nogueira, s/n, Stella Maris / 3032-5210 e 9601-2828). No dia 05 de abril, às 22h. Ingressos: R$ 60 (mezanino), R$ 40 (pista) e R$ 80 (frontstage). Ponto de venda: estandes Folia Brasil (Gbarbosa Stella Maris) e Viva Alagoas (Maceió Shopping). Após se apresentar Maceió com o show que nasceu do projeto Multishow ao Vivo e que resultou num CD/DVD, a cantora Maria Gadú está de volta à cidade, dessa vez, com o show de divulgação do seu novo trabalho Mais uma Página. Canções como “Estranho Natural” e “Oração ao Tempo” e outras mais antigas como “Shimbalaiê”, “Tudo Diferente” e “Bela Flor” vão constar no seu repertório.
ALCIONE. Musique (Rua Engenheiro P. B. Nogueira, s/n, Stella Maris / 3032-5210 e 9601-2828). No dia 27 de abril, às 21h. Ingressos: R$ 100 (mezanino), R$ 40 (pista) e R$ 960 (mesa para seis pessoas). Ponto de venda: Casa das Tintas (Farol e Ponta Verde). Uma das cantoras mais famosas do país, Alcione irá comemorar 40 anos de carreira do jeito que mais gosta: cantando para os fãs na sua turnê nacional “Duas
Faces”. A empreitada é fruto dos trabalhos da Marrom nos DVDs Duas Faces – Jam Session e Duas Faces – Ao Vivo, na Mangueira que acabam de sair do forno e que será lançado, oficialmente, no show. Ela, claro, não deixará de cantar seus clássicos, como Poder da Criação (João Nogueira e Paulo César Pinheiro), Capim (Djavan), Meu Ébano (Nenéo e Paulinho Rezende) e Nem Morta (Michael Sullivan e Paulo Massadas).
Mande um e-mail para cultura@odia-al.com.br e divulgue seu evento
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TELEVISÃO
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Zuada da MíDIA Segredo
À boca miúda. É assim que corre o boato de que a TV Mar (Net) foi comprada pela Organização Arnon de Mello (OAM), sobretudo, pela demora de o projeto sair do papel. Mas quem pensa que ele está adormecido, engana-se. Dentro das dependências da TV Gazeta, afiliada Rede Globo, já existe movimentação para a produção de alguns programas que devem ir ao ar pelo canal fechado. A ideia é repetir a mesma qualidade que a Globo emprega nos seus canais fechados, como o GNT e o Multishow. Bem como, montar um canal fechado forte, capaz de concorrer com o TNH 1 TV. Vamos aguardar.
Deu certo
No rádio as manhãs são nordestinas. Com a descontração do povo e a riqueza da cultura popular da região, o jornalista Humberto Maia vem fazendo, há aproximadamente três anos, a alegria dos alagoanos que sintonizam a Rádio Pajuçara FM (103,7), emissora do Pajuçara Sistema de Comunicação (PSCOM), nas primeiras horas da manhã. O “Manhãs Nordestinas” rouba a cena, em grande parte pela competência comunicativa do apresentador, que usa seus mais de 30 anos de radiodifusão para dar forma ao programa. Apoiando os cantores locais e com set list formado, especialmente, pelo forró tradicional, a atração também abre espaço para outros estilos da região, como o xaxado, baião e pé de serra. A literatura de cordel e as personagens curiosas da cultura popular dão o tom ao programa, que transmite além de um produto de qualidade, a alegria e o alto astral que o povo precisa para começar bem o dia.
Márcio Anastácio - marcio-jornalismo@hotmail.com
VOCÊ VIU? Casamento O programa “Entre Noivas” do TNH 1 TV, canal fechado do Pajuçara Sistema de Comunicação (PSCOM), tem deixado muita gente com vontade de casar. As novidades para quem tem o sonho de formalizar uniões com grandes festas, regadas a muito luxo e glamour passa todos os sábado às 12h15min (canal 26 da Net). A atração aposta em entrevistas e clipes de casamentos, assinados por uma empresa parceira, além de dicas de como as noivas podem fazer da sua festa de casamento um sucesso. Leia mais em www.cumbucado.com.br
‘E aí, pessoal, beleza?’
Basta a apresentadora Kaká Marinho pronunciar tal frase no programa “Le Mousse” (canal 26 da NET), que os comentários – nada positivos – pipocam dentro e fora das redações. Para os profissionais que atuam nos bastidores da tevê, a socialite parece não ter a mesma desenvoltura na telinha se comparada ao que obtém nos eventos promovidos por ela. Ainda segundo os jornalistas, o profissional que deveria estar mais próximo da loira, nessa nova fase, seria um fonoaudiólogo. Quanta maldade!
TERÇA
QUARTA
QUINTA
SEXTA
AFF! Esse Sal é mto cara de pau! O #VidaLoka é o maior grosso com a Luana e ainda se faz de arrependido? GRRRR! Sério, glr, #TODOMUNDOjásabia: Rola o maior climinha entre Orelha e Morgana! Só que o Fera e o Pilha estragam tudo! Os dois ficam zoando o Orelhudo e o nerd é mega sem noção com a Morg. Claro que a moranguinho fica bolada, né? Ih...dor de cotovelo??? Luana fica tristinha assim que bate o olho em Vitor e Lia juntinhos e fofos.
CLIMÃO! A Morg e o Orelha se beijaram na frente de todo mundo, né? Mas agora os dois estão morrendo de vergonha! Ah, fala sério! Pegou tem que assumir kkkkk VISH! A Lia, a Ju e a Fatinha vão ver um monte de roxo no braço da Luana. Claro que a gata não vai contar a verdade, né? Só que a Lia não vai acreditar nela não...E, por falar em Sal, o Gil vai acabar convidando o #VidaLoka pra festinha do Quadrante sem saber que o mano do Vitor é bad boy. Será que vai dar treta? Sério, gnt,o Orelha tá apx de vdd?
Se liga, glr! Não vai ter Malhação nesta quinta-feira, 21/03! Vai rolar o amistoso da Seleção Brasileira contra a Itália, a partir das 16h30! Mas fica esperto porque Malhação volta na sexta-feira com um monte de bafão!
A Fatinha não sabe a hora de ficar quieta, né? A linda gritou pra td mundo ouvir que o Sal bate em mulher. CLARO que ele vai ficar virado no samurai e partir pra cima da gata, né? Só que o Bruno não vai deixar barato não e vai defender a namorada! CLIMÃO! A briga só acaba quando o Mathias chega! VISH...Tadinho do Orelha O nerd tá tristinho porque a Morg não dá bola pra ele. Até o Pilha se liga que o amigo tá pra baixo...AFF! Esse #VidaLoka não vai embora não? Adivinha?
Não há exibição.
MALHAÇÃO
Tadinho do Orelha! O nerd tomou mó tombão e nem percebeu que foi armação do Sal. E olha a treta: O Orelhudo tá achando que foi o Vitinho! Que família fofa <3 O Lorenzo e a Marcela vão ter um papo sério com a Lia! Agora vai todo mundo morar junto e a marrentinha vai ganhar até um quarto! O Vitinho é TDB mesmo né? O motoqueiro vai tentar dar um jeito no irmão e pedir pra ele parar de arranjar confusão com o Bruno. Mais pegação no Quadrante? Adivinha quem vai levar o Orelha pro hospital?
FLOR DO CARIBE
Duque diz a Dom Rafael que teve uma ideia para o destino de Cassiano. Alberto avisa a Ester que Cassiano não chegou no voo previsto. O policial acusa Donato de ter causado o acidente com os turistas. Alberto nota que Ester não está usando o anel de noivado que Cassiano lhe deu. Candinho avisa a Bibiana que Donato foi preso. Alberto diz a Ester que Cassiano substituiu os diamantes por cristais de sal. Dionísio percebe que Alberto está envolvido no sumiço de Cassiano.
Cassiano tenta convencer Dom Rafael a ligar para Alberto a fim de esclarecer a presença do cristal de sal junto com os diamantes. Dom Rafael avisa a Cassiano que, se ele fugir, Duque pagará pelos seus atos. Cristal avisa a Amparo que descobrirá o que há de errado em sua casa. Donato insinua para Bibiana que Hélio pode ser o autor do acidente com o casal. Taís fica encantada com Lino. Ester decide ir com Alberto para o Caribe procurar o noivo desaparecido.
Alberto liga para Dom Rafael para pedir o corpo de Cassiano para levar para o Brasil. Cassiano tenta convencer Duque a fugir com ele. Quirino beija Doralice. Duque decide fugir com Cassiano. Alberto mente para Ester e diz que Cassiano pediu que ele fosse ao Caribe. Juliano aprova o namoro de Quirino e Doralice. Bibiana avisa a Hélio que Donato saiu da cadeia. Ester recebe os pertences de Cassiano das mãos de Dom Rafael e pede a ele que conte a verdade sobre o que aconteceu com seu noivo.
Alberto promete a Ester que eles não vão embora do Caribe até descobrirem o que aconteceu com Cassiano. Chico não acredita nas boas intenções de Alberto. Alberto convence Ester a esperá-lo, enquanto vai à fazenda de Dom Rafael. Cassiano foge dos capangas de Dom Rafael e se esconde na igreja onde está Ester, que não percebe sua presença. Doralice conta para Juliano que Hélio pediu um advogado a Dionísio para defender seu pai.
Dom Rafael inventa para Ester que Cassiano fazia parte de uma quadrilha internacional de traficantes. Donato aceita assumir a culpa pelo acidente do casal de turistas no lugar de Hélio. Cassiano fica preso em um desabamento na mina. Quirino ajuda Samuel, que passa mal ao receber uma carta da Alemanha. Dom Rafael ordena aos capangas que procurem por Cassiano na mina. Cassiano consegue fugir. Ester avisa a Quirino sobre a morte de Cassiano. Cassiano decide voltar para buscar Duque.
Chico consente que Alberto comunique a morte de Cassiano para a aeronáutica. Chico afirma a Olívia que Cassiano voltará. Cassiano e Duque são pegos pelos capangas de Dom Rafael e presos em uma cela solitária. Samuel desconfia de que há algo que Ester não lhe contou sobre a morte de Cassiano. Alberto paga as dívidas com os salineiros. Duque diz a Cassiano que foi Alberto quem armou contra ele. Cassiano promete se vingar de Alberto.
GUERRA DOS SEXOS
Charlô não acredita em Dominguinhos. Nando sonha com Juliana e Ulisses o aconselha a desistir do casamento. Roberta pergunta se Vânia acredita que existe algo entre Nando e Juliana. Baltazar acha graça da desconfiança de Olívia. Frô implica com Carolina. Nando afirma a Ulisses que nada impedirá seu casamento. Vânia se arrepende de falar para Roberta o que acha sobre Nando e Juliana. Charlô fica irritada com Dominguinhos. Juliana provoca Nando e Vânia implica com ela.
Isadora teme ser demitida e Ronaldo a consola. Juliana descobre que Nando contou a Roberta sobre os dois. Nenê convence Nieta a não brigar com ele por ter vendido os recibos de Vitório para Felipe. Nando fica confuso quando Dominguinhos demonstra não saber nada sobre o bigode preto. Juliana afirma a Analú que não está interessada em Nando. Dominguinhos deixa a mansão magoado. Montanha repreende Ulisses por enganar Lucilene. Baltazar fala para Olívia que Dominguinhos não é Otávio.
Felipe acredita que Dominguinhos não é Otávio. Charlô confirma que existe um primo português. Juliana tenta convencer Fábio de que não está interessada em Nando. Ulisses pensa em como terminar com a namorada. Lucilene elogia Vânia. Frô arremessa a boneca russa pela janela. Nando e Ulisses discutem com Nenê, que acaba jogando a bonequinha de volta para a casa de Ulisses. Felipe garante a Charlô que Dominguinhos não é Otávio, mas ela não acredita.
Charlô convence Dominguinhos a aceitar sua proposta. Felipe faz um convite a Roberta. Vânia consola Juliana. Nando pensa em Juliana e Ulisses se preocupa. Dalete e Lucilene implicam com Frô. Kiko pensa em conquistar Frô. Zenon se preocupa com Analú. Juliana e Nando pensam um no outro. Charlô e Olívia ficam surpresas com a atitude de Dominguinhos. Dino sente o perfume de Nieta em Semíramis e fica perturbado. Nando procura Juliana na mansão, enquanto ela vai atrás dele na casa de Ulisses.
Os bandidos levam o casal para uma ilha deserta. Dominguinhos faz com que Charlô desconfie novamente dele. Nieta acredita que Dino está se aproximando de sua vizinha e se entristece. Semíramis se condena por pensar em Dino. Charlô fica confusa com Dominguinhos. Zenon fala para Semíramis que Nando não dormiu em casa. Vânia pede para Ulisses contar para Lucilene sobre seu envolvimento. Carolina se recusa a ir ao casamento de Roberta. Ulisses pede para conversar com Lucilene depois do casamento.
Juliana acusa Nando de tê-la levado para a mesma ilha que esteve com Analú. Fábio tenta encontrar a noiva. Nando acredita que tudo foi armado pela irmã de Juliana. Analú é acordada por Vânia e descobre que seu plano não deu certo. Semíramis fica perturbada com a proximidade de Dino. Fábio afirma a Roberta que Nando e Juliana fugiram juntos. Ulisses deixa Lucilene sozinha na igreja. Juliana fica com ciúmes do jeito como Nando fala de Roberta.
SALVE JORGE
Helô libera Zyah e abraça Morena. Sarila se enfurece com o sumiço do genro. Bianca leva Maitê ao restaurante de Cyla e Tartan. Zyah conta para Helô que Mustafa iria comprar Morena de Russo. Rachel não consegue falar com a delegada. Lívia instrui Wanda a despistar Rachel quando sair do quarto. Morena mostra quem é Waleska para Helô. Mustafa tenta explicar como conheceu Morena, mas Berna não acredita. Drila exige que Stenio pague a fiança de Pepeu.
Uma mulher encontra Rachel caída e anuncia sua morte. Lívia finge emoção ao ver o corpo de Rachel. Drika reclama da falta da atenção de Helô. Lívia é consolada pela morte de Rachel. Irina decide ir com Wanda para a Capadócia. Russo desiste de entrar no hotel ao ver Helô chegar. Lívia finge emoção com a chegada da delegada, que estranha sua reação. Stenio e Haroldo não sabem como dar a notícia da morte de Rachel para Leonor. Celso reclama de ter que conversar com Antonia.
Helô confirma sua desconfiança de que Lívia é a chefe da quadrilha. Wanda e Irina chegam ao restaurante de Cyla e são fotografadas por Almir. Morena sente uma pontada na barriga e Cyla não a deixa ir trabalhar. Théo pensa em Morena. Érica reclama de Áurea. Lívia e Russo comemoram a morte de Helô, mas a delegada surge na frente de Lívia. Stenio recebe Helô no aeroporto. O suposto corpo de Morena chega ao Brasil e Lucimar é avisada. Cyla questiona Zyah sobre Almir.
Almir manda as fotos de Wanda e Irina para Helô. Ciro e Márcia torcem para Théo enquanto Lívia o observa. Almir avisa a Morena que eles irão sair da Capadócia. Théo vence a competição e Lívia não gosta. Érica fica eufórica ao saber da vitória de Théo. Áurea reclama da nora para Cacilda. Lívia diz a Élcio que vai convidar Théo para o coquetel em sua homenagem.Théo afirma a Ciro que vai seduzir Lívia para descobrir a verdade sobre o sumiço de Morena. Bianca se declara para Zyah, que fica perturbado.
Morena volta para seu quarto apressada. Almir recebe instruções de Helô. Ricardo e a delegada treinam Jô. Sarila reclama de Cyla ter deixado Bianca dançar em seu restaurante. Almir observa Wanda. Morena foge quando começa a sentir contrações. Márcia descobre que Théo se envolveu com Lívia. Morena encontra uma gruta para se abrigar. Esma repreende Ayla por pensar em Bianca. Todos elogiam a dança de Bianca. Morena entra em trabalho de parto.
Lívia conta para Wanda o que aconteceu entre ela e Théo. Stenio fala para Lívia que Morena está viva. Morena vê Théo na TV e se emociona. Márcia fica furiosa com Théo. Érica fala para Julinha que alugou um apartamento para ela e o capitão. Áurea não se conforma com o jeito de sua nora. Rosângela afirma a Russo que Morena está morta e ele manda prendê-la no depósito. Deborah e Haroldo tentam mediar uma conversa entre Celso e a ex-mulher. Antonia reclama de Carlos não ter se divorciado de Amanda.
Norberto segura Fabiana com brutalidade. Mirela se ofende com as imposições de Celina e a manda tomar cuidado para não perder o respeito dos filhos. Diva não gosta da presença de Magno em seu apartamento e pede que Dóris os deixe a sós. Osório/Deodoro aproveita um momento de descuido de Cremilda e finge que vai se barbear. Em entrevista à tevê, Danilo é instigado sobre a possibilidade de Norberto estar vivo e resolve mandar um recado para o vilão, que reage furioso.
Após ler a carta com calma, o promotor diz que pode incriminar Norberto, mas pede mais informações a Eduardo. Arthur desabafa com Adamastor e Vicente, quando Lígia aparece e se espanta com o estado do ex-marido. Taís tenta falar com Vitória e fica preocupada por não conseguir. Fabiana pede que Adriana não comente que sua filha foi morar com o pai em Barcelona. Arthur ameaça bater em Adamastor, mas Vicente o impede. Osório não encontra uma solução para recuperar o seu disfarce e sofre.
Lucas fica supreso com a confissão de Catarina e revela que já sabia sobre o caso da modelo com Arthur. Fabiana passa mal ao saber que Norberto deseja matar Eduardo e Arnaud fica surpreso com o pedido. Sob ameaça, Abigail diz que confirmou para Lígia o nome da amante de Arthur, que aponta uma arma contra a senhora. Preocupado com o sumiço de Vitória, Eduardo vai à Aventura Radical, conversa com Fabiana e anuncia que Álvaro é o novo dono do local.
Álvaro vê Arnaud e salva Eduardo. Os policiais seguem para o telhado em frente ao fórum. Isabel se surpreende ao saber que o estado de Abigail é delicado e que sua mãe pode morrer. Lígia conta para Adamastor que flagrou Lucas com Catarina e conta que Arthur está destruindo o patrimônio de seus filhos e netos com a modelo. Lurdes conta para Celina que Gabriela está dormindo na casa de Adamastor e a produtora decide tirar satisfações com ele.
Violeta confessa ter criado Vitor para Não há exibição. descobrir a identidade de Marcelona, deixando Vinagre revoltado. Isabel decide entregar Arthur para a polícia, mas Abigail a impede e diz que chantageou o pai de Norberto. Zé Maria e Cremilda estranham a recuperação milagrosa da barba de Deodoro/Osório. Lucas pede que Catarina continue se encontrando com Arthur. Norberto briga com Arnaud e Fabiana se desespera ao pensar que pode acabar foragida.Violeta pede que Vinagre guarde seu segredo.
Record
Globo
Globo
Globo
Globo
SEGUNDA
BALACOBACO
RESUMO DAS NOVELAS SÁBADO
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O DIA ALAGOAS l 17 a 23 de março I 2013
INSIDE
redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br MARCOS LEÃO com Elisana Tenório - inside@odia-al.com.br
Silvestre Rizzatto
Bate-papo entre líderes
Quatro profissionais; quatro vitoriosos. Conheça o manual empreendedor de Paulo Góes, Fernando Perdigão, Neide Freire e Jéssica Alécio e se torne um líder, igual a eles... RECADO FASHION
Estilista renomado da pátria tupiniquim desembarca em Maceió para lançar coleção de inverno em badalada loja da seara
Feijão VIP
Forte empresário do ramo de entretenimento comanda festerê de fechar quarteirão quando abril chegar
Susto!
Hackers causando prejuízos para alguns ricaços e até alguns políticos. Vem saber!
Garota da vez
Marca de cosmético internacional predileta das bem-nascidas mundo afora, terá como garota ropaganda uma top alagoana. Hot!
O DIA ALAGOAS l 17 a 23 de março I 2013
INSIDE - GENTE
redação 82 3023.2092 e-mail inside@odia-al.com.br Thiago Henrique
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Mulher destaque
A jornalista Beatriz Ivo, diretora de Jornalismo da TV Jornal/SBT Pernambuco foi homenageada com o Prêmio Tacaruna Mulher/2013. Ela foi destaque na categoria Comunicação e Imprensa e recebeu o prêmio juntamente com mais oito mulheres de destaque em Pernambuco. Beatriz Ivo é filha do jornalista Aldo Ivo, do Conselho Editorial de O DIA ALAGOAS.
Bons frutos
EM CENA | O desembargador Klever Loureiro com sua Silvana em noite premiada no Maceió Shopping
Feijão VIP Nada mais gostoso do que almoçar com o vento leve dos dias quentes no rosto, debaixo da sombra das árvores e no meio de um belo espaço verde. Com esse clima agradável, o empresário Warner Barbosa ressurge no seu excelente Boteco Praia, a famosa Feijoada VIP, marcada para acontecer no dia 6 de abril. Ah, sim! A banda Cadillac 69, predileta dos pensantes da cidade, animará o ambiente. Que tal?
Agora é oficial: a semana santa já está batendo na porta e os amantes de pescado de Maceió terão uma boa novidade este ano. As obras da construção da nova Balança de Peixe da Pajuçara estão em fase final. Detalhe: a nova balança vai substituir a antiga estrutura, que está comprometida e será demolida, oferecendo com melhores condições de armazenamento e comercialização de pescados. Os pescadores agradecem. ELA | Entendida em tudo que seja moda, a paulistana Lalá Rudge vem para Maceió para abertura de uma loja de moda, no próximo mês
ENTRE AS MAIS | Jornalista Beatriz Ivo ganhou o Prêmio Tacaruna Mulher 2013 devido à sua atuação na direção de Jornalismo da TV Jornal, em Pernambuco
Chiqueria em cena l Regina Loureiro decidiu tirar férias em julho. A empresária embarca para a Turquia com o marido, Alfredo Limeira, e seus filhos Daniel e Lívia. Mas se engana quem pensa que a viagem vai ser de puro descanso: Regina aproveita para visitar lojas de moda para as araras da sua Gut, que terá inauguração no dia 20 de abril, na Ponta Verde.
Recado fashion
SOCIAIS | O querido chef Wanderson Medeiros e Priscilla Soares evidenciando amor em dia especial. Isso porque o chef recebeu o Prêmio Destaque Alagoano
Susto! Parece que os ataques de hackers em Alagoas já estão causando prejuízos para alguns ricaços e até alguns políticos. Isso porque um cyberattack realizado nos últimos dias teve como alvo um grupo de famosos que inclui um badalado cirurgião plástico, um jovem político e alguns empresários do ramo da moda de Maceió. Os dados bancários dessa turma, além de informações sobre extratos de cartões de crédito e pagamentos de hipotecas, foram coletados ilegalmente na internet e publicados em um site que já foi retirado do ar.
l Competente que só ela, Neuma Rocha está nos últimos detalhes para o abre de sua casa de festas, no bairro da Serraria. E, claro, ela promete um espaço de muito bom gosto. Tudo!
Tour
Garota da vez Quem pode, pode... A top alagoana Bruna Tenório é o novo rosto da M.A.C. A modelo estrela a próxima campanha mundial da marca de cosméticos e posou para o fotógrafo Miles Aldridge em Nova York. O diretor criativo foi Jamer Gager, com styling de Anna Trevelyan. A top vai estrelar a próxima coleção de esmaltes, inspirada nos tons de pele, e também a nova coleção de tons de base. Um arraso!
l Marília Texeira vai ganhar um presente inusitado de aniversário: uma viagem surpresa. A ideia partiu do marido dela, Carlos Leão, que já tem destino escolhido para apagar as velinhas da moça no dia 12 de julho. Guardado a sete chaves, que fique claro. Ficamos curiosos!
Thiago Henrique
Eu sei, eu sei. Você deve estar se perguntando: o inverno já chegou? Para as lojas grifadas da cidade, sim! E como não poderia deixar de ser, Rodrigo Montenegro arma a mudança de coleção da sua Mammoth Store, nesta quinta, 21, com direito à presença estrelada do renomado estilista Vitor Zerbinato, que marcará presença no auê fashion, tendo desfile assinado pela sua marca VZ. Contando nos dedos...
BELA | Juliana Santos em dia com a beleza e os bons momentos da vida
A dica vai para a turma do turismo. Com o tema “Alagoas! Venha viver uma experiência única!”, servirá de assunto para o primeiro Workshop de 2013 do destino, que acontecerá em Aracaju, no próximo dia 22. Para a diretora executiva da ABIH-AL, Tereza Bandeira, esta é uma importante ação para o mercado regional, que vem promovendo movimentação turística nos feriados e ao longo do ano. “Sergipe é um excelente mercado para Alagoas”, destaca. Recado dado!
Prancheta
André Macedo acaba de abrir o AM Studio, seu mais novo showroom de móveis de design em Maceió, no Jaraguá. O espaço, que fica em um casarão no bairro, promete ser um dos mais badalados endereços do mercado de decoração alagoana. Produtos Diesel, Flou, Moroso, Alessi, Adriana Barra, Jader Almeida, Marcelo Rosenbaum e Urban Arts podem ser encontrados com exclusividade por lá.
LOVE | Maurinho Vasconcelos em sintonia total com sua amada Bruna Bentes na noitada estrelada do Prêmio Destaque Alagoano
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O DIA ALAGOAS l 17 a 23 de março I 2013
INSIDE - CAPA
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QUATRO PERSONALIDADES revelam tudo sobre suas trajetórias profissionais e mostram o caminho das pedras
Fotos: Silvestre Rizzatto
‘Receita de Sucesso’
Como surgiu seu interesse pela arquitetura? No segundo ano científico. Lembro-me que tudo começou quando um professor, que era engenheiro, fez um desenho. Ele ensinou técnicas de como se faz uma planta de uma casa. Foi inesquecível! Montei uma maquete com uma casa redonda e isso ficou para sempre na minha cabeça... Cheguei a me formar em Economia, pois não havia curso de Arquitetura em Maceió. Porém, aos 30 anos, já estabilizado profissionalmente no Rio de Janeiro, voltei para minha cidade e comecei tudo de novo. Cursei Arquitetura e me apaixonei definitivamente pela profissão. E o que mais te fascina nessa profissão? Poder colocar meus conhecimentos construtivos que aprendi
Fernando Perdigão - designer
ao redor do mundo e facilitar a vida das pessoas. A gente tem o poder, por incrível que pareça, de unir e destruir famílias, pois uma casa mal projetada para determinado estilo de vida, pode transformar o cotidiano de um casal, por exemplo, num inferno. Você acredita na criação de um projeto que seja a cara de quem vai utilizá-lo? Quanto isso representa na hora de gerar um projeto? Sim, isso é fundamental! O projeto precisa ser útil para quem vai utilizá-lo. Antes de entregá-lo, faço uma série de entrevistas, que inclui a esposa, o marido, os filhos, os empregados, enfim, é preciso saber detalhes do cotidiano familiar. É preciso saber, por exemplo, onde as pessoas passam a maior parte do tempo quando estão em casa, se possuem o hábito de receber visiComo foi o seu começo no universo do design? Comecei como estilista e produtor de moda e fazendo coreografias de desfiles. De 1984 a 1998, dominei o mercado de moda e modelo de Alagoas. A partir daí, conheci o universo do Filé, adquiri técnicas novas e me tornei especialista nesse ramo. Hoje comercializo peças exclusivas, que abrange o segmento de confecção a produtos decorativos. Os turistas são meu público-alvo. Como se dá o processo criativo? Você tem um processo padrão? Minha inspiração vem da matéria prima, dos elementos artesanais, que pode ser o manejo do coqueiro à fibra da bananeira... Não costumo desen-
Como as noivas entraram em sua vida? Desde criança, costumava fazer vestidos para bonecas. Simplesmente a ideia chegava, eu desenhava e dava para minha mãe costurar. Depois, adquiri o hábito de fazer os vestidos de minha filha. Aí, as amiguinhas dela viam, gostavam e começaram a pedir para que fizesse para elas também. Quando minha filha Fabrícia completou 15 anos, criei o modelo do seu vestido. Foi um sucesso! A partir daí não parei mais. Comecei a fazer vestidos para debutantes e, elas, quando casaram, fizeram questão que eu fizesse seus vestidos de noiva. O que inspira seu trabalho? As próprias noivas. Em 26 anos de profissão e mais de três
Jéssica Alécio - empresária de moda
S
erá que existe um manual pronto que garanta o sucesso? Ou a receita da liderança possui como ingredientes principais personalidade, competência, vocação, determinação, foco e fé? A INside desta semana reuniu os mais mais de quatro segmentos, que contam, agora, um pouco de suas trajetórias vitoriosas. Senhoras e senhores fiquem à vontade com o arquiteto Paulo Góes, o designer Fernando Perdigão, a estilista Neide Freire e a empresária Jéssica Alécio.
mil peças confeccionadas, olho para cada noiva e imagino como seria seu vestido dos sonhos; como ela quer se ver entrando na igreja. Para isso, conversamos muito. Há as românticas, as modernas... No momento, estou fazendo, de forma inédita, um vestido de filé. Está lindo e moderno! Todo bordado com pérolas e degradê em dourados. Atualmente, existe um padrão definido? Não, tudo depende do gosto pessoal de cada noiva, mas posso afirmar, sem medo de errar, que 80% delas são românticas e, por isso, usamos elementos que trazem essa tendência... Muito tule, muita renda... É comum, por exemplo, as moças chegarem pedindo que eu crie um modelo de Como foi que você, apesar de muito jovem, se tornou uma empresária de sucesso? Tudo começou quando, há um ano e meio, fiz uma pesquisa de mercado e decidi que trazer uma franquia que não existisse em Maceió tinha tudo para se tornar um negócio seguro e rentável. Depois de alguns cursos e treinamentos, optei por investir em uma franquia multimarcas e hoje percebo que estava certa. Quais os pontos-chave de seu modelo de gestão? O que é fundamental para garantir o sucesso no negócio? Focar
Paulo Góes - arquiteto
tas. É de acordo com essas conversas que o projeto é direcionado. volver processos de criação. Através desses elementos naturais, a inspiração chega e, assim, os produtos estão prontos para serem lançados no mercado. Quem são os designers em que você se inspira ou admira o trabalho? Existem muitos profissionais que admiro o trabalho. Mas todos têm uma característica em comum: eles simplesmente criam; não copiam o trabalho de ninguém. Mas há um deles que admiro especialmente o trabalho. Os irmãos Cabana servem como referência para mim. O importante para mim é fazer um trabalho inédito, diferenciado, que cause impacto.
Neide Freire - estilista
vestido parecido com que suas avós usaram. O mundo das noivas é um mundo romântico. nas marcas que você vende, diversificar os produtos, montar uma rotatividade de eventos para agregar público, investir em promoções. Qual é a situação hoje do mercado alagoano? O mercado está em franca expansão. É só preciso entendê-lo para investir de uma forma segura e certeira. A fidelização de clientes é uma das melhores alternativas. E, para isso, é necessário criar ações específicas para o seu público-alvo.
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