REVIPACK 203

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203 Out/Nov/Dez 2009

revipack notícias

revista técnica de embalagem 6.50 €

Nº 203 Out/Nov/Dez 2009

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Nยบ 203 Out/Nov/Dez 2009


índice notícias

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feiras

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biodegradáveis

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embalagens flexíveis

9

packaging design

10

embalagem farmacêutica

15

embalagem metálica

16

embalagem de vidro

20

logística

22

codificação e etiquetagem

30

processos

36

máquinas

38

mercado

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revipack revista técnica de embalagem Direcção e Edição: Carlos da Silva Campos. Publicidade: Ilda Ribeiro, Cristina Devesa, Luisa Santos. Propriedade: ODITÉCNICA-Centro de Promoção e Divulgação Técnico-Industrial Lda.. Endereço Postal: APARTADO 30 2676-901 ODIVELAS PORTUGAL. Redacção: R. de Entrecampos, 48, R/C Esq. 1700-159 LISBOA. Impressão: Peres-SocTip, SA. Registo de Imprensa: 107 267. Depósito Legal: 13 783/88. ISSN 0870-7553. Publicação Trimestral. Preço de Capa: 6.50 €. Assinatura (6 edições): Edição impressa - 28.35 €; Edição electrónica - 17.20 € © Oditécnica Todos os direitos reservados. Telefone: 217 921 110. Fax: 217 921 113 E-mail: revipack@revipack.com

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notícias

L8 - o G8 das etiquetas

Sibur investe no BOPP

As associações nacionais e internacionais dos sectores dos adesivos e auto-adesivos, decidiram criar uma estrutura de coordenação à escala mundial. Adoptaram o nome “L8”, à semelhança do “G8”, e já definiram a agenda para o próximo encontro mundial: promoção da etiqueta, desenvolvimento sustentável, rede de contactos inter-sectorial e partilha de conhecimentos. A primeira reunião do L8 está marcada para o dia 13 de Março em Barcelona. Do L8 fazem parte as seguintes associações: FINAT (Federação Internacional dos Transformadores de Adesivos e Termocoláveis), LATMA (Label and Tag Manufacturers Association of Australia), TLMI (Tag and Label Manufacturers Institute, América do Norte), PEIAC (Printing and Printing Equipment Industries Association of China), JFLP (Japan Federation of Label Printing Industries) e SALMA (Self-Adhesive Label Manufacturers Association of New Zeland).

O grupo petroquímico Sibur (Rússia) adquiriu 50% do capital da Biaksplen LLC, um dos maiores produtores russos de filmes de BOPP (polipropileno biorientado), com fábricas em Novgorod, Kursk e Moscovo, totalizando uma capacidade de 87 mil t/ano. A aquisição visa garantir as vendas de PP no mercado russo, numa altura em que o grupo Sibur está a construir uma nova fábrica de PP com capacidade para 500 mil t/ano. Os filmes de BOPP destinam-se sobretudo à produção de embalagens flexíveis. A Biaksplen produz vários tipos de filmes de BOPP, incluindo filmes de 9 camadas.

Graham aumenta em França A Graham Packaging Company vai aumentar a capacidade de produção de embalagens em França, com a assinatura de um novo contrato com um cliente do sector alimentar. O aumento de capacidade irá compensar a perda do contrato com a Amora e a cedência da fábrica de Meaux à Serioplast. Actualmente, a Graham tem duas fábricas em França.

Klöckner Pentaplast aumenta capacidade A Klöckner Pentaplast (Montabaur, Alemanha) anunciou o aumento de capacidade de produção de chapa de PET na fábrica de Crumlin (Reino Unido). O investimento de 3,4 milhões de euros foi apoiado pelo governo regional do País de Gales. A chapa de PET destina-se ao mercado da embalagem. O grupo Klöckner Pentaplast tem operações de produção em 11 países (incluindo Portugal), emprega mais de 3200 pessoas e factura anualmente cerca 1,1 milhões de euros. 4

Superfos vende fábrica dos EUA A Superfos Packaging decidiu vender a sua fábrica de embalagens de plástico dos E.U.A. à Berry Plastics Corporation. A fábrica foi inaugurada em 1986 e atingiu em 2008 uma facturação de 46,8 milhões de USD, com 180 empregados. A Berry vai pagar 82 milhões de USD e assumir o passivo. Ao sair dos E.U.A., a Superfos pretende concentrar a sua estratégia no mercado europeu.

ITW adquiriu Hartness O grupo ITW (Illinois Tool Works) adquiriu a Hartness International, empresa norte-americana (Greenville, Carolina do Sul) especializada em transportadores, case packing e envolvimento retráctil. O grupo ITW detém várias empresas e marcas de referência no sector da embalagem industrial: Orgapack, Strapex, Signode, Mima, Acme, etc..

Futerro produz PLA A Total Petrochemicals e a Galactic constituiram uma joint venture (50/50%) denominada Futerro, para desenvolver e licenciar tecnologia de produção de polímero de ácido láctico (PLA). Está prevista uma fábrica-piloto com capacidade para 1500 toneladas/ano, tendo como matéria-prima o ácido láctico fornecido pela Galactic. O projecto conta com o apoio financeiro da região da Valónia (Bélgica), onde a fábrica está situada.

Bioplásticos em Berlim A 4ª conferência europeia sobre bioplásticos, realizou-se nos dias 10 e 11 de Novembro em Berlim e contou com 380 visitantes, 28 oradores e 27 expositores, a maior afluência de sempre. O tema dos materiais compostáveis e biodegradáveis capta cada vez mais interesse na indústria, estando a alargar-se, de ano para ano, o leque de aplicações. A conferência é organizada pela associação “European Bioplastics”, o lóbi europeu da indústria de bioplásticos. A associação conta actualmente com 76 membros.

Lisboa expande recolha porta-a-porta A Câmara Municipal de Lisboa prevê alargar o sistema de recolha selectiva porta-a-porta a toda a cidade, substituindo os ecopontos. A cidade de Lisboa tem um sistema porta-a-porta para a recolha indiferenciada desde há várias décadas, mas optou pelos ecopontos quanto se generalizou a recolha selectiva a todo o País. O sistema porta-a-porta para os materiais recicláveis (embalagens, jornais e revistas) abrange actualmente 38% das habitações de Lisboa. Deverá abranger toda a cidade até 2014. A recolha porta-a-porta é considerada mais limpa e mais eficaz quanto a quantidades recolhidas. No entanto, envolve mais informação dos cidadãos no sentido de separaram os seus resíduos. A recolha continua a ser diária, mas segmentada: 3 dias para lixo indiferenciado, 2 dias para as embalagens e 1 dia para papel.

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notícias

EGITRON recebe Prémio CEP-AEP 2009 A EGITRON (Mozelos) foi distinguida com o prémio CEP-AEP 2009, na vertente “Transferência Tecnológica”. Atribuído pela CEP (Confederação de Empresários de Pontevedra) e pela AEP (Associação Empresarial de Portugal), o prémio visa distinguir PME’s localizadas na Euroregião Galiza-Norte de Portugal, nas áreas “Internacionalização”, “Transferência Tecnológica”, “Inovação” e “Cooperação Transfronteiriça”. O prémio CEP-AEP é o reconhecimento de avanços científicos, de investigação e/ou tecnológicos, verificados em Espanha, Portugal ou a nível europeu, significativos e relevantes, para dar solução a problemas empresariais e de aplicação directa em empresas, que resultem em melhorias significativas de processos e demonstrem uma clara actividade de transferência tecnológica, de conhecimento e colaboração entre empresas. A EGITRON é uma empresa de Engenharia de Automação Industrial, que desenvolve e comercializa software para aplicações específicas, designadamente na área do controlo de produção, controlo de qualidade, e também equipamentos para medida e controlo de qualidade. No seu portefólio de produtos (software e equipamentos), destacam-se várias soluções desenvolvidas para a indústria da cortiça.

Novos valores ponto verde Os valores ponto verde aplicáveis em 2010 foram actualizados pela Sociedade Ponto Verde. na nova tabela, destaca-se o aumento de 35% dos valores relativos a embalagens primárias de produtos de grande consumo. Suportado pelas empresas embaladoras e importadoras, o valor ponto verde (VPV) é uma contribuição destinada a financiar o custo acrescido da recolha selectiva e triagem de resíduos de embalagens. O aumento das quantidades recolhidas e os valores que a Sociedade Ponto Verde (SPV) paga aos Sistemas Multimunicipais pela recolha selectiva e triagem são os principais factores que pesam no oçamento da SPV e que explicam os aumentos dos VPVs. Os VPVs praticados em Portugal são já superiores aos praticados na maior parte dos países europeus com sistemas similares.

Vindima 2009/2010 pode aumentar 9% A produção de vinhos na campanha 2009/2010 poderá aumentar cerca de 9% e atingir os 6097 mil hectolitros, segundo as previsões do Instituto da Vinha e do Vinho. Apesar do aumento, a produção ficará cerca de 10% abaixo abaixo da média das últimas cinco campanhas. À excepção da região Tejo, todas as regiões do país irão registar aumentos da produção. Fonte IVV

MARQUE TDI entre as melhores para trabalhar A MARQUE TDI é uma das empresas referenciadas entre as “melhores para trabalhar em Portugal”, segundo o estudo efectuado pela Heidrick & Struggles em parceria com a revista Exame. O estudo é realizado anualmente e tem por base a informação relevante em matéria de condições de trabalho, perspectivas de valorização e progressão profissional e ambiente de trabalho. O estudo, realizado anualmente pela revista Exame , destaca as oportunidades de carreira internacional, os benefícios sociais e as iniciativas que promovem o relacionamento interpessoal como os factores determinantes que valeram à MARQUE TDI esta distinção. Na edição deste ano, o estudo elegeu 85 empresas, repartidas por três Nº 203 Out/Nov/Dez 2009

Amcor pode comprar Alcan categorias: grandes empresas, médias empresas e “pequenas e micro-empresas”. A MARQUE TDI é uma pequena empresa que actua no mercado da etiquetagem e codificação industrial. Em 2009, foi adquirida pela Domino Printing Sciences.

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As autoridades norte-americanas e europeias autorizaram a aquisição do grupo Alcan Packaging pela Amcor, mas impuseram a condição de a Amcor vender posteriormente a maior parte das actividades relativas a embalagem farmacêutica. 5


feiras

EMPACK de Madrid registou 3800 visitantes A feira EMPACK Madrid, organizada pela easyFairs nos dias 18 e 19 de Novembro registou mais de 3800 visitantes profissionais , mais 9% que a edição anterior. A EMPACK reuniu 103 expositores, entre os quais várias empresas portuguesas produtoras de embalagens de plástico: GEPACK (PET), Sitecna (termoformadas), Baquelite Liz

(Grades e caixas) e PSA (grades e caixas). A próxima edição da EMPACK Madrid está marcada para os dias 24 e 25 de Novembro. Nos dias 14 e 15 de Abril, realiza-se em Barcelona a feira PACKAGING INNOVATIONS, em conjunto com a feira LABELLING INNOVATIONS, dedicada ao sector das etiquetas e da impressão.

SIMEI - ENOVITIS com mais de 51 mil visitantes As feiras SIMEI e ENOVITIS (24 a 28 de Novembro) registaram 51 545 visitantes, dos quais 9 575 de fora da Itália. Em termos globais, e apesar do contexto económico adverso, as feiras mantiveram o nível da edição de 2007. O número de visitantes de fora da Itália aumentou 80% comparativamente a 2007, em resultado do esforço de promoção internacional levado a cabo pela organização, com o apoio da Câmara de Comércio de Milão. Embora apenas tenha ocupado uma parte do grande parque de feiras de Milão, o SIMEI foi organizado em 4 pavilhões opostos, favorecendo a circulação dos visitantes (em vez do layout linear da edição anterior). A maior parte do espaço foi preenchida pelos stands dos construtores de máquinas para enologia e engarrafamento, prevalecendo as médias cadências típicas do sector dos vinhos e azeites. Na próxima edição da REVIPACK serão referenciadas as principais novidades técnicas expostas no SIMEI.

FISPAL TECNOLOGIA quer mais europeus A feira FISPAL TECNOLOGIA (São Paulo, Brasil) quer reforçar a participação de empresas europeias. A próxima edição da feira tem lugar nos dias 8 a 11 de Junho. Na edição de 2009, a FISPAL registou 2100 expositores (de 15 países), com uma área de 70 mil metros quadrados, e 61 mil visitantes. Com um âmbito temático alargado, a FISPAL abrange não só toda a área alimentar, mas também os equipamentos de processamento e toda a área de embalagem (materiais e máquinas). A BTS -Brazil Trade Show, empresa organizadora da FISPAL, assinou entretanto um acordo com a Messe Dusseldorf - a organizadora da Interpack, para obter consultoria técnica em matéria de 6

organização do espaço. O objectivo é consolidar a FISPAL como o principal certame profissional da América Latina para a indústria alimentar, arrastando consigo também o conjunto das indústrias da embalagem.

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EUROPAIN em Março A Feira Mundial da Padaria, Pastelaria e Confeitaria tem lugar nos dias 6 a 10 de Março, em Paris/Villepinte. A EUROPAIN combina a exposição de produtos com a área da tecnologia, abarcando a produção artesanal e industrial. Os segmentos do açúcar e do chocolate, abrangidos pelo salão INTERSUC estão igualmente integrados no EUROPAIN. No total, o evento reunirá mais de 500 expositores de 33 países, numa área total de 80 mil metros quadrados. O carácter internacional tem vindo a ser reforçado quer em número de expositores, quer em visitantes. A partir de 2010, a EUROPAIN deixa de ser uma feira anual e adopta a periodicidade bienal.

TOTAL aumenta expositores No último trimestre de 2009, a organização da feira TOTAL PACKAGING & PROCESSING registou a inscrição de mais 130 expositores, com um espaço de 4 000 m2. Este número de inscrições foi encarado como sinal de retoma, confirmado pelos indicadores da associação EAMA (Engineering and Machinery Alliance), que representa 1400 empresas do sector da construção de máquinas. A feira TOTAL terá lugar nos dias 25 a 27 de Maio de 2010 em Birmingham e conjuga os sectores do processamento e da embalagem. Para obter a máxima afluência de visitantes profissionais, a organização da TOTAL disponibiliza entradas gratuitas mediante registo (www.totalexhibition.com/register) Nº 203 Out/Nov/Dez 2009


PACKOLOGY nova feira em Itália A primeira edição da feira PACKOLOGY está marcada para os dias 8 a 11 de Junho de 2010, em Rimini. É uma organização conjunta da Rimini Fiera e da UCIMA, a associação italiana dos construtores de máquinas de embalagem. A UCIMA é uma das principais associações de construtores de máquinas de Itália e Rimini tem o 3º parque de feiras do País.Mais do que rivalizar com a feira de Milão, os organizações da PACKOLOGY querem criar um evento internacional capaz de atrair dezenas de milhares de visitantes e de promover o comércio de máquinas. O parque de feiras tem 60 mil metros quadrados repartidos por 8 pavilhões. Os visitantes podem chegar por combóio, uma vez que o parque tem uma estação própria (linha Milão-Bari). A PACKOLOGY terá periodicidade trienal.

EMBALLAGE com novo lema O Salão da Embalagem de Paris volta a realizar-se em 2010, com um novo lema: PACK SMART! Sem prescindir do carácter generalista da EMBALLAGE, a Comexposium (empresa organizadora) decidiu centrar a 39ª edição deste salão nos temas da embalagem inteligente, inovadora e no desenvolvimento sustentável. Completando os stands “comerciais”, a EMBALLAGE terá ainda duas áreas temáticas: “Packaging Innvation”, para mostrar aos visitantes profissionais exemplos do que serão as embalagens do futuro, e “EMBALLAGE in green”, para mostrar exemplos de eco-design, biomateriais, redução na origem, reciclagem, etc.. As datas estão marcadas: a EMBALLAGE realiza-se no parque de Villepinte, nos dias 22 a 15 de Novembro. Em 2008, a EMBALLAGE ultrapassou os 100 mil visitantes e o conjunto dos pavilhões reuniu mais de 1500 empresas (expositores directos e indirectos). Entre elas, várias empresas portuguesas. Entretanto, a Comexposium alterou o seu calendário de feiras. A feira IPA, dedicada aos equipamentos para processamento alimentar, já não se realiza (como em 2008), em combinação com a EMBALLAGE. Para este ano, foi decidido realizar a IPA em paralelo e no mesmo local, com o SIAL, o Salão Internacional dos Produtos Alimentares, nos dias 17 a 21 de Outubro, cerca de um mês antes da EMBALLAGE. Esta não ficará só no parque de Villepinte, já que, em paralelo, terá lugar a feira MANUTENTION, dedicada às soluções de logística e armazenagem. Nº 203 Out/Nov/Dez 2009

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biodegradáveis

Filmes compostáveis

Cartão Reciclado + Filme Solúvel

Os filmes e sacos de plástico biodegradáveis e compostáveis não são propriamente um substituto idóneo para a generalidade das aplicações. Há no entanto aplicações para as quais as propriedades de degradação e compostagem são especialmente úteis. É o caso dos sacos para lixo. A CeDo (Reino Unido) espera aumentar as vendas de sacos de plástico compostáveis em cerca de 50% durante os próximos 12 meses. Os sacos de filme plástico compostável (biodegradável) são utilizados para forrar os “caixotes do lixo” domésticos. A principal barreira à utilização de filmes biodegradáveis/compostáveis tem sido a espessura e o custo do material. A CeDo, para além de ter conseguido reduzir a espessura a 14 a 18 mícron, tem procurado outras formas de promover o uso destes produtos. Por exemplo, o uso de aditivos desodorizantes no próprio filme ou como produto extra. No mercado britânico, onde a recolha de resíduos domésticos orgânicos (restos de alimentos) não é diária, estes aspectos são valorizados pelos consumidores. Desde 2007, a CeDo já vendeu 1,8 milhões de pacotes de sacos para caixotes e mais de 38 milhões de “pads” de absorção de odores. A CeDo tem fábricas no Reino Unido, Polónia, Holanda e China.

É do conhecimento comum que os plásticos são um contaminante nos processos de reciclagem do cartão. Daí que não se recomendem embalagens que combinem os dois materiais: a menos que se separem facilmente, a reciclagem pode estar inviabilizada. A ADE Inc (Chicago, Illinois, EUA) seguiu na direcção oposta e propõe um método de protecção de produtos que consiste na combinação de cartão canelado com filme plástico. Desta vez, porém, mesmo que depois da utilização o filme fique junto ao cartão, a reciclagem não estará em risco. A ADE usa filmes de PVOH (álcool polivinílico) formulados pela Monosol, cuja principal característica é serem solúveis em água!

Embalagem compostável para massas A Nature´s Farm (Steinbach, Manitoba, Canadá) produz as massas Nature’s Pasta, marca conhecida no segmento “gourmet” do mercado norte-americano. Na base das texturas e sabores destas massas está um processo de fabrico tradicional e uma matéria-prima (ovos frescos) também tradicional (dieta natural e vegetariana das galinhas). As massas Nature’s Pasta chegam aos restaurantes norte-americanos em embalagens de filme Natureflex, produzidos pela Innovia Films, com base (95%) em celulose derivada de pasta de madeira. O filme condiz com o posicionamento natural do produto, já que é biodegradável e compostável segundo os critérios da norma europeia EN13432 e da norma americana ASTM D6400. Os filmes correm numa máquina embaladora vertical (VFFS) Bosch Terra 25, com cadência de 15 embalagens por minuto.

Metalizados biodegradáveis na embalagem alimentar A Innovia Films (Reino Unido) fabrica filmes para embalagem a partir de celulose (pasta de madeira). Comercializados sob a marca Natureflex™, estes filmes são compostáveis e biodegradáveis. Uma das aplicações recentes é o fabrico de saquetas para os produtos nutricionais da Dr Vie Inc (Montreal), que comercializa uma gama de produtos naturais de alto valor nutritivo e antioxidante e baixo índice glicémico. Orientada para os segmentos “desporto”, “superfoods” e “wellness”, a Dr Vie escolheu um material de embalagem com posicionamento ambiental. Neste caso, é usado o filme metalizado Natureflex™ NM. O teor de metal reduz-se a 0,02 %. Embora retardada por alguns dias, a característica biodegradável mantem-se e o filme passa nos critérios das normas ASTM D6400 e EN13432. Em contrapartida, a metalização aumenta a barreira à humidade: a permeabilidade fica abaixo de 10g/m²/dia (38 °C, 90 % RH).

Laminado biodegradável A Ultimate Packaging (Reino Unido) acaba de lançar o Ultigreen™, um laminado biodegradável e compostável. O novo laminado é composto por um filme celulósico Natureflex™ (da Innovia Films) com impressão reversa, laminado com um filme Natureflex™ metalizado mas igualmente biodegradável (ver Revipack 201, pag. 37). Na impressão são usadas tintas híbridas biodegradáveis (SunChemical) e adesivos também biodegradáveis. Segundo a Ultimate Packaging, o Ultigreen é o primeiro laminado impresso que pode ser classificado como biodegradável pelos critérios da norma EN13432. O novo laminado destina-se a aplicações de embalagem alimentar. 8

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flexíveis

Filme biodegradável de alta performance Com os novos graus Ecovio® FS, a BASF alarga a sua gama de bioplásticos (plásticos biodegradáveis) a duas aplicações específicas: o revestimento de papéis e os filmes

retrácteis. Os novos materiais foram apresentados na Conferência Europeia de Bioplásticos e vão começar a ser comercializados no primeiro trimestre de 2010.

Sacos Sira-Cook

Sacos Quick Steam

A Sirane, empresa britânica especialista em papéis absorventes, anunciou o lançamento de sacos de filme plástico para cozinhar em fornos convencionais ou micro-ondas. Os sacos Sira-Cook são fabricados em material resistente a altas temperaturas (230 °C para fornos convencionais e 160 °C para fornos micro-ondas), têm um aspecto “rústico” e são vendidos em várias cores . A ideia é dar aos consumidores uma alternativa para as refeições rápidas. Para além dos sacos, a Sirane também comercializa este material em bobina. Usando estes sacos, os alimentos são cozinhados com o seu próprio líquido ou gordura. Para os produtos que libertem quantidades excessivas, o saco pode incluir material absorvente. Os sacos estão classificados em três categorias: Sira-Cook R para fornos convencionais, Sira-Cook M para micro-ondas e Sira-Fresh sem aptidão para fornos (mas com a vantagem de ser compostável).

A CeDo (Telford, Reino Unido) entrou no mercado dos sacos para culinária doméstica com a marca própria Poly-Lina. Os sacos foram postos à venda nos supermercados do Reino Unido, onde já existe um segmento de consumidores aderentes ao conceito “cook-in-bag”. Os sacos Quick Steam são fabricados com um laminado com PET no exterior e PP cast no interior. Durante a preparação dos alimentos, ocorre uma ventilação controlada de vapor, graças a pequenos orifícios. Sai apenas o vapor necessário para manter o saco fechado. A preparação no vapor não requer mais água, é mais rápida e mantém o sabor dos alimentos.

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O novo Ecovio FS resulta da combinação de um poliéster biodegradável (Ecoflex® FS) com o polímero de ácido láctico (PLA). O teor de material “bio” é de 66% no filme retráctil e 75% no revestimento de papel. Ao desenvolver este material, a BASF teve em vista aplicações concretas como os copos de papel revestidos e as caixas de cartão. No que diz respeito ao filme retráctil, a BASF salienta que os filmes baseados em Ecovio FS tem maior capacidade de carga que os filmes de PE convencionais, o que permite significativas reduções de espessura.

Filmes “biohíbridos” A Cardia Biplastics (Austrália) anunciou o lançamento de uma nova gama de filmes multi-camada biohíbridos, produzidos na China e conformes com a a regulamentação europeia sobre contacto alimentar (2002//72 CE). Os filmes “biohíbridos” baseiam-se na combinação de termoplásticos tradicionais com resinas baseadas em amidos de origem vegetal. Destinam-se sobretudo a aplicações de embalagem. Recentemente, a Cardia duplicou a sua capacidade de produção na China. Para além do desenvolvimento e produção das matérias-primas, a Cardia também produz aplicações finais (filmes e sacos).

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packaging design

Flora by Gucci Garrafas de plástico Em 1966, a casa Gucci criou a fragrância Flora para Grace Kelly. Nos anos 70, a para vários usos marca estendeu-se aos acessórios de vestuário e à porcelana. A nova embalagem Flora by Gucci mantém a tradição do preto e branco e adiciona uma combinação feliz entre o frasco de vidro hexagonal e a caixa de cartolina. A côr do perfume é replicada pelo dourado estampado na caixa. A caixa tem o logótipo em relevo, impressão do motivo floral na superfície interior e acabamentos (interior e exterior) com vernizes brilhante e mate. A impressão da caixa é executada pela Edelman France.

A família de garrafas Kavodrink tem três formatos 500, 750 e 1000 ml e destina-se aos consumidores que preferem usar várias vezes a mesma garrafa. Daí o formato ergonómico e a tampa Kavocap, fabricada em PP, que pode ser aberta e fechada com uma só mão. A abertura larga facilita o acto de beber, o reenchimento e o enxaguamento da garrafa. Consoantes as preferências, esta pode ser moldada em vários materiais e cores. As garrafas Kavodrink são fabricadas pela Kavo, uma divisão da Greiner Packa-

ging. Sediada em Kremsmünster (Áustria), a Greiner Packaging tem fábricas em vários países europeus, emprega 2 935 pessoas e facturou 376 milhões de euros em 2008.

PlantBottle A Coca-Cola vai lançar algumas das suas marcas com uma nova garrafa fabricada a partir de uma combinação de PET (70%) e bioplástico obtido a partir da cana de açúcar e melaço (30%). A “PlantBottle” é reciclável e, segundo a Coca-Cola, não prejudica a reciclagem do PET. O lançamento foi inicialmente anunciado apenas para o mercado norte-americano,

Hot Fill em formato pequeno A Amcor PET Packaging (EUA) produz embalagens PET de 2,5 onças líquidas para a marca Healthyshot, da empresa Hormel Health. Trata-se de uma bebida enriquecida com proteínas e a miniatura replica o formato da garrafa PET de 20 onças líquidas. As duas embalagens têm em comum a sujeição ao processo de enchimento a quente.

A nova embalagem de 2,5 onças foi especialmente difícil de desenvolver e optimizar. Segundo a Amcor, é a mais pequena embalagem PET para enchimento a quente. As pequenas garrafas têm, todavia, tampas standard de 28 mm.

Adesivo para RPET

PP e serrim A Rexam do Brasil está a fabricar embalagens para perfume usando um novo material desenvolvido pela Sabic Innovative Plastics. O MX077442 é um composto de polipropileno (PP) e serrim de madeira (30%). Em comparação com o PP sem reforço e com o PP com 30% de reforço mineral, o novo material é mais leve e mais resistente ao impacte. Pode ser moldado por extrusão ou injecção e a sua aparência é a de aglomerado de madeira. Os materiais desenvolvidos pela Sabic Innovatived Plastics são comercializados em Portugal pela AGI - Augusto Guimarães & Irmão. 10

para marcas e segmentos específicos, tais como as águas Dasani. Mas durante o ano de 2010, a empresa planeia alargar o lançamento a nível global, com as suas várias marcas, prevendo uma produção na ordem dos 2 mil milhões de “PlantBottles” Na Dinamarca, a “PlantBottle” será lançada para as marcas Coca-Cola, Coca-Cola Light e Coca-Cola Zero nos formatos 0,5 e 2 litros. Nos jogos olímpicos de inverno de Vancouver, as marcas Coca-Cola, Sprite, Fresca e DASANI serão lançadas também com a nova garrafa. A empresa também prevê introduzir a “PlantBottle” no Brasil, no Japão e na China (Shangai Expo 2010). Consoante a disponibilidade, as garrafas “PlantBottle” terão percentagens variáveis de incorporação de rPET (PET reciclado) e de biopolímero. No caso das garrafas dinamarquesas, a composição será de 35% de PET virgem, 50% de rPET e 15% de biopolímero.

O novo adesivo de base aquosa Latiseal® B7707AR de Henkel é a mais recente alternativa para aplicação em embalagens blister baseadas em folha de RPET (PET reciclado). Não causa enevoamento, permite a colagem a temperatura mais baixa, é compatível com a impressão offset e flexo. Além disso, este adesivo é totalmente isento de COVs e tem aprovação FDA para contacto indirecto com alimentares. Em paralelo, a Henkel lançou o adesivo B7780AR para blisters de PET virgem.

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packaging design

Cápsulas de café NexPod

Paintainer As embalagens de plástico Paintainer, produzidas pela Superfos Packaging para o mercado das tintas, foram premiadas com um prémio Scanstar (o principal concurso de embalagem da Escandinávia). Estas embalagens combinam as vantagens do plástico com a imagem do metal.

Perante o sucesso do sistema Nespresso da Nestlé, Giovani Alberti a Alice Allison, uma pequena empresa de Ticino (Suíça) descobriu uma oportunidade de negócio: o mesmo sistema, mas com cápsulas de plástico cheias pelo próprio consumidor. Foi assim que nasceu o sistema NexPod. As cápsulas são compatíveis com as máquinas do Nespresso, permitem ao consumidor escolher a marca de café da sua preferência (daí o slogan “Freedom of espresso”) e também podem ser utilizadas para preparar chá! Para desenvolver o negócio NexPod, Alberti criou a empresa Alice Allison S.A., sediada em Camorino (Suíça). As vendas começaram em Junho de 2009, através da internet, primeiro no portal eBay e mais recentemente no site www.nexpod.ch. Cada caixa de 80 cápsulas com filtro é vendida a 30 CHF (19,84 EUR). As cápsulas são fabricadas em PP (polipropileno), adequado para contacto alimentar. A empresa recomenda que sejam usadas uma só vez (a temperatura de 100 °C e a pressão de 19 bar, deformam o plástico ao fim de poucas reutilizações), mas também é possível lavar e reutilizar as cápsulas. Aliás, cada caixa de 80 cápsulas tem 90 filtros.

Formato grande O tamanho de 500 ml tem predominado no mercado dos detergentes domésticos com gatilho pulverizador. No entanto, a procura de embalagens de maior capacidade também

Garrafa leve já é comercial A garrafa superleve PET lite, de 0,5 l, com apenas 6,6 g, depois de somar vários prémios, passou por testes de praticabilidade. A Krones encomendou um estudo exaustivo para saber se esta garrafa resultante das máquinas Contiform (extrusão-sopro) e do conceito de enchimento Nitropouch (azoto para manter a pressão interior) eram também capazes de suportar o empilhamento, de manter o azoto no interior e resistir às variações térmicas durante todo o circuito de distribuição, etc.. Os testes foram realizados num laboratório independente de Munique. Os testes mostraram que a resistência à compressão vertical abaixo dos 30 kg é suficiente. As garrafas PET lite cheias superaram os testes de queda e a simulação do transporte. A pressão interior inicial de 1,5 bar desce para cerca de 1 bar após três meses de armazenagem a 20 °C. Para que a garrafa mantenha a aceitabilidade pelo consumidor, a pressão interna mínima situaNº 203 Out/Nov/Dez 2009

chegou a este segmento, o que levou a RPC Containers Llantrisant (Reino Unido) a lançar o formato de 750 ml, redesenhando o frasco em PET. Lado a lado com o motivo económico, este formato dá mais espaço para decoração (rotulagem), mantém as características ergonómicas e tem abertura de 28 mm compatível com os pulverizadores disponíveis no mercado. A embalagem pode ser fabricada em PET transparente ou colorido, e ainda com teor de 50% de reciclado proveniente de resíduos pós-consumo.

ZipBox

-se ao nível de 0,3 bar. Este baixo nível só é atingido após seis meses em prateleiras refrigeradas. Segundo a Krones, estes testes permitem afirmar que a garrafa PET lite deixou de ser um modelo teorético e já é um “modelo comercial”, pronto para os supermercados.

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O sucesso dos sacos com fecho de correr (zip) pode dar-se com as caixas de cartão. A ideia partiu da T.H.E.M., uma empresa de engenharia de embalagem de Marlton (New Jersey, EUA) e é bem simples. A caixa de cartão é colocada no interior do saco com fecho de correr (a ideia poderia chamar-se “box-in-bag”). A caixa dá rigidez e forma à embalagem e o topo do saco apresenta-se dobrado (como numa embalagem dee cartão para bebidas). A ideia destina-se ao mercado dos biscoitos, snacks e cereais, mas também pode ser utilizado para detergentes em pó e outros produtos não alimentares. 11


packaging design

Pentawards 2009 De entre as várias dezenas de embalagens que foram distinguidas com prémios “Pentawards”, escolhemos algumas. Não houve concorrentes portugueses.

Lenços de papel - lenços refrescantes. É o que dizem as embalagens da linha “Slice of Summer” lançadas pela Kimberly-Clark nos EUA. Simulando fatias/gomos de melão, laranja e limão, com ilustrações de Hiroso Sanders (Los Angeles), as embalagens mereceram o prémio máximo - Diamond Pentaward 2009.

O aparente minimalismo desta embalagem demonstra a essência do packaging design: embalagem simples de “entender”, produto visível, imagem apelativa (a posição do rótulo), marca em destaque, etc. Demonstra também uma elegância eficaz: basta uma cor - a do produto (replicada no rótulo). Autor: War Design (Áustria).

A agência Dragon Rouge desenhou a nova garrafa para o conhaque “L’Or de Martell” (Pernod Ricard). Mais do que a sofisticação, a garrafa reune “sinais” reconhecíveis por várias culturas (Europa, Rússia, China). A Cristallerie de Sévres concretizou a produção. É claro que é uma edição limitada: cada garrafa é vendida a 3000 euros.

Spray grande formato

A Stranger & Stranger é uma agência de packaging design com sede em Soho (Reino Unido) e especializada na decoração de embalagens de bebidas. Esta garrafa de licor de laranja combina efeitos luminosos com a imagem sugerida de um “espremedor”.

A Westland Horticulture (Reino Unido) lançou o seu produto “Resolva 24H”, destinado a eliminar ervas daninhas, em embalagens de 3 e 5 l. Para facilitiar a aplicação do produto, o pulverizador é fornecido numa concavidade moldada na parede lateral da embalagem. As embalagens de 3 e 5 l, com pega, são fabricadas em PEAD pela RPC UKSC (UK Stock Containers). Os pulverizadores são alojados na cavidade lateral logo após o enchimento, onde ficam seguros por um mecanismo de “clip”. Em seguida, é aplicada a etiqueta, cobrindo o pulverizador. Graças a esta ideia, o pulverizador deixa de ser um acessório exterior que dificulta a colocação em prateleira.

SwissLady SwissGirl

Nova Roll-On

As duas novas marcas de perfume da Mibelle Cosmetics (Suiça) têm a sua imagem plasmada nos frascos de vidro cristal produzidos pela Gerresheimer, impressos por serigrafia e fechados com tampa plástica transparente a condizer. O formato parece minimalista mas, a partir do fundo rectangular, desenvolve uma combinação original de duas faces curvadas e dois lados planos cortados. As novas embalagens foram apresentadas na feira Luxe Pack (Mónaco, 21 a 23 de Outubro de 2009).

O gel anti-celulite da marca Garnier foi lançado num novo formato Roll-On, com desenho ergonómico destinado a combinar os efeitos de dosagem e massagem. Patenteado pela L’Oreal, o aplicador deste Cellulite Crusher Roll-On é formado por cinco peças, incluindo o rolo fabricado em TPE (elastómero termo-plástico). As embalagens, de 100 e 150 ml, são fabricadas pela RPC Bramlage-Wiko (Alemanha).

A agência Turner Duckworth (Londres, S. Francisco) desenhou os motivos das latas de Verão 2009 para a Coca-cola. A força da marca e do seu código de côr, bastou imprimir vermelho sobre metal e... criatividade. 12

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packaging design

Superflex é alternativa ao vidro A Superfos afirma que as suas embalagens de plástico Superflex podem ter um desempenho de conservação de produtos alimentares “quase tão efectivo quanto o vidro”. Esta afirmação baseia-se em testes efectuados com embalagens hermeticamente fechadas com rótulo envolvente barreira, tampa flexível de película barreira e sobre-tampa, conseguindo manter a frescura e côr da couve roxa durante 27 meses (com embalagens de plástico “normais”, o tempo de vida útil não vai além dos quatro meses). As embalagens Superflex são indicadas para conservar frescos, durante 18 meses, produtos como compotas, pickles ou beterrabas, habitualmente conservados em embalagens de vidro. A Superfos destaca ainda outras vantagens: menor peso e menores custo e impacte ambiental no transporte, menos espaço em vazio, menos ruído na linha de enchimento, menos risco de quebras, etc.

SuperLock IML A Superfos afirma que as embalagens de plástico SuperLock podem duplicar ou mesmo triplicar o tempo de vida útil dos produtos, graças à aplicação de material barreira ao oxigénio em todas as superfícies da embalagem. 24 meses pode ser o tempo de vida útil normal para estas embalagens. Para aplicar uma película barreira em todas as superfícies, a Superfos usa o processo de rotulagem no molde (IML, in mould labelling). Para além do efeito barreira, este processo permite dar às embalagens uma decoração mais apelativa e brilhante, sem os inconvenientes das etiquetas e da rotulagem. O embalador é livre de estabelecer as combinações decorativas de côr, opacidade e transparência. O conceito é, portanto, favorável ao “branding”. No topo a embalagem é hermeticamente selada com tampa flexível de película barreira. Esta é removida na primeira utilização, mas a embalagem tem ainda uma sobre-tampa fácil de aplicar na linha de enchimento e que dá ao consumidor a possibilidade de abrir e fechar várias vezes. O “clique” audível indica que a embalagem está bem fechada.

Visualização 3D em PDF O software PICADOR, desenvolvido pela treeDIM (França) proporciona todo um conjunto de ferramentas de desenvolvimento geométrico de embalagens, parametrização, definição de vincos, cortes e recortes. Nos últimos meses, foram apresentadas novas

funcionalidades especialmente interessantes para melhorar a comunicação entre o fabricante da embalagem e os seus clientes. A versão 4.5 (setembro de 2009) já permitia criar animações em formato Windows Media Player. O projecto 3D da embalagem é convertido num pequeno filme que permite ao cliente ver a futura embalagem “rodar” no écran. A versão mais recente - PICADOR 4.7 - surge com um novo avanço: a exportação da imagem 3D para um ficheiro PDF. O cliente só precisa de ter o Adobe Reader 9 e pode manipular livremente a embalagem. Para experimentar esta possibilidade de visualização animada em PDF, procure esta notícia em www.revipack.com

Películas anti-fraude Com as películas de policarbonato Makrofol® ID ProteXXion®, é possível proteger os cartões de crédito contra a falsificação. A película contém milhares de partículas metálicas, as OVDot®, que podem ser agrupadas em padrões personalizados ou em logotipos, pictogramas, códigos alfa-numéricos ou outros Nº 203 Out/Nov/Dez 2009

efeitos impossíveis de replicar pelos falsificadores. O efeito de segurança é duplo, quer porque o efeito da película (e da falta dela) é visível, quer porque o próprio cartão pode conter um código adicional, não legível por meios electrónicos. Cada cartão pode ter uma distribuição única de partículas metálicas.

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Gourmet Packaging A empresa sueca Mälarchocolaterie é exemplo de uma empresa de pequena dimensão que aposta na diferenciação do seu produto e no seu lançamento no mercado internacional. A estratégia passa pela inovação de sabores e, claro, pela embalagem. O material de base escolhido é o papel Korsnäs Light, de 290 g/m², produzido pela Korsnäs AB. As embalagens são produzidas pela gráfica Arkpressen, a partir dos conceitos de design da agência Amore. 13


packaging design

10 mil milhões de tubos flexíveis A ETMA, a associação europeia dos fabricantes de tubos flexíveis, foi criada em Paris no dia 25 de Abril de 1959. Nessa altura, a produção europeia totalizava 2 mil milhões de tubos, praticamente todos de alumínio. Em 2008, a produção atingiu os 10 mil milhões de tubos, e a produção reparte-se pelo alumínio (40%), pelos plásticos (30%) e pelos laminados (30%). No ano passado, a produção de tubos flexíveis voltou a crescer 3%. O tubo de alumínio é produzido a partir de um disco (“slug”) por um processo de extrusão reversa (“impact extrusion”). O tubo de alumínio destaca-se pelas suas propriedades barreira, pela total opacidade e impermeabilidade ao ar. Hermeticamente fechado, conserva sabores e é um material estéril. Resiste à temperatura e permite o esvaziamento completo do produto. Os seus mercados principais encontram-se nas indústrias de produtos farmacêuticos, cosméticos e alimentares. A maior parte dos tubos de plástico é fabricada em polietileno. A matéria-prima é fornecida em granulado e transformada por extrusão, obtendo-se um tubo ao qual, depois de segmentado, é aplicado o topo, produzido por injecção. Os tubos plásticos são usados principalmente pelas indústrias de cosméticos, mas também pelas indústrias alimentares e pelas indústrias de produtos domésticos e industriais tais como colas, silicones, etc. Os tubos plásticos mantêm a forma original até serem completamente esvaziados e podem ser melhorados com todo o tipo de técnicas

Inovação em tubos flexíveis O concurso “tube of the year” de 2009 atribuiu os habituais prémios. Na categoria “alumínio”, o júri distinguiu o tubo produzido pela Tubex (Alemanha) para a linha de produtos de coloração capilar da marca Schwarzkopf. Destaca-se a impressão branco mate e a combinação entre o motivo impresso a verde e a côr da tampa.

de impressão, relevos e mesmo efeitos tácteis. É por isso que são preferidos sempre que os aspectos decorativos e de design são decisivos para o marketing do produto. Os tubos laminados caracterizam-se pela estrutura multi-camadas. A camada interior é uma camada barreira de alumínio, plástico ou material cerâmico. O tubo é formado a partir de um material laminado (plano). Embora também seja possível a pós-impressão, em regra a impressão do laminado é feita antes da formação do tubo. Regra geral, o fabricante de tubos laminados compra o laminado a fornecedores especializados. A razão de ser deste desdobramento em duas etapas é a necessidade de obter um tubo com propriedades barreira acrescidas, para garantir a preservação do produto durante o tempo de vida útil desejado.

Seja qual for o material, os tubos flexíveis continuam a ser uma embalagem extremamente prática para produtos cremosos ou pastosos. Têm propriedades barreira, são leves e inquebráveis, fáceis de abrir, fechar e re-fechar e também podem integrar funcionalidades de segurança como indicador de ruptura, dispositivos doseadores, etc.. Por outro lado, a evolução das tampas e cápsulas também tem favorecido os tubos flexíveis.

Os tubos laminados são usados predominantemente para pastas dentífricas, mas também têm surgido aplicações na área dos cosméticos. Pode ser aplicada uma camada extra de material plástico sobre o tubo laminado. Esta variante, designada tubo Polyfoil, é principalmente usada pela indústria de cosméticos, mas também já ocorreram aplicações farmacêuticas.

Do ponto de vista ambiental, os tubos flexíveis são compatíveis quer com a reciclagem mecânica, quer com a valorização energética. As dificuldades de reciclagem de plásticos e laminados, devidas à diversidade de materiais e à presença de resíduais do produto, têm vindo a ser ultrapassadas com os processos de reciclagem de “plásticos mistos”.

Na categoria “laminados”, o vencedor foi o tubo ‘Bye-Bye-Spot’ produzido pela Alcan Packaging Beauty (França) para a gama “Visage Young” da Nivea, em que, para além da impressão foto-realista se acrescentou a estampagem a quente para obter um efeito de espelho.

O prémio “protótipo” é o tubo “less is more”, em que a tampa flip-top e o próprio tubo formam uma peça única. Graças a esta inovação, reduz-se a quantidade de material. A redução de peso é de 40%.

A Tubex também recebeu os prémios da categoria “plástico” e “protótipo”. No primeiro caso, o júri escolheu o tubo produzido para a marca “Olay Definity” da Procter & Gamble. A impressão contém cores pérola, relevos e pequenos elementos holográficos. 14

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embalagem farmacêutica

StripTabs

Eva Kröcher

Cidra em latas O tradicional jarro de barro (bembel) deu lugar à lata de alumínio, para lançar a cidra da região de Hesse num mercado mais jovem. Os designers Benedikt Kuhn e Kjetil Dahlhaus pegaram na cidra produzida na região e criaram a marca Bembel-With-Care com o objectivo de a transformar numa "bebida de tendência". Começaram por tentar a venda em latas de 5 litros através da internet. Depois, avançaram para as latas de 0,5 l, em alumínio, fabricadas pela Ball Packaging Europe. No circuito de distribuição, predominam as áreas de serviço, as lojas de conveniência e as cadeias retalhistas regionais. O design "purístico" e o acabamento mate diferenciam a marca das cidras tradicionalmente apresentadas em jarros e em garrafas de vidro âmbar. Não menos interessante é o facto de as cidras estarem isentas do regime de depósito obrigatório (previsto na lei alemã para embalagens não reutilizáveis).

As StripTabs são uma forma inovadora de medicamentos que consiste em tiras solúveis que contêm a substância activa e que dissolvem na boca em apenas alguns segundos. A nova forma farmacêutica é indicada como alternativa para analgésicos, tratamentos hormonais e outros medicamentos. Actualmente, as StripTabs estão a ser consideradas para centenas de substâncias activas. A primeira máquina embaladora de StripTabs foi instalada pela Romaco na Ankur Drugs and Pharma Ltd., empresa embaladora por contrato com três instalações na Índia. Totalmente automática, a máquina Siebler StripTabs™ lida com tiras com espessuras de 60 a 100 µm (micrometros). A substância activa é preparada num processo de homogeneização em vácuo numa unidade fabricada pela FrymaKoruma (grupo Romaco) e doseada com elevada precisão (tolerância de 1 µm) sobre a película de suporte. Depois de várias etapas de

Sacos de sangue mais seguros No futuro, os sacos de sangue terão dispositivos para controlar a temperatura e para garantir a compatibilidade com o grupo sanguíneo do paciente. O controlo da cadeia de frio pode ser assegurado por indicadores tempo-temperatura. O controlo de compatibilidade pode ser assegurado por etiquetas rádio colocadas nos sacos de sangue e na pulseira do paciente. Caso haja incompatibilidade, é accionado alarme sonoro e luminoso, impedindo o erro. As etiquetas rádio estão a ser desenvolvidas em colaboração pelo Instituto Fraunhofer, pela universidade de Erlangen-Nuremberga e pelas empresas T-Systems, Vierling e Delta T. O projecto é financiado pelo governo alemão. Ao contrário do que poderia suceder com as etiquetas de rádio-frequência (RFID), cuja potência de transmissão pode chegar aos 2 watts, as etiquetas rádio transmitem a potências na ordem dos miliwatts e não interferem com os equipamentos médicos. As etiquetas RFID consistem num chip de memória e numa antena. A leitura só é possível mediante a activação pelo leitor. Diversamente, as

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secagem, a fita é bobinada em rolos com 240 mm de largura. Estes rolos são depois transferidos para a máquina Siebler HM 2/ 500 (ver foto), onde é executado o corte da fita e o acondicionamento em embalagem de folha de alumínio com selagem nos 4 lados. Destaca-se neste processo a elevada precisão do corte e separação do ingrediente activo do filme de suporte. São cortadas 10 tiras em paralelo, atingindo a linha uma cadência até às 1500 StripTabs™ por minuto. A selagem hermética assegura um tempo de vida útil até 3 anos.

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etiquetas rádio são sistemas activos, com a sua própria bateria e a sua própria unidade de processamento. Podem recolher informação e iniciar acções a qualquer momento. Para além dos aspectos acima referidos, também podem ser usados para localizar dispositivos médicos que mudam de lugar com frequência nos hospitais. O novo sistema, denominado Opal Health, vai passar por uma etapa de testes no hospital universitário de Erlangen, entre Janeiro e Junho de 2010. Os investigadores prevêm que o sistema esteja pronto para uso dentro de dois anos.

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embalagem metálica

Bonduelle com PeelSeam™ Para o lançamento da marca Maïs & Fruit, a Bonduelle escolheu as taças metálicas da Crown Food Europe, que são um bom exemplo de embalagem de conveniência. A marca designa uma categoria de produto “snack” baseado numa mistura de milho doce com frutas.

O design moderno da taça de 130 ml é realçado com a impressão em cores vivas sobre fundo branco. Como aspectos de conveniência para o consumidor destaca-se a tampa pelável PeelSeam™ e a colher de plástico. É portanto uma embalagem completa para o segmento “on the go”.

Easylift™

Perfurações

A Purina (Nestlé) foi a primeira marca de alimentos para animais a adoptar a abertura fácil Easylift™ foi adoptada pela Purina (Nestlé) para as latas de três peças para alimentos de animais lançadas no mercado europeu. Produzida pela Crown, a embalagem com esta tampa ganhou um dos Worldstars da WPO.

A embalagem exterior das garrafas de champanhe Perrier-Jouët Grand Brut distinguem-se por alguns detalhes decorativos originais: a silhueta das anémonas é representada por perfurações, o logótipo da marca tem relevo e a superfície interior tem uma coloração verde clara. A embalagem foi produzida pela Crown Speciality Packaging e ganhou um prémio Worldstar da WPO .

Decoração de latas A CMB Engineering e a Intercan estabeleceram um acordo para a produção e comercialização de máquinas de decoração de latas da gama Sovereign. A Intercan dedica-se, desde 1980, à reparação e reconstrução de máquinas para produção de embalagens metálicas e iniciou a produção de máquinas de decoração há cerca de 15 anos. As má-

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quinas Sovereign imprimem 6 ou 8 cores, com cadências de 1200 ou 2200 latas por minuto. A CMB Engineering teve origem no departamento de máquinas do grupo Carnaud Metalbox.

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Azeite em lata O prémio “World Aluminum Aerosol Can Award 2009”, atribuído pela AEROBAL foi para a nova embalagem para azeite produzida pelo Boxal Group (Reino Unido), em colaboração com a Fareva (França). É uma embalagem de alumínio 59x205, com formato curvilíneo, revestimento interior especial para contacto alimentar e impressão externa de alta definição. Ganhou o prémio na categoria destinada a embalagens já colocadas no mercado. Na categoria protótipos, o prémio da associação europeia foi para o conceito Coil-to-Can (C2C) apresentado pela Exal (EUA). Uma nova tecnologia de formatação permite reduzir a espessura e peso desta embalagem de alumínio equipada com o já conhecido dispositivo Bag-on-Valve (BoV).

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embalagem metálica

Metálicas doces A Crown Speciality Packaging apresentou duas novas colecções de embalagens metálicas na feira Pro Sweets de Colónia (1 a 4 de Fevereiro). Destinadas aos mercados da confeitaria, bolachas e também ao mercado das promoções, as colecções Discovery e Options demonstram a evolução da embalagem metálica no sentido da variação geométrica. Contrariando a associação da embalagem metálica a formatos standard, a Crown introduziu mais de 70 novos formatos de embalagem para o mercado das bolachas e biscoitos. Lado a lado com os formatos, regista-se uma evolução nas técnicas de impressão. Em geral os consumidores guardam as “latas de bolachas”, o que significa que se prolonga a visualização da marca. Entre as inovações mais recentes está a embalagem criada para os biscoitos All Butter Shortbread da Marks & Spencer. A tampa assenta no corpo pelo interior, criando uma imagem diferente em prateleira. Além disso, esta embalagem tem menos 7% de folha-de-flandres que a sua antecessora. Para a Sainsbury, foi lançada uma versão “quadrada” - uma inovação não só pelo formato (não usual no mercado dos biscoitos)

mas também pela simplicidade e impacte da impressão, combinando vermelho e ouro, a par com relevos e depressões para enfatizar a marca. Para os biscoitos Glenfiddich, a Crown está a fabricar latas no formato redondo tradicional, mas com relevos (embossing) no corpo e na tampa para destacar a marca.

Tampas CDL+ Latas termocrómicas A Coca-Cola reconverteu a sua linha de enchimento em latas da fábrica de Ghent (Bélgica) para passar a utilizar a tampa CDL+ da Ball Packaging Europe. A principal vantagem desta tampa está na economia de material e na redução de peso. As novas latas estão a ser lançadas na Bélgica, Holanda e Luxemburgo. Para o futuro mais próximo, prevê-se igual conversão na fábrica de Marselha (França). As tampas CDL+ são fabricadas em Deeside (Reino Unido), onde estão implantadas duas prensas, totalizando uma capacidade de produção de 1,1 mil milhões de tampas/ano. A Ball prevê aumentar a capacidade para 1,5 mil milhões de tampas/ano em 2010.

“Quando o ícone estiver azul, isso significa que a cerveja está suficiente fresca para ser bebida”. A mensagem funciona nas latas da cerveja Coors Light da Molson Canada, fabricadas pela Crown Beverage Packaging North America e impressas com tintas termocrómicas. O efeito de mudança de côr é possível com as cores azul, verde, vermelho ou preto. A temperatura de mudança de côr pode ser “afinada” em função do produto. A Crown foi a primeira empresa a comercializar latas com impressão termocrómica no mercado norte-americano, desde 2005.

Cervejas e personalização Alinhando com a tendência para o ressurgimento da craft beer, a Crown Beverage Packaging North America assegura serviços de impressão compatíveis com as pequenas e médias séries de produção. Em resultado, várias marcas apostam na embalagem metálica e na impressão. Na primeira imagem, vê-se a impressão com tonalidades sépia das

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marcas Trout Slayer Pale Ale e Moose Drool Brown (Big Sky Brewing Co.). Na segunda foto, as latas de alumínio das marcas Double Haul IPA, Eddy Out Pale Ale e Cold Smoke Scotch Ale (Kettlehouse Brewing Co.). Na terceira foto, as latas de alumínio das cervejas Pikeland Pilsner e Phoenix Pale Ale (Sly Fox Brewery).

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embalagem metálica Diz que tem 75 anos, mas é bem mais velha. É uma velha gaiteira que quer estar sempre na moda. E continua a perder peso.

A Septuagenária A primeira lata de cerveja apareceu no mercado americano no dia 24 de Janeiro de 1935. Pesava cerca de 100 g. Já completou 75 anos. Mantém o formato cilíndrico, mas emagreceu: pesa hoje menos de um quinto da sua antepassada. Na realidade, a lata é bem mais velha. A marinha holandesa usou embalagens metálicas pelo menos desde 1772. Em 1810, o britânico Peter Durand patenteou a ideia de conservar alimentos em embalagens estanques e sujeitas a tratamento térmico. Dez anos depois, o francês Nicholas Appert ganhou um dos primeiros concursos de embalagens, lançado por Napoleão, que procurava um modo de conservar alimentos durante campanhas militares. As primeiras patentes de abre-latas datam de 1855 (Reino Unido) e 1858 (EUA). É claro

que já se usavam ferramentas especiais antes disso, mas é curioso registar a distância de cerca de meio século entre as patentes da lata e do abre-latas. Hoje, a lata é indissociável da abertura fácil, que só apareceu muito depois. A primeira cervejeira a arriscar a lata foi a Gottfried Krueger Brewery, de Nova Jérsia (EUA), com latas fabricadas pela American Can Company. Em 1935, primeiro ano de lançamento, venderam-se 200 milhões de latas. Em 2008, o número de latas vendidas na Europa só para o mercado das bebidas chegou aos 53 mil milhões. Na Alemanha, a primeira lata de cerveja surgiu em 1951 e foi produzida pela Schmalbach-Lubeca para a Henninger Brewery. Pesava 83 g. Sete anos depois, apareceram as primeiras latas de alumínio e

A razão do formato 0,33 e as possibilidades de redução A menor área de um cilindro é a que se obtém quando a altura é igual ao diâmetro. Na prática, as latas de bebidas não são cilindros perfeitos porque os topos e fundos não são planos. Além disso, a capacidade (volume) deve ser superior ao volume nominal anunciado (quantidade de produto). A lata de 0,33 l é uma das embalagens metálicas mais usadas no mercado das bebidas. Se fosse um cilindro perfeito, o volume interior seria de 0,35 l. Na prática, o seu volume total é de aproximadamente 0,342 l. As estratégias de redução são quase sempre associadas a cálculos de optimização da área (superfície) e, consequentemente, do volume. Mas esse não é, na prática, o critério único. Há que contar com a espessura do material e, sobretudo, com a formatação necessária para que a lata mantenha a estabilidade dimensional e a resistência à pressão interior. É por esse motivo que os fundos são côncavos e os topos são ligeiramente convexos. As latas de 0,33 da Ball Packaging Europe são projectadas para suportar pressões até 6,2 bar. Outro aspecto não menos importante é o desempenho logístico. As embalagens primárias devem ter dimensões compatíveis com as europaletes (1200 x 1000 mm), de tal modo que a composição das caixas, tabulei18

ros ou grupagens não exceda a área da palete e preencha o máximo dessa área. Tendo em conta as espessuras preenchidas pelos cartões, uma lata matematicamente optimizada permitiria paletizar com 150 latas por camada, e não se optimizaria a utilização da área da palete. Na prática, as latas de 0,33 l permitem optimizar a paletização com camadas de 216 latas. Porquê o cilindro? Poderiam ocorrer várias razões para explicar a opção pelo formato cilíndrico. Se admitirmos que a opção foi determinada por razões matemáticas (o que provavelmente não é verdade), o cilindro é o compromisso geométrico das seguintes constatações: - o formato esférico é o que proporciona a melhor relação volume/área; - o formato cúbico é o mais indicado para transporte, - o formato vaso é o que suporta melhor a pressão interna, - uma lata de duas peças requer menos material que uma lata de três peças, - a espessura pode ser reduzida com o processo de embutição-estiramento.

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Num corpo cilíndrico, a área total é tanto menor quanto mais próxima de 1 for a relação entre diâmetro e altura. Aplicando a regra trivial (altura = diâmetro, H=D), se o volume Pi/4*D³ é de 330 (ml), então, a lata (cilindro perfeito) deve ter um diâmetro (D) de 7.49 cm. Recorde-se o exercício escolar de cálculo da relação diâmetro/altura para o volume de 1 litro, usando as fórmulas do volume (Pi * r² * H) e da área (2 * Pi * r² + 2 * Pi *r * H). Este cálculo é válido para cilindros perfeitos e por isso é uma boa aproximação à lata de três peças. No mercado das bebidas, há muito que a lata de três peças deu lugar à lata de duas peças, para a qual é necessário usar regras diferentes. A estratégia de redução visa reduzir a quantidade de material presente em cada lata. O volume de produto é um dado. O que verdadeiramente interessa é o volume de metal consumido em cada embalagem. A lata de duas peças é formada por uma tampa e um “copo” formado por embutição-estiramento, pelo que há que contar com o factor de estiramento (aproximadamente 3). Para um volume nominal de 330 ml, há que contar com o espaço residual (aproximadamente 20 cm³ ou 20 ml), pelo que o volume total a considerar é de 350 cm³. Com estes Nº 203 Out/Nov/Dez 2009


embalagem metálica As primeiras latas de cerveja surgiram nos E.U.A. em 1935.

Na Alemanha, a lata de cerveja só apareceu em 1951.

com elas o princípio da lata de duas peças. As aberturas fáceis começaram a surgir a partir do final dos anos 50 do século passado, com as patentes de Mikola Kondakow (Canadá, 1956) e Ermal Fraze (EUA, 1962). Em vez de perfurar a chapa ou de a cortar com uma ferramenta, a abertura fácil baseia-se no princípio da “linha de enfraquecimento”. A abertura “pull-tab” ainda hoje se utiliza. Em 1975, Daniel F. Cudzik, da Reynolds Metais, inventou a “stay-tab”, uma solução em que a parte da chapa aberta dobra para o interior da lata e continua fixa à mesma. A primeira cervejeira a usar esta nova abertura foi a The Falls City Brewing Company (Kentucky, EUA). Nos anos 80, esta solução generalizou-se nas latas para bebidas. Em 1971, durante a feira Interbrau (Munique, Alemanha) foi apresentada a lata de folha-de-

-flandres fabricada no Reino Unido pelo processo de embutição-estiramento. A lata de aço passou assim a ter apenas duas peças, tal como a lata de alumínio. Por outro lado, o diâmetro do topo e da tampa reduziu-se de 66 para 62 mm. Graças a estes dois “detalhes”, a lata perdeu 10% do seu peso. Na altura, ficou em 38 g. Nos dias de hoje, a chapa de follha-de-flandres tem espessuras infra-capilares, na ordem os 0,097 mm. Uma lata de 339 ml pesa cerca de 21 g (aço) e 10 g em alumínio. Em 30 anos, a quantidade de latas fabricáveis com a mesma quantidade de matériaprima triplicou. Por outro lado, a reciclagem de latas atinge índices muito elevados (90% na Alemanha, 65% em Portugal), graças à relativa facilidade de recuperação dos metais (quando não são previamente separados,

pressupostos, a quantidade de material num cilindro aberto num dos lados é aproximadamente: Pi * r² * t + 2 * Pi * r * (t/3 * H).

No topo, o “cilindro” sofre um estreitamento e a tampa é ligeiramente convexa, mas fica abaixo da linha de cravação. A figura seguinte reproduz o perfil bem conhecido das latas de bebidas.

Neste caso, as dimensões optimizadas serão aproximadamente 6.7 cm e 9.93 cm de altura. Se medirmos uma lata actual de 0,33 l, encontramos um diâmetro de 6,6 cm e uma altura de 115,2 mm . Para o estudo de optimização ficar completo, há que ter em conta os detalhes que afastam a lata do formato de cilindro perfeito. A base “copo” apresenta uma concavidade para dar maior resistência e estabilidade dimensional. O perfil está representado na figura seguinte:

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Também a geometria da tampa influencia a quantidade de material. Finalmente, há que ter em conta condicionantes externas. A decisão de alterar o formato de uma embalagem primária está condicionada pelas dimensões das embalagens secundárias e terciárias, pelas especificações do cliente, etc.. Algumas destas latas são distribuídas através de máquinas automáticas (e em alguns países, também se recolhem

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ainda podem ser recuperados nas escórias da incineração). A inovação continua. Em 2008, a Ball Packaging Europe apresentou uma lata “refechável”. Algumas marcas usam tintas termocrómicas (mudam de côr com a temperatura). Outras, tiram partido do potencial da impressão digital (elementos variáveis). Desde há pelo menos 20 anos que se procuram soluções de moldação para diferenciar formatos. No futuro, as latas poderão ter funcionalidades “inesperadas”: aroma, som, imagem, comunicação. Talvez até possam identificar o consumidor que passa (pela ID do telemóvel) e chamá-lo: “ó Sr. José da Silva, vai uma cervejinha XPTO?” As latas vão ter... muita lata.

latas vazias pelo mesmo processo), o que implica verificar se essas máquinas toleram mudanças de formato. O efeito combinado da redução de espessura e da optimização representa um benefício económico (redução do consumo de material e de energia) de grande importância e um benefício ambiental (menos matéria-prima, menos resíduos, menos emissões) que supera o benefício da reciclagem. 19


embalagem de vidro

O Vidro e as preferências dos consumidores A preferência dos consumidores é apontada pelos embaladores e retalhistas como uma das principais razões para justificar as opções de embalagem. Será mesmo assim? Vários estudos revelam que a preferência dos consumidores pela embalagem de vidro está muito acima da presença do vidro nas prateleiras das lojas. Um dos estudos mais recentes envolveu 2932 entrevistas a consumidores de 9 países (Polónia, Itália, Alemanha, França, Colômbia, Austrália e Brasil). Os resultados do estudo indicam níveis de preferência muito elevados para a embalagem de vidro: 93,5% para vinhos, e 66% para embalagens de bebidas não alcoólicas. O estudo foi encomendado pelo grupo vidreiro Owens-Illinois e realizado pela consultora Siegel+Gale, especialista em “strategic branding” com escritórios em Nova Iorque, Los Angeles, S. Francisco, Londres e Dubai. Para este estudo, a Siegel+Gale usou a sua metodologia EyeOpener Brand Decision Analyzer, que permite pesquisar as razões efectivas das preferências e decisões de compra, para além das percepções dos consumidores. Mais do que medir preferências, o estudo investigou as razões dos consumidores. “Ficámos surpreendidos com a consistência, de país para país, do modo como as pessoas fazem as suas escolhas. Os compradores preocupam-se não só com os produtos mas com a própria embalagem” – disse O Dr. Rolf Wulfsberg, director da Siegel+Gale – “Aparentemente, os consumidores escolhem as embalagens com base na segurança, versatilidade e capacidade para preservar o teor dos produtos embalados. Em última análise, a embalagem de vidro suporta cada uma destas preferências”.

CARACTERÍSTICAS RELEVANTES PARA O CONSUMIDOR

PREFERÊNCIA GERAL POR SEGMENTO DE MERCADO

Os níveis de preferência dos consumidores estão acima das quotas de mercado do vidro dos diversos segmentos de mercado. A discrepância é mais evidente no segmento dos produtos alimentares: o nível de preferência é superior a 91% (na América Latina, chega aos 95%), mas a quota do vidro neste segmento de mercado situa-se à volta dos 10%. O mesmo se verifica nas bebidas não alcoólicas, onde a quota do vidro tem sofrido uma tendência de redução a favor da embalagem PET e da embalagem metálica. Por outras palavras, a escolha da embalagem está a ser determinada por outros motivos, que não a preferência dos consumidores. Mesmo no caso do segmento dos vinhos, a preferência dos consumidores revelada por este estudo (93,5%) parece indicar que o entusiasmo por alternativas como a embalagem bag-in-box se deve mais à conveniência logística que à preferência dos consumidores finais. COMPARAÇÃO DE CARACTERÍSTICAS

Preservação

Utilidade

Preserva a frescura do produto

Permite ver a quantidade

Mantém a qualidade do produto

Permite ver o produto antes de comprar

Prolonga o tempo de vida do produto Pode ser reutilizado em casa Preserva o aroma

Can be resealed ??????

Mantém a pureza do produto

É reutilizável

É estanque

Pode ir ao microondas

Não altera o sabor

Adequado para ocasiões especiais

Pode ser pasteurizada e esterilizada

Disponível para os alimentos preferidos

Segurança

Conveniência

Embalagem naturalmente não tóxica

Leve

A mais saudável nos alimentos para

Fácil de levar em viagens

bebés

Flexível

Não motiva questões de segurança

Resistente ao choque

Estudo europeu confirma Entretanto, o estudo encomendado à InSites Consulting pela FEVE (Federação Europeia do Vidro de Embalagem) chegou à mesma conclusão fundamental. Depois de uma sondagem a 6200 consumidores de 12 países europeus (incluindo Portugal), apurou-se que o nível de preferência pela embalagem de vidro é da ordem dos 74%. Regra geral, as preferências dos consumidores estão acima das quotas que a embalagem de vidro tem nos diversos segmentos de mercado.

Resistente a crianças

Qualidade

Económica Permite usos inovadores

É usada para os melhores produtos Faz confiar na empresa embaladora

Ambiente

É bonita Fácil de reciclar

20

Temperatura

Produzido com elevado teor de material

Mantém-se fria durante mais tempo

Reciclável para embalagens iguais

Aquece mais rapidamente

É ambientalmente responsável

reciclado

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Em termos globais, constata-se a posição dominante do vidro em mercados como os vinhos e as espirituosas, quer em quota de mercado, quer em preferência dos consumidores. Nos demais segmentos, as quotas do vidro são menores e existem grandes disparidades de país para país. O mercado dos refrigerantes, em que Nº 203 Out/Nov/Dez 2009


embalagem de vidro o vidro tem uma quota de 25%, é um dos exemplos. No fundo da tabela, está o segmento do leite, onde a quota do vidro se situa na ordem dos 7%. No entanto, em praticamente todos estes segmentos, a quota de preferência está acima da quota de mercado. Várias razões estão na origem da preferência dos consumidores. O estudo da InSites evidencia factores como “ocasiões especiais”, “prestígio” e imagem de marca” e “preservação do produto”, para além do amplo reconhecimento das virtudes ambientais do vidro (elevadas taxas de reciclagem para a mesma aplicação).

Em Portugal O nível de preferência geral pela embalagem de vidro apurada em Portugal é de 66%. Na maior parte dos segmentos, os níveis de preferência são relativamente próximos das quotas de mercado. A maior discrepância situa-se no segmento dos alimentos vegetais, onde a quota de mercado (6%) está muito abaixo da quota europeia (24%). No que diz respeito à “imagem do vidro”, Portugal, juntamente com o Reino Unido e a Itália são os países com pior registo. A percentagem de consumidores que indica as vantagens do vidro é inferior à média europeia para a quase totalidade dos factores

indicados. Em contraste, os consumidores italianos caracterizam o vidro acima da média europeia. [Para mais informação sobre este estudo, ver http://www.feve.org/europeans-vote-for-glass.html ].

Pais preferem vidro Os pais preferem as embalagens de vidro para os alimentos para crianças, refere um estudo realizado em dez cidades europeias em que foi registada a opinião de pais (mães, na maior parte dos casos) de crianças com idades entre 3 e 5 anos. Os pais associam a embalagem de vidro à frescura, qualidade e segurança dos produtos. A preocupação de habituar as crianças à diversidade dos alimentos e aos paladares dos produtos “orgânicos” e “autênticos” é outra tendência registada nesta sondagem. O estudo foi solicitado pela Owens-Illinois e está em linha com as conclusões do estudo da FEVE (Federação Europeia do Vidro de Embalagem) apresentado em Abril de 2009, segundo as quais a preferência dos consumidores pela embalagem de vidro está acima da disponibilidade dessas embalagens no mercado.

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VIPLAC transporte optimizado de garrafas

A utilização de placas de plástico termomoldadas é uma solução especialmente interessante para o transporte de garrafas de espumantes e espumosos, vinhos ou... qualquer outro produto engarrafado. As placas Viplac são uma ideia da RBL Plastiques (França) que protege as garrafas. Mesmo que haja quebra e falha de vedação de uma garrafa, as garrafas das camadas inferiores não são afectadas porque cada placa retem o líquido nos seus alvéolos. O conceito Viplac serve quer para o estágio/envelhecimento em cave, quer para a armazenagem e transporte. A sua vantagem mais assinalável é a redução do espaço ocupado. Moldando os alvéolos para garrafas deitadas em posição alternada, consegue-se maximizar a quantidade de garrafas e mimizar o espaço ocupado. O baixo peso das placas é outra vantagem: em média, o peso das placas é da ordem de 1 kg por cada 40 garrafas transportadas. O número de garrafas por placa varia em função das dimensões. Por exemplo, uma placa de 10 x 120 cm permite alojar 40 garrafas de 75 cl. Cada palete pode neste caso levar 18 camadas, num total de 720 garrafas. Com garrafas de 25, 35,5 e 50 cl, uma placa Viplac com a mesma dimensão pode levar 57 garrafas, aumentando o total por palete para 1026 garrafas. As placas RBL são reutilizáveis e, “em vazio” encaixam umas nas outras. A única manutenção que requerem é a lavagem. O material é neutro, higrófugo e reciclável. revipack 21


logística Embalnor

Contentores seguros para resíduos hospitalares A Embalnor (Leiria) desenvolveu uma nova gama de contentores plásticos para resíduos hospitalares. Homologados para transporte de resíduos perigosos, os contentores EM Sharps reunem um conjunto de características que reforçam a segurança. Os contentores resistem à perfuração, bem como ao choque e queda.

tem um dispositivo especial para soltar lâminas e agulhas sem usar os dedos. Accionado o fecho definitivo, o contentor permanece hermeticamente fechado até ao destino final. Dispõe de uma pega para facilitar a manipulação. No destino final, o contentor pode ser incinerado directamente, evitando-se qualquer contacto com os resíduos.

Integralmente projectados e fabricados em Portugal pela Embalnor, os contentores EN Sharps foram lançados no mercado internacional com a apresentação na feira MEDICA (Dusseldorf, Alemanha) no passado mês de Novembro.

Em vazio, os contentores EM Sharps e as respectivas tampas podem ser empilhados por encaixe. As tampas encaixam de forma segura e resistente, e os resíduos são colocados através do bocal circular no topo, cuja tampa tem sistema de fecho temporário e permanente. Para além da tampa, o bocal

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logística PSA

Contentores para picking A PSA (Plásticos Santo António) desenvolveu mais um modelo de contentores encaixáveis (em vazio) e empilháveis (em cheio), que resolvem o problema do acondicionamento de produtos muito diversos em armazéns de estabelecimentos de venda directa. Os novos contentores de 600 x 400 x 300 mm têm abertura num dos lados para facilitar a operação de picking. Graças a dois arcos posicionáveis, estes contentores podem ser empilhados de forma segura. O topo é aberto e o fundo é gradeado, pormenor que permite não só a ventilação, mas também a passagem de água, em caso de incêndio (os danos causados por incêndio são drasticamente reduzidos com uma passagem rápida da água até aos contentores mais próximos do solo). Os novos contentores foram adoptados pela Vital-Concept, empresa francesa dedicada ao comércio de materiais e produtos para agropecuária.

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Funcionalidades e variantes Em vazio, basta mudar a posição dos arcos e os contentores encaixam uns nos outros. O procedimento pode repetir-se vezes sem conta, dada a elevada resistência destes arcos (fabricados em plástico de engenharia reforçado com fibra de vidro). A PSA também disponibiliza variantes deste seu novo modelo, tais como paredes gradeadas ou modelos com portinhola de protecção contra poeiras. A portinhola pode ser opaca ou transparente e também pode ser fechada em baixo, aspecto útil se o contentor também for utilizado em transporte. O mesmo modelo está também disponível com altura de 200 mm.

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PSA fornece Amazon A logística da Amazon, um dos maiores distribuidores de livros, CDs e DVDs com base em encomendas via internet, é feita com contentores fabricados em Portugal pela PSA. Estes contentores foram objecto de notícia publicada na REVIPACK há já vários anos, destacando o fundo com estrutura reforçada, e o alojamento protegido para as etiquetas de código de barras. Estes contentores suportam não só as condições de transporte, mas também o automatismo nas linhas de preparação de encomendas. Uma esponja interior protege os livros, CDs e DVDs que caem dos alimentadores automáticos. Desde então, a PSA tem fornecido todas as instalações logísticas da AMAZON na Alemanha, Reino Unido, França e Japão (os E.U.A. são a única excepção).

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logística

Gestão de

paletes

Comecemos por algumas evidências: a maior parte das mercadorias é transportada sobre paletes e a maior parte das paletes é fabricada em madeira. O preço de aquisição ainda é considerado pelos utilizadores como o parâmetro mais importante, mas há um interesse crescente por outros aspectos da gestão de paletes, designadamente os que se relacionam com a reutilização. Na realidade, a circulação de paletes pode assumir diversas modalidades. Numa primeira modalidade, a palete faz parte da encomenda, juntamente com os produtos e as embalagens. O expedidor simplesmente contabiliza a palete como custo e repercute-o no preço. Há uma transferência de propriedade da palete, que poderá ser reutilizada pelo comprador para, por seu turno, expedir os seus produtos. Numa segunda modalidade, as paletes são consignadas, entre fornecedor e cliente, o que obriga a diversos procedimentos contabilísticos. Regra geral, esta modalidade só é praticada em circuitos de fornecimento regulares e repetitivos. Na prática, não é viável entregar a mercadoria e trazer logo as paletes de volta. Nos casos em que o camião regressa vazio ao ponto de origem, existe a prática de entregar a mercadoria e carregar outras paletes, em número igual ao entregue. Esta prática tem desvantagens evidentes e gera frequentemente conflitos ou outras situações pouco claras. Os sistemas de “pool” vieram simplificar os circuitos de paletes, na medida em que, ao alargar o leque de utilizadores das paletes, eliminaram as desvantagens do regresso ao ponto de origem.

O objectivo fulcral da gestão de paletes é prolongar o mais possível o seu tempo de vida útil, de modo a repartir o custo de aquisição pelo maior número possível de operações de transporte.

zia). Cada palete tem, assim uma vida útil até à primeira reparação e uma vida útil total. A vida útil das paletes depende principalmente da sua construção inicial, da qualidade das reparações e das práticas de manipulação.

No final do seu ciclo de vida, a palete pode ter um de dois destinos. Ou é eliminada, ou é valorizada. A eliminação consiste sobretudo na simples deposição em aterro e constitui um desperdício sem justificação. A valorização pode assumir diversos processos, entre os quais a compostagem e a reciclagem. As paletes de madeira, reúnem, aliás, quatro características ecológicas: baseiam-se em recursos renováveis, são reparáveis, recicláveis e reutilizáveis. No final do ciclo de vida, a palete é um resíduo e da gestão de paletes passa-se à gestão de resíduos. Na prática, isto significa uma nova equação que envolve o valor intrínseco do resíduo de madeira e os custos de gestão de resíduos.

A maior dificuldade da gestão de paletes reside no facto de o proprietário da palete não ter controlo directo sobre as paletes durante a maior parte do seu tempo de vida útil. Está dependente das práticas de manipulação ao longo do circuito e, pior, tem dificuldade em garantir a retoma de paletes em estado equivalente. Em teoria, compensa adquirir paletes de melhor qualidade e robustez, capazes de suportar centenas de viagens. Na prática, nada garante que as paletes que “regressam” têm a mesma especificação e, mesmo nesse caso, o mais provável é que as paletes já tenham efectuado numerosas viagens. As múltiplas tentativas de identificar as paletes não produziram os resultados esperados (espera-se que a tecnologia de rádio-frequência reduza a propensão para a fraude). Todos estes factores tornam especialmente difícil a gestão de paletes baseada na propriedade. Devido a eles, muitas empresas optam pelos sistemas de aluguer de paletes. A principal vantagem do aluguer consiste em converter os custos de gestão de paletes num custo variável, em função da utilização efectiva. Por outro lado, a gestão de reparações é também externalizada. O sucesso dos sistemas de pool (aluguer) tem contribuído para a optimização dos circuitos de distribuição e logística. Utilizados de forma generalizada por todo o tipo de empresas – desde multinacionais a pequenas e médias empresas locais – os sistemas de “pool” ganharam credibilidade e diversificaram a sua oferta, quer em produtos (paletes, caixas, tabuleiros, etc.), quer em serviços. O método tradicional de identificação destas paletes é a coloração bem visível, mas a tecnologia RFID está a progredir.

A reciclagem, todavia, é apenas a etapa final, já que a palete é passível de reparação. A reparação prolonga a vida útil da palete, que se mede em número de viagens. Regra geral, considera-se que cada viagem envolve 4 a 6 operações de manipulação da palete (carga/descarga de palete cheia/va-

Palete CHEP. Tudo o que tem sucesso está sujeito a furto e imitação. Em vários paises, os tribunais condenaram o furto de paletes CHEP e a utilização das mesmas em esquemas ilegais de aluguer.

RFID A integração da tecnologia de identificação por radio-frequência (RFID) na gestão de 24

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logística paletes pode proporcionar vantagens adicionais aos utilizadores. A Chep apostou nesta tecnologia, investigando e experimentando-a desde 1998. O programa PLUS ID da Chep baseia-se nas normas UHF/EPC e está ao alcance dos utilizadores do sistema de pool da empresa em todos os continentes. Ao permitir a monitorização dos fluxos logísticos em tempo real, a RFID serve simultaneamente os objectivos de gestão logística, rastreabilidade e redução de custos. O sistema Chep Global Track and Trace permite o seguimento dos produtos ao longo de toda a cadeia logística. Baseia-se na utilização de tags “3 em 1” que podem ser lidas por RFID, leitura de códigos de barras ou leitura humana. Deste modo, mesmo que algum ponto da cadeia logística não esteja equipado com leitor RFID, a rastreabilidade continua a ser possível. As etiquetas RFID aplicadas pela Chep são também regraváveis. Além disso, o sistema Chep PLUS ID assenta em plataformas de software standard (Microsoft, SAP). Também a LPR anunciou o lançamento de paletes com chip de rádio frequência (RFID) e memória regravável. O aluguer de paletes RFID insere-se num projecto global a nível europeu e permitirá aos clientes da LPR utilizar os chips das paletes para gravar dados dos seus produtos e partilhá-los através da rede EPC-IS em tempo real (a rede EPC-IS difere da rede EDI, em que os dados são retidos e reenviados por uma entidade terceira). Os chips foram desenvolvidos pela Hub Telecom (grupo Aéroports de Paris) utilizando as normas EPC-Global e têm capacidade para registar quer os dados relativos à própria palete (identificador GRAI-96, global returnable asset identifier number), quer os dados relativos aos produtos transportados, utilizando 512 bits adicionais de memória regravável. Os utilizadores podem assim gravar o seu respectivo código SSCC (serial shipping container code) ou qualquer outro. A palete RFID poderá vir a complementar ou mesmo a substituir o código de barras e a correspondente etiqueta EAN 128. Os chips reutilizáveis (memória regravável) são incorporados nos blocos das paletes de forma a ficarem protegidos para utilizações sucessivas. A LPR forneceu várias centenas de paletes com chips RFID para testar à escala global envolvendo a totalidade da cadeia de logística (um fabricante, dois expedidores e um distribuidor). O teste está a ser conduzido sob a supervisão da GS1 no contexto do projecto BRIDGE da Comissão Europeia. Nº 203 Out/Nov/Dez 2009

Paletes CHEP com etiquetas RFID são ideentificadas automaticamente quer em passagens individuais (alimentadores de paletes, equipamentos de paletização), quer em grupagem (pórticos).

Benefícios ambientais Em colaboração com a Universidade de Leeds, a CHEP desenvolveu um modelo de cálculo dos benefícios ambientais que podem resultar da utilização de paletes alugadas, comparativamente á compra de paletes reutilizáveis ou de uso único. O modelo pode ser aplicado em paletes de diferentes dimensões e calcula as poupanças durante um período de dez anos. O utilizador das paletes pode fornecer informações sobre a sua actividade, incluindo o número de movimentos, níveis de stock, perdas e distâncias percorridas durante o transporte. Este modelo tem em conta as eficiências operacionais e do sistema de pooling da CHEP, a utilização e conservação responsáveis da madeira durante todo o ciclo de vida das paletes (incluindo a produção e reparação), bem como o efeito de estufa e a produção de oxigénio de árvores que já não têm de ser abatidas. O modelo também tem em conta as emissões de CO² geradas pelo transporte de paletes em toda a cadeia de abastecimento, durante todo o ciclo de vida das paletes. Se tivermos em conta movimentos de 100.000 paletes de 1200 x 800 mm por ano e valores típicos para níveis de stock, perdas e distâncias percorridas durante o transporte (estas são algumas das variáveis que podem ser introduzidas no modelo), verifica-se a possibilidade de obtenção de poupanças substanciais através da utilização do sistema CHEP. O recurso à compra de paletes implicaria o corte de mais 9.400 árvores (33 ha) se fossem utilizadas paletes de madeira reutilizáveis, ou mais 64 400 árvores se fossem utilizadas paletes de uso único. O recurso às paletes CHEP evita a emissão de 3 250 toneladas de CO² para a atmosfera durante o período de dez anos, em comparação com a utilização de paletes de madeira branca reutilizáveis, e 18 000 toneladas em comparação com a utilização de paletes de uso único.

Interacção com custos de embalagem A palete pode ter influência significativa nos custos de embalagem. O principal requisito de

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uma palete reutilizável é a robustez (resistência à quebra). Característica diferente é a rigidez das tábuas. A palete pode ser robusta e, no entanto, apresentar uma deformação bastante para afectar a carga. Este problema agrava-se com a colocação em racks: se a palete não tiver as características adequadas a este sistema e à carga, o risco de abaulamento é maior.

A deformação ou abaulamento das tábuas da palete altera a distribuição da compressão exercida sobre as caixas, embalagens e produtos empilhados, e pode ocasionar o colapso de embalagens de transporte. A protecção adequada dos produtos durante o transporte depende de múltiplos factores, entre os quais a compressão a que as embalagens são sujeitas e a distribuição dessa compressão. Quando se calcula a resistência à compressão que uma caixa de cartão deve ter, conta-se sempre com a carga máxima, isto é, a carga a que irá estar sujeita uma caixa colocada na primeira camada da palete (“a contar de baixo”). A carga total varia na razão directa da área do lado da caixa que fica na horizontal. Por outro lado, se bem que o empilhamento cruzado (arranjo alternado das camadas) favoreça o travamento e a estabilidade, é o empilhamento em coluna (sem alternância das camadas) que confere maior resistência à compressão vertical (a compressão é suportada principalmente pelos cantos das caixas, onde a resistência é maior). Porém, se as tábuas da palete sofrerem deformação, estas regras alteram-se. A palete “mais barata” pode dar origem a perdas de produtos, reclamações ou a aumento de custos para utilizar caixas com resistência superior ao que é necessário. 25


logística

Pirataria no transporte rodoviário De acordo com a IRU (International Road Transport Union), 17% dos motoristas de camiões de transporte de longo curso na Europa são vítimas de furto ou roubo durante as horas de trabalho. Para além dos danos pessoais sofridos pelos motoristas, o furto de todo o tipo de bens representa, segundo as estimativas da Europol, um valor anual na ordem dos 8,2 mil milhões de euros. A este valor acrescem os vários prejuízos derivados, tais como reparações, substituições, atrasos, etc.. Apesar de a Europa ser uma das regiões mais seguras do mundo, ainda há zonas de alto risco. Mesmo na Europa ocidental, há zonas com incidência de furto e roubo no transporte comparável à da Rússia, México ou Brasil. No passado, a maior parte dos assaltos ocorria em terminais de carga, entrepostos e armazéns. Mas com o reforço das medidas de segurança nestes locais, os criminosos passaram a actuar mais nos itinerários. As organizações criminosas têm actuação internacional o que significa que é necessária cooperação entre polícias para suster o crescendo da pirataria rodoviária. A iniciativa SETPOS conduzida a nível da União Europeia visa aumentar a segurança nos pontos de paragem dos camiões de longo curso. Até ao momento, foram criados cinco pontos de paragem (2 na Alemanha, 1 no Reino Unido, 1 em França e 1 na Bélgica). São áreas de repouso vedadas e patrulhadas. A ideia é multiplicar o número de áreas SETPOS na Europa, fazendo-o chegar até aos 200. Já existre um manual de boas práticas e um sistema de acreditação para empresas que queiram construir ou converter as suas áreas de serviço em parques seguros SETPOS [mais informação em www.setpos.eu].

Para combater os assaltos em plena estrada, estão a ser introduzidas novas medidas de segurança, relacionadas com a localização e a vigilância dos camiões. O sistema Dynafleet da Volvo Trucks usa o GPS para manter a rastreabilidade permanente do camião. A Volvo Trucks disponibiliza um serviço de segurança complementar, em colaboração com a Securitas. Com este serviço, o camião está sob vigilância permanente e o motorista pode accionar um botão de alarme em qualquer situação de emergência para alertar a polícia e/ou o pessoal da Securitas. O sistema é similar aos sistemas de alarme instalados nas residências, e também localiza o local da emergência. Outra medida introduzida pela Volvo Trucks é a quinta roda bloqueável e controlada remotamente. Este dispositivo evita que o semi-reboque seja separado do tractor. Mas há mais. Os camiões também podem ser equipados com sistemas que desencadeiam acções como, por exemplo, impedir o arranque depois de o veículo parar ou forçar

a desaceleração progressiva até parar. Estas acções podem ser determinadas por botões accionados pelo motorista (por exemplo, quando entra num determinado perímetro), mas este não tem a possibilidade de as reverter, o que beneficia a sua segurança pessoal.

Áreas SETPOS - Locais seguros para paragem de camiões. Espaços vedados, acessos controlados, etc..

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logística

Noções e Soluções de Protecção de cargas paletizadas Segundo um estudo norte-americano, a indústria suportou em 2005 custos na ordem dos 2 mil milhões de dólares devidos a perdas e danos em mercadorias durante as operações logísticas. No topo das causas deste prejuízo estão práticas inadequadas de expedição, entre as quais a estabilização deficiente ou insuficiente das cargas paletizadas. Os métodos mais comuns de estabilização de cargas são os seguintes: - paletização cruzada, - colagem, - folhas anti-deslizamento, - atagem, - cintagem, - bandeamento, - envolvimento com redes ou malhas, - envolvimento estirável, - encapuçamento retráctil, - encapuçamento extensível. Antes de considerar cada um destes métodos, importa ter em conta que as comparações de vantagens e desvantagens só fazem verdadeiramente sentido para uma aplicação concreta. Em termos abstractos, não se pode referir um dos métodos como “melhor” ou “pior”. De resto, existem aplicações em que é adequado usar de forma combinada mais do que um dos métodos referidos.

Paletização cruzada Chama-se paletização cruzada à disposição alternada das várias camadas de caixas de cartão canelado sobre a palete. O efeito de estabilização resulta da diferença entre comprimento e largura e do conseguinte “encaixe” entre as caixas. Esse encaixe é tanto mais firme quanto maior for o peso de cada caixa. Porém, há que ter em conta que a resistência à compressão é maior nos cantos da caixa do que no centro da mesma. Por outras palavras, a resistência de uma carga à compressão/empilhamento é maior se as caixas forem paletizadas em coluna (disposição idêntica e não alternada entre cada uma das camadas). Se forem usadas caixas de cartão pouco resistentes, e se se optar pela paletização cruzada, existe o risco de abaulamento e deformação das caixas. É um problema, infelizmente, comum. Conclui-se assim que a paletização em coluna é menos favorável à estabilidade, mas mais tolerante no que diz respeito à resistência das caixas à compressão. Por outro lado, o “arranjo” das caixas sobre a palete só muito raramente é suficiente para estabilizar a carga – normalmente é usado um método complementar, como veremos adiante. Nº 203 Out/Nov/Dez 2009

Façamos aqui um parêntesis para recordar algumas regras básicas quanto à forma de determinar a resistência da caixa à compressão vertical (empilhamento). Para uma paletização em coluna (isto é, cantos sobre cantos), o cálculo deverá ser feito para a caixa que é colocada na primeira camada (isto é, a camada em contacto com a palete). A fórmula de cálculo é a seguinte:

Em que: CT Pcx Ncm Np CT Pp Ncx/cm

= Carga total a suportar pela caixa = Peso total de cada caixa cheia = Número de camadas por palete = Número de paletes empilhadas = Carga total a suportar pela caixa = Peso da palete vazia = Número de caixas por camada

Este cálculo deve ser passado ao fabricante de caixas de cartão canelado para que este possa fornecer as caixas com a resistência adequada. Comprar e/ou vender caixas de cartão canelado sem ter em conta os requisitos de resistência à compressão é uma liberdade que pode acarretar prejuízos avultados. Em princípio, as caixas fabricadas com cartão canelado duplo (isto é cobertura/canelura/cobertura) não são adequadas para empilhamento – servem apenas para mera contenção. Se a caixa se destina a ser empilhada, deverá ser fabricada com cartão duplo-duplo (isto é, dupla canelura, ou seja com uma estrutura de cob/can/cob/can/cob) ou com cartão de tripla canelura (cob/can/ cob/can/cob/can/cob). Consoante as características dos papéis usados nas coberturas e caneluras, cada um destes cartões pode ter uma resistência maior ou menor. O indicador de partida é o chamado ECT (edge crush test, teste de compressão vertical). Os fabricantes de cartão canelado especificam este valor e podem fornecê-lo ao cliente. A partir do ECT de um cartão é possível calcular a resistência à compressão de uma caixa feita com esse cartão. Usa-se a chamada “fórmula de McKee”:

E K c e z

Colagem Colar as caixas umas às outras é uma forma de estabilizar a carga paletizada. Para este efeito, usam-se colas termofusíveis (hot melts) que são aplicadas por pontos/gotas ou traços/linhas sobre o cartão canelado. Este método requer o consumo de hot melts e os equipamentos necessários para os fundir e aplicar. A colagem impede o deslizamento das caixas quando a carga é sujeita a inclinações e vibrações. Se a aplicação for bem executada, as caixas podem ser separadas sem rasgar a superfície do cartão. Por outro lado, se for aplicado demasiado adesivo, a despaletização pode ser difícil, ocasiona o rasgamento dos cartões e também dificulta a sua reciclagem (os adesivos termofusíveis são um obstáculo à reciclagem do papel e cartão). Este tipo de problemas pode ser evitado com um bom sistema de aplicação de adesivo. A Nordson é um dos maiores especialistas neste tipo de soluções. A colagem apresenta algumas vantagens: por um lado evita o consumo de materiais de envolvimento, tais como os filmes plásticos; por outro lado, permite manter completamente visível a impressão da caixa, incluindo os códigos de barras. Tecnicamente, até seria possível evitar a colocação da etiqueta de palete (EAN128), podendo os sistemas efectuar a conversão a partir de um código de caixa. A principal desvantagem do sistema de colagem (aliás, só aplicável a caixas de cartão) reside no facto de apenas reduzir o risco de deslizamento. Não confere qualquer protecção contra poeiras e humidade.

Folhas anti-slip Outro método consiste em colocar entre cada camada de caixas uma folha de papel com textura ou revestimento anti-deslizamento. O método pode aplicar-se também na paletização de sacos.

= resistência da caixa à compressão (kgf) = constante experimental = 1,86 = ECT do cartão (kgf/cm) = espessura do cartão (mm) = perímetro da caixa (cm)

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logística O método das folhas anti-slip requer não só o material, mas também mão-de-obra ou mecanização especial na paletização e na despaletização. São-lhe aplicáveis algumas das considerações feitas acima para o método da colagem.

Atagem A atagem consiste na aplicação de um cordão ou mais cordões em volta da carga paletizada, com o objectivo de a estabilizar. Regra geral, este método é usado para estabilizar cargas paletizadas em coluna, como é o caso das grades de garrafas. Basta uma ou duas atagens para estabilizar toda a carga, uma vez que as grades encaixam umas nas outras e não necessitam de protecção anti-deslizamento. Como exemplos de construtores de máquinas automáticas de atagem, podem referir-se a Strapex (Suiça) e a Bornbinder (Alemanha).

Cintagem A cintagem é um dos métodos mais utilizados pela indústria, não só para estabilização de paletes, mas também para fecho de caixas, enfardamento, grupagem, etc.. Existe uma grande diversidade de sistemas de cintagem, quer quanto ao grau de automatismo, quer quanto ao tipo de aplicação (horizontal, vertical, longitudinal, transversal, cruzada, dupla). Máquinas mais completas podem executar ciclos que incluem várias cintagens em várias direcções (por exemplo, com rotação da palete). As aplicações da cintagem vão desde a aplicação simples para estabilizar uma carga paletizada em colunas até aos sistemas completos em que a cintagem assegura as funções de grupagem, compressão e estabilização da carga paletizada. A cintagem pode aplicar-se aos mais diversos tipos de carga, desde as caixas cheias aos materiais de construção (tubos, mosaicos, etc.), passando pelos electrodomésticos, pelo mobiliário, pelos materiais de impressão e escrita e… pelos materiais de embalagem, embalagens vazias, etc.. Entre os principais construtores de equipamentos de cintagem, podem referir-se a Fromm, a OMS/Embalcer e a Strapex. Tal como sucede com a atagem, o sistema de cintagem também pode incluir a impressão e aplicação de etiqueta de palete, colocando como bandeira sobre a cinta.

A atagem também pode ser utilizada para estabilizar paletes com embalagens de outro formato e dimensão, tais como bidões. Existem no mercado diversas variantes de sistemas de atagem automáticos, tais como sistemas combinados de atagem e bandeamento (ver mais adiante) e sistemas com etiquetagem integrada. Neste útimo caso, a máquina de aplicação do cordão inclui uma impressora de etiqueta de palete e um dispositivo que a aplica sobre o cordão, como uma bandeira.

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Os materiais de cintagem (cintas) de maior uso são o PP e o PET. A cinta de PET tem maior resistência ao alongamento, razão pela qual tem vindo a substituir a cinta de aço. As cintas podem ser standard ou personalizadas através da côr e/ou da impressão. A possibilidade de utilizar cintas mais estreitas é uma das formas de economizar materiais de embalagem.

Bandeamento O bandeamento é uma operação similar à cintagem, com a diferença de, em vez da

cinta estreita, se aplicar uma banda de filme estirável. Existem versões de bandeamento simples ou combinadas com cintagem. Nas próximas edições, faremos referência aos restantes métodos de estabilização, designadamente redes e malhas, envolvimento com filme estirável, encapuçamento com bolsa retráctil, e encapuçamento com bolsa extensível.

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logística

SO99+ para gestão de stocks A RS Components, distribuidor de componentes industriais, escolheu o software Service Optimizer 99+ (SO99+), desenvolvido pela Toolsgropup para optimizar a gestão de stocks e o processamento de encomendas. A RS Componentes distribui mais de 450 mil produtos electrónicos, electromecânicos e mecânicos de mais de 2 500 fornecedores. Abastece mais de 1,6 milhões de clientes em mais de 80 países. A opção pela solução SO99+ teve por objectivo optimizar a gestão de stocks e aumentar o nível de disponibilidade dos produtos. A Toolsgroup é um dos maiores especialistas mundiais em soluções

Contentores de plástico A era dos contentores de transporte exclusivamente metálicos pode ter os dias contados. A empresa de mudanças norte-americana Covan World-Wide Moving fez a primeira encomenda de contentores COSMO desenvolvidos pela Inspirion Ventures, uma subsidiária da Nova Chemicals. Os contentores COSMO são fabricados quase integralmente em plástico (alguns acessórios de articulação e fixação em metal) e são empilháveis ecolapsáveis. Apesar da sua elevada resistência mecânica, são mais leves e mais práticos de manusear. São fabricados pela Plasticraft (Darien, Wisconsin, EUA).

Terminal portátil O Dolphin 6100 da Honeywell é um terminal portátil para recolha de dados e comunicação sem fios em tempo real. É ideal para tarefas de logística (controlo de inventário, stocks, verificação de preços, etc.). Combina ergonomia e robustez (ambientes severos, IP 54) e executa leitura de códigos de barras, códigos 2D, captura de imagens e assinaturas. Para além da comunicação wireless standard (802.11 b/g), o Dolphin 6100 também permite realizar chamadas telefónicas Voz sobre IP (VoIP). Está equipado com sistema operativo Windows CE 5.0 (Microsoft), microprocessador a 624 MHz, 128 MB em RAM e 128 MB em flash, écran LCD retro-iluminado QVGA (240 x 320). Mede 175 x 66 x 26.8 mm e pesa 250 g. Nº 203 Out/Nov/Dez 2009

de optimização de stocks e de planeamento de cadeias de fornecimento (supply chain planning - SCP) com base em modelos probabilísticos. Estas soluções têm sido seleccionadas por marcas de referência em diversos sectores de actividade. Em Espanha, a Toolsgroup conta com mais de 40 clientes, entre os quais se podem referir os seguintes: ABM Rexel, Acofarma, Alcampo, Alkar, Amara, Arbora & Ausonia, ARC Distribución Ibérica; Begano y Casbega (Coca-Cola), Bellota Herramientas, BP Oil, BYG; Cerealis, Conservas Garavilla (Isabel), CPE (Corporación Patricio Echeverria), Eurofred, Farma Lepori, Feyc Rodamientos, Fluidra; Gallego Vilar, Grupo Sos, Hettich, Ikor, INDO, Jofel, Krafft; Laboratorios Liconsa (Grupo Chemo), Mantequerías Arias, Nireo Corporación, Pastas Gallo, PC City, Refrige (Coca-Cola), Repsol, Sabic (ex General Electric Plastics), Saloni Cerámica, Smartmarket y Soler & Palau, etc..

Eficiência no transporte Investigadores do Instituto Fraunhofer de Fluxos de Materiais e Logística (Dortmund, Alemanha) estão a trabalhar num software de optimização do transporte rodoviário. O objectivo é completar a optimização de rotas com a maximização da utilização da capacidade de carga dos veículos. O projecto “Carga Eficiente” conta com as parcerias da GEFCO (operador de logística), M-Real (fabricante de papel) e PSI (produtor de software). O objectivo é optimizar distâncias e cargas em simultâneo, reduzindo custos e impactes ambientais.

Sony adopta solução de voz O centro de distribuição da Sony em Castellar del Vallés (Espanha) foi equipado com o 3iV Crystal , o sistema de preparação de encomendas baseado em voz desenvolvido pela Zetes. O sistema é utilizado quer para a preparação de fornecimentos de componentes para a linha de montagem, quer para a preparação de expedição de produtos acabados. O centro de distribuição de Castellar del Vallés abastece todo o sul da Europa. Com este sistema, cada operador identifica o contentor que se apresenta no transportador e recebe instruções de preparação de encomenda, após o que devolve o contentor ao transportador, que o transfere para a zona de saída. O sistema

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permite que vários operadores trabalhem na mesma área e passem de uma para outra mediante instrução verbal. Deste modo, é possível optimizar as tarefas de inventário e preparação de encomendas para vários destinos, em simultâneo.

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codificação e etiquetagem MGS

Tinta Ultra Black melhora desempenho do jacto de tinta Os novos tinteiros HP Ultra Black trazem vantagens de alta relevância para as linhas de embalagem. Os codificadores estão prontos para funcionar após longos tempos de paragem, sem que seja necessário retirar e fechar o tinteiro durante o tempo de paragem. Mesmo depois de mais de 15 horas de paragem, o tinteiro está pronto a recomeçar. A tinta Ultra Black assegura codificações limpas e de alta definição (600 dpi) em suportes porosos ou não porosos, tais como tabuleiros, caixas de cartolina, blisters, etc.. A intensidade da impressão garante a legibilidade dos códigos de barras, QR e GS1 Datamatrix, contribuindo para a eficiência dos sistemas de rastreabilidade da indústria

farmacêutica, entre outras aplicações. Os tinteiros Ultra Black são comercializados em pela MGS, distribuidor da Weber Marking Systems. São compatíveis com os sistemas de codificação Compactline 2.5, Compactline 3.0, Cube e iJET, da Mark-O-Print.

Open Date

TIJ vs. CIJ A Open Date Equipment (Reino Unido) sugere a substituição das impressoras de jacto de tinta em contínuo (CIJ) pelas impressoras de jacto de tinta termofusível (TIJ), designadamente as impressoras CleanCode EV I. A Schadess UK, fornecedor de etiquetas, rolos de caixa registadora, etc., foi um dos clientes a seguir esta sugestão. Desde logo, as impressoras de tecnologia TIJ da Open Date têm custos de operação mais baixos. Depois, a tinta termofusível em tinteiro de 42 cc facilita a reposição e reduz os problemas na linha de embalagem. As impressoras CleanCode EV I baseiam-se em tecnologia TIJ da Hewlett Packard e admitem quatro opções de software que permitem concretizar aplicações de codificação a alta resolução quer de grande caractere para caixas de cartão, quer para pequeno caractere, como alternativa ao jacto de tinta gota-a-gota (DOD), contínuo (CIJ) e mesmo ao laser. O software é instalado via cartões flash. No caso da Schades, as impressoras foram instaladas em seis linhas de embalagem, com cadências até 100 rolos por minuto, assegurando impressão a 300 dpi. As impressoras incluem módulo de impressão com sensor de produto integrado, controlador com écran WYSIWYG e teclado táctil, e são fornecidas com acessórios de instalação. O tinteiro está integrado na cabeça de impressão, pelo que ambos são substituídos em simultâneo. A CleanCode EV I imprime mensagens de uma linha de texto, com altura de 12,5 mm, ou duas linhas de texto com 5,5 mm. 30

Jacto de tinta em dimensões compactas A MGS está a introduzir em Portugal o sistema de codificação por jacto de tinta termofusível iJET, desenvolvido pela Mark-O-Print (grupo BluhmWeber) e referenciado na REVIPACK 200 (página 24). Neste novo sistema, toda a tecnologia de controlo está integrada no módulo de impressão, o que permite instalar o sistema com toda a facilidade em linhas e equipamentos com espaço limitado. O controlo não requer ligação por cabo - pode ser Bluetooth ou WLAN. No entanto, e apesar das dimensões extremamente compactas deste codificador, ele apresenta elevado desempenho e versatilidade. A versão “topo de gama”, por exemplo, imprime dados variáveis, texto, logotipos, códigos de barras (EAN 8, 13, 128) e códigos Datamatrix GS1. É ideal, por exemplo, para a codificação de embalagens farmacêuticas.

Embalagens e telemóveis O governo francês tem uma Secretaria de Estado para o Desenvolvimento da Economia Digital. Interessado em promover o aparecimento de serviços públicos e serviços de interesse público baseados em telemóveis, a Secretaria de Estado lançou o programa Proxima Mobile. No passado dia 26 de Outubro foram divulgados os vários projectos apresentados. Um deles envolve a impressão de códigos nas embalagens passíveis de serem lidos por telemóveis e darem ao consumidor acesso a informações disponíveis na internet: conselhos de nutrição/ utilização, riscos e alertas sanitários, informação sobre alergias, teores de sal, açúcar, calorias, etc.. O projecto Proxi Produit foi apresentado por um consórcio formado pela GS1 France (codificação de produtos), pela SBW (tecnologias móveis) e pela AFNIC (associação gestora do domínio “.fr”).

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Nยบ 203 Out/Nov/Dez 2009

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codificação e etiquetagem Identipor

Toda a versatilidade na impressão-aplicação Os sistemas automáticos de etiquetagem que integram impressão e aplicação de etiquetas auto-adesivas são habitualmente designadas pela expressão Print&Apply. Com os sistemas ARCA VALUE e ARCA AIR, projectados e fabricados em Itália, a Identipor disponibiliza soluções integralmente automáticas que evitam os stocks de etiquetas pré-impressas e que têm capacidade para gerir informação variável em tempo real (data/hora, prazos de validade/consumo preferencial, contadores, etc.) bem como para imprimir códigos de barras e 2D. Os sistemas ARCA são instalados nas linhas de embalagem e também podem gravar e aplicar etiquetas RFID. Para os dois modelos existe um conjunto de aplicadores que permitem solucionar todas as situações, incluindo aplicação de etiquetas em cantos (L), em 3 lados (U) ou mesmo a aplicação de duas etiquetas. Os aplicadores “Dual Action” podem ser utilizados quer para caixas, quer para paletes (neste último caso, com e sem paragem).

Linerless etiquetas auto-adesivas sem papel de suporte Na feira IPACK-IMA 2009, a ARCA apresentou a nova impressora-aplicadora de etiquetas auto-adesivas sem papel de suporte. Os auto-adesivos linerless, isto é, sem o tradicional papel revestido a silicone, funcionam como fita adesiva, o que significa que cada etiqueta é cortada à medida no momento da aplicação. As etiquetas auto-adesivas linerless estão a conquistar adeptos no sector da embalagem por várias razões. Desde logo pela redução de custos com o material de etiquetagem. Em segundo lugar porque aumentam o tempo de funcionamento da impressora-aplicadora entre reposições (com o mesmo diâmetro de ARCA AIR

ARCA VALUE

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ARCA LINERLESS

bobine, tem-se o dobro da quantidade de etiquetas). Em terceiro lugar, evita-se o procedimento de gestão dos resíduos de papel de suporte. A nova impressora-aplicadora foi demonstrada com autoadesivo plástico (polipropileno). A solução apresentada pela ARCA assegura impressão indelével por transferência térmica a velocidades até 250 mm/seg.) com fitas de transferência térmica standard. O auto-adesivo linerless apresentado pela ARCA não tem o defeito tradicional destes materiais: a perda lateral de cola devido à temperatura ambiente. Os sistermas de impressão e aplicação ARCA são comercializados em Portugal pela Identipor.

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codificação e etiquetagem Domino

Codificação integral de caixas de cartão com tecnologia scan to print A Bel é uma das maiores empresas europeias no segmento das porções de queijo. A sua marca mais conhecida é A Vaca que Ri® / La Vache qui rit® / Laughing Cow®, mas comercializa várias outras, tais como Kiri®, Babybel®, Boursin® e Leerdammer®. Os produtos da Bel saem de 26 fábricas (seis em França) e são comercializados em 120 países. Só a marca la Vache qui rit® vende 10 milhões de porções por dia! A quantidade e a diversidade das produções coloca especiais exigências no capítulo da gestão de embalagens e da codificação. As seis fábricas da Bel utilizam a tecnologia da Domino para a codificação das caixas de cartão canelado que transportam as porções de queijo. Durante três anos, a codificação da caixas foi assegurada pelas impressoras da Serie C plus (C+) da Domino, caracterizadas

pela alta velocidade e pela alta definição (300 dpi). Instaladas nas várias linhas de produção estas impressoras encarregaram-se da marcação alfanumérica e gráfica das caixas, permitindo à Bel reduzir a diversidade de caixas necessárias para a vasta gama de produtos. As impressoras Domino C6000+ encarregam-se de marcar datas, lotes, hora, minuto, nº de linha e código de barras. Adicionalmente, foram instalados sistemas da Série M para impressão e aplicação de etiquetas para as paletes. As impressoras-aplicadoras da Série M são também usadas para aplicar etiquetas de promoções e ofertas. A velocidade das impressoras da Série C+ e a fiabilidade da tecnologia “scan to print” da Domino permite evitar erros de codificação de caixas e assegura os requisitos de rastreabilidade da Bel. Por outro lado, cada impressora C6000+ está ligada por cabo Ethernet a um scanner portátil, para leitura dos códigos de barras das ordens de produção. Deste modo, deixa de ser necessário introduzir manualmente os dados de codificação, aumentando a eficiência e reduzindo o risco de erros.

O operador apenas insere o número da palete e lê o código de barras e o resto é assegurado automaticamente pela impressora C6000+. A solução “scan to print” dispensa a instalação de PC e controlador junto à linha de produção. Em paralelo com a instalação das impressoras C6000+, a Bel testou a instalação de outros sistemas da Domino para a codificação das embalagens primárias. Os sistemas são, neste caso, as impressoras de jacto de tinta em contínuo da série A300+ e os lasers da Série S+. Todas estas soluções de codificação e etiquetagem, incluindo equipamentos, a tecnologia scan to print, e software, são comercializadas e assistidas em Portugal pela MARQUE TDI, parte da Domino Printing Sciences.

TTO mais eficiente Crescimento continua A Domino Printing Sciences registou o seu 31º ano consecutivo de crescimento. As receitas e os resultados antes de impostos aumentaram 1%, apesar do contexto económico e comercial adverso. As novas áreas de negócio resultantes de aquisições (impressoras-aplicadoras de etiquetas, transferência térmica e jacto de tinta térmico) também registaram crescimento. Por outro lado o grupo investiu 11,5 milhões de libras em investigação e desenvolvimento – área crucial para garantir a posição de mercado na área da codificação industrial. Nº 203 Out/Nov/Dez 2009

Os sistemas da Série V utilizam a tecnologia de marcação por transferência térmica (thermal transfer overprinting, TTO) para a codificação de embalagens flexíveis a alta cadência. Os codificadores podem ser instalados em máquinas de embalagem automática de funcionamento intermitente ou contínuo. A impressão pode ser controlada remotamente. Em aplicações de volume, a eficiência económica dos sistemas de transferência térmica é um dos aspectos críticos. O processo requer a utilização de fitas de transferência térmica, o que implica procedimentos e custos de reposição. A Série V utiliza rolos com 1,4 km de fita de transferência, mais 40% do que sucede com os rolos de outras marcas. Por outro lado, o equipamento tem um mecanismo

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de retracção da fita destinado a deixar apenas um hiato inferior a 1 mm entre cada impressão. Da conjugação destes dois aspectos resulta não só uma significativa economia de fita de transferência térmica, mas também uma maior distância entre reposições.

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codificação e etiquetagem

Copos com decoração dupla A tecnologia de rotulagem no molde permite transformar um vulgar copo de plástico num suporte de promoção da imagem. Na imagem pode ver-se o resultado de uma demonstração feita em Outubro de 2009 na feira Fakuma (Alemanha): os copos de plástico têm uma decoração exterior e também uma decoração interior, tirando partido da elevada transparência do plástico (neste caso, PS, poliestireno). Os copos são produzidos numa máquina de injecção, equipada com sistema robotizado que coloca os rótulos nas cavidades dos moldes (sistema IML, in mould labelling). Na referida demonstração, foi utilizada uma máquina de injecção ENGEL (Áustria), com molde de quatro cavidades fabricado pela Glaroform (Suiça). O sistema

robotizado de IML foi projectado e instalado pela Beck Automation (Suiça/Áustria) e utilizou rótulos fabricados pela Viappiani (Itália). Em cada ciclo são produzidos 4 copos perfeitamente decorados. O ciclo completo dura apenas 3,3 segundos!

Datalogic

Mais poder de leitura Os novos leitores Matrix 400, recentemente lançados pela Datalogic, integram dois sensores (1.3 Megapixel-SXGA 3 2.0 Megapixel-UXGA), fonte de iluminação e lentes C-Mount. Permitem verificar e descodificar vários tipos de simbologias 2D a várias distâncias e com várias resoluções. São mesmo capazes de lidar com códigos de baixa qualidade ou danificados. Graças à interface X-PRESS™, a instalação e configuração é particularmente fácil. A construção metálica, a protecção IP67 e a capacidade para trabalhar a temperaturas até 50 °C permite instalar estes leitores em ambientes industriais.

Sleever

Decoração africana Para lançar dois vinhos sul-africanos no mercado finlandês, a Boutinot decidiu decorar as garrafas com mangas retrácteis desenhadas pela Dare!, que reproduzem a imagem da pele de zebra e da pele de cheeta. Os vinhos Seriti conseguiram supreender os consumidores, o que levou a Boutinot a adoptar esta decoração como standard. As mangas são fabricadas em filme SI-PET-TG/050-Z (Sleever), caracterizado pelo brilho e pelas propriedades de retracção. O formato da garrafa exigia uma retracção superior a 60%. A garrafa Zebra, destinada ao vinho branco, é decorada com uma manga impressa a 5 cores, incluindo o tom alumínio e verniz mate. A garrafa Cheeta, destinada ao merlot, é impressa a 9 cores, incluindo o alumínio. A aplicação das mangas é assegurada por máquinas POWERSLEEVE com tecnologia POWERSTEAM (retracção por vapor), com cadência até 24 000 garrafas/hora. 34

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Linx

Jacto de tinta com auto-limpeza A impressora IJ350 LCM da Linx, destinada à marcação de caracteres até 53 mm em linhas de embalagem, tem limpeza automática da cabeça de impressão. As dimensões compactas e a interface de comando e programação com écran táctil permitem uma instalação e utilização fácil. O écran pode ser posicionado até 3 m e o mesmo écran pode servir para várias impressoras (até 4 impressoras podem ser ligadas ao mesmo controlador).

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codificação e etiquetagem Markem-Imaje

Nova geração de impressoras de tinta termo-fusível Com o lançamento da impressora de grandes caracteres 5800, a Markem-Imaje coloca à disposição da indústria uma nova geração baseada na tecnologia Touch Dry® Holt Melt com qualidade superior de impressão. Destina-se à marcação de caixas e tabuleiros de cartão canelado, bem como filmes plásticos ou outros suportes, porosos ou não. A tecnologia de tinta termo-fusível sem solventes garante impressões permanentes e nítidas, incluindo logótipos e grafismos, assim como códigos 100% legíveis e conformes com a especificação GS1.

A alta resolução não é a única característica da impressora 5800. Apta para trabalhar a temperaturas entre 0 e 40 °C, a impressora

atinge velocidades até 182 metros por minuto (com 150 dpi). Sacrificando a velocidade para níveis de 36 m/min., a impressora pode proporcionar resoluções de 750 dpi. Com a montagem deslizante opcional da cabeça de impressão, é possível optimizar o controlo de intervalos de impressão e a qualidade de impressão. É também uma impressora “amiga do utilizador” (écran táctil, interface web) e fácil de integrar em qualquer sistema informático ou sistema ERP, graças às interfaces Ethernet e USB. A Markem-Image disponibiliza também o software opcional CoLOS® Enterprise para gestão centralizada a partir de bases de dados remotas ou sistemas ERP. A construção compacta e modular facilita a integração nas linhas de embalagem. Além disso, a impressora 5800 tem arranque rápido, rotina de auto-manutenção e a possibilidade de reposição da tinta sem interromper a operação. Na tecnologia Touch Dry®, a tinta apresenta-se em blocos sólidos,

Zetes adquiriu tecnologia Visidot A Zetes, fornecedor europeu de sistemas de identificação automática, adquiriu os activos e patentes da ImageID, empresa israelita que desenvolveu a tecnologia de rastreabilidade Visidot, baseada em visão artificial. Câmaras com sensores CMOS de alta resolução e velocidade permitem ler códigos vários, incluindo Data Matrix.

Unido), Mix Buffet, Groupe Jacquet (França), Campofrío (Espanha), entre outras. Um resumo desta tecnologia pode ler-se na revista REVIPROJECT Nº 148 (Jul/Ago/Set de 2007, pag. 15). [Uma versão pdf desse artigo e um vídeo de apresentação podem ser vistos no endereço www.revipack.com]

Os sistemas Visidot ultrapassam as limitações dos scanners convencionais e dos sistemas de rádio-frequência, em ambientes industriais com interferências causadas por condições ambientais, humidade (processamento de alimentos perecíveis) e presença de metais (indústria electrónica). A tecnologia da ImageID está em uso em empresas como Emsland Frischgeflügel (Alemanha), Seachill, Kautex Unipart (Reino Nº 203 Out/Nov/Dez 2009

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processos

Cursos sobre micro-ondas

Certificação de equipamentos para salas limpas

A Sealed Air Cryovac inclui no seu programa de formação profissional cursos sobre preparação de refeições com fornos micro-ondas. Os cursos decorrem no centro “Packforum”, junto ao aeroporto de Paris/Charles de Gaule, têm a duração de dois dias, abrangem teoria e prática (demonstrações) e incluem as várias tipologias de fornos, alimentos e materiais e soluções de embalagem, tais como susceptores, embalagens activas, etc.. O curso inclui também os requisitos microbiológicos e de segurança. Cada curso é limitado a 10 participantes, com o objectivo de garantir a máxima participação e aproveitamento.

Por definição, tudo o que está dentro de uma “sala limpa” deve estar conforme com as especificações de higiene. Investigadores do Instituto Fraunhofer de Estugarda uma metodologia de inspecção e certificação, com o objectivo de criar uma base de dados de equipamentos que reunem as condições mínimas para instalação em sala limpa. O serviço de certificação foi pensado inicialmente para a indústria de semicondutores, mas já despertou o interesse no sector dos equipamentos para processamento de alimentos e medicamentos. A metodologia inclui, por exemplo, a análise das superfícies dos materiais e equipamentos, para determinar se a limpeza é eficaz (grau de lisura) e se o material resiste ao ataque químico. Para

Corte laser para queijos

O Instituto Fraunhofer de Friburgo desenvolveu uma técnica nova para detectar micro-organismos no ar ambiente. Em vez dos procedimentos de detecção e medida

O caso da Valex (Cremona, Itália) indica a tendência da embalagem de queijos. A embalagem barreira para as porções é uma exigência de higiene, preservação do produto e confiança dos consumidores. A Valex tem uma produção diária na ordem das 35 toneladas por dia, trabalhando com marcas dos maiores produtores italianos. Nos últimos anos, a empresa tem registado taxas de crescimento de 10 a 15% e exporta para diversos destinos, tendo como clientes algumas das maiores cadeias de distribuição. Na origem deste sucesso está a tecnologia de embalagem. A Valex trabalha com os filmes, laminados e bolsas BDF e Darfresh da Sealed Air Cryovac, desde 1988. Em 2007, a Valex investiu no corte laser Darfresh Lasercut, seguido de embalagem tipo “sergunda pele” sob vácuo. O corte laser confere uma maior liberdade na geometria das porções de queijo (sim, o cheese design é relevante para a personalização das marcas), e a embalagem sob vácuo preserva as características organiolépticas do queijo. A mudança de formatos é rápida. Além disso, não existe o encargo da substituição periódica das lâminas de corte.

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além dos equipamentos de processo, os requisitos das salas limpas abrangem pavimentos, paredes, mobiliário e... parafusos e elementos de fixação. Os materiais e equipamentos certificados são incluídos numa base de dados disponível on line para clientes registados (www.tested-device.com).

Micro-organismos no ar demorados, a nova técnica consegue concluir a medição em menos de meia hora. Numa placa de plástico, é aplicado um gel contendo anti-corpos com marcação fluorescente, os quais permitem detectar micro-organismos específicos, visíveis ao microscópio. O sistema monitoriza o ar ambiente acumulando micro-organismos e partículas (incluindo poeiras) no gel e segregando apenas as que têm entre 1 e 10 micrometros. Aplicando tensão eléctrica sobre o gel, as partículas e micro-organismos não aprisionados pelos anti-corpos movem-se, mas os micro-organismos aprisionados mantêm-se e podem ser contados graças à fluorescência de côr vermelha. O primeiro protótipo do sistema foi apresentado na feira ANUGA (Colónia, 10 a 14 de Setembro de 2009).

Verde ou madura Os investigadores do Instituto Franhofer de Schmallenberg e Friburgo estão a desenvolver um sensor de óxidos metálicos sensíveis a substâncias voláteis, capaz de detectar o estado de maturação de frutos e outros alimentos frescos. Com este sensor, é possível determinar facilmente se um ananás está no ponto ideal para ser consumido ou se ainda está verde. Os potenciais utilizadores serão os produtores, que podem escolher melhor o momento da colheita. O mesmo tipo de sensor poderá servir para testar carne de porco para detectar a presença de odores hormonais.

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processos

Analisadores de gases A versão mais recente do analizador Oxybaby da WITT-Gasetechnik (Witten, Alemanha)tem como principais inovações a maior dimensão do écran, o funcionamento sem fios e botões adicionais. Destina-se a ser utilizado em processos de embalagem com atmosfera modificada, designadamente para medir teores de O2 e CO2. A transferência de dados e a recarga da bateria são feitas por uma única porta USB.

Plásticos magnetizáveis mais fáceis de detectar Ao combinar pós ou fibras de aço em plásticos de alta resistência, a Lehmann & Voss (Hamburgo, Alemanha) desenvolveu novos compostos com propriedades magnéticas que podem ser usados no fabrico de tanques, reservatórios e peças de máquinas em contacto com produtos alimentares. Tal como sucede com as peças fabricadas em aço, os fragmentos resultantes de danos causados nestas peças são mais fáceis de detectar, devido ao seu magnetismo. Os novos compostos magnetizáveis passaram a fazer parte da gama de produtos comercializada pela empresa alemã sob a marca LUVOCOM®.

Lubrificantes para indústria alimentar A Brunox (Suíça) lançou recentemente o lubrificante Lubri-Food especialmente formulado para aplicação na indústria alimentar, bem como para aplicações diversas em hotelaria, hospitais, escolas, etc.. Combina as propriedades lubrificantes e de protecção contra corrosão e está registado como conforme com as normas NSF H1. Nº 203 Out/Nov/Dez 2009

A presença de humidade nos gases ou no ar comprimido pode causar danos significativos. Daí a utilidade do analisador de humidade Hydrobaby lançado pela Witt, equipado com um sensor de óxido metálico cerâmico que determina a humidade do gás a partir do ponto de orvalho. A Witt refere a baixa sensibilidade à temperatura ambiente, baixo erro de medida (±2°C) e uma gama de medida entre -110 e +20 °C. É um instrumento portátil (pesa 1,6 kg) com envólucro robusto em plástico e alumínio, com écran retro-iluminado e menus em vários idiomas. A Witt tem um modelo ATEX para utilização em atmosferas potencialmente explosivas. O Hydrobaby mostra parâmetros como ponto de orvalho, humidade relativa em %, teor de humidade em ppm, temperatura ambiente, pressão na câmara de medição e curvas de tendência dos valores medidos. A memória permite gravar as últimas 4000 medidas. A electrónica integrada inclui um teste de rotima pafa evitar erros de medição e assinalar bloqueio do filtro. O utilizador pode padronizar as medições para vários produtos ou processos. A porta de ligação USB serve para a transferência de dados e para recarregar a bateria.

O RLA 100 é um novo detector de concentrações de dióxido de carbono (CO2) no ar ambiente. Serve como dispositivo de segurança em instalações industriais em que se usa este gás incolor e inodoro, designadamente indústrias alimentares, químicas, indústrias de processamento de resíduos, etc.. O RLA 100 consiste num detector que é instalado na área-alvo e uma unidade de alarme, colocada fora dessa área. O limiar para disparar o alarme visual e audível pode ser ajustado a partir de concentrações de 0,3%. O detector pode ser ligado a outros dispositivos destinados, por exemplo, a ligar exaustores, condicionar acessos ou interromper o funcionamento de máquinas.

Paredes finas multi-camada

Contacto Alimentar

A Kortec (Ipswich, Massachusetts, EUA) desenvolveu um novo processo de produção de embalagens de paredes finas com estrutura de três camadas. A inclusão da camada barreira de EVOH entre duas camadas de PP é feita no próprio processo de injecção (co-injecção), o que significa a possibilidade de produzir com tempos de ciclo idênticos aos da injecção mono-camada. O processo é ideal para produção de embalagens alimentares sempre que esteja em causa prolongar o tempo de vida útil. A Kortec é especialista em projecto, construção e instalação de unidades de co-injecção combinando PET ou PP com diversos materiais-barreira.

A iSmithers Rapra Publishing (Reino Unido) anunciou a publicação do livro “Food Contact Materials - Rubbers, Silicones, Coatings and Inks”, da autoria do Dr. Martin J. Forrest. Baseado nos resultados de análises laboratoriais de migração, o livro fornece a informação relevante sobre as regulamentações europeias (a nível comunitário e de vários países) em matéria de borrachas e elastómeros, bem como sobre revestimentos e tintas para materiais em contacto com alimentos. O autor é especialista na matéria, com mestrado em Ciência de Polímeros, doutoramento em Química de Polímeros e com extensa actividade como investigador e consultor.

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máquinas

“Colagem digital” no fabrico de sacos Os novos sistemas de aplicação de cola permitem reduzir custos e obter cadências mais rápidas na produção de sacos de papel. A Windmoller & Holscher (Alemanha) modificou as máquinas de formação/colagem do fundo dos sacos, substituindo o sistema tradicional de aplicação de cola por clichés por sistemas de injecção de cola controlados por microprocessador. A máquina AD 8330, equipada com este sistema de “colagem digital” pode trabalhar a cadências que podem ir até aos 330 sacos por minuto. Qualquer que seja a cadência, a cola é sempre aplicada com a mesma quantidade e precisão. Mesmo que ocorram variações da viscosidade da cola, o sistema pode compensá-las através da regulalção da quantidade do fluxo. As linhas de cola são previamente definidas em função da geometria do saco e gravadas no controlador da máquina. É possíval alterar essa configuração durante a produção. A dosagem precisa da cola pode representar importantes economias para o fabricante de sacos. Para além do sistema de “colagem digital”, a nova máquina da W&H também se destaca pela sua flexibilidade. Com uma área de

formatos de 1:50 (de 2 a 100 litros de volume de enchimento), a máquina produz sacos industriais tradicionais, bem como sacos de pequeno formato para produtos de consumo e pode ser combinada com dispositivos de aplicação de alças. O novo aplicador de fundos AD 8330 foi apresentado em combinação com a nova máquina de mangas universal AM 8125 CNC, o mecanismo de impressão em linha FLEXA 820, a automação do fluxo de material TRANSYSTEMS e o robô paletizador ARCOMAT 3. Também foi possível ver, pela primeira vez nesta linha de sacos de papel, o princípio integrador de utilização PROCONTROL NET, que torna desnecessária a repetição da introdução dos dados de formato em cada máquina.

FFS vertical mais simples As embaladoras verticais (FFS) Robag® 3 da TNA estabelecem um novo patamar de flexibilidade técnica, em benefício das indústrias embaladoras de “snacks”. Pela primeira vez, uma máquina FFS vertical tem

Linha para chocolates Nos dias 31 de Janeiro a 3 de Fevereiro, a cidade de Colónia foi o centro de atenções do sector da confeitaria, com a realização de duas feiras internacionais dedicadas a este sector: a ISM Cologne (matérias-primas, ingredientes, produtos) e a ProSweets (tecnologias). Um dos eventos agendados para a ProSweets é a exibição de uma linha completa para embalagem de chocolates, desde a embalagem primária até à paletização. A Robotik-Pack-Line envolve a integra-

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ção de equipamentos de vários construtores e pretende ser uma demonstração do potencial de automação para garantir eficiência, higiene e segurança na produção. A linha começa com o pick and place dos globos de chocolate em tabuleiros, seguindo-se a selagem e corte dos tabuleiros, pesagem, raios X, verificação, etiquetagem, codificação, colocação em caixas de cartão e paletização. Mais detalhes em www.robotik-pack-line.de.

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alimentação bi-direccional, o que significa que a mesma linha de embalagem pode ser utilizada para múltiplos produtos, reduzindo o investimento até 40%. Cada componente da máquina é reversível e adaptável a diferentes direcções de alimentação. A TNA inclui também dispositivos automáticos para assegurar a separação física entre as várias linhas de produtos, evitando misturas e contaminações indesejadas. As máquinas Robag® 3 tiram partido da tecnologia de servo-accionamentos lineares e da modularidade. As garras de fecho e corte, por exemplo, podem ser facilmente substituídas, em função dos produtos e formatos de embalagem.

Aromáticos bem doseados Especialista em FFS verticais, a TNA tem vindo a alargar as suas competências como construtor de máquinas, oferecendo linhas completas e equipamentos inovadores, a montante e jusante da máquina embaladora. Exemplo recente de inovação é o sistema de alimentação intelli-flav® 2, especialmente projectado para produtos que incluem aromáticos. A TNA desenvolveu um sistema mecânico e software específico para assegurar uma dosagem precisa embalagem a embalagem, de forma a evitar os tradicionais problemas de irregularidade (sobreNº 203 Out/Nov/Dez 2009


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Lubrificação de transportadores com sistema electrostático O sistema Accucoat® 52200 é eficaz na lubrificação das cadeias transportadoras, mas economiza lubrificante. O sistema concebido pela Spraying Systems Co. é formado pelos seguintes componentes: depósito de óleo, bomba injectora, quatro boquilhas de pulverização, conjunto de regulação (regulador de pressão, filtro e comando manual), sistema de controlo-comando (painel táctil, PLC). O princípio de funcionamento tira partido da atracção entre o lubrificante (com carga negativa) e a cadeia

transportadora (ligada à terra). O sistema permite pulverizar a quantidade exacta necessária, eliminando os excessos e reduzindo os riscos de contaminação dos produtos transportados. O sistema de bomba injectora de baixo caudal pode alimentar até 4 boquilhas de pulverização electrostática em simultâneo. Podem ser instaladas boquilhas com caudais de 0,3 a 10 ml/min. Consoante as necessidades, o sistema pode ser configurado com 1 a

Embalagens prontas a pendurar

Solução MOVIAXIS® para máquinas de impressão

O sistema Trenza® da TNA (Austrália) é uma máquina FFS vertical que, logo após o fecho e corte das embalagens flexíveis, as agrupa e liga com uma banda adesiva. O conjunto sai da máquina pronto a pendurar no ponto de venda.

-dosagem, sub-dosagem) que são causadores do desagrado dos consumidores e do insucesso de variantes de produto. Para além de garantir o rigor e repetibilidade da dosagem, o sistema permite mudanças instantâneas, já que todas as operações mecânicas (vibração, abertura/fecho) são determinadas pelo software específico e pela respectiva receita previamente estabelecida. Os dispositivos intelli-flav® 2 adaptam-se aos alimentadores automáticos Roflo® da TNA.

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No processo de impressão de painéis de madeira, a tinta passa de um cilindro metálico para um cilindro de borracha e deste para o painel de madeira. Isto significa que, para cada cor, são necessários três accionamentos (dois cilindros e um transportador), perfeitamente sincronizados. Numa máquina de impressão de três cores, é necessário que os nove accionamentos operem em sincronismo rigoroso para garantir a qualidade da impressão. Um construtor de máquinas alemão especializado neste tipo de máquinas recorre à tecnologia MOVIAXIS® para optimizar o processo. A sincronização dos servo-accionamentos da Série CM permite impressões de alta qualidade (o desvio máximo entre cores é de 0,25 mm). Os programas de operação, configuração, visualização e diagnóstico, desenvolvidos

4 bombas injectoras (até 8 em versão especial).

com o software MOVITOOLS® e MotionStudio, são armazenados em cartões SD, reduzindo ao mínimo os tempos de paragem quando é necessário substituir um módulo mestre ou um eixo. O programa de automação baseia-se em linguagens de programação IEC 61131-3 e foi implementado num controlador MOVI-PLC® Advanced.

Secagem de latas em linha A Secomak (Reino Unido) desenvolveu o sistema Tornado para secagem de latas em linha. O sistema é formado por dois equipamentos: um secador de topos e um secador de embalagens. Idealmente, os dois devem ser instalados em conjunto. Na base destes secadores está um amplificador volumétrico de ar (Ringjet) de “efeito coanda”, isto é, que converte ar comprimido de baixo volume e alta pressão em jacto de ar comprimido de alto volume e baixa pressão. O amplificador integra um bico agitador central (patente Secomak). O sistema produz ruído na ordem dos 80 dBA, requer ar comprimido à pressão de 4 bar e suporta cadências de linha até 60 000 latas/hora.

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Segundo a Secomak, o sistema Tornado remove 99% da água das latas e topos. 39


máquinas Gateway de Bus de Campo de alta velocidade

A solução inteligente para aplicações servo multi-eixos Com as novas gateways de bus de campo de alta velocidade para os servo-accionamentos multi-eixo MOVIAXIS®, a SEW-EURODRIVE oferece um método de alta performance, com características de multifuncionalidade para soluções servo. As gateways dispõem de alta velocidade de tratamento e armazenamento de dados, restauro automático de parâmetros após a substituição de unidades e interfaces de bus de campo/rede para PROFIBUS, DeviceNet, PROFINET IO, Ethernet IP e Modbus TCP. As interfaces de engenharia TCP/IP e USB, estão integradas de série. Os servo-accionamentos multi-eixo MOVIAXIS® abrem inovadoras oportunidades para aplicações servo multi-eixo. Além do controlo altamente dinâmico de eixos individuais, o servo-controlador oferece uma configuração flexível .

Os Módulos Mestre são o “cérebro” de cada sistema de eixos. Estes módulos centralizam acesso a redes bus de campo, tecnologia de controlo e armazenamento de dados. Quando combinados com Módulos Eixo inteligentes, optimizam o sistema e reduzem os custos, uma vez que os opcionais de bus de campo e armazenamento de dados individuais deixam de ser necessários em cada eixo. O Módulo Mestre do sistema MOVIAXIS® está disponível em várias versões funcionais: gateway, controlador de aplicação ou motion control. Os Módulos Mestre com as novas gateways do tipo UFx41B asseguram que os dados de processo do bus de campo são distribuídos aos eixos e que as informações dos eixos são disponibilizadas no bus. Estas gateways de alta performance podem também trocar um

MOVI-PLC® e MOVIAXIS® Soluções inovadoras para máquinas de enrolar e entrançar A empresa Herzog, de Oldenburg é líder no mercado das máquinas de enrolamento e entrançamento, utilizadas na produção de numerosos produtos, tais como fios, cordas e cabos, com os mais diversos diâmetros. Existem vários processos de revestimento e entrançamento. A combinação de movimentos mecânicos necessários para obter o efeito desejado representa um desafio para o construtor de máquinas. Por um lado, é necessário garantir parâmetros como o número de cruzamentos por unidade de comprimento. Por outro, é necessário que a máquina permita alterar esses parâmetros para ter a flexibilidade suficiente para mudar de um produto para o outro. O objectivo da Herzog foi tornar as suas máquinas mais flexíveis, mais leves e mais fáceis de operar. Para isso contou com a parceria da SEW-EURODRIVE.

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Todas as ligações mecânicas entre módulos da máquina foram eliminadas e cada módulo tem o seu próprio accionamento. Deste modo, a mudança de trabalho ou de parâmetros é rápida, fácil e não requer intervenção mecânica na máquina. A máquina foi completamente automatizada com componentes SEW-EURODRIVE, designadamente três motores CV132S4 e um motor CT90L4 com redutores de engrenagens helicoidais e encoders ES2S e AS3H. Um Motion Controller MOVI-PLC DHR41B instalado no módulo principal controla toda a máquina devido às suas funcionalidades de autómato e de controlo do movimento, e coordena os motores através de um sistema de servo-accionamentos multi-eixos MOVIAXIS®. A interface com o operador foi confiada a uma consola DOP11B-30, com funcionalidade de gestão de receitas.

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número configurável de dados de processo entre os eixos e o bus de Campo ou rede. Através dos bus de sistema SEW, as gateways podem ser ligadas, de forma optimizada do ponto de vista dos custos, a Módulos Eixo MOVIAXIS®, a conversores de frequência MOVITRAC® ou a variadores tecnológicos MOVIDRIVE®. Dependendo da aplicação, podem ser utilizados dois buses CAN ou um bus de sistema baseado em EtherCat. No que respeita à comunicação com o controlador de nível superior, as gateways estão, actualmente, disponíveis em duas versões: DeviceNet e Profibus; Profinet IO, EthetNet IP e ModBus TCP. Em cada versão, é possível comutar entre os diferentes buses através de um micro-interruptor. De série, as gateways oferecem, também, interfaces para comunicação de escritório. Através de USB ou TCP/IP torna-se fácil, não só definir os parâmetros no sistema de eixos, assim como fazer a integração na rede do cliente. Os acessórios SEW-EURODRIVE disponíveis incluem, ainda, um modem opcional (ORA11B) que pode ser ligado à interface Ethernet da gateway. Isto significa que a manutenção remota pode ser efectuada através de uma linha analógica, permitindo assim evitar os problemas que podem surgir ao tentar estabelecer a ligação através da rede do cliente (firewalls, etc…). Para facilitar as tarefas de manutenção, a gateway oferece uma função de auto-restauro, particularmente útil para os operadores de sistemas. Todos os dados relativos aos eixos no sistema são armazenados de forma centralizada no Módulo Mestre. Se um eixo for substituído, a gateway restaura os dados no novo eixo de forma automática. O eixo substituído pode, portanto, ser utilizado imediatamente, sem necessidade de realizar quaisquer ajustes ou definir novos parâmetros. Nº 203 Out/Nov/Dez 2009


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Moto-redutores em aço inox O moto-redutor de engrenagens cónicas KESA 37 da SEW-EURODRIVE caracteriza-se pelo desenho especial do cárter e pela construção em aço inox de alta qualidade. É especialmente indicado para satisfazer as condições de produção das indústrias alimentares e de bebidas, bem como todas as aplicações em que as máquinas e sistemas tenham de ser limpos intensivamente ou estejam sujeitos a ambientes húmidos. Os moto-redutores em aço inox da SEW-EURODRIVE, dispõem de superfícies de fácil limpeza combinadas com elevada resistência a produtos ácidos e alcalinos. Reentrâncias que poderiam acumular lixo e líquidos, as juntas e conexões estão disponíveis com um grau de protecção até IP69K. O moto-redutor é construído inteiramente em aço inox, prevenindo efectivamente qualquer tipo de corrosão.

Transportadores de tela O sistema de perfil de alumínio modular MiniTec ajuda as empresas a rentabilizarem e diminuírem custos nos seus processos. Muitas delas efectuavam estruturas de construção soldada, necessitando do desenho mecânico detalhado, análise estrutural, corte, soldadura e pintura, obtendo assim um dispositivo rígido, com modificações

virtualmente impossíveis dentro de um período aceitável. Com a utilização deste sistema, proporciona-se uma redução de custos, avaliados em 20% relativamente aos sistemas convencionais. A gama de transportadores flexíveis da MiniTec tem sido utilizada nos mais variados sectores industriais. A grande maioria das aplicações de transporte pode ser resolvida recorrendo a elementos normalizados. A modularidade e a facilidade de construção permitem construir e fornecer transportadores em prazos curtos, com as seguintes características e opções: - Construção de base em perfil de alumínio 45x45 F; - Telas PVC; PU; etc.; - Rolos Ø 50 mm, em alumínio e aço zincado; - Chapa de suporte da tela em alumínio anodizado de 2 mm;

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cupão de subscrição EMPRESA: ACTIVIDADE: NOME: CARGO: ENDEREÇO: COD.POSTAL: E-MAIL: TELEFONE:

- Moto-redutores SEW SPIROPLAN, com várias configurações possíveis; - Estrutura de suporte disponível em altura fixa ou regulável; - Guias laterais com suportes reguláveis - Conversor de frequência para variação de velocidade. Os transportadores MiniTec são comercializados em Portugal pela Fluidotrónica (Oliveira de Azeméis).

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