REVIPACK 210

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210 Jul/Ago/Set 2011

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revista técnica de embalagem 6.57 €

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índice notícias

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papel e cartão

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impressão

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bag-in-box

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engarrafamento

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capsulagem e fecho

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embalagem de vidro

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embalagem metálica

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confeitaria

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embalagens flexíveis

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novas embalagens

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codificação e etiquetagem

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máquinas

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revipack revista técnica de embalagem Direcção e Edição: Carlos da Silva Campos. Publicidade: Ilda Ribeiro, Cristina Devesa, Luisa Santos. Propriedade: ODITÉCNICA-Centro de Promoção e Divulgação Técnico-Industrial Lda.. Endereço Postal: APARTADO 30 2676-901 ODIVELAS PORTUGAL. Redacção: R. de Entrecampos, 48, R/C Esq. 1700-159 LISBOA. Impressão: Projecção - Arte Gráfica, SA. Registo de Imprensa: 107 267. Depósito Legal: 13 783/88. ISSN 0870-7553. Publicação Trimestral. Preço de Capa: 6.57 €. Assinatura (6 edições): Edição impressa - 28.65 €; Edição electrónica - 17.64 € © Oditécnica Todos os direitos reservados. Telefone: 217 921 110. Fax: 217 921 113 E-mail: revipack@revipack.com

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Vinho em lata avança na Europa Duas organizações europeias de serviços de embalagem por contrato (co-packaging) obtiveram licenças de utilização da tecnologia Vinsafe (ver Revipack nº 209, pag. 41) para acondicionar vinhos em embalagens metálicas. A primeira é o grupo Font Salem, com duas fábricas em Espanha (Sale, El Puig) e uma em Portugal (Santarém). a segunda é a Cacolac (França). Habituadas a colocar a sua capacidade de enchimento e embalagem ao serviço dos detentores de marcas (produtores e grupos de distribuição), estas empresas poderão impulsionar a entrada no mercado de novas marcas de vinhos acondicionadas em latas, tal como já sucede na Austrália, com a empresa Barokes, detentora do processo Vinsafe.

Gerresheimer em português A Gerresheimer (Dusseldorf, Alemanha), fabricante de embalagens de vidro e plástico para uso médico e farmacêutico, disponibilizou uma versão do seu website nas línguas portuguesa e espanhola. O website está agora disponível em seis idiomas (inglês, alemão, russo, chinês, espanhol e português). A iniciativa insere-se no objectivo de expansão de vendas na América Latina, especiamente focado nas embalagens de plástico. O grupo Gerresheimer tem 45 locais de produção (Europa, Américas, Ásia), emprega cerca de 10 mil pessoas e factura cerca de mil milhões de euros. Em Portugal, é representada pela INPLANT - Tecnologia e Realizações Industriais, Lda. (Amadora).

NEFAB adquiriu Peinetti A NEFAB (Suécia) adquiriu em Setembro a Peinetti Emballages (França), empresa especializada em gestão de paletes e embalagens industriais, com 110 empregados e um volume de negócios anual na ordem 12,5 milhões.

Bosch adquire Rexam vende Hüttlin negócio de e Manesty cápsulas à A Bosch Packaging Tecnology adquiriu duas empresas especializadas na construção de Berry Plastics equipamentos para a indústria farmacêutica: a Hüttlin (Schopfheim, Alemanha), é especialista em equipamentos de secagem e granulação, e a Manesty (Liverpool, Reino Unido) é especialista em equipamentos para prensagem e revestimento de drageias/comprimidos. Em conjunto, as duas empresas empregam 200 pessoas, facturam 49 milhões de euros por ano e vendem 70% da sua produção no mercado europeu. Até à aquisição pela Bosch, as duas empresas eram subsidiárias do grupo OYSTAR, que actualmente prossegue uma estratégia de focagem no core business dos equipamentos para embalagem primária e secundária. O grupo Bosch Packaging Technology tem fábricas em 16 países e emprega actualmente cerca de 4500 pessoas. 4

A Rexam finalizou a negociação para vender o seu negócio de cápsulas (SBC, speciality and beverage closures) à Berry Plastics, por 360 milhões de USD. O negócio Rexam SBC, com 7 fábricas nos E.U.A., uma no Brasil e joint ventures na Malásia e no México, registou em 2010 vendas no valor de 500 milhões de USD e emprega 1500 pessoas. Com este acordo, a Rexam completa o seu desinvestimento do negócio das cápsulas. A Berry Plastics, com sede em Evansville (Indiana, EUA) tem 16 000 empregados, 75 fábricas (incluindo uma na Alemanha e uma na Bélgica) e vendas de 4,5 mil milhões de USD (ano fiscal terminado a 2 de Outubro de 2010).

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Sealed Air adquiriu Diversey A Sealed Air, produtor e fornecedor de materiais de embalagem, adquiriu a Diversey, especialista em produtos e soluções de higiene e limpeza. O nome Diversey manter-se-á no mercado como marca comercial de produtos e soluções de limpeza e constituirá uma nova área de negócios da Sealed Air, lado a lado com a embalagem alimentar, a embalagem de protecção, os filmes retrácteis, as aplicações médicas e os materiais especiais. A Sealed Air é uma das maiores empresas mundiais do sector da embalagem. Está presente em 69 países, emprega mais de 26 000 pessoas e registou uma facturação global na ordem dos 7,6 mil milhões de USD. Entre as aquisições recentes, destaca-se a ProAseptic Technologies, empresa espanhola especializada em sistemas de embalagem flexível.

Indicadores positivos para as máquinas americanas As vendas de máquinas de embalagem fabricadas nos EUA aumentaram 12 % em 2010, atingindo 5,5 mil milhões de USD. As exportações aumentaram 9 % (975 milhões de USD) e as importações aumentaram 13% (1,32 mil milhões de USD). São os principais indicadores do ‘2011 U.S. Packaging Machinery Shipments Study’ elaborado pelo PMMI, instituto que reúne os construtores de maquinaria de embalagem dos EUA e do Canadá (nota: os dados estatísticos referemse exclusivamente aos EUA). Os sectores Alimentos, Bebidas e Medicamentos/Artigos Médicos, representaram 70 % das vendas. O mercado restante é representado pelos sectores Bens de Consumo Duráveis, Produtos e Papel e outros produtos de consumo não duráveis, Químicos, Produtos informáticos/industriais e para o Automóvel, Produtos Impressos e Cuidado Pessoal/Cosmética. O PMMI organiza as várias feiras PACK EXPO: PACK EXPO International (Chicago, 28-31 de Outubro de 2012), PACK EXPO Las Vegas e EXPO PACK México. Nº 210 Jul/Ago/Set 2011


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BA Vidro adquire Warta Glass A BA Vidro concluiu um acordo para a aquisição de 80% do Warta Glass Group, uma empresa fabricante de vidro de embalagem com sede em Poznan (Polónia). Os restantes 20% do capital da Warta Glass permanecerão propriedade do Sr. Wojciech Pawlowski, que ficará como Presidente do Conselho de Supervisão. O Sr. Carlos Moreira da Silva, Presidente da BA Vidro e bem conhecido no mercado da Polónia, fará também parte do Conselho de Supervisão da Warta Glass. A transacção envolve a aquisição das duas fábricas da Warta Glass na Polónia, com uma capacidade total de 280 000 toneladas, repartida por quatro fornos. A empresa tem 650 empregados na sede e nas fábricas de Sierakow e Jedlice. A Warta Glass lidera o mercado polaco das embalagens de vidro para bebidas espirituosas e dos frascos de vidro para produtos alimentares, com quotas

Verallia Portugal com certificação NP EN 4457 A Verallia Portugal, fabricante de embalagens de vidro com unidade de produção na Figueira da Foz, obteve a certificação de conformidade com a norma NP EN 4457:2007, relativa à Gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI). A certificação, concluída em Julho de 2011, vem completar o ciclo de conformidade com as normas relativas a Gestão da Qualidade (NP EN ISO 9001), Gestão Ambiental (NP EN ISO 14001), Saúde e Segurança (OHSAS 1800) e Segurança Alimentar (NP EN ISO 22000). de mercado de 46 % e 20%, respectivamente. Com esta aquisição, a BA expande o seu mercado natural para a Europa Leste, onde o potencial económico permite suportar o crescimento contínuo e sustentado que a BA Vidro tem registado ao longo da última década. Segundo a Sra. Sandra Santos, CFO da BA Vidro, que liderou as negociações, “é de esperar que esta aquisição seja o ponto de partida para um crescimento consistente do grupo na Europa Leste e que, com esta nova plataforma, a BA esteja melhor posicionada para servir a nossa actual carteira clientes internacional”. Por seu turno, a

Sra. Joanna Jaroszyk, CEO daWarta Glass declarou: “acreditamos fortemente que esta parceria vai criar valor acrescentado para os clientes de ambas as empresas e para as próprias empresas”. A BA Vidro é o maior fabricante de vidro de embalagem com sede em Portugal. Emprega 1460 pessoas e detém três fábricas em Portugal e duas em Espanha, com 11 fornos que totalizam uma capacidade de produção de 1 milhão de toneladas e uma quota de mercado de 24 % na Península Ibérica. A aquisição está ainda sujeita à aprovação das autoridades polacas.

GEPACK com APED publicou certificação ranking 2010 A APED (Associação Portuguesa das de Distribuição) publicou a edição EN 15593:2008 Empresas 2010 do seu Ranking. O volume de negócios A GEPACK, especialista em embalagem PET, obteve a certificação de acordo com a norma EN 15593:2008. O certificado emitido pela TÜV Rheinland confirma que a GEPACK preenche os requisitos da norma sobre Gestão da Higiene na Produção de Embalagens para Alimentos. Baseada nos princípios HACCP, a norma EN 15593:2008 difere da norma ISO 9001:2008, relativa a Sistemas de Gestão da Qualidade. A GEPACK implementou um sistema integrado para a Gestão da Qualidade e da Higiene, de modo a preencher os requisitos de ambas as normas.

das 109 empresas representadas nesta associação aumentou 6%, atingindo 15,7 mil milhões de euros em 2010. O emprego aumentou 15,6%, totalizando 38331 postos de trabalho no final de 2010. Mantém-se a tendência para o aumento do peso relativo do sector no PIB, que passou de 6,6% em 2005 para 9,1% em 2010. No final do ano, as empresas associadas da APED detinham 2733 estabelecimentos comerciais, o que correspondia a 2,7 milhões de m2 de área. Apesar deste crescimento, o ritmo de abertura de novas superfícies foi inferior ao dos últimos anos.

A GEPACK produz exclusivamente embalagens PET, com uma capacidade de produção acima dos 150 milhões de embalagens por ano, incluindo projecto e design, moldes, produção e entrega. A empresa é bem conhecida pela sua capacidade para desenvolver formatos standard e especiais, na sua maioria para produtos alimentares e farmacêuticos. A unidade fabril, com 6000m² inclui uma Sala Limpa certificada (ISO 6, Class FDA1000). A GEPACK tem igualmente um registo de Drug Master File Type III (DMF Nº 23 955) na Food and Drug Administration (FDA) e foi a primeira empresa portuguesa a obter a certificação EN 15593:2008. Nº 210 Jul/Ago/Set

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EFSA reavalia Bisfenol A Em 2008, na sequência de um artigo publicado numa publicação norte-americana, a EFSA (Autoridade Europeia de Segurança Alimentar) reavaliou os riscos para a saúde da utilização do Bisfenol A (BPA) nos materiais de embalagem. O painel de peritos considerou que não existiam razões para alterar o limite de exposição diária (TDI, tolerable daily intake) estabelecido em 2006: 0.05 mg/kg (peso do corpo)/dia. Em 2010, a EFSA voltou a emitir parecer semelhante. No mês de Setembro de 2011, a agência francesa ANSES (Agence Nationale de Securité Alimentaire) publicou dois relatórios, sobre os riscos do BPA para a saúde e sobre as utilizações do BPA e lançou um apelo ao desenvolvimento de produtos substitutos. O primeiro relatório alude a riscos

para a saúde mesmo com doses inferiores às regulamentadas. Em Outubro, a Assembleia Nacional francesa aprovou um projecto de lei que proibe a utilização do BPA em materiais destinados a entrar em contacto com alimentos. A proibição entrará em vigor em 2014 e até lá a indústria deve procurar substitutos. A legislação francesa foi criticada por várias associações industriais, designadamente a PlasticsEurope (que representa a indústria produtora de matérias-primas plásticas) e a VMV (que representa a indústria alemã da embagem metálica). A EFSA está a analisar os relatórios e deverá emitir um parecer em breve. Caso se confirmem as suspeitas de risco, a União Europeia poderá vir a estabelecer uma

interdição do BPA similar à da legislação francesa. A principal utilização (cerca de dois terços) do BPA diz respeito ao policarbonato, um polímero técnico com múltiplas aplicações nas indústrias automóvel, eléctrica e electrónica, materiais de construção e também com várias aplicações na área da embalagem. O BPA é também usado na formulação de resinas epoxídicas e outros materiais destinados a entrar em contacto com alimentos, como o caso dos revestimentos interiores de embalagens metálicas. Segundo a VMV, no caso de não surgirem substitutos tão eficazes como o BPA, a consequência poderá ser a redução do tempo de vida útil de produtos alimentares acondicionados em embalagens metálicas.

Concentração no sector das embalagens flexíveis O grupo Amcor controla cerca de um quarto do mercado europeu das embalagens flexíveis, estimado em 11 mil milhões de euros pela PCI Films Consulting. Os últimos anos têm sido férteis em aquisições, para disputar posições num mercado cada vez mais concentrado e dependente da dimensão. O grupo austríaco Constantia Flexibles, que reparte as suas capacidades de produção entre as embalagens flexíveis e os rótulos e etiquetas, mantém o segundo lugar no ranking europeu do sector. Em Agosto deste ano, adquiriu uma posição maioritária no grupo ASAS, terceiro produtor de embalagens flexíveis da Turquia, com fábricas na Turquia e na Roménia. A aquisição insere-se numa estratégia de implantação comercial no Médio Oriente, Norte de África e Sudeste Europeu. O grupo Sun European Partners está a consolidar uma constelação de empresas de embalagens flexíveis que inclui as empresas Britton (Reino Unido), Reuther Verpackung (Alemanha), Veriplast (França), Unterland

Flexible Packaging (Áustria), e, mais recentemente, a Kobusch Sengewald (adquirida ao grupo norte-americano Pregis). O grupo Ampac (EUA), detentor desde 2007 da Floeter (Alemanha), fabricante de bolsas stand up, adquiriu em 2011 a Elag, fabricante Suiço de embalagens flexíveis. A concentração da indústria de embalagens flexíveis está a alterar profundamente o modo de funcionamento das empresas. Mantém-se a multiplicidade de locais de produção, mas onde antes existiam empresas completas, com estratégia própria e diversificada, existem agora estratégias e vendas centralizadas. As capacidades de produção são geridas centralmente e a missão local é de executar os planos de produção com o máximo de eficiência e o mínimo de custos. A concentração está a dar origem a grupos cada vez maiores mas a dimensão média dos grupos continua muito inferior à dos grandes fornecedores (matérias-primas) e dos grandes clientes (empresas embaladoras).

SITEVI 2011 em Novembro O SITEVI, salão internacional das fileiras da vinha/vinho e das frutas e legumes, realiza-se em Montpellier (França) nos dias 29 de Novembro a 1 de Dezembro. A organização espera ultrapassar os indicadores de 2009, em número de expositores e visitantes e em número de países representados. Na edição de 2009, o SITEVI contou com 716 exposito6

res de 22 países. O âmbito da feira abrange materiais, serviços, produtos e também maquinaria para viticultura, oleicultura, rega, energias, manutenção, embalagem, etc.. Em paralelo, está agendada uma série completa de conferências de interesse para as duas fileiras.

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IPACK-IMA em contagem decrescente A IPACK-IMA, marcada para os dias 28 de Fevereiro a 3 de Março de 2012, em Milão, afigura-se como a mais importante feira global para o sector da embalagem durante o próximo ano, conjugando tecnologias e materiais para nove segmentos de mercado: cereais, lacticínios, bebidas, confeitaria, horto-frutícolas, frescos, saúde e cuidado pessoal, químicos industriais e domésticos, produtos industriais e duráveis. Nos pavilhões do novo parque de feiras de Rho, estarão expositores repartidos pelos segmentos das máquinas de embalagem, máquinas de processamento alimentar, máquinas de engarrafamento, sistemas de movimentação e logística, etiquetagem e rastreabilidade, e toda a espécie de materiais e consumíveis de embalagem. A IPACK-IMA 2012 incluirá uma nova área temática dedicada a impressão de embalagens. A feira tem periodicidade trienal. A edição de 2009 contou com 1400 expositores, dos quais 403 não italianos, e 54 000 visitantes, de 116 países, dos quais 25% não italianos. Nº 210 Jul/Ago/Set 2011


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SIMEI e ENOVITIS 2011 com extenso programa de conferências Enologia, viticultura, informação de interesse para as indústrias de bebidas, com particular destaque para as fontes alternativas de energia, a sustentabilidade ambiental e a segurança dos consumidores - são os tópicos fundamentais da série de conferências que acompanham o SIMEI (Salão Internacional da Enologia e do Equipamento para Engarrafamento) e a ENOVITIS (Feira Internacional da Cultura da Vinha e da Oliveira), que têm lugar em Milão nos dias 22 a 26 de Novembro. As duas feiras são, desde há anos, ponto de encontro entre os fornecedores de tecnologia “made in Italy” e empresas espalhadas pelo mundo. Para além do objectivo principal e comercial, as feiras são também uma oportunidade para dar voz aos temas que preocupam o sector, e para trocar informação sobre os aspectos económicos e técnicos. Técnicos especialistas de todo o mundo vão estar em Milão para participar nas várias conferências, dando aos participantes a possibilidade de aprofundar e actualizar a informação sobre consumo, tendências, regulamentações, estratégias, mercados e

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sustentabilidade. As conferências têm acesso livre. 22 Novembro - 9.30 “Distribuição nos EUA, Reino Unido e China - Problemas e oportunidades” 23 Novembro - 9.30 “Desenvolvimentos na utilização de sensores inovadores em aplicações de viticultura e enologia”

Unione Italiana Vini to face the future” 24 Novembro - 14.30 “Economia de energia e impacto ambiental na indústria de bebidas” 25 Novembro - 9.30 – Gemini Room “Para além da tradição, uma nova face para o azeite extra-virgem”

23 Novembro - 14.30 “Actualização das normas obrigatórias e voluntárias sobre prevenção de riscos nos sectores da produção e maquinaria alimentar”

O sector do azeite precisa de criar algo de novo, encontrar ideias para relançar um produto clássico para novas fronteiras e populações e evitar transformar-se numa commodity, especialmente nos países do sul da Europa. A conferência será moderada por Luigi Caricato, especialista em azeite e director de Teatro Naturale. Entre os oradorees estará também Mauro Meloni, director do Protection Consortium para o azeite extra-virgem de alta qualidade, e Michele Genovesi, que apresentará o caso do Boheringer Group.

24 Novembro - 10.00 “Gestão e protecção da vinha, um valor a construir para competir: a experiência da

25 Novembro - 10.00 “O contributo da embalagem para a indústria de bebidas”

23 Novembro - 9.30 “Uso de leite alergénico e proteínas de ovo nos processos de clarificação de vinhos: aspectos enológicos e de segurança”

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feiras

EMBALLAGE 2012 : um contexto positivo A embalagem é uma indústria optimista, prudente mas empreendedora! O regresso ao crescimento está a confirmar-se em França. As estatísticas do Observatório da Embalagem de Setembro de 2011 apontam para um aumento da produção. A EMBALLAGE 2012, a 40ª edição desta feira internacional, terá lugar nos dias 19 a 22 de Novembro de 2012 e, a um ano de distância, cerca de 600 expositores (cerca de 53% da área) já confirmaram a inscrição. A França, a Itália e a Alemanha vão manter-se como os três países que lideram a base internacional de expositores, mas o crescimento mais significativo em número de expositores deverá ocorrer com países como a Turquia, a China, Taiwan e Coreia. “Podemos ver que os nossos clientes estão convencidos de que as feiras profissionais, e a EMBALLAGE em particular, são um um meio eficaz. A oportunidade de aumentar os contactos de negócios na ordem dos 50% em 4 dias é obviamente encarada como factor importante na balança comercial e está na base da resposta ao actual clima

económico” diz Véronique Sestrières, Directora da Feira. A organização da EMBALLAGE delineou claramente os sectores para facilitar a tarefa dos decisores que vão visitar a feira e para evidenciar todas as áreas do know how da indústria: maquinaria e embalagens para os sectors alimentar, cosmética, saúde, produtos de luxo, etc.. A EMBALLAGE proporciona soluções para cada sector industrial: O sector ‘Food and Beverages & Liquids’, o mais visitado desta feira, deverá contar com mais de 400 empresas especializadas em maquinaria e embalagens. As profissões da cosmética, produtos de luxo e saúde, que representam cerca de 14 % dos visitantes (mais de 10 mil decisores) contarão com cerca de 200 expositores de

Anuga FoodTec 2012: preparação ganha velocidade Mais de 100 fornecedores registaram a sua presença para expor na Anuga FoodTec, que decorrerá pela sexta vez, de 27 a 30 de Março de 2012, em Colónia (Alemanha). A Anuga FoodTec é uma feira especializada com uma abordagem multi-sectorial focada nos processos e não vinculada um material específico. Abrange todos os aspectos do processamento, embalagem, higiene, armazenagem e distribuição nas indústrias alimentares. Tem lugar de três em três anos e é organizada conjuntamente pela Feira de Colónia e pela Sociedade Alemã de Agricultura (DLG). Os resultados da feira de 2009, considerados excelentes pela organização, contribuiram para reforçar o papel de liderança internacional da Anuga FoodTec na área da tecnologia para alimentos e bebidas. A Anuga FoodTec recebeu aproximadamente 34 mil visitantes de 114 países, aproximadamente o mesmo que na edição anterior, e 43% dos visitantes vieram de fora da Alemanha. O número de expositores foi de 1194, de 39 países, com um ligeiro aumento comparativamente à edição anterior (2006: 1178 expositores, de 40 países). A Anuga Foodtec está focada nas tecnologias de higiene, automação e 8

sustentabilidade, com destaque para a eficiência energética. Estes temas estão igualmente presentes no programa de suporte da feira. As conferências técnicas organizadas pela DLG registaram forte participação, graças à presença de oradores especialistas em áreas como as tecnologias de processamento de produtos frescos e refrigerados, a qualidade e segurança alimentar, a tecnologia de massas, a tecnologia de lacticínios, o processamento de carnes, os aspectos de conveniência e as tendências da tecnologia de líquidos alimentares. O ritmo das inscrições de expositores para a Anuga FoodTec de 2012 levou a organização a reservar um pavilhão adicional. A meio ano de distância, o número de novos expositores (que participam pela primeira vez) era já de 170. A área total da feira será de 127 000 metros quadrados.

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embalagens e maquinaria. Outras indústrias, incluindo os sectores automóvel, construção, produtos técnicos e outros produtos de consumo, poderão encontrar na EMBALLAGE cerca de 300 expositores com soluções para os respectivos sectores. Além disso, a feira incluirá também vários serviços relacionados com a embalagem, designadamente na área da marcação, codificação, etiquetas, impressão, etc.), bem como vários pavilhões nacionais. A EMBALLAGE2012 promete ainda apoio proactivo a cada comunidade de negócios, usando a plataforma emballageweb.com para fornecer informação complementar e apostando também na presença da feira nas redes sociais e num programa paralelo de conferências, a realizar durante os 4 dias da feira. A EMBALLAGE quer ser uma interface de vendas, procura e informação para os vários sectores industriais. A exposição temática Pack Innovation, que em 2010 destacou 50 inovações e teve mais de 18 mil visitantes, será relançada em 2012 com o objectivo de antecipar as tendências do futuro.

ProSweets em Colónia A feira ProSweets Cologne 2012, realizar-se-á nos dias 29 de Janeiro a 1 de Fevereiro, reunindo as actividades de produção e embalagem de todos os tipos de produtos de confeitaria, incluindo maquinaria, matérias-primas, ingredientes e materiais de embalagem. Pela primeira vez, a feira incluirá também o segmento ‘snack’. A feira conta com mais de 300 expositores, de cerca de 30 países. No dia 31 de Janeiro realizar-se-á uma conferência sobre ingredientes, com a participação da EFSA (Autoridade Europeia de Segurança Alimentar) e do Comité de Peritos da FAO/WHO (organizações das Nações Unidas para a Alimentação e Saúde). Em foco, estará a utilização de novos adititivos, designadamente edulcorantes. Nº 210 Jul/Ago/Set 2011


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papel e cartão SAICA

Proximidade e inovação na embalagem de cartão canelado "Manter a proximidade com os clientes, oferecer-lhes a melhor alternativa possível, investir na inovação" - são os pontos-chave da estratégia da SAICA, enquanto fabricante de embalagens de cartão canelado, referidos à REVIPACK por Julián Montal, Director da Saica Pack Iberia. Esta estratégia foi posta à prova nos dois últimos anos, em que o mercado passou por uma significativa redução de volume e por um aumento não menos significativo dos preços das matérias-primas. Em 2009, o mercado ibérico do cartão canelado baixou cerca de 8% em volume e a recuperação de 2010 (cerca de 5%) foi incompleta. "Nós sentimos as dificuldades dos clientes e levámos muito a sério a procura de soluções ajustadas ao momento económico. Em primeiro lugar, através da inovação no domínio dos papéis. Com papéis de menor gramagem, e também menor custo, é possível fabricar cartões com características e desempenho técnico praticamemente equivalentes. Em segundo lugar, investimos no desenvolvimento de produtos susceptíveis de serem instrumento de venda dos clientes. As embalagens de cartão canelado podem contribuir para melhorar a eficiência das cadeias logísticas, para reduzir custos e para vender mais e melhor. Em terceiro lugar, procurámos melhorar os produtos e o serviço que prestamos também em termos de sustentabilidade" - disse à REVIPACK o Dr. Julián Montal.

A importância da proximidade A SAICA é um caso de estudo na indústria europeia do cartão canelado. As actividades estão estruturadas em três áreas de negócios complementares mas distintas. A SAICA PAPER engloba seis fábricas/máquinas de papel, localizadas em Espanha e França. A SAICA PACK engloba 45 fábricas de cartão canelado, implantadas em Espanha, Portugal, França, Itália, Irlanda e Reino

Unido. Em joint venture com o grupo Thimm (Alemanha), a SAICA expandiu a actividade industrial para o norte da Europa, designadamente através da aquisição da capacidade de produção de embalagens de cartão canelado da TOP (Polónia). A terceira área de negócios é a SAICA NATUR, que engloba a reciclagem de papel e as actividades de operador de gestão de resíduos (papel, cartão, plásticos). Esta área conta com mais de quatro dezenas de locais, em Espanha, Portugal, França e Reino Unido. As três áreas são complementares mas estão no mercado com independência. Por exemplo, a SAICA PAPER também fornece papéis para outros fabricantes de cartão canelado A história do grupo SAICA, já com mais de meio século, evidencia a transformação de uma indústria local, sediada em Saragoça, num actor global à escala europeia. Cresceu sobretudo através de aquisições e com elas foi protagonista da consolidação da indústria do cartão canelado em Espanha e também em Portugal. No entanto, e segundo Julián Montal, "a visão estratégica da SAICA nunca foi a de concentrar. Foi sempre no sentido de manter todas as fábricas em operação, torná-las mais eficientes e mais bem sucedidas. O negócio da embalagem de cartão canelado é um negócio de proximidade. É necessário estar perto do cliente, sentir as suas necessi-

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papel e cartão

dades, planear a produção de acordo com essas necessidades e fornecer os produtos no tempo certo". Em Portugal, a SAICA tem duas fábricas integradas (produção de cartão canelado a partir de papéis, e produção de embalagens de cartão canelado) e duas sheet plants (fábricas de embalagens de cartão canelado). "Encontrámos em Portugal equipas com uma grande experiência e uma grande competência nesta indústria" disse à REVIPACK Julián Montal - "Os responsáveis e técnicos portugueses não só se adaptaram ao grupo SAICA como permitiram que a SAICA concretizasse em Portugal uma estratégia de proximidade".

SAICA FORM TRAY Para combater a tendência para a redução de volume, a SAICA lançou produtos novos. Não se limitou a uma actuação defensiva face à concorrência, nem aos mercados tradicionais do cartão canelado. Alguns dos produtos inovadores da SAICA desafiam o plástico em segmentos de mercado onde este domina. Um desses casos é o SAICA FORM TRAY, um tabuleiro termoformado que constitui uma alternativa ao plástico e que pode ser utilizado para fruta, carnes, produtos de pastelaria, etc. "Os tabuleiros de cartão satisfazem todas as exigências de qualidade que se colocam a uma embalagem alimentar. São resistentes e leves. E são também biodegradáveis. Do ponto de vista da sustentabilidade e do ambiente, têm um desempenho melhor. Depois de usados, não precisam de ser separados, porque são biodegradáveis". Para este produto específico, a SAICA investiu numa fábrica dedicada, em Madrid, com condições de produção em "clean room". Nº 210 Jul/Ago/Set

"Foi um investimento significativo, que poderá repetir-se noutros locais da Europa, incluindo em Portugal. Tudo depende dos volumes, porque este investimento tem exigências muito especiais, dado que se trata de uma embalagem para contacto alimentar" disse à REVIPACK o director da SAICA.

SAICA RETAIL BOX Para além dos formatos "típicos" da embalagem de cartão canelado, designadamente a embalagem de transporte, os tabuleiros para distribuição de hortofrutícolas e as caixas de cartão contra-colado com papel impresso por offset, a SAICA PACK está igualmente presente em áreas com maior incidência de design e inovação. É o caso das soluções "shelf ready" (caixas de transporte que rapidamente se transformam em tabuleiros-display para colocação nas prateleiras dos estabelecimentos retalhistas) e também dos displays para PLV (publicidade no local de venda). A estas áreas tradicionalmente dominadas pelo cartão canelado, a SAICA PACK acrescentou a área da embalagem de compras, desafiando claramente o saco de plástico. A SAICA RETAIL BOX é uma caixa fácil de formar e que pode ser utilizada como embalagem postal e como embalagem de venda no retalho. "É uma combinação entre a procura de soluções diferenciadoras que acrescentam valor aos produtos, e, por outro lado, os objectivos ambientais. A sustentabilidade é um dos argumentos com que a embalagem de cartão canelado pode conquistar novos segmentos de mercado. Há muito que a embalagem de cartão canelado deixou de ser apenas embalagem de transporte. É cada vez mais uma embalagem de vendas, um meio de comunicação com o consumidor final".

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Sustentabilidade como serviço A SAICA NATUR, um dos maiores operadores de gestão de resíduos da Península Ibérica e do Reino Unido, recolhe e separa todos os tipos de materiais. Os papéis e cartões são reciclados nas unidades do grupo. Os restantes materiais são triados e fornecidos a indústrias recicladoras exteriores ao grupo. "A gestão de resíduos tornou-se essencial em todas as actividades industriais e a SAICA NATUR contribui decisivamente para o objectivo "aterro zero". Por outro lado, permite-nos oferecer aos nossos clientes um valor adicional: podemos vender embalagens com reciclagem garantida. O cliente pode contar com a embalagem mais sustentável e com a certeza de que as embalagens da sua marca vão ser efectivamente recicladas. Isto significa que a SAICA fecha o círculo e presta um serviço completo que inclui a sustentabilidade".

Investir na eficiência Nos próximos anos, a SAICA vai manter-se focada nas suas três áreas de negócios, procurando manter o equilíbrio entre elas e aproveitar oportunidades de crescimento através de aquisições e alianças estratégicas. Os investimentos vão centrar-se prioritariamente na segurança e na eficiência de processos. "Queremos trazer os conceitos de lean manufacturing para as nossas fábricas, queremos tirar partido de tecnologias que aumentem a segurança dos trabalhadores e reduzam o erro humano. Queremos crescer e ajudar os nossos clientes a crescer, com soluções mais competitivas e sustentáveis". 11


papel e cartão Groupack

Criatividade nas soluções de embalagem Constituída em Março de 1975 como sociedade por quotas, mas herdeira de uma experiência industrial que remonta a 1943, a Groupack, com instalações fabris em Vale de Grou, região de Águeda, fabrica embalagens de cartolina, cartão compacto, micro-canelado e canelado “canal B”. Até final do século passado, a empresa tinha a sua actividade focada na produção de embalagens de cartolina para a indústria de confecções. Em 1999, iniciou um ciclo de investimentos para diversificar as capacidades de transformação e impressão. Graças a esses investimentos, a empresa adquiriu capacidade para os chamados grandes formatos e passou a fornecer embalagens para um leque muito variado de aplicações. Actualmente, a carteira de clientes e produtos da empresa apresenta uma grande diversidade: produtos alimentares, vinhos e bebidas, medicamentos e produtos dietéticos, produtos de cosmética e perfu-maria, têxteis, confecções e lingerie, ferragens, peças auto, tinteiros e toners, cerâmicas e cristalaria, telemóveis, produtos escolares, etc. Produz embalagens primárias, embalagens secundárias e displays para promoção de produtos em pontos de venda. “Não há duas encomendas iguais” - disse à REVIPACK o Sr. João de Oliveira, administrador da Groupack - “cada embalagem nova que produzimos é um caso. Não produzimos por catálogo. Um dos nossos pontos fortes é a capacidade para colaborar com o cliente no projecto de ‘packaging’, procurando a solução mais eficiente em custos e funcionalidade. Trabalhamos de forma personalizada, segun-do os requisitos exclusivos de cada um dos nossos clientes, procurando em todo o momento a sua

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satisfação, tanto do ponto de vista da qualidade dos seus produtos como do serviço, garantindo rapidez e pontualidade.” A preocupação com a qualidade do serviço prestado levou a Groupack a iniciar o processo, agora em fase de conclusão, de Implementação da Certificação na área da Qualidade ISO 9001/2008, na área do Ambiente ISO 14001/2004 e na área da Segurança OHSAS 18001/2007. Ao percorrer a sala de exposições da Groupack, dá-se conta da diversidade de formatos e soluções técnicas. “Os clientes necessitam não só de uma embalagem que proteja eficazmente os produtos, mas também que seja capaz de diferenciar a marca e torná-la facilmente localizável nos pontos de venda. Isso exige uma impressão de qualidade e, em muitos casos, um formato inovador” - referiu o responsável da empresa. Embora a carteira de clientes seja composta maioritariamente por indústrias localizadas em Portugal, a Groupack tem vindo a afirmar-se nos mercados externos, designadamente em Espanha e França. “O mercado da embalagem de cartão ainda é um mercado de proximidade mas, pouco, a pouco, a rapidez de resposta e a qualidade de impressão vão-se sobrepondo ao factor geográfico”. Para estreitar a relação com o mercado externo, a Groupack implementou recentemente um Sistema Integrado de

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Gestão Industrial B2B, que permite aos clientes saberem em que fase estão as suas encomendas.

Criatividade e optimização Há alguns meses, a REVIPACK fez eco de uma variante original para a embalagem bag-in-box: duas caixas de secção triangular, para vender em conjunto um par de vinho branco/vinho tinto, sem alterar o formato logís-tico (as duas caixas ocupam o mesmo espaço de uma caixa normal).

A ideia nasceu na Groupack e é um exemplo da criatividade que a empresa coloca ao serviço dos clientes. Muitos outros exemplos estão patentes na sala de exposições da empresa, reflectindo a criatividade como uma das valências primordiais da empresa. A Groupack combina as capacidades de impressão offset de cartolinas com a contracolagem em cartão. Esta combinação permite tirar todo o partido da qualidade gráfica com a diversificação de materiais. Por outro lado, dispõe de um leque de soluções específicas para diferenciar as embalagens e as impressões: uma ampla gama de vernizes (UV, serigráficos, mate, brilhantes, ...), aplicação de vernizes localizados, estampagem a Nº 210 Jul/Ago/Set 2011


papel e cartão

Médio Oriente investe nas paletes de cartão quente (dourados e prateados), tintas termocromáticas (mudam de côr com a variação de temperatura), tintas aromáticas (com aromas especiais), tintas metalizadas, etc.. As soluções de acabamento incluem revestimentos plásticos, recorte e colocação de janelas transparentes, inserção de pegas, etc. “Num mercado caracterizado pela competição intensa entre produtos e marcas, a embalagem faz a diferença. A redução de custos não pode ser cega, porque se a embalagem deixar de ser eficaz, as vendas não sobem, podem mesmo descer, e a redução de custos torna-se inútil. Os nossos clientes necessitam de embalagens que proporcionem a máxima eficácia ao menor custo. A Groupack está no mercado como parceira dos seus clientes para obter esse resultado”.

Um espaço próprio Ao investir nos grandes formatos e na diversificação de matérias-primas, a Groupack passou a dispor de uma capacidade de resposta que não está ao alcance das PME do sector gráfico. Por outro lado, manteve a flexibilidade e a agilidade para dar resposta às necessidades de pequenas e médias séries, diferenciando-se de grandes produtores vocacionados apenas para grandes séries. “Trabalhamos num sector com margens muito comprimidas, fortemente condicionado pela volatilidade dos custos das matérias-primas, da energia, etc.. Perante os nossos clientes, temos que nos diferenciar pela qualidade das embalagens, pela capacidade de resposta e pelo serviço”.

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O transporte aéreo, a longa distância e as restrições sanitárias são razões que favorecem as paletes de cartão. A Eltete (Finlândia), fabricante de paletes e embalagens de transporte, criou uma empresa especializada para projectar, construir e instalar equipamentos e linhas completas para fabricar paletes de cartão. Recentemente, a Eltete TPM Engineering assinou um contrato com a Retrapac, empresa de investimentos do Dubai, para desenvolver o negócio das paletes de cartão nos mercados do Golfo Pérsico, Levante (Jordânia, Síria, Líbano, Israel, Palestina), Irão, Iraque, e também vários países do norte de África. A tecnologia da Eltete TPM abrange a produção de cartões a partir de bobinas de papel e a linha completa para "assemblagem" de paletes (APPA - Automatic Paper Pallet Assembly). Numa primeira fase, a subsidiária da Eltete na região (Eltete Middle East) estabelecerá uma fábrica de paletes na "cidade logística" do Dubai, para servir o mercado dos Emiratos Árabes. A fábrica iniciará a actividade em 2012. Posteriormente, e ao longo de 2012 e 2013, serão instaladas fábricas de paletes na Arábia Saudita, Egipto e Irão. Nos anos seguintes, serão instaladas fábricas no Iraque, Paquistão e outros países do Norte de África. O plano prevê o arranque de 10 fábricas até 2016, espalhadas pelas regiões do Médio Oriente e Norte de África. O valor dos equipamentos a fornecer pela Eltete TPM ronda os 25 milhões de euros. Para a Eltete, este contrato representa uma

passo significativo para o estabelecimento da "palete APPA" como 'standard' nos fluxos logísticos internacionais. A empresa finlandesa dispõe de 21 fábricas de embalagens de transporte em várias partes do mundo e irá utilizar essa capacidade para abastecer o mercado de paletes.

A tecnologia A tecnologia desenvolvida pela Eltete TPM produz paletes a partir de bobinas de papel e consiste em quatro partes: a produção de traves de cartão (linha PallRun®), a linha de produção de cartão 'favo-de-mel' (honeycomb), a linha de assemblagem de paletes (APPA - Automatic Paper Pallet Assembly) e os transportadores e acumuladores que asseguram a operação automática. Uma fábrica típica com estes equipamentos pode produzir até 3 milhões de paletes por ano.

Modelo 3D da fábrica de paletes de cartão da Eltete

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papel e cartão

Corte e vinco digital Quem está na indústria da transformação e impressão de papel e cartão lembra-se dos primeiros avanços da impressão digital. E lembra-se da empresa israelita que foi pioneira nesses avanços: Indigo. Depois, a Indigo foi comprada pela HP. É história. Depois da impressão, chegou a hora do corte e vinco. Em Novembro de 2009, Aviv Ratzman e Michael Zimmer, dois quadros da Indigo, fundaram a Highcon para concretizar mais uma ideia revolucionária para a produção de embalagens de cartão. Neste projecto, investiram a Landa Ventures, holding pessoal de Benny Landa, o fundador da Indigo, a Israbieg, o maior fabricante israelita de cortantes, e outros investidores ligados à indústria da impressão. O objectivo pode resumir-se numa frase simples: substituir o método clássico e demorado de produção de cortantes por uma etapa totalmente automática e em linha! O resultado chama-se EUCLID e vai ser apresentado ao público profissional na pró-

xima feira DRUPA (Dusseldorf). Em vez de uma operação em separado, a etapa de corte e vinco é totalmente integrada no "fluxo de trabalho digital". As ferramentas de vinco e corte são obtidas automaticamente a partir dos respectivos desenhos, através das tecnologias de óptica laser e polímeros. As vantagens da impressão digital vão finalmente estender-se ao acabamento.

"Estou convencido de que a Highcon vai fazer no mercado da embalagem de cartolina o mesmo que a Indigo fez na impressão - e a indústria vai mudar" - dis-se Benny Landa a propósito deste projecto. Com o corte e vinco digital, a produção de embalagens será bem mais rápida e flexível, porque os fabricantes deixam de estar dependentes da produção dos cortantes. O tempo de resposta das gráficas de embalagem, particularmente para séries especiais e promoções, vai reduzir-se drasticamente.

Tabuleiros de papel O papel entrou finalmente no mercado dos tabuleiros para "food service", um mercado onde os protagonistas têm sido o alumínio e o plástico. Na Europa, as empresas Ecopla (França) e Nicholl Food Packaging (Reino Unido) juntaram às gamas de plástico e alumínio uma nova gama de tabuleiros de pasta de papel moldada que reunem um conjunto atraente de características para o mercado das refeições fora de casa. Os tabuleiros em questão são fabricados nos EUA pela Oliver Packaging and Equipment Company (Walker, Minnesota), usando como matéria-prima apenas papéis reciclados de origem "pré-consumo". isto significa que estes tabuleiros são reciclados, recicláveis e compostáveis. Este aspecto é um dos principais "argumentos" comerciais, já que os estabelecimentos de restauração colectiva começam a preocupar-se também com o lado ambiental da sua actividade. A moldação permite criar tabuleiros com mais do que um compartimento, com a particulari14

dade de a selagem vedar os vários compartimentos entre si, separando os componentes de uma refeição e garantindo uma melhor apresentação. Os tabuleiros são comercializados com a denominação "Speedseal" e a Oliver fornece as máquinas de selar, bem como os filmes. Neste caso são utilizados filmes de poliéster PET Mylar, da DuPont. Os tabuleiros de papel suportam temperaturas de -40 °C até mais de 200 °C, o que significa que podem passar directamente do congelador para o forno. Já com os filmes, e para reaquecer as refeições, suportam temperaturas até 80 °C.

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E o planeamento da produção ficará bem mais flexível. Como a produção das ferramentas é automática e integrada, o tempo de "setup" é reduzido. Tal como já aconteceu com a impressão, a tecnologia digital aumenta a rapidez e rentabilidade das pequenas e médias séries. A EUCLID é a primeira máquina de corte e vinco digital de alta velocidade. O primeiro modelo trabalha com folhas de 760 mm x 1060 mm, o que significa que é compatível quer com as máquinas de impressão convencionais, quer com as digitais. As folhas podem ter gramagem até 550 g/m2 e espessura até 0,6 mm. Na base do corte e vinco digital está a tecnologia DART (Digital Adhesive Rule Technology), que cria linhas de vinco rapida e directamente a partir da informação digital (o projecto de embalagem). O corte laser substitui as lâminas metálicas. Em vez de carregar chapas com os cortantes, basta carregar ficheiros por cabo, porta USB ou outra via igualmente rápida.

Canelado, pois claro A FEFCO, Federação Europeia dos Fabricantes de Cartão Canelado, inaugurou uma nova plataforma de comunicação com o título "Corrugated Of Course", um endereço na internet (http://www.corrugated-ofcourse.eu/) com informação sobre tópicos relevantes para grupos de utilizadores e legisladores. O objectivo é comunicar os pontos fortes do cartão canelado aos produtores, retalhistas e às organizações políticas a nível Europeu. Com o tempo, serão incluídos blogues e comentários para estabelecer uma comunicação bi-direccional entre a indústria do cartão canelado e todas as partes interessadas.

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papel e cartão

Realidade Aumentada: ferramenta para vender O fascínio pela "realidade virtual" assenta numa coisa simples: a curiosidade pela sua aproximação à realidade propriamente dita. Os "ambientes" totalmente virtuais são possíveis mas pouco práticos. Geram normalmente ficheiros de grande dimensão cuja "portabilidade" ou velocidade de transmissão é lenta e cara. Misturar a imagem real com a imagem virtual é uma forma de ultrapassar esse problema. Surgiu assim a "realidade misturada" (imagem virtual sobreposta numa imagem real), de que uma das modalidades é a chamada "realidade aumentada". Os primeiros desenvolvimentos e aplicações ocorreram no mercado do entretenimento. Mas, entretanto, a realidade aumentada foi descoberta como ferramenta de trabalho. Por exemplo, sobrepondo a imagem virtual criada em computador sobre a imagem real de uma embalagem, é possível simular e antecipar o aspecto que uma embalagem irá ter. Já não se trata de uma simulação 3D totalmente virtual, mas de uma imagem real com um elemento novo sobreposto. Isto pode ser feito em animações ou filmes 3D, o que significa que um fabricante de embalagens pode apresentar ao cliente um pré-filme do que

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E como a aplicação é interactiva, o cliente também pode ver no écrã do seu telemóvel "balões" com notas e mensagens sobre um determinado detalhe da impressão. A tecnologia que até muito recentemente apeA versão mais recente do Sistrade® Print, o software ERP|MIS desenvolvido pela Sistra- nas servia para brinquedos pode tornar-se de para a indústria gráfica, já inclui a possibi- uma ferramenta de vendas. As duas coisas lidade de integração com um sistema de reali- podem, aliás, estar ligadas. dade aumentada aplicado à orçamentação de No futuro, a "realidade aumentada" pode caixas de cartão. Por isso, a Sistrade foi uma acrescentar interactividade às embalagens. Enquanto toma uma refeição, a criança pode das participantes na Jornada Técnica sobre ver uma animação sobreposta sobre a embaRealidade Aumentada, realizada no dia 17 lagem que tem diante de si. Quando faz comde Novembro, em Madrid. Mais uma vez, a pras, o consumidor pode aceder a informasoftware house portuguesa coloca-se na ção detalhada sobre o produto, projectada e "linha da frente" das soluções para o futuro animada sobre a embalagem que tem na da indústria gráfica. mão. A embalagem pode ser a "ferramenta" necessária para um jogo interactivo no PC. Tudo isto sem uma sofisticadíssima e pesaCom a tecnologia de "realidade aumentada" - díssima "realidade virtual"! sobreposição de imagens virtuais sobre imagens reais - é possível proporcionar a um Fantasia? Ficção? Nada disso, é apenas a tecnologia de hoje à espera que a apliquem. cliente, e à distância, a "experiência" de apontar a câmara do seu telemóvel para uma Algumas marcas (Pringles, Cadbury, ...) já embalagem, activar uma aplicação específica fizeram a experiência, como se pode ver nos filmes colocados na página da REVIPACK e passar a ver a imagem a imprimir sobrena internet (www.revipack.com). posta sobre a imagem real da embalagem! serão as futuras embalagens, mostrando-as a ser manipuladas por uma mão, expostas nas prateleiras de um hipermercado, etc..

Potencial interactivo

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papel e cartão Gráfica Ideal

Do protótipo à embalagem final "O mercado exige criatividade, inovação, rigor, qualidade e capacidade de resposta. Cada encomenda é um desafio e é necessário vencer todos os desafios para manter a empresa em posição competitiva e capaz de acrescentar vantagens para os clientes" - disse Marco Marques, responsável pela pré-Impressão e adjunto da Administração da Gráfica Ideal, ao começar a visita guiada da REVIPACK às instalações da empresa. Com 66 anos de actividade, a Gráfica Ideal de Águeda é hoje uma das principais "gráficas de embalagem" do País. A capacidade instalada é um exemplo de especialização. Os 23 corpos de impressão (17 de grande formato e 6 de pequeno formato), completados com os equipamentos de pré-impressão e acabamento, destacam-se pelo carácter recente da tecnologia e pela orientação clara para a produção de embalagens. A empresa dispõe de uma área total de 22mil m2,10 mil dos quais cobertos, emprega 90 pessoas e tem capacidade para transformar 10 mil toneladas de cartão por ano. Transforma cartolinas, cartões, cartões compactos e micro-canelados. Entre os seus clientes estão quase todos os sectores industriais e comerciais que utilizam embalagens de cartolina e cartão, com destaque para o sector alimentar e sectores tão diversos como a indústria farmacêutica, cerâmica, o sector automóvel e as telecomunicações.

A embalagem que comunica As embalagens produzidas pela Gráfica Ideal são quase sempre embalagens impressas, o que significa a necessidade de conjugar o domínio da técnica de transformação do papel e cartão com a competência em matéria de impressão offset. "O mundo da embalagem primária é um mundo de comunicação" disse Marco Marques - "A nossa responsabilidade é assegurar que o design, a imagem e a mensagem do cliente sejam fielmente reproduzidas nas embalagens que produzimos. A embalagem tem que garantir a protecção do produto e promover as vendas. Ela vai estar lado a lado com as embalagens dos produtos concorrentes. A impressão não pode falhar a sua missão de informar e atrair o consumidor". Entre os produtos "típicos" da Gráfica Ideal estão embalagens tão diversas como os "vasos de pipocas" utilizados nos cinemas, as caixas de alimentos congelados das principais marcas, as caixas de cartolina para saquetas de chá, embalagens para produtos de pastelaria e confeitaria, caixas para garra16

fas de vinho, embalagens secundárias para grupagens de sumos e néctares, caixas para porcelanas e cristais, etc.. "Todos estes produtos transportam consigo uma imagem e nós somos responsáveis pela qualidade dessa imagem" - refere o responsável da Gráfica Ideal. A Gráfica Ideal está equipada com sistemas de pré-impressão actuais, que incluem todas as ferramentas de hardware e software necessárias para o processamento de imagens e projectos gráficos, visualização e criação de protótipos 2D e 3D, bem como o sistema de produção de chapas para impressão offset. O parque de máquinas permite à empresa conciliar a alta velocidade, a qualidade de impressão e a flexibilidade necessária para gerir o calendário das produções e prazos de entrega. "O mercado é cada vez mais dinâmico e exige respostas rápidas. Coordenar a nossa produção com as necessidades dos clientes é um dos desafios que enfrentamos no nosso dia-a-dia". Como "empresa de serviço completo", a Gráfica Ideal está igualmente equipada para o acabamento das embalagens, incluindo contra-colagem, corte e vinco, dobragem e colagem e aplicação de janelas transparentes. Dispõe também de sistemas de embalagem (filme retráctil, filme estirável para

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as paletes) destinados a proteger as embalagens durante todo o circuito logístico até à utilização nas linhas de embalagem dos clientes. Dispõe também de armazém próprio para produto acabado, prestando um serviço adicional de gestão de stocks coordenada com os clientes.

Mercados e oportunidades Em 2000 a Gráfica Ideal entrou numa década caracterizada pelo ciclo de investimentos e pela aposta na modernização de tecnologias e no sistema de gestão da qualidade. Para além de consolidar a implantação no mercado nacional, a empresa tomou balanço para a exportação. O volume de negócios da empresa atingiu os 8 milhões de euros, dos quais 15% em exportações directas, para vários destinos europeus. A estratégia de internacionalização passa pela participação nas principais feiras do sector, pela criação de um departamento de exportação e pela procura de parceiros. "Estamos preparados e motivados para responder com competência, rigor e qualidade. Podemos ser competitivos na exportação e vamos procurar todas as oportunidades, quer nos mercados europeus, quer noutros destinos, como é o caso dos PALOPs". Nº 210 Jul/Ago/Set 2011


papel e cartão

Novos cartões termoformáveis

PaperFoam® Primeira embalagem alimentar

De entre os novos cartões lançados pela Stora Enso para a área da embalagem destaca-se o cartão Primeforma para fabrico de tabuleiros alternativos aos plásticos, e passíveis de processamento nas mesmas máquinas de embalagem.

A PaperFoam está no mercado há vários anos com uma tecnologia inovadora que permite obter embalagens de pasta de papel com acabamentos perfeitos. A composição é mais criteriosa que a tradicional "pasta moldada", e o processo de moldação é similar aos dos materiais plásticos: injecção! A empresa tem sede em Barneveld (Holanda), e fábricas: no mesmo local, em Penang (Malásia) e em Leland (Carolina do Norte, EUA).

Já este ano, a Stora Enso lançou o cartão Cupforma Natura, destinado à fabricação de copos. Uma nova combinação de três pastas de papel melhora as propriedades e reduz o peso, pelo que o novo cartão vem suibstituir o Cupforma Classic.

Black Box com design italiano Invertendo o desafio de pensar "out of the box", a Iggesund Paperboard desafiou os designers para criar ideias para o interior da caixa. Andrea Brunazzi, da agência Brunazzi&Associati, de Torino, Itália, respondeu ao desafio "The Black Box Project" com uma "caixa de sobrevivência" para os apreciadores de "pasta". A refeição é servida numa caixa "pronta a servir", integralmente executada em cartolina revestida com bioplástico Invercote Bio.

Pantógrafo para grandes formatos A Cielle (Itália) apresentou o novo pantógrafo multi-funcional KAPPA para impressão de grandes formatos, indicado para comunicação visual, sinalética, prototipagem, displays, etc.. A cabeça multi-funcional está equipada com dispositivo vectorial, pode moldar, dobrar e cortar com lâmina vibratória ou não vibratória. As operações de moldação podem ser executadas com materiais plásticos e metálicos, e o corte pode ser executado com vinilos, forex e outros materiais usados em sinalética. Destaca-se a tecnologia FPC (Flying Precision Cutting) que inclui software e câmara digital de alta precisão, para detectar os pontos de referência na placa e criar displays, placards, perfis recortados, totems, etc.. Nº 210 Jul/Ago/Set

O pantógrafo KAPPA inclui ainda um teclado electrónico para processamento de superfícies variáveis até 2 x 3 m, dispositivo automático para Braille, dispositivo porta-ferramentas com 9 posições, e sistema de extracção por aspiração na área de processamento.

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O PaperFoam foi aprovado para embalagens de artigos médicos e para caixas de CD e DVD. Empresas como a Nobel Biocare, Microsoft e Philips estão entre as que adoptaram este novo material. Mais recentemente, foi desenvolvida e lançada no mercado holandês a primeira aplicação de embalagem alimentar: a caixa para ovos Rondeel™.

O novo formato foi bem recebido pelos consumidores holandeses e também já foi colocado nos supermercados Kaiser’s Tengelmann, na Alemanha. A embalagem inovadora serviu para diferenciar a marca: os ovos 'Rondeel™'. A nova embalagem é fabricada em PaperFoam®, e pode ser reciclada juntamente com os demais papéis e cartões ou compostada. É também uma embalagem mais leve que as embalagens de outros materiais, o que significa que permite reduzir custos de transporte e as emissões correspondentes. 17


impressão

A impressão digital pode ganhar nos hipermercados? Passo a passo, a impressão digital vai conquistando terreno, nas etiquetas auto-adesivas, na rotulagem, nas embalagens flexíveis e até nas caixas de cartolina. A qualidade de impressão é comparável à flexografia, e conforme o sistema PANTONE®. Os suportes podem variar, lisos, texturados, metalizados, de papel, de filme, ... As máquinas HI Indigo WS6000 já são capazes de altas cadências e podem dar o que nenhuma máquina flexográfica consegue: a personalização. No sector das embalagens flexíveis, a tecnologia digital traz outra vantagem: menos desperdícios. Durante anos, a impressão digital foi encarada como nicho de mercado. Agora já é encarada como alternativa para os "mercados principais". Não foi a impressão digital que chegou às grandes séries. O mercado é que pede cada vez mais pequenas e médias séries. A máquina HP Indigo WS6000 trabalha com bobinas de

cerca de 4 000 metros lineares e imprime a 4 cores (CMYK) à velocidade de 30 m/min, com resolução de 1200 dpi (a duas cores, a velocidade duplica). Admite a integração de 6ª (CMYKOV) e 7ª côr (CMYOVG). Os suportes podem ser de papel, papel auto-adesivo, cartolina ou filme plástico, com espessuras entre 12 e 450 µm (micrometros). A máquina inclui o desenrolamento e enrolamento de bobinas com largura de 340 mm. A área máxima de imagem pode ir até aos 317 mm x 980 mm. Desde que lançou a máquina Indigo WS6000, a HP já vendeu mais de 200 máquinas, que são utilizadas em 40 países por fabricantes de etiquetas e embalagens flexíveis. Para entrar nos mercados das etiquetas e da embalagem, a HP estabeleceu parcerias para oferecer aos clientes linhas completas. O sistema de controlo HP SmartStream IN100 Labels and

Aprovação on line

Simular o ponto de venda

Os procedimentos de aprovação de impressões são um dos factores que afectam os prazos de entrega de materiais impressos. Em vez do procedimento tradicional baseado na deslocação e visionamento de provas físicas, já existem ferramentas de colaboração e aprovação on line que podem agilizar as cadeias de fornecimento. A nova versão da ferramenta de colaboração on line da EskoArtwork - WebCenter 10 - conta já com centenas de instalações a nível mundial. Os utilizadores são empresas de artes gráficas, service bureaux, fornecedores de embalagens, empresas embaladoras de produtos de grande consumo, indústrias farmacêuticas, etc..

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O software 3D permite aos fabricantes de embalagens antever o aspecto "realista" das futuras embalagens. O Store Visualizer é um novo software que permite simular a colocação dessas embalagens nos lineares e antever o impacto visual das mesmas, lado a lado com os produtos concorrentes.

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Packaging Print Server utiliza software da EskoArtwork. As operações de transformação (corte e vinco) são executadas por máquinas KAMA (folha-a-folha) e ABG (bobina). A operação de aplicação de etiquetas é executada por dispensadores da HSA Systems, com integração de sistemas de jacto de tinta.

A EskoArtwork, conhecida no mercado pelas soluções de design (ArtiosCad e Studio) e pré-impressão, incluiu o Store Visualizer no seu portefólio, por acordo com a VTales Graphics (autora deste último software). O Store Visualizer é compatível com todas as ferramentas Esko Suite 10.

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impressão Janoschka Portugal:

Serviço completo de pré-impressão para o sector da embalagem A Janoschka Portugal, Unip., Lda. foi constituída em 1992 pelo grupo alemão Janoschka (www.janoschka.com), líder europeu especializado na pré-impressão de embalagens, com 25 empresas, em 12 países e três continentes. Integrada na rede Janoschka e nos padrões de qualidade e serviço do grupo, a Janoschka Portugal é a única empresa na Península Ibérica que dispõe das competências técnicas e dos recursos tecnológicos necessários para prestar serviços globais de pré-impressão de embalagem em rotogravura e flexografia. Em ambas as áreas, a empresa posiciona-se como parceira estratégica entre os produtores/embaladores e detentoras de marcas e os impressores, para garantir a integridade gráfica das embalagens. O leque de serviços prestados pela Janoschka Portugal, abrange a consultoria

no processo criativo, o desenvolvimento de artes finais, a gravação de cilindros ou clichés, e a assistência técnica na impressão. Por forma a adequar o resultado da impressão da embalagem à prova digital contratual aprovada pelo marketing da marca cliente, a Janoschka Portugal desenvolve Perfis de Cor (Color Profiles) para as suas impressoras digitais que estão calibradas com os equipamentos de gravação de cilindros ou clichés. Dessa forma, garante-se o resultado esperado pelo cliente. Os perfis de cor resultam de uma espécie de “fato por medida” (Finger-Print) que é feito para o impressor, tendo em conta as suas condições e parâmetros de impressão. Os perfis de cor e as curvas de gravação são ajustados na Janoschka Portugal, de modo a que a prova digital reproduza a impressão final.

EskoArtwork

Ferramenta para mangas Quando o produto final é uma embalagem ou um display, as ferramentas de desenho devem ser 3D. O software Suite 10 da EskoArtwork inclui uma série de ferramentas para desenho 3D especialmente desenvolvidas para a profissão embalagem. Entre elas, está uma ferramenta específica para mangas retrácteis, com capacidade para prever e compensar a retracção, de forma automática e rápida.

Do design ao protótipo O EskoArtwork Studio é um plug-in para o software Adobe Illustrator ® que permite aos designers criar projectos novos em 3D, simu-

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lar a implantação de imagens nas embalagens, verificar o seu efeito e apresentar os projectos aos clientes. Os projectos podem ser apresentados em ficheiros PDF com conteúdo 3D (imagens 3D com possibilidade de rodar), pack shots virtuais ou filmes. A Suite 10 é uma solução completa para pré-impressão, que permite integrar e gerir de forma automática as várias etapas desde o desenho 3D e gestão de cores até à produção de chapas de fotopolímero para impressão flexo, ao projecto de cortantes, etc..

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A Janoschka Portugal tem experiência em praticamente todos os segmentos de mercado de embalagem (alimentação, bebidas, higiene, cosmética, farmacêutica, tabaco, papéis decorativos, agricultura, produtos químicos,…), com diferentes tipos de embalagens flexíveis primárias e secundárias (sacos, etiquetas, caixas, etc), utilizando os mais variados suportes de impressão (filmes, alumínios, laminados, papel, cartolina e cartão). Com 2.000 m2 de instalações em Lisboa, a Janoschka Portugal possui pré-impressão que entrega provas de cor contratuais em 48h, gravação de cilindros de rotogravura, com entregas em 3-5 dias e gravação de clichés de flexografia, com entregas em 24-48h.

"Biotinta" flexo UV Com a BioCure F™, o Flint Group oferece ao mercado da impressão flexográfica uma tinta UV baseada em materiais "bio-renováveis", dando a oportunidade aos impressores de melhorar o perfil ambiental dos seus produtos e processos. A nova tinta já foi testada em condições industriais e revelou boa adesão, mesmo em filmes reciclados. Segundo o Flint Group, a nova tinta tem as características de densidade e viscosidade similares às tintas UV convencionais, podendo ser utilizada mesmo em impressão a alta velocidade.

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bag-in-box '

Flavourbox

Soluções com bag-in-box As embalagens bag-in-box são utilizadas principalmente em dois mercados específicos: nos vinhos, e no segmento "post-mix" dos refrigerantes carbonatados. Poderá expandir-se a outras áreas de mercado. "Pode e deve" - é a opinião de António Mira, especialista em bag-in-box e promotor da Flavourbox. Pioneira em Portugal nos sistemas bag-in-box, a Flavourbox fabrica e instala máquinas de encher para todas as necessidades e cadências. Depois do mercado nacional, a empresa tem marcado presença em feiras internacionais, como foi o caso da ENOMAQ. A gama de máquinas inclui modelos semi-automáticos, que requerem a presença de um operador, e linhas automáticas que incluem as operações de enchimento, colocação da bolsa na caixa e o fecho da caixa, por aplicação de cola termofusível ou fita adesiva. As cadências variam consoante o tipo de máquina e o formato da bolsa. As máquinas Flavourbox podem trabalhar com bolsas de 3 a 20 litros e as cadências variam entre 6 bolsas por minuto (máquina semi-automática "Junior" com bolsas de 3 litros) e 14 por minuto (linha automática, sem operador, com bolsa de 3 litros). As linhas automáticas incluem gerador de azoto para injecção na zona da abertura da bolsa, impedindo a entrada de oxigénio.

As vantagens "A embalagem bag-in-box reune um conjunto de vantagens praticamente impossíveis de superar por qualquer outro tipo de embalagem" - disse à REVIPACK António Mira, da Flavourbox "Em primeiro lugar, é uma embalagem que permite reduzir drasticamente os custos com materiais de embalagem e com os transportes. A quantidade de produto que viaja sobre um camião é muito superior à quantidade transportável em garrafas. O custo de transporte é muito mais baixo. Por outro lado, em vez de 3 ou 5 garrafas, usa-se apenas uma bolsa flexível com uma torneira plástica. São menos custos de embalagem e menos resíduos". António Mira salienta igualmente a vantagem da ausência de ar no interior da bolsa flexível. "Na embalagem bag-in-box, utilizam-se bolsas com propriedades barreira e não há ar dentro da embalagem. Isso significa que os vinhos se conservam melhor na 20

bolsa flexível do que em qualquer outra embalagem, sobretudo depois de aberta". Em terceiro lugar, o responsável da Flavourbox refere a "enorme vantagem do ponto de vista sanitário e da protecção do consumidor. Um produto embalado em bag-in-box é mantido longe de qualquer contaminação até à última gota. Desde que as condições de higiene e assépsia tenham sido observadas na operação de enchimento, elas manter-se-ão intrínsecas na embalagem até ao final. A segurança do consumidor não depende dos operadores humanos ao longo do circuito. É, por isso, uma embalagem mais segura". Para António Mira, este aspecto da higiene e segurança alimentar está relacionado com o potencial de diversificação do mercado do bag-in-box. "Veja o caso dos dispensadores de água, por exemplo. À medida que as pessoas se vão servindo, a água é substituida, no interior do garrafão de plástico rígido, por ar. Isso significa que o ar ambiente é sugado para o interior da embalagem. Se pensarmos que o dispensador de água pode estar num hospital ou num local com risco de contaminação pelo ar, vemos que o sistema não é seguro. Se o dispensador, em vez do garrafão ou barril de plástico, se basear numa bolsa, então temos a certeza de que a água é preservada de toda a contaminação". No Brasil, a solução bag-in-box foi adoptada há mais de uma década para a distribuição de iogurtes líquidos. A Embaquim lançou um dispensador com refrigeração que permitia aos cafés e 'lanchonetes' servir iogurte líquido

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com total segurança, já que o produto se mantinha sempre em bolsa flexível sem entrada de ar. Para António Mira que durante a Fispal (São Paulo, Brasil) contactou com os responsáveis da Embaquim, "esse caso do Brasil é um bom exemplo a ter em conta. Nos nossos cafés e pastelarias, regista-se um consumo significativo de leite. Normalmente, o leite é manipulado de recipiente para recipiente, e exposto ao ar ambiente e a outros riscos de contaminação. A segurança do consumidor está dependente dos procedimentos humanos e das condições do ar ambiente. Mas se o leite fosse distribuído em bolsa estanque e sem entrada de ar, a segurança seria intrínseca".

Marketing Depois das vantagens logística, de conservação e de segurança, António Mira destaca as vantagens da embalagem bag-in-box do ponto de vista do marketing. "Esta embalagem permite a utilização de dispensadores que, só por si, são susceptíveis de criar novos segmentos de mercado para o produto" - afirma. António Mira exemplifica com um contraste: "no mercado da cerveja, um dos segmentos mais importantes é o da cerveja a copo, sob pressão. No mercado dos vinhos, o mercado do 'vinho a copo' não tem expressão significativa e está associado à gama mais

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bag-in-box baixa. É uma oportunidade que se está a desperdiçar. Há muitos consumidores que acompanhariam o seu almoço com um simples copo de vinho, mas não o fazem por diversas razões: ou porque o restaurante não vende vinho a copo, ou porque o 'vinho a copo' é considerado como inferior ou ainda porque não confiam num vinho que saiu de uma garrafa que não foi aberta no momento. Mas se o restaurante tivesse um dispensador com bag-in-box, o vinho a copo seria genuino e idêntico ao de uma garrafa acabada de abrir. Na bolsa não entra ar nem há hipótese de misturas. É um vinho melhor e mais confiável. Isto significa que a não utilização de dispensadores com bag-in-box faz com que as nossas marcas de vinhos estejam a perder uma oportunidade de venderem mais e de criar um novo segmento de mercado".

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A Flavourbox disponibiliza dispensadores para este efeito, com ou sem sistema de gaseificação. O princípio é sempre o mesmo. O produto é preservado de todo o contacto com o ar e de toda a contaminação até ao momento de ser servido ao consumidor. No entanto, este tipo de solução não se generalizou em Portugal. "Os restaurantes não têm dispensadores porque os engarrafadores não embalam em bag-in-box. E os engarrafadores não se decidem porque a rede de dispensadores não existe. É um círculo vicioso. A forma de o romper é simples e não tem nada de inovador. Tal como já aconteceu no passado com

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os armários frigoríficos para refrigerantes ou as arcas para gelados, a rede de dispensadores é do interesse das empresas engarrafadoras. Pode ser um dos projectos de marketing mais interessantes para revitalizar o sector dos vinhos de mesa. E pode ser um modo de criar novos segmentos de mercado para águas, sumos e néctares".

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engarrafamento PERFINOX

Economias no sistema CIP Os sistemas automáticos de lavagem CIP (cleaning in place) da Perfinox permitem às empresas de vinhos realizar economias significativas nas instalações de depósitos e tubagens. Numa operação de limpeza, necessária, por exemplo, para passar de um produto para outro, é necessário remover completamente o resto do produto que ficou na tubagem, introduzir a solução de limpeza, removê-la completamente e só depois introduzir o novo produto. Este processo implica tempo e desperdício. No final de um ano de funcionamento da instalação, este desperdício pode atingir valores muito significativos. A Perfinox, empresa portuguesa (Mansores, Arouca) com engenharia e tecnologia própria, tem uma solução diferente para os sistemas CIP industriais. As diferenças em relação aos sistemas convencionais são três. A primeira consiste na separação dos produtos: nas operações de remoção e limpeza, os produtos são separados por um "pig", isto é,

um tampão que percorre as tubagens durante o ciclo de lavagem. Graças a este componente, o procedimento de remoção é mais rápido e não há mistura entre o produto e a solução de limpeza. A segunda diferença em relação aos sistemas convencionais é o controlo totalmente automático do ciclo de limpeza. A Perfinox combina as competências de projecto e execução metalomecânica (depósitos e tubagens inox) com a engenharia de automação (quadros eléctricos, autómatos programáveis, software, painéis tácteis HMI). Isto significa que o ciclo de lavagem é accionado com o simples premir de uma "tecla" num painel táctil. Isto permite ter em memória os programas e ciclos de mudança de produto, gerindo de forma automática toda a instalação de depósitos e tubagens a montante das linhas de engarrafamento. A terceira diferença é o resultado das duas anteriores: para além de um procedimento mais rápido, o sistema de limpeza automática com o referido "pig" reduz drasticamente o tempo necessário para a mudança de produto as perdas de produto durante essa operação. O "pig" permite evitar a perda do produto que fica na tubagem e a mistura (e consequente perda) de produtos diferentes. Ao fim de um ano, o desperdício evitado quer em produto, quer em tempo, traduz-se numa economia muito significativa para a empresa que utiliza a instalação. A Perfinox é especialista em sistemas de depósitos, tubagens e outros equipamentos instalados a montante das linhas de enchimento. Trabalha para os sectores dos vinhos, azeites, água, lacticínios, e também para o sector dos produtos químicos e outros não alimentares.

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engarrafamento

Sistema C.I.P. da PERFINOX A PERFINOX desenvolveu um sistema de limpeza automática que inclui a preparação e armazenamento de água para desinfecção de equipamentos e tubagens. É basicamente composto por três áreas essenciais: - Armazenamento de água desmineralizada (água de arrasto); - Sistema de aquecimento (Caldeira e permutador); - Armazenamento de produtos de limpeza. Os sistemas C.I.P. da PERFINOX são facilmente adaptáveis ao equipamento e necessidades de cada instalação particular, podendo ser optimizados e programados para realizar automaticamente vários tipos de limpeza e/ou tarefas.

Ciclo de limpeza 1. Passagem de água de arrasto para limpar as tubagens, ou os outros equipamentos a lavar (depósitos, máquinas, etc.), para uma melhor remoção do produto residual. 2. Passagem do ácido durante um determinado tempo (programável), em ciclo fechado. O controlo das concentrações do ácido é automático. No caso de haver uma diminuição da concentração, o sistema acrescenta, automaticamente, a quantidade em falta.

Novo CIP A KHS apresentou recentemente o Innopro CIP C, um equipamento compacto para a limpeza local (CIP=cleaning in place) dos sistemas de enchimento. Para instalações de pequena ou média dimensão, com uma só linha de engarrafamento, o Innopro CIP C é uma alternativa económica na medida em que, com os seus três tanques, pode assegurar a limpeza de toda a linha. Nas linhas de maior dimensão, este equipamento, para além da enchedora, também pode encarregar-se da limpeza de um equipamento adicional, como um misturador ou um pasteurizador flash. As dimensões compactas e a instalação local permitem reduzir o consumo de energia comparativamente aos sistemas CIP convencionais.

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3. Passagem da soda, previamente aquecida com um sistema de caldeira e permutador, para garantir a temperatura exigida. O controlo das concentrações da soda é igualmente automático. 4. Passagem da água de limpeza durante um determinado tempo para a remoção total do produto residual. O sistema permite ajustar e programar os parâmetros essenciais do ciclo de limpeza, designadamente tempo, caudal e temperatura. Todo o controlo, histórico e programação podem ser efectuados pelo operador, localmente através de ecrã táctil ou remotamente, via internet, em PC ou PDA. O sistema funciona com vários produtos de limpeza.

Lavagem e enchimento de barris A KHS apresentou recentemente o InnoKeg Till CombiKeg, um equipamento que combina a limpeza exterior e interior de barris metálicos, com o seu enchimento. Mantém-se o princípio de funcionamento rotativo, mas com uma construção desenvolvida a pensar em pequenos e médios engarrafadores de cervejas, vinhos, águas e bebidas sem álcool. O equipamento é fornecido "pronto a funcionar", e pode ser carregado num contentor standard. É também compatível com barris de 10 a 58 l, e tanto pode processar barris retornáveis como barris descartáveis ou Petainers.

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engarrafamento Innerbarrel

Inertização de barris por micro-ondas de alta frequência Os barris de madeira de carvalho são uma das melhores formas de armazenar vinhos. As interacções entre a madeira e o vinho favorecem as características aromáticas do vinho e a sua estabilidade física e química. Embora com um potencial menor que os barris novos, os barris usados são uma solução económica, desde que se eliminem os riscos associados à contaminação microbiológica e química. As falhas de manutenção dos barris podem alterar os vinhos ou mesmo torná-los impróprios para consumo. Durante a utilização, formam-se depósitos no interior dos barris e as consequentes culturas microbianas. A estrutura micro-porosa da madeira favorece o alojamento dos micro-organismos em profundidade (calcula-se que um tonel de 225 l retém cerca de 5 litros de vinho nos primeiros milímetros da superfície interior das aduelas). A remoção dos micro-organismos, da micro-flora e outros contaminantes não é tarefa fácil. Para a região Rioja, a questão é de extraordinária importância, tendo em conta que é a região de origem que mais utiliza barris de carvalho a nível mundial. O número de barris de madeira utilizados na região Rioja duplicou nos últimos dez anos e 56,4% do vinhos com DOC Rioja são maturados em barris de carvalho.

A procura de um processo de inertização eficaz levou o governo regional de Rioja a patrocinar um projecto de investigação que envolveu várias entidades, designadamente o CIDA (Centro de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico Agro-alimentar) e o CIFOR-INIA (Centro de Investigação Florestal do Instituto Nacional de Investigação e Tecnologia Agrária e Alimentar). O objectivo da investigação foi apurar a eficácia da inertização por micro-ondas de alta frequência, assim como os efeitos enológicos e físicos desse método, designadamente quanto à qualidade e características organilépticas dos vinhos e também quanto à composição fisicoquímica e propriedades da madeira de carvalho submetida a esse processo. O projecto Innerbarrel não se limitou à investigação laboratorial. Para concretizar o método em equipamentos utilizáveis nas empresas vinícolas, o projecto contou com a JMP Ingenieros, empresa espanhola de desenvolvimento tecnológico, sediada na região. Em Fevereiro de 2011, culminando numerosas experiências e etapas de validação, foi publicamente apresentado um equipamento demonstrador durante a feira ENOMAQ, em Saragoça, no stand da empresa EKINSA, especialista em sistemas de lavagem.

O método de aplicação de micro-ondas de alta frequência revelou-se capaz de eliminar em profundidade os micro-organismos, removendo bactérias, leveduras e fungos quer à superfície, quer nas paredes interiores das aduelas dos barris. Os equipamentos demonstradores passaram a etapa de certificação (Clean Biotech, laboratórios Excell) e o projecto entrou na fase de industrialização. O objectivo é integrar estes equipamentos nas linhas de processamento de barris, de forma automática, logo a seguir à etapa de lavagem.

Ekinsa

Lavagem de recipientes industriais A Ekinsa (Castejón, Navarra, Espanha) especializou-se no projecto, construção e instalação de sistemas de lavagem de recipientes industriais de todos os tipos, desde os contentores-palete plásticos com armação metálica aos tanques, passando pelos bidões metálicos e pelos barris de madeira utilizados no sector dos vinhos. A gama de sistemas para lavagem de barris de madeira inclui modelos para todas as necessidades, desde carros para lavagem manual, sistemas semi-automáticos, lavadoras totalmente automáticas e também, linhas completas de lavagem, com movimentação robotizada. Acompanhando as tendências 24

tecnológicas e ambientais, a EKINSA investiu no desenvolvimento de sistemas com melhor balanço entre a eficiência de lavagem e o consumo de água. Outro desenvolvimento recente é a utilização da tecnologia RFID (identificação por rádio-frequência) para assegurar a rastreabilidade, o controlo logísto dos barris de madeira e, ao mesmo tempo, melhorar o controlo de segurança sanitária.

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engarrafamento

Medição do O2 no vinho

KHS

Hygienic Design A nova plataforma Innofill Glass da KHS assegura uma protecção acrescida das máquinas de enchimento e fecho, com barreiras físicas destinadas a reduzir os riscos de contaminação. As linhas de engarrafamento de cervejas, vinhos, refrigerantes ou outros produtos obedecem a critérios de "hygienic design" tais como ausência de frisos, esquinas e arestas, substituídas por superfícies lisas, inclinadas e arredondadas, com o objectivo de evitar a acumulação de partículas e facilitar a limpeza. Em vez da tradicional mesa

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de transferência, a KHS propõe um "bastidor de transferência" que interliga as estrelas e os módulos de fecho. Os accionamentos das estrelas de transferência e da máquina de fecho são assegurados por motores de accionamento directo com baixa velocidade e binário elevado. Em consequência, há menos desgaste e menor consumo de energia. Na zona de enchimento, não há elementos eléctricos, nem cablagens de controlo. Toda a electrónica e válvulas magnéticas estão alojadas em armários inox separados da área húmida, tornando possível uma limpeza exterior totalmente automatizada. Segundo a KHS, a nova plataforma tem vantagens não só em termos de segurança do consumidor, mas também em termos de custos de manutenção.

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A Nomacorc fabricante de rolhas sintéticas estabeleceu um acordo com a PreSens Precision Sensing , fabricante de sensores químico-ópticos, para desenvolver e comercializar um sistema de medição do oxigénio no vinho. O processo de medição baseia-se no princípio da luminescência do oxigénio, que permite uma inspecção não destrutiva e possibilita a determinação do tempo de consumo do vinho.

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engarrafamento

Sacmi no SIMEI Em cada ano, o mundo consome mais de seiscentos mil milhões de litros de bebidas de todos os géneros e este número continua a aumentar. O SIMEI 2011, o salão internacional dedicado ao sector dos vinhos e à produção, engarrafamento e embalagem de bebidas em geral, que teve lugar na "FieraMilano"/Rho entre 22 e 26 de Novembro, é um evento que a Sacmi não poderia perder. A empresa italiana esteve representada pela Sacmi Beverage, a unidade de negócios do grupo que fornece máquinas e fábricas "chave-na-mão", desde sistemas de engarrafamento até máquinas de embalagem, desde o design do produto até ao projecto completo da fábrica, incluindo sistemas de movimentação. Num stand de 200 m2 esteve em exibição o melhor das várias empresas Sacmi. A Sacmi Pakim, a empresa especialista em tecnologia de embalagem do grupo, apresentou o novo sistema MONOBIB, uma ilha de produção que combina todas as operações de enchimento e embalagem necessárias para a apresentação em bag-in-box. Consiste numa unidade de formação de caixas com aplicação de cola termofusível, uma unidade de enchimento de sacos e uma unidade de fecho de caixas (também com cola termofusível). Indicada para vinhos, óleos alimentares e águas, a embalagem bag-in-box tem várias vantagens, como a preservação acrescida do produto, que nunca chega a ter contacto com o ar. Por isso a Sacmi expôs também um sistema NONOBIB para vinhos, para sacos de 3 litros e uma cadência de 600 embalagens por hora. Este sistema pode ser adaptado para trabalhar com sacos de 2 ou 20 litros, com cadências de 720 e 250 embalagens por hora, respectivamente.

O sistema LINEAR é outra das novidades da Sacmi Pakim para o enchimento de vinhos, óleos, águas, sumos, concentrados, detergentes ou outros produtos líquidos, em bolsas 26

bag-in-box. No SIMEI, foi apresentado um modelo "ultra clean" com cadências de 820 sacos de 1,5 por hora ou 300 sacos de 20 litros por hora. Como aspectos destacados desta máquina, são de referir a estrutura de aço inox, a válvula ultra clean (também inox), o caudalímetro e o sistema pós-enchimento que remove o ar e injecta azoto sobre o bocal e a cápsula, para prevenir a contaminação ou oxidação. O sistema inclui o dispositivo CIP (cleaning in place) que é inserido automaticamente na válvula de enchimento para activar o ciclo de limpeza por vapor. O sistema LINEAR é completado pelos dispositivos de movimentação automática das bolsas, o transportador de rolos para a saída das bolsas para a etapa subsequente de colocação na caixa. A elevada cadência é combinada com a flexibilidade, graças ao software que permite a mudança de formatos em cerca de 5 minutos. Finalmente, importa referir o sistema de controlo da atmosfera interior da máquina, com fluxo laminar e filtro HEPA.

A Sacmi Pakim exibiu ainda o sistema FILL BAG, para corte, enchimento e fecho de bolsas bag-in-box. É um sistema mais simples, mas com idêntica garantia de preservação do produto (absoção de oxigénio abaixo de 0,5 ppm), com sistema de extracção de ar e injecção de azoto e com software para mudança automática de formatos entre 1,5 litros e 25 litros. A cadência com bolsas de 3

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litros vai até às 300 unidades/hora. Para além das máquinas para bag-in-box, a Sacmi apresentou também soluções para rotulagem. A Sacmi Labelling levou à feira de Milão a rotuladora OPERA 400 COMBI, que integra os dois processos de cola a frio e auto-adesivos, dando resposta à procura de sistemas flexíveis por parte das empresas engarrafadoras. No coração da máquina está a torre central com várias estações de rotulagem que podem ser instaladas consoante o tipo de rotulagem que se pretenda usar, incluindo a utilização combinada dos dois processos.

A Sacmi Packaging apresentou o robô de paletização MARIAS 1 K, que pode trabalhar uma ou duas entradas, consoante a cadência da linha. Indicado para a generalidade dos tipos de embalagem, este robô pode efectuar paletização múltipla (produtos diferentes de várias linhas de embalagem). A configuração antropomórfica do robô é completada com a variedade de ferramentas: garra pneumática, ventosas, combi, ou camadas. Cada robô pode lidar com quatro posições de paletização, mais separadores de camadas, mais as paletes vazias. Para o fim de linha, a Sima, outra empresa do grupo Sacmi, propõe ainda um veículo guiado por laser (LGV) para a movimentação das paletes completas. Nº 210 Jul/Ago/Set 2011


engarrafamento GAI

Pioneira e inovadora nos monoblocos No final dos anos 70 do século passado, a GAI (Trofarello, Itália) apresentou no SIMEI a primeira máquina monobloco com enchedora rotativa de 12 bicos e rolhadora mono-cabeça. Em três décadas, a solução vingou no mercado global. A GAI construiu, vendeu e instalou mais de 15 000 monoblocos, consolidou a sua reputação no sector dos vinhos. Muitos outros construtores seguiram o conceito "monobloco". A GAI continuou a desenvolver o conceito, ao ponto de projectar e construir linhas de engarrafamento completas em apenas dois monoblocos. O primeiro executa todas as operações a montante do estágio: enxaguamento, inertização, enchimento e fecho (rolha ou cápsula). O segundo monobloco recebe as garrafas após o estágio, lava-as, seca-as, aplica a cápsula e o rótulo. Enquanto construtor de máquinas, a GAI seguiu uma estratégia nítida: especializar-se no mercado dos vinhos e dominar todo o processo de fabrico. As cadências das máquinas e monoblocos da GAI vão das 300 às 3000 garrafas/hora, permitindo resolver as necessidades da generalidade das empresas engarrafadoras de vinhos. 90% dos componentes das máquinas GAI são fabricados pela própria empresa, o que lhe confere um domínio e independência do ponto de vista tecnológico e também uma melhor capacidade de resposta. Em 1987, a GAI apresentou um novo monobloco automático integrando as etapas de enxaguamento, substituição de ar por gás inerte, enchimento, colocação de rolha de cortiça com vácuo. Rapidamente estes monoblocos se transformaram num sucesso comercial. Em 2009, apresentou os primeiros monoblocos com rolhadoras multi-cabeça, capazes de velocidades acima das 3000 garrafas/hora. Ao sucesso juntos dos pequenos e médios engarrafadores, juntou-se o êxito das soluções de alta cadência e maior autonomia, como é o caso dos monoblocos da "série A". para este êxito contribuiram as soluções de mecanização da GAI e, sobretudo, a eficácia

dos sistemas de enxaguamento e injecção de gás inerte (azoto, CO2 ou mistura dos dois), para prevenir a oxidação prematura do vinho e, consequentemente, para obter o tempo de vida útil desejado. Por outro lado, a rolhagem sob vácuo tem uma dupla vantagem: a redução do teor residual de

oxigénio no espaço interior entre o vinho e a rolha e a diminuição da pressão no momento da introdução da rolha. Com uma organização metódica, a GAI investe 10 a 12% da facturação anual em investigação e desenvolvimento. Todos os anos tem novidades técnicas para apresentar.

ACAL

Da vinificação à paletização A sigla A.C.A.L. é bem conhecida no sector do engarrafamento, graças a um longo currículo que remonta aos anos 70 do século passado, quando a empresa juntou às suas actividades (anilinas, sementes) a comercialização de produtos enológicos e a comercialização de sistemas de filtração. Na origem desta "viragem" para a enologia e engarrafamento, estiveram o Eng. Manuel Pacheco de Azevedo e o Eng. Amândio Galhano, nomes de referência na enologia portuguesa. A ACAL introduziu em Portugal os filtros de terras e foi líder em filtração durante cerca de duas décadas. Entretanto, e a par com o apoio à actividade vinícola, a empresa assume várias representações de equipamento, entre as quais se destaca a GAI, especialista em máquinas para engarrafamento. A especialização levou à subdivisão da ACAL em três empresas distintas, separando os negócios de anilinas, sementes e enologia/engarrafamento. A sigla ACAL manteve-se, não já como "Agência

Comercial de Anilinas, Lda.", mas como "Aparelhos e Componentes para Acondicionamento de Líquidos, SA". A parceria com a GAI levou a ACAL à posição de principal fornecedor de linhas de engarrafamento baseadas em "monoblocos". Apostando na complementaridade e no serviço completo, a ACAL é também representante exclusiva das marcas: APE (Itália) Acondicionamento em caixas de cartão, Peletização/despaletização; CADALPE (Itália) Sistemas de refrigeração, permuta térmica, filtração, concentração/dessulfuração, pasteurização, vinificação, dissolução, desalcoolização e destilação; FRANCESCA (Itália) Bombas; MASELLI MISURE (Itália) Refactrometria. Para além das representações exclusivas, a ACAL tem acordos de distribuição e parcerias técnicas com outras empresas, nacionais e estrangeiras. Para as áreas da recepção, vinificação e armazenagem, a ACAL estabeleceu uma parceria técnica com a INI - Indústria de Inoxidáveis, SA.

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capsulagem e fecho

Novo vedante para tampas metálicas

Vedantes e aromas

A Sacmi (Itália) lançou a PMA24L, uma nova máquina para inserir vedantes de anel em tampas metálicas. Os novos vedantes 'Plasmatic' não se baseiam no PVC, não necessitam de túnel de polimerização, suportam enchimento a quente, pasteurização e esterilização a temperaturas acima dos 100 graus e são indicados para tampas largas twist-off, tipicamente usadas para compotas, molhos prontos a usar, conservas vegetais e alimentos para bébés. O primeiro protótipo foi instalado e colocado em serviço em Fevereiro de 2011 numa empresa alemã de embalagem alimentar, estando a produzir mais de 300 mil tampas por dia. Projectada para tampas metálicas, a máquina poderá vir a ser adaptada para tampas plásticas. A nova PMA24L pode também ser utilizada para tampas de vários tamanhos e materiais. Actualmente estão

A ideia de "mapear" o cérebro e localizar os neurónios responsáveis pelas sensações de sabor foi objectivo de cientistas e investigadores. Recentemente, uma equipa do Howard Hughes Medical Institute demonstrou que sensações como doce, salgado, picante, etc. têm localização precisa no córtex cerebral. Na indústria, as preocupações são paralelas, mas o objectivo é determinar a fonte do sabor e conseguir mudá-lo ou preservá-lo. A Actega DS (Wesel, Alemanha) é especialista em produtos com propriedades vedantes, cuja função primordial é assegurar que, em paralelo com a contenção do produto no interior da embalagem, também se preserva o sabor do produto durante todo o tempo de vida útil.

disponíveis duas versões da máquina: a versão de 24 estações é capaz de lidar com 1000 tampas por minuto e a versão mais pequena, com 12 estações, assegura metade da cadência.

Engarrafadores mudam para cápsulas mono-peça A procura de cápsulas e tampas na Europa aumentou 1,6% ao ano no período 20072010, uma evolução bem mais fraca que a registada no período 2004-2007, devido à saturação do mercado na Europa Ocidental e à recessão económica. Num estudo publicado em Setembro, a AMI Consulting estima a procura total de cápsulas e tampas em 222 mil milhões de unidades, equivalentes a 813 mil toneladas de polímero.

standard estão a perder quota de mercado para graus comerciais inovadores com propriedades mecânicas superiores. A concorrência mais significativa vem dos copolímeros de PEAD e PP bloco, com a resultante tendência para mudar das tampas de PP de duas peças para as tampas de PEAD de uma peça. A mudança é impulsionada pela necessidade da indústria engarrafadora adaptar as suas linhas ao standard PCO 1881.

A pressão económica do período 2008-2010 forçou toda a cadeia de fornecimento a analisar os custos e a procurar melhorias de eficiência em três aspectos fundamentais: redução do peso para reduzir os custos com matérias-primas, redução dos tempos de ciclo para aumentar a produção e a cadência e redução do consumo de energia.

A indústria prefere a tampa mono-peça de PEAD, a qual está a registar crescimento, com a quota de mercado a passar de menos de 64% em 2007 para 73% em 2010. Espera-se que o mercado mude totalmente para as tampas mono-peça nos próximos 5 a 7 anos, sobretudo por razões de custos.

Em linha com as tendências de redução de peso, custos e energia, os graus polímeros 28

Os vedantes são indispensáveis nas tampas metálicas e plásticas, designadamente para embalagens de vidro destinadas a bebidas ou diversos produtos alimentares. Os vedantes plásticos substituiram os discos de cortiça, mas também suscitaram outras preocupações, designadamente as relacionadas com eventuais riscos de migração de plastificantes. Em 1978, a Actega lançou no mercado os primeiros vedantes para tampas metálicas e de plástico não baseados no PVC. Em 2008, foram anunciados os vedantes PROVALIN®, cuja maturidade técnica foi atingida em 2010. Totalmente isentos de PVC e plastificantes, estes vedantes baseiam-se em elastómeros termoplásticos (TPE), que não só são adequados para contacto alimentar (segundo as normas UE e FDA) como capazes de preservar o sabor dos alimentos. Os compostos TPE podem ter várias formulações, consoante o tipo de processamento térmico a que a embalagem é submetida (incluindo a pasteurização e esterilização).

O estudo da AMI abrange a União Europeia-27 e fornece dados detalhados de mercado por segmento de uso final, de 2004 a 2015.

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embalagem de vidro

Decoração de garrafas de vidro Resinas coloridas A percepção que o consumidor tem de um vinho depende cada vez mais da garrafa e do rótulo. A marca e a denominação de origem têm grande importância, mas a proliferação de marcas diminui a sua importância. O "primeiro impacto" é o da embalagem. Um produto de qualidade superior dificilmente é reconhecido se tiver uma embalagem... igual às outras. A decoração das garrafas de vidro é uma tarefa de especialidade que pode alterar a situação no ponto de venda e fazer com que uma marca se distinga facilmente de todas as outras. Em Espanha, uma das empresas mais experientes na área da decoração de garrafas de vidro é a Recobrimentos Binefar, de Huesca, também conhecida como Rebinsa. Utiliza vários processos de revestimento de garrafas com resinas coloridas especiais que podem alterar drasticamente o aspecto das garrafas.´

Outra possibilidade é a de apostar na transparência e nos degradés brilhantes designadamente para mimetizar os frutos de origem de licores.

Tons metalizados, como ouro, prata, alumínio, cobre ou bronze podem ser replicados nas garrafas de espirituosas, séries especiais, etc.

mas no feeder (alimentador), zona de acumulação da massa de vidro fundido imediatamente antes da formação da gota que irá dar origem à garrafa. O desenvolvimento posterior deste processo permitiu lançar novas tonalidades. Actualmente, já são oito: Blue Ice, Blue Moon, Water Green, Yellow Green, Grey Smoke, Honey, Mocha e Jade.

Cores ecológicas

Neste caso, o revestimento dá à garrafa de vidro o aspecto de um recipiente cerâmico, com acabamento vidrado ou esmaltado.

Fantasias multi-coloridas são outra das opções para diferenciar o produto.

Coloração no feeder

Outro tipo de revestimento, "transforma" as normais garrafas de vidro em garrafas "envelhecidas".

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A Saverglass é conhecida no mercado global como especialista em embalagens de vidro com design e decoração especial. Quem procura uma embalagem completamente diferente dos modelos standard, ou quem procura um formato standard (borgonha, bordalesa) com decoração totalmente diferente, encontra na Saverglass inumeras soluções. A evolução recente das tecnologias de decoração inclui novas possibilidades para a coloração do próprio vidro. Com o projecto "Select Colors", a Saverglass começou por oferecer ao mercado, em Setembro de 2010, duas novas tonalidades: "Blue Moon" e "Grey Smoke". Na base desta oferta está o processo de "coloração no feeder", um processo em que o aditivo que define a côr do vidro é adicionado não no forno de fusão,

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Sob a designação "Organic Color Play", a Saverglass lançou entretanto um leque inédito de possibilidades de decoração colorida de embalagens de vidro. Utiliza neste processo vernizes orgânicos de base aquosa, totalmente isentos de metais pesados e inofensivas para os processos de reciclagem de vidro. A nova solução de decoração resulta de vários anos de investigação para conseguir cores variadas, tons vibrantes, dourados e prateados e também para garantir a durabilidade da impressão ao longo do ciclo de distribuição do produto. A impressão "organic Color Play" pode ser aplicada sobre garrafas com acabamento normal, foscado com revestimento.

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embalagens metálicas

Um mix de inovações para lançar um novo produto Uma lata de 33 cl com impressão original e apelativa. Um sixpack inovador com formato triangular e ainda uma aplicação de "realidade aumentada". Três investimentos para lançar uma nova marca: Cool Cola Orange, da cadeia de distribuição alemã Edeka Hessenring. A embalagem primária é uma lata de 33 cl, modelo standard da Ball Packaging Europe, com uma impressão sugestiva: um fecho de correr que abre como um decote para revelar laranjas. O six-pack é uma caixa triangular produzida pela Smurfit Kappa Baden, impressa com motivos similares e com um picotado subjacente à impressão do fecho de correr.

“Handy Can”, 250 ml As latas 'Handy Can' de 250 ml, fabricadas pela Ball Packaging Europe, chegaram ao Reino Unido com as marcas Pepsi Max, Diet Pepsi e Pepsi (Britvic e Pepsico). Em vez do formato estreito ('Sleek Can'), estas embalagens têm o mesmo diâmetro das latas de 33 cl, mas altura menor. Os formatos de embalagem secundária são variados: packs de 10, 12, 15, 18, 24, 30 e 36. Prevê-se a adopção do formato 'Handy Can' também para as marcas 7UP Free e Tango.

Como o produto visa um público jovem (1218), as latas tem uma funcionalidade lúdica associada: a possibilidade de usar um telemóvel para ver o Sprudeltier, uma figura de banda desenhada sobreposta à imagem da lata, graças à solução de "realidade aumentada" criada pela Junaio. A aplicação permite tirar fotos aos amigos e "postar" essas fotos no Facebook, multiplicando assim a visibilidade e a popularidade da marca.

Tinta termocrómica A Chromatic Technologies (CTI) fornece as tintas termocrómicas que fazem com que os consumidores saibam se a lata de alumínio ou garrafa de vidro da cerveja Busch Light (Anheuser-Busch) está à temperatura ideal.

Estas últimas podem vir a ser utilizadas pelas indústrias de vestuário. A CTI foi fundada em 1993 por Lyle Small e está actualmente sediada em Colorado Springs.

O chamado “Ice Cold Easy Indicator” muda para a côr azul a partir da temperatura de 8 a 9 °C. A mudança de côr é reversível. A tecnologia termocrómica da CTI foi utilizada pela cervejeira Coors em 2007 e desde então já foi utilizada por marcas como a Cerveza Atlas (Panama), Coca-Cola (América Latina) e Pacifico Beer (México). Para além dos indicadores de frio e calor, a CTI está a desenvolver soluções para outros segmentos de mercado, tais como a protecção contra contrafacção ou as tintas fotocrómicas, que mudam de cor com a exposição à luz solar.

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notícias

Tendências no sector da Confeitaria A análise do mercado global da confeitaria dá conta de um crescimento significativo em 2010, mas esse crescimento apenas reflecte os aumentos dos preços das matérias-primas, especialmente o cacau e o açúcar. 2010 foi um ano difícil para o sector, que deu sinais de recuperação no primeiro semestre de 2011. Essa recuperação não se deve ao clima económico, mas às estratégias promocionais das marcas. Segundo a Innova Market Insights, consultora que analisa regularmente este sector a nível global, o sector da confeitaria liderou a recuperação no sector da alimentação e bebidas durante o primeiro semestre de 2011. A recuperação passa pela inovação, pela criação de novas variantes e naturalmente pela embalagem. No texto que se segue, confirmamos as tendências de mercado pela observação dos principais lançamentos ocorridos no primeiro semestre.

Inovações com chocolate O chocolate continua a dominar na confeitaria, quer em termos de valor de mercado, quer em termos de novos lançamentos. O chocolate representou mais de dois terços dos novos produtos de confeitaria cujo lançamento foi detectado pela Innova Market Insights durante o primeiro semestre de 2011. O açúcar ficou abaixo de 30% e as pastilhas elásticas abaixo de 5%. No caso da Alemanha, o lançamento das barras Kit Kat Singles insiste no segmento da barra individual para o "momento de pausa", e recorre a uma nova embalagem, semi-rígida e conveniente, como uma caixa de cigarros! Na Austrália, a estratégia da marca foi simplesmente o lançamento de uma nova declinação com a gama Kit Kat Chunky 3, com a embalagem flexível tradicional, e o destaque gráfico para a "novidade". As extensões de gama continuam a dominar a actividade, com o Kit Kat da Nestlé particularmente activo a nível global, desde a variante de Kit Kat de batata doce lançada no Japão até à caixa Kit Kat Singles lançada na Alemanha ou as variantes Kit Kat Chunky 3 lançadas na Austrália. O Japão tem conhecido variantes das barras de chocolate Kit Kat em que a aposta é claramente a exploração de novos sabores. As barras de batata doce são apenas um exemplo, entre outros, como é o caso das barras com sabor a uvas moscatel!

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Os chocolates 'bite-size' estão também a marcar pontos, especialmente no Reino Unido, com lançamentos como os Galaxy Bites ou os Dairy Milk Chocos da Cadbury. O conceito das embalagens para partilhar ('sharing bags') foi fortemente explorado em vários países, com vários lançamentos em 2011, tais como os Kit Kat Pop Chocs no Reino Unido, os Milka Crispy Snax, Daim Snax e Lila Stars Snax na Alemanha.

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A ideia de partilhar ressurge como alternativa à embalagem individual, à unidose, etc..

Seja pelo ressurgimento dos valores de família e círculo de amigos, seja pelo "contágio" das "redes sociais", a partilha está na moda e é encarada com interesse crescente pelos marketeers. No caso das Kit Kat Pop Chocs, a expressão "love to share" (adoro partilhar) está impressa a toda a largura da embalagem. O 'sharing bag' típico é uma saqueta standup (fundo desdobrável ou minioypack), com fecho refechável (zip) e segmento superior para pendurar no ponto de venda. 31


confeitaria A recuperação passa pela inovação, pela criação de novas variantes e naturalmente pela embalagem. A procura de snacks pequenos e relativamente baratos não dá sinais de estar a ser afectada pelas preocupações económicas dos consumidores, nem com as preocupações com a obesidade. Estes são os aspectos funcionais comuns aos lançamentos das marcas Kit Kat (Reino Unido) e Milka (Alemanha).

Nos EUA, a Xan Confections (Irvine, Califórnia), lançou as CocoPreggers, trufas de chocolate negro sem glúten enriquecidas com 200 micro-gramas de ácidofólico e 50 miligramas de ácidos gordos (DHA vegetal) da Martek Biosciences. As Coco Preggers, como o nome indica são destinadas especificamente ao segmento de mercado das grávidas. A Xan Confection, que tem vários produtos de chocolate com aditivação de nutriente especial, faz parte de um grupo de empresas que apostam nos segmentos e nichos da alimentação "saborosa mas saudável", juntamente com a Life-Spring Nutrition e a Susan’s Healthy Gourmet (Susan Johnson é a CEO). As CocoPreggers diferenciam-se dos chocolates "normais" também pela embalagem: caixas de cartão com 3 ou 7 unidades, tubos plásticos com 14 unidades e ainda sacos de 30 unidades.

O regresso da pastilha O segmento da pastilha elástica, que teve um período áureo em meados da década anterior, tem registado anos difíceis, mas começou a dar sinais de recuperação em termos de lançamento de novos produtos. Tal como sucede nos outros segmentos da confeitaria, a recuperação pela inovação é orientada segundo as tendências e preferências do mercado. As marcas procuram sintonizar as preocupações dos consumidores, os novos estilos de vida, traduzindo esses vectores nos ingredientes, nas apresentações e nas embalagens. Exemplo significativo desta tendência é a pastilha sem açúcar fortificada com cálcio lançada pela Wrigley (Austrália), a primeira do género a ser aprovada para lançamento no mercado. Mastigar duas pastilhas Extra Professional Calcium durante 20 minutos é o suficiente para ingerir 10% da dose diária recomendada de cálcio.

A aposta em ingredientes com interesse dietético reposiciona completamente a pastilha elástica e afasta-a das percepções negativas. Com a gama Extra Professional, a Wrigley conquistou quotas de mercado de 16,1% nos supermercados e 15% nas lojas de conveniência. Outro lançamento de 2011 é o das pastilhas sem açúcar "mentos 3" com a nova apresentação de três camadas (para 2 sabores) e variedade de sabores que vão desde o morango e maça verde (Alemanha)

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até aos menta e licor (França). O marketing da marca aposta na diversificação de sabores, na apresentação combinada e no argumento do hálito fresco ('aqua kiss').

Nos EUA, a Kraft/ Cadbury’s lançou três novas variantes para as pastilhas Trident Vitality. O conceito que assiste a esta gama é a adição de um ingrediente com propriedades especiais. As novas variantes são 'Awaken' (com ginseng), 'Vigorate' (com vitamina C) e 'Rejuve' (chá branco). A abordagem já não se limita ao argumento batido do "sem açúcar" e avança na direcção "nutracêutica". A pastilha elástica deixou de ser o símbolo da displicência e da sociedade descartável. É cada vez mais uma "multi-utilidade" em que se combina o prazer do sabor ou o efeito saudável. Afinal, uma pastilha com sabor a café pode evitar os excessos de cafeína. E mastigar uma pastilha já não é sinal de ociosidade. Pode ser sinal de prontidão...

Snacks competitivos A indústria da confeitaria teve e tem que enfrentar dois "monstros". Um deles é a tendência adversa baseada nas preocupações alimentares. O outro é a crise económica e a consequente tendência dos consumidores para eliminar despesas supérfluas. As indústras da confeitaria estão a dar a volta ao problema e a neutralizar os dois monstros. Compatibilizar a "guloseima" com a dieta é a receita para sair do grupo dos "supérfluos" e entrar no grupo dos "úteis". Por outro lado, a inovação também permite alterar as percepções do consumidor no que toca às suas despesas. Se as barras de chocolate têm valor nutritivo efectivo, elas não são um Nº 210 Jul/Ago/Set 2011


confeitaria As marcas procuram sintonizar as preocupações dos consumidores, os novos estilos de vida, traduzindo esses vectores nos ingredientes, nas apresentações e nas embalagens.

"gasto extra" mas uma ajuda para "fazer economias". Por outras palavras: a confeitaria pode disputar o mercado da alimentação "snack". E também pode disputar o mercado da "alimentação saudável". Vem a propósito o artigo recentemente publicado no British Medical Journal que conclui que existe uma relação entre o nível do consumo de chocolate e a dimuição do risco de doenças cardiometabólicas (cópia do estudo disponível em www.revipack.com). Segundo Lu Ann Williams, Research Manager da Innova Market Insights, "tudo indica que a forte actividade produtiva e promocional, observada no sector da confeitaria durante o primeiro semestre de 2011, vai continuar. A procura de snacks pequenos e relativamente baratos não dá

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sinais de estar a ser afectada pelas preocupações económicas dos consumidores, nem com as preocupações com a obesidade, e a indústria de confeitaria continua bem colocada para lidar com a concorrência de outros produtos snack". O potencial depende não só dos ingredientes e apresentações dos produtos, mas também da embalagem. Algumas das inovações que

destacámos neste artigo evidenciam a importância da embalagem em vários segmentos de mercado. A barra de chocolate para a "pausa no trabalho" é uma boa ideia que se pode desperdiçar se não tiver uma embalagem conveniente, isto é, resistente e funcional q.b. para ser portátil. E se o produto é realmente novo, então precisa de uma embalagem também ela nova.

A confeitaria pode disputar o mercado da alimentação snack. E também pode disputar o mercado da 'alimentação saudável'.

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embalagens flexíveis Sudpack

Salame a dividir A empresa turca Kayarlar investiu 70 milhões de euros numa unidade de processamento e embalagem de carnes segundo os padrões europeus. Em 2010, o instituto turco da normalização (TSE) abribuiu-lhe um prémio pelo lançamento de uma embalagem divisível para o salame húngaro da marca 'Namet'. Com este prémio nacional, a Kayarlar levou a ideia ao principal concurso mundial da embalagem, no qual ganhou um Worldstar. O prémio assinalou a ideia de geminar duas embalagens de 100 g numa só, tirando partido da duplicação da área de impressão e dando ao consumidor a vantagem de só abrir a segunda embalagem depois de esgotada a primeira, preservando melhor o produto. A embalagem baseia-se em dois filmes da Sudpack (Ochsenhausen, Alemanha): o fundo é o filme termoformável de APET Ecopet V300; o topo é o filme reselável Multipeel AV 106, com impressão flexo.

PA/PE para confeitaria

processo de maturação do queijo. Consoante as características do queijo, designadamente os coeficientes de "respiração" é fornecido o filme com as propriedades bar-reira mais adequadas. Para este efeito, a Sudpack tem um laboratório próprio para ensaiar e definir os filmes mais adequados a cada queijo.

Embalagens para micro-ondas

barreira com a confecção na embalagem. Até à colocação no micro-ondas, a embalagem é completamente estanque e pode ter atmosfera modificada. No micro-ondas, começa a libertar vapor.

A confecção na embalagem tem também vantagens nutritivas. 94 a 99 % da vitamina C presente em produtos como bróculos, couve-flor e outros, permanece no produto após 5 a 7 minutos de preparação no micro-ondas, dentro da embalagem.

Embalagens flexíveis para utilizar em fornos micro-ondas são uma das soluções interessantes para o mercado das refeições rápidas. Se a embalagem tiver uma válvula de escape do vapor criado com o aquecimento do produto, este é preparado no seu próprio vapor e fica com melhor paladar. O vapor sai da embalagem de forma controlada, depois de cumprir a sua missão culinária, e sem que a embalagem rebente. O conceito SteamSolution, da Sudpack, combina as propriedades

Os filmes coextrudidos de PA/PE (poliamida/ polietileno) são a solução barreira proposta pela Sudpack para os mercados da confeitaria e padaria. Estes filmes podem ser termoformados e utilizados em sistemas de embalagem sob atmosfera modificada. O recurso a este tipo de soluções está a alargar-se a aplicações como a padaria, com o objectivo de prolongar o tempo de vida útil do pão fresco. Os filmes são comercializados sob a referência "BT" e são totalmente transparentes.

Maturação de queijos A Sudpack defende a maturação de queijos dentro da embalagem e sugere a protecção com filme tubular, aplicado em máquinas automáticas. A bobina de filme tubular só tem que ser substituída a intervalos de 4 horas e meia e a cadência pode ir até aos 8 blocos de queijo por minuto. A espessura do filme de protecção é mais uniforme, favorecendo o 34

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embalagens flexíveis

A tecnologia dos metalizados texturados Transformar filmes plásticos dando-lhes uma textura metalizada típica é a especialidade da Brushfoil, uma empresa de Guilford (Connecticut, EUA) que ampliou a sua capacidade para corresponder ao crescimento das encomendas. O processo de texturização produz metalizados que replicam o aspecto de chapa

Embalagem de cigarros Marlboro com revestimento Brishfoil

metálica, com aplicações que vão desde a embalagem de luxo ou promocional, ao mobiliário, passando pelos displays de publicidade no ponto de venda e mesmo algumas peças do interior de automóveis. Para além do efeito decorativo, estes filmes podem ter outras propriedades, tais como a boa adesão da impressão, a resistência ao risco e abrasão, a não adesão de dedadas ou mesmo a protecção anti-microbiana. Os filmes da Brushfoil já foram utilizados em embalagens para marcas como Clinique, G.I. Joe, Gordon Ramsay Chocolates, The Masters Golf Club, Mercedes-Benz, Neutrogena, Philip Morris, Titleist, Universal Studios e Warner Archives.

As texturas Tru-Stainless® (esquerda) e Cross-Hatch (direita)

A Brushfoil ocupa-se apenas do processo de texturização, trabalhado com filmes fornecidos pelos clientes ou, preferencialmente, com filmes adquiridos pela própria empresa. A tecnologia permite adicionar as texturas metálicas a filmes de PET, PS, PE, PC, Acetato cast e PVC. As espessuras variam entre os 12 e os 25 micrometros.

Embalagem flexível para cozinhar no micro-ondas Nor®Absorbit, da Nordenia (Gronau, Alemanha) é uma nova solução de embalagem flexível que absorve a humidade e a gordura durante a preparação em forno micro-ondas. O produto é cozinhado directamente na embalagem de venda até ficar 'crispy'. A preparação é mais prática, mais rápida e mais limpa que a fritura tradicional. "A humidade e a gordura libertadas durante a cozedura em micro-ondas são absorvidas e retidas pela camada fina interior da embalagem" explica o Dr. Herbert Bader, Managing Director da divisão de desenvolvimento Nordenia Technologies. "Mesmo alimentos como o bacon podem ficar mais estaladiços do que com a tecnologia de micro-ondas tradicional" - enfatiza Bader. Em contraste com o bacon ou produtos similares fritos em chapa, a nova solução dispensa a preparação e também elimina o trabalho e o tempo para lavar e limpar depois da preparação.

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A embalagem Nor®Absorbit tem também propriedades de isolamento térmico que reduzem a tempatura exterior da embalagem após a preparação em micro-ondas, o que permite tocar-lhe. Além disso, a abertura fácil permite retirar rapidamente o produto. Deste modo, a embalagem Nor®Absorbit é uma solução interessante para o segmento "para levar" dos produtos 'snack'. Também pode ser integrada uma etiqueta ventiladora,

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designadamente para produtos que requerem um processo suave de cozedura no vapor, sem perder aromas e vitaminas. A nova embalagem flexível pode ser impressa em toda a sua superfície e também pode ter janelas transparentes para visualização dos produtos. "A embalagem Nor®Absorbit abre o mercado micro-ondas a novos produtos alimentares" - diz Herbert Bader. Isto tem igualmente importância também do ponto de vista ambiental, já que a preparação em micro-ondas consome menos energia que a preparação em forno convencional. Como pode ser processada em sistemas de embalagem FMS convencionais, a nova embalagem é também uma alternativa às soluções de embalagem que incluem bolsa e caixa de cartão, com a vantagem de redução do consumo de materiais. Por outro lado, e segundo a Nordenia, a embalagem flexível também pode incluir materiais fabricados a partir de fontes renováveis.

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novas embalagens

Adhesive Packaging Design Contest

Barreira fina para 24 meses

Inovações com adesivos

Daisy Magnetic

O concurso Adhesive Packaging Design Contest, lançado pela Henkel, teve mais de 900 participantes, das quais foram escolhidas as três ideias mais inovadoras. O concurso decorreu on line (www.packdesign-contest.com). Numa primeira etapa, foram seleccionadas 400 ideias e repartidas por quatro categorias: dosagem e aplicação de adesivo; componentes e mistura de adesivos; abertura e fecho e 'outras'. Depois, o júri de especialistas da Henkel escolheu as três ideias mais inovadoras, criativas e sustentáveis.

É uma embalagem para adesivo apresentada como peça decorativa que se pode fixar magneticamente... na porta do frigorífico (para estar sempre à mão). O adesivo está repartido por pequenas bolsas mono-aplicação, em forma de pétalas. As bolsas são fixadas numa peça circular que simula o aspecto de uma margarida.

Com uma espessura de apenas 0,4 mm, e com uma estrutura tri-camada interior e exterior de PP e intermédia de EVOH, é possível produzir uma embalagem com propriedades barreira ao oxigénio e à humidade para preservar produtos alimentares entre 12 e 24 meses. A embalagem foi apresentada na INTERPACK pela RPC Bramlage (Alemanha), é fabricada por injecção, e pode ser rotulada no molde. Suporta esterilização, pasteurização e selagem a quente.

Glue Drop Um conceito totalmente original, prático e até divertido: um frasco de elastório, com forma de gota de cola. No gargalo, a servir de tampa, um aplicador de cola que é movimentado pelo dedo indicador. Assim, evita-se o contacto desagradável da cola com a pele dos dedos.

Escovas de dentes de uso único Epoxy Vial Epoxy vial é uma embalagem mono-aplicação para adesivos de dois componentes. Tem dois compartimentos, cuja divisão se rompe por pressão no momento em que se aplica o adesivo. O bico permite uma aplicação precisa.

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Blister para baterias Os utilizadores de aparelhos auditivos têm agora um modo mais prático de transportar consigo as pequenas pilhas de reserva: um blister circular, com 8 pilhas, fácil de abrir e fechar, com um mecanismo que lembra os discos rotativos dos telefones do século passado. A embalagem é produzida pela divisão Alloyd Brands da Tegrant Corp. (exSCA Packaging North America).

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Colgate WISP é uma pequena escova de dentes descartável, de uso único, que pode ser usada em qualquer parte, sem água. Mas este lançamento no mercado norte-americano tem outra particularidade: o utilizador guarda as escovas usadas e usa a embalagem exterior (neste caso uma bolsa flexível com 16 escovas, produzida pela Printpack) para enviar as escovas usadas para a TerraCycle, que assegura a sua reciclagem. Os consumidores aderentes aos circuitos de recolha TerraCycle podem obter na internet uma etiqueta com porte postal pré-pago! O sistema está a implantar-se em vários países.

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novas embalagens

Twist and Drink

Embalagens DeepGrip™ PET com asas

Os refrigerantes Twist and Drink, produzidos na Áustria pela Klosterquell-Hofer GmbH, distinguem-se pela originalidade da embalagem. Desde 2007 que estes refrigerantes são distribuídos em garrafas de 200 ml, em polietileno transparente e colorido, fabricadas e cheias num processo que combina a tecnologia de moldação-sopro com o enchimento no molde. É uma garrafa de uma só peça e sem cápsula. Basta torcer o topo para abrir a garrafa e começar a beber. Os refrigerantes são destinados ao consumo por crianças e jovens. Os refrigerantes não têm corantes nem conservantes - baseiam-se em água de nascente (Schneeberg, Baixa Áustria), concentrados naturais de sumo de fruta, açúcar e ácido cítrico. A empresa austríaca conta com 40 colaboradores e exporta 80% da produção para mais de 20 países.

Em 2010, a Sidel apresentou um processo de moldação de garrafas PET com duas concavidades profundas para servir de pega. O processo DeepGrip™ foi lançado para as garrafas com capacidade igual ou superior a 3 litros, visando em especial os mercados das águas e dos óleos. A tecnologia de "punching-conforming" resultou da parceria entre a Sidel e a PTI e veio pôr fim às limitações tradicionais do processo de moldação em matéria de pegas. Ao contrário do que sucede com os processos em que a pega é produzida em separado e aplicada posteriormente nas garrafas, o novo processo baseia-se numa solução técnica mais simples e completamente diferente.

Taça para consumo nómada A "Cup2" é uma ideia de Claude Sebban, ex-presidente da empresa francesa Mamma Mia, para servir o segmento do consumo fora de casa ('on the go'). É uma embalagem que permite processar, embalar e preparar dois produtos em separado, juntando-os apenas no momento imadiatamente antes do consumo. Um dos produtos é normalmente um molho. A ideia é preservar o gosto e a apresentação e o conceito pode ser utilizado para mini-refeições como arroz com carne, massa com carne, saladas e temperos, guarnições vegetais para refeições, leite com cereais,

pudim com creme de açúcar, gelado com chocolate, etc.. A embalagem 'Cup2' é formada por um copo e uma tampa. O molho ou produto a adicionar é selado hermeticamente na tampa. No momento do consumo, que pode ser depois de aquecer no micro-ondas, o consumidor remove o selo para separar as duas peças e, ao girar a tampa, rompe a membrana e liberta o segundo produto para se misturar com o produto principal. Depois, a mini-refeição pode ser consumida a partir da embalagem. A embalagem pode ser fabricada em PP mono-camada para produtos frescos ou pasteurizados ou com camada barreira de EVOH para produtos que requerem esterilização. Os produtos pasteurizados podem ter um tempo de vida útil de seis semanas enquanto os produtos esterilizados podem durar até um ano. O facto de os dois produtos serem mantidos separados mesmo durante o aquecimento ajuda a manter a qualidade e as características organilépticas. A utilização pode ter variantes. Quando é removido o selo que une a tampa e o copo, o filme que sela o segundo produto continua intacto e o produto pode ser aquecido em separado. Esta variante é útil, por exemplo, se o segun-do produto for chocolate para aquecer e misturar em gelado. A embalagem 'Cup2' é fabricada pela RPC Barrier Containers e está disponível no tamanho 300 g.

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A garrafa é produzida com duas saliências laterais e transferida para um segundo molde onde dois pistões empurram as saliências para dentro, uma contra a outra. Durante esta etapa de "punching", a pressão interior da garrafa é mantida a 50 bar, de forma a evitar a deformação. A APPE adoptou esta tecnologia e está a utilizá-la para embalagens PET até 7 litros.

Garrafa Fusion A garrafa de alumínio 'Fusion', desenhada para a marca Ocóo Beauty Nectar (Alemanha), já ganhou vários prémios de design e embalagem. Fabricada pela Rexam pelo processo DWI (Drawn Wall and Ironing), a garrafa é encarada como diferenciadora da marca, combinando o alumínio com o formato da garrafa de vidro, com a vantagem da ampla superfície de impressão. 37


novas embalagens

Vidro na Cosmopack O vidro continua a ser material de primeira escolha no packaging design para os segmentos da cosmética perfumaria. Na feira Cosmopack de Bolonha, a vidreira Gerresheimer apresentou pela primeira vez os frascos criados para celebridades como Paris Hilton, Naomi Campbell, Christina Aguilera e Shakira, para além dos frascos para os perfumes Mexx e S.T. Dupont. Os frascos para a marca "Paris for Passport" obedecem a um desenho e decoração colorida e "fancy", idealizado para o conjunto de três

fragâncias para raparigas. O frasco de "S by Shakira" tem formato ovalizado e uma superfície sedosa e luminosa, quase oriental. O perfume "Naomi" (Procter & Gamble) tem um frasco super-elegante com contornos femininos e detalhes brilhantes. Particularmente expressivos são os frascos para a marca MEXX: letras moldadas,

contrastes rosa/azul e redondo/rectangular, criando a ilusão de uma atracção magnética para sugerir a atracção homem/mulher. No caso do perfume feminino S.T. Dupont, o vidro transparente é decorado com linhas ao estilo Guilloché e um acabamento prateado.

Surlyn® - como uma rocha transparente Os novos frascos de 50 e 100 ml para o novo perfume da Cesare Paciotti (Itália), têm uma tampa apelativa com uma adaga no meio de uma rocha transparente, produzida pela G. Candini S.r.l. (Tradata, Itália) usando a resina ionómera Surlyn® da DuPont. A nova embalagem de perfume foi apresentada durante a feira Luxe Pack 2011 (Monaco, 19 a 21 de Outubro de 2011). Na base deste e de outros exemplos, está um processo inovador de sobremoldação de insertos plásticos com resina Surlyn®. A adaga brilhante é um dos símbolos que distinguem a marca Paciotti, mais conhecida no sector do calçado. Nesta tampa, a adaga é um inserto de PC/ABS "suspenso" no centro da rocha transparente de Surlyn®. A nova fragrância masculina e feminina é produzida sob licença pela

Weruska & Joel s.r.l. (Turim, Itália). A tecnologia de sobremoldação Surlyn® 3D overmolding technology permite desenvolver uma variedade crescente de cores, texturas, formatos e tamanhos para embalagens interiores e exteriores de perfumes, produtos de cuidado pessoal e de maquilhagem, proporcionando uma combinação de propriedades de liberdade de design, transparência similar à do vidro, performance funcional, toque suave e facilidade de produção. A resina Surlyn® tem a transparência do vidro, mas sem o peso e a fragilidade deste material. Pode ser foscada, facetada ou maquinada para obter efeitos especiais, ou colorida para criar efeitos translúcidos especiais. O toque suave e "sensual" é combinado com a resistência, a ausência de quebras e a resistência química.

Vidro para perfumaria e cosmética A Gerresheimer apresentou na feira Beauty-world Middle East (Dubai, 24 a 26 de Maio) a sua nova gama de frascos de vidro para perfumes e cosméticos, fabricados na Europa e na China. Este ano, as propostas da vidreira alemã têm dois focos: o design e a sustentabilidade. 38

A marca L'Occitane lançou o novo creme Beauté Angelique num novo frasco verde pálido, com acabamento mate. Outro exemplo é o frasco de secção rectangular para a marca Very Sexy Now™ da Victoria’s Secret. Cores exóticas e motivos apelativos caracterizam estes frascos.

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A Gerresheimer mostrou também os frascos criados para as "marcas-celebridades" Paris Hilton, Naomi Campbell, Christina Aguilera e Shakira, assim como os frascos sofisticados para os perfumes Mexx e S.T.Dupont. Nº 210 Jul/Ago/Set 2011


novas embalagens

Novas funcionalidades A Wipak (Finlândia) tem explorado a via dos materiais compósitos papel/plástico para optimizar e acrescentar funcionalidades às embalagens de produtos de grande consumo. Eis alguns exemplos.

Janelas As janelas são uma forma de promover o produto, deixando o consumidor vê-lo, ao mesmo tempo que se mantém a integridade da embalagem. No papel, a janela com formato especial requer cortantes. Mas se a embalagem de papel/cartolina for combinada com um filme de topo, o efeito de janela pode ser feito na própria impressão.

OctaSafe para artigos médicos Um novo filme de oito camadas, combinando PE e PA é uma alternativa económica para embalagem automática de seringas e outros artigos médicos. O filme está disponível em espessuras de 60 a 100 µm. Apesar da sua estrutura assimétrica, estes filmes têm bom desempenho em máquinas embaladoras FFS.

Mais pelabilidade Safety-Pak para blisters A Winpak, subsidiária norte-americana da Wipak, desenvolveu um filme de poliéster que pode ser combinado com folha de alumínio e que apresenta propriedades de selagem a quente ideais para embalagem tipo blister. A embalagem tipo blister é considerada "à prova de crianças" e, por conseguinte, mais segura para medicamentos.

O filme S-peel é um novo filme de topo para fecho de tabuleiros de PP de carnes. É uma combinação de poliamida (propriedades barreira) e polietileno (selabilidade). A alta pelabilidade facilita a abertura da embalagem, com um filme 'antifog' mais fino do que os que se utilizam actualmente neste segmento de mercado.

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A impressão da embalagem pode incluir códigos que podem ser lidos por uma caneta especial e activar ficheiros de som. A embalagem pode então "contar a sua história". A earmotionPack é mais uma ideia para o marketing no ponto de venda. E também uma funcionalidade grata aos consumidores com dificuldade de leitura.

Filmes peláveis para APET e CPET Outro desenvolvimento da Wipak é o filme de poliéster T-peel para fecho de tabuleiros de APET e CPET. O filme combina as propriedades de selagem segura e pelabilidade fácil, ideais para a utilização como embalagem de refeições prontas.

Menos espessura mais barreira

Filmes NICE Como alternativa aos filmes rígidos de APET, PETG e PVC para termoformagem de tabuleiros, a Wipak propõe os novos filmes NICE, resultantes da coextrusão multi-camadas (com divisão de camadas, até um total de 18), podendo incluir EVOH. Os filmes NICE são mais finos e mais tolerantes à moldação. Estão disponíveis em várias cores, com espessuras de 230 µm até 540 µm

Embalagens que falam

Papel moldável As películas de fecho e os tabuleiros termoformados não têm que ser exclusivamente plásticos. A Wipak desenvolveu um compósito de papel e poliéster como alternativa às combinações APET/PE com espessura de 300 µm. O novo material é moldável e permite profundidades de 10 a 25 mm. E pode ser processado nas mesmas máquinas que lidam com materiais exclusivamente plásticos.

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O filme Superclear é um novo filme barreira termoformável, fabricado por coextrusão, combinando PP (polipropileno), PA (poliamida), PE (polietileno) e EVOH (copolímero de álcool de etilenovinilo). Esta combinação permite reduzir a espessura em cerca de 30% comparativamente a outros filmes com propriedades similares. Suporta a pasteurização e está disponível nas espessuras de 60 a 250 µm. 39


codificação e etiquetagem

Data matrix não é suficiente? A União Europeia declarou guerra à contrafacção, porque a quantidade de produtos contrafeitos está a aumentar - frequentemente com riscos para os consumidores. A rotulagem obrigatória e os sistemas de rastreabilidade são a solução em que os legisladores europeus acreditam. Mas não são suficientes. O sector das peças para automóveis já se apercebeu disso e volta a atenção para as soluções baseadas em evidência física. A União Europeia está actualmente focada na indústria farmacêutica. Em Fevereiro de 2011, o Parlamento Europeu aprovou um novo regulamento que visa proteger os consumidores contra medicamentos contrafeitos. Os códigos 2D data matrix marcados nas embalagens permitem rastrear cada medicamento, desde o fabricante até ao utente final, passando por toda a rede de distribuição. O governo turco encara a possibilidade de adoptar um sistema similar para a indústria alimentar. No entanto, essa medida não é suficiente. Afinal, um código matricial impresso, tal como outras tecnologias disponíveis no mercado (como é o caso dos hologramas) não garante protecção contra os contrafactores. Na Turquia, a solução adoptada pela UE falhou na indústria farmacêutica. Os códigos foram copiados e reproduzidos milhares de vezes. Isto é possível com códigos data matrix e com hologramas simples, sem grande esforço técnico. Mesmo a verificação on line não garante protecção imediata - ela só permite verificar se o código coincide ou não com o código original e se já foi introduzido antes. Os contrafactores podem simplesmente "scanear" os códigos presentes nas paletes do produto genuíno e depois reimprimir esses códigos tantas vezes quantas quiserem. O primeiro código introduzido pelo consumidor será lido pelo sistema como original mesmo que seja um código contrafeito. A única protecção realmente eficaz contra a contrafacção é a combinação de um código único para cada item individual com uma evidência física. As principais empresas fabricantes de peças para automóveis reconheceram isto há muito tempo e juntaram esforços na iniciativa MAPP (“Manufacturers Against Product Piracy”). Com o código MAPP, desenvolveram a sua própria norma para a rotulagem de peças sobressalentes. Várias marcas aderiram a esta iniciativa e recorreram a soluções de segurança da empresa Tesa Scribos baseadas em evidência física, as quais constituem um obstáculo que os contrafactores ainda não conseguiram ultrapassar. 40

A norma MAPP torna possível rastrear o produto em toda a cadeia de fornecimento. A Continetal Teves é um exemplo: a empresa é um dos principais fabricantes de peças auto (after market) a nível mundial e protege as suas marcas com o código MAPP, que é colocado em cada produto em figuração alfanumérica e como código 2D. Embora o código MAPP assegure uma codificação única, ainda subsiste um ponto fraco: a própria etiqueta que suporta o código. Para a proteger contra manipulação, a etiqueta e a embalagem são protegidas com uma segurança adicional com evidência física: o Holospot® da Tesa Scribos.

O Holospot® armazena informação em vários níveis, visíveis e invisíveis. A genuinidade pode ser verificada por todos os participantes na cadeia de fornecimento porque os números que figuram no Holospot® correspondem aos últimos quatro dígitos do código MAPP. Isto garante que o Holospot® e a embalagem correspondem um ao outro. Uma consulta on line permite verificar a genuinidade (originalidade). Com os dispositivos tesa® Connect & Check, a Tesa Scribos tornou possível criar um procedimento de verificação on line e de autenticação de texto que verifica o código e as funcionalidades de segurança do Holospot®.

cadeia de fornecimento. Para além da segurança, estas etiquetas podem ter design diversificado e personalizado para diferenciar as marcas e tornar as embalagens mais atraentes. Podem ser utilizadas em conjugação com os códigos QR, data matrix ou com etiquetas RFID.

Mais simples ainda, e também mais acessível para utilização em grandes séries é a solução Code Seal. Cada etiqueta tem, para além do código matricial, um código numérico visível, e o mesmo código reproduzido de forma encoberta. Ao destapar o selo, o consumidor pode verificar se os dois códigos numéricos coincidem.

A solução de segurança VeoMark, também da Tesa Scribos, segue o mesmo princípio da combinação de elementos visíveis e invisíveis. Cada etiqueta VeoMark é única, impressa exclusivamente pela Tesa Scribos com tecnologia própria e não é passível de cópia tipográfica ou holográfica. E quando as etiquetas são expedidas, elas já constam de uma base de dados que permite a verificação de genuinidade/originalidade ao longo da

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codificação e etiquetagem Markem-Imaje

Jacto de tinta amigo do ambiente A Imaje foi uma das primeiras empresas no negócio dos equipamentos e consumíveis de codificação a assegurar um serviço de recolha de embalagens de tinta. A tendência actual é para prevenir em vez de remediar. A impressora de jacto de tinta 9232, a mais recente no portefólio da Markem-Imaje vai mais longe em termos de desempenho ambiental. O sistema de tinta foi projectado para produzir menos resíduos. Desde logo, o mesmo tinteiro, com a mesma capacidade, pode agora imprimir mais 25% de caracteres, o que significa uma maior duração do tinteiro, com a consequente economia de custos e menor geração de resíduos. A cabeça de impressão tem construção modular, o que

significa que a reparação pode ser feita substituindo apenas as peças estritamente necessárias. O circuito de tinta da nova impressora 9232 integra um condensador Peltier que recupera os vapores do aditivo que faz parte da tinta, re-injectando-os no sistema. Graças a esta funcionalidade, o consumo de aditivo é reduzido em cerca de 45% e a codificação por jacto de tinta tem menos emissões de COVs. Como qualquer outro equipamento, a impressora tem um fim-de-vida, em que se irá colocar a questão do destino dos materiais. A nova impressora é mais compacta que os modelos precedentes. O armário exterior da impressora é de aço inoxidável, um material

nobre para reciclagem. As embalagens de tinta são fabricadas em plástico mono-material e mono-camada, para facilitar a reciclagem. Em termos globais, 80% dos materiais de que é composta esta impressora são recicláveis. O circuito de tinta integrado garante uma redução significativa do consumo de energia. Não menos relevante é a gama de tintas 9660, isentas de MEK (metilo-etilo-acetona). Várias empresas que gerem linhas de produção, montagem e embalagem, já adoptaram procedimentos de medição da "pegada de carbono" das suas operações. O desempenho ambiental dos sistemas de codificação por jacto de tinta pode contribuir para os objectivos de redução da emissões.

Sacmi

Rotulagem RFST na San Benedetto A San Benedetto, engarrafadora italiana de águas, bebidas isotónicas e refrigerantes, detentora de marcas como Guizza, Energade e Acqua Nepi, adoptou a tecnologia de rotulagem RFST (Roll Fed Sleeve Technolo-

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gy) da Sacmi para a sua fábrica de Scorzè (Veneza, Itália). Esta tecnologia consiste numa máquina rotativa alimentada com filme de rotulagem em bobina, que é aplicado directamente nas embalagens, com soldagem laser (sem adesivos ou solventes) altamente resistente, ideal para suportar alta retracção dos rótulos envolventes. Como a rotulagem é executada numa só etapa, o processo consome menos material e energia. A máquina OPERA 500 45T RFST instalada na central de engarrafamento de Scorzè aplica rótulos envolventes sobre garrafas PET de 250 ml para águas e chá, com cadências até 45 mil garrafas/hora.

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codificação e etiquetagem

Acabamento digital para etiquetas Há cerca de dois anos, a Primera Technology lançou no mercado a máquina CX1200e para impressão digital de etiquetas a cores, uma solução flexível e prática para imprimir, pequenas ou grandes quantidades. A solução foi rapidamente indentificada como ideal para produzir etiquetas para séries especiais, promoções, etc. A máquina, que trabalha de bobina a bobina, pode ser um

complemento de capacidade para produtores de etiquetas, ou uma solução 'in house' para os embaladores. Recentemente, a Primera anunciou o complemento esperado: à impressora digital CX1200e pode agora juntar-se a máquina de acabamento FX1200e, criando assim um sistema completo que inclui impressão, laminação, corte, dobra, rebobinagem e remoção da matriz de apara. O sistema QuadraCut™, com os seus quatro cortantes per-

Mangas retrácteis com Braille

mite velocidades até 6,1 m por minuto. As máquinas são compatíveis com os vários tipos de suportes de etiquetas auto-adesivas: papel mate e brilhante, poliéster, PVC, PP, BOPP, etc.

Liners mais finos melhoram eficiência na rotulagem

A Sleever desenvolveu uma solução para incorporar informação em Braille nas mangas retráteis. Para este efeito, a máquina aplicadora da manga inclui um dispositivo de marcação que aplica vernizes transparentes, com o alinhamento pré-calculado para compensar a retracção. A inscrição Braille não afecta a impressão. A primeira utilização desta tecnologia foi concretizada pela Meda (Itália) para os desinfectantes Bétadine.

Etiquetas para embalagens retractilizadas A Avery Dennison desenvolveu uma etiqueta auto-adesiva capaz de resistir (e de se manter legível) à retracção das embalagens sob vácuo. A etiqueta 'Shrink PS' não cria pregas e fica legível e pode ser uma solução económica, sobretudo nos casos em que a etiqueta substitui os sacos pré-impressos. As novas etiquetas resistem à água e podem ser aplicadas automaticamente.

Da colaboração entre a Avery Dennison e a Gallus resultou a possibilidade de reduzir a espessura do material de suporte (liner) das etiquetas auto-adesivas para 12 µm (micrometros). Esta melhoria reduz o desperdício de material em cerca de 40% e permite aumentar o rendimento das bobinas de etiquetas: mais 17% de etiquetas numa bobina com o mesmo diâmetro. O novo material para liner é o ThinStream™, um filme de PET ultra-fino que pode passar a ser utilizado nas máquinas de impressão de etiquetas auto-adesivas que sejam equipadas com um novo módulo especial destinado a permitir o corte seguro das etiquetas sem ferir o filme ultra-fino. De facto, este módulo de corte executa um ciclo de delaminação/ relaminação, pelo que o liner não chega a ser tocado pelos cortantes.

Impressora industrial A TSC Auto ID (Taiwan) lançou a impressora de etiquetas ME240 para uso industrial. É uma impressora de transferência térmica de tamanho compacto, ideal para instalação em espaços reduzidos. Para além das funções standard, a impressora tem display LCD, 6 botões, relógio em tempo real, portas serial e USB (paralela como opção) para integração em redes, memória DRAM de 8 MB e Flash de 4 MB e ainda um slot para cartões SD para expansão de memória até 4 GB. 42

Destaca-se também a robustez da construção metálica e a possibilidade de desmontar todo o mecanismo para instalação, por exemplo, sob a mesa ou balcão. Trabalha com rolos de fita de transferência até 450 m e rolos de etiquetas até 200 mm de diâmetro, com largura até 104 mm. A impressão atinge a velocidade de 152 mm por segundo com a resolução de 203 dpi. Para utilizações que requerem fontes e gráficos mais pequenos e códigos 2D, a alternativa é a impressora ME340, com a mesma velocidade e resolução de 300 dpi.

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codificação e etiquetagem

Novos adesivos para rotulagem A rotulagem é uma das áreas que mais desafios coloca à formulação de adesivos. Basta pensar em exemplos como a exigência de "invisibilidade" necessária para os rótulos "no label look", as combinações de resistência e facilidade de remoção, etc..

Força e durabilidade Na área dos adesivos "general purpose", a Henkel apresentou recentemente o DuroTAK UV 4000, caracterizado pela elevada força e durabilidade, mesmo quando as etiquetas são expostas a condições externas ou a ataque químico. É adequado para suportes não polares, tem baixa viscosidade e é fácil de processar.

Características por medida O Technocure PS 4116 é um adesivo UV destinado a embalagens re-fecháveis. Mantém a eficácia adesiva e a pelabilidade, em utilizações sucessivas. O Technocure PS 4105, por seu turno, tem as características ideais para rotulagem de

embalagens de vidro. A par com a boa adesão, é fácil de remover por solução alcalina. Os adesivos Technocure PS 4901 e 4907 são ideais para etiquetas multi-folha ou para etiquetas com senhas ou cupões. Podem ser impressos à temperatura ambiente, curam rapidamente com UV, têm elevada resistência e são também adequados para materiais sensíveis à temperatura.

Brilho metálico O portefólio da Henkel inclui revestimentos para efeitos visuais como mate, brilho e efeitos 3D em impressão flexo ou serigráfica. O efeito metálico MiraFoil é obtido com um revestimento com micro-flocos de alumínio, capaz de dar ao papel um aspecto visual similar ao da folha prateada. Este revestimento UV está disponível em prata, ouro e cobre. Admite a sobre-impressão, em linha ou em separado.

Rótulos interactivos iluminam garrafas de bebidas A Innovia Films, fabricante global de filmes plásticos, e a PragmatIC Printing, empresa pioneira na impressão de circuitos lógicos,

anunciaram a integração bem sucedida de funcionalidade de circuitos impressos sobre filmes de polipropileno biorientado (BOPP). Os primeiros protótipos são rótulos de garrafas que activam uma sequência de luzes quando a garrafa é movimentada. Este é apenas um exemplo entre numerosas possibilidades de como se pode utilizar a tecnologia de electrónica impressa para atrair, informar e interagir com o consumidor.

Rotulagem auto-adesiva para embalagens curvas A aplicação de rótulos ou etiquetas auto-adesivas em embalagens não cilíndricas pode fazer-se sem problemas e com elevada cadência. Esta afirmação foi demonstrada com etiquetas Fasson Curvy™, da Avery Dennison, e uma máquina automática, da Harland (EUA). Os formatos curvos são uma das formas preferidas das empresas de marca para diferenciar os seus produtos. A nova solução permite compatibilizar a rotulagem auto-adesiva com as curvas da embalagem, obtendo Nº 210 Jul/Ago/Set

um efeito similar ao das mangas retrácteis que decoram a totalidade da embalagem. O processo permite outros "efeitos especiais" das etiquetas, incluindo estampagem a quente, metalizados, tácteis, etc. A nova solução permite uma maior flexibilidade da rotulagem. Ao contrário do que sucede com a rotulagem por mangas ou por IML (rotulagem no molde), que requerem normalmente grandes séries, a rotulagem auto-ade-

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siva permite séries menores e mudanças de rotulagem mais frequentes. Isto significa que o embalador pode concretizar promoções e outras diferenciações de forma mais fácil e com menor custo. 43


máquinas Serac

Bloco PET A Serac (França) juntou-se à Urola (Espanha) para oferecer ao mercado uma solução "bloco" para enchimento em garrafas PET. A máquina URBI 4 ou URBI 6, da Urola, transforma pré-formas PET em garrafas pelo processo de reaquecimento-estiramento-sopro. As garrafas podem ser transferidas directamente para a enchedora H2F da Serac, que pode ter cadências de 6000 ou de 9000 garrafas/hora. A solução BLOCK 6000/9000 é uma alternativa para pequenas e médias produções de bebidas refrigeradas tais como leite pasteurizado, leite ESL (tempo de vida útil prolongado), iogurtes líquidos, bebidas probióticas, sumos e néctares, etc. As máquinas podem adaptar-se para formatos desde 1000 ml até 2 litros, sempre com cápsula plástica de 38 mm. A primeira instalação de um "bloco" Urola/Serac foi concretizada na Rússia.

Solução mono-operador Numa pequena linha, a reposição de garrafas e cápsulas (a montante) e o acondicionamento em caixas (a jusante) podem ser feitas por um só operador, enquanto as operações de enchimento ponderal e capsulagem são totalmente automáticas, com sistema de controlo integrado. A "micro-linha" da Serac requer menos de 2 x 2 m de área na fábrica e pode ser utilizada para encher embalagens de 0,5 a 10 litros. A cadência (para formato de 1 litro) é da ordem das 600 garrafas por hora.

máquina FC Exoskeleton tem um esquema de tubos simplificado, com limpeza mais fácil e menor desperdício de água e produto. As cabeças de enchimento são indiferentes às variações de pressão (daí a desnecessidade do tanque) e o doseamento ponderal é controlado e ajustado pelo sistema Dynaflow®. A nova máquina é compatível com os formatos de 50 ml a 9 litros e pode atingir cadências na ordem das 990 embalagens por minuto.

Enchedora-capsuladora sem tanque A Serac projectou uma máquina de enchimento e capsulagem segundo um conceito fora do comum. Todos os componentes da máquina assentam numa espécie de exosqueleto e são cobertos por duas grandes portas delizantes e transparentes. Em vez do tanque, a

Techne

Moldação e Enchimento em monobloco eléctrico A TECHNE (Itália) apresentou nos dias 17 a 21 de Outubro, em exposição nas suas próprias instalações (Castel Guelfo, Bolonha), uma nova máquina monobloco que integra as operações de extrusão-sopro (moldação) de PEAD (polietileno de alta densidade), controlo, enchimento e capsulagem e embalagens de 80 ml até 5 litros. O conceito UNIKA destina-se a produtos alimentares, cosméticos ou produtos de uso industrial. Todos os accionamentos são eléctricos e a cadência pode ir até às 10 000 embalagens por hora (com embalagens de 0,25 l). A máquina UNIKA foi apresentada como alternativa de redução de custos para embaladores. Segundo a TECHNE, a integração 44

de funções permite reduzir o custo das embalagens, reduz o consumo de energia em cerca de 35% (comparativamente a máquinas com accionamento hidráulico), requer menos lubrificantes e menos manutenção (devido às opções mecatrónicas) e permite reduzir a mão-de-obra a metade. A mudança de moldes, de cor da embalagem e ou do produto requer apenas alguns minutos. Os parâmetros de operação são gravados no sistema de controlo da máquina, podendo ser chamados e activados sempre que necessário. O sistema de enchimento ponderal assegura a precisão necessária para os padrões da indústria.

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máquinas Bosch

Máquinas criam novas embalagens A Bosch Packaging Technology apresentou na Interpack 2011 um novo estilo de embalagem horizontal e novos desenvolvimentos na produção de embalagens herméticas e sem ar. "BrightSide", a nova embalagem de abertura fácil e refechável, é uma alternativa para diferenciação de marcas de tabletes, barras e wafers de chocolate. O novo tipo de embalagem flexível foi desenvolvido em colaboração pela Bosch e pela Amcor (fornecedor de materiais de embalagem). A abertura da embalagem não requer qualquer corte e o fecho pode ser usado várias vezes, até que o produto seja consumido.

A faixa de selagem pode ser localizada em qualquer ponto da embalagem, graças a um novo dispositivo automático que pode ser integrado na máquina flow wrap (embaladora horizontal), pré-existente. Outra inovação da Bosch para o sector da alimentação e confeitaria é a máquina Sapal Starpac 600 HL, para produzir embalagens single-wrap die fold com fecho hermético para chocolates. Para produtos que exigem segurança mais rigorosa, a Bosch apresentou a máquina horizontal Pack 301 LD (Long Dwell), com uma cabeça seladora mais longa para garantia suplementar de hermeticidade. A máquina é indicada para linhas de embalagem com atmosfera modificada para produtos frescos e perecíveis. A hermeticidade é igualmente segura com filmes de espessura mais elevada, designadamente em embalagens de artigos médicos. Durante a Interpack, a Bosch também apresentou o serviço OEE (Overall Equipment Effectiveness), um serviço de consultoria para aumento de produtividade e eficiência nos processos de produção. Os especialistas da Bosch trabalham com os produtores de alimentos para optimizar o desempenho das máquinas e a produção, disponibilizando os seus conhecimentos e experiência e sugerindo melhorias no processo. Nº 210 Jul/Ago/Set

Case packing a alta velocidade No capítulo das agrupadoras de caixas (case packers), a gama de máquinas ELEMATIC da Bosch estabelece novos parâmetros de velocidade, mas também novas funcionalidades de economia de energia. Estas máquinas executam o agrupamento de caixas de cartão/ cartolina e a sua inserção em embalagens secundárias de cartão, compostas por tabuleiro e cobertura. Graças à tecnologia de servo-accionamentos, a máquina ELEMATIC 1000 SL pode agrupar até 660 caixas de cartão/cartolina por minuto, ou 28 embalagens secundárias por minuto. A mudança de formatos é também rápida e fácil. Os procedimentos de manutenção são orientados pelo software Assist System. Por outro lado, a função "Standby and Sleep" desliga automaticamente as partes da máquina que não são necessárias durante os intervalos de produção, permitindo economias de energia que podem ir até aos 70%.

Alimentador de cápsulas-coroa sem ar comprimido O novo Crown Feeder Aidlin 24 CR é o primeiro alimentador de cápsulas-coroa com operação sem ar comprimido, aspecto que reduz o consumo de energia. O alimentador combina as funções de armazenagem de cápsulas, orientação, elevação e alimentação a alta velocidade - 1350 cápsulas por minuto. A orientação das cápsulas é obtida pelo princípio "cascata", em que as cápsulas com a orientação inversa se precipitam pela acção combinada da gravidade e de uma ventoinha, sem qualquer sopro de ar comprimido. Segundo a Sidel, o novo sistema tem 99% de eficiência e reduz o consumo de energia em cerca de 70%. Para garantir a higiene, o novo alimentador tem filtros de ar gravi ou Hepa.

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máquinas

Roda flexível A nova máquina PME 4061 da Bosch, destinada ao empacotamento de açúcar, farinha ou outros produtos em pó, tem uma nova roda flexível que permite alterar formatos de embalagem em menos tempo. Os formatos

podem variar entre 60 x 40 x 80 mm e 140 x 100 x 250 mm, sendo também possível executar vários tipos de topo. Regra geral, este tipo de embalagem tem uma máquina dedicada ou então o processo de alteração de um formato para outro implica uma modificação profunda e demorada da máquina. A solução desenvolvida pelos engenheiros da Bosch torna possível efectuar mudanças de formato tridimensionais em apenas quatro horas, com dois operado-

res. Os modelos precedentes exigiam 16 horas e três operadores. A nova máquina assegura cadências até 100 pacotes de açúcar por minuto ou 80 pacotes de farinha por minuto. O processo de enchimento inclui vibração destinada a optimizar o volume, a reduzir o material de embalagem e a tornar a embalagem secundária mais eficiente. A nova solução de "roda flexível" vem dar resposta à necessidade dos embaladores de combinar cadência e diversidade de formatos, ampliando as possibilidades de marketing dos produtos.

Bosch Packaging Technology

125 anos de equipamentos de embalagem Em 2011 o grupo Bosch comemora 125 anos de actividade e o 150º aniversário do seu fundador, Robert Bosch. A história da empresa está marcada por várias inovações decisivas para o mercado da embalagem, desde a primeira máquina automática para embalar café (1911), a primeira embalagem sob vácuo lançada nos anos 60, que permitiu estender até ano e meio o tempo de vida útil dos produtos, até às primeiras máquinas de enchimento e fecho de ampolas, com tecnologia de isolamento. Na INTERPACK 2011, a Bosch teve o maior stand da feira, e mostrou meia centena de máquinas.

Embaladora de farinha, Hesser, 1930

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A história da Bosch remonta a 1861, quando Friedrich Hesser e Otto Geiger criaram a Hesser Company, em Bad Canstatt (Alemanha), para desenvolver máquinas automáticas para dobrar envelopes. Mais tarde, a empresa tornou-se parte do grupo Bosch. As aquisições foram uma constante ao longo da história do grupo. A área de negócios das tecnologias de embalagem desenvolveu-se inicialmente a partir da aquisição da Hamac Hansella (1966) e da Hesser (1969), mas continuou ao longo dos anos, com a Höfliger & Karg (1970) e da Strunck (1973, 1984). Já no século XXI, A Bosch fez aquisições de peso na área dos equipamentos de embalagem. Em 2003, adquiriu a Tevlopharm, especialista holandês em embaladoras horizontais. Em 2004, adquiriu o grupo suiço SIG Pack (hoje Bosch Packaging Systems), a Doboy (EUA), a Demaurex (robôs) e a Sapal. Nos últimos anos, adquiriu empresas como a Pharmatec, a Schoeller-Bleckmann Medizintechnik (2007), a Paal (fins-de-linha) e, já em 2011, a Hüttlin e a Manesty, especialistas em equipamento farmacêutico. Em consequência destas aquisições, o nome Bosch Packaging Technology abrange actualmente as seguintes marcas: Demaurex, Doboy, Elematic, Makat, Moeller & Devicon, Pharmatec, Sapal, Schoeller-Bleckmann Medizintechnik, Sigpack, Tevopharm, Togum e Valicare.

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Robert Bosch

O portefólio de equipamentos da Bosch permite explorar sinergias nos mercados alimentar, da confeitaria e dos produtos farmacêuticos. Uma quarta área está a ganhar peso na estratégia da empresa: equipamentos para processamento e embalagem asséptica de lacticínios. Recentemente, a Bosch construiu fábricas em Sandved (Dinamarca) e Dresden (Alemanha), e inaugurou um novo escritório (com 400 pessoas) em Beringen (Suiça). Está a construir uma fábrica em Goa (Índia), com 33 mil metros quadrados, e já é o segundo maior construtor de máquinas de embalagem na China. A fábrica de Hangzhou tem 10 anos de operação e duplicou a sua capacidade em 2010. Em termos globais, a Bosch Packaging Technologies emprega cerca de 4500 pessoas, repartidas por 25 fábricas e linhas de montagem espalhadas por 16 países. Nº 210 Jul/Ago/Set 2011


máquinas Contrinex

Sensores fotoeléctricos para linhas de embalagem A nova família de sensores fotoeléctricos desenvolvidos pela Contrinex com dimensões padrão da indústria (40x50x15), oferece soluções de detecção avançadas para os desafios encontrados na indústria alimentar e de enchimento, assim como em máquinas de embalagem e sistemas logísticos. A combinação de uma detecção fiável com robustez, garante uma redução nos tempos de paragem e, portanto, nos custos. O destaque desta família é o sensor de reflexão no objecto com supressão de fundo e o seu sistema patenteado de óptica dupla.

A óptica dupla fixa permite obter uma grande dinâmica de ajuste de 20:1, o que torna o sensor resistente aos choques e vibrações. Além disso, esta tecnologia é insensível às diferenças de cor até 300 mm o que garante uma detecção segura das peças pretas mais pequenas sobre um fundo branco, que normalmente seriam invisíveis para outros sensores do mesmo tipo. A diferenciação não se fica pelo sensor de reflexão no objecto com supressão de fundo. A família inclui sensores de reflexão no objecto com e sem supressão de fundo,

sensores de barreira e de retrorreflexão, estes últimos com e sem polarização, sendo construídos num corpo robusto e de fácil limpeza, e dispõem de várias opções de montagem. Todos os produtos são testados e aprovados pelo Ecolab, e estão disponíveis com uma janela revestida a plexiglas ou de vidro, dependendo da aplicação. Para completar esta família, a Contrinex oferece um sensor de cor com 3 canais facilmente programáveis e saídas independentes. Para cada canal, a temporização e o nível de tolerância podem ser ajustados de modo a assegurar uma detecção fiável das diferenças de cor mínimas.

Norden

Teste em linha para tubos flexíveis A Norden (Suécia) desenvolveu um sistema de controlo em linha que permite aos embaladores efectuar o teste de estanquecidade de tubos flexíveis a 100%. O processo baseia-se na tecnologia Adixen com sensor de hidrogénio. Imediatamente antes do fecho do tubo, é injectada uma pequena quantidade de gás-vestígio (5% de hidrogénio e 95% de azoto, ambos aceites como ingredientes, não inflamáveis nem tóxicos). Após o fecho e arrefecimento, ambos os lados do tubo são sujeitos a um ligeira pressão. No caso de haver uma fuga, o sensor de hidrogénio detecta-a. A comparação com os valores-limiar faz com que o sistema possa rejeitar os tubos não conformes. Entre os factores que originam fugas estão as dobras acidentais do tubo ou a contaminação da zona de fecho com produto. A inspecção a 100% evita a inspecção visual e os procedimentos de amostragem e aumenta a produtividade da linha de embalagem. O dispositivo de teste de hidrogénio pode ser adaptado a máquinas previamente instaladas (em função do modelo e espaço disponível) e suporta cadências até 100 ciclos por minuto. Nº 210 Jul/Ago/Set

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máquinas Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Eléctrica (PPEC 2011-2012)

Aplicação de Variadores Electrónicos de Velocidade em motores eléctricos Desde a primeira edição do programa GERE em 2008, uma iniciativa da ADENE- Agência para a Energia que a SEW-EURODRIVE PORTUGAL estabeleceu uma parceria para a promoção da medida “Aplicação de Variadores Electrónicos de Velocidade em Sistemas de Bombagem e Ventilação”, colocando em prática todo o seu know-how adquirido ao longo de vários anos em inúmeras aplicações. A SEW-EURODRIVE PORTUGAL cotou-se como empresa líder das diferentes edições da medida, destacando-se não só pela quantidade de VEV instalados mas também pela qualidade do serviço prestado, tendo dessa forma contribuído para uma significativa redução efectiva do consumo de energia eléctrica, da emissão de gases poluentes, e consequente o aumento da competitividade no sector industrial e agrícola.

No seguimento dos anteriores bem-sucedidos projectos, a SEW-EURODRIVE juntou-se novamente à ADENE em mais uma edição da iniciativa para promoção da gestão eficiente da força motriz: “Variadores Electrónicos de Velocidade, comparticipada pela ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos) aprovada no PPEC 2011-12. Nesta medida será concedido a 70 empresas, um incentivo a fundo perdido até 70% sobre o custo de aquisição de 140 motores eléctricos associados a sistemas de bombagem, ventilação e compressão de ar, nas seguintes condições: - Objectivo de poupança energética superior a 25%; - Gama de potências disponíveis: 55 a 160kW; - O fornecimento inclui: VEV; comissionamento; relatório da auditoria energética (antes e após a instalação);

MOVIGEAR® Eficiência económica com o accionamento mecatrónico O accionamento mecatrónico MOVIGEAR® da SEW-EURODRIVE, que combina redutor, motor e electrónica numa unidade compacta e hermética, garante não só uma vantagem económica futura, mas também uma redução imediata dos custos da energia. O nível de eficiência ultrapassa a classe IE4 (Eficiência Super Premium) e qualquer solução convencional de accionamentos. É um verdadeiro “combinado de eficiência”: redutor optimizado de engrenagens helicoidais de veios paralelos, motor síncrono de ímanes permanentes da mais elevada eficiência, suportada por novos componentes electrónicos e modos de controlo, função de desace-

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leração DynaStop® sem consumo de energia, elevada capacidade de sobrecarga, perdas minimizadas. Numa fábrica de engarrafamento de grandes dimensões, a substituição de 105 motoredutores com controlo de frequência de 1,1 a 2,2 kW por accionamentos MOVIGEAR® permitiu reduções de custos de energia até 30%. O accionamento mecatrónico MOVIGEAR® também foi certificado de acordo com a norma “Energy-Efficient System Technology” da TÜV SÜD. Esta certificação é mais um factor indicador para os clientes que procuram as soluções de accionamento mais eficientes, na medida em que destaca a SEW-EURODRIVE dos seus concorrentes.

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- O cliente deverá ter CAE (Classificação Portuguesa de Actividades Económicas) Agricultura e Indústria.

A SEW-EURODRIVE é o primeiro fabricante de accionamentos a ter uma combinação eficiente de redutor, motor e conversor de frequência certificada segundo a norma TÜV SÜD “Energy-Efficient Plant Technology”: o sistema de accionamento mecatrónico MOVIGEAR®, que oferece aos clientes uma referência na selecção de uma unidade de elevada eficiência energética. As propriedades excepcionais de elevada eficiência energética do sistema MOVIGEAR® e o potencial de poupança resultante são, também, comprovados por uma nova função do software de projecto SEW Workbench: uma análise do consumo de energia. O “relatório energético” gerado durante esta análise, que é certificada pela TÜV SÜD, mostra o consumo de energia total para a aplicação específica com o conjunto de accionamentos seleccionado, constituindo a base para a selecção da tecnologia de accionamentos energeticamente mais eficiente.

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máquinas

Novo equipamento para ensaio de queda de dardo O novo CEAST 9340 Drop Weight Tester da Instron permite realizar ensaios de resistência ao impacto de queda de dardo, com energia de impacte entre 0.30 J e 405 J, e pesos entre 1 e 37,5 kg. O novo equipamento é indicado para o ensaio de chapas e filmes, assim como tubos e pequenos componentes, incluindo os ensaios Izod e Charpy. Inclui uma gama completa de acessórios, guardas de protecção do operador contra projecção de fragmentos, controlador e o software CEAST Visual IMPACT.

Ensaios múltiplos A Lloyd Instruments lançou a nova máquina de ensaios de coluna LS1, para plásticos, embalagens, têxteis, borrachas, etc.. As guias lineares e o software de compensação permitem mais velocidade e precisão nos ensaios típicos das máquinas de coluna, tais como rasgamento, deslizamento, compressão, fricção. etc.. A máquina está disponível com a extensões de 500 mm e 800 mm.

Software para não tecidos O Optima Group apresentou o novo programa LIBERO V4 para controlo de linhas de produção e embalagem de tecidos não tecidos. O novo software HMI tem estrutura modular e agrega todas as funções de controlo, incluindo gestão de alarmes, diagnóstico, parâmetros de produção, processamento de dados estatísticos, etc..

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