Resumo Revista "o electricista" 54

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n.° 54 · 4.º trimestre de 2015 · ano 14 · 9.00 € · trimestral · ISSN 1646-4591 · www.oelectricista.pt

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dossier ¬ gestão técnica de edifícios

entrevista ¬ “a estratégia passa pela consolidação e crescimento no mercado nacional”, António Andrade, JUNG Portugal ¬ “temos a certeza de que este vai ser um evento de referência global”, Raúl Calleja, MATELEC

reportagem ¬ PLC 2015: começou a 4.ª revolução industrial ¬ 1.ª edição F.Fonseca Day: sucesso garantido

¬ RS Components lança novo software CAD elétrico para instaladores e eletricistas ¬ CONCRETA e ENDIEL: “o futuro está na reabilitação”

case-study ¬ Phoenix Contact Portugal: manter frio! – novo conceito de dissipação de calor para fontes de alimentação ¬ ABB: poupar 25% nos custos energéticos ¬ F.Fonseca: preparada para o futuro... ¬ Lledó e Museu Guggenheim Bilbao: uma boa parceria em sistemas de controlo de iluminação ¬ OMICRON lança a próxima geração de unidades de teste SFRA


diretor &XVWÂľGLR 3DLV 'LDV custodias@net.sapo.pt TE1000 diretor tĂŠcnico -RVXÂŤ 0RUDLV josuemorais2007@gmail.com

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4.Âş trimestre de 2015

conselho editorial $QWÂľQLR *RPHV 3DXOR 0RQWHLUR H 0DQXHO %RORWLQKD direção executiva ͜͝Ďœ͡ϏÎ‚Ďœ ;΂Ϳ͡Ďœ;͝͹͞ -ÂźOLR $OPHLGD T. 225 899 626 j.almeida@oelectricista.pt ;ͺ͡͸͡ ͜͡ Ďœ͜͡͹Ď?ϔ΂ +HOHQD 3DXOLQR T. 220 933 964 h.paulino@oelectricista.pt editor &,( &RPXQLFDŠ¼R H ,PSUHQVD (VSHFLDOL]DGD /GD ÂŽ design /XFLDQR &DUYDOKR l.carvalho@publindustria.pt webdesign $QD 3HUHLUD a.pereira@cie-comunicacao.pt assinaturas T. 220 104 872 assinaturas@engebook.com www.engebook.com colaboração redatorial &XVWÂľGLR 3DLV 'LDV -RVXÂŤ 0RUDLV $QD 9DUJDV 6DPXHO 5RGD )HUQDQGHV 3DXOR 0DUWLQV 0DQXHO %RORWLQKD +ÂŤOGHU 0DUWLQV $OIUHGR &RVWD 3HUHLUD -RÂĽR 'DPDV -RVÂŤ 9 & 0DWLDV 0DQXHO 7HL[HLUD 5LFKDUG & 0DUFLDQR -RVÂŤ $ 5LFDUGR 3HGUR ) 0DUTXHV (OLVHX $ 5LEHLUR )UDQN =HLJHU &DUORV &RXWLQKR -RUJH 5RGULJXHV GH $OPHLGD 9DOHQWLQD 6XULQL 5LFDUGR 9LQDJUHLUR )HUQDQGR )HUUHLUD /ÂźFLD 0LUDQGD -RÂĽR 7RLWR 5LFDUGR )ÂŤOL[ 3HWHU 6PLWK 3DXOR 0RQWHLUR +LOÂŁULR 'LDV 1RJXHLUD &DUORV 7HL[HLUD 3KRWRJUDSK\ 5LFDUGR 6ÂŁ H 6LOYD 5RVÂŁULR 0DFKDGR H +HOHQD 3DXOLQR redação, edição e administração &,( &RPXQLFDŠ¼R H ,PSUHQVD (VSHFLDOL]DGD /GD ÂŽ *UXSR 3XEOLQGÂźVWULD T. 225 899 626/8 . ) geral@cie-comunicacao.pt ZZZ FLH FRPXQLFDFDR SW propriedade 3XEOLQGÂźVWULD Ě° 3URGXŠ¼R GH &RPXQLFDŠ¼R /GD (PSUHVD -RUQDOÂŻVWLFD 5HJLVWR Q | 1,3& 3UDŠD GD &RUXMHLUD . $SDUWDGR 3RUWR . 3RUWXJDO T. 225 899 620 . ) geral@SXEOLQGXVWULD.pt ZZZ SXEOLQGXVWULD SW impressĂŁo e acabamento *U£ͤFDV $QGXULÂłD $YGD GH 6DQ ;RÂŁQ 32,2 3RQWHYHGUD

publicação periódica 5HJLVWR Q | 'HS¾VLWR /HJDO ,661 7LUDJHP H[HPSODUHV INPI 5HJLVWR Q |

luzes o ano acaba, mas a luz continua

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espaço voltimum

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espaço CPI paisagens lumĂ­nicas – o AURA Festival 2015

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espaço KNX KNX – um novo conceito de habitar

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alta tensão cålculo de correntes de curto-circuito em instalaçþes de Alta Tensão telecomunicaçþes cålculo da rede de cabos coaxiais climatização propriedades tÊrmicas dos materiais. 'HͤQLŠ¡HV E£VLFDV

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notĂ­cias

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artigo tÊcnico anålises de rede: um caminho para a recuperação da receita das empresas elÊtricas

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formação eletrotecnia båsica ͤFKD SU£WLFD Q | casos pråticos de ventilação

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bibliografia

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reportagem PLC 2015: começou a 4.ª revolução industrial 1.ª edição F.Fonseca Day: sucesso garantido RS Components lança novo software CAD elÊtrico para instaladores e eletricistas

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VXPÂŁULR

entrevista “a estratĂŠgia passa pela consolidação e crescimento no mercado nacionalâ€?, AntĂłnio Andrade, JUNG Portugal “temos a certeza de que este vai ser um evento de referĂŞncia globalâ€?, RaĂşl Calleja, MATELEC especial ExpoRexel “mercado precisa de agentes e de entidades que criem valorâ€?, Carlos Teles, Rexel balanço ExpoRexel sistema de gestĂŁo tĂŠcnica num centro desportivo case-study manter frio! – novo conceito de dissipação de calor para fontes de alimentação

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informação tÊcnico-comercial Pronodis: novidade na gama de detetores de presença com tecnologia ultrassónica bucins Ex da Weidmßller Morgado: ligadores compactos para instalaçþes com espaço reduzido 3DOLVV\ *DOYDQL FDPSDLQKDV VHP ͤRV de nova geração Honeywell WEG euro: requisitos para motores anti-deflagrantes: energia segura para compressores QUADRISOL: gestão e produção de energia

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mercado tĂŠcnico

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calendĂĄrio de eventos

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periocidade 7ULPHVWUDO Os artigos assinados sĂŁo da exclusiva responsabilidade dos seus autores. protocolos institucionais $*()( 9ROWLPXP ACIST-AET &3, .1; 6,7( 1257( apoio

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luzes

o ano acaba, mas a luz continua O ano de 2015, que jå terminou, foi proclamado pelas Naçþes Unidas como o Ano Internacional da Luz, salientando toda a ciência e tecnologia associada à luz, que tem contribuído para uma melhoria sensível da nossa qualidade de vida. Em eletrotecnia quando nos referimos à luz, pensamos imediatamente em iluminação. No entanto, temos de reconhecer que, numa perspetiva mais ampla, atualmente, luz Ê muito mais que iluminação, Ê informação, Ê energia, Ê terapia, Ê segurança, Ê um sem fim de aplicaçþes. Os desenvolvimentos científicos e tecnológicos relacionados com a luz e a sua utilização, verificados nas últimas dÊcadas, têm permitido obter soluçþes inovadoras em åreas tão diversas, como a medicina, a produção de energia, a segurança, o envelhecimento saudåvel, as alteraçþes climåticas, entre outros. $ OX] H DV ͤEUDV ¾WLFDV UHYROXFLRQDUDP DV WHOHFRPXQLFDŠ¡HV SHUPLWLQGR DWLQJLU Q¯YHLV GH GHsempenho nunca antes imaginados. A tecnologia laser Ê utilizada em situaçþes tão diversas como intervençþes mÊdicas e corte de materiais na produção industrial. A radiação ultra-violeta permite fazer o tratamento da ågua, evitando a utilização de compostos químicos que podem ser nocivos para a saúde. Estes são alguns exemplos da diversidade de aplicaçþes da luz, que envolvem alta tecnologia e que têm um forte impacto na vida atual. &HQWUDQGR QRV QD YHUWHQWH GD LOXPLQDŠ¼R RX VHMD QD SURGXŠ¼R DUWLͤFLDO GH OX] VHP GŸYLda que a utilização do LED como fonte de luz constituiu uma revolução e um grande avanço QR VHQWLGR GR DXPHQWR GD HͤFLQFLD HQHUJWLFD GRV VLVWHPDV GH LOXPLQDŠ¼R $V FDUDWHU¯VWLFDV do LED, como longa duração, constância do fluxo ao longo da sua vida útil, robustez, resistência à vibração, dimensão reduzida, proporcionaram uma maior variedade de possibilidades de aplicação. Acrescem, ainda, outras vantagens, como a possibilidade de regulação do fluxo, o acendimento instantâneo, o controlo da cor, a não-emissão de radiação ultravioleta ou infravermelha. Tudo isto torna o LED numa fonte luminosa quase perfeita. Quando parecia TXH M£ Q¼R VH SRGHULD LU PDLV DOP QHVWD IRUPD GH SURGX]LU OX] DUWLͤFLDO HLV TXH VXUJHP RV

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&XVWÂľGLR 3DLV 'LDV, Diretor

OLED, baseados na utilização de semicondutores de material orgânico. Esta tecnologia promete suplantar a tecnologia LED, pelo menos em alguns aspetos. Tratando-se de XPD IRQWH GH OX] VXSHUͤFLDO HP TXH D HPLVsão luminosa se då numa årea e não num pequeno ponto (caso do LED), não produz encandeamento. AlÊm disso, permite cem por cento de regulação do fluxo, tem um manuseamento mais fåcil que o LED e permite dispor de superfícies com cores opacas, ou transparentes, ou espelhadas. Estas possiELOLGDGHV DEUHP XP TXDVH LQͤQLWR FRQMXQWR de possíveis utilizaçþes, cabendo à criatividade do homem dar-lhes concretização, podendo mesmo prever-se a interação entre åreas de negócio que atÊ aqui não tinham TXDOTXHU DͤQLGDGH Não posso terminar esta referência à importância da luz sem salientar outra vertente não menos importante do que as anteriores: a produção de energia elÊtrica a partir da luz. Se pensarmos que a energia solar radiada que atinge diariamente a Terra tem um valor esWLPDGR HP FHUFD GH b 7: FRUUHVSRQGHQGR D FHUFD GH b R FRQVXPR JOREDO de energia elÊtrica do planeta, facilmente se percebe a importância do aproveitamento da luz solar para a produção de energia elÊtrica. Atualmente, a forma mais simples de o fazer Ê atravÊs da conversão, utilizando o efeito fotovoltaico. Contudo, a tecnologia disponível ainda estå longe de atingir as suas potencialidades måximas, havendo muito trabalho a desenvolver nesta årea para conseguir melhores desempenhos. AlÊm disso, a periodicidade (diurna versus noturna) da disponibilidade de luz acarreta outras necessidades, como a do armazenamento da energia elÊtrica, havendo tambÊm nesta årea muito a desenvolver. Concluindo, poderemos dizer que o ano termina, mas a luz continua e, com ela, muito trabalho de desenvolvimento para aproveitar mais e melhor as suas potencialidades. Tratando-se do último número da revista deste ano, cumpre-me agradecer a todos o apoio e a colaboração prestada durante o ano e desejar um excelente ANO NOVO.


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espaço voltimum

Voltimum a maior comunidade de profissionais do sector eléctrico

de segurança que estão sobretudo desenvolvidos ao nível de infra-estruturas de centrais eléctricas, mas que ainda precisam de evoluir noutras indústrias. Existem finalmente padrões para transformar a conectividade em algo extremamente simples, de forma a que as pessoas não tenham de fazer grandes configurações ou sequer usar ferramentas de engenharia.

Peritos do sector eléctrico enfatizam a necessidade da IoT À medida que a Internet das Coisas (IoT) continua a expandir-se a uma enorme velocidade, na Voltimum estamos envolvidos na batalha de standardização e regulação da indústria. Reunimos recentemente uma mesa redonda com líderes das empresas ABB, Legrand, Osram, Philips e Schneider Electric, em que foram debatidas formas de resposta a estas questões e ao papel que a standardização e a regulamentação têm consoante a IoT cresce. À medida que os aparelhos conectados entram no mercado, a prioridade é assegurar que eles são seguros. Com a IoT surgem perguntas com os padrões

Ainda assim, uma das maiores preocupações dos técnicos envolvidos no desenvolvimento da IoT para o sector eléctrico é o facto de ter muitos padrões e regulamentos. Tanuja Randery, Presidente da Schneider Electric no Reino Unido diz que “a determinada altura há certas coisas que são demais e outras industrias também se debateram com este problema no passado. Nesta fase de desenvolvimento haverão toneladas de regulamentos, a questão passa por saber como os consolidar e como os reduzir a um ou dois que são, de facto, a chave.” Tendo isto em conta, à medida que existem mais aparelhos conectados no mercado, o sector eléctrico adere a mais protocolos, embora os quadristas afirmem que o mercado forçará a indústria à standardização. A criação de um conjunto de regulamentos será um aspecto chave no futuro da IoT e na Voltimum pretendemos assegurar que a indústria e os seus profissionais tirem o maior partido possível das oportunidades decorrentes da Internet das Coisas (IoT).

> Se quiser fazer parte da Voltimum, fale connosco!

Faça parte da comunidade Voltimum! Promova a sua marca junto dos profissionais do sector Fale connosco! e: ana.vargas@voltimum.com tlm: +351 935 548 829

7H[WR HVFULWR GH DFRUGR FRP D DQWLJD RUWRJUDͤD www.oelectricista.pt o electricista 54


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espaço CPI

paisagens lumínicas – o AURA Festival 2015 Samuel Roda Fernandes

Chegados ao fim de 2015, o Ano Internacional da Luz, iniciativa a que o Centro PortuguĂŞs de Iluminação desde logo se associou atravĂŠs da L-RO (Lighting-Related Organizations), apoiando o AURA Festival1, evento que, sob o tema “Paisagens LumĂ­nicasâ€?, celebrou a relação poĂŠtica entre a noite, a arte, a iluminação e a paisagem2. A I edição do AURA Festival decorreu entre 27 e 30 de agosto de 2015 em Sintra, no âmbito das comemoraçþes do Ano Internacional da /X] H GRV DQRV GD FODVVLͤFDŠ¼R PXQGLDO da UNESCO da “Paisagem Cultural de Sintraâ€?. O evento foi concebido e produzido pela Criaatividade CĂłsmica – Associação Cultural, uma plataforma de Projecto Urbano, Arte PĂşblica, Iluminação e Intervenção Social que, para esta iniciativa, contou com a parceria estratĂŠgica da Câmara Municipal de Sintra e com o patrocĂ­nio de vĂĄrias empresas e o apoio de algumas instituiçþes culturais, cienW¯ͤFDV H DFDGÂŤPLFDV Procurou-se coordenar e integrar artistas de vĂĄrias nacionalidades e diferentes linguagens (artes plĂĄsticas, arquitetura, design de luz, performance, teatro, vĂ­deo mapping, mĂşsica, mixed-media e vĂ­deo games) ao mesmo WHPSR TXH VH UHYHODUDP FDUWRJUDͤDV HPRFLRnais da comunidade atravĂŠs da produção de novos suportes de memĂłria que nasceram da relação entre os habitantes com os espaços quotidianos. O Festival, como intervenção artĂ­stica e urbana, foi composto por vĂĄrias instalaçþes, num total de 26 peças dos artistas Alfred Kurz (Alemanha), AngĂŠlica Evrard (Brasil), Anuk Miladinovic (Suíça), Bruno Carvalho (Portugal), Carlos de Abreu (Alemanha, Portugal), Criaatividade CĂłsmica (Portugal), Javier Aldarias + WWB (Espanha), Jean Marc Dercle (França,

1 www.aurafestival.pt 2 A temåtica entre a luz e a paisagem vai ser ainda aprofundada no Seminårio que o CPI estå a desenvolver juntamente com algumas instituiçþes ligadas a esta relação que não tem limites físicos nem temporais. www.oelectricista.pt o electricista 54

Portugal), Luís Patrício (Portugal), Maximilian Bayer (Alemanha), Moritz Walser (Alemanha), Oskar & Gaspar (Portugal), Patrícia Freire (Portugal), PSTR (Portugal), Rethorica (Portugal), Samuel Roda Fernandes (Portugal) e Tomås Martins (Portugal), que se foram apropriando do espaço urbano com o seu SDWULP¾QLR HGLͤFDGR H QDWXUDO DV VXDV UXDV e largos, parques e zonas de estacionamento automóvel, alcançando uma coerência sistemåtica de relacionamento, leitura e fruição entre as obras de arte e os vårios locais do percurso onde foram instaladas. O festival contou com mais de 30 000 visitantes e uma boa receção por parte da comunicação social, numa demonstração da oportunidade do conceito AURA Festival, que pode a partir de agora ser considerado uma iniciativa que aspira à regularidade legitimada pela qualidade e pertinência enquanto intervenção urbana, revelando uma clara IXQŠ¼R UH TXDOLͤFDGRUD GR (VSDŠR 3ŸEOLFR Ficou demonstrado, recorrendo à comunicação e ao envolvimento do tecido económico, empresarial e social que a Arte, a Ciência e a Tecnologia são agentes mobilizadores de uma relação planeada e sustentåvel; da imSRUW¤QFLD GD LOXPLQDŠ¼R DUWLͤFLDO FRPR XP dos vetores estruturantes dos contextos urbanos e rurbanos. Ao colocar na praça pública um evento que trouxe as pessoas para a rua durante a noite, e as fez refletir sobre a sua relação com a luz e as paisagens notur-

nas, o AURA Festival mostrou-se um evento transversal revelador de uma identidade contemporânea da vila de Sintra. A ĂĄrea de intervenção integrou segmentos pedonais e viĂĄrios ao longo de um caminho que atravessou a vila de Sintra, desde a zona da Estefânia Ă vila velha. Este percurso foi pontuado por vĂĄrios projetos-luz que se enfatizaram atravĂŠs de uma sinalĂŠtica baseada na alteração de cor da Iluminação PĂşblica. Esta alteração de cor, para alĂŠm de retirar intensidade Ă iluminação permanente, revelou uma nova perceção das ruas e jardins, ajudando a WUDQVͤJXUDU D SDLVDJHP QRWXUQD TXRWLGLDQD O festival estendeu-se por um percurso entre o MU.SA – Museu das Artes das Artes de Sintra e o PalĂĄcio Nacional de Sintra. O MU.SA foi o ponto de encontro, onde esteve uma instalação vĂ­deo interativa, daqui partia para Avenida Heliodoro Salgado (instalaçþes de vĂ­deo e lumĂ­nicas), Largo Afonso de Albuquerque (açþes paralelas desenvolvidas pelo Centro de CiĂŞncia Viva de Sintra), Cor-


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espaço KNX

KNX – um novo conceito de habitar

Paulo Martins

ATEC, Centro de Formação KNX, Associação KNX Portugal

Os elementos arquitetĂłnicos de hoje sĂŁo muitos diferentes de hĂĄ uma ou duas dĂŠcadas atrĂĄs. A arquitetura hoje integra novos elementos, novos contornos, novos conceitos, para que os edifĂ­cios sejam apreciados e se adequem Ă s necessidades impostas pela sociedade a diferentes nĂ­veis. )DWRUHV FRPR D VHJXUDQŠD FRQIRUWR ͤDELOLGDGH HFRQRPLD HFRORJLD e a flexibilidade sĂŁo levados muito a sĂŠrio e integrados de diferentes formas. Estas necessidades deram azo ao aparecimento de novas tecnologias, novos materiais, novos procedimentos adotados, inclusive a forma como ĂŠ concebido todo o projeto de arquitetura que sofreu igualmente alteraçþes. A DomĂłtica, tecnologia que permite controlar diversas funcionalidades de um edifĂ­cio, ĂŠ um bom exemplo disso mesmo. Esta tecnologia otimiza a utilização do espaço, do tempo e dos conteĂşdos. 3HQVDUHPRV HP DPELHQWHV HP YH] GH GLYLV¡HV H HP FRQͤJXUDŠ¡HV em vez de organizaçþes. O edifĂ­cio terĂĄ a capacidade de se adaptar Ă s diferentes atividades e necessidades de que ĂŠ alvo ao longo do dia e Ă s HVSHFLͤFLGDGHV GRV XWLOL]DGRUHV A DomĂłtica nĂŁo se limita Ă gestĂŁo inteligente de todos os recursos e espaços, vai mais alĂŠm. Integrar sistemas de DomĂłtica, jĂĄ nĂŁo ĂŠ somente implementar aquele pequeno sistema de controlo de iluminação e de deteção de incĂŞndios, com aviso por telemĂłvel, que se vĂŞ nos anĂşncios de apartamentos a estrear. DomĂłtica ĂŠ simplesmente interligar‌Interligar funçþes com a tecnologia KNX.

Security Systems Control

Automation & Remote Access Blind & Shutter Control

Lighting Control

Operation & Visualization

Energy Management HVAC Controls

Com esta tecnologia reinventou-se o conceito de habitar! www.oelectricista.pt o electricista 54

A Tecnologia KNX começou como o Standard Europeu EN 50090 e evoluiu para um Standard Mundial designado ISO/IEC/14543. O sistema KNX integra os diferentes aspetos da gestão tÊcnica de um edifício, incluindo o controlo e monitorização da iluminação, cortinas, controlo de estores, aquecimento, ventilação e ar-condicionado, måquinas, videoporteiro, sistemas de alarme/intrusão, eletrodomÊsticos, åudio, telecomandos, acessos por telemóvel GPRS e por Internet, painÊis tåteis pequenos e grandes, mostrando consumos de energia e previsþes meteorológicas, entre outras funcionalidades.

Na cozinha consegue-se ouvir música pop atravÊs de colunas integradas enquanto se prepara um prato delicioso para o jantar. Na banheira desfruta-se de momentos relaxantes apreciando um trecho de Beethoven e, entretanto, uma história da Branca de Neve pode ser ouvida no quarto das crianças. Depois de apenas alguns cliques no computador ou no touchscreen, a música desejada/som pode ser ouvida em cada divisão da habitação ou edifício.


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alta tensĂŁo

cĂĄlculo de correntes de curto-circuito em instalaçþes de Alta TensĂŁo Manuel Bolotinha Engenheiro ElectrotĂŠcnico – Energia e Sistemas de PotĂŞncia (IST – 1974) Membro SĂŠnior da Ordem dos Engenheiros &RQVXOWRU HP 6XEHVWDŠ¡HV H )RUPDGRU 3URͤVVLRQDO

1. INTRODUĂ‡ĂƒO Como em qualquer instalação, as instalaçþes de Alta TensĂŁo estĂŁo sujeitas a defeitos de curto-circuito cujos principais motivos sĂŁo: Ě˝ Ruptura dielĂŠctrica dos materiais isolantes (envelhecimento, condiçþes severas de sobreaquecimento e sobretensĂľes, acçþes mecânicas intensas e corrosĂŁo quĂ­mica estĂŁo entre as principais causas deste fenĂłmeno); Ě˝ Diminuição das distâncias de segurança e de isolamento/segurança; Ě˝ Descargas parciais (efeito de coroa). Os curto-circuitos causam nos equipamentos esforços tĂŠrmicos e electrodinâmicos; os esforços tĂŠrmicos resultam do sobreaquecimento dos cabos e condutores (por efeito de Joule), podendo dar origem Ă ruptura do isolamento e Ă fusĂŁo dos materiais condutores; os esforços electrodinâmicos sĂŁo o resultado da força electromagnĂŠtica, que ĂŠ proporcional ao valor da corrente.

2. TIPOS DE DEFEITOS 2V GHIHLWRV QXPH UHGH HOÂŤFWULFD SRGHP FODVVLͤFDU VH FRPR ̸Activosâ€? e “Passivosâ€?. Um defeito “Activoâ€? acontece devido a curto-circuitos na instalação, e a principal causa dos defeitos “Passivosâ€? sĂŁo sobrecargas, sub e sobre tensĂľes e frequĂŞncias e oscilaçþes de cargas. 2V GHIHLWRV DFWLYRV SRGHP FODVVLͤFDU VH FRPR ̸sĂłlidosâ€? e “incipientesâ€?. Um defeito “sĂłlidoâ€? acontece quando existe um contacto franco entre dois elementos em tensĂŁo ou entre um elemento em tensĂŁo e a terra, e ĂŠ “incipienteâ€? quando esse contacto nĂŁo ĂŠ franco. A experiĂŞncia mostra que, habitualmente, um defeito “incipienteâ€?, se nĂŁo eliminado em tempo Ăştil, evolui para um defeito “sĂłlidoâ€?. A Figura 1 representa os diagramas de curto-circuitos das redes e instalaçþes elĂŠctricas.

Os curto-circuitos Fase-Fase e Fase-Fase-Terra podem evoluir para um curto-circuito trifĂĄsico, devido Ă ruptura dielĂŠctrica causada pelo elevado valor das correntes de defeito.

Defeitos simĂŠtricos e assimĂŠtricos Quando o curto-circuito envolve igualmente as trĂŞs fases, o defeito ĂŠ FODVVLͤFDGR FRPR ̸simĂŠtricoâ€?. Contudo, a maior parte dos defeitos afecta apenas duas fases, sendo mais frequentes os curto-circuitos Fase-Terra, Fase-Fase e FaseFase-Terra, designando-se este tipo de defeitos por “assimĂŠtricoâ€? (no caso das linha aĂŠreas apenas cerca de 5% dos defeitos sĂŁo simĂŠtricos). As principais causas dos defeitos assimĂŠtricos sĂŁo: Ě˝ Fase-Fase e Fase-Fase-Terra: ionização do meio ou contacto acidental entre as fases (exemplo: rotura de um isolador). Ě˝ Fase-Terra: Contacto acidental entre uma fase e terra (exemplo: rotura de um isolador), ou fenĂłmenos de descargas atmosfĂŠricas. Acontece que em alguns defeitos se dĂĄ uma rotura de um condutor, com ou sem contacto com a terra, dando origem a um “circuito abertoĚš VLWXDŠ¼R TXH GLͤFXOWD D GHWHFŠ¼R GR GHIHLWR QÂĽR KÂŁ FLUFXODŠ¼R GH corrente), e que pode causar desequilĂ­brio de cargas na rede e sobreaquecimento dos geradores.

3. Cà LCULO DAS CORRENTES DE CURTO-CIRCUITO Os equipamentos, incluindo as estruturas metålicas, devem ser dimensionados, tendo não só em atenção a corrente de serviço, mas tambÊm os esforços tÊrmicos e electrodinâmicos da corrente de curto-circuito; o cålculo das correntes de curto-circuito permite igualPHQWH GHͤQLU DV FDUDFWHU¯VWLFDV GRV HTXLSDPHQWRV SRU H[HPSOR R SRGHU GH FRUWH GRV GLVMXQWRUHV H GHͤQLU RV YDORUHV GH UHJXODŠ¼R set points) das protecçþes. Recomenda-se que o cålculo das correntes de curto-circuito seja feito de acordo com a Norma IEC 60909-0.

1) Curto-circuito TrifĂĄsico Ě˝ Ě˝

I�k3 = 1,1 × Un ͛ ™ =d) – måximo I�k3 = 0,95 × Un ͛ ™ =d) – mínimo

2) Curto-circuito Fase-Fase Ě˝ Ě˝

I�k2 = 1,1 × Un / (Zd + Zi ͞ ™ Un / (2 × Zd) – måximo(1) I�k2 = 0,95 × Un / (Zd + Zi ͞ ™ Un / (2 × Zd) – mínimo(1)

3) Curto-circuito Fase-Terra Ě˝ Ě˝

Figura 1. 'LDJUDPDV GH FXUWR FLUFXLWR

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I�k1 = 1,1 × Un / (Zd + Zi + Z0 ͞ ™ Un / (2 × Zd + Z0) – måximo(1) I�k1 = 0,95 × Un / (Zd + Zi + Z0 ͞ ™ Un / (2 × Zd + Z0) – mínimo(1)

(1) É pråtica comum no cålculo das correntes de curto-circuito fazer-se Zd = Zi.


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telecomunicações

cálculo da rede de cabos coaxiais

Hélder Martins Televés Electrónica Portuguesa, Lda.

A 3.ª edição do Manual ITED, sendo o resultado da maturação do regime técnico até aqui em vigor, veio e muito alterar os procedimentos de cálculo da rede de cabo coaxial.

Com este pressuposto enumeram-se algumas soluções possíveis devidamente MXVWLͤFDGDV ̽ Alteração da localização do ATI: alterar o ATI da sua localização inicial poderia ser uma solução de forma que existisse uma maior equidistância entre a totalidade das tomadas ao ATI.

Com base na normalização europeia aplicada a este dinâmico setor das comunicações eletrónicas vem-se constatar que a adoção destes princípios pode esbarrar em alguns constrangimentos, começando pela inclusão da frequência dos 862 MHz para o cálculo das redes de cabo coaxial. Desde o recente dividendo digital que esta frequência já não pertence à banda de alocação de frequências de televisão, mas sim aos operadores de 4G. Os 790 MHz passaram a ser frequência de trabalho limite para alocação de canais terrestres. Muito se tem debatido sobre as regras de cálculo do Manual ITED3 no que concerne aos restritivos valores máximos das atenuações e tilt das ligações permanentes, onde projetistas tentam, a todo o custo, que os seus projetos cumpram a lei sem ferir a funcionalidade da instalação e os custos associados.

Esta situação apenas traria vantagens em edifícios onde se excedesse muito pouco os limites de atenuações impostos pelo regulamento ITED. No entanto será uma solução que não irá, com certeza, ao encontro das pretensões do dono de obra nem da arquitetura e do bom senso em colocar, por exemplo, um ATI numa das paredes de uma divisão principal. Já se torna frequente encontrarem-se projetos em que previamente foram previstas localizações de espaços técnicos para o efeito. A arquitetura deverá ter sempre em consideração as necessidades das especialidades, no entanto este princípio deverá ser sempre recíproco. ̽ Desdobramento do ATI: o Manual ITED prevê que o ATI possa ser constituído por uma ou mais caixas com os respetivos Repartidores de Cliente (RC), e permite a

interligação entre a rede coletiva, ou de operador, e a rede individual de cabos. As caixas que constituem o ATI devem estar interligadas, no mínimo, por 2 tubos de 40 mm de diâmetro, ou o equivalente em calha. Ao optar-se por esta hipótese pode parecer que se resolve o problema. No entanto convém não esquecer que se terá de considerar a atenuação da interligação dos vários passivos dimensionados em cada caixa do $7, (VWD VROX©¥R SDUD DO«P GH VHU VLJQLͤFDtivamente mais dispendiosa, acaba por sair gorada já que será necessário contemplar os passivos que interligam as várias caixas. Caso contrário tratar-se-á de uma infraestrutura incompleta que apenas permite a ligação do sinal de entrada a uma das caixas que constitui o ATI, ou seja apenas a uma parte das tomadas. ̽ Deixar parte das tomadas desligadas: esta é uma solução controversa já que a sua interpretação está ambígua no presente Manual. No entanto, partindo do pressuposto que é válido numa instalação com 12 tomadas, instalar um repartidor coaxial de apenas 6 saídas com o

QUADRO 1. 9$/25(6 0 ;,026 '$6 $7(18$ (6 '$6 /,*$ (6 3(50$1(17(6 0$18$/ ,7('

Frequências (MHz)

A LP: valor máximo (dB)

862

18

2150

26

QUADRO 2. 4.25 - VALORES MÁXIMOS DE TILT (MANUAL ITED3).

Tilt 47 MHz - 862 MHz (dB) Ligação entre o secundário do RG-CC, ou CR, e o primário do RC-CC

Ligação entre o secundário do RC-CC, e as TT

Edifícios com partes coletivas e individuais

Nas TT

Edifícios com partes coletivas e individuais -12

Edifícios só com parte individual

Ligação entre o Ligação entre o secundário secundário do RG-CC, ou do RC-CC, e as TT CR, e o primário do RC-CC

-5

-7

www.oelectricista.pt o electricista 54

Tilt 950 MHz - 2150 MHz (dB)

-12

Nas TT

-6

-9

-15 Edifícios só com parte individual

-15


18

climatização

propriedades tĂŠrmicas dos materiais. Definiçþes bĂĄsicas Alfredo Costa Pereira GET – GestĂŁo de Energia TĂŠrmica, Lda. www.get.pt

O CALOR ĂŠ uma forma de Energia em transição. NĂŁo ĂŠ uma Propriedade de Estado Termodinâmica, pelo que sĂł faz sentido falar em calor, durante uma transformação de um Estado para outro Estado. NĂŁo faz sentido falar de calor contido ou armazenado num corpo ou material. O calor, uma vez atravessando a fronteira de um sistema transforma-se em Energia Interna ou em Entalpia, grandezas que sĂŁo Propriedades de Estado. O calor exprime-se em unidades de Energia (J). 1. TRANSFERĂŠNCIA DE CALOR, FLUXO DE CALOR, TRANSMISSĂƒO DE CALOR OU TRANSMISSĂƒO TÉRMICA OU AINDA, COEFICIENTE DE FLUXO TÉRMICO, ATRAVÉS DE UM DETERMINADO ¡ MATERIAL, Q (W): É a quantidade de calor transferida por unidade de tempo atravĂŠs de um material. Exprime-se em J/s ou Watt.

2. CONDUTIBILIDADE TÉRMICA, Ć• (W/m.K) É o fluxo de calor que atravessa uma placa de um dado material de 1 metro de espessura por unidade de tempo, e por unidade de superfĂ­cie, por cada grau de diferença de temperatura entre os dois lados da placa: Ć•=

¡ Q Ă—e

(W / m.K)

S ™ ůt

Por sua vez a Condutibilidade TĂŠrmica refere-se apenas Ă espessura unitĂĄria, isto ĂŠ, no Sistema Internacional de Unidades, a 1 metro de espessura do material considerado, e exprime-se em

É o inverso da condutibilidade tÊrmica =

R=

1 C

e

=

Ć• e

(

W m2.K

)

‹ R IOX[R GH FDORU HP :DWW TXH DWUDYHVVD D ÂŁUHD VXSHUͤFLDO GH P2 de um determinado material com uma determinada espessura (e), dividida pela diferença de temperatura entre as duas faces do material. C=

¡ Q S ™ ĹŻt

=

Ć• e

Nota 1: a Condutância TÊrmica Ê uma medida do fluxo de calor por unidade de superfície, atravÊs da espessura total do material considerado, e exprime-se em www.oelectricista.pt o electricista 54

W m2.K

.

(m2 K / W)

Ć•

A Resistência TÊrmica Ê o inverso da Condutância TÊrmica, tal como a Resistividade TÊrmica Ê o inverso da Condutibilidade TÊrmica. Nota 2: quando o calor atravessa mais do que 1 material com caraterísticas diferentes, isto Ê, quando o calor atravessa uma estrutura composta por vårias camadas de diferentes materiais, (como Ê o caso, por exemplo, dos componentes da estrutura de um edifício, tal como uma parede, cobertura, pavimento, entre outros que são formados por reboco de cimento, betão, tijolo, isolamento tÊrmico, caixa de ar e outros, rodeados interna e externamente por ar com uma determinada temperatura e nível de agitação) as resistências tÊrmicas de cada camada constituinte dessa estrutura (incluindo as resistências tÊrmiFDV VXSHUͤFLDLV GR DU LQWHULRU H H[WHULRU HP FRQWDFWR FRP D HVWUXWXUD devem adicionar-se, para obtermos a Resistência TÊrmica Global da HVWUXWXUD FRPSRVWD GHͤQLŠ¼R

6. COEFICIENTE DE CONDUTĂ‚NCIA SUPERFICIAL OU COEFICIENTE DE TRANSFERĂŠNCIA DE CALOR SUPERFICIAL (h =

W m2.K

)

Ć•

4. CONDUTÂNCIA TÉRMICA OU COEFICIENTE DE CONDUTIBILIDADE DE UMA DETERMINADA ESPESSURA DE MATERIAL C=

.

5. RESISTÊNCIA TÉRMICA

3. RESISTIVIDADE TÉRMICA (M. K/W): 1

W m.K

É o fluxo de calor por unidade de superfĂ­cie de, (ou para) a face de um material que estĂĄ em contacto com o ar, (ou outro fluido), devido Ă convecção, condução e radiação, dividida pela diferença de temperatura entre a face do material e a do fluido em contacto com ela. O valor de h depende de vĂĄrios fatores, nomeadamente da velocidade do ar, da cor, rugosidade e emissividade da parede, entre outros, tomando sempre valores diferentes para a face exterior e para a face interior de qualquer elemento da envolvente de um edifĂ­cio ou de determinado espaço desse edifĂ­cio.

7. RESISTÊNCIA TÉRMICA SUPERFICIAL RS =

1 h

(

m2.K W

)

É o inverso do &RHͤFLHQWH GH 7UDQVIHUÂŹQFLD GH &DORU 6XSHUͤFLDO.


36

artigo tĂŠcnico

anålises de rede: um caminho para a recuperação da receita das empresas elÊtricas João Damas Medium Voltage Activity Manager Schneider Electric Portugal

Este artigo ilustra como anĂĄlises especĂ­ficas de rede ajudam os operadores a agilizar melhor as operaçþes e a recuperar os seus investimentos em tecnologia de contadores inteligentes. O investimento em contadores inteligentes SRU VL VÂľ QÂĽR ÂŤ VXͤFLHQWH SDUD TXH DV HPSUHVDV HOÂŤWULFDV FRQVLJDP LGHQWLͤFDU H HOLPLQDU DV SHUGDV GH HͤFLÂŹQFLD 3RU LVVR IHUUDPHQWDV analĂ­ticas que integrem dados da rede e informação dos contadores inteligentes, a par de uma gestĂŁo robusta da performance, sĂŁo fundamentais para gerir perdas tĂŠcnicas e nĂŁo tĂŠcnicas de energia. Atualmente, as empresas elĂŠtricas absorvem mais de 200 mil milhĂľes de euros SRU DQR HP IXUWRV H SHUGDV GH HͤFLÂŹQFLD enquanto cerca de 8% da capacidade de produção ĂŠ desperdiçada. Assim, alĂŠm de serem desperdiçados recursos valiosos, HVWD LQHͤFLÂŹQFLD UHVXOWD QD OLEHUWDŠ¼R GHVnecessĂĄria de uma elevada quantidade de CO2 para a atmosfera. Perante estes dados, ĂŠ possĂ­vel compreender como o controlo destas perdas permite Ă s empresas elĂŠtricas protegerem as suas receitas, garantirem a segurança dos seus colaboradores, reduzirem os custos operacionais, aumentar a FRQIRUPLGDGH OHJDO H PHOKRUDU D HͤFLÂŹQFLD energĂŠtica. Para começar a resolver este problema, muitas empresas elĂŠtricas tĂŞm investido em contadores inteligentes - um passo importante para conseguir reunir os dados que permitem melhorar as operaçþes. No entanto, em muitos casos, os benefĂ­cios desta infraHVWUXWXUD LQWHOLJHQWH QÂĽR VÂĽR VXͤFLHQWHPHQWH aproveitados. Os dados dos contadores encontram-se na extremidade da rede, porĂŠm, para obter uma visĂŁo completa da mesma, ĂŠ essencial que as empresas elĂŠtricas reĂşnam igualmente dados do interior da rede – nos ponwww.oelectricista.pt o electricista 54

tos que existem entre os seus clientes e as subestaçþes. Combinar os dados internos com informação de uma infraestrutura de contadores inteligentes traduz-se numa imagem mais precisa e exata das condiçþes reais da rede. As anĂĄlises de rede correlacionam os dados de consumo – recolhidos pelos contadores inteligentes – com os dados relativos Ă s condiçþes operacionais da rede – adquiridos atravĂŠs de pontos internos de dados de forma D JHUDU QRWLͤFDŠ¡HV H LGHQWLͤFDU WHQGÂŹQFLDV Ao integrar a faturação, contadores inteligentes e dados internos numa plataforma analĂ­tica ĂŠ possĂ­vel a recuperação das perdas, o aumento de receitas e a redução do nĂ­vel de risco. Na realidade, estudos apontam que entidades que apostaram na implementação de ferramentas analĂ­ticas na rede constataram uma redução de perdas em cerca de 50%, num perĂ­odo inferior a trĂŞs anos. A anĂĄlise da rede promove ainda uma compreensĂŁo mais abrangente das caraterĂ­sticas Ăşnicas da mesma, possibilitando uma distribuição mais inteligente e maior ͤDELOLGDGH RSHUDFLRQDO $ WÂŻWXOR GH H[HPSOR a segurança dos trabalhadores ĂŠ melhorada DWUDYÂŤV GD LGHQWLͤFDŠ¼R GH FDUJDV VHP FRQsumo e da utilização de tecnologia SIG mais ͤ£YHO DWUDYÂŤV GH PHFDQLVPRV GH DXGLWRULD Paralelamente, ĂŠ tambĂŠm reforçada a rĂĄpida recuperação de receitas e investimentos e as FDSDFLGDGHV ÂźQLFDV GH LGHQWLͤFDŠ¼R GH SURblemas. Soluçþes de anĂĄlise de rede ajudam ainda a identificar pontos-chave da mesma que deverĂŁo beneficiar da renovação de equipamentos. A informação recolhida a

partir dos pontos internos e dos contadores inteligentes reflete as condiçþes atuais de operação de uma rede de distribuição elÊtrica, o que permite que a rede seja dividida em segmentos priorizados por nível de risco. Isto contribui para que as empresas elÊtricas possam focar a sua investigação e mitigação de recursos de uma forma mais eficiente. Os operadores da rede têm acesso a uma informação mais detalhada sobre as conGLŠ¡HV RSHUDFLRQDLV H LGHQWLͤFDP GH IRUPD PDLV HͤFLHQWH H U£SLGD RV IXUWRV GH HQHUJLD erros de ligação, desequilíbrio das fases, sobrecarga de transformadores ou outros problemas. Consequentemente, a tomada de decisão estratÊgica dos executivos Ê fortalecida, tendo em conta que os sistemas de anålise em rede revelam as condiçþes atuais e reais da rede de distribuição, em oposição à especulação sobre o que estå a acontecer como sucedia atÊ então. Sumariamente, atravÊs da integração de conhecimento e experiência locais, bem como de dados de rede tangíveis, tanto as perdas tÊcnicas (exemplo, perdas nas linhas, desequilíbrio de fases, perdas em carga e em vazio de transformadores) como as perdas não tÊcnicas são identificadas atravÊs de: ̽ Alertas de carga e anomalias de consuPR DWUDYV GH QRWLͤFDŠ¡HV EHP FRPR de åreas de rede com alto risco; ̽ &RQͤUPDŠ¼R YLD WRSRORJLD 6,* VH DV comparaçþes do balanço energÊtico são exatas e se estão corretas; ̽ ,GHQWLͤFDŠ¼R GR PRPHQWR H[DWR GD RFRUrência de furtos na rede;


38

formação

eletrotecnia bĂĄsica leis gerais do circuito elĂŠtrico 5.ÂŞ PARTE

JosĂŠ V. C. Matias Licenciado em Engenharia EletrotĂŠcnica (IST) Professor do Ensino SecundĂĄrio TĂŠcnico Autor de Livros TĂŠcnico -DidĂĄticos de Eletricidade e EletrĂłnica

8. LEI DE OHM Vimos jĂĄ que existem vĂĄrios tipos de recetores, os quais provocam diferentes transformaçþes energĂŠticas. A Lei de Ohm, que agora estudamos, aplica-se apenas aos recetores ditos resistivos e lineares. Um recetor resistivo ĂŠ aquele que apresenta apenas ‘resistĂŞncia elĂŠtrica’ (mais tarde, veremos que hĂĄ recetores que tĂŞm reatância indutiva, reatância capacitiva, e outras), isto ĂŠ, nĂŁo possui reatância indutiva ou capacitiva. SĂŁo exemplos de recetores resistivos: o reĂłstato, o potenciĂłmetro, a resistĂŞncia propriamente dita, o irradiador, entre outros. Um recetor diz-se linear quando mantĂŠm constantes as suas caraterĂ­sticas, em toda a sua extensĂŁo e independentemente da corrente que o percorre e da tensĂŁo aplicada. Façamos a montagem indicada na Figura.

Georg Simon Ohm chegou exatamente a esta conclusão em 1827, tendo enunciado a seguinte Lei, à qual foi dada mais tarde o seu nome: Lei de Ohm – É constante o quociente entre a tensão aplicada a um condutor linear (ou a um recetor resistivo e linear) e a intensidade de corrente que o percorre. A esta constante de proporcionalidade dåse o nome de resistência elÊtrica R. A Lei de Ohm Ê traduzida matematicamente por: R=

U I

FRP 5 Ě° UHVLVWÂŹQFLD HOÂŤWULFD HP RKPV Ě° Ćƒ

U – tensĂŁo aplicada (em Volts – V) I – intensidade de corrente (em Amperes – A) A resistĂŞncia elĂŠtrica de um recetor resistivo e linear pode tambĂŠm ser REWLGD JUDͤFDPHQWH WDO FRPR VH UHSUHVHQWD QD )LJXUD

F

K

+

F. A. –

I

–

A +

U(V)

+ U

R

V

12

5 Ćƒ

9

–

6 Figura 28. 0RQWDJHP SDUD FRQͤUPDŠ¼R GD /HL GH 2KP

3

A fonte de alimentação F.A. permite-nos variar a tensão U aplicada ao recetor R (reóstato, por exemplo). Com o voltímetro V medimos a tensão U aplicada; com o amperímetro A, medimos a intensidade de corrente que percorre o recetor R. Ligando o interruptor K aplicåmos sucessivos valores de tensão, tendo registado as leituras de tensão U e de corrente I indicadas no Quadro. Leituras 8 9

, $

CĂĄlculos 8 , 100

U1 = 3

I1 = 0,03

U2 = 6

I2 = 0,06

100

U3 = 9

I3 = 0,09

100

U4 = 12

I4 = 0,12

100

Constatamos, imediatamente, que a intensidade I vai aumentando com a tensĂŁo U aplicada. Ao efetuarmos o TXRFLHQWH 8 , entre a tensĂŁo U aplicada ao recetor e a intensidade I que o percorre, nos diferentes ensaios, constatamos que a razĂŁo era constante, isto ĂŠ : U1 I1

=

U2 I2

=

U3 I3

=

U4 I4

= constante = 100

Nota: evidentemente que, durante os ensaios, nem sempre o quociente dĂĄ exatamente o mesmo valor, pois hĂĄ sempre erros dos aparelhos de medida, erros de leitura, entre outros. www.oelectricista.pt o electricista 54

0,03

0,06 0,09

0,12

I(A)

Figura 29. 2 JU£ͤFR 8 ,  XPD UHWD SHOR TXH D UHVLVWQFLD 5  OLQHDU

9HULͤFD VH TXH R JU£ͤFR 8 , FRUUHVSRQGH H[DWDPHQWH D XPD UHWD GHvido ao facto do recetor ser linear. Se não obtivÊssemos uma reta era porque o recetor não era linear e, portanto, não poderíamos aplicar a Lei de Ohm, ou então era porque teria havido alguma leitura errada. A partir da expressão anterior da Lei de Ohm podemos facilmente obter outras expressþes: R=

U I

I=

U R

U = RI

Isto Ê, conhecido o valor de R, podemos calcular os valores de I para diferentes valores de U aplicados, ou podemos calcular os valores da tensão U aplicada ao recetor, para diferentes valores de intensidade. A Lei de Ohm Ê utilizada na medição de resistências elÊtricas, utilizando o mÊtodo voltamperimÊtrico que consiste em medir a tensão aplicada ao componente ou ao recetor, medir a intensidade de corrente QR FRPSRQHQWH RX QR UHFHWRU H ͤQDOPHQWH FDOFXODU D UHVLVWQFLD SHOD Lei de Ohm: R = U/I. Geralmente, são efetuadas vårias leituras de U e de I e calculados vårios valores de R, fazendo-se depois a mÊdia aritmÊtica dos valores calculados: R=

R1 + R2 + ..... + RN N


42

formação

ficha prĂĄtica n.Âş 44 prĂĄticas de eletricidade INTRODUĂ‡ĂƒO Ă€ ELETRĂ“NICA. Manuel Teixeira ATEC – Academia de Formação

Os transístores de junção bipolar são um dos componentes mais importantes da eletrónica analógica. Poderemos encontrå-los em vårias aplicaçþes como os amplificadores de sinais, amplificadores diferenciais ou drives de potência. Nesta edição vamos olhar para os amplificadores de um andar e as suas diferentes componentes analíticas.

,QWHUSUHWDQGR R JU£ͤFR GD )LJXUD H DQDOLVDQGR DV H[SUHVV¡HV GHVFULWDV YHULͤFDPRV TXH GHYLGR ¢ FXUYDWXUD XP YDORU ͤ[R GH Xbe origina mais ie quando o ponto Q estĂĄ polarizado na parte superior da caraterĂ­stica. Dito de outra forma, a resistĂŞncia do dĂ­odo base-emissor em Corrente Alternada diminui quando a Corrente ContĂ­nua do emissor aumenta. Assim, a resistĂŞncia de emissor em Corrente Alternada GHͤQH VH SRU r’e =

ube ie

$ SOLFD v HP UvH LQGLFD TXH D UHVLVWÂŹQFLD ÂŤ LQWHUQD DR WUDQVÂŻVWRU

20.5. Resistência do díodo BE em Corrente Alternada Analisando, novamente, a caraterística corrente-tensão na junção BE e, atendendo ao exposto anteriormente, quando existe uma tensão alternada nos terminais da junção resulta a Corrente Alternada de emissor que se pode observar na Figura seguinte. IE

Analisemos dois exemplos concretos para compararmos o valor da UHVLVWQFLD LQWHUQD GD MXQŠ¼R %( SHOD DQ£OLVH GR JU£ͤFR GD )LJXUD YHULͤFDPRV TXH D WHQV¼R DOWHUQDGD EDVH HPLVVRU DSUHVHQWD P9 GH excursão pico a pico. No ponto de funcionamento Q estabelece-se uma Corrente Alternada de emissor de 100 ¾A pico a pico.

Q

IE

UBE

Q

100 ÂľA

UBE

Figura 137. $QÂŁOLVH GD UHVLVWÂŹQFLD GR GÂŻRGR EDVH HPLVVRU HP &RUUHQWH $OWHUQDGD

A amplitude desta Corrente Alternada depende da localização do ponto de funcionamento Q. Em consequência da curvatura da caraterística obtÊm-se uma corrente de emissor com um maior valor pico a pico quando o ponto de funcionamento Q estå na parte superior da caraterística. As grandezas intervenientes na caraterística apresentada são UBE e IE. Sabemos que a corrente de emissor se decompþe em duas componentes:

IE = IEQ + ie De igual forma a tensĂŁo base-emissor virĂĄ:

UBE = UBEQ + ube Em que: UBE – tensão total base-emissor; UBEQ – tensão contínua base-emissor (o índice Q refere-se ao ponto de funcionamento Q); ube – tensão alternada de emissor. www.oelectricista.pt o electricista 54

5 mV Figura 138. 9HULͤFDŠ¼R GD YDULDŠ¼R GD UHVLVWQFLD GD MXQŠ¼R %( HP &RUUHQWH $OWHUQDGD

A resistĂŞncia base-emissor em Corrente Alternada virĂĄ:

r’e =

ube ie

=

5 Ă— 10 -3 100 Ă— 10 -6

Ćƒ

Suponhamos que o ponto de funcionamento Q subiu ligeiramente em relação ao exemplo anterior. A tensão alternada base-emissor apresenta neste ponto 5 mV de valor pico a pico e a Corrente Alternada de HPLVVRU  GHͤQLGD SRU w$ $ UHVLVWQFLD GH HPLVVRU HP &RUUHQWH Alternada serå:

r’e =

ube ie

=

5 Ă— 10 -3 200 Ă— 10 -6

Ćƒ


44

formação

casos pråticos de ventilação ventilação de cabinas de pintura de automóveis Texto cedido por S & P Portugal, Unipessoal, Lda.

O PROBLEMA

(VTXHPD

Ventiladores CVTT-22/22 700 rpm 7’5 KW

Fomos consultados no sentido de calcularmos as necessidades de ventilação de uma cabina de pintura de automóveis que estå a ser construída numa empresa de transformação de carroçarias.

Grelha de suporte GRV ͤOWURV Secção 12’5 m2

DADOS A TER EM CONTA A cabina terå 10 metros de comprimento por 5 de largura e 5 de altura. No teto terå uma cobertura adicional do tipo plenum para permitir a entrada de ar por sobrepressão. No chão construir-se-å um coletor FRP JUHOKDV GH ͤOWUDJHP SDUD H[WUDŠ¼R GR DU GH GLPHQV¡HV D GHWHUminar, que serå ligado a uma conduta para saída para o exterior com cerca de 12 metros de extensão e 1 metro de diâmetro.

DETERMINAĂ‡ĂƒO DAS NECESSIDADES Para cabinas de pintura de uso contĂ­nuo, os principais fabricantes determinam uma necessidade de 180 renovaçþes/hora do volume total do local:

Coletor Secção 0’8 m2 Filtro de retenção de tinta

Q = 10Ă—5Ă—5Ă—180 = 45 000 mÂł/h 3DUD GHWHUPLQDU D VHFŠ¼R GRV ͤOWURV GH HQWUDGD GH DU FDOFXOÂŁ OD HPRV com base nas necessidades de velocidade de 1 m/s o que nos dĂĄ uma secção de passagem no teto de: Se = 45 000 / 1 ms / 3600 = 12,5 m² Para determinar a secção do coletor inferior para a evacuação do ar, calculĂĄ-la-emos com base numa velocidade de ar no coletor de 8 m/s:

Grelha de piso Secção 1’6 m2 Câmara em sobrepressĂŁo

$ SHUGD GH FDUJD FDOFXODGD SDUD R VLVWHPD GH DU ͤOWUDGR  GH PP F G D 6H R IDEULFDQWH GRV ͤOWURV LQGLFDVVH SHUGDV VXSHULRUHV VHULD QHcessårio recalcular o tipo de ventilador prescrito. A perda de carga total da instalação foi calculada em 46 mm c.d.a. A conduta de evacuação do ar para o exterior serå de 1 metro de diâmetro e sairå pelo telhado, protegida por chapÊu.

Ss = 45 000 / 8 ms / 3600 = 1,6 m²

REFERĂŠNCIAS ESCOLHIDAS A SOLUĂ‡ĂƒO Tal como se indicou anteriormente, ventilaremos o espaço por sobreSUHVVÂĽR LQWURGX]LQGR R DU OLPSR ͤOWUDGR DWUDYÂŤV GR WHWR GD FDELQD H H[WUDL OR HPRV QRYDPHQWH ͤOWUDGR SRU XP FROHWRU QR FKÂĽR GD FDELQD sobre o qual se situarĂĄ o veĂ­culo a pintar para se produzir um movimento envolvente do ar e de modo a que a tinta nĂŁo se dissipe pelo resto da cabina. Devido ao grande volume de ar a movimentar e para que o nĂ­vel de ruĂ­do nĂŁo seja exagerado, optĂĄmos por dividir o caudal entre duas caixas de ventilação com transmissĂŁo do tipo CVTT e baixa rotação. Estas caixas serĂŁo instaladas em paralelo numa das paredes de 5 m introduzindo ar no plenum do teto. Para evitar a entrada de corpos estranhos no sistema, protegeremos a aspiração dos ventiladores com uma defesa. www.oelectricista.pt o electricista 54

&977

Ě˝ Ě˝

&9$

2 caixas de transmissão CVTT-22/22 a 700 r.p.m. com motor de 7,5 kW; 2 defesas de aspiração CVA-22.


46

ELEOLRJUDͤD

Motores ElÊtricos e Acionamentos ,GHDOL]DGD SDUD DSUHVHQWDU XPD YDULHGDGH GH WLSRV GHbPRWRUHV H VLVWHPDV GH DFLRQDPHQWR HVWD obra oferece uma visão geral do funcionamento, da seleção, da instalação e da manutenção de um motor elÊtrico. �ndice: Segurança no local de trabalho. Interpretação de diagramas elÊtricos. Transformadores e sistemas de distribuição de energia para motores. Dispositivos de acionamento de motores. Motores elÊtricos. Contatores e dispositivos de partida de motores. RelÊs. Circuitos de acionamento de motores. A eletrônica no acionamento de Autor: Frank D. Petruzella

motores. Instalação de inversor de frequência e CLP.

ISBN: 9788580552577 Editora: McGraw-Hill NĂşmero de PĂĄginas: 372 Edição: 2013 Obra em PortuguĂŞs do Brasil Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br Preço: â‚Ź38,16

30 Projetos com Arduino de Arquitetura – 3.ÂŞ Edição Com este guia completamente atualizado vocĂŞ aprenderĂĄ a conetar um Arduino ao seu computador, a programĂĄ-lo e a incorporar-lhe circuitos eletrĂłnicos criando, assim, os seus prĂłprios dispositivos. Ricamente ilustrado, 30 projetos com Arduino ensina como programar e construir, atravĂŠs de instruçþes passo a passo, fascinantes projetos com as placas de Arduino Uno e Leonardo, mostrando tambĂŠm como usar o ambiente de desenvolvimento Arduino 1.0.

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�ndice: Introdução. Por onde começo? Um passeio pelo Arduino. Projetos com LED. Mais projetos com LED.

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Eletricidade BĂĄsica – 2.ÂŞ edição Livro muito didĂĄtico e extremamente completo sobre a teoria e as aplicaçþes da Eletricidade BĂĄVLFD &DGD FDSÂŻWXOR ÂŤ LQLFLDGR FRP GHͤQLŠ¡HV SHUWLQHQWHV SULQFÂŻSLRV WHRUHPDV H HTXDŠ¡HV FRP inĂşmeros exemplos e problemas resolvidos para reforçar o aprendizado. Em seguida propĂľe uma VÂŤULH GH SUREOHPDV H DSUHVHQWD DV UHVSRVWDV H R FRQWHÂźGR ÂŤ D EDVH SDUD SURͤVVLRQDLV GDV ÂŁUHDV GD HOHWURHOHWUÂľQLFD H DͤQV Ă?ndice: A Natureza da Eletricidade. Padronizaçþes e Convençþes em Eletricidade. Lei de Ohm e PotĂŞncia. Circuitos Autor: Milton Gussow

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ELEOLRJUDͤD

MĂĄquinas ElĂŠtricas de Fitzgerald e Kingsley – 7.ÂŞ Edição A nova edição de MĂĄquinas ElĂŠtricas mantĂŠm a ĂŞnfase na compreensĂŁo dos princĂ­pios fĂ­sicos fundamentais subjacentes ao desempenho das mĂĄquinas elĂŠtricas, sem desconsiderar a constante evolução tecnolĂłgica de materiais e de sistemas envolvidos. Fiel Ă ĂŞnfase na compreensĂŁo desses princĂ­pios fĂ­sicos, o texto foi atualizando, ampliando, aprofundando e incorporando temas, exemplos, exercĂ­cios e novos recursos didĂĄticos. Ă?ndice: Circuitos magnĂŠticos e materiais magnĂŠticos. Transformadores. PrincĂ­pios de conversĂŁo eletromecânica de energia. Introdução Ă s mĂĄquinas rotativas. MĂĄquinas sĂ­ncronas. MĂĄquinas polifĂĄsicas de indução. MĂĄquinas CC.

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distribuídos. Apêndice C: A transformação dq0. Apêndice D: Aspectos de engenharia sobre o desempenho e a

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operação pråtica de måquinas elÊtricas. Apêndice E: Tabela de constantes e fatores de conversão para unidades SI.

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luminårias. O sol e o cÊu. Modelos e cålculos. Medição da luz. Projeto: Ambiência e lugar. Iluminação para melhorar

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a visibilidade: tarefas visuais e exposiçþes. O projeto na pråtica. Aplicaçþes: Locais de trabalho com mesas.

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PrÊdios para exposição. Abrigos institucionais. HotÊis. Iluminação externa. Dados para o projeto de luminotÊcnica.

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References and further reading (Online).

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Resistência dos Materiais O principal objetivo Ê apresentar os princípios fundamentais para a compreensão do dimensionamento da resistência mecânica, estabilidade e rigidez de peças ou componentes de uma determinada estrutura ou equipamento. Para tal contÊm informação teórica detalhada sobre as diferentes principais fases de cålculo, complementada com um conjunto alargado de exemplos pråticos resolvidos em detalhe (mais de 250 exemplos), aos quais se somam mais de 250 problemas propostos e respetivas soluçþes.

Autor: Paulo J. F. Gomes

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Torção. Flexão. Flexão - Tensþes de Corte em Vigas. Tensþes Compostas. Combinação entre Tensþes Normais e

Editora:b(GLŠ¼R GH $XWRU

de Corte. Encurvadura. CritÊrios de Resistência. Deformação de Vigas. Anexos.

NĂşmero de PĂĄginas:b b Edição:b b Obra em PortuguĂŞs Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br Preço: â‚Ź55,00

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reportagem

PLC 2015: começou a 4.ª revolução industrial

por Helena Paulino

A 22 de outubro contabilizou-se a 10.ÂŞ edição do PLC – Produtividade, Liderança e Competitividade, no Hotel Vila GalĂŠ, em Coimbra, um evento organizado anualmente pela Rittal, Phoenix Contact e M&M Engenharia (EPLAN). O tema de destaque em 2015 foi a IndĂşstria 4.0 – a denominada 4.ÂŞ Revolução Industrial. $RV FHUFD GH SURͤVVLRQDLV SUHVHQWHV foram transmitidas as vĂĄrias evoluçþes que estĂŁo a ocorrer na indĂşstria e nas tecnologias atĂŠ aos dias atuais e quais serĂŁo as tendĂŞncias para um futuro prĂłximo. Entre muito do que foi dito ĂŠ necessĂĄrio reter que existe uma efetiva evolução dos sistemas produtivos industriais, que estĂŁo a ser ligados atravĂŠs da partilha de dados e informação, e assim, os processos M2M (MĂĄquina-a-MĂĄquina) e a Internet das Coisas, os dispositivos e os meios sĂŁo conetados em ambiente produtivo, tomando decisĂľes de produção, custos e segurança sob o modelo de inteligĂŞncia artiͤFLDO SUHYLDPHQWH GHͤQLGR O evento começou com Jorge Mota, Michel Batista e JosĂŠ Meireles a revisitarem os 10 anos de PLC, contando histĂłrias que foUDP ͤFDQGR QD PHPÂľULD GH WRGRV HGLŠ¼R D HGLŠ¼R PRVWUDQGR DOJXPDV IRWRJUDͤDV GD l edição, e agradecendo a todos os que comparecem todos os anos ao convite de mais

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uma edição com o intuito de estarem mais próximos dos fornecedores e, por conseguinte, dos clientes.

“UM MUNDO COM FUTUROâ€? Francisco ChĂĄcon, Gestor da EPLAN Iberia, mostrou um vĂ­deo futurista onde surgia um mundo diferente, com mais tecnologia inserida na IndĂşstria 4.0, e ditando que o maior benefĂ­cio da EPLAN passa por melhorar a qualidade de vida dos clientes. David Santos abordou a Engenharia Inteligente na IndĂşstria 4.0 onde apresentou um projeto que envolve as 3 empresas – EPLAN, Phoenix Contact e Rittal – e representa o futuro da

conceção dos processos de fabrico, tendo escolhido como exemplo um caso real de um sistema automatizado para a produção de armĂĄrios de comando. Aqui a plataforma EPLAN desempenha um papel de relevo ao permitir uma integração plena de todo o fluxo de trabalho interdisciplinar. Dita ainda que o protĂłtipo ĂŠ essencial numa empresa para normalizar processos e garantir uma Ăłtima prototipagem, sendo sempre necessĂĄrio existir uma partilha de informação para que os processos se desenvolvam da mesma forma ao longo do tempo. JosĂŠ Meireles ressalvou que o funcionamento de um determinado processo ou indĂşstria nĂŁo pode parar porque isso acarreta prejuĂ­zos: “o fabricante sabe exatamente aquilo que quer, da forma que quer. NĂłs sĂł fornecemos a plataforma de alcance.â€? Standard, interfaces inovadoras, tecnologias de automação inteligentes, produção de produtos personalizados em grande escala e rentabilidade sĂŁo palavras e expressĂľes que fazem parte do lĂŠxico e da implementação de uma Engenharia Inteligente. A Plataforma EPLAN, enquanto coluna vertebral da engenharia, tem uma estratĂŠgia de implementação segundo David Santos: fluxo de trabalho desde a simples engenharia atĂŠ Ă integração da produção, parametrização e dados consistentes para o desenvolvimento de produtos, valor acrescentado com a combinação de produtos para o processo, integração de processos atravĂŠs da interligação de sistemas e dados de parceiros PLM e mĂŠtodos


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reportagem

1.ª edição F.Fonseca Day: sucesso garantido

por RosĂĄrio Machado e Helena Paulino

IRWRJUDͤDV SRU Carlos Teixeira Photography

A F.Fonseca realizou no passado dia 08 de outubro de 2015 a 1.ª edição do F.Fonseca Day, no Hotel Meliå Ria em Aveiro, onde apresentou novas tendências e novas tecnologias. A iniciativa, que decorreu de forma descontraída num ambiente informal com cerca de 200 profissionais, pretendeu estar próximo daqueles que são mais importantes: os clientes. Contando com uma participação total de 176 participantes, entre clientes e fornecedores, o programa do evento visou a realização de seminårios tecnológicos que pretendem mostrar a visão atual do setor industrial e terciårio. Tiago Carvalho iniciou o evento com o seminårio tÊcnico que abordou a segurança tanto em måquinas, edifícios, como em portos e aeroportos. No tema da segurança, o mais importante são os operadores seguros e a produção de måquinas seguras. Enquanto mecanismos associados a uma determinada aplicação com um sistema de acionamento não humano ou animal, realçou as obrigaçþes legais inerentes a fabricantes e utilizadores, atravÊs do Decreto-Lei 103/2008, onde o fabricante tem o dever de produzir måquinas seguras, e o Decreto-Lei 50/2005, onde o utilizador deve zelar pelo bom funcionamento, manutenção e segurança das måquinas. Assim, a produção de maquinaria deverå integrar um rigoroso processo interativo, onde o fabricante deverå realizar uma anålise de riscos, um desenho seguro, estipular meGLGDV GH SURWHŠ¼R WFQLFD GHͤQLU IXQŠ¡HV de segurança, selecionar os dispositivos de segurança, calcular as dimensþes e as distâncias de segurança, bem como a altura do elemento de proteção ótica e informar sobre a existência de riscos residuais. A colocação no mercado implica uma declaração CE, uma chapa de caraterísticas, documentação tÊcnica da måquina e a integração de um manual de instrução na língua do país sobre a colocação em serviço. Em contrapartida, o utilizador deverå levar a cabo uma inspeção inicial da måquina por pessoas competentes, www.oelectricista.pt o electricista 54

assim como efetuar inspeçþes periódicas na måquina de forma a averiguar o correto funcionamento dos elementos de segurança. De igual modo, Tiago Carvalho referiu a segurança em edifícios, nos portos e nos aeroportos. AtravÊs do recurso a sistemas avançados de deteção de movimento, a segurança nos edifícios deverå ser realizada de forma a assegurar uma proteção de bens e equipamentos. Enquanto grandes motores da economia, tambÊm os portos devem integrar sistemas de prevenção e proteção de colisþes entre gruas e barcos ou materiais. Por sua vez, a segurança dos aeroportos deve ser assegurada atravÊs de um sistema de manuseamento e encaminhamento de bagagens e deteção de direção.

“segurança ĂŠ algo que acontece entre as suas orelhas. NĂŁo ĂŠ algo que possa transportar consigo!â€? Posteriormente, Pedro Santos abordou o tema “Segurança e Deteção de Gasesâ€?, evidenciando a importância da utilização de equipamentos portĂĄteis de proteção individual em locais de trabalho perigosos, com gases tĂłxicos. HĂĄ muitas situaçþes perigosas que podem acontecer devido ao nĂŁo cumprimento de determinadas Normas relativas Ă segurança e deteção de gases: “Fuga de gĂĄs na rede de esgotos pode causar uma explosĂŁoâ€?, “27 pessoas no hospital devido a fuga


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reportagem

RS Components lança novo software CAD elÊtrico para instaladores e eletricistas por Rosårio Machado

No passado dia 24 de setembro de 2015, a RS Components anunciou o lançamento de DesignSpark Electrical, o novo software CAD elÊtrico que oferece todos os benefícios àqueles que ainda não utilizam ferramentas CAD elÊtricas. Ignacio Yaùez, Global Category Marketing Manager da RS Components, deu as boas-vindas aos convidados, agradecendo a sua presença. Prosseguiu com uma breve apresentação do novo software DesignSpark Electrical, uma inovação ao alcance de cada engenheiro, explicando em que Ê que consiste, os motivos que conduziram ao seu desenvolvimento e o balanço da aceitação da solução no mercado. O facto de muitos instaladores e eletricistas ainda utilizarem soluçþes inadequadas, implicando uma lentidão e pouca precisão no GHVHQKR LPSXOVLRQRX R GHVDͤR GH GHVHQYROver um inovador software de CAD ElÊtrico que permitisse projetar com elevada velocidade e precisão e, ao mesmo tempo, fosse simples e económico. Tal como outras ferramentas de DesignSpark, a implementação deste novo

software tem registado uma grande aceitação, com mais de 1 milhão de downloads desde o seu lançamento atÊ hoje. Dirigido a instaladores e eletricistas e ouWURV SURͤVVLRQDLV GR VHWRU R LQWXLWLYR QRYR software, desenvolvido em parceria com Trace Software International, permite poupar tempo e dinheiro, ao reduzir o número de erros no momento de desenhar quadros elÊtricos, maquinaria e sistemas elÊtricos.

“Um dos critĂŠrios mais importantes na hora de selecionar um CAD elĂŠtrico ĂŠ o tempo de que se necessita para obter o mĂĄximo rendimento do software. A ĂĄgil e intuitiva interface de DesignSpark Electrical permite a qualquer SURͤVVLRQDO TXH GHVHQKH SURMHWRV HOÂŤWULFRV familiarizar-se com o software num breve perĂ­odo de tempoâ€?, explica Glenn Jarett, Global Head Product Marketing Manager na RS. Esta nova ferramenta permite Ă s empresas aceder

“Dirigido a instaladores e eletricistas e outros profissionais do setor, o intuitivo novo software, desenvolvido em parceria com Trace Software International, permite poupar tempo e dinheiro, ao reduzir o nĂşmero de erros no momento de desenhar quadros elĂŠtricos, maquinaria e sistemas elĂŠtricos.“ www.oelectricista.pt o electricista 54


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entrevista

“a estratĂŠgia passa pela consolidação e crescimento no mercado nacionalâ€?

por Helena Paulino

AntĂłnio Andrade, Diretor-Geral da JUNG Portugal caraterizou o ano de 2015 em termos econĂłmico e de expansĂŁo da empresa e traçou um rumo para o futuro no que ao investimento em DomĂłtica diz respeito. Em entrevista Ă revista “o electricistaâ€? ainda apresentou alguns produtos inovadores que serĂŁo apresentados na Light+Building, o maior evento do setor que se realizarĂĄ em março de 2016. Revista “o electricistaâ€? (oe): Qual o balanço relativamente Ă atividade da empresa no Ăşltimo exercĂ­cio? AntĂłnio Andrade (AA): O balanço relativo a 2015 foi francamente positivo, tendo em FRQVLGHUDŠ¼R WRGDV DV GLͤFXOGDGHV LQHUHQWHV ao setor imobiliĂĄrio. Para este resultado muito contribuĂ­ram as exportaçþes que ajudaram a atingir os objetivos propostos.

oe: Como caraterizam o atual mercado português no segmento em que operam? AA: O atual mercado português começa a reagir. O mercado continua muito dividido entre o produto de baixa qualidade e por isso com preço e o mercado das soluçþes onde a questão relativa ao preço não Ê tão determinante. De qualquer forma começamos a sentir o interesse demonstrado pelos promotores imobiliårios para conhecerem melhor as soluçþes atuais sob o ponto de vista tecnológico, como são as soluçþes em KNX.

oe: Que elementos são fulcrais para os clientes que procuram as soluçþes da empresa? AA: Qualidade acima de tudo, tanto no produto atravÊs do reconhecimento dos diferentes agentes ligados ao mercado da construção desde o Arquiteto atÊ ao Instalador, passando pelo promotor imobiliårio e claro, www.oelectricista.pt o electricista 54

R FOLHQWH ͤQDO 1R VHUYLŠR WDPEP D TXDOLGDde tem um papel fundamental uma vez que SRVVX¯PRV XPD HVWUXWXUD DOWDPHQWH SURͤVsional com um único foco direcionado para o setor da aparelhagem de manobra e sistemas elÊtricos. Os clientes tambÊm procuram o design integrado para conseguirem responder às necessidades dos projetos mais exigentes com soluçþes que possibilitem uma uniformidade no design dos equipamentos aplicados, procurando satisfazer, simultaneamente, o PresFULWRU RX R $UTXLWHWR H R FOLHQWH ͤQDO Outra das coisas solicitadas pelos clientes são soluçþes tÊcnicas, alÊm daquelas evidenciadas pelas próprias caraterísticas do produto. A JUNG Portugal, atravÊs do seu Departamento TÊcnico, colabora frequentemente com prescritores e instaladores para encontrar respostas para as diferentes exigências das instalaçþes elÊtricas atuais.

oe: A Investigação & Desenvolvimento ĂŠ um fator essencial para operar neste mercado? Em que se focam mais os Departamentos de I&D para o desenvolvimento de novos produtos e soluçþes? AA: Sim, sem dĂşvida, ĂŠ um fator vital, especialmente na vertente tecnolĂłgica de forma a encontrar novas soluçþes para a integração na domĂłtica e imĂłtica. A JUNG ĂŠ um dos membros fundadores da Associação Internacional KNX. O KNX ĂŠ um protocolo standard comum a cerca de 400 fabricantes a nĂ­vel mundial. A dinâmica individual de cada um destes fabricantes torna este sistema muito competitivo e obriga claramente os fabricantes a dedicarem especial atenção aos seus Departamentos I&D, o que permite responder (com novas soluçþes) Ă s constantes exigĂŞncias da moderna instalação elĂŠtrica. O foco do Departamento de I&D ĂŠ o mesmo que o foco dos restantes Departamentos: “o clienteâ€?. Embora toda a investigação e desenvolvimento sejam realizados na Alemanha, anualmente a empresa reĂşne todo o staff tĂŠcnico dos diferentes paĂ­ses para que possa receber novas ideias e perceber as necessidades dos clientes nos diferentes mercados em que atua.

AA: Que novidades têm previstas para este ano? Temos previstas algumas novidades, por exemplo, em 2015 a JUNG apresentou algumas novidades, nomeadamente para o setor GD KDELWDŠ¼R (VWHV QRYRV SURGXWRV FRQͤUmam e reforçam a estratÊgia da JUNG de TXHUHU RIHUHFHU DR SUHVFULWRU H DR FOLHQWH ͤQDO a possibilidade de agregar o måximo de controlo tecnológico da habitação sob a mesma solução tÊcnica e o mesmo design.

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Com o mesmo aspeto de uma tecla de interruptor da JUNG permite ao utilizador interligar o seu smartphone (ou outro dispositivo com esta tecnologia) com este interface, e escutar música ambiente atravÊs de altifalantes tambÊm com design JUNG. Para clientes com outro tipo de preferências no que diz respeito à qualidade do som, este dispositivo tem uma saída de åudio auxiliar que permite a ligação D XP DPSOLͤFDGRU H[WHUQR

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entrevista

“temos a certeza de que este vai ser um evento de referĂŞncia globalâ€? por Helena Paulino

RaĂşl Calleja, Diretor da MATELEC, em entrevista Ă revista “o electricistaâ€?, explicou como surgiu o evento ePower&Building que agrega 4 feiras e quais as vantagens de realizar estes eventos na mesma data e no mesmo local. A internacionalização ĂŠ o grande objetivo! Revista “o electricistaâ€? (oe): Como surgiu a ideia inovadora de juntar 4 feiras – VETECO, CONSTRUTEC, URBĂ“TICA e MATELEC – num Ăşnico evento e numa mesma data? RaĂşl Calleja (RC): Realmente sĂŁo quaWUR HYHQWRV VRE XP PHVPR ͤR FRQGXWRU ePower&Building que reĂşne todas as soluçþes para o ciclo construtivo. Isto gera uma FRQYRFDWÂľULD D | SRU XP ODGR WUDQVYHUVDO para as necessidades (arquitetura, construção, ĂĄrea do desenvolvimento, engenharias, e outros) passando por um canal terciĂĄrio (hotĂŠis, retails, gestĂŁo de instalaçþes, entre RXWURV DWÂŤ DR FDQDO GH GLVWULEXLŠ¼R HVSHF¯ͤco de cada um dos setores. Estes sĂŁo quatro JUDQGHV HYHQWRV VHWRULDLV H HVSHF¯ͤFRV TXH

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realizam nos mesmos dias e que estão relacionados entre si. Com um crescimento nulo relativamente às últimas ediçþes estaríamos a falar de uma convocatória mínima de 1200 empresas exSRVLWRUDV H b YLVLWDQWHV GH SD¯VHV Todos reúnem a construção, a reabilitação e HͤFLQFLD HQHUJWLFD H WRUQD VH QR SULQFLSDO evento europeu dos anos pares que une todos estes setores. Paralelamente organizamos a BIMEXPO, um novo evento que garante a cobertura de toda a indústria do BIM. Compreendemos que estes eventos se posicionem no âmbito ibÊrico e para Portugal são igualmente estratÊgicos. A reabilitação fíVLFD HFRQ¾PLFD H VRFLDO WDO FRPR D HͤFLQFLD energÊtica das zonas urbanas são algumas das åreas contempladas no Acordo de Parceria de PORTUGAL 2020 que fez desenvolver R VHWRU LQWHUQDPHQWH VLJQLͤFDQGR XP PDLRU crescimento para as empresas em todos os subsetores. A Diretiva Europeia 2010/31EU estabelece que a partir de 2020 todos os edifícios de construção devem ter um consumo

de energia quase nulo. As empresas sentem a necessidade de trabalhar nesta realidade e desenvolver objetivos a nĂ­vel internacional, o que poderĂĄ ser feito numa feira de carĂĄter internacional como a ePower&Building.

oe: Acreditam que, neste momento, as sinergias entre os setores que estas feiras englobam podem ser um impulso para o crescimento e desenvolvimento de cada uma per si? RC: Sem dĂşvida que num momento em que os setores começam a receber sinais de recuperação, estas feiras, com a exceção da mais nova, a URBĂ“TICA, sĂŁo autĂŞnticas referĂŞncias nos seus principais setores, e podem contribuir decisivamente para um dos principais objetivos deste novo evento – apoiar a dinamização do mercado. AlĂŠm disso estamos fortemente empenhados em agregar valor ao papel da indĂşstria espanhola no exterior, sobretudo naqueles paĂ­ses que sĂŁo os principais mercados de exportação.

A IFEMA irĂĄ organizar a ePower&Building, um projeto centrado em impulsionar a inovaŠ¼R H GLQDPL]DU RV VHWRUHV GD FRQVWUXŠ¼R UHDELOLWDŠ¼R H HͤFLÂŹQFLD HQHUJÂŤWLFD $ 9(7(&2 CONSTRUTEC, URBOTICA e a MATELEC fazem parte desta grande convocatĂłria setorial, que se realizarĂĄ de 25 a 28 de outubro de 2016 na FERIA DE MADRID. As Feiras VETECO, CONSTRUTEC, URBĂ“TICA e MATELEC, mantendo a sua identidade e espaços prĂłprios, colocarĂŁo em comum a sua capacidade de atrair por um lado, os seWRUHV SURͤVVLRQDLV TXH DWXDP FRPR RV OÂŻGHUHV GH RSLQLÂĽR H SRU RXWUR ODGR SURͤVVLRQDLV especializados em cada um dos setores das feiras (instaladores, integradores, distribuidores, formadores de workshops, carpintarias, empresas de reforma e reabilitação, e outros). Para garantir um elevado seguimento e uma maior rentabilidade para as empresas e SURͤVVLRQDLV D ,)(0$ LPSOHPHQWRX WRGDV DV IHUUDPHQWDV FRPHUFLDV TXH SHUPLWHP PXOtiplicar e atualizar oportunidades comerciais em cada uma das feiras que fazem parte da ePower&Building. Entre estas medidas estĂŁo a simplicidade do processo de participação, no formato como no tipo de investimento, e toda uma ampla gama de açþes que permitam reforçar os impactos comerciais como espaços de formação e workshops de demonstração, B2B, entre outros. E um ambicioso programa de compradores/distribuiGRUHV FRQYLGDGRV VHUÂŁ RUJDQL]DGR GLULJLGR D PDLV GH SURͤVVLRQDLV HVSDOKDGRV SRU todo o mundo que permitirĂŁo uma completa agenda de encontros personalizados com empresas expositoras. Outras iniciativas para potenciar a rentabilidade passam por campanhas de comunicação e promoção; os programas de visitas guiadas pelos edifĂ­cios e desenvolvimentos urbanĂ­sticos de Madrid que mais se aproximam do conceito de cidade “inteligenteâ€?; apresentaçþes e roadshows; participaçþes em eventos de vĂĄrias ĂĄreas da LQGÂźVWULD H D RUJDQL]DŠ¼R GH XP SURJUDPD FRPSOHPHQWDU GH MRUQDGDV SURͤVVLRQDLV H FRQJUHVVRV HVSHF¯ͤFRV RULHQWDGRV D FDGD XP GRV VHWRUHV GH FDGD HYHQWR HQWUH RXWUDV DŠ¡HV 7XGR LVWR DGDSWDGR ¢V QHFHVVLGDGHV HVSHF¯ͤFDV GH FDGD HPSUHVD SDUWLFLSDQWH


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especial ExpoRexel

“mercado precisa de agentes e de entidades que criem valor�

por Helena Paulino

Carlos Teles, Diretor-Geral da Rexel contou Ă revista “o electricistaâ€? como decorreu a 1.ÂŞ edição da ExpoRexel e como serĂĄ o futuro do evento.

Revista “o electricistaâ€? (oe): Em que consiste a ExpoRexel e como surgiu a ideia de realizar um evento deste gĂŠnero? Carlos Teles (CT): A primeira edição da ExpoRexel surgiu devido Ă necessidade de apresentarmos ao mercado uma das vantagens competitivas que nos carateriza, a nossa ampla oferta de produtos e capacidade de conseguir fornecer todos os produtos elĂŠtricos que possam dotar uma estrutura ou um edifĂ­cio. Como ĂŠ mais vantajoso para os nossos clientes e parceiros de negĂłcio apresentarmos, ao vivo, o potencial dos produtos que comercializamos, em vez de utilizarmos diversos suportes de comunicação, adotĂĄmos este modelo que se revelou um sucesso. Como trabalhos mais de quatro mil clientes, ter um espaço onde conseguimos juntar toda a nossa oferta e serviços ĂŠ excelente para FKHJDUPRV DR PHUFDGR FRP RXWUD HͤFÂŁFLD

oe: Na preparação e organização dos parceiros que foram ao evento sentiram as dificuldades pelas quais passou e ainda passa o setor do mercado elÊtrico? CT: A crise levou a muitos desinvestimentos. Praticamente todos os salþes de material elÊtrico em Portugal desapareceram. Neste momento não hå um espaço de debate, não hå um Fórum onde as pesVRDV SRVVDP GHEDWHU TXHVW¡HV FRPR D UHDELOLWDŠ¼R XUEDQD RX D HͤFLência energÊtica para o setor do mercado elÊtrico. Por tudo isto todos os nossos parceiros, ao nível dos fornecedores e marcas presentes, aceitaram a ExpoRexel com muito agrado.

oe: Como decorreu o evento e qual o balanço que fizeram no final? CT: Divido o balanço em duas partes: primeiro refiro o empenho de todas as marcas presentes na ExpoRexel, o que ultrapassou as expetativas jå que era a primeira vez que a Rexel organizava um evento deste gÊnero em Portugal. E isto porque o mercado português www.oelectricista.pt o electricista 54

passa por algumas dificuldades e o investimento das empresas tambÊm tem sido limitado. Por isso, eståvamos na expetativa de perceber qual seria o empenho e a motivação com que as marcas e as empresas viriam a este evento. E este balanço foi claramente positivo. A segunda parte do balanço estå relacionado com a afluência, pois como organizåmos a ExpoRexel no centro do país, sabíamos que isso REULJDYD RV SURͤVVLRQDLV H DV HPSUHVDV D GHVORFDUHP VH R TXH SRderia ser um risco em termos de visitantes, mas atÊ neste aspeto a afluência excedeu as expetativas. Para uma primeira vez, e tendo em conta o cariz tÊcnico da exposição, o balanço aqui tambÊm Ê muito positivo. Acabou por ser uma boa decisão porque as pessoas e as próprias empresas aderiram em força, apesar de termos clientes a norte e clientes a sul. Ambos marcaram presença dentro das suas possibilidades de deslocação.

oe: No futuro haverå uma nova edição do ExpoRexel? Irå mudar alguma coisa nessa nova edição? CT: A ideia Ê tornar este evento com periodicidade bienal. Mas o mercado tambÊm dita algumas regras, por isso vamos ver se hå ou não espaço para o fazer e se o mercado tem capacidade de absorção para eventos deste gÊnero. 2 YHUHGLWR ͤQDO WHU£ GH VHU IHLWR SHORV FOLHQWHV H SHODV PDUFDV Nesta primeira edição tambÊm jogåvamos um pouco a nossa credibilidade, mas o intuito com que organizåmos a ExpoRexel vai para alÊm do nosso desenvolvimento comercial. O mercado precisa de agentes e de entidades que criem valor, que possam contribuir para valorizar o mercado, para que haja mais espaço para os agentes. No fundo, que KDMD PDLV VROXŠ¡HV PDLV FRQIRUWR H PDLV HͤFLQFLD SDUD RV FRQVXPLdores. Fizemos tudo isto para que a Rexel se possa desenvolver mas tambÊm para dar uma contribuição importante para o mercado da distribuição.


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especial ExpoRexel o mercado e escutar diretamente as suas necessidades, e passar diretamente a mensagem da empresa: o que fazemos, como fazemos e porque o fazemos. Em termos globais, tendo a consciência que foi a primeira edição e que hå um longo caminho a percorrer para cimentar o evento como a referência nacional do setor, creio que o balanço terå TXH VHU PXLWR SRVLWLYR IUXWR GH XPD DERUGDJHP PXLWR SURͤVVLRQDO SRU parte de todos os intervenientes neste projeto. 2 Este Ê uma iniciativa que reconhecemos e valorizamos como parceiros da Rexel. Queremos seguramente continuar a contribuir para que este evento se torne uma referência nacional do setor, acompanhar o seu crescimento e valorização, e com ele crescermos tambÊm. $ FRQͤDQŠD TXH HVWD HPSUHVD GHVSHUWD FRQYLGD D TXH HVWHMDPRV QD linha da frente para acompanhar os seus projetos. Ser um parceiro Ê isso mesmo, não nos focarmos simplesmente numa relação de compra-venda, fornecedor-cliente, não olharmos só a números, mas integrar projetos conjuntos. Acreditamos que Ê no fortalecimento de parcerias comerciais de longo prazo que estå o sucesso. Esperamos que a 1.ª edição tenha provado que Ê possível fazer, que existe este espaço no panorama nacional, e que tenha sido apenas o primeiro passo para vårias ediçþes futuras, onde esperamos poder estar presentes. David Esteves, Diretor Comercial Portugal & PALOPs, EGA MASTER, S.A.

1 8P HYHQWR FDSD] GH DWUDLU PDLV GH SURͤVVLRQDLV GR VHWRU HOtrico Ê, sem dúvida, um êxito notåvel, e foi assim que a organização da 5H[HO EULQGRX RV VHXV FOLHQWHV H RV SURͤVVLRQDLV HP JHUDO 2 IRUPDWR H a adesão a este invento leva-nos a pensar que o custo benefício ainda Ê favoråvel, e acresce a oportunidade num período reduzido alÊm de podermos partilhar e reencontrar amigos e colegas de atividade. 2 Esperamos que todo este esforço feito pela Rexel, em colaboração com os seus parceiros, se possa repetir, contribuindo assim para o desenvolvimento do setor, e para uma maior disponibilidade de inforPDŠ¼R DRV SURͤVVLRQDLV GR VHWRU HOWULFR Júlio Dinis, 'LUHWRU *HUDO Finder Portugal

1 O balanço Ê positivo. AlÊm de uma excelente oportunidade de consolidar o relacionamento com a Rexel, foi tambÊm uma oportunidade de dar a conhecer aos seus clientes e colaboradores uma panorâmica mais vasta da nossa gama de produtos e soluçþes, assim como de esclarecer as vantagens e benefícios inerentes à sua utilização. 2 Pelo exposto anteriormente e, caso a situação de mercado o permita, a HellermannTyton estarå interessada em participar novamente neste tipo de evento.

claramente positivo. O nosso mercado estava carente de um evento deste tipo, onde todos os intervenientes se juntam e têm a oportunidade de partilhar e atualizar o trabalho que têm vindo a desenvolver nos últimos anos. Esta partilha entre os diversos atores Ê fundamental para a consolidação e crescimento do setor. 2 Consideramos esta iniciativa muito positiva, e por isso contamos poder participar nas futuras. Cristina Thorbjornsen, $GPLQLVWUDGRUD, JSL

1 O balanço Ê francamente positivo. A Rexel estå de parabÊns pela realização de um evento onde conseguiu reunir os principais fabricantes de material elÊtrico, coisa que não acontecia hå mais de 15 anos. 3DUD R SURͤVVLRQDO H SDUD WRGRV TXH GH DOJXPD IRUPD HVW¼R OLJDGRV ao setor, este evento foi uma oportunidade única de poder conhecer in loco todas as novidades dos fabricantes num espaço. Para a JUNG IRL PXLWR JUDWLͤFDQWH SRGHU DSUHVHQWDU DV VXDV QRYLGDGHV H UHIRUŠDU D parceria com a Rexel. 2 Claro que teremos todo o gosto em participar neste ou noutro tipo de evento. Logicamente que faz todo o sentido criar esta necessidade de termos um espaço onde possamos apresentar as nossas soluçþes e que nos permita estar próximos dos principais interlocutores da årea. Mas penso que este tipo de eventos devem ser realizados de 2 em 2 anos para que os fabricantes tenham capacidade de apresentar as suas novidades. António Andrade, 'LUHWRU *HUDO JUNG Portugal, S.A.

1 Consideramos o balanço realmente positivo, realçando e felicitando a iniciativa de abertura de um espaço, onde potencialmente poderão ser encontradas sinergias entre os participantes e onde estes podem expor as suas valências em cada uma das suas åreas. Aberto este espaço, onde os objetivos de curto prazo dos participantes passam numa primeira fase pela apresentação dos seus serviços, produtos e soluçþes, Ê nossa expetativa que futuros eventos possam enfatizar e incentivar os participantes à concretização de parcerias efetivas para desenvolver VROXŠ¡HV ͤQDLV FRQMXQWDV FRPSOHPHQWDUHV H GLIHUHQFLDGRUDV 2 A Olivetel tem interesse em participar em eventos similares e orientados para dar resposta às expetativas, exigências e novas tendências do mercado. Carla Carvalho, 'LUHWRUD &RPHUFLDO Olivetel, S.A.

Armindo Dias, &KHIH GH YHQGDV HellermannTyton

1 Foi um sucesso a participação da JSL - Material ElÊctrico na 1.ª edição da ExpoRexel na Batalha. No momento de fazer o balanço de mais uma presença em certames nacionais e internacionais, ele Ê www.oelectricista.pt o electricista 54

1 O balanço foi muito positivo pois o mercado nacional precisava de um evento deste tipo, em que estivessem garantidamente as marcas líderes (ao contrårio do Endiel) e onde aproveitaram para divulgar as novidades, dialogar com clientes e afastar um pouco o pessimismo que reina nesta årea. Foi um evento bem organizado e dirigido aos proͤVVLRQDLV LQVWDODGRUHV HOHWULFLVWDV H WFQLFRV TXH SXGHUDP HQFRQWUDU reunidas as soluçþes mais sólidas e inovadoras do material elÊtrico.


especial ExpoRexel

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sistema de gestĂŁo tĂŠcnica num centro desportivo Richard C. Marciano1, JosĂŠ A. Ricardo2, Pedro F. Marques3, Eliseu A. Ribeiro 4

Resumo Ěą (VWH DUWLJR DSUHVHQWD XP SURMHWR ͤQDO GH FXUVR GD OLFHQciatura em Engenharia EletrotĂŠcnica, da Escola Superior de Tecnologia e GestĂŁo do Instituto PolitĂŠcnico de Leiria. O projeto foi desenvolvido nas ĂĄreas da Automação Industrial, GestĂŁo de Energia e Utilização Racional de Energia, tendo-se implementado um Sistema de GestĂŁo TĂŠcnica no Centro Desportivo da Juventude Desportiva do Lis em S. RomĂŁo – Leiria. A solução implementada baseou-se nas soluçþes de automação e comunicação da Phoenix ContactÂŽ. Palavras chave — URE (Utilização Racional de Energia), AQS (Ă guas Quentes SanitĂĄrias), RSECE (Regulamento dos Sistemas EnergĂŠticos de Climatização em EdifĂ­cios), CEETA (Centro de Estudos em Economia da Energia dos Transportes e do Ambiente), SGT (Sistema de GestĂŁo TĂŠcnica). 1

1. INTRODUĂ‡ĂƒO Os sistemas de gestĂŁo tĂŠcnica em centros desportivos sĂŁo uma realidade ainda pouco conhecida em Portugal, estando no entanto presentes no quotidiano de paĂ­ses com economias mais despertas para as questĂľes energĂŠticas/ambientais. As preocupaçþes, a nĂ­vel mundial, como a Utilização Racional de Energia (URE) demonstram, cada vez mais, que a maioria dos paĂ­ses começa a ter uma atitude proativa em relação Ă crise energĂŠtica que o mundo atual atravessa (a maioria da energia ĂŠ proveniente da queima de combustĂ­veis fĂłsseis que atualmente encontram-se a preços elevadĂ­ssimos) e com os problemas que tĂŞm atingido o meio ambiente devido ao consumo excessivo de energia (aumento do aquecimento global e escassez de recursos naturais como a ĂĄgua). [1] Um pouco por todo o mundo tem-se investido no setor da GestĂŁo de Energia (GE) e tĂŞm sido tomadas medidas para incentivar as popuODŠ¡HV VHQGR D 1RUPD ,62 RQGH IRUDP HVSHFLͤFDGRV YÂŁULRV parâmetros para um sistema corporativo de GE, um bom exemplo. O principal objetivo ĂŠ continuar a reduzir o consumo e os custos de energia que lhe estĂŁo associados. [2] 0HGLGDV SDUD UDFLRQDOL]DU RV FRQVXPRV GH HQHUJLD VÂĽR LGHQWLͤFDdas, desenvolvidas e implementadas com base em dados concretos. Os Sistemas de GestĂŁo TĂŠcnica (SGT) ajudam as empresas e as organizaçþes a otimizar o uso da energia de uma forma sistemĂĄtica, econĂłmica e ecolĂłgica desde a compra atĂŠ ao consumo. É neste sentido TXH IRL FULDGR R 'HFUHWR /HL Q | GH GH DEULO 5HJXODPHQWR dos Sistemas EnergĂŠticos de Climatização em EdifĂ­cios – RSECE) que GHͤQH TXH XP VLVWHPD GH PRQLWRUL]DŠ¼R H GH *( ÂŤ REULJDWÂľULR HP HGLfĂ­cios de serviços com uma potĂŞncia de climatização igual ou superior

1

2

3

4

Richard C. Marciano foi aluno da licenciatura em Engenharia ElectrotĂŠcnica da Escola Superior de Tecnologia e GestĂŁo do Instituto PolitĂŠcnico de Leiria, Portugal (2130902@ my.ipleiria.pt). JosĂŠ A. Ricardo foi aluno da licenciatura em Engenharia ElectrotĂŠcnica da Escola Superior de Tecnologia e GestĂŁo do Instituto PolitĂŠcnico de Leiria, Portugal (2130905@ my.ipleiria.pt). Pedro F. Marques ĂŠ Prof. Adjunto do Departamento de Engenharia EletrotĂŠcnica da Escola Superior de Tecnologia e GestĂŁo do Instituto PolitĂŠcnico de Leiria, Portugal (marques@ ipleiria.pt) Eliseu A. Ribeiro ĂŠ Prof. Adjunto do Departamento de Engenharia EletrotĂŠcnica da Escola Superior de Tecnologia e GestĂŁo do Instituto PolitĂŠcnico de Leiria, Portugal (eliseu.ribeiro@ ipleiria.pt)

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DR OLPLDU GHͤQLGR QR Q | GR $UWLJR | GR 56(&( (P PXLWRV SDÂŻVHV R EHQHIÂŻFLR FKHJD VRE D IRUPD GH EHQHIÂŻFLRV ͤVFDLV SDUD TXHP DSOLFD estes sistemas, como no caso da Alemanha. [3] Assim, o presente projeto tem como objetivo o desenvolvimento e implementação de um SGT num Centro Desportivo, permitindo a monitorização dos consumos de energia (eletricidade e GĂĄs Natural (GN)) e ĂĄgua, e ainda a produção de Ă gua Quente SanitĂĄria (AQS) com base num sistema solar tĂŠrmico apoiado por uma caldeira a GN. [4] Na realização do projeto foi utilizado um autĂłmato programĂĄvel, assim como sistemas de aquisição dos consumos de energia e ĂĄgua. O objetivo ͤQDO GR SURMHWR ÂŤ WHU XP VLVWHPD IXQFLRQDO TXH SHUPLWD UHPRWDPHQWH visualizar todos os consumos de energia atravĂŠs de uma pĂĄgina Web, registar todos os dados numa base de dados, para futuras anĂĄlises do comportamento energĂŠtico do Centro Desportivo. Desta forma serĂĄ SRVVÂŻYHO LGHQWLͤFDU RSRUWXQLGDGHV GH UDFLRQDOL]DŠ¼R GRV FRQVXPRV GH HQHUJLD ÂŁJXD H LPSOHPHQWDU PHGLGDV GH PHOKRULD GD HͤFLÂŹQFLD GR Centro Desportivo Juvelis. Todo este processo serĂĄ apoiado atravĂŠs de açþes de sensibilização do pĂşblico em geral, dos funcionĂĄrios e dos atletas do clube. Para se ter uma noção do potencial de poupança de energia num edifĂ­cio basta analisar a seguinte estatĂ­stica: “O setor dos edifĂ­cios reSUHVHQWD DWXDOPHQWH FHUFD GH GR FRQVXPR HQHUJÂŤWLFR ͤQDO HP Portugal.â€? Ao tratar-se de um edifĂ­cio desportivo, frequentado por algumas centenas de atletas, temos a nosso favor o facto de o desporto ser uma cultura e um modo de vida que inspira e ensina as pessoas a empenharem-se, que com milhĂľes de espetadores pelo mundo a acompanhar vĂĄrias modalidades e atividades de conduta, e ao conVHJXLU PRWLYDU HVVD SRUŠ¼R GH SHVVRDV FRP RV HIHLWRV GD HͤFLÂŹQFLD energĂŠtica, obter-se-ĂĄ com certeza resultados positivos. De acordo com isso assume-se que as instalaçþes desportivas sĂŁo um excelente setor para se aplicar esta estratĂŠgia de sensibilização, pois existem delas por todo o mundo em que a maior parte consome uma enorme quantidade de energia. Recorrendo Ă divulgação nessas instalaçþes dos consumos e dos meios para atenuĂĄ-los, encontra-se a oportunidade de educar e inspirar as pessoas sobre comportamentos enerJHWLFDPHQWH HͤFLHQWHV 3ULQFLSDOPHQWH QDV TXH DFROKHP QXPHURVDV atividades com jovens, que sĂŁo um meio ideal para sensibilizar positivamente as geraçþes futuras. [5]

2. SITUAĂ‡ĂƒO INICIAL 'H DFRUGR FRP R 56(&( R SHUͤO GD GHQVLGDGH GH RFXSDŠ¼R GH XP Clube Desportivo sem piscina ĂŠ de 7 m2 RFXSDQWH H R ÂŻQGLFH GH HͤFLÂŹQFLD HQHUJÂŤWLFD QÂĽR GHYH XOWUDSDVVDU RV bNJHS P2.ano. No caso GHVWH &HQWUR 'HVSRUWLYR R SHUͤO GH GHQVLGDGH GH RFXSDŠ¼R ÂŤ DSUR[Lmadamente 9 m2/ocupante, o que nĂŁo difere muito do valor padrĂŁo, e R ÂŻQGLFH GH HͤFLÂŹQFLD HQHUJÂŤWLFD ÂŤ EDVWDQWH DFHLWÂŁYHO DSUR[LPDGDPHQWH b NJHS P2.ano. Ao analisar estes valores, e considerando apenas o que vem exposto no RSECE, dĂĄ a ideia do que o edifĂ­cio ĂŠ bastante HͤFLHQWH 1R HQWDQWR KÂŁ TXH WHU HP FRQWD DOJXQV SRUPHQRUHV TXH SRdem comprometer essa conclusĂŁo – o centro em questĂŁo quase nĂŁo tem equipamentos de aquecimento ou de arrefecimento ao nĂ­vel da climatização, nĂŁo existindo assim consumos com o conforto tĂŠrmico, levando a que os valores sejam baixos. Um outro pormenor ĂŠ o facto


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especial ExpoRexel com recurso ao software PCWorx da Phoenix ContactÂŽ [10] e encontra-se contida no cĂŠrebro do sistema: o autĂłmato ILC130 ETH. Na Figura 3 sĂŁo apresentados os analisadores de energia da Phoenix ContactÂŽ utilizados no projeto.

Figura 3. $QDOLVDGRUHV GH HQHUJLD FRQYHUVRU ModBus/TCP

Todos os dados adquiridos e comandos disponíveis estão acessíveis numa pågina web existente no servidor do autómato. O servidor do auW¾PDWR HQFRQWUD VH OLJDGR D XPD FRQVROD JU£ͤFD H ¢ UHGH LQIRUP£WLFD do Centro Desportivo para que haja acesso exterior. Todos os dados são gravados periodicamente e em tempo real numa base de dados alojada num servidor dentro do edifício, para que mais tarde possam ser tratados (Figura 4).

4. CONCLUSĂƒO Com este SGT, o Centro Desportivo Juvelis pode sensibilizar, de um modo fĂĄcil e credĂ­vel, os seus utentes e colaboradores para a URE, tornando-se um dos Centros Desportivos pioneiros a instalar um sistema deste tipo. Este sistema irĂĄ permitir uma supervisĂŁo automĂĄtica dos consumos existentes de modo a que se consiga eliminar desperdĂ­FLRV H FRP LVVR DXPHQWDU D HͤFLÂŹQFLD H UHGX]LU RV FXVWRV HQHUJÂŤWLFRV Foram ainda abordadas algumas medidas de baixo investimento que jĂĄ começaram a ser postas em prĂĄtica. A longo/mĂŠdio prazo poder VH ÂŁ YHULͤFDU GH XP PRGR IÂŁFLO RV UHVXOWDGRV REWLGRV FRP HVVDV PHGLGDV H DLQGD HVWXGDU QRYDV PHGLGDV TXH UHIRUFHP D HͤFLÂŹQFLD energĂŠtica atravĂŠs da gestĂŁo tĂŠcnica. $ PDLRU GLͤFXOGDGH HQFRQWUDGD QHVWH SURMHWR DSRQWDGD ORJR GHVGH o inĂ­cio foi, sem dĂşvida, a comunicação entre o autĂłmato e o controlador do sistema de AQS. O Protocolo de comunicação do controlador (VBusÂŽ) ĂŠ propriedade da marca ResolÂŽ e como tal nĂŁo sĂŁo divulgados detalhes sobre o mesmo, e deste modo nĂŁo existem bibliotecas de programação fornecidas pela Phoenix ContactÂŽ, como existem para o caso da comunicação no protocolo ModBus, mas mesmo assim foi possĂ­vel implementar, atravĂŠs de texto estruturado, o cĂłdigo que permitiu comunicar com o referido controlador. Os objetivos do projeto foram totalmente alcançados, sendo de salutar que ao se ter utilizado soluçþes de automação e de comunicação Phoenix ContactÂŽ, conseguiu-se que os alunos tornassem funcional, viĂĄvel e Ăştil um projeto desta dimensĂŁo, aplicado numa situação prĂĄtica da vida real como ĂŠ o caso do Centro Desportivo Juvelis. Por Ăşltimo pode-se observar o diagrama de funcionamento do sistema AQS, na )LJXUD FRPR H[HPSOR GH GHPRQVWUDŠ¼R GR DPELHQWH JU£ͤFR GD SÂŁgina Web.

Figura 4. %DVH GH GDGRV WDEHODV DWXDOL]DGDV HP WHPSR UHDO

Este sistema Ê ainda acompanhado por um sistema de alarmes que gera um email para os responsåveis do Centro Desportivo caso algo não esteja dentro dos parâmetros admissíveis como, por exemplo, a potência da instalação elÊtrica exceder o valor nominal contratado, RX D WHPSHUDWXUD QXP GRV DFXPXODGRUHV GH $46 H[FHGHU RV | & (Figura 5).

REFERĂŠNCIAS

Figura 5. ([HPSOR GH XP DODUPH SRU email

> @ $ ) 5 G 6ÂŁ *XLD GH DSOLFDŠ¡HV GH JHVWÂĽR GH HQHUJLD H HͤFLÂŹQFLD energĂŠtica, PublindĂşstria, 2010; [2] CEEETA, “Centro de Estudos em Economia da Energia dos Transportes e do Ambienteâ€?; [3] APCER. Available: www.apcer.pt/; [4] Roca, “Datasheet CC-140, 141 & 142â€?; [5] Ceeeta-Eco. Available: www.ceeeta-eco.pt/; [6] P. Contact, “User Manualsâ€?; [7] P. Contact, “Datasheetsâ€?; > @ 5HVRO ̸'DWDVKHHW 9%XV 3URWRFRO 6SHFLͤFDWLRQVĚš [9] RESOL. www.resol.de/; [10] P. C. Portugal. www.phoenixcontact.com.

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Figura 6. 3£JLQD Web VHSDUDGRU ̸6LVWHPD $46


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case-study

manter frio! – novo conceito de dissipação de calor para fontes de alimentação

Frank Zeiger

Marketing Communication, Phoenix Contact Power Supplies GmbH Revisto por Carlos Coutinho Marketing and Product Manager Phoenix Contact Portugal

Os requisitos de engenharia mecânica para fontes de alimentação são rigorosos e diversos. O objetivo Ê garantir elevados níveis de fiabilidade e longevidade das fontes, em condiçþes ambientais frequentemente exigentes em termos de vibraçþes e de amplitude tÊrmica. A Phoenix Contact garante este objetivo com a nova geração de fontes de alimentação TRIO POWER, atravÊs de um conceito totalmente novo de dissipação tÊrmica. Aparentemente, temperatura e vibração parecem não ter nada em comum. Mas esta Ê a questão central em fontes de alimentação simulWDQHDPHQWH FRPSDFWDV H SRWHQWHV &RPR HOLPLQDU HͤFLHQWHPHQWH R calor gerado pela fonte?

10Âş C É SUFICIENTE PARA DETERMINAR A VIDA ĂšTIL COMO DISSIPAMOS O CALOR? A melhor solução passaria por evitar qualquer libertação de calor geUDGR SHORV FRPSRQHQWHV GDV IRQWHV 0DV LVWR ÂŤ ͤVLFDPHQWH LPSRVVÂŻYHO R TXH VLJQLͤFD TXH RV HQJHQKHLURV GH SHVTXLVD H GHVHQYROYLPHQWR aplicam tĂŠcnicas de dissipação de calor na fase inicial de desenvolvimento da fonte. No processo de desenvolvimento de um novo modelo, restriçþes de ordem tĂŠcnica e economia tĂŞm de ser ponderados, para assegurar o desenvolvimento de uma nova gama de fontes de alimentação, a qual representa custos considerĂĄveis, ĂŠ rentĂĄvel e pode ser comercializada a preço competitivos.

DISSIPAĂ‡ĂƒO TÉRMICA SEM ELEMENTOS DE ARREFECIMENTO INTERIOR $ IRQWH GH DOLPHQWDŠ¼R WHP GH IRUQHFHU D SRWÂŹQFLD GH VDÂŻGD HͤFD] H rapidamente, mesmo quando a carga estĂĄ em constante alteração. A nova geração de fontes TRIO POWER tem a funcionalidade Ăşnica de fornecer potĂŞncia a cargas variĂĄveis atĂŠ 150% da corrente nominal durante pelo menos 5 segundos. É o exemplo de arranque de motores DC, os quais tĂŞm a caraterĂ­stica de provocarem um pico de corrente durante a fase inicial de funcionamento. A consequĂŞncia da fonte fornecer valores elevados de potĂŞncia ĂŠ a libertação de calor pelos componentes internos, como semicondutores MOSFET e enrolamentos, cuja quantidade de calor depende das suas resistĂŞncias internas (Lei de Joule). Adicionalmente, o calor existente na fonte de alimentação pode ser persistente ou mesmo superior se tambĂŠm for a temperatura ambiente. Os componentes mais sensĂ­veis Ă temperatura, como os condensadores eletrolĂ­ticos, sĂŁo afetados pelo excesso de calor, reduzindo o seu tempo de vida Ăştil. www.oelectricista.pt o electricista 54

O condensador eletrolítico Ê o principal componente que determina o tempo de vida útil de uma fonte de alimentação. Supondo um condenVDGRU FXMD WHPSHUDWXUD DPELHQWH DGPLVV¯YHO  | & R WHPSR GH YLGD ŸWLO GXSOLFDU£ VH D WHPSHUDWXUD DPELHQWH HIHWLYD IRU | & Uma abordagem avançada para dissipar calor utilizada na indústria automóvel passa pela utilização de díodos de elevada potência em equipamentos de iluminação. Com base nesta abordagem, uma nova topologia de comutação foi desenvolvida para a nova geração de fontes de alimentação TRIO POWER, tendo em conta as åreas de performance associadas a pontos quentes. Uma placa de circuito impresso contendo componentes num só lado facilita a produção em sÊrie automatizada. Os semicondutores de potência são sistematicamente escolhidos com formato SMD e componentes sensíveis a temperaturas, como os condensadores eletrolíticos, são colocados em zonas resguardadas. Nas åreas com pontos quentes que surgem em determinados locais, o calor Ê sistematicamente conduzido atravÊs da placa de circuito impresso e rapidamente distribuído equitativamente no dissipador lateral da fonte.

“A melhor solução passaria por evitar qualquer libertação de calor gerado pelos componentes das fontes. Mas isto ĂŠ fisicamente impossĂ­vel, o que significa que os engenheiros de pesquisa e desenvolvimento aplicam tĂŠcnicas de dissipação de calor na fase inicial de desenvolvimento da fonte.â€?


98

calendário de eventos evento

temática

local

data

contacto

*5((1 %86,1(66 :((.

Feira para a Energia e Sustentabilidade

Lisboa, Portugal

01 a 03 março 2016

Feira Internacional de Lisboa ͤO#DLS SW KWWS JUHHQEXVLQHVVZHHN ͤO SW

/2*,0$7

Feira Internacional de Distribuição e Fluxo de Informação

Muenchen, Alemanha

08 a 10 março 2016

EUROEXPO Messe- und Kongress-GmbH logimat@euroexpo.de www.logimat-messe.de

+$1129(5 0(66(

Feira Internacional de Tecnologia Industrial

Hannover, Alemanha

25 a 29 abril 2016

Deutsche Messe info@messe.de www.messe.de

7(.7 1,&$

Feira de Construção e Obras Públicas

Lisboa, Portugal

04 a 07 maio 2016

Feira Internacional de Lisboa ͤO#DLS SW ZZZ WHNWRQLFD ͤO SW

*(1(5$

Feira Internacional de Energias Renováveis e Ambiente

Madrid, Espanha

15 a 17 junho 2016

IFEMA genera@ifema.es www.ifema.es

0$7(/(&

Exposição para a Indústria Elétrica e Eletrónica

Madrid, Espanha

25 a 28 outubro 2016

IFEMA matelec@ifema.es www.ifema.es

formação, seminários e conferências

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feiras

evento

temática

local

data

contacto

,167$/$'25 ,7(' ̰ $78$/,=$ 2 0$18$/ ,7(' l (', 2

Formação na Área das Telecomunicações

Grijó, Portugal

16 fevereiro a 15 março 2016

ISQ – Formação rmteixeira@isq.pt www.isq.pt

352-(72 (/ 75,&2 '( %$,;$ 7(16 2

Formação na Área da Energia

Porto, Portugal

23 fevereiro a 21 abril 2016

ISQ – Formação fmfonseca@isq.pt www.isq.pt

(/(75,&,'$'( $3/,&$'$ 5()5,*(5$ 2

Formação na Área da Energia

Porto, Portugal

16 março a 29 maio 2016

CENFIM SRUWR#FHQͤP SW ZZZ FHQͤP SW

(/(75,&,'$'( ( ,167$/$ (6 (/ 75,&$6

Formação na Área da Eletrónica

Porto, Portugal

21 março a 27 maio 2016

CENFIM SRUWR#FHQͤP SW ZZZ FHQͤP SW

352-(7,67$6 '( 6,67(0$6 62/$5(6

Formação na Área da Energia

Porto, Portugal

11 abril a 06 maio 2016

CENFIM SRUWR#FHQͤP SW ZZZ FHQͤP SW

$8',725,$6 (1(5* 7,&$6 ̰ 0(', (6 (/ 75,&$6 (0 48$'526 (/ 75,&26

Formação na Área da Energia

Grijó, Portugal

13 a 14 maio 2016

ISQ – Formação rmteixeira@isq.pt www.isq.pt


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nota tĂŠcnica

ano novo, energia nova? Na viragem de mais um ano, apontam-se jĂĄ as baterias para 2016, que se espera mais promissor e de maior atividade no que ao setor da energia elĂŠtrica diz respeito. JosuĂŠ Morais, Diretor TĂŠcnico

nota tĂŠcnica 100 ano novo, energia nova? 101 dossier sobre gestĂŁo tĂŠcnica de edifĂ­cios 103 HGLIÂŻFLRV LQWHOLJHQWHV H HͤFLÂŹQFLD energĂŠtica 105 LPÂľWLFD QR HGLͤFDGR UHDELOLWDGR 107 diferentes tipos de fontes de iluminação 111 reabilitação de edifĂ­cios – a nova abordagem ITED 3(a)! 115 domĂłtica: a inteligĂŞncia da sua casa 117 manutenção preditiva para a exploração de edifĂ­cios: a melhor estratĂŠgia 119 ATE – ArmĂĄrio de Telecomunicaçþes de EdifĂ­cio

121

reportagem CONCRETA e ENDIEL: “o futuro estĂĄ na reabilitaçãoâ€?

case study 123 $%% SRXSDU QRV FXVWRV HQHUJWLFRV 125 F.Fonseca: preparada para o futuro... 127 Lledó e Museu Guggenheim Bilbao: uma boa parceria em sistemas de controlo de iluminação 129 OMICRON lança a próxima geração de unidades de teste SFRA

131 135 137 139 141

143

informação tĂŠcnico-comercial Legrand ElĂŠctrica: MY HOME: viver bem com o melhor da tecnologia digital ABB apresenta os seus novos detetores de presença KNX &KDWURQ /(' ,1 Ě° LOXPLQDŠ¼R KRUDV GH PÂŁ[LPD HͤFLÂŹQFLD F.Fonseca: QBus STAND-ALONE, DomĂłtica – soluçþes inteligentes Rittal responde a 5 pontos para D RWLPL]DŠ¼R GD FRQͤJXUDŠ¼R H LQVWDODŠ¼R de projetos TI na indĂşstria DesignSpark Electrical: software CAD elĂŠtrico gratuito

No âmbito das instalaçþes elĂŠtricas ĂŠ conhecida uma certa estagnação motivada pelo forte abrandamento da construção habitacional, mantendo alguma atividade no setor industrial e nas açþes de remodelação, neste caso de forma mais ou menos transversal. Os dados recolhidos junto das EIIELs – Entidades Inspetoras de Instalaçþes ElĂŠtricas, que substituĂ­ram as antigas ERIEs ligadas Ă Certiel, o nĂşmero de inspeçþes conheceu uma redução enorme, levando Ă redução da equipa do quadro de inspetores adstritos Ă quele trabalho. Para este FHQÂŁULR FRQWULEXLX WDPEÂŤP D TXDVH HVWDJQDŠ¼R YHULͤFDGD QDV LQVWDODŠ¡HV GH PLFUR H GH PLQLSURGXŠ¼R GH HQHUJLD TXH WLYHUDP XPD LPSODQWDŠ¼R PXLWR VLJQLͤFDWLYD HQWUH H Atualmente temos uma nova legislação que regulamenta a instalação de Unidades de Pequena Produção – UPP (antigas micro e miniprodução) e as Unidades de Produção de Autoconsumo – UPAC. Relativamente Ă s UPP tĂŞm recolhido pouco interesse com um nĂşmero muito reduzido de instalaçþes licenciadas, motivado essencialmente pelo baixo valor das tarifas de remuneração da energia produzida. No que diz respeito Ă s UPAC, que podem apresentar um investimento muito interessante FRPR PHGLGD GH HͤFLÂŹQFLD HQHUJÂŤWLFD QDV HPSUHVDV WÂŹP VLGR UHJLVWDGDV H LQVWDODGDV HP nĂşmero apreciĂĄvel. De referir que os investimentos nestes sistemas energĂŠticos podem ter retornos de investimento inferiores a 5 anos, dependendo da potĂŞncia instalada, reduzindo essencialmente os consumos de energia em horas de ponta, bem como a potĂŞncia de horas GH SRQWD TXH WÂŹP XP SHVR VLJQLͤFDWLYR QD IDWXUD HQHUJÂŤWLFD $V PHWDV GHͤQLGDV SDUD 3RUWXJDO QR 31$(5 Ě° 3ODQR 1DFLRQDO GH $Š¼R SDUD DV (QHUJLDV 5HQRYÂŁYHLV VHJXQGR D 'LUHWLYD &RPXQLWÂŁULD &( TXH SUHYLD HP D SURGXŠ¼R GH SHOR PHQRV GD HQHUJLD HOÂŤWULFD SRU UHFXUVR D HQHUJLDV UHQRYÂŁYHLV HVWÂĽR cumpridas e ultrapassadas em larga escala, pois temos atualmente um sistema produtor UHQRYÂŁYHO FRP XPD SHUFHQWDJHP GH HOHWULFLGDGH FRP UHFXUVRV UHQRYÂŁYHLV GH HP (VWH YDORU GHYHUÂŁ HOHYDU VH EDVWDQWH FRP R terminus dos novos aproveitamentos hidroelĂŠtricos que permitirĂŁo a gestĂŁo e acumulação de energia eĂłlica excedentĂĄria que SRU YH]HV WHPRV $WLQJLU D PHWD GRV HP 3RUWXJDO QÂĽR ÂŤ KRMH XWRSLD HPERUD HVWHMD sempre dependente da variação dos anos hidrolĂłgicos. Neste capĂ­tulo, estamos no bom caminho, e o ambiente agradece. (P ͤP GH DQR HQYLR D WRGRV RV OHLWRUHV H D WRGD D HTXLSD GD UHYLVWD ̸R HOHFWULFLVWD̸ R GHVHMR GH XP %RP $QR GH

ITED 145 tubagem 146 formação 151 consultório tÊcnico www.oelectricista.pt o electricista 54

100


dossier sobre gestão técnica de edifícios

HGLI¯FLRV LQWHOLJHQWHV H HͤFL¬QFLD HQHUJ«WLFD Jorge Rodrigues de Almeida, RdA – Climate Solutions

LPµWLFD QR HGLͤFDGR UHDELOLWDGR TEV2 – Distribuição de Material Eléctrico, Lda.

diferentes tipos de fontes de iluminação Valentina Surini, ABB

reabilitação de edifícios – a nova abordagem ITED 3(a)! Ricardo Vinagreiro, JSL – Material Elétrico

domótica: a inteligência da sua casa Futursolutions – Sistemas Eléctricos e Domótica

PROTAGONISTAS

101

manutenção preditiva para a exploração de edifícios: a melhor estratégia Fernando Ferreira, Schneider Electric Portugal

ATE – Armário de Telecomunicações de Edifício Lúcia Miranda, Quitérios – Fábrica de Quadros Eléctricos

dossier

gestão técnica de edifícios

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103

dossier sobre gestĂŁo tĂŠcnica de edifĂ­cios

edifícios inteligentes e eficiência energÊtica Jorge Rodrigues de Almeida, CEO almeida@rda.pt RdA – Climate Solutions

O consumo de energia nos edifĂ­cios ĂŠ condicionado por mĂşltiplos fatores tĂŁo dĂ­spares como as condiçþes climĂĄticas locais, as caraterĂ­sticas construtivas, os equipamentos instalados, os perfis de utilização ou a (ausĂŞncia de) manutenção. A combinação destas variĂĄveis associada ao elevado custo da energia traduz-se em elevados custos mensais que urge reduzir. Neste ponto todos os estudos sĂŁo coerentes, o caminho para esta redução dos custos passa pela implementação e controlo de medidas de eficiĂŞncia energĂŠtica passivas e ativas associadas Ă dotação de “inteligĂŞnciaâ€? ao edifĂ­cio. A matriz energĂŠtica nacional ĂŠ reveladora, GR FRQVXPR GH HQHUJLD ÂŤ UHDOL]DGR QRV edifĂ­cios. Este consumo associado ao elevado custo da energia (o relatĂłrio Household Energy Price Index for Europe, disponĂ­vel em www.energypriceindex.com aponta constantemente Portugal como um dos paĂ­ses europeus com preços de energia mais elevados) impĂľem a necessidade de redução dos consumos como desĂ­gnio de sustentabilidade das organizaçþes e famĂ­lias. Este facto ĂŠ ainda mais relevante se considerarmos que mais GH GRV HGLIÂŻFLRV TXH H[LVWLUÂĽR HP MÂŁ estĂŁo construĂ­dos, muitos deles erigidos nas GÂŤFDGDV GH H RQGH R WHUPR HͤFLÂŹQFLD energĂŠtica nĂŁo se aplicava Ă construção. $ 8QLÂĽR (XURSHLD TXH FRORFRX D ̸HͤFLĂŞncia energĂŠtica em primeiro lugarâ€? na sua polĂ­tica de energia, tem ao longo dos ĂşltiPRV DQRV ODQŠDGR XPD VÂŤULH GH GHVDͤRV aos estados-membros consubstanciados, SRU H[HPSOR QD 'LUHWLYD 8( UHODWLva ao desempenho energĂŠtico dos edifĂ­cios (3%' RX QD 'LUHWLYD (8 UHODWLYD ¢ HͤFLÂŹQFLD HQHUJÂŤWLFD (VWDV 'LUHWLYDV IRUDP transpostas para a legislação nacional resulWDQGR QD UHYLVÂĽR GR 6LVWHPD GH &HUWLͤFDŠ¼R www.oelectricista.pt o electricista 54

EnergĂŠtica dos EdifĂ­cios e nas imposiçþes do 'HFUHWR /HL Q | $ GH GH DEULO TXH entre outros, tĂŞm como objetivo a redução dos consumos energĂŠticos atravĂŠs da imposição de auditorias energĂŠticas ou o cumpriPHQWR GH FULWÂŤULRV GH HͤFLÂŹQFLD HP SURMHWRV de construçþes ou reabilitação de edifĂ­cios. (VWHV FULWÂŤULRV GH HͤFLÂŹQFLD VÂĽR XPD H[celente oportunidade para a efetiva redução GRV FRQVXPRV HQHUJÂŤWLFRV QR HGLͤFDGR (VWD poupança poderĂĄ advir de sistemas passivos como isolamentos, envidraçados com corte tĂŠrmico ou sombreamentos ou de sistemas ativos (leia-se equipamentos) com elevada HͤFLÂŹQFLD (VWHV VÂľ SRU VL QÂĽR VÂĽR VXͤFLHQWHV se nĂŁo dotarmos o edifĂ­cio de sistemas capazes de acompanhar as variĂĄveis que o afetam e reagir, isto ĂŠ, de inteligĂŞncia. A domĂłtica ou os sistemas de gestĂŁo tĂŠcnica quando devidamente dimensionados e operacionalizados podem potenciar as poupanças e acima de tudo permitem controlar o desempenho das medidas ao longo do tempo intervindo de forma prĂł-ativa atravĂŠs da interação de equipamentos, sistemas tecnolĂłgicos e consumos de energia muitas vezes suportados por algoritmos adaptativos baseados em informação local cruzada com anĂĄlises de data mining. Os exemplos de sucesso destes sistemas sĂŁo inĂşmeros. Casos como a Nest, o Hue ou RV UHODWDGRV QHVWD HGLŠ¼R GH ̸o electricistaâ€? demonstram a apetĂŞncia e potencial destes HTXLSDPHQWRV H VLVWHPDV GRWDGRV GH ̸inteligĂŞnciaâ€? mas ainda existem algumas barreiras que importa quebrar. Programas como o POSEUR – Programa 2SHUDFLRQDO 6XVWHQWDELOLGDGH H (ͤFLÂŹQFLD

no Uso de Recursos, o FEE – Fundo de (ͤFLÂŹQFLD (QHUJÂŤWLFD H RV UHFÂŤP FULDGRV Instrumentos Financeiros para a Reabilitação H 5HYLWDOL]DŠ¼R 8UEDQDV ,)558 H SDUD D (ͤFLÂŹQFLD (QHUJÂŤWLFD ,)( WHUÂĽR DVsim um papel de destaque, por um lado na disponibilização de capital, tĂŁo importante para quebrar a barreira do custo inicial, mas SRU RXWUR QÂĽR PHQRV LPSRUWDQWH QD ̸disciplinaçãoĚš GR PHUFDGR GD HͤFLÂŹQFLD HQHUJÂŤWLFD subindo a fasquia das exigĂŞncia tĂŠcnicas e promovendo tecnologias state of the art. É importante que a utilização destes programas seja realizada segundo critĂŠrios de racionalidade que valorizem as melhores prĂĄticas garantindo uma otimização dos investimentos. Saliente-se que muitos dos fundos referidos anteriormente revestem a natureza de subvençþes reembolsĂĄveis ou obrigam Ă entrega de uma percentagem das poupanças lĂ­quidas, o que impĂľe um dimensionamento e DFRPSDQKDPHQWR HIHWLYR H HͤFD] GDV PHGLGDV GH HͤFLÂŹQFLD (VWHV QRYRV GHVDͤRV YÂŹP H[LJLU DRV promotores, engenheiros e fornecedores de soluçþes tecnolĂłgicas a aplicação das melhores prĂĄticas e standards, no desenvolvimento dos seus projetos, por forma a reduzir as inconsistĂŞncias e garantir o retorno do investimento. Neste contexto destaca-se o ,QYHVWRU &RQͤGHQFH 3URMHFW (ICP) Europe que GLVSRQLELOL]D SURWRFRORV GH HͤFLÂŹQFLD HQHUgĂŠtica, para o desenvolvimento e avaliação de projetos de reabilitação energĂŠtica de edifĂ­cios, garantindo a utilização das melhores prĂĄticas e standards ao nĂ­vel europeu. A conjugação das melhores prĂĄticas, promovidas pelo ICP, com a utilização de sistemas de gestĂŁo tĂŠcnica nas suas mĂşltiplas vertenWHV WHUÂĽR XP SDSHO UHOHYDQWH QD YHULͤFDŠ¼R e aumento da consistĂŞncia das poupanças previstas. A dotação de inteligĂŞncia nos edifĂ­cios atravĂŠs das gestĂľes tĂŠcnicas e domĂłtica estĂĄ a trilhar um caminho para o aumento da HͤFLÂŹQFLD HQHUJÂŤWLFD QR HGLͤFDGR HP OLQKD FRP RV GHVDͤRV FOLPÂŁWLFRV 7HPRV PÂźOWLSORV exemplos de sucesso como demonstrados nesta revista que permitem promover e poWHQFLDU D HͤFLÂŹQFLD HQHUJÂŤWLFD QRV HGLIÂŻFLRV melhorando a forma como os habitamos, reduzindo os custos de exploração e gerando oportunidades de investimento.


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imĂłtica no edificado reabilitado CASES STUDIES: HOTEL A.S 1829 PORTO E HOTEL H.FENIX LISBOA. TEV2 – Distribuição de Material ElĂŠctrico, Lda.

As soluçþes de imótica promovem evidentes ganhos em termos de eficiência energÊtica quando aplicadas. Isto porque possibilitam a gestão integrada dos diversos equipamentos de um edifício, nomeadamente a iluminação, o sistema de climatização (aquecimento e arrefecimento), o som ambiente, entre outros, quer atravÊs de um comando central remoto ou painel. Associar-se a projetos de recuperação que IRPHQWDP D HͤFLQFLD HQHUJWLFD  WDPEP uma das ambiçþes dos projetos de Domótica. No que concerne à iluminação Ê possível gerir os gastos de eletricidade e adaptar a iluminação à luminosidade natural atravÊs de uma monitorização constante da mesma. Desse modo Ê possível atingir níveis de SRXSDQŠD GH HQHUJLD DW HP FRQMXJDŠ¼R com o controlo automåtico da climatização. A aplicação de automação nesta última - aquecimento no inverno e arrefecimento no verão - potencia o conforto måximo e, em VLPXOW¤QHR PHOKRUD D HͤFLQFLD GR VLVWHPD em função de um conjunto mais ou menos complexo de variåveis, nomeadamente horårios de utilização, presença de pessoas, arejamento e ventilação das divisþes, abertura e IHFKR GH HVWRUHV H RX blackouts, temperatura exterior, sendo que quanto maior o número GH YDUL£YHLV D FRQWURODU PDLRU D HͤFLQFLD GR sistema e, consequente, o impacto na racionalização de consumos energÊticos. Entre os projetos de referência de edifícios recuperados a nível nacional destaca-se R +RWHO $ 6 3RUWR H R +RWHO + )QL[ HP Lisboa. 1R SURMHWR GH UHFXSHUDŠ¼R GR $ 6 Porto foi colocado um painel tåtil retro-iluminado e personalizado que permite a integração das funcionalidades de iluminação e cenårios bem como da climatização. Os ícones dos painÊis desenvolvidos pela equipa de decoração do projeto indicam, claUDPHQWH D IXQŠ¼R GH FDGD WHFOD ͤFDQGR RV painÊis retro-iluminados quando ativos. www.oelectricista.pt o electricista 54

Para um maior conforto do utilizador, o sistema permite uma ligação automåtica da iluminação no hall de entrada ao abrir a porta do quarto, bem como de todas as luzes quando se introduz o cartão no hotelcard. O sistema possibilita a descida automåtica da temperatura do quarto se as janelas estiverem abertas, poupando assim nos custos com aquecimento. &RQVRDQWH D GLVSRQLELOLGDGH ͤQDQFHLUD afeta ao projeto, os painÊis podem incorporar

Figura 1. Painel Tåtil para controlo de iluminação e cenårios.

Figura 2.

Figura 3.

Figura 4.

RSŠ¡HV FRP H VHP SHUVLDQDV blackouts, com e sem som, com e sem climatização. Com a opção comando inteligente dos estores Ê garantida a proteção automåtica contra demasiada luz solar ou intempÊries DWUDYV GH SHUVLDQDV blackouts que reagem, descendo ou subindo, atravÊs de sensores solares ou do vento. Optando-se por um upgrade que inclua o controlo da climatização, no momento do check-in ocorre a prÊ-climatização. No


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diferentes tipos de fontes de iluminação

Valentina Surini

Product Marketing Manager, Produtos DIN-Rail ABB, S.A.

A escolha por uma lâmpada adequada para uma aplicação especĂ­fica ĂŠ um processo complexo durante a fase de conceção, uma vez que estĂŁo em jogo uma variedade de parâmetros: a tensĂŁo da alimentação, a potĂŞncia elĂŠtrica, o fluxo luminoso, a eficiĂŞncia luminosa, durabilidade, consumo e poupança energĂŠtica, Ă­ndice de restituição de cor, temperatura de cor, conforto e miniaturização. Todos estes parâmetros afetam o tipo de atividade, a estĂŠtica do projeto, os objetos que pretende destacar e o bem-estar visual; todos estes fatores sĂŁo, assim, associados a uma avaliação do impacto econĂłmico e ambiental. O que se segue ĂŠ uma breve descrição e classificação das fontes de luz artificial primĂĄria. TECNOLOGIA LED A tecnologia LED utiliza as propriedades Ăłticas de alguns materiais semicondutores para produzir fotĂľes a partir de uma recombinação de pares eletrĂľes – lacuna num dĂ­odo especial de junção p-n. O LED ĂŠ, de facto, um acrĂłnimo para DĂ­odo Emissor de Luz. Os /('V VÂĽR IRUPDGRV SRU XPD ͤQD FDPDGD de material semicondutor dopado no qual, com a aplicação de tensĂŁo contĂ­nua, com o objetivo de reduzir a barreira de potencial da junção, os eletrĂľes da banda de condução do semicondutor sĂŁo reconstituĂ­dos com as lacunas na banda de valĂŞncia, desbloqueDQGR XPD TXDQWLGDGH VXͤFLHQWH GH HQHUJLD sob a forma de fotĂľes. Graças Ă reduzida espessura do chip, um nĂşmero discreto destes fotĂľes deixam o dispositivo e sĂŁo colocados como uma luz ou fotĂľes Ăłticos. Os semicondutores utilizados para a produção de LEDs podem ser GaAs (gallium arsenide), GaP (gallium phosphide), GaAsP (gallium arsenide phosphide), SiC (silicon carbide) e GaInN (gallium nitride and indium). A escolha do semicondutor determina o comprimento de www.oelectricista.pt o electricista 54

RQGD GD HPLVV¼R GR SLFR GRV IRW¡HV H D Hͤciência na conversão eletro-ótico, e assim tambÊm na intensidade da luz de saída. A temperatura de cor da radiação emitida depende do intervalo entre os níveis de energia dos eletrþes e das lacunas, e geralmente corresponde ao valor da banda interdita do semicondutor em questão. O primeiro LED IRL GHVHQYROYLGR SRU 1LFN +RORQ\DN HP mas as aplicaçþes na iluminação LED são muito mais recentes.

TECNOLOGIA DE DESCARGA DE ELEVADA INTENSIDADE O arco elĂŠtrico desencadeado numa mistura de gases num tubo de descarga tende a produzir bandas de frequĂŞncia muito estreitas HP IUHTXÂŹQFLDV HVSHF¯ͤFDV $ GLVWULEXLŠ¼R espetral de lâmpadas de descarga de elevada intensidade mostra, consequentemente, picos de energia nestas frequĂŞncias especíͤFDV $ MXQŠ¼R GH KDORJHQHWRV QD GHVFDUJD de gĂĄs permite uma emissĂŁo espetral mais equilibrada, apesar das descontinuidades continuarem a existir. O diagrama de emissĂŁo espetral explica a razĂŁo destas lâmpadas teUHP XP ÂľWLPR ÂŻQGLFH GH ̸Raâ€?, apesar de nĂŁo ser excelente.

TECNOLOGIA FLUORESCENTE TRIFĂ“SFORO A iluminação fluorescente ĂŠ gerada por dois mecanismos diferentes: os ĂĄtomos de mercĂşrio excitados pelos eletrĂľes que sĂŁo produzidos por um arco que gera energia numa banda estreita, exatamente como ocorre na descarga de lâmpadas de elevada intensidade, enquanto a fluorescĂŞncia de um revestimento fosforoso produz um espetro de luz visĂ­vel mais contĂ­nuo e equilibrado. O diagrama de emissĂŁo espetral de uma lâmpada fluorescente ĂŠ caraterizado por muitos picos distintos que aumentam acima de uma curva mĂŠdia. A composição do revestimento halo-fosforoso de uma lâmpada fluorescente ĂŠ elaborada de forma a diminuir a temperatura de cor e gerar uma iluminação similar Ă de uma lâmpada incandescente standard. O acrĂŠscimo de uma camada de trifĂłsforo ao revestimento de halo-fosforoso introduz EDQGDV GH HQHUJLD HVSHWUDO QDV HVSHF¯ͤFDV regiĂľes dos comprimentos de onda azul, verde e vermelho. Esta tecnologia ĂŠ a chave para melhorar o desempenho cromĂĄtico das lâmpadas fluorescentes atualmente existentes. AtravĂŠs da formulação halo-fĂłsforoso e dos revestimentos trifĂłsforosos, a saĂ­da


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reabilitação de edifĂ­cios – a nova abordagem ITED 3(a)! Eng.Âş Ricardo Vinagreiro JSL – Material ElĂŠtrico, S.A.

A entrada em vigor do novo Manual ITED, tambĂŠm conhecido como ITED 3, veio introduzir novas e significativas alteraçþes no que diz respeito Ă instalação de equipamentos de telecomunicaçþes, principalmente na vertente da construção relacionada com a Reabilitação de EdifĂ­cios. A esse propĂłsito serĂĄ de referir que a conjuntura atual, de acordo com os dados que vĂŁo sendo conhecidos, aponta para valores muito animadores e ainda com muita margem de progressĂŁo neste sub-setor da construção e que serĂĄ a atividade principal da instalação elĂŠtrica e de telecomunicaçþes na prĂłxima dĂŠcada, tal como jĂĄ acontece nos outros paĂ­ses da Comunidade. As tecnologias das telecomunicaçþes destinadas a equipar os edifĂ­cios reabilitados irĂŁo desempenhar um papel fundamental na adaptação destes imĂłveis para a sua utilização atual e futura. O advento GDV QRYDV WHFQRORJLDV GH WHOHFRPXQLFDŠ¡HV DVVHQWHV QD ͤEUD ÂľWLFD H cablagens de alto dĂŠbito veio ̸obrigarâ€? Ă adaptação dos edifĂ­cios anteULRUHV DR 0DQXDO ,7(' l HGLŠ¼R DQWHULRUHV D ). Pode dizer-se que uma adequada infraestrutura de telecomunicaçþes ĂŠ tĂŁo premente, hoje em dia, como era a instalação elĂŠtrica hĂĄ umas dĂŠcadas atrĂĄs. A preparação dos edifĂ­cios antigos permitirĂĄ igualmente uma maior harmonização com os edifĂ­cios construĂ­dos de raiz, traduzindo-se posteriormente numa oferta de maior valor aos compradores e investidores. Para a referida adaptação dos edifĂ­cios, nomeadamente do mercado residencial (claramente mais evidenciado por esta nova legislação ,7(' H[LVWH D QHFHVVLGDGH LQLFLDO GH FODVVLͤFDU R SDUTXH HGLͤFDGR e segundo o Manual em anĂĄlise, essa categorização ĂŠ encarada da seguinte forma e enquadramento: Ě˝ EdifĂ­cios e fogos do tipo residencial – aplicação das ITED 3a – ITED adaptado; Ě˝ EdifĂ­cios e fogos do tipo nĂŁo residencial – aplicação das ITED para edifĂ­cios novos. No caso de edifĂ­cios mistos, onde existem fogos residenciais e nĂŁo residenciais, a parte coletiva deve ser adaptada de acordo com o ITED 3a. Os fogos individuais serĂŁo adaptados de acordo com o seu tipo. ̸ &DVR VHMD SRVVÂŻYHO RX FRQYHQLHQWH FRQVLGHUD VH SUHIHUHQFLDO D DGRŠ¼R GDV UHJUDV SDUD RV HGLIÂŻFLRV QRYRV QRV HGLIÂŻFLRV FRQVWUXÂŻGRV GR tipo residencial,..â€? SerĂĄ de assinalar que o Ăşltimo parĂĄgrafo transcrito evidencia que deverĂĄ ser dada preferĂŞncia Ă adoção das regras deste Manual como se todos os edifĂ­cios (residenciais) fossem novos, caso haja essa SRVVLELOLGDGH FRQYHQLÂŹQFLD Esse processo inicial de diferenciação dos edifĂ­cios residenciais, LUÂŁ LGHQWLͤFDU RV YÂŁULRV WLSRV HYLGHQFLDGRV QR 4XDGUR GR 0DQXDO ,7(' TXH VHUYLUÂŁ SDUDOHODPHQWH SDUD GHͤQLŠ¼R GR JUDX GH DGHTXDção necessĂĄrio, a saber (ver Quadro seguinte): www.oelectricista.pt o electricista 54

Quadro 1. 4.53 – Aplicação das regras tĂŠcnicas aos edifĂ­cios residenciais construĂ­dos.

Tipo

(VSHFLͤFLGDGHV

Ponto

PrĂŠ-RITA

Sem tubagem nem cablagem

PrĂŠ-RITA

Com tubagem e cablagem

RITA

Cumprindo o regulamento RITA

,7('

&XPSULQGR D l HGLŠ¼R GDV ,7('

,7('

&XPSULQGR D l HGLŠ¼R GDV ,7('

Ampliação

Edifícios em que existe alteração na årea ou no volume das åreas cobertas, nomeadamente: - Adicionar fogos a um edifício; - Adicionar divisþes a um fogo;

4.3.3

Nota: $V HVSHFLͤFDŠ¡HV GH SURMHWR HVWÂĽR GHYLGDPHQWH LQGLFDGDV GR Ponto 4.3.2.1 ao 4.3.2.5 do Manual ITED. 1HVWH FRQWH[WR DOÂŤP GDV HQRUPHV GLͤFXOGDGHV GH DGDSWDŠ¼R GD FDblagem, e sobretudo da TUBAGEM e condutas nas zonas comuns dos edifĂ­cios RITA e prĂŠ-RITA (como ĂŠ fĂĄcil de compreender: a grande maioria dos edifĂ­cios de habitação existentes), surgem tambĂŠm os inevitĂĄveis problemas de remodelação das condutas e cablagens no interior da fração de habitação. 'H XPD IRUPD VLPSOHV WHQWDUHPRV QHVWH DUWLJR ̸sublinharâ€? aquilo que interessa reter em ambos os casos e aconselhar as soluçþes mais adequadas tanto em termos de instalação como de custo. Assim, e GH DFRUGR FRP DV GLIHUHQWHV VLWXDŠ¡HV WLSLͤFDGDV QR TXDGUR DQWHULRU extraĂ­do do Manual ITED em vigor, teremos:

ZONAS COMUNS Dimensionamento e seleção do ATE Para a escolha do ArmĂĄrio TĂŠcnico de EdifĂ­cios, na maioria das siWXDŠ¡HV GHYHUÂŁ VHU REVHUYDGR R TXH ÂŤ UHIHULGR QR 3RQWR GR Manual ITED em vigor. Lembramos apenas que continua a ser possĂ­vel o desdobramento do ATE em ATE Inferior e ATE Superior, mas nesta nova legislação, as PHGLGDV IRUDP DOWHUDGDV FRQIRUPH VH YÂŹ QR 4XDGUR UHWLUDGR GR referido documento. Quadro 2. 4.12 – Dimensionamento do ATE como armĂĄrio Ăşnico.

Fogos Residenciais e Mistos

DimensĂľes MĂ­nimas Internas LĂ—AĂ—P (ou AĂ—LĂ—P) [mm]

D

™ ™

D

™ ™

D

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mais de 44

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domótica: a inteligência da sua casa Futursolutions – Sistemas ElÊctricos e Domótica, Lda.

O termo “DomĂłticaâ€? nasceu da fusĂŁo das palavras “Domosâ€? (casa) e “RobĂłticaâ€? e ĂŠ uma forma inteligente de controlar os edifĂ­cios, gerindo os seus recursos de forma automĂĄtica, aliando os benefĂ­cios dos meios eletrĂłnicos aos benefĂ­cios dos meios informĂĄticos. A DomĂłtica veio trazer conforto, segurança e, atĂŠ, divertimento e tecnologia Ă s habitaçþes, permitindo retirar satisfação Ă s tarefas rotineiras, atĂŠ entĂŁo repetitivas e aborrecidas. O funcionamento destes sistemas varia consoante as preferĂŞncias e necessidades. Podem ser mais passivos, onde o utilizador tem uma ação direta e local, por via de interruptores, botĂľes de pressĂŁo, painĂŠis tĂĄteis, telecomandos, entre outros. Podem ser sistemas mais avançados e independentes que, por via de equipamentos, sensores e atuadores, comunicam entre si, possibilitanto uma programação prĂŠvia que permita responder, e atuar, perante determinadas circunstâncias (por exemplo, no campo da climatização, caso a temperatura desça ou suba, estes sistemas podem atuar de forma automĂĄtica para colocar a temperatura dentro do que estiver estabelecido). É possĂ­vel ainda, necessitando apenas de um telemĂłvel ou de acesVR ¢ ,QWHUQHW YHULͤFDU R HVWDGR GDV IXQŠ¡HV principais da habitação, podendo tomar uma ação tambĂŠm Ă distância. Com a DomĂłtica garante-se uma casa mais segura, econĂłmica, confortĂĄvel e ecolĂłgica, para alĂŠm de integrar outras soluçþes relacionadas com a iluminação, videovigilância, comunicação, aquecimento, rega, entre outros, com muito menos esforço, levando a que os seus utilizadores tenham as suas tarefas facilitadas e dando-lhes mais tempo e conforto.

ILUMINAĂ‡ĂƒO A DomĂłtica permite-lhe gerir os gastos energĂŠticos relacionados com a iluminação por via de reguladores de intensidade, sensores de movimento e de sensores de luz solar. Estes equipamentos podem ainda funcionar em colaboração com outros, por exemplo, www.oelectricista.pt o electricista 54

acionar um cenårio conjugado de iluminação, som ambiente e televisão. TambÊm aqui existe a possibilidade de controlo à distância, permitindo desligar equipamentos que tenham sido esquecidos ligados ou, por exemplo, fazer a habitação parecer estar ocupada quando não estå.

CLIMATIZAĂ‡ĂƒO Com recurso a programação ou mesmo Ă GLVW¤QFLD SRGH VH OLJDU GHVOLJDU RX PRGLͤcar a intensidade da climatização consoante as preferĂŞncias e necessidades das famĂ­lias, sem ter de estar na habitação, o que permite ter um maior conforto, maior poupança de energia e monitorizando e controlando Ă distância o funcionamento dos equipamentos, levando a um aumento do conforto da habitaŠ¼R H D XPD JHVWÂĽR HQHUJÂŤWLFD PDLV HͤFLHQWH e mais adaptada a cada situação.

SEGURANÇA Ao nĂ­vel da segurança, a DomĂłtica pode atuar a diversos nĂ­veis. Com o auxĂ­lio dos sensores ĂŠ possĂ­vel a deteção de fugas de gĂĄs, inundaçþes, incĂŞndios, entre outros. E atuar em conformidade com a possibilidade de, por exemplo, estancar a zona afetada e comunicar Ă s entidades competente (manutenção e bombeiros) do problema e da ação tomada. Na deteção de intrusos tambĂŠm existem soluçþes que podem servir os

interesses das famílias com sistemas dissuDVRUHV H GH DOHUWD TXH DYLVDP DV SHVVRDV HQWLGDGHV TXH HVWLYHUHP SUHGHͤQLGDV SDUD tal. Existem ainda opçþes de imagem e som que permitem, não só monitorizar as propriedades e outros bens, como podem ser canalizados para o controlo de, por exemplo, crianças enquanto estas brincam. Ainda ao nível da segurança existem RSŠ¡HV DYDQŠDGDV H EDVWDQWH HͤFLHQWHV QR controlo de acesso aos edifícios. AtravÊs da tecnologia de leitura de padrþes biomÊtricos Ê possível controlar as entradas por via da impressão digital, da retina ou pelo padrão de voz.

COMUNICAĂ‡ĂƒO A comunicação acaba por ser um constituinte central, que interliga todos os elementos da GRPÂľWLFD FRPR ͤFRX SDWHQWH DFLPD Fazendo-se valer das diversas tecnologias ĂŠ possĂ­vel monitorizar e atuar na habitação. Por exemplo, se deixar equipamentos elĂŠtricos esquecidos ligados, pode desliga-los Ă distância; pode baixar estores, fechar portĂľes, e outros. No capĂ­tulo da segurança consegue ter um acesso audiovisual ao edifĂ­cio. Em suma, instalando DomĂłtica na sua habitação garante uma vastidĂŁo de possibilidades que o tornarĂŁo num lar mais moderno, interessante e inteligente, mais prĂĄtico, fĂĄcil de usar e de controlar, energeticamente mais HͤFLHQWH H PDLV VHJXUR


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manutenção preditiva para a exploração de edifícios: a melhor estratÊgia

Fernando Ferreira

EcoBuildings Marketing Manager Schneider Electric Portugal

Os custos de manutenção de edifícios são responsåveis, em muitos casos, praticamente pela mesma percentagem de custos que o consumo de energia. No entanto, tambÊm em muitos dos casos, este investimento em manutenção Ê ineficiente uma vez que Ê alocado a abordagens de manutenção reativa. AlÊm de serem essenciais para garantir o conforto e segurança dos ocupantes e produtividade do edifício, os sistemas de controlo de edifícios, quando proativos e preditivos, podem facilmente ajudar a reduzir os custos de manutenção e de consumo de energia em 20%.

Os gestores de edifĂ­cios devem questionar-se sobre: onde e porque estĂĄ a ser gasto dinheiro; e, como pode ser reduzido o valor gasto enquanto se mantĂŠm ou, atĂŠ, se melhora o desempenho do edifĂ­cio. $ PDLRULD GRV SURSULHWÂŁULRV GH HGLIÂŻFLRV FHUFD GH QRV (8$ dependem de programas de manutenção reativa para cuidarem dos VHXV HTXLSDPHQWRV ,VWR VLJQLͤFD TXH DGRWDP XPD SRVWXUD D TXH SRGHPRV FKDPDU GH ̸esperar atĂŠ quebrarâ€?, aguardando atĂŠ que o equipamento bloqueie ou falhe totalmente para que seja iniciada uma ação corretiva. Na verdade, fazer referĂŞncia Ă manutenção reativa como ̸manutençãoâ€? jĂĄ ĂŠ, por si sĂł, um equĂ­voco – trata-se somente de uma reparação cujos custos sĂŁo tendencialmente elevados. Esta ĂŠ a abordagem mais tradicional quando se trata de manutenção, porque ĂŠ a mais natural – temos tendĂŞncia para consertar as coisas quando estas deixam de funcionar, porque assim foi feito durante muitos anos. AlĂŠm disso, este tipo de manutenção transmite a ilusĂŁo de custar menos a curto prazo por se traduzir num custo de reparação imprevisĂ­vel. $ PDQXWHQŠ¼R UHDWLYD SRGH VHU HͤFD] TXDQGR R HTXLSDPHQWR ĂŠ novo, sendo que, Ă partida, nĂŁo apresenta problemas, todavia, as www.oelectricista.pt o electricista 54

poupanças sĂŁo uma ilusĂŁo. Os custos de reparação tendem a ser elevados, nomeadamente aquando hĂĄ falhas inesperadas do equipamento, que conduzem igualmente ao aumento do custo de trabalho porque o equipamento tem de ser reparado imediatamente. Tal resulta numa XWLOL]DŠ¼R LQHͤFLHQWH GRV UHFXUVRV KXPDQRV H DIHWD LQHYLWDYHOPHQWH D produtividade do negĂłcio, gerando prejuĂ­zos. Por sua vez, aproximadamente um terço dos operadores de edifĂ­FLRV DSOLFD XPD PDQXWHQŠ¼R GH SUHYHQŠ¼R R TXH VLJQLͤFD TXH UHDOL]DP YHULͤFDŠ¡HV GH PDQXWHQŠ¼R SUÂŤ DJHQGDGDV H UHSDUDŠ¡HV UHJXODUHV Ě° independentemente de serem aparentemente necessĂĄrias ou nĂŁo. Este mĂŠtodo produz melhores resultados, porĂŠm, ainda nĂŁo os ideais. A manutenção de prevenção refere-se Ă manutenção regular, segundo um programa predeterminado que se baseia nas caraterĂ­sticas do equipamento e recursos fornecidos pelo fabricante do mesmo. Esta apresenta vantagens ao contribuir para o bom desempenho e contĂ­nua produtividade do equipamento. Sequentemente, apresenta menos custos a longo prazo, uma vez que hĂĄ menos situaçþes inesperadas e de reparação de emergĂŞncia, bem como perĂ­odos de inatividade por reparação. Implementando este tipo de manutenção ĂŠ possĂ­vel economizar D $LQGD DVVLP DSUHVHQWD GHVYDQWDJHQV FRPR D IDOWD GH SULRULzação – todos os equipamentos sĂŁo tratados com a mesma prioridade, QÂĽR H[LVWLQGR XP VLVWHPD TXH FODVVLͤTXH DV DWLYLGDGHV GH PDQXWHQŠ¼R de acordo com as potenciais consequĂŞncias da falha de um determinado equipamento. E este ĂŠ um fator importante e fundamental a ter em conta pois a quebra de alguns equipamentos pode apresentar efeitos mĂ­nimos no edifĂ­cio, enquanto a falha de outros pode ter um impacto preponderante, pelo que nĂŁo devem ser encarados todos de igual modo. $VVLP R PÂŤWRGR PDLV HͤFLHQWH GH LQFRUUHU D FXVWRV PÂŻQLPRV SDVsa por implementar planos de serviços que recorrem a manutenção proativa e preditiva, baseada na condição real do equipamento em vez de numa programação predeterminada. Com esta abordagem, o equipamento ĂŠ mantido com um desempenho contĂ­nuo de alto nĂ­vel, em vez de esperar por algo que falhe. Ă€ semelhança da manutenção de prevenção, a manutenção preditiva baseia-se no princĂ­pio de que uma abordagem proativa ĂŠ melhor


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ATE – ArmĂĄrio de Telecomunicaçþes de EdifĂ­cio LĂşcia Miranda QuitĂŠrios – FĂĄbrica de Quadros ElĂŠctricos, Lda.

Com a entrada em vigor do Manual ITED 3, os requisitos para o armårio de telecomunicaçþes sofreram alteraçþes ao nível do dimensionamento e dos equipamentos.

REPARTIDORES GERAIS No ATE são instalados os secundårios dos repartidores gerais (RG) GDV WHFQRORJLDV ̰ SDU GH FREUH 5* 3& FRD[LDO 5* && H ͤEUD ¾WLFD 5* )2 1R HQWDQWR GHYH HVWDU SUHYLVWR HVSDŠR VXͤFLHQWH SDUD JDUDQWLU QR P¯QLPR DFHVVR D RSHUDGRUHV GH FDGD WHFQRORJLD

O ArmĂĄrio de Telecomunicaçþes de EdifĂ­cio (ATE) ĂŠ o Ponto de 'LVWULEXLŠ¼R 3' ̸onde se efetua a transição entre as redes do opeUDGRU H DV UHGHV GR HGLIÂŻFLR ‹ GH LQVWDODŠ¼R REULJDWÂľULD HP WRGRV RV HGLIÂŻFLRV FRP D H[FHŠ¼R GDV PRUDGLDV XQLIDPLOLDUHV ‹ R ORFDO GH LQVtalação dos Repartidores Gerais (RG).â€? (Fonte: Manual ITED 3.ÂŞ Edição).

DIMENSIONAMENTO

Figura 2. Exemplo de um ATE equipado, com o secundĂĄrio dos RG.

Mediante o tipo de edifício, as necessidades, caraterísticas e objetivos da instalação, devem ser consideradas consoante as seguintes dimensþes mínimas internas: Tipo De Edifício

Fogos Residenciais e Mistos (ArmĂĄrio Ăšnico)

Fogos Residenciais e Mistos (ATE Superior) Fogos NĂŁo Residenciais

N.Âş de Fogos

DimensĂľes MĂ­nimas Internas LĂ—AĂ—P Ou AĂ—LĂ—P (mm)

D

™ ™

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Mais de 44

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–

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0DLV GH

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Na seleção do ATE, a solução de armĂĄrio de telecomunicaçþes recorrendo a um bastidor representa uma solução bastante apropriada, dada a sua flexibilidade e polivalĂŞncia. Neste caso, o dimensionamento ĂŠ da responsabilidade do projetista. A QUITÉRIOS, tal como outras marcas, disponibiliza, atualmente, XPD YDVWD VHOHŠ¼R GH EDVWLGRUHV GH Ěš H Ěš EHP FRPR WRGRV RV painĂŠis e acessĂłrios necessĂĄrios para a instalação dos repartidores gerais (RG-PC, RG-CC e RG-FO) do edifĂ­cio.

O primårio dos Repartidores Gerais (RG) Ê da responsabilidade dos operadores de telecomunicaçþes, assim como os materiais, ligaçþes e instalação necessårios. O secundårio do Repartidor Geral de Par De Cobre deve ser consWLWX¯GR SRU FRQHWRUHV 5- RX UJXDV GH FUDYDŠ¼R FRP &DWHJRULD para garantir a Classe E na instalação. Como requisito mínimo deve permitir ligar um cabo de 4 pares de cobre por cada ATI do edifício.

Figura 3. Painel 19� equipado com os conetores RJ45 para secundårio RG-PC.

1RV HGLI¯FLRV FRP RX PDLV IRJRV  REULJDW¾ULD D LQVWDODŠ¼R GH XP sistema que permita a receção e distribuição de sinais sonoros e televisivos. Cabe ao projetista selecionar o tipo de sistema a instalar no edifício para a rede coletiva de coaxial, considerando os serviços disponíveis do operador e a tipologia do edifício. O secundårio do Repartidor Geral de Cabos Coaxiais no ATE infeULRU GHYH VHU FRQVWLWX¯GR SRU ͤFKDV GR WLSR ) ) SDUD OLJDŠ¼R GRV FDERV SURYHQLHQWHV GRV $7, FRPR P¯QLPR SRU FDGD IRJR

Figura 4. 3DLQHO ̚ HTXLSDGR FRP ͤFKDV ) ) SDUD VHFXQG£ULR GR 5* &&

O secundĂĄrio do Repartidor Geral de Fibra Ă“tica ĂŠ constituĂ­do por adapWDGRUHV GR WLSR 6& $3& FRP FDSDFLGDGH SDUD OLJDŠ¼R GH ͤEUDV SRU cada fogo. Os adaptadores de FO a instalar no RG-FO devem ser protegidos contra a radiação laser, com tampa ou dispositivo de bloqueio.

Figura 1. Bastidor equipado.

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Figura 5. 3DLQHO Ěš HTXLSDGR FRP DGDSWDGRUHV 6& $3& SDUD VHFXQGÂŁULR GR 5* )2


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reportagem

CONCRETA e ENDIEL: “o futuro estĂĄ na reabilitaçãoâ€? por Helena Paulino

De 19 a 22 de novembro realizou-se na EXPONOR – Feira Internacional do Porto a 27.ÂŞ edição da CONCRETA – Feira de Construção, Reabilitação, Arquitetura e Design e a 18.ÂŞ edição do ENDIEL – Encontro para o Desenvolvimento do Setor ElĂŠtrico e EletrĂłnico. 0DLV GH b PLO SURͤVVLRQDLV HVWLYHUDP SUHVHQWHV QD &21&5(7$ H (1',(/ GH HYHQWRV TXH UHXQLUDP FHUFD GH H[SRsitores, sendo duas dezenas dos mesmos estrangeiros. Isto denotou uma representaWLYLGDGH GRV SULQFLSDLV VXEVHWRUHV GD ͤOHLUD portuguesa da construção e da oferta nacional nas ĂĄreas da arquitetura, engenharia, e outras especialidades tĂŠcnicas mais concretamente engenheiros, tĂŠcnicos, instaladores, consultores, empreiteiros de obras de urbanização, empresĂĄrios, arquitetos, ou industriais de construção civil. Tendo uma periodicidade bienal, o This is CONCRETA contarĂĄ tambĂŠm FRP D l HGLŠ¼R GR 3UÂŤPLR WORK IN PROGRESS XPD GHVDͤDGRUD SODWDIRUPD QR GHsenvolvimento de parcerias entre arquitetos e empresas no ramo da construção. “A CONCRETA espelhou um trabalho conVLVWHQWH H FRP XP GLUHFLRQDPHQWR HVSHF¯ͤFR estando certa que voltarĂĄ mais forte daqui a dois anosâ€?, comentou Carla Maia, Diretora deste evento para quem a edição deste ano IH] HPHUJLU ̸uma feira Ăşnica e diferenciadora nas ĂĄreas da reabilitação, construção, arqui-

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tetura e design em Portugal.â€? A adesĂŁo, bem FRPR D RSLQLÂĽR GRV YLVLWDQWHV SHUPLWLX ̸validar o novo formatoâ€? do evento, mais centrado QD UHTXDOLͤFDŠ¼R H QR SDSHO GRV DUTXLWHWRV na melhoria e valorização do territĂłrio urbaQR ̸Decidimos inovar e apostamos num conceito diferente, um tanto provocatĂłrio mas inclusivo, em que os materiais de construção aparecem, lado a lado, com arquitetos e especialistas de diferentes subsetores. A resposta foi muito positiva e a viragem estĂĄ consumaGD 2 IXWXUR HVWÂŁ QD UHTXDOLͤFDŠ¼R H GHSHQGH muito da interação entre a indĂşstria e os criativosâ€?, salientou Carla Maia. $ UHFHWLYLGDGH GRV SURͤVVLRQDLV ¢ UHQRvada CONCRETA foi surpreendente, onde se GHVWDFDUDP ̸XPDV ODUJDV GH]HQDVâ€? de comSUDGRUHV HVWUDQJHLURV RULXQGRV GH SDÂŻVHV (Reino Unido, ColĂ´mbia, Alemanha, França, BĂŠlgica, Marrocos, GrĂŠcia, Espanha, Holanda, ItĂĄlia, Peru e Cabo Verde). Para isso, contriEXÂŻUDP RV HQFRQWURV GH QHJÂľFLRV % % TXH D Associação Empresarial de Portugal, atravĂŠs da EXPONOR e do Gabinete EEN-Portugal, promoveu durante o certame. A isto acresceu o programa de açþes paralelas, tendo-se realizado dezenas de sessĂľes tĂŠcnicas, workshops e apresentaçþes de novos produtos, assim como a entrega dos prĂŠmios de arquitetura expositiva reIHUHQWHV ¢ l HGLŠ¼R GR FRQFXUVR WORK IN PROGRESS, iniciativa da Ordem dos Arquitetos – Secção Regional do Norte, em parceria com a EXPONOR. Os vencedores foram os arquitetos JosĂŠ LuĂ­s Cadilhe, na ĂĄrea da ilu-

minação com um trabalho para a Electrum Trofa; Ricardo do Vale Afonso, nas madeiras, com um projeto elaborado para a Madeivouga; JoĂŁo Duarte Branco, na especialidade de cerâmica sanitĂĄria, que a Valadares executou; e Manuel Afonso SĂĄ, nos revestimentos cerâmicos, com um projeto para a RevigrĂŠs. O concurso WORK IN PROGRESS visa criar uma dinâmica colaborativa entre arquitetos e empresas de materiais de construção. O objetivo ĂŠ juntar a capacidade criativa dos arquitetos e a divulgação dos produtos e soluçþes das empresas, criando propostas inovadoras que respondam Ă s tendĂŞncias de mercado. Em paralelo Ă CONCRETA decorreu a l HGLŠ¼R GR (1',(/ Ě° (QFRQWUR SDUD R Desenvolvimento do Setor ElĂŠtrico e EletrĂłnico, organização conjunta da EXPONOR e da ANIMEE – Associação Portuguesa das Empresas do Setor ElĂŠtrico e EletrĂłnico, a associação empresarial representativa do setor, HP TXH SDUWLFLSDUDP H[SRVLWRUHV )XQFLRnou durante os 4 dias do evento como uma plataforma no estabelecimento de dinâmicas entre empresas operacionais nos setores inGXVWULDO FRPHUFLDO LQYHVWLJDŠ¼R IRUPDŠ¼R WHFQROÂľJLFD H SURͤVVLRQDO H SRU LVVR R (1DIEL foi um verdadeiro ponto de encontro na oferta e procura de produtos e soluçþes dos setores intrĂ­nsecos ao evento. Foram ainda realizados um conjunto de atividades paralelas, integrando a realização de conferĂŞncias, seminĂĄrios e exposiçþes temĂĄticas, alimenWDQGR R LQWHUHVVH GRV YLVLWDQWHV SURͤVVLRQDLV PDLV TXDOLͤFDGRV


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case-study

poupar 25% nos custos energĂŠticos NOVA SEDE DA ABB EM FRANÇA: CONCILIAR A EFICIĂŠNCIA ENERGÉTICA COM O CONFORTO. A ABB ajuda os clientes a otimizarem o consumo de energia em edifĂ­cios comerciais e industriais em todo o mundo. Com a sua nova sede em França, a ABB estĂĄ a utilizar os seus prĂłprios produtos e soluçþes para cumprir voluntariamente a Norma ISO 50001, uma certificação que exige a utilização de um sistema de gestĂŁo de energia. CONTROLAR E REDUZIR O CONSUMO DE ENERGIA A nova sede da ABB em França, localizada em Cergy Pontoise (fora de Paris), foi convertida num edifĂ­cio de escritĂłrios a partir de uma fĂĄbrica e estĂĄ agora totalmente equipada com sistemas avançados de automação de edifĂ­cios, incluindo monitorização centralizada. Oferece nĂŁo sĂł um maior conforto aos ocupantes do edifĂ­cio, como tambĂŠm avalia automaticamente as economias.

SALA DE EXPOSIĂ‡ĂƒO DE EFICIĂŠNCIA ENERGÉTICA Para alinhar as instalaçþes de Cergy pelas Normas de segurança durante a remodelação do edifĂ­cio, a ABB aproveitou a oportunidade para efetuar a renovação com um Sistema de GestĂŁo de EdifĂ­cios (BMS) e selecionou os seus prĂłprios produtos de Baixa TensĂŁo para criar D VROXŠ¼R LQRYDGRUD PDLV HͤFLHQWH HP WHUPRV energĂŠticos. Os requisitos do projeto incluĂ­ram: Ě˝ $XPHQWDU R HVSDŠR GD VHGH SDUD metros quadrados; Ě˝ Renovar o sistema de gestĂŁo do edifĂ­cio; Ě˝ Otimizar a gestĂŁo das instalaçþes; Ě˝ Assegurar o conforto dos ocupantes; Ě˝ Controlar e reduzir o consumo de energia; Ě˝ Espaços escalĂĄveis e respeito pelo ambiente.

SOLUÇÕES ABB SELECIONADAS A ABB equipou as novas instalaçþes de Cergy com soluçþes dedicadas Ă gestĂŁo de www.oelectricista.pt o electricista 54

energia, iluminação, aquecimento, ventilação e ar-condicionado.

OTIMIZAR TODO O SISTEMA ELÉTRICO Para melhorar a instalação elĂŠtrica existente, a ABB utilizou os seus produtos de Baixa TensĂŁo mais inovadores, como o novo quadro System Pro E power (anteriormente Artu K), sete quadros equipados com a mais recente gama de bornes PI Spring e descarregadores de sobretensĂľes QuickSafe, dois inversores de rede, entre outros. AlĂŠm disso foram instalados os noYRV GLVMXQWRUHV GH EDVWLGRU DEHUWR (PD[ para gerir toda a potĂŞncia do edifĂ­cio. Este gere cargas da instalação elĂŠtrica de Baixa TensĂŁo, estando ligado aos sistemas de suSHUYLVÂĽR 7RGR R VLVWHPD GH DTXHFLPHQWR DUrefecimento (caldeira, bomba de calor) ĂŠ conWURODGR H DFLRQDGR SHORV DXWÂľPDWRV $& LQVWDODGRV HP DUPÂŁULRV GH DXWRPDŠ¼R ,6 H

integrando a mais recente geração de contactores de bobina eletrĂłnica AF. ̸2 QRYR GLVMXQWRU (PD[ ÂŤ XP DXWÂŹQWLFR JHVWRU GH HQHUJLD XPD YH] TXH DQDOLVD R GHVHPSHQKR HQHUJÂŤWLFR H ͤQDQFHLUR GR HGLIÂŻFLR ao longo do tempo!â€?, disse SĂŠbastien Meunier, responsĂĄvel da ABB (QHUJ\ (ͤFLHQF\ em França. Os equipamentos ABB i-busÂŽb.1; RWLPL]DP D HͤFLÂŹQFLD HQHUJÂŤWLFD GR QRYR HGLIÂŻFLR H oferecem um ambiente de trabalho agradĂĄvel aos colaboradores da ABB.

CONFORTO DOS OCUPANTES GRAÇAS AO BMS O edifĂ­cio estĂĄ equipado com um sistema de gestĂŁo de edifĂ­cios (BMS – Building Managment System) que assegura o controlo do aquecimento, ar-condicionado, ventilação, estores e iluminação. ̸8WLOL]ÂŁPRV R VLVWHPD ͤ£YHO GD $%% i-busÂŽb.1; SDUD FRQWUROR H JHVWÂĽR JOREDO GDV


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case-study

preparada para o futuro...

Eng.º João Toito

Gestor de Produto Gestão Técnica de Edifícios F.Fonseca Fonte: gesis® FLEX Decentralized Room Automation da Wieland Electric

Gestão Técnica descentralizada gesis® FLEX – Wieland Electric: em termos de flexibilidade, segurança e eficiência, a gestão técnica descentralizada já define um padrão.

Encaixe: ̽ 6LVWHPD PRGXODU GH HQFDL[H ̽ &DERV GH HQWUDGD VD¯GD SRU FRQH[¥R U£SLGD ̽ Instalação rápida e livre de erros. Descentralizado: ̽ Distribuição dos módulos pelas áreas de utilização; ̽ 5HGX©¥R VLJQLͤFDWLYD GR FRPSULPHQWR GRV FDERV ̽ Funcionalidade total mesmo em caso de falha de bus. Preparado para o futuro: ̽ Facilmente extensível devido ao sistema de encaixe rápido; ̽ Sistema KNX standard; ̽ Equipamentos montados em calha podem ser integrados como uma extensão individual. Colocação em funcionamento simples: ̽ Manual de operações integrado; ̽ Função de teste possível sem ligação ao bus; ̽ Adapta-se a qualquer espaço ou posição na instalação.

Sendo um sistema modular e extremamente flexível, o gesis® FLEX da Wieland Electric oferece uma solução de topo para o controlo de estores, persianas, toldos, iluminação, aquecimento, arrefecimento, ventilação, tomadas, botões de comando, e muitos outros requisitos da Gestão Técnica de Edifícios. A aplicação sistemática de módulos compactos e totalmente de encaixe do já estandardizado KNX assim como a implementação de controlos via rádio (EnOcean), DALI e SMI (Standard Motor Interface) traduz-se numa enorme poupança de custos, mais conforto, instalação segura a longo prazo e salvaguardará o valor do seu investimento por muito mais tempo.

O DESIGN FAZ TODA A DIFERENÇA… Destaques gesis® FLEX Compacto: ̽ Design plano; ̽ Aplica-se em qualquer área da instalação (piso, parede ou teto); ̽ Fácil integração em edifícios novos ou renovados. Modular: ̽ Só as funcionalidades necessárias são instaladas; ̽ Apenas um endereço físico; ̽ /LYUH FRQͤJXUD©¥R GH IXQ©·HV ̽ $W« PµGXORV GH H[WHQV¥R SRU PµGXOR EDVH Fácil de projetar: ̽ Planeamento modular; ̽ Funções estandardizadas; ̽ Módulos standard ̰ VHP SURGXWRV HVSHF¯ͤFRV D FDGD SURMHWR Fácil de instalar: ̽ Instalação perfeita em piso e teto técnico e em caminhos de cabo; ̽ Todos os cabos de um só lado; ̽ Acessórios de montagem rápida. www.oelectricista.pt o electricista 54

Figura 1. Instalação em teto, piso ou calha.

gesis® FLEX em edifícios de serviços Aplicação Gestão técnica modular, compacta e com instalação elétrica por encaixe para escritórios, salas de reunião, laboratórios, cantinas, e outros. Solução ̽ Gestão técnica descentralizada e compacta com gesis® FLEX; ̽ Controlo de iluminação dependente da luz natural; ̽ Controlo local e centralizado de sombreamento; ̽ Instalação em teto, piso ou parede. Vantagens desta aplicação ̽ Funções de controlo claras e organizadas; ̽ Planeamento e instalação simples, rápida e livre de erros; ̽ Design estreito para montagem em pequenos espaços; ̽ Ajustes simples em mudanças de funções; ̽ Flexibilidade assegura o valor do investimento a longo prazo.


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Lledó e Museu Guggenheim Bilbao: uma boa parceria em sistemas de controlo de iluminação Os diferentes sistemas SMARTLIGHTING dotam a sua instalação de iluminação de flexibilidade e conforto, permitindo minimizar o consumo energÊtico. Figura 2. *UDͤN (\H 46

TECNOLOGIA PREMIUM Com a gama PREMIUM conseguirå otimizar o seu sistema de iluminação e obterå a melhor solução para uma boa poupança energÊtica. A possibilidade de realizar mediçþes e registos em cada luminåria perPLWH REWHU FRQVXPRV SRU £UHDV H YHULͤFDU R HVWDGR GDV IRQWHV GH OX] ou balastros, e inclusive o estado dos sistemas, indicando, mediante relatórios, as diferentes atuaçþes de manutenção.

Estes sistemas proporcionam protocolos digitais de controlo com os quais Ê possível adaptar as instalaçþes de acordo com as necessidades, trabalhando em conjunto com outros sistemas e integrando a iluminação de última geração. O Grupo Lledó desenharå e implementarå uma solução tecnológica perfeitamente adaptada às suas necessidades.

Figura 3. 4XDQWXP

TECNOLOGIA COMPACT

O MUSEU GUGGENHEIM

A gama COMPACT resulta numa solução simples, economizando nos custos energÊticos com soluçþes que permitem um råpido retorno do investimento. Os módulos e sensores que comunicam por wireless SHUPLWHP DSURYHLWDU D OX] QDWXUDO H RX DMXVWDU D LOXPLQDŠ¼R HP IXQŠ¼R GD RFXSDŠ¼R GD VDOD FRP SRXSDQŠDV TXH DWLQJHP

O Museu Guggenheim em Bilbao chamou a atenção do mundo onde teve uma cobertura da comunicação social sem precedentes.

Figura 4. Figura 1. Energi TriPack.

TECNOLOGIA AVANT Graças à utilização de interfaces altamente intuitivos (painÊis tåteis) e com funcionalidades de gestão energÊtica, calendårios, controlo de horårios, entre outros, obterå ambientes luminosos, luz dinâmica ou VHTXQFLDV GH FRU FRP SRXSDQŠDV HQHUJWLFDV DW www.oelectricista.pt o electricista 54

A iluminação Ê, obviamente, um dos elementos principais na conceção de qualquer edifício, sendo em museus um fator importantíssimo. O arquiteto e designer de iluminação selecionou o sistema LutronŽ comercializado pela Lledó, para o controlo da iluminação garantindo um resultado com elevada precisão, flexibilidade, que potencia a beleza da estrutura interna do museu, da arte exibida, protegendo-a ao mesmo tempo, da radiação nociva.


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OMICRON lança a próxima geração de unidades de teste SFRA Diagnósticos fiåveis de núcleos e enrolamentos de transformadores de potência com anålise da resposta em frequência por varrimento (SFRA). &RP R )5$1(2 D 20,&521 ODQŠRX QR mercado a próxima geração de unidades de teste SFRA. Desde que foram introduzidas as 1RUPDV ,(& H ,((( & 6)5$ tornou-se num dos testes elÊtricos comuns para a deteção de defeitos e falhas de enrolamentos no núcleo magnÊtico de transformadores de potência e a sua aceitação no mercado tem vindo a aumentar em conformidade.

Figura 2. 'HYLGR DR design HVSHFLDO GDV SLQŠDV  FRQVHJXLGR XP FRQWDFWR ͤ£YHO DVVHJXUDQGR R PDLV HOHYDGR Q¯YHO GH UHSHWLŠ¼R

HARDWARE MELHORADO MÉTODO COMPROVADO De forma semelhante ao seu predecessor HVWDEHOHFLGR R )5$QDO\]HU R )5$1(2 SURFXUD LGHQWLͤFDU DOWHUDŠ¡HV HOÂŤWULFDV QRV enrolamentos, nos contactos internos, na HVWUXWXUD GH ͤ[DŠ¼R RX QR QÂźFOHR GR WUDQVformador atravĂŠs da anĂĄlise da resposta em frequĂŞncia. Estas alteraçþes podem ser provocadas por impactos, como os sofridos durante o transporte, atividades sĂ­smicas ou falhas de corrente. SFRA ĂŠ o mĂŠtodo de teste PDLV ͤ£YHO QR UHFRQKHFLPHQWR GHVWDV DOWHraçþes. Adicionalmente ĂŠ rĂĄpido e econĂłmico uma vez que nĂŁo ĂŠ necessĂĄrio remover o componente ativo do transformador.

2 )5$1(2 SRVVXLX XPD HVWUXWXUD QRYD e altamente robusta, sendo ideal para a realização de testes no local. A tensĂŁo de saĂ­da ĂŠ OLYUHPHQWH DMXVWÂŁYHO HQWUH 9pp H 9pp. Isto VLJQLͤFD PHGLŠ¡HV IDFLOPHQWH FRPSDUÂŁYHLV com testes anteriores – independentemente da tensĂŁo de saĂ­da utilizada na realização das mesmas. A tensĂŁo de saĂ­da mĂĄxima mais elevada permite agora inclusivamente aos utilizadores realizar mediçþes em ĂĄreas com nĂ­veis elevados de interferĂŞncia sem quaisTXHU SUREOHPDV 8PD UHODŠ¼R VLQDO UXÂŻGR (SNR) mais elevada e um design GH ͤ[DŠ¼R melhorado asseguram a possibilidade de repetição do teste. A bateria integrada permite

tambÊm a realização de testes em åreas sem fornecimento de energia.

O MELHOR SOFTWARE DE SUPORTE POSSĂ?VEL PARA A REALIZAĂ‡ĂƒO DE MEDIÇÕES SFRA )5$1(2 IXQFLRQD FRP R software Primary Test Manager™ (PTM), a solução ideal da OMICRON para testes de diagnĂłstico e avaliação do estado de transformadores de potĂŞncia, transformadores de corrente e disjuntores. O software fornece o melhor suporte possĂ­vel para a realização de mediçþes SFRA: uma vez ligadas as pinças de medição DR WUDQVIRUPDGRU GH SRWÂŹQFLD R 370 YHULͤFD o circuito de ligação Ă terra. Isto minimiza os erros de ligação e facilita a repetição de mediçþes futuras. Devido Ă base de dados de elevado desempenho do PTM, os utilizadores podem gerir os resultados do teste fĂĄcil e rapidamente. Os resultados existentes de dispositivos de teste de outros fabricantes tambĂŠm podem ser importados para a base de dados sem problemas. Com apenas um clique, o PTM permite tambĂŠm a comparação de mediçþes com valores correspondentes de uma medida de referĂŞncia na base de GDGRV ,VWR VLJQLͤFD TXH RV XWLOL]DGRUHV LUÂĽR poupar tempo valioso quando testam os seus transformadores. OMICRON Technologies EspaĂąa, S.L. 7HO y )D[

Figura 1. )5$1(2 R QRYR DQDOLVDGRU GH UHVSRVWD HP IUHTXÂŹQFLD SRU YDUULPHQWR GD 20,&521

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ITED

tubagem O Manual de ITED, na 3.ª edição, fala-nos sobre a rede de tubagens, ou simplesmente designada como tubagem. Carateriza-se como o elemento das ITEDs que permite o alojamento e a proteção dos equipamentos, dispositivos e cabos. Poderemos referir algumas caraterísticas dos materiais constituintes da tubagem. Os materiais a serem utilizados como constituintes da rede de tubagens não devem apresentar caraterísticas que traduzam comportamentos indesejåveis, ou mesmo perigosos, nomeadamente quando sujeitos a combustão. Para minimizar os riscos em caso de incêndio só Ê permitida a utilização de materiais que sejam não propagadores de chama, quando não embebidos no reboco, cofragem ou substrato não combustível.

Paulo Monteiro

No que respeita à sua funcionalidade, as caixas são designadas como: ̽ Caixas de entrada (transição entre redes); ̽ Caixas de passagem (na mesma rede de tubagens); ̽ Caixas de aparelhagem (pontos terminais na rede individual de tubagens). As caixas da rede individual para utilização em paredes de gesso cartonado, ou em partes ocas de paredes amovíveis, devem ser adequadas àquele tipo de construção e referenciadas em cor diferente. Sempre que possível devem ser instaladas caixas de aparelhagem com a profundidade de PP IDFLOLWDQGR D PDQREUD H OLJDŠ¼R GRV cabos. As caixas de passagem devem estar equipadas com tampas adequadas.

1. TUBOS Os tubos para aplicação nas ITED devem apresentar as seguintes caraterísticas: ̽ Material isolante rígido com paredes interiores lisas; ̽ Material isolante maleåvel com paredes interiores lisas ou enrugadas; ̽ Material isolante flexível ou maleåvel, tipo anelado, com paredes interiores enrugadas; ̽ Material isolante flexível com paredes interiores lisas; ̽ Metålico rígido, com paredes interiores lisas e paredes exteriores lisas ou corrugadas. Os diâmetros externos (equivalente a diâmetros nominais, comerciais) dos tubos são, XVXDOPHQWH HP PLO¯PHWURV RV VHJXLQWHV H 2V WXERV FRP GL¤PHWUR H[WHUQR LQIHULRU D PP não são passíveis de instalar nas ITEDs sendo, por isso, proibida a sua utilização. Nas ITEDs não são permitidos tubos prÊ-cablados, dado não existir a garantia de que serå SRVV¯YHO R HQͤDPHQWR GH QRYRV FDERV RX D retirada dos existentes. Consoante o local de instalação dos tubos, devem ser consideradas as caraterísticas mínimas, conforme o Manual de ITED.

A ter em atenção: $V XQL¡HV HQWUH WXERV LQVWDODGRV HP ]RQDV RFDV GHYHP VHU ͤ[DGDV por colagem adequada ou SRU RXWUR PWRGR HͤFD] GH IRUPD D HYLWDU D DEHUWXUD HP HQͤDPHQWRV SRVWHULRUHV

As câmaras de visita a instalar no subsolo, como a CVM, ou para passagem e encaminhamento de cabos nas condutas de acesso ao edifĂ­cio, podem ser prĂŠ-fabricadas ou construĂ­das no local. Os requisitos GLPHQVLRQDLV PÂŻQLPRV GD &90 VÂĽR ™ ™ PP H GHYHP FRQWHU as LQVFULŠ¡HV ̸7HOHFRPXQLFDŠ¡HVĚš H ̸&90â€?. $ WDPSD GHYH WHU DV FDUDWHUÂŻVWLFDV H[LJLGDV QD (1 QRPHDGDmente o Ă­ndice de carga adequado ao local da instalação, na medida em que pode colocar em risco a segurança de pessoas e bens. Admite-se a possibilidade da tampa ser rebaixada, permitindo o revestimento com o tipo de pavimento existente no local.

2. CALHAS TÉCNICAS As calhas, uma solução a considerar nos edifĂ­cios novos e nas alteraçþes aos edifĂ­cios construĂ­dos, tanto nas redes individuais como coletivas, quer por questĂľes de estĂŠtica quer pela facilidade de instalação e acesso aos cabos, sĂŁo uma alternativa, nomeadamente, Ă instalação de tubos Ă YLVWD $V FDOKDV GHYHP HVWDU HP FRQIRUPLGDGH FRP D 6ÂŤULH (1 $V calhas devem ser consideradas como a solução a ter em conta na constituição das redes de tubagem, em particular na reabilitação de edifĂ­cios.

3. CAIXAS Consideram-se os seguintes tipos de caixas tendo em conta a rede de tubagens onde estĂŁo inseridas: Ě˝ Caixas da rede coletiva de tubagens; Ě˝ Caixas da rede individual de tubagens. www.oelectricista.pt o electricista 54

BIBLIOGRAFIA 0DQXDO ,7(' ̰ 3UHVFULŠ¡HV H (VSHFLͤFDŠ¡HV 7FQLFDV ̰ l HGLŠ¼R VHWHPEUR GH SHOD ,&3 $1$&20


formação

formação artigo tĂŠcnico-formativo PROTEĂ‡ĂƒO DAS PESSOAS CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS. HilĂĄrio Dias Nogueira (Eng.Âş)

OBJETIVOS

Impedância do corpo humano

1. Efeitos fisiopatológicos da corrente elÊtrica no corpo humano. 2. Proteção contra contactos diretos e indiretos. 3. Proteção contra contactos diretos 4. Proteção contra contactos indiretos

1. EFEITOS FISIOPATOLĂ“GICOS DA CORRENTE ELÉTRICA NO CORPO HUMANO Efeitos da corrente elĂŠtrica A passagem de uma corrente elĂŠtrica atravĂŠs do corpo humano afeta essencialmente as funçþes circulatĂłria e respiratĂłria originando, muitas vezes, queimaduras. A gravidade das lesĂľes ĂŠ dada em função da intensidade de corrente, do tempo de circulação e do trajeto atravĂŠs do corpo humano. A impedância do corpo humano diminui com o aumento da tensĂŁo.

Proteção das pessoas contra choques elÊtricos Os valores indicados referem-se à percentagem da impedância do corpo humano para o trajeto correspondente, em relação ao caminho mão-mão. Os valores sem parênteses correspondem ao trajeto de uma mão à parte considerada do corpo. Os valores que estão entre parênteses correspondem ao trajeto entre as duas mãos e a parte correspondente do corpo humano.

Efeitos da corrente elÊtrica no corpo humano A corrente elÊtrica pode ser irrevogåvel para o ser humano. Quando se estabelece uma diferença de potencial entre dois pontos do corpo pode ocorrer a morte súbita ou graves queimaduras provocadas por uma elevação de temperatura por efeito de Joule que podem chegar DRV | & DUFR HOWULFR Quadro indicativo dos efeitos da corrente no corpo humano.

Zona 1 – habitualmente nĂŁo causa qualquer reação Ă passagem da corrente elĂŠtrica no corpo humano; Zona 2 Ě° KDELWXDOPHQWH QÂĽR FDXVD HIHLWRV ͤVLRSDWROÂľJLFRV SHULJRVRV no corpo humano; Zona 3 Ě° SRVVLELOLGDGH GH HIHLWRV ͤVLRSDWROÂľJLFRV QÂĽR PRUWDLV KDELWXDOPHQWH UHYHUVÂŻYHLV FRP SRVVLELOLGDGH GH ͤEULODŠ¼R DXULFXODU H SDUDJHQV WHPSRUÂŁULDV GR FRUDŠ¼R VHP ͤEULODŠ¼R YHQWULFXODU D SUREDELOLGDGH GH PRUWH ÂŤ LQIHULRU D Zona 4 Ě° SUREDELOLGDGH GH ͤEULODŠ¼R YHQWULFXODU SDUDJHQV FDUGÂŻDFDV e respiratĂłrias, bem como de queimaduras graves; a probabilidade de PRUWH ÂŤ VXSHULRU D www.oelectricista.pt o electricista 54

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formação As medidas de proteção por colocação fora do alcance só são admitidas nos locais acessíveis apenas a pessoas instruídas ou a pessoas TXDOLͤFDGDV H VH IRUHP VLPXOWDQHDPHQWH YHULͤFDGDV DV VHJXLQWHV condiçþes: ̽ A tensão nominal nestes locais não for superior ao limite do domíQLR ,, GDV WHQV¡HV 9 &$ RX 9 && ̽ Serem cumpridas as distâncias mínimas nas passagens para manutenção; ̽ Os locais forem assinalados notoriamente e de forma visível por meio de uma sinalização adequada. Quando o espaço onde permaneçam ou circulem normalmente as pessoas for limitado, na horizontal, por um obståculo (por exemplo, ͤWD RX FRUUHQWH GH SURWHŠ¼R SDUDSHLWR RX SDLQHO GH UHGH FRP XP F¾GLJR ,3 LQIHULRU D ,3 ; R YROXPH GH DFHVVLELOLGDGH WHP R VHX LQ¯FLR QHVVH obståculo. 1D YHUWLFDO R YROXPH GH DFHVVLELOLGDGH  OLPLWDGR D PHWURV D partir da superfície S sobre a qual permaneçam ou circulem as pessoas, sem se considerarem os obståculos intermÊdios que apresentem um código IP (�ndice de PURWHŠ¼R TXH ,3 ;

Nota: $V SDVVDJHQV GH FRPSULPHQWR VXSHULRU D PHWURV WHUÂĽR GH ser acessĂ­veis pelos dois extremos. Ě˝

Por proteção complementar com dispositivos diferenciais:

A experiência demonstra que as medidas clåssicas de proteção contra os contactos diretos, com caråcter preventivo, podem, ocasionalmente, revelar falhas por falta de manutenção, por desgaste (normal ou anormal) do isolamento ou por imprudência. Uma forma de eliminar uma parte dos riscos de acidente consiste na utilização de um dispositivo diferencial com uma corrente diferenFLDO HVWLSXODGD Q¼R VXSHULRU D P$ GHVWLQDGR D JDUDQWLU UDSLGDPHQWH o desligar da instalação elÊtrica, ou de parte desta, em caso de aparecimento de uma corrente de defeito à terra de reduzido valor. ̽

Distâncias de passagem para serviço ou para manutenção nas instalaçþes com proteção por meio de obståculos:

4. PROTEĂ‡ĂƒO CONTRA CONTACTOS INDIRETOS A proteção contra contactos indiretos visa defender as pessoas contra RV ULVFRV D TXH SRGHP ͤFDU VXMHLWDV HP UHVXOWDGR GDV PDVVDV ͤFDUHP acidentalmente sob tensĂŁo.

Esta Ê uma regra que consiste na proteção contra defeitos de isolamento. ̽

Ě˝

A passagem para serviço ou para manutenção nas instalaçþes com partes ativas de um só lado, sem proteção, devem-se respeitar as distâncias:

Passagens para serviço ou para manutenção nas instalaçþes com partes ativas dos dois lados, sem proteção:

Proteção contra contactos indiretos As medidas que se devem tomar para se evitar este tipo de contacto devem ser: ̽ Proteção por corte automåtico da alimentação; ̽ Proteção por ligação equipotencial suplementar; ̽ Proteção por recurso a equipamentos da Classe II; ̽ Proteção por recurso a locais não condutores; ̽ Proteção por ligação equipotencial local não ligada à terra; ̽ Proteção por separação elÊtrica. O objetivo Ê impedir que entre partes condutoras, simultaneamente acessíveis, possam manter-se diferenças de potencial perigosas duUDQWH XP WHPSR VXͤFLHQWH SDUD FULDU ULVFRV GH HIHLWRV ͤVLRSDWRO¾JLFRV perigosos para as pessoas. Esta proteção consiste em separar, automaticamente, o circuito ou equipamento da alimentação, quando surgir um defeito entre uma parte ativa e a massa. www.oelectricista.pt o electricista 54

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consultĂłrio tĂŠcnico

consultĂłrio tĂŠcnico O “ConsultĂłrio TĂŠcnicoâ€? visa esclarecer questĂľes sobre Regras TĂŠcnicas, ITED e Energias RenovĂĄveis que nos sĂŁo colocadas via email. O email consultoriotecnico@ixus.pt estĂĄ tambĂŠm disponĂ­vel no website, www.ixus.pt, onde aguardamos pelas vossas questĂľes. Nesta edição publicamos as questĂľes que nos colocaram entre setembro e novembro de 2015. com o patrocĂ­nio de IXUS, Formação e Consultadoria, Lda.

P1: Numa casa de banho não hå possibilidade de colocar na parte exterior de banho o interruptor. O interruptor de estores tambÊm não pois tem uma porta de correr e não existe parede para aplicar o material. A dúvida Ê se no volume 3 pode colocar o interruptor e o interruptor de estores. Relativamente à tomada GH HQHUJLD TXH WDPEP YDL ͤFDU QR YROXPH YDL OHYDU XP WUDQVIRUPDGRU 9 9 FRP enrolamentos separados. R1: b1R YROXPH V¼R SHUPLWLGRV DSDUHOKRV GH utilização e de manobra desde que respeitem um dos preceitos: ̽ ser alimentados por transformador de separação de circuitos; ̽ ser alimentados em TRS; ̽ ser alimentados por um circuito protegido por proteção diferencial de sensibilidade Q¼R VXSHULRU D P$ Atualmente os circuitos de casas de banho (as que têm banheira ou chuveiros, não as de serviços sem banhos) são sempre alimenWDGDV SRU XP FLUFXLWR FRP GLIHUHQFLDO GH mA e assim podem ser colocados aparelhos de manobra e de utilização no volume 3, sem PDLV PHGLGDV HVSHF¯ͤFDV GH SURWHŠ¼R FRQWUD contactos indiretos.

P2: Na sequência da anålise de alguma documentação tÊcnica dos distribuidores de material dos Sistemas de Proteção Contra Descargas AtmosfÊricas, gostaria de saber se a opção por uma transição de cabo de coEUH QX SDUD ͤWD LQWHUFDODGRV SRU XP OLJDGRU amovível, Ê uma pråtica usual e aprovada peODV HQWLGDGHV FHUWLͤFDGRUDV R2: A junção de cabos nas descidas dos sistemas de påra-raios Ê admitida desde que efetuada de forma correta, o que Ê o caso, usando um sistema de compressão. 5HODWLYDPHQWH DR WXER HVWH GHYH WHU metros acima do solo, o que tambÊm acontece. Apenas temos um comentårio relativamente ao tubo, que não deve ser metålico se inteiro podendo ser, se for rasgado de cima a baixo para que não forme um efeito de espira que impediria a descarga pelo interior no cabo, mas passando para o tubo, fundindo normalmente o cabo na zona de entrada. www.oelectricista.pt o electricista 54

P3: A nossa empresa foi convidada a partiFLSDU QXP FRQFXUVR GH EHQHͤFLDŠ¼R GH XPD SHTXHQD VXEHVWDŠ¼R FRP WUDQVIRUPDGRU GH 09$ TXH WUDQVIRUPD GH N9 SDUD N9 H WUDQVIRUPDGRU GH TXH WUDQVIRUPD GH SDUD N9 H GH SDUD N9 WHQVÂĽR QR SULPÂŁULR H WHQV¡HV QR VHFXQGÂŁULR 3UHVXPR TXH HVWHV WUDQVIRUPDGRUHV VHMDP 7UL¤QJXOR Estrela, pelo que a parte Estrela possui um ̸QHXWUR DUWLͤFLDOâ€?, que ĂŠ o ponto comum dos enrolamentos, e que deverĂĄ ser ligado Ă terra. Qual ĂŠ o papel do neutro numa subestação? R3: Nas linhas de transporte ĂŠ comum os WUDQVIRUPDGRUHV VHUHP GR WLSR < < (VWUHOD Estrela). As ligaçþes em estrela com ligação Ă terra do ponto neutro garantem as condiçþes de funcionamento da proteção homopolar, que atuarĂĄ aquando de fugas Ă terra. Nas redes de distribuição com tipologia TT, por exemplo, ĂŠ normal os transformadores serem do tipo Dy, 7UL¤QJXOR (VWUHOD FRP DV SURWHŠ¡HV GH 0ÂŤGLD TensĂŁo a serem asseguradas na subestação de RULJHP RQGH RV WUDQVIRUPDGRUHV VÂĽR < < H QD rede Baixa TensĂŁo apenas com a proteção de mĂĄxima intensidade assegurada por fusĂ­veis. No entanto hĂĄ situaçþes em que os transforPDGRUHV VÂĽR GR WLSR ' ' 7UL¤QJXOR 7UL¤QJXOR com a proteção homopolar a necessitar de relĂŠs muito mais sensĂ­veis (homopolar de tensĂŁo) que, por vezes, nĂŁo atuam quando uma linha cai no solo devido Ă baixa resistĂŞncia de contacto. Em suma, a ligação Ă terra do ponto neutro do transformador introduz no sistema trifĂĄsico sinusoidal a componente homopolar FRPSRQHQWH GH ̸terraâ€?) necessĂĄria Ă atuação das proteçþes aquando de uma fuga Ă terra.

P4: Hå alguma consequência no funcionamento de uma instalação de iluminação pública, se na proteção contra contactos indiretos optarmos por não utilizar um cabo armado com alimentação a partir de um armårio de Iluminação Pública e optarmos por passar um cabo não armado, com linha de terra ligada a um interruptor diferencial? R4: A pergunta parece confusa. Devemos distinguir duas situaçþes: $ OLJDŠ¼R ¢ UHGH SRGH Q¼R VHU UHDOL]DGD SRU cabo armado desde o armårio atÊ à coluQD GH ,OXPLQDŠ¼R 3ŸEOLFD b 1HVWH FDVR WDO como na rede, não existe proteção dife-

rencial, sendo a proteção contra contactos indiretos assegurada por equipamentos de Classe II de isolamento (duplo isolamento ou equivalente). Tanto a canalização elÊtrica (cabo) como o armårio serão da Classe II de isolamento. O cabo, se na via pública, pode ser protegido por tubo de IK adequaGR WXER SDUD RX GD1 $OLPHQWDŠ¼R GD OXPLQ£ULD GHVGH D SRUWLnhola instalada na coluna, por cabo não armado. Neste caso deve-se usar proteção diferencial para a proteção contra contactos indiretos. Muitas vezes em vez do diferencial, usa-se ligação do neutro à terra e desta à coluna quando metålica e à armadura do cabo, quando existe, assegurando a atuação dos fusíveis em caso de fuga à massa.

P5: Conseguem indicar-me qual o artigo da 3RUWDULD TXH Q¼R DXWRUL]D RV FLUFXLWRV WULI£VLFRV HP LOXPLQDŠ¼R (VWRX D ͤVFDOL]DU XPD obra e precisava desta informação. R5: 1R DQWLJR 'HFUHWR /HL REULJDYD D circuitos monofåsicos em locais residenciais, mas aconselhava circuitos trifåsicos na iluminação normal de locais que recebem público e em locais de usos industriais para evitar o total obscurantismo em caso de avaria numa luminåria. Nas Regras TÊcnicas atuais, nas Secçþes H WHPRV OLPLWDŠ¡HV TXH QD pråtica inviabilizam os circuitos trifåsicos. ̽ 1D 6HFŠ¼R UHIHUH HVSHFLͤFDPHQte que os aparelhos de iluminação só podem ser alimentados por um circuito e a existir outro só se for de emergência. Logo, na iluminação só podemos ter um circuito de alimentação normal; ̽ 1D 6HFŠ¼Rb QRV Y£ULRV LWHQV UHIHUH -se, entre outras coisas, que não devemos concentrar os circuitos numa única SURWHŠ¼R GLIHUHQFLDO b 7DPEP UHIHUH TXH numa mesma zona, quer para iluminação normal quer para iluminação de emergência, não deve uma avaria num circuito privar toda a zona de iluminação. Assim, devemos ter mais de um circuito, mas não ter circuitos trifåsicos. Em suma deveremos ter vårios circuitos monofåsicos, mas não trifåsicos.


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nota tĂŠcnica

ano novo, energia nova? Na viragem de mais um ano, apontam-se jĂĄ as baterias para 2016, que se espera mais promissor e de maior atividade no que ao setor da energia elĂŠtrica diz respeito. JosuĂŠ Morais, Diretor TĂŠcnico

nota tĂŠcnica 100 ano novo, energia nova? 101 dossier sobre gestĂŁo tĂŠcnica de edifĂ­cios 103 HGLIÂŻFLRV LQWHOLJHQWHV H HͤFLÂŹQFLD energĂŠtica 105 LPÂľWLFD QR HGLͤFDGR UHDELOLWDGR 107 diferentes tipos de fontes de iluminação 111 reabilitação de edifĂ­cios – a nova abordagem ITED 3(a)! 115 domĂłtica: a inteligĂŞncia da sua casa 117 manutenção preditiva para a exploração de edifĂ­cios: a melhor estratĂŠgia 119 ATE – ArmĂĄrio de Telecomunicaçþes de EdifĂ­cio

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reportagem CONCRETA e ENDIEL: “o futuro estĂĄ na reabilitaçãoâ€?

case study 123 $%% SRXSDU QRV FXVWRV HQHUJWLFRV 125 F.Fonseca: preparada para o futuro... 127 Lledó e Museu Guggenheim Bilbao: uma boa parceria em sistemas de controlo de iluminação 129 OMICRON lança a próxima geração de unidades de teste SFRA

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informação tĂŠcnico-comercial Legrand ElĂŠctrica: MY HOME: viver bem com o melhor da tecnologia digital ABB apresenta os seus novos detetores de presença KNX &KDWURQ /(' ,1 Ě° LOXPLQDŠ¼R KRUDV GH PÂŁ[LPD HͤFLÂŹQFLD F.Fonseca: QBus STAND-ALONE, DomĂłtica – soluçþes inteligentes Rittal responde a 5 pontos para D RWLPL]DŠ¼R GD FRQͤJXUDŠ¼R H LQVWDODŠ¼R de projetos TI na indĂşstria DesignSpark Electrical: software CAD elĂŠtrico gratuito

No âmbito das instalaçþes elĂŠtricas ĂŠ conhecida uma certa estagnação motivada pelo forte abrandamento da construção habitacional, mantendo alguma atividade no setor industrial e nas açþes de remodelação, neste caso de forma mais ou menos transversal. Os dados recolhidos junto das EIIELs – Entidades Inspetoras de Instalaçþes ElĂŠtricas, que substituĂ­ram as antigas ERIEs ligadas Ă Certiel, o nĂşmero de inspeçþes conheceu uma redução enorme, levando Ă redução da equipa do quadro de inspetores adstritos Ă quele trabalho. Para este FHQÂŁULR FRQWULEXLX WDPEÂŤP D TXDVH HVWDJQDŠ¼R YHULͤFDGD QDV LQVWDODŠ¡HV GH PLFUR H GH PLQLSURGXŠ¼R GH HQHUJLD TXH WLYHUDP XPD LPSODQWDŠ¼R PXLWR VLJQLͤFDWLYD HQWUH H Atualmente temos uma nova legislação que regulamenta a instalação de Unidades de Pequena Produção – UPP (antigas micro e miniprodução) e as Unidades de Produção de Autoconsumo – UPAC. Relativamente Ă s UPP tĂŞm recolhido pouco interesse com um nĂşmero muito reduzido de instalaçþes licenciadas, motivado essencialmente pelo baixo valor das tarifas de remuneração da energia produzida. No que diz respeito Ă s UPAC, que podem apresentar um investimento muito interessante FRPR PHGLGD GH HͤFLÂŹQFLD HQHUJÂŤWLFD QDV HPSUHVDV WÂŹP VLGR UHJLVWDGDV H LQVWDODGDV HP nĂşmero apreciĂĄvel. De referir que os investimentos nestes sistemas energĂŠticos podem ter retornos de investimento inferiores a 5 anos, dependendo da potĂŞncia instalada, reduzindo essencialmente os consumos de energia em horas de ponta, bem como a potĂŞncia de horas GH SRQWD TXH WÂŹP XP SHVR VLJQLͤFDWLYR QD IDWXUD HQHUJÂŤWLFD $V PHWDV GHͤQLGDV SDUD 3RUWXJDO QR 31$(5 Ě° 3ODQR 1DFLRQDO GH $Š¼R SDUD DV (QHUJLDV 5HQRYÂŁYHLV VHJXQGR D 'LUHWLYD &RPXQLWÂŁULD &( TXH SUHYLD HP D SURGXŠ¼R GH SHOR PHQRV GD HQHUJLD HOÂŤWULFD SRU UHFXUVR D HQHUJLDV UHQRYÂŁYHLV HVWÂĽR cumpridas e ultrapassadas em larga escala, pois temos atualmente um sistema produtor UHQRYÂŁYHO FRP XPD SHUFHQWDJHP GH HOHWULFLGDGH FRP UHFXUVRV UHQRYÂŁYHLV GH HP (VWH YDORU GHYHUÂŁ HOHYDU VH EDVWDQWH FRP R terminus dos novos aproveitamentos hidroelĂŠtricos que permitirĂŁo a gestĂŁo e acumulação de energia eĂłlica excedentĂĄria que SRU YH]HV WHPRV $WLQJLU D PHWD GRV HP 3RUWXJDO QÂĽR ÂŤ KRMH XWRSLD HPERUD HVWHMD sempre dependente da variação dos anos hidrolĂłgicos. Neste capĂ­tulo, estamos no bom caminho, e o ambiente agradece. (P ͤP GH DQR HQYLR D WRGRV RV OHLWRUHV H D WRGD D HTXLSD GD UHYLVWD ̸R HOHFWULFLVWD̸ R GHVHMR GH XP %RP $QR GH

ITED 145 tubagem 146 formação 151 consultório tÊcnico www.oelectricista.pt o electricista 54

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dossier sobre gestão técnica de edifícios

HGLI¯FLRV LQWHOLJHQWHV H HͤFL¬QFLD HQHUJ«WLFD Jorge Rodrigues de Almeida, RdA – Climate Solutions

LPµWLFD QR HGLͤFDGR UHDELOLWDGR TEV2 – Distribuição de Material Eléctrico, Lda.

diferentes tipos de fontes de iluminação Valentina Surini, ABB

reabilitação de edifícios – a nova abordagem ITED 3(a)! Ricardo Vinagreiro, JSL – Material Elétrico

domótica: a inteligência da sua casa Futursolutions – Sistemas Eléctricos e Domótica

PROTAGONISTAS

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manutenção preditiva para a exploração de edifícios: a melhor estratégia Fernando Ferreira, Schneider Electric Portugal

ATE – Armário de Telecomunicações de Edifício Lúcia Miranda, Quitérios – Fábrica de Quadros Eléctricos

dossier

gestão técnica de edifícios

www.oelectricista.pt o electricista 54


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dossier sobre gestĂŁo tĂŠcnica de edifĂ­cios

edifícios inteligentes e eficiência energÊtica Jorge Rodrigues de Almeida, CEO almeida@rda.pt RdA – Climate Solutions

O consumo de energia nos edifĂ­cios ĂŠ condicionado por mĂşltiplos fatores tĂŁo dĂ­spares como as condiçþes climĂĄticas locais, as caraterĂ­sticas construtivas, os equipamentos instalados, os perfis de utilização ou a (ausĂŞncia de) manutenção. A combinação destas variĂĄveis associada ao elevado custo da energia traduz-se em elevados custos mensais que urge reduzir. Neste ponto todos os estudos sĂŁo coerentes, o caminho para esta redução dos custos passa pela implementação e controlo de medidas de eficiĂŞncia energĂŠtica passivas e ativas associadas Ă dotação de “inteligĂŞnciaâ€? ao edifĂ­cio. A matriz energĂŠtica nacional ĂŠ reveladora, GR FRQVXPR GH HQHUJLD ÂŤ UHDOL]DGR QRV edifĂ­cios. Este consumo associado ao elevado custo da energia (o relatĂłrio Household Energy Price Index for Europe, disponĂ­vel em www.energypriceindex.com aponta constantemente Portugal como um dos paĂ­ses europeus com preços de energia mais elevados) impĂľem a necessidade de redução dos consumos como desĂ­gnio de sustentabilidade das organizaçþes e famĂ­lias. Este facto ĂŠ ainda mais relevante se considerarmos que mais GH GRV HGLIÂŻFLRV TXH H[LVWLUÂĽR HP MÂŁ estĂŁo construĂ­dos, muitos deles erigidos nas GÂŤFDGDV GH H RQGH R WHUPR HͤFLÂŹQFLD energĂŠtica nĂŁo se aplicava Ă construção. $ 8QLÂĽR (XURSHLD TXH FRORFRX D ̸HͤFLĂŞncia energĂŠtica em primeiro lugarâ€? na sua polĂ­tica de energia, tem ao longo dos ĂşltiPRV DQRV ODQŠDGR XPD VÂŤULH GH GHVDͤRV aos estados-membros consubstanciados, SRU H[HPSOR QD 'LUHWLYD 8( UHODWLva ao desempenho energĂŠtico dos edifĂ­cios (3%' RX QD 'LUHWLYD (8 UHODWLYD ¢ HͤFLÂŹQFLD HQHUJÂŤWLFD (VWDV 'LUHWLYDV IRUDP transpostas para a legislação nacional resulWDQGR QD UHYLVÂĽR GR 6LVWHPD GH &HUWLͤFDŠ¼R www.oelectricista.pt o electricista 54

EnergĂŠtica dos EdifĂ­cios e nas imposiçþes do 'HFUHWR /HL Q | $ GH GH DEULO TXH entre outros, tĂŞm como objetivo a redução dos consumos energĂŠticos atravĂŠs da imposição de auditorias energĂŠticas ou o cumpriPHQWR GH FULWÂŤULRV GH HͤFLÂŹQFLD HP SURMHWRV de construçþes ou reabilitação de edifĂ­cios. (VWHV FULWÂŤULRV GH HͤFLÂŹQFLD VÂĽR XPD H[celente oportunidade para a efetiva redução GRV FRQVXPRV HQHUJÂŤWLFRV QR HGLͤFDGR (VWD poupança poderĂĄ advir de sistemas passivos como isolamentos, envidraçados com corte tĂŠrmico ou sombreamentos ou de sistemas ativos (leia-se equipamentos) com elevada HͤFLÂŹQFLD (VWHV VÂľ SRU VL QÂĽR VÂĽR VXͤFLHQWHV se nĂŁo dotarmos o edifĂ­cio de sistemas capazes de acompanhar as variĂĄveis que o afetam e reagir, isto ĂŠ, de inteligĂŞncia. A domĂłtica ou os sistemas de gestĂŁo tĂŠcnica quando devidamente dimensionados e operacionalizados podem potenciar as poupanças e acima de tudo permitem controlar o desempenho das medidas ao longo do tempo intervindo de forma prĂł-ativa atravĂŠs da interação de equipamentos, sistemas tecnolĂłgicos e consumos de energia muitas vezes suportados por algoritmos adaptativos baseados em informação local cruzada com anĂĄlises de data mining. Os exemplos de sucesso destes sistemas sĂŁo inĂşmeros. Casos como a Nest, o Hue ou RV UHODWDGRV QHVWD HGLŠ¼R GH ̸o electricistaâ€? demonstram a apetĂŞncia e potencial destes HTXLSDPHQWRV H VLVWHPDV GRWDGRV GH ̸inteligĂŞnciaâ€? mas ainda existem algumas barreiras que importa quebrar. Programas como o POSEUR – Programa 2SHUDFLRQDO 6XVWHQWDELOLGDGH H (ͤFLÂŹQFLD

no Uso de Recursos, o FEE – Fundo de (ͤFLÂŹQFLD (QHUJÂŤWLFD H RV UHFÂŤP FULDGRV Instrumentos Financeiros para a Reabilitação H 5HYLWDOL]DŠ¼R 8UEDQDV ,)558 H SDUD D (ͤFLÂŹQFLD (QHUJÂŤWLFD ,)( WHUÂĽR DVsim um papel de destaque, por um lado na disponibilização de capital, tĂŁo importante para quebrar a barreira do custo inicial, mas SRU RXWUR QÂĽR PHQRV LPSRUWDQWH QD ̸disciplinaçãoĚš GR PHUFDGR GD HͤFLÂŹQFLD HQHUJÂŤWLFD subindo a fasquia das exigĂŞncia tĂŠcnicas e promovendo tecnologias state of the art. É importante que a utilização destes programas seja realizada segundo critĂŠrios de racionalidade que valorizem as melhores prĂĄticas garantindo uma otimização dos investimentos. Saliente-se que muitos dos fundos referidos anteriormente revestem a natureza de subvençþes reembolsĂĄveis ou obrigam Ă entrega de uma percentagem das poupanças lĂ­quidas, o que impĂľe um dimensionamento e DFRPSDQKDPHQWR HIHWLYR H HͤFD] GDV PHGLGDV GH HͤFLÂŹQFLD (VWHV QRYRV GHVDͤRV YÂŹP H[LJLU DRV promotores, engenheiros e fornecedores de soluçþes tecnolĂłgicas a aplicação das melhores prĂĄticas e standards, no desenvolvimento dos seus projetos, por forma a reduzir as inconsistĂŞncias e garantir o retorno do investimento. Neste contexto destaca-se o ,QYHVWRU &RQͤGHQFH 3URMHFW (ICP) Europe que GLVSRQLELOL]D SURWRFRORV GH HͤFLÂŹQFLD HQHUgĂŠtica, para o desenvolvimento e avaliação de projetos de reabilitação energĂŠtica de edifĂ­cios, garantindo a utilização das melhores prĂĄticas e standards ao nĂ­vel europeu. A conjugação das melhores prĂĄticas, promovidas pelo ICP, com a utilização de sistemas de gestĂŁo tĂŠcnica nas suas mĂşltiplas vertenWHV WHUÂĽR XP SDSHO UHOHYDQWH QD YHULͤFDŠ¼R e aumento da consistĂŞncia das poupanças previstas. A dotação de inteligĂŞncia nos edifĂ­cios atravĂŠs das gestĂľes tĂŠcnicas e domĂłtica estĂĄ a trilhar um caminho para o aumento da HͤFLÂŹQFLD HQHUJÂŤWLFD QR HGLͤFDGR HP OLQKD FRP RV GHVDͤRV FOLPÂŁWLFRV 7HPRV PÂźOWLSORV exemplos de sucesso como demonstrados nesta revista que permitem promover e poWHQFLDU D HͤFLÂŹQFLD HQHUJÂŤWLFD QRV HGLIÂŻFLRV melhorando a forma como os habitamos, reduzindo os custos de exploração e gerando oportunidades de investimento.


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dossier sobre gestĂŁo tĂŠcnica de edifĂ­cios

imĂłtica no edificado reabilitado CASES STUDIES: HOTEL A.S 1829 PORTO E HOTEL H.FENIX LISBOA. TEV2 – Distribuição de Material ElĂŠctrico, Lda.

As soluçþes de imótica promovem evidentes ganhos em termos de eficiência energÊtica quando aplicadas. Isto porque possibilitam a gestão integrada dos diversos equipamentos de um edifício, nomeadamente a iluminação, o sistema de climatização (aquecimento e arrefecimento), o som ambiente, entre outros, quer atravÊs de um comando central remoto ou painel. Associar-se a projetos de recuperação que IRPHQWDP D HͤFLQFLD HQHUJWLFD  WDPEP uma das ambiçþes dos projetos de Domótica. No que concerne à iluminação Ê possível gerir os gastos de eletricidade e adaptar a iluminação à luminosidade natural atravÊs de uma monitorização constante da mesma. Desse modo Ê possível atingir níveis de SRXSDQŠD GH HQHUJLD DW HP FRQMXJDŠ¼R com o controlo automåtico da climatização. A aplicação de automação nesta última - aquecimento no inverno e arrefecimento no verão - potencia o conforto måximo e, em VLPXOW¤QHR PHOKRUD D HͤFLQFLD GR VLVWHPD em função de um conjunto mais ou menos complexo de variåveis, nomeadamente horårios de utilização, presença de pessoas, arejamento e ventilação das divisþes, abertura e IHFKR GH HVWRUHV H RX blackouts, temperatura exterior, sendo que quanto maior o número GH YDUL£YHLV D FRQWURODU PDLRU D HͤFLQFLD GR sistema e, consequente, o impacto na racionalização de consumos energÊticos. Entre os projetos de referência de edifícios recuperados a nível nacional destaca-se R +RWHO $ 6 3RUWR H R +RWHO + )QL[ HP Lisboa. 1R SURMHWR GH UHFXSHUDŠ¼R GR $ 6 Porto foi colocado um painel tåtil retro-iluminado e personalizado que permite a integração das funcionalidades de iluminação e cenårios bem como da climatização. Os ícones dos painÊis desenvolvidos pela equipa de decoração do projeto indicam, claUDPHQWH D IXQŠ¼R GH FDGD WHFOD ͤFDQGR RV painÊis retro-iluminados quando ativos. www.oelectricista.pt o electricista 54

Para um maior conforto do utilizador, o sistema permite uma ligação automåtica da iluminação no hall de entrada ao abrir a porta do quarto, bem como de todas as luzes quando se introduz o cartão no hotelcard. O sistema possibilita a descida automåtica da temperatura do quarto se as janelas estiverem abertas, poupando assim nos custos com aquecimento. &RQVRDQWH D GLVSRQLELOLGDGH ͤQDQFHLUD afeta ao projeto, os painÊis podem incorporar

Figura 1. Painel Tåtil para controlo de iluminação e cenårios.

Figura 2.

Figura 3.

Figura 4.

RSŠ¡HV FRP H VHP SHUVLDQDV blackouts, com e sem som, com e sem climatização. Com a opção comando inteligente dos estores Ê garantida a proteção automåtica contra demasiada luz solar ou intempÊries DWUDYV GH SHUVLDQDV blackouts que reagem, descendo ou subindo, atravÊs de sensores solares ou do vento. Optando-se por um upgrade que inclua o controlo da climatização, no momento do check-in ocorre a prÊ-climatização. No


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dossier sobre gestĂŁo tĂŠcnica de edifĂ­cios

diferentes tipos de fontes de iluminação

Valentina Surini

Product Marketing Manager, Produtos DIN-Rail ABB, S.A.

A escolha por uma lâmpada adequada para uma aplicação especĂ­fica ĂŠ um processo complexo durante a fase de conceção, uma vez que estĂŁo em jogo uma variedade de parâmetros: a tensĂŁo da alimentação, a potĂŞncia elĂŠtrica, o fluxo luminoso, a eficiĂŞncia luminosa, durabilidade, consumo e poupança energĂŠtica, Ă­ndice de restituição de cor, temperatura de cor, conforto e miniaturização. Todos estes parâmetros afetam o tipo de atividade, a estĂŠtica do projeto, os objetos que pretende destacar e o bem-estar visual; todos estes fatores sĂŁo, assim, associados a uma avaliação do impacto econĂłmico e ambiental. O que se segue ĂŠ uma breve descrição e classificação das fontes de luz artificial primĂĄria. TECNOLOGIA LED A tecnologia LED utiliza as propriedades Ăłticas de alguns materiais semicondutores para produzir fotĂľes a partir de uma recombinação de pares eletrĂľes – lacuna num dĂ­odo especial de junção p-n. O LED ĂŠ, de facto, um acrĂłnimo para DĂ­odo Emissor de Luz. Os /('V VÂĽR IRUPDGRV SRU XPD ͤQD FDPDGD de material semicondutor dopado no qual, com a aplicação de tensĂŁo contĂ­nua, com o objetivo de reduzir a barreira de potencial da junção, os eletrĂľes da banda de condução do semicondutor sĂŁo reconstituĂ­dos com as lacunas na banda de valĂŞncia, desbloqueDQGR XPD TXDQWLGDGH VXͤFLHQWH GH HQHUJLD sob a forma de fotĂľes. Graças Ă reduzida espessura do chip, um nĂşmero discreto destes fotĂľes deixam o dispositivo e sĂŁo colocados como uma luz ou fotĂľes Ăłticos. Os semicondutores utilizados para a produção de LEDs podem ser GaAs (gallium arsenide), GaP (gallium phosphide), GaAsP (gallium arsenide phosphide), SiC (silicon carbide) e GaInN (gallium nitride and indium). A escolha do semicondutor determina o comprimento de www.oelectricista.pt o electricista 54

RQGD GD HPLVV¼R GR SLFR GRV IRW¡HV H D Hͤciência na conversão eletro-ótico, e assim tambÊm na intensidade da luz de saída. A temperatura de cor da radiação emitida depende do intervalo entre os níveis de energia dos eletrþes e das lacunas, e geralmente corresponde ao valor da banda interdita do semicondutor em questão. O primeiro LED IRL GHVHQYROYLGR SRU 1LFN +RORQ\DN HP mas as aplicaçþes na iluminação LED são muito mais recentes.

TECNOLOGIA DE DESCARGA DE ELEVADA INTENSIDADE O arco elĂŠtrico desencadeado numa mistura de gases num tubo de descarga tende a produzir bandas de frequĂŞncia muito estreitas HP IUHTXÂŹQFLDV HVSHF¯ͤFDV $ GLVWULEXLŠ¼R espetral de lâmpadas de descarga de elevada intensidade mostra, consequentemente, picos de energia nestas frequĂŞncias especíͤFDV $ MXQŠ¼R GH KDORJHQHWRV QD GHVFDUJD de gĂĄs permite uma emissĂŁo espetral mais equilibrada, apesar das descontinuidades continuarem a existir. O diagrama de emissĂŁo espetral explica a razĂŁo destas lâmpadas teUHP XP ÂľWLPR ÂŻQGLFH GH ̸Raâ€?, apesar de nĂŁo ser excelente.

TECNOLOGIA FLUORESCENTE TRIFĂ“SFORO A iluminação fluorescente ĂŠ gerada por dois mecanismos diferentes: os ĂĄtomos de mercĂşrio excitados pelos eletrĂľes que sĂŁo produzidos por um arco que gera energia numa banda estreita, exatamente como ocorre na descarga de lâmpadas de elevada intensidade, enquanto a fluorescĂŞncia de um revestimento fosforoso produz um espetro de luz visĂ­vel mais contĂ­nuo e equilibrado. O diagrama de emissĂŁo espetral de uma lâmpada fluorescente ĂŠ caraterizado por muitos picos distintos que aumentam acima de uma curva mĂŠdia. A composição do revestimento halo-fosforoso de uma lâmpada fluorescente ĂŠ elaborada de forma a diminuir a temperatura de cor e gerar uma iluminação similar Ă de uma lâmpada incandescente standard. O acrĂŠscimo de uma camada de trifĂłsforo ao revestimento de halo-fosforoso introduz EDQGDV GH HQHUJLD HVSHWUDO QDV HVSHF¯ͤFDV regiĂľes dos comprimentos de onda azul, verde e vermelho. Esta tecnologia ĂŠ a chave para melhorar o desempenho cromĂĄtico das lâmpadas fluorescentes atualmente existentes. AtravĂŠs da formulação halo-fĂłsforoso e dos revestimentos trifĂłsforosos, a saĂ­da


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dossier sobre gestĂŁo tĂŠcnica de edifĂ­cios

reabilitação de edifĂ­cios – a nova abordagem ITED 3(a)! Eng.Âş Ricardo Vinagreiro JSL – Material ElĂŠtrico, S.A.

A entrada em vigor do novo Manual ITED, tambĂŠm conhecido como ITED 3, veio introduzir novas e significativas alteraçþes no que diz respeito Ă instalação de equipamentos de telecomunicaçþes, principalmente na vertente da construção relacionada com a Reabilitação de EdifĂ­cios. A esse propĂłsito serĂĄ de referir que a conjuntura atual, de acordo com os dados que vĂŁo sendo conhecidos, aponta para valores muito animadores e ainda com muita margem de progressĂŁo neste sub-setor da construção e que serĂĄ a atividade principal da instalação elĂŠtrica e de telecomunicaçþes na prĂłxima dĂŠcada, tal como jĂĄ acontece nos outros paĂ­ses da Comunidade. As tecnologias das telecomunicaçþes destinadas a equipar os edifĂ­cios reabilitados irĂŁo desempenhar um papel fundamental na adaptação destes imĂłveis para a sua utilização atual e futura. O advento GDV QRYDV WHFQRORJLDV GH WHOHFRPXQLFDŠ¡HV DVVHQWHV QD ͤEUD ÂľWLFD H cablagens de alto dĂŠbito veio ̸obrigarâ€? Ă adaptação dos edifĂ­cios anteULRUHV DR 0DQXDO ,7(' l HGLŠ¼R DQWHULRUHV D ). Pode dizer-se que uma adequada infraestrutura de telecomunicaçþes ĂŠ tĂŁo premente, hoje em dia, como era a instalação elĂŠtrica hĂĄ umas dĂŠcadas atrĂĄs. A preparação dos edifĂ­cios antigos permitirĂĄ igualmente uma maior harmonização com os edifĂ­cios construĂ­dos de raiz, traduzindo-se posteriormente numa oferta de maior valor aos compradores e investidores. Para a referida adaptação dos edifĂ­cios, nomeadamente do mercado residencial (claramente mais evidenciado por esta nova legislação ,7(' H[LVWH D QHFHVVLGDGH LQLFLDO GH FODVVLͤFDU R SDUTXH HGLͤFDGR e segundo o Manual em anĂĄlise, essa categorização ĂŠ encarada da seguinte forma e enquadramento: Ě˝ EdifĂ­cios e fogos do tipo residencial – aplicação das ITED 3a – ITED adaptado; Ě˝ EdifĂ­cios e fogos do tipo nĂŁo residencial – aplicação das ITED para edifĂ­cios novos. No caso de edifĂ­cios mistos, onde existem fogos residenciais e nĂŁo residenciais, a parte coletiva deve ser adaptada de acordo com o ITED 3a. Os fogos individuais serĂŁo adaptados de acordo com o seu tipo. ̸ &DVR VHMD SRVVÂŻYHO RX FRQYHQLHQWH FRQVLGHUD VH SUHIHUHQFLDO D DGRŠ¼R GDV UHJUDV SDUD RV HGLIÂŻFLRV QRYRV QRV HGLIÂŻFLRV FRQVWUXÂŻGRV GR tipo residencial,..â€? SerĂĄ de assinalar que o Ăşltimo parĂĄgrafo transcrito evidencia que deverĂĄ ser dada preferĂŞncia Ă adoção das regras deste Manual como se todos os edifĂ­cios (residenciais) fossem novos, caso haja essa SRVVLELOLGDGH FRQYHQLÂŹQFLD Esse processo inicial de diferenciação dos edifĂ­cios residenciais, LUÂŁ LGHQWLͤFDU RV YÂŁULRV WLSRV HYLGHQFLDGRV QR 4XDGUR GR 0DQXDO ,7(' TXH VHUYLUÂŁ SDUDOHODPHQWH SDUD GHͤQLŠ¼R GR JUDX GH DGHTXDção necessĂĄrio, a saber (ver Quadro seguinte): www.oelectricista.pt o electricista 54

Quadro 1. 4.53 – Aplicação das regras tĂŠcnicas aos edifĂ­cios residenciais construĂ­dos.

Tipo

(VSHFLͤFLGDGHV

Ponto

PrĂŠ-RITA

Sem tubagem nem cablagem

PrĂŠ-RITA

Com tubagem e cablagem

RITA

Cumprindo o regulamento RITA

,7('

&XPSULQGR D l HGLŠ¼R GDV ,7('

,7('

&XPSULQGR D l HGLŠ¼R GDV ,7('

Ampliação

Edifícios em que existe alteração na årea ou no volume das åreas cobertas, nomeadamente: - Adicionar fogos a um edifício; - Adicionar divisþes a um fogo;

4.3.3

Nota: $V HVSHFLͤFDŠ¡HV GH SURMHWR HVWÂĽR GHYLGDPHQWH LQGLFDGDV GR Ponto 4.3.2.1 ao 4.3.2.5 do Manual ITED. 1HVWH FRQWH[WR DOÂŤP GDV HQRUPHV GLͤFXOGDGHV GH DGDSWDŠ¼R GD FDblagem, e sobretudo da TUBAGEM e condutas nas zonas comuns dos edifĂ­cios RITA e prĂŠ-RITA (como ĂŠ fĂĄcil de compreender: a grande maioria dos edifĂ­cios de habitação existentes), surgem tambĂŠm os inevitĂĄveis problemas de remodelação das condutas e cablagens no interior da fração de habitação. 'H XPD IRUPD VLPSOHV WHQWDUHPRV QHVWH DUWLJR ̸sublinharâ€? aquilo que interessa reter em ambos os casos e aconselhar as soluçþes mais adequadas tanto em termos de instalação como de custo. Assim, e GH DFRUGR FRP DV GLIHUHQWHV VLWXDŠ¡HV WLSLͤFDGDV QR TXDGUR DQWHULRU extraĂ­do do Manual ITED em vigor, teremos:

ZONAS COMUNS Dimensionamento e seleção do ATE Para a escolha do ArmĂĄrio TĂŠcnico de EdifĂ­cios, na maioria das siWXDŠ¡HV GHYHUÂŁ VHU REVHUYDGR R TXH ÂŤ UHIHULGR QR 3RQWR GR Manual ITED em vigor. Lembramos apenas que continua a ser possĂ­vel o desdobramento do ATE em ATE Inferior e ATE Superior, mas nesta nova legislação, as PHGLGDV IRUDP DOWHUDGDV FRQIRUPH VH YÂŹ QR 4XDGUR UHWLUDGR GR referido documento. Quadro 2. 4.12 – Dimensionamento do ATE como armĂĄrio Ăşnico.

Fogos Residenciais e Mistos

DimensĂľes MĂ­nimas Internas LĂ—AĂ—P (ou AĂ—LĂ—P) [mm]

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dossier sobre gestĂŁo tĂŠcnica de edifĂ­cios

domótica: a inteligência da sua casa Futursolutions – Sistemas ElÊctricos e Domótica, Lda.

O termo “DomĂłticaâ€? nasceu da fusĂŁo das palavras “Domosâ€? (casa) e “RobĂłticaâ€? e ĂŠ uma forma inteligente de controlar os edifĂ­cios, gerindo os seus recursos de forma automĂĄtica, aliando os benefĂ­cios dos meios eletrĂłnicos aos benefĂ­cios dos meios informĂĄticos. A DomĂłtica veio trazer conforto, segurança e, atĂŠ, divertimento e tecnologia Ă s habitaçþes, permitindo retirar satisfação Ă s tarefas rotineiras, atĂŠ entĂŁo repetitivas e aborrecidas. O funcionamento destes sistemas varia consoante as preferĂŞncias e necessidades. Podem ser mais passivos, onde o utilizador tem uma ação direta e local, por via de interruptores, botĂľes de pressĂŁo, painĂŠis tĂĄteis, telecomandos, entre outros. Podem ser sistemas mais avançados e independentes que, por via de equipamentos, sensores e atuadores, comunicam entre si, possibilitanto uma programação prĂŠvia que permita responder, e atuar, perante determinadas circunstâncias (por exemplo, no campo da climatização, caso a temperatura desça ou suba, estes sistemas podem atuar de forma automĂĄtica para colocar a temperatura dentro do que estiver estabelecido). É possĂ­vel ainda, necessitando apenas de um telemĂłvel ou de acesVR ¢ ,QWHUQHW YHULͤFDU R HVWDGR GDV IXQŠ¡HV principais da habitação, podendo tomar uma ação tambĂŠm Ă distância. Com a DomĂłtica garante-se uma casa mais segura, econĂłmica, confortĂĄvel e ecolĂłgica, para alĂŠm de integrar outras soluçþes relacionadas com a iluminação, videovigilância, comunicação, aquecimento, rega, entre outros, com muito menos esforço, levando a que os seus utilizadores tenham as suas tarefas facilitadas e dando-lhes mais tempo e conforto.

ILUMINAĂ‡ĂƒO A DomĂłtica permite-lhe gerir os gastos energĂŠticos relacionados com a iluminação por via de reguladores de intensidade, sensores de movimento e de sensores de luz solar. Estes equipamentos podem ainda funcionar em colaboração com outros, por exemplo, www.oelectricista.pt o electricista 54

acionar um cenårio conjugado de iluminação, som ambiente e televisão. TambÊm aqui existe a possibilidade de controlo à distância, permitindo desligar equipamentos que tenham sido esquecidos ligados ou, por exemplo, fazer a habitação parecer estar ocupada quando não estå.

CLIMATIZAĂ‡ĂƒO Com recurso a programação ou mesmo Ă GLVW¤QFLD SRGH VH OLJDU GHVOLJDU RX PRGLͤcar a intensidade da climatização consoante as preferĂŞncias e necessidades das famĂ­lias, sem ter de estar na habitação, o que permite ter um maior conforto, maior poupança de energia e monitorizando e controlando Ă distância o funcionamento dos equipamentos, levando a um aumento do conforto da habitaŠ¼R H D XPD JHVWÂĽR HQHUJÂŤWLFD PDLV HͤFLHQWH e mais adaptada a cada situação.

SEGURANÇA Ao nĂ­vel da segurança, a DomĂłtica pode atuar a diversos nĂ­veis. Com o auxĂ­lio dos sensores ĂŠ possĂ­vel a deteção de fugas de gĂĄs, inundaçþes, incĂŞndios, entre outros. E atuar em conformidade com a possibilidade de, por exemplo, estancar a zona afetada e comunicar Ă s entidades competente (manutenção e bombeiros) do problema e da ação tomada. Na deteção de intrusos tambĂŠm existem soluçþes que podem servir os

interesses das famílias com sistemas dissuDVRUHV H GH DOHUWD TXH DYLVDP DV SHVVRDV HQWLGDGHV TXH HVWLYHUHP SUHGHͤQLGDV SDUD tal. Existem ainda opçþes de imagem e som que permitem, não só monitorizar as propriedades e outros bens, como podem ser canalizados para o controlo de, por exemplo, crianças enquanto estas brincam. Ainda ao nível da segurança existem RSŠ¡HV DYDQŠDGDV H EDVWDQWH HͤFLHQWHV QR controlo de acesso aos edifícios. AtravÊs da tecnologia de leitura de padrþes biomÊtricos Ê possível controlar as entradas por via da impressão digital, da retina ou pelo padrão de voz.

COMUNICAĂ‡ĂƒO A comunicação acaba por ser um constituinte central, que interliga todos os elementos da GRPÂľWLFD FRPR ͤFRX SDWHQWH DFLPD Fazendo-se valer das diversas tecnologias ĂŠ possĂ­vel monitorizar e atuar na habitação. Por exemplo, se deixar equipamentos elĂŠtricos esquecidos ligados, pode desliga-los Ă distância; pode baixar estores, fechar portĂľes, e outros. No capĂ­tulo da segurança consegue ter um acesso audiovisual ao edifĂ­cio. Em suma, instalando DomĂłtica na sua habitação garante uma vastidĂŁo de possibilidades que o tornarĂŁo num lar mais moderno, interessante e inteligente, mais prĂĄtico, fĂĄcil de usar e de controlar, energeticamente mais HͤFLHQWH H PDLV VHJXUR


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dossier sobre gestĂŁo tĂŠcnica de edifĂ­cios

manutenção preditiva para a exploração de edifícios: a melhor estratÊgia

Fernando Ferreira

EcoBuildings Marketing Manager Schneider Electric Portugal

Os custos de manutenção de edifícios são responsåveis, em muitos casos, praticamente pela mesma percentagem de custos que o consumo de energia. No entanto, tambÊm em muitos dos casos, este investimento em manutenção Ê ineficiente uma vez que Ê alocado a abordagens de manutenção reativa. AlÊm de serem essenciais para garantir o conforto e segurança dos ocupantes e produtividade do edifício, os sistemas de controlo de edifícios, quando proativos e preditivos, podem facilmente ajudar a reduzir os custos de manutenção e de consumo de energia em 20%.

Os gestores de edifĂ­cios devem questionar-se sobre: onde e porque estĂĄ a ser gasto dinheiro; e, como pode ser reduzido o valor gasto enquanto se mantĂŠm ou, atĂŠ, se melhora o desempenho do edifĂ­cio. $ PDLRULD GRV SURSULHWÂŁULRV GH HGLIÂŻFLRV FHUFD GH QRV (8$ dependem de programas de manutenção reativa para cuidarem dos VHXV HTXLSDPHQWRV ,VWR VLJQLͤFD TXH DGRWDP XPD SRVWXUD D TXH SRGHPRV FKDPDU GH ̸esperar atĂŠ quebrarâ€?, aguardando atĂŠ que o equipamento bloqueie ou falhe totalmente para que seja iniciada uma ação corretiva. Na verdade, fazer referĂŞncia Ă manutenção reativa como ̸manutençãoâ€? jĂĄ ĂŠ, por si sĂł, um equĂ­voco – trata-se somente de uma reparação cujos custos sĂŁo tendencialmente elevados. Esta ĂŠ a abordagem mais tradicional quando se trata de manutenção, porque ĂŠ a mais natural – temos tendĂŞncia para consertar as coisas quando estas deixam de funcionar, porque assim foi feito durante muitos anos. AlĂŠm disso, este tipo de manutenção transmite a ilusĂŁo de custar menos a curto prazo por se traduzir num custo de reparação imprevisĂ­vel. $ PDQXWHQŠ¼R UHDWLYD SRGH VHU HͤFD] TXDQGR R HTXLSDPHQWR ĂŠ novo, sendo que, Ă partida, nĂŁo apresenta problemas, todavia, as www.oelectricista.pt o electricista 54

poupanças sĂŁo uma ilusĂŁo. Os custos de reparação tendem a ser elevados, nomeadamente aquando hĂĄ falhas inesperadas do equipamento, que conduzem igualmente ao aumento do custo de trabalho porque o equipamento tem de ser reparado imediatamente. Tal resulta numa XWLOL]DŠ¼R LQHͤFLHQWH GRV UHFXUVRV KXPDQRV H DIHWD LQHYLWDYHOPHQWH D produtividade do negĂłcio, gerando prejuĂ­zos. Por sua vez, aproximadamente um terço dos operadores de edifĂ­FLRV DSOLFD XPD PDQXWHQŠ¼R GH SUHYHQŠ¼R R TXH VLJQLͤFD TXH UHDOL]DP YHULͤFDŠ¡HV GH PDQXWHQŠ¼R SUÂŤ DJHQGDGDV H UHSDUDŠ¡HV UHJXODUHV Ě° independentemente de serem aparentemente necessĂĄrias ou nĂŁo. Este mĂŠtodo produz melhores resultados, porĂŠm, ainda nĂŁo os ideais. A manutenção de prevenção refere-se Ă manutenção regular, segundo um programa predeterminado que se baseia nas caraterĂ­sticas do equipamento e recursos fornecidos pelo fabricante do mesmo. Esta apresenta vantagens ao contribuir para o bom desempenho e contĂ­nua produtividade do equipamento. Sequentemente, apresenta menos custos a longo prazo, uma vez que hĂĄ menos situaçþes inesperadas e de reparação de emergĂŞncia, bem como perĂ­odos de inatividade por reparação. Implementando este tipo de manutenção ĂŠ possĂ­vel economizar D $LQGD DVVLP DSUHVHQWD GHVYDQWDJHQV FRPR D IDOWD GH SULRULzação – todos os equipamentos sĂŁo tratados com a mesma prioridade, QÂĽR H[LVWLQGR XP VLVWHPD TXH FODVVLͤTXH DV DWLYLGDGHV GH PDQXWHQŠ¼R de acordo com as potenciais consequĂŞncias da falha de um determinado equipamento. E este ĂŠ um fator importante e fundamental a ter em conta pois a quebra de alguns equipamentos pode apresentar efeitos mĂ­nimos no edifĂ­cio, enquanto a falha de outros pode ter um impacto preponderante, pelo que nĂŁo devem ser encarados todos de igual modo. $VVLP R PÂŤWRGR PDLV HͤFLHQWH GH LQFRUUHU D FXVWRV PÂŻQLPRV SDVsa por implementar planos de serviços que recorrem a manutenção proativa e preditiva, baseada na condição real do equipamento em vez de numa programação predeterminada. Com esta abordagem, o equipamento ĂŠ mantido com um desempenho contĂ­nuo de alto nĂ­vel, em vez de esperar por algo que falhe. Ă€ semelhança da manutenção de prevenção, a manutenção preditiva baseia-se no princĂ­pio de que uma abordagem proativa ĂŠ melhor


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ATE – ArmĂĄrio de Telecomunicaçþes de EdifĂ­cio LĂşcia Miranda QuitĂŠrios – FĂĄbrica de Quadros ElĂŠctricos, Lda.

Com a entrada em vigor do Manual ITED 3, os requisitos para o armårio de telecomunicaçþes sofreram alteraçþes ao nível do dimensionamento e dos equipamentos.

REPARTIDORES GERAIS No ATE são instalados os secundårios dos repartidores gerais (RG) GDV WHFQRORJLDV ̰ SDU GH FREUH 5* 3& FRD[LDO 5* && H ͤEUD ¾WLFD 5* )2 1R HQWDQWR GHYH HVWDU SUHYLVWR HVSDŠR VXͤFLHQWH SDUD JDUDQWLU QR P¯QLPR DFHVVR D RSHUDGRUHV GH FDGD WHFQRORJLD

O ArmĂĄrio de Telecomunicaçþes de EdifĂ­cio (ATE) ĂŠ o Ponto de 'LVWULEXLŠ¼R 3' ̸onde se efetua a transição entre as redes do opeUDGRU H DV UHGHV GR HGLIÂŻFLR ‹ GH LQVWDODŠ¼R REULJDWÂľULD HP WRGRV RV HGLIÂŻFLRV FRP D H[FHŠ¼R GDV PRUDGLDV XQLIDPLOLDUHV ‹ R ORFDO GH LQVtalação dos Repartidores Gerais (RG).â€? (Fonte: Manual ITED 3.ÂŞ Edição).

DIMENSIONAMENTO

Figura 2. Exemplo de um ATE equipado, com o secundĂĄrio dos RG.

Mediante o tipo de edifício, as necessidades, caraterísticas e objetivos da instalação, devem ser consideradas consoante as seguintes dimensþes mínimas internas: Tipo De Edifício

Fogos Residenciais e Mistos (ArmĂĄrio Ăšnico)

Fogos Residenciais e Mistos (ATE Superior) Fogos NĂŁo Residenciais

N.Âş de Fogos

DimensĂľes MĂ­nimas Internas LĂ—AĂ—P Ou AĂ—LĂ—P (mm)

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Na seleção do ATE, a solução de armĂĄrio de telecomunicaçþes recorrendo a um bastidor representa uma solução bastante apropriada, dada a sua flexibilidade e polivalĂŞncia. Neste caso, o dimensionamento ĂŠ da responsabilidade do projetista. A QUITÉRIOS, tal como outras marcas, disponibiliza, atualmente, XPD YDVWD VHOHŠ¼R GH EDVWLGRUHV GH Ěš H Ěš EHP FRPR WRGRV RV painĂŠis e acessĂłrios necessĂĄrios para a instalação dos repartidores gerais (RG-PC, RG-CC e RG-FO) do edifĂ­cio.

O primårio dos Repartidores Gerais (RG) Ê da responsabilidade dos operadores de telecomunicaçþes, assim como os materiais, ligaçþes e instalação necessårios. O secundårio do Repartidor Geral de Par De Cobre deve ser consWLWX¯GR SRU FRQHWRUHV 5- RX UJXDV GH FUDYDŠ¼R FRP &DWHJRULD para garantir a Classe E na instalação. Como requisito mínimo deve permitir ligar um cabo de 4 pares de cobre por cada ATI do edifício.

Figura 3. Painel 19� equipado com os conetores RJ45 para secundårio RG-PC.

1RV HGLI¯FLRV FRP RX PDLV IRJRV  REULJDW¾ULD D LQVWDODŠ¼R GH XP sistema que permita a receção e distribuição de sinais sonoros e televisivos. Cabe ao projetista selecionar o tipo de sistema a instalar no edifício para a rede coletiva de coaxial, considerando os serviços disponíveis do operador e a tipologia do edifício. O secundårio do Repartidor Geral de Cabos Coaxiais no ATE infeULRU GHYH VHU FRQVWLWX¯GR SRU ͤFKDV GR WLSR ) ) SDUD OLJDŠ¼R GRV FDERV SURYHQLHQWHV GRV $7, FRPR P¯QLPR SRU FDGD IRJR

Figura 4. 3DLQHO ̚ HTXLSDGR FRP ͤFKDV ) ) SDUD VHFXQG£ULR GR 5* &&

O secundĂĄrio do Repartidor Geral de Fibra Ă“tica ĂŠ constituĂ­do por adapWDGRUHV GR WLSR 6& $3& FRP FDSDFLGDGH SDUD OLJDŠ¼R GH ͤEUDV SRU cada fogo. Os adaptadores de FO a instalar no RG-FO devem ser protegidos contra a radiação laser, com tampa ou dispositivo de bloqueio.

Figura 1. Bastidor equipado.

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Figura 5. 3DLQHO Ěš HTXLSDGR FRP DGDSWDGRUHV 6& $3& SDUD VHFXQGÂŁULR GR 5* )2


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reportagem

CONCRETA e ENDIEL: “o futuro estĂĄ na reabilitaçãoâ€? por Helena Paulino

De 19 a 22 de novembro realizou-se na EXPONOR – Feira Internacional do Porto a 27.ÂŞ edição da CONCRETA – Feira de Construção, Reabilitação, Arquitetura e Design e a 18.ÂŞ edição do ENDIEL – Encontro para o Desenvolvimento do Setor ElĂŠtrico e EletrĂłnico. 0DLV GH b PLO SURͤVVLRQDLV HVWLYHUDP SUHVHQWHV QD &21&5(7$ H (1',(/ GH HYHQWRV TXH UHXQLUDP FHUFD GH H[SRsitores, sendo duas dezenas dos mesmos estrangeiros. Isto denotou uma representaWLYLGDGH GRV SULQFLSDLV VXEVHWRUHV GD ͤOHLUD portuguesa da construção e da oferta nacional nas ĂĄreas da arquitetura, engenharia, e outras especialidades tĂŠcnicas mais concretamente engenheiros, tĂŠcnicos, instaladores, consultores, empreiteiros de obras de urbanização, empresĂĄrios, arquitetos, ou industriais de construção civil. Tendo uma periodicidade bienal, o This is CONCRETA contarĂĄ tambĂŠm FRP D l HGLŠ¼R GR 3UÂŤPLR WORK IN PROGRESS XPD GHVDͤDGRUD SODWDIRUPD QR GHsenvolvimento de parcerias entre arquitetos e empresas no ramo da construção. “A CONCRETA espelhou um trabalho conVLVWHQWH H FRP XP GLUHFLRQDPHQWR HVSHF¯ͤFR estando certa que voltarĂĄ mais forte daqui a dois anosâ€?, comentou Carla Maia, Diretora deste evento para quem a edição deste ano IH] HPHUJLU ̸uma feira Ăşnica e diferenciadora nas ĂĄreas da reabilitação, construção, arqui-

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tetura e design em Portugal.â€? A adesĂŁo, bem FRPR D RSLQLÂĽR GRV YLVLWDQWHV SHUPLWLX ̸validar o novo formatoâ€? do evento, mais centrado QD UHTXDOLͤFDŠ¼R H QR SDSHO GRV DUTXLWHWRV na melhoria e valorização do territĂłrio urbaQR ̸Decidimos inovar e apostamos num conceito diferente, um tanto provocatĂłrio mas inclusivo, em que os materiais de construção aparecem, lado a lado, com arquitetos e especialistas de diferentes subsetores. A resposta foi muito positiva e a viragem estĂĄ consumaGD 2 IXWXUR HVWÂŁ QD UHTXDOLͤFDŠ¼R H GHSHQGH muito da interação entre a indĂşstria e os criativosâ€?, salientou Carla Maia. $ UHFHWLYLGDGH GRV SURͤVVLRQDLV ¢ UHQRvada CONCRETA foi surpreendente, onde se GHVWDFDUDP ̸XPDV ODUJDV GH]HQDVâ€? de comSUDGRUHV HVWUDQJHLURV RULXQGRV GH SDÂŻVHV (Reino Unido, ColĂ´mbia, Alemanha, França, BĂŠlgica, Marrocos, GrĂŠcia, Espanha, Holanda, ItĂĄlia, Peru e Cabo Verde). Para isso, contriEXÂŻUDP RV HQFRQWURV GH QHJÂľFLRV % % TXH D Associação Empresarial de Portugal, atravĂŠs da EXPONOR e do Gabinete EEN-Portugal, promoveu durante o certame. A isto acresceu o programa de açþes paralelas, tendo-se realizado dezenas de sessĂľes tĂŠcnicas, workshops e apresentaçþes de novos produtos, assim como a entrega dos prĂŠmios de arquitetura expositiva reIHUHQWHV ¢ l HGLŠ¼R GR FRQFXUVR WORK IN PROGRESS, iniciativa da Ordem dos Arquitetos – Secção Regional do Norte, em parceria com a EXPONOR. Os vencedores foram os arquitetos JosĂŠ LuĂ­s Cadilhe, na ĂĄrea da ilu-

minação com um trabalho para a Electrum Trofa; Ricardo do Vale Afonso, nas madeiras, com um projeto elaborado para a Madeivouga; JoĂŁo Duarte Branco, na especialidade de cerâmica sanitĂĄria, que a Valadares executou; e Manuel Afonso SĂĄ, nos revestimentos cerâmicos, com um projeto para a RevigrĂŠs. O concurso WORK IN PROGRESS visa criar uma dinâmica colaborativa entre arquitetos e empresas de materiais de construção. O objetivo ĂŠ juntar a capacidade criativa dos arquitetos e a divulgação dos produtos e soluçþes das empresas, criando propostas inovadoras que respondam Ă s tendĂŞncias de mercado. Em paralelo Ă CONCRETA decorreu a l HGLŠ¼R GR (1',(/ Ě° (QFRQWUR SDUD R Desenvolvimento do Setor ElĂŠtrico e EletrĂłnico, organização conjunta da EXPONOR e da ANIMEE – Associação Portuguesa das Empresas do Setor ElĂŠtrico e EletrĂłnico, a associação empresarial representativa do setor, HP TXH SDUWLFLSDUDP H[SRVLWRUHV )XQFLRnou durante os 4 dias do evento como uma plataforma no estabelecimento de dinâmicas entre empresas operacionais nos setores inGXVWULDO FRPHUFLDO LQYHVWLJDŠ¼R IRUPDŠ¼R WHFQROÂľJLFD H SURͤVVLRQDO H SRU LVVR R (1DIEL foi um verdadeiro ponto de encontro na oferta e procura de produtos e soluçþes dos setores intrĂ­nsecos ao evento. Foram ainda realizados um conjunto de atividades paralelas, integrando a realização de conferĂŞncias, seminĂĄrios e exposiçþes temĂĄticas, alimenWDQGR R LQWHUHVVH GRV YLVLWDQWHV SURͤVVLRQDLV PDLV TXDOLͤFDGRV


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case-study

poupar 25% nos custos energĂŠticos NOVA SEDE DA ABB EM FRANÇA: CONCILIAR A EFICIĂŠNCIA ENERGÉTICA COM O CONFORTO. A ABB ajuda os clientes a otimizarem o consumo de energia em edifĂ­cios comerciais e industriais em todo o mundo. Com a sua nova sede em França, a ABB estĂĄ a utilizar os seus prĂłprios produtos e soluçþes para cumprir voluntariamente a Norma ISO 50001, uma certificação que exige a utilização de um sistema de gestĂŁo de energia. CONTROLAR E REDUZIR O CONSUMO DE ENERGIA A nova sede da ABB em França, localizada em Cergy Pontoise (fora de Paris), foi convertida num edifĂ­cio de escritĂłrios a partir de uma fĂĄbrica e estĂĄ agora totalmente equipada com sistemas avançados de automação de edifĂ­cios, incluindo monitorização centralizada. Oferece nĂŁo sĂł um maior conforto aos ocupantes do edifĂ­cio, como tambĂŠm avalia automaticamente as economias.

SALA DE EXPOSIĂ‡ĂƒO DE EFICIĂŠNCIA ENERGÉTICA Para alinhar as instalaçþes de Cergy pelas Normas de segurança durante a remodelação do edifĂ­cio, a ABB aproveitou a oportunidade para efetuar a renovação com um Sistema de GestĂŁo de EdifĂ­cios (BMS) e selecionou os seus prĂłprios produtos de Baixa TensĂŁo para criar D VROXŠ¼R LQRYDGRUD PDLV HͤFLHQWH HP WHUPRV energĂŠticos. Os requisitos do projeto incluĂ­ram: Ě˝ $XPHQWDU R HVSDŠR GD VHGH SDUD metros quadrados; Ě˝ Renovar o sistema de gestĂŁo do edifĂ­cio; Ě˝ Otimizar a gestĂŁo das instalaçþes; Ě˝ Assegurar o conforto dos ocupantes; Ě˝ Controlar e reduzir o consumo de energia; Ě˝ Espaços escalĂĄveis e respeito pelo ambiente.

SOLUÇÕES ABB SELECIONADAS A ABB equipou as novas instalaçþes de Cergy com soluçþes dedicadas Ă gestĂŁo de www.oelectricista.pt o electricista 54

energia, iluminação, aquecimento, ventilação e ar-condicionado.

OTIMIZAR TODO O SISTEMA ELÉTRICO Para melhorar a instalação elĂŠtrica existente, a ABB utilizou os seus produtos de Baixa TensĂŁo mais inovadores, como o novo quadro System Pro E power (anteriormente Artu K), sete quadros equipados com a mais recente gama de bornes PI Spring e descarregadores de sobretensĂľes QuickSafe, dois inversores de rede, entre outros. AlĂŠm disso foram instalados os noYRV GLVMXQWRUHV GH EDVWLGRU DEHUWR (PD[ para gerir toda a potĂŞncia do edifĂ­cio. Este gere cargas da instalação elĂŠtrica de Baixa TensĂŁo, estando ligado aos sistemas de suSHUYLVÂĽR 7RGR R VLVWHPD GH DTXHFLPHQWR DUrefecimento (caldeira, bomba de calor) ĂŠ conWURODGR H DFLRQDGR SHORV DXWÂľPDWRV $& LQVWDODGRV HP DUPÂŁULRV GH DXWRPDŠ¼R ,6 H

integrando a mais recente geração de contactores de bobina eletrĂłnica AF. ̸2 QRYR GLVMXQWRU (PD[ ÂŤ XP DXWÂŹQWLFR JHVWRU GH HQHUJLD XPD YH] TXH DQDOLVD R GHVHPSHQKR HQHUJÂŤWLFR H ͤQDQFHLUR GR HGLIÂŻFLR ao longo do tempo!â€?, disse SĂŠbastien Meunier, responsĂĄvel da ABB (QHUJ\ (ͤFLHQF\ em França. Os equipamentos ABB i-busÂŽb.1; RWLPL]DP D HͤFLÂŹQFLD HQHUJÂŤWLFD GR QRYR HGLIÂŻFLR H oferecem um ambiente de trabalho agradĂĄvel aos colaboradores da ABB.

CONFORTO DOS OCUPANTES GRAÇAS AO BMS O edifĂ­cio estĂĄ equipado com um sistema de gestĂŁo de edifĂ­cios (BMS – Building Managment System) que assegura o controlo do aquecimento, ar-condicionado, ventilação, estores e iluminação. ̸8WLOL]ÂŁPRV R VLVWHPD ͤ£YHO GD $%% i-busÂŽb.1; SDUD FRQWUROR H JHVWÂĽR JOREDO GDV


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preparada para o futuro...

Eng.º João Toito

Gestor de Produto Gestão Técnica de Edifícios F.Fonseca Fonte: gesis® FLEX Decentralized Room Automation da Wieland Electric

Gestão Técnica descentralizada gesis® FLEX – Wieland Electric: em termos de flexibilidade, segurança e eficiência, a gestão técnica descentralizada já define um padrão.

Encaixe: ̽ 6LVWHPD PRGXODU GH HQFDL[H ̽ &DERV GH HQWUDGD VD¯GD SRU FRQH[¥R U£SLGD ̽ Instalação rápida e livre de erros. Descentralizado: ̽ Distribuição dos módulos pelas áreas de utilização; ̽ 5HGX©¥R VLJQLͤFDWLYD GR FRPSULPHQWR GRV FDERV ̽ Funcionalidade total mesmo em caso de falha de bus. Preparado para o futuro: ̽ Facilmente extensível devido ao sistema de encaixe rápido; ̽ Sistema KNX standard; ̽ Equipamentos montados em calha podem ser integrados como uma extensão individual. Colocação em funcionamento simples: ̽ Manual de operações integrado; ̽ Função de teste possível sem ligação ao bus; ̽ Adapta-se a qualquer espaço ou posição na instalação.

Sendo um sistema modular e extremamente flexível, o gesis® FLEX da Wieland Electric oferece uma solução de topo para o controlo de estores, persianas, toldos, iluminação, aquecimento, arrefecimento, ventilação, tomadas, botões de comando, e muitos outros requisitos da Gestão Técnica de Edifícios. A aplicação sistemática de módulos compactos e totalmente de encaixe do já estandardizado KNX assim como a implementação de controlos via rádio (EnOcean), DALI e SMI (Standard Motor Interface) traduz-se numa enorme poupança de custos, mais conforto, instalação segura a longo prazo e salvaguardará o valor do seu investimento por muito mais tempo.

O DESIGN FAZ TODA A DIFERENÇA… Destaques gesis® FLEX Compacto: ̽ Design plano; ̽ Aplica-se em qualquer área da instalação (piso, parede ou teto); ̽ Fácil integração em edifícios novos ou renovados. Modular: ̽ Só as funcionalidades necessárias são instaladas; ̽ Apenas um endereço físico; ̽ /LYUH FRQͤJXUD©¥R GH IXQ©·HV ̽ $W« PµGXORV GH H[WHQV¥R SRU PµGXOR EDVH Fácil de projetar: ̽ Planeamento modular; ̽ Funções estandardizadas; ̽ Módulos standard ̰ VHP SURGXWRV HVSHF¯ͤFRV D FDGD SURMHWR Fácil de instalar: ̽ Instalação perfeita em piso e teto técnico e em caminhos de cabo; ̽ Todos os cabos de um só lado; ̽ Acessórios de montagem rápida. www.oelectricista.pt o electricista 54

Figura 1. Instalação em teto, piso ou calha.

gesis® FLEX em edifícios de serviços Aplicação Gestão técnica modular, compacta e com instalação elétrica por encaixe para escritórios, salas de reunião, laboratórios, cantinas, e outros. Solução ̽ Gestão técnica descentralizada e compacta com gesis® FLEX; ̽ Controlo de iluminação dependente da luz natural; ̽ Controlo local e centralizado de sombreamento; ̽ Instalação em teto, piso ou parede. Vantagens desta aplicação ̽ Funções de controlo claras e organizadas; ̽ Planeamento e instalação simples, rápida e livre de erros; ̽ Design estreito para montagem em pequenos espaços; ̽ Ajustes simples em mudanças de funções; ̽ Flexibilidade assegura o valor do investimento a longo prazo.


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Lledó e Museu Guggenheim Bilbao: uma boa parceria em sistemas de controlo de iluminação Os diferentes sistemas SMARTLIGHTING dotam a sua instalação de iluminação de flexibilidade e conforto, permitindo minimizar o consumo energÊtico. Figura 2. *UDͤN (\H 46

TECNOLOGIA PREMIUM Com a gama PREMIUM conseguirå otimizar o seu sistema de iluminação e obterå a melhor solução para uma boa poupança energÊtica. A possibilidade de realizar mediçþes e registos em cada luminåria perPLWH REWHU FRQVXPRV SRU £UHDV H YHULͤFDU R HVWDGR GDV IRQWHV GH OX] ou balastros, e inclusive o estado dos sistemas, indicando, mediante relatórios, as diferentes atuaçþes de manutenção.

Estes sistemas proporcionam protocolos digitais de controlo com os quais Ê possível adaptar as instalaçþes de acordo com as necessidades, trabalhando em conjunto com outros sistemas e integrando a iluminação de última geração. O Grupo Lledó desenharå e implementarå uma solução tecnológica perfeitamente adaptada às suas necessidades.

Figura 3. 4XDQWXP

TECNOLOGIA COMPACT

O MUSEU GUGGENHEIM

A gama COMPACT resulta numa solução simples, economizando nos custos energÊticos com soluçþes que permitem um råpido retorno do investimento. Os módulos e sensores que comunicam por wireless SHUPLWHP DSURYHLWDU D OX] QDWXUDO H RX DMXVWDU D LOXPLQDŠ¼R HP IXQŠ¼R GD RFXSDŠ¼R GD VDOD FRP SRXSDQŠDV TXH DWLQJHP

O Museu Guggenheim em Bilbao chamou a atenção do mundo onde teve uma cobertura da comunicação social sem precedentes.

Figura 4. Figura 1. Energi TriPack.

TECNOLOGIA AVANT Graças à utilização de interfaces altamente intuitivos (painÊis tåteis) e com funcionalidades de gestão energÊtica, calendårios, controlo de horårios, entre outros, obterå ambientes luminosos, luz dinâmica ou VHTXQFLDV GH FRU FRP SRXSDQŠDV HQHUJWLFDV DW www.oelectricista.pt o electricista 54

A iluminação Ê, obviamente, um dos elementos principais na conceção de qualquer edifício, sendo em museus um fator importantíssimo. O arquiteto e designer de iluminação selecionou o sistema LutronŽ comercializado pela Lledó, para o controlo da iluminação garantindo um resultado com elevada precisão, flexibilidade, que potencia a beleza da estrutura interna do museu, da arte exibida, protegendo-a ao mesmo tempo, da radiação nociva.


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OMICRON lança a próxima geração de unidades de teste SFRA Diagnósticos fiåveis de núcleos e enrolamentos de transformadores de potência com anålise da resposta em frequência por varrimento (SFRA). &RP R )5$1(2 D 20,&521 ODQŠRX QR mercado a próxima geração de unidades de teste SFRA. Desde que foram introduzidas as 1RUPDV ,(& H ,((( & 6)5$ tornou-se num dos testes elÊtricos comuns para a deteção de defeitos e falhas de enrolamentos no núcleo magnÊtico de transformadores de potência e a sua aceitação no mercado tem vindo a aumentar em conformidade.

Figura 2. 'HYLGR DR design HVSHFLDO GDV SLQŠDV  FRQVHJXLGR XP FRQWDFWR ͤ£YHO DVVHJXUDQGR R PDLV HOHYDGR Q¯YHO GH UHSHWLŠ¼R

HARDWARE MELHORADO MÉTODO COMPROVADO De forma semelhante ao seu predecessor HVWDEHOHFLGR R )5$QDO\]HU R )5$1(2 SURFXUD LGHQWLͤFDU DOWHUDŠ¡HV HOÂŤWULFDV QRV enrolamentos, nos contactos internos, na HVWUXWXUD GH ͤ[DŠ¼R RX QR QÂźFOHR GR WUDQVformador atravĂŠs da anĂĄlise da resposta em frequĂŞncia. Estas alteraçþes podem ser provocadas por impactos, como os sofridos durante o transporte, atividades sĂ­smicas ou falhas de corrente. SFRA ĂŠ o mĂŠtodo de teste PDLV ͤ£YHO QR UHFRQKHFLPHQWR GHVWDV DOWHraçþes. Adicionalmente ĂŠ rĂĄpido e econĂłmico uma vez que nĂŁo ĂŠ necessĂĄrio remover o componente ativo do transformador.

2 )5$1(2 SRVVXLX XPD HVWUXWXUD QRYD e altamente robusta, sendo ideal para a realização de testes no local. A tensĂŁo de saĂ­da ĂŠ OLYUHPHQWH DMXVWÂŁYHO HQWUH 9pp H 9pp. Isto VLJQLͤFD PHGLŠ¡HV IDFLOPHQWH FRPSDUÂŁYHLV com testes anteriores – independentemente da tensĂŁo de saĂ­da utilizada na realização das mesmas. A tensĂŁo de saĂ­da mĂĄxima mais elevada permite agora inclusivamente aos utilizadores realizar mediçþes em ĂĄreas com nĂ­veis elevados de interferĂŞncia sem quaisTXHU SUREOHPDV 8PD UHODŠ¼R VLQDO UXÂŻGR (SNR) mais elevada e um design GH ͤ[DŠ¼R melhorado asseguram a possibilidade de repetição do teste. A bateria integrada permite

tambÊm a realização de testes em åreas sem fornecimento de energia.

O MELHOR SOFTWARE DE SUPORTE POSSĂ?VEL PARA A REALIZAĂ‡ĂƒO DE MEDIÇÕES SFRA )5$1(2 IXQFLRQD FRP R software Primary Test Manager™ (PTM), a solução ideal da OMICRON para testes de diagnĂłstico e avaliação do estado de transformadores de potĂŞncia, transformadores de corrente e disjuntores. O software fornece o melhor suporte possĂ­vel para a realização de mediçþes SFRA: uma vez ligadas as pinças de medição DR WUDQVIRUPDGRU GH SRWÂŹQFLD R 370 YHULͤFD o circuito de ligação Ă terra. Isto minimiza os erros de ligação e facilita a repetição de mediçþes futuras. Devido Ă base de dados de elevado desempenho do PTM, os utilizadores podem gerir os resultados do teste fĂĄcil e rapidamente. Os resultados existentes de dispositivos de teste de outros fabricantes tambĂŠm podem ser importados para a base de dados sem problemas. Com apenas um clique, o PTM permite tambĂŠm a comparação de mediçþes com valores correspondentes de uma medida de referĂŞncia na base de GDGRV ,VWR VLJQLͤFD TXH RV XWLOL]DGRUHV LUÂĽR poupar tempo valioso quando testam os seus transformadores. OMICRON Technologies EspaĂąa, S.L. 7HO y )D[

Figura 1. )5$1(2 R QRYR DQDOLVDGRU GH UHVSRVWD HP IUHTXÂŹQFLD SRU YDUULPHQWR GD 20,&521

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www.omicron.at


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ITED

tubagem O Manual de ITED, na 3.ª edição, fala-nos sobre a rede de tubagens, ou simplesmente designada como tubagem. Carateriza-se como o elemento das ITEDs que permite o alojamento e a proteção dos equipamentos, dispositivos e cabos. Poderemos referir algumas caraterísticas dos materiais constituintes da tubagem. Os materiais a serem utilizados como constituintes da rede de tubagens não devem apresentar caraterísticas que traduzam comportamentos indesejåveis, ou mesmo perigosos, nomeadamente quando sujeitos a combustão. Para minimizar os riscos em caso de incêndio só Ê permitida a utilização de materiais que sejam não propagadores de chama, quando não embebidos no reboco, cofragem ou substrato não combustível.

Paulo Monteiro

No que respeita à sua funcionalidade, as caixas são designadas como: ̽ Caixas de entrada (transição entre redes); ̽ Caixas de passagem (na mesma rede de tubagens); ̽ Caixas de aparelhagem (pontos terminais na rede individual de tubagens). As caixas da rede individual para utilização em paredes de gesso cartonado, ou em partes ocas de paredes amovíveis, devem ser adequadas àquele tipo de construção e referenciadas em cor diferente. Sempre que possível devem ser instaladas caixas de aparelhagem com a profundidade de PP IDFLOLWDQGR D PDQREUD H OLJDŠ¼R GRV cabos. As caixas de passagem devem estar equipadas com tampas adequadas.

1. TUBOS Os tubos para aplicação nas ITED devem apresentar as seguintes caraterísticas: ̽ Material isolante rígido com paredes interiores lisas; ̽ Material isolante maleåvel com paredes interiores lisas ou enrugadas; ̽ Material isolante flexível ou maleåvel, tipo anelado, com paredes interiores enrugadas; ̽ Material isolante flexível com paredes interiores lisas; ̽ Metålico rígido, com paredes interiores lisas e paredes exteriores lisas ou corrugadas. Os diâmetros externos (equivalente a diâmetros nominais, comerciais) dos tubos são, XVXDOPHQWH HP PLO¯PHWURV RV VHJXLQWHV H 2V WXERV FRP GL¤PHWUR H[WHUQR LQIHULRU D PP não são passíveis de instalar nas ITEDs sendo, por isso, proibida a sua utilização. Nas ITEDs não são permitidos tubos prÊ-cablados, dado não existir a garantia de que serå SRVV¯YHO R HQͤDPHQWR GH QRYRV FDERV RX D retirada dos existentes. Consoante o local de instalação dos tubos, devem ser consideradas as caraterísticas mínimas, conforme o Manual de ITED.

A ter em atenção: $V XQL¡HV HQWUH WXERV LQVWDODGRV HP ]RQDV RFDV GHYHP VHU ͤ[DGDV por colagem adequada ou SRU RXWUR PWRGR HͤFD] GH IRUPD D HYLWDU D DEHUWXUD HP HQͤDPHQWRV SRVWHULRUHV

As câmaras de visita a instalar no subsolo, como a CVM, ou para passagem e encaminhamento de cabos nas condutas de acesso ao edifĂ­cio, podem ser prĂŠ-fabricadas ou construĂ­das no local. Os requisitos GLPHQVLRQDLV PÂŻQLPRV GD &90 VÂĽR ™ ™ PP H GHYHP FRQWHU as LQVFULŠ¡HV ̸7HOHFRPXQLFDŠ¡HVĚš H ̸&90â€?. $ WDPSD GHYH WHU DV FDUDWHUÂŻVWLFDV H[LJLGDV QD (1 QRPHDGDmente o Ă­ndice de carga adequado ao local da instalação, na medida em que pode colocar em risco a segurança de pessoas e bens. Admite-se a possibilidade da tampa ser rebaixada, permitindo o revestimento com o tipo de pavimento existente no local.

2. CALHAS TÉCNICAS As calhas, uma solução a considerar nos edifĂ­cios novos e nas alteraçþes aos edifĂ­cios construĂ­dos, tanto nas redes individuais como coletivas, quer por questĂľes de estĂŠtica quer pela facilidade de instalação e acesso aos cabos, sĂŁo uma alternativa, nomeadamente, Ă instalação de tubos Ă YLVWD $V FDOKDV GHYHP HVWDU HP FRQIRUPLGDGH FRP D 6ÂŤULH (1 $V calhas devem ser consideradas como a solução a ter em conta na constituição das redes de tubagem, em particular na reabilitação de edifĂ­cios.

3. CAIXAS Consideram-se os seguintes tipos de caixas tendo em conta a rede de tubagens onde estĂŁo inseridas: Ě˝ Caixas da rede coletiva de tubagens; Ě˝ Caixas da rede individual de tubagens. www.oelectricista.pt o electricista 54

BIBLIOGRAFIA 0DQXDO ,7(' ̰ 3UHVFULŠ¡HV H (VSHFLͤFDŠ¡HV 7FQLFDV ̰ l HGLŠ¼R VHWHPEUR GH SHOD ,&3 $1$&20


formação

formação artigo tĂŠcnico-formativo PROTEĂ‡ĂƒO DAS PESSOAS CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS. HilĂĄrio Dias Nogueira (Eng.Âş)

OBJETIVOS

Impedância do corpo humano

1. Efeitos fisiopatológicos da corrente elÊtrica no corpo humano. 2. Proteção contra contactos diretos e indiretos. 3. Proteção contra contactos diretos 4. Proteção contra contactos indiretos

1. EFEITOS FISIOPATOLĂ“GICOS DA CORRENTE ELÉTRICA NO CORPO HUMANO Efeitos da corrente elĂŠtrica A passagem de uma corrente elĂŠtrica atravĂŠs do corpo humano afeta essencialmente as funçþes circulatĂłria e respiratĂłria originando, muitas vezes, queimaduras. A gravidade das lesĂľes ĂŠ dada em função da intensidade de corrente, do tempo de circulação e do trajeto atravĂŠs do corpo humano. A impedância do corpo humano diminui com o aumento da tensĂŁo.

Proteção das pessoas contra choques elÊtricos Os valores indicados referem-se à percentagem da impedância do corpo humano para o trajeto correspondente, em relação ao caminho mão-mão. Os valores sem parênteses correspondem ao trajeto de uma mão à parte considerada do corpo. Os valores que estão entre parênteses correspondem ao trajeto entre as duas mãos e a parte correspondente do corpo humano.

Efeitos da corrente elÊtrica no corpo humano A corrente elÊtrica pode ser irrevogåvel para o ser humano. Quando se estabelece uma diferença de potencial entre dois pontos do corpo pode ocorrer a morte súbita ou graves queimaduras provocadas por uma elevação de temperatura por efeito de Joule que podem chegar DRV | & DUFR HOWULFR Quadro indicativo dos efeitos da corrente no corpo humano.

Zona 1 – habitualmente nĂŁo causa qualquer reação Ă passagem da corrente elĂŠtrica no corpo humano; Zona 2 Ě° KDELWXDOPHQWH QÂĽR FDXVD HIHLWRV ͤVLRSDWROÂľJLFRV SHULJRVRV no corpo humano; Zona 3 Ě° SRVVLELOLGDGH GH HIHLWRV ͤVLRSDWROÂľJLFRV QÂĽR PRUWDLV KDELWXDOPHQWH UHYHUVÂŻYHLV FRP SRVVLELOLGDGH GH ͤEULODŠ¼R DXULFXODU H SDUDJHQV WHPSRUÂŁULDV GR FRUDŠ¼R VHP ͤEULODŠ¼R YHQWULFXODU D SUREDELOLGDGH GH PRUWH ÂŤ LQIHULRU D Zona 4 Ě° SUREDELOLGDGH GH ͤEULODŠ¼R YHQWULFXODU SDUDJHQV FDUGÂŻDFDV e respiratĂłrias, bem como de queimaduras graves; a probabilidade de PRUWH ÂŤ VXSHULRU D www.oelectricista.pt o electricista 54

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formação As medidas de proteção por colocação fora do alcance só são admitidas nos locais acessíveis apenas a pessoas instruídas ou a pessoas TXDOLͤFDGDV H VH IRUHP VLPXOWDQHDPHQWH YHULͤFDGDV DV VHJXLQWHV condiçþes: ̽ A tensão nominal nestes locais não for superior ao limite do domíQLR ,, GDV WHQV¡HV 9 &$ RX 9 && ̽ Serem cumpridas as distâncias mínimas nas passagens para manutenção; ̽ Os locais forem assinalados notoriamente e de forma visível por meio de uma sinalização adequada. Quando o espaço onde permaneçam ou circulem normalmente as pessoas for limitado, na horizontal, por um obståculo (por exemplo, ͤWD RX FRUUHQWH GH SURWHŠ¼R SDUDSHLWR RX SDLQHO GH UHGH FRP XP F¾GLJR ,3 LQIHULRU D ,3 ; R YROXPH GH DFHVVLELOLGDGH WHP R VHX LQ¯FLR QHVVH obståculo. 1D YHUWLFDO R YROXPH GH DFHVVLELOLGDGH  OLPLWDGR D PHWURV D partir da superfície S sobre a qual permaneçam ou circulem as pessoas, sem se considerarem os obståculos intermÊdios que apresentem um código IP (�ndice de PURWHŠ¼R TXH ,3 ;

Nota: $V SDVVDJHQV GH FRPSULPHQWR VXSHULRU D PHWURV WHUÂĽR GH ser acessĂ­veis pelos dois extremos. Ě˝

Por proteção complementar com dispositivos diferenciais:

A experiência demonstra que as medidas clåssicas de proteção contra os contactos diretos, com caråcter preventivo, podem, ocasionalmente, revelar falhas por falta de manutenção, por desgaste (normal ou anormal) do isolamento ou por imprudência. Uma forma de eliminar uma parte dos riscos de acidente consiste na utilização de um dispositivo diferencial com uma corrente diferenFLDO HVWLSXODGD Q¼R VXSHULRU D P$ GHVWLQDGR D JDUDQWLU UDSLGDPHQWH o desligar da instalação elÊtrica, ou de parte desta, em caso de aparecimento de uma corrente de defeito à terra de reduzido valor. ̽

Distâncias de passagem para serviço ou para manutenção nas instalaçþes com proteção por meio de obståculos:

4. PROTEĂ‡ĂƒO CONTRA CONTACTOS INDIRETOS A proteção contra contactos indiretos visa defender as pessoas contra RV ULVFRV D TXH SRGHP ͤFDU VXMHLWDV HP UHVXOWDGR GDV PDVVDV ͤFDUHP acidentalmente sob tensĂŁo.

Esta Ê uma regra que consiste na proteção contra defeitos de isolamento. ̽

Ě˝

A passagem para serviço ou para manutenção nas instalaçþes com partes ativas de um só lado, sem proteção, devem-se respeitar as distâncias:

Passagens para serviço ou para manutenção nas instalaçþes com partes ativas dos dois lados, sem proteção:

Proteção contra contactos indiretos As medidas que se devem tomar para se evitar este tipo de contacto devem ser: ̽ Proteção por corte automåtico da alimentação; ̽ Proteção por ligação equipotencial suplementar; ̽ Proteção por recurso a equipamentos da Classe II; ̽ Proteção por recurso a locais não condutores; ̽ Proteção por ligação equipotencial local não ligada à terra; ̽ Proteção por separação elÊtrica. O objetivo Ê impedir que entre partes condutoras, simultaneamente acessíveis, possam manter-se diferenças de potencial perigosas duUDQWH XP WHPSR VXͤFLHQWH SDUD FULDU ULVFRV GH HIHLWRV ͤVLRSDWRO¾JLFRV perigosos para as pessoas. Esta proteção consiste em separar, automaticamente, o circuito ou equipamento da alimentação, quando surgir um defeito entre uma parte ativa e a massa. www.oelectricista.pt o electricista 54

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consultĂłrio tĂŠcnico

consultĂłrio tĂŠcnico O “ConsultĂłrio TĂŠcnicoâ€? visa esclarecer questĂľes sobre Regras TĂŠcnicas, ITED e Energias RenovĂĄveis que nos sĂŁo colocadas via email. O email consultoriotecnico@ixus.pt estĂĄ tambĂŠm disponĂ­vel no website, www.ixus.pt, onde aguardamos pelas vossas questĂľes. Nesta edição publicamos as questĂľes que nos colocaram entre setembro e novembro de 2015. com o patrocĂ­nio de IXUS, Formação e Consultadoria, Lda.

P1: Numa casa de banho não hå possibilidade de colocar na parte exterior de banho o interruptor. O interruptor de estores tambÊm não pois tem uma porta de correr e não existe parede para aplicar o material. A dúvida Ê se no volume 3 pode colocar o interruptor e o interruptor de estores. Relativamente à tomada GH HQHUJLD TXH WDPEP YDL ͤFDU QR YROXPH YDL OHYDU XP WUDQVIRUPDGRU 9 9 FRP enrolamentos separados. R1: b1R YROXPH V¼R SHUPLWLGRV DSDUHOKRV GH utilização e de manobra desde que respeitem um dos preceitos: ̽ ser alimentados por transformador de separação de circuitos; ̽ ser alimentados em TRS; ̽ ser alimentados por um circuito protegido por proteção diferencial de sensibilidade Q¼R VXSHULRU D P$ Atualmente os circuitos de casas de banho (as que têm banheira ou chuveiros, não as de serviços sem banhos) são sempre alimenWDGDV SRU XP FLUFXLWR FRP GLIHUHQFLDO GH mA e assim podem ser colocados aparelhos de manobra e de utilização no volume 3, sem PDLV PHGLGDV HVSHF¯ͤFDV GH SURWHŠ¼R FRQWUD contactos indiretos.

P2: Na sequência da anålise de alguma documentação tÊcnica dos distribuidores de material dos Sistemas de Proteção Contra Descargas AtmosfÊricas, gostaria de saber se a opção por uma transição de cabo de coEUH QX SDUD ͤWD LQWHUFDODGRV SRU XP OLJDGRU amovível, Ê uma pråtica usual e aprovada peODV HQWLGDGHV FHUWLͤFDGRUDV R2: A junção de cabos nas descidas dos sistemas de påra-raios Ê admitida desde que efetuada de forma correta, o que Ê o caso, usando um sistema de compressão. 5HODWLYDPHQWH DR WXER HVWH GHYH WHU metros acima do solo, o que tambÊm acontece. Apenas temos um comentårio relativamente ao tubo, que não deve ser metålico se inteiro podendo ser, se for rasgado de cima a baixo para que não forme um efeito de espira que impediria a descarga pelo interior no cabo, mas passando para o tubo, fundindo normalmente o cabo na zona de entrada. www.oelectricista.pt o electricista 54

P3: A nossa empresa foi convidada a partiFLSDU QXP FRQFXUVR GH EHQHͤFLDŠ¼R GH XPD SHTXHQD VXEHVWDŠ¼R FRP WUDQVIRUPDGRU GH 09$ TXH WUDQVIRUPD GH N9 SDUD N9 H WUDQVIRUPDGRU GH TXH WUDQVIRUPD GH SDUD N9 H GH SDUD N9 WHQVÂĽR QR SULPÂŁULR H WHQV¡HV QR VHFXQGÂŁULR 3UHVXPR TXH HVWHV WUDQVIRUPDGRUHV VHMDP 7UL¤QJXOR Estrela, pelo que a parte Estrela possui um ̸QHXWUR DUWLͤFLDOâ€?, que ĂŠ o ponto comum dos enrolamentos, e que deverĂĄ ser ligado Ă terra. Qual ĂŠ o papel do neutro numa subestação? R3: Nas linhas de transporte ĂŠ comum os WUDQVIRUPDGRUHV VHUHP GR WLSR < < (VWUHOD Estrela). As ligaçþes em estrela com ligação Ă terra do ponto neutro garantem as condiçþes de funcionamento da proteção homopolar, que atuarĂĄ aquando de fugas Ă terra. Nas redes de distribuição com tipologia TT, por exemplo, ĂŠ normal os transformadores serem do tipo Dy, 7UL¤QJXOR (VWUHOD FRP DV SURWHŠ¡HV GH 0ÂŤGLD TensĂŁo a serem asseguradas na subestação de RULJHP RQGH RV WUDQVIRUPDGRUHV VÂĽR < < H QD rede Baixa TensĂŁo apenas com a proteção de mĂĄxima intensidade assegurada por fusĂ­veis. No entanto hĂĄ situaçþes em que os transforPDGRUHV VÂĽR GR WLSR ' ' 7UL¤QJXOR 7UL¤QJXOR com a proteção homopolar a necessitar de relĂŠs muito mais sensĂ­veis (homopolar de tensĂŁo) que, por vezes, nĂŁo atuam quando uma linha cai no solo devido Ă baixa resistĂŞncia de contacto. Em suma, a ligação Ă terra do ponto neutro do transformador introduz no sistema trifĂĄsico sinusoidal a componente homopolar FRPSRQHQWH GH ̸terraâ€?) necessĂĄria Ă atuação das proteçþes aquando de uma fuga Ă terra.

P4: Hå alguma consequência no funcionamento de uma instalação de iluminação pública, se na proteção contra contactos indiretos optarmos por não utilizar um cabo armado com alimentação a partir de um armårio de Iluminação Pública e optarmos por passar um cabo não armado, com linha de terra ligada a um interruptor diferencial? R4: A pergunta parece confusa. Devemos distinguir duas situaçþes: $ OLJDŠ¼R ¢ UHGH SRGH Q¼R VHU UHDOL]DGD SRU cabo armado desde o armårio atÊ à coluQD GH ,OXPLQDŠ¼R 3ŸEOLFD b 1HVWH FDVR WDO como na rede, não existe proteção dife-

rencial, sendo a proteção contra contactos indiretos assegurada por equipamentos de Classe II de isolamento (duplo isolamento ou equivalente). Tanto a canalização elÊtrica (cabo) como o armårio serão da Classe II de isolamento. O cabo, se na via pública, pode ser protegido por tubo de IK adequaGR WXER SDUD RX GD1 $OLPHQWDŠ¼R GD OXPLQ£ULD GHVGH D SRUWLnhola instalada na coluna, por cabo não armado. Neste caso deve-se usar proteção diferencial para a proteção contra contactos indiretos. Muitas vezes em vez do diferencial, usa-se ligação do neutro à terra e desta à coluna quando metålica e à armadura do cabo, quando existe, assegurando a atuação dos fusíveis em caso de fuga à massa.

P5: Conseguem indicar-me qual o artigo da 3RUWDULD TXH Q¼R DXWRUL]D RV FLUFXLWRV WULI£VLFRV HP LOXPLQDŠ¼R (VWRX D ͤVFDOL]DU XPD obra e precisava desta informação. R5: 1R DQWLJR 'HFUHWR /HL REULJDYD D circuitos monofåsicos em locais residenciais, mas aconselhava circuitos trifåsicos na iluminação normal de locais que recebem público e em locais de usos industriais para evitar o total obscurantismo em caso de avaria numa luminåria. Nas Regras TÊcnicas atuais, nas Secçþes H WHPRV OLPLWDŠ¡HV TXH QD pråtica inviabilizam os circuitos trifåsicos. ̽ 1D 6HFŠ¼R UHIHUH HVSHFLͤFDPHQte que os aparelhos de iluminação só podem ser alimentados por um circuito e a existir outro só se for de emergência. Logo, na iluminação só podemos ter um circuito de alimentação normal; ̽ 1D 6HFŠ¼Rb QRV Y£ULRV LWHQV UHIHUH -se, entre outras coisas, que não devemos concentrar os circuitos numa única SURWHŠ¼R GLIHUHQFLDO b 7DPEP UHIHUH TXH numa mesma zona, quer para iluminação normal quer para iluminação de emergência, não deve uma avaria num circuito privar toda a zona de iluminação. Assim, devemos ter mais de um circuito, mas não ter circuitos trifåsicos. Em suma deveremos ter vårios circuitos monofåsicos, mas não trifåsicos.


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