Resumo revista "o electricista" nº 35

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Director Custódio João Pais Dias custodias@net.sapo.pt Director Técnico Josué Morais josuemorais2007@gmail.com Direcção Executiva Coordenador Editorial: Miguel Ferraz T. 225 899 628 m.ferraz@oelectricista.pt Director Comercial: Júlio Almeida T. 225 899 626 j.almeida@oelectricista.pt Chefe de Redacção: Helena Paulino h.paulino@oelectricista.pt Assessoria Ricardo Silva r.silva@oelectricista.pt Design Jorge Brandão Pereira em colaboração com Publindústria, Lda.

luzes VI jornadas tecnológicas 2

Webdesign Martino Magalhães m.magalhaes@oelectricista.pt

ESPAÇO VOLTIMUM.PT 3.º seminário Voltimum: a Voltimum na tektónica 4

Assinaturas T. 220 104 872 assinaturas@engebook.com www.engebook.com

ESPAÇO QUALIDADE Processo de venda – preparar, preparar, preparar e Vender. Mas, nunca esquecer – Cobrar bem 6

Colaboração Redactorial Custódio Dias, Josué Morais, Ana Vargas, Pedro Sanches Silva, Carlos Gaspar, José Matias, Mário Ferreira Alves, Telmo Rocha, Manuel Teixeira, Paulo Peixoto, Vidal Ferreira, Nélson Silva, Alexandre Chamusca, António Araújo Gomes, Paulo Martins, Hilário Dias Nogueira, Paulo Monteiro, Ricardo Sá e Silva, Miguel Ferraz e Helena Paulino Redacção e Administração Publindústria, Lda. Praça da Corujeira, 38 . Apartado 3825 4300-144 Porto . Portugal T. 225 899 620 . F. 225 899 629 www.publindustria.pt geral@publindustria.pt Propriedade Publindústria, Lda Empresa Jornalística Registo nº 213163 Impressão e Acabamento Publindústria, Lda. Publicação Periódica Registo nº 124280 | ISSN: 1646-4591 INPI Registo nº 359396 Tiragem 7.000 Exemplares

NOTÍCIAS 8 ARTIGO TÉCNICO ABC do osciloscópio: 4.ª parte – técnicas de medição 26 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA eficiência energética na indústria: 4.ª parte - potenciais economias de energia 32 FORMAÇÃO electrotecnia básica 40 práticas de electricidade 46 ventilação 50 BIBLIOGRAFIA 52 REPORTAGEM tektónica 2011 - encontro com mercados internacionais 54 “the system on tour 2011”: Rittal volta a surpreender com a 3.ª edição 56 ARTIGO TÉCNICO-COMERCIAL Weidmüller: novidades no InnoTrans 2010: Hall 12, Stand 127 58 ABB: soluções inovadoras para controlo domótico recebem prestigioso prémio “red-dot award” 60 SOCOMEC: gama de UPS Delphys Green Power 64 CALENDÁRIO DE FEIRAS E CONFERÊNCIAS 68 MERCADO TÉCNICO 70

Os artigos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores.

Protocolos Institucionais STIEN, SIEC, SIESI, AFME, SINDEL, Voltimum, ACIST-AET, cpi Patrocionador Institucional

TABELA COMPARATIVA UPS 96 PROJECTO 102


luzes

VI Jornadas Tecnológicas*

Custódio Pais Dias Director

Aproxima-se o mês de Maio e podemos dizer que nele se cumpre a tradição. De facto, as Jornadas Tecnológicas da revista o electricista, que este ano apresentam a sua sexta edição, são já uma tradição no universo electrotécnico português. Ponto de encontro dos profissionais de electrotecnia e destes com os mais recentes desenvolvimentos nacionais na área, este evento vai sedimentando a sua posição de acontecimento de referência a nível nacional. A oportunidade de contactar diretamente com outros técnicos da mesma área, ou de áreas afins, de assistir a explicações sobre tecnologias e/ou produtos, de observar e, por vezes, manipular equipamentos, desperta-nos para novas possibilidades, para novos caminhos, potencia o aproveitamento de sinergias que resultam em benefício para todos. Para tudo isto a revista pretende contribuir com a realização das jornadas tecnológicas. A escolha de um formato que associa a componente de mini-conferência, com a de uma pequena exposição e com a componente social tem-se revelado um sucesso, permitindo aos participantes em cada momento escolher em qual das componentes quer participar. Embora a participação de técnicos das regiões sul do país (Alentejo e Algarve) seja ainda pouco expressiva, o mesmo acontecendo com as regiões autónomas, podemos afirmar sem abuso que as jornadas tecnológicas atraem participantes de todo o país e, por isso, são um veículo de difusão de informação de âmbito nacional. Assim, a escolha das temáticas a abordar nas diversas sessões tem de ser muito criteriosa, tentando corresponder ao que, de acordo com a

* Texto escrito de acordo com o Novo Acordo Ortográfico

sensibilidade da organização, são os temas de maior interesse e atualidade. Para esta sexta edição foram selecionados os seguintes temas: edifícios eficientes, telecomunicações, acionamentos industriais e manutenção de instalações eléctricas industriais. Obviamente, não se pretende abranger todas as áreas da electrotecnia, mas apenas aquelas em que mais recentemente se têm verificado um maior dinamismo. De qualquer forma, a horizontalidade dos temas é suficientemente grande para que possam conter comunicações de sectores muito diferenciados e, com isso, a abrangência está garantida. De facto, o programa das comunicações que já está estabelecido para cada uma das sessões comprova-o perfeitamente. Este ano as jornadas realizar-se-ão nas instalações do Centro de Congressos do Taguspark, em Oeiras, local com boa acessibilidade e excelentes condições para a realização deste tipo de eventos, o que certamente contribuirá de forma positiva para o sucesso da organização. Por fim, uma palavra de agradecimento aos patrocinadores das jornadas tecnológicas, aqueles sem os quais o evento não poderia realizar-se. Sabemos que em tempos de crise há que refletir muito sobre as despesas, mas temos de olhar para as jornadas como sendo um investimento e é nos tempos difíceis que há que investir de forma inteligente para que deles possamos sair bem e depressa. Pelo apreço generalizado que tem sido manifestado nas anteriores edições das jornadas, estamos seguros de que a edição deste ano constituirá mais um sucesso e, como tal, um excelente investimento para a promoção da atividade. Bem hajam por acreditarem e nos acompanharem neste projeto. Então, até às jornadas, vemo-nos por lá!

estatuto Editorial Título “o electricista” - revista técnico-profissional. Objecto Tecnologias de projecto, instalação e conservação no âmbito da energia, telecomunicações e segurança. OBJECTIVO Valorização profissional e informação técnica para profissionais electrotécnicos. ENQUADRAMENTO FORMAL “o electricista” respeita os princípios deontológicos da imprensa e a ética profissional, de modo a não poder prosseguir apenas fins comerciais, nem abusar da boa fé dos leitores, encobrindo ou deturpando a informação. CARACTERIZAÇÃO Publicação periódica especializada. ESTRUTURA REDACTORIAL Director – Profissional com experiência na área da formação. Director Técnico – Formação académica no ramo da engenharia afim ao objecto da revista. Coordenador Editorial – Formação académica no ramo da engenharia afim ao objecto da revista. Colaboradores - Engenheiros e técnicos profissionais que exerçam a sua actividade no âmbito do objecto editorial, instituições de formação e organismos profissionais. SELECÇÃO DE CONTEÚDOS A selecção de conteúdos tecnológicos é da exclusiva responsabilidade do Director. O noticiário tecnoinformativo é proposto pelo Coordenador Editorial. A revista poderá publicar peças noticiosas com carácter publicitário nas seguintes condições: › com o título de Publi-Reportagem; › formato de notícia com a aposição no texto do termo Publicidade. ORGANIZAÇÃO EDITORIAL Sem prejuízo de novas áreas temáticas que venham a ser consideradas, a estrutura de base da organização editorial da revista compreende: › Sumário › Editorial › Artigos Técnicos › Noticiário Tecnológico › Feiras e Exposições › Dossiers Temáticos › Tabelas Comparativas › Legislação › Projecto › Entrevista / Reportagem / Publi-Reportagem › Publicidade ESPAÇO PUBLICITÁRIO A Publicidade organiza-se por espaços de páginas e fracções, encartes e Publi-Reportagens. A tabela de publicidade é válida para o espaço económico europeu; A percentagem de espaço publicitário não poderá exceder 1/3 da paginação. A direcção da revista poderá recusar publicidade cuja mensagem não se coadune com o seu objecto editorial. Não será aceite publicidade que não esteja em conformidade com a lei geral do exercício da actividade. PROTOCOLOS Os acordos protocolares com estruturas profissionais, empresariais e sindicais, visam exclusivamente o aprofundamento de conteúdos e de divulgação da revista, junto dos seus associados.


ESPAÇO VOLTIMUM.PT 4

3º Seminário Voltimum A Voltimum na Tektónica Aceda ao nosso portal em www.voltimum.pt e registe-se para usufruir gratuitamente dos nossos serviços.

Dia 6 de Maio, Sexta-feira, irá realizar-se no Auditório 1, do Pavilhão 1, da FIL, no Parque das Nações, durante a Feira Tektónica, o 3.º Seminário Voltimum no qual os técnicos especialistas das empresas ABB, Legrand Eléctrica, Osram, Philips, Prysmian Cables & Systems e Schneider Electric abordarão temáticas pertinentes para o sector eléctrico. Em concreto, este seminário, direccionado para projectistas, engenheiros electrotécnicos, arquitectos, instaladores, distribuidores e outros profissionais do sector, apresenta o seguinte programa: 10h00 Recepção dos participantes com pequeno-almoço 10h30 Secção económica e “amortização ecológica”. Eficiência energética nas linhas. O cabo de baixo consumo. Exemplo em Baixa Tensão Por Lisardo Recio Maillo, Prysmian Cables & Systems 11h20 Sistemas de controlo de iluminação Por Rui Reis, Philips A eficiência energética e os LED’s Por Jorge Lourenço, Philips 12h10 Segurança através de vídeo-vigilância IP Por Rui Barata, Schneider Electric 13h00 Pausa para almoço

14h30 Soluções de eficiência energética para o Terciário: - Compensação de energia Por Luís Pina, Legrand Eléctrica - Gestão da iluminação Por Eunice Cruz, Legrand Eléctrica 15h20 Domosolution by ABB Niessen KNX Por Pedro Barata, ABB 16h10 Coffee-break 16h40 Projecto a luz, projecto a vida Por Mário Barata, OSRAM 17h30 Encerramento dos trabalhos

Para mais informações e inscrições: Ana Vargas Tel.: +351 214 548 800 | Fax: +351 214 548 887 voltimum.pt@voltimum.com | www.voltimum.pt

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Espaço Qualidade 6

Processo de venda – preparar, preparar, preparar e Vender. Mas, nunca esquecer – Cobrar bem. São muitas as teorias sobre um processo de vendas, encontrando-se devidamente documentados e elaborados os mais diferentes processos, com as mais diversas ferramentas de apoio ao planeamento de vendas. Quando atentamos para um processo de vendas, devemos, no primeiro momento, ter consciência de quais os objectivos organizacionais, que nos darão, com total segurança, as premissas sobre as quais incidirá todo o esforço de uma equipa de vendas. Ora, vender em momentos de crise não é mais do que a preparação de um excelente plano de acções, que nos possibilite alcançar um mercado e/ou segmento rentável, útil e seguro. Fase 1: Avaliação da rentabilidade do cliente/potencial cliente: esta primeira fase prende-se com a preparação de todo o processo da venda. Ele tem que começar, inevitavelmente, pela avaliação financeira dos segmentos/mercados-alvo, determinando qual/quais as zonas em que a empresa pode e deve investir todo o seu esforço de vendas. Convém, aqui, fazer uma chamada de atenção para o facto de, quando falamos de vendas, falamos de uma forma transversal: vendas pessoais, electrónicas, telemarketing, ponto de venda, catálogo. Ora, deve, então, a empresa investir: 1. Na avaliação das suas competências de marketing; 2. Na avaliação das suas competências de ID; 3. Na avaliação das suas competências de gestão; 4. Na avaliação dos mercados-alvo; 5. Na avaliação de cada cliente a prospectar – índice de risco financeiro, capacidade financeira, dimensão de potencial de compras, consulta a outros fornecedores, consulta a outros concorrentes. Fase 2: Utilidade do cliente: avaliar quanto compra, como compra, quanto tempo demora a decisão, quanto e como negoceia, como se relaciona. Cada uma destas questões deverá formar um conjunto de indicadores de avaliação de desempenho do cliente. Não interessa às organizações pesos mortos, isto é, clientes que compram mal, compram pouco, são demasiado lentos no processo de decisão, são demasiado exigentes na negociação, não privilegiando relações win-win. As organizações competitivas do futuro não se compadecem com clientes pouco interessantes. São pouco lucrativos, pouco significantes, acarretam grande parte dos custos da estrutura, exigem demasiados recursos das empresas, um elevado número de processos e constantes tarefas que não trazem qualquer riqueza.

por Pedro Sanches Silva – consultor e empresário

Fase 3: Segurança do cliente: avaliar quando paga, como paga, como reclama, quanto reclama, como se avalia o retorno das reclamações e a avaliação de satisfação do cliente. A última fase realiza-se em estreita ligação com a primeira: se avaliamos bem o cliente, corremos poucos riscos. Se tiramos o máximo de informação sobre o cliente, corremos o risco de não errar. E pergunto a qualquer um dos empresários: qual é aquele que quer ter um cliente a não pagar? Um cliente que paga bem é um cliente que está satisfeito, que assume compromissos, que merece respeito e que deve ser venerado por todos os colaboradores da empresa. Em resumo, se fizer um bom trabalho de casa, se potenciar o relacionamento com os seus clientes e se for um bom cobrador, qual é a crise que o assusta? Só se for a crise de competências. Essa, meus caros, é ultrapassável, desde que esteja constantemente em observação e vigilância. O controlo e a proactividade são ferramentas de sucesso empresarial.


ARTIGO TÉCNICO

revista técnico-profissional

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o electricista Mário Jorge de Andrade Ferreira Alves Dep. de Engenharia Electrotécnica Instituto Superior de Engenharia do Porto

ABC do osciloscópio*

{4.ª Parte › Técnicas de Medição}

Os dois tipos fundamentais de medição são a medição de tensão e a medição de tempo. Todos os outros tipos de medição baseiam-se numa destas duas técnicas fundamentais. (continuação da última edição)

1› Considerações Iniciais O objectivo deste trabalho é dar uma noção de algumas técnicas de medição, utilizando o osciloscópio. Os dois tipos mais básicos de medição são a medição de tensão e a medição de tempo. Todos os outros tipos de medição se baseiam numa destas duas técnicas fundamentais. Discutem-se aqui métodos para fazer medições através da visualização do ecrã do osciloscópio. No entanto, existem já muitos osciloscópios que efetuam certas medições automaticamente. Se bem que esta automação das medições apareça “naturalmente” nos osciloscópios de amostragem, devido à facilidade do processamento de informação digital (por software apropriado), também existem osciloscópios analógicos que efetuam algumas medições automaticamente. De qualquer forma, mesmo no caso de osciloscópios com estas características, é fundamental que o utilizador seja capaz de analisar visualmente os sinais, de modo a entender e verificar as suas medições automáticas.

gura 1, podemos constatar que nele existe marcada uma grelha. Cada linha horizontal e vertical demarca uma divisão grande. Na generalidade dos casos, existem 10 divisões horizontais e 8 divisões verticais. As indicações nos comandos do osciloscópio - VOLTS/ DIV e TIME/DIV - referem-se sempre às divisões grandes. No entanto, nas divisões vertical e horizontal que dividem a meio o ecrã (eixos XX e YY), existem subdivisões marcadas. Estas, normalmente 5 por cada divisão, permitem fazer medições mais exatas, através da deslocação horizontal e vertical das formas de onda (ajustando os comandos POSITION dos sistemas horizontal e vertical). É então necessário proceder à contagem do número de divisões (e subdivisões) para efetuar medições de amplitude de tensão e de tempo (exemplificado na Figura 1).

Os osciloscópios de amostragem poderão ter ecrãs ligeiramente diferentes (mesmo os que se baseiam em CRT), tanto no que respeita ao número de divisões horizontais e verticais, como relativamente às subdivisões, que poderão não estar marcadas nos eixos do ecrã, podendo aparecer como parte de uma grelha (ver Figura 2). Estes osciloscópios mostram no ecrã vários tipos de informações, que se podem dividir em dois tipos:

Figura 1 . Ecrã de um osciloscópio analógico [1].

Figura 2 . Ecrã de um Fluke 199C [2].

› Informações relativas ao estado dos comandos do osciloscópio (isto é ganho vertical, velocidade de varrimento, nível e inclinação de trigger) › Indicações sobre grandezas características do sinal sob análise (como valor eficaz, valor pico-a-pico, período, frequência, duty-cycle).

2› O ecrã Olhando para o ecrã de um osciloscópio analógico, tal como o apresentado na Fi* Texto escrito de acordo com o Novo Acordo Ortográfico


EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

revista técnico-profissional

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o electricista Carlos Gaspar Director Técnico, CMFG – Energia e Ambiente, Lda.

eficiência energética na indústria {4.ª parte - POTENCIAIS ECONOMIAS DE ENERGIA}

Neste artigo iremos abordar algumas das potenciais economias de energia mais frequentemente detectadas na indústria portuguesa. Existem dois grandes grupos de medidas de economia de energia: tecnologias de processo e tecnologias energéticas/ transversais. › Tecnologias de processo Alterações tecnológicas ao nível do processo produtivo. Consideram-se neste caso medidas de implementação mais complexa e que envolvem habitualmente investimentos mais avultados. Na maioria dos casos, este tipo de soluções oferece benefícios que vão além da redução dos consumos de energia e que, se devidamente enquadradas num dos diversos sistemas de apoio à indústria portuguesa, constituem soluções muito vantajosas para as empresas. Não iremos fazer menção a estas economias de energia, já que são específicas para cada tipo de indústria.

› Tecnologias energéticas/transversais Medidas de implementação mais simples e que, pelo reduzido investimento que habitualmente envolvem, devem merecer uma atenção imediata por parte das empresas. Refira-se que, em alguns casos, as medidas de utilização racional de energia propostas não se traduzem numa redução dos consumos de energia, mas apenas numa redução da factura energética.

TECNOLOGIAS ENERGÉTICAS 1. Afinação dos parâmetros de queima dos geradores de calor; 2. Isolamento térmico de superfícies quentes; 3. Optimização das condições de funcionamento de equipamentos; 4. Eliminação das fugas de fluidos quentes; 5. Dimensionamento correcto das instalações energéticas; 6. Eliminação de más utilizações de ar comprimido; 7. Eliminação das fugas de ar comprimido; 8. Recuperação da energia térmica em compressores de ar; 9. Substituição de motores convencionais por motores de alto rendimento; 10. Instalação VEV’s; 11. Deslastre de cargas; 12. Compensação do factor de potência; 13. Optimização e controlo da iluminação; 14. Melhor aproveitamento das condições de iluminação natural; 15. Implementação de sistemas de gestão de energia; 16. Instalação de sistemas de cogeração.

Geradores de Calor Um dos sectores de maior consumo na in-

dústria é a central térmica, podendo afirmar-se que os geradores de calor são uma presença quase constante na maioria das instalações industriais. Por gerador de calor entende-se o equipamento em que os gases quentes provenientes da combustão de um combustível, fornecem calor a um fluido a aquecer, através das paredes metálicas que envolvem o fluido. Trata-se, assim, de um permutador de calor em que a produção do fluido quente está intimamente ligada ao próprio aparelho. Existem vários tipos de geradores de calor, conforme o tipo de fluido que aquecem, como por exemplo geradores de vapor, de termofluido, de ar, ou caldeiras de água quente. Assim, numa caldeira, denominação usual de gerador de calor, existe um local destinado à combustão, designado por câmara de combustão, e outro local destinado à transmissão de calor, a caldeira propriamente dita. A câmara de combustão apresenta diversas formas, consoante o tipo de gerador, assim


FORMAÇÃO

revista técnico-profissional

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o electricista José V. C. Matias Licenciado em Engenharia Electrotécnica (IST) e professor do Ensino Secundário Técnico.

electrotecnia básica

INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS DE BAIXA TENSÃO

Nesta secção, iremos abordar diferentes temas relacionados com o tema geral ‘Instalações Eléctricas de Baixa Tensão’. Como sabemos, a nossa regulamentação das Instalações Eléctricas de Baixa Tensão sofreu enormes alterações, com o objectivo de a adaptar aos Regulamentos e Normas existentes na Comunidade Europeia. Desse trabalho de adaptação, resultaram as novas Regras Técnicas de Instalações Eléctricas de Baixa Tensão – R.T.I.E.B.T.

1› Introdução As novas Regras Técnicas de Instalações Eléctricas de Baixa Tensão – R.T.I.E.B.T. vieram substituir os velhinhos Regulamento de Segurança de Instalações de Utilização de Energia Eléctrica – R.S.I.U.E.E. – e Regulamento de Segurança de Instalações Colectivas de Edifícios e Entradas – R.S.I.C.E.E., de 1974. Este novo Regulamento – RTIEBT – está bastante mais em conformidade com a regulamentação do sector nos diferentes países da Comunidade Europeia (CENELEC), bem como com a regulamentação da Comissão Electrotécnica Internacional – CEI. Esta adaptação tem vantagens óbvias, nomeadamente no intercâmbio legislativo e nos intercâmbios comerciais desta grande área industrial e comercial.

2)

3)

4)

Os diferentes subtemas que iremos abordar nesta coluna, no âmbito do tema geral ‘Instalações Eléctricas de Baixa Tensão’, irão, por isso, obedecer a estas novas Regras Técnicas. 5)

2› Conceitos. Considerações gerais As novas RTIEBT definem, entre muitos outros, os seguintes conceitos fundamentais: 1) Instalação eléctrica – De acordo com as RTIEBT, é um conjunto de equipamentos eléctricos associados, com vista

a uma dada aplicação e possuindo características coordenadas. Convém lembrar que este conceito engloba tanto as instalações eléctricas de utilização (I.U.) como as instalações de produção, transporte e distribuição. Daí este conceito ser tão amplo; Instalação eléctrica de utilização – Instalação eléctrica que permite ao utilizador ligar directamente receptores para transformar a energia eléctrica noutras formas de energia; Rede de distribuição – Instalação eléctrica de baixa tensão destinada à transmissão da energia eléctrica, a partir de um posto de transformação (P.T.) ou de uma central geradora, constituída por canalizações principais e ramais; Valores nominais – Valores pelos quais uma instalação eléctrica é designada. Temos como exemplos: tensão nominal, corrente nominal e potência nominal, de uma dada instalação eléctrica. O conceito ‘nominal’ só se aplica às instalações eléctricas; Valor estipulado – Valor de uma grandeza fixado, em regra, pelo fabricante, para um funcionamento específico de um componente, de um dispositivo ou de um equipamento eléctrico. Temos como exemplos: tensão estipulada, corrente estipulada, potência estipulada, entre outros. O conceito ‘valor estipulado’ veio substituir o conceito ‘valor no-

minal’ quando aplicado aos equipamentos eléctricos. Agora diz-se, por exemplo, que ‘este disjuntor tem uma corrente estipulada de 10 A’ e não ‘este disjuntor tem uma corrente nominal de 10 A’; 6) Baixa tensão – Gama de valores de tensão eléctrica não superiores a 1.000 V, em corrente alternada, e não superiores a 1.500 V, em corrente contínua. Os valores nominais da tensão eléctrica nas redes de distribuição em Baixa Tensão e respectivas instalações eléctricas colectivas e de utilização são, em Portugal, de 230 V / 400 V (50 Hz); 7) Média tensão – Gama de valores de tensão entre 1 kV e 45 kV; 8) Alta tensão – Gama de valores de tensão entre 45 kV e 110 kV; 9) Muito alta tensão – Gama de valores de tensão superiores a 110 kV; 10) Tensão reduzida – Gama de valores de tensão inferiores a 50 V, em corrente alternada ou inferiores a 120 V, em corrente contínua; 11) Influências externas – O conceito de ‘influência externa’ (sobre os equipamentos eléctricos e canalizações eléctricas) veio substituir a classificação dos locais quanto ao ambiente, o qual era muito restritivo, deixando, muitas vezes, ao critério do projectista a classificação do local e, portanto, a escolha do equipamento mais adequado. A nova classificação baseada nas ‘influências


FORMAÇÃO - Práticas de electricidade

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Manuel Teixeira e Paulo Peixoto ATEC

ficha prática n.º 25

{Introdução à Electrónica}

Na primeira Ficha Prática relacionada com a Electrónica foi dada uma introdução aos diversos tipos de materiais, nomeadamente, e o mais relevante para o estudo desta temática, os semicondutores. Nesta edição será dada continuidade com a abordagem aos díodos de junção.

2. DÍODOS DE JUNÇÃO PN A junção PN analisada no número anterior designa-se por díodo de junção. É constituído, como vimos, por um material do tipo N e outro do tipo P. A Figura 8 esquematiza o símbolo deste semicondutor. O lado P chama-se ânodo e o lado N designa-se por cátodo. O símbolo do díodo parece uma seta a apontar do lado P para o lado N, ou seja, do ânodo para o cátodo. Esta seta indica o sentido convencional da corrente eléctrica quando o díodo está polarizado directamente.

› Lei de Ohm Consideremos um condutor eléctrico ligando dois pontos a potenciais diferentes, e observamos uma determinada corrente eléctrica através desse condutor. Essa corrente é proporcional à tensão aplicada ou seja, duplica a tensão corresponde a duplicar a corrente. O físico alemão Georg Simon Ohm estabeleceu uma lei que relaciona a intensidade de corrente, a diferença de potencial e a resistência: Atendendo à definição de resistência de um condutor podemos concluir que: um condutor em que se verifique a Lei de ohm tem resistência constante. Tais condutores dizem-se óhmicos e estão nestas condições os condutores metálicos. Podemos assim estabelecer a Lei de ohm:

Há condutores em que a diferença de potencial (U) aplicada nos seus extremos é, para uma dada temperatura, directamente proporcional à intensidade de corrente (I) que os percorre. Figura 8 . Símbolo do díodo e sua constituição interna.

As aplicações deste componente são imensas. Enumeramos de seguida alguns destes exemplos: › Conversores de Potência AC/DC; › Rectificadores (aplicação por exemplo em fontes de alimentação); › Circuitos limitadores e fixadores; › Processamento de sinais; › Circuitos digitais.

Se estabelecermos uma representação gráfica para os condutores óhmicos, e não óhmicos teremos:

2.1› Polarização directa e polarização inversa de um díodo de junção Ao contrário das resistências, os díodos não obedecem à Lei de Ohm, não existindo por isso uma relação directa entre a corrente eléctrica e a tensão aplicada aos seus terminais. Relembramos esta lei pois torna-se fundamental a sua compreensão para uma posterior análise do comportamento deste semicondutor.

Figura 9 . Condutores óhmicos (esquerda) e condutores não óhmicos (direita).


FORMAÇÃO

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Texto cedido por Soler & Palau, Lda.

casos de aplicação

{Ventilação numa empresa de serigrafia}

o problema Um distribuidor nosso enviou-nos uma consulta para a ventilação de um edifício dedicado à serigrafia, onde se gera um odor desagradável e até prejudicial para a saúde dos trabalhadores devido às tintas utilizadas. Dados a ter em consideração Trata-se de um edifício quase quadrado de 9 x 7 m com uma altura de 4 m que em algumas elevações do tecto tem aplicadas duas janelas basculantes.

Determinação das necessidades Não existe qualquer norma que defina as necessidades de ventilação para esta actividade, pelo que o critério aplicado se baseia apenas na nossa experiência. Neste caso, visto que existia uma grande concentração de máquinas de serigrafia, situação agravada ainda pelo calor existente na zona, decidimos aplicar um parâmetro elevado e realizar 20 renovações por hora. Assim as necessidades de ventilação foram:

9 x 7 x 4 x 20 = 5.040 m3/h

a solução Todos os fabricantes de tintas para serigrafia indicam nos seus catálogos que o vapor gerado pelos seus produtos é mais pesado que o ar, para além de que muitos são prejudiciais para o organismo. Era óbvio, portanto, que teríamos de efectuar uma ventilação de um extremo ao outro, em primeiro lugar para não obrigar os funcionários a respirar os vapores emanados e, segundo, porque a captação é mais fácil quando o gás é mais pesado. Com estes pressupostos, instalámos um extractor no telhado, perto de um dos cantos do edifício, e fizemos baixar uma conduta de 500 mm de diâmetro até 0,5 m do solo, onde aspiraria o ar contaminado através de duas derivações com um diâmetro de 315 mm ao longo das duas paredes e nas quais se instalaram 4 grelhas de captação equidistantes em cada uma. O ar limpo entraria no edifício através das duas janelas aplicadas no telhado e, desta forma, far-se-ia uma renovação de ar de um extremo ao outro do edifício. O aparelho recomendado para este caso foi uma caixa de ventilação CVT 320/240 de 1,5 CV com uma protecção contra intempéries CSC-320.

Referências dos equipamentos escolhidos

1 CVT 320/240 de 1,5 CV

1 protecção CSC-320

1 adaptador circular CAC-500


BIBLIOGRAFIA

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Motor de Indução Este livro é dedicado ao estudo de motores de indução de uso normal, ou seja, motores de baixa tensão com potência inferior a 200 cavalos. Tais motores são largamente utilizados no accionamento de bombas, ventiladores, compressores, manuseio de materiais e equipamentos para processamento de produtos. Para ser utilizado, o motor de indução não pode ser tratado isoladamente. Ele está intrinsecamente relacionado com as instalações eléctricas de alimentação, chaves de partida, comando, controle de velocidade e automação, além das próprias cargas por ele accionadas. Este material foi desenvolvido de tal maneira que os assuntos abordados de forma sequencial podem ser utilizados tanto por alunos como por profissionais da área.

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› Índice: Princípios Básicos. Campo Girante e Enrolamentos. Componentes do Motor de Indução Trifásico. Características e Desempenho dos Motores de Indução. Variação e Controle de Velocidade. Aplicações de Motores. Instalações Elétricas para Motores. Acionamentos e Comandos. Introdução aos CLPs. Motores de Indução Monofásicos. Anexos - Sistema Internacional de Unidades; Revisão Sumária - Circuitos Elétricos; Correção do Fator de Potência; Extratos de Catálogos de Motores e Componentes.

autor João Mamede Filho ISBN 9788571945128 . editora Érica páginas 334 . edição 2010 obra em Português do Brasil venda on-line em www.engebook.com

Eficiencia en el uso de la energía eléctrica

€ 31,62 autores J. Balcells, J. Autonell, V. Barra, J. Brossa, F. Fornieles, B. Garcia, J. Ros ISBN 9788426716958 . editora Marcombo páginas 334 . edição 2011 . obra em Espanhol venda on-line em www.engebook.com

Nos últimos anos, os microprocessadores multiplicaram a sua potência de cálculo por um factor aproximado de 1.000. Este salto tecnológico permitiu incorporar novas funções aos instrumentos de medida e controle da rede eléctrica, aos contadores de energia e ao melhoramento dos equipamentos de eficiência energética. O objectivo comum de todos eles é a melhoria da eficiência dos sistemas de distribuição de energia eléctrica. › Índice: Eficiencia energética y uso racional de la energía eléctrica. Conceptos básicos de los circuitos de C.A. Compensación de potencia reactiva en redes no distorsionadas. Perturbaciones en la red. Medida y registro de magnitudes eléctricas. Medida de energía y calidad de suministro. Herramientas de medida y análisis de la red eléctrica. Seguridad en la red: protección diferencial. Técnicas de compensación y filtrado de perturbaciones. Filtros para convertidores estáticos.

Proteção de Equipamentos Eletrônicos Sensíveis – 2.ª edição Destina-se a estudantes de cursos de Electrotécnica e aos profissionais dedicados a projectos de instalações eléctricas. Apresenta os procedimentos e as ferramentas, modernamente utilizados na concepção dos projectos de aterramento e aplicação dos principais dispositivos que ofereçam segurança à operação de equipamentos, abrangendo assuntos como a Qualidade da Energia Eléctrica, Sistema de Aterramento, Malha de Terra, Harmónicos, Campos Electromagnéticos, Fenómenos Transientes, Blindagens Electromagnéticas, Compatibilidade Electromagnética, Aterramento para Equipamentos Electrónicos Sensíveis e Protectores de Transientes. A segunda edição traz várias alterações, actualizações e complementos na implementação dos padrões dos indicadores de continuidade de serviço e dos indicadores de faixa de tensão permissível, do PRODIST (Procedimentos da Distribuição), documentos obrigatórios elaborados pelo NOS, os novos limites de distorção harmónica de corrente e tensão estabelecidos pelo PRODIST e pelo IEEE 519 e dispositivos contra surtos de tensão (DPS). › Índice: Qualidade de Energia. Sistemas de Aterramento. Malha de Aterramento. Componentes Harmônicas. Campos Eletromagnéticos. Fenômenos Transientes. Blindagens Eletromagnéticas. Compatibilidade Eletromagnética. Aterramento para Equipamentos Eletrônicos Sensíveis. Protetores de Transientes.

€ 40,95 inclui 10% desconto

PVP € 45,50

autor João Mamede Filho ISBN 9788571945128 . editora Érica páginas 334 . edição 2010 obra em Português do Brasil venda on-line em www.engebook.com


o electricista

BIBLIOGRAFIA

revista técnico-profissional

53

Instalações Elétricas Industriais – 8.ª edição

€ 45,00 inclui 10% desconto

PVP € 50,00

autor João Mamede Filho ISBN 9788521617426 . editora LTC páginas 792 . edição 2010 obra em Português do Brasil venda on-line em www.engebook.com

Uma grande reformulação foi a tónica desta nova edição de Instalações Eléctricas Industriais, principalmente devido à dinâmica do sector. No decorrer da procura de novos empreendimentos da geração termoeléctrica, alguns novos itens foram adicionados, como a complemento ao projecto de subestações de média tensão e a introdução de um projecto de subestações de 69 kV. Isso foi feito para atender às necessidades dos profissionais dedicados a projectos industriais de médio e grande porte atendidos nessa faixa de tensão, incluindo as subestações elevadoras das centrais de geração termoeléctrica. Outro aspecto refere-se à crescente preocupação com a conservação de energia e do meio ambiente. Para manter o assunto actual foram incluídos alguns textos no capítulo que trata de conservação de energia eléctrica. Com isso, Instalações Eléctricas Industriais é, definitivamente, uma peça fundamental no escopo de projectos profissionais e na biblioteca dos estudantes de especialização em Engenharia. › Índice: Elementos de projeto. Iluminação industrial. Dimensionamento de condutores elétricos. Fator de potência. Curtocircuito nas instalações elétricas. Motores elétricos. Partida de motores elétricos de indução. Fornos elétricos. Materiais elétricos. Proteção e coordenação. Sistemas de aterramento. Projeto de subestação de consumidor. Proteção contra descargas atmosféricas. Automação industrial. Eficiência energética. Usinas de geração industrial.

Manual de Reabilitação e Remodelação de Instalações Eléctricas – contém CD Multimédia

Execução de Instalações Eléctricas do Tipo C. Aspectos práticos de execução de reabilitação e remodelação de instalações eléctricas de acordo com as RTIEBT. O “Manual de Reabilitação e Remodelação de Instalações Eléctricas” é a publicação que a AECOPS lançou para a aquisição e actualização de competências técnicas. Da autoria de Hilário Dias Nogueira e Jaime Paulo Mota Nogueira, este manual pretende “responder de forma clara e inequívoca às questões suscitadas no seio da grande maioria dos técnicos que, no desenvolvimento da sua actividade profissional, se deparam com a necessidade de reabilitar ou remodelar instalações eléctricas, muito particularmente no que concerne a instalações colectivas e às entradas estabelecidas a partir destas”, pode ler-se na introdução do livro. O manual, com um total de 132 páginas, está dividido em seis grandes temas que depois são detalhadamente analisados: entrada estabelecida a partir da RESP, entrada estabelecida a partir de uma instalação colectiva, instalações alimentadas a partir da instalação colectiva e individual, quadros de entrada, aparelhagem e pedido de certificado de exploração das instalações colectivas de edifícios e entradas. Estes temas são acompanhados por fichas de verificação, tabelas de fácil leitura e folhas de cálculo de preenchimento simples e manual. Acompanhado com o livro, vem um CD multimédia com ficheiros simples, apenas de entrada de dados, que permitem “determinar e optimizar as intervenções a efectuar com a salvaguarda dos requisitos de adequação à função, técnicas e regulamentares, bem como economicamente mais vantajosas.” › Índice: Entrada estabelecida a partir da RESP. Entrada estabelecida a partir de uma instalação colectiva. Instalações alimentadas a partir da instalação colectiva e individual. Quadros de entrada. Aparelhagem. Pedido de certificado de exploração das Instalações Colectivas de edifícios e entradas.

€ 27,76

autores Hilário Dias Nogueira e Jaime Paulo Mota Nogueira . ISBN 9789728197186 editora AECOPS . páginas 132 edição 2010 . obra em Português venda on-line em www.engebook.com

www.engebook.com a s u a l i v r a r i a t é c ni c a !


REPORTAGEM

revista técnico-profissional

54

o electricista Helena Paulino

tektónica 2011

{Encontro com mercados internacionais} Internacionalização, inovação e debates com e para o sector marcam a diferença da 13.ª edição da TEKTÓNICA 2011 – Feira Internacional de Construção e Obras Públicas. Marque na sua agenda: de 3 a 7 de Maio, na TEKTÓNICA, serão identificadas e divulgadas as oportunidades de negócio em mercados estrangeiros considerados estratégicos para Portugal. A revista “o electricista” é um dos media partners do evento e será distribuída no mesmo de forma gratuita.

A 13.ª edição da TEKTÓNICA – Feira Internacional de Construção e Obras Públicas irá ocupar a área exposicional da FIL – Feira Internacional de Lisboa, e para este ano promete ter mais sectores e actividades. Durante 5 dias poderá assistir a conferências, seminários, workshops, e outras actividades, onde se destacarão temas actuais como o diagnóstico do sector, a construção sustentável, a reabilitação e a regeneração urbana, a internacionalização, a arquitectura e a engenharia, entre outros. Estarão representados neste evento alguns mercados em expansão e com grandes oportunidades de negócio como o Brasil, Moçambique, Cabo Verde, Polónia, Roménia e ainda a Ucrânia. Além disso, durante o ano de 2011 a TEKTÓNICA já acompanhou e ainda irá acompanhar várias empresas portuguesas a feiras internacionais nos mercados considerados como mais prioritários e em franca expansão: Lipoexpo na Líbia em Fevereiro, em Moçambique em Fevereiro e Março, na Constrói Angola em Outubro, na FICH – Feira Internacional de Construção e Habitação em Cabo Verde no mês de Outubro, e no mesmo mês em Marrocos na Construmar. A TEKTÓNICA conta com o apoio de entidades oficiais, das principais organizações sectoriais e sócio-profissionais de Portugal,

e o envolvimento do tecido empresarial, e com isso pretende estimular a identificação de oportunidades e a concretização de negócios, através de várias exposições e actividades profissionais complementares cada vez mais reconhecidas no sector. Na agenda já existem datas e actividades importantes e que não devem ser esquecidas: o Portugal Constrói que decorrerá nos dias 3, 4 e 5 de Maio; o Dia da Engenharia no dia 5 de Maio; o Dia da Arquitectura a 4 de Maio; a Conferência FEPICOP para o dia 3 de Maio; o Dia da Pedra e ainda o Seminário Industrial do Betão. Para acompanhar todas estas actividades espera-se a visita à TEKTÓNICA de profissionais de todo o mundo, sobretudo oriundos de países da CPLP, do Norte de África, do Médio Oriente, e dos Países de Leste. E a feira ainda convidou os denomi-

nados, Hosted Buyers, cerca de 1.000 visitantes oriundos de 50 países diferentes, que procuram no evento as novidades oriundas das empresas portuguesas com capacidade de exportação.

Área de exposição com áreas distintas Como é habitual estarão representados 5 sectores em áreas distintas. O SK – Salão Internacional de Pavimentos e Revestimentos Cerâmicos. Espaço Cozinha e Banho apresentará as últimas novidades no que diz respeito à cerâmica (pavimento, revestimentos e sanitários); à casa e banho (equipamentos, componentes, complementos, mobiliário e acessórios); produtos e equipamentos para colocação, restauro e revestimentos cerâmicos; produtos, máquinas e equipamentos para a indústria cerâmica e ainda os serviços relacionados com esta área em específico. No SIMAC – Salão Internacional de Materiais e Equipamentos para a Construção poderemos encontrar empresas com materiais, produtos e componentes para a construção e obras públicas; equipamentos, produtos e acessórios para a edificação; carpintaria metálica, PVC e madeira; máquinas, equipamentos e ferramentas para trabalhos de construção e obras públicas, e ainda serviços.


FEIRAS . CONFERÊNCIAS

calendário

68

feira

temática

local

data

contacto

FIIEE 2011 Feira Internacional de Indústria São Paulo 28 Março a Eléctrica, Energia e Automação Brasil 1 de Abril 2011 AMPER 2011 Feira Internacional de Electrotecnia Brno 29 Março a e Potência Rep. Checa 1 Abril 2011

Reed Exhibitions Brazil info@reedexpo.com.br www.reedexpo.com.br

HANNOVER MESSE Feira Internacional de Tecnologia Hanôver 4 a 8 Abril 2011 2011 Industrial Alemanha

Deutsche Messe AG Hannover info@messe.de www.messe.de

SITI / @asLAN Salão de Tecnologias de Informação Madrid 5 a 7 Abril 2011 Espanha

@slan CLAVE, S.L info@siti.es www.siti.es

Transmission & Novas Soluções para Redes de Copenhaga 12 a 14 Abril 2011 Distribution Europe Energias Europeias Dinamarca EXPOCONSTRÓI 2011 Feira de Equipamentos e Materiais Batalha 14 a 17 Abril 2011 para a Construção Civil Portugal

Synergy Conference Services info@synergy-events.com www.synergy-events.com

Expo Electronica Exposição de Componentes Moscovo 19 a 21 Abril 2011 2011 Electrónicos e Tecnológicos Rússia

Crocus Expo info@crocus-off.ru www.crocus-off.ru

TEKTÓNICA Feira Internacional de Construção Lisboa 3 a 7 Maio 2011 e Obras Públicas Portugal

FIL – Feira Internacional de Lisboa fil@aip.pt www.fil.pt

11º Congresso Congresso Nacional de Manutenção Tomar 4 a 6 Maio 2011 Nacional de Portugal Manutenção

A.P.M.I. apmigeral@mail.telepac.pt www.apmi.pt

GENERA 2011 Feira Internacional de Energia e Madrid 11 a 13 Maio 2011 Meio Ambiente Espanha

Ifema - Feria de Madrid infoifema@ifema.es www.ifema.es

Energetika and Feira Internacional de Electrotecnia S. Petersburgo 17 a 20 Maio 2011 Electrotekhnica 2011 e Electrónica Rússia

Lenexpo webmaster@lenexpo.ru www.mvk.ru/eng

Expopower 2011 Feira da Indústria da Energia Poznan 24 a 26 Maio 2011 Polónia

Poznan International Fair info@mtp.pl www.mtp.pl/en

VI Jornadas Evento de Informação/Formação Oeiras 25 a 27 Maio 2011 Tecnológicas no Sector Electrotécnico Portugal

Revista “o electricista” inscricao@jornadastecnologicas.pt www.jornadastecnologicas.pt

Elektro 2011 Feira Internacional de Electrotecnia Moscovo 6 a 9 Junho 2011 e Electrónica Rússia

ZAO Expocentr centr@expocentr.ru www.expocentr.ru

MAQUITEC 2011 Feira de Máquinas e Tecnologia Barcelona 7 a 11 Junho 2011 para a Indústria Espanha

Fira de Barcelona info@firabcn.es www.firabcn.es

Trade Fairs Brno info@bvv.cz www.bvv.cz

Exposalão, S.A. info@exposalao.pt www.exposalao.pt


TABELA COMPARATIVA - UPS

o electricista

revista técnico-profissional

96

UPS

Fabricante

APC

APC

APC

APC

Fornecedor

APC

APC

APC

APC

Contacto

+351 218 504 100

+351 218 504 100

+351 218 504 100

+351 218 504 100

www.apc.com

www.apc.com

www.apc.com

www.apc.com

Família/Modelo

Galaxy 3500

Galaxy 5000

Galaxy 7000

Galaxy 9000

Topologia

On-Line de

On-Line de

On-Line de

On-Line de

Dupla Conversão

Dupla Conversão

Dupla Conversão

Dupla Conversão

10, 15, 20, 30 e 40

20, 30, 40, 60,

160, 200, 250, 300,

800 e 900 kVA

80 e 120

400 e 500

Uninterruptible Power Supply/Source, ou mais vulgarmente chamadas de UPS, são equipamentos que oferecem protecção para os mais variados sistemas eléctricos, desde parques informáticos de empresas, compostos por servidores Web alojados ou data centers, ao media center doméstico composto pelo computador (ou portátil), aparelhagem, LCD ou TV, consolas de vídeo jogos. Modems, impressoras, scanners, gravadores, Internet Box, acesso xDSL, telefone, fax, atendedor de chamadas, entre outros periféricos, são alvos de descargas eléctricas e sensíveis a cortes energéticos, causando dores de cabeça a quem depende da sua utilização a 100 por cento. Quem é que hoje em dia consegue imaginar a vida sem uma caixa de correio electrónico ou sem um computador mestre ou data center que faz circular informações imprescindíveis ao manuseamento de um conjunto de equipamentos eléctricos para um bom funcionamento do ambiente de trabalho? Infelizmente, a tendência executiva portuguesa actual ainda vê o investimento nestas soluções de segurança como uma despesa, em vez de encará-la como um investimento que lhes poderá ser frutuoso num futuro próximo. Imaginemos agora um gestor que tem um pico de tensão num dos servidores alojados no seu parque informático, que inclui informações cruciais para o desenvolvimento estratégico da companhia. Ou até mesmo que tem um negócio on-line e o servidor Web é alvo de uma descarga eléctrica inesperada. Facilmente será observável que os dados são incomparavelmente superiores aos custos simbólicos que terá ao confiar em tecnologias de protecção contra picos de tensão. Neste contexto, a revista “o electricista” decidiu publicar a Tabela Comparativa de UPS que se segue para facultar aos nossos leitores mais informação acerca das possibilidades existentes no mercado.

Excerto do Artigo “Toda a verdade sobre UPS” publicado na revista “o electricista” 24 da Autoria de Rita Lourenço.

Potências Disponiveis (KVA) Entrada e Saída (Ligações)

Trifásica em bornes

Trifásica em bornes

Trifásica em bornes

Trifásica em bornes

Funcionamento como

Sim

Sim

Sim

Sim

Tensão de Entrada

380, 400, 415 Vac

380, 400, 415 Vac

380, 400, 415 Vac

380, 400, 415 Vac

Tolerância da Tensão de Entrada a

304 V a 477 V a plena carga,

250 Vac a 470 Vac

250 Vac a 470 Vac

323 Vac a 470 Vac

100% de Carga

200 V a 477 V a meia carga

Frequência de Entrada

50/60 Hz

50/60 Hz

50/60 Hz

50/60 Hz

Tolerância da Frequência de Entrada

40 a 70 Hz

46 a 54 Hz

45 a 66 Hz

46 a 54 Hz

Factor de Potência da Entrada

0,99

0,99

0,99

0,82

Factor de Crista

03:01

03:01

03:01

03:01

Forma de Onda de Entrada

Sinusoidal

Sinusoidal

Sinusoidal

Sinusoidal

Distorção Harmonica de Entrada (THDi)

< 5%

< 3%

< 5%

< 8%

Caracteristica de Recarga da Bateria

DIN 41 773

DIN 41 773

DIN 41 773

DIN 41 773

Teste de Falha de Bateria

Sim

Sim

Sim

Sim

Distpositivo Aarme de Temperatura

Sim

Sim

Sim

Sim

Tensão de Saída

380, 400, 415 Vac

380, 400, 415 Vac

380, 400, 415 Vac

380, 400, 415 Vac

Estática

±1%

±1%

±1%

±1%

Dinâmica c/ Variação 0 - 100%

±5%

±3%

±3%

±3%

Frequência de Saída

50/60 Hz

50/60 Hz

50/60 Hz

50/60 Hz

Regulação da Frequência c/ Oscilador Interno

0,05%

0,05%

0,10%

0,10%

Conversor de Frequência

Regulação da Tensão de Saída:

Distorção de Saída com:

Carga Linear

±2%

±2%

±2%

±3%

100% de Carga Não Linear (EN500091)

±3,5%

±3%

±3%

±5%

10 e 15 kVA - 95,7 %,

94%

95%

91%

Rendimento AC/AC

20 kVA 95,3 %, 30 kVA - 96,4 % e 40 kVA - 96,0 %

By-Pass Estático Interno

Sim

Sim

Sim

Sim

Circuito de Controlo do By-Pass Estático

Sim

Sim

Sim

Sim

By-Pass Manual Interno

Sim

Sim

Sim

Sim

Interface de Comunicação RS232

Sim

Sim

Sim

Sim

Slot para Cartas de Comunicação

Sim (com carta de

Sim

Sim

Sim

comunicação SNMP Incluída)

Interface USB

Não

Não

Não

Não

Contactos Livres de Potencial

Sim (opcional)

Sim

Sim

Sim

Software de Monitorização e Shutdown

Sim

Sim

Sim

Sim

Nível de ruído a 1Mt.

46 dB

54 dB

56 dB

75 dB

Temperatura de Operação:

UPS

0 a 40º C

0 a 40º C

0 a 40º C

0 a 35º C

Baterias

0 a 25º C

0 a 25º C

0 a 25º C

0 a 25º C

Humidade Relativa

0 a 95%

0 a 95%

0 a 95%

0 a 95%

sem condensação

sem condensação

sem condensação

sem condensação

IP 51

IP 20

IP 20

IP 20

Classe de Protecção


nota técnica

Iluminação: das Tochas aos LED’s Nos primórdios da iluminação usaram-se inicialmente tochas de fibras torcidas impregnadas de material combustível. As lamparinas de azeite, são uma evolução das tochas já na idade média. Chegaram até ao século XIX, onde na iluminação pública das cidades os funcionários das autarquias acendiam ao cair da noite, coluna a coluna, subindo e descendo escadas portáteis. O passo seguinte foi a evolução para as lâmpadas de gás, sendo este gerado pela reacção de pingos de água de um pequeno reservatório sobre rochas com hidrocarbonetos. Estes equipamentos eram apelidados de “gasómetros”. Em finais do século XX (Edison e Swan cerca de 1870) foi inventada a lâmpada eléctrica, de arco voltaico em corrente contínua. Esta levou à rápida evolução da produção de electricidade inicialmente para alimentar a iluminação pública. Posteriormente a lâmpada eléctrica evoluiu para lâmpadas de filamento incandescente, com a descoberta do tungsténio. Possuem eficiências entre 10 e 15 lm/W. Mais tarde, já no século XX foram inventadas as lâmpadas de descarga com gás e mercúrio, primeiro de baixa pressão (lâmpadas fluorescentes, com eficiência entre 30 a 75 lm/W) e depois as de alta pressão (lâmpadas de Vapor de Mercúrio de Alta Pressão, com eficiência entre 45 a 60 lm/W), ainda hoje usadas na iluminação de espaços comerciais e industriais, pela qualidade cromática da luz. Temos também as de iodetos metálicos que vieram melhorar ainda mais a qualidades cromáticas da luz produzida, principalmente ao nível da restituição de cores. Com as lâmpadas incandescentes e as de descarga foi inventada a lâmpada de luz mista que agrega as duas tecnologias. Entretanto foram também inventadas outras lâmpadas de descarga, substituindo o mercúrio por sódio. Estas lâmpadas, nas versões de baixa pressão apresentam uma cor marcadamente alaranjada, com total alteração das cores dos objectos iluminados, e nas de alta pressão (lâmpadas de VSAP), também com cor alaranjada apresentam uma evolução no rendimento luminoso, superior a 90 lm/W. Foi difícil a introdução das lâmpadas de sódio na iluminação pública, merecendo muitas críticas devido às suas cores “quentes” alaranjadas (em torno de 3.000º K)

Josué Morais Director Técnico e à má restituição de cores. Hoje, são muito apreciadas, principalmente na iluminação de monumentos devido às suas cores “quentes”. Habituamo-nos entretanto à sua presença na iluminação pública e ao seu efeito “quente” que produz à noite, apesar de alguma “contaminação luminosa” que muitas vezes produz. Em meados do século XX foi inventada a lâmpada de indução, que resulta da evolução da lâmpada de descarga de baixa pressão (fluorescente), mas sem quaisquer filamentos ou passagem de corrente eléctrica da alimentação no seu interior, tendo por princípio de funcionamento a utilização de bobinas de indução magnética à volta dos tubos fechados (normalmente circulares ou quadrangulares). A excitação magnética induz no interior do tubo correntes eléctricas induzidas que provocam a emissão de luz. Estas lâmpadas apresentam uma boa eficiência, idêntica às de sódio, mas com uma duração que pode atingir as 100.000 horas (até 20 anos com utilização de 10 horas/dia). É uma lâmpada de acendimento instantâneo, não apresentando os tempos de espera no arranque das lâmpadas de descarga. A sua aplicação, estranhamente, tem sido diminuta. Temos agora um novo paradigma: a iluminação por lâmpadas de LED (Light Emission Diod, Díodos Emissores de Luz). Em muitas cidades e vilas estão já instalados sistemas de iluminação com esta tecnologia. Voltamos à iluminação com luz branca de tons “frios”, com temperaturas de cor entre 4.500º K e 5.500º K. A elevada eficiência deste tipo de lâmpadas, atingindo já os 100 lm/W na tecnologia MICROLED, e a sua elevada duração, superior a 50.000 horas (as de sódio vão de 8.000 a 10.000 horas), são argumentos de peso para a sua utilização. Voltamos à iluminação pública com a luz branca, qual regresso às origens. A eficiência luminosa e a elevada duração, ambas ainda em evolução, parecem convincentes para acreditar que o futuro da iluminação poderá passar pelas lâmpadas de LED’s.

ARTIGO TÉCNICO cogeração (2.ª parte): evolução da cogeração no mundo 103

FICHA FORMATIVA DE iluminação eficiência energéticana iluminação pública: 1.ª parte 139

dossier sensores em edifícios 109

FORMAÇÃO 149

REPORTAGEM VI jornadas tecnológicas 123 ARTIGO TÉCNICO-COMERCIAL sensores para edifícios da ABB 125 STEINEL - IR QUATTRO: nova gama de detectores de presença Control pro 127 Palissy Galvani: detectores e fotocélulas para controlo de luminárias 133 EEE: eficiência e eficácia energética 137

ited ficha técnica n.º 13 155 CONSULTÓRIO ELECTROTÉCNICO 159


ARTIGO TÉCNICO

revista técnico-profissional

103

o electricista

Telmo Rocha Finalista do Mestrado Integrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores da FEUP

cogeração

{2.ª parte › Evolução da Cogeração no Mundo}

A adopção da Cogeração, enquanto solução eficiente de produção de energia, demonstrou um desenvolvimento assinalável ao longo do último século. Na segunda parte deste trabalho, uma breve perspectiva histórica é acompanhada pelos números mais relevantes da actualidade. Apresentam-se, ainda, as Redes District Heating and Cooling como uma aplicação significativa do conceito de Cogeração. Tal ocorre, sobretudo, nos países do Norte da Europa, onde a Dinamarca surge como um modelo a seguir na promoção deste conceito. (continuação da edição anterior)

2› Evolução da Cogeração no Mundo Os primeiros desenvolvimentos da Cogeração ocorreram, ainda no século XIX, nos EUA e em alguns países europeus, e eram baseados num esquema que continha a máquina a vapor acoplada a um eixo fixo com um gerador eléctrico [1]. A central de Pearl Street Station, projectada por Thomas Edison, que entrou em funcionamento em 1882, na cidade de Nova Iorque, foi provavelmente a primeira aplicação deste princípio. Esta produzia electricidade, para a iluminação pública, e o vapor era direccionado para indústrias e edifícios situados nas proximidades [2]. Desde então, o conceito de Cogeração progrediu substancialmente no que diz respeito ao leque de tecnologias utilizadas. Por outro lado, a sua implantação foi ocorrendo com intensidades geográficas significativamente diferentes, ao longo do século XX. Verifica-se que se deu um maior desenvolvimento da Cogeração nos países de clima mais frio, onde a energia térmica é um bem de primeira necessidade, no sentido de proporcionar conforto à população [1]. Actualmente, este paradigma tem vindo a ser alterado, devido ao forte incentivo à eficiên-

cia na produção de energia, no seguimento das obrigações de redução de emissões. E assim a Cogeração é já uma aposta firme no seio da política energética de grande parte dos países, por todo o mundo, incluindo os de clima quente ou tropical, tais como o Brasil (Ilha Formosa) e a Índia, entre diversos outros.

2.1› Perspectiva histórica As primeiras instalações de Cogeração foram aplicadas nas cidades com elevada densidade populacional, utilizando-se o vapor para o aquecimento ambiente e a energia eléctrica para o consumo eléctrico das habitações. No início do século XX, nos EUA, contabilizavamse cerca de 150 sistemas de aquecimento ambiente, denominados vulgarmente por “redes de vapor”, operando com baixos níveis de eficiência. Aliás, alguns destes sistemas sobreviveram até à actualidade em algumas das grandes metrópoles norte-americanas [1]. Durante várias décadas, o baixo custo e a elevada disponibilidade de combustíveis fósseis causou uma lenta evolução da Cogeração. Quando começaram a ser construídas as grandes centrais termoeléctricas, os custos da electricidade baixaram e algumas das indústrias começaram a comprar essa electricidade, deixando de a produzir. O resultado foi uma diminuição drástica do recurso à Cogeração na indústria norte-ame-

ricana. Assim, esta tornou-se uma prática razoavelmente limitada a alguns sectores da indústria, tais como o papel, a química, a refinação e o aço, que se caracterizavam por terem elevadas necessidades de electricidade e vapor e, simultaneamente, acesso a combustíveis a baixo preço [2]. Contudo, na década de 70, com a crise do petróleo e o despoletar das primeiras preocupações de índole ambiental, a produção de energia através de Cogeração ganhou um novo fôlego. Para tal, também contribuiu o início da reestruturação do sector energético norte-americano, na qual se verificou um rompimento com a estrutura vertical integrada das concessionárias públicas, forçando-as a adquirir electricidade aos pequenos produtores, dando-se início ao incentivo à Produção Dispersa [2]. Na década de 80, a Cogeração sofreu um novo impulso, principalmente, devido à pressão da comunidade ambientalista, de ambos os lados do Atlântico. Nesta fase, os aspectos negativos associados à utilização massiva do petróleo tiveram um papel fundamental no avanço da Cogeração, uma vez que crescia a preocupação com a emissão de poluentes provenientes da combustão de hidrocarbonetos [1]. Nos anos 90, foi criada nos EUA a Exempt


DOSSIER

revista técnico-profissional

o electricista

PROTAGONISTAS

109

SENSORES NA DOMÓTICA Paulo Martins, ATEC Academia de Formação detecção de intrusão: principais tipos de sensores de um sistema de segurança Alexandre Chamusca controlo de poluição no ar: Sistema Automático de Detecção de Monóxido de Carbono António Augusto Araújo Gomes, Instituto Superior de Engenharia do Porto

dossier sensores em edifícios


DOSSIER

revista técnico-profissional

111

o electricista Paulo Martins Formador de Domótica, ATEC Academia de Formação

sensores na domótica Inicialmente os sistemas domotizados visavam apenas efectuar o controlo da iluminação através da implementação de funcionalidades de ON/OFF e de regulação de brilho, e o controlo de estores motorizados em que se controlava a abertura ou fecho. Com o evoluir da tecnologia, foram estando disponíveis no mercado produtos que permitem integrar mais funcionalidades nas habitações, oferecendo actualmente um leque de funcionalidades imensas, em que praticamente é possível controlar tudo numa habitação. A Domótica é um conceito que permite ao utilizador efectuar a gestão de todos os recursos habitacionais. O termo “Domótica” resulta da junção da palavra “Domus” (casa) com “Telemática” (electrónica + informática). São estes dois últimos elementos que, quando utilizados em conjunto, rentabilizam o sistema, simplificando a vida diária das pessoas, satisfazendo as suas necessidades de comunicação, de conforto e segurança.

tectura centralizada a um autómato ou controlador, que continha toda a capacidade de processamento que se exigia à vivenda. Quase sempre se tratava de sistemas proprietários, em que as funcionalidades implementadas eram limitadas, muito pouco flexíveis e tornavam o aumento das capacidades muito difícil e dispendioso. Por outro lado existem sistemas em que os componentes estão distribuídos pela instalação eléctrica. É possível construir sensores e actuadores com inteligência suficiente para implementar “uma rede local” de controlo descentralizado. São equipados com minúsculos microcontroladores, dotados de programação para poderem interagir e decidir de forma autónoma. Com uma arquitectura descentralizada e apoiando-se em tecnologias ou padrões como o X-10, KNX, Lonworks, entre outros, a domótica ganhou em facilidade de uso e instalação, em flexibilidade, em interoperabilidade e em possibilidades de interligação, tendo sido reduzido o seu custo, aumentada a gama de produtos, de fabricantes e instaladores, que trabalham neste ramo. Nas arquitecturas descentralizadas, as redes de controlo podem comunicar entre si através de cabos de pares entrançados, através da rede de alimentação com correntes portadoras, via rádio, fibras ópticas, cabos coaxiais, entre outros.

Um sistema domotizado é um sistema que interliga todos os componentes eléctricos de um edifício.

O sistema KNX é um sistema descentralizado que não requer qualquer unidade central de processamento. Cada participante da instalação tem o seu próprio microprocessador.

Inicialmente, a única maneira de construir uma instalação domótica era através do uso de sensores e actuadores unidos por uma arqui-

Uma instalação KNX é composta por Sensores, Actuadores e System devices.


DOSSIER

revista técnico-profissional

115

o electricista Alexandre Chamusca Engenheiro, Consultor Soluções Integradas de Segurança

detecção de intrusão

{principais tipos de sensores de um sistema de segurança}

Estatísticas apontam para um aumento da procura de soluções electrónicas de segurança para habitações na Europa. Saber que tipo de sensores electrónicos podem compor um sistema electrónico de segurança, como funcionam e objectivamente para que servem, é fundamental para quem os compra poder avaliar o seu grau de eficácia. É essa análise que nos propomos fazer para os principais tipos de sensores que podem integrar qualquer alarme, de qualquer marca e/ou modelo. Sensores de abertura de portas e/ou janelas Os sensores de portas e janelas mais comuns são os contactos magnéticos (duas peças) que indicam se a porta ou janela está aberta ou fechada. Estes contactos são instalados, uma parte na porta ou janela e a outra parte na ombreira da porta ou janela. Quando a porta está fechada, os dois elementos (ímans) estão alinhados. Quando os ímans não estão alinhados, a porta está aberta. Quando o alarme está ligado e os contactos alinhados, não há interrupção da ligação (existe um curto-circuito entre os dois contactos), pelo que o alarme se mantém em silêncio. Quando essa ligação é interrompida, o alarme toca.

Contactos Magnéticos Balanceados Devido à facilidade de sabotagem de um contacto magnético (por exemplo recorrendo a um simples íman), existem contactos magnéticos balanceados, que além do simples contacto entre dois magnetos têm, no seu interior, um contacto aberto que se fechará caso se aproxime um campo magnético externo (aproximação de um íman).

› Princípio de funcionamento: Quando a porta está fechada o campo magnético entre os dois ímanes dos contactos está fechado e o segundo contacto aberto. Quando a porta se abre ou se aproxima um campo magnético externo, o segundo contacto fecha-se sobre um dos magnetos, gerando um sinal de alarme.

Figura 1 . Contacto magnético balanceado.

Sensores de Quebra de Vidro Os sensores de vibração e de choque actuam se o intruso parte o vidro para entrar (em vez de abrir a janela). Os sensores de pressão são os mais baratos e instalam-se colando-os directamente ao vidro a proteger. Para controlar várias janelas, é possível escolher sensores que detectam o som de vidro a partir. Estes sofisticados sensores


DOSSIER

revista técnico-profissional

119

o electricista António Augusto Araújo Gomes Instituto Superior de Engenharia do Porto aag@isep.ipp.pt

controlo de poluição no ar {Sistema Automático de Detecção de Monóxido de Carbono}

A segurança de pessoas e bens é um aspecto fundamental na qualidade de vida das pessoas. Os sistemas automáticos de segurança em geral, e os sistemas automáticos de detecção de Monóxido de Carbono (CO) em particular, visam assegurar a protecção das pessoas em locais cuja qualidade atmosférica as possa pôr em perigo. O presente artigo aborda, em geral, a temática da detecção de monóxido de carbono, no que se refere aos aspectos regulamentares, técnicos e tecnológicos da mesma, que possam servir as pessoas em geral e os projectistas e instaladores em particular. O Monóxido de Carbono é um gás inflamável, que se mistura facilmente no ar ambiente, muito perigoso devido à sua elevada toxicidade e que sendo inodoro, incolor e insípido, não permite que os ocupantes das instalações tenham consciência de estar expostas a uma atmosfera susceptível de lhes provocar intoxicações e, até, mesmo a morte. O Monóxido de Carbono, que constitui a maior parte da poluição do ar, é resultado, essencialmente, da combustão incompleta de combustíveis fósseis. O Monóxido de Carbono forma com a hemoglobina do sangue, um composto mais estável do que a hemoglobina e o oxigénio, podendo levar à morte por asfixia. Concentrações abaixo de 400 ppm (parte por milhão – medida de concentração) no ar causam dores de cabeça e acima deste valor são potencialmente mortais.

1› Monóxido de Carbono O Monóxido de Carbono (CO) é formado pela combinação de um átomo de carbono e um átomo de oxigénio.

É um gás extremamente perigoso devido à sua elevada toxidade, que se mistura facilmente no ar ambiente, e que sendo inodoro, incolor e insípido, não permite que os ocupantes das instalações tenham consciência de estar expostas a uma atmosfera susceptível de lhes provocar intoxicações e, até, mesmo a morte. O Monóxido de Carbono não se vê, não se cheira, não se ouve, mas mata.

2› Principais Fontes de Monóxido de Carbono O Monóxido de Carbono (CO), que constitui a maior parte da poluição do ar, é resultado, essencialmente, da combustão incompleta de combustíveis fósseis. Os incêndios florestais e o tráfego rodoviário são os principais exemplos de fontes de poluição por Monóxido de Carbono, podendo ser, também, formado por oxidação de poluentes orgânicos, tais como o metano. No sector residencial, muitos aparelhos usados no dia-a-dia funcionam com base em combustíveis – sólidos (lenhas, carvão), líquidos (petróleo, gasóleo) ou gasosos (gás

natural, propano, butano ou GPL), cuja queima pode, também, ser fonte de CO, nomeadamente: › Caldeiras (a lenha, carvão, gás e gasóleo) › Salamandras (a lenha ou carvão) › Esquentadores (a gás) › Aquecedores portáteis (a GPL, ou a petróleo) › Fogões (a lenha, carvão e gás) › Braseiras (a carvão) As condutas e chaminés obstruídas ou mal dimensionadas, provocando uma deficiente saída dos produtos da combustão, podem igualmente, motivar o aumento da concentração de monóxido de carbono. As garagens e aparcamentos de veículos automóveis cobertos são, igualmente, locais com elevado potencial de produção e concentração de Monóxido de Carbono e, por conseguinte, de perigo potencial para as pessoas que os utilizam.


REPORTAGEM

revista técnico-profissional

123

o electricista Helena Paulino

VI jornadas tecnológicas {O EVENTO DE REFERÊNCIA NO SECTOR ELECTROTÉCNICO}

Continuando com o seu cariz itinerante, a 6.ª edição das Jornadas Tecnológicas irá realizar-se de 25 a 27 de Maio, no Centro de Congressos do Taguspark, em Oeiras. As inscrições tal como as outras informações já se encontram disponíveis online, em www.jornadastecnologicas.pt. Mais de 3.000 participantes já comprovaram o sucesso deste evento de formação desde a sua primeira edição! Nas Jornadas Tecnológicas de 2011 contará com quatro painéis onde serão discutidas as novidades e soluções das respectivas áreas: edifícios inteligentes, telecomunicações, accionamentos industriais, e a manutenção das instalações eléctricas industriais. Todos estes painéis estão direccionados para os fabricantes, distribuidores, projectistas, instaladores e técnicos de manutenção, vindos de instituições privadas e públicas, e que não

prescindem da boa qualidade exigida nas comunicações apresentadas nas Jornadas Tecnológicas. Os temas mais actuais da área são apresentados por oradores conceituados, os profissionais presentes colocam as mais variadas questões e dúvidas, esclarecendo as suas dúvidas e actualizando os seus conhecimentos com as mais recentes novidades.

Quatro painéis de formação e actualização Como tem sido hábito desde a primeira edição, o Director da revista “o electricista”, Custódio Dias dará o mote para a abertura da 6.ª edição das Jornadas Tecnológicas no dia 25 de Maio. O primeiro painel abordará temas actuais e prementes como a eficiência energética no global e igualmente nos espaços comerciais e infraestruturas.


o electricista

REPORTAGEM

revista técnico-profissional

124

25 DE MAIO

26 DE MAIO

edifícios eficientes

A gestão técnica de edifícios, o KNX como standard mundial de edifícios, sem esquecer a importante integração das energias renováveis nos edifícios multifamiliares serão outras das temáticas. Como não podia deixar de ser, a iluminação eficiente, os datacenters e a automação de edificios também serão referidos no painel dedicado aos edifícios eficientes. No dia 26 de Maio serão discutidos dois temas actuais, em dois painéis diferentes. No primeiro painel dedicado às telecomunicações será inicialmente abordada a 2.ª edição do Manual ITED e todas as questões e mudanças que lhe estão implícitas. O ITUR, as redes estruturadas e uma abordagem diferente da TDTsat. Da parte da tarde estará em cima da mesa outro painel – os accionamentos industriais. Sobre este assunto serão apresentadas comunicações sobre as aplicações eficientes com motores eléctricos de elevado rendimento tal como

9h20 Abertura Institucional a confirmar 9h50 Eficiência Energética Lurdes Sá Pereira, CIRCUTOR 10h30 Gestão Técnica de Edificios Fernando Ferreira, SCHNEIDER ELECTRIC 11h10 Coffee Break 11H40 Eficiência Energética em Espaços Comerciais e Infraestruturas Carlos Gonçalves, Carlo Gavazzi 12h20 KNX HAGER

9h00 Recepção aos Participantes

9h00 Recepção aos Participantes

9h20 Abertura Institucional a confirmar 9h50 Manual ITED 2ª Edição Lúcia Miranda, QUITÉRIOS 10h30 ITUR JSL

9h20 Abertura Institucional a confirmar 9h50 Qualidade da Energia Eléctrica Rui Costa, CARLO GAVAZZI 10h30 Quadros e Protecções Eléctricas António Ribeiro da Costa, HAGER

11h10 Coffee Break

11h10 Coffee Break

11H40 Redes Estruturadas Assemá Salim, LEGRAND 12h20 TDTsat, a descriminação negativa! Luis Peixoto, TELEVES

11H40 Norma ATEX PALISSY GALVANI 12h20 Disponibilidade e resiliência em sistemas críticos José Soares, APC

13h00 Almoço

13h00 Almoço

13h00 Almoço 15h00 Integração de Energias Renováveis nos Edifícios Multifamiliares André Cruz, VULCANO 15h40 Iluminação Eficiente Nelson Silva, PRONODIS 16h20 Coffee Break 16H50 DataCenters David Craveiro, RITTAL 17h30 Automação de Edificios Paulo Martins, ATEC

manutenção das instalações eléctricas industriais

telecomunicações

8h30 Recepção aos Participantes Abertura das VI Jornadas Tecnológicas

Os temas mais actuais da área são apresentados por oradores conceituados, os profissionais presentes no público colocam as mais variadas questões e dúvidas, esclarecendo as suas dúvidas e actualizando os seus conhecimentos com as mais recentes novidades.

27 DE MAIO

accionamentos industriais 14h50 Abertura Institucional a confirmar

15h00 SOLARCHECK Carlos Coutinho e Francisco Mendes, PHOENIX CONTACT 15h40 Correcção do Factor de Potência e Filtros de Harmónicas em Redes de Baixa Tensão José Vieira Pereira, ABB 16h20 Coffee Break

15h00 Aplicações eficientes com motores eléctricos de elevado rendimento Carlos Costa, WEG 15h40 Accionamento Mecatrónico com Eficiência Energética IE4 Rui Costa, SEW-EURODRIVE 16h20 Coffee Break

16H50 Conversão de Sinais e Electrónica Deodato Vicente e José Alberto Catarino, WEIDMÜLLER 17h30 Cogeração e Gestão de Energia Armando Marques, MICROPROCESSADOR

16H50 Variadores de Frequência Pedro Marques, BRESIMAR 17h30 Sistemas e Aplicações de Segurança A divulgar

o accionamento mecatrónico com eficiência energética IE4, e não serão esquecidos temas sobejamente importantes a serem utilizados nos accionamentos industriais, como os variadores de frequência e os sistemas e aplicações de segurança.

A manutenção das instalações eléctricas industrais será o último painel da 6.ª edição das Jornadas Tecnológicas e será discutido no último dia do evento, a 27 de Maio. A importância de uma boa qualidade de energia eléctrica será explicada tal como as funcionalidades dos quadros e das protecções eléctricas, e ainda as particularidades da norma ATEX como um regulamento das características dos equipamentos a colocar

nas zonas com perigo de explosão de acordo com a directiva europeia. Além disso também será abordada a disponibilidade e resiliência em sistemas críticos, o SOLARCHECK e as suas respectivas características, e será ainda referenciada a correcção do factor de potência e filtros de harmónicos em redes de baixa tensão. Para terminar o painel será abordada a conversão de sinais e electrónica e ainda a cogeração e gestão de energia. Faça já a sua inscrição no website: www.jornadastecnologicas.pt!

Para mais informações REVISTA “O ELECTRICISTA” Tel.: +351 225 899 626/8 . Fax: +351 225 899 629 inscricao@jornadastecnologicas.pt www.jornadastecnologicas.pt


FICHA FORMATIVA DE ILUMINAÇÃO

revista técnico-profissional

o electricista

139

eficiência energética na iluminação pública {1.ª parte}

O Documento de Referência “Eficiência Energética na Iluminação Pública” é o resultado da colaboração e envolvimento de várias entidades relevantes para o sector da Iluminação Pública em Portugal e estabelece uma série de parâmetros técnicos para o projecto de iluminação pública, de modo a obter a maior eficiência energética, entre outras vantagens. 1› INTRODUÇÃO

1.1› Enquadramento

O consumo de energia está na origem de 80% das emissões de gases com efeito de estufa na União Europeia (UE). Consequentemente, reduzir as emissões de gases com efeito de estufa implica um menor consumo de energia e uma maior utilização de energia limpa. É nesta óptica que surge a denominada “Estratégia 20-20-20 para 2020” cujo objectivo é reduzir 20% do consumo de energia, reduzir 20% das emissões de GEE (Gases com Efeito de Estufa) e que 20% da energia consumida seja de fonte renovável.

O presente Documento de Referência para a Eficiência Energética na Iluminação Pública surge na sequência de uma proposta apresentada pela RNAE – Associação das Agências de Energia e Ambiente (Rede Nacional), em parceria com o CPI – Centro Português de Iluminação, e a Ordem dos Engenheiros, à Secretaria de Estado da Energia e da Inovação do Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento (SEEI/MEID).

Por outro lado, a Estratégia Nacional para a Energia 2020 (ENE 2020), estabelecida na Resolução do Conselho de Ministros n.º 29/2010, de 15 de Abril, enquadra as linhas de rumo para a competitividade, o crescimento e a independência energética do país, através da aposta nas energias renováveis e na promoção integrada da eficiência energética, garantindo a segurança de abastecimento e a sustentabilidade económica e ambiental do modelo energético. Em desenvolvimento do Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética (PNAEE) e da ENE 2020, o Programa de Eficiência Energética na Administração Pública — ECO.AP (Resolução do Conselho de Ministros n.º 2/2011, de 12 de Janeiro), visa obter até 2020, nos serviços públicos e nos organismos da Administração Pública, um nível de eficiência energética na ordem dos 20% em face dos actuais valores. Nestes objectivos enquadra-se também a utilização racional de energia e a eficiência energético-ambiental em equipamentos de iluminação pública (IP).

A consonância da proposta, e do seu potencial, com os objectivos da estratégia energético-ambiental actualmente em curso para Portugal, fomentou que o MEID promovesse a criação de um Grupo de Trabalho para o desenvolvimento do referido documento. Coordenado pela RNAE o Grupo de Trabalho contou ainda com a colaboração e envolvimento de outras entidades relevantes para o sector da IP em Portugal, nomeadamente, a ADENE – Agência para a Energia, a EDP Distribuição e o Lighting Living Lab, entre outras que prestaram também o seu contributo para o enriquecimento do documento.

1.2› Objectivo O presente documento tem como objectivo estabelecer, como referência, uma série de parâmetros técnicos que deve seguir um projecto de IP de modo a se obter uma maior eficiência energética desta tipologia de instalações e, consequentemente, conduzir a uma diminuição das emissões de CO2 durante o período de utilização das mesmas.


FORMAÇÃO

revista técnico-profissional

149

o electricista Hilário Dias Nogueira (Eng.º) com o patrocínio de: IXUS, Formação e Consultadoria, Lda.

formação

{Artigo técnico formativo Nº. 15 - 1.ª parte} Neste número, apresentamos a primeira parte de uma revisão sobre a Protecção para garantir Segurança com a principal dedicação às Ligações Equipotenciais.

Apresentação de tema nº15 Observação: Devido a solicitações e divergências sobre o tema que se apresenta proponho, e seguindo a legislação em vigor descrita nas RTIEBT, informações agrupadas sobre o assunto com as várias secções dispersas para a tornar menos confusa e abordando algumas aplicações de casos práticos.

LIGAÇÕES EQUIPOTENCIAIS Ligação eléctrica destinada a colocar ao mesmo potencial, ou a potenciais aproximadamente iguais, massas e elementos condutores.

Nota: Podem distinguir-se: a) A ligação equipotencial principal (veja-se 413.1.2.1); b) As ligações equipotenciais suplementares (veja-se 413.1.2.2); c) As ligações equipotenciais locais não ligadas à terra (veja-se 413.4). 413.1.2.1- Ligação equipotencial principal Em cada edifício devem ser ligados à ligação equipotencial principal os seguintes Elementos condutores: a) O condutor principal de protecção; b) O condutor principal de terra ou o terminal principal de terra. (13) - Na secção 54 são indicadas as regras relativas às ligações à terra e aos condutores de protecção: c) As canalizações metálicas de alimentação do edifício e situadas no interior por exemplo, de água e gás); d) Os elementos metálicos da construção e as canalizações metálicas de aquecimento central e de ar-condicionado (sempre que possível).

547.1.2 - Condutores de ligação equipotencial suplementar 701.413.1.6 - Ligação equipotencial suplementar

Quando estes elementos condutores tiverem a sua origem no exterior do edifício, esta ligação deve ser feita tão perto quanto possível do seu ponto de entrada no edifício. Os condutores da ligação equipotencial principal devem satisfazer as regras indicadas na secção 54. Devem, também, ser ligadas à ligação equipotencial principal as bainhas metálicas dos cabos de telecomunicações, desde que os proprietários e os utilizadores destes cabos o autorizem.


ITED

o electricista

revista técnico-profissional

155

Paulo Monteiro, Formador da ATEC

ficha técnica n.º 13

{Requisitos Técnicos Gerais, segundo o manual de ITED 2.º edição de Novembro de 2009}

REQUISITOS TÉCNICOS GERAIS

REQUISITOS TÉCNICOS GERAIS

Especificações técnicas mínimas dos cabos coaxiais CARACTERÍSTICAS ELÉCTRICAS Impedância Perdas por retorno

FREQUÊNCIA (MHz)

Resistência máxima: condutor central + condutor externo Mínima passagem admissível

de

corrente

Atenuação de blindagem (EMC Classe A)

Cobertura do dieléctrico

VALOR ≥ 70%

75Ω ±3Ω

5 ≤ f < 470

20dB

Velocidade de propagação

82%

470 ≤ f < 1000

18dB

Diâmetro condutor central

0,6mm a 1,7mm

1000 ≤ f < 3000

12dB

Total de elementos coaxiais num cabo

10

1,98

Diâmetro exterior do cabo

47

4,29

Gama de temperatura

100

Atenuação em 100 metros (dB)

CARACTERÍSTICAS ELÉCTRICAS (CONT.)

VALOR

F=100

≥1 ≤ 12mm Instalação: 0ºC a +50ºC Funcionamento: -20º C a +60º C

6,26

200

8,96

Mínimo raio de curvatura durante a instalação

10 vezes o diâmetro externo

300

11,12

Mínimo raio de curvatura instalado

5 vezes o diâmetro externo

400

12,98

Indelével

500

14,65

Metro a metro

600

16,18

700

17,62

800

18,97

860

19,74

900

20,25

1000

21,48

1200

23,77

 Os diâmetros exteriores devem ser minimizados;

1400

25,68

1600

27,45

 Dependendo do ambiente de aplicação admitem-se as seguintes bainhas externas:

1900

29,91

2150

31,82

2300

32,91

2500

34,31

2700

35,66

Marcação

Tabela 15 – Especificações técnicas mínimas dos cabos coaxiais

OBSERVAÇÕES ADICIONAIS:

3000

37,59

CC

9Ω / 100m

CC

0,5A

30≤ f <1000

≥ 85dB

1000≤ f <2000

≥ 75dB

2000≤ f <3000

≥ 65 dB

Indicação do fabricante N.º do lote ou data de fabrico (semana e ano)

o

PVC, para aplicações interiores;

o

Polietileno Negro, para aplicações em exterior, não enterrado;

o

Polietileno Negro, cobrindo um composto de PetroGel que se encontre a sobrepor a malha, para aplicações de cabo de exterior entubado (CEMU - ATI, por exemplo).

o

Materiais retardantes à chama, sem halogéneos e com reduzida opacidade de fumos, para aplicações interiores em edifícios recebendo público.

Observações adicionais

Conector Coaxial Tipo “F”

Os principais factores (lista não exaustiva) que podem ter implicações em termos de exequibilidade de um projecto são: › Os diâmetros exteriores devem ser minimizados; pág. 43 › As bainhas externas: › PVC para aplicações interiores; › Polietileno Negro, para aplicações em exterior, não enterrado; › Polietileno Negro, cobrindo um composto de Petrogel que se encontre a sobrepor a malha, para aplicações de cabo exterior entubado (ex: CEMU – ATI); › Materiais com propriedades LSFH (Low Smoke, Free Halogen), para aplicações interiores em edifícios recebendo público.

Solução mais utilizada para ligações permanentes entre o cabo coaxial e equipamentos das redes TCD-C. Existem 3 tipos: › Roscar – o conector fica solidário com o cabo coaxial através do movimento circular, que o obriga a progredir ao longo da extremidade do cabo; › Cravar – o conector fica solidário com o

pág. 44


Consultório Electrotécnico 159

revista técnico-profissional

o electricista IXUS, Formação e Consultadoria, Lda.

consultório electrotécnico O “Consultório Técnico” visa esclarecer questões sobre Regras Técnicas, ITED e Energias renováveis que nos são colocadas via e-mail. O e-mail consultoriotecnico@ixus.pt está também disponível no website www.ixus.pt. Aguardamos as vossas questões. Nesta edição publicamos as questões que nos colocaram entre Dezembro de 2010 e Fevereiro de 2011. P1: Fiz um projecto ITED para uma moradia de nível sócio-económico acima da média. Obtive 20 tomadas de Par de Cobre e 14 tomadas de Cabo Coaxial. Tenho ideia que não existem no mercado ATI’s com tantas saídas. Acham que seria melhor um Bastidor? No caso de optar por um Bastidor, continua a ser obrigatória a caixa CATI, ou o Bastidor substitui o ATI e o CATI? R1: Em resposta ao solicitado, informa-se que pode aplicar um bastidor. Quanto à substituição da CATI, a CATI não existe, só existe se o ATI não tiver espaço suficiente para alojar até dois operadores, nesse caso é que se aplica a dita CATI. No caso do bastidor se ele tiver espaço suficiente para depois alojar dois operadores não existe necessidade da aplicação da CATI. P2: Tenho neste momento um projecto em mãos de uma recepção e umas instalações sanitárias, um pouco afastadas da Recepção, de um Parque Urbano onde já tem as infra-estruturas exteriores efectuadas. Tenho um Armário de Distribuição com uma reserva, posso utilizar esta reserva para alimentar a Recepção e desta alimentar as Instalações Sanitárias, certo? Utilizando o calibre necessário, pois no AD apenas tem reserva não tendo calibre definido? R2: Tratando-se de um parque urbano que pressupomos ser público, as infra-estruturas de electricidade estarão sob gestão do distribuidor local de energia eléctrica. Nestes pressupostos, deverá contactar o distribuidor de energia para verificar a possibilidade da alimentação a partir do referido armário de distribuição. Obviamente que as instalações sanitárias serão alimentadas com um quadro eléctrico dedicado, com as protecções adequadas aos circuitos existentes e à protecção de pessoas contra contactos indirectos (protecção diferencial de alta sensibilidade), existindo também a respectiva portinhola e o respectivo equipamento de contagem de energia. A alternativa será a alimentação a partir da instalação existente (recepção) com os requisitos adequados ao lançamento do circuito de alimentação.

P3: Não, penso que é privado, pois tem um Armário de Distribuição apenas para a Iluminação Pública. Sendo assim não necessito de contactar o Distribuidor de Energia, certo? Se a potência da Recepção e das Instalações Sanitárias não passar os 50 kVA, não necessito de apresentar Projecto de Licenciamento, mas apenas a Ficha Electrotécnica, correcto? R3: Analise bem se é um condomínio privado ou não, caso contrário pode ser mesmo público. Se tiver de apresentar a Ficha Electrotécnica (abaixo de 50 kVA não necessita de projecto aprovado) então está no domínio público e deverá contactar o distribuidor de energia local. P4: Tenho de fazer a infra-estrutura de telecomunicações de uma recepção que está inserida dentro de um parque Urbano, onde já tem uma CV2, nas infra-estruturas exteriores. Posso fazer directamente a ligação desta CV2 ao meu ATE na recepção, certo? R4: No Manual de ITED é obrigatório a caixa de visita multi-operador, no entanto se existir uma caixa da rede exterior (ITUR), na proximidade pode-se ligar directamente e mencionar tal execução, que a caixa (CVM) é a caixa existente na rede ITUR. P5: Quero colocar um questão sobre selecção de descarregadores de sobretensão que é a seguinte: numa instalação dotada de pára-raios, na origem da instalação deve existir um descarregador de sobretensões do tipo I, para a onda 10/350 a minha dúvida é qual o nível de protecção (Up) que este deve possuir? Deve ser de 6 kV tal como indicado no QUADRO 44B das RTIEBT para uma instalação trifásica 230/400V? Por exemplo um descarregador com Up=2,5kV, tipo I, onda 10/350 está apropriado a ser instalado na origem de uma instalação dotada de pára-raios? Outra dúvida é no dimensionamento da corrente de choque (Iimp) é possível esclarecer como é determinada a escolha deste factor?


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