OLHAR DE CINEMA 2ª EDIÇÃO / 2013
Editorial
05
Júri
11
Prêmios
19
Filme de Abertura
22
Olhar Retrospectivo
26
Competitiva Internacional de Longa Metragem
40
Competitiva Olhares Brasil de Longa Metragem
54
Competitiva Internacional de Curta Metragem
62
Competitiva Olhares Brasil de Curta Metragem
72
Novos Olhares
78
Outros Olhares
86
Mirada Paranaense
98
Editorial Jury
Awards
Opening Night Film
Retrospective
International Feature Film Competition
Brazilian Feature Film Competition
International Short Film Competition Brazilian Short Film Competition New Views
Other Views
Paraná State Films
Foco Alemanha
104
Lançamento do DVD e Blu-Ray: Trilogia do Esquecimento
116
Multiolhares
118
Olhar Itinerante
126
II Seminário de Cinema de Curitiba
135
Oficinas
145
Apêndice
149
Foco Alemanha
DVD and Blu-Ray Release: The Oblivion Trilogy
Multiolhares
Olhar Itinerante
Second Cinema Seminar of Curitiba
Workshops
Appendix
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OLHAR DE CINEMA 2013
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DIREÇÃO ARTÍSTICA Em 2012 o Olhar de Cinema iniciou suas atividades como um festival internacional de cinema independente. Naquela primeira edição objetivávamos,
principalmente, apresentar ao público o festival como um evento com foco em filmes autorais e ousados. Curitiba chegou a possuir alguns festivais de cinema que, no entanto, acabaram, tendo como um dos motivos mais forte para seu ocaso, a completa desconexão entre a proposta daqueles eventos e o público crítico e exigente da cidade. Assim, o conceito norteador da 1ª. Edição do Olhar de Cinema foi o de conectar este público exigente àqueles filmes ousados que propúnhamos exibir. Por isso mesmo nossa marca na edição de 2012 estampava inúmeros e distintos espectadores sentados atentos numa sala de cinema prontos e desejosos para o encontro com os filmes. Diante da aceitação maciça do público, que na edição passada lotou todas as sessões, em 2013 nos arriscamos a dar um passo adiante e desbravar ainda mais profundamente o cinema independente mundial. Desta forma, podemos dizer que este é o ano da afirmação do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba como um evento irrequieto e ousado, cuja linha mestra compreende as ideias de SALTO / RISCO, deixando claro que aqui não há espaço para comodismo. Como um evento de cinema, arte que lida principalmente com imagens, buscamos signos imagéticos que remetessem às palavras salto e risco, e chegamos então à imagem que ilustra nossa identidade visual desta edição: o mergulhador com o escafandro e o machado, representando o mergulho profundo, desbravador de um novo e pouco conhecido mar, lugar onde, provavelmente, se travará contato com criaturas estranhas, às vezes assustadoras, mas ao mesmo tempo intrigantes e belas, como são os filmes selecionados para as mostras do Olhar de Cinema - Festival Internacional de Curitiba, edição 2013.
/english In 2012, Olhar de Cinema began its activities as an indie international film festival. In that first edition, we basically aimed to present the audience with a film festival as an event focusing bold and auteur films. Curitiba had some film festivals that came to an end. One of the strongest reasons for their decline was the total disconnection between the intention of those events and the critical and requiring audience of the city. Therefore, the guiding concept of the first year of the Olhar de Cinema was to connect this requiring audience to those bold films that we intended to show. That is why our banner in 2012 brought several and different spectators sitting focused within a screening room ready and yearning to see the films. With the massive acceptance of the audience packing every session last year, now in 2013 we’ve risked to give one step beyond and plunge deeper into the worldwide indie cinema. This way, we can say this is the year of Olhar de Cinema – Curitiba International Film Festival’s affirmation as a restless and bold event and its main guideline comprises the ideas of PLUNGE / RISK making it clear that there is no space for self-indulgence here. As a cinema event, an art that deals mainly with images, we look for image signs that refers to the words plunge and risk and then we get to the image that depict our visual identity this year: the diver with his diving helmet and suit and with an axe, representing the deep dive, pioneering a new and little known sea, where probably he will make contact with strange and somewhat frightening creatures, but at the same time intriguing and beautiful, such as the films selected to Olhar de Cinema – Curitiba International Film Festival 2013.
Artistic Directors
Diretores Artísticos
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EDITORIAL
VOLVO Curitiba irá vivenciar novamente uma mostra de cinema contemporâneo independente. A segunda edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba traz à cidade a manifestação de várias expressões culturais, promovendo a reflexão sobre cinema e a formação de novos olhares. E o evento vai além, traz debates, oficinas, e um seminário que propõem a troca de ideias e, principalmente, um olhar singular a filmes criados por diretores novos e veteranos, que normalmente não alcançam escala no circuito comercial. Para a Volvo, a cultura e o esporte são veículos que promovem a cidadania e o desenvolvimento de pessoas; transportando-as com energia, paixão e respeito rumo a um futuro melhor, mais inclusivo e sustentável. Por acreditar nesse potencial transformador, o Grupo Volvo tem orgulho de ser um dos maiores incentivadores da cultura no Brasil e não poderia deixar de apoiar mais uma edição deste grande evento cultural que faz das telas da nossa cidade o despertar de grandes descobertas.
“OLHAR é apreender o mundo, as coisas, as pessoas e suas circunstâncias e
considerá-las, guardá-las de alguma forma nos escaninhos da memória. OLHAR é
encarar, pesquisar, examinar. OLHAR é lançar-se ao mundo e significá-lo, perceber seus sentidos plurais. (Christofoletti, 2008)”
OLHAR DE CINEMA 2013
Curitiba will once again experience a contemporary independent film festival. The second edition of Olhar de Cinema – Curitiba International Film Festival is bringing to the city a manifestation of different cultural expressions, promoting reflection about cinema and the creation of new perspectives. And the event goes beyond, bringing debates, workshops, and a seminar that propose to drive the exchange of ideas and, in particular, a unique glimpse of films created by new and veteran directors that normally do not make it to the commercial circuit. For Volvo, culture and sports are vehicles that promote citizenship and development for people; transporting them with energy, passion and respect towards a better future, more inclusive and sustainable. Because of believing in this potential to transform, the Volvo Group is proud to be one of the biggest promoters of culture in Brazil and, therefore, could not but support one more edition of this great cultural event that makes of our city’s screens the wake-up call for major discoveries.
“OLHAR (LOOK) is to capture the world, the things, the people and their circumstances and contemplate them, keep them in some way in the cubbyholes of memory. OLHAR (LOOK) is to face, research, examine. OLHAR (LOOK) is to launch oneself into the world and create meaning by perceiving its many senses. (Christofoletti, 2008)”
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BNDES Para o BNDES, o Banco Nacional do Desenvolvimento, a cultura é um importante ativo que pode ser empregado em favor do desenvolvimento nacional e do bem-estar da sociedade.
For the Brazilian Development Bank (BNDES), culture is an important asset that can be employed in favor of national development and the well-being of society.
Além de ser uma fonte de entretenimento e um meio de expressão artística, através do qual o público tem contato com múltiplas visões do mundo, o cinema é uma atividade capaz de gerar emprego e renda para muitas pessoas. Cada sessão, momento mágico em que se entra em contato com uma outra realidade, é resultado do trabalho de diferentes profissionais que integram a cadeia produtiva do audiovisual.
Besides being a source of entertainment and a means for artistic expression, through which the public comes into contact with a range of world visions, cinema is capable of generating jobs and income for many people. Each session is a magic moment that puts us in touch with a different reality, while it is also the result of the work of several professionals who are part of the audiovisual production sector.
Desde 1995, o BNDES apoia o setor audiovisual por meio de um diversificado conjunto de instrumentos, que inclui patrocínio, investimentos não reembolsáveis, financiamentos e capital de risco. Além de ter ajudado a viabilizar eventos ligados ao setor audiovisual em diversos estados, suas linhas de atuação já possibilitaram a produção ou finalização de 384 filmes, tendo sido aportados cerca de R$ 159 milhões. O Banco também contribui expressivamente para a ampliação do parque exibidor e já destinou mais de R$ 109 milhões a projetos de construção ou reforma de 160 salas de cinema até abril de 2013.
Since 1995, the BNDES has provided support to the audiovisual sector through a wide array of instruments, which include sponsorship, non-reimbursable investments, financing and risk capital. Besides helping make it feasible to run events connected to the audiovisual sector in several states, the Bank’s operational lines have made it possible to produce and finalize 384 films, with a total amount of R$ 159 million. The Bank also contributes expressively to expanding the number of movie theaters and has already earmarked more than R$ 109 million for construction or remodeling projects for 160 movie theaters up to April 2013.
O II Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba oferece ao público acesso à recente produção independente brasileira e estrangeira exibindo títulos que raramente encontram espaço no circuito comercial e contribuindo para a ampliação do acesso a bens culturais. O evento também promove a realização de debates, que estimulam a reflexão sobre a sétima arte, e oficinas, que contribuem para a formação profissional de futuros cineastas. O patrocínio ao II Olhar de Cinema demonstra o compromisso do BNDES com a cadeia produtiva do cinema e a democratização do acesso à cultura. É um passo importante para ampliar o conjunto de festivais de cinema apoiados pelo Banco, reforçando sua presença na Região Sul. Tal iniciativa está afinada com a missão do BNDES de promover o desenvolvimento sustentável e competitivo da economia brasileira, com geração de emprego e redução das desigualdades sociais e regionais.
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The II Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba offers the public access to recent Brazilian and foreign independent productions, showing movies that are rarely shown on the commercial circuit, thus helping expand access to cultural assets. The event also fosters debates, which encourage reflection on the seventh art, as well as workshops, which contribute to the professional qualification of future cinematographers. Sponsoring the II Olhar de Cinema is proof of the BNDES’ commitment to the movie production sector and the democratization of access to culture. This is an important step towards expanding the many festivals sponsored by the Bank, reinforcing its presence in the Southern region of the country. Such an initiative is in keeping with the BNDES’ mission to foster the sustainable and competitive development of the Brazilian economy by generating employment and reducing social and regional inequalities.
EDITORIAL
SCHWEPPES É com muito prazer que a Spaipa - fabricante e distribuidora dos produtos Coca-Cola no Paraná e interior de São Paulo - investe no apoio a cultura nesta
It is with great pleasure that Spaipa - manufacturer and distributor of Coca-Cola products in Paraná and west São Paulo - invests in supporting culture in the second edition of Olhar do Cinema – Curitiba Int’l Film Festival. The company has as platform supporting festivals that promote cultural diversity and presents Schweppes as the official drink of this event, precisely the year the brand celebrates 230 years. Yes, Schweppes was created before the Lumière Brothers´ invention and possibly was the perfect companion for many, many film sessions.
A Spaipa tem orgulho de chancelar e colaborar com essa iniciativa, fundamental para que Curitiba permaneça como referência nacional e internacional de todos
Spaipa is proud to collaborate with this initiative, the key to Curitiba remain as national and international reference for all kinds of cultural events.
Vida longa ao Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba
Long live the Olhar de Cinema – Curitiba International Film Festival
Um brinde de Schweppes!
A toast Schweppes!
segunda edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba. A empresa tem como plataforma o apoio a festivais que promovam uma grande diversidade cultural e apresenta Schweppes como a bebida oficial deste evento, justamente no ano que a marca celebra 230 anos. Sim, Schweppes foi criada antes da invenção dos Irmãos Lumière e possivelmente foi a companhia perfeita para muitas e muitas sessões de cinema.
os tipos de manifestações culturais.
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JÚRI COMPETITIVA INTERNACIONAL / International Film Competition Jury
HELENA IGNEZ Helena Ignez é figura de destaque da cultura brasileira. Dirigiu recentemente os premiados filmes: Luz nas Trevas – A Volta do Bandido da Luz Vermelha, 63º Festival de Cinema de Locarno - Prêmio da Crítica Boccalino D’Ouro Melhor Filme. Canção de Baal, 37º Festival de Cinema de Gramado – Prêmio Melhor Longa Metragem Brasileiro. 41° International Film Festival Rotterdam como Tiger Jury Award.17° Internacional Film Festival of Kerala homenagem com 6 filmes que atuou ou dirigiu.
Helena Ignez is an important character in Brazilian culture. Recently, she directed the awarded films Luz nas Trevas – A Volta do Bandido da Luz Vermelha, 63rd Locarno Film Festival – Critic’s Award Boccalino D’Ouro for Best Film. Canção de Baal in Festival de Gramado won the Best Brazilian Film Award. 41st Rotterdam International Film Festival as Tiger Jury Award. 17th International Film Festival of Kerala – tribute with the 6 films in which she performed or directed.
PABLO GIORGELLI Pablo Giorgelli nasceu em Buenos Aires. Ele é diretor, roteirista e montador. Las Acacias é seu primeiro filme de ficção. Selecionado para a Semana da Crítica do Festival de Cannes de 2011, o filme ganhou o prestigiado prêmio CAMERA D’OR por melhor primeiro filme e 30 outros prêmios. Também foi selecionado para importantes festivais como Toronto, Busan e New Films New Directors. Las Acacias foi lançado em vários países no mundo todo. Em 2012, Pablo realizou o curta Reencuentro. Agora, ele está preparando seu segundo longa, Monoblock.
Pablo Giorgelli was born in Buenos Aires. He is director scriptwriter and editor. Las Acacias is his first fiction feature; Selected for Critics’ Week at Cannes 2011 the film won the prestigious CAMERA D’Or for best debut and 30 prizes more. Selected also to be part of important festivals like Toronto, Busan and New Films New Directors, Las Acacias was releasead in several countries around the world. In 2012, Pablo made the short film Reencuntro. Now, he is preparing his 2nd feature film Monoblock.
SÉRGIO BORGES Sérgio Borges realiza filmes, vídeos e outros trabalhos audiovisuais desde 1996. Seus trabalhos autorias participaram e foram premiados em alguns dos mais importantes festivais de cinema do mundo. O Céu Sobre os Ombros, seu primeiro longametragem, foi o grande vencedor do 43º Festival de Brasília (2010), do 29º Festival Internacional do Uruguai entre outros.
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Sérgio Borges makes films, videos and other audiovisual works since 1996. His works were selected and awarded in some of the most important film festivals in the world. O Céu Sobre os Ombros, his first feature film was the great winner of the 43º Festival de Brasília de Cinema Brasileiro (2010), the 29th Uruguay International Film Festival among others.
JÚRI
JÚRI COMPETITIVA OLHARES BRASIL / Brazilian Film Competition Jury
BERNARD PAYEN Bernard Payen was a chief-editor of the Objectiff Cinema website for six years (2000-2006), Short films Programing Coordinator of the Critic’s Week since 2006, programmer of the French Cinematheque and monthly collaborator for a cinema programme for a Paris local radio.
Bernard Payen foi editor-chefe do site Objectif Cinema por seis anos (2000-2006), Coordenador da programação de curtasmetragens da Semana da Crítica desde 2006, programador da Cinemateca Francesa e colaborador mensal de um programa sobre cinema para uma rádio local de Paris.
KATHRIN KOHLSTEDDE Kathrin Kohlstedde studied political science and philosophy. After her first visit to a film festival she was caught by the fascination of the festival world: to be able to present unique films that people will never get to see in the cinemas and to create a place and a forum where people can exchange their ideas and visions. After an excursion to work for a late night TV show to experience how to create fun with commercial impact she has been Head of Programming of Filmfest Hamburg since 1999.
Kathrin Kohlstedde estudou Ciências Políticas e Filosofia. Depois de sua primeira visita a um festival de cinema, ela foi atraída pelo fascínio do mundo dos festivais, um espaço capaz de apresentar filmes ímpares que as pessoas nunca verão nos cinemas e criar um local e um fórum onde as pessoas podem trocar ideias e visões. Depois de uma excursão para trabalhar num programa noturno de TV para experimentar como criar diversão com impacto comercial, ela passou a ser a Chefe de Programação do Festival de Cinema de Hamburgo desde 1999.
MICHAEL WAHRMANN Michael Wahrmann is a director, screenwriter and editor. He is an Israeli-Uruguayan living in São Paulo since 2004 and works with Art and Photography since 2000. In 2007, he graduated in Film Studies from FAAP. Avós, his first short film premiered in the 60th Berlinale and received more than 40 awards in Brazil and abroad. Among other works, he directed the short Oma (2011) and Avanti Popolo, his first feature film, winner of CineMaxxi within the Rome Film Festival 2012 and others.
OLHAR DE CINEMA 2013
Michael Wahrmann é diretor, roteirista, editor. Uruguaioisraelense, radicado em São Paulo desde 2004, trabalha com Arte e Fotografia desde 2000. Em 2007 graduou-se em Cinema pela FAAP. Avós, seu primeiro curta metragem, estreou no 60o Festival Internacional de Cinema de Berlin e recebeu mais de 40 prêmios no Brasil e no exterior. Dentre outros trabalhos, dirigiu os curtas Oma (2011) e Avanti Popolo seu primeiro longa, vencedor da mostra CineMaxxi do Festival de Roma 2012, e outros.
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JÚRI NOVO OLHAR (MOSTRA NOVOS OLHARES) / Novo Olhar Award Jury (Section New Views)
ALEXANDER AGUIAR Estudante de Cinema pela Faculdade de Artes do Paraná/ CINETV-PR, atua em diversas funções na prática do audiovisual. Atualmente está em processo de finalização seu primeiro longa metragem Dorsal - A História do Dorsal Atlântica (dorsaldoc.com) onde assina como co-diretor, roteirista, técnico de som e câmera. Trabalhou também com ensino de linguagem audiovisual e história do cinema para crianças e adolescentes de baixa renda no interior do Paraná.
A Cinema student at the Arts College of Paraná/ CINETV-PR, he works in several positions in the audiovisual practice. At the moment, he is in the postproduction of his first feature film Dorsal – A História da Dorsal Atlântica (dorsaldoc.com), in which he is the co-director, screenwriter, sound engineer, and cameraman. He has also worked teaching audiovisual language and history of cinema to low income children and teenagers in the countryside of Paraná.
ANA CLARA PIET Aluna de cinema pela Faculdade de Artes do Paraná, possui interesse na teoria e prática cinematográfica, sobretudo nas áreas de roteiro e direção de arte.
A cinema student at the Arts College of Paraná, she’s interested in cinema theory and practice, especially in screenwriting and art design.
RODRIGO DE LORENZI Estudante de Jornalismo na PUC-PR, é apaixonado por cinema e séries de TV desde sempre. Autor do blog “Irritando Rodrigo”, escreve críticas e atualmente trabalha na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho no Paraná - (MPT-PR).
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Studying Journalism at PUC-PR, he has always been crazy about cinema and TV series. He created the “Irritando Rodrigo” blog and writes reviews. Presently, he works in Paraná’s Labor State Attorney Press Agency (MPT-PR).
JÚRI
JÚRI PRÊMIO RPCTV (MIRADA PARANANENSE) / RPCTV Award Jury (Paraná State Films)
CARLYLE ÁVILA Graduated in journalism from PUCRJ, he has master’s degrees in journalism from Navarra University (Spain), in strategic direction from Positivo University and in film and television business from Fundação Getúlio Vargas. He was a manager of production and journalism and currently he is the director of programming at the TV channel RPCTV.
Formado em jornalismo pela PUCRJ, tem MBAs em jornalismo pela Faculdade de Comunicação da Universidade de Navarra (Espanha), em direção estratégica pela Universidade Positivo e em film and television business pela Fundação Getúlio Vargas. Foi gerente de produção e redação e atualmente é diretor de programação da RPCTV.
DANILO PSCHERA Danilo Pschera is production coordinator for the RPCTV. He graduated in Journalism. In college, he won the VI Expocom/Intercom in the video-reportage category. For ten years, he worked as a journalist. Since 2007, he has been producing documentaries. In 2011, he got his Masters degree in Fine Arts from Goldsmiths University of London, in the Screen Documentary course.
Danilo Pschera é coordenador de produção da RPCTV. É formado em jornalismo. Na faculdade foi vencedor do VI Expocom/Intercom, na categoria vídeo-reportagem. Durante dez anos atuou como jornalista. Desde 2007 produz documentários. Em 2011 concluiu o Master in Fine Arts da Goldsmiths, University of London, com o curso Screen Documentary.
MARCOS SOUZA Graduated in publicity and advertising, he studied screenplay at Instituto de Estudos de Televisão-RJ and International Film Academy of São Paulo. He started his professional career around 7 years ago. He worked in some film production companies and currently is a writer and assistant director of the TV serie Casos e Causos at the TV channel RPCTV.
Formando em publicidade e propaganda, fez oficina de roteiro pelo Instituto de Estudos de Televisão do RJ e cursou roteiro na Academia Internacional de Cinema em São Paulo. Iniciou sua carreira profissional há cerca de 7 anos. Trabalhou em algumas produtoras de cinema e publicidade e atualmente é roteirista e assistente de direção do programa Casos e Causos, da RPCTV.
MARCUS WERNECK Graduated in journalism from UniverCidade-RJ, he has a master’s degree in film and television business from Fundação Getúlio Vargas. He was a coordinator at the TV channel GNT, an events coordinator of the reality show Big Brother Brazil and currently he is a production manager and film director at the TV channel RPCTV, where he has already directed more than 40 short films.
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Formado em jornalismo pela UniverCidade-RJ e uma MBA em film and television business pela Fundação Getúlio Vargas. Foi coordenador do canal GNT, coordenador de eventos no programa Big Brother Brasil e atualmente é gerente de produção e diretor de cena na RPCTV, onde já dirigiu mais de 40 curtas metragens.
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JÚRI DA CRÍTICA - ABRACCINE / Critics Jury - ABRACCINE Criada em 2011, a Associação Brasileira de Críticos de Cinema (ABRACCINE) é resultado de uma iniciativa histórica, sendo a primeira entidade nacional a reunir os críticos de cinema do Brasil. A associação tem como objetivo reunir os profissionais da crítica cinematográfica em todo o Brasil, promovendo as diversas formas de pensamento crítico, reflexão e debate sobre o Cinema. A ABRACCINE atua também na organização do Júri da Crítica nos mais importantes festivais de cinema brasileiros, nas cabines de lançamentos de filmes, na promoção de cursos e seminários, e na inserção da crítica nos mecanismos de discussão das variadas políticas do cinema brasileiro. A sua atuação tem ênfase na proposta de elevar a análise crítica cinematográfica no país.
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Created in 2011, the Brazilian Film Critics Association (ABRACCINE) is a result of a historic enterprise, being the first national organization to gather Brazilian film critics. The organization’s goal is to bring together all professional film critics from Brazil, promoting several ways to think, reflect and discuss about Brazilian cinema. The ABRACCINE also acts by organizing Critics Juries for the most important Brazilian film festivals, contributing in film screenings for press, promoting courses and seminars and in the critics insertion in various discussions about Brazilian policies for cinema. The association’s main purpose is to contribute to the increase of cinema criticism in Brazil.
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COMPETITIVA INTERNACIONAL (International Film Competition) / Feature Film
Olhar Award - Best Film (one prize of R$ 12.000,00*) Special Jury Prize Award for Artistic Contribution (The award can be given to an actor, composer, editor, director of photography, scriptwriter, art director, etc)
/ Short Film Olhar Award - Best Film (one prize of R$ 4.000,00*) Award for Artistic Contribution (The award can be given to an actor, composer, editor, director of photography, scriptwriter, art director, etc)
COMPETITIVA OLHARES BRASIL (Brazilian Film Competition) / Feature Film
Olhar Award - Best Film (one prize of R$ 10.000,00*) Special Jury Prize Award for Artistic Contribution (The award can be given to an actor, composer, editor, director of photography, scriptwriter, art director, etc)
/ Short Film Olhar Award - Best Film (one prize of R$ 3.000,00*) Award for Artistic Contribution (The award can be given to an actor, composer, editor, director of photography, scriptwriter, art director, etc)
OTHER AWARDS Novo Olhar Award for the best film of the section New Views Critics Award for one feature film of the Brazilian Film Competition and one feature of the International Film Competition Audience Award for the best short and the best feature of the International Film Competition and Brazilian Film Competition Acquisition Award RPC with the amount of R$ 3.500,00* for a short film of the section Mirada Paranaense (Paranรก State Films)
*All financial awards are subject to tax, to be paid in Brazil, according to the Brazilian Law.
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PRร MIOS
COMPETITIVA INTERNACIONAL / Longa Metragem Prêmio Olhar - Melhor Filme (prêmio financeiro no valor de R$12.000,00*) Prêmio Especial do Júri Prêmio de Contribuição Artística ( O prêmio pode ser dado para um ator/atriz, compositor, montador, diretor de fotografia, roteirista, diretor de arte, etc)
/ Curta Metragem Prêmio Olhar - Melhor Filme (prêmio financeiro no valor de R$4.000,00*) Prêmio de Contribuição Artística ( O prêmio pode ser dado para um ator/atriz, compositor, montador, diretor de fotografia, roteirista, diretor de arte, etc)
COMPETITIVA OLHARES BRASIL / Longa Metragem
Prêmio Olhar - Melhor Filme (prêmio financeiro no valor de R$10.000,00*) Prêmio Especial do Júri Prêmio de Contribuição Artística ( O prêmio pode ser dado para um ator/atriz, compositor, montador, diretor de fotografia, roteirista, diretor de arte, etc)
/ Curta Metragem Prêmio Olhar - Melhor Filme (prêmio financeiro no valor de R$3.000,00*) Prêmio de Contribuição Artística ( O prêmio pode ser dado para um ator/atriz, compositor, montador, diretor de fotografia, roteirista, diretor de arte, etc)
OUTROS PRÊMIOS Prêmio Novo Olhar para o melhor filme da mostra Novos Olhares Prêmio da Crítica para melhor longa da Competitiva Olhares Brasil e melhor longa da Competitiva Internacional Prêmio do Público para melhor longa e curta da Competitiva Internacional e Olhares Brasil Prêmio Aquisição RPC no valor de R$3.500,00* para um curta da Mirada Paranaense *Todos os prêmios financeiros estão sujeitos ao imposto, a ser pago no Brasil, de acordo com a lei brasileira.
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FILME DE ABERTURA Opening Night Film OLHAR DE CINEMA 2013
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AGUIRRE, A CÓLERA DOS DEUSES Aguirre: The Wrath of God
/ Aguirre, Der Zorn Gottes
FICHA TÉCNICA Direção Werner Herzog Roteiro Werner Herzog Direção de Fotografia Thomas Mauch Trilha Sonora Jimi Tenor Montagem Beate Mainka-Jellinghaus Elenco Principal Klaus Kinski, Helena Rojo, Del Negro, Ruy Guerra, Peter Berling, Cecilia Rivera, Daniel Ades und Indianer der Kooperative, Lauramarca Empresa Produtora Werner Herzog Filmproduktion/HR
Alemanha | 1972 | 93’ | DCP | Cor | Ficção
A fome de poder e riqueza, ou a pura loucura foram as razões que levaram os espanhóis a conquistar a América do Sul. A despeito de todos os seus adversários, Aguirre proclama sua visão do Eldorado e de si próprio como seu poderoso e glorioso soberano. No entanto, seus últimos e fiéis seguidores sucumbem pouco a pouco à fome, às doenças e às flechas indígenas. Perdido em uma balsa infestada de ratos, Aguirre ainda sonha fundar com sua filha uma nova dinastia. The hunger for power and wealth, or simply the completely madness were the reasons that led the Spaniards to conquer South America. Despite all his opponents, Aguirre proclaims his vision of Eldorado and himself as its powerful and glorious sovereign. However, his last and faithful followers gradually succumb to hunger, diseases and to the indigenous arrows. Lost in a rat-infested ferry, Aguirre still dreams to found with his daughter a new dynasty.
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WERNER HERZOG Werner Herzog nasceu em Munique em 5 de setembro de 1942. Ele cresceu num vilarejo remoto na região montanhosa da Bavária e estudou história e literatura alemã em Munique e em Pittsburgh. Ele realizou seu primeiro filme em 1961 aos 19 anos de idade. Desde então, ele produziu, escreveu e dirigiu mais de 60 longas-metragens e documentários, como Aguirre, A Cólera dos Deuses (1972), Nosferatu (1978), Fitzcarraldo (1982), Lições da Escuridão (1992), Pequeno Dieter Precisa Voar (1997), Meu Melhor Inimigo (1999), Invencível (2000), O Homem Urso (2005), Encontros no Fim do Mundo (2007), Caverna dos Sonhos Esquecidos (2011). Werner Herzog publicou mais de uma dúzia de livros de prosa e dirigiu mais ou menos o mesmo número de óperas. Werner Herzog vive em Munique e em Los Angeles. Werner Herzog was born in Munich on September 5, 1942. He grew up in a remote mountain village in Bavaria and studied History and German Literature in Munich and Pittsburgh. He made his first film in 1961 at the age of 19. Since then he has produced, written, and directed more than sixty feature and documentary films, such as Aguirre, The Wrath of God (1972), Nosferatu (1978), Fitzcarraldo (1982), Lessons of Darkness (1992), Little Dieter Needs to Fly (1997), My Best Fiend (1999), Invincible (2000), Grizzly Man (2005), Encounters at the End of the World (2007), Cave of Forgotten Dreams (2011). Werner Herzog has published more than a dozen books of prose, and directed as many operas. Werner Herzog lives in Munich and Los Angeles.
FILME DE ABERTURA
Aguirre, a Cólera de Deus é inspirado nas anotações de um ambicioso padre dominicano, Frei Gaspar de Carvajal, que em 1540 percorreu, numa expedição, o caminho entre a cidade de Quito e a foz do rio Amazonas. A versão de Wrener Herzog, no entanto, é uma livre adaptação que se passa em 1561 e narra a trajetória de uma expedição equivalente comandada por Lope de Aguirre e Dom Pedro de Urzúa. O que interessa a Herzog, porém, não é a História em sua dimensão épica, mas a miudeza relações humanas no seio de uma coletividade isolada da civilização e cercada pelo desconhecido. Por isso, no lugar de um historicismo que atinge a verossimilhança pela reconstituição naturalista, busca-se de autenticidade do real em um mergulho visceral na natureza. Extrai-se o máximo de todas as dificuldades de produção que, dos rompantes furiosos de Klaus Kinski aos acidentes com as jangadas e a falta de comida no set, alimentam infinitas anedotas sobre os bastidores. Mas, esqueçam-se as fofocas: a abordagem de Herzog permite uma crueza de registro que destitui a narrativa e os personagens de qualquer grandeza romântica enquanto os submete às forças imponderáveis da natureza. Por um lado, o alongamento da montagem proporciona autonomia a certo planos, que deixam de cumprir função essencialmente narrativa, provocando uma deforntação com o real (a água do rio que se revolve infinitamente, por exemplo). Por outro, esta visceralidade ganha contraponto no trabalho dos atores e na encenação, cuidadosamente elaborados ao longo do filme, especialmente na presença física de Klaus Kinski (o rosto domado por um olhar demente e a movimentação assimétrica e estilizada do corpo que sugerem a natureza de um inseto ou animal selvagem). Incluindo a participação de Ruy Guerra (Os Cafajestes, 1982) no papel de Don Pedro de Ursua, Herzog, por fim, apresenta uma visão crítica da História ao opor a ganância dos esforços civilizatórios a um mundo natural que, longe de qualquer idílio, é uma presença profundamente misteriosa e imponderável.
OLHAR DE CINEMA 2013
Aguirre, the Wrath of God is inspired by notes that the ambitious Dominican priest, Friar Gaspar de Carvajal, who in 1540 lead an expedition that traveled the road between the city of Quito to the Amazon River mouth. The Werner Herzog film, however, is a free adaptation that takes place in 1561 and tells the equivalent path of an expedition commanded by Lope de Aguirre and Pedro de Urzúa. What interests Herzog is not history in its epic scale, but the smallness of human relationships within a community isolated from civilization and surrounded by strangers. Instead of a historicism that reaches the truth by the exactly reconstitution of the facts, Aguirre seeks the authenticity of the real by a deep dive into the rough nature. Extracting the maximum of all its production difficulties that the angry outbursts of Klaus Kinski accidents with rafts and lack of food on the set, endless anecdotes feed the scenes. But, forget the gossip: the approach of Herzog allows rawness registry dismisses the narrative and characters of any romantic grandeur while subjected to the forces of nature imponderables. In one hand, the elongation of the assembly provides autonomy to certain plans that fail to fulfill an essentially narrative, struggling between the fiction and the real (the river water that churns endlessly, for example). On the other hand, this visceral work of actors and the staging, carefully crafted throughout the film, especially the physical presence of Klaus Kinski (his face broken by a demented look and asymmetrical movement and stylized body suggests that the nature of an insect or wild animal). Including participation by Ruy Guerra (The Animal House, 1982) in the role of Don Pedro de Ursua, Herzog, finally, presents a critical view of history in opposing greedy civilizing efforts of a untouched world that, far from any idyll is presence deeply mysterious and imponderable.
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CARLOS REICHENBACH: UMA RETROSPECTIVA A morte repentina de Carlos Reichenbach, no dia 14 de junho de 2012, gerou, como é característico em momentos de perda aguda, uma purgação de sentimentos adormecidos no coração de muitos admiradores conquistados ao longo de uma vida que, precisamente naquele dia, completava 67 anos. Colegas de profissão, produtores, jornalistas, cinéfilos, o público composto por todos aqueles que de alguma maneira foram abraçados pela trajetória de Reichenbach, manifestaram um luto que se fazia tão mais presente porque representava a ausência de um homem de personalidade expansiva, humilde e franca, que destituía de si qualquer sentimento mesquinho de auto-importância para se entregar ao diálogo com o próximo, por mais desconhecido ou estranho que este lhe fosse. À época, isso foi chamado unanimemente de generosidade, marca maior de um espírito libertário dono de uma cultura vasta, que se fazia sentir por meio de um inigualável blog, no “cinema extremo” das sessões do Comodoro, na cinefilia devoradora, na atuação como ensaísta e professor, nas infindáveis conversas pós-sessão, no conhecimento profundo do cinema brasileiro – não apenas aquele de que foi protagonista, mas também o dos ciclos regionais (Reichenbach, para ficar em um exemplo local, prontamente reconheceu as virtudes de Visionários, de Fernando Severo). Sua disposição e entusiasmo eram, em suma, largamente estimulantes – mesmo a 400 quilômetros de distância, para um restritíssimo grupo de admiradores de Curitiba, cidade em que lecionou para as primeiras turmas da Escola de Cinema da Faculdade de Artes do Paraná e em que esteve presente com seu Filme Demência na sessão de abertura do já extinto cineclube Kino Glaz, em junho de 2006, no Sesc da Esquina. O problema, no entanto, é que os sentimentos de pesar, cujo grau de sinceridade ou pertinência não vem ao caso, parecem embaçar uma constatação evidente e que precisa ser recolocada – a de que se trata de um artista do primeiro escalão e que há um percurso de realização no cinema que nos permite afirmar isso com todas as letras. A mostra de oito longasmetragens que apresentamos no programa Olhar Retrospectivo: Carlos Reichenbach é, antes de tudo, a reiteração de que se faz necessário, ainda que de maneira parcial e eminentemente introdutória, conhecer mais a fundo e, com sorte, deixar-se apaixonar pela obra legada por este grande cineasta.
/ Carlos Reichenbach: A Retrospective View Carlos Reichenbach’s sudden death on June 14th 2012 provoked, as it’s typical in moments of great loss, a purge of latent feelings in the hearts of many fans conquered throughout a life that was, precisely on that day, completing its 67th year. Professional colleagues, producers, journalists, film buffs, an audience comprising all those that somehow were embraced by Reichenbach’s path, were mourning, but it seemed an even deeper sorrow as it represented the absence of a man of an expansive, humble and straightforward personality that deprived himself from any petty feeling of self-importance, allowing him to communicate with anybody, unknown and strange as it may be. At the time, he was unanimously described as generous, a great brand of libertarian spirit, holder of vast erudition that could be felt through his unrivalled blog, in the extreme cinema of the “Comodoro sessions”, in his devouring love for movies, his essays and teachings, in the endless conversations after film exhibitions, in his profound knowledge of Brazilian cinema – not only the movement in which he had a leading role, but also of the regional cycles (Reichenbach, for instance, promptly acknowledged the virtues of Visionaries, by Fernando Severo). His eagerness and enthusiasm were greatly stimulating – even 400 kilometers away to a very restrict group of admirers from Curitiba, a city in which he taught to the first classes of the School of Cinema at Paraná Arts College and where he presented his feature The Last Faust in the inaugural presentation of the former cinema club Kino Glaz on June 2006 at Sesc da Esquina. The problem is that all these feelings of sadness, who’s degrees of sincerity or pertinence are not the most important, seem to disregard an obvious fact which must be reinforced: Reichenbach is a first class artist and there is a path of accomplishment in the cinema that allows us to assert it. The eight features that we present in the section Retrospective View: Carlos Reichenbach is, above all, a reiteration that it is still necessary, even if only in a partial and eminently introductory way, to understand more deeply, and perhaps fall in love with, the work of this great filmmaker.
Carlos Reichenbach nasceu em 1945, em Porto Alegre, no berço de uma família de editores e industriais gráficos. Um ano depois, mudou-se para São Paulo, onde descobriu o cinema nos velhos “poeiras”, como eram chamados os antigos cinemas da cidade. A incursão, em 1965, na Escola Superior de Cinema São Luiz foi decisiva para que ele se definisse como diretor de filmes, graças à influência de mestres como Roberto Santos, Paulo Emílio Salles Gomes e Décio Pignatari. Luis Sérgio Person (São Paulo S. A.) foi seu professor e produtor do curta Esta Rua Tão Augusta (1966), filme realizado por Reichenbach como um exercício de aula. Embora não fossem estudantes, Rogério Sganzerla e Jairo Ferreira lhe eram próximos, assim como toda a base do que viria ser designado de “cinema marginal” - cineastas como Ozualdo Candeias, Fauzi Mansur e José Mojica Marins – o Zé do Caixão, cujo talento e gênio foram reconhecidos por Reichenbach desde o princípio.
Carlos Reichenbach was born in 1945 in Porto Alegre in a family of publishers and graphic industrialists. A year later, he moved to São Paulo, where he discovered the cinema in the old grindhouse theaters of the city. His admittance in 1965 to the São Luiz School of Cinema was decisive for him to become a filmmaker and thanks to the influence of masters such as Roberto Santos, Paulo Emílio Salles Gomes, Décio Pignatari and Luis Sérgio Person, who was his professor and producer of the short Esta Rua Tão Augusta (1966), a film shot by Reichenbach as an school exercise. Rogério Sganzerla and Jairo Ferreira, although not being students at São Luis, were very close friends to Reichenbach, as well as the milieu of what would be later described “marginal cinema” – filmmakers such as Ozualdo Candeias, Fauzi Mansur or José Mojica Marins – the Coffin Joe, whose talent and genius were early acknowledged by Reichenbach.
Depois de abandonar a escola, o Carlão, como era comumente chamado, trabalhou com João Callegaro em As Libertinas (1967) e Audácia(1969)
After dropping out the film school, Reichenbach (or Carlão, as he was called) worked with João Callegaro in As Libertinas (1967) and Audácia
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e, posteriormente, dirigiu e fotografou pela Jota Filmes mais de uma centena de trabalhos comerciais e publicitários. Tentou fazer Guatemala, Ano Zero, filme de forte teor político, mas sem sucesso; o primeiro longametragem seria um filme infanto-juvenil de encomenda, Corrido em Busca do Amor (1972), produção tomada por muitas dificuldades de financiamento e realização (a certa altura sequer havia dinheiro para os carros da corrida referida no título...). Abandonando para sempre a publicidade, enquanto mantinha uma carreira de fotógrafo de cinema, Reichenbach partiu para um trabalho autoral em Lilian M., Relatório Confidencial (1975), estabelecendo os fundamentos de uma filmografia que se estenderia em outros 15 longasmetragens, seis curtas-metragens, e quatro episódios em longas-metragens. O que define, porém, os pilares essa autoria? A certa altura de Lilian M., um vendedor ambulante aborda uma bela e simples mulher do campo; ele fala sem parar e repentinamente começa a verter as regras do capitalismo, ironicamente retiradas de um manual de instruções de um jogo de tabuleiro, o Banco Imobiliário. Outra cena: em um momento culminante de Alma Corsária (1993) um estivador negro senta-se à frente de um piano colocado em meio a uma pastelaria chinesa e começa a tocar Claire de Lune, de Claude Debussy; enquanto isso, acessamos os pensamentos do proprietário da pastelaria, da amante de um empresário, e do poeta rimbaudiano Torres, todos eles deleitados com a música; observamos um halterofilista torcendo seus músculos e vemos algumas imagens de arquivo de Honolulu, Macau e Hong Kong. Outro momento: em Bens Confiscados (2004) uma enfermeira beija apaixonadamente um garoto, filho de um antigo amante, em um plano contínuo que circunda os personagens em alternância com outro plano similar que, por sua vez, rodeia o telhado da pausada em que eles estiveram abrigados. A protagonista de Falsa Loura (2007) escuta uma música popular enquanto a tela nos apresenta as letras da canção e a animação gráfica das indicações de leitura e entoação típicas das máquinas de karaokê; ao final do filme, um rearranjo de J. S. Bach (Bist du bei mir, BWV. 508) toca enquanto ela beija o seu homem dos sonhos à luz de uma lua artificialmente colocada num céu estrelado por meio de chroma key. O que une todos estes elementos, e há muitos outros exemplos, é uma beleza peculiar que consegue convergir os opostos mais improváveis em uma mesma constelação. Não se trata unicamente da beleza feminina, pela qual Reichenbach freqüentemente se deixou enfeitiçar, mas a própria beleza do cinema que nos devolve de maneira unívoca e harmônica (e por isso mesmo bela) a mais absolta heterogeneidade. Ela opera em todos os níveis porque resulta na contiguidade entre personagens de caráter e posição social radicalmente opostos, ou, entre formas cinematográficas e musicais distintas, de maneira que somos sucessivamente (ou simultaneamente) colocados diante de leituras poéticas, efeitos melodramáticos, tipificações cômicas de personagens caricatas, pesadelos existenciais de protagonistas – atravessamos Proudhon, Mahler, Carlos Burle, Uchida, Goethe, Zurlini e assim por diante. Este processo é menos um intelectualismo referencial pretensioso que uma sensibilidade ao mesmo tempo erudita e popular, que não apenas reúne o improvável, mas o faz com a inteligência e a sofisticação que lhe permitem atingir o máximo efeito de significação poética, filosófica, dramática e cômica. Estes encontros da filosofia política com erotismo, da música OLHAR DE CINEMA 2013
(1969). Later, he was employed as a cinematographer at Jota Filmes, where he made more than a hundred commercial and advertisement pieces. He tried to film Guatemala, Year Zero, an ambitious political feature, but with no success. His first feature was Corrida em Busca do Amor (1972), directed by Reichenbach on contract while the production faced many funding problems. After definitely abandoning advertising, while he kept working as an cinematographer, Reichenbach undertook an authorial project with Lilian M., Confidential Report (1975), establishing the bases of a filmography that would continue on in 15 feature films, six short films and four episodes in feature films. What defines the fundamental aspects of this authorship? At a certain point in Lilian M., a street vendor approaches a beautiful and simple peasant woman, talking unceasingly. Suddenly he begins to spout the rules of capitalism, ironically taken from an instruction manual of a board game, Monopoly. Another scene: at a climactic moment in Buccaneer Soul (1993), a black dockworker is sitting in front of a piano in the middle of a chinese pastry shop and begins to play Claude Debussy’s Claire de Lune. Meanwhile, we visualize the thoughts of the owner of the pastry shop, the lover of an executive, and the rimbaudian poet Torres, all delighted by the music. We also observe weightlifter slowly stretching his arms as well as some archive footage of Honolulu, Macau and Hong Kong. Another moment: in Confiscated Goods (2004), a nurse passionately kisses a boy, son of a former lover, in a continuous shot that surrounds the characters while alternating trough montage a similar shot of the rooftop of the lodging were they were sheltered. The leading actress in Fake Blonde (2007) listens to a romantic popular song while the screen shows us the lyrics and the typical graphic indications from karaoke machines; at the ending, an rearranged version of J. S. Bach’s Bist du bei mir (BWV. 508) is played while she is kissing the man of her dreams, illuminated by a moon artificially placed at a chroma key background. What unites all these moments – and there are many other examples – is a singular beauty made from convergence of the most unlikely opposites. It’s not really a matter of female beauty, although Reichenbach is often enchanted by it, but the beauty of cinema in itself, that offers us in an univocal and harmonic (therefore beautiful) way the utmost heterogeneity. This operates in every level as it results in the contiguity among radically opposite characters with different personalities and social status, or between profoundly dissimilar cinematic forms and distinct musical styles, so that we are successively (or simultaneously) confronted with various poetic readings, melodramatic effects, comical typification of characters, protagonists’ existential nightmares conveyed though Proudhon, Mahler, Carlos Burle, Uchida, Goethe, Zurlini and so on. This process is less of a pretentious referential intellectualism then a peculiar sensitivity that is able to mix the sensibilities of erudite and ordinary cultures, not for the vague purpose of conflicting the unlikely, but for achieving, with utmost intelligence and sophistication, very precise forms of poetic, philosophical, dramatic and comic signification. These encounters of political philosophy with the erotic 31
sinfônica com o imaginário brega, do melodrama com a chanchada, da malandragem com sofrimento existencial, não são acidentes involuntários ou afetações pós-modernas, mas gestos conscientes e, por isso, críticos. Este é, portanto, um cinema de permanente aposta e risco: elementos de determinadas cenas aparentam estar fora do tom, formalmente nem sempre se atinge um equilíbrio perfeito, o andamento narrativo tem oscilações, etc. Deter-se a isso, porém, diz mais acerca das nossas expectativas que sobre a poética desenvolvida pelo cineasta. Reichenbach harmoniza contradições com vigor que o afasta (e coloca acima) do artesanato narrativo protocolar e do hermetismo vazio de filmes de dispositivo. Ele, grande artista que é, estabelece universos que redefinem os parâmetros de feio e belo, certo e errado, moral e imoral. Mais profundamente, o gesto de Reichenbach é a concretização de um cinema possível no Brasil, sem jamais vislumbrar de modo totalizante uma nação ou um povo homogeneizado, mas absorvendo seus paradoxos por meio de um cinema que lhe é a medida justa. Após Lilian M., Reichenbach realizou O Império do Desejo (1980), uma vigorosa colisão entre a pornochanchada e a ideologia anarcolibertária. É uma paulada política, erótica e estética, sem jamais perder o humor. A partir de Filme Demência (1985), o tom passa a ser autobiográfico, sublinhado por um niilismo resultante da tensão entre o desejo individual e a aspiração à utopia. A propensão dos personagens à transformação, impulsionada pela negação de qualquer dogma e diante da abertura ao mundo, ainda que isso implique crises e buscas por objetivos impossíveis, constitui um valor central destes dois filmes. Por isso, presenciar as vivências dos protagonistas é importante, resultando em uma relação mais forte com o “cinema da alma” e proporcionando dramas como Dois Córregos (1999) e Bens Confiscados (2004). A política passa a ser circunscrita pela memória (Alma Corsária, Dois Córregos), ou é subentendida como uma força oculta que oprime as personagens (Bens confiscados, Dois Córregos). Garotas do ABC (2004) e Falsa Loura (2007) devotam-se ao universo da mulher operária o que, no último caso, torna-se uma espécie de súmula do cinema de Reichenbach. Por motivos unicamente contingenciais, esta retrospectiva não conta com alguns filmes importantes, com destaque para Amor, Palavra Prostituta (1980) e Anjos do Arrabalde (1987). O primeiro é um trabalho de predileção que representa mais uma aventura de Reichenbach com a pronochancada e o melodrama, enquanto o segundo inaugura o interesse pelo drama social urbano, o que posteriormente desencadearia os projetos de Garotas do ABC e Falsa Loura. Também estão ausentes os curtas, como Olhar e Sensação (1995) e Equilíbrio e Graça (2002), bem como as colaborações enquanto diretor de fotografia, em Exitação (Jean Garret, 1976) ou Doce Delírio (Manoel Paiva, 1982). Diante dos oito filmes agora apresentados, fica ao leitor um convite para explorar, de peito aberto e olhos livres, esse cinema ainda a ser melhor visto, pensado e valorado. Nikola Matevski
suggestion, of symphonic music with popular tunes, of melodrama with chanchada, of roguery with existential suffering, ate nor involuntary accidents or post-modern effects, but conscious and therefore critical acts . That’s why Reichenbach’s cinema is one of permanent risk taking, therefore some elements of certain scenes may appear to be off tone, some aspects of his films do not always reach a perfect formal balance, or, as in some other cases, the narrative tempo suffers from oscillations, etc. But, being held back by all this probably tells us more about our expectations than actually enables us to understand the poetics of the filmmaker. Reichenbach harmonizes contradictions with energy that pulls him away (and above) the protocol narrative craftsmanship and the empty abstruseness of conceptual films. As a great artist that he is, he establishes whole universes that uniquely redefine our parameters of ugly and beautiful, right and wrong, moral and immoral. More deeply, Reichenbach reaches a kind of cinema that is viable in Brazil, but never assuming a superior point of view, looking the country from above as a static nation of homogenized people, but absorbing its paradoxes with a just and fair cinema. After Lilian M., Reichenbach made Sensual Anarchy (1980), a vigorous collision between pornochanchada and anarcho-libertarian ideology. It is a proof that a strong political, esthetical and erotic content can be mixed without ever being dull. After The Last Faust (1985), the overall tone becomes more autobiographical and emphasized with nihilism provoked by the tension between individual desire and aspiration to utopia. The willingness of the characters to continuous transformation, driven by denial of any kind of dogmatic thought and reinforced with overall open-mindedness, in spite of eventual personal crisis and identity drifting, constitutes an important aspect of these two pictures. Therefore, portraying the interrelationships between the characters is crucial, this resulting in a strong connection with a “cinema of soul”, which takes us to dramas such as Two Streams (1999) and Confiscated Goods (2004). Politics becomes defined by memory (Buccaneer Soul, Two Streams), or is understood as occult force that oppresses characters (Confiscated Goods, Two Streams). Girls from ABC (2004) and Fake Blonde (2007) portray the social milieu of woman factory workers, an approach that in the latter case develops into an abridgement of Reichenbach’s cinema. This retrospective does not include many important features such as Amor, Palavra Prostituta (1980) or Anjos do Arrabalde (1987). The first one presents another adventure of Reichenbach with pornochanchada and melodrama, as the second one inaugurates his interest in social urban drama that would lead to later projects such as Girls from ABC and Fake Blonde. Also absent are few shorts, such as Olhar e sensação (1995) and Equilibrio e Graça (2002), as well as the Reichenbach contributions as a cinematographer for features like Excitação (Jean Garret, 1976) and Doce Delírio (Manoel Paiva, 1982), among many others. With the eight films presently available at this retrospective, we invite you to explore with open-mindedness and free spirit this marvelous cinema, yet to be, better seen, understood and valued.
Nikola Matevski
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Carlos Reichenbach (1945-2012) Filmografia 1967 - Esta Rua tão Augusta (curta-metragem) 1968 - As Libertinas (episódio: Alice) 1970 - Audácia (episódio: A Badaladíssima dos Trópicos X os Picaretas do Sexo) 1972 - Corrida em Busca do Amor 1973 - O Guru e os Guris (produtor e diretor de fotografia) 1974 - Lilian M: Relatório Confidencial 1977 - Sede de Amar 1978 - A Ilha dos Prazeres Proibidos 1980 - Amor, Palavra Prostituta 1980 - Sonhos de Vida (curta-metragem) 1980 - Sangue Corsário (curta-metragem) 1981 - O Império do Desejo 1981 - O Paraíso Proibido
As Safadas (episódio: A Rainha do Fliperama) - 1982 Extremos do Prazer - 1984 Filme Demência - 1985 Anjos do Arrabalde - 1986 City Life’(episódio: Desordem em Progresso) - 1990 Alma Corsária - 1993 Olhar e Sensação (curta-metragem) - 1994 Dois Córregos - 1999 Equilíbrio & Graça (curta-metragem) - 2003 Garotas do ABC - 2004 Bens Confiscados - 2005 Falsa Loura - 2007
LILIAN M., RELATÓRIO CONFIDENCIAL Lilian M., Confidential Report / Lilian M., Relatório Confidencial
Brasil | 1975 | 90’ | 35mm | Cor | Ficção
Seduzida por um mascate falador, Maria (Célia Olga Benvenutti) abandona o marido lavrador e os dois filhos pequenos, e, após um trágico acidente de carro, segue sozinha para tentar a vida na cidade de São Paulo. Perdida na metrópole, ela é presa até que uma assistente social arruma-lhe um emprego na casa do industrial Braga (Benjamin Cattan). Os dois tornamse amantes, e Maria é rebatizada de Lilian, nome da mãe de Braga. No trágico caminho da miséria ao luxo, Lilian envolve-se com excêntricos tipos humanos: o autodestrutivo filho de Braga, um industrial alemão que financia a repressão, um grileiro de terras falastrão, um detetive boçal, uma rumbeira e cafetina, um bandido tuberculoso, e, finalmente, um submisso funcionário público e sua mórbida irmã. Seduced by a chatty peddler, Maria (Célia Olga Benvenutti) leaves her peasant husband and two young children and, after a tragic car accident, carries on alone to try to thrive in São Paulo. Lost in the megalopolis, she is arrested until a social worker finds her a job at the home of the industrialist Braga (Benjamin Cattan). They become lovers and Maria is renamed Lilian, Braga’s mother’s name. In the tragic path from wretchedness to luxury, Lilian gets involved with eccentric human characters: Braga’s self-destructive son, a German industrialist that finances the dictatorship, a talkative land-grabber, a pretentious detective, a rumba dancer and brothel madam, a tuberculous robber and last but not least, a submissive public official and his morbid sister.
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Lançado em 1974 nos cinemas como Confissões Amorosas e censurado por apresentar episódios de “degradação familiar” – as seqüências com Benjamin Cattan –, Lilian M. foi dez anos mais tarde redescoberto em versão integral no Festival de Roterdã, com ótima acolhida. É o filme que inaugura alguns mecanismos formais que se tornariam recorrentes na filmografia do cineasta: o tom anárquico, o interesse por personagens corsários, a coexistência de diferentes estilos de atuação e caracterização, a alternância abrupta de gêneros, a intensidade dos relacionamentos interpessoais – tudo com vistas a alcançar um olhar essencialmente libertário da sociedade. Assim, partindo de alguns elementos de A mulher Inseto (Shohei Imamura, 1963), quando nos parece que a narrativa irá seguir o caminho da nouvelle vague (Godard), a direção desvia radicalmente para a chanchada ou opta pelo drama de relacionamentos numa encenação climática típica de Valerio Zurlini (referência permanente no trabalho de Reichenbach). A produção deixou uma dívida financeira para o cineasta que havia rodado o longa com dinheiro obtido nos trabalhos publicitários e reaproveitando os cenários usados nos comerciais da produtora Jota Filmes. Released in 1974 in theaters as Confissões Amorosas, and censored for presenting episodes of “family degradation” – Benjamin Cattan’s sequences – Lilian M. was rediscovered ten years later in its full version being well accepted in the Rotterdam film Festival. This feature introduces some of the formal mechanisms that would become recurring in the Reichenbach’s filmography, as the anarchic tone, the interest for corsair characters, the coexistence of different acting and characterization styles, the sudden genre alternation, the intensity of interpersonal relationships – all aiming to reach an essentially libertarian view. What at first reminds us of The Insect Woman (Shohei Imamura, 1963). When it seems that the narrative will embrace the ways of nouvelle vague (Godard), the direction swerves radically for the old chanchada slapstick or becomes a relationship drama in a climatic touch typical of Valerio Zurlini – permanent reference in Reichenbach’s work. The production left a debt with the filmmaker who shot the film with the money he made in advertising works and reusing sets used in the Jota Filmes commercials.
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O IMPÉRIO DO DESEJO Sensual Anarchy
/ O Império do Desejo
Brasil | 1980 | 95’ | 35mm | Cor | Ficção
Sandra (Meiry Vieira), viúva de um milionário devasso, viaja ao litoral para recuperar sua casa de praia tomada por grileiros. No comainho, ela conhece um casal de hippies extemporâneos (Roberto Miranda e Márcia Fraga) e chama-os para serem caseiros da propriedade que, com auxílio de Dr. Carvalho (Benjamin Cattan), acabara de recuperar. O lugar é tomado por libertinagens envolvendo o casal, a viúva, e um leque de passantes insólitos, incluindo duas turistas, o namorado de Sandra, e o rábula Dr. Carvalho, que se apaixona perdidamente pelo casal do amor livre. Como contraponto, Di Branco, excêntrico anjo vingador interpretado pelo poeta Orlando Parolini, devora e liquida tudo que encontra pela frente. Sandra (Meiry Vieira), widow of a lecherous millionaire, travels to the coast to retrieve her beach house occupied by squatters. On the way, she meets an untimely hippie couple (Roberto Miranda and Márcia Fraga) and calls them to work as the house caretakers, as she had just taken it back with the help of Mr. Carvalho (Benjamin Cattan). The place is taken by lewdness involving the couple, the widow and a range of uncommon passers-by, including two tourists, Sandra’s boyfriend and the pettifogger Mr. Carvalho, who falls passionately in love with the hippie couple. As a counterpoint, Di Branco, an avenging angel played by the poet Orlando Parolini, devours and finishes with everything he finds on his way.
OLHAR DE CINEMA 2013
A subversão é proporcional ao tamanho da própria liberdade. Não há filme brasileiro que o postule com mais força que Império do Desejo. Como ocorria com outros cinemas surgidos neste período de junção do marxismo com a psicanálise, sob a égide de teóricos do naipe de Wilhem Reich, em Império do Desejo a revolução anda de mãos dadas com o Eros. Mas, ao contrário de um Dušan Makavejev em W.R. Mistérios do Organismo (1971), Reichenbach pôde apoderar-se de um subgênero plenamente brasileiro – a pornochancada, que já havia assimilado em A Ilha dos Prazeres Proibidos (1979). O habitual repertório conservador do gênero é subvertido neste caso em um panfleto anarcolibertário que se entrega às relações humanas com proximidade e força acachapantes. Assim, os protagonistas hippies são tensionados pelo ciúme, o Dr. Carvalho passa por uma transformação, e a Sara alcança a consciência de seus limites, enquanto os demais, os babacas contaminados pela ignorância do pensamento único, do egoísmo, e da arrogância, terminam nas garras devoradoras do personagem que superou todos os “ismos” interpretado pelo poeta Orlando Parolini. Subversion is as big as freedom itself. There is no Brazilian film that states this more loudly than Sensual Anarchy. As it happened in other cinema movements in this period of fruitful junction between Marxism and psychoanalysis, under the aegis of a theoreticians such as Wilhelm Reich, in Sensual Anarchy the revolution goes hand in hand with Eros. But differently form a feature such as WR: Mysteries of the Organism (Dušan Makavejev, 1971), Reichenbach can embrace a Brazilian subgenre, the pornochanchada, mixing comedy and erotic scenes, style which he already absorbed in Island of Forbidden Pleasures (1979). The habitual genre’s conservative repertoire is subverted in this case into a realm that borders on an anarchic-libertarian pamphlet that is vivid because it surrenders to human relationships with an overwhelming proximity. This way, the hippies couple is tensioned by jealousy, Mr. Carvalho goes through a transformation and Sara reaches the consciousness of her limits, while the remaining characters, the morons contaminated by the ignorance of the dogmatic thought, selfishness and arrogance end in the devouring claws of the post-everything character played by the poet Orlando Parolini.
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FILME DEMÊNCIA The Last Faust / Filme Demência
Brasil | 1986 | 90’ | 35mm | Cor | Ficção
Depois que a indústria de cigarros que herdou da família vai à falência, Fausto (Ênio Gonçalves) entra em crise e passa a confrontar-se com suas utopias, desejos e pesadelos. Ele rompe com Doris (Imara Reis), sua esposa infiel, rouba um revólver, e vaga pela noite de São Paulo em busca de Mira-Celi, seu paraíso imaginário. Ao longo do trajeto, Fausto encontra personagens emblemáticos de sua existência: o amigo de infância Wagner (Fernando Benini), a amante suburbana Mércia (Maria Pestana), o visionário guru Honduras (Orlando Parolini), e, sobretudo, Mefisto (Emílio Di Biasi), que surge transvestido de várias formas. Impulsionado por iluminações, protagonista ruma a um caminho de profunda autodescoberta. After the tobacco industry he inherited goes bankrupt, Fausto (Ênio Gonçalves) falls into a deep personal crisis and begins to face his utopias, desires and nightmares. He breaks up with Doris (Imara Reis), his unfaithful wife, steals a gun and wanders through the night of São Paulo in search of Mira-Celi, his imaginary paradise. Along the way, Fausto meets emblematic characters of his existence: his childhood friend Wagner (Fernando Benini), the suburban lover Mércia (Maria Pestana), the visionary guru Honduras (Orlando Parolini) and last but not least, Mephisto (Emílio Di Biasi), that appears in different forms. Driven by enlightenments, the leading character heads to a path of profound self-discovery.
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É a São Paulo filmada de baixo, espelho daquela vista de cima em São Paulo S.A., de Luis Sérgio Person. Como naquele filme, a modernidade industrial é o pano de fundo, mas neste caso ela provoca a desgraça da falência econômica e a humilhante perda das heranças familiares, empurrando o protagonista a uma vertiginosa descida aos infernos. A agonia visceral do Fausto de Ênio Gonçalves, que em um último gesto de desespero entrega-se carnalmente à sua mulher (mordendo-lhe a bunda e rasgando as roupas com uma gilete) é contraposta pelas miragens surreais de uma menina que representa a inocência. A perambulação pela cidade em busca do paraíso de Mira-Celi leva Fausto a viajar para a praia; trata-se também de uma viagem metafórica ao interior da alma do protagonista que, finalmente, alcança a redenção ao descobrir no próprio ato da busca um significado vital. Único trabalho de Reichenbach realizado pela Embrafilme, Filme Demência, anagrama de “filme de cinema”, também é uma projeção das crises pessoais do diretor, inaugurando um interesse mais elaborado pelo drama e pela memória. It is São Paulo filmed from below, a mirror from the one seen from above in São Paulo S.A., by Luis Sérgio Person. As in that film, the industrial modernity is the background, but in this case, it provokes the misfortune of the economical bankruptcy and the humiliating loss of family inheritances, pushing the protagonist to a vertiginous descent to hell. The visceral agony of Ênio Gonçalves’ Faust that, in a last gesture of desperation surrenders carnally to his wife – biting her butt and ripping her clothes with a razor blade – is countered by the surreal mirages of a girl that represents innocence. The wandering through the city in search of Mira-Celi paradise takes Faust to travel to the shore. It is also a metaphorical trip to the protagonist’s inner soul, which finally achieves redemption by finding out a vital meaning in the act of the permanent search itself. This was Reichenbach’s only film made by Embrafilme. Filme Demência, the original title is an anagram of “filme de cinema” (cinema film). It is also a projection of the director’s personal crisis, inaugurating a more elaborate interest for drama and memory.
OLHAR RETROSPECTIVO
ALMA CORSÁRIA Buccaneer Soul
/ Alma Corsária
Brasil | 1993 | 111’ | 16mm | Cor | Ficção
A festa de lançamento do livro Sentimento Ocidental reúne os amigos Rivaldo Torres (Bertrand Duarte) e Teodoro Xavier (Jandir Ferrari) na Pastelaria Espiritual. Enquanto uma diversidade de personagens comparece ao evento, incluindo, entre outros, o executivo editorial Magalhães (Jorge Fernando), a sua virginal noiva Verinha (Flôr), e um suicida (Abrahão Farc) resgatado por Torres no Viaduto do Chá, somos levados ao passado para acompanhar a evolução da amizade entre os dois protagonistas, acompanhando o desenvolvimento do subtexto sociocultural (entre outros, a São Paulo dos movimentos contraculturais dos anos 60). Quando a festa, embalada por muitos momentos de humor, termina, um anjo em forma de mulher aparece para selar o destino de Torres. The autograph signing party during the public release of the book “Western Feeling” gathers the friends Rivaldo Torres (Bertrand Duarte) and Teodoro Xavier (Jandir Ferrari) at the Spiritual Pastry Shop. While a great diversity of characters pass by the event, including the publishing executive (Jorge Fernando) and his virginal fiancée Verinha (Flôr) and a suicidal (Abrahão Farc), rescued by Torres at the Chá viaduct, we are taken to the past to follow the development of a friendship between two leading characters, accompanying the changes in the social-cultural subtext – as São Paulo of the countercultural movements of the sixties. When the party, filled with funny moments, ends, an angel in the form of a woman appears to seal Torres’ fate.
OLHAR DE CINEMA 2013
Enquanto o cinema nacional enfrentava dificuldades (fechamento da Embrafilme em 1991), no intervalo de seis anos desde a realização de Anjos do Arrebalde, Reichenbach estudou música e composição. Em Alma Corsária, além da direção e da fotografia, ele também assina a trilha sonora (destaque para Dedos de Deus, faixa que seria rearranjada para o crédito final de Falsa Loura). Aqui, o autor alça vôos muito altos em todas as frentes, como se assumisse a liberdade de Lilian M. e lhe juntasse a profundidade da memória autobiográfica de Filme Demência. Encontramos o humor da chanchada na personagem de Flor (à época uma jurada muito popular no programa de Silvio Santos), o amadurecimento político e existencial de Torres e Xavier sob os anos de chumbo, a vida urbana sob a repressão policial, as lembranças a Jairo Ferreira, Percival Gomes de Oliveira e Inácio Araújo, as aparições coreografadas do anjo da morte, e até uma entrega do Oscar que faltou a Samuel Fuller (representado pelo lendário cineclubusta Maurice Legeard). Destaques especiais cabem ao episódio da “falsa noiva”, particularmente uma cena de dança, e ao próprio espaço da Pastelaria Espiritual, cujo presente imaginário é talvez o mais forte dos espaços de exuberância coletiva e afetiva tão comuns ao cineasta (outros são o Hotel Danúbio, o restaurante Dois Corsários, o ABC Democrático, o Clube Alvorada...) While the Brazilian Cinema was facing difficulties – closing of the only cinema state-run agency Embrafilme in 1991 – during the six years since the shooting of Angels of the Outskirts, Reichenbach studied music and songwriting (during the middle sixties he was a keyboardist for the TNT Trio). In Buccaneer Soul, besides the direction and the cinematography, he also signed the soundtrack – attention to Dedos de Deus, a track that would be rearranged for the final credits of Falsa Loura. Here, the author flies high in every front, as if he assumed the freedom of Lilian M. and mixed it to the deepness of the autobiographic memory of The Last Faust. We find the humor of the old Brazilian chanchada comedy films in Flor’s character, who, at the time, was a famous jury member on Silvio Santos’ popular TV show. We also find the political and existential ripening of Torres and Xavier during the dictatorship period, the urban life under police repression, memories of Jairo Ferreira, Percival Gomes de Oliveira and Inácio Araújo and the choreographed appearances of the angel of death. Even an forgotten Academy Award was given to Samuel Fuller – played by the film society pioneer Maurice Legeard. But the ultimate highlight is the “fake fiancée ” episode, specifically in a dance scene, and the Espiritual Pastry Shop space witch, in is colorful imaginary, is perhaps the best of the collective and affective exuberance places that are so common in Reichenbach – for instance, the Hotel Danube, the Dois Corsários restaurant, the ABC Democrático, the Alvorada club and so on.
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DOIS CÓRREGOS – VERDADES SUBMERSAS NO TEMPO Two Streams
/ Dois Córregos - Verdades Submersas no Tempo
Brasil | 1999 | 112’ | 35mm | Cor | Ficção
Ana Paula (Beth Goulart) viaja a Dois Córregos, no interior de São Paulo, para recuperar a casa de campo que herdou dos pais, falecidos recentemente, e que está ocupada por grileiros. Constrangida com a indiferença de seu advogado, e com a rispidez da ação policial, Ana lembra-se da última vez que esteve ali, no final dos anos 60, época em conheceu, acompanhada da colega de escola Lydia (Luciana Brasil), o tio Hermes (Carlos Alberto Riccelli), um ativista de extrema esquerda que, depois de anos de exílio, buscava oficializar o seu retorno ao país. Apesar das tensões e das diferenças, o relacionamento entre os três torna-se mais próximo e emotivo, o que revela, para as meninas, vários momentos de descoberta da sensualidade, do afeto e da melancolia. Ana Paula (Beth Goulart) travels to Two Streams, in the interior of São Paulo state to retrieve from squatters the house she inherited from her recently deceased parents. Uneasy with her lawyers indifference and the roughness of the police, Ana reminds the last time she was there in the end of the sixties, during a summer she spent with her school friend Lydia (Luciana Brasil). That’s when she met uncle Hermes (Carlos Alberto Riccelli), a left wing activist who, after years in exile, was trying to officialize his return to the country. Despite the tensions and differences, the relationship among the those characters becomes closer and more emotive, revealing several moments of discovery of sentiments such as sensuality, affection and melancholy.
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Situado nas proximidades de uma casa interiorana, na cidade de Dois Córregos, o filme assume uma geografia próxima àquela de O Império do Desejo (casa de praia) ou Bens Confiscados (pousada litorânea fora de temporada), locais cuja isolação define o espaço fílmico enquanto propicia um ambiente ideal para a eclosão de sentimentos interpessoais. E, como em O Império do Desejo, o foco aqui está na abertura do indivíduo às transformações e às pulsões trazidas pela vida, mesmo que o caminho a ser percorrido implique em amores impossíveis (a paixão entre uma filha de militar de alta patente e um comunista). Desta vez, porém, a dimensão política é mais profundamente subentendida e é relegada a um acerto de contras com a memória (como em Alma Corsária), por meio de fotografia taciturna e dramaturgia de encenação delicada que se dedica aos sentimentos trocados entres as personagens. A música encontra uma função dramática importante, especialmente nos prelúdios de Alexander Skriabin. Situated around a country house in the town of Two Streams, the film creates a geography close to the one portrayed in Sensual Anarchy (beach house) or in Confiscated Goods (off season seaside inn), places whose isolation defines the filmic space while it provides an ideal environment for the emergence of interpersonal feelings. And as in Sensual Anarchy, the focus is in the opening of the individual to transformations and desires brought by life, even if that implies the emergence of impossible relationships – passion between a high patent military official’s daughter and a communist during the dictatorship period. But this time, the political dimension is more deeply inferred and it is relegated to settling the score with memory – as in Buccaneer Soul – through a taciturn cinematography and a delicate dramaturgy that is devoted to the feelings being exchanged between characters, especially during Alexander Skriabin’s preludes.
OLHAR RETROSPECTIVO
GAROTAS DO ABC Girls from ABC
/ Garotas do ABC
Brasil | 2004 | 125’ | 35mm | Cor | Ficção
No ABC de São Paulo, região de fábricas têxteis e metalúrgicas, um grupo de operárias vive seu cotidiano de intenso trabalho, sonhos e ilusões. Paula Nélson (Natália Lorda), uma espécie de madre superiora na relação que estabelece com as colegas, é assediada por um líder sindical; Antuérpia (Vanessa Alves) tenta, aos 38 anos, iniciar-se na profissão de tecelã; a casta Suzana (Luciele Di Camargo) é apaixonada pelo patrão. Aurélia (Michelle Valle), operária negra, bela e atrevida, fã de Arnold Schwarzeneger, namora Fábio (Fernando Pavão), jovem enturmado em um grupo neonazista liderado pelo advogado Salesiano de Carvalho (Selton Mello). O conflito entre a gangue racista e as demais personagens culmina em briga durante uma festa na casa de shows Clube Democrático. In the ABC region of São Paulo, area of textile factories and metallurgy workshops, a group of female workers live their lives with intense work, dreams and illusions. Paula Nelson (Natália Lorda), a kind of mother superior in the relationship she establishes with her colleagues, is harassed by an union leader. Antuérpia (Vanessa Alves) initiates herself in the weaver profession at the age of 38. The pure Suzana (Luciene Di Camargo) is madly in love with her boss. Aurélia (Michelle Valle) is a black, beautiful and daring fan of Arnold Schwarzenegger and dates Fábio (Fernando Pavão), a young man who is close to a neo-Nazi group led by the lawyer Salesiano de Carvalho. The conflict between the racist gang and the other characters culminate during a party in the nightclub Clube Democrático.
OLHAR DE CINEMA 2013
Seguindo o sucesso de Anjos do Arrabalde, que havia sido premiado com L` Age d’Or pela Cinemateca Real de Bruxelas, e era considerado um dos grandes filmes dos anos 1980 por Hubert Bals (criador do Festival de Roterdã), Reichenbach desenvolveu mais dois projetos dedicados ao universo feminino da classe média urbana. Em Sonhos de Vida e Vida de Sonhos pretendia abordar, respectivamente, o tempo do trabalho e o tempo do lazer das operárias tecelãs do ABC Paulista, um dos primeiros grupos trabalhistas a organizar-se para reivindicar seus direitos por meio de greves. Depois que a co-produção prevista com a televisão espanhola foi impossibilitada, os projetos permaneceram em desenvolvimento e, em 1993, foram desmembrados em seis longas-metragens. Destes, quatro foram roteirizados por Reichenbach com o apoio da Bolsa Vitae (Jairo Ferreira havia incentivado Reichenbach a inscrever-se no concurso) e Garotas do ABC tornou-se o primeiro título do projeto a chegar às telas. Filme de estruturação elaborada que encontra alguns de seus melhores momentos no precioso trabalho de encenação, dos melhores do cinema brasileiro recente, capaz de simultaneamente estabelecer relações de poder e expressão dramática, especialmente no espaço da fábrica. Following the success of Angels of the Outskirts, which had been awarded with the L’Age d’Or by the Royal Film Archive of Brussels and was considered one of the great films of the eighties by Hubert Bals – creator of the Rotterdam Film Festival – Reichenbach developed two other projects dedicated to the urban middle class female universe. In Sonhos de Vida and in Vida de Sonhos, he intended to address the work time and the leisure time of the weaving workers of the ABC region in São Paulo state, which was one of the first groups to get organized to claim their rights by strikes. After the expected co-production with a Spanish TV channel was not made possible, those projects stayed in development until 1993, when they were split in six feature films. Out of these, four scripts were written by Reichenbach with the support of Bolsa Vitae concourse – Jairo Ferreira encouraged Reichenbach to apply for the grant – and Garotas do ABC became the first feature title of the initial project to reach the big screen. A film of an elaborate framework that finds some of its best moments in the precious mise-en-scene, one of the best in the modern Brazilian cinema, particularly within the factory area.
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BENS CONFISCADOS Confiscated Goods / Bens Confiscados
Brasil | 2004 | 108’ | 35mm | Cor | Ficção
Um poderoso senador é atingido publicamente por escândalos de corrupção, tráfico de influências e bigamia. Sob acusações de sua mulher Valquíria (Beth Goulart) e na iminência de perder os direitos políticos e ter seus bens confiscados, o senador manda seu assessor Paulo Hermes (Antonio Grassi) sequestrar o único filho varão e bastardo, Luis Roberto (Renan Gioeli). Escondido da mídia e dos inimigos numa cidade balneária do sul do país, o garoto recebe os cuidados de uma antiga e fiel amante do senador, a enfermeira Serena (Betty Faria). Aos poucos, emerge um drama de inspiração melodramática sobre um amor impossível protagonizado por personagens de idades radicalmente díspares e à sombra das perversões do poder. A powerful senator is publicly affected by a corruption scandal, influence peddling and bigamy. Accused by his wife Valquíria (Beth Goulart) and about to lose his political rights and have his assets confiscated, the senator orders his advisor to kidnap his only bastard son, Luiz Roberto (Renan Gioeli). Hidden from the media and his enemies at a seaside town in the south of Brazil, the boy is taken care by a faithful Senator’s lover, nurse Serena (Betty Faria). Little by little, an impossible love between characters with big difference in age is shadowed by political power as the narrative conveys a broader melodrama.
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O filme é um veículo para uma estrela, Betty Faria, atriz com que Reichenbach havia trabalhado em Anjos do Arrabalde, e que dessa vez também assina a produção, juntamente com Sara Silveira. Longe de uma estrutura episódica, o filme tem uma organização formal mais límpida que alguns outros trabalhos do cineasta, o que lhe proporciona um epílogo particularmente forte. A enfermeira interpretada por Betty Faria é uma mulher madura que resiste aos conflitos que a cercam, até que ela também torna-se objeto do drama, no último terço de projeção, quando seus sentimentos latentes vêm à tona para logo serem devastados. Um dos poucos (talvez o único) plano em que o diretor opta por uma lente grande angular apresenta-nos a protagonista oprimida por um espaço vazio que outrora fora ocupado por um adorável universo de personagens levemente inverossímeis (um simpósio de pedagogas, um húngaro sedutor e canastrão). A escolha é dramaticamente forte porque não apenas estabelece o espaço como projeção do estado da personagem, mas também porque contrasta, pela organização geométrica e posição estática, o trabalho de câmera feito até então. É um golpe de mestre que logo em seguida nos introduz a um close ainda mais dilacerante, mérito do trabalho de luz e cor do fotógrafo e cinegrafista Jacob Solitrenick. This film is a vehicle for a star, Bettly Faria, an actress that had worked with Reichenbach in Anjos do Arrabalde and that in this case also participates as a producer, together with Sara Silveira. Far from an episodic structure, the feature has a clearer formal organization than other Reichenbach films and this enables a particularly strong epilogue. The nurse played by Betty Faria is a mature woman who resists to the conflicts that surround her until she also is driven to become an object of the drama during the last third of the feature when her latent feelings surface just to be ravaged. One of the few – maybe the only one – shots where the director chooses a wide angle lens presents us the leading actress oppressed by an empty space that once had been occupied by a lovely universe of unlikely characters – a symposium of attractive teachers, a seductive and hammy Hungarian. The choice is dramatically even stronger because not only it establishes the space as a projection of the state of the character, but because it also contrasts, by the geometrical organization and static position, to the camera work made until then. It is a masterstroke that subsequently introduces us to an even more painful close up, a great accomplishment of the light and color grading by the director of photography and cinematographer Jacob Solitrenick.
OLHAR RETROSPECTIVO
FALSA LOURA Fake Blonde
/ Falsa Loura
Brasil | 2007 | 103’ | 35mm | Cor | Ficção
Silmara (Rosanne Mulholland), uma operária de exuberante beleza, sustenta o pai Antero (João Bourbonnais), um ex-presidiário com passado no crime como um incendiário. Entre as aulas de dança com a professora Regina (Luciana Brites) e o trabalho na fábrica, em que é admirada pelas colegas, Silmara, cuja beleza anda ao lado de um caráter forte e ríspido, envolve-se com Bruno de André (Cauã Reymond), vocalista de uma banda popular. Invejada pela possibilidade de rápida ascensão econômica e social, Silmara termina por envolver-se também com Luís Ronaldo (Maurício Mattar), outro cantor popular, no que progressivamente torna-se uma trajetória de desilusão e profunda devastação emocional. Silmara (Rosanne Mulholland), a worker of exuberant beauty, provides for her father Antero (João Bourbonnais) an ex-con with a past as an arsonist. Between her dance classes with Regina (Luciana Brites) and the work in the factory, where she is admired by the colleagues, Silmara, whose beauty is followed by a strong and harsh nature, gets involved with Bruno de André (Cauã Reymond), the singer from a popular music band. Envied by the possibility of a fast economical and social ascension, Silmara also gets involved with Luís Ronaldo (Maurício Mattar), another popular singer, in what ends up becoming a path of disillusion and deep emotional devastation.
OLHAR DE CINEMA 2013
Ao mesmo tempo em que resgata o universo socioeconômico de Garotas do ABC, Falsa Loura detém-se em uma protagonista específica cujo percurso dramático retoma aquele da enfermeira em Bens Confiscados, com resultados igualmente aflitivos. Porém, se aquela era uma mulher forte porque adulta e madura, a operária interpretada por Rosanne Mulholland tem na arrogância e rudeza os seus mecanismos de defesa e afirmação de superioridade em relação às demais colegas. A personagem ganha relevo humano no contato com o pai, mas, em última instância, a ingenuidade de suas aspirações acaba por levá-la a sucessivas desilusões (o dinheiro tem uma função profundamente repugnante, precisamente como em Bens Confiscados) em um registro que se entrega com a mais plena sinceridade ao imaginário correspondente. Dessa vez, a constatação da dor pela protagonista é radicalmente distinta: um vigoroso plano de aproximação que recorta a atriz do fundo da imagem em um movimento proporcional ao seu definhamento emotivo. Reichenbach dizia que desprezava os cineastas que não amassem incondicionalmente as suas personagens; em Falsa Loura ele demonstra que o amor aos personagens jamais se confunde com condescendência. At the same time in which it rescues the social-economical milieu of Garotas do ABC, the film Fake Blonde focuses on a specific protagonist, whose dramatic trajectory in a way resumes that of the nurse in Confiscated Goods, with equally afflictive results. But if that was a strong woman for being adult and mature, the worker played by Rosanne Mulholland brings in her arrogance and harshness as mechanisms of defense and affirmation of superiority towards her colleagues. The character gains a human perspective while in contact with her father, but ultimately, the naivety of her aspirations takes her to successive disillusions – money has a deeply repugnant function, just like in Confiscated Goods – portrayed by Reichenbach with the utmost sincerity and correspondence to her romantic imaginary. In this case, the moment of acknowledgment of the protagonist’s pain is radically different; a vigorous approximation shot trims the actress from background in a movement that is proportional to her emotive decay. Reichenbach said he despised the filmmakers that didn’t unconditionally love their characters. In Fake Blonde, he shows that the love for the characters should never be mistaken with condescendence.
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C O M P E T I T I VA INTERNACIONAL DE LONGA METRAGEM Inter national Feature Film Competition OLHAR DE CINEMA 2013
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74 - THE RECONSTITUTION OF A STRUGGLE 74 - The Reconstitution of a Struggle
/ 74 - Istiaadat Li Nidal
FICHA TÉCNICA Direção Raed Rafei, Rania Rafei Roteiro Raed Rafei, Rania Rafei Produção Jinane Dagher Direção de Fotografia Nadim Saoma Direção de Arte Nanou Ghanem Montagem Rania Rafei Som Fadi Tabbal, Stephane Rives Elenco Principal Nassim Arabi, Nizar Sleiman, Rita Hedroj, Assaad Thebian, Yosser El Chami alias Molotov, Sandra Njeim, Maarouf Mawloud Empresa Produtora Orjouane Productions
Líbano | 2012 | 95’ | DCP | Cor/P&B | Híbrido
1974: estudantes protestam contra o aumento da mensalidade na Universidade Americana de Beirute. Por 37 dias, eles ocuparam escritórios da universidade. Com a revolta estudantil de 1974 como ponto de partida, os cineastas Rania e Raed Rafei dirigem um interessante documentário sobre as questões centrais da revolução e da democracia. Além de uma reencenação meticulosa, eles incluem improvisações teatrais em que os ativistas de hoje dão sua interpretação das ações dos líderes estudantis de 74. 1974: Students demonstrate against a tuition increase at the American University of Beirut. For 37 days, they occupy university offices. With the Lebanese student revolt of 1974 as their starting point, filmmakers Rania and Raed Rafei direct an absorbing documentary on the core issues of revolution and democracy. In addition to a meticulous reenactment, they include theatrical improvisations in which today’s activists give their interpretations of the student leaders’ actions in ’74
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RAED RAFEI / RANIA RAFEI Raed Rafei é um jornalista, cineasta, blogueiro e repórter libanês que, atualmente, mora em Nova York. 74 estreou no FID Marselha, ganhando um prêmio nacional. A cineasta Rania Rafei escreveu e dirigiu vários curtas e documentários aclamados. Raed Rafei is a Lebanese journalist, filmmaker, blogger and reporter currently residing in New York. 74 premiered at FID Marseille, winning a national award. Lebanese filmmaker Rania Rafei has written and directed several acclaimed short-films and documentaries. Jinane Dagher
jinanedagher@gmail.com www.orjouaneproductions.com
C O M P E T I T I VA I N T E R N A C I O N A L D E L O N G A M E T R A G E M
APE Ape
/ Ape
FICHA TÉCNICA Direção Joel Potrykus Roteiro Joel Potrykus Produção Ashley Young, Michael Saunders, Kevin Clancy, Joel Potrykus Direção de Fotografia Joel Potrykus Direção de Arte Sarah Keen Montagem Joel Potrykus Som Jay Reimenschneider Elenco Principal Joshua Burge, Gary Bosek, Teri Nelson, Dan Falicki, Jason Roth, Gary Perrine, Reynaldo Herrera Empresa Produtora Sob Noisse Movies
EUA | 2012 | 86’ | DCP | Cor | Ficção
O batalhador comediante Trevor Newandyke não só arrebenta no palco, mas ele explode bombas nos bastidores como um piromaníaco frustrado com a enorme estagnação à sua volta. Ele está farto com todos os babacas que acham que podem humilhá-lo. Um acordo com um homem vestido como o Diabo lhe dá o ímpeto para vingar-se. É claro que os acordos com o Diabo nunca acabam bem. Vencedor do Prêmio de Melhor Novo Diretor do Festival de Cinema de Locarno 2012. Struggling comedian Trevor Newandyke not only bombs on stage, but he ignites bombs offstage as a pyromaniac frustrated with the barrage of static surrounding him. He’s fed up with all the jerks who think they can push him around. A deal with a man dressed as the Devil gives him the drive to fight back. Of course, deals with the Devil never turn out well. Winner of Best New Director, Locarno Film Festival 2012.
JOEL POTRYKUS Nascido em 1977 e ainda morando no seu estado natal de Michigan, Potrykus consegue fazer filmes afastado de qualquer indústria do entretenimento sem restrições ou interferências. Além de produzir, Potrykus é crítico de cinema para uma publicação anual. Ele dirigiu o longa Ape (2012) e os curtas Coyote (2010) e Gordon (2007). Born in 1977, still living in his homestate of Michigan, Potrykus is able to make films far from any entertainment industry with no restrictions or interference. Along with production, Potrykus is a film critic for an annual publication. He has directed the feature Ape (2012) and the shorts Coyote (2010) and Gordon (2007). Joel Potrykus
joelpotrykus@gmail.com www.apefilm.com
OLHAR DE CINEMA 2013
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BOA SORTE, MEU AMOR Good Luck, Sweetheart
/ Boa Sorte, Meu Amor
FICHA TÉCNICA Direção Daniel Aragão Roteiro Daniel Aragão, Gregorio Graziosi, Luiz Otavio Pereira Produção Pedro Severien Direção de Fotografia Pedro Sotero Trilha Sonora Jimi Tenor Montagem Daniel Aragão, Gregorio Graziosi Elenco Principal Vinicius Zinn, Christiana Ubach, Rogerio Trindade Empresa Produtora Orquestra Cinema Estúdio
Brasil | 2012 | 95’ | DCP | P&B | Ficção
Dirceu, 30 anos, é conformado numa espécie de amnésia subjetiva e tenta enterrar o passado de sua família. Ele vive no Recife, onde a paisagem sofre um processo de transformação, em parte graças ao seu trabalho numa empresa de demolição. Maria compartilha as mesmas origens sertanejas, mas ela usa a cidade para outro propósito. Ela é uma despojada estudante de música com alma de artista. Se Dirceu aspira a um mundo estável e presente, Maria vive em discordância com o presente. Dirceu, a 30-year-old man, is confined to a subjective amnesia of some sort and attempts to bury his family’s past. He lives in Recife, where the landscape is undergoing an out-of-control process of transformation due, in part, to his job in a demolition company. Maria shares the same backcountry origins, but she uses the city for different purposes. She is a deprived music student with the soul of an artist. If Dirceu aspires to a stable and present world, Maria lives in disagreement with the present.
DANIEL ARAGÃO Nasceu no Recife em 1981. Trabalhou como assistente de direção no filme Cinema, Aspirinas e Urubus (2005), de Marcelo Gomes. Dirigiu os curtas A Conta-Gostas (2006), Uma Vida e Outra (2007), Solidão Pública (2008) e Não Me Deixe Em Casa (2009). Boa Sorte, Meu Amor, seu primeiro longa-metragem, recebeu o prêmio do júri Cinema & Gioventù no Festival de Locarno. Born in Recife, Brazil, in 1981. Aragão worked as an assistant director for the film Cinema, Aspirins, And Vultures (2005), directed by Marcelo Gomes. He directed the short films A Conta-Gotas (2006), Uma Vida e Outra (2007), Solidão Pública (2008) and Não Me Deixe em Casa (2009). Good Luck, Sweetheart, his first feature film, was awarded with the Cinema & Gioventù Jury Prize at the Locarno Film Festival. Daniel Aragão
danielaragao@gmail.com
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C O M P E T I T I VA I N T E R N A C I O N A L D E L O N G A M E T R A G E M
CAMA DE GATO Cat’s Cradle
/ Cama de Gato
FICHA TÉCNICA Direção Filipa Reis, João Miller Guerra Roteiro Pedro Pinho Produção Filipa Reis Direção de Fotografia Vasco Viana Montagem Filipa Reis, João Miller Guerra Som João Gazua, Rúben Costa Elenco Principal Joana Santos Empresa Produtora Vende-se Filmes
Portugal | 2012 | 57’ | HD | Cor | Híbrido
Ela apareceu como uma boneca de louça, pequena, frágil, branca, com um laço na cabeça. Aos poucos foi-se partindo ganhando uma complexidade encantadora. A dualidade entre a força e a fragilidade, a liberdade e a prisão, a alegria e a tristeza conquistou-nos. A intimidade e cumplicidade com ela criadas permitiram fazer este filme. Em Cama de Gato partilhamola com os outros. She appeared as a porcelain doll, small, fragile, white and with a bow on her head. Gradually she began to crack and getting an enchanting complexity. The duality between strength and fragility, freedom and prison and joy and sadness won us over. The intimacy and complicity created with her allowed us to make this film. In Cat’s Cradle, we share it with others.
FILIPA REIS / JOÃO MILLER GUERRA Filipa Reis (1977) Gestão de Empresas. Pós-graduacão em Cinema e Televisão. Mestrado em Desenvolvimento de Projeto Cinematográfico. João Miller Guerra (1974) Design e Artes Plásticas. Li Ké Terra (2010), Orquestra Geração, Nada Fazi (2011), Cama de Gato, Bela Vista (2012), Fragmentos de Uma Observação Participativa (2013). Filipa Reis (1977) Business Management and Administration.Post-graduate studies in Cinema and Television. Master’s Degree in Cinematography Project Development. João Miller Guerra (1974) Design and Fine Arts. Li Ké Terra (2010), Generation Orchestra, Nada Fazi (2011), Cat’s Cradle, Bela Vista (2012), Fragments Of A Participant Observation (2013). Filipa Reis
info@vende-sefilmes.com www.vende-sefilmes.com
OLHAR DE CINEMA 2013
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DOCUMENTARIAN Documentarian
/ Dokumentalists
FICHA TÉCNICA Direção Ivars Zviedris, Inese Klava Empresa Produtora VFS Films
IVARS ZVIEDRIS / INESE KLAVA
Letônia | 2012 | 80’ | DCP | Cor | Documentário
Inta é uma mulher ríspida e áspera, que mora sozinha à beira de um pântano pitoresco. Um dia, sua solidão é interrompida pela chegada de um documentarista. A seus olhos, Inta é uma protagonista extraordinária para um possível filme, mas a mulher selvagem prefere amaldiçoar o intruso irritante a se deixar ser filmada. Porém, a persistência do cineasta acaba dando resultado em derreter o gelo no coração de Inta... Apenas para parti-lo logo em seguida. Inta is a bruesque, crusty woman who lives alone on the edge of a picturesque marsh. One day her solitude is intruded upon by the arrival of a documentary filmmaker. In his eyes Inta is an outstanding would-be film protagonist but the wild woman would rather put a curse on the importunate intruder than let herself be filmed. But the filmmaker’s persistance finally succeeds in melting the ice of Inta’s heart... just in order to break it soon afterwards.
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Diretor e câmera de documentários e formado em direção de cinema na Academia de Cultura da Letônia em 2001, seus filmes demonstram um interesse genuíno nos sentimentos e sensibilidades mais íntimos de seus protagonistas, além de uma habilidade imperiosa ao captar suas imagens. A documentary film director and cameraman. Graduated film directing at the Latvian Academy of Culture in 2001. His films display a genuine interest in the innermost feelings and sensibilities of his protagonists, and a masterful skill in capturing them on film. MARIJA KNEZEVIC
festivals@taskovskifilms.com www.taskovskifilms.com
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ESSE AMOR QUE NOS CONSOME This Love That Consumes
/ Esse Amor Que Nos Consome
FICHA TÉCNICA Direção Allan Ribeiro Roteiro Allan Ribeiro, Gatto Larsen Produção Ana Alice de Morais Direção de Fotografia Pedro Faerstein Direção de Arte Gatto Larsen, Rubens Barbot Montagem Ricardo Pretti Som Ives Rosenfeld, Bernardo Uzeda, Damião Lopes Elenco Principal Gatto Larsen, Rubens Barbot Empresa Produtora 3 Moinhos
Brasil | 2012 | 80’ | DCP | Cor | Ficção
Gatto e Barbot são companheiros de vida há mais de 40 anos e acabam de se instalar em um casarão abandonado no Centro do Rio de Janeiro. Ali, eles passam a viver e ensaiar com sua companhia de dança. A luta do dia a dia se mistura à criação artística e à crença em seus orixás. Através da dança eles se espalham pela cidade, marcando seus territórios. Gatto e Barbot are life partners for more than 40 years and just moved into an abandoned mansion in Rio de Janeiro downtown. There, they live and rehearse with their dance company. The everyday struggle mingles with the artistic creation and the belief in their Orishas. Through dance, they spread across town marking their territories.
ALLAN RIBEIRO Formado em Cinema pela Universidade Federal Fluminense em 2006, Allan Ribeiro dirigiu e roteirizou 9 curtas-metragens, com destaque para Ensaio de Cinema, O Brilho dos Meus Olhos e A Dama do Peixoto, que juntos receberam mais de 70 prêmios em festivais nacionais e internacionais. Esse Amor Que Nos Consome é seu primeiro longa. Allan Ribeiro graduated in Cinema from the Universidade Federal Fluminense in 2006. He scripted and directed nine short films, especially Film Rehearsal, Twinkle In My Eyes and The Lady Of Peixoto which together received more than 70 awards in national and international festivals. This Love That Consumes is his first feature. 3 Moinhos Produções
contato@3moinhos.com www.3moinhos.com/esseamor
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GREATEST HITS Greatest Hits
/ Los Mejores Temas
FICHA TÉCNICA Direção Nicolás Pereda Roteiro Nicolás Pereda Produção Sandra Gómez, Maximiliano Cruz Direção de Fotografia Alejandro Coronado, Predro Gómez Montagem Nicolás Pereda Som José Miguel Enriquez Elenco Principal Teresa Sánchez, Gabino Rodríguez, Luisa Pardo, José Rodriguez, Luis Rodriguez. Empresa Produtora Interior13 Cine
México/Canadá/Holanda | 2012 | 103’ | DCP | Cor | Híbrido
Flutuando entre a ficção e o documentário, Greatest Hits conta a história de Emilio, um cinquentão que aparece na casa da família depois de quinze anos de ausência. Sua mulher e seu filho de 28 anos o recebem com ressentimento e confusão. Depois de alguns dias, eles decidem expulsá-lo de casa, quando descobrem que ele saiu por conta própria. O filho acaba rastreando Emilio e passa alguns dias no apartamento do pai.
NICOLÁS PEREDA
Drifting from fiction to documentary, Greatest Hits tells the story of Emilio, a man in his fifties who shows up at the family home after fifteen years of absence. His wife and his twenty-eight year old son receive him with bitterness and confusion. After a couple of days they decide to kick him out, only to find out that he has left on his own accord. The son ends up tracking down Emilio and spends a couple of days hanging out with him in his apartment.
Canadian citizen, born in Mexico City in 1982, Pereda holds a Master of Arts in film directing from York University in Toronto. He has directed six features and one short film that have won awards in many festivals.
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Cidadão canadense, porém nascido no México, Pereda tem um Mestrado de Arte em Direção de Cinema da Universidade de York, em Toronto. Ele dirigiu seis longas e um curta-metragem que ganhou vários prêmios em muitos festivais.
Sandra Gómez
sandra@interior13.com www.interior13.com
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HALLEY Halley
/ Halley
FICHA TÉCNICA Direção Sebastian Hofmann Roteiro Sebastian Hofmann, Julio Chavezmontes Produção Jaime Romandia, Julio Chavezmontes Direção de Fotografia Matias Penachino Direção de Arte Gabriela Garciandia Empresa Produtora Visit Films
México/Holanda | 2013 | 83’ | DCP | Cor | Ficção
Alberto está se decompondo e não consegue mais se esconder, então ele decide se retirar do mundo. Antes de se render à sua morte viva, Alberto cria uma amizade incomum com Silvia, gerente da academia onde ele trabalha como vigia. Alberto is decomposing and can no longer hide it, so he decides to withdraw from the world. Before yielding to his living death, Alberto forms an unusual friendship with Silvia, the manager of the gym where he works as a guard.
SEBASTIAN HOFMANN Sebastian Hofmann nasceu no México em 1980 e formou-se em Belas Artes na respeitada Faculdade de Design do Centro de Artes de Pasadena. Ele é um eminente montador de cinema com seis longas no currículo e tem uma relação de longo tempo com a renomada produtora Mantarraya. Sebastian Hofmann was born in Mexico in 1980, and holds a BFA from the prestigious Pasadena Art Center College of Design. He’s a distinguished film editor with six features to his credit, and he has a long-standing professional relationship with renowned production company Mantarraya. Visit Films
al@visitfilms.com www.visitfilms.com
OLHAR DE CINEMA 2013
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LEVIATHAN Leviathan
/ Leviathan
FICHA TÉCNICA Direção Lucien Castaing-Taylor, Véréna Paravel Roteiro Lucien Castaing-Taylor, Véréna Paravel Produção Lucien Castaing-Taylor, Véréna Paravel Direção de Fotografia Lucien Castaing-Taylor, Véréna Paravel Trilha Sonora Ernst Karel Montagem Lucien Castaing-Taylor, Véréna Paravel Som Jacob Ribicoff Empresa Produtora The Cinema Guild, Inc.
EUA/Reino Unido/França | 2012 | 87’ | DCP | Cor | Documentário
Filmado na costa de New Bedford, Massachussetts, que já foi a capital mundial da pesca de baleias, assim como a inspiração de Melville para “Moby Dick”, hoje, é o maior porto pesqueiro do país, com mais de 500 barcos zarpando de lá todos os meses. Filmed off the coast of New Bedford, Massachusetts – at one time the whaling capital of the world as well as Melville’s inspiration for “Moby Dick”; it is today the country’s largest fishing port with over 500 ships sailing from its harbor every month.
LUCIEN CASTAING-TAYLOR VÉRÉNA PARAVEL Lucient Castaing-Taylor e Vérena Paravel são cineastas, artistas e antropólogos. Eles trabalham no Laboratório Etnográfico Sensorial da Universidade de Harvard. Seu trabalho está na coleção permanente do Museu de Arte Moderna (NY) e do British museum e foram exibidos nos festivais da AFI, BAFICI, Berlin, Locarno, Nova York e Toronto. Lucien Castaing-Taylor and Véréna Paravel are filmmakers, artists, and anthropologists, who work at the Sensory Ethnography Lab at Harvard University. Their work is in the permanent collection of the Museum of Modern Art (NY), and the British Museum, and has been screened at the AFI, BAFICI, Berlin Locarno, NewYork, Toronto. The Cinema Guild, INC
gswindoll@cinemaguila.com www.arretetoncinema.org/leviathan
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ROCKER Rocker
/ Rocker
FICHA TÉCNICA Direção Marian Crisan Roteiro Marian Crisan Produção Anca Puiu Direção de Fotografia Tudor Mircea Direção de Arte Alexandra Ungureanu Montagem Tudor Pojoni Som Mihai Bogos Elenco Principal Dan Chiorean, Alin State, Ionut Nicolae, Ofelia Popii, Crina Semnciuc Empresa Produtora Mandragora Productions
Romênia/França/Alemanha | 2012 | 91’ | DCP | Cor | Ficção
Victor, um roqueiro quarentão, está disposto a fazer de tudo por seu filho viciado em drogas. Ele está ajudando o filho e sua banda de rock a se prepararem para um show numa cidade maior. Enquanto isso, Victor tenta reconstruir sua família. Porém, sua vida complicada parece começar a atropelá-lo. Talvez a única coisa que tenha lhe sobrado seja o rock... Victor, a rocker in his forties, is ready to do everything for his drug-addicted son. He is helping the son and his rock band prepare an upcoming live concert in a bigger city. In the meantime Victor tries to rebuild their family. But his mixed up life seems to slowly overcome him. Maybe the only thing that is still there for him is rock music...
MARIAN CRISAN Nascido em 1976, em Salonta, Bihor, ele dirigiu mais de cem vídeo clipes, escreveu roteiros e dirigiu curtasmetragens. O último, Megatron, venceu a Palma de Ouro no Festival de Cannes em 2008. Em 2012, ele apresentou seu primeiro longa, Morgen, no Festival de Cinema de Locarno (e ganhou o Prêmio Especial do Juri e o Prêmio Ecumênico). Born in 1976, in Salonta, Bihor. He directed more than 100 music videos, wrote scripts and directed short films. The latter, Megatron, won the Palme d’OR at the Cannes Film Festival in 2008. In 2010, he presents his first feature film Morgen at Locarno Film Festival (and wins the Special Jury Prize and the Ecumenical Prize) Les Films du Losange www.filmsdulosange.fr
OLHAR DE CINEMA 2013
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SHACKLED Shackled
/ Posas
FICHA TÉCNICA Direção Lawrence Fajardo Roteiro Zig Dulay Produção Josabeth Alonso, John Victor Tence Direção de Fotografia Louie Quirino Elenco Principal Nico Antonio, Art Acuna, Wendy Valdez, Bangs Garcia Empresa Produtora Quantum Films
LAWRENCE FAJARDO Filipinas | 2012 | 93’ | DCP | Cor | Ficção
Corrupção é um processo. Jess Biag, de 20 e poucos anos, é um notório ladrão agindo nas ruas agitadas em torno da Igreja de Quiapo. Nós testemunharemos como a violação dos direitos humanos acontece diretamente e como a cultura da corrupção se perpetua tortuosamente nesta cadeia de instituições. No fim, apesar de ser provado que Jess é culpado de roubo, ele ainda receberá sua liberdade. Porém, esta liberdade o acorrentará a um ciclo que sustenta o dilema de sua vida. Corruption is a process. Jess Biag, early 20s, is a notorious snatcher victimizing people in bustling streets around Quiapo Church. We will witness how human rights violation bluntly executes, and how culture of corruption deviously perpetuates in this chain of institutions. In the end, despite the fact of proving Jess as guilty of committing theft, he will still get his freedom. But this freedom shackled him to a cycle, upholding the predicament of his life.
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Lawrence Fajardo estudou cinema e teatro na Universidade de St. La Salle Bacolod e em estágios com Peque Gallage, Lore Reyes e Erik Matti. Seu salto no cinema se deu quando seu curta Kultado ganhou o prêmio Especial do Júri no Cinemalaya em 2005. Lawrence Fajardo studied film and theater in University Of St. La Salle Bacolod and through internships with Peque Gallage, Lore Reyes and Erik Matti. His breakthough in the film making circuit was when his short film entitled Kultado won the Special Jury Prize in Cinemalaya 2005. Josabeth Alonso
jvalonso@yahoo.com
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C O M P E T I T I VA OLHARES BRASIL DE LONGA METRAGEM Brazillian Feature Film Competition OLHAR DE CINEMA 2013
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A FLORESTA DE JONATHAS Jonathas’ Forest
/ A Floresta de Jonathas
FICHA TÉCNICA Direção Sergio Andrade Roteiro Sergio Andrade Produção Sidney Medina, Sandro Fiorin, Sergio Andrade DIreção de Fotografia Yure Cesar DIreção de Arte Nonato Tavares Montagem Fabio Baldo Som Fabio Baldo Elenco Principal A Begê Muniz, Francisco Mendes, Viktoryia Vinyarska, Ítalo Castro, Socorro Papoula, Chico Diaz, Alex Lima, João Tavares, David Almeida, Maria Maciel Empresa Produtora Rio Taruma Filmes
Brasil | 2012 | 99’ | 35mm | Cor | Ficção
Jonathas vive com os pais e o irmão, Juliano, em um sítio na área rural do Amazonas. A família colhe e vende frutas regionais. Os irmãos conhecem Milly, uma visitante da Ucrânia, e o indígena Kedassere. O grupo decide então passar o fim de semana em um camping. Jonathas resolve ir, mesmo contra a vontade paterna. Seduzido por Milly e pela Floresta, ele empreende a mais transformadora de suas jornadas. Jonathas lives with his parents and his brother, Juliano, in a cottage in a rural area of the Amazon. The family harvests and sells local products.They meet Milly, a visitor from Ukraine, and the native Kedassere. The group decides to spend the weekend at a campground in the jungle. Against his father’s wishes, Jonathas will embark on this adventure. Seduced by Milly and the forest, he undertakes his most transforming journey.
SERGIO ANDRADE Nascido em Manaus, foi produtor local no Amazonas para vários longas de ficção, documentários e programas de TV; dirigiu 3 curtas premiados entre eles Cachoeira, selecionado em Clermont-Ferrand. Foi contemplado com o Edital BO do MinC com A Floresta de Jonathas, filme que teve estréia internacional no Festival de Rotterdam. Born in Manaus, worked as a producer several fiction and documentary films and TV shows. He directed 3 awarded shorts such as Cachoeira (2010, selected to ClermontFerrand). He won the Ministry of Culture Program for Low Budget for the fim Jonathas’ Forest and this film had its international premiere at Rotterdam International Film Festival. Sergio Andrade
riotaruma@gmail.com www.aflorestadejonathas.com.br
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KÁTIA Kátia
/ Kátia
FICHA TÉCNICA Direção Karla Holanda Roteiro Karla Holanda Produção Leonardo Mecchi Direção de Fotografia Jane Malaquias Trilha Sonora Rita Ribeiro, Felipe Pinaud Montagem Marco Rudolf, Karla Holanda Som Marco Rudolf, Waldir Xavier Empresa Produtora Em Foco Multimídia
Brasil | 2012 | 74’ | HD | Cor | Documentário
Kátia Tapety tornou-se a primeira travesti eleita a um cargo político no Brasil – foi vereadora três vezes e vice-prefeita. O filme é resultado de 20 dias de convívio com ela no seu pequeno município no sertão do Piauí. Kátia Tapety became the first transvestite ever elected to office in Brazil. She has been a city councilor for three times and once vice mayor. The film is a result of 20 days following her in her tiny town in the outback of the Piauí state in Brazil.
KARLA HOLANDA Karla Holanda começou a dirigir filmes em 1992, quando iniciou uma série de documentários sobre escritores brasileiros. Em seguida, realizou outros curtas, entre documentários e ficções, recebendo alguns prêmios em festivais. É doutora em comunicação e professora de cinema na Universidade Federal de Juiz de Fora. Karla Holanda started to direct films in 1992, when she began working on a series of documentaries about Brazilian writers. Next, she made other documentary and fiction short films, receiving some awards in film festivals. She is a Ph.D in Communications and a Professor of Cinema at Universidade Federal de Juiz de Fora. Karla Holanda
holanda.k@gmail.com www.katiaofilme.com
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MATARAM MEU IRMÃO They Killed my Brother
/ Mataram Meu Irmão
FICHA TÉCNICA Direção Cristiano Burlan Roteiro Cristiano Burlan Produção Natália Reis Direção de Fotografia Rafael Nobre Montagem Lincoln Péricles, Cristiano Burlan Trilha Sonora Guilherme Garbato, Gustavo Garbato Som Elionai Dias Empresa Produtora Bela Filmes
Brasil | 2013 | 77’ | DCP | Cor | Documentário
CRISTIANO BURLAN
Reconstituindo os detalhes da morte de seu irmão, Rafael Burlan da Silva, o cineasta Cristiano Burlan lança-se a uma jornada pessoal que conduz ao coração de um círculo de violência em torno dos bairros da periferia paulistana – como o Capão Redondo, onde morava a família e o irmão, de 22 anos, foi morto com sete tiros, em 2001. Ouvindo parentes e amigos, cujos depoimentos trazem à tona os destinos de diversos personagens, mapeando o histórico de dolorosas feridas emocionais.
Cristiano Burlan dirigiu os longas Sinfonia De Um Homem Só (2012), Cuipiranga (2010), O Homem da Cabine (2008), Construção (2007) e os curtas Lucrecia (2007), Corações Desertos (2006), Os Solitários (2005), 4:48 AM (2005).
Reconstructing the details of his brother Rafael Burlan da Silva’s death, the filmmaker Cristiano Burlan goes on a personal journey that leads to the heart of a circle of violence at the outskirts of São Paulo in places such as Capão Redondo, where his family lived and his 22-year old brother was shot seven times in 2001. Listening to relatives and friends, whose statements draw forth the fate of several characters, showing the background of painful emotional wounds.
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Cristiano Burlan has directed the features Sinfonia De Um Homem Só (2012), Cuipiranga (2010), O Homem Da Cabine (2008), Construção (2007) and the shorts Lucrecia (2007), Corações Desertos (2006), Os Solitários (2005), 4:48 AM (2005). Natália Reis
contato@belafilmes.com www.belafilmes.com
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MATÉRIA DE COMPOSIÇÃO The Composing Material
/ Matéria de Composição
FICHA TÉCNICA Direção Pedro Aspahan Roteiro Pedro Aspahan Produção Morgana Rissinger Direção de Fotografia Pedro Aspahan Trilha Sonora Guilherme Antônio Ferreira, Teodomiro Goulart, Oiliam Lanna Montagem Pedro Aspahan Som Hugo Silveira, Pedro Durães Elenco Principal Guilherme Antônio Ferreira, Teodomiro Goulart, Oiliam Lanna, Grupo Oficina Música Viva Empresa Produtora Pandu Filmes
Brasil | 2013 | 82’ | DCP | Cor | Documentário
Documentário sobre o processo de criação da composição musical contemporânea na relação com o cinema. Entregamos um mesmo vídeo ensaio a três compositores: Guilherme Antônio Ferreira, Teodomiro Goulart e Oiliam Lanna, e encomendamos deles uma peça musical que dialogasse com o vídeo. Dois anos depois, após acompanhar todo o processo, da composição aos ensaios, concerto, gravação e mixagem das músicas, chegamos a este filme. A documentary about the creation process of the contemporaneous musical songwriting in relation to cinema. The same video-essay was given to three songwriters - Guilherme Antônio Ferreira, Teodomiro Goulart and Oiliam Lanna, and we ordered a musical piece that would dialogue with the video. Two years later, after following the whole process, from songwriting to rehearsals, concert, recording and mixing the songs, we ended up with this film.
PEDRO ASPAHAN Pedro Aspahan é músico e desenvolve doutorado sobre as relações entre Cinema e Música no curso de Comunicação Social da UFMG. No Cinema, atua principalmente como Diretor, Técnico de Som e Montador, especializando-se no campo do documentário. Pedro Aspahan is musician and develops his PHD about relationships between cinema and music at Federal University of Minas Gerais, Brazil. Working with cinema, he acts mainly as a director, sound engineer and film editor, having specialized in the field of documentary. Pedro Aspahan
contato@pandufilmes.com www.materiadecomposicao.com
OLHAR DE CINEMA 2013
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O EXERCÍCIO DO CAOS The Exercise of Chaos
/ O Exercício do Caos
FICHA TÉCNICA Direção Frederico Machado Roteiro Frederico Machado Produção Hilter Frazão Direção de Fotografia Frederico Machado Direção de Arte Hilter Frazão Trilha Sonora Joaquim Santos Montagem Raimo Benedetti Som Dan Zimmerman Elenco Principal Di Ramalho, Auro Juriciê, Elza Gonçalves, Thalyta Sousa, Isabella Sousa, Thayná Sousa Empresa Produtora Lume Filmes
Brasil | 2013 | 72’ | DCP | Cor | Ficção
Um pai autoritário vive com suas três filhas em uma antiga fazenda de mandioca no interior. A família sente a ausência da mãe, um capataz estranho explora a família, enquanto persegue a inocência das meninas, que por sua vez estão divididas entre a ilusão da infância e a realidade cruel de suas vidas. Enquanto os fundamentos da família desmoronam cada vez mais, os enfraquecidos personagens ficam no limiar entre a razão e a loucura, caos e fé. An authoritarian father lives with his three daughters in an old country manioc farm. The family misses the mother. A strange foreman exploits the family while pursuing the girls’ innocence, who are divided between their childhood illusion and the cruel reality of their lives. While the family’s foundations are crumbling more and more, the weaken characters are in the threshold between reason and madness, chaos and faith.
FREDERICO MACHADO Frederico Machado é proprietário da Lume Filmes importante distribuidora de filmes autorais. Proprietário do Cine Praia Grande e Cine Lume. O Cine Praia Grande em 10 anos exibiu mais de 2000 filmes de arte, sessões gratuitas, escola vai ao Cinema workshops, palestras debates sobre cinema. Frederico Machado owns Lume Filmes, and important auteur film distribution company. He owns the Cine Praia Grande and Cine Lume theaters. Cine Praia Grande has shown in ten years more than 2,000 art films, free sessions, workshops for school kids, lectures and debates about cinema. Frederico Machado
lumeproducoes@yahoo.com.br www.lumefilmes.com.br
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C O M P E T I T I VA INTERNACIONAL D E C U R TA METRAGEM
International Short Film Competition OLHAR DE CINEMA 2013
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COURT
FILME PARA POETA CEGO
/ Migrash
/ Filme para Poeta Cego
Israel | 2012 | 11’ | HD | Cor | Ficção
Brasil/Cuba | 2012 | 25’ | HD | Cor | Documentário
Direção Dekel Nitzan | Roteiro Dekel Nitzan | Produção Dolma Bar On, Hila Ben Shushan | Fotografia Meidan Arama | Direção de Arte Natalie Tiznenko | Montagem Itay Tal | Som Shahaf wagshall | Elenco Rubi Moskovitz, Amit Moris, Johnatan Spielberg, Tzvi, Shemesh, Reem Sapir | Empresa Produtora Tel Aviv University
Direção Gustavo Vinagre | Roteiro Gustavo Vinagre | Produção Juliana Vicente | Fotografia Thais Taverna | Arte Márcia Beatriz | Montagem Rodrigo Carneiro | Som Ivan Russo e Raymi Morales-Brés | Elenco Glauco Mattoso, Carlos Akira Nichimura, José Trassi, Fábio Campos Norat, Hugo Rodrigo Guimarães, Senhor WZ | Empresa Produtora Preta Portê Filmes
Erez acompanha seu filho Uri a uma quadra de basquete de bairro, depois que um garoto roubou a bola de Uri. Os dois se verão numa situação difícil, em que Erez tentará evitar confusão, enquanto Uri deseja ver seu pai lutar por ele. Na quadra, a paternidade de Erez será posta à prova.
Glauco Mattoso, poeta cego sadomasoquista, aceita participar de um documentário sobre a sua própria vida, mas as condições que ele impõe dificultam o trabalho do jovem diretor.
Erez accompanies his son Uri, to the neighborhood basketball court, after some kids stole Uri’s ball. The two will find themselves in a difficult situation, in which Erez will try to avoid trouble, while Uri wishes to see his father fight for him. On the court, Erez’s Fatherhood will be put to a test.
Glauco Mattoso, a blind sadomasochistic poet, agrees to participate in a documentary about his own life, but the conditions he imposes raise difficulties for the work of the young director.
DEKEL NITZAN
GUSTAVO VINAGRE
Dekel Nitzan nasceu em Karmiel, Isarael. Enquanto estudava na Universidade de Tel Aviv, além de dirigir, ele também editou vários curtas metragens de ficção e documentários. Atualmente, Dekel trabalha em seu próximo projeto, um curta inspirado na obra de um poeta hebreu, Yehuda Amichai.
Gustavo Vinagre estudou na EICTV e este é seu segundo filme. Foi diretor do curta-metragem Dykeland parte do projeto “Fucking Different” (2009), em São Paulo.
Dekel Nitzan was born in Karmiel, Israel. While studying in Tel Aviv University, besides directing he also edited several short films, fictional and documentaries. Currently Dekel is working on his next project, A short film inspired by one of the works of Hebrew poet, Yehuda Amichai.
Gustavo Vinagre studied at EICTV and this is his second film. He was director of the short film Dykeland part of the project “Fucking Different” (2009), in São Paulo.
Dekel Nitzan dnitzan84@gmail.com
Juliana Vicente festivaispretaporte@gmail.com | www.pretaportefilmes.com.br
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Film for Blind Poet
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GATES OF LIFE
I THINK THIS IS THE CLOSEST TO HOW THE FOOTAGE LOOKED
/ Häivâhdys Elämää
/
Finlândia | 2012 | 6’ | HD | Cor | Doc, Animação
Israel | 2012 | 9’ | HD | Cor | Híbrido/Experimental
Direção Hannes Vartiainen, Pekka Veikkolainen | Roteiro Hannes Vartiainen, Pekka Veikkolainen | Produção Hannes Vartiainen, Pekka Veikkolainen | Fotografia Hannes Vartiainen, Pekka Veikkolainen | Trilha Sonora Joonatan Portaankorva | Montagem Hannes Vartiainen, Pekka Veikkolainen | Som Joonatan Portaankorva | Empresa Produtora Pohjankonna Oy
Direção Yuval Hameiri | Roteiro Yuval Hameiri | Produção Yuval Hameiri Fotografia Elina Margolin | Trilha Sonora Dan K.Dar | Montagem Yuval Hameiri, Yair Asher | Som Itay Alter
Breves momentos de vida roubados por estranhos transeuntes formam uma sequência de eventos escondidos em plena vista.
Um homem recria de forma precária sua memoria perdida. Uma lembrança do último dia com sua mãe. Objetos criam vida numa luta desesperada para produzir um momento que se foi.
Brief moments of life stolen from passing-by strangers form a sequence of events hidden in plain sight.
A man recreates, with poor means, a lost memory. A memory of the last day with his Mom. Objects comes to life, in a desperate struggle, to produce one moment that was gone.
HANNES VARTIAINEN / PEKKA VEIKKOLAINEN
YUVAL HAMEIRI
Hannes Vartiainen, nascido em 1980, tem formação em cinema. Pekka Veikkolainen, nascido em 1982, trabalhou no campo da animação e ilustração desde 2000.
Yuval Hameiri nasceu em 1987, em Haifa, Israel. Ele se formou no curso de teatro da Escola de Artes “WIZO” em Haifa. Atualmente, ele estuda no curso de Cinema e TV da Universidade de Tel-Aviv. I Think This Is The Closest To How The Footage Looked é seu primeiro filme.
Hannes Vartiainen, born in 1980, has a background in film. Pekka Veikkolainen, born in 1982, has worked in the fields of animation and illustration since 2000.
Yuval Hameiri, Born in 1987, in Haifa, Israel. He graduated from “WIZO” School of Art, Theatre dpt. In Haifa. He is a student in Tel-Aviv University Film & TV Dept. I Think This Is The Closest To How The Footage Looked is his first film.
Hannes Vartiainen hannes@pohjankonna.fi | www.pohjankonna.fi
Yuval Hameiri yuval.ham@gmail.com | www.facebook.com/closest2012
Gates of Life
OLHAR DE CINEMA 2013
I Think This is the Closest to How the Footage Looked
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KOALA
MENINO DO CINCO
/ Koala
/ Menino do Cinco
Espanha | 2012 | 14’ | HD | Cor | Ficção
Brasil | 2012 | 20’ | HD | Cor | Ficção
Direção Daniel Remón | Roteiro Daniel Remón | Produção Omar A. Razzak, Mayi Gutiérrez Cobo, Daniel Remón | Fotografia Alex de Pablo | Arte Omar A. Razzak | Som Emilio García | Montagem Carlos Blas | Elenco Sonia Almarcha, Adolfo Fernández, Secun de la Rosa, Emilio Tomé, María Morales | Empresa Produtora Tourmalet Films
Direção Marcelo Matos de Oliveira, Wallace Nogueira | Roteiro Marcelo Matos de Oliveira, Wallace Nogueira | Produção Marcelo Matos de Oliveira, Pauline Leite | Fotografia Wallace Nogueira, Nicolas Hallet | Empresa Produtora Vogal Imagem
Um psicólogo entrevista os membros de uma empresa devido a um incidente: Mercedes, uma das executivas, insultou seu novo assistente, um jovem portador de Síndrome de Down.
Ricardo finalmente encontra um amigo, mas ele não pode ser seu.
A psychologist interviews the members of a company due to an incident: Mercedes, one of the executives, has insulted his new assistant, a young man who suffers from Down Syndrome.
Finally, Ricardo finds a friend. A friend that will never be his.
DANIEL REMÓN
MARCELO MATOS DE OLIVEIRA / WALLACE NOGUEIRA
Daniel Remón nasceu em Madri em 1983. Ele estudou direção de documentários na Met Film School (Londres), e se formou em roteiro na ECAM (Escola de Cinema de Madri). Ele escreveu os filmes Casual Day (2008) e Cinco Metros Cuadrados (2011).
Marcelo Matos de Oliveira dirigiu os filmes Bom Zezé Contra Os Maus Políticos (2006), Damião e Cosme (2005), A Eloquência Do Sangue (2005), TU-DÓ (2004). Wallace Nogueira dirigiu os filmes Album De Família (2009), Urbanesas (2008), Agosto (2007), Damião e Cosme (2005).
Daniel Remón was born in Madrid in 1983. He studied Documentary Filmmaking on Met Film School (London), and is graduated for scriptwriting on ECAM (Madrid Film School). He has written the feature films Casual Day (2008) and Cinco Metros Cuadrados (2011).
Marcelo Matos de Oliveira directed the films Bom Zezé Contra Os Maus Políticos (2006), Damião e Cosme (2005), A Eloquência Do Sangue (2005), TU-DÓ (2004). Wallace Nogueira directed the films Album De Família (2009), Urbanesas (2008), Agosto (2007), Damião e Cosme (2005).
Mayi Gutiérrez Cobo m.gcobo@tourmaletfilms.com | www.tourmaletfilms.com
Wallace Nogueira valaci@gmail.com
Koala
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The Boy at the Five
C O M P E T I T I VA I N T E R N A C I O N A L D E C U R TA M E T R A G E M
MISTÉRIO
OH WILLY...
/ Misterio
/ Oh Willy...
Espanha | 2013 | 12’ | HD | Cor | Ficção
Bélgica/França/Holanda | 2012 | 17’ | HD | Cor | Animação
Direção Chema García Ibarra | Roteiro Chema García Ibarra | Produção Leonor Díaz | Fotografia Alberto Gutiérrez | Arte Leonor Díaz | Montagem Chema García Ibarra | Elenco Angelita López, Asun Quinto, Josefa Sempere, Antonio Blas Molina, José Manuel Ibarra, Luismi Bienvenido, Susi Martínez, Josette Mora | Empresa Produtora Chema García Ibarra
Direção Emma De Swaef, Marc James Roels | Roteiro Emma De Swaef, Marc James Roels | Produção Ben Tesseur | Animadores Andreas De Ridder, Alice Tambellini, Steven De Beul, Emma De Swaef | Fotografia Marc James Roels | Arte Emma De Swaef | Trilha Sonora Bram Meindersma | Montagem Dieter Diependaele | Som Bram Meindersma | Empresa Produtora Beast Animation
Dizem que se você puser sua orelha na nuca dele, você conseguirá ouvir a Virgem falando.
Willy, um cara de cinquenta e poucos anos, retorna à comunidade naturalista onde ele costumava ir quando jovem visitar sua mãe doente. Quando ela morre, um pouco depois de sua chegada, Willy acaba entrando em confronto com as escolhas que fez em sua vida. Triste e confuso, ele foge para uma floresta. Depois de um começo difícil, ele encontra a proteção maternal de uma grande, gentil e peluda criatura.
They say that if you put your ear to the back of his neck, you can hear the Virgin talk.
Fifty-something Willy returns to the naturist community where he spent his youth to visit his sick mother. When she dies shortly after he arrives, Willy is confronted with the choices he made in his life. In confused sadness he flees into the forest. After a rough start, he finds the motherly protection of a big, gentle, hairy beast.
CHEMA GARCÍA IBARRA
EMMA DE SWAEF / MARC JAMES ROELS
Nascido em Elche (Espanha) em 1980, ele fez vídeos musicais e os curtas The Attack Of The Robots From Nebula-5 (2008) e Protoparticles (2010), que foram selecionados em quase 500 festivais de cinema, como Cannes e Sundance. Ambos os filmes ganharam quase 150 prêmios. Misterio é seu terceiro curta.
Nascida em 1985 na Bélgica, Emma de Waef estudou direção de documentário na Sint-Lukas em Bruxelas. Seu primeiro curta de animação foi Soft Plants (2008). Nascido em 1978 em Joanesburgo, Marc James Roels estudou animação na Academia Real de Belas Artes. Ele já dirigiu dois curtas-metragens: Mumbler (2007) e A Gentle Creature (2009).
Born in Elche (Spain) in 1980. He has made music videos and the short films The Attack Of The Robots From Nebula-5 (2008) and Protoparticles (2010), who where selected in almost 500 film festivals, including Cannes and Sundance. Both films have won almost 150 awards. Mystery is his third short film.
Born in 1985 in Belgium, Emma de Swaef studied documentary filmmaking at the Sint-Lukas Brussels. Her first animated short is Soft Plants (2008). Born in 1978 in Johannesburg, Marc James Roels studied animation at the Royal Academy of Fine Arts. He has directed two liveaction short films, Mumbler (2007) and A Gentle Creature (2009).
Chema García Ibarra info@chemagarcia.com | www.chemagarcia.com
Dorien Schetz dorien@beastanimation.be | www.beastanimation.be
Mystery
OLHAR DE CINEMA 2013
Oh Willy...
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ROCKAWAY
RUBBER DUCKIE
/ Rockaway
/ Rubber Duckie
EUA | 2012 | 18’ | HD | Cor | Ficção
EUA | 2012 | 16’ | HD | Cor | Ficção
Direção Melanie Schiele | Roteiro Melanie Schiele | Produção Melanie Schiele | Fotografia Jordan Schiele | Arte Kate Rosenberg | Trilha Sonora William Bolcom | Montagem Melanie Schiele | Som Michael W. Snyder, Chris Stangroom | Elenco Audrey Tommassini, Bryan Dechart, Zachary Le Vey, Gregg Gilmore, Kenny Sosnowski | Empresa Produtora Still Moving Films
Direção Henry Alberto | Roteiro Henry Alberto | Produção Dorian Levi, Marisa Garay | Fotografia Joe Obering | Montagem Jason Roberts | Elenco Max Hambleton, Adam Vaughn
Rockaway é uma história de sobrevivência na puberdade de Teresa, uma adolescente deslocada e que foi abusada. Ela usa sua sexualidade de forma travessa, porém potencialmente perigosa após a recente morte de sua avó e a perda do único refúgio seguro que ela já conheceu. O filme explora o terreno inseguro em que muitas moças navegam: a transição da infância desprotegida para a vida adulta, dando uma importante contribuição para discussões acerca de sofrimento e sexualidade adolescente.
Rubber Dukie é a história de Jesse e Daniel que, numa tarde ardente de verão, estão consumidos pelo tédio e forçam seus limites e fronteiras. Isso nos deixa implorando pela pergunta: isso é apenas tédio ou um apetite insaciável por cada vez mais? Jesse e Daniel iniciam uma jornada que explora a parte do inconsciente que esconde seus lados sombrios, autodestrutivos e obscenos. Eles irão tomar decisões que inevitavelmente se colocarão sobre seus caminhos.
Rockaway is a coming-of-age survival story of Teresa, an abused and displaced teenager, who uses her sexuality in playful but potentially dangerous ways in the wake of her grandmother’s recent death and the loss of the only safe haven she has ever known. The film explores the unsteady terrain through which many young women navigate the transition from unprotected childhood to adulthood, making an important contribution to discussions surrounding grief and teenage sexuality.
Rubber Dukie is the story of Jesse and Daniel, who on a blazing summer afternoon, are consumed with boredom and push their own limits and boundaries. This leaves us begging the question; is it simple boredom or insatiable innate appetite for more? Jesse and Daniel, begin a journey that explores the unconscious part of the self that harbors their shameful, self-destructive and dark selves. They will make decisions that will inevitably lay out their paths.
MELANIE SCHIELE
HENRY ALBERTO
Melanie Schiele é uma cineasta premiada de Brooklyn, Nova York. Ela é um dos 32 primeiros formandos da MFA da NYU Tisch Asia, em Cingapura, com prêmios e estreias espalhados pelo mundo, como Tribeca, Palm Springs, Atlanta, Traverse City, o Festival Internacional de Cinema de Bilbao e o Festival de Curtas de Cingapura.
Nascido e criado em Miami, o cineasta cubano-americano Henry Alberto estrelou e escreveu o premiado She Kills He, que passou no LOGO da MTV, e o exibiu no mundo todo. Henry é um ex-aluno do laboratório de roteiro de Outfest e está para dirigir seu longa metragem, House Of Mayhem, baseado na peça indicada ao GLAAD, Auntie Mayhem.
Melanie Schiele is an award-winning filmmaker from Brooklyn, New York. She is among 32 pioneering MFA graduates of NYU Tisch Asia in Singapore, with awards and premieres spanning the globe, including Tribeca, Palm Springs, Atlanta, Traverse City, the Bilbao International Film Festival, and the Singapore Short Film Festival.
Born and raised in Miami, Cuban-American filmmaker Henry Alberto, stars and wrote the award-winning She Kills He which aired on MTV’s LOGO, and screened around the world. Henry is an Outfest Screenwriting Lab alumnus, and is set to direct the feature film House Of Mayhem, based on the GLAAD nominated play Auntie Mayhem.
Melanie Schiele mas358@nyu.edu | www.melanieschiele.com
Henry Alberto info@henryalberto.com | facebook.com/rubberduckiefilm
Rockaway
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Rubber Duckie
C O M P E T I T I VA I N T E R N A C I O N A L D E C U R TA M E T R A G E M
STRUGGLE
THE LIZARDS
/ Faillir
/ Les Lézards
Canadá | 2012 | 24’ | HD | Cor | Ficção
França | 2012 | 14’ | DCP | Cor | Ficção
Direção Sophie Dupuis | Roteiro Sophie Dupuis | Produção Nancy Grant | Fotografia Marine Davignon | Arte Nadine Lisée | Trilha Sonora Sébastien Tremblay | Montagem Mathieu Bouchard-Malo | Som Patrice Leblanc | Elenco Noémi Lira, Antoine Paquin, Sonia Vigneault | Empresa Produtora Metafilms
Direção Vincent Mariette | Roteiro Vincent Mariette | Produção Amaury Ovise | Fotografia Julien Poupard | Empresa Produtora Kazak Productions
Ariane vive em Val-d’Or, Canadá. Em breve ela irá se mudar para uma cidade grande, então, ela se prepara para deixar tudo para trás e se despedir de seu irmão. Mas a tensão sexual entre eles, com a qual eles sempre lutaram contra, parece tomar conta de todo o lugar.
Léon e seu amigo Bruno estão num banho turco, onde Léon combinou de encontrar uma garota que conheceu na Internet. Nossos dois heróis vivenciam encontros estranhos e revelações etéreas enquanto aguardam ansiosamente pela chegada hipotética dessa estranha misteriosa.
Ariane lives in Val-d’Or. She will soon stay in the big city. So she gets ready to leave everything behind and to say bye to her brother. But the sexual tension between them, that they always struggle with, seems to take all the place.
Léon and his pal Bruno are in a Turkish bathhouse where Léon had arranged to meet a girl he met on the internet. Our two heroes experience strange encounters and vaporous revelations as they feverishly await the hypothetical arrival of this mysterious stranger.
SOPHIE DUPUIS
VICENT MARIETTE
Sophie dirigiu muitos curtas premiados desde sua estreia em 2006. A jovem roteirista e cineasta atualmente desenvolve uma rede de ficções interativas e também escreve seu primeiro longa metragem, que conta a história das minas de Abitibi-Témiscamingue.
Vincent Mariette se formou no Departamento de Roteiros de Férmis em 2009. Durante seus estudos, ele escreveu vários roteiros de curtas e longas-metragens, sozinho ou em parceria, como Jérôme (2007) Les Voies du Seigneur (2008), Le Contretemps (2008), ou ainda Les Philosophes (2011), vencedor do prêmio da 13a sessão de Emergence.
Sophie directed many award winning shorts since her debut in 2006. The young writer and filmmaker currently developing a web of interactive fiction as well as writing her first feature film that tells a story from the mines in the Abitibi-Témiscamingue.
Vincent Mariette graduated from the Screenplay Department of the Fémis in 2009. During his studies, he wrote a lot of short and length movies, alone or co-writing, such as Jérôme (2007) Les Voies du Seigneur (2008), Le Contretemps (2008), or still Les Philosophes (2011), prize winner of the 13th session of Emergence.
Alexandre Dostie info@travellingdistribution.com | www.travellingdistribution.com
Amaury Ovise info@kazakproductions.fr
Struggle
OLHAR DE CINEMA 2013
The Lizards
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XICO + XANA Xico + Xana
/ Xico + Xana
Portugal / Áustria | 2012 | 13’ | HD | Cor | Ficção Direção Fakano | Roteiro Fakano | Produção André Lourenço | Fotografia Eberhard Schedl | Arte Emeli Steinbacher | Trilha Sonora Niklas Satanic | Montagem Fakano | Elenco Ana Padrão, João Sá Nogueira, Bárbara Lourenço | Empresa Produtora Little Fabrika
Xico é um garoto que tenta lidar junto com sua mãe com a perda de seu pai, mas infelizmente uma paixão repentina por uma vizinha mais velha irá tirar o equilíbrio das coisas.
Xico is a boy who tries to cope with the loss of his father together with his Mother but unfortunately a sudden passion for an older neighbor is going to throw things out of balance.
FAKANO Francisco Morgado Falcão, conhecido como Fakano, é um cineasta português que, desde jovem, sempre brincou com a mídia audiovisual. Atualmente, ele está concluindo seu MFA em Cinema enquanto escreve, produz e dirige filmes independentes. Francisco Morgado Falcão a.k.a. Fakano is a Portuguese film director who since a young age has always played around with audiovisual media. He is currently finishing his MFA in Cinema Studies while writing, producing and directing films in an independent format.
Francisco Falcão fakano@gmail.com | www.fakano.com
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C O M P E T I T I VA I N T E R N A C I O N A L D E C U R TA M E T R A G E M
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C O M P E T I T I VA OLHARES BRASIL D E C U R TA METRAGEM Brazillian Short Film Competition OLHAR DE CINEMA 2013
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ANIMADOR
CALIFA 33
/ Animador
/ Califa 33
Brasil | 2012 | 20’ | 35mm | Cor | Ficção
Brasil | 2013 | 25’ | HD | Cor/P&B | Documentário
Direção Cainan Baladez, Fernanda Chicolet | Roteiro Fernanda Chicolet | Produção Cainan Baladez, Fernanda Chicolet | Fotografia André Luiz de Luiz e Marcella Paschoal | Arte Laura Carvalho e Fernando Timba | Trilha Sonora Eric Ribeiro | Montagem André Bomfim | Som Eric Ribeiro | Elenco Fernanda Chicolet | Empresa Produtora Arte In Vitro Filmes
Direção Yanko Del Pino | Roteiro Yanko Del Pino, Eduardo Prante | Produção Carla Pioli | Fotografia André Luís da Cunha | Arte Adalgisa Lacerda | Trilha Sonora Celso Loch | Montagem Piu Gomes | Som Roberto Carlos de Oliveira | Elenco Ali Chaim | Empresa Produtora Yanko Del Pino
Ligia trabalha num parque de diversões. Suspensa num brinquedo, espera as crianças acertarem um alvo para derrubála. Seu uniforme é uma fantasia.
“Califa 33 era um repórter policial que retirava a notícia do esgoto. Às vezes a embelezava, às vezes a contava nua e cruamente.” Ali Chaim
Ligia works at an amusement park. Wearing a costume, she hangs from a toy while kids try to hit a target with a ball to make her fall.
“Califa 33 was a police reporter that took news from the sewage. Sometimes, he adorned it, sometimes he told it bluntly,” Ali Chaim
CAINAN BALADEZ / FERNANDA CHICOLET
YANKO DEL PINO
Cainan Baladez e Fernanda Chicolet graduaram-se na Escola de Comunicações e Artes da USP, em 2006. Fundaram a produtora Arte In Vitro Filmes e já receberam inúmeros prêmios no Brasil e exterior pelos filmes Aphasia e Animador. Receberam, em 2012, co-patrocínio da Prefeitura de SP para produção de Colostro, próximo filme da dupla.
Brasileiro, nascido em 1960, em Santa Catarina, Yanko Del Pino realizou os curtas Retratos e Borboletas (35mm, 1997), Deu No Jornal (2005), Beijo Na Boca Maldita (2008), e os longas A TV Que Virou Estrela (1993) e No Lixo Do Canal 4 (2010).
Cainan Baladez and Fernanda Chicolet graduated from the School of Communications and Arts in USP (São Paulo University) in 2006. They founded the production company Arte In Vitro Filmes and have received several awards in Brazil and abroad for the films Aphasia and Animador. In 2012, they received a co-sponsorship from São Paulo’s City Hall to produce Colostro, their next film.
Brazilian, born in 1960 in Santa Catarina, Yanko Del Pino directed the shorts Retratos e Borboletas (1997), Deu No Jornal (2005), Beijo Na Boca Maldita (2008) and the features A TV Que Virou Estrela (1993) and No Lixo Do Canal 4 (2010).
Fernanda Chicolet fechicolet@yahoo.com.br | www.animadorcurta.blogspot.com.br
Yanko Del Pino yankodelpino@gmail.com
Carny
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Califa 33
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CHARIZARD
LAJE DO CÉU
/ Charizard
/ Laje do Céu
Brasil | 2012 | 14’ | HD | Cor | Ficção
Brasil | 2012 | 15’ | HD | Cor | Experimental
Direção Leonardo Mouramateus | Roteiro Leonardo Mouramateus | Produção Leonardo Mouramateus | Fotografia Breno Baptista | Arte Mariana Nunes | Som Lucas Coelho de Carvalho, Elisa Ratts | Montagem Salomão Santana | Elenco Daniel Pizamiglio, Geane Albuquerque, Luiz Otávio Queiroz, Marcel Cozzolino
Direção Leonardo França | Roteiro Leonardo França | Produção Ellen Mello | Fotografia Gabriel Teixeira | Montagem Leonardo França | Elenco Moradores da cidade de Itiúba
A semana em que Virna resolveu se separar do namorado para ficar comigo, foi a mesma semana em que me ofereceram um emprego temporário de caseiro.
Vento na cara, no vestido e no espelho. Sussurros. No avançar de imagens no retrovisor da memória, uma cidade se apresenta em suas ausências. Laje Do Céu re-inventa uma cidade do interior do Brasil através de olhares coreográficos. O filme constrói uma noção de tempo estilhaçada que avança retornando e retorna avançando. Como um chapéu que uma vez lançado ao vento retorna sem voltar para o mesmo lugar. Lugar imaginário que existe.
The week that Virna decided to split with her boyfriend to stay with me, was the same week that I was offered a job as temporary caretaker.
Wind on the face, on the dress and in the mirror. Whispers. Within the forwarding of images in memory’s rearview mirror, a town presents itself in its absences. Laje do Céu reinvents a Brazilian country town through choreographic looks. The film builds a shattered notion of time that forwards rewinding and rewinds forwarding. As a hat that once was thrown to the wind, it returns to the same place without ever returning. An imaginary place that exists.
LEONARDO MOURAMATEUS
LEONARDO FRANÇA
Nascido em 1991 em Fortaleza. Dirigiu curtas como Europa (2011), Charizard (2012) e Mauro Em Caiena (2012). O Festival de Santa-Maria da Feira (Portugal) dedicou-lhe uma sessão especial, exibindo alguns de seus trabalhos. Ganhou o prêmio principal de curtas na Semana dos Realizadores (Rio de Janeiro) e no Cinéma du Réel (Paris).
Leonardo França é um videoartista, coreógrafo e performer que investiga as relações entre dança, cidade e erotismo. Ele desenvolveu as performances Reconciliation (2006), Alley Oop (2007) e GAP (2009), apresentadas em diversos festivais.
Born in 1991 in Fortaleza. He directed shorts as Europe (2011), Charizard (2012) and Mauro In Cayenne (2012). A especial session with his shorts, for promising directors, was made in the Luso-Brazilian Santa Maria da Feira Festival. He won the main award for shorts in Festivals like Semana dos Realizadores and Cinéma du Réel (Paris).
Leonardo França is a videoartist, choreographer and performer that investigates the relationships between dance, city and eroticism. He developed the performances Reconciliation (2006), Alley Oop (2007) and GAP (2009), performed in many festivals.
Leonardo Mouramateus lmouramateus@gmail.com www.facebook.com/pages/Charizard/399397483468225
Leonardo França leofrancobrinquedo@gmail.com
Charizard
OLHAR DE CINEMA 2013
Sky Slab
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LINEAR
O DUPLO
/ Linear
/ O Duplo
Brasil | 2012 | 6’ | HD | Cor | Animação
Brasil | 2012 | 25’ | DCP | Cor | Ficção
Direção Amir Admoni | Roteiro Amir Admoni, Fabito Rychter | Produção Rogério Nunes | Arte Amir Admoni | Trilha Sonora Nick Graham Smith | Montagem Amir Admoni | Som Nick Graham Smith | Elenco Marcos de Andrade, Roberta Zago | Empresa Produtora Estúdio Admoni
Direção Juliana Rojas | Roteiro Juliana Rojas | Produção Max Eluard | Fotografia Flora Dias | Arte Fernando Zuccolotto | Montagem Manoela Ziggiatti | Som Gabriela Cunha | Elenco Sabrina Greve, Gilda Nomacce, Majeca Angelucci, Sara Silveira | Empresa Produtora Avoa Filmes
A linha é um ponto que saiu caminhando.
Silvia é uma jovem professora em uma escola de ensino fundamental. Certo dia, sua aula é interrompida quando um dos alunos vê um duplo da professora andando no outro lado da rua. Silvia tenta ignorar a aparição, mas este evento perturbador passa a impregnar seu cotidiano e alterar sua personalidade.
The line is a dot that went for a walk.
Silvia is a young teacher at an elementary school. One day, her class is interrupted when the students notice her double walking on the other side of the street. Silvia tries to ignore the apparition, but this strange event begins to permeate her daily life and transform her personality.
AMIR ADMONI
JULIANA ROJAS
O diretor e designer Amir Admoni vive e trabalha em São Paulo. Seu trabalho combina animação, video e motion graphics e já foi exibido e premiado no Brasil e no exterior.
Juliana Rojas, 1981. Dirigiu com Marco Dutra os curtas O Lençol Branco (Cinéfondation Cannes), Um Ramo (Semana da Crítica) e As Sombras. Dirigiu os curtas Vestida, Pra Eu Dormir Tranquilo (Festival de Toulouse) e O Duplo (Semana da Crítica). Em 2011, seu primeiro longa, Trabalhar Cansa (Festival de Cannes)
Brazilian director, designer and visual artist, Amir Admoni works and lives in São Paulo. His works combine animation, video and motion graphics and have been exhibited, screened and awarded in Brazil and the world.
Juliana Rojas, 1981. She directed together with Marco Dutra the short films O Lençol Branco (Cinéfondation Cannes), Um Ramo (Critics’ Week) and As Sombras. She directed the short films Vestida, Pra Eu Dormir Tranquilo (Toulouse Film Festival) e O Duplo (Critics’ Week). In 2011, she made her first long feature film, Trabalhar Cansa (Cannes Film Festival)
Amir Admoni amir@admoni.com.br | www.admoni.com.br
Max Eluard maxeluard@gmail.com | www.facebook.com/ODuplo
Linear
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Doppelgänger
C O M P E T I T I VA O L H A R E S B R A S I L D E C U R TA M E T R A G E M
POUCO MAIS DE UM MÊS
QUEM TEM MEDO DE CRIS NEGÃO?
/ Pouco Mais de Um Mês
/ Quem tem Medo de Cris Negão?
Brasil | 2013 | 23’ | 35mm | Cor | Ficção
Brasil | 2012 | 25’ | HD | Cor | Documentário
Direção André Novais Oliveira | Roteiro André Novais Oliveira | Produção Thiago Macêdo Correia, André Novais Oliveira | Fotografia Gabriel Martins, Bruno Risas | Arte Tati Boaventura | Montagem Gabriel Martins | Som Bruno Vasconcelos | Elenco André Novais Oliveira, Elida Silpe | Empresa Produtora Filmes de Plástico
Direção René Guerra | Roteiro René Guerra | Produção Juliana Vicente | Fotografia Matheus Rocha | Direção de Arte Maíra Mesquita | Montagem Yuri Amaral | Elenco Phedra D. Córdoba, Divina Núbia, Gretta Star, Thalia Bombinha, Roberta Gretchen, Marlene Loçasso | Empresa Produtora Preta Portê Filmes
André e Elida acordam para mais um dia. O sol lá fora ilumina a rua, e por causa de um buraco na cortina, ilumina o quarto. Eles conversam, conversam e conversam. Até que o ônibus vem e leva alguém.
Cristiane Jordan, ou Cris Negão como era chamada, foi uma travesti cafetina do centro de São Paulo conhecida por seus métodos violentos de controle das outras travestis. Odiada e temida por uma legião, ela também tinha seus fãs, até que tragicamente foi assassinada com dois tiros na cabeça. O filme é um mergulho no universo das travestis, a partir dessa figura lendária do submundo de São Paulo.
André and Elida wake up for another day. The sun out there lightens the street and because of a hole in the drapes, it lightens the room as well. They talk and talk. Until the bus comes and takes somebody.
Cristine Jordan, or Cris Negão, as she was called, was a transvestite who worked as a bawd in downtown of São Paulo, known by her violent methods to control the other transvestites. Hated and feared by a legion, she also had her fans, until she was tragically murdered with two shots in the head. The documentary is a dive into the transvestite universe through the stories of this legendary character of São Paulo’s underworld.
ANDRÉ NOVAIS OLIVEIRA
RENÉ GUERRA
Formado em História na PUC-MG, teve seus curtas Uma Homenagem a Aluizio Netto, Fantasmas e Domingo exibidos em mais de 50 festivais ao redor do mundo. Pouco Mais De Um Mês teve sua premiére mundial na Quinzena dos Realizadores, em Cannes. É sócio da produtora Filmes de Plástico, junto de Thiago Macêdo Correia, Maurilio Martins e Gabriel Martins.
René Guerra é formado em cinema pela FAAP (2006). Diretor de cinema e teatro, completou seu primeiro curta metragem Os Sapatos De Aristeu em 2008, que recebeu 36 prêmios em festivais no Brasil e no mundo. Em 2009 estreou o seu curta-metragem Casa no Berlinale 2010. Em 2012, René lança o documentário Quem Tem Medo De Cris Negão?
Graduated in History at PUC-MG, had his shorts Uma Homenagem a Aluizio Netto, Fantasmas and Domingo selected for more than 50 film festivals around the world. About a Month had its world premiere at the Director’s Fortnight, at Cannes. He is a partner at the production company Filmes de Plástico, along with Thiago Macêdo Correia, Maurilio Martins and Gabriel Martins.
René Guerra graduated in cinema from FAAP (2006). Cinema and theater director, he made his first short film called Os Sapatos De Aristeu in 2008. It received 36 film festivals awards in Brazil and abroad. In 2009, he released his short film Casa at the 2010 Berlinale. In 2012, René releases the documentary Quem Tem Medo De Cris Negão?
Thiago Macêdo Correia contato@filmesdeplastico.com.br | www.filmesdeplastico.com.br
Juliana Vicente festivais@pretaportefilmes.com.br | www.pretaportefilmes.com.br
About a Month
OLHAR DE CINEMA 2013
Who’s Afraid of Cris Negão?
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NOVOS OLHARES New Views
OLHAR DE CINEMA 2013
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A BATALHA DE TABATÔ The Battle of Tabatô
/ A Batalha de Tabatô
FICHA TÉCNICA Direção João Viana Roteiro João Viana Produção João Viana Direção de Fotografia Mario Miranda Empresa Produtora Papaveronoir
JOÃO VIANA Guiné-Bissau/Portugal | 2013 | 78’ | DCP | Cor / P&B | Ficção
Por causa de um pedido de sua filha, Baio volta a Guiné-Bissau após 30 anos de exílio. Para Fatu, a presença dele em seu casamento é muito importante. Ela vai se casar com Idrissa, o famoso cantor da banda Supercamarimba. A cerimônia vai acontecer em Tabatô, a aldeia dos griots, um povo musical. Quando Baio volta aos lugares do seu passado, lembranças da guerra de independência vêm à tona. Para acabar com a guerra e seus fantasmas, Idrissa deverá travar uma última batalha... Praised by his daughter, Baio comes back to Guinea-Bissau 30 years after his exile. Fatu holds his presence to her wedding day very dear to herself. She’s marrying Idrissa, the famous singer of the Supercamarimba band. The ceremony is to take place in Tabatô, the village of the griots, a musician people. As Baio returns to the old places he once knew, memories from the war of independence are surfacing. To end up with the war and its ghosts, Idrissa will give a last battle…
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João Viana dirigiu os curtas A Piscina (Festival de Veneza 2004), Alfama (Festival de Clermont-Ferrand 2011) e Tabatô (Berlinale 2013). A Batalha de Tabatô (Berlinale 2013) é seu primeiro longa metragem. João Viana has directed the shorts A Piscina (Venice 2004), Alfama (Clermont-Ferrand Film Festival 2011) and Tabatô (Berlinale 2013). The Battle Of Tabatô (Berlinale 2013) is his first feature film. Julien Rejl
julien.rejl@capricci.fr www.capricci.fr
NOVOS OLHARES
CATIVEIRO Captivity
/ Cativeiro
FICHA TÉCNICA Direção André Gil Mata Roteiro André Gil Mata Produção André Gil Mata, Joana Gusmão Direção de Fotografia André Gil Mata Montagem Tomás Baltazar Som André Gil Mata, Pedro Augusto Elenco Principal Alzira Pinho, Irene Alves, Julieta Teixeira
Portugal | 2012 | 64’ | HD | Cor / P&B | Documentário
Cativeiro é uma condição de confinamento, no espaço e no tempo. O ser cativo não é só e necessariamente um prisioneiro, também se torna próprio daquele lugar, a sua identidade projeta-se continuamente nesse espaço. Por sua vez, o próprio espaço do cativeiro não é inerte, caracteriza-se através de quem está ali contido; é moldado por essa experiência. Captivity is a confinement condition in space and time. The captive being is not just necessarily a prisoner, he/she also begins to belong to that place, his/ her identity is continuously projected into this space. In turn, the captivity space itself is not motionless and is characterized by who is there, that will be shaped by this experience.
ANDRÉ GIL MATA Nasceu em 1978 em São João da Madeira, Portugal. Estudou matemática. E trabalhou com fotografia e teatro. Realizou as curtas metragens Arca D’água (2009), Casa (2010) e O Coveiro (2013) e o longa-metragem Cativeiro (2012). Terminou em 2012 o mestrado em Cinema na ESTC (Lisboa), e faz neste momento o PhD na Film. Factory (Sarajevo). Born in 1978 in São João da Madeira, Portugal. He studied maths and worked in photography and theatre. He directed the shorts Water Ark (2009), House (2010) and The Gravedigger (2012) and the feature Captivity (2012). He finished in 2012 MA in film direction at ESTC (Lisbon) and currently he is doing his PhD at Film. Factory (Sarajevo). André Gil Mata
andregilmata@gmail.com
OLHAR DE CINEMA 2013
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THE BELLA VISTA The Bella Vista
/ El Bella Vista
FICHA TÉCNICA Direção Alicia Cano Empresa Produtora Thomas Mauch Filmproduktion
ALICIA CANO
Alemanha/Uruguai | 2012 | 73’ | HD | Cor | Documentário
The Bella Vista é a história de uma casa que começou como um clube de futebol, tornou-se um bem-sucedido bordel de travestis para depois se transformar numa capela católica, tudo isso numa cidadezinha conservadora no Uruguai. Neste divertido documentário, dois travestis, uma madame de bordel e um jogador de futebol gaúcho contam esta batalha pelo controle de um único espaço físico movidos pela mesma motivação: paixão. The Bella Vista is a story of a house starting as a football club, becoming a successful transvestite brothel only to be changed into a catholic chapel, all in a small conservative village in Uruguay. In this playful documentary, two transvestites, one brothel’s Madam and a gaucho football player, will bring to life this battle for control over a single physical space, driven by the same motivation: passion.
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Nascida no Uruguai em 1982, depois de receber um diploma em Estudos da Mídia, ela viajou para a Itália para concluir um mestrado em Cinema Documentário. Nos anos seguintes, ela trabalhou como cineasta em documentários para a TV italiana. Atualmente, vive em Montevidéu. Born in Uruguay, 1982. After earning an undergraduate degree in Media Studies, she travelled to Italy in 2006 to complete a Master’s degree in documentary cinema. In the following years she worked as a filmmaker in documentaries for Italian television. She currently lives in Montevideo. Marija Knezevic
festivals@taskovskifilms.com www.taskovskifilms.com
NOVOS OLHARES
MY FRIEND BETY My Friend Bety
/ Mi Amiga Bety
FICHA TÉCNICA Direção Diana Garay Roteiro Diana Garay Produção Henner Hofmann, Karla Bukantz, Liliana Pardo Direção de Fotografia Mariana Ochoa, Jimena Montemayor Trilha Sonora Carlo Ayhllón Montagem Javier Campos Elenco Principal Beatriz Briseño Empresa Produtora Centro de Capacitación Cinematográfica
México | 2012 | 87’ | HD | Cor | Documentário
Bety, minha amiga de infância, foi sentenciada, em setembro de 2004, a trinta anos de prisão, acusada de matar sua mãe. Bety agora tem 28 anos e atualmente serve sua pena em Santa Martha Acatitla, na Cidade do México. Através deste documentário, tento compreender as circunstâncias que fizeram Bety perder sua liberdade, que situações interagiram e como o destino decidiu a condição atual da minha amiga. Bety e eu fazemos parte desta história que mudou nossas vidas. Bety, my childhood friend, was sentenced in September 2004 to thirty years of prison accused of killing his mother. Bety is now twenty eight years old and is currently serving a prison sentence in the Santa Martha Acatitla, in Mexico City. Through this documentary I try to understand the circumstances that made Bety lost her freedom. What situations interacted and how fate decided the current condition of my friend. Bety and I are part of this story that has changed our lives.
OLHAR DE CINEMA 2013
DIANA GARAY Diana Garay formou-se com honras no Centro de Capacitação Cinematográfica, no México. Além de seu trabalho como diretora de documentários, ela trabalha como fotógrafa de peças de propaganda e filmes de ficção. Diana Garay is a Cum Laude graduate from Centro de Capacitacion Cinematografica, in Mexico. Besides her work as a documentary filmmaker she works as a cinematographer in advertising and fiction films. Claudia Prado
claudia@elccc.com.mx www.elccc.com.mx
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NOT IN TEL AVIV Not in Tel Aviv
/ Not in Tel Aviv
FICHA TÉCNICA Direção Nony Geffen Roteiro Nony Geffen Produção Itai Tamir, Laila Films Direção de Fotografia Ziv Bercovich Direção de Arte Sharon Eagle Trilha Sonora Uzi Ramirez Montagem Tal Hake Som Chen Harpaz, Vadim Yagman Elenco Principal Nony Geffen, Romi Aboulafia, Yaara Pelzig, Tal Fridman, Anat Atzmon, Rotem Bar Or Empresa Produtora Laila Films
Israel | 2012 | 82’ | DCP | P&B | Ficção
Quando um professor de ensino médio reprimido perde o emprego, ele decide levar toda sua vida para o buraco junto com ele. Em poucos dias, ele sequestra uma aluna adolescente, volta a contactar sua antiga paixão de escola, perdoa um velho amigo, mata sua mãe, enfrenta um grupo raivoso de feministas, um astro de cinema, a polícia e as sufocantes convenções de sua entediante cidadezinha. Uma aventura assim só poderia acontecer a pessoas que não estão em Tel Aviv. When a repressed high-school teacher loses his job, he decides to pull his entire life down with it. Within the span of a few days, he will kidnap a teenage student, reconnect with his old high-school crush, forgive an old friend, kill his mother, take on a rabid group of feminists, a movie star, the police and the stifling conventions of his boring small town. An adventure like this could only happen to people who are not in Tel Aviv.
NONY GEFFEN Nony Geffen dirigiu o curta Avudim/Lost, produzido por Udi Sabag. Ele é ator e foi premiado como melhor ator no FIFF – Festival internacional de Cinema de Fribourg pelo filme It’s Never Too Late. Ele também participou do concurso de desenvolvimento de roteiro de cinema oferecido pelo Fundo de Cinema de Israel e foi premiado. Nony Geffen has directed the short film Avudim/ Lost, produced by Udi Sabag. He is an actor and was awarded in FIFF - Fribourg International Film Festival (Main Actress) with the film It`s Never Too Late. He also participated of the feature film script development granted by the Israel Film Fund and was awarded. Itai Tamir
itai@laila-films.com www.facebook.com/NotInTelAviv
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OUTROS OLHARES Other Views OLHAR DE CINEMA 2013
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BEAUTY Beauty
/ Nosilatiaj. La Belleza
FICHA TÉCNICA Direção Daniela Seggiaro Roteiro Daniela Seggiaro Produção Alvaro Urtizberea Direção de Fotografia Willi Behnisch Direção de Arte Julia Gargiulli Trilha Sonora Fernando Subelza Montagem Ana Poliak, Martin Mainoli, Daniela Seggiaro Elenco Principal Yolanda Rosmeri Segundo, Yolanda Niña, Sasa Sharet, Isabel Mendoza Empresa Produtora Vista Sur Films In Association With Marocha Films, Alta Definición Argentina, Campo Cine, Felei
Argentina | 2012 | 83’ | DCP | Cor | Ficção
O cabelo de Yola é grosso e negro e desce até os quadris. Ela trabalha como doméstica de uma família católica com muitos filhos. A mãe estressada dessa família está determinada em dar uma Quinceañera, um baile de debutante para sua filha Antonella, que a cidade nunca esquecerá. O jardim, a comida, o vestido e tudo mais precisa ficar perfeito. Se ao menos Antonella tivesse um lindo cabelo natural como o de Yola. A verdadeira beleza vem de algo que a mãe de Anto não consegue compreender. Yola´s hair is thick and black and cascades down to her hips. She is working as a housekeeper in a Catholic family with many children. Their stressed-out mother is determined to throw an extravagant Quinceañera, one that the entire village will never forget, for her daughter Antonella. The garden, the food and the dress, everything needs to be perfect. If only Antonella had naturally beautiful hair like Yola´s. That true beauty comes from within is something Anto´s mother fails to understand.
DANIELA SEGGIARO Editora de som e imagens, ela se formou na UBA, Universidade de Buenos Aires. Entre seus trabalhos audiovisuais, encontramos documentários com conteúdo históricos e antropológicos para várias instituições. Ela também é responsável por vários projetos de documentários independentes. Sound and Image Designer, graduated in UBA (Buenos Aires University).Within her audiovisual works we find documentaries, animated short films and institutionals. She carries out documentary films with historic and anthropologic content for several institutions and is also responsible for various independent documentary projects. Anne Wiedlack
aw@m-appeal.com
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OUTROS OLHARES
CLIP Clip
/ Klip
FICHA TÉCNICA Direção Maja Milos Roteiro Maja Milos Produção Film House Bas Celik Direção de Fotografia Vladimir Simic
MAJA MILOS
Sérvia | 2012 | 102’ | DCP | Cor | Ficção
Jasna é uma linda garota em plena adolescência, que leva a vida difícil da geração do pós-guerra na Sérvia. Seu pai tem uma doença terminal e sua mãe vive abatida. Jasna está desiludida e sente raiva de todos e de tudo, inclusive de si mesma. Apaixonada por um garoto na escola, ela entra numa onda de sexo, drogas e festas, constantemente filmando tudo com seu celular. Apesar de tudo, em meio a este ambiente hostil, surgem amor e ternura. Jasna is a beautiful girl in her mid-teens, leading a crude life of the postwar generation in Serbia. With a terminally ill father and dispirited mother, she is disillusioned and angry with everyone and everything, including herself. Having a huge crush on a boy from school, she goes on a spree of sex, drugs and partying, constantly filming with her mobile phone. Still, in that very harsh environment love and tenderness emerge.
OLHAR DE CINEMA 2013
Maja Milos nasceu em Belgrado em 16 de maio de 1983. Ela se formou em Direção de Cinema e TV na Faculdade de Artes Dramáticas de Belgrado em 2008. Enquanto estudava, ela dirigiu 11 curtas e documentários Interval e Si tu T’imagines. Clip é seu primeiro longa-metragem. Maja Milos was born in Belgrade, on May 16 1983. She graduated from the Department of Film and Television Directing of the Faculty of Drama Arts in Belgrade in 2008. During her studies she directed 11 short films and documentaries Interval and Si tu T’imagines. Clip is her first feature film. Chloé Jourdan
cj@widemanagement.com
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LOS DÍAS Los Días
/ Los Días
FICHA TÉCNICA Direção Ezequiel Yanco Roteiro Ezequiel Yanco Produção Ezequiel Yanco Direção de Fotografia Ezequiel Yanco Montagem Valeria Racioppi Elenco Principal Martina Mendes, Micaela Mendes, Norma Ponzio Empresa Produtora Isoi Cine
Argentina | 2012 | 75’ | HD | Cor | Documentário
Los Días é um filme sobre duas irmãs gêmeas, suas vidas cotidianas e a intimidade de seu mundo infantil feminino. Martina e Micaela vivem na periferia de Buenos Aires. Norma, a mãe, as ajuda em suas atividades. Porém, esta rotina será alterada quando Norma começar a trabalhar e abandonar o trabalho do lar. Martina e Micaela são deixadas sozinhas e, numa situação de negligência e liberdade, elas começam a aprender sobre a sobrevivência doméstica. Los Días is a film about two twin sisters, their everyday life and the intimacy of their female childhood world. Martina and Micaela live in the suburbs of Buenos Aires. Norma, their mother, takes care of them and helps them with their activities. But this routine is altered when Norma starts working and abandons housework. Martina and Micaela are left alone, and, in a situation of fragile neglect and freedom, they start learning about domestic survival.
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EZEQUIEL YANCO Ezequiel Yanco nasceu na Argentina em 1976. Ele dirigiu o curta Merry Christmas (2008), junto com Marcelo Pitrola. Los Días (2012) é seu primeiro longa. Atualmente, ele está filmando o curta The Skin (2013). Ezequiel Yanco was born in Argentina in 1976. He directed the short subject Merry Christmas (2008), in collaboration with Marcelo Pitrola. Los Días (2012) is his first full length film. He’s currently shooting The Skin (2013), a short-film. Ezequiel Yanco
eyanco@gmail.com
OUTROS OLHARES
ME @ THE ZOO Me @ The Zoo
/ Me @ The Zoo
FICHA TÉCNICA Direção Chris Moukarbel, Valerie Veatch Produção Chris Moukarbel, Nucholas Shumaker, Jack Turner, Valerie Veatch Direção de Fotografia Chris Crocker, Wolfgang Held, Chris Moukarbel, Valerie Veatch Trilha Sonora Nico Muhly Montagem Jesse Hass, Chris Moukarbel, Valerie Veatch Empresa Produtora Memento Films International
EUA | 2012 | 80’ | DCP | Cor | Documentário
Me @ the Zoo mostra o fascinante conto moderno de Chris Crocker, um vídeo-blogueiro de uma cidadezinha no Tennessee. Integrante da primeira geração, que atingiu a maioridade sob a autovigilância constante, ele foi criado na Internet. Seus vídeos online, incluindo sua infame declaração no Youtube “Leave Britney Alone” já foram vistos milhões de vezes. O filme tece uma série de comentários online e vídeorrespostas com reações dos fãs de Crocker e de outros que o odeiam para mapear a ascensão controversa de um herói popular da Internet. Me @ the Zoo tells the fascinating modern tale of Chris Crocker, a video blogger from a small town in Tennessee. Part of the first generation that came of age under constant self-surveillance, he was raised on the Internet, and his online videos—including his infamous YouTube declaration “Leave Britney Alone!”— have been viewed hundreds of millions of times. The film weaves a tapestry of Web comments and response videos with reactions from Crocker fans and haters to map the controversial rise of an Internet folk hero.
CHRIS MOUKARBEL VALERIE VEATCH Chris Moukarbel se formou pelo programa de mestrado da Yale em 2006. Ele dirigiu um curta metragem chamado World Trade Center, que foi feito a partir de um roteiro descartado pela Paramount Pictures. Isso recebeu grande atenção da mídia por ter sido lançado antes do longa metragem de Oliver Stone, que possui o mesmo roteiro. Valeria Veatch é uma realizadora de Nova Iorque. Formada com louvor em Media Studies pela Universidade de Nova Iorque, o trabalho de Veatch trata de realidade virtual e identidade. Seu primeiro longa metragem, Me @ The Zoo, teve seu lançamento no Festival de Sundance em 2012. Chris Moukarbel graduated from Yale’s MFA program in 2006. He directed a short film titled World Trade Center that was made with a bootleg Paramount Pictures script. It received wide media attention by preempting the release of the Oliver Stone feature film by the same script. Valerie Veatch is a New York based filmmaker. Graduating with high honors in Media Studies from the New School University, Veatch’s work deals with virtual reality and identity. Her first feature film Me @ The Zoo premiered at the 2012 Sundance Film Festival. Memento Films International festival@memento-films.com meatthezoo.tv
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TABOOR Taboor
/ Taboor
FICHA TÉCNICA Direção Vahid Vakilifar Roteiro Vahid Vakilifar Produção Vahid Vakilifar & Fariba Rostami Direção de Fotografia Mohammad-Reza Jahanpanah Direção de Arte Saeid Assadi Montagem Vahid Vakilifar Som Hossein Mahdavi Elenco Principal Mohammad Rabbanipour
Irã | 2012 | 84’ | DCP | Cor | Ficção
VAHID VAKILIFAR
Um homem busca proteger seu corpo hipersensível de um aumento diário de temperatura causado por ondas eletromagnéticas penetrantes. Ele inventa um macacão de alumínio, que veste sob várias camadas de roupa. Apesar de sua saúde frágil, todas as noites, ele anda de moto para cumprir seus compromissos com seus clientes. Sua missão: destruir ninhos de baratas.
Vahid Vakilifar nasceu em 1981 em Kermanshah, Irã. Ele se formou com um mestrado em Direção de Cinema na Universidade de Soureh, em Teerã.Ele foi assistente de direção e programador de vários longas metragens. Ele dirigiu os filmes Havery (2004), Gesher (2010) e Taboor (2012)
A man seeks to protect his hypersensitive body from a daily rise in temperature caused by pervasive electromagnetic waves. He concocts an aluminum jumpsuit which he wears under abundant layers of clothing. Despite his fragile health, every evening he rides his motorbike to keep appointments with his customers. His mission: to destroy cockroach nests.
Vahid Vakilifar was born in 1981 in Kermanshah, Iran. He graduated with a Master’s Degree in Film Direction from Soureh University,Tehran. He has been assistant director and programmer of several feature films. He directed the films Havery (2004), Gesher (2010) and Taboor (2012). Nasrine Médard de Chardon nasrine@dreamlabfilms.com
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OUTROS OLHARES
TERRA DE NINGUÉM No Man’s Land
/ Terra de Ninguém
FICHA TÉCNICA Direção Salomé Lamas Roteiro Salomé Lamas Produção Luís Urbano, Sandro Aguilar Direção de Fotografia Takashi Sugimoto Montagem Telmo Churro Som Bruno Moreira Elenco Principal Paulo Figueiredo, Chiquinho, Alcides Empresa Produtora O Som e a Fúria
Portugal | 2012 | 72’ | DCP | Cor | Documentário
SALOMÉ LAMAS
Paulo oferece retratos sublimados das crueldades e paradoxos do poder assim como das revoluções que o depuseram, apenas para erguer novas burocracias, novas crueldades e paradoxos. O seu trabalho como mercenário encontra-se na franja destes dois mundos.
Nasceu em 1987. Estuda Cinema em Lisboa e em Praga e tem um mestrado em Belas Artes do Sandberg Institute, Amsterdam. Atualmente faz um doutorado em estudos artisticos. O seu trabalho é centrado em imagens em movimento e é mostrado em espaços artisticos e festivais de cinema. Salomé Lamas é professora, investigadora e realizadora.
Paulo offers sublimated portraits of the cruelties and paradoxes of power as well as the revolutions that unseated him just to raise new bureaucracies, new cruelties an paradoxes. His work as a mercenary is at the fringe of these two worlds.
Born in 1987, she studied film in Lisbon and in Prague and has a Masters degree in Arts from the Sandberg Institute, Amsterdam. Presently, she is studying to get a Ph.D. degree in arts studies. Her work is focused on moving images and is shown in artistic spaces and film festivals. Salomé Lamas is a teacher, investigator and filmmaker. Fabienne Martinot
fm@osomeafuria.com www.osomeafuria.com
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TOMORROW Tomorrow
/ Zavtra
FICHA TÉCNICA Direção Andrey Gryazev Roteiro Andrey Gryazev Produção Andrey Gryazev Direção de Fotografia Andrey Gryazev Trilha Sonora Andrey Gryazev Montagem Andrey Gryazev Som Andrey Gryazev
Rússia | 2012 | 90’ | HD | Cor | Documentário
Amanhã o mundo será melhor. Será? O novo astro russo da direção Andrey Gryazev abduze o espectador no mundo do grupo de arte moscovita Voina (guerra), a ocorrência mais surpreendente na arte contemporânea na Rússia. Seus fundadores vivem no underground, criam um filho de um ano, Kasper, e realizam ações no limite entre a arte e o crime. Suas corajosas declarações políticas não deixam ninguém indiferente e perturbam a todos. Tomorrow will be a better world. Will it? New Russian directing star Andrey Gryazev abducts the viewer into the world of Moscow-based art group Voina (war), the most striking occurence in contemporary art in Russia. Their founders live underground, they raise their one year old son Kasper and carry out actions on the fine edge between art and criminal offence. Their courageous political statements leave nobody indifferent - and disturb absolutely everybody.
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ANDREY GRYAZEV Andrey (1982) é um atleta profissional (patinação no gelo) e participou de campeonatos Europeu e Mundial. Depois de se formar como diretor de performances teatrais, ele trabalhou como diretor de fotografia e montador no teatro Yu.Lyubimov. Em 2011, ele foi indicado ao prêmio Nika. Andrey (1982) is a professional sportsman (figur skating) and competitor of World/European championships. After graduating as director of theatrical performances he worked as a ballet dancer. In 2006 he graduated as editor and worked as DOP and editor at Yu.Lyubimov Theatre. 2011 he was nominated for the Nika award. Anja Dziersk
anja.dziersk@kloosundco.de
OUTROS OLHARES
UM FIM DO MUNDO The End of The World
/ Um Fim do Mundo
FICHA TÉCNICA Direção Pedro Pinho Roteiro Pedro Pinho Produção Filipa Reis, Leonor Noivo Direção de Fotografia Vasco Viana, Pedro Pinho Montagem Luisa Homem Som João Gazua Elenco Principal Iara Teixeira, Eva Santos, Manuel Gomes, Indalécio Gomes Empresa Produtora Vende-se Filmes/ Terratreme
Portugal | 2013 | 62’ | HD | P&B | Ficção
Um dia na praia, antes das férias de verão. Uma garota que acaba de entrar para o grupo desperta a curiosidade dos demais. Um desses dias que não acabam. Uma falha no sistema de distribuição de eletricidade um apagão - talvez se trate de um acidente, talvez seja só um pretexto para passar uma noite juntos. One day at the beach before summer vacations. A girl that just joined the group arouses the other members’ curiosity. One of those days that never end. A failure in the power distribution system – a blackout – may be an accident or maybe it’s just an excuse to spend a night together
PEDRO PINHO Pedro Pinho (1977), estudou cinema na na E.S.T.C. (Amadora) e na ENS - Louis Lumière (Paris). Dirigiu os filmes Perto (2002), No Início (2005), Bab Sebta (2008), Um Fim Do Mundo (2013) e As Cidades e As Trocas (2013). Pedro Pinho (1977) studied cinema at E.S.T.C. (Amadora) and at ENS - Louis Lumière (Paris). He directed the films Perto (2002), No Início (2005), Bab Sebta (2008), Um Fim Do Mundo (2013) and As Cidades e As Trocas (2013). Filipa Reis / Leonor Noivo info@vende-sefilmes.com www.vende-sefilmes.com www.terratreme.pt
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VILLEGAS Villegas
/ Villegas
FICHA TÉCNICA Direção Gonzalo Tobal Roteiro Gonzalo Tobal Produção Benjamin Domenech, Santiago Gallelli, Juan Villegas Direção de Fotografia Lucas Gaynor, Fernando Lockett Direção de Arte Sandra Fink Trilha Sonora Nacho Rodríguez Baiguera Montagem Delfina Castagnino Som Francisco Pedemonte Elenco Principal Esteban Lamothe, Esteban Bigliardi Empresa Produtora Rei Cine, Tresmilmundos Cine, PBK Cine, NFI Productions
Argentina/Holanda/França | 2012 | 98’ | DCP | Cor | Ficção
Depois de muito tempo sem se verem, dois primos, Esteban e Pipa, precisam ir juntos de carro ao enterro do avô em Villegas, seu vilarejo natal. Cada um deles encara os desafios da vida adulta da sua própria maneira e a viagem logo se torna uma jornada intensa cheia de conflitos e emoções... After a long time without seeing each other, two cousins, Esteban and Pipa, have to drive together to their grand-father’s funeral in Villegas, their childhood village. Each of them faces up to the challenges of adulthood in his own way, and the trip soon becomes an intense journey full of conflict and emotions...
GONZALO TOBAL Nascido na Argentina em 1981, ele escreveu e dirigiu 4 curtas. Ahora Todos Parecen Contentos recebeu o Prêmio Principal da Cinéfondation, em Cannes, em 2007, entre muitos outros prêmios. Seu primeiro longa, Villegas, foi selecionado para a Seleção Oficial de Cannes em 2012. Born in Argentina 1981, he wrote and directed 4 short films. Ahora Todos Parecen Contentos received the Frist Prize of the Cienéfondation at Cannes 2007, amongst many other awards. His firs feature film Villegas was selected for the Cannes’ Official Selection 2012. Urban Distribution
contact@urbandistrib.com www.urbandistrib.com/films
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OUTROS OLHARES
VIVA VIVA Viva Viva
/ Viva Viva
FICHA TÉCNICA Direção Carolina Pfister Roteiro Carolina Pfister Produção Carolina Pfister Direção de Fotografia Carolina Pfister Trilha Sonora Objeto Amarelo & Erik Larson & Darsombra Montagem Carolina Pfister
CAROLINA PFISTER Brasil/EUA | 2013 | 100’ | HD | Cor | Documentário
Conheça duas gerações que moldam uma cultural global dissidente, e criam a trilha do caos urbano. Sob o concreto de São Paulo, os punks nos convidam a abrir os olhos. Viva Viva! Meet two generations that shaped a dissident global culture and created the track of urban chaos. Under São Paulo’s concrete, punks invite us to open our eyes. Hail! Hail!
Nascida na Suiça por causa da ditadura brasileira, Carolina Pfister viveu entre o Brasil e os EUA. Possui um mestrado em cinema experimental, um Emmy de Chicago pelos seus mini-docs, foi nomeada diretora revelação latino-americana pela “Women in Film”. Fundou um centro cultural em Chicago e completa seu primeiro longa-metragem. Carolina Pfister was born in Switzerland to Brazilian parents fleeing dictatorship, and lived between Brazil and the USA. She has obtained an MFA in experimental film, received a Women in Film “Emerging Latina Filmmaker” award, co-founded a cultural center in Chicago’s inner city, and recently completed her first feature film. Carolina Pfister
vivavivamovie@gmail.com www.vivavivamovie.com
OLHAR DE CINEMA 2013
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MIRADA PARANAENSE Paranรก State Films OLHAR DE CINEMA 2013
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ALTERIDADE
BOM DIA
/ Alteridade
/ Bom Dia
Brasil | 2012 | 7’ | HD | Cor | Documentário
Brasil | 2013 | 16’ | HD | Cor | Ficção
Direção João Menna Barreto | Roteiro João Menna Barreto | Produção João Menna Barreto | Fotografia João Menna Barreto | Montagem João Menna Barreto | Som João Menna Barreto
Direção Danilo Daher | Roteiro Danilo Daher | Produção Natalia Simões de Campos | Fotografia Eduardo Azevedo, Danilo Daher, Bruno Nicoletti, Danilo Custódio | Arte Amanda Skrobot | Trilha Sonora Danilo Daher | Montagem Danilo Daher | Som Tiago Emanuel | Elenco Marcos Saboia, Janaina Matter, Danilo Avelleda
Construído com vídeos realizados por usuários do site Youtube, o documentário propõe um olhar sobre o outro num momento histórico em que a exposição de si para grandes plateias é cada vez mais fácil.
Ao acordar, um operário engasga com um remédio que ele toma todas as manhãs. Ele achou que ia morrer. A partir disso ele tenta mudar sua dura rotina, chamando a atenção para o seu sofrimento.
Built by videos made by Youtube users, the documentary exposes a look on others at a historical moment in which self exposition to large audiences is easier and easier.
A worker wakes up and chokes with a medicine that he takes every morning. He thought he would die. From then on, he tries to change his hard routine, bringing attention to his suffering.
JOÃO MENNA BARRETO
DANILO DAHER
João Menna Barreto atua em cinema como montador e editor. Estudou Antropologia, Sociologia e atualmente cursa o bacharelado em Cinema e Vídeo da Faculdade de Artes do Paraná. Alteridade é seu primeiro filme.
Danilo Daher nasceu em Goiânia. Em 2008 se mudou para Curitiba e ingressou no Curso de Cinema e Vídeo da FAP/CineTVPR. Bom Dia é resultado de um trabalho prático da disciplina de Direção IV e é seu primeiro filme como diretor.
Alterity
João Menna Barreto is a film editor. He studied Anthropology, Sociology and is currently pursuing a BA in Film and Video at FAP. Alterity is his first film.
João Menna Barreto contato@joaomennabarreto.com.br | www.joaomennabarreto.com.br
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Have a Nice Day
Danilo Daher was born in Goiânia. In 2008 he moved to Curitiba and ingressed at the University FAP/CineTVPR, where he studies Cinema. Have A Nice Day is the result of a pratical exercice from the discipline Direction IV and his first short film as a director.
Danilo Daher danilodalvarenga@gmail.com
M I R A D A PA R A N A E N S E
MORTE DE UM IGUAL
O CASTELO
/ Morte de um Igual
/ O Castelo
Brasil | 2013 | 13’ | HD | Cor | Experimental
Brasil | 2013 | 15’ | HD | Cor | Ficção
Direção Arthur Tuoto | Roteiro Arthur Tuoto | Produção Arthur Tuoto | Fotografia Arthur Tuoto | Montagem Arthur Tuoto
Direção Rodrigo Grota | Roteiro Rodrigo Grota | Produção Argel Medeiros | Fotografia Guilherme Gerais | Arte Felipe Augusto | Trilha Sonora Otavio Santos, Rodrigo Guedes | Montagem Rodrigo Grota | Som Bruno Bergamo | Elenco Guilherme Kirccheim, Mayara Dionisio | Empresa Produtora Kinoarte
Partindo de um diálogo do filme Stalker (1979), de Andrei Tarkovski, o trabalho é uma reflexão livre sobre a música e sua potencialidade primitiva. Ressonâncias analógicas e corpos em êxtase refletem uma paisagem sonora universal.
Existe esperança, esperança infinita, mas não para nós.
Using a dialogue from the film Stalker (1979), by Andrei Tarkovski as a starting point, the work is a free reflection about music and its primal potentiality. Analogical resonances and bodies in ecstasy reflect an universal sound landscape.
There is hope, infinite hope, but not for us.
ARTHUR TUOTO
RODRIGO GROTA
Artista visual e cineasta, Arthur Tuoto desenvolve uma obra diversificada que mescla cinema, fotografia e novas mídias. Dirigiu os curtas Mãos Mortas, Corpo Delito, Act Of Love, a vídeo instalação 3xDielman, além de diversos outros trabalhos exibidos em festivais e exposições ao redor do mundo.
Rodrigo Grota dirigiu nove filmes, é um dos fundadores da Kinoarte e da produtora Filmes do Leste, coordena os Festivais de Cinema de Londrina e de Marília, além de editar a Revista Taturana (publicação impressa sobre cinema). No momento prepara-se para rodar os filme Jardim Tókio e Leste Oeste.
Visual artist and filmmaker, Arthur Tuoto develops a diversified work that mixes cinema photography and new medias. He directed the short films Mãos Mortas, Corpo Delito and Act Of Love, a video installation 3xDielman, as well as other works shown in film festivals and exhibits all around the world.
Rodrigo Grota has directed nine films. He is one of the founders of Kinoarte and the company Filmes do Leste, coordinates Film Festivals of Londrina and Marilia, and is the editor of Magazine Taturana (print publication on cinema). In this moment he is preparing to run the movies Tokyo Garden and East West.
Arthur Tuoto arthur.tuoto@gmail.com | www.arthurtuoto.com
Rodrigo Grota rodrigo@filmesdoleste.com | filmesdoleste.com
Death of an Equal
OLHAR DE CINEMA 2013
The Castle
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VITÓRIA Vitoria
/ Vitória
Brasil | 2012 | 14’ | HD | Cor | Ficção Direção Eduardo Colgan | Roteiro Leandro Telles | Produção Nathália Tereza | Fotografia Leandro Telles | Arte Caroline Biagi | Trilha Sonora Lê Benik | Montagem Guilherme Delamuta | Som Guga Schiochet , Tiago Emanuel, Marcos Tavares | Elenco Principal Camila Hubner, Regina Bastos, Ailen Scandurra, Nika Braun, Regina Razzolini | Empresa Produtora Diadorim Filmes
Vitória odeia seu primeiro nome e gosta de olhar pelas janelas dos prédios, tentando ver as vidas que existem longe da sua. Quando ela é confrontada com alguns fantasmas do passado, Vitória e sua mãe (Regina Bastos) serão obrigadas a lidar com memórias há muito tempo guardadas.
Vitória hates her first name and enjoys to look through the window in buildings, trying to see the lives that exist away from hers. When she is confronted with some ghosts from her past, Vitória and her mother (Regina Bastos) will have to deal with old memories.
EDUARDO COLGAN Bacharel em Cinema e Vídeo pela Faculdade de Artes do Paraná, dirigiu os curtametragens independentes Play, Trezentos e Sessenta Kickflip e Vitória (este em colaboração com a Diadorim Filmes). Em curtas metragens, videoclipes e produções para a internet, realizou funções diversas, entre elas montagem e efeitos especiais. Bachelor in Cinema and Video from Faculdade de Artes do Paraná, directed the independent short movies Play, Three-Sixty Kickflip and Vitoria (the latter in colaboration with Diadorim Filmes). In short movies, videoclips and made-for-internet productions, worked in a range of functions, including editing and special effects. Eduardo Colgan eduardocolgan@gmail.com | www.diadorimfilmes.com.br/vitoria
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M I R A D A PA R A N A E N S E
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FOCO ALEMANHA Foco Alemanha OLHAR DE CINEMA 2013
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LOCAL DE FILMAGEM BERLIM: ONTEM E HOJE Berlim: Metrópole, cidade arrasada, dividida, reunificada, capital. Aqui, em 1895,
as imagens aprenderam a correr, com o bioscópio dos irmãos Skladanowksi, aqui surgiram ateliers de filmagem sobre os forros do centro da cidade e, mais tarde, nas regiões afastadas. Nos “anos vinte de ouro”, Berlim não era apenas a maior cidade industrial da Europa, mas também, ao lado de Hollywood e Paris, um dos mais significativos locais de produção de filmes em todo o mundo. A guerra e a divisão da Alemanha puseram um fim a essa tendência. Por um longo período, o local de filmagem Berlin esteve marginalizado em relação ao cinema mundial. Hoje, Berlim está se desenvolvendo como cidade das mídias e, com os Estúdios UFA, em Potsdam-Babelsberg, atrai produções internacionais. Distante dos estúdios, contudo, houve desde o início projetos de filmes independentes e comprometidos com o espírito da independência. Filmados nos cenários originais e frequentemente com atores amadores, esses filmes transmitem algo muito autêntico sobre as respectivas épocas em que surgiram. A vontade artística em busca de uma forma de expressão nova e própria se liga neles com imagens quase documentais do espaço público, cujo valor arqueológico aumenta com a passagem do tempo. Reunidos, os noves filmes desta série revelam um panorama da cidade de Berlin e das suas transformações desde os anos 20 até o século XXI. A Potsdamer Platz, praça que é um dos cruzamentos de trânsito mais intenso da Europa, aparece apenas em três filmes e em nenhum deles pode ser reconhecida. Ao mesmo tempo, os filmes selecionados representam uma visão de produção cinematográfica que, fora das trilhas demarcadas da dramaturgia convencional, busca novas formas artísticas de narrativa. A partir de meados do século XX, a assim chamada “Escola Berlinense” – de que fazem parte os cineastas Thomas Arslan, Christian Petzold, Valeska Grisebach e Tatjana Turanskyj, também representados nesta série – deu um novo impulso ao cinema alemão. Esta série homenageia a ela e a seus precursores.
/ Filming location Berlin: yesterday and today Beriln: metropolis, crushed city, divided, reunited, capital. Here, in 1895, images learned how to run with the bioscope of the Skladanowski brothers and filming ateliers appeared over the roofs downtown and later, in more remote areas. In the “Golden Twenties”, Berlin was not just the greatest industrial city in Europe, but along Hollywood and Paris, was one of the most significant places of film production all around the world. War and Germany’s division put an end to this tendency. For a long period, Berlin as a filming location had been marginalized in terms of world cinema. Today, Berlin is developing as a city in the medias. And with the UFA studios, in Potsdam-Babelsberg, it attracts international productions. However, distant from the studios, since the beginning, there were independent films or those that were committed to the independence spirit. Filmed in the original sceneries and often with amateur actors, these films communicated something very authentic about the respective times in which they appeared. The artistic wish searching for a new and idiosyncratic form of expression connects to them with near documentary images of the public space, whose archeological value increases with time. Reunited, the nine films from this series reveal a panorama of the city of Berlin and its transformations since the 1920’s until the 21st century. Potsdamer Platz, the square that is one of the most intense traffic crossroads in Europe nowadays, appears in only three films and it can’t be recognized at all in any of them. At the same time, the selected films represent a cinema production view that, away from the delimited tracks of the conventional dramaturgy, searches new storytelling artistic ways. From the mid-20th century, the so called “Berlin School” – in which the filmmakers Thomas Arslan, Christian Petzold, Valeska Grisebach and Tatjana Turanskyj take part and who are also represented in this series – gave a new momentum to the German cinema. This series pays homage to it and its forerunners.
Anja Göbel | Curator
Anja Göbel | Curadora
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FOCO ALEMANHA
BERLIM – SINFONIA DE UMA METRÓPOLE Berlin – Symphony of a Great City
foto/photo: Deutsche Kinemathek – Museum für Film und Fernsehen
/ Berlin - Die Sinfonie Der Grosstadt
FICHA TÉCNICA Direção Walter Ruttmann Roteiro Karl Freund, Walter Ruttmann (seguindo a ideia de Carl Mayer) Câmera Reimar Kuntze, Robert Baberske, Laszlo Schäffer Composição Edmund Meisel Produção Fox Europa
WALTER RUTTMAN Alemanha | 1927 | 62’ | HD | P&B | Documentário
Este clássico de Walter Ruttmann, do primeiro cinema alemão de vanguarda, é uma sinfonia visual sobre a vida moderna na cidade grande. Nele o papel principal é desempenhado por Berlin, que, com quatro milhões de habitantes, é a maior metrópole europeia nos anos vinte. Dispensando uma ação narrativa, o filme narra em cinco atos a passagem de um dia de semana comum, de manhã até de noite. O registro documental da vida do trabalho, das ruas e do tempo livre em Berlim, realizado ao longo de semanas por Ruttmann e sua equipe de filmagem, foi organizado em uma montagem rítmica, em obediência às leis musicais da sinfonia. A premissa artística de Ruttmann, devotada ao ritmo, ao movimento e à forma, foi criticada por seus contemporâneos e dita “sem consistência” (Siegfried Kracauer). Hoje, o filme Berlim – Sinfonia de uma Metrópole é incontestavelmente uma das grandes obras da história do cinema alemão e ainda transmite a fascinação pelo tempo dos “anos vinte de ouro”.
Walter Ruttman nasceu em 1887 em Frankfut e faleceu em 1941 em Berlim. Estudou aquitetura e pintura e trabalhou como artísta gráfico. Ruttman e seus colegas do movimento de vanguarda enriqueceram a linguagem cinematográfica com novas técnicas provindas de experimentações. Seus primeiros curtas nos anos 20, Opus I e Opus II são exercícios experimentais em forma e cores. Walter Ruttman was born in 1887 in Frankfurt and died in 1941 in Berlin. He studied Architecture and Painting and worked as a graphic designer. Ruttman and his colleagues of the avant garde movement enriched the language of film as a medium with new form techniques. His first short films in early 20’s were Opus I and Opus II are experimentalism in colors and shapes.
This classic film by Walter Ruttmann, from the first avant-garde cinema, is a visual symphony about the modern life in the big city. In it, the main role is played by Berlin, which, with four million inhabitants, is the greatest European metropolis of the 1920’s. Dismissing a narrative action, the film tells in five acts the period of regular weekday, from morning till night. The documental record of the life, the work, the streets and the free time in Berlin, made in weeks by Ruttmann and his film crew was organized in a rhythmic editing obeying the musical laws of the symphony. Ruttmann’s artistic premise devoted to rhythm, movement and form was criticized by his contemporaneous and said of having “no substance” (Siegfried Kracauer). Today, the film Berlin - Symphony of a Great City is undoubtedly one of the great artworks of the German cinema an it still transmits the fascination for the period of the ‘Golden Twenties”. OLHAR DE CINEMA 2013
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PEOPLE ON SUNDAY People on Sunday
foto/photo: Deutsche Kinemathek – Museum für Film und Fernsehen
/ Menschen am Sonntag
Alemanha | 1930 | 68’ | 35mm | P&B | Ficção
Na passagem do cinema mudo para o cinema com som, o filme People on sunday antecipa aquilo que, muitos anos mais tarde, tornou famosos os diretores do neorrealismo italiano e os franceses da nouvelle vague: filmar histórias cotidianas com atores amadores em cenários originais. O projeto conjunto de Robert Siodmak, Edgar G. Ulmer, Billy Wilder e Fred Zinnemann – que, posteriormente, fizeram todos carreira nos EUA – mostra quatro jovens de Berlim e um encontro ao acaso. Aqui não é a estória que ocupa o primeiro plano, mas sim as coisas pequenas e secundárias, as quais são observadas e encenadas atentamente. Olhares e atividades de domingo geram uma leveza com ares de verão, que até hoje dá ao filme seu charme vanguardista. During the transition from silent film to movies with sound, the film People on Sunday anticipates what years later, would make famous the directors of the Italian neo-realism and the French nouvelle vague – filming everyday stories with amateur actors in original sets. The joint project of Robert Siodmak, Edgar G. Ulmer, Billy Wilder and Fred Zinnemann - all of them would build careers in the USA later on – show four young people from Berlin and a chance encounter. Here it is not the story that is important, but the little and secondary things, which are observed and staged attentively. Sunday looks and activities generate a lightness of summer feelings that even nowadays brings an avantgarde charm to the film.
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FICHA TÉCNICA Direção Robert Siodmak, Edgar G. Ulmer Roteiro Billy Wilder, segundo uma reportagem de Kurt Siodmak Câmera Eugen Schüfftan Assistente de Câmera Fred Zinnemann Composição Otto Stenzel Produção Filmstudio 1929
ROBERT SIODMAK EDGAR GEORGE ULMER O diretor Robert Siodmak era um cineasta magistral que uniu com sucesso as técnicas do expressionismo alemão aos estilos contemporâneos do cinema norte americano, particularmente o cinema noir, no processo de criação de vários filmes recheados de climas, algumas vezes arrepiantes, e imagens sempre memoráveis. Um dos cineastas mais versáteis e prolíficos da história do cinema, Edgar George Ulmer (1900-1972), trabalhou em uma desconcertante variedade de gêneros, países e linguagens. Ulmer nasceu onde hoje é a República Checa e cresceu na cidade de Viena. Estudante de arquitetura, ele começou a trabalhar com cinema ainda adolescente, principalmente como cenógrafo e diretor de arte, transitando entre Berlim e Hollywood durante o começo dos anos 30. The director Robert Siodmak was a masterful film maker who successfully blended the techniques of German Expressionism with contemporary styles of American film, particularly film noir, in the process creating a handful of moody, sometimes chilling, and always memorable motion pictures. One of the most versatile and resourceful filmmakers of his time, Edgar George Ulmer (1900-1972), worked in a bewildering variety of genres, countries, and languages. Ulmer was born in what is now the Czech Republic and raised in imperial Vienna; originally a student of architecture, he broke into the film industry as a teenager and, serving mainly as a set designer, shuttled back and forth between Berlin and Hollywood through the early ‘30s.
FOCO ALEMANHA
BORN IN 45 Born in 45
foto/photo: Progress Film-Verleih/Photo: Waltraut Pathenheimer
/ Jarhgang 45
FICHA TÉCNICA Direção Jürgen Böttcher Roteiro Klaus Poche, Jürgen Böttcher Câmera Roland Gräf Edição Helga Gentz Música Henry Purcell, Wolf Biermann (canções) Produção Estúdio Cinematográfico DEFA Elenco Rolf Römer, Monika Hildebrand, Paul Eichbaum, entre outros.
Alemanha | 1966 | 94’ | 35mm | P&B | Ficção
JÜRGEN BÖTTCHER
O único filme de longa metragem de Jürgen Böttcher foi vítima da censura do 11º Plenário do Comitê Central do Partido Socialista Unitário da Alemanha e só pôde estrear após a queda do muro em 1990. A história, filmada em cenários originais no lado oriental de Berlim, trata da crise de um casal jovem e foi avaliado como “niilista e cético”, não passando da fase da montagem preliminar. O filme gira em torno das ações sem finalidade de Alfred, que, depois da separação de Lisa, pega alguns dias de férias para ficar à toa. As conversas com o vizinho excêntrico, as caminhadas solitárias ou com amigos são transpassadas por uma busca não declarada por algo novo e extraordinário, a qual tem aspectos repletos de humor. Estilisticamente, Böttcher adentrou um novo território com seu minimalismo com ares de documentário. Não fosse a proibição de exibilo ao grande público, este filme poderia ter representado o início de uma “nouvelle vague” na Alemanha Oriental.
Jürgen Böttcher, diretor de Born in ’45, é um artista plástico também conhecido como Strawalde. Desde 1961 Böttcher dirigiu 55 filmes para os estúdios DEFA, alguns documentários e uma ficção. Ele permaneceu na equipe permanente do DEFA como diretor de documentários até 1991. Born in ‘45 foi um filme muito controverso e não foi bem visto pelo governo alemão, como vários outros filmes de Jürgen Böttcher.
The only feature film by Jürgen Böttcher was a victim of the censorship of the 11th Assembly of Germany’s Unitary Socialist Party and could only be released after the fall of the Berlin Wall in 1990. The plot, filmed in original sets at the east side of Berlin, shows a young couple crisis and it was evaluated as “nihilist and skeptical” and had only a preliminary editing. The film goes about Alfred’s purposeless actions that after breaking up with Lisa, decides to take some days off from work to laze about. His conversations with his eccentric neighbor, the lonely walks or accompanied by friends are crossed over by a undeclared search for something new and extraordinary, which has aspects filled with humor. Stylistically, Bötcher entered a new territory with his documentary-like minimalism. If it hadn’t been censored, this film could have meant the beginning of a nouvelle vague in East Germany. OLHAR DE CINEMA 2013
Jürgen Böttcher, director de Born in ’45, is also a painter known as Strawalde. Since 1961 Böttcher directed 55 films for the DEFA studios, documentary films as well as one feature film. He remained on the DEFA permanent staff as a director of documentary films until 1991. Born in ’45 was a very controversial film and not well seen by the German Government like some other movies from Jurgen Böttcher.
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THE ALL-AROUND REDUCED PERSONALITY: OUTTAKES The All-Around Reduced Personality: Outtakes
foto/photo: Deutsche Kinemathek – Museum für Film und Fernsehen
/ Die Allseitig Reduzierte Persönlichkeit - Redupers
Alemanha | 1977 | 98’ | 35mm | P&B | Ficção
Apoiada no cotidiano de uma foto-jornalista conhecida, Helke Sander concebeu com a personagem ficcional de Edda Chiemnyjewski um retrato geracional no ponto alto do movimento feminista. Edda é foto-jornalista autônoma e mãe solteira. O dinheiro falta em todos os aspectos, enquanto clientes e filho fazem exigências múltiplas. Paralelamente aos deveres, Edda procura conservar sua vida particular e busca ao menos um pouco de realização pessoal no trabalho. Assim, ela organiza com um grupo de mulheres um projeto fotográfico sobre a cidade de Berlim. Os movimentos de câmera ao longo do muro e os trens urbanos da Berlim ocidental também fazem do filme em preto e branco, com ares de documentário, um retrato poético da cidade nos anos setenta.
FICHA TÉCNICA Direção Helke Sander Roteiro Helke Sander Câmera Katia Forbert Edição Ursula Höf Produção Basis-Film Verleih Elenco Helke Sander, Joachim Baumann, Frank Burckner, entre outros.
HELKE SANDER Helke Sander nasceu em 1937 em Berlim. Ela é uma diretora e escritora feminista alemã. Sander frequentou a escola de dramaturgia em Hamburgo. De 1966 a 1969 ela estudou na recém-fundada escola de cinema Deutsche Film und Fernsehakademie. O trabalho de Sander em cinema é muito ligado ao seu engajamento político feminista. Helke Sander was born in 1937 in Berlin. She is a German feminist film director and writer. Sander attended a drama school in Hamburg. From 1966 to 1969, she studied at the newly founded film school Deutsche Film und Fernsehakademie. Sanders’ work in cinema is very closely linked to her political engagement as a feminist.
Supported in the everyday life of a well-known photojournalist, Helke Sander conceived with the fictional character of Edda Chiemnyjewski a generation portrait at the pinnacle of the Women’s Movement. Edda is an self-employed photojournalist and single mother. There’s no money in every aspect, while her customers and son make multiple demands. Parallel to her duties, Edda tries to keep her private life and tries to have at least a little personal accomplishment. This way, she organizes a photo project about Berlin with a group of women. The camera movements along the Wall and West Berlin’s urban trains are also in the documentary-like black and white film, a poetic portrait of the city in the seventies.
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FOCO ALEMANHA
ASAS DO DESEJO Wings of Desire
foto/photo: Deutsche Kinemathek – Museum für Film und Fernsehen
/ Der Himmel Über Berlin
Alemanha | 1987 | 128’ | HD | P&B/Cor | Ficção
O céu sobre Berlim está encoberto na homenagem poética de Wim Wenders à cidade. Isso vale para o humor melancólico dos dois anjos Damiel e Cassiel, que passeiam pela cidade e observam a vida das pessoas. Eles não desejam nada tanto quanto sentir gostos e texturas, ficar com os dedos pretos ao folhear um jornal. Ao se apaixonar pela trapezista Marion, Damiel arrisca o passo para a vida mortal e vivencia o mundo em novas cores. Filmado dois anos depois da queda do muro, o filme mostra lugares na Berlim ocidental que hoje não existem mais da mesma forma. Além disso, ele estabelece linhas de conexão com o passado por meio de filmagens originais dos escombros da Segunda Guerra Mundial. O vôo dos anjos através do tempo, do espaço e dos pensamentos encontra sua perfeição formal nos movimentos de câmera repletos de arte. The sky over Berlin is hidden in Wim Wender’s poetic homage to the city. This goes for the melancholic humor of the two angels Damiel and Cassiel that go about the city and observe people’s lives. The don’t wish nothing else but to feel tastes and textures, have their fingers blacken when leaf through a newspaper. When Damiel falls in love by the trapeze artist Marion, he risks to take a step to mortal life and experiences the world in new colors. Filmed two years after the fall of the Wall, the film shows places in West Berlin that do not exist anymore in the same way. Besides, he establishes connection lines to the past through original shots of the World War II debris. The flight of the angels through time, space and thoughts find their formal perfection in camera movements plentiful of art.
OLHAR DE CINEMA 2013
FICHA TÉCNICA Direção Wim Wenders Roteiro Wim Wenders Câmera Henri Alekan Edição Peter Przygodda Música Jürgen Knieper, Laurent Petitgand Produção Road Movies Elenco Bruno Ganz, Solveig Dommartin, Otto Sander, Curt Bois, entre outros.
WIM WENDERS Um dos nomes mais associados à nova onda do cinema alemão, Wim Wenders nasceu em Düsseldorf no ano de 1945. Depois de dois anos estudando Medicina e Filosofia e de passar um ano em Paris trabalhando como artista plástico, começou a frequentar a University of Television and Film, em Munique. Wim Wenders se tornou membro da Academia de Artes de Berlim no ano de 1984 e é fundador e presidente da Academia de Cinema Européia. One of the most known names from the new german cinema, Wim Wenders was born in Düsseldorf in 1945. After two years of studying medicine and philosophy and a yearlong stay in Paris as a painter he attended the University of Television and Film in Munich. Wim Wenders became a member of the Academy of Arts Berlin in 1984. He is founding member and president of the European Film.
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BE MY STAR Be My Star
foto/photo: Peripher Filmverleih
/ Mein Stern
Alemanha | 2001 | 63’ | 35mm | Cor | Ficção
Nicole e Schöps têm 15 anos e vivem em um conjunto de prédios em Berlin-Mitte – a parte da cidade que sofreu as maiores transformações nos anos noventa, após a queda do muro. Longe das galerias de arte, das boutiques chiques e dos escritórios multimídias, os dois adolescentes experimentam uma relação amorosa segundo o exemplo dos adultos: eles ouvem música, bebem licor de ovos, jantam com a irmã de Nicole, dançam e fazem sexo. Mas o ciúme abala a felicidade juvenil. Para o filme de estreia, Valeska Grisebach entrevistou 250 jovens a respeito de suas ideias de amor e seus planos de vida. O que faz com que este filme de adolescentes incomum, realizado com atores amadores, seja tão autêntico não é a representação documental, mas o resultado maravilhoso da observação meticulosa e da encenação em cenários originais. Nicole and Schöps are 15 years old at a housing project in Berlin-Mitte – the part of the city that suffered most transformations in the nineties after the fall of the wall. Far from the art galleries, the chic boutiques and the multimedia offices, both teenagers experience a love relationship according to adult’s example: the listen to music, drink egg liqueur, dine with Nicole’s sister, dance and have sex. But jealousy ends up with the juvenile happiness. In her first film, Valeska Grisebach interviewed 250 young people about their ideas about love and their life plans. What makes this teenage film something unusual – made with amateur actors, whether authentic or not – is not the documental representation, but the wonderful result of the meticulous observation and the staging in original set.
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FICHA TÉCNICA Direção Valeska Grisebach Roteiro Valeska Grisebach Câmera Bernhard Keller Edição Anja Salomonowitz Produção Academia de Cinema de Viena, Faculdade de Cinema e Televisão “Konrad Wolf” Elenco Nicole Gläser, Christopher Schöps, Monique Gläser, entre outros.
VALESKA GRISEBACH Valeska Grisebach nasceu em Bremen, em 1968. Ela cresceu na cidade de Berlim, onde primeiro foi estudar Filosofia e Alemão antes de se mudar para Munique e, finalmente, para Viena, onde começou a estudar no curso de Direção. Be My Star passou em vários festivais como Berlim, Locarno, Toronto, Chicago, Londres, Istambul e em Rotterdam, conquistando diversos prêmios. Valeska Grisebach was born in Bremen in 1968. She grew up in Berlin, first studying Philosophy and German before moving to Munich and finally to Vienna, where she began a course of Direction at the Vienna. Mein Stern ran at festivals in Berlin, Locarno, Toronto, Chicago, London, Istanbul and Rotterdam in 2001, winning numerous prizes.
FOCO ALEMANHA
FANTASMAS Ghosts
foto/photo: Piffl Medien
/ Gespenster
Alemanha | 2005 | 85’ | 35mm | Cor | Ficção
Assim como em muitas outras vezes, Françoise retorna a Berlim para procurar sua filha que foi sequestrada aos três anos de idade. Perto de seu hotel na Potsdamer Platz, as jovens Nina e Toni se conhecem por acaso. Nina, que vive como órfã em um lar para menores, impressiona-se com a autoconfiante Toni, com suas palavras grosseiras e seu passo firme. Ela se deixa levar pelas artes de conquista imperceptíveis de Toni e tenta estabelecer uma relação com a moça mais velha e aparentemente mais madura. Quando as três se encontram por acaso e Françoise acredita reconhecer em Nina a sua filha Marie, desenvolve-se um conflito triangular de anseios e desejos. O jardim zoológico, o maior parque no interior de Berlim, não é apenas bastidor. Petzold é mestre em encená-lo como terra de ninguém com ares de fábula, em que os desejos brotam e correm de volta para o vazio.
FICHA TÉCNICA Direção Christian Petzold Roteiro Christian Petzold Câmera Hans Fromm Edição Bettina Böhler Música Stefan Will, Marco Dreckkötter Produção Schramm Film Koerner & Weber Elenco Julia Hummer, Sabine Timoteo, Marianne Basler, entre outros.
CHRISTIAN PEZOLD Christian Petzold é o mais velho de três irmãos e nasceu em 1960, na cidade de Hilden. Foi criado na cidade de Haan, onde se formou no ano de 1979. Ele foi para Berlim em 1981 e começou a estudar alemão e dramaturgia na Universidade Freie de Berlim. Christian Petzold was born in 1960, in Hilden, as the oldest of three sons. He grew up in Haan, where he went to school and finished his high school degree in 1979. He went to Berlin in 1981 and started to study German studies and dramatics at Freie Universität Berlin.
As many other times, Françoise returns to Berlin to look for her daughter that was kidnapped when she was three years old. Near her hotel at Potsdamer Platz, the young Nina and Toni met by chance. Nina, who lives as an orphan in a home for minors, is impressed with the self-confident Toni with her rude words and strong walk. She is taken by Toni’s imperceptible art of conquest and tries to establish a relationship with the older and apparently more mature girl. When the three of them meet by chance, Françoise believes she recognized her daughter Marie in Nina. Then a triangular conflict of yearnings and desires is developed. The Zoo, the biggest park in Berlin is not only an offstage. Petzold is a master in staging it as a fable-like no man’s land in which desires sprouts and run back to emptiness.
OLHAR DE CINEMA 2013
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THE DRIFTERS The Drifters
foto/photo: Filmgalerie 451
/ Eine Flexible Frau
FICHA TÉCNICA Direção Tatjana Turanskyj Roteiro Tatjana Turanskyj Câmera Jenny Barth Edição Ricarda Zinke Música Niels Lorenz Produção Turanskyj & Ahlrichs Elenco Mira Parteckle, Katharina Bellena, Sven Seger, entre outros.
Alemanha | 2010 | 97’ | HD | Cor | Ficção
TATJANA TURASKYJ
Greta, 40, perdeu seu emprego como arquiteta e recebe agora de seu filho de doze anos, de sua nova chefe no call center e de seu consultor lições sobre como se comportar de acordo com o mercado. Cada vez mais distanciada da atitude acostumada ao sucesso de seus antigos colegas, Greta se despede da vida prévia e anda a esmo por Berlim. Ocorrem situações, encontros e performances. Após uma noite em claro, Greta chega com dois amigos a Teufelsberg, uma plataforma de observação coberta de grama construída com escombros de guerra, bem para dentro do oeste de Berlim. Em uma dança improvisada, distante do centro, culmina o seu anseio por liberdade. Variando entre tragédia e comédia, Tatjana Turaskyj encena de maneira simpática em seu filme de estreia a busca de uma mulher por um ponto de sustentação entre o espírito de contradição e a pressão por adequação.
Tatjana studied literature, theater and sociology in Frankfurt (1988-1995). Before and during her studies she acted in productions by Einar Schleef in Frankfurt and Berlin. She has worked in the field of video and performance art since 1998. In 2001 she founded the film collective Hangover ltd. The drifters is her first feature film as a writer-director.
Tatjana estudou literatura, teatro e sociologia em Frankfurt, entre os anos de 1988 e 1995. Durante seus anos de estudo, ela atuou em produções de Einar Schleef em Frankfurt e Berlim. Ela também trabalha na área de video e performances artísticas desde 1998. No ano de 2001 ela fundou um coletivo entitulado Hangover ltd. The Drifters é seu primeiro longa-metragem como roteirista e diretora.
Greta, 40 years old, lost her job as an architect and now receives from her 12 year-old son, her new boss at the call center and her consultant lessons on how to behave according to the market. She is more and more distant from her old colleagues attitude used to success, so Greta says goodbye to her previous life and walks about Berlin. Situations, encounters and performances occur. After a night awake, Greta arrives with two friends to Teufelsberg, an observation platform covered by grass built from war debris, way inside West Berlin. In an improvised dance away from downtown her yearning for freedom reach a climax. Varying from tragedy to comedy, Tatjana Turaskyj, in her firs feature film, stages in a congenial way the quest of a woman for a point of sustenance between the contradiction spirit an the pressure for adjustment.
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FOCO ALEMANHA
IN THE SHADOWS In the Shadows
foto/photo: Deutsche Kinemathek – Museum für Film und Fernsehen
/ Im Schatten
Alemanha | 2010 | 86’ | 35mm | Cor | Ficção
Quando Trojan é solto após cinco anos na prisão, ele imediatamente acerta as contas com um antigo parceiro, consegue uma arma e busca incessantemente um novo golpe. Um assalto a uma joalheria não dá certo depois de ele ter visto os potenciais comparsas. A sua advogada, que tem uma existência sombria no meio da criminalidade, faz uma proposta rica em perspectivas: o assalto a um carro forte. Trojan planeja o seu retorno em todos os detalhes. Ele não sabe que um policial já está em sua pista. Embora seja um filme de gênero, com um enredo muito conhecido, In the Shadows não é um filme de suspense comum. Com grande segurança estilística, Thomas Arslan descreve a mecânica do crime ao se concentrar sobre os procedimentos e as ações, sem psicologizar as personagens. A cidade de Berlim permanece anônima neste filme, assim como os cenários por trás das frias fachadas de vidro, nas garagens subterrâneas, nos quartos de hotel e nos estacionamentos abandonados.
FICHA TÉCNICA Direção Thomas Arslan Roteiro Thomas Arslan Cârema Reinhold Vorschneider Edição Bettina Blickwede Música Geir Jenssen Produção Schramm Film Koerner & Weber Elenco Mišel Matičević, Karoline Eichhorn, Uwe Bohm
THOMAS ARSLAN Thomas Arslan nasceu em Braunschweig em 1962. De 1963 a 1967, ele viveu em Essen, e entre os anos de 1967 e 1971, viveu na cidade de Ancara, na Turquia, onde frequentou a escola primária. Ele estudou cinema na dffb em Berlim de 1986 a 1992, e tem trabalhado como roteirista e diretor desde então. Desde 2007, ele é professor de roteiro cinematográfico na Universidade de Artes de Berlim. Thomas Arslan was born in Braunschweig on 1962. From 1963 to 1967 he lived in Essen, and from 1967 to 1971 in Ankara, Turkey, where he attended primary school. He studied at the film school dffb in Berlin from 1986-92, and has been a screenwriter and filmmaker ever since. Since 2007, he has been a professor of narrative film at the Berlin University of Arts.
When Trojan gets out of prison after five years, he immediately settles things with an old partner. He gets a gun and looks unceasingly for a new score. A jewelry robbery doesn’t work after saw his potential accomplices. His lawyer, who has a dark existence within criminality, makes a proposal rich in perspectives: the robbery of an armored car. Trojan plans his return in every detail. He doesn’t know that a cop is already after him. Although it’s a gender film with a wellknown plot, In The Shadows is not a regular thriller film. With a great stylistic security, Thomas Arslan describes the crime mechanics focusing on procedures and actions without psychologizing the characters. Berlin remains anonymous in this film, as the sceneries behind the cold glass façade, in the underground garages, in the hotel rooms and in the abandoned parking lots.
OLHAR DE CINEMA 2013
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LANÇAMENTO DO DVD e BLU-RAY: TRILOGIA DO ESQUECIMENTO D V D a n d B L U - R AY R e l e a s e : T h e O b l i v i o n Tr i l o g y Entre 2005 e 2010, a Kinoarte (Instituto de Cinema de Londrina) produziu uma série de três curtas sobre a Londrina dos anos 50: a Trilogia do Esquecimento. Com roteiro, direção e montagem de Rodrigo Grota, fotografia de Carlos Ebert, direção de arte de José de Aguiar, e produção de Argel Medeiros e Bruno Gehring, esses curtas conquistaram cerca de 50 prêmios, sendo 13 apenas no Festival de Gramado. Durante o Olhar de Cinema serão lançados os três curtas em DVD e Blu-Ray: Satori Uso (2007), Booker Pittman (2008) e Haruo Ohara (2010). Ao todo foram produzidos 3 mil DVDs e 300 discos de Blu-Ray sob o patrocínio da Prefeitura de Londrina – a maior parte será destinada a escolas, cineclubes e centros culturais. Com um encarte especial bilíngue, extras e legendas em português, espanhol, francês e inglês, a distribuição da Trilogia do Esquecimento realizada pela produtora Filmes do Leste é pioneira no lançamento de curtas brasileiros no formato Blu-Ray.
Between 2005 and 2010, Kinoarte (Londrina’s Film institute) produced a series of three short films about Londrina in the Fifties: the Oblivion Trilogy. Written, directed and edited by Rodrigo Grota, cinematography by Carlos Ebert, production design by José de Aguiar and production by Argel Medeiros and Bruno Gehring. This short films gathered more than 50 awards, 13 of which in the Gramado Film Festival. During Olhar de Cinema 2013, all three short films will be released in DVD and Blu-Ray - Satori Uso (2007), Booker Pittman (2008) and Haruo Ohara (2010). All in all, 3000 DVD and 300 Blu-Ray disks were manufactured sponsored by Londrina’s City Hall. Most of them will be shipped to schools, cinema clubs and cultural centers. With a special bilingual pullout, extras and Portuguese, Spanish, French and English subtitles, the Oblivion Trilogy’s distribution is made by the production company Filmes do Leste, that is a pioneer in releasing Brazilian short films in the Blu-ray format.
RODRIGO GROTA Rodrigo Grota (1979) dirigiu os filmes Londrina em Três Movimentos (2004), Inimigo Público n.1 (2005), O Quinto Postulado (2006), Satori Uso (2007), Booker Pittman (2008), Haruo Ohara (2010), Celeste (2011), Retratos Brasileiros - Andrea Tonacci (2012) e O Castelo (2013). Edita a Revista Taturana e coordena a Mostra Londrina de Cinema e a Mostra Marília de Cinema. É um dos fundadores da Kinoarte (2003) e da Filmes do Leste (2011). Rodrigo Grota (1979) directed the films: Londrina em Três Movimentos (2004), Inimigo Público n.1 (2005), O Quinto Postulado (2006), Satori Uso (2007), Booker Pittman (2008), Haruo Ohara (2010), Celeste (2011), Retratos Brasileiros - Andrea Tonacci (2012) and O Castelo (2013). He publishes the magazine Taturana and coordinates the Londrina Film Festival and the Marília Film Festival. He is one of the founders of Kinoarte (2003) and Filmes do Leste (2011).
contato / contact Rodrigo Grota rodrigo@filmesdoleste.com | www.filmesdoleste.com
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LANÇAMENTO
SATORI USO
BOOKER PITTMAN
HARUO OHARA
/ Satori Uso
/ Booker Pittman
/ Haruo Ohara
Brasil | 2007 | HD | Cor/P&B | 17’ | Ficção
Brasil | 2008 | HD | P&B | 15’ | Ficção
Brasil | 2010 | HD | Cor/P&B | 16’ | Ficção
Um poeta das sombras, um cineasta sem filmes e uma musa enigmática. Um falso documentário sobre um poeta que nunca existiu apresentado por um cineasta imaginário: Jim Kleist. Inspirado na obra poética de Rodrigo Garcia Lopes.
Londrina, jazz, 1950.
Hoje você vê a flor. Agradeça à semente de ontem.
A poet of the shadows, a filmmaker without films and an enigmatic muse. A fake documentary about a poet that has never been is presented by an imaginary filmmaker; Jim Kleist. Inspired by the poetic work of Rodrigo Garcia Lopes.
Londrina, jazz, 1950.
Today you see the flower. Thank yesterday’s seed.
Direção Rodrigo Grota
Direção Rodrigo Grota
Direção Rodrigo Grota
Satori Uso
OLHAR DE CINEMA 2013
Booker Pittman
Haruo Ohara
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MULTIOLHARES Multiolhares OLHAR DE CINEMA 2013
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Neste ano, a Multiolhares continua como o reduto da produção audiovisual experimental no Olhar de Cinema. Ampliando não apenas o número de obras convidadas, mas também seu formato de exibição, a mostra vai além da sala de museu e também conta agora com sessões na tradicional sala de cinema.
This year’s Multiolhares remains as the stronghold of the experimental audiovisual production within Olhar de Cinema. Increasing not only the number of invited works but also their exhibition format, this section goes beyond the museum room and now has sessions in the traditional cinema screening room.
Vivemos um momento extremamente prolífico na produção de imagens em movimento, por todo o mundo; imagens disseminadas principalmente na internet, através de redes sociais que nos conferem – ilusoriamente ou não – maior liberdade de escolha. Entretanto, quantas e quais dessas imagens permanecem em nossa memória após a fruição? Seriam necessariamente aquelas mais refinadas sob certos padrões estéticos? Esses padrões nunca serão os mesmos, ou há neles alguma essência atemporal? Uma imagem possui qualidades em si mesma, ou inevitavelmente depende de um contexto?
We’re living in an extremely prolific moment regarding the production of moving images, all around the world. Images disseminated mainly on the Internet through social networks that grants us – illusorily or not – a greater free will. Therefore, how many and which of these images remain in our memories after the fruition? Would they be necessarily the most refined in a certain pattern of aesthetic quality? Is this pattern the same of previous generations, is there any timeless essence in it? An image has essential qualities in itself or does it inevitably depend on a context?
Aqui, “sequestradas” da publicidade, da televisão popular, do filme científico, dos softwares, dos videogames, dos videoclipes, até mesmo dos tantas vezes subestimados filmes mudos, essas imagens são então “devolvidas” ao que nosso momento histórico entende por “arte contemporânea”. Não se trata de negar romantica e utopicamente a implacável cultura globalizada, mas de regurgitá-la ao máximo possível, talvez pelo nobre esforço de que nunca se torne homogênea. Ou apenas por puro prazer.
Here, “kidnapped” from advertising, TV, scientific films, software, video games, and even underrated silent films, these images are then taken back to what our historical moment understands as “contemporary art”. It’s not about romantic and utopically denying the relentless globalized culture, but to regurgitate it as much as possible, maybe by the noble effort that it will never become homogeneous. Or just by mere pleasure.
João Krefer | curator
João Krefer | curador
Obras Exibidas no Museu Oscar Niemeyer
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M U LT I O L H A R E S
A NEW ECOLOGY FOR THE CITIZEN OF A DIGITAL AGE
DRAGONFLIES WITH BIRDS AND SNAKES
EUA | 2009 | 4’16’’ | Video | Cor
Suécia/Alemanha | 2012 | 61’ | Video | Cor
de Nick Briz
de Wolfgang Lehmann
AUGE Y DECADENCIA DE AMERICA LATINA
EYEFILM
Equador | 2010 | 4’06’’ | Videoinstalação | Cor
Áustria | 2011 | 3’ | Video | Cor
de Graciela Guerrero
de Milos Parlpovic
OLHAR DE CINEMA 2013
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PRE EVOLUTION SOCCER’S ONE MINUTE DANCE AFTER A GOLDEN GOAL IN THE MASTER LEAGUE
FILM DE CUL
Portugal | 2004 | 1’ | Video | Cor
França | 2006 | 9’27’’ | Video | Cor
de Miguel Gomes
de Wagner Morales
I CAN. YOU CAN. YOU CAN. YOU CAN.
ORWO FOMA
Alemanha | 2012 | 7’22’’ / 9’25’’ | 2 Videos | Cor
Brasil | 2012 | 4’ | Videoinstalação | P&B
de Marko Schiefelbein
de Karen Black e Lia Letícia
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M U LT I O L H A R E S
SEU MADRUGA WILL GO ON
CUPID KIDZ - GANJA POO POO
Brasil | 2011 | 3’27’’ | Vídeo | Cor
Suécia | 2012 | 3’36’’ | Videoclipe | Cor
de Mestre3224
de Jakob Skote
MARIA MINERVA – LOVECOOL
MARUOSA – MUSCLE SPARK
EUA | 2011 | 5’44’’ | Videoclipe | Cor
Japão | 2007 | 1’12’’ | Videoclipe | Cor
de Spencer Longo
de Norihiro Sekintani
OLHAR DE CINEMA 2013
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PSY – GANGNAM STYLE (ACORDES STYLE)
Brasil | 2012 | 6’11’’ | Videoclipe | Cor de Camila Mota (Teatro Oficina)
Obras Exibidas no Espaço Itaú de Cinema e Cinemateca de Curitiba
CINE-OPERATION
CHROMA
Japão | 2012 | 20’ | Vídeo | Cor
EUA | 2012 | 4’ | Vídeo | Cor
Direção Yoi Suzuki
Direção Jeremy Moss
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M U LT I O L H A R E S
COMING ATTRACTIONS
CUAUHTÉMOC
Áustria | 2010 | 25’ | 35mm | P&B
Brasil | 2012 | 11’ | Vídeo | Cor
Direção Peter Tscherkassy
Direção Leo Pyrata
GRRR
LAS VARIACIONES SCHWITTERS
Argentina | 2012 | 10’ | Video | Cor
Espanha | 2012 | 6’ | Vídeo | Cor
Direção Manque La Banca
Direção Alberto Cabrera Bernal
OLHAR DE CINEMA 2013
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OHAR ITINERANTE Olhar Itinerante OLHAR DE CINEMA 2013
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OLHAR DE CINEMA / SESI-PR / KINOARTE / ALIANÇA FRANCESA
/ Olhar de Cinema / SESI-PR / KinoArte / Aliança Francesa
promovem
present
OLHAR ITINERANTE
OLHAR ITINERANTE
Mostra de curtas metragens premiados no Festival Kinoarte de Cinema e mostra de Animações Francesas.
Screenings of Short films awarded at the Kinoarte Film Festival and at the French Animations Festival.
Durante toda a programação do Olhar de Cinema, Festival Internacional de Curitiba, espaços cedidos pelo sistema SESI/FIEP acolherão a mostra OLHAR ITINERANTE, que levará 10 curtas metragens selecionados pela Aliança Francesa e pelo Festival Kinoarte de Cinema para o interior do estado do Paraná, e para dois pontos de exibição em Curitiba.
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During Olhar de Cinema, the Curitiba International Film Festival, spaces granted by the SESI/FIEP system will seed the OLHAR ITINERANTE, that will show ten short films selected by the Aliance Française and by the Kinoarte Film Festival in the countryside of Paraná State and in two different places in Curitiba.
OLHAR ITINERANTE
VENUES and TIMES Cascavel – 3rd, 5th and 7th at 7 p.m. Auditório Sesi Cascavel Address: Rua Heitor Stockler de França, 161 – Jardim Maria Luiza - 100 seats Curitiba – June 7th, 8th and 9th at 7 p.m. Centro Cultural Sistema Fiep – Sala Multiartes Address: Av.Cândido de Abreu, 200 – Centro Cívico - 30 seats Curitiba –June 12th , 13th and 14th at 4 p.m. Centro Cultural Sesi Heitor Stockler de França Address: Rua Mal. Floriano Peixoto, 458 - Centro - 30 Seats Curitiba – June 12th , 13th and 14th at 4 p.m. Teatro Sesi no Portão Address: Rua Pe. Leonardo Nunes, 180 – Portão - 160 seats Londrina – June 12th , 13th and 14th at 7 p.m. Centro Cultural Sesi/AML Address: Praça Primeiro de Maio, 110 – Centro - 110 seats Maringá – June 10th and 11th às 14h e 12 de June at 4 p.m. Auditório Sesi Maringá Address: Rua Antonio Carniel, 499 - Zona 5 I Maringá - 100 seats Pato Branco – June 7th, 8th and 9th at 7 p.m. Teatro Sesi Pato Branco Address: Rua Xingu, 833, n°200 – Amadori - 212 seats São José dos Pinhais – 6 e 13 de June at 4 p.m. (público de escolas) Centro de Vivência João Senegaglia - Teatro Sesi Address: Rua XV de Novembro, s/n, esq. Av. Rui Barbosa – Centro - 98 seats
LOCAIS e HORÁRIOS DE EXIBIÇÃO Cascavel – 03, 05 e 07 às 19h Auditório Sesi Cascavel
Endereço: Rua Heitor Stockler de França, 161 – Jardim Maria Luiza - 100 lugares
Curitiba – 07, 08 e 09 de junho às 19h
Centro Cultural Sistema Fiep – Sala Multiartes
Endereço: Av.Cândido de Abreu, 200 – Centro Cívico - 30 lugares
Curitiba – 12, 13 e 14 de junho às 16h
Centro Cultural Sesi Heitor Stockler de França
Endereço: Rua Mal. Floriano Peixoto, 458 - Centro - 30 Lugares
Curitiba – 12, 13 e 14 de junho às 16h Teatro Sesi no Portão
Endereço: Rua Pe. Leonardo Nunes, 180 – Portão - 160 lugares
Londrina – 12, 13 e 14 de junho às 19h Centro Cultural Sesi/AML
Endereço: Praça Primeiro de Maio, 110 – Centro - 110 lugares
Maringá – 10,11 às 14h e 12 de junho às 16h Auditório Sesi Maringá
Endereço: Rua Antonio Carniel, 499 - Zona 5 I Maringá - 100 lugares
Pato Branco – 07, 08 e 09 de junho às 19h Teatro Sesi Pato Branco
Endereço: Rua Xingu, 833, n°200 – Amadori - 212 lugares
São José dos Pinhais – 6 e 13 de junho às 16h (público de escolas) Centro de Vivência João Senegaglia - Teatro Sesi
Endereço: Rua XV de Novembro, s/n, esq. Av. Rui Barbosa – Centro - 98 lugares
OLHAR DE CINEMA 2013
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A QUOI ÇA SERT L’AMOUR?
BERNI’S DOLL
PROGRAMME DU JOUR
França | 2006 | 3’ | DVD | Cor | Animação
França | 2008 | 11’ | DVD | Cor | Animação
França | 2006 | 9’ | DVD | Cor | Animação
Direção Louis Clichy
Direção Yan Jouette
Direção Samantha Duris, Loïc Tari
A história de amor de dois jovens, contada a partir da música A Quoi Ça Sert L’amour?, de Edith Piaf e Théo Sarapo. O curta é, na verdade, um videoclipe animado para a música da Edith Piaf, feito pelo diretor e ilustrador francês Louis Clichy.
Berni, que trabalha em uma fábrica de comida de gato, compra uma mulher em peças importadas de diferentes países do Terceiro Mundo.
Um filme de curta de animação que retrata uma visão sombria da sociedade em que a tecnologia reina suprema, e o livre pensamento foi expurgado.
Berni, who works at a cat food factory, buys a woman in pieces imported from different Third World countries.
An animation short film that portrays a dark view of society in which technology governs and freethinking was purged.
The love story of two youngs, told from the music Quoi Ça Sert L’amour?, Edith Piaf and Theo Sarapo. The short is actually an animated music video for the song of Edith Piaf, made by French director and illustrator Louis Clichy.
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OLHAR ITINERANTE
LA CHUTE DE L’ANGE
PREMIERE VOYAGE
TADEUS
França | 2005 | 5’ | DVD | Cor | Animação
França | 2007 | 10’ | DVD | Cor | Animação
França | 2000 | 5’ | DVD | Cor | Animação
Direção Geoffroy Barbel-Massin
Direção Grégoire Sivan
Um anjo passeia no espaço com uma mala na mão. De repente, uma das suas asas quebra. Ele perde o equilíbrio e na confusão, deixa sua bagagem cair. Na terra, um rapazinho estranho atravessa uma paisagem em trompe-l’oeil bastante estranha de carro e recupera essa mala preciosa que tem mil truques.
Chloé e seu pai tem a sua primeira conversa real durante uma viagem de trem. Chloé tem 10 meses e um excesso de energia.
Direção Philippe Jullien, JeanPierre Lemouland
An angel goes about in space with a suitcase in his hand. Suddenly, one of his wings break. He loses balance an in the confusion, he drops his luggage. On Earth, a strange boy is driving by a very strange landscape in trompe-l’oeil and retrieves this precious suitcase with a thousand tricks.
OLHAR DE CINEMA 2013
Chloé and her father share their first real conversation during a train trip. Chloé is 10 months with an excess of energy.
Um novo aluno entra numa classe de 4º ano. Tadeus vem da Chechênia e intriga os alunos: ele come tudo o que dão na cantina, joga muito mal futebol mas arruma uma namorada... Será que as crianças vão deixálo entrar no grupo? A new student enters a 4th grade class. Tadeus comes from Chechnya and intrigues the students. He eats everything they give him at the school cafeteria, plays soccer very bad, but he gets a girlfriend… Will the kids let him join their group?
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FUNERAL À CIGANA
INCÊNDIO
MAURO MONTEZUMA
/ Funeral à Cigana
/ Incêndio
/ Mauro Montezuma
Brasil | 2012 | 10’ | DVD | Cor | Ficção
Brasil | 2011 | 23’ | DVD | Cor | FIcção
Brasil | 2012 | 4’ | DVD | Cor | Documentário
Direção Fernando Honesko
Direção Karen Akerman, Miguel Seabra Lopes
Direção Yan Sorgi, Eik Sorgi
Gypsy Funeral
O filme conta a história de Sandro, líder cigano que após a morte do pai deve transportar o corpo até sua cidade natal para atender o desejo de sua mãe, Vó Sara. Barrado pelo Soldado Rangel, Sandro enfrenta uma série de dificuldades legais para viver suas tradições plenamente.
Fire
A melhor aula termina com uma lição.
Mauro Montezuma
Retrato de um dia na vida do tatuador Mauro Montezuma. Portrait of a day in the life of tatoo artist Mauro Montezuma.
The best class ends with a lesson.
The film tells the story of Sandro, a gipsy leader that, after his father’s death, had to take the corpse to his home town to meet the wish of the deceased’s mother, Granny Sara. Turned away by Soldier Rangel, Sandro faces a series of legal hardships to fulfill his traditions.
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OLHAR ITINERANTE
PORCOS RAIVOSOS Enraged Pigs
/ Porcos Raivosos
Brasil | 2012 | 10’ | DVD | Cor | FIcção
SESSION ANIMAÇÕES FRANCESAS
SESSÃO ANIMAÇÕES FRANCESAS
films - A Quoi Ça Sert L’Amour? - Berni’s Doll - La Chute de L’ange - Premiere Voyage - Programme Du Jour - Tadeus
filmes - A Quoi Ça Sert L’Amour? - Berni’s Doll - La Chute de L’ange - Premiere Voyage - Programme Du Jour - Tadeus
Direção Isabel Penoni, Leonardo Sette
Um grupo de mulheres decide fugir ao descobrir que seus maridos se transformaram misteriosamente em porcos furiosos. A group of women decide to run away when they find out that their husbands were mysteriously transformed into mad pigs.
DVD | 41’ Rating: General Audience
SESSION FESTIVAL KINOARTE DE CINEMA films - Enraged Pigs - Fire - Gypsy Funeral - Mauro Montezuma DVD | 53’ min Rating: General Audience
DVD | 41’ Classificação livre
SESSÃO FESTIVAL KINOARTE DE CINEMA filmes - Funeral à Cigana
- Incêndio - Mauro Montezuma - Porcos Raivosos DVD | 53’ min Classificação livre
OLHAR DE CINEMA 2013
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OLHAR DE CINEMA 2013
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TEMA: DIFUSÃO / Theme: Diffusion
Com a ampla democratização do formato digital de captação e projeção de
imagens em movimento, além da vulgarização da internet enquanto plataforma de difusão e comercialização de filmes, os principais desafios do realizador contemporâneo passam de alguma maneira pela questão de como e onde exibir seu trabalho. Outra questão que se coloca é o uso que se pode fazer dos filmes diante da imensa facilidade que se tem para difundí-los no espaço virtual. À luz destes desafios, a segunda edição do Seminário de Cinema de Curitiba realiza seis mesas de debates com agentes de vendas, programadores, curadores, e produtores de cinema.
With the wide democratization of the digital format in moving image capturing an projection along with Internet’s vulgarization as a film diffusion platform and film marketing, the main challenges of the contemporary filmmaker is somehow a matter of how and where to show your work. Another matter is the use that you can make of the films facing the huge ease to publicize them in the virtual space. With theses challenges, the second edition of the Cinema Seminar of Curitiba brings six discussion tables with sales agents, programmers, curators and film producers. June, 08th, 09th, 10th, 11th,12th and 13th 2013 | from 2:00p.m. to 4:00p.m. Places: SESC Paço da Liberdade and Espaço Itaú de Cinema
08, 09, 10, 11,12 e 13 de junho de 2013 | das 14h00 às 16h00 Locais: SESC Paço da Liberdade e Espaço Itaú de Cinema
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II SEMINÁRIO DE CINEMA DE CURITIBA
Sábado 08/06 – CINEMA E EDUCAÇÃO / Saturday June 8th – Films and Education
- Existe espaço para o Cinema na educação de crianças e jovens?
- Como o Cinema pode ser utilizado como ferramenta pedagógica? - Que tipo de método pedagógico se pode utilizar para ensinar os jovens estudantes a identificar e/ou fruir um filme enquanto obra de arte? Participantes Anja Gobel (Cinemateca de Berlim); Marcos Cordiolli (Fundação Cultural de Curitiba). Mediador Rafael Urban. Local SESC Paço da Liberdade, Sala Cinepensamento. Horário 14 horas.
- Is there a space for the Cinema in children and teenage education? - How can Cinema be used as a teaching tool? - What kind of teaching method can be used to teach young students to identify and/or enjoy a film as artwork? Speakers Anja Gobel (Cinemateca de Berlim); Marcos Cordiolli (Fundação Cultural de Curitiba). Moderator Rafael Urban. Place SESC Paço da Liberdade, Sala Cinepensamento. Time 2p.m.
Palestrantes / Speakers
ANJA GÖBEL
MARCOS CORDIOLLI
Anja Göbel formou-se em 2007 na Universidade de Lüneburg, com um mestrado em Estudos Culturais. De 2008 a 2010, ela foi treinee no Deutsche Kinemathek – Museu de Cinema e Televisão de Berlim. De 2011 a 2012, ela morou em Paris, onde formou-se na Sorbonne Nouvelle com um mestrado em Educação no Cinema. Hoje, ela trabalha com distribuição de filmes no Deutsche Kinemathek e como autora freelance e coordenadora de eventos culturais em cinema e educação no cinema.
Marcos Cordiolli é graduado em História e mestre em Educação. É professor universitário de graduação, de especialização latu senso (em mais 20 IES); de mestrado (em uma IES; É consultor em gestão do trabalho pedagógico e proposições curriculares na Educação Básica (com serviços prestados para dezenas de instituições) e Superior (com trabalhos prestados para mais de 20 IES); É consultor pedagógico na área de Educação Corporativa. É Produtor Executivo de Cinema e Televisão. Foi assessor técnico da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados. Foi assessor da diretoria da Agência Nacional do Cinema – Ancine. É presidente da Fundação Cultural de Curitiba.
Anja Göbel graduated in 2007 from the University of Lüneburg with a Master degree in Cultural Studies. From 2008 to 2010, she was a trainee at the Deutsche Kinemathek Museum for Film and Television in Berlin. From 2011-2012, she lived in Paris where she graduated from the Sorbonne Nouvelle with a Master degree in Film Education. Today, she works for the film distribution of the Deutsche Kinemathek and as a freelance author and coordinator of cultural events in cinema and film education.
OLHAR DE CINEMA 2013
Marcos Cordiolli graduated in History and mastered in Education. He is a professor in college graduation and also latu senso specialization (in more than 20 colleges) master degree (in one college). He is a consultant in pedagogical work management and Basic Education, working in several institutions, and Higher Education, working in more than 20 colleges. He is a pedagogical consultant in Corporate Education. He is a Cinema and TV Executive Producer. He was a technical consultant of the Education and Cultural Committee in the House of Representatives. He worked as board advisor of the Brazilian Cinema Agency – Ancine. He is the president of Curitiba Cultural Foundation. 139
Domingo 09/06 – CURADORIA E PROGRAMAÇÃO / Sunday June 9th – Curatorship e Programming
- Existem critérios objetivos na seleção e curadoria de filmes para festivais de cinema? - O que faz de certos filmes grandes sucessos em festivais autorais e qual o reflexo de sua escolha por um determinado festival em seu lançamento comercial? Participantes Kathrin Kohlstedde (Festival de Hamburgo); Bernard Payen (Semana da Crítica de Cannes); Lis Kogan (Semana dos Realizadores); Sara Silveira (Dezenove Som e Imagem) Mediador Rafael Urban. Local SESC Paço da Liberdade, Sala Cinepensamento. Horário 14 horas.
- Are there objective criteria in the selection and curatorship of films for film festivals? - What make certain films so successful in auteur festivals and what is the reflex in its commercial release? Speakers Kathrin Kohlstedde (Festival de Hamburgo); Bernard Payen (Semana da Crítica de Cannes); Lis Kogan (Semana dos Realizadores); Sara Silveira (Dezenove Som e Imagem). Moderator Rafael Urban. Place SESC Paço da Liberdade, Sala Cinepensamento. Time 2p.m.
Palestrantes / Speakers
KATHRIN KOHLSTEDDE
BERNARD PAYEN
Kathrin Kohlstedde estudou Ciências Políticas e Filosofia. Depois de sua primeira visita a um festival de cinema, ela foi atraída pelo fascínio do mundo dos festivais, um espaço capaz de apresentar filmes ímpares que as pessoas nunca verão nos cinemas e criar um local e um fórum onde as pessoas podem trocar ideias e visões. Depois de uma excursão para trabalhar num programa noturno de TV para experimentar como criar diversão com impacto comercial, ela passou a ser a Chefe de Programação do Festival de Cinema de Hamburgo desde 1999.
Editor-chefe do site Objectif Cinema por seis anos (2000-2006),Coordenador da programação de curtas-metragens da Semana da Crítica desde 2006, programador da Cinemateca Francesa e colaborador mensal de um programa sobre cinema para uma rádio local de Paris. Chief-Editor of the Objectiff Cinema website for six years (2000-2006), Short films Programing Coordinator of the Critic’s Week since 2006, programmer of the French Cinematheque and monthly collaborator for a cinema program for a Paris local radio.
Kathrin Kohlstedde studied political science and philosophy. After her first visit to a film festival she was caught by the fascination of the festival world: to be able to present unique films that people will never get to see in the cinemas and to create a place and a forum where people can exchange their ideas and visions. After an excursion to work for a late night TV show to experience how to create fun with commercial impact she has been Head of Programming of Filmfest Hamburg since 1999.
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II SEMINÁRIO DE CINEMA DE CURITIBA
LIS KOGAN
SARA SILVEIRA
Lis Kogan atua como curadora, produtora e coordenadora de diversos projetos ligados à pesquisa e difusão de cinema brasileiro. Dentre outros, foi uma das responsáveis pelo Cachaça Cinema Clube, no Rio de Janeiro, coordenou o projeto Porta Curtas Petrobras, e coordenou a programação brasileira do Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro. É fundadora e responsável pela Semana dos Realizadores desde 2009. Em 2011 assumiu a direção e curadoria da mostra,que terá em 2013 sua quinta edição.
Sara é atualmente uma das mais ativas produtoras de filmes no país. Residindo em São Paulo desde 1981, ela começou trabalhando no cinema como assistente de produção no filme “Nasce uma Mulher”, de Roberto Santos, e produção de locação em “Além da Paixão”, de Bruno Barreto. Em 1991, funda a empresa produtora Dezenove Som e Imagens, junto ao cineasta Carlos Reichenbach, e desde então, administra em parceria com a também produtora Maria Ionescu, produzindo ao longo dos anos, alguns dos filmes mais memoráveis do cinema brasileiro.
Lis Kogan works as a curator, producer and coordinator of several projects linked to research and diffusion of the Brazilian cinema. She was one of the creators of Cachaça Cinema Club in Rio, she coordinated the project Porta Curtas Petrobrás and the Brazilian programming in the Rio de Janeiro Short Film International Film Festival. She is the founder and is responsible by the Filmmakers Week since 2009. In 2011, she became the director and curator of this festival that will happen for the fifth time in 2013.
OLHAR DE CINEMA 2013
Sara is presently one of the most active film producers in the country. Living in São Paulo since 1981, she began working in the movies as a production assistant in the film “Nasce uma Mulher”, by Roberto Santos, and location producer in “Além da Paixão”, by Bruno Barreto. In 1991, she establishes the production company Dezenove Som e Imagens together with the filmmaker Carlos Reichenbach an since then has been managing it also with the partnership of the film producer Maria Ionescu, producing some of the most memorable films of the Brazilian Cinema.
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Segunda 10/06 – MASTER CLASS COM PABLO GIORGELLI / Monday June 10th – Marter Class with Pablo Giorgelli
Exibição do longa metragem argentino “Las Acacias” (melhor filme do júri popular no Olhar de Cinema 2012 e câmera de ouro na Semana da Crítica no Festival de Cannes) seguida de aula máster com o diretor do filme, Pablo Giorgelli. Mediador Aly Muritiba Local Espaço Itaú de Cinema, Sala 3. Horário 14 horas.
The Argentinian feature “Las Acacias” – Best film by the audience in Olhar de Cinema 2012 and Camera d’Or at Cannes Film Festival – will be shown followed by a Master Class with the film’s director, Pablo Giorgelli. Moderator Aly Muritiba Place SESC Paço da Liberdade, Sala Cinepensamento. Time 2p.m.
LAS ACACIAS Las Acacias / Las Acacias
PABLO GIORGELLI
Argentina/Espanha | 2011 | 85’ | DCP | Cor | Ficção
Estrada entre Assunção do Paraguai e Buenos Aires. Um caminhoneiro precisa levar consigo uma mulher desconhecida. Porém a mulher não está só, ela embarca com seu bebê. Restam 1500 Km por percorrer. The motorway between Asunción del Paraguay and Buenos Aires. A truck driver must transport a woman he doesn’t know. The woman is not alone. She´s carrying a baby. There are 1500 kilometres ahead.
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Pablo Giorgelli nasceu em Buenos Aires. Diretor, roteirista e editor. Las Acacias é seu primeiro longa de ficção, o filme selecionado para a Semana da Crítica em Cannes 2011 onde recebeu o prestigioso Camera d’Or de melhor primeiro filme. Selecionado também para ser parte de importantes festivais como Toronto, Busan. Em 2012, Pablo fez o curta-metragem Reencuentro. Agora, ele está preparando seu segundo recurso filme “Monobloco”. Pablo was born in Buenos Aires. He is director scriptwriter and editor. Las Acacias is his first fiction feature; Selected for Critics’ Week at Cannes 2011 the film won the prestigious CAMERA D’Or for best debut and 30 prizes more. Selected also to be part of important festivals like Toronto, Busan and “NEW FILMS NEW DIRECT ORS, Las Acacias was releasead in several countries around the world. In 2012, Pablo made the short film Reencuentro. Now, he is preparing his 2nd feature film Monoblock.
II SEMINÁRIO DE CINEMA DE CURITIBA
Terça 11/06 – WORKSHOP DE CINEMATOGRAFIA DIGITAL SONY – PRODUZINDO EM HD, 4K E ALÉM
/ Tu e s d a y J u n e 1 1 t h – D i g i t a l S o n y C i n e m a t o g r a p h i c W o r k s h o p - P r o d u c i n g i n H D , 4 K a n d B e y o n d
Uma visão das linhas de produtos atuais para produção e cinematografia digital em HD, 2K, 4K e além. Noções gerais das tecnologias de captação Super 35mm em HD, 4K e além, bem como das tecnologias de gravação e produção, como XAVC e RAW. Uma visão do workflow de produção cinematográfica com as tecnologias de gravação em memória. Participantes Erick Soares Mediador Aly Muritiba Local SESC Paço da Liberdade, Sala Cinepensamento. Horário 14 horas.
A look at the present products for digital production and cinematography in HD, 2K, 4K and beyond. General notions of Super 35mm capturing in HD, 4K and beyond, as well as recording and production technologies such as XAVC and RAW. A look at the cinematographic production workflow with memory recording technologies. Speakers Erick Soares Moderator Aly Muritiba Place SESC Paço da Liberdade, Sala Cinepensamento. Time 2p.m.
ERICK SOARES Engenheiro de Suporte a Vendas, atuante há 13 anos na Sony, especialista em novas tecnologias e produtos no mercado de Broadcast, formado pela F.E.I (Faculdade de Engenharia Industrial – S.B.C./SP) e Pós-Graduado pela F.I.A. (Fundação Instituto de Administração- USP), acompanhou o desenvolvimento de novos produtos, servindo de interface entre clientes brasileiros e engenharia do Japão, bem como participou de diversos eventos nacionais e internacionais. Support to Sales Engineer, has been working for 13 years at Sony. He is a specialist in new technologies and Broadcast market products. He graduated at FEI (Industrial Engineering College – SBC/SP) and Post-graduation at FIA (Management Institute Foundation USP). He followed the development of new products, serving as an interface between Brazilian customers and Japan’s engineering and also took part in several national and international events.
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Quarta 12/06 – AGENTES DE VENDAS INTERNACIONAIS / Wednesday June 12th – Inter national Sales Agents
- É possível ganhar (algum) dinheiro com venda de filmes? - O papel do agente de vendas na inserção de filmes no mercado mundial de cinema independente; - O que torna um filme atraente para um comprador internacional? - Como preparar seu produto para o mercado? Participantes Anne Wiedlack (M-appeal); Caroline Moser (Elo Company). Mediador Aly Muritiba Local SESC Paço da Liberdade, Sala Cinepensamento. Horário 14 horas.
- Is it possible to make any money selling films? - The role of sales agent inserting films in the world market in the indie cinema; - What make a film attractive for an international buyer? - How to prepare your product for the market? Speakers Anne Wiedlack (M-appeal); Caroline Moser (Elo Company). Mediador Aly Muritiba Place SESC Paço da Liberdade, Sala Cinepensamento. Time 2p.m.
Palestrantes / Speakers
ANNE WIEDLACK (M-Appeal)
CAROLE MOSER (Elo Company)
M-appeal é uma empresa mundial de vendas jovem sediada em Berlim. Nós nos dedicamos a levar as jóias do cinema fresco, de qualidade e inovador com apelo de mercado global para a comunidade internacional. Nós nos especializamos em filmes de diversas origens, incluindo o sul, o norte e o leste europeu, Alemanha, Ásia e América Latina, que tenham um potencial de distribuição nas salas de cinema. Nós também temos um interesse particular em filmes gays.
Carole Moser é internacionalista e especialista em Projetos Culturais pela IESA - Paris. Trabalha na Elo Company como coordenadora de projetos e comunicação. Produziu o Curta Como Quiser (festival multiplataformas de curtas-metragens) e outros projetos de leis de incentivo. Acompanha o processo de licenciamento e aquisição de títulos prontos assim como a seleção e desenvolvimento de produções para lançamento em salas de cinema e outras mídias.
M-appeal is a young world sales company based in Berlin. We are dedicated to bringing the gems of fresh, high quality and ground-breaking cinema with a global market appeal to the international community. We specialize in films from various origins including Eastern, Southern and Northern Europe, Germany, Asia and Latin America, with a potential for theatrical distribution. We also take a particular interest in gay and lesbian and queer films.
Carole Moser is an internationalist and specialist in Cultural Projects at IESA – Paris. She works at Elo Company as a project and communication coordinator. She produced the Short “Como Quiser” – Multiplatforms short films festival – and other incentive bills. She follows film licensing process and acquisition of finished titles, as well as production selection and development to release in theaters and other medias.
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II SEMINÁRIO DE CINEMA DE CURITIBA
Quinta 13/06 – LINGUAGEM, CRÍTICA E REALIZAÇÃO / Thursday 13/06 – Language, Criticism and Shooting
- Quem escreve, quem lê, e onde se escreve crítica cinematográfica atualmente? - Qual o papel da crítica de cinema no atual cenário de produção e difusão? - Como o crítico de cinema pode influenciar na difusão de filmes independentes? Participantes Fábio Andrade (Revista Cinética); Luiz Zanin (O Estado de São Paulo). Mediador Paulo Camargo (Gazeta do Povo). Local SESC Paço da Liberdade, Sala Cinepensamento. Horário 14 horas.
- Who writes, who reads and where is the cinema criticism being written presently? - What is the role of cinema criticism at the present scene of production and diffusion? - How can the film criticism influence in diffusing indie films? Speakers Fábio Andrade (Revista Cinética); Luiz Zanin (O Estado de São Paulo). Moderator Paulo Camargo (Gazeta do Povo). Place SESC Paço da Liberdade, Sala Cinepensamento. Time 2p.m.
Palestrantes / Speakers
FÁBIO ANDRADE
LUIZ ZANIN
Formado em Jornalismo e Cinema pela PUC-Rio, com extensão em roteiro cinematográfico pela School of Visual Arts de Nova York, é crítico de cinema, roteirista, montador e tem o projeto musical Driving Music. Desde 2007, escreve na revista Cinética, assumindo sua editoria em 2010 e publicou em revistas e catálogos de mostras e festivais no Brasil e exterior. No cinema, tem trabalhos com os diretores Paula Gaitán, Eryk Rocha, Geraldo Sarno e Bruno Safadi.
Mestre em psicologia clínica pela USP. Jornalista no jornal O Estado de S. Paulo desde 1990, onde exerceu diversos cargos: repórter, crítico de cinema, repórter especial, colunista e editor do Caderno Cultura durante nove anos. Autor de “Cinema de Novo - um Balanço Crítico da Retomada” (Estação Liberdade, 2003), “Guilherme de Almeida Prado” (Aplauso, 2005), “Fome de Bola - Futebol e Cinema no Brasil” (Aplauso, 2006). É presidente da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine).
Graduated in Journalism and Cinema from PUC-Rio with an extension in Cinema Screenplay from New York’s School of Visual Arts, he is a film critic, screenwriter, and editor and has a musical project called Driving Music. Since 2007, he writes for the Cinética magazine, becoming its publisher in 2010. He was published in magazines, and film festival’s booklets in Brazil and abroad. In films, he worked with directors Paula Gaitán, Eryk Rocha, Geraldo Sarno and Bruno Safadi.
He mastered in clinical psychology at USP, journalist at the O Estado de S. Paulo newspaper since 1990, where he worked in different areas – reporter, film critic, special reporter, columnist, and editor of the Cultural section for nine years. He is the author of “Cinema Novo – Um Balanço Crítico da Retomada (Estação Liberdade, 2003), “Guilherme de Almeida Prado” (Aplauso, 2005), “Fome de Bola - Futebol and “Cinema no Brasil” (Aplauso, 2006). He is the president of the Brazilian Film Critics Association (Abraccine).
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As oficinas ofertadas pelo Olhar de Cinema foram um sucesso ano passado. Programadas para acontecer em paralelo ao festival, elas tem o intuito de expandir e aguçar os sentidos de seus participantes para as mais variadas facetas do cinema e proporcionar uma experiência a mais durante os dias do festival.
The workshops offered by Olhar de Cinema were a huge success last year. Programmed to happen together with the film festival, they intend to expand and sharpen its participants’ senses to the several angles of cinema and to provide one more experience during the festival days.
OFICINA DE ASSISTÊNCIA DE DIREÇÃO E PRODUÇÃO COLABORATIVA / Assistant Director and Collaborative Production Workshop
Ministrada por Marcelo Caetano, a Oficina de Assistência de direção e produção colaborativa, levanta possibilidades de produção contemporâneas. Given by Marcelo Caetano, the Assistant Director and Collaborative Production Workshop raises possibilities of contemporaneous productions.
MARCELO CAETANO Marcelo Caetano nasceu em Belo Horizonte em 1982, reside em São Paulo onde dirigiu os curtas Guerreira (2008), Bailão (2009) e Na Sua Companhia (2012), exibidos em importantes festivais como Clermont-Ferrand, Rotterdam, Indie Lisboa e Huesca. Foi diretor assistente do longa Tatuagem (2013) de Hilton Lacerda e assistente de direção dos longas Depois da Chuva de Claudio Marques e Marilia Hughes (2013), Filmefobia de Kiko Goifman (2008) e Origem: Destino de Armando Praça (2014). Marcelo Caetano was born in Belo Horizonte in 1982. Now, he lives in São Paulo, where he directed the shorts Guerreira (2008), Bailão (2009) and Na Sua Companhia (2012), shown in important film festivals such as Clermont-Ferrand, Rotterdam, Indie Lisboa and Huesca. He was an assistant director of the feature films Tatuagem (2013) by Hilton Lacerda, Da Chuva by Claudio Marques and Marilia Hughes (2013), Filmefobia by Kiko Goifman (2008) and Origem: Destino by Armando Praça (2014).
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OFICINAS
OFICINA DE PRODUÇÃO EXECUTIVA
OFICINA DE CRÍTICA CINEMATOGRÁFICA
Ministrada por Cláudia da Natividade (Estômago, Corpos Celestes). A Oficina de Produção Executiva vai abordar todos os aspectos que envolvem a produção de um filme e será dividida em 3 partes: Desenvolvimento, Realização e Comercialização.
Oficina de introdução ao pensamento crítico e à produção de textos
Given by Claudia Natividade (Estômago, Corpos Celestes). The Executive Production Workshop will approach all the aspects that involve a film production and will be divided in three parts; development, filmmaking and distribution.
It is a workshop of introduction to critical thinking and text production based on cinematographic works within a historical perspective of film criticism as Arts Criticism. It will be given by Fábio Andrade, publisher of Cinética Magazine since 2010.
CLÁUDIA DA NATIVIDADE
FÁBIO ANDRADE
Cláudia da Natividade é formada em Filosofia e mestre em Ciências Sociais. Em 1993, transferiu-se para a Itália, onde fez especialização em Ciências Políticas e Cooperação Internacional. De 1995 a 1999, em Milão, trabalhou com pesquisa, elaboração e divulgação de projetos sociais e educacionais para organizações multilaterais. Voltou ao Brasil no ano de 2000 quando abriu a empresa Zencrane Filmes. Em 2013, tornou-se sócia da produtora de brand content Abaporu.
Formado em Jornalismo e Cinema pela PUC-Rio, com extensão em roteiro cinematográfico pela School of Visual Arts de Nova York, é crítico de cinema, roteirista, montador e tem o projeto musical Driving Music. Desde 2007, escreve na revista Cinética, assumindo sua editoria em 2010 e publicou em revistas e catálogos de mostras e festivais no Brasil e exterior. No cinema, tem trabalhos com os diretores Paula Gaitán, Eryk Rocha, Geraldo Sarno e Bruno Safadi.
Cláudia da Natividade graduated in Philosophy and Social Sciences. In 1993, she moved to Italy where she specialized in Political Sciences and International Cooperation. From 1995 to 1999, in Milan, she worked with research, elaboration and publicizing of social and educational projects for multilateral organizations. She returned to Brazil in 2000 when she opened the film company Zencrane Filmes. In 2013, she became partner of the production company of brand content Abaporu.
Graduated in Journalism and Cinema from PUC-Rio with an extension in Cinema Screenplay from New York’s School of Visual Arts, he is a film critic, screenwriter, and editor and has a musical project called Driving Music. Since 2007, he writes for the Cinética magazine, becoming its publisher in 2010. He was published in magazines, and film festival’s booklets in Brazil and abroad. In films, he worked with directors Paula Gaitán, Eryk Rocha, Geraldo Sarno and Bruno Safadi.
/ Executive Production Workshop
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/ Film Criticism Workshop
a partir de obras cinematográficas, dentro de uma perspectiva histórica da crítica de cinema como crítica de arte. Será ministrada por Fábio Andrade, editor da Revista Cinética desde 2010.
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SERVIÇO Locais / Places
Ingressos / Tickets
Shopping Crystal (Espaço Itaú de Cinema) (Rua Comendador Araújo, 731, Curitiba-PR)
Ingressos à venda no local de exibição do filme | Shopping Crystal (Espaço Itaú de Cinema) ou Cinemateca de Curitiba.
Cinemateca de Curitiba (Rua Carlos Cavalcanti, 1174, Curitiba-PR) Museu Oscar Niemeyer (Rua Marechal Hermes, 999, Curitiba-PR) Sesc Paço da Liberdade (Praça Generoso Marques, 189, Curitiba-PR) Teatro Guairinha (Rua XV de Novembro, 971, Curitiba-PR) Memorial de Curitiba (Rua Claudino dos Santos, 79 – Curitiba-PR)
Sessão de longa metragem: R$ 5,00 (inteira) | R$ 2,50 (meia entrada) Sessão de curta metragem (programa com 4-5 curtas): R$ 1,00 (valor único) OBS: Cada pessoa pode comprar até 3 ingressos por sessão. -The tickets for the film screenings will be avalible at the theaters as from May, 28th 2013 | Shopping Crystal (Espaço Itaú de Cinema) or Cinemateca de Curitiba Feature film tickets: R$ 5,00 | R$ 2,50 (for students, people over 60 years of age and blood donors) Short film tickets (4-5 shorts per screening): R$ 1,00 (fixed price) PS: Each person can purchase up to 3 tickets per screening.
Centro Cultural Sesi Heitor Stockler de França (Av Marechal Floriano Peixoto, XX – Curitiba-PR) Bar Oficial (Casa di Bel) (R. Alameda Dom Pedro II, 602 – Curitiba-PR) Festa de Encerramento (Wonka Bar) (Rua Trajano Reis, 326 – Curitiba-PR)
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APÊNDICE
INDEX POR FILME / Index of Films 042
74 - THE RECONSTITUTION OF A STRUGGLE / Raed Rafei e Rania Rafei
080
A BATALHA DE TABATÔ / João Viana
056
A FLORESTA DE JONATHAS / Sergio Andrade
024
AGUIRRE, A CÓLERA DOS DEUSES / Werner Herzog
035
ALMA CORSÁRIA / Carlos Reichenbach
100
ALTERIDADE / João Menna Barreto
121
A NEW ECOLOGY FOR THE CITIZEN OF A DIGITAL AGE / Nick Briz
117
BOOKER PITTMAN / Rodrigo Grota
109
BORN IN ’45 / Jürgen Böttcher
074
CALIFA 33 / Yanko Del Pino
045
CAMA DE GATO / Filipa Reis e João Miller Guerra
081
CATIVEIRO / André Gil Mata
075
CHARIZARD / Leonardo Mouramateus
124
CHROMA / Jeremy Moss
124
CINE-OPERATION / Yoi Suzuki
074
ANIMADOR / Cainan Baladez e Fernanda Chicolet
089
043
APE / Joel Potrykus
CLIP / Maja Milos
125
130
A QUOI ÇA SERT L’AMOUR? / Louis Clichy
COMING ATTRACTIONS / Peter Tscherkassky
064
111
ASAS DO DESEJO / Wim Wenders
COURT / Dekel Nitzan
125
121
AUGE Y DECADENCIA DE AMERICA LATINA / Graciela Guerrero
CUAUHTÉMOC / Leo Pyrata
123
CUPID KIDZ – GANJA POO POO / Jakob Skote
088
BEAUTY / Daniela Seggiaro
046
DOCUMENTARIAN / Ivars Zviedris
038
BENS CONFISCADOS / Carlos Reichenbach
036
112
BE MY STAR / Valeska Grisebach
DOIS CÓRREGOS – VERDADES SUBMERSAS NO TEMPO / Carlos Reichenbach
121
107
BERLIM – SINFONIA DE UMA METRÓPOLE / Walter Ruttmann
DRAGONFLIES WITH BIRDS AND SNAKES / Wolfgang Lehmann
047
ESSE AMOR QUE NOS CONSOME / Allan Ribeiro
121
EYEFILM / Milos Parlpovic
044
BOA SORTE, MEU AMOR / Daniel Aragão
100
BOM DIA / Danilo Daher
OLHAR DE CINEMA 2013
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154
039
FALSA LOURA / Carlos Reichenbach
050
LEVIATHAN / Lucien Castaing-Taylor, Véréna Paravel
113
FANTASMAS / Christian Petzold
032
LILIAN M., RELATÓRIO CONFIDENCIAL / Carlos Reichenbach
122
FILM DE CUL / Wagner Morales
076
LINEAR / Amir Admoni
034
FILME DEMÊNCIA / Carlos Reichenbach
090
LOS DÍAS / Ezequiel Yanco
064
FILME PARA POETA CEGO / Gustavo Vinagre
123
MARIA MINERVA – LOVECOOL / Spencer Longo
132
FUNERAL À CIGANA / Fernando Honesko
123
MARUOSA – MUSCLE SPARK / Norihiro Sekintani
037
GAROTAS DO ABC / Carlos Reichenbach
058
MATARAM MEU IRMÃO / Cristiano Burlan
065
GATES OF LIFE / Hannes Vartiainen, Pekka Veikkolainen
059
MATÉRIA DE COMPOSIÇÃO / Pedro Aspahan
048
GREATEST HITS / Nicolás Pereda
132
MAURO MONTEZUMA / Yan Sorgi, Eik Sorgi
125
GRRR / Manque La Banca
091
ME @ THE ZOO / Crhis Moukarbel, Valerie Veatch
049
HALLEY / Sebastian Hofmann
066
117
HARUO OHARA / Rodrigo Grota
MENINO DO CINCO / Marcelo Matos de Oliveira e Wallace Nogueira
067
122
I CAN. YOU CAN. / YOU CAN. YOU CAN. / Marko Schiefelbein
MISTÉRIO / Chema García Ibarra
101
MORTE DE UM IGUAL / Arthur Tuoto
083
MY FRIEND BETY / Diana Garay
065
I THINK THIS IS THE CLOSEST TO HOW THE FOOTAGE LOOKED / Yuval Hameiri
115
IN THE SHADOWS / Thomas Arslan
084
NOT IN TEL AVIV / Nony Geffen
132
INCÊNDIO / Karen Akerman, Miguel Seabra Lopes
101
O CASTELO / Rodrigo Grota
057
KÁTIA / Karla Holanda
076
O DUPLO / Juliana Rojas
066
KOALA / Daniel Remón
060
O EXERCÍCIO DO CAOS / Frederico Machado
131
LA CHUTE DE L’ANGE / Geoffroy Barbel-Massin
033
O IMPÉRIO DO DESEJO / Carlos Reichenbach
075
LAJE DO CÉU / Leonardo França
067
OH WILLY… / Emma De Swaef, Marc James Roels
140
LAS ACACIAS / Pablo Giorgelli
122
ORWO FOMA / Karen Black, Lia Letícia
APÊNDICE
108
PEOPLE ON SUNDAY / Robert Siodmak, Edgar George Ulmer
114
THE DRIFTERS / Tatjana Turanskyj
133
PORCOS RAIVOSOS / Isabel Penoni, Leonardo Sette
069
THE LIZARDS / Vincent Mariette
077
POUCO MAIS DE UM MÊS / André Novais Oliveira
125
THE SCHWITTERS VARIATION / Alberto Cabrera Bernal
122
PRE EVOLUTION SOCCER’S ONE MINUTE DANCE AFTER A GOLDEN GOAL IN THE MASTER LEAGUE / Miguel Gomes
094
TOMORROW / Andrey Gryazev
095
UM FIM DO MUNDO / Pedro Pinho
131
PREMIERE VOYAGE / Grégoire Sivan
096
130
PROGRAMME DU JOUR / Samantha Duris, Loïc Tari
VILLEGAS / Gonzalo Tobal
102
124
PSY – GANGNAM STYLE (ACORDES STYLE) / Camila Mota / Teatro Oficina
VITÓRIA / Eduardo Colgan
097
VIVA VIVA / Carolina Pfister
077
QUEM TEM MEDO DE CRIS NEGÃO? / René Guerra
070
XICO + XANA / Fakano
068
ROCKAWAY / Melanie Schiele
051
ROCKER / Marian Crisan
068
RUBBER DUCKIE / Henry Alberto
117
SATORI USO / Rodrigo Grota
123
SEU MADRUGA WILL GO ON / Mestre3224
052
SHACKLED / Lawrence Fajardo
069
STRUGGLE / Sophie Dupuis
092
TABOOR / Vahid Vakilifar
131
TADEUS / Philippe Jullien, Jean-Pierre Lemouland
093
TERRA DE NINGUÉM / Salomé Lamas
110
THE ALL-AROUND REDUCED PERSONALITY – OUTTAKES / Helke Sander
082
THE BELLA VISTA / Alicia Cano
OLHAR DE CINEMA 2013
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CONTATOS / Contacts 74 - THE RECONSTITUTION OF A STRUGGLE / Raed Rafei, Rania Rafei Jinane Dagher jinanedagher@gmail.com www.orjouaneproductions.com A BATALHA DE TABATÔ / João Viana Julien Rejl julien.rejl@capricci.fr www.capricci.fr A FLORESTA DE JONATHAS / Sergio Andrade Sergio Andrade riotaruma@gmail.com www.aflorestadejonathas.com.br AGUIRRE, A CÓLERA DOS DEUSES / Werner Herzog Werner Herzog Film Office office@wernerherzog.com www.wernerherzog.com ALMA CORSÁRIA / Carlos Reichenbach Cinemateca Brasileira difusaodefilmes@cinemateca.org.br ALTERIDADE / João Menna Barreto João Menna Barreto contato@joaomennabarreto.com.br www.joaomennabarreto.com.br ANIMADOR / Cainan Baladez, Fernanda Chicolet fechicolet@yahoo.com.br www.animadorcurta.blogspot.com.br APE / Joel Potrykus Joel Potrykus joelpotrykus@gmail.com www.apefilm.com ASAS DO DESEJO / Wim Wenders Cinemateca Alemã info@deutsche-kinemathek.de
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BE MY STAR / Valeska Grisebach Cinemateca Alemã info@deutsche-kinemathek.de
CATIVEIRO / André Gil Mata André Gil Mata andregilmata@gmail.com
BEAUTY / Daniela Seggiaro Anne Wiedlack aw@m-appeal.com
CHARIZARD / Leonardo Mouramateus Leonardo Mouramateus lmouramateus@gmail.com www.facebook.com/pages/ Charizard/399397483468225
BENS CONFISCADOS / Carlos Reichenbach Cinemateca Brasileira difusaodefilmes@cinemateca.org.br BERLIM – SINFONIA DE UMA METRÓPOLE / Walter Ruttmann Cinemateca Alemã info@deutsche-kinemathek.de BOA SORTE, MEU AMOR / Daniel Aragão Daniel Aragão danielaragao@gmail.com BOM DIA / Danilo Daher Danilo Daher danilodalvarenga@gmail.com BOOKER PITTMAN / Rodrigo Grota Rodrigo Grota rodrigo@filmesdoleste.com www.filmesdoleste.com BORN IN ’45 / Jürgen Böttcher Cinemateca Alemã info@deutsche-kinemathek.de CALIFA 33 / Yanko Del Pino Yanko Del Pino yankodelpino@gmail.com CAMA DE GATO / Filipa Reis, João Miller Guerra Filipa Reis info@vende-sefilmes.com www.vende-sefilmes.com
CLIP / Maja Milos Maja Milos cj@widemanagement.com COURT / Dekel Nitzan Dekel Nitzan dnitzan84@gmail.com DOCUMENTARIAN / Ivars Zviedris Marija Knezevic festivals@taskovskifilms.com www.taskovskifilms.com DOIS CÓRREGOS – VERDADES SUBMERSAS NO TEMPO / Carlos Reichenbach Cinemateca Brasileira difusaodefilmes@cinemateca.org.br ESSE AMOR QUE NOS CONSOME / Allan Ribeiro 3 Moinhos Produções contato@3moinhos.com www.3moinhos.com/esseamor FALSA LOURA / Carlos Reichenbach Cinemateca Brasileira difusaodefilmes@cinemateca.org.br FANTASMAS / Christian Petzold Cinemateca Alemã info@deutsche-kinemathek.de FILME DEMÊNCIA / Carlos Reichenbach Cinemateca Brasileira difusaodefilmes@cinemateca.org.br
APÊNDICE
FILME PARA POETA CEGO / Gustavo Vinagre Juliana Vicente festivaispretaporte@gmail.com www.pretaportefilmes.com.br
KOALA / Daniel Remón Mayi Gutiérrez Cobo m.gcobo@tourmaletfilms.com www.tourmaletfilms.com
ME @ THE ZOO / Crhis Moukarbel, Valerie Veatch Memento Films International festival@memento-films.com www.meatthezoo.tv
GAROTAS DO ABC / Carlos Reichenbach Cinemateca Brasileira difusaodefilmes@cinemateca.org.br
LAJE DO CÉU / Leonardo França Leonardo França leofrancobrinquedo@gmail.com
GATES OF LIFE / Hannes Vartiainen, Pekka Veikkolainen hannes@pohjankonna.fi www.pohjankonna.fi
LAS ACACIAS / Pablo Giorgelli Arnaud Bélangeon-Bouaziz arnaud@urbandistrib.com www.urbandistrib.com
MENINO DO CINCO / Marcelo Matos de Oliveira, Wallace Nogueira Wallace Nogueira valaci@gmail.com
GREATEST HITS / Nicolás Pereda Sandra Gómez sandra@interior13.com www.interior13.com HALLEY / Sebastian Hofmann Visit Films al@visitfilms.com www.visitfilms.com
LEVIATHAN / Lucien Castaing-Taylor, Véréna Paravel The Cinema Guild, Inc. gswindoll@cinemaguild.com www.arretetoncinema.org/leviathan LILIAN M., RELATÓRIO CONFIDENCIAL / Carlos Reichenbach Cinemateca Brasileira difusaodefilmes@cinemateca.org.br
HARUO OHARA / Rodrigo Grota Rodrigo Grota rodrigo@filmesdoleste.com www.filmesdoleste.com
LINEAR / Amir Admoni Amir Admoni amir@admoni.com.br www.admoni.com.br
I THINK THIS IS THE CLOSEST TO HOW THE FOOTAGE LOOKED / Yuval Hameiri Yuval Hameiri yuval.ham@gmail.com www.facebook.com/closest2012
LOS DÍAS / Ezequiel Yanco Ezequiel Yanco eyanco@gmail.com
IN THE SHADOWS / Thomas Arslan Cinemateca Alemã info@deutsche-kinemathek.de KÁTIA / Karla Holanda Karla Holanda holanda.k@gmail.com katiaofilme.com
OLHAR DE CINEMA 2013
MATARAM MEU IRMÃO / Cristiano Burlan Natália Reis contato@belafilmes.com www.belafilmes.com MATÉRIA DE COMPOSIÇÃO / Pedro Aspahan Pedro Aspahan contato@pandufilmes.com www.materiadecomposicao.com
MISTÉRIO / Chema García Ibarra Chema García Ibarra info@chemagarcia.com www.chemagarcia.com MORTE DE UM IGUAL / Arthur Tuoto Arthur Tuoto arthur.tuoto@gmail.com www.arthurtuoto.com MY FRIEND BETY / Diana Garay Claudia Prado claudia@elccc.com.mx www.elccc.com.mx NOT IN TEL AVIV / Nony Geffen Itai Tamir itai@laila-films.com www.facebook.com/NotInTelAviv?fref=ts O CASTELO / Rodrigo Grota Rodrigo Grota rodrigo@filmesdoleste.com filmesdoleste.com O DUPLO / Juliana Rojas Max Eluard maxeluard@gmail.com www.facebook.com/ODuplo O EXERCÍCIO DO CAOS / Frederico Machado Frederico Machado lumeproducoes@yahoo.com.br www.lumefilmes.com.br
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O IMPÉRIO DO DESEJO / Carlos Reichenbach Cinemateca Brasileira difusaodefilmes@cinemateca.org.br
TABOOR / Vahid Vakilifar Nasrine Médard de Chardon nasrine@dreamlabfilms.com
OH WILLY… / Emma De Swaef, Marc James Roels Dorien Schetz dorien@beastanimation.be www.beastanimation.be
TERRA DE NINGUÉM / Salomé Lamas Fabienne Martinot fm@osomeafuria.com www.osomeafuria.com
PEOPLE ON SUNDAY / Robert Siodmak, Edgar George Ulmer Cinemateca Alemã info@deutsche-kinemathek.de
THE ALL-AROUND REDUCED PERSONALITY – OUTTAKES / Helke Sander Cinemateca Alemã info@deutsche-kinemathek.de
POUCO MAIS DE UM MÊS / André Novais Oliveira Thiago Macêdo Correia contato@filmesdeplastico.com.br www.filmesdeplastico.com.br QUEM TEM MEDO DE CRIS NEGÃO? / René Guerra Juliana Vicente festivais@pretaportefilmes.com.br www.pretaportefilmes.com.br ROCKAWAY / Melanie Schiele Melanie Schiele mas358@nyu.edu www.melanieschiele.com ROCKER / Marian Crisan Les Films du Losange www.filmsdulosange.fr
THE DRIFTERS / Tatjana Turanskyj Cinemateca Alemã info@deutsche-kinemathek.de THE LIZARDS / Vincent Mariette Amaury Ovise info@kazakproductions.fr TOMORROW / Andrey Gryazev Anja Dziersk anja.dziersk@kloosundco.de UM FIM DO MUNDO / Pedro Pinho Filipa Reis / Leonor Noivo info@vende-sefilmes.com www.vende-sefilmes.com www.terratreme.pt
SATORI USO / Rodrigo Grota Rodrigo Grota rodrigo@filmesdoleste.com www.filmesdoleste.com
VILLEGAS / Gonzalo Tobal Urban Distribution contact@urbandistrib.com http://www.urbandistrib.com/films#fiche
SHACKLED / Lawrence Fajardo Josabeth Alonso jvalonso@yahoo.com
VITÓRIA / Eduardo Colgan Eduardo Colgan eduardocolgan@gmail.com http://www.diadorimfilmes.com.br/vitoria/
158
XICO + XANA / Fakano Francisco Falcão fakano@gmail.com www.fakano.com
THE BELLA VISTA / Alicia Cano Marija Knezevic festivals@taskovskifilms.com www.taskovskifilms.com
RUBBER DUCKIE / Henry Alberto Henry Alberto info@henryalberto.com facebook.com/rubberduckiefilm
STRUGGLE / Sophie Dupuis Alexandre Dostie info@travellingdistribution.com www.travellingdistribution.com
VIVA VIVA / Carolina Pfister Carolina Pfister vivavivamovie@gmail.com http://vivavivamovie.com
APÊNDICE
CRÉDITOS / Credits
Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba R. Dr. Pedrosa, 430 – 3o. andar Curitiba – Paraná – Brazil CEP 80420-120 + 55 41 3095-0608 info@olhardecinema.com.br DIRETORES ARTÍSTICOS
PRODUTORES
MEDIAÇÃO DEBATES
Aly Muritiba Antônio Junior Marisa de Paula
Responsáveis / Head of Dept. Aly Muritiba, Marisa de Paula e Antônio Junior
Nikola Matevski Rafael Urban
/ Artistic Directors
PROGRAMADORES SELEÇÃO DE LONGAS
/ Feature Films Programmers
Responsáveis / Head of Dept. Antônio Junior e Marisa de Paula Aly Muritiba Miguel Haoni PROGRAMADORES SELEÇÃO DE CURTAS
/ Feature Films Programmers
Responsáveis / Head of Dept. Antônio Junior, João Krefer e Marisa de Paula Miguel Haoni PROGRAMADOR MULTIOLHARES
/ Multiolhares Programmer
João Krefer PROGRAMADOR OLHAR RETROSPECTIVO
/ Olhar Retrospectivo Programmer
Nikola Matevski PROGRAMADOR FOCO ALEMANHA
/ Foco Alemanha Programmer
Anja Göbel
160
/ Producers
Ana Lugarini Karize Kresteniuk William Biagioli CONVIDADOS e INFRA-ESTRUTURA
/ Guest and Infrastructure
Responsável / Head of Dept. Eugenia Castello Lígia Teixeira Camila Carneiro Raquel Ribeiro João Marcelo Gomes FILMES e EXIBIÇÃO / Films and Exhibitions
Responsável / Head of Dept. Rudolfo Auffinger Daniela Medeiros Guilherme Delamuta PROJETO GRÁFICO / Graphic Design
Responsáveis / Head of Dept. Francisco Gusso e Pedro Giongo (Tijucas) Lívia Zafanelli TROFÉU / Trophy
Hugo Mendes
/ Discussion Moderation
MEDIAÇÃO DIÁLOGOS / Diálogos Moderation
Flávia Scherner TRADUÇÃO e LEGENDAGEM ELETRÔNICA
/ Translation and Eletronic Subtitles
4 Estações LANÇAMENTO LEGENDAS / Subtitles
Fábio Britto Roberto Barbosa Igor Farah WEBMASTERS / Webmasters
Eduardo Zulian Felipe Coelho Kussik VINHETA CINEMA / Theater Spot
Bruno Costa VINHETA PROMOCIONAL e ENCERRAMENTO
/ Promocional and Closing Night Spot
Daniel Duda Tijucas (Promocional) ENCODES DIGITAIS / Digital Encod
Renato Cury
APÊNDICE
MAKING OF
VANS
REALIZAÇÃO
Bruno Ito Camila Tiemy Murillo Marchesi Paula Negri
Verde Mar Locadora de Veículos
Grafo Audiovisual Ministério da Cultura Governo Federal
/ Making Of
FOTÓGRAFO STILL / Still Photography
Rosano Mauro Jr.
/ Vans
EQUIPAMENTO IMAGEM E SOM / Image and Sound Equipment
PATROCÍNIO
Texas Audio Visual HB
Volvo BNDES BEBIDA OFICIAL
ASSESSORIA DE IMPRENSA
Scweppes
Responsável / Head of Dept. Celso Sabadin
SESI-PR Goethe Institut Ano da Alemanha no Brasil
/ Press Office
Carolina Bressane Planeta Tela ASSESSORIA DE IMPRENSA LOCAL / Local Press Office
Gabriel Castro EQUIPE DE APOIO / Staff
Christopher Gegembauer Natalia Nadaleto Jéssica Lorena Pedro Doinel Mariama Lopes Bianca Pasetto Elisa Carvalho Elisa Ratts Tatiane Machado William Manfroi Paula Negri Camila Macedo Janaina Veiga Karen Matias Ana Hope
OLHAR DE CINEMA 2013
APOIO CULTURAL
PROMOÇÃO RPC TV Gazeta do Povo APOIO Shopping Crystal Fundação Cultural de Curitiba Prefeitura de Curitiba Museu Oscar Niemeyer Secretaria de Estado da Cultura do Paraná
161
AGRADECIMENTOS / Acknowledgements Abel Kaiser Vieira Filho
Edu Fernandes
Maurício Baggio
Alexandre Sarian
Eléia Persike Buscarons
Neuri Amabile Frigotto Pereira
Adriano Rodrigues Ali Alves de Paula Aliança Francesa Anaelse Oliveira
Anderson Alan Bolis André Dib
Angela Luvisotto
Antônio Roberto Gonçalves Angélica Lipzenski Anna Paula Zétola Aristeu Araújo
Argel Medeiros Ariana Silva
Axeu Aislan Beluca Carlyle Ávila
Carolina de Oliveira Carolina Moreno Caroline Enke Casa di Bel
Cássia Hauari
Casturina Paulista Lopes Célia Merlo de Paula César Alarcó
Christian Petermann Cid Linhares Cid Nader
Cinemateca Brasileira Cinemateca Alemã Cláudia Roemmelt
Claudinei da Silva Santos Claudiomir de Paulo
Cleverson Cavalheiro Crhistian Dejour Daniela Sipoli
Danilo Pschera
Déborah Belotti
Diego Benevides Diogo Dreyer
Dona Terezinha Eder Mazinni
162
Eduardo Raccah
Elio de Oliveira Borges Estela Sandrini
Eugenio Puppo
Fabiane Pellegrino
Fabiano Nascimento Fábio Allon
Fabiola Terçariol
Fernando Severo
Festival Kinoarte de Cinema Filmes do Leste
Flávia Andrade Pego Francielle de Lima
Francisco Amancio da Silva Gabriel Canedo
Gisele Pires de Melo Glauco da Maia
Helder Bollmann
Henrique Guerios de Domenico Ieda Godoy
Isa Carvalho
Isabel Proença
Ivone Pereira Moreira Jacinta Arnhold
Jacson Luis Trierveiler Janaina Adão
Jaqueline Cordeiro
Mônica Rischbieter
Nilson José Monteiro Paula Cruz
Paulo Henrique Silva
Presidenta Dilma Rousseff Raphaela Lopes
Raul Oscar Vasconcellos Renato Cury
Renata Polatti
Roberto Guerra Rodrigo Fornos Rodrigo Grota
Rosário Caetano
Sandra Mara Fogagnoli Sandro Fiorin Sara Silveira
Silvana Amaral Solange Stecz
Sueli Teixeira Gonçalves Tharik Faria Totoro
Val (Memorial de Curitiba)
Valdenicio Pereira da Silveira
Willian Henrique Gonçalves do Amaral Wilson Jorge Linhares Yves Klein
Jéssica Luz
João Nunes
João Roberto de Lima
Karin Camargo de Mesquita Leandro Pardí
Leonardo Pereira Luci Daros
Luiz Antonio Gonçalves de Oliveira Luiz Zanin
Lygia Reichenbach Marcos Cordiolli Marcos Souza
Marcus Werneck
APÊNDICE
OLHAR RETROSPECTIVO Fontes, Sugestões e Agradecimentos Todas as cópias apresentadas no programa Olhar Retrospectivo: Carlos Reichenbach são oriundas do acervo da Cinemateca Brasileira. As fichas técnicas e sinopses foram compiladas a partir das bases de dados da Cinemateca Brasileira e das informações divulgadas por Carlos Reichenbach em seu site Olhos Livres (olhoslivres.com). Outros dados biográficos e filmográficos foram colhidos do livro Carlos Reichenbach: Cinema como Razão de Viver, de Marcelo Lyra, que reúne valiosas declarações do diretor e é acessível gratuitamente pela página da Imprensa Oficial (aplauso. imprensaoficial.com.br), mas também pode ser encontrado impresso em bibliotecas e livrarias. Imprensa Oficial publicou ainda, no volume ABC Clube Democrático, quatro roteiros assinados por Reichenbach, a saber: Aurélia Schwarzenêga, Anjo Frágil Antuérpia, Lucineide Falsa Loura e A Fiel Operária Suzy Di, sendo que o primeiro e terceiro tornaram-se, respectivamente, Garotas do ABC e Falsa Loura. A editora também lançou os roteiros de Dois Córregos – Verdades Submersas no Tempo e Bens Confiscados. Recomendamos o artigo de Inácio Araújo acerca do filme Anjos do Arrabalde (1987), publicado em Ilha Deserta – Filmes (Publifolha, 2003). Reichenbach foi recentemente tema da tese de doutorado Entre a Transgressão Vanguardista e a Subversão da Vulgaridade: Os Casos de Carlos Reichenbach e Alberto Fischerman, de autoria de Daniel Caetano (PUC-Rio, 2012). Os títulos lançados pela Coleção Cinema Marginal (Lume Filmes), incluindo um DVD de Lilian M. recheado de extras, são um ótimo pontapé inicial para uma visão mais larga do cinema brasileiro do período, assim como a coletânea Críticas de Jairo Ferreira (Imprensa Oficial, 2003), editada por Alessandro Gamo, e Cinema de Invenção, livro fundamental de Jairo Ferreira (Limiar, 2000). Agradecemos especialmente à Sara Silveira pela generosidade e disposição e também manifestamos a nossa gratidão a Lygia Reichenbach, Marina Person, Renata Jehá, Éder Mazini, Eugênio Puppo, Alessandro Gamo, Luís Rocha Melo e Fernando Severo.
OLHAR DE CINEMA 2013
RETROSPECTIVE Sources, Suggestions and Acknowledgements All the copies presented in the section A Retrospective View: Carlos Reichenbach were provided by Cinemateca Brasileira. The credits and synopses were gathered from the database of the Cinemateca Brasileira and the information available at Carlos Reichenbach’s website olhoslivres.com . Other biographical and filmographic data were taken from the book Carlos Reichenbach: Cinema como Razão de Viver (Carlos Reichenbach: Cinema as a Way of Living), by Marcelo Lyra, that gathers precious statements by the director and can be freely accessed at the aplauso.impensaoficial.com.br website, but it can also be found in a printed form in libraries and bookstores. Imprensa Oficial also published in the book ABC Clube Democrático(ABC Democratic Club) four screenplays signed by Reichenbach: Aurélia Schwarzenêga, Anjo Frágil Antuérpia (Fragil Angel Anturrépia), Lucineide Falsa Loura (Lucineide Fake Blonde) and A Fiel Operária Suzy Di (Faithfull Worker Suzy Di). The first and the third on became The Girls From ABC and Fake Blonde respectively. This publishing house also released the scripts for Two Streams and Confiscated Goods. We recommend the article by Inácio Araújo about the film Anjos do Arrabalde (Suburban Angels), published in Ilha Deserta – Filmes (Desert Island – Films) by Publifolha (2003). The titles released by the Marginal Cinema Collection (Lume Filmes), including a DVD of Lilian M. full of extras are a great way to get a broader view of the Brazilian Cinema of that period, as well as the collection Críticas de Jairo Ferreira (Criticisms from Jairo Ferreira) by Imprensa Oficial (2003), complied by Alessandro Gamo, and Cinema de Invenção (Cinema of Invention), a fundamental book by Jairo Ferreira (Limiar, 2000). We acknowledge especially Sara Silveira for her generosity and energy. We also would like to thank Lygia Reichenbach, Marina Person, Renata Jehá, Éder Mazini, Eugênio Puppo, Alessandro Gamo, Luís Rocha Melo e Fernando Severo.
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Velocidade e álcool: combinação fatal.
Segurança. Nosso princípio, nosso futuro. 2013
Mais inovações em segurança a caminho.
2001
ESP, controle eletrônico de estabilidade para caminhões e ônibus.
1991
Volvo Care Cab, eleita a cabine mais segura em equipamentos de construção.
1976
Crash test em caminhões é introduzido pela Volvo.
1927
“Segurança é nosso valor fundamental.” - Gustav Larson, fundador da Volvo.
1959
Volvo desenvolve o cinto de segurança de três pontos.
Volvo. Líder absoluta em segurança.
www.volvo.com.br
estação volvo É tempo de cultura em Curitiba De 6 a 30 de junho
www.volvo.com.br/cultura
Catรกlogo impresso em papel Alta Alvura com tipos Helvetica Maio 2013
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