Cadernos do Olhar#21/Como ensino design – Outono 2017

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Designers que ensinam

DESIGN

Lucia Weymar Claudia Marinho Rodolfo Capeto

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Rodolfo Fuentes José Neto de Faria

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Jorge de Buen Organização

Claudio Ferlauto

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Cadernos do

Outono 2017

OLHAR#21


Sempre digo que ensinar é um assunto difícil, porque quanto mais tempo ensino, mais complicado fica. No ano passado estive pensando muito sobre o papel do professor, sistema escolar, avaliações e notas […]. Estou um pouco incomodado com os aspectos do ensino baseados em imitação, então tento incentivar os estudantes para que desenvolvam os próprios critérios para trabalhar, em vez de aguardar a aprovação do professor. Também estou aprendendo que a educação não é o mesmo que treinamento de habilidades, e que o pensar não está separado do trabalhar.

Peter Bilak

Bilak, Peter. An interview with. em Graphic design vs. style, globalism, science, authenticity and humanism. Emigre nº 67, Princepton Architectural Press, 2004.

10Designers que ensinam DESIGN Cadernos do

Outono 2017

OLHAR#21

Como ensino design é uma série de três edições com depoimentos de professores/designers, publicados originalmente em Olhar Gráfico, na Revista Abigraf nos números 286, 287 e (planejada para o nº) 288, organizada e editada por Claudio Ferlauto, arquiteto, designer, professor e editor em 2016 e 2017. A publicação do Olhar Gráfico, iniciada em 1990 foi interrompida no início deste ano, razão porque a última edição da série está sendo publicada nessa edição de Cadernos do Olhar. O editor


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Universidade Federal de Pelotas UFPEL Graduação Design Gráfico e Digital Disciplina Projeto de Cartaz Período

2h semanais

Universo teórico e prática projetual Lucia B. Costa Weimar Como desenvolver uma metodologia de ensino que introduza alunos ingressantes em cursos superiores de design no universo teórico e de prática projetual de cartazes, contextualizando-os tanto no escopo da disciplina quanto estimulando a importância de um aprendizado de design atrelado às múltiplas esferas da cultura e da expressão artística e autoral? ¶ Desde 2014, como professora responsável da disciplina Projeto de Cartaz, tenho variado as temáticas, mas a metodologia que venho desenvolvendo se apresenta recorrente em sua estrutura basilar. Tal estrutura refere-se à seguinte organização: primeiramente, encontros iniciais com abordagem teórica e, a seguir, divisão da turma em duplas para a proposição dos exercícios práticos. ¶ A pesquisa teórica se refere a tópicos relativos à teoria do cartaz, funções e objetivos; aos cartazes no século X, xilografias, litografias e movimentos Arts and Crafts e Art Nouveau; aos cartazes russos e à Bauhaus; aos cartazes publicitários e psicodélicos; aos cartazes poloneses, japoneses e aos cartazes políticos (segunda guerra, ditadura de Salazar em Portugal, maio de 1968 na França e ditadura militar 3


Famílias tipográficas Baskerville e Ubuntu.

no Brasil) e, finalmente, aos cartazes brasileiros. ¶ A análise das imagens conta com o aporte teórico de Ambrose, Meggs e Lupton e foca nos quatro princípios do design (quais sejam, tipografia, cor, composição e imagem) a partir das categorias cartazes modernos e cartazes pós-modernos, compreendendoas muito mais a partir de um viés cultural do que cronológico e evitando, deste modo, um discurso esquemático e dual. Entretanto, as diferentes características entre os dois paradigmas são evidenciadas na medida em que as regras do design moderno são quebradas pela pós-modernidade, ou seja, tipografias, cor, composição e imagem se complexificam, passam a aceitar a pluralidade em detrimento da unidade, surgem elaboradas e ornamentais e não mais simplificadas e puramente funcionais, e, enfim, rompem com sistemas de legibilidade, contraste, organização espacial e se posicionam arbitrárias, independentes e livres dos preceitos modernistas “menos é mais” ou “a forma segue a função”. ¶ Já a produção prática é ligada ao projeto de dois cartazes em formato A3 interdependentes, isto é, unidades autônomas, mas em diálogo. No primeiro, a dupla de alunos deve homenagear um designer de viés moderno e, no segundo, um pós-moderno. Isto posto, temas como Copa do Mundo no Brasil e aniversário de quinze anos dos cursos (2014), enunciados proferidos por designers famosos e homenagem ao escritor Simões Lopes (2015), comemorações acerca dos 400 anos de morte de Shakespeare e de Cervantes (2016), têm sido escolhidos de acordo com a agenda do semestre.

Professora adjunta dos Cursos de Design do Centro de Artes (UFPEL), Coordenadora dos Cursos de Design e responsável pelas disciplinas Design de Identidade, Projeto de Cartaz e Design Autoral. Professora permanente do Mestrado em Artes Visuais do Centro de Artes (UFPEL).

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Universidade Federal do Ceará UFC Curso Design. Graduação Anual Disciplinas Projeto I, Projeto II e História da Arte e do Design.

Reflexão e narrativas

Claudia Marinho

Atentando para os processos que possibilitam que algo que não existia antes passe a existir a partir de determinadas características que alguém vai lhe oferecendo as disciplinas de projeto (que lecionamos no ciclo básico do curso de Design da Universidade Federal do Ceará) que correspondem à iniciação nas atividades de design no curso, por isso não envolvem um comprometimento com componentes tais como, produção, característica dos materiais e custo —uma vez que o aluno ainda não tem conhecimento técnico para tanto. A limitação do número de variáveis, por sua vez, justifica-se pelo interesse em focar-se,prioritariamente, nos processos do projeto para introduzir os alunos no universo do design. ¶ Pelo viés da rubrica processo e da prática do desenho defino estratégias pedagógicas que levem os alunos a refletir sobre as suas ações, bem como poder identificar potencilidades para o desenvolvimento do design na cidade de Fortaleza. A produção de registros —documentação dos processos— define um instrumental aplicado para construir novas percepções da cidade, deixar transparecer a natureza indutiva e criativa da prática de projeto e apontar para indissociabilidade entre percepção e pensamento.

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¶ No ciclo básico do curso as disciplinas de projeto estão ancoradas nas práticas de representação, tendo como foco o desenho como exercício de esquematizar, conceber, construir e sobretudo para refletir sobre de que modo o design opera transformações, materiais e simbólicas nos espaços comuns e que, por isso, pode contribuir na produção de novas formas de sociabilidade. ¶ Neste sentido parece possível pensar que o ensino de design pode se pautar na construção de narrativas sobre os processos que define o campo do design, seja para identificar (relatar) seus procedimentos (a atividade de projetar), seja para refletir sobre os resultados, ou ainda para compreender o modo

Famílias tipográficas Fenice e Calibri.

de ser dos artefatos que foram gerados por meio do design.

Professora do curso de Design da Universidade Federal do Ceará, é graduada em Educação Artística pela Fundação Armando Álvares Penteado (1989), com mestrado em Comunicação e Semiótica pela Pontificia Universidade Católica de São Paulo (1997), doutorado em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2004) e pós-doutorado na Faculdade de Arquitetura, Design e Urbanismo da Universidade de Buenos Aires (2009).

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Escola Superior de Desenho Industrial Curso ESDI

Graduação Bacharelado em Design Disciplinas Análise Gráfica, Projeto em Design de Comunicação Período Semestral

Qual é o lugar das coisas? Rodolfo Capeto Meu ensino do design começa por minha visão do design como um campo contínuo e as diferentes áreas do design são “fotografias” de um dos possíveis pontos de vista. No caso da ESDI, propusemos que o novo currículo se organizasse a partir de quatro dessas “áreas”: o eixo do design de produto, o de comunicação, o de interação e o de serviços sempre articulando disciplinas em que esses eixos tenham que interagir, como pede a prática. No âmbito do design de comunicação, meu objetivo primeiro é eliminar pressupostos e o automatismo ao se realizar um projeto em design e intensificar a consciência das escolhas. ¶ No campo gráfico, começar pelo formato, sua possível modulação, o desenvolvimento de um diagrama. Qual é o lugar das coisas? ¶ A princípio, a ordem espacial e, daí, explorar as variáveis visuais tais como tamanho, orientação, a forma, a cor (sendo o caso). A base é tipográfica, e os elementos semânticos —imagens, por exemplo— se integram. Saber definir linhas de força e quando optar por equilíbrios dinâmicos ou estáticos. Alternativas: seguiu-se uma certa lógica? Estudar como se faria numa lógica diferente. Invenção. ¶ A partir de uma base sintática, entender o vivo campo

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Famílias tipográficas Syntax e Caslon.

da semântica visual, fazendo um estudo do design promocional e suas retóricas, e os exemplos estelares que sobrevoam a (majoritária) mediocridade. O valor do signo. O design de informação e seu discurso de uma ética do projeto. Um estudo geral dos gêneros: seriados ou não, paginados ou não, na pequena escala ou gigantesca, sobre papel ou outros suportes. E, crescentemente, as mídias não-materiais. ¶ A competência nas ferramentas computacionais é básica, mas não objeto direto deste ensino. Por outro lado é importante criticar exatamente as lógicas implícitas, e discutir as possibilidades criativas dessas ferramentas.¶ Sem cultura, um designer é um mero micreiro, portanto é crucial ler sobre tudo, saber o que acontece, conhecer a história, entender o presente. ¶ Resultados: exercícios ou projetos. Saber escrever sobre seu próprio trabalho. O esperado desenvolvimento de um senso crítico sobre a atividade e sobre o mundo que nos cerca e que nos cabe transformar.

Designer graduado em 1980 pela Escola Superior de Desenho Industrial, onde é professor desde 1992 e foi diretor por dois mandatos (2008-2015). Suas áreas de estudo e profissional são a tipografia, o desenho de tipos, o design de informação e o editorial. Projetou, em 2001, uma nova família de tipos para o Dicionário Houaiss, o maior da língua. Coordenou a realização do livro Cinco anos na ESDI (2010), que apresenta os projetos realizados na instituição entre 2005 e 2009, e integrou o steering committee do Design Education Manifesto do Icograda (atual Ico-D), publicado em 2011.

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creación de afiches sobre violencia de género

Rodolfo Fuentes

El seminario fue abierto a la participación de alumnos de diversas orientaciones y de diversas etapas de la Licenciatura de Artes Visuales que imparte el Instituto Escuela Nacional de Bellas Artes de Uruguay. Duración: 6 clases de 3 horas (18 horas). Setiembre/Octubre 2016.

La propuesta era, en el escaso tiempo del seminario, introducir a los participantes en el lenguaje del afiche y darles los elementos metodológicos para que cada uno hiciera su afiche. Reitero que el grupo era muy heterogéneo en formación, edad y conocimientos previos. ¶ Cada clase se dividió en dos partes. En la primera se proyectaban y comentaban diversas escuelas reconocidas en el lenguaje del afiche, al mismo tiempo que se les proporcionaban a los alumnos, libros y otros materiales vinculados al tema. ¶ Se mostró información relativa a la historia del afiche, comenzando por fines del siglo XIX, a las escuelas polaca y checa, a la japonesa y mexicana, así como afiches de jazz de Nicklaus Troxler, Shigeo Fukuda, Saul Bass, Milton Glaser y otros. ¶ En la segunda parte de cada clase, se fueron analizando los elementos gráficos constitutivos del lenguaje gráfico

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y su incidencia en la comunicación visual: imagen, tipografía, color, etc. ¶ Recién a partir de la cuarta clase, y siempre en la segunda parte, se planteó que comenzaran a bocetar ideas primarias sobre el tema Violencia de género. Basta ¶ En la quinta instancia se revisaron las ideas y se eligieron los partidos de común acuerdo. Es de hacer notar que la mayoría de los concurrentes optó por trabajar con materiales “reales” y no con ordenadores, siendo el collage la técnica preferida. ¶ En el encuentro final, se colgaron los afiches resultantes y se hizo una corrección colectiva. ¶ Como evaluación final, los concurrentes manifestaron —en diversos grados de convencimiento haber descubierto las posibilidades básicas del

Famílias tipográficas Futura e Times New Roman.

lenguaje del afiche, habiendo recibido una experiencia positiva del seminario.

Designer gráfico e fotógrafo, vive e trabalha em Montevidéu, Uruguai. É um dos fundadores da Associación de Diseñadores Gráficos professionales del Uruguay. Participou da exposição 30 cartazes para o meio ambiente e desenvolvimento, organizada por Felipe Taborda para a ECO 92, no Rio de Janeiro. É professor de design e fotografia e conferencista ativo na América Latina. Tem obras em museus nos Estados Unidos e na Europa e trabalhos publicados nas revistas Novum/Alemanha, Idea/Japão, Abigraf/Brasil, tipoGráfica/Argentina.

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Universidade Federal do Ceará UFC Graduação Bacharelado em Design Digital Disciplinas Desenho, História do Design, Projeto Integrado I.

Ação e Reinvenção do design pela educação

José Neto de Faria Quando leciono busco fundamentar o processo de ensino-aprendizado em uma “situação de experiência” que promova o reconhecimento de que o domínio sobre um determinado assunto gera um conjunto de habilidades e competências úteis ao processo cotidiano de design. ¶ Durante a “situação de experiência” precisa existir o embate entre o pensar e o fazer, entre gestão da prática e o desmonte das teorias do design, entre a compreensão de uma corrente teórica e seus contrapontos históricos, entre a manutenção e a implosão de uma tradição, entre a realidade regional e a realidade global, entre os modos de apropriação das tecnologias rudimentares ou das de ponta, entre as diferentes linguagens visuais e os processos perceptivos e cognitivos, entre o que se sente, percebe e ou que se racionaliza, entre o que se queria projetar e o que se conseguiu projetar, e principalmente, um tensionamento entre o espaço de aprendizado e o indivíduo, a fim de que este possa sair voluntariamente de sua condição de inércia para uma posição ativa, de obtenção de prazer, com a tomada de posse sobre a sua realidade. ¶ Trabalho com pequenos ou médios projetos capazes de promover a “situação de experiência” necessária ao desenvolvimento das habilidades e competências propostas. Então, por exemplo, se a disciplina tem que abordar cor, temos que investigar o que é cor, temos que ir a campo fotografar o sertão, estudar como a cor é na natureza, estudar 11


Famílias tipográficas Bodoni e Akzidenz Grotesk.

como as modulações das cores proposta pela natureza podem ser trazidas para um projeto de embalagem (pigmento) e de um banner digital promocional (luz). Temos que entender a teoria da cor que nos permite preparar e controlar os arquivos digitais que garantem a qualidade da impressão e da exibição dos produtos e serviços de design e brincar com os processos tecnológicos para explorar novas possibilidades de linguagem. ¶ Se ensino desenho técnico, tenho que construir um objeto para que os alunos possam entender o sentido das representações e das normatizações. Se ensino história do design, tenho que debater os conceitos dos movimentos pela elaboração de um projeto de design que sirva para reviver e confrontar as soluções em função do momento histórico. A questão não é dominar atos retóricos do design, é confrontá-los pela possibilidade de agir e construir o momento presente do design. ¶ Os processos de ensino-aprendizado devem levar constantemente os indivíduos a errarem, para que a cada erro possa haver uma descoberta de novas possibilidades e para que, desta forma, pela prática e reflexão o indivíduo possa perceber que as possibilidades podem ser multiplicadas ao infinito. Acertar é monótono e entediante, porque somente demostra a capacidade do indivíduo de reproduzir os velhos discursos. Errar deveria ser instigante se as nossas mentes não tivessem sido acostumadas a repetir mantras. ¶ Deveríamos sentir um constrangimento com o silêncio de dezenas de instituições de ensino que passam ano após ano despercebidas pela história. Deveríamos duvidar muito mais do êxito do processo de ensino que não toca a poeirenta organização social. Deveríamos entender que a razão para que existam os diversos espaços de ensino-aprendizado, é para que não se reproduza o design e sim para que se pense e reinvente o design.

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Pontifícia Universidade Católica PUC/Rio Graduação em Design. Habilitação em Comunicação Visual. Disciplinas Tipografia II Período 8º, 30 horas

Como Ensino Tipografia

Fabio Lopez A disciplina Tipografia II da graduação do curso de Design da PUC–Rio é dividida em duas partes, sendo a primeira pautada pelo domínio da técnica e a segunda pela construção da autonomia. Todos as aulas seguem uma estrutura comum, composta por: teoria, atividade prática e ampliação de repertório. Após um encontro inicial de apresentação, os alunos conhecem e aprendem a usar o lápis-duplo, uma ferramenta improvisada simples que simula as tradicionais penas caligráficas de ponta chata. Com esta ferramenta, praticamos a criação de letras minúsculas baseadas no modelo ‘Fundacional’, um sistema de construção de letras desenvolvido pelo designer e calígrafo inglês Edward Johnston. Para entender as relações estruturais básicas de um alfabeto, começamos com exercícios simples e depois partimos para o desenho das letras propriamente ditas. Após algumas aulas praticando a ferramenta, os alunos migram para o ambiente digital no intuito de recriar em vetor as letras produzidas em caligrafia —agora sob uma perspectiva tipográfica orientada para a regularidade e consistência do conjunto. Nesse processo de reconstrução as letras são selecionadas e digitalizadas 13


Famílias tipográficas Sabon e Gill Sans.

e os trabalhos passam por uma etapa de derivação que torna cada solução particular: começamos a encontrar tipos finos, curvilíneos, estreitos e terminações diferentes, por exemplo. A entrega desta primeira parte da disciplina consiste na apresentação impressa da expressão hamburgefontiv, junto com uma pequena mostra do exercício caligráfico para avaliação do processo de trabalho. Sobre esse material, os alunos indicam ajustes por fazer, problemas, inconsistências e dificuldades com a ferramenta —permitindo que seja avaliada também a capacidade deles em analisar seus próprios resultados. Na sequência do curso, o modelo tipográfico criado é refinado, para que seja utilizado como elemento protagonista em uma peça gráfica proposta pelos alunos. Esta aplicação deve conter ainda um texto complementar, composto em outro tipo existente (gratuito e licenciado), permitindo que os alunos exercitem combinações tipográficas. A entrega final é uma apresentação individual compacta (estilo seminário), contendo os ajustes realizados nessa fase do trabalho, a peça gráfica criada (muitas vezes acompanhada de modelos) e justificativas de suas escolhas tipográficas. As aulas dessa segunda parte do curso possuem bastante conteúdo teórico, voltado para noções de hierarquia e combinação de tipos, retórica tipográfica e refinamento técnico das letras. O último encontro da disciplina é uma pequena exposição, em que os trabalhos reunidos são comentados por todo o grupo em um clima sempre descontraído e animado. A aula inclui ainda a entrega das notas, a distribuição de brindes por desempenho, uma rápida avaliação da disciplina e a sensação de dever cumprido. :-) 14


Centro de Estudos de Administração em Turismo e Hotelaria Graduação em Design Gráfico Disciplinas Design Editorial, Fundamentos de Projeto e Identidade Visual e Tipografia

Ensinando em meio a transformações

Beto Cerqueira

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Sou arquiteto de formação e designer gráfico por atuação. Também, por conta de atuar no design de publicações dos órgãos de turismo na Bahia, me tornei especialista de

Planejamento e Marketing Turístico. No segundo ano de faculdade (1973), conheci Enéas Guerra, recentemente chegado a Salvador como coordenador do setor de programação visual do órgão oficial de Turismo da Bahia. Ali aprendi a fazer, como se dizia na época, artes gráficas. Aprendi na prancheta os fundamentos tipográficos, as noções de composição, uso das cores e a produção. E assim, com essa formação, comecei a ensinar. ¶ O ano era 1995 e a escola, a atual Unifacs, uma das boas instituições de Salvador com curso de Design. Era a época do desktop publisher, os alunos querendo o computador e eu ainda nos esquadros, na prancheta, no overlay, na régua tipográfica. A disciplina —não lembro o nome— não era propriamente de projeto, então, a falta de metodologia era minimizada. Apesar da “bagunça”, hoje encontro ex-alunos que me agradecem pelas “artes finais” das peças criadas. Algo ficou por ali... ¶ No ano 2000 iniciei “para valer” a ensinar Design na atual Unijorge onde permaneci até junho passado. Convidado para ensinar a disciplina Fundamentos e Metodologia do Projeto Gráfico, fui à luta, comprei dezenas de livros e, acho, naquele momento, me formei em Design Gráfico. ¶ Ensinar Design pressupõe entender as relações entre quem ensina, como ensina e para quem ensina. Este último determinante hoje por conta do contexto. Essa foi uma das razões, inclusive, de deixar a atividade. O aluno atual não quer exercer a metodologia; não quer aprender os fundamentos; não quer gerar e testar alternativas etc. Ou seja, as etapas do projeto são descartadas. Há, na maioria, o entendimento de que já sabe e que o computador ajuda. Aos 63 anos minha

Famílias tipográficas Didot e Impact.

paciência se esgotou. ¶ Quando pude, ensinei aos meus alunos a seguirem o que os livros diziam. — Vamos resolver o problema? Vamos. Então vamos entendê-lo, fundamentá-lo, dar a ele uma representação gráfica consistente, estabelecer um link codificado com o usuário. Vamos fazer com que funcione, que dê certo. Fiz isso nas disciplinas de Projeto Editorial e de Identidade Visual. ¶ Uma questão complicadora é a grade que algumas escolas têm, nas quais as disciplinas de base não são ministradas nos primeiros semestres. Os alunos também não têm paciência de ficar dois semestres sem criar, sem fazer marca, como dizem. Querem chegar chegando, mostrando serviço. O professor explica que tudo tem seu tempo, mas não é bem assim. A sala de aula ferve. Não é fácil. Também não tinha mais o Goethe Institut dos anos de 1970 onde belos cartazes/posters expostos poderiam ajudar as aulas comentadas. ¶ É isso. Não inventei nada. Segui os mestres e os livros.

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Universidade Federal de Santa Maria UFSM Curso de Desenho Industrial Graduação Disciplinas Projeto Editorial e Laboratório

Profissionalizante de Tipografia

Questões de projeto, produção e mercado

Famílias tipográficas Perpetua e Kabel.

Volnei Antônio Matté

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O objetivo do Laboratório Profissionalizante de Tipografia e Projeto Editorial é pesquisar e compreender o universo das letras (como imagem, caligrafia e tipografia) e sua aplicação em produtos editoriais. As atividades propostas dentro do laboratório são organizadas num grau crescente de complexidade. Algumas atividades começam no primeiro dia de aula e se estendem até o último dia de aula —tempo necessário para se alcançar o amadurecimento do projeto. ¶ Um dos princípios do currículo do curso é tratar paralelamente os aspectos de projeto, produção e mercado. Assim, em todas as atividades, em algum momento, se abordam as questões técnicas de produção. Também são tratadas as possibilidades de atuação profissional em caligrafia e tipografia, bem como o desenvolvimento, materialização e viabilização comercial de produtos editoriais. ¶ A primeira atividade trata de tipografia como imagem, na qual é realizada uma experimentação livre para compreender que as letras podem comunicar conceitos além da mensagem verbal. Assim, os alunos são instigados a construir letras com materiais diversos, resultando, normalmente, em trabalhos inusitados e com diferentes soluções, sejam elas ilustrativas ou fotográficas. ¶ A segunda atividade consiste em um desenho de tipos, que passa pelo entendimento da história, classificação, realizando uma análise detalhada de tipos existentes, para então começar a gerar alternativas manualmente. Por fim, os tipos são finalizados vetorialmente. Esta atividade é o primeiro contato com o universo do type design, e procura mostrar aos estudantes o que seria um bom tipo em relação a sua funcionalidade, ou seja, ao obter o conhecimento tipográfico por meio da prática, observando os itens necessários ao desenho, o repertório tipográfico do estudante se amplia significativamente. ¶ A terceira atividade aborda o desenvolvimento de um produto editorial, no qual os alunos, em grupos, precisam pensar em uma proposta, planejá-la e desenvolvê-la. Resulta desse projeto o desenvolvimento conceitual e visual do produto, além das especificações e custos de produção e uma proposta de viabilidade comercial. ¶ A quarta atividade é a prática em caligrafia, que transita por vários estilos de escrita (fundamental, humanistas, itálicas e góticas) e também por diferentes ferramentas como pena quadrada, pena de bico, pincéis redondos e folded/ruling pens. ¶ A caligrafia inicia com as escritas consideradas mais tradicionais e avança para as mais expressivas, dando origem à última atividade, que é o desenvolvimento de um lettering. Com base numa caligrafia cursiva, os alunos iniciam o processo de desenho de uma palavra para refiná-la, modificá-la até chegar ao resultado final desejado.

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Universidad Anáhuac Querétaro/México Curso Composición Tipográfica, Proyecto Diseño Editorial Disciplina Diseño Gráfico Graduaçao Semestral

¿Has visto cómo se aburren tus alumnos en las clases teóricas?

Jorge de Buen

No. ¶ Ocuparme de eso no es importante ni sugestivo para mí. En mis actividades diarias de enseñanza tengo que ceñirme a programas muy estructurados, demasiado estructurados, odiosamente estructurados. Este es el gran inconveniente de obligar a la escuela de diseño a comportarse como la medicina, la de administración o la de derecho. ¿Aprendizaje por competencias? ¡Bah! Prefiero, si me lo permiten en este medio, hablar de cómo me gustaría enseñar: la carrera de diseño no es ordinaria. Quiero que mis alumnos aprendan a no hacer lo que hacen los demás, sino cosas siempre distintas. Esta sola idea me disuade

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de tener un programa estricto. Pongamos a todos los estudiantes, de todos los grados, en un solo salón, uno enorme que tenga equipos de cómputo, mesas de dibujo, mesas de trabajo e instalaciones de taller. Alrededor de ellos, pongamos a los maestros en cubículos. Los estudiantes, entonces, se ocuparían de proyectos específicos, como el diseño de un cartel, una página web, una revista o una cajetilla de cigarrillos. Habría muy pocas clases formales, algunas conferencias y profusión de imágenes en los muros. ¶ ¿Que hay problemas de tipografía? Bueno, ahí está el profesor de tipografía. ¿Que los colores no están bien balanceados? Haga el estudiante una cita con la maestra de color. ¿Que el mensaje no es persuasivo? Acuda al maestro de retórica. ¿Que no sabe cómo planear un empaque? Bien, se cuenta con un buen instructor de empaque. ¶ Las escuelas tradicionales se ocupan de todo esto y mucho más, sí, pero, cuando el estudiante debe poner sus conocimientos en práctica, Famílias tipográficas Directa Serif e Garibaldi.

ya los ha olvidado o debe aguardar dos años para llegar al nivel donde se enseñan. ¶ Seamos sinceros: en las escuelas de diseño, lo más común es el fracaso, el trabajo incompleto, poco interesante o de mala calidad. Son muy pocos los chicos que tienen éxito desde el principio. Ayudémoslos, pues, a lograr cosas buenas todo el tiempo ¶ ¿Has visto cómo se aburren tus alumnos en las clases teóricas? Sí, no son estudiantes de filosofía ni de filología; prefieren poner manos a la obra. ¶ Toda la teoría la aprenderán en la práctica. 18


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?

Como ensino design

Tenho trabalhado com ensino faz tempo. Anos atrás, recém-saído das fraldas universitárias, formamos com outros colegas da Faculdade

de Arquitetura (UFRGS, 1964–1968) e com alguns amigos da Engenharia e da Economia, um cursinho de desenho de observação e cultura geral (seja lá que isso significava na época) que preparava estudantes para as provas específicas do curso de Arquitetura. Acho que foi aí que a mosca do ensino me mordeu. ¶ Alguém já disse que quem inicia a trabalhar com vidro —moldar, pintar, cortar, instalar— nunca mais quer trabalhar com outra coisa: é uma cachaça. Isso é dito também de outras atividades e, seguramente vale para o ensinar. ¶ Nossa formação se deu nas décadas de 1960 e 70, um período em que valorizávamos a invenção, a criatividade e a intuição. Disciplinas, métodos e processos, mesmo na arquitetura e no design, eram considerados limitadores, castradores e, em suma, reacionários. Caretas. ¶ Isto nunca descolou de minha carcaça intelectual e profissional e provavelmente é uma das coisas que ainda uso

Famílias tipográficas Garibaldi e Graviola.

para ensinar e que me ajuda a entender esse território em transformação que é o ensino contemporâneo e seus entornos culturais, socioeconômicos e técnicos. A leitura desses depoimentos de designers e professores despertam um sentimento de dúvidas e indagações que não são fáceis de assimilar ou responder: como ensinar neste milênio? Como encaminhar esforços na formação de pessoas para um mundo que mal começamos a compreender? Quais os caminhos para nos adaptarmos ao constante fluxo de inputs mentais, sensitivos e informacionais? Como ler este mundo que passa célere e sem se importar conosco, sejamos mestres ou discípulos? Como enfrentar e escalar estas montanhas e entender corretamente suas dimensões e desafios? Aqui se vislumbram algumas dicas nas palavras desses praticantes de hoje. Claudio Ferlauto, São Paulo, 2017.

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Cadernos do

Outono 2017

OLHAR#21

Edição & Design

Claudio Ferlauto Textos

OLHAR

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to de Universid Faria ade Fed eral do Gradu ação/P Ceará ós gra UFC Discip duaça linas De o/Espe senho, cializa ção: Gra História duaçã do De o Bachar sign, Pro elado jeto Int Ação e egrado Rein

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projeto do de de sign pe Quando Lúcia tal promo embalagem la educ leciono Bergam (pigmen cional ação Universid sino ap aschi to) e de (luz), tem que no rendizad busco fundame ade Fed Costa s perm eral de Gradu o em um ntar o romova açã ite prepa os que enten um banner dig Pel Weym que ga processo a “situa o recon der a teo i- Disciplina o em Design Grá otas rar e co rantem ar ção hecimen de etermina ntrolar ria da co fico e a quali Projeto to, de qu de experiência en- dos produ Digital do assun os de Carta da r arq de da tos ” que ce e o domí competê z. Períod to, impressã uivos digita ssos tec e serviços de o: 2h sem nio sob ncias ute gera um co is o e da nológico design, Unive re um de njunto anais Durante is ao pro exibiçã rso te e brinc de s lin pa a “situa ha o gu ce ra bil ór ag sso cotid ar com ex em. ¶ idades co ico e pr çã bate en os proSe ensin plorar novas iano de nstruir át tre o pe o de experiê ica po um Co pr o design. o ncia” pre ssibilida desenho nsar e ojetua mo de objeto desmon sen senvolve o fazer, des int l pa te da entre ge cisa existir o sin tido das repres ra que os alu técnico, tenho r uma roduza ma corre s teorias do metod stão da nos possa o qu en alunos de nte teó ologia prática do história do de tações e das ingres m enten e de design de ensin rica e seu sign, entre a co a manu santes no s movim sig no unive de o que mpreens em cu ten s entos pe n, tenho que rmatizações. Se r de cartaz rso teó rsos sup ão que sir idade reg ção e a implo contrapontos es, conte la elabo rico e debater en- dis eriores histórico va para são de de prá ional e raç os xtu cip ão co um aliz tic rev lin s, a realid de um pro nceitos ção do opriaçã a projet a tradiç ando-os a quan iver e co mo ade o da to ual ão, entre jet tanto no esc retórico mento histórico nfrontar as sol o de design aprendizado de estimulando entre as s tecnologias global, entre opo da a impo s do de os modo uções em . A quest design rudimen da cultu diferente rtâ sig s de atr nc percepti ra tar ão n, s lingu elado ia de um fune da ex nã é confr às mú vos 2014, agens vis es ou das de pro agir e constru pressã ontá-los o é dominar ltiplas como ir o mo o artísti e ou qu e cognitivos, uais e ato cessos esferas pela po mento ca e au os de e en ssibilida s Projeto de professora res presente toral? e o que se racionaliza, tre o que se pro- temente os ensino apren po Ca de ¶ nsá rta De do desig se co dizado sente, po en indivídu n. ¶ Os a metodologia z, tenho variad vel da disciplin sde deve ssa have namento nseguiu projet tre o que qu os a err a o as tem que ven recorren eria-se de r arem, pa m levar cons entre o ar, e pri áticas, ho desen te sta forma uma descobe tanespaço fim de nc ra que mas volvend rta de refere-se em sua estrut que de apren ipalmente, pe , pela prá a cada novas o se ap ura ba à seguin rcebe erro diz ão de ine este possa sai tic resenta silar. Tal enco te r volun ado e o in- ao infi r que as possi a e a reflexão possibilidade rcia pa s, e div ntros iniciais organização: pri estrutura tariamen ra uma prazer, bil o nit ind ida o. iví com ab de Acertar te de me com posição isã ordagem meiramente nte de é monó s podem ser mu duo possa ex o da turma ativa Trabalho a tomada de , em du tono e teórica ercício ltiplicad posse sob , de ob- os velho mostra a capa com pe plas pa entedian s prátic e, a seg as cid romover qu ra a pro s discu os. ¶ A uir, posição a “situa enos ou médio re a sua nossas rsos. Er ade do indivídu te, porque so- a tópicos relati pesqu isa teó çã dos vos mentes nvolvim rar deve s o de rep rica se não tiv ento da o de experiênc projetos mantr ria ser roduzir aos cartazes no à teoria do car refere essem as. ¶ De s habil ia” nece instigan taz, fun . Então século e movim sid idades ve çõ te s, por ex o X, ríamos silencio es e ob se as entos xilogra e co emplo, sentir um acostumadas jetivos; Arts an r, temos fias, lito cartaz se a dis mpetên- ano ap de dezenas de a d es gra rep Cr co que inv russos afts e Art nstrang fias etir e ciplina ins estigar e a Ba fotograf imento psicodé Nouvea tem duvid ós ano desperc tituições de uhaus; o qu ar com o licos; ao u; aos en aos car ar muito ebidas udar co o sertão, estud e é cor, temos cartaz s car taz pela his sino que passa mais não mo ar m em es políticos (se tazes polonese es publicitários eza pode as modulaçõe como a cor é ten toca a poeiren do êxito do pro tória. Deve s, japon gunda Portuga ríamos s da ta m ser tra ce de gu eses e l, maio militar aos zidas pa s cores pro- de r, que a razão organização soc sso de ensin de 1968 erra, ditadura no Bra o que ra um para qu ensino ial. De de na sil) Salazar França ¶ A an e, finalm e existam veríamo aprendiz e ditad álise design s ente, ao ado, é ura e sim pa s cartaz para qu os diversos esp en- Ambrose, das imagens ra que es bra co e não aços Megg se pens sileiros. s e Lupto nta com o ap do de e e reinv se reproduza orte teó n e foc ente o de o e im sign (quais sej ric a no o de am, tip s quatr agem) sign. o og a

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“Para da r, de temp em um curto o, a im tua foi pressã intervalo o de qu en e um de ovo vernizada, nã bem ba o o tend a obra tempo tid o sido, possíve a com a es pega cla cova l, até qu espuma ra e ela se , o máximo firme, Recolhe deixa de transfo que es rme nu o que co novo e, es rra po ma r uma com um correu num noite. pe sobre queno teus tra pincel de va io, aplic recipiente balhos. e ainda a uma Ele ficarão demão envern mais res s parecerão iza en madeira r se dá bem istentes. Essa vernizados co maneira ção Ro anas que os rosto ou em pedra. m figuras es sari e abalara culpida de En Cachor s, as mã m a Pro ro Lou s em Cennino os e tu verniza dess víncia, co, 201 té Cennini e do que 6. Mat tiver co modo rial O livro da tônioSanta Maria/RS AIndustrial o Editoem r da pe arte, c. ei An le” . senho pintur Projet 1400. Voln e Federal de de De rafia e a Textos

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2.0

ment e desig tipo em rel vetorial do typ bom ec verso o conh o uni seria um o que ja, ao obter do os i dantes se an e, ou observ d nalidad da prática, tipográfico io por me o repertório ¶ A terce e. o, nt desenh ficativame um produto ni de plia sig olvimento ecisam pen nv pr , se su o de upos ê-la. Re em gr senvolv l e visu alunos, -la e de eitua planejá ento conc s de pro im senvolv ções e custo ¶ A qu . ca especifi e comercial ita p ns ad viabilid rafia, que tra stas, ni lig em ca ental, huma rame fer (fundam diferentes d r éis re bém po bico, pinc com a de inicia pena ligrafia ança pa av ¶ A ca nais e vida cio ati di a tra à últim Com g. origem letterin pro de um s iniciam o no os alu refiná-la, mo ra vra pa o. jad se final de


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na e pa ra quem je por conta do lusive, de uer exerc deidamento er a s; não eja, as etapa ria, o en s ten ador aju da. ¶ Quan do m o qu e os a? Vamo s. dar a ele abelece r zer com ciplinas ¶ Uma scolas radas o têm azer mosseu ve. ut s.

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aqui encerra 017 – s 90–2 a todo co – 19 ndos sign. r Gráfi radece do de O Olha inhada ag espaço e m st ne sua ca aram labor que co

odo ico m ado u to um ún inclin lecer mais logia estabe a, fico ja ideo cia de clusiv da cu ên ex en nd em te a ag tas, guag e da a um os lin e nt , sp a ia D pre um s re ação i sem m da educ erar e va de à e op a or de ênci ca qu . te, da 2016 e lógi prefer l. amen Ubu, ental a dar aciona precis Polo, de m educ ás é, Zaeraja atitu formação por tr andro da cu o: Alej agen inada diálog e uma term ra de tu r de quite deriva em Ar

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e siempr se, y ta cla ran la cuar menza rtir de que co n a pa anteó , se pl tema ¶ Recié el rte e pa a sobr segund imarias as y se en la eas pr sta. las ide tar id aron ro. Ba cer a boce géne de ha se revis tac fue o. Es orien cia de tancia inario ersas acuerd por Violen inta ins El sem de div mún optó la qu mnos . res, s de co rentes ¶ En pas uales ur do na de alu eta nado Vis nc rti er as es pa ers r alt los co n orde rio, n los a de Art y de div a gera ía de no co dos mina giero or y ciatur za se eli ” ay en l ali m Lic de e eales de la são fin mpo que la les “r a. l afich com so tie notar ateria eferid aje de afiches contato tuel esca da ica pr con m n los lengu meiro lgaro s es bajar en el era, en que ca la técn s co ao tra ra te ge sta a. se ar pa lla an tiv final, mostr a funcio- La propue gicos colec o el co particip a muy entro siend cción a los etodoló a su ntes upo er corre el encu tos m s lação ráfico introducir e el gr ncurre to – ¶ En o una iento elemen ro qu los co to tipog cimien se hiz nocim final, cimen ios ao |y darles los afiche. Reite conven ntes y ad y co ación cessár os de su resulta del ión, ed o evalu os grad itens ne nte se am- uno hiciera sicas rmac ncia ¶ Com la divers es bá en fo da En perie o ad en tu da s. – ne es ilid ron abor do una ex rogé s parte posib anifesta vidade al os hete cibido en do to las ersas m re ó ati ier o div a idi . ub qu eir an biend se div r desc previos rial, no mentab clase che, che, ha habe oposta, o edito an y co del afi del afi ¶ Cada uma pr o derio. guaje guaje oyectab em n a los ina len len pr m ba ar el to, se se na ns a a. oje del cio as en al tem sse pr das primer nocid propor positiva lados ulta de s reco se les o, além del vincu produt oposta de escuela tiempo que toria riales ual do o pr a la his s mate e uma ática al mism y otro las relativa libros XIX, a ación odução vidade é a pr ita mnos, l siglo inform na, ati es de de escr - alu exica ostró m uarta fin m os r y til po o ¶ Se tam onesa rios es zando as) e r, Shige a la jap por vá comen da, e gótic s Troxle checa, cklau quadra . afiche, itálicas laca y pena z de Ni ros. elas po g pens como de jaz er y ot fueron d/rulin mais escu entas afiches n Glas se, se e folde Milto como adas da cla s del de ca dondos s consider , dando así ul Bass, utivo Sa tit rte , ns pa ita as kuda ción nda cos co as escr pressiv unica ento Fu la segu s gráfi la com ¶ En mais ex senvolvim mento ia en de ara as los ele rsiva, idenc e é o c. fia cu la- analizando y su inc lor, et ade, qu ma caligra a pa gráfico ografía, co nu o de um do lenguaje base , tip desenh no resulta agen im de l: so visua oces chegar

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