NEWSLETTER O LYCEU N04

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# 0 4 m a r ç o 2 0 21

Informação (Des) informação Ensino à distância

Faz sempre falta dizer a Verdade Rosário Martins Silva

Testemunhos João Brás





O i n s ó l i t o - F o t o g r a f i a d e l i g h t p a i n t i n g - J o a n a F r e i t a s - 12 º 2 0


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Editorial Num contexto preocupantemente avassalador de avalancha de informações e vertiginosíssima disseminação de “fake news”, a verificação da veracidade informativa e das fontes que a sustentam tornou-se uma atividade cada vez mais complexa e labiríntica, senão mesmo de dificílima reversão. Em bom rigor, embora esta não seja uma realidade original, o desafio mundial que hoje cada vez mais objetivamente se coloca é precisamente “Como separar o trigo do joio”, ou seja, como discernir com clareza e precisão o que é fidedigno e factualmente fundamentado do que é falso e deliberada ou inconscientemente enviesado, com o inusitado de a própria Universidade de Oxford ter colocado no “podium” o termo “pós-verdade”, como a palavra do ano de 2016, incontornável indicador de circunstâncias nas quais factos objetivos e reais têm menos importância do que crenças pessoais. Com efeito, se é verdade que todos nós podemos produzir e receber informação (possibilidade que veio democratizar a comunicação) não é menos certo, em sentido inverso, que este “novo normal” facilita a divulgação de dados incorretos, incompletos ou indiciadores do interesse de pessoas, empresas, ideologias políticas, religiosas, económicas, ou outras, não raras vezes “dando palco” a teorias de conspiração, populismos, fanatismos, negacionismos, terraplanismos, achismos, visões extraterrenas, assassinatos de reputações, sensacionalismos de toda a espécie, e não propriamente a defesa do interesse público. Assim sendo, urge que o compromisso com a verdade e o seu escrutínio preciso se configurem como centrais, assegurando uma informação confiável, devidamente cruzada, consistente e credível, pressupostos à luz dos quais nasceu a proposta de escolher para o novo número da presente Newsletter a temática ou problemática de Informação/Desinformação, não obstante o momento contingente e os numerosíssimos constrangimentos que todos vivemos também no contexto educacional. Destacamos a variedade de opiniões, sensibilidades, questionamentos, reflexões e apreciações críticas relativamente ao tema e/ou problemática aglutinadores, bem como ao tratamento de temas paralelos, igualmente objeto de análise e inflexão crítica. No cômputo geral, deve aqui ressalvar-se o envolvimento assertivo, sobretudo dos nossos alunos e docentes, que nos deram o privilégio de gerir e otimizar o tempo dedicado às aulas, anuindo, em número muito significativo, ao repto que lhes lançámos, mau grado as limitações de horário escolar, solicitações curriculares e momentos avaliativos. Se bem que esta não seja uma edição dedicada à Cidadania e Desenvolvimento, todos provaram à saciedade a sua consciência cívica de compromisso em questões, princípios e valores que a ela subjazem. Uma vez que não queremos, involuntariamente, esquecer nenhum dos contributos nem, de alguma forma, descurar a relevância do mérito e empenho de todos, deixamos um agradecimento plural, em nome da equipa editorial, à luz do princípio orientador do nosso projeto “publicação digital e interativa que pretende ser um espaço aberto a todos e para todos”, promovendo a articulação entre os diferentes clubes, grupos e projetos da escola, designadamente mediante a apresentação à comunidade educativa e local das atividades desenvolvidas. Tomamos de empréstimo as palavras da Diretora do Conselho Executivo da nossa escola: “Este é o momento ideal para reconhecermos o trabalho de todos os nossos docentes, não docentes e alunos, num ano marcado pelo cultivo da distância” mas que “permitiu a nossa aproximação através de um mundo virtual que alguns consideravam hostil”, pensamento a que acresce a convicção de que o aperfeiçoamento do nosso trabalho advém de pequenos e calmos passos, requerendo, sobretudo, a mão do tempo. A equipa do projeto DIM


Fi­cha Téc­ni­ca Nº 04 março de 2021

Co­or­de­na­do­res

Agradecimentos

António Costa - Gru­po 600

Ao Conselho Executivo, bem co­mo a to­dos quan­tos

An­tó­nio Frei­tas - Gru­po 520

contribuí­ram pa­ra que es­te pro­je­to se re­a­lizasse.

Carlos Rodrigues - Gru­po 600

Es­co­la Se­cun­dá­ria Jai­me Mo­niz

Jo­sé Gou­veia - Gru­po 600

Lar­go Jai­me Mo­niz

Van­da Gou­veia - Gru­po 300

9064 - 503 Fun­chal

Supervi­são de conteúdos: Ana Isabel Freitas

Te­lef.: 291202280 Fax: 291230544 E.mail: geral@jaimemoniz.com Di­re­tora: Ana Isabel Freitas

Foto da capa - João Freitas - 12º20

Postal de Páscoa - António Costa - Gru­po 600

Re­vi­são: Van­da Gou­veia e João Abel Fernandes Ar­ran­jo e edição grá­fi­ca: José Gouveia Edição de imagem: José Gouveia

designinformacaoemultimedia@jaimemoniz.com

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Índice O Liceu é sempre uma lição

05

Faz sempre falta dizer a Verdade

07

Informação / (Des)informação

09

Testemunhos - João Brás

37

Ensino à distância

39

Entrevista a Padre António Vieira

87

Entrevistas a Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Fernando Pessoa

91

Análise de cartoons

101

A Pandemia Covid-19

105

EDUCAÇÃO 4.0 - uma ideia de construção de trabalho colaborativo

109

Escola Embaixadora do Parlamento Europeu (EEPE) - Sessão Euroscola Online

116

Escola Jaime Moniz mostra “Livros de uma vida”

117

A Origem da Páscoa / Tradições da Páscoa na Alemanha

119

Um Professor Alemão na Madeira

123

Palestras de Luísa Sousa na Jaime Moniz

127

Aves do jardim da escola

129

A newsletter “O Lyceu” pretende ser uma publicação interativa. Neste sentido, aqui ficam algumas informações sobre a sua leitura. Se clicarmos • nos títulos da capa, somos encaminhados para o respetivo artigo; • nos diferentes títulos dos artigos ou números de página do índice, acedemos ao respetivo conteúdo; • no ícone

que se encontra na parte inferior direita das páginas, voltamos ao índice;

• Existem hiperligações nas páginas 94, 118, 122, 128 e no anúncio da Semana das Artes (para se inscrever nos concursos). Boas leituras|


O Liceu é

sempre uma lição Rosário Martins Silva

Nestes dias singulares em que vivemos, com o nosso “Liceu” a ser habitado apenas pelos alunos do Ensino Profissional e dos CEF, confesso que me tem dado para apreciar a beleza histórica e floral desta riquíssima instituição. Num ápice, dou por mim envolvida em memórias que me fazem saltar do presente e entrar em linguagem com um passado mais ou menos recente. Tudo parece que foi ontem mas o somatório dos dias e dos anos mostra que o tempo não nos dá tréguas.

O direito à liberdade de expressão exige de cada um de nós compromisso. Acima de tudo, um compromisso com a Verdade e com o interesse público.

Quando a madrugada nasce da cerração da noite, como diria Pessoa, o ar que se respira é puro, o silêncio inspira o dia que está a começar e as buganvílias que me rodeiam quase que me levam ao colo para novos enredos. Olho as árvores, o vetusto edifício, os amplos corredores, o silêncio dos pátios e tudo me diz tanto. As memórias que entram sem aviso prévio transportam-me para uma adolescência nesta mesma casa, com receios e tantos ideais, que o tempo foi fermentando e depurando. Inebriada pelo silêncio, que se instalou por conta da pandemia, percorro os corredores ainda mais vazios em busca dos alunos em regime presencial e escuto as vozes de professores de outrora a lembrar-nos da importância dos Valores, a discorrer sobre o berço da civilização ocidental com mestria e paixão, como se, de súbito, reentrasse na cultura helénica, com a consciên-

cia a ser sacudida por outros mestres que, vibrando com a História, faziam questão de lembrar que é preciso ter voz crítica perante os acontecimentos que desfilam ao longo das épocas. Com que orgulho falavam dos clássicos da Literatura e despertavam em nós o gosto comprometido com a leitura! Cruzo a biblioteca e pareço reencontrar as vozes e o embalo de professoras seduzidas pela cultura universal, ansiosas pela visita dos alunos a este recanto de cultura, sem dúvida o exlibris do histórico Liceu. Quantas sugestões saltavam das mãos destas mulheres, tão ricas quanto a expressividade dos seus olhares, com uma infinita paciência para motivar, ensinar e indicar tantos e apaixonantes caminhos. Não menos dedicados, os funcionários, a correrem para encontrar o livro certo para o trabalho que tinha de ser entregue ao professor. Um tempo em que havia mesmo prazos para cumprir, tarefas


inadiáveis e brio em mostrar o melhor. O trabalho por fazer tinha sempre consequências e ninguém gostava de sair da moldura pelas piores razões. Enquanto as memórias me vão embalando numa introspeção saudosa e extravagante, deixo prender o meu olhar nas buganvílias, pelo seu veludo rosado que cobre um dos pátios. Eis o mote para elevar o olhar até ao jardim da porta principal, passar o portão de ferro e encher a alma com uma vegetação de rara beleza, endémica e viçosa, onde tantas vezes me deixei ficar a ler um bom livro ou a desfrutar da merenda que trazia de casa, nos meus dezassete anos. Quanta riqueza guarda esta Escola, nos seus mais variados recantos. Depois, vem-me, pé ante pé, a memória daqueles e daquelas que serviram esta casa de saberes mil e que já partiram. Quanto orgulho tinham neste Liceu de amores e desamores, vendo em cada aluno uma primavera

por florir. Neste doce enleio, mergulho na sala de aula, o verdeiro ringue onde o saber fazer tem de acontecer. O tempo passou e as circunstâncias mudaram. Como mudaram! Somos todos tão diferentes! Uma arena de múltiplos olhares que se cruzam, uns carregando vivências pessoais dolorosas, outros atentos aos cálculos que serão passaporte para uma vida boa, não necessariamente uma boa vida. Apesar de tantos pesares, fica sempre a certeza do Amor a estes alunos, mesmo quando levantam a voz sem razão, porque levados pelo coração ou até pela distração. Tudo passa. Eles e elas vão embora. Crescem. Rasgam os céus. Agarram narrativas mil. Mas o Liceu permanece, belo, discreto, imponente, qual palácio romântico, onde todos nós podemos sonhar que somos um cavaleiro andante, como diria Antero de Quental.


Faz sempre falta dizer a

Verdade

O direito à liberdade de expressão exige de cada um de nós compromisso. Acima de tudo, um compromisso com a Verdade e com o interesse público.

Texto: Rosário Martins Silva João Freitas - 12º20

O direito à liberdade de expressão

comunicação, é também difundi-

exige de cada um de nós compro-

da na rádio do mesmo grupo e só

misso. Acima de tudo, um com-

depois é plasmada na edição em

promisso com a Verdade e com

papel, se for um jornal. Portanto, o

o interesse público. Não se trata

profissional da informação é jorna-

de servir interesses particulares ou

lista da imprensa diária, é jornalista

corporativistas mas de a informa-

radiofónico e é “youtuber” do mun-

ção servir o interesse público. Uma

do digital. Entretanto, nestas tarefas

premissa que nos faz recordar as

modernas da comunicação, há que

sábias palavras do Padre António

procurar sempre dar algo de novo

Vieira, no seu discurso alegórico

ao leitor, pois a informação não

aos peixes, “(…) importa que daqui

pode ser sempre a mesma, já que o

por diante sejais mais Repúblicos e

cliente facilmente desliga o botão e

zelosos do bem comum”.

sintoniza outro concorrente.

Num passado não muito distante,

Neste enredo que é a comunica-

o jornalista cingia-se à sua tarefa

ção, a tarefa de informar alargou-

de informar o leitor com verdade,

-se, silenciosamente mas irrever-

rigor e interesse público. Incumbido

sivelmente, para a polivalência

de uma reportagem, a sua missão

de funções nas redações, com a

era dirigir-se ao local, escrutinar os

agravante de o redator ter de fazer

factos, filtrá-los com todas as partes

muito com poucos recursos, até

envolvidas e anunciar a informação.

porque os grupos de multimédia

Hoje, também o jornalista se con-

passam por dificuldades económi-

verteu num “youtuber” da infor-

cas acrescidas, já antes e depois da

mação. Deixou de trabalhar numa

pandemia. Neste caminho perde-se

empresa singular para dar resposta

muita coisa na notícia final, talvez o

a grupos empresariais de multimé-

essencial. Serão totalmente inde-

dia. O que mudou então? Mudou

pendentes nesta espinhosa tarefa

tudo, de cima a baixo. O jornalista

de informar? Eu atrever-me-ia a di-

desdobra-se em várias funções que

zer que sim, se as empresas fossem

lhe são exigidas em tempo recorde,

financeiramente independentes de

ou seja, é tudo (e muito) para on-

todos os poderes (não só o políti-

tem. A notícia precocemente apu-

co). Neste sentido, estamos pe-

rada, segue imediatamente para as

rante empresas obrigadas a pagar

plataformas on line da empresa de

salários e a cumprir com as obriga-


ções fiscais perante o Estado e com uma conjuntura de decréscimo de hábitos de leitura, porque seduzida pelas redes sociais e pela leitura fácil de slogans, independentemente do seu rigor. Portanto, a resposta é claramente “não”, não são independentes porque a vida real é bem diferente da visão romântica das missões. Para além da fronteira da subjetividade de quem escreve ou relata, há ainda uma fronteira maior, as pressões que tantas vezes se instalam nas redações sobre o setor editorial, o “coração” de um órgão de comunicação. É importante também não esquecer que a autocensura vai igualmente fazendo as suas fissuras nos profissionais, mesmo com “tarimba”. Apesar das contingências do mundo moderno, é importante salientar que a informação e o papel dos meios de comunicação social são imprescindíveis e cada vez mais necessários. Acredito que a sociedade seria bem mais opaca e perversa se não tivesse os Media a olhá-la de soslaio, a escrutinar os seus anseios e delírios. Faz sempre falta dizer a Verdade. Mesmo sabendo que a verdade jornalística nem sempre é aquela que o cidadão considera ser a sua verdade.



Foto - Filipa Barreto - CEF52

A minha relação Nos dias que correm, a partilha de informação e notícias tem vindo exponencialmente a aumentar. Basta um toque no botão do comando da televisão ou no ecrã do nosso telemóvel para termos acesso a todo o tipo de notícias, a maioria delas é verdadeira, o resto é pura mentira… Na minha opinião, por um lado, temos as notícias verídicas e que são de fonte segura, nas quais podemos confiar. Pessoalmente, não tenho nada contra, apesar de não gostar muito dos noticiários, pelo facto de abordarem um ponto de vista negativo, que chega a aumentar os níveis de ansiedade do observador. Para estas notícias verdadeiras temos vários exemplos, designadamente as notícias que abordam o desporto, independentemente de que modalidade estamos a falar. Por outro lado, temos as notícias falsas ou “fake news”, que são as mais destrutivas, sendo mesmo capazes de causar mais transtorno nos observadores. Se descobertas, conseguem abalar a veracidade da fonte e retirar toda a sua seriedade. As notícias que rodeiam o antigo presidente dos E.U.A., a título ilustrativo, funcionam para ilustrar o conteúdo de “fake news” e o seu caráter destrutivo. Para finalizar, não acompanho sobre 24/24 horas as notícias, mas acredito que estas são capazes de destruir e abalar a mente das pessoas especialmente através da negatividade acarretada pelas “fake news”.

Leandro Freitas - 12.º09


verdadede mentiras Num mundo em que somos constantemente bombardeados por informações, discernir entre a verdade e a mentira poderá parecer uma tarefa impossível. Na realidade, tendo a popularidade e os valores de audiência adquirido, para o mundo atual, uma relevância superior à verdade e confiança, as notícias falsas têm-se tornado cada vez mais frequentes. Indubitavelmente, a verdadeira realidade não se pauta, na maioria das situações, pelo extraordinário brilho do escândalo que a humanidade aprendeu a adorar, tornando-se muitas vezes repetitiva e pouco edificante. Assim, sendo o heteróclito fortemente procurado, diversas informações divulgadas baseiam-se em verdades que foram esticadas e moldadas, com o fito de as tornar mais apelativas, sem esquecer as informações baseadas, unicamente, em mentiras. Portanto, na tentativa de evitar a desinformação, procuro informar-me sobre as notícias que marcam Portugal e o mundo, principalmente, pela empresa de media com mais história e tradição na comunicação social portuguesa. Assim, tento evitar todas as notícias divulgadas nas redes sociais que não tenham sido

partilhadas pela anterior empresa de comunicações. No entanto, conquanto procurar informações exclusivamente numa plataforma de confiança possa aumentar a segurança e credibilidade do que encontramos, este processo apresenta a grande desvantagem de reduzir a quantidade e a diversidade das informações com as quais nos deparamos. Assim sendo, não existem truques infalíveis para desvendar as informações falsas. Um espírito crítico será, provavelmente, a melhor arma para encontrar a verdade. Devemos, pois, duvidar de tudo o que poderá parecer supérfluo ou deturpado e tentar procurar, noutras plataformas, mais informações sobre essas notícias. Concluindo, nem todas as informações que encontramos deverão ser consideradas, irrefletidamente, como corretas. Devemos, fundamentalmente, discernir entre o verdadeiro e o falso, sendo, portanto, um espírito crítico a melhor arma para encontrar a verdade neste oceano de mentiras em que tantas vezes somos tentados a mergulhar.

Susana Carreira - 12º08


Foto - Fátima Santos

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1º 52


Afirmação E

Recentemente toda a população global tem sofrido com esta situação pandémica do Covid-19 que fez com que fosse importante transmitir o máximo de informação à população com o objetivo de se preparar contra esta condição. Contudo, como é óbvio, todas as pessoas tiveram diferentes à reações à mesma, e muitos mostraram-se sem interesse a esta circunstância levando-nos ao conceito de desinformação. Isto levou a uma maior facilidade de o vírus se espalhar por todo o mundo mostrando às pessoas quão é importante saber interpretar a informação dada. Consequentemente, diferentes faixas etárias foram prejudicadas distintamente. Os Jovens tiveram de se adaptar a uma nova maneira de ensino, o ensino à distância, isto foi possível através da tecnologia por conferências em videochamadas. Contudo, isto trouxe inúmeras desvantagens tais como uma maior distração ou uma maior dificuldade de interagir com a turma e professor. Os alunos tiveram também mais dificuldade na aprendizagem devido ao stresse e ao nervosismo da situação grave que a pandemia foi desenvolvendo. Os adultos tiveram igualmente complicações tais como o desemprego, que consequentemente provoca dificuldades financeiras. Os Idosos também tiveram problemas tais como um aumento da taxa de mortalidade, pois sendo de mais idade têm um sistema imunitário mais fraco, levando a problemas psicológicos e físicos dos mesmos. Concluindo, esta situação pode ser mais controlada evitando que predomine a desinformação nas pessoas, através da correta transmissão de informação. Assim, com conhecimento, todos estão mais preparados para enfrentar o que for preciso.

Leonor Faria Gomes

A u t o r e t r a t o - A r t e d i g i t a l - K a r l a S a l a z a r - 12 º 2 0

Desinformação



Informação ou Notícias. A nossa sociedade roda em volta delas; afinal de contas, saber quem ganhou as eleições presidenciais nos Estados Unidos, no toque de uns botões, é fantástico, certo? Melhor ainda é manter-se atualizado com a corrente situação de Portugal face à pandemia, correto? Com certeza! Contudo, naturalmente, esta facilidade de acesso a tanta informação abre portas a uma nova realidade, cada vez mais incontornável – a era das “FakeNews”, ou notícias falsas. Apesar de as novas tecnologias terem facultado, irrefutavelmente, o alastramento desta “praga”, a prática de manipular notícias já existe na sociedade há séculos. Desde o empolamento e distorção de factos em lendas, até ao uso imoral de propaganda e outros métodos que visam influenciar opiniões políticas (como o boato lançado pelo inglês que afirmava que os alemães, durante a Primeira Guerra Mundial, usavam a gordura dos corpos de soldados para fabricar sabonetes e margarina), é recorrente o conceito de divulgação de informação manipulada e enviesada. Até atualmente, em funestos tempos de pandemia, indivíduos há não se abstêm de partilhar notícias falsas. Na verdade, estas práticas já provaram o quão perigosas podem ser, após a morte de pelo menos oitocentas pessoas, mundialmente, em consequência da desinformação relativamente ao combate ao vírus. De acordo com o diário

?

PÚBLICO, a circulação do rumor que certifica o consumo de álcool-gel como forma eficaz de erradicar o coronavírus, foi, ainda, responsável pela permanente cegueira de outras sessenta vítimas ingénuas. Outro exemplo que também chegou até mim foi o de um vídeo no qual um homem, alegadamente “químico autodidata”, afirmava, com convicção, a futilidade do álcool-gel no combate ao vírus. Eis um exemplo acabado da desinformação através das redes sociais. De facto, a quantidade de notícias falsas partilhadas (sobretudo nas redes sociais, como o Facebook) é astronómica. Na presença destes exemplos mais extremos, estas não só nos fazem questionar a integridade e moralidade da sociedade, como também revelam a facilidade de criar e divulgar tais desinformações, capazes de enganar outras pessoas a ponto de as levar à morte. Portanto, no que toca ao combate a esta praga digital, considero o consumo de notícias diretamente de fontes credíveis a melhor solução. Como parte do velho provérbio árabe já dizia: “Não acredites em tudo o que ouves”; não aceites imprudentemente - sem espírito crítico - tudo o que lês na revolucionária, no entanto progressivamente dissimulada internet.

Afonso Elawar - 12º08


Foto - Cristina Lucas - CEF52


Combate à Atualmente, vivemos numa sociedade com acesso tão fácil e rápido à informação que, por vezes, deparamonos com informações falsas, publicadas propositadamente para nos enganar. Por esta razão, temos de estar bem atentos ao mundo à nossa volta, e não acreditar em tudo o que lemos. Nos últimos meses, temos sido, continuamente, bombardeados com notícias sobre a pandemia, principalmente nas redes sociais. Muitas delas são falsas, como, por exemplo, o falso plano de desconfinamento que tem circulado pelas redes sociais, falsificação do plano de abril do ano passado. Podemo-nos aperceber, a partir desta situação, do papel preocupante que as redes sociais têm na disseminação de desinformação, por isso é de extrema importância o trabalho dos jornalistas nestes momentos, de forma a responder às dúvidas, combatendo, assim, a desinformação.

Catarina Nunes - 12º06


Verdade mentirosa A mídia é fundamental para a propagação de informações graças à facilidade com que conseguimos partilhá-las. Apesar disso, caso o conteúdo transmitido seja falso, essas informações tornam-se armas nas mãos de mentirosos. Essas mentiras divulgadas pelos meios de comunicação podem iludir quem não tem senso crítico. Devido a isso, é necessário haver um apuramento de informações antes destas serem publicadas na forma de notícias, principalmente nas redes sociais, onde muitos acham que podem divulgar o que quiserem. É importante que as pessoas questionem o conteúdo da informação e comparem outros textos relacionados com o mesmo assunto, para que assim consigam diferenciar o que é verdade e o que é mentira. Foto - Gonçalo Rodrigues

Bebiana Carolina - 12º06

- CEF52


O perigoso lado da Baseada em técnicas de comunicação e informação para induzir informações falsas, deliberadamente enganosas ou tendenciosas, a desinformação é muito poderosa, devastadora e divisiva. Os países frequentemente têm interesse em espalhar intencionalmente informações falsas para as nações rivais, como a União Soviética e os Estados Unidos fizeram durante a Guerra Fria, por exemplo. Quando um país ou grupo coordena um plano complicado de disseminação de desinformação, costuma ser chamado de campanha de desinformação. Por mais perigosa que seja a desinformação, os jornalistas encontramse numa posição difícil ao investigá-la. Embora os políticos possam dizer algo que obviamente não é verdade, os jornalistas geralmente não os acusam abertamente de serem mentirosos ou de espalhar desinformação. Isso ocorre porque os jornalistas geralmente não podem estar 100% certos da intenção por trás da desinformação e eles (e todos os escritores) podem ser processados por difamação se chamarem alguém de mentiroso por engano.

Cláudia Andrade - 12º06


/ (Des) informação

Foto - Cristina Lucas

- CEF52

Ao longo desta pandemia causada pelo Covid-19, temos recorrido aos meios de comunicação para nos mantermos informados sobre os acontecimentos do dia-a-dia. Mas nem tudo aquilo que vemos na televisão e lemos nas redes sociais é verdade. Em Março de 2020 a quando o primeiro confinamento, foi necessário proceder a muitas mudanças no nosso comportamento, nomeadamente a lavagem das mãos frequentemente, o uso de máscara, o distanciamento social, o encerramento dos locais de convívio, desporto, lazer, cinemas, teatros, escolas, centros comerciais. Passou a ser prática usual a procura de informação sobre este vírus, as suas origens, as formas de contágio e formas de proteção. Desta forma, lemos muitas notícias através dos diversos meios de comunicação, jornais e revistas online, noticiários, redes sociais, rádio e ouvimos os responsáveis da saúde e do Governo com as orientações e regras a cumprir. Por vezes, encontramos informações muito contraditórias sobre a propagação do vírus, da vacinação e sobre os meios de proteção, colocando nas populações muitas dúvidas e incertezas sobre qual a informação mais fiável. Podemos afirmar que esta pandemia tem frequentemente nos colocado à prova, devido a toda as mudanças e constrangimentos que veio trazer às pessoas, às famílias e às populações que viram as suas vidas mudar repentinamente. Atualmente e após um ano de medidas tomadas pelos governantes e as entidades de saúde nacionais e internacionais, conseguimos confirmar algumas das informações relativas a esta pandemia e refutar aquilo que chamamos de desinformação.

- 10º05



Foto - Sara Santos

- CEF52

Papel da informação Hoje em dia, o acesso à informação tornouse fácil devido às novas tecnologias. Em consequência, também a transmissão da mesma ter-se-á agilizado, ou seja, o uso da internet e das redes socias permitem a propagação de qualquer conteúdo de forma rápida através das partilhas. Porém, nem sempre isso será benéfico. Por um lado, e a meu ver, atualmente, o uso das tecnologias favorece tanto o acesso como a transmissão de qualquer tipo de informação. Contudo, nem toda essa informação se verifica ser verdadeira. De facto, introduziu-se aqui um novo conceito: as “fake news”. Dito de outro modo, estas são as falsas notícias que ganharam espaço na era digital, onde qualquer um pode publicá-las e qualquer um pode lê-las. Na verdade, estar atrás de um ecrã cria espaço para que este tipo de situação aconteça. É evidente que outrora quando ainda não haviam os “gadgets”, a informação era passada de boca em boca e, embora também pudessem haver “fake news”, o contacto pessoal não propiciava com frequência semelhante acontecimento. Por outro lado, a passagem de informação dáse, atualmente, com o uso da internet. Deste modo, o público tem maior alcance aos dados e estes proliferam-se a uma grande velocidade, chegando, em pouco tempo, a vários lugares do globo. Naturalmente, o total conhecimento da população nem sempre é benéfico, por vezes pode gerar pânico e, por essa razão, creio que toda e qualquer informação precisa ser controlada à medida que é exteriorizada. Desta forma, é possível inferir que o desconhecimento do povo relativamente a alguns conteúdos não será desvantajoso de todo. Em suma, ao passo que existe uma maior facilidade na obtenção de informação e, visto que a propagação da mesma é incrivelmente ágil, é necessário um certo cuidado com a fonte, dado que as “fake news” são sempre uma forma de desinformação.

Nídia Abreu - 12º09

Falsa Informação, Vivemos num mundo extremamente conectado, em que, num toque de dedos, se recebe toda a informação na palma da sua mão. Apesar disso, nem todos os dados que recebemos devem ser tomados como verdadeiros e autênticos porque nunca se sabe se os factos expostos foram manipulados ou completamente inventados, com o propósito de fazer o leitor assumir que o que está escrito é confiável. No passado, tivemos vários destes casos de “Fake News” como o ataque de alienígenas que iam atacar a Terra no Dia das Bruxas ou as várias mentiras fabricadas pelo antigo presidente Donald Trump, que marcaram o nosso mundo de uma forma ou de outra. Agora, em tempo de pandemia, temos um auge de notícias falsas, desde a coronavírus vir das redes 5G até mesmo que injetar álcool no corpo iria matar o vírus (Só o Trump para dizer disparates destes). Então, para prevenir que as pessoas sejam apanhadas nestes tipos de esquemas, é muito importante avaliar as informações que recebemos: São plausíveis? Foram reportadas por várias fontes? Só assim é que poderemos nos informar de forma racional e verdadeira.

Afonso Nunes - 12º06


O auge das

fake news

Nos dias que correm, o acesso a todo o tipo de informações é basicamente instantâneo. Tudo o que ansiarmos saber está à distância de uns cliques, o que revelou ser bastante útil no que diz respeito à incitação do interesse pela cultura e à globalização. Contudo, o facto de praticamente qualquer pessoa com acesso a um telemóvel ou computador e à internet poder expor qualquer tipo de informação tem dado aso a inúmeras controvérsias, nomeadamente as que englobam as fake news. Estas são publicadas principalmente com o intuito de causar o pânico e a desordem, como foi o constatado nos últimos tempos, acerca das vacinas contra a Covid-19, às quais foram associados incontáveis efeitos secundários, nunca antes reportados pelas autoridades de saúde competentes. Concluindo, agora mais do que nunca, vemos a importância de verificarmos as fontes das notícias com as quais nos deparamos, principalmente em redes sociais como o Twitter e os demais.

Ana Josefina - 12º06

Desinformação na Hoje em dia, o que mais temos é informação e a cada dia vai surgindo ainda mais, mas será que são todas fidedignas ou falsas e inventadas. Uma maneira de obter informações é através do jornalismo, quer televisivo, impresso


Foto - Catarina Vieira

ou online. O problema é o excesso de informação que nos confunde e acabamos por ficar na dúvida relativamente ao que foi decidido ou ao que aconteceu, na realidade. O lugar onde podemos encontrar mais fake news com certeza é na internet, onde qualquer pessoa pode simplesmente inventar um boato e isso poderá chegar a muitos lados, criando uma grande corrente de desinformação. Apesar disto, também temos

- CEF52

fontes de boa informação, por exemplo, em livros, que foram feitos exatamente designados para certos temas e também em pessoas que sabem ou são experientes no assunto que pretendemos saber. Em suma, existem muitas fontes de informação, simplesmente temos de ter cuidado e não acreditar em tudo o que lemos, pois pode não ser verdade.

Diana Teixeira - 12º06


A informação

A informação /

Atualmente vivemos numa época marcada pelo exponencial desenvolvimento da tecnologia, onde as redes sociais crescem cada vez mais e onde a informação está a um clique de distância. No entanto, é notório que cada vez mais os factos e informações verdadeiras estão a perder a sua importância. As notícias falsas passam conteúdos absolutamente fabricados de modo a captar a atenção do público, como, por exemplo, vídeos e fotos manipulados e descontextualizados. A sociedade tem dado importância ao imediato, ao impacto e ao sentimento. O surgimento das redes sociais, onde qualquer pessoa pode lançar informações duvidosas, e o simples desejo de acreditar que alguma coisa seja de facto verdadeira têm contribuído para a proliferação de notícias falsas. Concluindo, para combatermos as chamadas Fake News, devemos sempre confirmar se a informação em questão provém de fontes seguras e fidedignas.

Atualmente, o ser humano vive rodeado por inúmeras fontes que nos fornecem informação, quer pela televisão, pela internet ou rádio. Esta informação surge de diversas formas, notícias, publicidade, filmes, entre outros. Infelizmente, evidencia-se um excesso de informação que nos leva à desinformação. O facto é que qualquer indivíduo pode produzir e, também, receber informação. Se por um lado essa possibilidade democratiza a comunicação, por outro facilita a divulgação de conteúdo não fidedigno. Cada vez mais são compartilhadas notícias falsas pela internet e as suas consequências podem ser desoladoras como causar prejuízos financeiros, constrangimentos, difamação de pessoas e empresas. A verdade é que o homo sapiens sapiens é um ser pensante e que quer saber sempre mais, portanto, se por um lado deveríamos ter as nossas crenças bem fundamentadas, não as deixando alterar por informações irreais, por outro o que realmente acontece é que nos deixamos, cada vez mais, convencer por tudo o que vemos e ouvimos. Esta incessante procura pelo rápido e fácil, esta “preguiça cognitiva” e estas “mentiras” constantemente repetidas transformamse na verdade.

desinformada

Inês Oliveira - 12º06

desinformação

Bárbara Rocha - 12º06

Foto - David Cardoso

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Informação vs. Atualmente, somos constantemente bombardeados com imensa informação, muitas vezes sem sabermos se devemos acreditar nesta ou não, ou se estamos a ser controlados por uma indústria cujo principal interesse é lucrar de visitas aos seus sites, lucrar com a venda de jornais e de revistas. Esta sobrecarga de informação é, muitas vezes, a principal causa da desinformação que o público enfrenta. Quando as notícias de aspeto negativo, com grande parte dos seus “factos” exagerados, têm mais impacto que notícias positivas e até esperançosas, frequentemente mais fidedignas, devemos procurar factos reais, autênticos. A nova pandemia trouxe, sem sombra de dúvida, um pânico geral na população mundial. A internet foi inundada com publicações de estudos prematuros sobre o novo vírus. A quantidade de informação falsa que se obtinha, no pico do pânico, era encontrada mais frequentemente que a informação transmitida pelas autoridades. Toda a gente tinha um pouco de “sabedoria” para partilhar. No entanto, abafavam as vozes da razão, que traziam medidas para nos proteger. Em suma, numa sociedade onde é cada vez mais frequente “cancelar” pontos de vista, pessoas, situações, devemos ler mais do que um artigo sobre um tema, verificar fontes e não acreditar fielmente nas primeiras frases que lemos.

Clara Neves - 12º06

Foto - Cristiano Macieira

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desinformação

Vivemos numa era de desinformação dentro de uma de informação. A verdade é que nunca tivemos um acesso tão facilitado à informação, agora está apenas à distância de um clique. No entanto nem sempre as informações publicadas, em forma de notícia por exemplo, são verdadeiras e muitas vezes passamos à frente e não paramos para pensar de onde veio essa informação. As reações à receção das notícias distinguem-se muito entre os grupos etários dos jovens, adultos e iodosos, onde os jovens são os mais afetados devido ás alterações do seu método educativo. Toda esta situação tornou-se stressante o que fez com que os jovens sofressem psicologicamente este tempo todo, embora outros jovens pareçam recusar o facto de que o vírus pode diretamente afetá-los e não tomem as precauções devidas.

Com o desenrolar da pandemia, o grupo etário dos adultos foi o que se revelou mais cauteloso, o que mais se preocupou. Muitos deles conseguiram diferenciar as informações verdadeiras das falsas e assim tomar todos os cuidados possíveis. Tal como no grupo etário dos jovens, nem todos os adultos tomaram as devidas precauções e ignoraram as indicações. Como consequência, muitos deles foram diretamente afetados pelo vírus e muitos, com um sistema imunitário mais fraco, acabaram por falecer. No grupo etário dos idosos, muitos deles apenas assistiam as notícias na televisão, o que os fez mais alerta sobre o que se passava e conseguiram assim ter cuidado com as notícias verdadeiras e falsas. Os idosos apresentaram uma reação semelhante à dos jovens embora com diferentes razões. A maior parte deles encontrava-se no grupo de risco, o que significa que os cuidados a terem deveriam ser ainda mais e, por outro lado, houveram outros que mostraram a sua ignorância e despreocupação em relação ao vírus pois as notícias falsas que haviam visto pareciam-lhe mais corretas que as verdadeiras. Podemos verificar que o comportamento da sociedade depende muito das informações que recebemos em qualquer meio, seja por televisão, telemóvel ou mesmo de “boca em boca”. Cada vez mais é necessário uma maior racionalidade e cuidado ao lermos noticias, uma informação gera conhecimento, ajuda a construir uma opinião e aprimorar o debate.

Helena Maria - 10º05


Atualmente, nós vivemos numa sociedade onde encontrar informação em relação a qualquer tema é relativamente fácil, uma vez que temos todos os meios para pesquisarmos. Temos as redes sociais, jornais online e motores de busca, como o Google, Firefox, Opera, etc. Nós criámos uma sociedade que está cada vez mais dependente das redes sociais e da Internet para consultar, procurar e consumir entretenimento, para conhecermos outras pessoas e comunicarmos com elas e, principalmente, para encontrarmos informação, quer seja para fins académicos, profissionais, pessoais ou a nível social ou comunitário. Mas muita da informação que temos acesso diariamente é falsa ou sensacionalista, as chamadas “fake news”, que são notícias falsas, com o objetivo de fazer a população acreditar em algo que é diferente da realidade, por exemplo, existem muitas notícias e informações que são compartilhadas nas redes sociais, entre jovens e pessoas de todas as idades, que não são verdadeiras, estas notícias podem ser feitas por organizações, pelo cidadão comum ou mesmo por pessoas com relevância na sociedade, como entidades governamentais ou celebridades, nas quais os adolescentes acreditam, porque são considerados como “fontes confiáveis” ou “modelos a seguir”.

As únicas formas de combater esta desinformação, que tem vindo a aumentar graças à globalização, são consultar sites ou fontes de informação credíveis e especializadas no assunto sobre os quais estamos a pesquisar, consultar especialistas da área que procuramos obter informação sobre, ou ir a sites oficiais de organizações que estudam e compreendem o assunto. Em suma, as redes sociais e a Internet são boas formas de obter informação rapidamente, mas temos de saber filtrar essa informação, de modo a percebermos o que é verdadeiro e o que é falso. Devemos consultar sites confiáveis e credíveis quando pesquisamos sobre qualquer assunto, procurando sempre usar fontes oficiais e sérias.

Isabel Gonçalves - 10º05

Foto - Cristiano Macieira

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Informação / Informação é o ato de informar-se ou de informar e é também a reunião ou conjunto de dados e conhecimentos organizados. Por outro lado, a desinformação induz o espetador ou o leitor a erro ou dá-lhe uma falsa imagem da realidade ocultando informação. Como exemplos deste tipo de informação/ desinformação, temos as notícias e os boatos. Quanto às notícias, nem toda a informação que é exposta é verdadeira, algumas omitem a verdade e, quanto aos boatos, algumas pessoas espalham mentiras nas redes sociais e, como consequência disso, há pessoas que podem magoar-se ou até mesmo gerar conflitos devido a esses rumores.

Beatriz Silva - 12º06


informação

A informação e a desinformação na atualidade:

Fake news, informação de qualidade, media. Todos nós temos ouvido estas palavras ultimamente, sobretudo na era de Covid. Mas serão elas assim tão importantes para as ouvirmos tantas vezes? Bem, a verdade é que são. Contudo, pareceme que, se pensarmos bem, e apesar de já estarmos quase cansados de ouvir falar nisto, continuamos sem dar o devido valor. É um tema que nos afeta diariamente e, ainda assim, muitos de nós ainda não pararam para pensar nisso. Mas por isso mesmo é que este texto foi escrito. Ora vamos lá pensar nisso. A ignorância é o nosso pior inimigo. E sobretudo vivendo uma pandemia, a informação que nos chega recebe cada vez maior importância. Será verdade ou mentira? As máscaras causam problemas de saúde? O vírus só afeta os idosos? Vimos todo este tipo de coisas muito recentemente. Mas pergunto, alguma vez ouviram falar disto num jornal ou num noticiário? Não? Deixem-me adivinhar… foi na internet? Pois. Acontece que, apesar de todas as vantagens que a tecnologia nos trouxe, vantagens estas que se tornaram essenciais para todos nós, o avanço da tecnologia trouxe também alguns contratempos. E um dos maiores é precisamente este, a informação. Ou melhor, a desinformação. Assim, e em jeito de conclusão, é extremamente importante que saibamos colocar um filtro naquilo que vemos e ouvimos. Devemos optar pelos media tradicionais e pelo jornalismo de qualidade. A escolha é nossa e somos os principais culpados de uma eventual desinformação. Cabe-nos a nós decidir. Caso contrário, decidem eles por nós.

No quotidiano, estamos constantemente a ser “bombardeados” com notícias que provêm das mais diversas fontes de informação, não só através da televisão, mas também do telemóvel que nos possibilita aceder às mais recentes notícias, numa fração de segundos, através das redes sociais. O facto de estas notícias serem divulgadas com muita rapidez no nosso dia a dia, permite que fiquemos informados, quase instantaneamente, acerca do que acontece não só ao nosso redor, mas também do outro lado do globo. No entanto, do mesmo modo, é muito fácil que circulem notícias falsas, que podem induzir as pessoas em erro, influenciá-las de forma negativa e provocar desinformação ou informação enganosa com impactos e consequências, muitas vezes, nefastas para a vida dos implicados que são vítimas de rumores e equívocos oriundos dessas mesmas notícias. Por isso, torna-se muito importante confirmar a veracidade das notícias e apurar as respetivas fontes, antes de as tomarmos como verdadeiras. Daí que a nossa consciência crítica seja fundamental para que analisemos rigorosamente a credibilidade da informação do ponto de vista da sua verdade, validade, atualidade e utilidade. Em suma, eu penso que todos os canais de informação utilizados para disseminar notícias são úteis, visando uma vasta abrangência de pessoas. No entanto, temos de ter o cuidado suficiente para refletirmos e fazermos triagens que colocam, muitas vezes, em causa as nossas opiniões e crenças, mas que fazem todo o sentido quando queremos ter conhecimento credível sobre um assunto ou até replicar informação nas redes sociais.

Francisco Murta - 10º05

Inês Ferreira - 11º09


Foto - Francisca Silva

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Covid-19 das Atualmente, somos confrontados com uma afluência de dados e informações expostos pelas redes sociais e serviços de telecomunicação, no entanto, devido a esse excesso, há maior probabilidade de uma exibição de “fake news” e consequentemente uma ocultação de notícias com maior relevância. Um exemplo contemporâneo é o tema do Covid-19. Nos canais televisivos, a informação tem como objetivo mostrar diariamente os dados facultados pela DGS, de modo a que a sociedade esteja ciente da situação que abala os nossos dias e, assim, cumpra corretamente as regras propostas para a segurança de cada indivíduo. No entanto, devido a este infortúnio, muitas notícias são desvalorizadas, ou sobrepostas por outras menos sérias, deixando como sequela, a população desinformada.

Cláudia Freitas - 12º06

O mal das Hoje em dia, com a evolução da tecnologia, existem várias maneiras de recebermos informações. Temos, por exemplo, os telemóveis, que dá para acedermos à internet, à televisão onde temos canais que nos dão notícias, também temos os jornais diários, entre outros. No entanto, a informação que nos é dada, por vezes não está certa, logo ficamos mal informados. Devido a estes acontecimentos, há várias pessoas que se desinformam e ficam sem qualquer interesse em procurar notícias. Isto acontece muito na atualidade, devido à situação que estamos a passar, pois algumas pessoas, por exemplo, nem se informam no seu dia a dia quantos casos existem de infetados de coronavírus.

Daniela Pozneacov - 12º06


O livre acesso à informação,

dois gumes Os progressos feitos na área das telecomunicações permitiram ao homem atuar de uma forma mais eficiente. Desta forma, têm chegado alternativas de grande impacto ao longo do tempo, como a Internet, cabos de comunicação, telemóveis e uma longa lista de mecanismos de última vanguarda. O triunfo das ideias globalizadas e neoliberais numa sociedade agitada por um veloz desenvolvimento científico e tecnológico está a transferirnos para “outra civilização” e o cenário em que se desenvolve a nossa vida muda cada vez mais rápido. O excesso de informações faz com que o indivíduo não seja capaz de processar e compreender as informações obtidas, gerando realidades virtuais, demências, psicoses e desajustes relativamente ao meio que o cerca. Tomamos a Internet como uma chave que abre possibilidades infinitas de comunicação, contudo esta também pode ser analisada de forma oposta: permite reduzir o círculo daqueles com quem se pode comunicar e facilita o isolamento evitando os contactos diários. Diz-se que quem tem a informação tem o poder, mas nos tempos da Internet, a quem pertence a informação? Quem a cria? Parece que estamos perante um paradoxo, porque nunca tivemos tanto acesso ao conhecimento e, ao mesmo tempo, nunca estivemos tão mal informados. O anonimato e o descontrole na produção de conteúdos levaram-nos a um momento em que, por vezes, o erudito tem menos influência do que as pessoas comuns que, subitamente, criam informações “virais”. O acesso não controlado, o anonimato e a falta de regulamentação para publicar na Internet tornam alguns conteúdos disponibilizados pouco fiáveis, o que gera mais desinformação do que a construção de uma inteligência coletiva. Além disso, o ciberespaço representa um novo espaço público para interações diretas sem restrições de tempo ou espaço, sendo as redes sociais a maior expressão desse fenómeno. É necessário que as pessoas desenvolvam uma atitude crítica relativamente à análise do conteúdo e ao mesmo tempo é preciso estimular a participação ativa nas redes sociais para evitar a supremacia de uns sobre outros. Hoje em dia, com a constante atualização da informação na internet, a ignorância é só uma opção, contudo, algumas pessoas fazem essa escolha.

David Cardoso e Victoria Fontes - 11º52


Foto - Fátima Santos

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O i n s ó l i t o - F o t o g r a f i a d e l i g h t p a i n t i n g - J o a n a F r e i t a s - 12 º 2 0



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Entrei um menino, saí um homem. O meu percurso na Escola Secundária Jaime Moniz teve um papel fundamental na minha vida e permitiu-me desenvolver várias competências a nível pessoal e interpessoal. Desde muito novo que me envolvi no meio artístico e tinha uma paixão pelo cinema. Decidi frequentar o curso profissional Técnico de Multimédia, porque senti que era o curso mais indicado para mim e o que me poderia abrir portas. Apesar de ter tido uma carga horária mais pesada que um curso geral, senti que estava muito mais bem preparado para a universidade e para os desafios práticos que esta me propôs. A Jaime Moniz também me deu a conhecer o Teatro assim como a Dança. Integrei o clube de dança: DancEnigma dirigido pela Professora Carla Rodrigues, onde cheguei a atuar e coreografar por diversas vezes. A professora Carla, que sempre reconheceu meu potencial e chegou a convidar-me para realizar a série escolar “Luzes No Horizonte”. Também estive no Grupo de Teatro Escolar “O Moniz – Carlos Varela”, dirigido pelas Professoras Carla e Micaela Martins, onde contracenei em várias peças e interpretei várias personagens ao longo do meu percurso escolar, acabando por ser o cria-

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dor da placa de Celebração dos 25 anos do Festival de Teatro Escolar Carlos Varela. Recordo com carinho todos os professores, funcionárias ou até mesmo entidades que me ensinaram algo e que me fizeram chegar onde estou, pois todos os ensinamentos foram aprendizagens que guardo no meu íntimo. Agradeço imenso ao meu diretor de turma José Gouveia que sempre me desafiou a criar vários projetos e a participar em festivais como também a dar o meu melhor. Tenho presente uma célebre frase que uma vez disse: “Não precisamos de ter um grande material para contar grandes histórias”. E tem sido isso o meu percurso, com o pouco que tinha consegui criar muito. Recentemente, tenho realizado alguns trabalhos cinematográficos que já contam com seleções a nível nacional e internacional sobre temas sociais. Nos meus filmes, gosto sempre de provocar a consciencialização no espectador e fazer com que este pense na mensagem que o filme transmite. A Jaime Moniz foi a minha casa durante vários anos e não tenho dúvida de que lá criei várias amizades que durarão para a vida e memórias que perdurarão no tempo.



Línguasna pandemia

Vivemos numa época difícil, num contexto em que a nossa vida é condicionada pela atemorizante pandemia. Com o vírus a propagar-se de uma maneira imprevisível e célere, os estabelecimentos de ensino viram-se obrigados a optar pelo ensino a distância, uma decisão que, apesar de sábia e necessária, afeta negativamente o ensino. Comparativamente às outras matérias, a disciplina de línguas, nomeadamente a disciplina de português, foi a que melhor se adaptou ao regime implantado. O professor consegue transmitir todo o seu conhecimento, em aulas nem muito longas nem muito curtas, sem levar os alunos à exaustão, disponibilizando diversos recursos que visam melhorar a aprendizagem dos mesmos de uma maneira organizada e apelativa.

Nuno Gouveia - 12º08

Foto - Sara Gomes

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Ensinoà distância A evolução da pandemia do covid-19 obrigou as escolas a adotarem medidas, tais como o ensino à distância. As aulas à distância possuem algumas vantagens, no entanto, dificultam a aprendizagem de línguas e literatura. Obviamente, as aulas presenciais são mais interativas e dinâmicas, permitindo ao aluno assimilar conhecimentos com maior facilidade. O ensino à distância, não só é um desafio para os alunos, como também para os professores, que se tiveram de adaptar rapidamente às tecnologias. Concluindo, ensinar e aprender línguas e literatura à distância é um desafio, mas é, por enquanto, o método mais eficaz de aprendermos, sem risco de contágio pelo covid-19.

Inês Freitas - 12º06


sobre as aulas

Foto - Fátima Santos - 11º52

à distância Nos últimos dias, os alunos do 3º ciclo e secundário regressaram ao regime de aulas à distância. Todos nós já havíamos experienciado, no ano anterior, este novo regime de ensino. Do meu ponto de vista, esta foi a melhor opção que poderia ter sido tomada, em face do agravamento na subida dos casos na Madeira. Penso que falo por todos quando digo que ter aulas a distância é mais complicado, devido a vários fatores, como, por exemplo, a má conexão à internet, as várias distrações que existem em casa, a falta de ligação com a turma e professores, entre outros. No entanto, não sei se é por já termos experienciado antes este modo de ensino ou pelo facto de no ano anterior termos tido não só as aulas com os nossos professores, como também as aulas na RTP, mas senti que foi mais fácil a adaptação este ano. Apesar dos vários trabalhos nas diversas disciplinas e da grande carga horária em frente de um computador, foi a única maneira de manter os alunos e os professores em segurança. Concluindo, este método de ensino requer que os alunos se esforcem mais para aprenderem, mas foi a melhor forma de estarmos todos protegidos.

Rebeca Carreira - 12º08



Uma outra realidade

Em suma, as aulas a distância, ainda que sejam mais cansativas e requeiram um maior esforço da nossa parte, constituem uma nova realidade à qual nos teremos de adaptar, porque nós somos a geração do futuro!!!.

Petra Rodrigues - 12º08

Foto - Fátima Santos - 11º52

A atual pandemia transformou absolutamente as nossas vidas, ao ponto de ter alterado as nossas rotinas e o nosso quotidiano, sobretudo pela substituição das aulas presenciais pelas aulas a distância. A meu ver, o ensino a distância constitui uma aventura a que nos temos submetido. Apesar de este método de ensino exigir mais de nós, especialmente nas disciplinas de língua e literatura, em que temos de estar em permanente comunicação com o professor e com a máxima atenção, esta experiência tem sido, ao mesmo tempo, exaustiva e empolgante.


Aprender à distância Posso afirmar que tem sido um enorme desafio manter a concentração ao longo das aulas à distância, pois, muitas vezes, sinto a tentação de abrir um novo separador no computador e pesquisar sobre assuntos que nada têm a ver com a aula, algo que não acontecia anteriormente. Além disso, algumas aulas não passam de um monólogo do professor ao longo de cerca de 50 minutos (por ser mais difícil interagir online), o que torna a passagem do tempo mais vagarosa. Apesar dos impasses referidos anteriormente, há que reconhecer o esforço dos professores para tornarem as aulas mais produtivas, dinâmicas e interessantes, dentro do que é possível. Por exemplo, nas aulas de línguas como Português e Inglês, há uma maior interação entre os alunos e professores, devido à leitura e interpretação de textos, troca de ideias e opiniões, visualização de vídeos e palestras online. Em conclusão, é necessário que tanto os professores como os alunos continuem a caminhar na mesma direção, de modo a assegurar uma boa adaptação a estas novas condições e a ultrapassar o cansaço e desmotivação que têm tomado conta de todos nos últimos tempos. Aly Carrascal

Aulas “online” Estes tempos de aulas a distância são considerados, por mim, custosos. Independentemente dos recursos que se utilizem, as aulas à frente do computador nunca serão equivalentes às presenciais. As várias tarefas exigidas, que se agrupam com as restantes disciplinas provocam maior ansiedade e exaustão, levando até mesmo à desmotivação. Mas, uma vez que esta forma de ensino é necessária, se houver compreensão dos dois lados, e se caminharmos todos para uma mesma direção, conseguiremos melhorar e desenvolver os nossos conhecimentos. Não é impossível!

Sara Camacho - 12º08


Foto - Cristiano Macieira - 11º52

Aulas à Dis tân c ia

Face à evolução da pandemia, foi tomada, no início do almejado ano de 2021, a decisão que mais temia: voltar ao ensino à distância. Passadas algumas semanas de aulas neste regime, admito que esta receada experiência tem decorrido melhor do que imaginara. Na verdade, analisando com maior destaque a disciplina de português, sinto que este ano tenho sido capaz de aproveitar melhor os momentos de estudo autónomo, principalmente devido à realização de diversos trabalhos de pesquisa que permitem explorar a matéria de um modo distinto do das aulas presenciais, mas igualmente enriquecedor. Portanto, acredito que as aulas à distância têm permitido não só aprender de um modo diferente e inovador, mas também desenvolver diversas capacidades essenciais, como, a título de exemplo, a autonomia.

Susana Carreira - 12º08


Escola em casa Ser professora de línguas e literatura é continuar a desempenhar a exigente missão de ensinar com novas e inimagináveis condições de trabalho: menos proximidade física, menos controlo da sala de aula, menos certezas, mais trabalho, mais preocupação e mais indefinição. Na verdade, neste novo e inevitável desafio de dar aulas a partir da nossa casa, metamorfoseada em escola quase a tempo inteiro (a nossa e a dos filhos), entregamos a maior parte do nosso precioso tempo aos ecrãs, tentando promover a aprendizagem e o sucesso de todos os alunos. Continuamos a exercer a nossa profissão e a tentar motivar os discentes para a fruição de obras belíssimas como Os Maias, de Eça de Queirós, ou Mensagem, de Fernando Pessoa, para a preparação de apresentações orais, para a realização de exercícios de interpretação e de gramática, recorrendo às plataformas digitais, a várias estratégias de aprendizagem, evitando a reprodução exata das aulas presenciais. De facto, desde há muito habituados a trabalhar a motivação (a nossa e a dos outros), pomos agora à prova a nossa capacidade de aprender, de interagir, de improvisar, de lidar com o inesperado, gerindo horários, tarefas, informações e emoções, enfim, também nos adaptamos a um ensino menos previsível, no qual é mais complicado trabalhar. Em suma, exercer a arte de ensinar exige cada vez mais capacidade de adaptação e resiliência. Procuremos nas línguas e na literatura o conhecimento dos outros, o autoconhecimento e as respostas para um mundo que precisa de mais educação, um mundo que já percebeu que não foi por acaso que a escola foi inventada.

Paula Barradas - Grupo 300


Atualmente, encontramo-nos numa época de incerteza e de luta, provocada pela pandemia existente. Esta nova realidade modificou o nosso quotidiano, marcado, presentemente, pelo indispensável uso da máscara, desinfetante e distanciamento social, acompanhados pela existência do confinamento e do recolher obrigatório. Assim, devido ao elevado risco de propagação do vírus, os estabelecimentos de ensino foram forçados a adotar um regime não presencial, já experienciado no ano passado. Este veredito, apesar de extremamente necessário para evitar propagações comunitárias, suscita consequências nefastas na qualidade do ensino, simultaneamente percetíveis em docentes e em alunos.

Relativamente às outras matérias lecionadas, a disciplina de línguas, a de português foi a que melhor se adaptou a este novo regime escolar. Nas suas aulas, o professor utiliza diversos documentos para dinamizar e otimizar a aprendizagem dos alunos, além de disponibilizar, de forma organizada, diversos recursos na plataforma Google Classroom, aprimorando o conhecimento dos estudantes. Em suma, vivemos num período de ambiguidade, em que a dúvida permanece e o ensino é atípico. Assim, todas as disciplinas devem adaptar-se a este novo regime não presencial, dinamizando as aulas com o uso de diversas ferramentas e disponibilizando recursos online, como se pode verificar na disciplina de português. Rita Jesus - 12º08

Foto - Sira Sow - CEF52

A pandemia incerta


A pandemia remodelou, inquestionavelmente, o funcionamento da sociedade. De entre as várias vertentes atingidas, o caráter condicionante do confinamento é especialmente percetível na educação. A súbita mudança de métodos de ensino, mais especificamente a introdução de aulas à distância, dificultou o processo de aprendizagem nas diferentes disciplinas. Não obstante, acho surpreendentemente efetiva a capacidade de acomodação deste novo regime por parte da disciplina de Português, que, recorrendo a ferramentas digitais como a Google Classroom, tem facilitado o processo de ensinoaprendizagem durante esta situação pandémica. Gostaria de ver esta implementação, que, sem dúvida, melhorou esta experiência atípica, nas restantes disciplinas, pois, a meu ver, diminui as dificuldades inerentes ao ensino à distância. Uma pergunta urge: Qual será o futuro do ensino? Ninguém sabe ao certo. O certo é que esta incerteza é pouco tranquilizadora! A capacidade de adaptação a novas realidades, mais uma vez na nossa História, irá determinar o nosso sucesso.

Afonso Elawar - 12º08

Foto - Francisco Brito - 1º52

Adaptação à pandemia


“Ensinar/aprender à distância

Com uma pandemia instaurada a nossa realidade mudou. Este acontecimento abalou a rotina da população mundial, contudo, estremeceu, principalmente o ensino, onde foi, posteriormente, encontrada uma nova forma de educar, as aulas à distância. Nunca imaginaríamos que a nossa casa seria a futura sala de aula, de facto, a pandemia trouxe consigo desafios tanto para os estudantes como para os próprios docentes. Um maior esforço tornou-se necessário e essencial para os alunos, em vista de uma melhor aprendizagem. Contudo, não se tornou um desafio apenas para estes, uma vez que os próprios professores necessitavam de se reinventar, de modo a possibilitar uma aula produtiva, em que pudesse passar todos os conteúdos que numa realidade normal seria possível. Creio que todo o ambiente escolar é fundamental numa aprendizagem e formação enquanto pessoa. Apesar dos tempos em que vivemos não parecerem os mais fáceis, o lema será acreditar e ter esperança, pois revela-se como a fase mais importante da vida de cada um.

Andreia Mendonça - 12º05

Devido a actual situação em que nos encontramos por causa do covid-19, o ensino mudou um pouco, sendo que agora permanece o ensino à distância (online). Apesar de ser uma situação completamente nova para todos, as instituições de ensino terem encontrado uma foram de dar continuidade aos estudos, é muito importante. Sendo o ensino à distância um desafio para todos, é muito bom dar continuidade a aprendizagem. Assim sendo, a aprendizagem de línguas e da literatura à distância pode ser mais desafiante, pois não há a mesma interacção que antes, nem os mesmos recursos de ensino. Contudo, será abordado novas maneiras para a aprendizagem destas, de maneira a que nos estudantes consigamos aprender e adquirir as informações dadas. Nestes tempos de pandemia, também para muitos a literatura é basicamente como uma forma de se livrar do stress que tem sido os últimos tempos. Concluímos assim que o ensino e a aprendizagem das línguas e literaturas à distância, por mais desafiadoras que sejam, são sempre necessárias e bens essenciais para a nossa vida académica como para o nosso bem-estar.

Maria da Conceição Moniz - 12º05 F á t i m a S a n t o s - 11 º 5 2


Foto - Fátima Santos - 11º52


Foto - Fátima Santos - 11º52


Aprender línguas e literatura à distância é a forma mais usada nos dias de hoje devido à pandemia. Como estamos agora no ensino à distância, estamos a estudar línguas e literatura à distância, isto é uma nova forma de estudo, pois os alunos têm de ser responsáveis por si e ler obras e textos para conseguirem acompanhar a matéria que estão a dar neste momento. Aprender línguas e literatura à distância, por vezes, pode ser complicado, pois cada um tem de fazer trabalho autónomo, não é que não tivéssemos quando estávamos na sala de aula, mas agora temos de ter mais autonomia de pegar nas obras/ livros solicitados pelos professores para que consigamos assim saber de que falam.

Carla Abreu - 11º30

Face ao desafio que enfrentamos atualmente, tornou-se necessária uma adaptação singular ao nosso dia a dia. Deste modo, as nossas rotinas encontram-se alteradas e até disfuncionais, devido à necessidade de evitar o contacto com diferentes indivíduos. Neste contexto, alterar o modelo de ensino foi uma decisão inevitável, tornando-o assim num regime à distância. A meu ver, a ausência do ensino presencial e das respetivas interações é o mais árduo, pois a escola é um local onde passamos grande parte do tempo. No entanto, o ensino à distância não deixa de ser fundamental à nossa aprendizagem. Concluindo, a atual pandemia tem um grande impacto nas nossas rotinas. Apesar das inúmeras desvantagens que apresenta, esta influencia consideravelmente a nossa maneira de refletir e valorizar os nossos próprios bens.

Ana Catarina Figueiredo - 11º30

Aprender línguas e literatura à distância, no conforto da nossa casa, pode parecer uma ideia agradável. Porém, não me identifico com o facto de acordar todos os dias e ter de ir para a frente de um ecrã para tentar reter as informações que estava habituado a captar pessoalmente, com mais emoção e sentimento. Desde as distrações ao conforto que nós sentimos, sentados ou até deitados, tudo contraria a ideia de concentração máxima na matéria; torna-se muito mais fácil nós nos distrairmos e não captar por completo a informação.

Luís Miguel Fernandes - 10º32

A aprendizagem dos alunos está condicionada devido a esta pandemia que atravessamos. As disciplinas de línguas são mais complicadas, pois fica a faltar-nos a interação com o professor; é através dela que aprendemos mais. Na literatura, por exemplo, fica a faltar-nos as expressões, os sentimentos transmitidos nas obras, dado que é difícil transmitir as sensações que as leituras proporcionam através de um ecrã. Tanto para os alunos como para os professores, esta experiência de ensinar/ aprender à distância tem sido um desafio porque, apesar de todos os conhecimentos tecnológicos de ambos os lados, ninguém estava preparado para esta situação.

Marta Vasconcelos - 10º32


A população tem vivido tempos aterradores, com o aparecimento da pandemia. Todavia, um dos grupos mais prejudicados têm sido os estudantes que, com o isolamento obrigatório, têm aulas online, o que torna mais difícil a concentração. Acredito que apesar desse fator, os livros têm sido um refúgio para os estudantes: uma das únicas viagens que podem fazer. Assim, penso que não está a ser tão difícil quanto acreditamos, pois agora temos novos métodos que nos podem ajudar, nomeadamente, mais tempo para nós próprios, que podemos utilizar para nos enriquecer e ajudar, como os filmes e os livros. Em suma, apesar de ser uma época muito complexa, nós, os estudantes, estamos a aprender que, apesar das adversidades da vida, temos de encontrar sempre o lado positivo.

Sara Alves - 10º32

Devido aos novos tempos de pandemia, houve várias mudanças, quer na educação, quer em outros setores. Por causa de nós não podermos ter aulas presenciais, tivemos de optar pelo ensino à distância, o que por si só é um desafio e este desafio torna-se ainda mais difícil, falando sobre a aprendizagem das línguas. Ensinar uma nova língua ou até mesmo uma a língua materna revela-se mais complicado, porque requer que haja troca de diálogo entre professor e alunos, o que dificilmente acontece com muita frequência nas aulas à distância.

Luís Miguel - 12º06

O tão famigerado vírus SARS-CoV-2, que se alastrou pelo mundo, trouxe, indiscutivelmente, mudanças radicais que, direta ou indiretamente, afetaram a todos. De repente, tivemos a tão estimada liberdade arrancada e, assim, quase que do nada, a nossa vida deu uma volta de 180 graus. Uma das áreas mais afetadas por esta pandemia foi, sem dúvida, a educação. Das ciências exatas às humanas, das expressões às línguas e literatura, todas as matérias de ensino sentiram as diferenças. Sendo estas últimas uma forma de comunicação viva, não sendo impossível, nem sequer as mais difíceis de praticar à distância, tornou-se no mínimo estranho fazê-lo deste modo. Ensinar e aprender em regime online foi uma oportunidade para questionar algumas certezas e avaliar comodidades pondo à prova capacidades e força de vontade de superar dificuldades e se adaptar a novas situações.

Mariana Coelho - 12º06

A situação em que nos encontramos levou à necessidade de improvisação no método de ensino. Esta mudança em questão não foi fácil. Os alunos demonstram que não estão preparados para uma aprendizagem à distância, para a qual precisam ter autonomia na gestão do seu tempo e na forma de estudo. Relativamente aos professores, verifica-se que muitos não estão habituados às novas tecnologias. Estes tempos não têm sido fáceis, mas com muito esforço e dedicação serão superados e, por enquanto, o ensino à distância revela ser o método mais eficiente.

Rubina Lucas - 12º06


Foto - Fátima Santos - 11º52


Foto - Fátima Santos - 11º52


No decorrer do confinamento ter aulas online tem sido desapontante a todos os níveis, os alunos não conseguem, maioritariamente, absorver o que é transmitido pelos professores, devido à falta de concentração. Na verdade, o treino que é exigido para a aprendizagem de línguas, como, por exemplo, o inglês, francês ou alemão, é bastante desgastante. Aprender através do computador não é tão motivador, no caso da Literatura Portuguesa também é complicado aprender, já que a interpretação dos poemas e dos textos fica sujeita a muitos cortes, não há um fio condutor, nem há o contacto presencial com o professor. Cativar e persuadir para a aprendizagem das línguas passa sempre pela presença do professor e pelo treino contínuo através dos diálogos. Concluindo, ensinar e aprender línguas torna-se muito mais complicado, quando não existem as condições necessárias: a presença física e o contacto com os professores. Estes são, de facto, uma mais valia na aprendizagem.

Pessoalmente, considero que o ensino à distância tem sido, por um lado, bom, mas, por outro lado, menos bom. O lado bom do ensino à distância é, na verdade, o apoio dado pelos encarregados de educação, que nos ajudam a concentrar e a elaborar as tarefas pedidas pelos docentes. O lado menos bom é, de facto, como já disse, a falta de atenção que dificulta a aprendizagem, com tudo isso temos a combinação perfeita para baixar as classificações. Como tudo na vida, existem prós e contras, mas cabe-nos saber como ultrapassar os contras e continuar melhorando ainda mais o que de bom acontece.

Carlos Coelho - 12º11

Hoje em dia, o ensino à distância é a única forma de os alunos terem aulas, durante esta pandemia, e, como tudo, tem o seu lado positivo e negativo. Por um lado, ao ficarmos confinados em casa, salvaguardamos a nossa saúde e a dos nossos familiares e continuamos a aprender de outra forma. Por outro lado, é muito mais difícil para alunos e professores terem aulas produtivas à distância. As distrações são muitas e é notória a quantidade excessiva de trabalhos para casa que está a sobrecarregar os alunos.

Nos dias que correm, devido à situação pandémica que estamos a enfrentar, alunos e docentes tiveram que encontrar uma alternativa para continuar com o ensino, nomeadamente o ensino à distância. Esse método de ensino é muito singular, uma vez que é uma nova forma de transmitir conhecimento, com a qual não estávamos familiarizados. Considero que os alunos são capazes de aprender e de obter mais conhecimento, contudo, acaba por ser mais cansativo, mais exaustivo e também maçador, visto que, tanto educandos como professores, passam imenso tempo à frente de um ecrã. Concluindo, com um pouco de empenho, dedicação e ânimo, conseguimos enfrentar este desafio, o de ensinar e aprender literatura à distância.

Natacha Gonçalves - 12º47

Lara Gonçalves - 12º06

Artur Martins - 12º06



Foto - Fátima Santos - 11º52

Matilde Abreu - 10º47

Francisco Santos - 10º13

Dado um novo contexto pandémico, todas as grandes áreas, foram afetadas, desde a economia até ao ensino, passando pela ciência. E o ensino de uma língua não materna não é exceção, mas será que sofreu enorme impacto? Podemos responder à pergunta anterior, com uma afirmação de que de facto, não houve muito impacto. Uma vez que a aprendizagem de uma nova língua não materna é um processo natural a qual nos envolve por completo. Pois de certa maneira, a aprendizagem de uma nova língua já é dada num quase contexto não presencial. Concluindo, podemos notar que não houve grande impacto na aprendizagem/ ensinamento de línguas. Foto - Fátima Santos - 11º52

Aprender uma língua é, a meu ver, um autêntico jogo que requer contacto, e contacto físico, uma vez que, como muitos dizem, só se realmente aprende uma língua, quando nos encontramos numa situação de total imersão, situação esta de que são exemplo os emigrantes por esse mundo desconhecido fora. Claro para mim está que esta interação física se encontra totalmente inerente a um modo de ensino presencial, impossibilitado pelo atual cenário pandémico. Diria até, segundo o meu ponto de vista, que aprender à distância é como um jogo sem público. Os jogadores estão lá da mesma forma como os professores lá estão, mas faltam os tão emocionados aplausos e gritos, falta a adrenalina de uma aula interrompida por uma piada sem sentido ou o virar-se para trás só para comentar o quão a aula está a ser uma louvável aprendizagem ou não. E são estes, na minha opinião, os pequenos detalhes que acabam por tornar a experiência de ser jogador ou estudante tão desafiante atualmente. São estas minuciosas particularidades que tornam a experiência de ensinar e aprender à distância num desafio tão difícil.

Deparados com muitas adversidades o ensino à distância foi uma das medidas a adotar neste tempo de pandemia e através desde texto expresso as minhas experiências como aluno neste novo método de trabalho. Na minha opinião as aulas presenciais são mais produtivas onde temos toda a atenção dos professores, um apoio mais direto e objetivo, uma facilidade maior de concentração e uma interação continua com a turma. Apesar do conforto, tempo poupado em transportes, facilidade em assistir às aulas e das despesas reduzidas que este método tem como vantagens, apresento muitas dificuldades de concentração e aprendizagem dos conteúdos abordados nas aulas e acho que isso pode influenciar de certa forma os resultados obtidos pelos alunos. Contudo reconheço a necessidade de tudo isto que está a acontecer e não defendo nem apoio este tipo de aprendizagem.

Nuno Faria - 12º05


Neste texto vou falar sobre a minha experiência na aprendizagem à distância, mais precisamente sobre aprender línguas e literaturas à distância. No início todas as disciplinas estavam difíceis de aprender, mas ao longo do tempo várias delas foram-se tornando mais fáceis. Uma das que se tornou mais fácil por exemplo, foi a disciplina de Inglês, pois estando em casa e se não souber uma palavra consigo pesquisar na internet como escrever ou pronunciar essa palavra, já a disciplina de português acho que continuou da mesma maneira como estava presencialmente, fácil de se aprender e muito divertida como sempre. Esta é a minha experiência a aprender línguas e literaturas à distância.

O meu nome é Laura Simão e no início agradava-me as aulas online, pois ficávamos em casa e só tínhamos que ligar o computador e ir para a aula, mas acabei por perceber que não é assim tão bom ter aulas online porque qualquer coisa já é uma distração, o nosso foco não é o mesmo e acabamos por nos dispersarmos e vamos acumulando matéria. Em termos de concentração eu preferia estar na escola, assim sempre nos concentrávamos mais, mas eu preferia estar em casa pois 5 minutos antes da aula começar dava para nos levantarmos a tempo e entrar na aula e claro porque também temos menos tempo de aula.

Laura Simão - 10º13

Com as condições destes tempos tivemos que vir para casa, mas as escolas não podem parar por isso tudo o que são disciplinas temos que ter on-line nas nossas casas. Português é uma das disciplinas “prejudicadas” com esta mudança pois não podemos ter tanta comunicação como tínhamos nas escolas, e os professores não conseguem repreender os alunos que estão distraídos. Mas também tem os seus fatores positivos. A meu ver, fazer apresentações em casa é melhor, pois conseguimos apresentar em PowerPoint. Também temos como vantagem os trabalhos ficarem todos guardados connosco. Estes são algumas das minhas observações sobre aprender línguas e literaturas a partir de casa.

André Capelo - 10º13

O mundo não tem sido o mesmo nestes últimos meses, seja na dinâmica das cidades ou nos hábitos, o avanço da Covid-19 mexeu com as estruturas de toda a população. Os impactos não são apenas na saúde, ou na economia, todos os setores sociais foram desafiados a adaptarem-se a este tempo de pandemia, inclusive a educação. O ensino à distância, tem vindo a ser um desafio para todos os estudantes, não é uma tarefa fácil, a sobrecarga de trabalho é muito maior do que nas aulas presenciais, porém tem as suas vantagens. Os computadores e os tabletes tão necessários nesta nova realidade mas não estão disponíveis para todos. Em geral, o ensino à distância pode ser caracterizado como um processo de educação baseado no dinamismo e inovação, considerado uma tendência de educação em todo o mundo nos últimos tempos.

Ana Sabrina Rodrigues - 10º13

Foto - Fátima Santos - 11º52

Afonso Rodrigues - 10º13



Lénia Nascimento - 10º13

Ana Carolina Freitas - 10º13

Aprender línguas e literatura à distância tem as suas vantagens e desvantagens, nós podemos ter meios mais rápidos para as pesquisas, mas também desconcentramo-nos mais facilmente. A literatura e as línguas é um assunto muito versátil e é geralmente considerado um dos temas mais difíceis de ensinar. Não há maneira certa ou errada para dar uma aula de Literatura e de Línguas, no entanto, há maneiras inteligentes e criativas para ensinálas. Utilizar a literatura e as línguas em aulas, traz muitas vantagens. Além de apresentar um material vasto e rico, elas estimulam a perceção do aluno como ser humano e como cidadão.

Francisco Sousa Figueira - 10º13

Foto - Sara Santos - CEF52

Na minha opinião as aula online são muito importantes, porque mesmo que não estejamos na escola nós conseguimos manter contacto uns com os outros e ter um ensino à distância, mas apesar disso também tem coisas negativas, como isolamento social, distância entre alunos e dificuldade de identificação das necessidades dos alunos pelos professores, falta de preparação dos docentes, ausência de atualizações dos programas pelas instituições, baixo prestígio e dificuldade de discussão. A minha adaptação foi fácil pois, com as novas tecnologias tudo se torna mais adaptável e eficaz, contudo, tenho a ideia de que presencialmente o ensino era mais produtivo, porque a maior dificuldade em ter aulas online é o facto de não existir tanta interação entre os professores e alunos, e também porque são demasiadas horas a assistir a aulas e a realizar trabalhos. Não se conseguem manter grandes níveis de concentração, acho que os professores deviam tentar perceber mais um pouco o nosso lado e dar menos tempo de aula e menos trabalhos. Felizmente nem tudo é mau! Há professores e alunos que se conseguiram adaptar bem a esta nova realidade, cujas aulas foram reestruturadas e onde a participação de todos se revelou fulcral. Há velocidade e abrangência de ensino pelas mídias eletrónicas, possibilidade de ensino sem a presença física entre os alunos e professores, facilidade de acesso, economia de tempo e ritmo, e, individual de ensino.

Nos dias de hoje, tudo mudou pois estamos em tempo de pandemia, e estamos a ter aulas online. Durante esta experiência, aprendi muito pouco, quando comparado com as aulas presenciais, acho que este novo ensino há distância não está a resultar muito bem, pelo menos para mim. Embora posso estar atenta num minuto, já noutro me distraio à mínima coisa. E não falando dos exageros dos trabalhos que recebemos, pois são muitos trabalhos em pouco tempo. Nas aulas presenciais, nós conseguíamos ver os nossos amigos, espairecíamos um pouco e, pelo menos, não estávamos tantas horas no computador. Contudo, este ensino à distância, serve para nos ajudar a aprender, para, quando tudo melhorar, nós podermos voltar às aulas presenciais.



Foto - Fátima Santos - 11º52


HÁBITOS À NOVAS CIRCUNSTÂNCIAS? E por esta haste, encontramo-nos novamente “entrelaçados”. Enfrentamos algo que jamais imaginamos enfrentar, algo que ficará para a história e que deixará a suas marcas. Pela primeira vez os humanos vêm-se restringidos à sua liberdade, para um bem maior. Um bem em prol da raça humana, capaz de desvendar dois lados completamente distintos da humanidade: um lado mais sensível, misericordioso, humanitário; em contraste: um lado mais cruel, mais desumano, mais insensível, que nos é revelado quando a nossa raça é levada aos extremos. Até porque não passamos de seres, que tais como os outros, agem por instinto, e acabamos por fazer o mais indesejado para sobreviver. É algo que está dentro de nós e acaba por ser inevitável. São nestes momentos, tais como os que vivemos, em que se deve dar a mostrar, ou aplicar, esse tal lado mais humano de forma a evoluirmos em comunidade. E para isso é conveniente dar “asas” à imaginação e conseguir aplicar novas adaptações, sem que ninguém fique para trás, mas sim que avancemos como grupo, como comunidade. Certamente já estão a perceber onde quero chegar: Nos últimos tempos, temonos deparado com adaptações de todos os tipos a todos os níveis. O teletrabalho, o confinamento, a quarentena, o ensino à distância, são algumas das palavras que ficam na memória à custa destes tempos. Deveriam ser, à partida, adaptações que fizessem com que evoluíssemos, já que pelo menos deveríamos incorporar o tal lado mais humano, compreensível. Mas infelizmente a questão é esta. “Será que estamos a regredir?”.

A verdade é que é notório um contraste no desempenho individual de cada membro (como sociedade), talvez seja o motivo de não estarmos a conseguir chegar onde desejaríamos. Uma pequena amostra destas amplas mudanças e adaptações sociais, que poderá não ser representativa de um todo, seria por exemplo o ensino da literatura à distância. Sendo este um estudo que envolve e estimula várias qualidades cognitivas, (leitura, vocabulário, criatividade, interpretação, etc.) do estudante, é necessário dispor da mesma ou aproximada carga semanal, para possuirmos a mesma eficiência de trabalho e rendimento. Por outro lado, segundo estudos sociais, passar o mesmo tempo em frente ao ecrã, ao que passávamos em regime presencial é extremamente perturbador para nós, alunos. E agora, já com a confirmação “empírica”, digamos assim, posso afirmar que a concentração neste método à distância não é a mesma. O facto de estarmos muito vulneráveis ao ambiente que nos rodeia, e a outros fatores extrínsecos, faz diminuir essa mesma concentração, significativamente. Portanto, temos aqui um processo de deliberação: cabe às entidades responsáveis decidir o que consideram melhor e adaptar este regime consoante as novas circunstâncias. E o que mais convencionalmente aceite é, é exatamente a diminuição de carga horária em regime de ensino à distância e a recorrência a aulas assíncronas, ou seja, a momentos em que o aluno opta por trabalho autónomo de modo a incentivar de forma positiva os seus hábitos de estudo. Em suma, todas estas especulações resumem-se ao que se tem vivido neste ensino on-line, em que a desconcentração e a fadiga, por vezes, são algo presente. Por outro lado, e de forma mais indireta, este tipo de estudo dá-nos a conhecer a nós próprios, os nossos métodos de estudo preferidos, e por consequência, algo que irá ter importância crucial na nossa vida: a autonomia.

Nélio Santos - 10º13



«Um desafio» Ensinar e aprender Línguas e Literaturas à Distância é um desafio. Tanto os alunos como os professores tiveram de adaptar o seu modo de vida com o ensino à distância. Tudo mudou e, pessoalmente, sinto saudades do método de ensino normal, frase que nunca pensei dizer. Quanto à disciplina de português, do meu ponto de vista, é um grande desafio que requer bastante trabalho. Grandes obras como Os Maias já são difíceis de interpretar na sala de aula com a ajuda do professor, quanto mais em casa praticamente por nossa conta. Tudo isto requer uma adaptação nossa, mas se todos nos esforçámos vamos conseguir superar este capítulo das nossas vidas e voltar ao ensino presencial.

Foto - Fátima Santos - 11º52

Artur Teles - 11º05

No ano de 2020, de forma inesperada, um ser invisível conseguiu transformar o mundo. Essa transformação ocorreu em várias áreas, entre elas a educação. A rotina de casa-escola e escola-casa deixou de existir, sendo agora em casa através dos meios de comunicação. Podemos dizer que aprender línguas e literatura à distância requer uma maior autonomia, atenção e trabalho árduo. Aprender novas línguas e literatura é algo muito complexo, que requer um enorme esforço e um certo envolvimento por parte de quem quer aprender. Dedicação, empenho e trabalho são as três palavras fundamentais para conseguir boas competências através do ensino à distância. Se nós quisermos mesmo aprender, a iniciativa tem de vir da nossa parte, pois não podemos estar à espera de que os outros a tenham por nós.

Sofia Araújo - 11º30

Quer seja aprender, quer seja ensinar à distância, ambas são tarefas muito difíceis de serem realizadas. Os alunos são sobrecarregados com matéria e trabalhos e não têm tempo de interiorizar e realmente aprender o que lhes é ensinado. Os professores são obrigados a se adaptarem às novas tecnologias e formas de ensino, algo que também não é fácil. Aprender Línguas e Literaturas deve ser uma tarefa complicada de ser feita virtualmente, pois é algo que requer a presença do professor para que o aluno perceba bem como prenunciar as palavras da língua em estudo, como também a sua pronúncia. Virtualmente somos mais sujeitos a distrações que perturbam a nossa concentração, problemas de internet, e muitos outros problemas que dificultam algo que já é difícil, aprender línguas e literaturas à distância, tornando isto, sim, um desafio para os alunos e professores.

Vítor Sebastião Silva - 10º13


Foto - Fátima Santos - 11º52


O ensino a distância , é uma alternativa para a situação que estamos a viver atualmente, que não nos permite estar presencialmente na escola com os nossos colegas e professores como gostaríamos , no entanto não nos impede de aprender (apesar de ser mais complicado no meu ponto de vista) , o que é o mais importante! Aprender literatura à distância poderia dizer que é uma aventura, contudo acho que facilita as coisas. Ler leva-nos para um mundo diferente , e permite-nos continuar a interpretar diversas situações e a esquecer um pouco a confusão que está no mundo neste momento. Ao estarmos em casa temos muito a tendência de passar mais tempo ao computador e no telemóvel o que não nos permite pensar por nós próprios e que nos põe a escrever de maneira a que os nossos professores de português nos queiram dar um autêntico zero na gramática, com a continuação da aprendizagem de literatura conseguimos nos desprender dessas rotinas terríveis e ganhar opinião própria sobre os assuntos! Por isso é que acho que a aprendizagem de literatura à distância pode não ser fácil , mas é essencial e devemos agradecer por ter a oportunidade de falar e aprender uma língua tão bonita como o português.

Cristiana Pita - 10º13

O ensino à distância é realmente um grande desafio, tanto para os professores como para os alunos. Este não é de modo algum a maneira de ensino mais adorada por todos, devido à sobrecarga de trabalhos, tempo em frente do ecrã, menos avaliações, e também com mais distrações, interferido na nossa concentração e aprendizagem. Aprender é importante e a nossa educação é imprescindível. Este método de ensino traz-nos mais liberdade para escolher onde, quando e o que queremos estudar, o que pode ser uma vantagem e ao mesmo tempo uma desvantagem, pois é necessário sabermos organizar e aproveitar bem o nosso tempo. Apesar de não ser uma ideia que agrada a todos, o ensino à distância é a nova realidade do nosso dia-a-dia.

Eva Vitória Freitas - 10º13

No contexto em que vivemos atualmente, somos obrigados, alunos e professores, a aprender línguas e literatura à distância. A meu ver, a aprendizagem à distância implica um conjunto de responsabilidades acrescidas por parte de todas as entidades envolvidas, pois precisamos de ser ainda mais autónomos, uma vez que não temos ninguém ao nosso lado a incentivar-nos a estudar, assim como temos na escola. Por outro lado, creio que este tipo de ensino não seja o mais favorável para todos, pois não há o convívio físico com os professores e colegas. Sobretudo nas disciplinas de línguas isso é fundamental, tendo em conta que só assim podemos, de facto, aprender um determinado idioma e socializar. Em suma, concluímos que o ensino à distância nos prepara, de alguma forma, para situações que possamos, eventualmente, enfrentar no futuro.

Sara Beatriz Pestana - 11º13


O ensino à distância tornou-se, há aproximadamente um ano, a nossa nova realidade, a fim de manter as pessoas seguras e evitar a transmissão do COVID-19. Como resultado, tanto os alunos, como os professores tiveram de se adaptar à ideia de aprender e lecionar, respetivamente, através de uma tela. Naturalmente, por estarmos habituados às aulas presenciais, desde sempre, e por nem todos estarmos preparados para esta repentina mudança, fomos confrontados com algumas dificuldades que interferem, no caso dos alunos, na aprendizagem, passando por, a título de exemplo, encontrar o local ideal, dentro de casa, para ter as aulas. Afinal, podem não existir condições ideais causando, inevitavelmente, ainda mais constrangimento no que toca a manter-se atento às explicações do professor e até desigualdades na aprendizagem entre os alunos que não se encontram expostos às mesmas circunstâncias, como numa sala de aula. Concluindo, embora a educação esteja a ser, de certo modo, afetada, não podemos deixar de reconhecer a importância de estarmos protegidos e sãos, enquanto há quem esteja exposto diariamente ao vírus, sem qualquer opção de escolha.

Beatriz Brasão - 12º06

Sofia Barbeito - 12º06

à distância Nos dias de hoje, o mundo está muito condicionado por causa do covid 19 e, por esse motivo, anda a atrasar a vida quotidiana, como, por exemplo, a dos estudantes. Aprender e ter aulas à distância torna-se complicado seja para que disciplina for, mas uma grande dificuldade é a aprendizagem de línguas à distância. Outros idiomas requerem concentração e foco da nossa parte e o facto de não estarmos a aprender da melhor maneira dificulta, porém, não é nada que não se consiga com um pouco mais de esforço. Em suma, a aprendizagem de línguas à distância é muito mais difícil, mas, com um pouco de dedicação, chegamos onde queremos.

Francisca Espírito Santo - 11º30

Foto - Fátima Santos - 11º52

e aprender à distância

Nos dias de hoje, estamos condicionados a ter aulas à distância, devido à pandemia da covid-19, facto que muito dificulta o ensino e a aprendizagem. Aprender matemática torna-se mais complicado à distância, por se revelar algo mais entediante e, na minha opinião, não haver o contacto e a presença do professor. De igual modo, aprendizagem das línguas estrangeiras, com a ausência da prática presencial, apresenta muitos mais obstáculos. Porque, no ensino à distância, o professor dificilmente consegue dirigir a sua atenção para cada aluno, específicamente, este acaba por encontrar uma maior dificuldade em ter as suas dúvidas sanadas, havendo deste modo pouca eficácia na aprendizagem individual.



Com o avanço da globalização, tornou-se indispensável o conhecimento de várias línguas, no sentido de conseguir comunicar melhor e mais facilmente com pessoas de variados países e locais do mundo. Aprender outro idioma, permitirá, por exemplo, adquirirmos novas culturas. Aprender uma nova língua é, do meu ponto de vista, uma excelente oportunidade nos tempos atuais, visto que estamos em casa e temos mais tempo livre. No entanto, o processo de aprendizagem pode ser mais complicado. A partir das aulas online, apesar de ser uma ideia eficaz para que continuemos a aprender, a verdade é que requer mais trabalho e autodisciplina. Nós, alunos, facilmente ficamos desmotivados. Também há uma menor interação social, dado que há falta de contacto direto com colegas e professores, ao aprender uma língua, sendo necessário que haja comunicação uns com os outros. É fundamental prosseguir o estudo das línguas, uma vez que será muito importante e útil para o nosso futuro. No entanto, não podemos esperar que esta aprendizagem, a partir de casa e à distância, seja tão eficiente como se estivéssemos na escola, pelo que temos que encontrar maneiras de nos sentirmos motivados e produtivos, como, por exemplo, encontrar sites interativos, fazer jogos para aprender palavras, entre outras estratégias.

Laura Fernandes - 11º30

Aprender línguas é algo que nos pode ajudar durante a vida. Seja no trabalho, na estrada ou em outros locais, estamos sempre a recorrer a línguas. Mas, com o avançar da tecnologia, muitas pessoas pensam que não necessitam de as aprender e assim desprezam-nas. Do meu ponto de vista, é importante conhecermos as línguas e as suas culturas, pois poderemos, assim, melhorá-las. À distância, podemos aprendê-las e explorálas, pois a internet concede-nos várias informações. Desenvolvemos uma melhor capacidade de estudo e autodisciplina. Contudo, quando o fazemos, estamos, na realidade, minimizando-a e, dessa forma, reduzindo-a a um instrumento com uma finalidade determinada e imediata, sendo que, na literatura, a linguagem constitui uma finalidade para si mesma. À distância, podemos perder alguma expressividade (vírgula) pois temos menor interação social e, também, não temos a aprendizagem que necessita de prática. Em suma, aprender línguas é importante para o nosso futuro, mesmo que seja feito à distância. Será mais difícil, pois precisamos de mais ajudas e formas de a praticarmos, mas devemos esforçar-nos para, assim, conseguirmos ter sucesso.

Ísis Bettencourt - 11º30


Foto - Fátima Santos - 11º52


em casa Durante o tempo de quarentena não era possível sair de casa para ir à escola, fazer certos trabalhos ou atividades lúdicas, por isso os alunos tiveram de ter aulas online, o que é um grande desfio. De facto, não é nada fácil tentar ficar atento às aulas em casa, devido a existirem diversos tipos de distrações que podem vir a comprometer a nossa concentração, mas isso não quer dizer que não o consigamos fazer. Aprender a língua inglesa pelo computador não foi algo que eu tenha achado muito mau, pelo simples facto de muitos dos adolescestes hoje em dia, inclusive eu mesma, praticarem o seu inglês, utilizando a Internet. Digo isto, porque ver vídeos, filmes sem legendas ou mesmo ler livros em inglês ajuda a compreender melhor esta língua, mas é claro que as aulas também são importantes, uma vez que nos ajudam também a estruturar frases corretas. Já em relação à literatura portuguesa não posso dizer o mesmo, pois sempre apresentei dificuldades nesta disciplina, e vir para casa e ter aulas online, e não numa sala onde há interação entre alunos e professores, teve realmente um grande impacto sobre mim. É muito mais difícil tentar permanecer concentrado/a. Em termos de ensino acho que os professores tiveram difinitivamente dificuldades no início. Não foi e continua a ser algo muito excitante para eles, porque vários alunos têm a tendência para manter a câmara desligada, o que dificulta os professores. Ao manterem as câmaras desligadas, os professores não percebem se os alunos estão atentos ou se estão a perceber a matéria. Em suma, o ano de 2020, tal como este início do ano de 2021, foi e continua a ser difícil para todos nós, devido às dificuldades que os alunos demonstram em concentrar-se, e os professores em captarem a atenção deles.

Joana Rodrigues - 12º06

Ensinar e Aprender à Distância:

um desafio?

A evolução da situação pandémica e o confinamento levaram à procura de soluções práticas em inúmeras situações. A capacidade de adaptação do Homem foi, inevitavelmente, posta em causa e no ensino não foi exceção. Assim, o ensino à distância permitiu resolver vários destes problemas, mas será que este método é realmente eficaz? Esta calamidade acentuou, efetivamente, as desigualdades sociais. A interação e a comunicação direta, inerente ao ensino presencial, é insubstituível, contudo aprender literatura portuguesa e línguas, neste sistema à distância, revelou-se superável. Obviamente que exige concentração do aluno, mas, por outro lado, oferece facilidades, atividades interativas e uma nova dinâmica às aulas. Ainda que o método praticado pelo docente influencie nesta experiência, este sistema à distância é eficaz e prático, ainda que exija empenho e comunicação por parte dos alunos.

Lúcia Rodrigues - 12º06


Foto - Fátima Santos - 11º52


Foto - Fátima Santos - 11º52


uma língua sem alento É de agnição geral que, para saúde e benevolência do povo lusitano, estamos, maioritariamente, no presente momento, coatados a ficar em casa. Ora, essa particularidade das medidas protetoras, infligidas pela regência governativa, leva a cabo ensejos como o ensino da literatura portuguesa à distância. Como o têm sentido a generalidade dos educandos lusíadas, esta não é uma língua inteligível o suficiente para se instruir por um ecrã, nomeadamente quando falamos de instrução sobre como verter e assimilar as arduidades transpostas pelas redações e poesias de interpretação anacrónicas. Assim, não considero este um método de ensino eficaz no propósito da língua lusa. Em incluso, deixo uma citação de Fernando Pessoa, retirada de obras em prosa que, na minha perceção, exprime a alma a citar o seu juízo nesta apreciação – “A arte é a autoexpressão lutando para ser absoluta”.

Henrique Baptista - 10º32

e impedimentos associados A aprendizagem de línguas acaba por ser profundamente afetada pela situação pandémica que vivemos. Primeiramente, o ensino presencial é obviamente prejudicado, sendo impossível ou de difícil realização determinadas atividades, cujo caráter se torna inevitavelmente mais dinâmico em pessoa. Para além disso, é importante referir que a melhor maneira de aprender e praticar uma língua é viajar para o país onde é falada. Os programas de intercâmbio académico, bastante procurados atualmente, vão sendo postos de parte, ou simplesmente adiados, devido à consciência individual daquela que é a nossa realidade atual. Concluindo, de facto, este tipo de aprendizagem (e não só) revela-se desafiador, com tantos obstáculos e barreiras mas, a meu ver, pode sempre ser compensado, ao se recorrer a outro tipo de métodos e meios a que, nos dias de hoje, temos acesso por toda a Internet.

Rodrigo - 12º06


É caprichosa, esta Língua Portuguesa! O professor já tinha muitos rótulos. O que ele talvez desconhecesse é que, a passos largos, se converteria num youtuber, sem precisar de certificar previamente a formação. É pedido e o professor cumpre sempre. Contorce-se diante do computador, transforma a casa num improvisado estaleiro virtual e marca diariamente o ponto na tela. Mas o professor não se ilude. Sabe que o ensino à distância não é o coração da educação mas uma suada maquilhagem para todos ficarem bem no retrato. O professor reinventa-se, seleciona os melhores materiais para explicar o óbvio e, mesmo falando para o espaço, continua a acreditar que o esforço de um único aluno compensa todo o sacrifício. A Língua Portuguesa ressente-se? De quando em vez, ela caminha amuada, a suplicar por aquela cortesia de ser compreendida e amada. É caprichosa, esta Língua Portuguesa. Quer o abraço, o enlaço, a ternura indizível, as legendas dos mestres que embrulham este mundo como se fosse uma bela poesia. No teu poema, navegamos e naufragamos todos os dias, mas há sempre madrugadas por descobrir. Desta vez, ninguém está autorizado a secundar Camões com o “Nô mais, Musa, nô mais, que a Lira tenho/Destemperada e a voz enrouquecida,/E não do canto, mas de ver que venho/Cantar a gente surda e endurecida.” O que verdadeiramente importa, é que cante mais alto a Língua Portuguesa, a rainha, o primeiro dos amores. E como é bom voltar sempre ao primeiro amor…

*Rosário Martins

um desafio Aprender uma língua por si só já é um grande desafio. Acontece que a atual situação pandémica a qual estamos sujeitos veio, a meu ver, dificultar uma tarefa já complicada. É por experiência própria que afirmo que o contacto e interação física são a chave para o domínio de uma nova língua. A teoria é claro muito importante de dominar, mas isso nada serve se não se for capaz de compreender e comunicar numa situação habitual. Para mim o que possibilita essa capacidade de comunicação, grande objetivo da aprendizagem de uma língua, é a interação com outros indivíduos cara a cara, proporcionado, por exemplo pelas aulas presenciais. O ensino à distância é na minha opinião uma barreira para essa possibilidade de comunicação, o diálogo está lá, mas parece-me que se torna artificial. Daí não só para mim como para muitos outros, é um desafio tanto ensinar como aprender línguas à distância.

Ana Margarida Sá - 10º47


Línguas à Distância Se já não é fácil trabalhar presencialmente com os nossos jovens alunos nos dias de hoje, muito difícil é trabalhar com eles à distância. Na minha opinião, contribui para acentuar as dificuldades do ensino à distância o facto de os alunos não ligarem a câmara, ou por não a terem ou simplesmente por não se quererem mostrar. É difícil para mim falar para fotografias colocadas no lugar dos rostos. Outra razão prende-se com o olhar. Nós não conseguimos nos olhar uns aos outros e os olhos comunicam tanto. Muitas vezes, os alunos distraem-se, provavelmente em conversas paralelas no telemóvel uns com os outros. Ouvem-se também conversas e burburinhos de outras pessoas que falam e lidam nas casas dos nossos alunos. Para concluir, a escola não é isto e ganhou assim um valor imensurável.

Sílvia Mata

Este espaço pode ser seu! Envie-nos os seus trabalhos! designinformacaoemultimedia@jaimemoniz.com


Ensinar/aprender à distância – a experiência da Língua Francesa

Ana Maria Kauppila Humberto Lourenço Carla Vieira Grupo 320 - Francês

Contexto geral – O ensino à distância, no ano de 2020, tornou-se uma realidade assumida como imperativo ético-profissional no sentido de preservar um dos factores fundamentais na vida dos jovens: a sua educação escolar. Nenhum professor, em exercício, foi formado, inicialmente ou em serviço, para uma situação como esta, mas a vontade de corresponder a este objetivo maior foi fundamental na aprendizagem profissional, na formação (em contexto) e na colocação em ação de mecanismos de ensino que assegurassem os laços entre docentes e alunos no âmbito da prossecução dos objetivos (então redefinidos). Contexto específico - Em 2021, a questão já não é “nova”, de modo que nos sentimos mais preparados e mais capazes, não só de corresponder aos mínimos exigidos, como também de inovar. O mundo das tecnologias pode e constitui uma mais-valia para o ensino das Línguas estrangeiras, com a possibilidade de utilizarmos recursos que nos permitem desenvolver as dimensões e componentes da escrita e da oralidade, na compreensão, expressão, produção e interação. Este facto, que também se tornou acessível aos alunos na realização dos seus trabalhos, tem enriquecido (e muito) alguns dos domínios que citámos. De acordo com o texto Aprendizagens essenciais – Francês, emanado do Ministério da Educação: “A aprendizagem das línguas estrangeiras contribui de modo decisivo para a formação e o desenvolvimento pessoal, social, académico e profissional dos jovens do século XXI, no contexto de um mundo globalizado. Ser plurilingue tornase essencial para garantir o exercício de uma cidadania informada e ativa e significa possuir

competências recetivas, produtivas e de interação em várias línguas, com níveis de desempenho diferenciados. A aprendizagem das línguas estrangeiras concorre também para a construção das Áreas de Competências definidas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA), uma vez que os alunos: •

desenvolvem literacias que lhes permitem analisar e questionar criticamente a realidade, avaliando e selecionando informação, formulando hipóteses e tomando decisões fundamentadas no seu dia a dia;

se tornam mais conscientes de si próprios e do mundo que os rodeia pelo confronto com as realidades culturais das línguas estrangeiras e demonstram responsabilidade, confiança e respeito pela diversidade cultural num mundo global em incessante transformação e na luta contra as diferentes formas de discriminação e exclusão social;

alargam a sua bagagem artística, humanística e científica, permitindo uma intervenção mais informada na defesa dos princípios, direitos, garantias e liberdades das sociedades democráticas e da sustentabilidade de Portugal e do mundo;

experienciam ainda situações dentro e fora da sala de aula que estimulam competências cognitivas, tais como o raciocínio lógico, o pensamento crítico e a criatividade, assim como competências de trabalho colaborativo e estratégias para continuar a aprendizagem ao longo da vida”.


Ensinar e aprender uma Língua estrangeira tornase, assim, um modo privilegiado de acesso a outros mundos e culturas, modos de ser e de estar cuja compreensão e segundo a UNESCO, constitui um dos mais bonitos processos de construção da PAZ. Trabalhar, desenvolver as competências comunicativa, intercultural e estratégica, online, é um desafio acrescido e que não é isento de tentativas e erros como, aliás, toda a inovação supõe. A avaliação dos alunos tem sido, globalmente, positiva. Reconhecem o esforço dos docentes, as mais-valias de um uso facilitado da tecnologia e, igualmente, o facto de, também eles, desenvolverem, simultaneamente, novas competências em TIC. Os alunos, tal como nós docentes, ressentem-se de um certo empobrecimento da dimensão socio-afetiva, do contacto interpessoal sem “intermediários”, do convívio. Perspetivas - Este desafio, que não deixa de representar um esforço “contra-natura”, dada a obrigatoriedade do confinamento, não pode, no entanto, travar um processo de aproveitamento positivo dos meios e dos instrumentos tecnológicos ao dispor de uns e de outros, na construção de um percurso académico que pode visar a prossecução de estudos ou a via laboral imediata. O grupo disciplinar 320 – Francês tem procurado, em termos de formação em serviço, dotarse de todos os meios possíveis no sentido de corresponder a exigências que se colocaram na emergência de uma resposta imediata. A frequência de webinares que se reportam quer à Didática geral, quer à Didática específica da Língua, a formação em contexto de Grupo disciplinar, tem sido enriquecedora embora, confessamos, demasiadas vezes “avassaladora”. O balanço, em nossa opinião, tem sido positivo.

depoimentos Aprender línguas, em casa, tem pontos negativos e positivos. Um ponto negativo é o facto de por vezes as pessoas não estarem atentas e acabarem por se perder no meio do raciocínio, pois como estamos numa língua diferente da nossa, isso requer a nossa concentração para prestar atenção à matéria. Já o ponto positivo é o auxílio que temos para os trabalhos, o que na escola, por vezes, não tínhamos, podemos aceder a dicionários online, tradutores, etc. Para concluir, deste modo acho que melhor seria aprender na escola pois lá temos mais concentração.

Beatriz Castro - 11º 14 Na minha opinião, tem as suas vantagens e as suas desvantagens. As vantagens são o fácil acesso aos documentos que os professores nos queiram passar e reduzimos o uso de papel e pelo contrário, em termos de desvantagens, é muito mais difícil a concentração para além de ser muito mais cansativo a nível de trabalhos.

Beatriz Silva - 11º 14 Honestamente, prefiro as aulas presencialmente, pois há uma maior facilidade na comunicação, mas nestas aulas online acho que se tem trabalhado bem a comunicação e o diálogo em francês, o que é bom para a nossa aprendizagem. Os únicos problemas que encontro é, às vezes, a falta de internet, o que causa problemas ao tentar interagir na aula.

Tomás Barros 11º 14 A aprendizagem à distância dá-nos mais autonomia e assim podemos explorar melhor os conteúdos e as línguas.

Nicole Ramos 11º 14 Penso que ter aulas de línguas online é uma experiência nova para todos nós, acho que as aulas são interessantes não só porque é completamente diferente do “normal”, mas também porque nos levam a um novo mundo que é a tecnologia, com um uso diferente do das redes sociais, com o teletrabalho, pesquisa ....Na minha opinião, as aulas online são um método inevitável na atual conjuntura, somos obrigados a nos adaptar a esta nova realidade porque é assim que vamos alcançar os resultados. Acho que o trabalho do professor é dedicação,


um grande esforço para motivar os alunos. Acho admirável que os professores encontrem criatividade e dinamismo que dão mais originalidade às suas aulas e que não tem faltado. Gostaria também de sublinhar a total disponibilidade da professora, no que diz respeito ao esclarecimento das nossas dúvidas e a estar sempre pronta para todos os tipos de questões apresentadas.

Léana Lopes - 11º14 Como todos sabemos, a pandemia modificou os nossos planos. No entanto, tivemos de nos adaptar às circunstâncias da melhor maneira e continuar as aulas à distância. A minha experiência na aprendizagem de uma língua (o Francês) é boa, divertida e interessante. Posso ver os meus colegas e a professora sem máscara, porque na Escola não podemos estar e quando estamos tem de ser com máscara. Nas aulas online podemos utilizar determinadas metodologias que, na escola, nem sempre é possível. Aprender línguas online, não está nada mal!

Catarina Góis - 11º 14 Bem, poderia começar por escrever sobre mil e mais umas dezenas de coisas, como os novos métodos de ensino, professores, etc. No entanto, não quero começar por aí. Sinceramente, hoje sinto que ainda estou em 2020 a fazer quarentena e com uma vida monótona, que não passa das idas à cozinha, ao quarto, sala e, assim, pela minha casa fora ando, e sem contar nos dias inteiros que passo à frente de uma tela de computador a falar com professores que dão o máximo de si para que a nossa aprendizagem durante as aulas a distância seja eficaz, estão todos muito dedicados e sempre dispostos a esclarecer todas as duvidas que suscitem. Embora não seja a primeira vez que passamos por isto sinto-me psicologicamente e fisicamente a «esgotar», sem forças para mais uma quarentena que veio sem «prazo de validade». Sinto-me revoltada quando vejo as notícias e me apercebo que ainda existem pessoas que levam isto na brincadeira e como se nada fosse, sinto-me revoltada porque estou eu em casa a ter aulas, a fazer um esforço para não estar com os meus mais queridos e vejo pessoas a terem atitudes irresponsáveis. Espero mesmo que isto acabe rápido para que possa voltar tudo à normalidade e termos todos a nossa liberdade de volta.

Alexandra Gonçalves - 11º46

Na minha opinião, aprender línguas estrangeiras à distância tem os seus pontos fortes e fracos, mas no geral tem sido fácil para mim, em certas coisas. Os pontos fracos é que tem certas matérias que não dá para compreender muito bem sem aqueles esquemas que recebemos nos quadros da escola e que facilitam a compreensão e estudo. Os pontos fortes é que nas aulas online conseguimos falar melhor de certas matérias que tínhamos dificuldades com o professor e conseguimos estar mais atentos às aulas.

José Francisco Mendonça - 10º48 As aulas à distância, nem sempre são fáceis. É tudo muito diferente das aulas presenciais. Não temos a mesma motivação. Há pessoas que preferem as aulas à distância, mas eu, não. Tenho a impressão de estar perdida, por vezes. Para os professores, também não deve ser fácil. Eles não têm a certeza se os alunos perceberam a matéria e deve ser cansativo estar diante de um écrã o dia todo. Para aprender uma língua e a sua literatura à distância, nem sempre é evidente, mas é preciso concentrar-se, e então tudo poderá ser mais fácil. Apesar disso tudo, não devemos baixar os braços e devemos pensar sempre positivo porque é para nosso bem e a pandemia um dia terá o seu fim.

Telma Ramos - 10º18 Na minha opinião, aprender línguas à distância é muito diferente do que aprendê-las presencialmente: os professores não estão connosco, mas sim através de um ecrã. Temos de pensar positivo, um dia isto irá acabar. Contudo, as aulas online podem ser diferentes, mas acho que no meu caso é melhor, visto que eu tenho a vantagem de ter uma boa rede WiFi, e também acho que, desta maneira, concentrome mais nas aulas e consigo ter mais tempo para estudar. Outra vantagem é o facto de os professores mostrarem PowerPoints o que, no regime presencial, alguns deles não mostravam. Dessa maneira, ajudanos a entender melhor a matéria em estudo. É claro que nem todas as pessoas acham que isso é uma vantagem, até porque muitas aproveitam para dormir ou para fazer algo, em vez de prestar atenção à aula. Esta é uma das desvantagens de ter aulas online, dado que os professores nunca sabem o que estamos a fazer por trás da câmara.

Maria Raissa Serrão - 10º48


Ensinar/aprender à distância – um Desafio

Grupo 330 - Inglês / Alemão

O E@D é uma modalidade de ensino que se constitui como uma alternativa de qualidade para os alunos impossibilitados de frequentar presencialmente uma escola, alicerçada na integração das tecnologias de informação e comunicação (TIC) nos processos de ensino e aprendizagem como meio para que todos tenham acesso à educação.” https://www.dge.mec.pt/ensino-distancia O impacto da pandemia tem sido incomensurável em todas as áreas da nossa sociedade, com a suspensão da atividade de diversos sectores e com o confinamento de milhões de pessoas. Segundo Mafalda Troncho, diretora da Organização Internacional do Trabalho – Lisboa, “esta crise é a crise mais severa que o mundo atravessa desde a grande depressão (1930)”. Tem sido uma constante nos últimos meses o debate criado à volta dos efeitos da COVID-19 nas suas diversas dimensões. Uma dessas dimensões é a suspensão do ensino presencial e a sua substituição pelo E@D. A mudança foi radical e, por força das circunstâncias, não planeada. De um momento para o outro, sem ninguém estar à espera, tudo mudou. Agora, como nunca, e perante este enorme desafio, toda a comunidade escolar teve de se unir e criar condições para que o processo de ensino-aprendizagem prosseguisse da melhor forma possível. Foi, sem dúvida, um esforço hercúleo. E não sem contratempos. Mas, no fim de contas, uma grande parte desta comunidade revelou estar à altura de conseguir minimizar os efeitos nefastos que o afastamento da escola teve nos nossos alunos. No entanto, afirma a sabedoria popular, “não há bela sem senão”. Os depoimentos dos professores e dos

nossos alunos, condensados na enumeração que se segue, ilustram, de forma muito elucidativa, os pontos fortes e os pontos fracos de todo um processo, engendrado às pressas, que se pretendia pontual e não universal. Pontos positivos do E@D: • • • • • • • • • •

Poupar dinheiro na alimentação e no transporte. Evitar ser contagiado com COVID-19. Contar com o professor para tirar dúvidas e dar feedback em relação ao trabalho realizado. Realizar tarefas diárias, que ajudam a estudar e consolidar a matéria. Aceder mais facilmente à informação. Ter acesso permanente ao material facultado pelo professor. Estimular a autonomia do aluno (sessões assíncronas). Diversificar os recursos usados nas sessões síncronas e assíncronas. Estar mais próximo da família; os pais poderem acompanhar os estudos dos seus filhos. Possibilitar o ajuste da duração das sessões síncronas para o período de tempo em que os alunos conseguem manter-se concentrados. Fazer com que as sessões síncronas estejam bem organizadas e preparadas.

Pontos Negativos: • •

A falta de formação dos professores no uso das novas tecnologias. A falta de equipamento adequado / problemas técnicos: o acesso à Internet; problemas com o som e/ou a câmara.


• • •

• •

• •

A falta de concentração, de autodisciplina, de autonomia, de interesse e de motivação dos alunos. A falta de interação social. A falta de avaliações presenciais. A falta de hábitos e/ou métodos de trabalho por parte dos alunos e a dificuldade em gerir o tempo de estudo. A falta de concentração por interferência de fatores externos (o barulho da rua, dos vizinhos, da família, etc.). A falta de equilíbrio relativamente à quantidade de trabalhos a realizar para as diferentes disciplinas. A falta dos intervalos. A falta de compreensão por parte de alguns professores, que preparam aulas demasiado expositivas. A falta de documentos / anexos de apoio ao estudo. O excesso de horas à frente de um monitor.

depoimentos Nowadays e-learning is the only way students can have classes in this pandemic, and like everything, it has good and bad sides. On the one hand, being confined at home, we have less chances of catching the virus and eventually harming our relatives, while also learning everything we need to continue our studies in the best possible way. On the other hand, it´s a lot harder for both students and teachers to have proper classes due to various distractions, and there is also the issue with the lack of evaluation items and the heavy amount of homework and written assignments which can overwhelm students. All in all, I believe that students and teachers must help each other to make this year easier for everyone so we get through these difficult times.”

Natacha Gonçalves – 12º 47 “Distance learning is very complicated because we can’t concentrate as we do in classroom due to several distractions. A good online teacher is one who changes his/her teaching method to captivate students’ attention and is able to teach what is important.

Iara – 11º 47

“As we know, life has been very insane for the past year. Due to the pandemic, many schools closed, leading us to be stuck at home all day long. During this unlucky time, I feel like it is a time for us to learn how to appreciate the small things. With this new perspective of the world, we can learn and be more considerate of others. When distance learning first started, it was a whole new experience doing online classwork. While working on my assignments, I realized that it was weird not hearing any of my classmates talking or other students yelling or laughing in the hallway. Some problems I have with distance learning are that I get distracted easily because I’m at home. And being at home can lead to procrastination. Whereas at schools, there are students and teachers by your side willing to help, which makes me focus more. Another thing I found difficult is communication. I feel like sometimes communicating with other students and teachers is hard because we don’t see each other.”

Sofia Freitas – 10º 8 “Online teaching has pluses and minuses. Students and teachers have easy access to online tools: Escola Virtual, ready-made quizzes/worksheets on grammar and vocabulary in Pinterest, tests, YouTube songs and videos, ... The downsides are pupils can switch off the cameras during the lessons and cheat on online tests.”

José e Jorge – 11º 15 “Learning a new language is always a challenge and it gets even harder when you are doing it from home. Being away from your teachers and classmates, interacting in the language you want to learn is more difficult, sometimes even impossible! However, this way of learning and teaching has its benefits, as you have more time to study and deepen your knowledge. To do so, you have to be responsible and have a lot of discipline and focus. Learning is something that requires a lot of sacrifices and hard work, but it all pays off in the end.”

Sofia Lima - 10° 8 “In Online Klassen kann ich Notizen in meinem Computer machen und diese Notizen überall sehen. Aber in Online Klassen ist es schwieriger, die Themen zu verstehen.”

Afonso – 11º 14


“Ich finde Online Unterrichten sehr wichtig. Aber ich mag es nicht, weil ich nicht so konzentriert wie in der Schule bin.“

Matilde – 11º 44 “As aulas on-line ou o “Ensino à Distância” estão longe de ser o que o Ensino Presencial é. Alunos que normalmente têm dúvidas nas aulas presenciais conseguem ficar mais esclarecidos numa aula na escola, com o professor a explicar num quadro o procedimento ou a solução do exercício. A maioria dos professores não tem de melhorar nada pois pois eles estão a dar o seu melhor, mas alguns não se importam tanto. Acho que o único aspeto positivo deste ensino à distância é o facto de estar em casa e assim cuidar da minha saúde.”

Diana Rodrigues – 11º 43 “Para mim é muito complicado estar atenta nas aulas online e manter a atenção e motivação tanto tempo, mas em algumas disciplinas está a correr bem porque os professores interagem constantemente e põemnos a fazer exercícios, que depois corrigimos. Por outro lado, nas aulas mais expositivas, admito que não consigo estar tão motivada e concentrada.”

Margarida Lopes – 11º 43 “Penso que o ensino de línguas está a funcionar bem, pois as professoras enviam fichas informativas que ajudam muito para a compreensão do vocabulário. Mas as aulas de outras disciplinas às vezes demoram o tempo completo de uma aula normal, o que pode tornar-se maçador. Um bom professor no ensino à distância deve explicar a matéria mais devagar do que nas aulas presenciais e perceber que temos trabalhos de várias disciplinas e por isso dar prazos de, pelo menos, dois dias.”

Daniella Rodrigues - 10º 44 “Acho que o que é necessário para haver uma boa aula é os alunos estarem atentos e minimamente interessados e o professor explicar a matéria de uma forma que desperte interesse aos alunos.”

Xana Teixeira – 10º 46


Padre António Vieira Padre António Vieira, uma das pessoas mais importantes do século XVII, foi defensor dos direitos dos povos indígenas e combatente na linha da frente contra a sua escravidão. É proclamador de diversos sermões, nos quais expressa diversas críticas à sociedade do seu tempo. É precisamente esta pessoa tão eloquente que iremos entrevistar. Encontrámo-lo na Cidade de S. Luís do Maranhão, cidade onde o Padre António Vieira pregou o tão aclamado «Sermão de Santo António aos Peixes». Entrevista esta que tem como objetivo dar a conhecer a opinião de Padre António Vieira sobre a sociedade atual. Entrevistador: Boa tarde Padre António Vieira, é um prazer tê-lo aqui connosco, presumimos que tenha uma opinião formada sobre a sociedade atual. Quais as diferenças essenciais entre a sociedade da sua época e a dos nossos dias? Padre António Vieira: Parece que o meu aclamado sermão não teve resultado! Após quatro séculos do meu famoso sermão, vejo que o auditório, que tanto insisti criticar, não mudou os seus comportamentos. Continua uma sociedade de opressão, humilhação e corrupção. Orei exaustivamente para que o Senhor espalhasse as boas virtudes pela população, mas essas horas foram infrutuosas. E: É verdade. Infelizmente, continuamos a verificar essas atitudes, ainda mais com o desenvolvimento da pandemia que nos tem abalado por cerca de um ano. Quando a pandemia começou, o senhor foi uma das pessoas que acreditou que a sociedade iria melhorar?

PAV: Haveis de saber que sou uma pessoa a qual expresso através de palavras a realidade, por isso, devo admitir que tive um vago sentimento de esperança pelas pessoas, no entanto, pelo decorrer dos acontecimentos catastróficos da pandemia, a vós direi, irmãos e irmãs, que fui desponderado dessa dada esperança. E: É compreensível que o senhor Padre Vieira pense dessa forma, pois os factos não enganam a ninguém. Para concluir esta nossa entrevista, gostaria de propor uma última questão. O que acha das novas tecnologias como meio de ensino durante esta pandemia? PAV: Dir-me-eis que não entendo estas inovações de era moderna, no entanto, tão alheia coisa é, nós homens, criados do mesmo elemento, todos cidadãos da mesma pátria, tanto vós como eu sabeis que a minha pessoa, tão eloquente como é, haverá de perceber destas modernidades. Assim sendo, acredito que a utilização destas novas tecnologias no ensino são uma vantagem para estas condições em que vivemos. E: Muito obrigado Padre António Vieira por ter estado aqui connosco nesta tarde magnífica, obrigado por ter dado o seu ponto de vista sobre a nossa atual sociedade. PAV: A minha humilde pessoa agradece e que Deus esteja convosco.

Francisco Gonçalves e Mariana Jesus -11º16


Matilde: Hoje no nosso estúdio temos uma figura multifacetada, ele é um dos maiores filósofos, escritores e oradores da sua época, é claro que só nos podemos estar a referir a Padre António Vieira. Carolina: Boa tarde, Sr. Padre António Vieira. Desde já falando em nosso nome e da nossa produção, queremos agradecer pela sua disponibilidade e referir que é um privilégio privar consigo. Padre: Ora essa, o prazer é todo meu. Vós sabeis que é de todo o meu interesse promover a aprendizagem e o desenvolvimento da vertente intelectual e psíquica e é isso que almejo reportar aos residentes da bela nação portuguesa, neste dia. Matilde: Em prol do conhecimento vamos agora enunciar algumas questões, onde a sinceridade deverá ser o alvo. Estas indagações têm por base os tempos atuais com especial ênfase nas questões quer sociais, como religiosas. Explicadas as indicações, daremos início às questões propostas. Carolina: Como é do conhecimento geral, Bocage é afamado pelos seus poemos de cariz erótico, anticlerical e pelo uso excessivo e recorrente do calão. Como é referido na obra Soneto da Beata Esperta,” (…) E ao falso pastor, pastor sem tino,/ Que tão mal das ovelhas cura, e trata:” Para si, homem religioso, de que modo o afetam tais injúrias? Padre: Deus, mesmo que me guie nas promessas divinas, deu-me discernimento para ver que nem tudo o que a igreja proclama vai ao encontro do que o Senhor nos ensinou. Em tempos, não era possível proferir tais ofensas de forma literal, coisa que o livre arbítrio trouxe ao povo atual. Apesar da linguagem inapropriada, lamentavelmente creio que consta veracidade nas suas palavras. Porém vejo-me na necessidade de alertar, caros cidadãos, para a cautela ao expressar-se, visto que a intolerância religiosa vai além de uma mera opinião. Matilde: Tendo em conta que Bocage encontra um refúgio na literatura e que faz dela literalmente um livro aberto, visto que não mede as palavras para abordar qualquer tema, como vê a linguagem usada para descrever a figura feminina no seguinte verso ”(…) Milhões de vezes p***s teem reinado”? Considera que este tipo de obras tenha algum valor literário?

Padre: Como é de vossa razão, a figura feminina em tempos foi considerada um ser inferior e frágil. Na contemporaneidade, têm vido a conquistar o seu próprio território sem carecer do consentimento e da acessoria do elo considerado mais “forte”. A busca pela equidade é uma luta longe de estar vencida mas é importante não ceder e cabe-nos a nós, homens, dar-lhes o que é delas por direito. É seguro afirmar que, apesar do que muitos possam pensar, elas são um exemplo de determinação, garra, independência e liberdade. A equidade não é um cliché mas sim um objetivo. Quanto à segunda questão referida, queria deixar claro, que qualquer forma de expressão é completamente válida e seguramente arte. Carolina: Como é do conhecimento público, as cortes de D. Afonso VI não eram do seu agrado por organizarem festas de natureza homossexual, consequentemente mandou expulsá-las por recear serem más influências ao futuro herdeiro do trono. Atualmente, com a consciência de que estamos em pleno século XXI, considera adequadas as suas passadas decisões? Acha que a igreja anteriormente tornava as pessoas menos abertas a novos ideais? Padre: Agradeço pela sua questão, pois queria esclarecer a toda a nação, que não me revejo de todo no meu “eu” passado e compreendo a vossa indignação, pois em nenhum momento fui justo em prol da comunidade LGBTQIA+. Em nenhum modo a palavra de Cristo deveria ser utilizada para justificar comportamentos homofóbicos e transfóbicos. Este é um assunto que se torna mais visível com o passar do tempo, não porque existem mais indivíduos a se identificarem com outra sexualidade que não a heterossexual, apenas têm mais liberdade para se exprimir e isso revela uma grande coragem e uma enorme passo para a história da humanidade. O mesmo digo em relação à identidade de género e ao facto de existirem centenas de outras espécies que praticam a homossexualidade no reino animal. E a todos os cristãos me refiro, quando digo que devem amar ao próximo independentemente da sexualidade, tal como nosso Papa Francisco referiu há alguns meses. Matilde: Agradeço, em nome de todos os portugueses, o seu discurso de grandioso conhecimento e respeito e de certa forma exemplo para as próximas gerações.

Ana Henriques e Matilde Araújo -11º44


Hoje, estaremos a entrevistar o célebre sacerdote e escritor, Padre António Vieira. Nas nossas perguntas serão abordados temas relativos à evolução ou regressão da sociedade desde os tempos em que Padre António proferiu o seu famoso Sermão de Santo António aos Peixes e os dias de hoje. Graças à globalização, a troca de experiências e costumes culturais tem vindo a tornar-se cada vez mais simples e fácil. Sendo assim, é expetável que qualquer tipo de racismo ou xenofobismo como aquele que Padre António Vieira criticou no seu tempo tenha sido extinto. Vamos agora descobrir a opinião deste grande homem em relação a este assunto. Entrevistadores: Padre António Vieira, no seu tempo, criticou atos de racismo e xenofobismo que a seu ver eram desumanos e por vezes macabros. Quase 400 anos depois, a progressão de tudo no mundo é indescritível e quase inacreditável. A seu ver, de que maneira mudaram os comportamentos da sociedade em relação a raças e pessoas diferentes? Em caso de mudança, terão mudado para melhor ou pior? Padre António Vieira: De facto, a forma como se vivia naqueles tempos era realmente incomparável à dos dias de hoje. O mundo e a tecnologia prosperaram a um ritmo frenético e inimaginável. O meu sonho era que problemas como o racismo e outros do género, se tivessem transformado de forma igual ou melhor. A verdade é que as coisas não sucederam assim. Felizmente houve uma progressão, mas não foi tão grande e positiva como gostaria. Se os ideais da sociedade tivessem evoluído como evoluíram outras partes da nossa vida, diria que viveríamos hoje num mundo quase perfeito. Embora aconteçam situações que no meu tempo eram impensáveis, ainda há muito a melhorar. Ainda me lembro quando era inimaginável uma pessoa de cor viajar pelo mundo livremente, ou ser o patrão de alguém, por exemplo. Houve em tempos um preconceito de que os negros serviam apenas para trabalhar ou servir outra pessoa. Para minha grande satisfação, nos tempos que correm, vê-se todo o tipo de pessoas em todos os lugares do mundo e a fazer de tudo. Isto deve-se, claro, à globalização, à evolução das formas de contacto e a outros fatores não menos importantes. Acredito que a maior parte da população mundial não seja, de facto, racista, mas a ânsia e a vontade de combater esta situação é mais notável nos jovens. Nas camadas mais idosas, não é tao fácil incutir

estes ideais, pois estas pessoas foram criadas de maneira muito diferente. Nos jovens adultos e adolescentes nota-se, por outro lado, uma grande união e vontade de lutar contra este tipo de injustiças. Iniciativas e projetos, de todo o tipo, nascem a toda a hora e devem-se, na minha opinião, à facilidade que a sociedade tem na comunicação e organização por vezes quase instantânea de encontros e movimentos. Quero com isto dizer que o a sociedade não teve um crescimento tão rápido como seria de esperar em relação a estes temas, mas que o processo da sua normalização, quer na forma como são abordados, ou combatidos terá uma evolução cada vez mais rápida e eficaz graças à ajuda e esforço das camadas mais jovens da sociedade que tem um enorme e por vezes inspirador sentido natural de união e justiça. Entrevistadores: Já abordou de certa forma a evolução da tecnologia e das formas de comunicação. Agora gostávamos de ouvir de que maneira entende que a sociedade beneficiou do desenvolvimento do conhecimento entre as suas gerações do seu tempo e as do presente? Padre António Vieira: A meu ver, houve um grande aproveitamento da ascensão do conhecimento das pessoas do meu tempo para as de agora. Antes do séc. XVII acreditava-se muito na religião e esta era justificação para tudo. Para as pessoas, Deus era o centro do mundo, tudo era realizado em sua função. Na altura, eram poucas as pessoas que se intrigavam e tinham a curiosidade de saber mais sobre o mundo, todos tinham um pensamento e uma mente muito fechados. Eventualmente chegaria o iluminismo que mudaria a consciência da população de forma quase radical. O interesse pelo exterior e o funcionamento do mundo começou a ser mais sentido e incentivado sendo que a igreja acabou por ter de aceitar a inteligência e fome de conhecimento do homem. A evolução estende-se até aos dias de hoje e, para meu agrado, os níveis de analfabetismo e ignorância são cada vez menores. Temos jovens informadíssimos desde muito pequenos e idosos que sabem de tudo um pouco. É gratificante ver-se como este aspeto da sociedade evoluiu. A conclusão a que chego é que o conhecimento é fulcral na sociedade e na sua educação e deve sempre deve ser partilhado, pois é o maior e mais importante motor de avanço do ser humano.

Manuel Rodrigues e João Pinto -11º15


Após pouco mais de 300 anos, decidimos trazer de volta a ilustre figura do Padre António Vieira, com o objetivo de o entrevistar acerca da sociedade do século XXI e verificar se esta mudou assim tanto desde o século XVII. Repórter 1: Boa tarde, Padre António Vieira. Vou começar por lhe perguntar o que acha sobre os movimentos e manifestações anti-racistas como, por exemplo, Black Lives Matter? Vieira: Boa tarde. Primeiramente, gostaria de salientar que nasci numa época em que a escravatura era algo comum e que naquela altura as pessoas limitavam-se a aceitar, embora, pudessem não achar correto certas ações. Eu, apesar de ser um filósofo, limitei-me a tolerar essa questão, em vez de interpelá-la de forma autónoma, pois fui educado e cresci nesse paradigma. É por essa razão que para mim é muito gratificante, o facto da escravatura ter sido abolida e de terem existido pessoas como o Marquês de Pombal, que se aplicou na abolição da escravatura. Como é o exemplo dos índios brasileiros, que apesar de terem sido aceites como livres desde 1570 continuaram a ser oprimidos, tanto que escrevi o Sermão de Santo António aos Peixes. Os negros, mesmo depois de terem sido considerados livres em 1761, em Portugal, até aos dias de hoje ainda são discriminados pela cor da pele. Por isso, concordo com esses movimentos. Repórter 2: Muito bem. Sendo assim, gostaria de saber a opinião que tem acerca da escolarização da população. Vieira: Concordo plenamente com a escolarização da população. É de se esperar que, em 400 anos, a educação tenha evoluído e melhorado, sendo acessível para pes-

soas de todas as classes sociais. Este direito individual é de extrema importância no âmbito da evolução da sociedade, permitindo criar e imaginar coisas como a rádio e a internet que eram impensáveis na minha época. Para além de bens materiais, a nossa consciência sobre assuntos de caráter social, como a questão do racismo e da escravatura que eu abordei na última questão, também evoluiu. Daí a importância da escolarização da população. Repórter 1: Certo. Como última pergunta, questiono-me sobre o seu ponto de vista acerca da sociedade atual. Vieira: Como eu disse na pergunta anterior, a educação é um aspeto da sociedade atual que se destaca e a distingue da sociedade da minha época. Apesar disto, a sociedade do século XXI não é perfeita e tem os seus lapsos. A despreocupação acerca da Natureza e do mal que fazem a esta, a nomofobia, resultante do uso excessivo de aparelhos eletrónicos, além de outros vícios como a sobrevalorização do dinheiro e o desprezo relativamente à saúde mental da população tornam esta sociedade defeituosa. A meio de todos estes problemas, para mim, destaca-se o desrespeito e ignorância, sobretudo neste tempo de pandemia, no qual as pessoas preferem o seu bem-estar pessoal em prol da saúde do próximo. Repórter 2: Muito obrigado a si, Padre António Vieira, por ter passado estes minutos connosco e por ter partilhado a sua opinião.

Isidoro Ornelas e João Carreira -11º5


Alberto Caeiro Entrevistadora: - Muito bom dia, caros ouvintes.

A.C: - Isso, sim, é algo que me entristece profunda-

Hoje tenho o privilégio de entrevistar Alberto Caei-

mente e me perturba o pensamento. O meu espaço

ro, o primeiro do célebre trio de heterónimos pes-

predileto e natural está ameaçado pelo homem, daí

soanos.

preferir a natureza “sem gente”. Por isso, aproveito

Antes de mais agradeço a sua disponibilidade, Mes-

para saudar e desejar sol a todos aqueles que, como

tre. Sinceramente não estava à espera que aceitasse

eu, apreciam andar “pela mão das Estações/A se-

o meu convite. Ter de vir até Lisboa deve causar-lhe

guir e a olhar”.

muito desconforto, certo?

E:- Mestre, obrigada pelo tempo disponibilizado e

A. Caeiro: - Bom dia, o prazer é todo meu! Como

pela sabedoria das suas palavras.

sabe, sou o poeta bucólico, tenho uma relação in-

A.C: - Ora essa, eu é que agradeço o seu convite

trínseca com a Natureza e sair desse meio causa-me, sim, alguma perturbação; na verdade, bem mais do que “andar à chuva”. Mas, por outro lado, não gosto de adiar as decisões, antes prefiro viver o momento. Como refiro nos meus poemas, não gosto de perder tempo a pensar, “pensar é estar doente dos olhos”, e, por isso, achei que deveria aceitar a oportunidade, sem questionar. E: - Gostava que nos falasse um pouco sobre como tem vivido estes tempos de Pandemia. A.C: - Sem stress. Aliás, tenho vivido incrivelmente bem: sou feliz. Como não penso na vida, não tenho essa dor de pensar e, portanto, nada me aflige. Além disso, só dou importância àquilo que capto através das sensações. Vivo espontaneamente as coisas tal como são, e, visto que essa não é a realidade que me rodeia, nem sei falar desse vírus que dizem maligno. Para mim, para além da minha realidade imediata, das minhas flores e do meu rebanho, nada mais existe ou importa. E: - Para terminar, o que tem a dizer sobre a destruição do meio natural?

para partilhar com o público a minha filosofia antifilosófica. “Carpe Diem” para todos!

Alice Margarido Fernandes -12º40


Ricardo Reis F: Hoje estamos aqui na presença do poeta Ricardo

F: Mais uma vez, quero agradecer o tempo dispen-

Reis, que nasceu no Porto em 1887 e se formou em

sado para esta entrevista e espero que num futuro

medicina. Antes de mais, queria agradecer a sua

próximo tenhamos novamente a oportunidade de

colaboração e, tal como já deve ser do seu conheci-

conversar.

mento, vamos falar sobre as diversas mudanças que

RR: Foi um prazer. Espero ter, de certa forma, aju-

se têm vindo a verificar no país ao longo dos tempos, mas também conservarmos acerca da situação que estamos a enfrentar de momento. RR: Já ouvi falar que as coisas têm sido complicadas, mas tenho a certeza que tudo melhorará em breve. F: A evolução é constante. Qual é a maior diferença que verifica em relação à sua época? RR- Acho que uma das maiores alterações está nos comportamentos da própria sociedade. A mentalidade das pessoas, a sua insatisfação constante e o querer viver intensamente a vida como se não houvesse amanhã são as causas para tanta desgraça no mundo atual. F: E que conselho daria àqueles que estão a passar, hoje, por momentos tão difíceis? RR: Que o mais importante é viver a vida ao máximo, certo, mas nunca esquecendo que todos temos o mesmo fim programado e que o mais importante é aproveitar serenamente todos os momentos que esta vida nos proporciona. F: Visto ser um poeta bucólico, o que tem a dizer em relação à nossa situação ambiental? RR: Tudo isso deixa-me extremamente frustrado, visto que para mim, nesta vida, a Natureza é o lugar de eleição onde a felicidade deve ser garantida.

dado o público da atualidade a compreender o verdadeiro caminho para a felicidade eterna.

Frederica Marques Rosa -12º40


Fernando Pessoa 1. Atualmente, qualquer tipo de informação

que parece desvanecido, hoje em dia. É incrível a

prolifera-se a uma velocidade nunca antes

facilidade com que fluem as fake news e é com o

assistida. Em parte, devido às redes sociais.

mesmo espanto que vejo que muitas pessoas acre-

Considera que o acesso às mesmas deveria ser

ditam nestas.

regulado?

3. E o que pensa sobre estes indivíduos que têm

R.: Pois claro, acredito que a informação que é

satisfação em espalhar notícias que não são verda-

transmitida ao povo, deve provir das fontes o mais

deiras?

fiáveis possíveis, como do jornal por exemplo, pois não sou da opinião de que todos devem ter acesso a qualquer tipo de informação, visto que dessa forma as mentes mais humildes poderiam ser confundidas e influenciadas erroneamente. De facto, creio que há uma regra que se adequa ao contexto da sociedade atual: quanto mais informação possuem, mais desinformados parecem ficar. Isto é, não importa se temos muitos dados ou se estes viajam celeremente, se, metaforicamente, não há ninguém que os sabia ler. 2. Já que mencionou a desinformação, as fake news são uma excelente escolha para tal. Alguma vez pensou que semelhante situação teria lugar na sociedade? R.: No meu tempo, falo de 1934, a informação passava maioritariamente através das conversas e ,também, através de jornais da época como o Século ,embora saibamos que a maioria das notícias se reportavam a Portugal ,nada do estrangeiro ,pois o regime totalitário assim o determinava. Creio que por essa mesma razão não existissem notícias falsas, e se existissem, fossem em menos quantidade. O contacto pessoal favorecia a honestidade, algo

R.: Penso que não têm nada de útil para fazer e realmente gostam de ver outros serem mal-informados. Por outro lado, considero também que o leitor deveria averiguar a veracidade da informação, pois agora buscamos o mais rápido e mais acessível, um pensamento baseado em factos fúteis. Por essa razão, o leitor quase que partilha tanta culpa no cartório quanto o “desinformador”. 4. Quanto aos leitores, qual será o papel dos mesmos no combate a esta “onda de desinformação”? R.: O papel do cidadão comum será manusear com cuidado as redes sociais e quando publicam algo ter em atenção a fonte e a veracidade do conteúdo que irá partilhar,não se limitar a espalhar ainda mais o caos .Não vivenciar e proliferarar a histeria das notícias sem fundamento. 5. Como bem sabe, vivemos num regime político muito diferente daquele experimentado por si, sente que com a implantação da República em Portugal, a maneira como a imprensa hoje é livre para se expressar é do seu agrado? R.: Agrada- me muito saber que o povo português


finalmente venceu a opressão da minha época; como escritor é um alívio para minha alma saber que os jornalistas e escritores atuais podem deixar a sua criatividade fluir livremente sem medo de serem censurados e, como cidadão, o alívio que sinto é saber que o poder da informação não reside mais exclusivamente nas mãos de uma cúpula de poder, pois dessa maneira o povo , manipulado por terceiros, não possuía o acesso a verdadeira informação.

trailer “Cidades Fundadoras” “Páginas em viagem”

6. O senhor reconhece o valor das redes sociais, visto a facilidade de comunicação, uma vez que elas contribuíram para que as suas obras se tornassem célebres e renomadas, sendo publicadas mundialmente, algo que na sua época não ocorreu, pois não receberam o devido mérito.O que nos diz sobre isto? R.: Sim ,reconheço que se as redes sociais já existissem no meu tempo, tenho a certeza que teriam facilitado muitíssimo a divulgação de meu trabalho e este, com certeza, teria chegado a mentes que soubessem apreciar e reconhecer o seu devido valor. E, assim, como qualquer ser humano gosta de ter seu talento elogiado, eu também teria tido muita satisfação em saber que fui reconhecido.Creio que os meus heterónimos teriam chegado a muitos leitores,caso ,na minha época ,tivessem existido as redes socias, mas ainda bem que hoje essa divulgação é feita pelas escolas e pelos alunos, cada um à sua maneira! Muito obrigado!

Larissa Rodrigues e Nídia Abreu - 12º09

“Recantos que permanecem, cidades que se de senham, cultura que enriquece...Uma viagem inesquecível pelas obras literárias desde o Século XII até à atualidade” Ana Fidalgo Anabela Torres Fernando Figueiredo Filipa Moutinho

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Fernando Pessoa

(25/02/2021)

Ent: Boa tarde, hoje temos connosco Fernando Pes-

Ent: Muito obrigado pelo seu tempo para respon-

soa, um dos mais ilustres e versáteis escritores por-

der a estas questões!

tugueses, cujas obras são altamente conceituadas,

F. P: Ora essa… É a Hora!

em especial a Mensagem, o seu ex-líbris. É também o criador de vários heterónimos, cada um com a sua própria personalidade e características. Fernando Pessoa, é um prazer tê-lo aqui comigo hoje. F. P: Muito obrigado. Escuso repetir o mesmo porque já sabe que dispenso essas formalidades quase robóticas! Ent: Entendido! Gostava de começar por lhe perguntar a sua opinião relativamente ao estado em que Portugal se encontra. F. P: Como bem sabe, gosto muito deste nosso país e ainda acredito na sua salvação. D. Sebastião pode ainda não ter regressado no seu cavalo, mas sinto que continuamos imbuídos no Nevoeiro em que ele foi prometido voltar. Enfim, tivemos pelo menos alguma evolução nestes últimos tempos, nem que seja só nos transportes. Os portugueses, em si, são outra conversa. Outro dia... Ent: Muito bem. Não se sente ligeiramente triste por só ter o devido reconhecimento tantos anos depois de publicar as suas obras? F. P: Em algum aspeto, tinha de estar em pé de igualdade com Camões. Não é?! Mas esse facto não me aquece nem me arrefece. É o que é, e não vale a pena estar aqui a sofrer com algo do passado que não posso controlar. Afinal de contas, sempre aprendi algo com Ricardo Reis!

João Tiago Maia -12º40


Fernando Pessoa Entrevistador: Hoje estamos aqui para fazer uma

F. Pessoa: Sim: avisem Saramago que fiquei triste

ou duas perguntinhas a Fernando Pessoa. Qualquer

quando matou o Reis. Não havia necessidade para

introdução ao mesmo seria pouca; por isso, vamos

tanto; coitado do homem!

só dizer que Fernando Pessoa é Fernando Pessoa.

Entrevistador: Pronto, foi a entrevista possível ao

Se quiserem saber mais, basta pesquisarem na internet. Entrevistador: Fernando, há uma pergunta que não me sai da cabeça: acha que os portugueses entenderam a mensagem de Mensagem? F. Pessoa: Não! E eu que pensava que a pátria não poderia descer mais; coitado de mim que tão errado estava. Entrevistador: Então, chegaremos algum dia ao glorioso Quinto Império? F. Pessoa: Já vi que para isso vou ter que escrever mais dois ou três livros; pena andar com dores de cabeça ultimamente. Entrevistador: E como se sente a ser estudado por todos os alunos do secundário? F. Pessoa: Coitadas daquelas almas! Nem eu percebo a minha própria poesia, quanto mais eles. Boa Sorte a todos! Pensem que poderia ser pior, poderiam ter de analisar Os Lusíadas! Entrevistador: Na verdade, eles também têm de analisar Os Lusíadas… F. Pessoa: Já vi que o nosso sistema educativo ficou interessante! Entrevistador: Fernando, há algo mais que queira dizer aos leitores?

Maior de Portugal.

Vítor Wilson Gonçalves -12º40


Fernando Pessoa Entrevistador: Olá, caros espetadores. Hoje está

ratura portuguesas na atualidade?

em estúdio Fernando Pessoa, um dos maiores es-

F.P:- Ora, bem. Há de concordar comigo: não há

critores que Portugal alguma vez teve. - Muito bom dia, Fernando Pessoa. O que acha da sua Mensagem ser comparada a obra Os Lusíadas?

ninguém que chegue aos meus calcanhares, por isso é que a minha obra está traduzida em 37 línguas e é conhecida no mundo inteiro… Bom, mas

Fernando Pessoa: - Ora, essa! Considero a Men-

não lhe vou fazer a desfeita: há aí um jovem que

sagem bem melhor porque é necessário ter-se dois

se pôs a publicar umas coisas, umas crónicas, na

olhos para retratar devidamente o povo português.

imprensa e já ouvi falar que até tem uns programas

E: - É verdade que o Fernando foi diagnosticado

humorísticos na TV, que me parece estar no bom

com transtorno dissociativo de identidade por ter criado os heterónimos? F.P: - Era só o que me faltava…Vamos lá clarificar essa pseudo-heteronímia literária que me atribuem. Eu não sou criador de nada! Esses indivíduos são, na verdade, fruto do álcool. Quando bebo, fico fora de mim. Apesar de usar óculos, a minha vista fica tão turva que não consigo focar nada, nem ninguém. E, como se não bastasse, na minha cabeça febril vejo e ouço vários de mim, todos diferentes uns dos outros, que discutem entre si. Alguns até dizem mal de mim, como é o caso do Álvaro de Campos, um pulha que foi fazer intrigas à minha Ofélia! Vejam lá, até lhe escreveu cartas roubando a minha identidade. Um verdadeiro caso de polícia… E:- Bom, mudando de assunto, depois de si quem acha ser o melhor escritor português? F.P:- Obviamente que é o José Saramago, pois só um louco mataria Ricardo Reis. E: - Certo, mas Saramago também já faleceu, infelizmente. Pensando agora nos que ainda estão vivos, quem considera ser o génio da cultura e lite-

caminho… Aprecio o seu sarcasmo e ironia fina; é um dos meus. Não tenho a certeza, mas acho que se chama Ricardo Araújo Pereira. E:- Tem graças, creio que a admiração é mútua. Já ouvi Ricardo Araújo Pereira falar de si nos seus programas. Aliás, um dia destes ele citou o famoso slogan que o Fernando criou para a Coca Cola, «primeiro estranha-se, depois entranha-se”, no caso dele para se referir a um político nas presidenciais. Bem, gostaria de continuar à conversa consigo, mas, infelizmente, o nosso tempo acabou. É tudo por hoje. Muito obrigada pela sua presença, Fernando Pessoa!

Ana Margarida Castanheira - 12º40


Fernando Pessoa Caro público, hoje temos connosco um dos

minha poesia um delírio ou loucura. Bem, não nego

mais emblemáticos escritores do modernismo

que algumas das minhas criaturas se tenham mani-

português, Fernando Pessoa. Apresentá-lo não é

festando quando eu estava em “flagrante delitro”

tarefa fácil devido à complexidade da sua escrita

(sorri). Outros, poucos no meu entender, dizem que

e do seu ser, por isso limitar-me-ei a dizer que o

tenho um produto artístico de renome. Tenho per-

nosso convidado é um poeta múltiplo que por

feita consciência que sou diferente, mas que não

vezes escreve de forma introspetiva e outras

sou o único. Porém, em Portugal, infelizmente, está

por impulso; tanto pode apresentar uma escrita

enraizada a cultura de reconhecer o devido valor

subversiva como disciplinada, com ou sem

aos artistas, sobretudo aos poetas, somente depois

sentimentos associados.

da sua morte. Entretanto, nos dias de hoje, com o

Entrevistador: - Boa tarde, Fernando Pessoa, é um prazer entrevistá-lo. Antes de mais, a pergunta que não quero calar: quantas personagens existem realmente dentro de si? Fernando Pessoa: - Obrigada pelo convite. Na verdade, para mim não se trata de personagens; são pessoas e cada uma delas tem uma história. Agora, pensando bem e pondo de parte as emoções, não sei quantas existem no total. O que lhe posso dizer é que muitos delas foram criadas na minha infância… Para uma criança, criar amigos imaginários é muito natural e foi efetivamente com muita espontaneidade que os criei. Entrevistador: - Atualmente, considera que há outros poetas com uma capacidade de escrita equivalente à sua? Fernando Pessoa: - Se há, não me identifico com nenhum… Acredito que sou eu mesmo, por vezes até alheio a mim mesmo! Quanto ao reconhecimento da minha obra e da minha capacidade de escrita, ainda me sinto marginalizado. Muitos consideram a

desenvolvimento dos meios de informação e das plataformas digitais, a realidade tem vindo a mudar. Todavia, existem outros perigos e dificuldades acrescidas na atualidade: este bicho da informação acaba por bombardear o público com dados excessivos e filtrá-los não é uma tarefa fácil. Bom, o que eu quero destacar é que escrever sem parecer uma cópia e assegurar “sem-pre” (soletra) a honestidade e o rigor da composição é um verdadeiro desafio. Entrevistador: - Muito obrigada, F. Pessoa, pelo seu testemunho! Mais uma vez, foi um prazer tê-lo hoje aqui connosco! E assim terminamos com as inéditas palavras do poeta dos heterónimos e da Mensagem.

Beatriz Encarnação -


Fernando Pessoa 1. Tendo em conta os tempos difíceis em que nos

jornalista, mas o que tenho constatado ao

encontramos neste momento, o que nos poderia

longo do tempo é que sim, existe mesmo,

dizer, qual o seu o seu ponto de vista, acerca

pois como disse na questão anterior, as

das notícias que vemos todos os dias nos nossos

pessoas estão cegas no que toca a ética e

meios de comunicação em relação à imagem que

a qualquer tipo de honra, só conseguem ver

temos do nosso país e das nossas capacidades?

duas coisas, o sucesso e o símbolo do cifrão.

Sempre tive pelo meu país muito apreço e um dos objetivos principais da minha obra Mensagem vai nessa linha,pois reencontrar a honra de ser português, que se encontra escondida dentro de cada um de nós, foi feita para ser intemporal para que todos os nossos filhos e próximas gerações pudessem também se sentir orgulhosos de serem portugueses. O que os meios de comunicação fazem, hoje em dia, com as notícias é sabotar esse mesmo intento, destruir a honra portuguesa, denegrindo a nossa imagem para os nossos, em vez de proclamar aquilo que temos de bom. Não digo para que não nos informem, mas tem que haver um balanço entre o bem e o mal. Eu entendo que o mal e a controversa venda jornais dê muitas audiências, mas o dinheiro e o sucesso não são tudo nesta vida, honra e bem-estar não se compram numa esquina qualquer no Rossio.

Isto leva também a que outras pessoas que sofrem de acusações de jornalistas e vêm a sua imagem denegrida pelas notícias, apelem às fake news para salvarem a sua imagem e aí, sim, existe uma teoria da conspiração, criando uma maré de desconfiança e malestar uns com os outros. 3. Em relação ao impacto que os media têm na cultura e na divulgação da mesma, o que nos poderia dizer sobre como tem sido executado este trabalho por parte dos media? O que tenho a dizer é muito simples, não está nada a ser feito, porque como qualquer pessoa estamos

consegue

constatar,

todos

nós

cada dia a ficar mais pobres no

que toca à cultura, e os media são um dos principais culpados, pondo a cultura como um mero tema que fica bonito discutir de vez em quando e não como uma parte essencial de cada um nós, porque cada um de nós

2. Hoje ouvimos falar muito acerca de fake news,

é um consumidor e produtor de cultura. O

o que nos tem a dizer sobre isso? Acha que é algo

que vejo é o desinteresse das pessoas pela

que realmente acontece, ou apenas uma teoria da

cultura e os media apoiam isso mesmo,

conspiração?

porque realmente é a saída mais fácil, porque

Em relação a isso vou ser muito cauteloso, pois não quero denegrir a imagem de nenhum

revolucionar a cultura e “traduzi-la” para que todos a possam entender, é complicado, mas


possível. Para terminar, dou o meu exemplo,

ria ainda ser feito?

hoje se falar de Fernando Pessoa, as pessoas reconhecem o nome, mas se lhes perguntar um nome de um poema meu, um verso dos mesmos, não lhe vão saber responder e talvez alguns ainda possam desconhecer que sou português, acho que não é preciso dizer mais nada para percebemos o ponto em que estamos no que toca a cultura. 4. Observando a sociedade de hoje em dia, acha que muitos de nós precisamos de “heterónimos”? Alguém para nos acompanhar quando estamos sozinhos, ou mesmo como uma maneira de nos expressar? Eu acho que todos nós temos heterónimos, talvez não os mesmos que eu criei, mas cada vez mais vemos mudanças de personalidade, dependendo do momento em que nos encontramos ou com quem estamos, acho que os meus heterónimos levaram a que as pessoas encarassem os mesmos como uma realidade, e então mudam a sua personagem dependendo da circunstância, talvez para se sentirem melhor, talvez para enaltecer a sua pessoa(?) Não sei, o que sei é que existem. E falando novamente nos media, esses são os principais consumidores desses “heterónimos” criados pelas pessoas, principalmente os mais famosos, pois são essas novas personalidades que lhes vão dar conteúdo para encher uma tarde de programação ou talvez um dia inteiro. 5. Para terminar, e numa nota final, acha que existe solução para este problema nos media? O que pode-

Bem, como é bem conhecido, só não existe remédio para a morte, por isso, o que tenho a dizer é que sim, existe uma solução para o problema e passa por em primeiro lugar, ensinar e fazer renascer a cultura dentro daqueles que trabalham nesses mesmos meios de comunicação, para depois, poderem ter a mesma paixão e vontade de compartilhar com os milhares de pessoas que todos os dias os leem e veem. Tal como eu consegui voltar a fazer renascer os imensos portugueses perdidos, através da minha obra Mensagem, dentro dos corações dos nossos compatriotas, os media vão conseguir fazer o mesmo, até porque têm mais que meios suficientes para o fazer, basta haver paixão naquilo que se fazem, se houver paixão existe sinceridade e se houver sinceridade, existe uma relação de confiança e muito progresso.

Francisco Capontes - 1230


do Corona A primeira imagem ilustra um cartoon da autoria de Nuno Alexandre Mendonça de Abrantes, que nos apresenta, de forma original, criativa e metafórica, a situação trágica que assola o mundo: o combate diário à implacável e perigosa Covid-19. Como podemos observar, este cartoon retrata um cenário que remonta à Idade Média, uma época de grandes pandemias (a peste negra, por exemplo); uma muralha se encontra ao fundo, enquanto que à frente temos um forte, cercado de inimigos que o atacam persistentemente. A multidão que ocupa a parte superior da muralha, utilizando máscaras, repele o inimigo, atirando-lhe com frascos medicinais. Na nossa opinião, esta recriação da luta mundial contra o coronavírus foi executada de forma brilhante. O forte, exibindo os profissionais de saúde vestidos com as suas habituais batas brancas e equipados com as suas armas, afugentam ferozmente dezenas de coronavírus, que se retiram pela água, aludindo ao facto de o sistema de saúde ser a primeira linha de defesa contra esta pandemia. Os populares revoltados, que repelem o coronavírus, são um símbolo de união e de empatia, mostrando que a única forma de terminar com esta pandemia é com a união de forças e com muita responsabilidade, respeitando todas as regras de segurança dadas. O cenário medieval lembra-nos de como, no passado, tivemos de enfrentar uma pandemia que arrasou a Europa toda e que, apesar das dezenas de mortes, conseguimos superar e até mesmo evitar que voltasse a acontecer, dando-nos esperança que um dia, este nevoeiro que caiu sobre nós em 2020 se levantará e que o futuro será reluzente. A segunda imagem é um cartoon feito pelo R.J.Mostrem, no dia 4 de março de 2020. Podemos reparar que tem grandes semelhanças com a obra “O Grito”, de Edvard Munch, só que adaptada ao clima pandémico em que vivemos. O cartoon é constituído por uma pessoa em primeiro plano com as mãos na

cara, mostrando um olhar de preocupação e medo; ao fundo, uma figura masculina de bata branca grita para a figura em primeiro plano não tocar na sua cara, enquanto se aproxima apressadamente e ainda podemos ver que parte da imagem é preenchida por enormes coronavirus que captam a atenção do visualizador. De acordo com a nossa perspetiva, esta imagem representa o mundo: a pessoa é a população que não sabe o que fazer perante o foco pandémico e, num ato de desespero, leva as suas mãos à cara, piorando a situação; a figura masculina de bata branca corresponde aos médicos que tentam avisar a população e a alertar para o perigo que está a correr e finalmente o coronavírus que está espalhado pela imagem apresenta os efeitos que a Covid-19 traz consigo, afetando drasticamente a vida socioeconómica das pessoas. Concluindo a apreciação crítica, estes dois cartoons, apesar de terem sido produzidos por indivíduos diferentes, partilham uma relação de continuidade, fazendo-nos refletir sobre o estado de pânico e desespero em que o mundo se encontra, enquanto trava uma batalha intensa contra a pandemia que ainda persiste, mas ao mesmo tempo, transmitindo uma mensagem de esperança de que um dia sairemos, com absoluta certeza, desta difícil situação. Afonso Nunes - 12º06



uma economia “doente” Os dois cartoons apresentados são da autoria de

e às grandes dificuldades que nos esperam, pois a

Abdelghani Dahdouh e foram publicados na revista

pandemia ser combatida não implica que os vestígios

Visão a 1 de dezembro de 2020. Ambos fazem

do vírus (a sombra) não causarão danos colaterais. Face

referências às inúmeras complicações que se avizinham,

esta pandemia, apesar de algumas áreas de comércio,

nomeadamente económicas.

como, obviamente, a indústria de máscaras e a área de

Na primeira imagem, intitulada de “Coronavirus hand

investigação, terem evoluído e lucrado com a situação,

drawn

observar

este cenário não foi o verificado na generalidade dos

todo o tipo de elementos que nos remetem para a

setores, tendo havido um acentuado decréscimo nos

situação pandémica em que vivemos. Estão presentes

rendimentos da maioria das empresas e negócios que,

neste cartoon objetos como máscaras, seringas,

posteriormente se espelharam num decréscimo da

termómetros, sabonetes, entre muitas outras coisas,

economia mundial.

sendo que nenhum destes tem grande destaque. Do

Assim, apesar de ainda ser muito cedo para prever as

mesmo modo, também não há uma cor predominante,

repercussões deste colapso económico, é certo afirmar

havendo, no entanto, inúmeras cores que demonstram

que inúmeras tensões terão de ser superadas, como

o estado de espírito de todos, como, por exemplo, o

o agravamento da desigualdade entre países, que

amarelo (simboliza a doença), o vermelho (simboliza a

resultará, entre muitas crises, na exacerbação da fome

luta), o azul (simboliza a tristeza), o verde (simboliza a

no mundo e gerará conflitos e possíveis guerras.

esperança) e o cinzento (simboliza a dor e o luto).

Concluindo, apesar destes cartoons não serem os

Podemos relacionar a barbúrdia, tanto de cores como

mais eficazes, deviam pôr todos a refletir, pois estas

de objetos, com a confusão que se instalou no mundo

consequências apenas poderão ser atenuadas com

ao nos depararmos com tamanho conflito.

a cooperação de todos, mas acima de tudo, com o

Na segunda imagem, “What will the world be like

esquecimento das diferenças, glorificando a união.

cartoon

doodles”,

conseguimos

after coronavirus”, é possível realçar dois elementos: em primeiro plano temos o planeta terra, pousado em cima de uma mesa, “esmagado” por um rolo da massa. Em segundo plano, temos uma animação do vírus da Covid-19 com um avental a arregaçar as mangas. Identificamos a predominância do azul, verde, amarelo e cinzento, à semelhança da outra imagem. Vemos ainda um contraste entre as zonas de sombra e zonas de luz, sendo que o planeta Terra está dominado pela sombra do vírus que, contrasta por estar bastante iluminado. O facto de o vírus estar aparentemente representado como um pasteleiro, pronto a “amassar” o planeta terra, tem um sentido conotativo que nos remete para a destruição e o estado lastimável em que o mundo se encontra neste momento, e se encontrará nos próximos tempos. O jogo entre luz e sombra alude-nos também às grandes crises que se aproximam, nomeadamente económicas,

Ana Josefina - 12º06



a Pandemia da

Covid-19 A nova pandemia mundial que assolou a sociedade em pleno século XXI, mais precisamente no ano de 2019, começou numa pequena cidade no Japão e acabou por se espalhar para os outros quatro continentes, América, África, Europa e Oceânia. A pandemia estagnou o comércio mundial, mostrando as fragilidades da nossa economia, afetando milhares de milhões de famílias que já tinham uma vida medíocre. Falando na primeira pessoa, posso descrever de que forma acabei por contrair o covid-19. Tudo começou quando a mulher de um colega do meu pai testou positivo e posteriormente o colega do meu pai também testou positivo. Ninguém da minha família sabia o que se passava com o meu pai porque o mesmo estava com uma gripe, mas nunca pensamos que o meu pai acabaria por testar positivo. Como eu, a minha mãe e o meu irmão convivemos diretamente com o meu pai pensamos logo que se o meu pai testasse positivo nós três acabaríamos por também ter o mesmo resultado. Recebemos o resultado do teste do meu pai e infelizmente acabou por testar positivo a covid-19. Alguns dias depois eu e a minha mãe e o meu irmão fizemos o teste e, como era muito provável, nós tivemos o mesmo resultado. Iniciaram-se as grandes duas semanas que nunca pensei passar na minha vida, nunca pensei que o covid-19 fosse chegar à minha casa. Nos primeiros dias, depois de receber o resultado do teste, desenvolvi felizmente sintomas ligeiros, que foram tosse, dores de cabeça, falta de olfato e paladar, algo que mexeu de certa forma com o meu estado psicológico. Posso afirmar que fiquei em desespero com esses sintomas, mas acabei por os conseguir superar. Esses mesmos sintomas prevaleceram em

mim por volta de uns quatro dias. Ao fim de cerca de uma semana e meia os sintomas acabaram por desaparecer por completo e tudo voltou ao normal como antes. Falando agora de uma perspetiva mais exterior ao problema, mas sendo uma pessoa que contacto com alguém que testou positivo a Covid-19, vivi um sentimento de impotência, de aflição e de irresponsabilidade (apesar de termos sido responsáveis este acontecimento de sermos contagiados e de contagiar os nossos é uma tremenda aflição). Nesta altura de pandemia, a informação a ser partilhada foi cada vez maior, quer por jornais, quer pela internet, quer pela televisão, a taxa de informação que recebíamos era todos os dias maior ( ou eu simplesmente estive mais atenta pela aflição). Foi impressionante a taxa de desinformação que surgiu tanto que muitos jornais foram obrigados a criar um polígrafo para desmentir inúmeras notícias que surgiram nestas alturas. Todos estas situações em torno de uma coisa tão pequena que batizamos de covid-19, a qual, infelizmente ou felizmente, tem vindo a mudar as nossas vidas há cerca de dois anos.

Brigite Pákai Gonçalo Gomes Paulo Pestana CEF61


Nos dias que correm temos vivenciado um clima pandémico devido à doença Covid-19. Desde março de 2020 que temos sofrido imensas mudanças drásticas no nosso modo de vida e na maneira como víamos o mundo. Começamos a dar mais valor à liberdade que tínhamos antes e que agora se encontra condicionada. Inicialmente, tudo nos pareceu impossível de imaginar. Começamos a ter de mudar os nossos hábitos diários. Os espaços interiores passaram a ter número limite de pessoas, passamos a utilizar máscara e a desinfetar as mãos regularmente e o que mais nos pareceu estranho, foi evitar o contacto com as pessoas. O nosso modo de vida ficou totalmente condicionado. Os planos que tanto desejávamos ter realizado acabaram por não se concretizar e passamos por um período de quarentena, que desestabilizou a nossa economia e o nosso estado psicológico. Inúmeras são as mortes causadas pela Covid-19, que causa principalmente dificuldades respiratórias, febre, dores de cabeça e tosse. Contudo, é normal ficarmos desiludidos e frustrados com esta situação pandémica, mas teremos de nos unir e continuar a confiar nos profissionais de saúde, pois só assim, em tempos difíceis, se fazem pessoas fortes.

Catarina Aguiar Beatriz Pereira Daniela Pimenta Margarida Escórcio Sara Isabel CEF61


t o n y o t a r t u g a - A r t e d i g i t a l - J o a n a F r e i t a s e J o ã o F r e i t a s - 12 º 2 0



uma ideia de construção de trabalho colaborativo Coordenação geral: Ana Maria Kauppila

1. Contextualização Nos últimos anos, em Portugal, registaram-se várias alterações no que respeita ao modelo educativo a implementar sem que essas modificações tenham tido, no entanto, reflexo nos curricula. Esta situação, paradoxal, impõe às Escolas uma capacidade acrescida no sentido da implementação dos diplomas sem ferir as metas programáticas definidas. Assim, a ideia da criação de um projeto desta natureza decorreu de algo que pertence, de raiz, à dinâmica das componentes não-curriculares dos projetos que o integram: algumas similaridades, colaboradores e parcerias estratégicas comuns. Um sentimento de economia do esforço e de valorização das potencialidades que cada projeto poderia trazer aos outros, em termos de mais-valias para os alunos, fundamentaram os diálogos conducentes a esta proposta que se iniciou em 2019, renovou a sua aprovação, em sede de Conselho pedagógico, em 2020 e termina no final deste ano letivo de 2021. O Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, homologado pelo Despacho n.º 6478/2017, 26 de julho, afirma-se como “referencial para as decisões a adotar por decisores e atores educativos ao nível dos estabelecimentos de educação e ensino e dos organismos responsáveis pelas políticas educativas, constituindo-se como matriz comum para todas as escolas e ofertas educativas no âmbito da escolaridade obrigatória” (Despacho n.º 6478/2017, 26 de julho). Durante o ano letivo passado e agora, igualmente, durante no segundo período do atual, a terrível pandemia provocada pelo vírus Sars-Cov-2, colocou aos sistemas educativos uma significativa pressão e desafios sem precedentes, desde que a Educação é pensada como responsabilidade dos Estados na formação dos seus cidadãos, enquanto dever e direito dos mesmos. Em Portugal, à semelhança de outros países europeus, foram encontradas

soluções de recurso no sentido de não desprover os alunos desse direito. As respostas encontradas, com algumas diferenças, a nível regional, residiram, no ano transato, num sistema misto de telensino e de acompanhamento online (através de sessões síncronas e assíncronas) providenciado pelos docentes de cada disciplina. Este ano letivo de 202021, embora tenhamos começado o ano de forma presencial, encontramo-nos num sistema misto (ensino regular e profissional), desde janeiro. Todas as atividades de complemento curricular, presenciais, foram suspensas. A grave crise pandémica provocou, deste modo, não só uma inesperada reflexão acerca do modo como o ensino e a aprendizagem podem ser organizados, mas também acerca das potencialidades que os meios implementados podem oferecer, no sentido de encontrar novos modos de intervenção que devem ser considerados em cenários futuros. Muitas são as questões que se têm colocado no que respeita a esta emergência educativa, sobretudo as relativas à dimensão socio-afetiva da Educação e no quanto, também, o ensino-aprendizagem à distância pode provocar “insularidades” educadoras das quais, dificilmente, poderemos recuperar a manterse o sistema sem que haja lugar a uma reflexão (e consequente decisão) quanto ao sistema educativo, à sua organização e ao seu modo de funcionamento, aos curricula sobretudo. O Projeto Educação 4.0 visou a implementação de uma filosofia de trabalho colaborativo, privilegiando as metodologias de trabalho de projeto. Também no que diz respeito, especificamente, a este domínio, há um longo caminho a percorrer na “paisagem educativa”, formação em serviço a realizar e, talvez, também, no modo como transpor para o plano digital uma vertente da educação que sempre privilegiou as componentes de interação pessoal. Em conclusão, assumimos, por inteiro, o desígnio expresso de que “as conexões entre o indivíduo e a sociedade e, concomitantemente, entre o passado e o futuro, colocam à educação e à escola


múltiplos desafios que suscitam diversas questões. Por exemplo, saber como podem os sistemas educativos contribuir para o desenvolvimento de valores e de competências nos alunos que lhes permitam responder aos desafios complexos deste século e fazer face às imprevisibilidades resultantes da evolução do conhecimento e da tecnologia. É neste contexto que a escola, enquanto ambiente propício à aprendizagem e ao desenvolvimento de competências, onde os alunos adquirem as múltiplas literacias que precisam de mobilizar, tem que se ir reconfigurando para responder às exigências destes tempos de imprevisibilidade e de mudanças aceleradas.” (Despacho n.º 6478/2017, 26 de julho). Assim, o recurso às plataformas disponíveis, tal como a divulgação das atividades, através das redes sociais, a utilização de mecanismos interativos de educação não-formal, também já experimentados, têm contribuído para cumprir os principais objetivos do projeto e a garantia de construção de competências essenciais, tais como definidas nos documentos oficiais em vigor. Não podemos, no entanto, deixar de salientar que os planos relativos a este ano letivo sofreram alterações e alguns cancelamentos (nomeadamente, as visitas de estudo, a realização do MUN) que esperamos retomar no terceiro período (caso regressemos ao modo de ensino presencial). Um projeto desta natureza, no quadro atual e com esta dimensão, adota – forçosamente – um caráter experimental, submetido a pilotagem e coavaliação frequentes. As Escolas devem, por imperativo ético de educação, assumir-se cada vez mais como laboratórios educativos que cumpram as metas e os ideais tais como propostos e definidos, nos mais diversos fora, para o século XXI, exigente e desafiador. Foi, por isso, deveras importante que os órgãos de Gestão da Escola, Executivo e Pedagógico, tivessem encontrado pertinência e valor nesta experiência educativa e no ethos de cada um dos projetos que a integrou. Ana Maria Kauppila

1. Os projetos integrantes do Educação 4.0 Cada projeto tem assumido a sua especificidade sendo que, neste caso particular, todos têm origem externa à Escola. No entanto, no âmbito desta contingência, é sempre possível definir um plano de iniciativas e um conjunto de atividades que têm em conta esse contexto, assim como as respetivas orientações emanadas das coordenações gerais. Sempre que possível, tem sido definido um âmbito comum, no sentido de privilegiar a rentabilização de recursos, assim como um modo mais coeso e coerente de proporcionar aos alunos, em particular e à comunidade educativa, em geral, contextos proficientes de realização de atividades. Os projetos integrantes são os que se especificam, a seguir, sendo que a autoria das sínteses é indicada no final de cada uma. 2.1. ERASMUS+ - Coordenação de Fernanda Freitas e Ana Maria Kauppila, com a colaboração de Luísa Gomes e de Teresa Sofia Gouveia (Candidaturas KA02) 2.1.1. Ação Chave 1 do Programa ERASMUS + “Inovação 2020 – continuar a aprender” (2020 e 2022). No ano letivo 2019-2020, a Escola Secundária Jaime Moniz, através das docentes Ana Kauppila e Fernanda Freitas, com a colaboração de Luísa Gomes, elaborou uma candidatura à Ação Chave 1 – Mobilidade Individual para fins de Aprendizagem, da Agência Nacional Erasmus +. O projeto (2020-1-PT01-KA101-077803), denominado “Inovação 2020: continuar a aprender” (Innovation 2020: keep on learning - IKL2020), foi aprovado. No entanto, e atendendo às contingências da pandemia Covid-19, foi prorrogado por dois anos, terminando a 30 de novembro de 2022. Antes da elaboração desta candidatura, a equipa procedeu a um trabalho de pesquisa de informação sobre a mesma, análise da documentação de candidatura e prazos. O processo de seleção de participantes foi transparente e democrático, abrindo-se inscrições para os docentes interessados em efetuar mobilidades e organizou-se uma reunião com os mesmos. De acordo com os seus interesses e, tendo em conta o Projeto Educativo da Escola, assim como o sentido da candidatura, foram escolhidas várias formações na plataforma School Education Gateway, que correspondessem às necessidades de formação dos docentes. Realizouse uma sessão de esclarecimento para o pessoal docente com os responsáveis pela Assessoria ao programa, na RAM, Telmo Gomes e Marina Silva,


em 2019. Participou-se, ainda, na “Sessão de Apoio a Candidaturas 2020 - KA1|mobilidade para fins de aprendizagem”, realizada nas instalações do Colégio dos Jesuítas, em janeiro de 2020. Os participantes foram selecionados de acordo com as suas manifestações de interesse de formação e em função da “Estratégia de Internacionalização da Escola”, o que possibilitou um factor motivacional acrescido. Pertencem às estruturas de Gestão e de Gestão intermédia da Escola, assim como à Coordenação de projetos de educação formal e não-formal. Participam, ainda, Técnicos Superiores. No início deste ano letivo, 2020-2021, em contatos mantidos com a Agência Nacional, fomos aconselhados a adiar as mobilidades físicas, em consequência da evolução da pandemia Covid-19. Assim, será feita uma nova calendarização para as mobilidades previstas e, caso seja necessário, a substituição de algumas formações. Como última opção, poder-se-á substituir as mobilidades físicas por mobilidades virtuais. A Agência Nacional aconselha os docentes envolvidos neste projeto a participar em Webinares de preparação, na plataforma School Education Gateway. As atividades previstas serão divulgadas em várias plataformas digitais, tais como: https://esjminovacao2020continuaraaprender. wordpress.com/ Instagram: erasmus2020jm O Projeto “Inovação 2020: continuar a aprender IKL2020” As metas europeias de Educação visam que os alunos do século XXI sejam proficientes num conjunto de competências que integram a aprendizagem ao longo da vida, a capacidade de adaptação a um sistema ativo de mobilidade pessoal e profissional e o domínio das NTIC. “Inovação 2020: continuar a aprender - IKL2020” é o título deste projeto que visa capacitar os docentes e não-docentes para dotar os jovens alunos da ESJM de mais e melhores ferramentas que cumpram esses objetivos. O modo como se integra a tecnologia nos sistemas de ensino e de aprendizagem constitui um forte dispositivo mobilizador de melhores competências das diversas literacias consideradas. Assim, a criação de contextos de aprendizagem mais competentes faculta aos jovens melhores possibilidades de prossecução de estudos e de oportunidades de emprego. Um conjunto de cerca de quarenta docentes, empenhados e comprometidos com os ideais europeus e com a construção de novos paradigmas de liderança e de ensino, na Escola, visa participar nestes cursos para serem o melhor exemplo para os seus alunos: continuar a aprender, como mais-valia de conhecimento para o século XXI. As atividades de

mobilidade foram escolhidas no sentido de atingir os seguintes resultados: a) integrar a inovação, através das NTIC, nos modos de liderar, organizar e ensinar; b) estabelecer parcerias estratégicas que possibilitem a continuidade do projeto para além do seu termino; c) formar uma rede de profissionais motivados e motivadores para a disseminação dos ideais/ valores europeus de Educação na sua diversidade multicultural; d) melhorar a comunicação em LE, em especial o Inglês; e) criar um modelo inovador de ensino que se reflita, concretamente, nas aprendizagens dos alunos. Para além dos relatórios que são uma parte importante da Avaliação, esta assumirá uma diversidade de formas e suportes de modo a promover, junto dos participantes, uma cultura de compromisso empenhado na prossecução dos objetivos definidos. Em função das metas definidas, das estratégias e das ações de mobilidade previstas, espera-se um significativo impacto nos alunos, no quadro docente e não-docente e na instituição. Espera-se, ainda, que os vários parceiros estratégicos reforcem a confiança na capacidade da Escola em desenhar cenários de futuro e de encontrar os meios para os atingir. Atualmente, as sociedades falam-nos de fragmentação, precariedade e desigualdade. Mas também falam de esperança. Na Escola, costumamos falar de futuro: o da instituição, o dos docentes, o dos nossos alunos. Como será viver num mundo incerto, globalizado e exigente, em 2050, por exemplo? Estamos cientes do presente e, mesmo antecipando e desenhando cenários, encontrando as possíveis forças e fraquezas, temos a certeza do dever de agir aqui e agora. Esta constatação, que é simples na formulação, mas complexa nas respostas, é o que nos move no sentido da aprendizagem permanente, da vontade de agir para inovar, renovando-nos. Acreditamos que, afinal, o único problema ao qual pretendemos, efetivamente, dar resposta é só um: somos capazes de garantir uma preparação científica e pedagogicamente eficaz, aos nossos alunos, que os deixe confortáveis e felizes no mundo do futuro que pensámos? O conhecimento e a aprendizagem vão moldar o futuro, novas componentes de literacia impõem-se, ferramentas fundamentais na apreensão e compreensão do mundo. Queremos cumprir os nossos desígnios, queremos continuar a aprender. Já neste ano letivo, foi recentemente aprovada a candidatura n.º 2020-1-PT01-KA120-SCH-094874, no âmbito do “Processo de Acreditação KA1”, para o período 2021-2027, o que muito honra a Escola e


que, para além do acréscimo de compromisso e de responsabilidade, representa janelas de oportunidade através das quais deveremos, com brio, olhar. – Fernanda Freitas com a colaboração de Ana Maria Kauppila 2.1.2. Integração em projetos da Ação Chave 02 do Programa ERSMUS+ Participar num projeto Erasmus+ é ter a possibilidade de contactar com outras pessoas, outras realidades e outras culturas, construindo e enriquecendo, dessa forma, o conhecimento do mundo que nos rodeia. Permite, também, contribuir para a promoção dos valores europeus, como o respeito pela dignidade humana, a liberdade, a democracia, a igualdade, o Estado de direito e o respeito pelos direitos humanos, desenvolvendo, ao mesmo tempo, valores fundamentais como a não-discriminação, a tolerância, a justiça, a solidariedade e a igualdade entre homens e mulheres. Nesse sentido, no presente ano letivo, a Escola Secundária Jaime Moniz oferece aos seus alunos a possibilidade de participarem em dois projetos Erasmus+ (KA2): Creative Literature Laboratory (integra os seguintes países: Alemanha, Turquia, Polónia e Portugal) e Helping and Learning Without Borders (integra os seguintes países: Polónia, Espanha, Itália, Finlândia, Grécia e Portugal). O primeiro, Creative Literature Laboratory, cujo país coordenador é a Alemanha, é coordenado, nesta Escola, pelas docentes Isabel Barros e Andreia Almeida. Tem como principal objetivo incentivar a escrita criativa dos alunos, fomentando um maior conhecimento dos autores de renome oriundos dos países participantes neste programa. Desse modo, entre outros aspetos, pretende-se incentivar, nos jovens, o interesse pelas obras literárias de autores portugueses, promovendo não só uma compreensão mais profunda acerca das suas raízes culturais, mas também o gosto pelas obras de autores estrangeiros, aprofundando-se, simultaneamente, o conhecimento da língua alemã através da reflexão sobre as atividades inerentes à leitura e à escrita. O segundo projeto, Helping and Learning Without Borders, coordenado, nesta escola, pelas docentes Alzira Mendes e Teresa Sofia Gouveia, tem como país coordenador a Polónia e ambiciona, acima de tudo, abordar situações relacionadas com a integração, inclusão, comunicação, bem-estar e sucesso dos alunos, sempre num ambiente de cooperação, numa perspetiva de abertura a diferentes realidades. Pretende-se preparar os alunos para a vida no mundo moderno, dotando-os de competências que lhes

permitam integrar-se num quadro em constante mudança, tais como resolução cooperativa de problemas, inovação, comunicação, inteligência emocional, adaptação e consciencialização cultural. Através de uma aprendizagem baseada em projetos cooperativos, trabalhar-se-ão os tópicos da proteção do meio ambiente, envolvendo os alunos no voluntariado. – Alzira Mendes, Andreia Almeida, Isabel Barros e Teresa Sofia Gouveia. 2.2. Parlamento dos Jovens – Coordenação de Alzira Mendes e Andreia Almeida O programa “Parlamento dos Jovens” é um projeto de âmbito nacional. Com este projeto pretende-se, acima de tudo, incentivar o interesse dos jovens pela participação cívica e política, sublinhando a importância da sua contribuição para a resolução de questões que afetam o seu presente e o futuro individual e coletivo; perspetiva-se também incentivar as capacidades de argumentação na defesa das ideias, com respeito pelos valores da tolerância e da formação da vontade da maioria. No presente ano letivo, e na sequência de um convite que lhes foi endereçado pela direção nacional, o grupo do “Parlamento dos Jovens” será responsável pela organização do MadeiraMUN 2021, que se prevê possa ocorrer nos dias 02 e 03 de abril de 2021 (após um adiamento devido à atual pandemia), na sala de sessões da Assembleia Legislativa Regional. O Modelo das Nações Unidas (abreviado para MUN, do inglês Model United Nations) é uma simulação de um debate das Nações Unidas que é realizada ao nível do Ensino secundário e universitário. No MUN, os estudantes participam como “delegados” (delegates, em inglês) de um Estado membro da Organização das Nações Unidas (ONU) e simulam comités da mesma. Este tipo de experiências não só permite o envolvimento dos estudantes no debate de importantes e atuais questões internacionais, como também o alargamento da sua visão do mundo e do seu conhecimento no que diz respeito às relações internacionais e ao papel da ONU. Deste modo, os jovens desenvolvem o seu espírito crítico, bem como as tão importantes soft skills. O MUN ambiciona educar os seus participantes relativamente a questões cívicas, de comunicação eficaz, globalização e diplomacia multilateral. Ainda no âmbito do Parlamento dos Jovens, as coordenadoras estão, também, a implementar um projeto internacional – Thirst Project, cujo objetivo principal é sensibilizar a comunidade para o problema da falta da água potável, bem como a angariar fundos para a perfuração de poços, principalmente


em países africanos, onde este problema é mais premente. Devido à situação pandémica que vivemos e às medidas de contingência a ela associadas, este projeto está a ser desenvolvido não só por algumas turmas, no âmbito da área de Cidadania e desenvolvimento, mas também em parceria com o grupo de “Teatro O Moniz – Carlos Varela”. - Alzira Mendes e Andreia Almeida. 2.3. Escola Embaixadora do Parlamento Europeu - Coordenação de Ana Maria Kauppila e Cecília Ferreira O Projeto “Escola Embaixadora do Parlamento Europeu (EEPE)”, da Escola Secundária Jaime Moniz, pretende dar a conhecer, a toda a comunidade educativa, a importância do Projeto Europeu, enquanto União e, nesta, um dos seus órgãos, o Parlamento. Os alunos que integram este projeto são designados “Embaixadores Júnior” e as Coordenadoras do mesmo, “Embaixadoras Sénior”. O EEPE/EPAS é, então, um programa à escala europeia, de cariz pedagógico, dirigido aos alunos do ensino secundário, regular e profissional, do 10º e 11º ano de escolaridade, implementado nos 27 Estados-membros da EU, desde 2016. É cada vez maior o número de escolas portuguesas que têm aderido ao programa, sendo que a Escola Secundária Jaime Moniz integra a rede nacional e europeia das Escolas Embaixadoras do Parlamento Europeu (EEPE/ EPAS), desde o passado dia 15 de outubro de 2018. A Coordenação Nacional deste Projeto está a cargo do “Gabinete de Ligação do Parlamento Europeu”, em Portugal, através da Coordenação Pedagógica da Gestora Nacional do Programa, Professora Isabel Baltazar (a partir do ano de 2021). Entre os inúmeros objetivos deste Projeto, destacamse: a) promover a consciencialização para a Europa/União Europeia e para a democracia parlamentar europeia entre os jovens; b) proporcionar um conhecimento ativo sobre a União Europeia em geral e o Parlamento Europeu em particular; c) divulgar os princípios fundadores da EU, os seus objetivos e as suas múltiplas iniciativas, em especial dirigidas aos jovens; d) fomentar a participação em iniciativas que possam colaborar, interdisciplinarmente, no âmbito da edificação de pilares fundamentais de cidadania tal como enunciado nas diversas declarações europeias (ou outras de proveniência diversa) referentes aos direitos humanos. As atividades deste programa expressam-se

particularmente através das parcerias com entidades europeias (Ex. EuropeDirect-Madeira) e locais, assim como contam com a colaboração regular de personalidades da sociedade civil e do meio político no sentido de enriquecer a formação proporcionada aos seus participantes. Têm sido, igualmente, desenvolvidas inúmeras iniciativas no sentido de promover as dimensões do que se considera, atualmente, uma literacia europeia, a saber encontros sob a modalidade de “Café-Europa”, conferências, debates, assim como iniciativas de divulgação de matérias europeias, junto da comunidade educativa, como foi o caso da atividade de sensibilização à participação nas últimas eleições europeias. Através deste projeto, a Escola já representou o País numa iniciativa do Parlamento Europeu e, já neste ano letivo e através de um convite especialmente dirigido ao mesmo, a Escola representou a Região numa atividade, “Euroescolas online”, uma oportunidade para os Embaixadores-júnior poderem colocar questões aos deputados Europeus. A disseminação/divulgação das iniciativas e das diversas atividades empreendidas por este projeto é consultável em: - web oficial da Escola – www.jaimemoniz.com , no separador, Infopoint Europa. - https://www.instagram.com/eepejaimemoniz1/ -https://www.facebook.com/Escola-Embaixadorado-Parlamento-Europeu-EEPE-JaimeMoniz-103571661097810 - Ana Maria Kauppila, com a colaboração de Cecília Ferreira. 2.4. Clube Europeu - Coordenação de Ana Maria Kauppila e Luísa Gomes As atividades desenvolvidas no âmbito deste projeto decorrem, quase sempre, no quadro da articulação interna entre os projetos europeus. Desenvolve uma grande iniciativa, por período, com a colaboração de um ou mais parceiros-estratégicos, com o intuito da sensibilização e aprofundamento da literacia europeia. Tem uma vocação de sensibilização às questões ambientais e de preservação das riquezas naturais, pelo que é, habitualmente, privilegiada a colaboração com o IFCN. Neste âmbito, também colaborou/colabora com o NUCLIO, sobretudo através da realização de atividades no âmbito do Projeto Erasmus KA2 - IDiverSE. O Clube visa, ainda e neste quadro, prosseguir a sua meta de contributo para a realização dos objetivos do “Pacto Ecológico Europeu”. O Clube Europeu desenvolve diversas iniciativas de informação e sensibilização para as temáticas europeias, através de uma parceria, já


consolidada, com a representação, na Região, do “EuropeDirect-Madeira”. Foram muito importantes as sessões de sensibilização e de debate, mas também as saídas de campo no quadro de um trabalho de proximidade às questões abordadas, sobretudo as que respeitam ao ambiente e à sua defesa e preservação. O Clube Europeu nas redes sociais: https://www.facebook.com/clubeeuropeuesjm – Ana Maria Kauppila.

do Presidente da Assembleia Legislativa Regional, do Secretário Regional de Educação e da Presidente do Conselho Executivo da Escola. Durante um dia, as páginas das redes sociais deste projeto e da Escola, foram “habitadas” por estes contributos, assim como os oficiais institucionais provenientes da UNESCO. Na implementação do projeto são privilegiadas estratégias de educação não-formal. – Ana Maria Kauppila.

2.5. Escola UNESCO Coordenação de Ana Maria Kauppila com a colaboração de Fernanda Freitas

2.6. Ponto e Vírgula – Coordenação de Ana Maria kauppila e Célia Gonçalves

A Escola atua num quadro político e social muito complexo, agora agravado pela incerteza, inclusive relativamente ao modo como o ano letivo decorre, com as necessárias adaptações e consequentes reajustamentos e readaptações. É verdade que um dos propósitos principais das atividades não-curriculares, em geral e das que integram este Projeto, em particular, radica na proposta de participação em iniciativas e atividades que decorrem fora do âmbito (físico) da Escola, proporcionando contextos de contacto com instituições, eventos, pessoas que desafiam à construção de competências essenciais e complementares às curriculares. O contexto específico da pandemia obrigou-nos à implementação das atividades previstas (possíveis) no formato online. No âmbito específico da “Escola UNESCO”, estabelecemos uma parceria com o Núcleo Museológico da ESJM, no sentido da recuperação dos quadros de Max Römer (para a qual já garantimos a peritagem da Direção Regional de Cultura e Património, assim como um patrocinador para financiar o seu custo). Esta fase (recuperação) foi adiada devido ao contexto pandémico, mas assim que possível será retomada pois a peritagem foi já realizada. Ainda no quadro desta parceria, têm sido aprofundadas algumas atividades destinadas aos alunos e ao pessoal não-docente, no sentido da sensibilização ao conhecimento e valorização do património desta instituição escolar. A Escola tem respondido, através deste projeto, a vários desafios sendo que gostaríamos de destacar, neste âmbito, a participação na iniciativa Futures of Education que envolveu os órgãos diretivos, pessoal docente e não-docente, assim como os alunos. Uma outra iniciativa que já levámos a cabo, exclusivamente no formato online, foi a celebração do Dia Mundial da Educação. Para tal, contribuíram alunos, docentes e não-docentes, tendo a celebração contado, ainda, com mensagens muito especiais: a

Este projeto é da responsabilidade da SRECT, com a colaboração do DN-Madeira. No entanto, e apesar de as atividades/formatos serem da responsabilidade e definição da SRECT, este ano letivo tem proporcionado novos contextos de colaboração, mais alargada, recolhendo os contributos de cada vez mais alunos de áreas e proveniências diversas. São privilegiadas, pela Coordenação regional, as áreas do Jornalismo, História e Património, Fotografia e Arte, Vídeo e Rádio. O resultado da participação consubstancia-se na publicação, mensal, dos formatos exigidos. Cada escola participa através de dois alunos-correspondentes e de um ou dois docentes coordenadores. A integração deste Projeto, no quadro do Educação 4.0 deveu-se, principalmente, a uma questão de facilitação de contactos, uma economia de esforço e um contexto privilegiado de colaboração e de divulgação da informação. É um projeto muito interessante que coloca desafios aos alunos, quase sempre “fora da caixa” e que colabora na prossecução das “Aprendizagens essenciais” e do “Perfil do aluno à saída da Escolaridade Obrigatória”. Para a implementação do mesmo, contamos com a colaboração regular do Departamento das Expressões, em especial das Artes Visuais, não só num quadro de valorização do trabalho colaborativo, mas também, do relevo que esta área tem na Escola. Tem sido uma colaboração profícua, apesar de exigente nos formatos, mas que nos tem dado profundas alegrias. Este ano letivo, contámos, pela primeira vez, com a colaboração de dois Projetos, na Área da Cidadania e Desenvolvimento, através do empenho e interesse das docentes responsáveis e dos alunos participantes. Acreditamos, por isso, que o trabalho colaborativo é o futuro da Educação.

Ana Maria Kauppila Apesar de não integrar, inicialmente, o Educação 4.0, os dois projetos que se seguem resultaram de um convite feito à Escola, pelo NUCLIO, convite


este que, na sequência da participação daquela, no Projeto ERASMUS+ KA02 - IDverSE, foi aceite com entusiasmo. Presentemente, o projeto reúne esforços no quadro desta plataforma pluridisciplinar e colaborativa e trabalha, ainda, de modo informal. Projeto Global Science Opera for Schools (GSO4SCHOOL) – Coordenação de Fernanda Freitas Em 2019, arrancou o projeto Erasmus + GSO4SCHOOL que está diretamente ligado à formação de professores e à criação de recursos pedagógicos de suporte ao GSO. Portugal participará em 2021, com três escolas, nesta iniciativa tendo a Escola Secundária Jaime Moniz sido convidada a participar pelo NUCLIO. Participar no Global Science Opera (GSO) significa criar uma performance artística com os alunos sobre um tópico científico e, caso seja possível, colaborar com escolas de outros países na sua criação. Esta performance pode assumir a forma de uma cena teatral, uma dança, a composição de uma música, canto, criação de cenário, story-telling, poesia, etc. Esta abordagem deixa uma grande liberdade para a criatividade. Este ano, o tema será a “Restauração de Ecossistemas”. O foco será no ecossistema local, mas os docentes e alunos podem escolher o seu próprio subtópico, adaptado à sua área local. Isto significa que a ópera final será uma colagem das cenas criadas por alunos e professores de diversas partes do mundo, visitando diferentes ecossistemas. Alguns docentes da Escola Jaime Moniz, que participaram no Projeto Erasmus KA2, IDiverSE, cuja entidade promotora foi o NUCLIO, decidiram aceitar este novo desafio e explorar os ecossistemas locais e criar uma performance artística baseada nestes. Os docentes que manifestaram interesse em participar são: António Freitas, Cecília Ferreira, Conceição Campanário, Elisabete Chaves, Fernanda Freitas, Lídia Lira, Marco Ribeiro, Ricardo Abreu e Teresa Visinho. A coordenação nacional é de Priscila Sousa, do NUCLIO.

Fernanda Freitas e Priscila Sousa (NUCLIO) Projeto Global Science Opera – Coordenação de Fernanda Freitas O Global Science Opera surgiu, em 2014, resultado de um sonho: unir alunos do mundo inteiro na aprendizagem das Ciências por meio da performance artística. Esta ideia surgiu de uma colaboração entre vários projetos internacionais, instituições e redes de voluntários: o projeto “CREAT-IT”, da Comissão Europeia, Global Hands on Universe (GHOU), o

Programa de Formação de Professores, Galileo (GTTP) e o projeto Write a Science Opera (WASO), do Espaço Económico Europeu. O conceito GSO foi desenvolvido durante sua primeira produção, “SkyLight”, em colaboração com a União Astronómica Internacional (IAU) e sancionado pelas Nações Unidas como uma iniciativa oficial do “Ano Internacional da Luz 2015”. Assim, a jornada GSO começou, realmente, quando este pedido foi aprovado, no verão de 2014. No âmbito da primeira edição, “SkyLight”, período de julho de 2014 a outubro de 2015, uma rede de instituições de 38 países foi convidada a participar. Tratou-se de escolas, universidades, óperas e instituições de ciência e arte. Foi empreendido um esforço global, democrático e criativo, que exibia uma hierarquia plana na qual os alunos podiam interagir com professores e compositores; podiam interagir com físicos, professores de ciências e educadores de ópera, sendo que todos os participantes podiam aprender livremente e explorar, com todos outros. Democracia, respeito e amizade eram, e serão, o coração desta comunidade. Desde então, o projeto já conta com 6 edições, sendo a próxima, “Thrive” planeada para novembro deste ano. Ao longo dos anos, o GSO foi a iniciativa principal do projeto da Comissão Europeia, “Developing an Engaging Science Classroom (CREATIONS)” e um foco de pesquisa no projeto do Norwegian Research Council “Integrating Science of Oceans, Physics and Education (iSCOPE)”. O Global Science Opera (GSO) é inspirado no trabalho da Professora Anna Craft (1961-2014) e, especialmente, nas suas contribuições para o campo da criatividade na educação. Para mais informações e visualizar as “Óperas” de anos anteriores consultar o link: https:// globalscienceopera.com/

Fernanda Freitas


do Parlamento Europeu (EEPE) Sessão Euroscola Online Coordenação geral: Cecília Ferreira

No passado dia 12 de fevereiro, decorreu na nossa Escola uma sessão em direto com o Parlamento Europeu, integrada no programa Euroscola. Resultado da situação sanitária vivida, o Euroscola foi, infelizmente, forçado a cancelar todas as sessões presenciais que deviam ter tido lugar desde março de 2020, passando as mesmas, em função da sua natureza educativa, a serem realizadas no modo online, permitindo assim a participação, de forma remota mas interativa, nas questões da União Europeia (UE).

Consideramos importante e recomendamos a participação de todos os estudantes neste projeto, fomentador de uma participação ativa, enquanto cidadãos, em questões europeias.

O tema de trabalho desta sessão online foi a Carta dos Direitos Fundamentais da UE. Na sequência do trabalho desenvolvido junto da nossa comunidade educativa, em questões e temáticas de natureza europeia, a Escola Secundária Jaime Moniz foi convidada pela direção do Gabinete de Informação do Parlamento Europeu (GIPE), em Portugal, a integrar a sessão plenária de trabalhos do PE para este dia, sendo representada por cinco alunos da turma 10º5, na qualidade de embaixadores júnior acompanhados de uma das embaixadoras sénior ,do Projeto EEPE da Escola e pela Presidente do CE da Escola, Doutora Ana Isabel Freitas.

Francisca Damião (nº 4 – 10º5), Francisco Murta (nº 5 – 10º5), Helena Sá (nº 7 – 10º5), Isabel Gonçalves (nº 9 – 10º5), Mariana Dionísio (nº 19 – 10º5).

Apreciação efetuada pelos Embaixadores Júnior do Projeto EEPE da ESJM Cada vez mais nós, adolescentes, devemos ter um papel interventivo na sociedade. Iniciativas como esta potenciam interesse, participação e conhecimento permitindo-nos viver novas experiências, adquirir novos conhecimentos e a oportunidade de participar em projetos nacionais e europeus. Sendo esta a nossa primeira participação numa sessão do Parlamento Europeu, tivemos a possibilidade de colocar as nossas questões diretamente à VicePresidente do mesmo, Mrs. Roberta Metsola, o que, além do nosso nervosismo e responsabilidade em representar bem a nossa Escola, foi um motivo de grande orgulho para nós constatar o interesse da Vice-Presidente em responder às nossas questões.

Agradecemos o convite que nos foi endereçado e toda a orientação dada pelas coordenadoras do Projeto EEPE, em especial à nossa professora Cecília Ferreira e a presença da nossa presidente Doutora Ana Isabel Freitas na sessão.

Embaixadores Júnior:

Embaixadora Sénior: Cecília Ferreira


Escola Jaime Moniz mostra

“Livros de uma vida”

Teresa Florença

Livros de uma vida é o tema da exposição que a Biblioteca Jaime Moniz e o Núcleo Museológico “O Lyceu” dão a conhecer entre os dias 15 março e 7 de maio, no Largo do Museu. Tratase de uma mostra temporária, identificativa da biblioteca pessoal do professor Luís Manuel Ferreira Gonçalves (Angélica), um espólio doado à Escola Secundária Jaime Moniz conforme vontade expressa pelo próprio, que no referido estabelecimento escolar desempenhou funções docentes desde 1975 até 2008, ano em que se aposentou. A exposição, que poderá será visitada virtualmente através do link….... … , mostra os livros de uma vida, reveladores dos interesses do colecionador, das vivências pessoais, dos caminhos trilhados, das diferentes culturas que absorveu. A coleção, hoje à guarda da Biblioteca Jaime Moniz, integra cerca de 5000 monografias dos nove campos do saber: Generalidades, Filosofia/Psicologia, Religião, Ciências Sociais, Ciências Puras e Aplicadas, Arte/Desporto, Língua/literatura e Geografia/ Biografia/ História. Ao conjunto juntam-se alguns livros que pertenceram ao Padre Manuel Juvenal Pita Ferreira, seu familiar. A Literatura Portuguesa constitui o maior conjunto, seguindo-se a Literatura Universal, a História, Antropologia Cultural, a Arte, a Religião, Biografias e produções editadas e sobre a Madeira. No campo das generalidades, encontramse dicionários e enciclopédias de diversas temáticas e publicações periódicas nacionais e estrangeiras. Neste âmbito, as revistas formam um núcleo com cerca de 80 títulos que traduzem

o gosto pela criação literária, pelo jornalismo, pelo conhecimento do mundo, pelo que de novo se foi produzindo no país e no estrangeiro, nomeadamente em França. São exemplos desses interesses os títulos: Colóquio, Antropologia portuguesa, Análise Social, Geo, Boletim da Casa de Camilo, Grande Reportagem, Tabacaria, Camões, Islenha, Magazine Littéraire, Lire-Le, Magazine des livres. Em 2016, a coleção do professor Luís Manuel Angélica foi entregue pela família à Escola Secundária Jaime Moniz, que disponibilizou as salas 209, 210, 211 e 212 para o seu acondicionamento. Alvo de catalogação, indexação, classificação e lançamento no sistema Porbase 5, a pesquisa poderá ser efetuada na biblioteca da Escola Jaime Moniz ou no endereço do Arquivo e Biblioteca da Madeira. A entrada desta coleção particular veio enriquecer o acervo da Biblioteca Jaime Moniz hoje constituído por mais de 67 mil livros, dos quais 632 são monografias raras que se encontram à guarda do Arquivo e Biblioteca da Madeira, para além dos 390 títulos de revistas, nacionais e estrangeiras. A Biblioteca Jaime Moniz agradece à família do professor Luís Manuel Angélica toda a disponibilidade manifestada em todo o processo de entrega e a todas as pessoas que contribuíram para que este projeto se concretizasse.


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A Origem da Nas culturas ocidentais, a Páscoa é talvez a comemoração mais importante a seguir ao Natal. A sua origem está contida nos rituais pagãos e remonta a séculos antes do nascimento de Cristo. Por essa época as tribos pagãs da Europa adoravam a deusa da primavera, “EE-ah-tra”, mais tarde chamada de Eostre. Para prestarem culto a essa deusa, no final do mês de março eram organizados festivais. Acredita-se que o nome da deusa Eostre foi evoluindo, tanto na língua inglesa como na alemã, até chegar a Easter e a Ostern, respetivamente, e que significam Páscoa. A Páscoa também já era celebrada pelos judeus antes do nascimento de Jesus, mas sem qualquer sentido religioso. Era festejada como o dia da liberdade, após anos de escravidão no Egipto. Já para a civilização cristã, a palavra “Páscoa” tem origem na palavra hebraica “Pessach” que significa “passagem” pois celebra o renascimento de Jesus Cristo e sua ascensão ao céu dois dias depois da sua morte na cruz (sexta-feira santa).

Páscoa na Alemanha 1. Celebração da Páscoa O feriado da Páscoa decorre durante três dias: Sexta-feira Santa (Karfreitag), Domingo de Páscoa (Ostersonntag) e Segunda-feira de Páscoa (Ostermontag).

Grupo 330 - Alemão

2. A chegada da primavera A Páscoa é comemorada por dois motivos: Pela religião e pela chegada da primavera.

3. Fogueira da Páscoa Em alguns lugares na Alemanha, é comum, no Sábado de Aleluia à noite, acender-se uma enorme fogueira com muitos galhos secos, com a chama bem alta, para ser vista de longe. É em torno dessa fogueira que amigos e famílias celebram esta data e a despedida do inverno.

4. Decorações de Páscoa Na Páscoa, as casas são decoradas como no Natal. É tradição pintar ovos cozidos, bem coloridos, ou esvaziá-los e igualmente decorá-los para os pendurar em galhos, como se fosse uma “árvore de Páscoa”. Esta simboliza a fertilidade e a vida, motivo pelo qual o coelho é o responsável por trazer os ovos. Claro que é sempre possível comprar estes ovinhos em plástico ou vidro para decoração.


5. Os Ovos de Páscoa A relação do ovo com as diversas culturas humanas é já ancestral. Desde os primórdios da humanidade que o ovo foi considerado como a mais perfeita embalagem da natureza. Sabe-se que os sacerdotes druidas escolheram a imagem do ovo como seu símbolo. Os chineses tinham o hábito de pintar ovos de pata para celebrarem a vida que deles nasce. No antigo Egito, Pérsia, Grécia e Roma os ovos eram dados como presente para celebrar a chegada da primavera e eram cozidos e comidos durante as celebrações. Estas culturas consideravam o ovo como símbolo do universo, como o princípio da vida. No entanto a relação do ovo com a Páscoa só chegou à Europa por volta do século XV. Supõe-se que foram os missionários e os cruzados que trouxeram para a Europa Ocidental o costume de se usar os ovos como presentes de Páscoa, que naquela altura eram pintados de vermelho para representar o sangue de Cristo. Os cristãos rapidamente adotaram essa tradição e o ovo passou assim a ser o um dos símbolos da época da ressurreição de Jesus Cristo. Por volta do século XVII aparecem os primeiros ovos de chocolate e mais tarde, na década de 60 aparecem os ovos de plástico, recheados de pequenos ovos de chocolate ou de bombons.

Contudo, acordar de manhã e procurar os deliciosos e coloridos ovos, escondidos pelos coelhinhos da Páscoa, é um costume que não pode ser esquecido pois, além de ser muito divertido, remete-nos às maravilhosas lembranças da infância.

6. Coelhinhos de chocolate na Páscoa Tradicionalmente, não são os ovos de Páscoa que são de chocolate, mas sim os coelhinhos. Claro que hoje todos conhecemos os ovos de chocolate! Na verdade, o animal escolhido para apresentar na Páscoa foi uma lebre e não um coelho. Desde a antiguidade que a lebre, cuja gestação dura apenas um mês, era considerada a representação da Lua, que neste mesmo espaço de tempo passa da escuridão da Lua Nova ao brilho da Lua Cheia. E era assim que, para os povos antigos, a última Lua cheia após o equinócio de inverno determinava a data da Páscoa. A relação da lebre com a Páscoa deve-se ao facto de ter sido escolhida pelos povos anglo-saxões da era pré-cristã como a figura representativa da fertilidade, devido à sua característica de se reproduzir rapidamente e em grandes quantidades. Numa época onde a taxa de mortalidade era altíssima, as lebres eram assim associadas à abundância da nova vida após um inverno de privações, bem como sinónimo de preservação da espécie e esperança de melhores condições de vida. Existe, porém, uma lenda de que o coelho da Páscoa era um magnífico pássaro que pertencia à deusa Eostre e que um dia se transformou em coelho. Mas como no seu interior, na sua alma, continuava a sentirse como um pássaro, continuou, já como coelho, a construir o seu ninho e a enchê-lo de ovos.


da Páscoa na Alemanha (Páscoa)

(amêndoas)

(Fogueira da Páscoa)

(Ovos da Páscoa)

(árvore da Páscoa)

Frohe Ostern an alle! (Coelho da Páscoa)

(Pintainhos)

(Cordeiro daPáscoa)

(Narcisos)


E XPOSIÇÃO ARTES

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Alemão MADEIRA

Grupo 330 - Alemão

No presente ano letivo, recebemos, na nossa Escola, a visita de um docente Alemão, o professor Haydar Sakat, que permaneceu na nossa Região entre setembro e dezembro. A sua passagem pela Escola Secundária Jaime Moniz possibilitou a alunos, docentes e não docentes o contacto com um falante nativo de língua alemã e, acima de tudo, uma troca de conhecimentos, saberes e experiências que vão para além da pura aprendizagem de uma língua estrangeira. Apresentamos, de seguida, um relato na primeira pessoa das suas atividades e impressões na passagem pela Madeira e pela ESJM (a partir do relatório feito pelo professor Haydar Sakat do seu estágio na Madeira, apresentado ao Goethe Institut, entidade organizadora do mesmo).

A viagem Uma vez que a hipótese do estágio em Portugal surgiu pouco tempo antes da sua concretização, as minhas expectativas eram relativamente baixas. Só conhecia a Madeira, região autónoma de Portugal, através de relatórios de viagens de amigos. Isso fez desta possibilidade um capítulo totalmente novo. Das minhas viagens anteriores pelo território continental, tinha a ideia de Portugal como um país muito aberto e amigável e, por isso, fiquei muito animado com a possibilidade de fazer o estágio previsto. Tinha lido que a Madeira era um dos lugares mais seguros na Europa, mas sabia que havia certas restrições e medidas (como o uso da máscara) por conta da pandemia causada pela COVID-19. Devido aos regulamentos locais, fui informado antes do início do estágio da necessidade de um segundo teste Covid-19 negativo, imprescindível para poder trabalhar em instituições públicas. Levantaram-se questões como: Como está a escola a lidar com esta nova realidade? Como reagem os

colegas e alunos e a toda esta conjuntura? Poderei implementar os exemplos de aulas planeados, quando o trabalho em grupo e as interações não são permitidos? Em relação aos meus objetivos, por outro lado, tinha ideias claras, porque estas, no seu conjunto, dependiam da finalidade de ser professor. O desejo de trabalhar como professor em diferentes partes do mundo, acompanha-me desde o início do meu curso. Este desejo está relacionado, principalmente, com a minha paixão por viagens, mas também com a possibilidade de poder relacionar-me e interagir com pessoas de todo o mundo. O Goethe Institut constitui uma rede de formação que coloca em primeiro lugar a formação contínua e a língua, conseguindo a conjugação das duas. Para a consecução do meu objetivo, era importante que, além do conhecimento técnico e didático, eu pudesse aprender o máximo possível com os colegas no local. Observar os seus métodos de trabalho era um dos grandes objetivos do estágio.

A escola e o estágio A Escola Secundária Jaime Moniz, fundada em 1837, é uma de várias escolas secundárias no Funchal. Está localizada no centro da cidade, ao lado do famoso “Mercado dos Lavradores”. Notáveis, para além da enorme dimensão da escola, são as instalações. O chão de madeira, as nostálgicas salas de aula e as exposições nos corredores ainda hoje testemunham a idade da Escola. Num edifício separado, denominado “Anexo”, existem também salas de aula que se assemelham a salas de aula em universidades. São os chamados anfiteatros. A natureza especial da Escola deu-me a sensação de ter experimentado um salto no tempo, de que gostei muito, com uma qualidade própria, que eu não conhecia


nas escolas alemãs relativamente modernas. No geral, as condições gerais da Escola Secundária Jaime Moniz são excecionais. A escola oferece oportunidades variadas com diferentes professores, o que permite obter uma visão global do ensino. Com premissas interessantes, a escola transmite um sentimento geral que fez do estágio uma experiência muito especial para mim, com vivências muito positivas. A Escola possui equipamentos tecnológicos que tinham de ser requisitados atempadamente (computador portátil, router, projetor, tela). Os muitos funcionários auxiliares que estão nos corredores são responsáveis, por exemplo, por limpar os quadros após as aulas e também ajudam com o equipamento. Pouco tempo depois, já sabiam exatamente qual o projetor e qual o cabo que eu precisava para o meu portátil. O equipamento técnico representou um grande desafio na escola, porque os computadores e projetores eram desatualizados e, por vezes, incompatíveis entre si. Por essa razão, alguns professores tinham os seus próprios projetores, que traziam para as apresentações. Como eu dependia da tecnologia para a maioria das aulas, tinha de encontrar a pessoa responsável muito antes da aula começar, para poder acompanhar a montagem do projetor e do cabo HDMI. Liguei-me à Internet com o meu próprio telemóvel, que partilhei como hotspot. As professoras do grupo de alemão são muito prestáveis e atenciosas. A colaboração entre elas pareceu-me muito boa. Essa colaboração não era percetível apenas nas discussões do grupo, mas também nas salas dos professores e noutros espaços comuns, onde falavam entre si sobre as aulas ou assuntos privados. Com a minha chegada, a conversa alargava-se, passando a tratar não só de assuntos relacionados com a Alemanha e das aulas,

como também de assuntos pessoais. Um falante nativo de alemão representou uma grande mais valia para os alunos e, para as colegas do grupo, foi também uma oportunidade de trocar ideias em alemão. Na sala de aula, o trabalho conjunto com alunos foi muito harmonioso. No decorrer do estágio não houve qualquer comportamento digno de medidas comportamentais. Pelo contrário, encontrei uma alta tolerância por parte das professoras, principalmente relativamente à pontualidade. Por causa disso, as aulas raramente começavam no horário indicado. Outra caraterística marcante das aulas foi o alto nível de utilização da língua materna e da língua inglesa. Infelizmente, isso dificilmente poderia ser evitado, pois o nível de muitos alunos era muito baixo e só assim a comunicação e a participação podiam ser mantidas. As aulas são centradas no professor, o que é muito estranho para mim. Enquanto na Alemanha o ensino é centrado no aluno, lá o professor encontrava-se no centro e dirigia a aula. Isso transmitiu-me a sensação de que os alunos estavam altamente dependentes do professor e não eram estimulados para a realização de atividades autónomas. Apesar das limitações impostas pela pandemia, senti que toda a comunidade escolar foi agradável, amigável e prestável. A alegria de vida inerente às pessoas que lá encontrei sobrepôs-se a tudo e foi um dos principais motivos para que eu, neste momento da história da humanidade, apesar de tudo, tivesse tido uma experiência tão importante para o meu desenvolvimento, tanto a nível pessoal, como profissional. O estágio, que decorreu entre 28/09/2020 e 18/12/2020, representou um grande enriquecimento do meu desenvolvimento


pessoal e profissional. Em doze semanas, tive oportunidades suficientes de recolher experiências de ensino diferentes. Por causa do grande número de turmas de alemão, pude ser constantemente confrontado com novas situações e pôr em prática, aos poucos, o que aprendi. A observação das aulas das sete professoras do grupo deu-me uma perspetiva variada de diferentes estilos de ensino. Isto permitiu-me responder às minhas perguntas iniciais sobre a influência do professor no clima da sala de aula, a motivação para a aprendizagem, a aprendizagem ativa ou a relação dos alunos das várias turmas. De uma forma empírica, foi fácil para mim confirmar a minha suposição de que o professor tem uma grande influência sobre esses fatores. O respeito e a empatia por parte das professoras estão entre as qualidades mais marcantes observadas, assim como uma boa preparação das aulas e a capacidade de conseguir separar o aluno como pessoa do seu comportamento. Com o estágio e com as minhas observações, consegui evoluir, o que faz desta uma experiência de aprendizagem muito importante. O estágio tornou-me, também, mais consciente da minha facilidade de adaptar-me a diferentes situações de forma adequada e da minha capacidade de trabalhar para objetivos. O grande número de turmas de alemão foi favorável para a experiência de aprendizagem, porque me permitiu refazer as minhas aulas, melhorando as minhas estratégias. O facto de ter recorrido, com muita frequência, ao Inglês, foi igualmente importante, porque me permitiu obter uma certa segurança no idioma. Essa experiência foi, também, promovida na residência universitária, já que o Inglês era a linguagem de comunicação por excelência, principalmente devido ao grande número de estudantes internacionais.

A vida fora da escola A vida fora da escola consistiu, em grande parte, em caminhadas pela natureza. A ilha da Madeira, muitas vezes referida como um paraíso para caminhadas, oferece uma natureza deslumbrante. Politicamente, a Madeira pertence à Europa, mas, geograficamente, aproxima-se mais de África. Juntamente com as Canárias, é uma das áreas mais meridionais da Europa, o que também justifica o clima ameno durante todo o ano. Os microclimas da ilha são, também, interessantes. Não raramente, vamos de um lugar para outro com um clima completamente diferente. Apesar da ilha ser relativamente pequena, as montanhas não são incomuns. A montanha mais alta da Madeira tem 1862 metros de altura. A partir daí, pode verse o mar. Quando está nublado, surge um mar de nuvens, das quais se erguem algumas montanhas. Quedas de águas, lagoas e florestas densas estão espalhadas por toda a ilha. Os cursos de água artificiais, chamados levadas, que percorrem toda a ilha, são acompanhados de trilhos para caminhadas. Para além do estágio na Escola, conhecer todos esses lugares foi a minha ocupação principal, na companhia das muitas pessoas que fui conhecendo o longo da minha estadia. Esta experiência alargou as minhas perspetivas para futuros percursos de vida. Desde o início do meu curso que me vejo a ensinar em diferentes países do mundo. Através deste estágio, pude recolher uma primeira experiência concreta numa escola estrangeira. Porque a minha vocação como professor, assim como o meu percurso de vida consistem em ensinar em diferentes países, estou aberto para o que o futuro me traga e para as possibilidades que surjam através desta experiência.


ONLINE TEACHING AND pros and cons Online teaching has pluses and minuses. On

other sorts of mischief or ill-intent, libel or false

the one hand, there are online tools students

defamation can take place. People should not

and teachers can have access to for instance

be held accountable for what they haven’t

Escola Virtual, ready-made or on-demand

done or for what goes beyond their reach. In

quizzes and worksheets, vocabulary lists,

a time of 5G net access, both the police, the

images and vocabulary in Pinterest, tests or

authorities and net operators should invest in

simply online factfiles. Teachers can adapt,

online security of apps, websites and school

make and share tests. Students can find all

platforms and forums., costly as it may be.

sorts of exercises on specific grammar topics,

People should also triage fake news and fake

idioms, sayings and unsual or unknown words

e-mails as there are many false news going

or expressions that can be googled up at any

around on Twitter, Instagram and these can

time. Google street maps and apps come very

influence public opinion and even political

handy as well as Youtube or Spotify songs

campaigns like Trump’s.

and videos or even films or trailers that can be downloaded and sent to students along with some worksheets. On the other hand, there are some downsides to online education as well, such as the fact that pupils can switch off the camera or the microfone during online lessons, lectures or conferences. Students can salso cheat in online tests very easily, either by requesting someone’s help on the spot or online help via smartphones, whatsapp, tablets or on the laptop itself and so on. They can also get online tutoring lessons. Sometimes people prefer to be offline/ disconnected from the net because they have unfortunately gone through haching experiences on smartphones and laptops. Cyber crimes such as libel or defamation, money extorsion, phishing, cyberbullying, catfishing, false profiles and hatemail may also occur. People’s personalities, agendas and goals cannot be controlled and this type or

José / Jorge - 11º15


No final de janeiro, a Escola Secundária Jaime Moniz contou com a partilha do livro Um Caminho para Todos – Diário de uma peregrina no Caminho de Santiago, da autoria da madeirense Luísa Sousa. Ao longo de três palestras, duas presenciais e uma on line, Luísa Sousa partilhou com os alunos da turma 47 do 12.º ano e dos cursos CEF61 e 62, a experiência de ter percorrido a pé o Caminho de Sevilha até São Tiago de Compostela ou Via de La Plata. Uma viagem impensável para a grande maioria de nós. Foram 42 dias a andar a pé ao longo de mil quilómetros de estrada, por entre o calor e o frio, a alegria e a dor, a solidão e a descoberta do outro. Uma experiência relatada em livro, publicado em 2016. Luísa Sousa sublinhou aos jovens estudantes que o mais importante nesta aventura não foi o ter conseguido chegar ao fim do caminho mas sim a mudança que o caminho opera inevitavelmente na vida dos peregrinos, sejam eles crentes ou não. Neste sentido, partilhou as inúmeras lições de vida assimiladas neste trajeto, nomeadamente a necessidade de ser diariamente persistente, resistir à dor, habituar-se a viver com muito pouco, descobrir outros caminhantes com inúmeras histórias de vida e atos de generosidade e chegar à meta após esforço e perseverança. Nas notas finais, a autora deixou esta reflexão: “Referir que eu cheguei a Compostela é, no mínimo, arrogante. Eu, sozinha, não teria ido a lado nenhum. Não teria sentido a vontade de peregrinar, as forças para treinar, a confiança para partir, a perseverança para continuar, a paciência para permanecer, a paz para conviver e a determinação para terminar. Se, para muitos, ter Fé é visto como sinal de fraqueza, a mim, ajuda-me a dar passos maiores e a alcançar metas inimagináveis (devido às minhas limitações e modus vivendi, que serão naturalmente diferentes das outras pessoas”. As reflexões de Luísa Sousa e a leitura do seu livro serviram de base à apresentação de trabalhos orais dos estudantes. Além disso, foi uma oportunidade para os alunos da turma 47 trabalharem o tema “Interculturalidades”, no âmbito da Cidadania e Desenvolvimento.

de Luísa Sousa lições de vida de uma peregrina até São Tiago de Compostela Rosário Martins Silva


Natal artístico 11º53 clique para ver o vídeo


AVES do jardim da escola

António Freitas, Maria Campanário e Nivalda Pereira - Gru­po 520

Os alunos do curso técnico de gestão de ambiente, tipo 6 da turma CEF61 abraçaram o desafio “As aves que nos rodeiam” lançado pelo Programa Eco-Escolas, e que visa os seguintes objetivos: •

Contribuir para a ligação à natureza pela comunidade educativa e promover a sua cidadania ativa e pensamento crítico; Conhecer e dar a conhecer a diversidade de aves que “visitam” os espaços exteriores regularmente frequentados; Desenvolver um projeto de aprendizagem ativa em trabalho de campo.

Fase 2. Conhecer as aves: observação Os alunos divididos em pequenos grupos, passarão a fazer a observação semanal dos comedouros, e para não afugentar as aves que os utilizam, vão: •

• • •

Metodologia Fase 1. Criação dos comedouros de aves A partir da reutilização de materiais e com elevada dose de criatividade cada aluno projetou e criou o seu comedouro de aves. Foram momentos de aula muito dinâmicos e de grandes sorrisos de satisfação perante o “nascimento” de autênticas obras de arte. Todos os pormenores foram tidos em conta. O importante era construir um comedouro que permitisse a visita das aves. No dia 4 de março, os 21 alunos partiram para os diversos jardins (plantas indígenas, plantas exóticas, plantas aromáticas e medicinais e) e o estacionamento da escola e escolheram a árvore para colocar o seu comedouro. Depois foi só colocar comida (sementes diversas, aveia e fruta) e esperar que as aves o visitem!

Realizar as observações a partir de um local relativamente afastado do comedouro, para não perturbar ou afugentar as aves; Ficar em silêncio, para conseguirem fazer as observações; Utilizar binóculos, se possível; Realizar períodos de observação de 10 a 15 minutos e anotar tudo o que observam na ficha de monitorização do comedouro; Tentar identificar as espécies com o apoio de um guia de aves.

Nesta fase, vamos contar com a colaboração da Dra. Cátia Gouveia, coordenadora da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) Madeira, no sentido de nos ajudar na identificação e classificação das espécies observadas. Fase 3. Divulgar as aves/os resultados Após a monitorização dos comedouros e registo das espécies, os alunos vão comunicar o seu trabalho na escola, através criação de um álbum informativo sobre as aves mais comuns do jardim da escola, que será publicado no site institucional.




O i n s ó l i t o - F o t o g r a f i a d e l i g h t p a i n t i n g - J o a n a F r e i t a s - 12 º 2 0



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