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Entrevista: Pedro Rocha Vieira
Co-fundador e CEO Beta-i
A Beta-i completou 10 anos de sucesso e crescimento em 2020 e foi nesse ano atípico para o mundo que deu o maior salto da sua história: passou a trabalhar a um nível muito mais inclusivo e colaborativo do que antes, conectando startups globais, grandes empresas, universidades, investigadores, mentores e governos em conjunto, para trabalhar em programas de inovação e desenvolver projetos piloto com impacto na economia. A agora gigante consultora de inovação portuguesa lidera a transformação de uma nova inovação digital humanizada, centrada na aceleração, inovação empresarial, educação e espaços de inovação. À conversa com o co-fundador e CEO, Pedro Rocha Vieira, acabamos por descobrir onde pára a ambição da Beta-i: no horizonte.
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Beta-i completed 10 years of success and growth in 2020 and it was in this atypical year for the world that this company made the biggest leap in its history: it began working at a much more inclusive and collaborative level than before, connecting global startups, large companies, universities, researchers, mentors, and governments, to work on innovation programs and develop pilot projects with an impact on the economy. The now giant portuguese innovation consultant is leading the transformation of a new humanized digital innovation, focused on acceleration, business innovation, education, and innovation spaces. We spoke with its co-founder and CEO, Pedro Rocha Vieira, and we found out where Beta-i’s ambition lies: on the horizon.
A Beta-i completou 10 anos de associação sem fins lucrativos em 2020. Foi num ano atípico que deu o “salto” para se transformar numa consultora. O que motivou esta mudança?
Esta mudança foi uma evolução gradual. Há cerca de 4 anos ficou claro para os associados da Associação e em particular para a equipa executiva, que o caminho de crescimento teria de ser feito pela via empresarial. Este foi um fenómeno resultado do nosso crescimento ao lado do amadurecimento do ecossistema português. Depois de termos contribuído para a promoção de uma mentalidade empreendedora em Portugal, criando eventos e programas internacionalmente reconhecidos, como o Lisbon Investment Summit e o Lisbon Challenge, estabelecendo uma enorme rede de parceiros de negócios e comunidade de startups, e posicionando o país em destaque, por ser um dos protagonistas da chegada do Web Summit a Portugal, chegou também a hora de darmos um novo passo que respondesse às novas necessidades do ecossistema. Começámos então a desenhar esse caminho há 5 anos e pouco, com a criação da área de inovação corporativa e com a criação da capital de risco. Há três anos com a fusão com a Couture, consolidou-se mais um passo. Em 2020, terminou definitivamente uma Era, com o encerramento da Associação e com o assumir de um novo posicionamento, mais focado na inovação colaborativa, um território onde temos vindo a trabalhar há vários anos. Este novo posicionamento permite-nos assim assumir-nos no mercado como um player mais maduro, mais focado na criação de valor, não apenas para as startups, mas também para as grandes empresas e organizações governamentais e não governamentais. Acreditamos que temos crescido numa relação simbiótica com o ecossistema e acompanhado de certa forma as suas necessidades. Vivemos num novo mundo, com novos desafios, e sentimos que a nossa experiência pode contribuir para acelerar a mudança e criação de valor para a economia, através da gestão de processos e dinâmicas de inovação colaborativa, não apenas entre startups e grandes empresas, mas também dentro e entre grandes empresas, nas universidades e mesmo entre PME’s mais inovadoras. A inovação colaborativa pode ser um dos pilares do desenho dos novos modelos de negócio da nova economia e acelerar os processos de mudança e transição digital e cultural que a maioria das empresas e organizações inovadoras estão a passar, sobretudo neste contexto pandémico. Dez anos depois, e novamente no meio de uma crise, a Beta-i pretende ser um contributo relevante para a construção do futuro da inovação.
Beta-i completed 10 years of a non-profit association in 2020. It was in an atypical year that the association made the “leap” to become a consultant. What motivated this change?
This change was a gradual evolution. About 4 years ago it became clear to the associates of the Association and in particular to the executive team, that the path of growth would have to be made through business. This was a phenomenon resulting from our growth alongside the maturation of the Portuguese ecosystem. After contributing to the promotion of an entrepreneurial mindset in Portugal, creating internationally recognized events and programs such as the Lisbon Investment Summit and the Lisbon Challenge, establishing a huge network of business partners and startups community, and positioning the country in the spotlight by being one of the protagonists of the arrival of the Web Summit in Portugal, it was also time for us to take a new step that would respond to the new needs of the ecosystem. We started then to design this path a little more than 5 years ago, with the creation of the corporate innovation area and with the creation of venture capital. Three years ago with the fusion with Couture, it was consolidated another step. In 2020, an era has definitely ended, with the closure of the Association and with the assumption of new positioning, more focused on collaborative innovation, a territory where we have been working for several years. This new placement allows us to assume in the market as a more mature player, more focused on value creation, not only for startups but also for large companies and governmental and non-governmental organizations. We believe that we have grown in a symbiotic relationship with the ecosystem and accompanied in a certain way its needs. We live in a new world, with new challenges, and we feel that our experience can contribute to accelerate change and create value for the economy, through the management of collaborative innovation processes and dynamics, not only between startups and large companies but also within and among large companies, in universities and even among the most innovative SMEs. Collaborative innovation can be one of the pillars of the design of new business models for the new economy and accelerate the processes of digital and cultural change and transition that most innovative companies and organizations are undergoing, especially in this pandemic context. Ten years later, and again in the midst of a crisis, Beta-i intends to be a relevant contribution to building the future of innovation.
O compromisso da Beta-i com a inovação tem sido a chave para o sucesso?
Mais do que um compromisso, a inovação é o nosso core business. Há 10 anos contribuímos para a geração de novas ideias e empreendedorismo para estimular a economia, sempre com a promoção da inovação no centro do nosso ADN. Ao evoluirmos no mercado, deixámos de trabalhar a inovação de forma isolada, e passámos a trabalhar a um nível muito mais inclusivo e colaborativo do que antes: conectámos startups globais, grandes empresas, universidades, investigadores, mentores e governos juntos para trabalhar em programas de inovação e desenvolver projetos piloto com impacto na economia. A própria inovação colaborativa não é uma escolha, mas sim parte estruturante da forma de se inovar no contexto atual, no sentido em que é uma forma de criar mercado para startups e inovação em grandes empresas. É nisto que acreditamos, e foi isso que a Beta-i construiu ao longo destes 10 anos de atuação, dado que o nosso papel sempre foi o de unir os pontos para criar sentido e resultados no universo da inovação, bem como acelerar processos de inovação aberta que criem impacto.
Has Beta-i’s commitment to innovation been the key to success?
More than a commitment, innovation is our core business. For 10 years we have contributed to the generation of new ideas and entrepreneurship to stimulate the economy, always with the promotion of innovation at the core of our DNA. As we evolved in the marketplace, we stopped working on innovation in an isolated way, and started working on a much more inclusive and collaborative level than before: we connected global startups, large companies, universities, researchers, mentors, and governments to work on innovation programs and develop pilot projects with an impact on the economy. Collaborative innovation itself is not a choice, but a structuring part of how to innovate in today’s context, in the sense that it is a way to create a market for startups and innovation in large companies. This is what we believe, and this is what Beta-i has built over these 10 years of operation, given that our role has always been to unite the points to create meaning and results in the universe of innovation, as well as accelerate open innovation processes that create impact
A Beta-i foi várias vezes selecionada como uma das “25 Best Financial Innovation Labs” mundiais. O que é que isto significa para uma empresa cujo objetivo há 10 anos seria ajudar e apoiar startups?
Antes de mais, é gratificante ver a Beta-i de forma recorrente numa lista tão prestigiada, como a Best Financial Innovation Labs 2020, da revista norteamericana Global Finance, o que valida o trabalho que temos vindo a desenvolver e sobretudo o nosso amadurecimento no mercado. A área financeira é bastante estratégica para nós, sobretudo pela importância do sistema financeiro e pagamentos como base da economia e enabler de novos modelos de negócio. Portugal tem potencial para ser um hub de inovação neste sector, mas tem que acelerar o passo, e é nesse sentido que estamos a ajudar a reconfigurar o universo financeiro via fintechs. Além de apoiarmos startups isoladas, vamos mais longe: estabelecemos programas de inovação colaborativa como o Protechting, que envolve parceiros como a Fidelidade, o grupo chinês Fosun e o banco de investimento alemão Hauck & Aufhäuser com startups de todo o mundo; o LISPA, um projeto com o Banco Nacional de Angola e o Laboratório de Inovação do Sistema de Pagamentos angolano; o SIBS PayForward, um programa que desde 2016 conecta startups à SIBS para inovar no contexto das soluções de pagamento ou outras soluções financeiras suportadas em tecnologias de informação; e mais recentemente, a parceria com a empresa de pagamentos Visa no programa The Journey, focado em criar soluções no sector turístico. Este reconhecimento significa assim que, depois da nossa atuação em Portugal, estamos bem posicionados para replicar a nossa experiência em novas geografias e promover novos modelos e conceitos de negócio na área financeira a nível global.
Beta-i has been selected several times as one of the “25 Best Financial Innovation Labs” worldwide. What does this mean for a company whose goal 10 years ago would be to help and support startups?
First of all, it is gratifying to see Beta-i on a recurrent basis in such a prestigious list as Best Financial Innovation Labs 2020, from the US magazine Global Finance, which validates the work we have been doing and particularly our maturation in the market. The financial area is very strategic for us, particularly because of the importance of the financial system and payments as the basis of the economy and enabler of new business models. Portugal has the potential to be an innovation hub in this sector, but it has to accelerate the move, and it is in this sense that we are helping to reconfigure the financial universe via fintech. In addition to supporting isolated startups, we are going further: We have developed collaborative innovation programs such as Protechting, which involves partners such as Fidelidade, the Chinese Fosun group, and the German investment bank Hauck & Aufhäuser with startups from around the world;. LISPA, a project with the National Bank of Angola and the Angolan Payment System Innovation Laboratory; SIBS PayForward, a program that since 2016 connects startups to SIBS to innovate in the context of payment solutions or other financial solutions supported by information technology; and more recently, the partnership with the Visa payments company in The Journey program, focused on providing solutions in the tourism sector. This recognition means that, after our performance in Portugal, we are well placed to replicate our experience in new geographies and to promote new business models and concepts in the financial area at a global level.
Fundadores/Founders Beta-i Foto: Ksenia Lutsenko
A nível internacional, atualmente, como se posiciona a Beta-i?
A mudança que fizemos em 2020 foi também no sentido de darmos um passo importante no nosso posicionamento a nível global. Atualmente queremos ser vistos como uma consultora de inovação que tem ADN português, mas que atua a nível global. O ano 2020 marcou precisamente o crescimento da nossa operação além-fronteiras, sendo que em apenas um ano, foram desenvolvidos 25 diferentes programas de inovação, para 60 clientes provenientes de 20 países, em todos os continentes - como Angola, Austrália, Bélgica, Brasil, China, Áustria, Dinamarca, Alemanha, Irlanda, Singapura, Espanha, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e EUA, entre outros. Atualmente, a nossa atuação fora de Portugal já corresponde a 46% do nosso negócio. Abrimos também o nosso primeiro escritório fora de Portugal, no Brasil, e reforçamos a nossa operação de Angola como parte da estratégia de internacionalização. Neste sentido, estamos em indústrias que precisam de ser desenvolvidas a nível global e queremos ser vistos como um parceiro experiente que gere projetos de inovação, onde, através da colaboração, todos beneficiam: as startups evoluem o seu modelo de negócio e desenvolvem projetos com grandes organizações; estas organizações privadas e públicas, por sua vez, contam com o know-how da Beta-i e soluções únicas de startups para dinamizarem os seus processos de mudança e estratégias de crescimento. Por fim, a sociedade passa a ter acesso mais rápido a novas soluções trazidas pelos pilotos e acordos de colaboração entre estes stakeholders, resultante deste processo.
At the international level, how is Beta-i currently positioned?
The change we made in 2020 was also to take an important step in our global positioning. Currently, we want to be seen as an innovation consultant that has portuguese DNA but operates on a global level. The year 2020 marked precisely the growth of our operation across borders, and in just one year, 25 different innovation programs were developed for 60 clients from 20 countries on all continents - such as Angola, Australia, Belgium, Brazil, China, Austria, Denmark, Germany, Ireland, Singapore, Spain, United Arab Emirates, United Kingdom, and the USA, among others. Currently, our performance outside Portugal already corresponds to 46% of our business. We have also opened our first office outside of Portugal, in Brazil, and reinforced our operation in Angola as part of our internationalization strategy. In this sense, we are in industries that need to be developed globally and we want to be seen as an experienced partner that manages innovation projects, where, through collaboration, everyone benefits: Startups evolve their business model and develop projects with large organizations; these private and public organizations, in turn, rely on Beta-i’s know-how and unique startups solutions to streamline their change processes and growth strategies. Finally, society has faster access to new solutions brought by the pilots and collaborative agreements between these stakeholders, resulting from this process.
Sabemos que a empresa, ao longo do tempo, apoiou o desenvolvimento de mais de 1500 startups. Quais são as novas áreas de atuação com este novo reposicionamento?
Nos últimos anos, percebemos que para trabalhar e promover a inovação de uma forma global, não podemos ficar “apenas” pelas startups - temos também de ajudar o tecido empresarial e as grandes e médias empresas a adaptarem-se aos novos tempos e ao contexto de antecipação e transformação tecnológica. Por isso, criámos áreas de atuação específicas para fazer frente a estas necessidades - o nosso trabalho consiste em modular a relação entre estes agentes do ecossistema e gerir tecnicamente processos de inovação e colaboração orientados a resultados. Atualmente, atuamos em duas frentes dentro da área de inovação colaborativa: a primeira é unir empresas e startups para resolverem os desafios dos negócios. São os programas que unem empresas e startups, empresas e empresas, startups e startups para trabalhar inovação e os desafios dos negócios em conjunto (Innovation) e a segunda é facilitar a conexão entre os diferentes agentes que fazem um ecossistema de inovação acontecer - acionámos a nossa rede de contatos para que todos cresçam juntos, e a nossa vasta expertise de startup building seja utilizada para o benefício do ecossistema (universidades, instituições sociais, etc) (Acceleration) Além das áreas de atuação, estamos para já focados em 6 sectores/áreas de especialidade: Energia, Sustentabilidade, Economia Azul, AgroFood, Fin-Insur e Saúde, podendo chegar a mais, como Turismo e Mobilidade.
We know that the company, over time, supported the development of more than 1500 startups. What are the new areas of performance with this new repositioning?
In recent years, we have realized that to work and globally promote innovation, we cannot stay “just” for the startups - we must also help the business fabric and large and medium enterprises to adapt to the new times and the context of anticipation and technological transformation. That’s why we have created specific areas of action to address these needs - our work consists of modulating the relationship between these ecosystem agents and technically managing result-oriented innovation and collaboration processes. Currently, we work on two fronts within the area of collaborative innovation: the first is to unite companies and startups to solve business challenges. These are the programs that unite companies and startups to work on innovation and business challenges together (Innovation) and the second is to facilitate the connection between the different agents that make an innovation ecosystem happen - we have activated our network of contacts so that everyone grows together, and our vast expertise in startup building is used for the benefit of the ecosystem (universities, social institutions, etc.) (Acceleration) In addition to our areas of expertise, we are already focused on 6 sectors/areas of specialty: Energy, Sustainability, Blue Economy, AgroFood, Fin-Insur, and Health, and can reach more, such as Tourism and Mobility.
As startups podem continuar a procurar o vosso apoio?
Claro que sim! As startups estão no core do que fazemos e continuamos a contribuir para o seu crescimento em várias fases (pre-seed, seed, growth) e de diferentes formas (conhecimento, rede, clientes e investimento). Além de mentoria em fase inicial nos projetos de Acceleration, a Beta-i dá-lhes também suporte de uma nova outra forma, passando por colocá-las na frente de grandes empresas, que partilham dados, abrem portas e investem nas soluções de diferentes formas no âmbito dos programas de Innovation. Mais do que ajudar na estruturação das startups, neste momento estamos a abrir-lhes portas de negócio. Assim, a mentoria às startups passa a acontecer dentro dos próprios programas de inovação colaborativa, ajudando a adaptar as suas propostas de negócio às necessidades de inovação identificadas pela Beta-i junto às empresas.
Apesar deste foco importante, a Beta-i continua a apostar na capacitação de startups e na aceleração de desenvolvimento de ecossistemas de empreendedorismo e inovação, como estamos a fazer em Angola, Brasil e várias cidades em Portugal. Continuamos a apostar em programas como o Beta-Start e o Beta-Shift, que são excelentes formas de apoiar o crescimento de startups. Tudo isso, sem considerar as possibilidades de investimento através da operação dedicada para o efeito, a LC Ventures, com €20M sobre a sua gestão e um portfólio de mais de 50 startups.
Can startups continue to seek your support?
Of course! Startups are at the core of what we do and we continue to contribute to its growth in various phases (pre-seed, seed, growth) and in different ways (knowledge, network, customers, and investment). Besides mentoring in the initial phase of Acceleration projects, Beta-i also supports them in a new way, by putting them in front of big companies, which share data, open doors, and invest in solutions in different ways within Innovation programs. More than helping in the structuring of the startups, at this moment we are opening business doors for them. Thus, the mentoring to the startups happens within the collaborative innovation programs themselves, helping to adapt their business proposals to the innovation needs identified by Beta-i with the companies.
Despite this important focus, Beta-i continues to focus on empowering start-ups and accelerating the development of entrepreneurial and innovation ecosystems, as we are doing in Angola, Brazil, and several cities in Portugal. We continue to focus on programs such as Beta-Start and Beta-Shift, which are excellent ways to support the growth of start-ups. All this, without considering the possibilities of investment through the dedicated operation, LC Ventures, with $20M on its management and a portfolio of over 50 startups.
Quais são as iniciativas previstas em Portugal?
Em 2021, estaremos bastante focados em setores estratégicos como Energia, Sustentabilidade, Economia Azul, AgroFood. Em Portugal, apostaremos também na recuperação de áreas essenciais no pós-pandemia, nomeadamente o turismo, com o lançamento de programas de inovação em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa. Temos abertas as candidaturas para o SOL Green Capital, programa que desafia organizações presentes em Portugal a trabalhar com startups de todo o mundo na criação de soluções que venham tornar a vida na capital mais verde e sustentável. O ano marcará ainda o nosso alinhamento com as prioridades da agenda de inovação europeia e nacional, com temas como o green deal, digital e low touch economy, começando pelo lançamento de um projeto que visa tornar a legislação europeia mais compreensível para o ecossistema de inovação, dar voz aos players do setor no debate de políticas públicas e envolver decisores políticos na reflexão do impacto que a sua agenda tem nos negócios e na sociedade - um projeto em linha com a missão institucional da Beta-i junto do ecossistema e que cumpre a nossa vontade de contribuir para a agenda de políticas públicas, de participar na recuperação económica nacional e de nos posicionarmos como um parceiro estratégico das empresas e do sector público, através da inovação colaborativa e aceleração de novos negócios.
What initiatives are being planned in Portugal?
In 2021, we will be very focused on strategic sectors such as Energy, Sustainability, Blue Economy, AgroFood. In Portugal, we will also focus on the recovery of essential areas in the post-Pandemic, namely tourism, with the launch of innovative programs in partnership with the Lisbon City Hall. We have open applications for SOL Green Capital, a program that challenges organizations present in Portugal to work with startups from around the world to create solutions that will make life in the capital greener and more sustainable. The year will also mark our alignment with the priorities of the European and national innovation agenda, with themes such as green deal, digital and low touch economy, starting with the launch of a project that aims to make European legislation more understandable to the innovation ecosystem, to give voice to the sector’s players in the public policy debate and to involve policymakers in reflecting on the impact their agenda has on business and society - a project in line with Beta-i’s institutional mission to the ecosystem and fulfilling our will to contribute to the public policy agenda, to participate in the national economic recovery and to position ourselves as a strategic partner for companies and the public sector through collaborative innovation and the acceleration of new business.
Para terminar, o que espera desta “nova” Beta-i num prazo a 10 anos?
Olhamos para os próximos 10 anos com grande entusiasmo, e o lado bom das crises passa pela necessidade de nos focarmos no essencial e de ganharmos um sentido de urgência e de foco aguçado, que nos mobiliza de forma determinada para fazermos parte da solução e do problema. Sinto que esta crise tem o potencial para contribuir para uma mudança estrutural da nossa sociedade e economia, e os próximos anos vão ser anos de reconstrução da economia assente em modelos mais colaborativos e mais conscientes e sustentáveis, algo que nos entusiasma. Ao nível da Beta-i, esperamos que durante os próximos 10 anos consigamos ser uma organização cada vez mais global, com presença em mais países e com impacto cada vez mais relevante. Contribuir para o desenvolvimento de inovação e novos modelos de negócios que permitam contribuir para a criação de novas soluções e acelerar a transformação da economia. Queremos muito ter um papel mais importante para tornar mais eficaz a colaboração entre grandes empresas, entre empresas inovadoras, universidades e governos e contribuir para a criação de um futuro mais colaborativo, inovador e com propósito.
Finally, what do you expect from this “new” Beta-i in a 10-year time horizon?
We look forward to the next 10 years with great enthusiasm, and the good side of crises is the need to focus on the essentials and to gain a sense of urgency and sharp focus, which mobilizes us in a determined way to be part of the solution and the problem. I feel that this crisis has the potential to contribute to a structural change in our society and economy, and the next few years will be years of rebuilding the economy based on more collaborative and more conscious, and sustainable models, something that we are enthusiastic about. At the Beta-i level, we hope that during the next 10 years we will be able to become an increasingly global organization, with a presence in more countries and with an increasingly relevant impact. Contribute to the development of innovation and new business models that allow us to contribute to the creation of new solutions and accelerate the transformation of the economy. We very much want to play a more important role in making collaboration between large companies, between innovative companies, universities, and governments more effective and to contribute to the creation of a more collaborative, innovative, and purposeful future.