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Startups de todo o mundo começam a dedicar-se à carne cultivada em laboratório

As startups de carne de laboratório passaram de um pequeno grupo em 2016, para pelo menos 60 atualmente, de acordo com a consultora Lux Research. O setor quer tornar a produção de carne mais humana e ambientalmente sustentável e atraiu um financiamento de capital de risco recorde em 2020, apesar da pandemia. Depois de, recentemente, Singapura aprovar a venda de carne de frango cultivada, numa altura em que a procura por proteínas alternativas é muito elevada, Startups de todo o mundo começam agora a preparar-se para testarem a produção destas células de carne de bovino e frango.

No entanto, o caminho a percorrer até que estes produtos sejam vendidos nos supermercados ainda será longo. Ainda existem muitos desafios, desde reduzir os custos elevados e viabilizar a produção em grande escala, até obter a aprovação regulamentar. A carne cultivada custa entre 400 dólares e 2 mil dólares por quilo para ser produzida, por isso ainda há um longo caminho até que os preços se possam tornar competitivos face aos das carnes convencionais. As economias de escala ajudarão certamente a reduzir os custos nos próximos anos sendo por isso importante a existência de fábricas-piloto. A Mosa Meat, empresa holandesa, que produziu o primeiro hambúrguer de carne bovina cultivada do mundo, pretende aperfeiçoar a produção numa pequena escala no primeiro semestre de 2021, antes de avançar para uma unidade industrial mais completa já no final de 2022. Para estes pioneiros, a ideia da carne produzida em laboratório que se assemelhe em em tudo à carne “real” é muito viável, sendo apenas uma questão de quanto tempo até entrar numa escala comercial. O mercado de carne à base de células deve movimentar 140 mil milhões de dólares na próxima década, de acordo com previsões compiladas pela Blue Horizon, que investe em proteínas alternativas, além de que a carne produzida em laboratório poderá evitar o abate de muitos animais.

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Startups around the world start to dedicate themselves to meat grown in the laboratory

Laboratory meat startups went from a small group in 2016, to at least 60 currently, according to consultant Lux Research. The sector wants to make meat production more humane and environmentally sustainable and has attracted record venture capital funding in 2020, despite the pandemic. After Singapore recently approved the sale of cultivated chicken meat, at a time when demand for alternative proteins is very high, startups around the world are now beginning to prepare to test the production of these beef cells and chicken.

However, there is still a long way to go before these products are sold in supermarkets. There are still many challenges, from reducing high costs and making large-scale production viable, to obtaining regulatory approval. Cultured meat costs between $ 400 and $ 2,000 per kilo to produce, so there is still a long way to go before prices can become competitive with conventional meats. Economies of scale will certainly help to reduce costs in the years to come and pilot factories are therefore important. Mosa Meat, a Dutch company that produced the world’s first cultivated beef burger, plans to improve production on a small scale in the first half of 2021, before moving on to a more complete industrial unit in late 2022. For these pioneers, the idea of laboratoryproduced meat that resembles “real” meat at all is very feasible, being just a matter of how long until it enters a commercial scale. The cell-based meat market is expected to move $ 140 billion over the next decade, according to forecasts compiled by Blue Horizon, which invests in alternative proteins, in addition to the fact that the meat produced in the laboratory may prevent the slaughter of many animals.

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